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Curso Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais Avaliação dum Posto de Trabalho de Atendimento ao Público Através do Método de Marat Trabalho realizado por: Paula Costa Sandra Nogueira Susana Oliveira Coimbra, 2011

Avaliação de riscos dum posto de trabalho

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Curso Técnico Superior de Segurança e

Higiene no Trabalho

Módulo: Avaliação de Riscos Profissionais

Avaliação dum Posto de Trabalho

de Atendimento ao Público Através

do Método de Marat

Trabalho realizado por: Paula Costa

Sandra Nogueira

Susana Oliveira

Coimbra, 2011

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através do Método de Marat

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

1. INTRODUÇÃO

A classificação de acidentes de trabalho está associada ao registo dos incidentes/acidentes,

ocorridos no horário laboral, codificados de acordo com a recomendação da Organização

Internacional do Trabalho (OIT). Esta sugere uma classificação dos Riscos Ocupacionais e seus

factores de risco, de forma a promover a harmonização do sistema de registos e declaração

dos acidentes de trabalho e doenças profissionais pela entidade empregadora, identificar as

causas e adoptar medidas preventivas. No caso de doenças profissionais, a sua classificação é

complementada pela Classificação Internacional de Doenças (CID).

A identificação, caracterização, determinação e avaliação da ocorrência dos factores de risco

(riscos associados agentes químicos, físicos e/ou biológicos, ao posto e local de trabalho,

equipamentos, movimentação de cargas, psicossociais, ergonómicos, organizacionais, entre

outros) a que os colaboradores duma Organização estão expostos na sua actividade laboral, é

determinante na concepção, desenvolvimento e segurança dum posto de trabalho (bem como

na prevenção de riscos/danos associados às actividades nele desenvolvidas) e,

consequentemente nos níveis de produtividade, acidentes de trabalho e doenças profissionais.

A avaliação de riscos permite identificar os perigos e estimar quer a probabilidade de

ocorrência dum acidente de trabalho e as possíveis consequências, decorrentes desse perigo

(avaliar os riscos) quer a gravidade desse risco na segurança e saúde dos colaboradores duma

Organização, no seu posto de trabalho. Assim, categorizando os riscos em níveis de

intensidade é possível propor medidas que permitam minimizar e/ou controlar os riscos

avaliados como não aceitáveis.

2. OBJECTIVO

Este trabalho tem como objectivo a avaliação de riscos associada a um posto de

atendimento/recepção duma empresa prestadora de cuidados de saúde.

3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa é uma entidade privada prestadora de cuidados de saúde, em regime ambulatório.

Com funcionamento das 8:00 às 21:00 Horas.

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

4. IDENTIFICAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO AVALIADO

O posto de trabalho avaliado foi a recepção da clínica prestadora de serviços de cuidados de

saúde. Neste posto de trabalho exercem funções por turnos três (3) colaboradores. Podendo,

por vezes, estar presentes dois (2) colaboradores durante o mesmo turno.

5. IDENTIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES QUE SE REALIZAM NO POSTO DE

TRABALHO

A avaliação de riscos foi realizada nas seguintes actividades:

Recepção/encaminhamento de utentes

Atendimento telefónico

Marcação de consultas

Inserção de dados em computador

Preparação de processos clínicos

6. METODOLOGIA APLICADA

A metodologia aplicado foi a observação directa da actividade.

Os dados foram tratados informaticamente na folha de cálculo Excel do Microsoft Office™

utilizado o método de análise semi-quantitativo matriz composta ou Marat.

Este método permite determinar a magnitude dos riscos existentes que poderão vir a causar

dano, e consequentemente, hierarquizar racionalmente a sua prioridade de correcção. Assim,

o nível de risco (NR) é função do nível de probabilidade (NP) e do nível de consequência (ou

severidade) (NC) categorizados em danos causados aos colaboradores e danos materiais. O

nível de probabilidade (NP) é função nível de deficiência (ND) (i.e. ausência de medidas

preventivas e sua relação com o factor de risco/dano) e do nível de exposição ao risco (NE).

Da análise da matriz de níveis de risco, são caracterizados distintos níveis de intervenção (NI),

que orientam a implementação de medidas correctivas atendendo à avaliação dos custos e

eficácia.

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

7. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E AVALIAÇÃO DOS RISCOS ASSOCIADOS

ACTIVIDADE: Recepção/encaminhamento de utentes

Perigo Risco Consequência ND NE NP NC NR NI Medidas a Implementar

Recepção de utentes 7. Psicossociais:

7.1. Monotonia Desmotivação 2 3 6 10 80-60 (III) III . Rotatividade de funções 7.4. Atendimento ao público Stress; irritabilidade 2 3 6 10 80-60(III) III . Formação

7.5. Stress individual Ansiedade; Depressão 2 2 4 10 40/20(III-IV) III . Efectuar pausas em espaço apropriado, existente no Peroneo

. Terapia, se necessário

Contacto com utentes ruidosos 3. Físicos:

3.2. Ruído* Desconcentração; Irritabilidade

2 2 4 10 40/20 (III-IV) III . Realização da medição do ruído

Diminuição da acuidade auditiva

2 2 4 10 40/20 (III-IV) IV . Diminuição do volume de som na utilização do recurso publicitário televisivo e/ou da música ambiente existentes na sala de espera

Contacto com utentes doentes 5. Biológicos:

5.1. Vírus Sarampo, outras doenças 2 1 2 25 100-50 (III) III . Higienização das superfícies de trabalho e das mãos Gripe, pneumonia 2 2 4 25 100-50 (III) III . Uso de EPI’s, se necessário, como luvas e máscaras

5.2. Bactérias Infecções de diversas origem

2 1 2 10 40/20 (III-IV) III . Higienização das paredes, do chão e dos equipamentos

5.3. Fungos Micose; alterações respiratórias

2 1 2 10 40/20 (III-IV) IV . Paredes de cor clara, facilmente higienizáveis

Transporte de utentes 6. Ergonómicos:

6.1. Sobrecarga e sobresforços Lombalgias; Hérnias; Desgaste dos discos da coluna cervical

- 2 2 10 40/20(IV) III . Formação sobre movimentação manual de cargas (neste caso de pessoas)

6.2. Posturas incorrectas Lombalgias; cefaleias 2 3 6 10 80-60(III) III . Formação /informação das consequências para a saúde

Existência de desnível 1. Mecânicos:

1.1. Queda em altura (desnível) Fractura 2 3 6 25 200-150(II) III . Sinalização do desnível

1.2. Quedas ao mesmo nível Entorse 6 3 18 10 200/100(II-III) II . Eliminar, se possível, o desnível transformando-o em “rampa”

*A avaliação do ruído foi baseada em critérios empíricos

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

ACTIVIDADE: Atendimento telefónico

Perigo Risco Consequência ND NE NP NC NR NI Medidas a Implementar

Manuseamento e contacto com equipamentos eléctricos

2. Eléctricos:

2.1. Contacto directo Tetanização - 2 2 25 100-50 (III) III . Verificar o funcionamento dos disjuntores diferenciais e o bom estado dos cabos eléctricos;

Electrocussão - 2 2 100 400-200(II) II . Colocação de protecção nas tomadas;

Morte - 1 1 100 400-200(II) II . Protecção contra contactos directos: as fichas e tomadas devem estar em bom estado

2.2. Contacto indirecto Percepção; 2 3 6 25 200-150(II) II . Verificação do estado dos cabos de alimentação. Colocar todas as tomadas, extensões e triplas, com fio terra.

Morte - 3 3 100 400-200(II) II

2.3. Electricidade estática Percepção 2 3 6 25 200-150(II) II . Verificação do estado dos equipamentos eléctricos

3. Físicos:

3.1. Iluminação Fadiga ocular 2 3 6 11 80-60(III) III . Iluminação adequada às tarefas diárias

. Colocação de dispositivo (persiana) que impeça a entrada de demasiada luz pela janela

8. Incêndios:

8.4. De origem eléctrica Electrocussão - 3 3 100 400-200(II) II . Verificação semanal do estado dos equipamentos, cabos eléctricos, tomadas e quadro eléctrico

Fios eléctricos mal acondicionados no pavimento

1. Mecânicos:

1.2. Quedas ao mesmo nível Fractura 6 3 18 25 500-250(II) II . Colocação de calha no chão e junto à parede para fios eléctricos

Entorse 6 3 18 10 200/100(II-III) II

Atendimento de utentes com problemas

7. Psicossociais:

7.4. Atendimento ao público

Stress; irritabilidade 2 3 6 10 80-60(III) III . Formação e especialização em atendimento telefónico

7.5. Stress individual Ansiedade; Depressão 2 2 4 10 40/20 (III-IV) III . Efectuar pausas em espaço apropriado, existente no Peroneo

. Terapia, se necessário

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

ACTIVIDADE: Marcação de consultas

Perigo Risco Consequência ND NE NP NC NR NI Medidas a Implementar

Verificar disponibilidade do médico/técnico, no computador

2. Eléctricos:

2.2. Contacto indirecto Percepção - 1 1 25 100-50(III) III Verificação do estado dos cabos de alimentação; Colocar tomadas, extensões e triplas, com ligação terra

2.3. Electricidade estática Percepção 2 2 4 10 40-20(III-IV) IV Verificação do estado dos equipamentos eléctricos; Limpeza dos equipamentos com antiestáticos

3. Físicos:

3.1. Iluminação Fadiga ocular 2 3 6 10 80-60(III) III

. Iluminação adequada à tarefa a realizar; Colocação de dispositivo que impeça a entrada de demasiada luz através da janela

3.5. Ambiente térmico

. Utilização do sistema de aquecimento/refrigeração de acordo com a temperatura média de conforto térmico

3.5.1. Temperaturas baixas Lipotimia; sudorese; desidratação

- 2 2 10 40/20(IV) IV

. Colocação dum sistema de fecho automático/mola de fecho na porta principal de acesso ao Peroneo (a mola de fecho deverá poder ser retirada no caso de haver utentes com mobilidade reduzida, por exemplo, em cadeira de rodas

3.5.2. Temperaturas altas

Fadiga - 1 1 10 40/20(IV) IV . Utilização do sistema de refrigeração quando a temperatura subir ;

Sudorese 2 2 4 10 40/20(IV) IV . Limpeza e manutenção periódica do equipamento de climatização (ar condicionado)

. Ventilação adequada

Atendimento de utentes 6. Ergonómicos:

6.2. Postura de trabalho Lombalgias; cefaleias 2 3 6 10 80-60(III) III . Formação /informação das consequências para a saúde

6.3. Desenho do posto de trabalho Torcicolo; Lombalgias; hérnias; Problemas de visão

2 3 6 10 80-60(III) III . Alterar a bancada de apoio ao balcão de atendimento onde se situa o monitor

7. Psicossociais:

7.4. Atendimento ao público Stress; irritabilidade 2 3 6 10 80-60(III) III . Formação e especialização no atendimento telefónico

7.5. Stress individual Ansiedade; Depressão 2 2 4 10 40/20 (III-IV) III . Efectuar pausas em espaço apropriado, existente no Peroneo

. Terapia, se necessário

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

ACTIVIDADE: Inserção de dados no computador

Perigo Risco Consequência ND NE NP NC NR NI Medidas a Implementar

Trabalho no computador 2. Eléctricos:

2.2. Contacto indirecto Percepção - 1 1 25 100-50(III) III . Verificação do estado dos cabos de alimentação; Colocar tomadas, extensões e triplas, com ligação terra

2.3. Electricidade estática Percepção 2 2 4 10 40-20(III-IV) IV Verificação do estado dos equipamentos eléctricos; Limpeza dos equipamentos com antiestáticos

3. Físicos:

3.1. Iluminação Fadiga ocular 2 3 6 10 80-60(III) III

Iluminação adequada à tarefa a realizar; Ajustar o brilho e contraste do monitor

6. Ergonómicos:

6.2. Postura de trabalho Lombalgias; cefaleias 2 3 6 10 80-60(III) III Alteração do plano do teclado (plano inclinado a pelo menos 30 graus)

Amplitudes Térmicas 3. Físicos:

3.5. Ambiente térmico

Utilização do sistema de aquecimento/refrigeração de acordo com a temperatura média de conforto térmico

3.5.1. Temperaturas baixas Lipotimia; sudorese; desidratação

- 2 2 10 40/20(IV) IV

Colocação dum sistema de fecho automático/mola de fecho na porta principal de acesso ao Peroneo (a mola de fecho deverá poder ser retirada no caso de haver utentes com mobilidade reduzida, por exemplo, em cadeira de rodas.

3.5.2. Temperaturas altas

Fadiga - 1 1 10 40/20(IV) IV Utilização do sistema de refrigeração quando a temperatura subir ;

Sudorese 2 2 4 10 40/20(IV) IV Limpeza e manutenção periódica do equipamento de climatização (ar condicionado)

Ventilação adequada

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Costa, P.; Nogueira, S. & Oliveira, S.

ACTIVIDADE: Preparação de processos clínicos

Perigo Risco Consequência ND NE NP NC NR NI Medidas a Implementar

Acesso ao arquivo 1. Mecânicos:

1.1. Quedas em altura Traumatismos, Fracturas 2 2 4 25 100-50(III) III

Verificação do estado do chão; Colocação dum corrimãonas escadas;

1.2. Quedas ao mesmo nível Fractura 2 2 4 25 100-50(III) III Manter o piso limpo, seco e em boas condições;

Entorse 2 2 4 25 100-50(III) III Regularização do piso onde for necessário;

Efectuar a limpeza do chão em horário compatível com acesso em segurança ao arquivo, utilizando sempre produtos adequados e recomendados para o local;

Acesso aos processos 1. Mecânicos:

1.1. Quedas em altura Traumatismos, Fracturas 2 2 4 25 100-50(III) III Regularização do piso;

3. Físicos:

3.1. Iluminação Fadiga ocular 2 3 6 10 80-60(III) III Iluminação adequada à tarefa a realizar;

6. Ergonómicos:

6.1. Sobrecarga e sobresforço 2 2 4 10 40/20(III-IV) IV

Aceder à informação sem comprometer os limites do equilíbrio e do esforço

6.2. Postura de trabalho Lombalgias; cefaleias 2 3 6 10 80-60(III) III

Formação, informação e sensibilização da consequência/dano para a saúde

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8. DISCUSSÃO

Na avaliação de riscos da actividade recepção/encaminhamento de utentes, as situações avaliadas

podem ser melhoradas, mas apenas se uma análise mais pormenorizada o justificar uma vez que a

exposição aos riscos é ocasional (ao nível do ruído e fungos). As restantes situações analisadas

poderão existir intervenções, se devidamente justificadas a intervenção e rentabilidade. No que

respeita ao ruído as medidas são facilmente implementáveis sem ser necessário custos elevados para

a sua implementação. A existência dum desnível requerem a implementação de medidas correctivas

no sentido de eliminar o risco de queda.

Na actividade de atendimento telefónico, requerem uma intervenção correctiva os riscos eléctricos

(contacto directo com fios eléctricos e tomadas) e o risco de incêndio (contudo salienta-se o facto de

existir na empresa sistema de detecção de incêndio). Devido à existência de fios eléctricos mal

acondicionados devem ser implementadas medidas correctivas no sentido de evitar as quedas e

contactos. A implementação de medidas correctivas que envolvam riscos psicossociais e

ergonómicos requerem uma análise mais pormenorizada e justificada a sua rentabilidade. Quanto ao

ambiente térmico a exposição é ocasional, a situação é melhorável.

Nas actividades de processamento de dados em computador e preparação de processos clínicos as

intervenções poderão ser melhoráveis os riscos mecânicos e ergonómicos (postura de trabalho)

requerem uma análise mais pormenorizada. Nas restantes situações avaliadas a exposição é

ocasional, podendo ser melhoradas.

9. CONCLUSÃO

Nesta empresa, a implementação de medidas correctivas requer um estudo pormenorizado e

justificativo da sua rentabilidade. Contudo, julgamos ser necessário intervenção em algumas

situações pontuais. Assim, sugere-se a implementação das seguintes medidas correctivas:

Colocação duma calha para colocar os fios eléctricos mal acondicionados, a fim de minimizar

a exposição aos riscos eléctrico por contacto directo e/ou indirecto

Assinalar o desnível, caso não seja possível elimina-lo, reduzindo a exposição aos riscos

mecânicos queda em desnível e ao mesmo nível.

Ajustar a iluminação das diferentes áreas do local de trabalho, de forma adequada às tarefas

que nelas se realizam, tendo especial relevância os locais onde se situam o computador e

telefone.

Formação e sensibilização no campo da ergonomia acerca de posturas de trabalho,

posicionamento do monitor e teclado do computador e exercícios para evitar tensão de

ombros e mãos.