Upload
rafael-morales
View
55
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Prof. Dr. Paulo Prof. Dr. Paulo CCéésarsar Tavares de Tavares de MeloMeloUSPUSP--ESALQESALQ--DeptDeptoo ProduProduççãoão VegetalVegetal
PiracicabaPiracicaba--SP SP
Aula: Aula: BrassicBrassicááceasceas
Maio 2005
Área cultivada com algumas das principais hortaliças no mundo (milhões de t)
145%1364556Berinjela46%885606Couve-Flor39%925666Cenoura94%1297668Abóbora22%995813Alho47%17881215Pepino53%26231713Repolho72%31331824Melancia35%27392023Cebola31%77452852Tomate
Incremento20011994Espécie
Fonte: FAO, 2002
Produção, área e produtividade Mundial de repolho em 2002.
Países Produção (t) Área (ha) Produtividade (t/ha)
China 26.812.396 1.469.684 18,24
India 6.100.000 280.000 21,79
Federação Russa 4.200.000 180.000 23,33
Rep. da Coréia 3.420.241 55.531 61,59
Japão 2.500.000 61.000 40,98
Estados Unidos 2.300.000 104.000 22,12
Indonésia 1.750.000 100.000 17,50
Ucrânia 1.300.000 85.000 15,29
Polônia 1.242.993 31.117 39,95
Ubequistão 900.000 17.000 52,94
Mundo 62.473.972 3.016.059 20,71
Fonte: FAO (2003)
ÁÁrea, produrea, produçção e produtividade de repolho nos 10 paão e produtividade de repolho nos 10 paííses lses lííderes, 2003. deres, 2003.
Brasil: Venda Efetiva de Sementes de Hortaliças (US$) Brasil: Venda Efetiva de Sementes de Hortaliças (US$)
Espécie Espécie 19981998 19991999 20002000AbobrinhaAbobrinha 1.151.832 1.151.832 777.245777.245 907.132907.132CebolaCebola 2.537.2392.537.239 3.699.6733.699.673 3.993.1173.993.117CenouraCenoura 1.153.0301.153.030 863.147863.147 1.506.9991.506.999CouveCouve--florflor 960.938960.938 928.591928.591 1.377.4451.377.445MelanciaMelancia 1.440.8871.440.887 1.271.1421.271.142 1.724.4671.724.467MelãoMelão 3.338.7963.338.796 3.095.9003.095.900 3.642.5933.642.593PepinoPepino 1.536.7461.536.746 1.342.9411.342.941 1.710.5021.710.502PimentãoPimentão 3.439.2313.439.231 1.059.4251.059.425 2.837.2512.837.251RepolhoRepolho 1.087.549 1.087.549 897.875897.875 1.310.5031.310.503Tomate (mesa)Tomate (mesa) 9.379.6879.379.687 9.016.430 14.705.9189.016.430 14.705.918Tomate (ind.)Tomate (ind.) 745.107745.107 1.348.067 1.518.2941.348.067 1.518.294
TOTAL 35.472.766 31.856.124 54.212.771Fonte: APPS
BrBráássicasssicas & Sa& Saúúdede
Importância nutricional*Importância nutricional*
• Água: 95 %• Calorias: 17 Kcal• Proteína: 1,0 g• Lipídios: traços• Carboidratos: 4,0 g• Fibra 1,9 g• Vitamina A: 130 UI• B1: < 0,02 mg• B2: 0,03 mg• B6: 0,06 mg
*Valores para 100 g da parte comestívelFonte: Projeto TACO, 2005
Cevada, orégano, pepino, batata, melão,aveia
Cebola, citros, arroz integral, trigo integral, tomate, berinjela, pimentão, brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas
Alho, repolho, soja, gengibre, cenoura, salsão e pastinaca
Escala de aumento de importância
*Contém fitoquímicos com propriedades antioxidantes (Flavonóides, Carotenóides, Antocianinas, Cumarinas, Ácidos fenólicos, Mono-terpenos)
Valor Valor nutricêuticonutricêutico das das brassicbrassicááceasceas
Valor das Valor das brassicbrassicááceasceas como como fitonutrientefitonutriente
• Compostos bioativos que, potencialmente, poderiam contribuir com atividade anti-oxidante no organismo dos indivíduos que consomem brassicáceas:
• Vitaminas• Glucosinolatos• Compostos sulfurados
• Efeitos protetores contra cânceres*, doenças degenerativas e propriedades anti-microbiais
* O mecanismo desse efeito não est* O mecanismo desse efeito não estáá esclarecido.esclarecido.
Taxonomia e citogenTaxonomia e citogenééticatica
• Família: Brassicaceae (ex-Cruciferae) > 3000 espécies entre as quais destaca-se Brassica oleracea L. ;
• Os principais grupos botânicos de B. oleracea L. estão relacionados na Tabela 1;
• Os grupos botânicos de B. oleracea L. são monogenômicoscom nove pares de cromossomos (2n = 18), perfeitamente homológos, e, portanto, intercruzáveis em qualquer direção;
• Os grupos botânicos de Brassica campestris( Pekinensis e Chinensis) são também monogenômicos com dez pares de cromossomos (2n = 20);
• B. carinata e B. juncea são digenômicas com 17 e 18 pares de cromossomos (2n = 34 e 2n = 36), respectivamente.
Tabela 1. Principais Tabela 1. Principais brassicbrassicááceasceas cultivadascultivadas
Espécie Grupo Nome comumB. oleracea Acephala Couve-de-folhaB. oleracea Capitata Repolho B. oleracea Botrytis Couve-florB. oleracea Italica BrócolisB. oleracea Gemmifera Couve-de-BruxelasB. oleracea Gongylodes Couve-rábanoB. campestris Pekinensis Couve-chinesa
Outros gêneros afins da famOutros gêneros afins da famíília lia BrassicaceaeBrassicaceae
• Agrião - Nasturtium officinalis
• Rabanete - Raphanus sativus
• Rúcula - Eruca sativa
• Mostarda de grão (branca) - Sinapsis alba
Origem e domesticaOrigem e domesticaççãoão
• As brassicáceas cultivadascomo hortaliças descendem de uma couve silvestre (Brassicaoleracea var. sylvestris), índigena da costa do Mar Mediterrâneo, no Sul da Europa;
• B. campestris Grupo Pekinensis(couve-chinesa) e B. campestris Grupo Chinensis(pak-choi), são originárias da China.
Origem e domesticaOrigem e domesticaççãoão
B. oleracea L.
B. campestris L.
Origem e evoluOrigem e evoluççãoão
Brassica oleraceavar. sylvestris
PolinizaPolinizaççãoão
• As brassicáceas são, predominantemente, plantas de polinização cruzada
• Pode ocorrer maior taxa de autofecundação em couve-flor de verão
• A polinização é entomófila, sendo feita principalmente por abelhas
Botânica: biologia floralBotânica: biologia floral
Botânica: biologia floralBotânica: biologia floral
ProduProduçção de sementesão de sementes
ProduProduçção de sementes hão de sementes hííbridasbridas
Métodos de Produção de Sementes Híbridas
• Utilização de linhagens auto-incompatíveis homozigóticas
• Utilização da macho-esterilidade citoplasmática (MEC)
UtilizaUtilizaçção de linhagens autoão de linhagens auto--incompatincompatííveis veis homozighomozigóóticasticas
• A auto-incompatibilidade em brassicáceas écondicionada por um locus gênico S, com alelismo múltiplo
• Planta auto-incompatível praticamente não produz sementes quando suas flores são auto-polinizadas
AutoAuto--incompatibilidade (AI) vs. autoincompatibilidade (AI) vs. auto--compatibilidade (AC)compatibilidade (AC)
UtilizaUtilizaçção de linhagens autoão de linhagens auto--incompatincompatííveis veis homozighomozigóóticasticas
Problemas na Produção de Híbridos
• Tempo para obtenção dos parentais• Baixa produção de sementes por planta• Ausência de sincronia no florescimento
dos parentais• Falta de fertilidade do pólen• Presença de contaminantes nos lotes de
sementes híbridas
UtilizaUtilizaçção da ão da machomacho--esterilidadeesterilidadecitoplasmcitoplasmáática (CMS)tica (CMS)
• Utiliza linhagens com citoplasma macho-estéril (CME) de rabanete “Ogura”
• Linhagens macho-estéreis são mantidas com uma linhagem isogênica fértil
UtilizaUtilizaçção da ão da machomacho--esterilidadeesterilidadecitoplasmcitoplasmáática (MEC)tica (MEC)
Flores macho-estéril (E) e macho-fértil (D)
UtilizaUtilizaçção da ão da machomacho--esterilidadeesterilidadecitoplasmcitoplasmáática (MEC)tica (MEC)
Problemas na Produção de Híbridos
• Menor atratividade às abelhas ► nectários menos desenvolvidos nas plantas ME
• Clorose nos híbridos ► especialmente quando cultivados sob condições de baixas temperaturas
ProduProduçção de sementes hão de sementes hííbridasbridas
Vantagens dos híbridos
• Mais uniformes do que as cultivares de polinização aberta
• Maior facilidade, por parte das companhias de sementes na conservação da integridade genética da cultivar
• Maior valor agregado às sementes
UniformidadeUniformidade
CouveCouve--florflor
RepolhoRepolho
Compacidade da cabeCompacidade da cabeççaa
Alta compacidade Baixa compacidade
Resistência a doenResistência a doenççasas
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Repolho– Folhas (embricam-
se e formam uma cabeça)
• Nível de consumo:– Alto
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Couve-flor– Inflorescências
imaturas ou abortadas (primódios florais incluindo pedúnculos ou talos)
• Nível de consumo– Médio
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Brócolis– Inflorescências
imaturas ou abortadas (talos de flores e de inflorescências)
• Nível de consumo– Muito baixo
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Couve-chinesa ou acelga (hakusai)– Folhas (formam
uma cabeça)• Nível de consumo:
– Muito baixo
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Couve– Folhas
• Nível de consumo:– Muito alto
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Couve-de-bruxelas– Gemas caulinares
aérea protegidas por folhas embricadas
• Nível de consumo:– Insignificante
Botânica: partes consumidasBotânica: partes consumidasda plantada planta
• Pak-choi– Folhas e talos
• Nível de consumo– Insignificante
BrassicBrassicááceasceas ornamentaisornamentais
BrassicBrassicááceasceas exexóóticasticas
Exigências climExigências climááticasticas
• A maioria das brassicáceas é dependente de baixas temperaturas para o estímulo ao florescimento
• Diferentes espécies e/ou cultivares têm diferentes exigências, sendo muitas bianuais
• Idade da planta e número de folhas são importantes na receptividade às baixas temperaturas
• Repolho de inverno exige temperaturas inferiores a 10ºC por pelo menos um mês após atingir o estádio de 15 a 30 folhas
Exigências climExigências climááticasticas
Falta de frio
Principais cultivaresPrincipais cultivares
ÉÉpoca de cultivopoca de cultivoBrassicBrassicááceacea Ano todoAno todo Outono/Inverno Outono/Inverno VerãoVerão
RepolhoRepolho
ShinseiShinsei, , AstrusAstrusSagitariusSagitarius, , ItybanItyban
CouveCouve--florflorSaharaSahara Barcelona, Barcelona, SmillaSmilla, ,
Bônus, Bônus, SylverSylver StreakStreakVerona,Verona,SymphonySymphony
BrBróócoliscolis BR068, BR068, LegacyLegacy, Baron, BaronMarathonMarathon
73 DAT
31 DAT 45 DAT
66 DAT59 DAT52 DAT
38 DAT
87 DAT80 DAT
Fases de desenvolvimento do repolhoFases de desenvolvimento do repolho--Chapada Diamantina, BAChapada Diamantina, BA
Tecnologia de cultivoTecnologia de cultivo
Solos e adubação adução orgânica
• Solos mais pesados (argilosos) com teores de matéria orgânica variando de 2,5 a 3,0%
• pH ideal 6,0 a 6,5• As Brassicas são pouco tolerantes ao alumínio
e bastante exigentes em cálcio• Respondem bem à adubação orgânica. Utilizar
1,5 a 2,5 kg/planta de esterco de curral ou 500g de esterco de galinha
Tecnologia de cultivoTecnologia de cultivo
Adubação mineral
• Para teores baixos, médios e altos de fósforo aplicar, 400, 320 e 240 kg de P2O5/ha, respectivamente
• Para potássio, 320, 240 e 160 kg de K2O/ha• Usar aproximadamente 3g de bórax/planta
e/ou três a quatro aplicações foliares de uma solução 0,1 a 0,25 %
• Pulverizar molibdênio usando molibdato de sódio na concentração de 0,1 a 0,25 %
Deficiência de molibdênio em Deficiência de molibdênio em couvecouve--florflor
ConfecConfecçção dos canteiros com ão dos canteiros com rotoencanteiradorrotoencanteirador
Tecnologia de cultivoTecnologia de cultivo
Produção de mudas e transplantio
• Uso de bandejas de isopor
• Produção de mudas em casa de vegetação
• Transplantio quando as mudas estiverem com quatro a seis folhas definitivas
ProduProduçção de mudas em bandejasão de mudas em bandejas
MarcaMarcaçção das covas ão das covas
Transplante de mudasTransplante de mudas
Repolho roxo (PiedadeRepolho roxo (Piedade--SP)SP)
ProduProduçção de repolho (Piedadeão de repolho (Piedade--SP)SP)
ProduProduçção de repolho (Piedadeão de repolho (Piedade--SP)SP)
PulverizaPulverizaçções: cuidadosões: cuidados
Principais doenPrincipais doenççasas
• Podridão Negra das Crucíferas - Xanthomonas campestris pv. campestris
• Tombamento de Plântulas (“damping-of”) - Rhizoctonia, Alternaria, Fusarium, Sclerotium e Sclerotinia
• Hérnia das Crucíferas - Plasmodiophora brassicae• Mancha-de-Alternária - Alternaria brassicae e A. brassicicola• Podridão-mole - Erwinia carotovora• Podridão-de-esclerotínia - Sclerotinia sclerotiorum
Podridão Negra das CrucPodridão Negra das Crucííferasferas
ll A A plantaplanta podepode ser ser afetadaafetada emem qualquerqualquer estestáádiodio de de desenvolvimentodesenvolvimento
ll O patO patóógeno geno sobrevivesobrevive de um de um anoano parapara o o outrooutro ememrestosrestos de de culturacultura de de plantasplantas doentesdoentes
ll O patO patóógeno geno éé transmitidotransmitido porpor sementessementes infectadasinfectadasll A A bactbactéériaria éé disseminadadisseminada porpor ááguagua de de irrigairrigaççãoão ouou
respingosrespingos de de chuvachuva ouou dada prpróópriapria irrigairrigaççãoãoll A A disseminadisseminaççãoão dada bactbactéériaria a a longalonga distânciadistância se se ddáá
porpor sementessementes ouou mudasmudas contaminadascontaminadas
Podridão Negra das CrucPodridão Negra das Crucííferasferas
Podridão Negra das CrucPodridão Negra das Crucííferasferas
Podridão de Podridão de rizoctoniarizoctonia
Podridão molePodridão mole
Mancha de Mancha de alternalternááriaria
Principais pragasPrincipais pragas
• Pulgão-do-repolho - Brevicoryne brassicae• Lagarta-rosca - Agrotis ipisilon• Curuquerê-da-couve - Ascia monuste orseis• Mosca-branca - Bemisia argentifolii• Traça-das-crucíferas - Plutella xylostella
Armadilha para monitoramento de pragas Armadilha para monitoramento de pragas ((tratraççaa--dasdas--cruccrucííferasferas))
Monitoramento de pragas em repolhoMonitoramento de pragas em repolho
TraTraççaa--dasdas--cruccrucííferasferas
MoscaMosca--brancabranca
CuruquerêCuruquerê--dada--couvecouve
Aspectos da colheita de Aspectos da colheita de repolho e couverepolho e couve--florflor
HHííbrido brido ShinseiShinsei no ponto de colheitano ponto de colheita
Colheita e embalagem de repolhoColheita e embalagem de repolho
Couve-flor híbrida “Silver streak” no ponto de colheita
Colheita e embalagem de couveColheita e embalagem de couve--florflor
Embalagens e LogEmbalagens e Logíísticastica(embalagens inadequadas)(embalagens inadequadas)