View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
1/30
Universidade do Estado do Mato Grosso UNEMATCampus Cidade Universitria Cceres
Curso de Medicina
Liga Acadmica de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular LACCIC
Ligantes Amanda e Camila
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
2/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
3/30
Ponto 1: excitao eltrica fechamento valva mitral Ponto 2: aumento presso IV abertura valva artica Ponto 3: ejeo ventricular fechamento valva artica Ponto 4: diminuio presso IV abertura valva mitral
B1 = fechamento atrioventricular B2 = fechamento semilunar
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
4/30
Estetoscpio;
Ambiente de ausculta;
Posio do paciente e do examinador; Orientao do paciente;
Escolha do receptor adequado;
Aplicao correta do receptor.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
5/30
Focos servem como ponto de referncia (informaes
das respectivas valvas);
Ausculta cardaca correta inclui todo o precrdio eregies circunvizinhas (axilar esquerda, dorso epescoo);
A definio de uma sequncia lgica vai depender doexaminador. Entretanto, deve conter todos os itens aserem avaliados: caracterizao do ritmo, frequncia,bulhas, rudos adicionais, sopros e atritos.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
6/30
Foco mitral: 5 espao intercostal esquerdo na linha
hemiclavicular; corresponde ao ictus cordis ;
Foco pulmonar: 2 espao intercostal esquerdo, junto aoesterno;
Foco artico: 2 espao intercostal direito, justaesternal;
Foco tricspide: base do apndice xifoide, ligeiramentepara a esquerda.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
7/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
8/30
1. PRIMEIRA BULHA (B1)
O principal elemento o fechamento das valvas mitral e
tricspide, o componente mitral (M) antecedendo otricspide (T);
Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotdeo,
possuindo timbre mais grave (expresso TUM);
Tem maior intensidade no foco mitral e pode ser
auscultada separadamente (TLUM).
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
9/30
2. SEGUNDA BULHA (B2)
So audveis os grupos de vibraes do fechamento dasvalvas artica e pulmonar, ouvindo-se o primeiro em toda aregio precordial, e o segundo ficando restrito;
Em condies normais, o componente artico precede opulmonar, o timbre da bulha mais agudo, soando demaneira seca (TA) aps o pequeno silncio;
Durante a expirao, ausculta-se rudo nico, enquanto nainspirao percebe-se um desdobramento (TLA);
Possui maior intensidade nos focos da base (artico epulmonar).
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
10/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
11/30
3. TERCEIRA BULHA (B3)
Consiste em rudo protodiastlico de baixa frequnciaque se origina das vibraes da parede ventriculardistendida (dilatao alm do normal);
Ausculta-se com mais frequncia em crianas e adultos jovens de maneira fisiolgica, sendo mais audvel narea mitral, representada pela expresso TU. Podetambm ser patolgica.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
12/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
13/30
4. QUARTA BULHA (B4)
Rudo dbil que ocorre no fim da distole ou pr-sistole
e pode ser ouvida geralmente em condies
patolgicas;
Admite-se que seja originada pela desacelerao dofluxo sanguneo de encontro massa existente no
ventrculo, no final da distole.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
14/30
Aps reconhecimento das bulhas, determina-se o ritmo do corao eo nmero de batimentos por minuto;
Apenas duas bulhas: ritmo de dois tempos ou binrio;
Presena de trs bulhas: ritmo trplice
FC NORMAL = 60 A 100 BPM
Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm
A partir da pode-se verificar a presena de alteraes no ritmo e/oufrequncia (arritmias cardacas).
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
15/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
16/30
O reconhecimento de sons patolgicos ao exame fsico o meio habitual de diagnosticar inicialmente uma
valvulopatia cardaca.
As valvulopatias constituem, na maioria das vezes,leses adquiridas de diversas etiologias, constituindo,
assim, mais comumente a insuficincia valvular ou aestenose valvular .
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
17/30
ESTENOSE INSUFICINCIA OUREGURGITAO
Incapacidade de abertura completa da valva, tornandomais lento o fluxo sanguneo
que sai de uma cmara.
Ausncia de fechamento completo da valva, geralmentepor causa da formao de umndulo sobre as vlvulas que
impede o encontro ou oalinhamento de suas margens.
TrabalhoCardaco
Refluxo para a
cmara
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
18/30
So sons de alta frequncia (agudos): melhores audveiscom o diafragma do estetoscpio.
Ocorrem prximos a B1 (cliques de ejeo) ou B2(estalidos de abertura).
Geralmente, surgem quando h estenose valvular.
Desaparecem quando a valva calcifica ou torna-seimvel.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
19/30
ESTALIDO DEABERTURA
CLIQUE DEEJEO
DIASTLICOS SISTLICOS
Protossistlicos Mesossistlicos
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
20/30
ESTALIDO DE ABERTURA MITRAL: A abertura da valva mitral ocorre aps o relaxamento
isovolumtrico, no incio da distole. Rudo seco, agudo, de curta durao e costuma ser intenso. Mais audvel com o paciente em DLE na rea mitral e na borda
esternal esquerda na altura do 3 e 4 espao intercostal.
NO DEVE SER CONFUNDIDO COM B2 DESDOBRADA E B3.
B2 DESDOBRADA: Db mais notado na reapulmonar.
Estalido: + agudo e +seco.
B3: B3: tonalidade baixa. Estalido: agudo e metlico. B3: notada na ponta do
corao. Estalido: ponta, borda e
frcula esternal.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
21/30
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
22/30
ESTALIDOS PROTOSSISTLICOS: Produzidos na artria pulmonar e na aorta. Indicam sbita ejeo de sangue nos vasos da base (cliques de
ejeo). Alta frequncia, agudos e intensos.
ESTALIDO PROTOSSISTLICOPULMONAR:
Ouve-se melhor na rea pulmonar
e na BEE ( Db B1). Estenose pulmonar moderada;dilatao idioptica da artriapulmonar; comunicao interatriale hipertenso pulmonar grave.
ESTALIDO PROTOSSISTOLICOARTICO:
Ouve-se melhor na regio do 4EIE junto borda esternal at a
mitral. Estenose valvular; insuficinciavalvular; coarctao; dilataoartica; cardiopatia congnitaciantica (tetralogia de Fallot).
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
23/30
ESTALIDOS MESOSSISTLICOS: So os rudos entre a B1 e B2. Origem: brida pericrdica/pleropericrdica ou prolapso da valva
mitral.
Alta frequncia, seco, agudo, situado no meio ou no fim da sstolee cuja intensidade varia de acordo com:
- Movimentos respiratrios- Mudana de posio
Audveis nas reas mitral ou tricspide.NO SE DEVE CONFUNDI-LOS COM O Db DA B1, COM O
ESTALIDO PROTOSSISTLICO PULMONAR/ARTICO NEMCOM O ATRITO PERICRDICO!!!
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
24/30
So produzidos por vibraes decorrentes de alteraesdo fluxo sanguneo.
Os sopros aparecem na dependncia de alteraes doprprio sangue, da parede do vaso ou das cmaras
cardacas, incluindo os seguintes mecanismos: Aumento da velocidade da corrente sangunea; Diminuio da viscosidade sangunea; Passagem de sangue atravs de uma zona estreita; Passagem de sangue para uma zona dilatada; Passagem de sangue para uma membrana de borda livre. Avaliao semiolgica: ciclo cardaco, localizao,
intensidade, timbre e tonalidade, modificao com a fasede respirao, com a posio do paciente e com o
exerccio fsico.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
25/30
Quanto ao ciclo cardaco, os sopros podem sersistlicos, diastlicos e sistodiastlicos ou contnuos.
SOPROS SISTLICOS:1) Sopro de ejeo:
- Centsimos de segundos aps B1 (contrao isovolumtrica)- Pintraventricular= Fechamento Mitral e Tricspide B1- Contudo, Pintravascular > Pintraventricular Valvas articas e
pulmonares continuam fechadas: impedem a sada do sangue dosventrculos = Sopro.- Trmino: antes da B2.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
26/30
2) Sopro de regurgitao:- Audvel desde o incio da sstole: aparece com a B1,
recobrindo-a, mascarando-a.- Ocupa todo todo o perodo sistlico e termina antes da B2.
- Causado pela regurgitao de sangue dos ventrculos paraos trios quando h insuficincia mitral ou tricspide.- Motivo: o sangue regurgita para o local de menor presso
durante a contrao isovolumtrica (as valvas mitral e tricspideesto se fechando) a presso dentro dos ventrculos > trio.
SOPROS DIASTLICOS: Conforme o momento da distole, so classificados em: protodiastlicos , mesodiastlicos e telediastlicos/pr-sistlicos .
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
27/30
1) Estenoses atrioventriculares (mitral e tricspide):- Ocupa a parte mdia da distole (rpido enchimento dos
ventrculos).- Ntido intervalo entre B2 e o incio dos sopros: Pintra-atriais
Pintraventriculares e passa pouco sangue pelos orifcios valvares.- Baixa frequncia e tonalidade grave ( carter de ruflar).
2) Insuficincia das valvas artica e pulmonar:- Incio imediato aps B2.- Comeo, meio ou fim da distole.- Alta frequncia, decrescendo e tonalidade aguda (carter
aspirativo) .- Consequncia do refluxo de sangue de um dos vasos da
base para um dos ventrculos.
Sopros diastlicos contnuos: So ouvidos durante toda a
sstole e a distole; Recobrem e mascaram B1 e B2; Parte sistlica: + intensa e +
rude (sopros em maquinaria) ; Aparecem na persistncia do
canal arterial, fstulasarteriovenosas, anomalias dosseptos aortopulmonares e norumor venoso.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
28/30
Origina-se na distenso do pericrdio endurecido. Somente audvel quando h comprometimento do
pericrdio. Regio apical e face anterior do corao (rea mitral e
tricspide). Ocorre no perodo diastlico: fim do enchimento
ventricular rpido, um pouco mais precoce que B3. Timbre alto e um rudo seco, por isso no se confunde
com B3. Asemelha-se com o estalido de abertura mitral, que
audvel em todos os focos de ausculta.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
29/30
um rudo provocado pelo roar de folhetos pericrdicos queperderam suas caractersticas normais.
Geralmente, esses folhetos so lisos, ligeiramente umedecidos,
capazes de deslizar um sobre o outro sem provocar qualquervibrao.
Causa: pericardite fibrinosa, quando os folhetos se tornamsecos e rugosos.
No coincide com nenhuma fase do ciclo, no mantmrelao fixa com as bulhas. Habitualmente, contnuo com reforo sistlico. Localizado na ponta do corao e na BEE.
8/12/2019 AUSCULTA CARDACA - LACCIC
30/30
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Mdica . 6.ed.
Guanabara Koogan, 2009.
MOORE, K. L.; DALLEY A. F.Anatomia orientada paraa clnica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2011.
PAZIN FILHO A; SCHMIDT A & MACIEL BC. Auscultacardaca: bases fisiolgicas - fisiopatolgicas. Medicina,Ribeiro Preto, 37 : 208-226, jul./dez. 2004.