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Senai Cetiqt Disciplina: Arte e Moda Professor: Pedro Aluna: Carolina Lima Arte e Moda: Atividades frívolas para quem? Apreciar arte é um dos gestos mais nobres de quem o faz. É de forma simples, a valorização do estético, que hoje em dia, torna outros valores como a história por trás da obra ou o tipo de linguagem por trás de tal trabalho, menos importantes. Mas isto não quer dizer que a arte não se comunique com o mundo externo. Pelo contrário. Toda arte está inserida num contexto histórico, mas se justificarmos a arte somente por estes fatores reduziremos o seu valor. Mesmo assim, por muitas vezes, observamos a arte sendo posta no lugar de algo frívolo. E com a moda não é diferente. Quando vemos um leigo estranhar ao ver algo extravagante em um desfile e comentar: “Quem usaria isto?” Notamos que a moda também não está a salvo de ser considerada algo fútil e superficial por exercer a função da estética e que por muitas vezes, está fora do entendimento humano. É válido destacar que mesmo que ambas as atividades possuam essa ordem, não é preciso estar imerso em qualquer movimento para admirarmos uma obra ou uma roupa. Como no texto o próprio autor afirma que para admirar Rodchenko, não é preciso apoiar o socialismo. Também não é necessário ser fã dos punks para apreciar os desfiles de Vivienne Westwood. A estética, portanto, torna a arte e a moda livres de amarras morais e isto é uma vantagem, pois é sinônimo de liberdade. Por outro lado, existem aqueles que simplesmente atacam o objeto de ambas as vertentes (arte e moda), denominando-os de fúteis e superficiais. Mas estas pessoas esquecem que todos nós necessitamos embelezar-se. Seja através das roupas ou da decoração de suas casas, o ser humano busca igualar-se e/ou diferenciar-se por meio destes dois mundos. Ninguém está livre disto. Nem mesmo aquele que pensa estar. Este, aliás, é o mais refém de todos. É o que busca mostrar toda sua intelectualidade através da desvalorização destes dois movimentos tão importantes para a cultura e para a sociedade. FIM

Autonomia da arte

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Senai Cetiqt

Disciplina: Arte e Moda

Professor: Pedro

Aluna: Carolina Lima

Arte e Moda: Atividades frívolas para quem?

Apreciar arte é um dos gestos mais nobres de quem o faz. É de forma simples, a

valorização do estético, que hoje em dia, torna outros valores como a história por trás da

obra ou o tipo de linguagem por trás de tal trabalho, menos importantes. Mas isto não

quer dizer que a arte não se comunique com o mundo externo. Pelo contrário. Toda arte

está inserida num contexto histórico, mas se justificarmos a arte somente por estes

fatores reduziremos o seu valor. Mesmo assim, por muitas vezes, observamos a arte

sendo posta no lugar de algo frívolo.

E com a moda não é diferente. Quando vemos um leigo estranhar ao ver algo

extravagante em um desfile e comentar: “Quem usaria isto?” Notamos que a moda

também não está a salvo de ser considerada algo fútil e superficial por exercer a função

da estética e que por muitas vezes, está fora do entendimento humano.

É válido destacar que mesmo que ambas as atividades possuam essa ordem, não

é preciso estar imerso em qualquer movimento para admirarmos uma obra ou uma roupa.

Como no texto o próprio autor afirma que para admirar Rodchenko, não é preciso apoiar o

socialismo. Também não é necessário ser fã dos punks para apreciar os desfiles de

Vivienne Westwood. A estética, portanto, torna a arte e a moda livres de amarras morais e

isto é uma vantagem, pois é sinônimo de liberdade.

Por outro lado, existem aqueles que simplesmente atacam o objeto de ambas as

vertentes (arte e moda), denominando-os de fúteis e superficiais. Mas estas pessoas

esquecem que todos nós necessitamos embelezar-se. Seja através das roupas ou da

decoração de suas casas, o ser humano busca igualar-se e/ou diferenciar-se por meio

destes dois mundos. Ninguém está livre disto. Nem mesmo aquele que pensa estar. Este,

aliás, é o mais refém de todos. É o que busca mostrar toda sua intelectualidade através

da desvalorização destes dois movimentos tão importantes para a cultura e para a

sociedade.

FIM

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