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AVALIAÇÃO: AVALIAÇÃO: DE QUE? DE QUEM? DE QUE? DE QUEM?
PARA QUE? PARA QUEM?PARA QUE? PARA QUEM?
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PROFa. DRa. ANDRÉA SERPA
www.andreaserpauff.com.br
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AVALIAÇÃO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AVALIAÇÃO: BREVE RELATOBREVE RELATO
““A avaliação não é uma tortura A avaliação não é uma tortura medieval. É uma invenção mais medieval. É uma invenção mais tardia, nascida com os colégios por tardia, nascida com os colégios por volta do século XVII e tornado volta do século XVII e tornado indissociável do ensino de massa que indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX, com conhecemos desde o século XIX, com a escolaridade obrigatória” a escolaridade obrigatória”
(PERRENOUD, 1999)(PERRENOUD, 1999)
Os exames:Os exames:
Universidade a partir do século XIIIUniversidade a partir do século XIII
Os jesuítas – ratio stodiorum Os jesuítas – ratio stodiorum João Amós Comenius – Didática Magna.João Amós Comenius – Didática Magna.
Embora não se falasse em avaliação da Embora não se falasse em avaliação da aprendizagem são os exames orais que aprendizagem são os exames orais que iniciam os processos de verificação da iniciam os processos de verificação da aprendizagem dos alunos e instituem o aprendizagem dos alunos e instituem o processo de classificação, promoção e processo de classificação, promoção e atribuição de graus e títulos.atribuição de graus e títulos.
Século XIX nos Estados UnidosSéculo XIX nos Estados Unidos – – sistema de testagemsistema de testagem
FinalidadeFinalidade – melhorar os padrões – melhorar os padrões educativoseducativos
Três propostasTrês propostas:: 1 – substituir os exames orais pelos 1 – substituir os exames orais pelos
escritos;escritos; 2 – substituir as questões gerais pelas 2 – substituir as questões gerais pelas
específicas e aumentar o seu número;específicas e aumentar o seu número; 3 – buscar padrões mais objetivos3 – buscar padrões mais objetivos
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AVALIAÇÃO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AVALIAÇÃO: BREVE RELATOBREVE RELATO
França e PortugalFrança e Portugal – docimologia – – docimologia – ciência do estudo sistemático dos ciência do estudo sistemático dos exames, em particular do sistema de exames, em particular do sistema de atribuição de notas e dos atribuição de notas e dos comportamentos dos examinadores e comportamentos dos examinadores e examinadosexaminados
Discussão do papel do exame como fator Discussão do papel do exame como fator eliminatório, decisivo para a classificação eliminatório, decisivo para a classificação do alunodo aluno
Início do século XXInício do século XX – Thorndike nos – Thorndike nos Estados Unidos – testes educacionaisEstados Unidos – testes educacionais
ObjetivoObjetivo – mensurar as mudanças de – mensurar as mudanças de comportamento dos alunoscomportamento dos alunos
Início da avaliação da aprendizagem, Início da avaliação da aprendizagem, conhecida como medida ou avaliação conhecida como medida ou avaliação do rendimento escolar, o que deu do rendimento escolar, o que deu origem aos testes padronizadosorigem aos testes padronizados
1935-19381935-1938 – conferências sobre a – conferências sobre a avaliação e criação de uma comissão avaliação e criação de uma comissão permanente de estudos sobre o permanente de estudos sobre o assuntoassunto
CaracterísticasCaracterísticas – aplicação de – aplicação de testes. Caráter instrumentaltestes. Caráter instrumental
Anos 30 do século passadoAnos 30 do século passado – Tyler – Tyler e Smith defendem os testes, as e Smith defendem os testes, as escalas de atitude, os inventários, os escalas de atitude, os inventários, os questionários e as fichas de registro questionários e as fichas de registro de comportamento dos alunosde comportamento dos alunos
Tyler atribuiu à avaliação um novo Tyler atribuiu à avaliação um novo enfoque - avaliação por objetivosenfoque - avaliação por objetivos
Mager amplia essas idéias, Mager amplia essas idéias, apresentando apresentando
três característicastrês características:: 1 – conter, explicitamente, o 1 – conter, explicitamente, o
comportamento observável dos alunos;comportamento observável dos alunos; 2 – especificar as condições nas quais 2 – especificar as condições nas quais
o comportamento deve ocorrer;o comportamento deve ocorrer; 3 – definir o padrão de rendimento 3 – definir o padrão de rendimento
aceitável (critério), segundo o qual o aceitável (critério), segundo o qual o nível de desempenho do aluno é nível de desempenho do aluno é considerado satisfatórioconsiderado satisfatório
Cronbach (1963) – Cronbach (1963) – quatro pontos sobre avaliaçãoquatro pontos sobre avaliação:: 1 – a associação entre avaliação e o 1 – a associação entre avaliação e o
processo de tomada de decisão;processo de tomada de decisão; 2 – os diferentes papéis da avaliação 2 – os diferentes papéis da avaliação
educacional;educacional; 3 – o desempenho do estudante como 3 – o desempenho do estudante como
critério de avaliação de cursos;critério de avaliação de cursos; 4 – a análise de algumas técnicas de 4 – a análise de algumas técnicas de
medida à disposição do avaliador medida à disposição do avaliador educacional.educacional.
Scriven e BloomScriven e Bloom Scriven (1978) – a avaliação Scriven (1978) – a avaliação
desempenha vários papéis, embora desempenha vários papéis, embora com um único objetivo: determinar o com um único objetivo: determinar o valor ou o mérito do que está sendo valor ou o mérito do que está sendo avaliadoavaliado
Concebe a avaliação como um Concebe a avaliação como um levantamento sistemático de levantamento sistemático de informações e sua posterior análise informações e sua posterior análise para fins de determinar o valor de um para fins de determinar o valor de um fenômeno educacional. Foi quem fenômeno educacional. Foi quem primeiro utilizou o termo Avaliação primeiro utilizou o termo Avaliação FormativaFormativa
Para ele, a avaliação tem papéis Para ele, a avaliação tem papéis diferenciados, ou seja, papéis diferenciados, ou seja, papéis formativos formativos e e somativossomativos, cujos , cujos conceitos influenciaram em conceitos influenciaram em definitivo, a prática e o futuro da definitivo, a prática e o futuro da avaliaçãoavaliação
Essas idéias influenciaram o Essas idéias influenciaram o pensamento dos autores pensamento dos autores brasileiros até a década de 80brasileiros até a década de 80
A A avaliação formativaavaliação formativa caracteriza-se por um caráter caracteriza-se por um caráter processual, isto é, ocorre ao longo processual, isto é, ocorre ao longo do desenvolvimento dos do desenvolvimento dos programas, dos projetos e dos programas, dos projetos e dos produtos educacionais, permitindo produtos educacionais, permitindo as modificações que se fizer as modificações que se fizer necessárias durante o processonecessárias durante o processo
A A avaliação somativaavaliação somativa é a que se é a que se realiza ao final de um programa ou de realiza ao final de um programa ou de uma atividade, possibilitando a uma atividade, possibilitando a reorientação necessária e tomada de reorientação necessária e tomada de novas decisõesnovas decisões
A A avaliação diagnóstica avaliação diagnóstica surge mais surge mais tardetarde e tem o sentido de se partir dos e tem o sentido de se partir dos conhecimentos prévios dos alunosconhecimentos prévios dos alunos
Diferencia avaliação de medidaDiferencia avaliação de medida
Funções da avaliação: Funções da avaliação: DiagnósticaDiagnóstica, , Formativa Formativa e e SomativaSomativa
DiagnósticaDiagnóstica – – permite detectar a permite detectar a existência ou não de pré-requisitos existência ou não de pré-requisitos necessários para que a aprendizagem se necessários para que a aprendizagem se efetue. No início de um assunto, bimestre, efetue. No início de um assunto, bimestre, etcetc
FormativaFormativa – – consiste no fornecimento de consiste no fornecimento de informações que orientarão o professor informações que orientarão o professor para a busca de melhoria do desempenho para a busca de melhoria do desempenho dos estudantes durante todo o processo dos estudantes durante todo o processo ensino/aprendizagem, de modo a evitar o ensino/aprendizagem, de modo a evitar o acúmulo de problemasacúmulo de problemas
SomativaSomativa – – implica no fornecimento de implica no fornecimento de informações a respeito do valor final do informações a respeito do valor final do desempenho do aluno, tendo em vista a desempenho do aluno, tendo em vista a decisão de aprová-lo ou reprová-lodecisão de aprová-lo ou reprová-lo
Benjamim Bloom publica o Benjamim Bloom publica o Manual de avaliação formativa e Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolarsomativa do aprendizado escolar
1971 nos Estados Unidos1971 nos Estados Unidos 1983 no Brasil1983 no Brasil Influenciou os meios acadêmicos Influenciou os meios acadêmicos
da época e influencia até os da época e influencia até os nossos diasnossos dias
As concepções de Bloom (1972) foram As concepções de Bloom (1972) foram importantes para a geração de um importantes para a geração de um sistema de ensino e avaliação mais sistema de ensino e avaliação mais coerentes entre si. coerentes entre si.
Ao destacar a relevância do domínio Ao destacar a relevância do domínio de taxonomias*, despertou os de taxonomias*, despertou os professores para o perigo da professores para o perigo da incoerência entre o que se ensina e o incoerência entre o que se ensina e o que se avaliaque se avalia
* Taxonomia – ciência ou técnica de * Taxonomia – ciência ou técnica de classificarclassificar
Bloom define avaliação como Bloom define avaliação como “coleta sistemática de evidências “coleta sistemática de evidências por meio das quais determinam-se por meio das quais determinam-se mudanças que ocorrem nos alunos e mudanças que ocorrem nos alunos e como ocorrem”como ocorrem”
Inclui uma grande variedade de Inclui uma grande variedade de evidências que vão além do evidências que vão além do tradicional exame final de caneta e tradicional exame final de caneta e papel.papel.
Funções da avaliação – diagnosticar, Funções da avaliação – diagnosticar, retroinformar e favorecer o retroinformar e favorecer o desenvolvimento individual, ou seja, a desenvolvimento individual, ou seja, a avaliação avaliação diagnósticadiagnóstica
Pressupostos que devem nortear a Pressupostos que devem nortear a avaliação diagnóstica – deve ocorrer avaliação diagnóstica – deve ocorrer no início de uma unidade no início de uma unidade DE ENSINODE ENSINO, , semestre ou ano letivosemestre ou ano letivo
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO FORMATIVAFORMATIVA
AVALIAÇÃO SOMATIVAAVALIAÇÃO SOMATIVA
ObjetivoObjetivo – o que se – o que se pretende fazer com os pretende fazer com os resultadosresultados
Domínio de Domínio de determinada tarefa de determinada tarefa de aprendizagemaprendizagem
Alcance de objetivos Alcance de objetivos mais amplos (do curso mais amplos (do curso ou de grande parte ou de grande parte dele)dele)
Época Época – ao longo do – ao longo do tempo, do processo de tempo, do processo de ensino e aprendizagemensino e aprendizagem
Enquanto se processa Enquanto se processa o ensino/aprendizagemo ensino/aprendizagem
Após o término do Após o término do processo de processo de ensino/aprendizagemensino/aprendizagem
Motivo da avaliaçãoMotivo da avaliação Visa o diagnóstico, a Visa o diagnóstico, a recuperação e o recuperação e o planejamentoplanejamento
Visa a classificação ou Visa a classificação ou o julgamentoo julgamento
FreqüênciaFreqüência FreqüentementeFreqüentemente Geralmente duas a três Geralmente duas a três vezes no cursovezes no curso
Atribuição de notaAtribuição de nota Atribui notas como Atribui notas como parâmetro para saber parâmetro para saber o que o aluno o que o aluno aprendeu e o que não aprendeu e o que não aprendeuaprendeu
Atribui notas que são Atribui notas que são divulgadas, tornam-se divulgadas, tornam-se públicaspúblicas
Nível de generalização Nível de generalização do conhecimento do conhecimento esperadoesperado
Habilidades ou pré-Habilidades ou pré-requisitos detalhados requisitos detalhados para cada objetivo para cada objetivo amploamplo
Detém-se mais na Detém-se mais na capacidade geral de capacidade geral de “construir e “construir e interpretarinterpretar
As idéias de Bloom enquadravam-se na corrente quantitativa da avaliação que predominou na literatura brasileira até o início dos anos 80.
Tal corrente valoriza o uso de instrumentos e tecnologias diversas para a mensuração do rendimento do aluno com o propósito de alcançar objetivos comportamentais, bem como traduzir a quantificação do conhecimento adquirido que ainda predomina no pensamento educacional brasileiro, expresso nas práticas avaliativas desde a Educação Básica até o Ensino Superior (MEZZAROBA & AVARENGA, 1999; SAUL, 1988).
A avaliação apresenta dois A avaliação apresenta dois modelos: o tradicional e o modelos: o tradicional e o progressivistaprogressivista
TradicionalTradicional – enfatiza as – enfatiza as quantificações dos resultados e a quantificações dos resultados e a classificação do aluno;classificação do aluno;
ProgressivistaProgressivista – focaliza o – focaliza o processo e a avaliação diagnóstica processo e a avaliação diagnóstica do alunodo aluno
Final da década de 80 e início de Final da década de 80 e início de 90 – surgem visões mais 90 – surgem visões mais progressistas, dentre as quais, a progressistas, dentre as quais, a abordagem da avaliação abordagem da avaliação emancipatória de Saul (1988)emancipatória de Saul (1988)
Característica – avaliação de Característica – avaliação de cursos e programas educacionaiscursos e programas educacionais
Hoffmann (1998) – avaliação Hoffmann (1998) – avaliação mediadoramediadora
Lüdke e Mediano (1994) – enfoque Lüdke e Mediano (1994) – enfoque sociológico para a avaliaçãosociológico para a avaliação
Luckesi (1999) – enfoca a avaliação Luckesi (1999) – enfoca a avaliação enquanto processo. Diferencia medida enquanto processo. Diferencia medida de avaliaçãode avaliação
Prado (1997) – enfatiza a avaliação Prado (1997) – enfatiza a avaliação como processo e não como produtocomo processo e não como produto
Vianna (1989) – contribui para criar a Vianna (1989) – contribui para criar a cultura da avaliaçãocultura da avaliação
Semelhanças Semelhanças e diferenças e diferenças entre entre Avaliação:Avaliação:
DiagnósticaDiagnóstica FormativaFormativa SomativaSomativa
FunçõesFunções Determinar: a Determinar: a presença ou ausência presença ou ausência de habilidades e pré-de habilidades e pré-requisitos e o nível de requisitos e o nível de domínio prévio; as domínio prévio; as causas subjacentes e causas subjacentes e dificuldades repetidas dificuldades repetidas de aprendizagem.de aprendizagem.- Colocar o aluno de Colocar o aluno de acordo com as acordo com as diversas diversas características características sabidas ou sabidas ou supostamente supostamente relacionadas com relacionadas com modalidades modalidades alternativa de ensino;alternativa de ensino;
Feedback Feedback ao aluno e ao aluno e ao professor quanto ao professor quanto ao progresso do ao progresso do aluno ao longo de aluno ao longo de uma unidade;uma unidade;
- Localização de - Localização de erros em termos de erros em termos de estrutura de uma estrutura de uma unidade, de modo a unidade, de modo a possibilitar a possibilitar a indicação de indicação de técnicas alternativas técnicas alternativas de recuperaçãode recuperação
Graduação ou Graduação ou atribuição de notas atribuição de notas ao final de uma ao final de uma unidade, semestre unidade, semestre ou cursoou curso
ÉpocaÉpoca No início de uma unidade, No início de uma unidade, semestre ou ano letivo;semestre ou ano letivo;
Durante o processo, Durante o processo, quando o aluno evidencia quando o aluno evidencia uma incapacidade uma incapacidade constante de constante de aproveitamento integral aproveitamento integral do ensinodo ensino
Durante todo o Durante todo o processo de ensino/processo de ensino/
aprendizagemaprendizagem
Ao final de uma Ao final de uma unidade, semestre unidade, semestre ou ano letivoou ano letivo
Ênfase de Ênfase de avaliaçãoavaliação
Comportamentos Comportamentos cognitivos, afetivos e cognitivos, afetivos e psicomotorespsicomotores
Fatores físicos, Fatores físicos, psicológicos e ambientaispsicológicos e ambientais
Comportamentos Comportamentos cognitivoscognitivos
Comportamentos Comportamentos cognitivos ou cognitivos ou afetivosafetivos
Tipos de Tipos de instrumentosinstrumentos
Formativos e Formativos e somativos para pré-somativos para pré-testes;testes;
Padronizados de Padronizados de desempenho e desempenho e diagnóstico;diagnóstico;
Observação e roteirosObservação e roteiros
Instrumentos Instrumentos Formativos Formativos diversos, diversos, especialmente especialmente planejados e planejados e elaboradoselaborados
Exames finais Exames finais
Como são as Como são as amostrasamostras
Especifica para cada Especifica para cada comportamentocomportamento
Comportamento físico Comportamento físico e emocionale emocional
Amostra específica Amostra específica de todas as tarefas de todas as tarefas relacionadas na relacionadas na hierarquia da hierarquia da unidadeunidade
Uma amostra dos Uma amostra dos objetivos objetivos ponderados do ponderados do cursocurso
DificuldadeDificuldade Diagnóstico de Diagnóstico de habilidades e habilidades e capacidadescapacidades
Não pode ser Não pode ser especificada de especificada de antemãoantemão
Dificuldade Dificuldade média variando média variando de 35% a 70% de 35% a 70% com alguns com alguns itens muito itens muito fáceis e alguns fáceis e alguns muito difíceismuito difíceis
Atribuição de Atribuição de pontospontos
Baseada em Baseada em normas e normas e critérioscritérios
Baseada em Baseada em critérioscritérios
Baseada em Baseada em normasnormas
Método de Método de relatorelato
Perfil individual Perfil individual de sub-de sub-habilidadeshabilidades
Padrão Padrão individual de individual de escores escores relativos a relativos a acertos e erros acertos e erros em cada tarefa em cada tarefa da hierarquiada hierarquia
Escore total ou Escore total ou subescores subescores obtidos para obtidos para cada objetivocada objetivo
DIFERENTES CONCEPÇÕES DE DIFERENTES CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO
A posições de contestação da avaliação tradicional A posições de contestação da avaliação tradicional e tecnicista vêm crescendo e o estabelecimento de e tecnicista vêm crescendo e o estabelecimento de um processo avaliativo que esteja a serviço do um processo avaliativo que esteja a serviço do aluno e não contra ele vem ganhando espaço.aluno e não contra ele vem ganhando espaço.
Nesse sentido, em suas características Nesse sentido, em suas características diagnóstica, mediadora e dialógicadiagnóstica, mediadora e dialógica, a , a avaliação cumpre o seu papel superando o atraso avaliação cumpre o seu papel superando o atraso do processo avaliativo, atingindo seu real do processo avaliativo, atingindo seu real significado de ser instrumento de significado de ser instrumento de acompanhamento da construção do conhecimento acompanhamento da construção do conhecimento do aluno, numa visão de totalidade.do aluno, numa visão de totalidade.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICAAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Visa detectar os níveis de aprendizagem Visa detectar os níveis de aprendizagem atingidos pelos alunos e decidir o que precisa atingidos pelos alunos e decidir o que precisa ser feito para corrigir os desvios.ser feito para corrigir os desvios.
““No caso da avaliação da aprendizagem, No caso da avaliação da aprendizagem, essa tomada de decisão(...) se refere à essa tomada de decisão(...) se refere à decisão do que fazer com o aluno quando decisão do que fazer com o aluno quando a sua aprendizagem se manifesta a sua aprendizagem se manifesta satisfatória ou o que fazer quando sua satisfatória ou o que fazer quando sua aprendizagem se manifesta aprendizagem se manifesta insatisfatória. Se não tomar uma decisão insatisfatória. Se não tomar uma decisão sobre isso, o ato de avaliar não sobre isso, o ato de avaliar não completou seu ciclo constitutivo.”completou seu ciclo constitutivo.”
(Cipriano Luckesi)(Cipriano Luckesi)
AVALIAÇÃO MEDIADORA AVALIAÇÃO MEDIADORA Através dela busca-se a dinamização das oportunidades de Através dela busca-se a dinamização das oportunidades de
ação-reflexão, o acompanhamento permanente do professor, o ação-reflexão, o acompanhamento permanente do professor, o desafio ao aluno, a compreensão das dificuldades do aluno desafio ao aluno, a compreensão das dificuldades do aluno atendendo o seu processo de cognição.atendendo o seu processo de cognição.
““Essa avaliação é ação, no sentido de levar o aluno do Essa avaliação é ação, no sentido de levar o aluno do saber provisório a um saber enriquecido. Nesta visão de saber provisório a um saber enriquecido. Nesta visão de avaliação não há um resultado único. Há um processo. avaliação não há um resultado único. Há um processo. Há sempre um vir a ser.”Há sempre um vir a ser.”
(Jussara Hoffman)(Jussara Hoffman)
Respeitar o ritmo de cada aluno, pois considera a avalição Respeitar o ritmo de cada aluno, pois considera a avalição mediadora o elo entre o aluno e o objeto do conhecimento.mediadora o elo entre o aluno e o objeto do conhecimento.
““(...) mediar refere-se ao que está acontecendo no (...) mediar refere-se ao que está acontecendo no meio, ou entre duas ou mais coisas separadas no tempo meio, ou entre duas ou mais coisas separadas no tempo e/ou espaço (...) O movimento se realiza por mediação e/ou espaço (...) O movimento se realiza por mediação que faz a passagem de um nível a outro, de uma coisa a que faz a passagem de um nível a outro, de uma coisa a outra, de uma parte a outra, dentro daquela realidade.”outra, de uma parte a outra, dentro daquela realidade.”
(Guiomar Namo de Mello)(Guiomar Namo de Mello)
AVALIAÇÃO DIALÓGICAAVALIAÇÃO DIALÓGICA
Subsidia a avaliação mediadora, que se efetiva Subsidia a avaliação mediadora, que se efetiva através do diálogo.através do diálogo.
O diálogo se dá na situação de mediação social e O diálogo se dá na situação de mediação social e simbólica, fundamentando a interação do sujeito simbólica, fundamentando a interação do sujeito com o mundo.com o mundo.
Desta forma entende-se que:Desta forma entende-se que: Uma avaliação que, sendo parte integrante do Uma avaliação que, sendo parte integrante do
processo educativo, acompanhe o processo de processo educativo, acompanhe o processo de construção do conhecimento do aluno, contribuindo construção do conhecimento do aluno, contribuindo para o seu desenvolvimento.para o seu desenvolvimento.
Uma avaliação nas concepções diagnóstica, Uma avaliação nas concepções diagnóstica, mediadora e dialógica, que privilegie o mediadora e dialógica, que privilegie o desenvolvimento do processo e não apenas o desenvolvimento do processo e não apenas o resultado.resultado.
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE AVALIAÇÃOOUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO
Avaliação: Segundo Mª Tereza EstebanAvaliação: Segundo Mª Tereza Esteban
O grande número de excluídos do acesso ao O grande número de excluídos do acesso ao conhecimento socialmente valorizado, dos espaços conhecimento socialmente valorizado, dos espaços reconhecidos da vida social, bem como a reconhecidos da vida social, bem como a marginalização de conhecimentos socialmente marginalização de conhecimentos socialmente produzidos, mas não reconhecidos e validados, vão produzidos, mas não reconhecidos e validados, vão fortalecendo a necessidade de engendrar fortalecendo a necessidade de engendrar mecanismos de intervenção na dinâmica mecanismos de intervenção na dinâmica inclusão/exclusão social. O processo de avaliação do inclusão/exclusão social. O processo de avaliação do resultado escolar dos alunos está profundamente resultado escolar dos alunos está profundamente marcado pela necessidade de criação de uma nova marcado pela necessidade de criação de uma nova cultura sobre avaliação, que ultrapasse os limites de cultura sobre avaliação, que ultrapasse os limites de técnica e incorpore a dimensão ética.técnica e incorpore a dimensão ética.
A classificação das respostas em A classificação das respostas em acertos e erros, ou satisfatórias, acertos e erros, ou satisfatórias, ou outras expressões do gênero, ou outras expressões do gênero, se fundamenta nessa concepção se fundamenta nessa concepção de que saber e não saber são de que saber e não saber são excludentes e na perspectiva de excludentes e na perspectiva de substituição da heterogeneidade substituição da heterogeneidade real por uma homogeneidade real por uma homogeneidade idealizada.idealizada.
A inexistência de um processo A inexistência de um processo escolar que possa atender às escolar que possa atender às necessidades e particularidades necessidades e particularidades das classes populares, permitindo das classes populares, permitindo que as múltiplas vozes sejam que as múltiplas vozes sejam explicitadas e incorporadas, é um explicitadas e incorporadas, é um dos fatores que fazem com que um dos fatores que fazem com que um grande potencial humano seja grande potencial humano seja desperdiçado.desperdiçado.
Avaliação democrática, Avaliação democrática, promovendo a inclusão:promovendo a inclusão:
Esta perspectiva engloba as alternativas Esta perspectiva engloba as alternativas de avaliação que estão pensadas como parte de avaliação que estão pensadas como parte de um processo de construção de uma de um processo de construção de uma pedagogia multicultural, democrática, que pedagogia multicultural, democrática, que vislumbra a escola como uma zona fronteiriça vislumbra a escola como uma zona fronteiriça de cruzamento de culturas. Esta percepção de cruzamento de culturas. Esta percepção implica numa mudança radical na lógica que implica numa mudança radical na lógica que conduz às práticas de avaliação porque supõe conduz às práticas de avaliação porque supõe substituir a lógica da exclusão, que se baseia substituir a lógica da exclusão, que se baseia na homogeneidade inexistente, pela lógica da na homogeneidade inexistente, pela lógica da inclusão, fundamentada na heterogeneidade inclusão, fundamentada na heterogeneidade real.real.
ZDP – Segundo, Mª Teresa ZDP – Segundo, Mª Teresa EstebanEsteban
A palavra “Possibilidade” nos A palavra “Possibilidade” nos convida a transformar a realidade. A convida a transformar a realidade. A existência da possibilidade nos existência da possibilidade nos desafia a buscar alternativas. Nessa desafia a buscar alternativas. Nessa busca Esteban encontra o conceito de busca Esteban encontra o conceito de “zona de Desenvolvimento Proximal” “zona de Desenvolvimento Proximal” – ZDP (Vigotsky, 1988), como um – ZDP (Vigotsky, 1988), como um instrumento que amplia a reflexão instrumento que amplia a reflexão sobre o processo de avaliação.sobre o processo de avaliação.
Quem erra não sabe?Quem erra não sabe?
O erro oferece novas informações e O erro oferece novas informações e formula novas perguntas sobre a formula novas perguntas sobre a dinâmica aprendizagem/desenvolvimento, dinâmica aprendizagem/desenvolvimento, individual e coletiva. O erro, muitas vezes individual e coletiva. O erro, muitas vezes mais do que o acerto, revela o que a mais do que o acerto, revela o que a criança “sabe”, colocando este saber criança “sabe”, colocando este saber numa perspectiva processual, indicando numa perspectiva processual, indicando também aquilo que ela “ainda não sabe”, também aquilo que ela “ainda não sabe”, portanto o que pode “vir a saber”. portanto o que pode “vir a saber”.
O que sabe quem erra?O que sabe quem erra?
As respostas predeterminadas cedem lugar As respostas predeterminadas cedem lugar às respostas em constante construção, às respostas em constante construção, desconstrução e reconstrução, que passa a desconstrução e reconstrução, que passa a configurar o início de novos configurar o início de novos questionamentos, sejam elas certas ou questionamentos, sejam elas certas ou erradas. As diferenças entre alunos são erradas. As diferenças entre alunos são assumidas como peculiaridades que devem assumidas como peculiaridades que devem ser trabalhadas e incorporadas pelo ser trabalhadas e incorporadas pelo movimento coletivo, deixando de ser movimento coletivo, deixando de ser compreendidas como deficiências que compreendidas como deficiências que precisam ser corrigidas.precisam ser corrigidas.
Avaliação, segundo Pedro Avaliação, segundo Pedro Demo:Demo:
As notas facilmente estabelecem metas As notas facilmente estabelecem metas quantitativas, fragmentadas e isoladas, quantitativas, fragmentadas e isoladas, levando frequentemente a levando frequentemente a formalizações excessivas que ressecam formalizações excessivas que ressecam e despersonalizam os relacionamentos. e despersonalizam os relacionamentos. O professor conhece melhor a nota do O professor conhece melhor a nota do que o aluno. Muitos alunos que recebem que o aluno. Muitos alunos que recebem nota baixa sabem apenas que precisam nota baixa sabem apenas que precisam obter notas mais altaobter notas mais alta
Tipos de avaliação:Tipos de avaliação: Avaliação Diagnóstica: deve ser voltada para Avaliação Diagnóstica: deve ser voltada para
autocompreensão e participação do aluno. autocompreensão e participação do aluno. O produto esperado da avaliação diagnóstica O produto esperado da avaliação diagnóstica é a detecção de problemas, procurando é a detecção de problemas, procurando identificar causas e apontar soluções.identificar causas e apontar soluções.
Avaliação Contínua: Não requer o Avaliação Contínua: Não requer o planejamento de atividades específicas de planejamento de atividades específicas de avaliação, diferenciadas da prática cotidiana avaliação, diferenciadas da prática cotidiana da aula, mas um conjunto de elementos da aula, mas um conjunto de elementos integrados em cada uma das atividades de integrados em cada uma das atividades de classe que começam já no planejamento da classe que começam já no planejamento da atividade, são ajustadas no seu transcurso e atividade, são ajustadas no seu transcurso e são registradas mediante instrumentos são registradas mediante instrumentos simples e práticos.simples e práticos.
Avaliação Formativa:Avaliação Formativa: Avaliação Formativa: Não se trata Avaliação Formativa: Não se trata
apenas de avaliar o nível de apenas de avaliar o nível de aprendizagem dos alunos. O professor aprendizagem dos alunos. O professor deve avaliar, o próprio processo de deve avaliar, o próprio processo de ensino e atividade que realiza na aula. ensino e atividade que realiza na aula. Dessa forma, ao analisar seu próprio Dessa forma, ao analisar seu próprio trabalho e o acontecido na aula, o trabalho e o acontecido na aula, o professor adquire critérios e elementos professor adquire critérios e elementos para introduzir mudanças em sua para introduzir mudanças em sua atividade docente e ampliar a atenção atividade docente e ampliar a atenção que dispensa a seus alunos. Estratégias que dispensa a seus alunos. Estratégias para avaliação formativa:para avaliação formativa:
Obter informações necessárias para Obter informações necessárias para acompanhar o percurso de cada acompanhar o percurso de cada criança e do grupo;criança e do grupo; Apreender o modo como cada criança Apreender o modo como cada criança representa os conceitos trabalhados;representa os conceitos trabalhados; Investigar como as crianças pensam Investigar como as crianças pensam sobre o que ensinamos;sobre o que ensinamos; Pensar nas possibilidades que Pensar nas possibilidades que assegurariam a qualidade de ensino e assegurariam a qualidade de ensino e aprendizagem;aprendizagem; Refletir sobre como proceder para que Refletir sobre como proceder para que as crianças evidenciem seus avanços e as crianças evidenciem seus avanços e dificuldades;dificuldades; Analisar as respostas dadas pelas Analisar as respostas dadas pelas crianças;crianças; Buscar compreender a lógica utilizada Buscar compreender a lógica utilizada pelas crianças na realização das tarefas pelas crianças na realização das tarefas propostas.propostas.
AA CCUULLTTUURRAA TT EE EESSCCOOLLAA RR UU II RR DD RR AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DD CC SSAABBEERR UU LL PPOODDEERR
As múltiplas dimensões da Avaliação Escolar: Uma prática complexa.
AVALIAÇÃO
CURRÍCULOSCULTURAS
SABERESPODERES
ALTERIDADES
SOCIEDADES
CORPOS PROJETOS
MERCADO VIOLÊNCIAS SONHOS
Projetos em disputa…Projetos em disputa…
Pensamento moderno: Pensamento moderno: linearidade; progresso, linearidade; progresso, evolução; alta cultura x sem evolução; alta cultura x sem cultura; civilização X barbarie;cultura; civilização X barbarie;
Pensamento complexo: redes de Pensamento complexo: redes de relações; teias de significações; relações; teias de significações; culturas; civilizações.culturas; civilizações.
TREINAR INDIVÍDUOS PARA UM TREINAR INDIVÍDUOS PARA UM MUNDO:MUNDO:
Competitivo, seletivo e classificatório;Competitivo, seletivo e classificatório; Uniforme, homogênio, mocultural;Uniforme, homogênio, mocultural; Informações parciais, fragmentadas;Informações parciais, fragmentadas; Lógicas únicas, interpretações Lógicas únicas, interpretações
únicas, verdades únicas;únicas, verdades únicas; A forma prevalece sobre o conteúdo;A forma prevalece sobre o conteúdo; O conhecimento não tem valor em si: O conhecimento não tem valor em si:
reificado, é um objeto, uma reificado, é um objeto, uma mercadoria, assim como o indivíduo.mercadoria, assim como o indivíduo.
FORMAR SUJEITOS PARA UM FORMAR SUJEITOS PARA UM MUNDO:MUNDO:
Cooperativo, solidário, includente;Cooperativo, solidário, includente; Onde a diferença não é deficiência;Onde a diferença não é deficiência; Diversidade e pluralidade cultural;Diversidade e pluralidade cultural; Conhecimento complexo, transdiciplinar;Conhecimento complexo, transdiciplinar; Lógicas diversas, diferentes interpreções Lógicas diversas, diferentes interpreções
possíveis;possíveis; Conteúdo e forma são indissossiáveis;Conteúdo e forma são indissossiáveis; O conhecimento é um valor em si: produzido O conhecimento é um valor em si: produzido
no encontro entre sujeitos de diferentes no encontro entre sujeitos de diferentes saberes.saberes.
CULTURA, ETNOCENTRISMO & CULTURA, ETNOCENTRISMO & EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
ETNOCENTRISMO =ETNOCENTRISMO = centração nos centração nos próprios valores e na própria próprios valores e na própria cultura ou etnia. Tal tendência, se cultura ou etnia. Tal tendência, se bem que universal, é a lente que bem que universal, é a lente que nos impede de olhar o “outro” na nos impede de olhar o “outro” na sua dignidade e positividade, é o sua dignidade e positividade, é o que alimenta as ideologias sobre a que alimenta as ideologias sobre a carência cultural como explicações carência cultural como explicações sobre os modos de vida alheios.sobre os modos de vida alheios.
QUAL A FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO QUAL A FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR?NA EDUCAÇÃO ESCOLAR?
Treinar indivíduos e promover uma pré-seleção Treinar indivíduos e promover uma pré-seleção para o “mercado” excluindo na base, para o “mercado” excluindo na base, separando logo o joio do trigo?separando logo o joio do trigo?
Formar sujeitos e garantir-lhes o direito ao Formar sujeitos e garantir-lhes o direito ao conhecimento? Formar seres humanos conhecimento? Formar seres humanos melhores para um mundo que precisa melhores para um mundo que precisa subelevar-se acima dos desígnios do subelevar-se acima dos desígnios do “mercado”?“mercado”?
A quem serve a escola? A que projeto ela esta A quem serve a escola? A que projeto ela esta subordinada? E o que este projeto vem subordinada? E o que este projeto vem históricamente produzindo?históricamente produzindo?
“O conflito ético se coloca como inevitável quando a avaliação cumpre simultaneamente funções tão diversas, servindo cada uma delas a interesses muito diferentes”.(Sacristán, 1998: p.337).
QUE FUNÇÕES A AVALIAÇÃO CUMPRE?
E A QUE PROJETOS ESTAS FUNÇÕES SERVEM?
Paradigma etnocêntrico / colonialista Paradigma etnocêntrico / colonialista / moderno;/ moderno;
Sujeitos de culturas, classes, valores, Sujeitos de culturas, classes, valores, lógicas, subjetividades diversas e lógicas, subjetividades diversas e diferentes;diferentes;
Conhecimentos? Valores? Culturas? Conhecimentos? Valores? Culturas? Comportamentos? Lógicas?Comportamentos? Lógicas?
Quem avalia, avalia quem? Como?Quem avalia, avalia quem? Como?Quem avalia, avalia o que? Para quê?Quem avalia, avalia o que? Para quê?
É POSSIVEL AVALIAR? É POSSIVEL AVALIAR O “OUTRO” SEM O OUTRO? É POSSÍVEL AVALIAR O “OUTRO” QUE SE DESCONHECE?
SUJEITOS DA AVALIAÇÃO: PROFESSORES, ALUNOS, CULTURAS, VALORES? O QUE REALMENTE SE BUSCA REGULAR/AJUSTAR? E O QUE SE INVISIBILIZA?
QUEM SÃO OS SUJEITOS TRANSMUTADOS EM NÚMEROS? O QUE REALMENTE SABEM? O QUE PRECISAM SABER? QUEM DEFINE?
QUE SUJEITOS PRETENDE FORMAR E QUE PROJETO DE MUNDO SE PRODUZ COM AS AVALIAÇÕESMONUCULTURAIS E UNIVERSALISTAS?
DIFERENTES CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM DIFERENTES CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM DIFERENTES CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃODIFERENTES CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO
fonte: Domingos Fernandesfonte: Domingos Fernandes
Princípios Princípios BehavioristasBehavioristas
Teorias da Teorias da aprendizagemaprendizagem
Acumulação de pequenos Acumulação de pequenos elementos que um dado elementos que um dado conhecimento se decompõeconhecimento se decompõe
Aprendizagem é um processo Aprendizagem é um processo ativo de construção mental e ativo de construção mental e atribuição de significadoatribuição de significado
Transferência de Transferência de aprendizagem para contextos aprendizagem para contextos semelhantes aos que a semelhantes aos que a aprendizagem ocorreuaprendizagem ocorreu
Aprender coisas “novas” pode Aprender coisas “novas” pode ser facilitado, dificultado ou ser facilitado, dificultado ou impedido por concepções e impedido por concepções e estruturas pré-existentesestruturas pré-existentes
Testes devem ser frequentes Testes devem ser frequentes para garantir o alcance dos para garantir o alcance dos objetivosobjetivos
Aprendizagens são processos Aprendizagens são processos sociais, o que se aprende é sociais, o que se aprende é marcado socio e marcado socio e culturalmenteculturalmente
ISOMORFISMO: teste se ISOMORFISMO: teste se confunde com aprendizagem confunde com aprendizagem e vice-versae vice-versa
Metacognição, autocontrole, Metacognição, autocontrole, autorregulação competencias autorregulação competencias indispensáveis para o indispensáveis para o pensamentopensamento
Motivação externa: baseada Motivação externa: baseada em estímulos: reforço positivo em estímulos: reforço positivo de pequenos passos.de pequenos passos.
Novas aprendizagens Novas aprendizagens determinadas por determinadas por conhecimentos prévios e conhecimentos prévios e perspectivas culturais.perspectivas culturais.
AVALIAÇÃO FORMATIVA ALTERNATIVA:AVALIAÇÃO FORMATIVA ALTERNATIVA: PAPEL DOCENTE / PAPEL DISCENTE PAPEL DOCENTE / PAPEL DISCENTE
fonte: Domingos Fernandesfonte: Domingos Fernandes
PROFESSORPROFESSOR ALUNOALUNOOrganizar o processo de Organizar o processo de ensinoensino
Participar ativamente do Participar ativamente do processo de aprendizagem e processo de aprendizagem e avaliaçãoavaliação
Propor tarefas apropriadas Propor tarefas apropriadas aos alunosaos alunos
Desenvolver as tarefas Desenvolver as tarefas propostaspropostas
Definir prévia e claramente os Definir prévia e claramente os propósitos do ensino e propósitos do ensino e avaliaçãoavaliação
Utilizar o feedback para Utilizar o feedback para autoregular suas autoregular suas aprendizagensaprendizagens
Diferenciar suas estratégiasDiferenciar suas estratégias Analisar seu próprio trabalho: Analisar seu próprio trabalho: metacognição e autoavaliaçãometacognição e autoavaliação
Utilizar sistema de Utilizar sistema de feedbackfeedback Regular suas aprendizagensRegular suas aprendizagens
Ajustar o ensino de acordo Ajustar o ensino de acordo com as necessidades dos com as necessidades dos alunosalunos
Partilhar seu trabalho, seu Partilhar seu trabalho, seu sucesso e suas dúvidas sucesso e suas dúvidas
Criar clima adequado de Criar clima adequado de comunicação interativacomunicação interativa
Organizar seu próprio Organizar seu próprio processo de aprendizagemprocesso de aprendizagem
Os exames por sua própria natureza – limitações técnicas, abordagens
monoculturais, lógicas escolares etc – pouco revelam sobre o processo de aprendizagem
dos alunos, não se constituindo em uma fonte útil para a prática docente, não sendo
a favor do aluno. Apesar de reduzir os sujeitos em números pouco confiáveis,
possui uma legitimidade social que gera uma série de consequências desastrosas para escola: insegurança, competição, mecanização do ensino, desmotivação
docente e discente, perda de autonomia, e, com recorrência, fraude.
1.1. Alice é muito criativa e tem uma imaginação que vai longe! Alice é muito criativa e tem uma imaginação que vai longe! Um dia ela se imaginou no país das maravilhas como na estória que Um dia ela se imaginou no país das maravilhas como na estória que havia lido. Lá todos os bichos falam. As flores também falam. Até as havia lido. Lá todos os bichos falam. As flores também falam. Até as
cartas de baralho falam!cartas de baralho falam!
Pinte as personagens que responde a pergunta abaixo:(A) Quem está entre o rei e a rainha de copas?
2.2. E a estória de Alice continuou ...Desta vez ela imaginou outra cena. E a estória de Alice continuou ...Desta vez ela imaginou outra cena.
A Rainha de copas, o Dodô e o Chapeleiro maluco caminhavamA Rainha de copas, o Dodô e o Chapeleiro maluco caminhavam em em
direção ao castelo. Dodô é quem estava mais perto do direção ao castelo. Dodô é quem estava mais perto do castelo.castelo.
A Rainha de copas é quem estava mais longe que todos do A Rainha de copas é quem estava mais longe que todos do castelo.castelo.
Desenhe a Rainha de copas e o Dodô na cena seguinte Desenhe a Rainha de copas e o Dodô na cena seguinte seguindo as informações que foram dadas.seguindo as informações que foram dadas.
Quem é nosso aluno?
O que temos que ensinar?
Como podemos ensinar?
Para que ensinamos?
“O aluno Leonardo que eu chamei a minha mesa e estava fazendo um trabalho com ele e chegou uma mãe e a mãe perguntou pra mim: “ – Aline ele não reconhece as letras do nome?”. Era justamente o nome que ele estava montando. E eu falei “ – Não ele não está reconhecendo, ora ele escreve o nome sem apoio, mas inverte tudo e ora ele consegue escrever com apoio e mesmo com apoio tem dias que ele não escreve.”E a mãe falou: “ – Engraçado eu já encontrei com ele na Lan House e ele
mexe nos computadores, ele joga nos computadores da lan house...e como Aline, que ele não está aprendendo a ler?” Eu falei : “ – É eu também estou me perguntando, agora a senhora trouxe uma coisa que eu não tinha conhecimento, e eu mais do que nunca me pergunto, porque o Leonardo não está aprendendo a ler?” E é uma coisa que eu tenho me defrontado desde que a mãe do Fernando comentou isso comigo. Que eu até comentei de pegar o teclado do computador para ver se ele joga, se ele esta familiarizado com aquele teclado e começar a perguntar para ele o que tem no teclado...sei lá partir daquele teclado ali que ele acessa sempre, que ele tem acesso aquele teclado e tentar fazer alguma nova experiência com ele, já que eu não tenho dado conta, com as coisas que eu tenho feito em sala com ele …”
PACTOS DE SOLIDARIEDADE:
A AVALIAÇÃO NA PERSPECTIVA DA COOPERAÇÃO E NÃO DA COMPETIÇÃO; DA INCLUSÃO E NÃO DA SELEÇÃO; COM O OUTRO E NÃO SOBRE O OUTRO.
OS INSSUSPEITÁVEIS SUJEITOS DA AVALIAÇÃO…
(ou as redes de produção dos sentidos da escola)
-a professora
- o aluno
- a mãe de outro aluno
- a professora-pesquisadora
PRODUZINDO O SUCESSO A PARTIR DOS PACTOS DE SOLIDARIEDADE…
Os sujeitos da escola não precisam de prêmios ou bônus, nem de viagens ou computadores, nem de concursos que mais as humilham do que as valorizam. O que estas pessoas precisam mesmo, é de respeito. Respeito por suas identidades, por suas lutas, por seus fazeres diários, contínuos e tantas vezes solitários. Respeito por seus diferentes tempos, por seus diferentes contextos, por suas culturas diferentes, por sua luta diária para ensinar e aprender.
Existem práticas de avaliação, tecidas no dia a dia da escola, onde o objetivo é investigar, replanejar e interagir com cada aluno em
busca da ampliação dos seus saberes. Estas práticas investigadas podem nos oferecer dados muito mais concretos sobre seus
processos de aprendizagem e sobre como produzir experiências de sucesso com estas
crianças, do que a crença de que se pagarmos para as professoras ensinarem elas ensinarão
e se pagarmos para as crianças estudarem elas estudarão, e estará resolvido o problema
do fracasso escolar.
EDUCAÇÃO É DIREITO.
Direito de lutarmos por
esta felicidade que encontramos ao compartilhar
os nossos saberes. Direito
de sermos felizes.