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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM
FISIOTERAPIA
NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA
AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES
SÃO PAULO
2014
NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA
AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES
Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e
Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de
São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Cristina Maria
Nunes Cabral e co-orientação da Profa. Dra. Sandra
Maria Sbeghen Ferreira de Freitas como requisito para
obtenção do título de Mestre.
SÃO PAULO
2014
NAIANE TEIXEIRA BASTOS DE OLIVEIRA
AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES
Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e
Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de
São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Cristina Maria
Nunes Cabral e co-orientação da Profa. Dra. Sandra
Maria Sbeghen Ferreira de Freitas como requisito para
obtenção do título de Mestre.
Área de Concentração: Avaliação, Intervenção e Prevenção em Fisioterapia.
Data da Defesa:
Resultado: _________________________________________
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Cristina Maria Nunes Cabral _____________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Profa. Dra. Rosimeire Simprini Padula ______________________________
Universidade Cidade de São Paulo
Prof. Dr. Paulo Roberto Garcia Lucareli ______________________________
Universidade Nove de Julho
AGRADECIMENTOS
Obrigada Deus, por você estar sempre ao meu lado durante toda esta caminhada, por
me proporcionar persistência e determinação para que eu conseguisse realizar este sonho.
Agradeço a todos os meus familiares principalmente: aos meus pais Rita Teixeira
Bastos e Sebastião Martins de Oliveira, ao meu irmão Halbert Christian Teixeira de Oliveira e
ao meu padrasto Romualdo Bossa que são à base da minha existência, que mesmo distante,
estiveram sempre comigo, apoiando-me, ouvindo-me chorar, ensinando-me, sempre
acreditando em meu potencial e torcendo por mim. Eu os amo incondicionalmente!
Agradeço ao meu noivo Anderson Pedroso Barbosa, o qual eu sempre compartilhei
esse sonho e sempre esteve ao meu lado apoiando-me e incentivando-me.
Agradeço ao meu amigo Irlei dos Santos, que não hesitou em nenhum momento sua
ajuda para a conquista deste sonho.
Agradeço aos meus amigos de Rondônia, que sempre me incentivaram e me apoiaram.
Agradeço aos meus amigos de curso, que contribuíram de forma direta ou indireta para
a realização desta etapa da minha vida.
Agradeço ao Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da UNICID-SP, e
seus docentes e discentes, por me conduzirem a esse difícil, mas prazeroso caminho do
conhecimento, em especial a minha orientadora Prof. Dra. Cristina Maria Nunes Cabral por
incentivar-me, apoiar-me sempre que precisei.
Agradeço a Prof. Dra. Sandra Maria Sbeghen Ferreira de Freitas pelas sugestões
pertinentes durante a construção final desse trabalho e ao Prof. Dr. César Ferreira Amorin por
ajudar com o seu conhecimento e com a disponibilidade do eletromiógrafo.
Agradeço a Fernanda Ferreira Fuhro, Ana Carolina Taccolini Manzoni e Mauricio
Antônio da Luz Júnior, que se dedicaram para a execução deste trabalho.
Agradeço aos professores Prof Dra. Rosimeire Simprini Padula e Prof Dr. Luis
Mochizuki pelas contribuições durante a qualificação deste trabalho.
Agradeço aos voluntários que participaram do estudo.
Divido com todos vocês mais uma etapa de minha vida!
Muito Obrigado!
SUMÁRIO
Prefácio............................................................................................................................. i
Resumo.............................................................................................................................. iii
Abstract............................................................................................................................. v
CAPÍTULO 1: Introdução................................................................................................ 1
Referências.................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2: Análise biomecânica do tronco e pelve durante a realização de
exercícios baseados no método pilates: revisão sistemática..............................................
15
Página de título.............................................................................................................. 16
Resumo.......................................................................................................................... 17
Introdução..................................................................................................................... 18
Métodos......................................................................................................................... 20
Resultados..................................................................................................................... 29
Discussão....................................................................................................................... 39
Limitações do estudo.................................................................................................... 43
Conclusão...................................................................................................................... 43
Referências.................................................................................................................... 44
Anexo 1: Estratégia de busca........................................................................................ 50
CAPÍTULO 3: Ativação muscular durante exercícios do método pilates em
participantes com dor lombar crônica não específica – estudo caso-controle..................
55
Página de título.............................................................................................................. 56
Resumo.......................................................................................................................... 57
Introdução..................................................................................................................... 58
Métodos........................................................................................................................ 59
Resultados..................................................................................................................... 66
Discussão....................................................................................................................... 71
Conclusão...................................................................................................................... 74
Pontos chave................................................................................................................. 74
Referências.................................................................................................................... 75
CAPÍTULO 4: Considerações finais................................................................................. 80
Referências.................................................................................................................... 82
ANEXOS.......................................................................................................................... 84
Anexo 1 – Normas de publicação da revista Journal of Manipulative and
Physiological Therapeutics................................................................................................
85
Anexo 2 – Normas de publicação da revista Journal of Orthopaedic & Sports
Physical Therapy...............................................................................................................
96
Anexo 3 – Aprovação do comitê de ética em pesquisa................................................. 102
i
PREFÁCIO
Esta dissertação de mestrado aborda tópicos relacionados à ativação muscular durante
a realização de exercícios do método Pilates em participantes saudáveis e com dor lombar
crônica não específica. Está dividida em quatro capítulos, sendo que cada capítulo possui sua
própria lista de referências bibliográficas. O Programa de Mestrado e Doutorado em
Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo permite a inclusão de artigos publicados,
aceitos ou submetidos para publicação em seu formato de publicação ou submissão no corpo
do exemplar da dissertação.
O capítulo 1 é uma introdução à dissertação que fornece uma visão geral da literatura
sobre avaliação biomecânica durante a realização de exercícios do método Pilates. O capítulo
2 tem como objetivo apresentar uma revisão sistemática sobre estudos transversais com
análise biomecânica do tronco durante a realização de exercícios do método Pilates. Este
trabalho está apresentado no formato exigido pelo Journal of Manipulative and Physiological
Therapeutics. O capítulo 3 tem como objetivo descrever os resultados finais de um estudo
caso e controle que analisa e compara a atividade eletromiográfica dos músculos glúteo
máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no solo e nos
aparelhos, em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes saudáveis. Este
documento está apresentado no formato requerido pelas normas do Journal of Orthopaedic &
Sports Physical Therapy, ao qual será submetido para publicação. O capítulo 4 apresenta uma
visão geral dos principais pontos dos capítulos 2 e 3, colocando em destaque suas implicações
clínicas e direções para pesquisas futuras.
Os anexos incluídos como materiais complementares estão no final de cada capítulo.
Uma cópia das instruções para autores das revistas Journal of Manipulative and Physiological
Therapeutics e Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy está incluída no final da
ii
dissertação (Anexos 1 e 2). O parecer de aprovação concedido pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo para o estudo antes do início da coleta de
dados foi incluído em anexo no final desta dissertação (Anexo 3).
iii
RESUMO
Esta dissertação de mestrado teve como objetivo geral analisar a ativação muscular
durante exercícios do método Mat Pilates e Studio Pilates em participantes com dor lombar
crônica não específica. Os objetivos específicos foram: 1) realizar uma revisão sistemática
com estudos transversais sobre análise biomecânica de tronco e pelve durante a realização de
exercícios do método Pilates; e 2) analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos
músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no
solo e nos aparelhos em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes
saudáveis.
A dor lombar crônica é considerada um problema de saúde pública e de ordem
socioeconômica mundial, com alta prevalência e dificuldade na obtenção do diagnóstico e
tratamento. Os exercícios têm sido uma ótima opção no tratamento da dor lombar crônica não
específica. Alguns estudos já investigaram a eficácia do método Pilates no tratamento de
doenças musculoesqueléticas, mas observa-se uma dificuldade de encontrar na literatura
informações detalhadas com respeito a avaliações biomecânicas dos exercícios realizados no
método. O conhecimento das avaliações biomecânicas pode ser considerado como ferramenta
complementar na escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de
reabilitação. Desde 2005 estudos sobre este tema têm sido publicados.
O capítulo 2 descreve os resultados da revisão sistemática com o objetivo de unir os
estudos transversais que realizaram análise biomecânica do tronco e pelve durante exercícios
do método Pilates, avaliando a qualidade metodológica e a descrição dos Standards for
Reporting EMG Data. Foram encontrados 1623 artigos, 12 artigos foram elegíveis, os quais
possuem uma média de 12 participantes e foram conduzidos em dois países. Todos os artigos
são estudos transversais seccionais, somente um artigo possui delineamento tipo caso e
iv
controle. Na avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos, somente um estudo
pontuou acima de cinco repostas “sim”. Na avaliação dos Standards for Reporting EMG
Data, somente quatro estudos pontuaram acima de cinco repostas “sim”. Assim, pode-se
sugerir que os estudos avaliados não possuem boa qualidade metodológica, e não descrevem
todos os itens dos Standards for Reporting EMG Data, prejudicando a sua confiabilidade.
No capítulo 3 estão apresentados os resultados do estudo caso e controle, que teve
como objetivo analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos músculos glúteo máximo
e oblíquo externo em exercícios do método Pilates, realizados no solo e nos aparelhos em
pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes saudáveis. Não houve
diferença de ativação muscular durante os exercícios do método Pilates avaliados entre
participantes com e sem dor lombar crônica não específica. Também não houve diferença na
avaliação da dor durante os exercícios. Assim, conclui-se que os pacientes realizaram o
mesmo recrutamento muscular observado em participantes saudáveis, e que a dor não
influencia na execução do exercício. Portanto sugerimos que esses exercícios sejam utilizados
no tratamento para dor lombar crônica. Os estudos descritos nesta dissertação são
importantes, pois podem auxiliar profissionais da área da saúde em suas tomadas de decisões
clínicas como na escolha dos exercícios evitando o uso de regulagens ou posições do
exercício que ativem, de forma indesejada, determinada musculatura em período de
recuperação.
v
ABSTRACT
The objective of this research was to analyze the muscle activation during Mat Pilates
and Studio Pilates exercises in participants with nonspecific chronic low back pain. The
specific objectives were: 1) to conduct a systematic review with cross-sectional studies about
biomechanical analysis of trunk and pelvis during exercises of the Pilates method; and 2) to
analyze and compare the electromyographic activity of the external oblique and gluteus
maximus muscles during Pilates exercises performed on the ground and in the equipments in
patients with nonspecific chronic low back pain and healthy subjects.
Chronic low back pain is considered a public health and world economic problem,
with high prevalence and difficult diagnosis and treatment. The exercises have been a great
option in the treatment of chronic nonspecific low back pain. Some studies have investigated
the effectiveness of the Pilates method in the treatment of musculoskeletal diseases, but is
difficult to find detailed information in the literature with respect to biomechanical evaluation
of Pilates exercises. The knowledge of the biomechanical evaluations can be considered as a
complementary tool to choose the exercises of Pilates method during a rehabilitation program.
Since 2005 studies on this topic have been published.
Chapter 2 describes the results of a systematic review with the objective to summarize
all cross-sectional studies that performed a biomechanical analysis of the trunk and pelvis
during the exercises of Pilates method, evaluating the methodological quality and the
description of the Standards for Reporting EMG Data. We found 1,623 articles, of these 12
articles were eligible, which have an average of 12 participants and were conducted in two
countries. All studies are cross-sectional, only one article has a study design of case and
control. In the assessment of the methodological quality of cross-sectional studies, only one
study scored above five answers "yes". In the evaluation of Standards for Reporting EMG,
vi
only four studies scored above five answers "yes". Thus, we may suggest that the studies
evaluated did not have good methodological quality, and did not describe all items of
Standards for Reporting EMG Data, hampering their reliability.
In chapter 3 are presented the results of the case and control study. The objective was
to analyze and compare the electromyographic activity of external oblique and gluteus
maximus muscles during exercises of the Pilates method, performed on the ground and in the
equipment in patients with chronic nonspecific low back pain and healthy subjects. There was
no difference in muscle activation during the exercises of Pilates method evaluated between
participants with and without nonspecific chronic low back pain. There was no difference in
pain assessment during the exercises. Thus, it is concluded that the patients reached the same
muscular recruitment observed in healthy subjects, and that pain does not influence the
execution of the exercise. Therefore, we suggest that such exercises are used in the treatment
for low back pain. The studies described in this thesis are important because they can help
health professionals in their clinical decisions, as in the choice of exercise, avoiding the use of
adjustments or positions that activate, in an undesired way, certain muscles in the recovery
period.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
2
INTRODUÇÃO
Dor lombar é a designação de qualquer dor na região inferior do dorso e quando
persiste por mais de três meses torna-se crônica. Apenas 10 a 20% dos pacientes que tem dor
lombar desenvolve dor lombar crônica1. Muitas vezes, este sintoma tem início impreciso com
períodos de melhora e piora, apresentando causa multifatorial1. Alguns pacientes com dor
lombar crônica exercem suas atividades diárias e profissionais normais, enquanto outros
evoluem com importantes níveis de incapacidade2, 3. A dor lombar crônica é considerada um
dos problemas musculoesqueléticos mais comuns da sociedade, sendo um problema de saúde
pública e de ordem socioeconômica mundial, e representa uma das principais causas de
absenteísmo no trabalho e incapacidade temporária ou definitiva para atividades
profissionais1, 4-12.
Devido a falhas metodológicas e diversas variações da definição e severidade da dor
lombar torna-se difícil avaliar e comparar estudos de prevalência. Mesmo com essas
dificuldades as estimativas mostram a dimensão desse problema. Uma revisão sistemática13
recente sobre o tema mostrou que as estimativas de dor lombar têm grande variabilidade. O
sintoma tem prevalência pontual de 18%; para um mês é de 31%; para um ano, a prevalência
é de 38%; e para pessoas que em algum momento de suas vidas sentiram dor lombar é de
39%. Uma pesquisa nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística em 2008 estimou que, no Brasil, entre as doenças crônicas
identificadas por algum médico ou profissional de saúde, a doença de coluna ocupa o segundo
lugar com 13,5%, ficando atrás apenas da hipertensão arterial14.
Nos últimos anos ocorreu um grande avanço da tecnologia com o diagnóstico e a
utilização de intervenções inovadoras, mas os gastos com a dor lombar estão crescendo rápido
e gerando enormes custos sociais e econômicos15. Os custos com o tratamento deste sintoma
3
parecem ser maiores no cuidado de pacientes crônicos. Mais de 80% de todos os custos de
saúde para problemas crônicos são gastos com esses pacientes15. As despesas são divididas
em custos diretos, que estão relacionados a gastos médicos e não médicos, e indiretos,
relacionados à produtividade e absenteísmo15. Nos Estados Unidos, os custos indiretos
chegam a 7,4 bilhões de dólares, sendo 14,5 milhões de dólares estimados com despesas em
dor lombar quando o sintoma torna-se crônico15. Em uma revisão sistemática, foi encontrado
que os custos diretos são em sua maioria com fisioterapia, serviços de internação, farmácia,
cuidados primários, exame de imagem, médicos especialistas, entre outros serviços, e para os
custos indiretos, os principais foram com licença do trabalho e aposentadoria precoce15. Os
custos indiretos apresentam maiores estimativas com despesas relacionadas com dor lombar
do que os custos diretos15. No Brasil não há dados referentes a este assunto até o momento.
O diagnóstico de pacientes com dor lombar baseia-se em avaliação clínica composta
por história clínica e exame físico, o que é importante para nortear as decisões básicas que
serão tomadas para um tratamento eficaz, possibilitando a exclusão de doenças sérias16.
Algumas classificações ajudam no diagnóstico, em relação à resposta sintomática e à duração
dos sintomas. Para a resposta sintomática, a classificação é dividida em três grupos: 1) dor
lombar não específica, relacionada à dor mecânica de origem musculoesquelética, com sinais
de dor na região lombossacra, nádegas e coxas. Pode variar com atividade física e com o
tempo, acomete cerca de 95% dos pacientes; 2) dor lombar por compressão de raiz nervosa,
que pode surgir a partir de uma hérnia discal, estenose do canal vertebral ou cicatriz cirúrgica.
A dor é aguda e bem localizada, irradiada para o membro inferior abaixo do joelho e até o pé
ou dedos, acometendo menos de 5% dos pacientes; e 3) dor lombar por doenças sérias da
coluna, incluindo doenças inflamatórias, tumores e infecções da coluna vertebral, que
acomete menos de 1% dos pacientes16. Em relação à duração dos sintomas, a dor lombar pode
ser classificada como: 1) até seis semanas: dor lombar aguda; 2) de seis a 12 semanas:
4
subaguda; e 3) mais de 12 semanas: crônica. Estas classificações auxiliam no prognóstico da
dor lombar4, 16.
O prognóstico da dor lombar para a forma aguda é considerado favorável, pois os
pacientes têm uma melhora rápida dentro de algumas semanas. Há melhora rápida em 58%
dos casos para dor e função e 82% dos pacientes retornam ao trabalho em um mês. Esses
pacientes continuam melhorando, mas 73% dos casos apresentam recidivas17. Para a forma
crônica, há uma boa chance de recuperação2, 17. Em nove meses, 35% dos pacientes estarão
sem dor e recuperados completamente e em 12 meses, 42% estarão sem dor e 41% estarão
recuperados completamente com redução da dor, melhora da função e retorno ao trabalho2.
Fatores como licenças médicas anteriores devido à dor lombar, experiências passadas de dor,
baixo nível educacional, percepção de risco de persistência da dor e níveis elevados de
incapacidade funcional podem estar relacionados com o tempo de recuperação de dor lombar
crônica2.
O tratamento para dor lombar não específica irá depender da duração dos sintomas6.
Para os pacientes com dor lombar aguda é recomendado fornecer informações adequadas,
esclarecer que a dor lombar na maioria dos casos não é uma doença grave e que pode haver
uma rápida recuperação em algumas semanas. Deve-se recomendar que o paciente permaneça
o mais ativo possível para voltar precocemente as suas atividades diárias, prescrever
medicamentos para amenizar a dor, fazer manipulação da coluna vertebral para aqueles que
não estão conseguindo retornar para suas atividades normais e fornecer cartilhas educativas.
Para estes pacientes, não é recomendado o repouso, a realização de exercícios específicos,
Back School, terapia comportamental, tração, massagem, eletroterapia, ultrassom, laser e
acompanhamento multidisciplinar1, 4, 6, 18.
Já para dor lombar subaguda é recomendado acompanhamento multidisciplinar,
incluindo intervenção psicológica, terapia física, social e profissional, exercícios e terapia
5
comportamental19. Com relação à dor lombar crônica, os tratamentos utilizados como laser,
massagem e manipulação da coluna vertebral têm efeitos pequenos. A prescrição de
medicamentos, Back School, tratamento multidisciplinar, terapia comportamental,
intervenções educativas, exercícios supervisionados incorporando adaptação individual,
alongamento e fortalecimento é recomendada. Já os recursos físicos e tração não são
recomendados 1, 6, 18, 19.
Porém essas formas de tratamento para dor lombar crônica são consideradas como
tendo efeitos moderados, de forma que ainda não existem evidências suficientes para
recomendar qualquer tratamento específico efetivo para os portadores deste sintoma1, 20. Um
dos poucos tratamentos para a dor lombar crônica que tem grande efeito a curto e longo prazo
é o exercício, pois reduz a dor e a incapacidade1. Assim, podem ser indicados programas de
exercícios para condicionamento geral, força e resistência da musculatura da coluna
vertebral9. Estudos mostram que os tratamentos para dor lombar têm uma baixa taxa de
sucesso1 e é notório que há uma necessidade de tratamentos mais eficazes para esses
pacientes8.
A dor lombar está associada às disfunções e deficiências dos músculos profundos do
tronco como transverso do abdome e multífidos21-23. Essas deficiências provocam alterações
nos mecanismos neuromusculares, afetando a estabilidade do tronco e a realização correta de
movimentos21-24. O método Pilates vem sendo usado como uma opção de tratamento a ser
estudada. Esse método foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates e possui seis princípios
básicos que devem ser seguidos nos seus exercícios: centralização, concentração, controle,
precisão, respiração e fluidez de movimento25. Os exercícios são realizados com a
centralização, considerada o ponto principal de foco do método Pilates e recebe a
denominação de power house ou centro de força, que envolve contrações musculares
concêntricas e isométricas25, 26. Os músculos componentes do power house são: músculos
6
abdominais anteriores, abdominais posteriores, extensores do quadril, flexores do quadril e
assoalho pélvico25. Os referidos músculos são contraídos durante os exercícios, utilizando a
respiração diafragmática, com o objetivo de diminuir as compressões articulares e causar uma
alteração na inclinação da pelve25. Esses músculos fortalecidos promovem uma estabilidade
da coluna, principalmente da coluna lombar, deixando a pelve neutra, evitando compensações
adversas, como por exemplo uma hiperlordose25. Assim, é realizada uma estabilização da
postura estática da coluna lombar e pelve, auxiliando na estabilidade dinâmica do corpo
durante a execução dos exercícios25.
O método Pilates possui vários exercícios de alongamento e fortalecimento, podendo
ser dividido em Mat Pilates, praticado no solo, e Studio Pilates, praticado com aparelhos25. A
intensidade dos exercícios nos aparelhos é fornecida através de polias e molas, sendo estas
últimas classificadas por cores diferentes: preta, verde, vermelha, azul e amarela, em ordem
decrescente de intensidade. As molas podem ser utilizadas para facilitar ou dificultar os
exercícios25, 27. Os exercícios são adaptados de acordo com as condições dos praticantes. Com
o tempo de prática, há um aumento gradual da dificuldade, respeitando as habilidades e
características de cada praticante16. O método Pilates também é dividido em tradicional e
moderno. No método tradicional, os exercícios são mais vigorosos, realizados com ritmo
rápido e dinâmico sem supervisão, enfatizando a posição reta da coluna e sendo indicado para
pessoas saudáveis28. Já os exercícios do método moderno enfatizam o alinhamento e a postura
neutra da coluna10, 28 e são adaptados para cada praticante respeitando suas condições físicas,
podendo ser prescritos para a população em geral, incluindo pessoas em reabilitação28. Esse
método é o mais utilizado na prática fisioterapêutica e descrito como exercícios baseados no
método Pilates12, 29 e atualmente é o método utilizado nos estudos sobre o método Pilates.
Vários ensaios clínicos vêm sendo realizados para investigar a eficácia do método
Pilates no tratamento de doenças musculoesqueléticas8, 9, 11, 30-36. Nas últimas duas décadas, os
7
exercícios baseados no método Pilates vêm sendo utilizados por fisioterapeutas para reforçar
os programas de reabilitação10, 12. Porém, há uma carência na literatura de estudos com
avaliações biomecânicas durante os exercícios. A avaliação, identificação e conhecimento das
mudanças na ativação muscular dos músculos estabilizadores da coluna lombar decorrentes da
variação do mesmo exercício, poderiam ajudar os fisioterapeutas a definir melhor os
exercícios a serem utilizados no seu programa de reabilitação37. Por exemplo, com esses
dados, o fisioterapeuta pode evitar posições que ativem determinada musculatura em fase de
recuperação ou escolher os exercícios que ativam os músculos específicos de acordo com o
programa de reabilitação desenvolvido37. Assim, para compreender as diversas formas de
movimento, a biomecânica engloba alguns métodos, sendo eles: cinemetria, dinamometria,
antropometria e eletromiografia38.
A cinemetria mede parâmetros cinemáticos do movimento, isto é, posição, orientação,
velocidade e aceleração, através de imagens, registro de trajetórias, decurso de tempo,
determinação de curvas de velocidade e de aceleração. Essa medição utiliza câmeras de vídeo,
cronômetros, goniômetros, acelerômetros, fotografia, entre outros38, 39. A dinamometria mede
forças e a distribuição de pressões, utilizando plataformas de força, plataformas de pressão,
células de carga, atenuadores e transdutores de carga38, 39. A antropometria é utilizada para
determinar características e propriedades do corpo humano, definindo um modelo
antropométrico, contendo parâmetros necessários para a construção de um modelo
biomecânico da estrutura analisada, tendo por base leis matemáticas e físicas. Para isso, são
utilizados fita métrica, balanças, paquímetros digitais, entre outros38, 39. A eletromiografia
analisa a atividade elétrica associada às contrações musculares, para verificar os níveis de
participação de cada músculo ou parte deste, utilizando sinais eletromiográficos. É possível
determinar o padrão temporal da atividade muscular, nível de excitação indicando força e
utilizar o sinal eletromiográfico para indicar fadiga39, 40.
8
Até o momento, 12 estudos realizaram uma avaliação biomecânica dos exercícios do
método Pilates. A grande maioria desses estudos27, 37, 41-44 realizaram avaliação em
participantes saudáveis e/ou praticantes do método Pilates. Apenas um estudo recente45
comparou a atividade eletromiográfica durante a realização do power house em pacientes com
dor lombar crônica e participantes saudáveis, e foi observado que os participantes saudáveis
têm maior ativação dos músculos estabilizadores do tronco e co-contração antagonista durante
a contração isométrica do músculo oblíquo interno. Observa-se uma dificuldade de encontrar
na literatura informações detalhadas com respeito aos padrões de ativação muscular
produzidos pelos diferentes exercícios do método Pilates. Mesmo com a publicação dos
estudos descritos anteriormente, não é possível estabelecer conclusões com relação a aspectos
de biomecânica durante os exercícios do método Pilates por conta da diversidade dos
exercícios avaliados.
Em 2012 foi publicada uma revisão sistemática com metanálise sugerindo que a
avaliação da atividade eletromiográfica dos músculos extensores lombares e abdominais
durante exercícios do método Pilates seja realizada em pacientes com dor lombar, para
esclarecer o funcionamento exato dos exercícios do método Pilates e adequar a sua
recomendação aos pacientes46. Um estudo recente45 que fez avaliação em pacientes com dor
lombar crônica, o mesmo possui uma amostra pequena e sem a realização de cálculo amostral.
Este estudo realizou somente a avaliação da atividade eletromiográfica durante o power house
e não avaliou a atividade eletromiográfica durante os exercícios. O conhecimento da atividade
eletromiográfica durante os exercícios pode ser utilizado como ferramenta complementar na
escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de reabilitação.
Assim, o objetivo geral desta dissertação de mestrado é analisar a ativação muscular
durante exercícios do método Mat Pilates e Studio Pilates em participantes com dor lombar
crônica não específica. Os objetivos específicos são: realizar uma revisão sistemática de
9
estudos transversais que fizeram uma análise biomecânica da musculatura do tronco e pelve
durante exercícios do método Pilates; e analisar e comparar a atividade eletromiográfica dos
músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do método Pilates realizados no
solo e nos aparelhos em pacientes com dor lombar crônica não específica e participantes
saudáveis.
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CAPÍTULO 2
ANÁLISE BIOMECÂNICA DO TRONCO E PELVE DURANTE A REALIZAÇÃO
DE EXERCÍCIOS BASEADOS NO MÉTODO PILATES: REVISÃO SISTEMÁTICA
16
Título curto: Avaliação biomecânica do método Pilates
Título: Análise biomecânica do tronco e pelve durante a realização de exercícios baseados no
método Pilates: revisão sistemática
Autores: Naiane Teixeira Bastos de Oliveira, Mestranda, Sandra Maria Sbeghen Ferreira de
Freitas, Professora-Doutora, Maurício Antônio da Luz Junior, Mestre, Cristina Maria Nunes
Cabral, Professora-Doutora.
Instituição: Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São
Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Autor correspondente:
Cristina Maria Nunes Cabral
Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo -
UNICID.
Rua Cesário Galeno 448, Tatuapé, São Paulo, Brasil, CEP 03071-000
Fone: +55 11 21781565; e-mail: [email protected]
17
RESUMO
Introdução: O método Pilates é uma modalidade de exercício que tem sido utilizado por
fisioterapeutas na reabilitação. Alguns estudos investigaram a eficácia do método Pilates, mas
informações detalhadas sobre a avaliação biomecânica ainda são escassas. Portanto, o
objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática de estudos longitudinais com
avaliação biomecânica durante os exercícios baseados no método Pilates.
Métodos: O busca foi realizada na base de dados EMBASE, CINAHL, Web of Science,
SPORTDiscus e PubMed para artigos publicados entre 1800 e 12 de dezembro de 2013. Na
estratégia de busca, alguns dos termos foram "electromyogr*", "torque", "biomechanics*",
"kinematics", "motion exercises techniques", "training of Pilates" e "Pilates-based exercises",
ligadas por OR/AND . Dos 1623 estudos inicialmente identificados, 12 foram incluídos na
revisão sistemática.
Resultados: Dentre os 12 artigos selecionados somente um utilizou o desenho de estudo
transversal caso e controle, e, em média, 12 pessoas participaram dos estudos. Na avaliação
da qualidade metodológica, a maioria dos estudos selecionados obteve descrição
metodológica insatisfatória. A avaliação da utilização das normas para apresentação de dados
eletromiográficos mostrou que nenhum estudo pontuou todos os itens avaliados.
Conclusão: Esta revisão sistemática concluiu que os 12 estudos publicados têm baixa
qualidade metodológica e descrição incompleta dos registros eletromiográficos. Além disso,
constatou que há necessidade de mais estudos que incluam amostras significantes e
participantes com doenças musculoesqueléticas, a fim de auxiliar na prescrição de exercícios
para programas de reabilitação.
18
INTRODUÇÃO
O método Pilates é atualmente uma modalidade de exercício muito difundida.1-3
Especificamente, na fisioterapia, tem sido utilizado para diversos fins, tais como: restauração
da função articular,4, 5 estabilização lombopélvica,2, 6 controle da fibromialgia,7 relaxamento,
aumento na abertura da caixa torácica,8 manutenção da pressão arterial,9 recuperação pós-
operatória de artroplastia de quadril e joelho,10 melhora de alterações posturais,11 tratamento
da dor lombar4, 12, 13 e ganho de flexibilidade.14 Além disso, tem sido utilizado com o objetivo
de melhorar a força, amplitude de movimento, coordenação, equilíbrio, simetria muscular,
propriocepção, e também para definição corporal e melhora geral da saúde.14
Durante os exercícios, ocorre a ativação do power house na expiração, que são contrações
concêntricas e isométricas dos músculos abdominais anteriores, extensores da coluna,
extensores e flexores do quadril e musculatura profunda da pelve,2, 15 os quais proporcionam a
estabilização estática e dinâmica do corpo. Essa característica tornam os exercícios do método
Pilates semelhantes aos de estabilização de coluna.3, 16-18 O método Pilates possui atualmente
mais de 500 exercícios de alongamento e fortalecimento, sendo dividido em Mat Pilates,
exercícios realizados no solo, e Studio Pilates, exercícios com aparelhos. Os exercícios no
solo foram os primeiros a serem desenvolvidos por Joseph Hubertus Pilates, enquanto uma
série de aparelhos, tais como o Cadillac e Reformer, foi criada posteriormente para realização
de exercícios contra resistência fornecida por molas e polias,2, 6 os quais podem ser utilizados
para facilitar ou dificultar os exercícios.2, 6 Essas molas são classificadas por diferentes cores
que indicam a intensidade de resistência imposta ao exercício.
19
Atualmente existem duas vertentes do método Pilates: tradicional e moderno. O método
tradicional é composto por exercícios mais vigorosos, realizados em um ritmo rápido e
dinâmico sem supervisão, enfatizando a posição retificada da coluna, com alta dificuldade de
execução e é indicado para pessoas saudáveis.19 O método moderno é realizado com
exercícios adaptados às condições físicas dos praticantes, com aumento gradual da dificuldade
e complexidade do exercício, respeitando as habilidades e características individuais, podendo
ser prescritos para a população em geral, incluindo pessoas com lesões musculoesqueléticas,
entre outras.19 Tal método enfatiza o alinhamento e a postura da coluna neutra,1, 19 sendo o
mais utilizado na prática fisioterapêutica e descrito como exercícios baseados no método
Pilates.19
O método Pilates tem sido muito procurado nas últimas duas décadas e vem sendo utilizado
por fisioterapeutas para reforçar os programas de reabilitação de problemas ortopédicos, na
área esportiva e desordens neurológicas, focando principalmente a coluna vertebral e sua
estabilização.1 Mais especificamente, para o tratamento da dor lombar, o método Pilates tem
sido motivo de estudos, provavelmente devido à alta incidência e ao alto custo envolvidos
com o tratamento.1, 3, 13, 20, 21 Entretanto, o critério de escolha das variáveis, como posição do
praticante e da mola que modula a sobrecarga dos exercícios do método Pilates, ainda vem
sendo realizado por meio de avaliações subjetivas,22 devido ao pequeno número de estudos a
esse respeito. Embora alguns estudos já tenham investigado a eficácia do método Pilates no
tratamento de doenças musculoesqueléticas,4, 12, 16, 17, 23-28 informações detalhadas sobre as
avaliações biomecânicas dos exercícios realizados no método Pilates são escassas. O
conhecimento das avaliações biomecânicas é fundamental como ferramenta complementar na
escolha dos exercícios do método Pilates durante um programa de reabilitação. Com esses
dados, o fisioterapeuta pode, por exemplo, evitar o uso de regulagens ou posições do exercício
20
que ativem, de forma indesejada, determinada musculatura em período de recuperação, ou
ainda, eleger condições de exercício que privilegiem a ativação de grupos musculares
específicos conforme o objetivo do programa. Assim, o objetivo primário deste estudo é
realizar uma revisão sistemática de estudos transversais que utilizaram uma análise
biomecânica da musculatura do tronco e pelve durante a realização de exercícios do método
Pilates. Os objetivos secundários são verificar a qualidade metodológica dos estudos
transversais selecionados e a utilização dos "Standards for Reporting EMG Data"
recomendados pelo International Society of Electrophysiology and Kinesiology (ISEK) nos
estudos que utilizaram a eletromiografia como recurso de avaliação.
MÉTODOS
Critérios de Inclusão
Os critérios utilizados para inclusão dos estudos a serem analisados foram:
1. Estudos transversais com análise biomecânica (por exemplo: avaliação eletromiográfica,
isocinética etc);
2. Estudos com análise biomecânica de tronco e pelve;
3. Estudos em que a avaliação biomecânica foi realizada durante os exercícios do método
Pilates;
4. Estudos publicados em revistas científicas; e
5. Estudos publicados em inglês ou português.
Estratégia de Busca
A busca de artigos foi realizada nas seguintes bases de dados : EMBASE, CINAHL, Web of
Science, SPORTDiscus e Pubmed. Na estratégia de pesquisa, foram utilizados dois blocos de
21
termos, um relacionado à analise biomecânica ("electromyogr*’’, “torque”, “biomechanic*”,
“kinematic*”, “kinetic*”, “muscle strength”), e outro bloco de termos sobre Pilates (“exercise
movement techniques”, “exercise movement technics”, “pilates training”, “pilates-based
exercises”) interligados por e/ou. A estratégia de pesquisa está apresentada como um material
suplementar (Anexo 1). Dois revisores independentes realizaram uma análise preliminar dos
resultados da pesquisa com base nas informações fornecidas no título, resumo e palavras-
chave. A partir desta análise preliminar, os artigos selecionados foram examinados mais
profundamente pelo texto completo na fase de avaliação. O último dia da pesquisa foi 12 de
dezembro de 2013. A lista de referências dos estudos selecionados foi procurada para
identificar outros possíveis estudos elegíveis com base nos critérios de inclusão que não foram
encontrados nas bases de dados.
Avaliação dos Estudos
Inicialmente, dois revisores realizaram uma descrição das características e resultados dos
estudos selecionados, considerando o país de realização, objetivos principais, características
dos participantes, desfecho e exercícios avaliados e principais resultados obtidos. Eles
também classificaram a qualidade metodológica considerando o desenho dos estudos e a
utilização dos "Standards for Reporting EMG Data" do ISEK29 na descrição dos
procedimentos da aquisição de dados EMG. No desentendimento entre revisores, foi realizado
um consenso.
A escala de avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais seccionais (Quadro
1) foi criada à partir dos critérios descritos previamente em quatro estudos,30-33 que também
avaliam qualidade metodológica de estudos distintos, além dos critérios incluídos pelos
próprios autores do presente estudo. A escala avalia dois aspectos metodológicos: seleção da
22
amostra e desfecho. O aspecto da seleção da amostra possui quatro itens. O primeiro avalia se
os autores definiram os critérios de elegibilidade, os quais são planejados para aumentar a
homogeneidade entre os participantes do estudo, fortalecendo a validade externa.34 Em alguns
estudos esses critérios podem ser numerosos e rigorosos, já em outros são bastante resumidos
e simples. Quando esses critérios são muito numerosos e rigorosos, podem dificultar o
recrutamento de participantes, restringindo a generalização dos achados para a população em
geral; quando são resumidos e simples, normalmente os resultados podem ser muito
generalizados. Em ambos os casos, há limitação da validade externa do estudo. O segundo
item avalia se os autores descrevem as características demográficas da amostra. Em uma
pesquisa é de fundamental importância o conhecimento da procedência dos dados e das
características da população, a fim de sabermos a quem os resultados do estudo se destinam.
O terceiro item avalia a representatividade da amostra do estudo em relação à população-alvo.
Um estudo ideal deve ter uma boa validade interna e externa. Estudos com alto risco de viés,
mesmo incluindo uma amostra representativa da população de interesse, são pouco úteis. O
quarto item avalia a seleção aleatória dos participantes do estudo, a qual permite que os
participantes selecionados sejam distintos, favorecendo uma amostra homogênea e
enriquecendo os resultados do estudo.34 No segundo aspecto metodológico da escala,
relacionado ao desfecho, o quinto item avalia o cegamento do avaliador. Assim, o estudo não
será influenciado pelo manejo da avaliação, já que o cegamento previne vieses em vários
estágios da pesquisa, considerando que nem sempre é possível de ser realizado dependendo
do desenho de estudo.34 O sexto item avalia a confiabilidade e reprodutibilidade do
instrumento usado para avaliação, que representa a consistência de resultados obtidos pelos
mesmos participantes em diferentes ocasiões.35 Além disso, foi acrescentado o sétimo item
que avalia a descrição detalhada do exercício analisado. Essa descrição dos exercícios
avaliados é muito importante para uma futura reprodução do estudo por outros autores e
23
também para que os clínicos possam usar os exercícios propostos no estudo. O oitavo item
avalia a adequada apresentação dos dados e análise estatística. Dados apresentados com
clareza permitem que o leitor faça uma boa interpretação dos mesmos. Por fim, a pontuação
da escala foi considerada satisfatória quando o artigo obteve cinco respostas “sim” ou mais,
em uma escala que varia de zero a oito pontos.
24
Quadro 1: Escala de avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais seccionais.30-33
SELEÇÃO DA AMOSTRA SIM NÃO EXEMPLOS
1. Definição dos critérios de elegibilidade SIM: Os critérios são descritos na seção de métodos ou especificamente em um fluxograma
NÃO: Os critérios não são descritos em nenhum momento na seção de métodos
2. Descrição das características demográficas da amostra SIM: As características demográficas são descritas na seção de métodos ou em tabela (por exemplo,
dados como gênero, idade, massa corporal, estatura, prática de atividade física etc)
NÃO: As características demográficas não são descritas em nenhum momento na seção de métodos
3. Representatividade da amostra do estudo em relação à
população-alvo
SIM: Os participantes incluídos na amostra são representativos da população alvo, para a qual os
resultados serão generalizados (por exemplo, o estudo avaliou o desfecho em todos os indivíduos que
apresentavam os critérios de elegibilidade)
NÃO: Os participantes utilizados na amostra não são representativos da população alvo
4. Seleção aleatória dos participantes do estudo SIM: Os participantes foram escolhidos de forma aleatória dentro da população alvo
NÃO: Os participantes não foram escolhidos de forma aleatória
DESFECHO SIM NÃO EXEMPLOS
5. Cegamento do avaliador SIM: A avaliação foi realizada por um avaliador cego, que não conhecia os critérios de elegibilidade
do estudo
NÃO: O avaliador não foi cego
6. Confiabilidade e reprodutibilidade do instrumento
usado para avaliação
SIM: O instrumento utilizado para avaliação possui confiabilidade e reprodutibilidade intra ou inter-
examinador ou foi feito coeficiente de correlação intraclasse para o desfecho
25
NÃO: O instrumento utilizado para avaliação não possui confiabilidade e reprodutibilidade
7. Descrição detalhada do exercício realizado SIM: O exercício realizado, a posição do participante e o equipamento utilizado para a realização do
exercício (quando for o caso) foram descritos detalhadamente
NÃO: O exercício realizado e demais parâmetros não foram descritos
8. Adequada apresentação dos dados e análise estatística SIM: Os dados são apresentados por medidas de tendência central e dispersão e os resultados são
inseridos adequadamente nas tabelas e/ou figuras
NÃO: A apresentação dos dados e dos resultados não é adequada
26
O Quadro 2 apresenta a escala formulada a partir dos “Standards for Reporting EMG Data”
do ISEK.29 Apesar da escala ser composta por oito itens, o último item referente ao
processamento do sinal eletromiográfico para estimativa da velocidade de condução da fibra
muscular não foi avaliado no presente estudo. Tal fato é devido a esse tipo de análise ser
específico para a avaliação de fadiga muscular e, portanto, não ser pertinente aos estudos
transversais selecionados nesta revisão sistemática. Assim, a pontuação final da escala
apresentada no Quadro 2 variou de zero a sete pontos e foi considerada satisfatória quando o
artigo obteve quatro respostas “sim” ou mais.
27
Quadro 2: Escala baseada nos "Standards for Reporting EMG Data”29.
ITEM SIM NÃO NA EXEMPLOS
1. Descrição do tipo de eletrodo
de superfície utilizado
SIM: Descreveu a colocação do eletrodo, em termos de material (por exemplo, Al/AgCl etc), forma (por exemplo,
discos, barras, retangular etc), tamanho (por exemplo, diâmetro, raio, comprimento x largura), uso de gel ou pasta,
abrasão e limpeza da pele com álcool, tricotomia, distância inter eletrodos, localização do eletrodo e a sua orientação
sobre o músculo em relação aos tendões, ponto motor e a direção das fibras
NÃO: Não descreveu as especificações do eletrodo acima
2. Modo de detecção e
amplificação do sinal EMG
SIM: Descreveu se a detecção foi monopolar, diferencial, diferencial duplo etc, a impedância de entrada, taxa de rejeição
de modo comum, razão sinal-ruído e ganho usado
NÃO: Não descreveu as especificações acima
3. Descrição da filtragem do
sinal EMG bruto
SIM: Descreveu o tipo de filtro usado (por exemplo, Butterworth, Chebyshev etc), filtro passa baixa e passa alta e a
ordem do filtro (se de primeira ordem, segunda etc)
NÃO: Não descreveu as especificações acima
4. Descrição da retificação dos
dados de EMG
SIM: Descreveu se o sinal EMG foi retificado por onda completa ou onda parcial
NÃO: Não descreveu as especificações acima
5. Amostragem do sinal EMG SIM: Descreveu se foi usada uma frequência de 1000 Hz, no mínimo, e o número de bits, modelo e fabricante do
conversor analógico digital
NÃO: Não descreveu as especificações acima
28
6. Processamento do sinal
EMG
SIM: Descreveu o processamento do sinal (por exemplo, detecção de envelope linear, valor médio retificado, raiz
quadrada da média e eletromiografia integrada) e, se for o caso, o processamento no domínio da frequência (por
exemplo, tipo de janela utilizada antes de fazer a transformada de Fourier, o algoritmo usado, a equação utilizada para
calcular a frequência mediana, frequência média, momentos etc)
NÃO: Não descreveu as especificações acima
7. Normalização dos dados SIM: Descreveu a normalização dos dados: se foi pelo pico máximo, médio ou fixo do sinal eletromiográfico, contração
isométrica voluntária máxima de cada músculo, incluindo como os participantes foram treinados para realizar a
contração isométrica voluntária máxima, taxa de aumento da força, velocidade de encurtamento ou alongamento,
amplitude do ângulo articular ou comprimento do músculo em contração não isométrica, carga aplicada em contrações
não isométricas, quando for o caso
NÃO: Não descreveu as especificações acima
29
RESULTADOS
Características dos Estudos
A Figura 1 apresenta o fluxograma com o número de artigos encontrados em cada etapa da
seleção dos artigos. Foram encontrados 1623 artigos, sendo 12 considerados potencialmente
relevantes por mostrarem-se dentro dos critérios de inclusão. Os 12 artigos possuem juntos
um total de 145 participantes e foram conduzidos em dois países, sendo que mais de 90% dos
estudos foram realizados no Brasil. Somente um estudo é caso e controle e os outros são
transversais seccionais e fizeram avaliação biomecânica com exercícios do método Pilates.
Apenas um artigo36 incluiu pacientes com dor lombar, um outro artigo6 incluiu bailarinas e
instrutores de método Pilates6 e os outros 10 artigos incluíram participantes saudáveis.22, 37-45
Os exercícios do Mat Pilates foram avaliados em seis estudos,37, 38, 41, 42, 44, 45 dois estudos42, 45
avaliaram os mesmos exercícios no Mat Pilates e no Studio Pilates (utilizando o Reformer e o
Cadillac), enquanto dois estudos36, 43 avaliaram apenas a ativação do power house. Os demais
estudos fizeram uma avaliação biomecânica em exercícios do Studio Pilates (três estudos
utilizaram o Cadillac 22, 39, 40 e um o Reformer6). Para avaliação biomecânica verificou-se que
a eletromiografia foi utilizada isoladamente por cinco estudos,36, 37, 41-43 dois estudos
associaram a eletromiografia com eletrogoniometria6, 22 e quatro associaram com webcam.38,
39, 44, 45 Apenas um estudo usou a eletrogoniometria isoladamente.40 Na Tabela 1 são
apresentadas as características dos 12 estudos de forma descritiva.
30
Figura 1. Processo de seleção para artigos incluídos na análise.
31
Tabela 1. Características dos estudos
Autor País Objetivos Características da amostra Exercícios avaliados Principais resultados obtidos
Petrofsky et al.
(2005)37
Estados
Unidos
Avaliar a atividade EMG de
reto abdominal, paraespinal,
quadríceps femoral,adutor e
abdutor do quadril, glúteo
máximo e gastrocnêmio em
exercícios de Pilates com e sem
aparelho de resistência e com
faixa elástica e exercícios em
equipamentos com pesos
6 participantes saudáveis
Gênero: ambos
Idade: 25,3±1,5 anos
Estatura: 169,9±6,7 cm
Massa Corporal: 69,8±9,6 Kg
Agachamento até 45° de flexão do joelho,
agachamento até 90° de flexão do joelho,
adução do quadril direito e esquerdo e
extensão do quadril direito e esquerdo
Exercícios do método Pilates mostraram bom resultado para
treinamento de resistência; a adição de um aparelho de
resistência nos exercícios de Pilates levou a um aumento de
carga de trabalho, equivalente a um exercício de equipamento
com peso de média intensidade, e a ativação de múltiplos
grupos musculares simultaneamente, o que é mais eficiente
que o equipamento com peso
Silva et al.
(2009)22
Brasil Comparar a atividade EMG de
reto femoral , bíceps femoral
cabeça longa e semitendíneo e
o torque de resistência do
movimento de extensão do
quadril realizado com a mola
fixa em duas posições
12 praticantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: ambos
Idade: 34,3±11,5 anos
Estatura: 163,8±11,5 cm
Massa corporal: 62,1±14,0 Kg
Extensão de quadril no Cadillac: em
decúbito dorsal, cinco repetições, de 90º de
flexão até extensão total, em duas posições
das molas (alta e baixa)
Com a mola na posição alta, o torque de resistência foi
classificado como decrescente ocorrendo no “sentido” de
flexão; na posição baixa, foi classificado como decrescente
até aproximadamente 60º de flexão de quadril no “sentido”
de flexão e, após, crescente, no “sentido” da extensão. A
atividade EMG do reto femoral foi maior que a dos
extensores
Menacho et al.
(2010)38
Brasil Verificar a atividade EMG
bilateralmente dos multífidos
durante três exercícios do Mat
Pilates
11 participantes saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 22±5 anos
Estatura: 165±6 cm
Massa corporal: 57,7± 8 Kg
Exercícios tradicionais do Mat Pilates:
swimming, single leg kick with static prone
back extension e double leg kick
O nível de ativação EMG dos multífidos variou entre 15% e
61% de contração voluntária máxima nos três exercícios. O
exercício swimming aumentou significantemente a ativação
EMG dos multífidos, comparado com outros exercícios.
Além disso, o double leg kick gerou significantemente mais
atividade nos multífidos que o single leg kick
32
Queiroz et al.
(2010)6
Brasil Compararam a atividade EMG
em quatro variações de
exercícios de estabilização do
tronco do método Pilates na
posição quadrúpede
19 instrutores de Pilates e
bailarinos experientes em Pilates
e saudáveis
Gênero: ambos
Idade: 31±5 anos
Estatura: 166±9 cm
Massa corporal: 60±11 kg
Exercícios no Reformer em posição de
quatro apoios associados a retroversão da
pelve com flexão de tronco, anteversão da
pelve com extensão de tronco, pelve neutra
com inclinação do tronco em relação ao
aparelho ou pelve neutra com tronco paralelo
ao aparelho
Houve diferença significante entre as variações dos
exercícios para reto abdominal, glúteo máximo, multífidos e
oblíquo externo e interno. Porém, para o iliocostal não houve
efeito significante
Loss et al.
(2010)39
Brasil Verificar a influência de
diferentes alturas de mola e
posições do participante sobre a
ativação EMG dos multífidos e
oblíquos externos durante
exercícios de flexo-extensão do
quadril no Cadillac
8 praticantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 27,7±1,8 anos
Estatura: 160±6 cm
Massa corporal: 55,6±5,7 Kg
Extensão de quadril no Cadillac com o
participante posicionado perto e distante da
extremidade do aparelho e a mola ajustada
em posição alta e baixa em relação ao
participante
Os multífidos apresentaram valores de ativação de 10 a 20%
da contração voluntária máxima, a ativação maior do
músculo foi com a mola em posição mais baixa e o
participante mais próximo da extremidade do aparelho. Os
músculos oblíquos externos apresentaram valores de ativação
de 20 a 45% da contração voluntária máxima e a ativação foi
maior com a mola em posição mais alta e o participante mais
distante da extremidade do aparelho
Melo et al.
(2011)40
Brasil Avaliar o comportamento do
torque de resistência do
exercício de extensão do
quadril realizado no Cadillac
em quatro situações, usando
molas fixadas em duas posições
14 praticantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 30,9±8,6 anos
Estatura: 160±0,4 cm
Massa corporal: 55,5±4,3 Kg
Extensão de quadril no Cadillac: em
decúbito dorsal, cinco repetições, de 90º de
flexão até extensão total, em duas posições
das molas (alta e baixa)
O torque de resistência e a força muscular resultante
apresentaram comportamentos semelhantes em todas as
situações. Entretanto, os valores máximos de torque de
resistência não ocorreram na mesma posição articular que a
força muscular resultante máxima
33
Souza et al.
(2012)42
Brasil Comparar a atividade EMG do
reto abdominal e reto femoral
em dois exercícios realizados
no solo e em aparelho
11 praticantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 29,6 ± 8 anos
Estatura: 158,1 ± 4,7 cm
Massa Corporal: 62,3 ± 4,1 kg
Hundred (realizado no Mat Pilates e
Reformer ) e teaser (realizado no Mat Pilates
e Cadillac)
O exercício hundred (no Mat Pilates e Reformer) e o
exercício teaser (no Mat Pilates e Cadillac) foram
comparados e nenhuma diferença foi encontrada entre eles
considerando os músculos avaliados. Quando os grupos
musculares foram comparados, o reto femoral apresentou
níveis mais elevados de ativação no exercício hundred
realizado no Mat Pilates e Reformer, enquanto o reto
abdominal apresentou maior ativação durante o exercício
teaser realizado no Cadillac
Silva et al.
(2013)41
Brasil Analisar e comparar a atividade
EMG do reto abdominal e
oblíquos externos durante um
programa de exercício
abdominal tradicional e um
programa de exercícios com
base no método Pilates usando
uma bola e uma faixa elástica
10 participantes saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 21,5 ± 0,6 anos Índice de
Massa Corporal: 19,6 ± 0,4
Kg/m2
Tradicional curl-up e roll-up baseado no
método Pilates com uma bola e com uma
faixa elástica
Na comparação entre os exercícios, o músculo oblíquo
externo na fase concêntrica obteve um recrutamento maior no
roll-up com a bola. Na comparação entre os músculos em
cada exercício o músculo reto abdominal mostrou uma maior
ativação na fase concêntrica e na fase excêntrica do exercício
abdominal tradicional
Barbosa et al.
(2013)43
Brasil Avaliar o comportamento EMG
do bíceps braquial e reto
abdominal superior durante
uma flexão do antebraço
com e sem ativação do power
house
10 participantes experientes e
saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 21,9 ± 3,3 anos
Índice de Massa Corporal: 21,6 ±
2,7 Kg/m2
Flexão de antebraço (posição ortostática)
com o joelho flexionado a 20 º e antebraços
flexionados a 90 º com
rotação externa total
A ativação muscular foi maior com a ativação do power
house em ambos os músculos, com maior atividade na fase
concêntrica em relação à fase de excêntrica
Silva et al. Brasil Comparar e analisar os 10 participantes saudáveis Leg pull front support modificado do método Na comparação entre os exercícios, observaram-se diferenças
34
(2013)44 multífidos durante exercícios
do método Pilates, Spine
stabilization
e série de Williams
Gênero: feminino
Idade: 21,5 ± 0,6 anos
Índice de Massa Corporal: 19,6 ±
0,4 Kg/m2
Pilates, o quarto exercício da série
adicional de Williams e o quadruped
exercise
significantes para os multífidos a favor do exercício do
método Pilates tanto na fase concêntrica quanto na
excêntrica, o que demonstra ser o exercício de melhor
ativação EMG para o músculo analisado
Marques et al.
(2013)36
Brasil Analisar a atividade EMG do
iliocostal lombar, oblíquo
interno e multífido e da co-
contração antagonista
durante a realização do power
house
18 participantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: feminino
Grupo dor lombar:
Idade: 19,5 ± 1,1 anos
Estatura: 160 ± 0,1 cm
Massa Corporal: 59,6 ± 7,1 kg
Grupo controle:
Idade: 20,8 ± 2,4 anos
Estatura: 160 ± 0,1 cm
Massa Corporal: 61,2 ± 8,4 kg
Duas contrações isométricas dos músculos
oblíquo interno durante o power house em
postura sentado
Ativação da co-contração dos músculos avaliados foi maior
no grupo controle. Por isso, o grupo controle apresentou um
recrutamento maior dos músculos estabilizadores que o grupo
dor lombar durante a realização do power house
Menacho et al.
(2013)45
Brasil Comparar a atividade EMG dos
multífidos durante a execução
do mesmo exercício de Pilates
sob duas condições
16 participantes experientes em
Pilates e saudáveis
Gênero: feminino
Idade: 24,3 ± 3,1 anos
Altura: 160 ± 0,1 cm
Massa Corporal: 20,7 ± 1,3 kg
Mergulho de cisne (Reformer e Mat Pilates)
e nado de peito (Reformer e Mat Pilates)
Os exercícios realizados sob diferentes condições causaram
alterações na ativação muscular dos multífidos. No entanto,
os resultados para as percentagens de ativação sugerem que a
intensidade de recrutamento pode não ser suficiente para
fortalecer a musculatura em participantes saudáveis e
treinados
* EMG: eletromiográfica.
35
Resultados da Qualidade Metodológica
Na avaliação da qualidade metodológica de estudos transversais (Tabela 2), apenas um
estudo39 pontuou acima de cinco repostas “sim”, sendo considerado satisfatório, sete estudos6,
22, 36, 38, 40, 42, 45 pontuaram quatro pontos e um estudo37 obteve apenas dois pontos. Os itens 1 e
2, referentes aos critérios de elegibilidade e características demográficas da amostra, foram
descritos por todos os estudos. Por outro lado, os itens 4 e 5, referentes à seleção aleatória dos
participantes e ao cegamento do avaliador, não foram descritos por nenhum estudo
selecionado.
36
Quadro 2: Respostas "sim" após avaliação da qualidade metodológica dos estudos de corte
transversal
Autor/Ano Item
1
Item
2
Item
3
Item
4
Item
5
Item
6
Item
7
Item
8
Total
Petrofsky et al., 200537 Sim Sim 2
Silva et al., 200922 Sim Sim Sim Sim 4
Menacho et al., 201038 Sim Sim Sim Sim 4
Queiroz et al., 20106 Sim Sim Sim Sim 4
Loss et al., 201039 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6
Melo et al., 201140 Sim Sim Sim Sim 4
Souza et al., 201242 Sim Sim Sim Sim 4
Silva et al., 201341 Sim Sim Sim 3
Barbosa et al., 201343 Sim Sim Sim Sim Sim 5
Silva et al., 201344 Sim Sim Sim 3
Marques et al., 201336 Sim Sim Sim Sim 4
Menacho et al., 201345 Sim Sim Sim Sim 4
Legenda - Item 1: Definição de critérios de elegibilidade; Item 2: Descrição das características
demográficas da amostra; Item 3: Representatividade da amostra em relação à população-
alvo; Item 4: Seleção aleatória dos participantes do estudo; Item 5: Cegamento dos
avaliadores; item 6: Confiabilidade e reprodutibilidade do instrumento de avaliação; item 7:
Descrição detalhada do exercício realizado; item 8: Apresentação adequada dos resultados e
análise estatística.
37
Na avaliação baseada na utilização dos "Standards for Reporting EMG Data" (Tabela 3)
foram analisados 11 estudos, pois um estudo utilizou análise de movimento somente por
eletrogoniometria.40 Quatro estudos36, 42, 43, 45 pontuaram acima de cinco repostas “sim”, sendo
considerado satisfatório. O item 6, referente à descrição do processamento do sinal
eletromiográfico, foi descrito por todos os estudos, enquanto o item 4, referente a descrição da
retificação do sinal eletromiográfico, foi descrito somente por um estudo.6
38
Quadro 3: Respostas "sim" da avaliação da utilização das normas para apresentação de
dados EMG
Autor/ Ano Item
1
Item
2
Item
3
Item
4
Item
5
Item
6
Item
7
Total
Petrofsky et al., 200537 Sim Sim 2
Silva et al., 200922 Sim Sim Sim 3
Menacho et al., 201038 Sim Sim Sim 3
Queiroz et al., 20106 Sim Sim Sim Sim 4
Loss et al., 201039 Sim Sim Sim 3
Melo et al., 201140 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.
Souza et al., 201242 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6
Silva et al., 201341 Sim Sim Sim Sim Sim 5
Barbosa et al., 201343 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6
Silva et al., 201344 Sim Sim Sim Sim 4
Marques et al., 201336 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6
Menacho et al., 201345 Sim Sim Sim Sim Sim Sim 6
Legenda - Item 1: Descrição da superfície do eletrodo; Item 2: Modo de detecção e
amplificação do EMG; Item 3: Descrição de filtragem do sinal EMG bruto; Item 4: Descrição
do sinal de retificação EMG; Item 5: Amostragem do sinal EMG; Item 6: Processamento do
sinal EMG; item 7: Normalização de dados; NA: não aplicado.
39
DISCUSSÃO
A presente revisão sistemática de estudos transversais sobre a avaliação biomecânica durante
a realização de exercícios do método Pilates é a primeira a ser realizada. Estudar e informar
esses dados à comunidade científica é de suma importância clínica, pois o assunto é pertinente
e atual, visto que o uso comum deste método vem crescendo a cada dia em clínicas,
academias e também em reabilitação. Esse crescimento ocorre mesmo com poucas evidências
confirmando os seus benefícios e mediante a escassez científica de estudos com alta qualidade
metodológica neste campo. Tal fato pode ser corroborado pelos achados da presente revisão
que apesar de ter encontrado 12 artigos sobre a avaliação biomecânica dos exercícios, que
poderiam fornecer bases científicas para a realização adequada dos exercícios do método
Pilates em programas de reabilitação, encontrou apenas um artigo com o delineamento caso e
controle.
Além disso, o resultado total da avaliação da qualidade metodológica dos estudos transversais
seccionais encontrados não foi satisfatório, pois entre os 12 estudos analisados, somente um
pontuou acima de cinco repostas “sim”. Os itens referentes à seleção aleatória dos
participantes e cegamento do avaliador não foram descritos por nenhum dos estudos
analisados. A seleção aleatória dos participantes do estudo favorece a homogeneidade da
amostra.34 Em adição, o cegamento do avaliador previne vieses em vários estágios da
pesquisa.34 Deve-se destacar que o cegamento do avaliador pode ser difícil em alguns
desenhos de estudos, como por exemplo, nos transversais tipo caso e controle, em que um dos
grupos possui uma doença cujos sintomas não são possíveis de ocultar.
40
Os estudos publicados em revistas científicas devem apresentar as informações essenciais
sobre a pesquisa realizada, descritas de forma clara e adequada. Como nem sempre isso
acontece, um grupo de pesquisadores desenvolveu a iniciativa “Strengthening the Reporting
of Observational Studies in Epidemiology” - Strobe, a qual engloba recomendações para
melhorar a qualidade da descrição de estudos observacionais.46 Assim, as revistas que
adotaram essas recomendações em suas instruções para os autores conseguem publicar
estudos com melhor descrição metodológica. Infelizmente, nenhum dos estudos selecionados
se refere à utilização dessas recomendações na preparação dos manuscritos. Além disso, após
consulta às instruções aos autores das oitos revistas que publicaram os estudos selecionados,
observou-se que somente a Revista Brasileira de Fisioterapia sugere consulta prévia ao
STROBE mas nenhum dos artigos publicados nesta revista cita a utilização do STROBE,
como sugerido. Vale ressaltar que a revista recentemente sofreu algumas alterações, como a
mudança do nome para Brazilian Journal of Physical Therapy, consequentemente a sugestão
para consulta prévia ao STROBE possa ser recente, justificando o motivo pelo qual os estudos
não citaram a utilização do STROBE.
Na avaliação sobre a utilização dos “Standards for Reporting EMG Data" do ISEK,29 somente
quatro estudos obtiveram pontuação acima de quatro respostas ‘sim” para os sete itens
analisados. O item referente à descrição da retificação do sinal EMG foi descrito somente por
um estudo dos 12 estudos analisados. Por outro lado, o item referente ao processamento do
sinal eletromiográfico foi descrito por todos os estudos. Além disso, somente cinco estudos
fizeram a descrição do tipo de eletrodo de superfície. Apesar dos artigos mais recentes
apresentarem uma pontuação maior com relação a esta avaliação, acreditamos que a ausência
dessas descrições pode comprometer a qualidade metodológica de um manuscrito, já que as
inferências em relação aos resultados obtidos e também as comparações com estudos
41
semelhantes ficam impossibilitadas, visto que boa parte dos métodos utilizados na avaliação
não é conhecida. Além disso, impossibilita uma das principais recomendações do Surface
ElectroMyoGraphy for the Non-Invasive Assessmente of Muscles (SENIAM),47 que é a de
uniformizar os procedimentos de aquisição de dados eletromiográficos. Apesar da ampla
divulgação dos “Standards for Reporting EMG Data”, muitos estudos não descrevem todas as
especificações necessárias e orientadas pelo ISEK. Isso ocorre mesmo tendo sido observado
que alguns22, 39, 42-44 descreveram no texto que seguiram as orientações do ISEK ou de outros
autores,47 embora não tenham apresentado descrição detalhada sobre cada item, como é
recomendado. Uma das nossas hipóteses é que, com o controle do tamanho de um manuscrito
feito pelas revistas em relação ao número máximo de palavras ou caracteres, muitos autores
acabam decidindo retirar as descrições recomendadas pelo ISEK para apresentação detalhada
de outras seções dos artigos. No entanto, tal escolha dos autores torna difícil o completo
entendimento do estudo realizado bem como sua reprodução, já que o leitor nem sempre tem
certeza se as diretrizes foram utilizadas e se houve uma correta avaliação da atividade
eletromiográfica.
Os critérios de inclusão utilizados na presente revisão sistemática não restringiam o tipo de
estudo transversal. Porém, mais de 90% dos estudos encontrados são transversais
experimentais ou seccionais, somente um estudo36 é caso-controle, o qual avaliou a atividade
EMG durante o power house mas não durante a realização dos exercícios em pacientes com
dor lombar crônica. Um desenho de estudo com alta qualidade metodológica deve ser
realizado para haver um melhor aproveitamento do mesmo dentro da população em geral.
Assim, seria importante que estudos biomecânicos realizados durante exercícios do método
Pilates incluíssem participantes com lesão musculoesquelética, já que esses exercícios têm
cada vez mais sido prescritos para pessoas com algum tipo de doença ou sintoma
42
musculoesquelético. Com relação aos exercícios e músculos avaliados, os estudos são
divergentes entre si, pois cada um analisa músculos e exercícios diferentes. A própria
característica do método Pilates pode ser considerada uma das responsáveis pela diversidade
dos exercícios, pois há uma infinidade de exercícios disponíveis dentro do método cujo
número é ainda maior se variações dos exercícios pelo uso de diferentes molas forem
consideradas. Essa questão novamente poderia ser contornada se os estudos transversais
fossem desenhados para responder uma pergunta relacionada à reabilitação. Assim, a escolha
dos exercícios e dos músculos avaliados seria mais direcionada para uma lesão ou disfunção
específica.
Por fim, os estudos sugerem que a avaliação dos exercícios realizados tenha provocado um
aumento da atividade eletromiográfica dos músculos ou uma diferença de ativação entre os
mesmos e que esses exercícios sejam utilizados em programas de reabilitação para enfoque da
região corporal estudada. Além disso, sugerem que a mudança de posicionamento das molas
seja feita e que os exercícios propostos podem ajudar na construção de um programa de
reabilitação, citando a sua utilização em algumas desordens musculoesqueléticas, como por
exemplo, na dor lombar crônica. No entanto, é importante destacar que somente um estudo foi
realizado em pacientes com dor lombar crônica e os outros apenas com participantes
saudáveis, e com uma amostra pequena para que os resultados sejam ampliados e aplicados a
outras populações. Assim, futuros estudos devem ser feitos sobre a avaliação biomecânica de
exercícios do método Pilates em populações específicas, como por exemplo, em pacientes
com dor lombar crônica.
Contudo, os estudos analisados poderão nortear a realização de outros estudos transversais
que incluam amostras mais representativas da população alvo e participantes portadores de
43
doenças musculoesqueléticas. Assim, estudos transversais do tipo caso e controle com alta
qualidade metodológica e redigidos de acordo com as recomendações poderão fornecer
resultados mais objetivos e aplicados para a elaboração de programas de reabilitação usando
os exercícios do método Pilates.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Nenhum dos 12 artigos selecionados analisaram exercícios e/ou músculos em condições
iguais, impossibilitando a realização de uma metanálise. Apesar do método Pilates ter sido
muito procurado nas últimas duas décadas, os estudos encontrados com avaliação
biomecânica possuem restrições com relação à qualidade metodológica, já que há deficiências
na descrição dos métodos. Por fim, pode-se observar uma tendência à regionalização do
método Pilates, pois 11 artigos6, 22, 36, 38-45 foram conduzidos por pesquisadores brasileiros, e
destes, seis22, 39-42, 44 foram publicados em uma revista nacional e cinco6, 36, 38, 43, 45 em revistas
internacionais.
CONCLUSÃO
Esta revisão sistemática observou que os estudos que foram publicados sobre a avaliação
biomecânica durante a realização de exercícios do método Pilates não permitem estabelecer
profundas conclusões sobre esse tipo de avaliação, em particular, sobre a ativação muscular.
Os estudos publicados possuem qualidade metodológica insatisfatória e, entre aqueles que
fizeram uma avaliação eletromiográfica, não é feita a descrição completa sobre a utilização
dos “Standards for Reporting EMG Data” do ISEK. Além disso, é sugerida a realização de
44
outros estudos que incluam amostras representativas da população alvo e participantes
portadores de doenças musculoesqueléticas.
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Anexo 1: Estratégia de busca
Estratégia de busca para a base de dados PubMed (1800-2013)
Mesh terms Número de artigos encontrados
#1-electromyogr* 76.889
#2- torque 15.094
#3-biomechanic* 100.371
#4-kinematic* 19.636
#5-kinetic* 595.801
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#8-exercise movement techniques 5.360
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#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 5.396
#13-#7 AND #12 687
51
Estratégia de busca para a base de dados CINAHL (1937-2013)
Mesh terms Número de artigos encontrados
S1-electromyogr* 8.845
S2- torque 4.070
S3-biomechanic* 13.368
S4-kinematic* 5.831
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S12-S8 OR S9 OR S10 OR S11 38
S13-S7 AND S12 12
52
Estratégia de busca para a base de dados SportDiscus (1985-2013)
Mesh terms Número de artigos encontrados
#1-electromyogr* 10.161
#2- torque 6039
#3-biomechanic* 44.528
#4-kinematic* 10.573
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#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 85.028
#8-exercise movement techniques 41
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#10-pilates training 147
#11-pilates-based exercises 24
#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 209
#13-#7 AND #12 29
53
Estratégia de busca para a base de dados Web of Science (1900-2013)
Mesh terms Número de artigos encontrados
#1-electromyogr* 33.658
#2- torque 60.375
#3-biomechanic* 51.444
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#5-kinetic* 759.165
#6-muscle strength 32.191
#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 1.014.809
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#9-exercise movement technics 1
#10-pilates training 61
#11-pilates-based exercises 12
#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 785
#13-#7 AND #12 273
54
Estratégia de busca para a base de dados Embase (1966-2013)
Mesh terms Número de artigos encontrados
#1-electromyogr* 90.326
#2- torque 16.149
#3-biomechanic* 109.222
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#5-kinetic* 1.087.181
#6-muscle strength 67.387
#7- #1 OR #2 OR #3 OR #4 OR #5 OR #6 1.394.052
#8-exercise movement techniques 1.372
#9-exercise movement technics 2
#10-pilates training 95
#11-pilates-based exercises 10
#12-#8 OR #9 OR #10 OR #11 1.470
#13-#7 AND #12 622
CAPÍTULO 3
ATIVAÇÃO MUSCULAR DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES EM
PARTICIPANTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA – ESTUDO
CASO-CONTROLE
56
ATIVAÇÃO MUSCULAR DURANTE EXERCÍCIOS DO MÉTODO PILATES EM
PARTICIPANTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA - ESTUDO
CASO-CONTROLE
Naiane Teixeira Bastos de Oliveiraa, Ft, Sandra Maria Sbeghen Ferreira de Freitasa, EF, Dr,
César Ferreira Amorima, EE, Dr, Maurício Antônio da Luz Juniora, Ft, Ms, Fernanda Ferreira
Fuhrob, Ft, Cristina Maria Nunes Cabrala, Ft, Dr.
a Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo, São
Paulo, Brasil.
b Departamento de Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNICID: CAAE:
056.0186.000-11
Autor correspondente:
Cristina Maria Nunes Cabral, Ft, Dr
Professor Titular
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Programa de Mestrado e Doutorado em
Fisioterapia
Rua Cesário Galeno, 448/475, Tatuapé, CEP 03071-000, São Paulo, Brasil.
Telefone: +55 11 21781565; Fax: +55 11 21781310
Email: [email protected]
57
RESUMO
Desenho do estudo: Estudo transversal, caso e controle.
Objetivos: Analisar e comparar a atividade eletromiográfica de músculos estabilizadores do
tronco durante exercícios do método Pilates em mulheres com e sem dor lombar crônica não
específica.
Introdução: O exercício é um dos tratamentos mais eficientes para a dor lombar crônica. O
método Pilates tem sido considerado uma forma de tratamento deste sintoma. Alguns estudos
foram publicados sobre os padrões de ativação muscular produzido durante os exercícios do
método Pilates, mas os resultados são divergentes.
Métodos: Foram incluídas 60 mulheres sem experiência no método Pilates, sedentárias,
divididas em dois grupos: Grupo Dor Lombar (n = 30) e Grupo Controle (n = 30). Dados de
eletrogoniometria e eletromiográficos dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo foram
coletados simultaneamente e bilateralmente durante 12 repetições de quatro exercícios do
método Pilates, bem como a escala numérica de dor foi aplicada antes e após a realização dos
exercícios. O Root Mean Square (RMS) foi calculado e normalizado pelo valor médio obtido
nas quatro repetições centrais de todas as tarefas. Análise de variância foi utilizada para
comparar os valores de RMS dos exercícios inter e intragrupos e os valores da diferença de
mudança da escala numérica de dor durante os exercícios no Grupo Dor Lombar.
Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante dos valores de RMS na análise
intergrupos e na análise dos valores da diferença de mudança da escala numérica de dor para
o Grupo Dor Lombar. Na análise do Grupo Dor Lombar, houve diferença estatisticamente
significante entre o exercício “Ponte sobre os ombros” e os exercícios “Rolamento do quadril
com 1 mola” (p < 0,001) e “Rolamento do quadril com 2 molas” (p < 0,001). Já para o Grupo
Controle houve diferença estatisticamente significante do exercício “Ponte sobre os ombros” e
os demais exercícios: “Respiração” (p = 0,025), “Rolamento do quadril com 1 mola” (p <
0,001) e “Rolamento do quadril com 2 molas” (p = 0,017).
58
Conclusão: Não foi observada diferença de ativação muscular durante os exercícios avaliados
entre participantes com e sem dor lombar. Porém a ativação muscular foi diferente com
relação aos exercícios, principalmente para o grupo sem dor lombar. Também não houve
aumento da dor em função da realização dos exercícios no grupo com dor lombar. Assim,
pode-se sugerir que os exercícios avaliados sejam utilizados no tratamento da dor lombar
crônica, visto que os pacientes podem atingir o mesmo recrutamento muscular observado em
participantes saudáveis.
Nível de evidência: Caso-controle, terapia; 3a.
Palavras Chave: Biomecânica, dor lombar crônica, eletromiografia, exercícios baseados no
método Pilates.
INTRODUÇÃO
A dor lombar crônica é um sintoma de alta prevalência; uma revisão sistemática(15)
mostrou uma prevalência de 29% para as pessoas que em algum momento de suas vidas
sentiram dor lombar, enquanto no Brasil 13,5% da população sofre com doença de coluna(17).
Este sintoma envolve altos custos com o tratamento(10). Um dos tratamentos mais eficientes
para a dor lombar crônica é o exercício, a curto e longo prazo, pois reduz a dor e a
incapacidade(20). Através deste contexto de preocupação com o tratamento da dor lombar
crônica, o método Pilates vem sendo usado como uma nova opção a ser estudada, testada e
comprovada. Vários ensaios clínicos foram realizados com o objetivo de verificar a eficácia
do método Pilates na melhora dos sintomas da dor lombar(8, 9, 11, 13, 22, 26, 32, 34, 35, 42). Entretanto,
poucos são os estudos que realizam uma avaliação biomecânica dos exercícios do método
Pilates.
Os estudos(2, 12, 19, 21, 23-25, 30, 31, 38-41) que fizeram uma avaliação biomecânica dos
exercícios do método Pilates apresentam resultados divergentes. Alguns estudos(2, 19, 21, 24, 25, 30,
59
31, 38-41) que utilizam eletromiografia avaliam músculos e exercícios diferentes, não permitindo
conclusões profundas sobre este tipo de avaliação, principalmente com relação à ativação
muscular durante os exercícios. Uma revisão sistemática(29) publicada em 2012 ressaltou que a
atividade eletromiográfica dos músculos extensores lombares e abdominais durante exercícios
do método Pilates foi avaliada até aquela data somente em participantes saudáveis e sugere
que esse tipo de avaliação deveria ser realizada em pacientes com dor lombar. Até o momento
somente um estudo(21) avaliou a ativação muscular durante a execução do power house em
pacientes com dor lombar crônica comparando com participantes saudáveis. Porém os
resultados desse estudo não correspondem à sugestão da recente revisão sistemática(29), pois
não fornecem informações sobre os principais exercícios do método Pilates, afim de
esclarecer o funcionamento exato dos exercícios e adequar a sua recomendação em pacientes
com dor lombar crônica.
O método Pilates é utilizado por fisioterapeutas para reforçar os programas de
reabilitação(18). Entretanto, o critério de escolha das variáveis, como por exemplo, o tipo de
exercício a ser realizado, ainda vem sendo feito por meio de avaliações subjetivas(40), já que
os estudos a esse respeito são escassos. Assim, o objetivo deste estudo é analisar e comparar a
atividade eletromiográfica dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo em exercícios do
método Pilates em participantes com e sem dor lombar crônica não específica.
MÉTODOS
Participantes
Foram avaliadas participantes do sexo feminino, recrutadas na clínica-escola de
Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. Os critérios de inclusão
eram mulheres com idade entre 18 e 60 anos, sedentárias e com marcha independente. Para o
Grupo Dor Lombar as participantes deveriam ter dor lombar crônica não específica
60
persistente por mais de três meses e para o Grupo Controle as participantes deveriam ser
saudáveis. A idade, estatura e índice de massa corpórea (IMC) foram pareados entre os
grupos. As contraindicações para a realização de exercícios físicos foram avaliadas pelo
Questionário de Prontidão para Atividade Física, sugerido como padrão mínimo de avaliação
pré-participação, pois pode identificar, por alguma resposta positiva, os participantes que
necessitam de avaliação e liberação médica prévia(6). Os critérios de exclusão para os dois
grupos foram: participantes com experiência prévia com o método Pilates, gravidez, cirurgias
prévias de coluna vertebral e membros inferiores e superiores, história de fratura de coluna
vertebral, desordens inflamatórias, reumáticas e neurológicas, doença metabólica sistêmica
não controlada, hérnia de disco, tumor, infecção, osteoporose, deformidade estrutural, não
compreender a escrita e fala da língua portuguesa e participantes que realizaram tratamento
fisioterapêutico para dor lombar crônica nos últimos seis meses(13, 35). As participantes
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participação do estudo, o qual
recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo
(CAAE: 0056.0186.000-11).
Cálculo amostral
O cálculo amostral foi realizado no software GPower, versão 3.1, com base em um
estudo piloto com quatro participantes do Grupo Dor Lombar e oito do Grupo Controle.
Utilizamos a média e desvio padrão do valor Root Mean Square (RMS) do músculo oblíquo
externo direito e esquerdo gerado durante o exercício “Ponte sobre os ombros” de cada grupo
para determinar uma diferença entre os grupos de 0,65. Para o grupo Dor Lombar a média de
ativação muscular utilizada foi de 1,22 e o desvio padrão de 0,10 e para o Grupo Controle a
média de ativação muscular foi de 1,14 e o desvio padrão de 0,14. Consideramos o poder
61
estatístico de 80% e alfa de 5%. Sendo assim, o tamanho da amostra obtido foi de 30
participantes por grupo.
Procedimento
No primeiro dia de avaliação, as participantes receberam orientações básicas sobre o
método Pilates e treinamento da ativação do centro de força, que corresponde à contração
concêntrica e isométrica dos músculos do assoalho pélvico na expiração durante a respiração
diafragmática(33). Nesse mesmo dia, foi realizado um treinamento dos exercícios propostos
para favorecer a familiarização das participantes.
Em outro dia, com um intervalo mínimo de dois dias, os dados de ativação muscular
foram coletados por meio de um eletromiógrafo (EMG System do Brasil Ltda.), modelo
EMG-800C, com placa de conversão analógico/digital de 16 bits de resolução, interfaciado
com eletrogoniômetro (EMG System do Brasil Ltda.) e programa de aquisição de dados
WinDaq com frequência de amostragem de 2000 Hz por canal. Os dados foram coletados com
um filtro passa-banda de quarta ordem de 20 a 500 Hz, realizada por um filtro analógico do
tipo Butterworth, com ruído inferior a 3 µV, impedância de 109 Ohms e índice de módulo de
rejeição comum maior que 100 dB. O eletrogoniômetro foi utilizado para determinar o início
e o final da ativação muscular e apresenta acurácia de 0,1 grau.
Os eletrodos utilizados foram bipolares de Ag/AgCl ativos de superfície, com pré-
amplificação de 20 vezes, cabo blindado e clipe de pressão na extremidade, acoplados com
eletrodos descartáveis (Meditrace). Os eletrodos foram colocados sobre o ventre muscular,
paralelos às fibras musculares, de forma que ficassem distantes 2 cm um do outro(3). Para
captação do sinal eletromiográfico, foram observados rigorosamente todos os procedimentos
recomendados por Hermens et al.(14). O eletrodo de referência foi colocado sobre o processo
espinhoso da sétima vértebra cervical. Os músculos monitorados foram o glúteo máximo e o
62
oblíquo externo bilateralmente. Para o músculo glúteo máximo, os eletrodos foram colocados
sobre o meio da linha entre as vértebras sacrais e o trocânter maior, com orientação na direção
da linha da espinha ilíaca posterosuperior à face média posterior da coxa(36). Para o músculo
oblíquo externo, os eletrodos foram colocados no ponto de distância média entre a espinha
ilíaca anterosuperior e o ponto mais inferior da margem costal (na altura da terceira vértebra
lombar)(27). Previamente à colocação dos eletrodos foi realizada tricotomia (quando
necessário) e limpeza da pele com álcool. O eletrogoniômetro foi colocado na articulação do
quadril como forma de sincronizar a captação da atividade eletromiográfica e para possibilitar
a definição do intervalo de análise dos sinais eletromiográficos.
Exercícios
Os exercícios realizados foram “Ponte sobre os ombros” do Mat Pilates, “Respiração”
realizado no Cadillac e “Rolamento do quadril” realizado no Reformer (Metalife Indústria e
Comércio de Móveis Ltda.). Esses exercícios são utilizados usualmente nas clínicas de
fisioterapia no tratamento de pacientes com dor lombar crônica e objetivam trabalhar os
músculos estabilizadores da coluna lombar, gerando uma estabilização de tronco em pacientes
com dor lombar.
No exercício “Ponte sobre os ombros” (Figura 1), a participante foi posicionada em
decúbito dorsal, pelve e coluna neutra, joelhos flexionados, pés apoiados no colchonete,
pernas paralelas e abduzidas na distância do quadril, braços ao longo do corpo, palmas das
mãos voltadas para cima e escápulas estabilizadas. Após o posicionamento, a participante foi
orientada para realizar elevação da pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os
joelhos, e retornar a posição inicial depois de alguns segundos(37).
63
Figura 1: Exercício “Ponte sobre os ombros”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do
exercício.
No aparelho Cadillac foi realizado o exercício “Respiração” (Figura 2). Nele, a
participante foi posicionada em decúbito dorsal, cabeça em direção à barra de rolamento,
pelve e coluna neutra, joelhos flexionados, braços estendidos ao longo do corpo, escápulas
estabilizadas e pés encaixados na alça do trapézio utilizando a mola vermelha que possui 473
cm de comprimento e 0,69 kgf/cm. Após a posição estabelecida, a participante foi orientada
para elevar a pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os joelhos, e retornar a
posição inicial depois de alguns segundos(4).
Figura 2: Exercício “Respiração”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do exercício.
A. B.
A. B.
64
No aparelho Reformer foi realizado o exercício “Rolamento do quadril” (Figura 3) que
consistiu na posição da participante em decúbito dorsal, com pelve e coluna neutra, pés na
barra, pernas paralelas e abduzidas na distância do quadril, braços ao longo do corpo e com as
palmas da mão voltadas para cima. A partir desta posição, a participante foi orientada para
elevar a pelve criando uma posição de ponte dos ombros até os joelhos, e para retornar a
posição inicial depois de alguns segundos.
Figura 3: Exercício “Rolamento do quadril”. A. Posição inicial. B. Posição de realização do
exercício.
Nos exercícios realizados no Reformer, foi realizada uma variação com uso de molas:
com uma ou duas molas vermelhas. A variação de molas foi utilizada porque acreditamos que
o uso de somente uma mola torna a realização do exercício mais instável, e consequentemente
é exigida maior ativação dos músculos avaliados para controlar o movimento. Já utilizando
duas molas a realização do exercício seria mais estável e poderia haver uma menor ativação
dos músculos avaliados. As molas vermelhas do Reformer possuem 473 cm de comprimento
e 0,2 kgf/cm.
Foram realizadas 12 repetições para cada exercício e para cada variação de mola em
uma velocidade determinada pela respiração e conforto da participante, com um intervalo de
dois minutos entre cada exercício e variação de mola. Além disso, a ordem de realização dos
B. A.
65
exercícios foi aleatorizada com a finalidade de diminuir fadiga induzida e não interferir na
análise dos dados. Antes e após cada um dos exercícios foi aplicada a escala numérica de dor
no Grupo Dor Lombar(7).
Processamento do sinal e Análise estatística
Os dados eletromiográficos foram processados através de rotinas definidas no
programa Matlab (versão 7.12.0.635, The Mathworks Inc®). A variação angular obtida pelo
eletrogoniômetro também foi filtrada pelo filtro Butterworth de quarta ordem e 3 Hz. A
análise do sinal eletromiográfico foi realizada levando em consideração o início e término da
movimentação do quadril adquirida pelo eletrogoniômetro, sendo estes definidos pelos
valores mínimos obtidos na posição inicial e após a realização do exercício. Para reduzir a
variabilidade, na análise foram utilizadas apenas as quatro repetições centrais, excluindo as
três primeiras e três últimas das 12 repetições realizadas por cada participante. A exclusão das
três primeiras repetições é sugerida para diminuir a interferência de uma possível adaptação
ao exercício por parte da participante e das três últimas para minimizar o efeito da fadiga
muscular sobre a atividade eletromiográfica(25). Para cada repetição foi calculado o RMS de
cada músculo no intervalo entre o início e término definidos anteriormente. Em seguida, foi
calculado o valor de RMS médio das quatro repetições centrais de todos os exercícios para
cada músculo, o qual foi utilizado na normalização do sinal eletromiográfico. Para a análise
estatística, foi considerada a média de ativação entre os lados direito e esquerdo de cada
músculo, já que o objetivo deste estudo é verificar a ativação muscular para a estabilização do
tronco e não a assimetria entre os músculos.
66
Análise estatística
Para a análise estatística, foi realizado o teste de normalidade (Shapiro-Wilk) e de
homogeneidade de variância (Teste de Levene). Confirmada a aderência ao modelo normal,
foi feita uma Análise de variância com post hoc de Tukey para verificar as diferenças inter e
intragrupos e exercícios nas seguintes comparações: a) comparação entre grupos dos valores
de RMS dos músculos avaliados durante os quatro exercícios; b) comparação intragrupos dos
valores de RMS de cada músculo registrado entre os exercícios; e c) comparação da diferença
da intensidade da dor antes e após a realização dos exercícios no Grupo Dor Lombar. O nível
de significância adotado em todos os testes foi p < 0,05. Os dados foram analisados pelo
software SPSS (versão 20.0.0) e estão apresentados por medidas de tendência central.
RESULTADOS
Sessenta mulheres foram divididas em dois grupos: Grupo Dor Lombar (n=30) e
Grupo Controle (n=30). As características demográficas da amostra estão descritas na Tabela
1.
67
Tabela 1 – Características das Participantes.
Características Participantes
Grupo Dor Lombar
(n = 30)
Grupo Controle
(n = 30)
Idade (anos), média (DP) 35,7 (12,9) 34,2 (9,9)
Duração da dor lombar (meses), média
(DP)
91 (129,5) NA
Estatura (m), média (DP) 1,6 (0,1) 1,6 (0,1)
Índice de massa corpórea (kg/m2), média
(DP)
23,3 (2,8) 22,7 (2,1)
Estado Civil, n (%)
Solteiro 11 (36,7) 12 (40)
Casado 17 (56,7) 14 (46,7)
Divorciado 2 (6,7) 3 (10)
Viúvo 0 (0) 1 (3,3)
Escolaridade, n (%)
Ensino fundamental 6 (20) 6 (20)
Ensino médio 16 (53,3) 21 (90)
Ensino superior 8 (26,7) 0 (0)
Pós-graduação 0 (0) 2 (6,7)
Renda (salários mínimos), média (DP) 5,4 (4,6) 8,5 (6,5)
NA: Não se aplica.
68
Na Tabela 2 estão apresentados os resultados da comparação de ativação muscular
intergrupos e da comparação dos exercícios intragrupos. Podemos observar que não houve
diferença estatisticamente significante (p ≥ 0,05) de ativação muscular entre os grupos
analisados. Já nas análises intragrupos houve diferença estatisticamente significante (p ≤ 0,05)
entre os exercícios. No Grupo Dor Lombar houve diferença estatisticamente significante entre
os exercícios “Respiração” e “Rolamento do quadril com 1 mola” (p = 0,009). Para o
exercício “Ponte sobre os ombros” houve diferença estatisticamente significante entre os
exercícios “Rolamento do quadril com 1 mola” (p < 0,001) e “Rolamento do quadril com 2
molas” (p < 0,001). Com relação ao Grupo Controle houve diferença estatisticamente
significante do exercício “Ponte sobre os ombros” e os demais exercícios: “Respiração” (p =
0,025); “Rolamento do quadril com 1 mola” (p < 0,001); e “Rolamento do quadril com 2
molas” (p = 0,017).
69
Tabela 2: Valores RMS dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo durante os quatro exercícios avaliados nos Grupos Dor Lombar e
Controle.
1Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Respiração e Rolamento do quadril com 1 mola para o Grupo Dor Lombar (p = 0,009).
2Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento
do quadril com 1 mola e Ponte sobre os ombros para o Grupo Dor Lombar (p < 0,001). 3Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento do quadril com 2 molas e Ponte sobre os ombros para o
Grupo Dor Lombar (p < 0,001). 4
Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Respiração e Ponte sobre os ombros para o Grupo Controle (p = 0,025). 5
Diferença estatisticamente significante entre os
exercícios Rolamento do quadril com 1 mola) e Ponte sobre os ombros para o Grupo Controle (p < 0,001). 6
Diferença estatisticamente significante entre os exercícios Rolamento do quadril com 2 molas e Ponte sobre
os ombros para o Grupo Controle (p = 0,017)
Grupo Dor Lombar
Média (DP)
Grupo Controle
Média (DP)
Diferença entre as médias
(IC a 95%)
p
“Ponte sobre os ombros” Glúteo Máximo
Oblíquo Externo
1,25 (0,24)
1,05 (0,23)
1,22 (0,22)
1,06 (0,16)
0,03 (-0,09 a 0,15)
-0,01 (-0,11 a 0,10)
0,573
0,913
“Respiração”1,4 Glúteo Máximo
Oblíquo Externo
0,89 (0,25)
1,20 (0,21)
0,81 (0,24)
1,12 (0,23)
0,08 (-0,05 a 0,21)
0,08 (-0,03 a 0,19)
0,232
0,163
“Rolamento do quadril”
(1 mola)2,5
Glúteo Máximo
Oblíquo Externo
0,89 (0,15)
0,87 (0,15)
0,93 (0,14)
0,89 (0,12)
-0,04 (-0,11 a 0,04)
-0,02 (-0,09 a 0,05)
0,377
0,616
“Rolamento do quadril”
(2 molas)3
Glúteo Máximo
Oblíquo Externo
0,96 (0,16)
0,88 (0,21)
1,04 (0,21)
0,93 (0,12)
-0,08 (-0,17 a 0,02)
-0,05 (-0,15 a 0,03)
0,108
0,214
70
Na Tabela 3 estão apresentados os resultados da média das diferenças da intensidade
da dor avaliada após e antes a realização dos exercícios no Grupo Dor Lombar. O resultado
dessa análise demonstra que não houve diferença estatisticamente significante (p ≥ 0,05) entre
os exercícios analisados.
Tabela 3: Valores da diferença de mudança da escala numérica de dor avaliada antes e após a
realização dos quatro exercícios no Grupo Dor Lombar.
Exercícios Média (DP)
“Ponte sobre os ombros” 0,13 (1,57)
“Respiração” 1,30 (1,82)
“Rolamento do quadril com 1 mola” 0,73 (1,74)
“Rolamento do quadril com 2 molas” 0,80 (1,79)
71
DISCUSSÃO
Neste estudo foi comparada a ativação elétrica dos músculos glúteo máximo e oblíquo
externo durante quatro exercícios do método Pilates realizados por dois grupos de mulheres,
um com e outro sem dor lombar. Não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos, mas houve diferença significante entre os exercícios com relação à ativação dos
músculos glúteo máximo e oblíquo externo. Para o Grupo Dor Lombar, o exercício “Ponte
sobre os ombros” apresentou diferença estatisticamente significante quando comparada aos
exercícios “Rolamento do quadril” utilizando uma ou duas molas, e o exercício “Respiração”
mostrou diferença estatisticamente significante com o exercício “Rolamento do quadril com 1
mola”. Para o Grupo Controle houve diferença estatisticamente significante entre o exercício
“Ponte sobre os ombros” com os demais exercícios. A análise da diferença de mudança da
intensidade da dor avaliada após e antes os exercícios no Grupo Dor Lombar não mostrou
diferença estatisticamente significante.
Com relação à ativação muscular durante os exercícios do método Pilates, até o
momento não foram encontrados na literatura estudos que investigassem especificamente a
ativação elétrica dos músculos glúteo máximo e oblíquo externo, durante a realização dos
quatro exercícios propostos para mulheres com e sem dor lombar crônica. Um estudo
recente(21) avaliou a execução do power house por meio da atividade eletromiográfica de
músculos do tronco em indivíduos com e sem sintomas de dor lombar, e observou que os
músculos oblíquo interno e multífidos apresentaram maior ativação no grupo sem dor,
diferente dos resultados do presente estudo. A divergência entre os resultados pode se dar pelo
tipo de exercícios avaliados. No presente estudo foram avaliados exercícios dinâmicos,
realizados por participantes sedentários, enquanto o outro estudo(21) realizou uma avaliação
durante uma contração estática e em participantes fisicamente ativos. Além disso, o estudo(21)
utilizou feedback visual fornecido pelo sinal EMG durante a avaliação. Um estudo(28) que
72
avaliou os efeitos de um dispositivo de feedback visual baseado em eletromiografia no
sistema musculoesquelético observou que, para a região lombar, o feedback visual é uma
maneira eficaz para reeducar a postura corporal. Com isso acreditamos que a execução do
power house com o auxílio do feedback visual pode ter influenciado nos resultados. Além
disso, o uso do feedback visual faz com que os resultados não se aproximem da prática
clínica, já que durante uma sessão utilizando o método Pilates, o uso de feedback visual do
sinal eletromiográfico aos pacientes não é um procedimento comum.
Os resultados desse estudo mostraram que há uma diferença estatisticamente
significante com relação à análise dos exercícios intragrupos. Podemos observar na literatura
que poucos estudos analisaram a atividade eletromiográfica dos músculos do tronco durante
exercícios baseados no método Pilates, principalmente em pacientes com dor lombar crônica.
No Grupo Controle o exercício “Ponte sobre os ombros” foi diferente quando comparado com
os exercícios realizados nos aparelhos. Apesar do nível de dificuldade do exercício não
depender somente da ativação muscular, é possível que na modalidade Mat Pilates a execução
dos exercícios seja considerada de maior dificuldade. De acordo com American College of
Sports Medicine(1), os aparelhos de musculação proporcionam a realização de exercícios mais
seguros e facilitam o aprendizado e a execução dos exercícios, pois os aparelhos contribuem
com a estabilização do corpo. Provavelmente isso pode ocorrer com os aparelhos do método
Pilates, pois ambos contam com dispositivos semelhantes (polias, alças e molas).
Os achados do presente estudo também mostraram que a intensidade da dor após a
execução dos exercícios não difere da apresentada antes do exercício no Grupo Dor Lombar.
É possível que os resultados tenham sido influenciados pelo fato dos exercícios propostos
serem bem parecidos quanto a sua execução, e a amplitude de movimento máxima do
exercício ser adaptada à capacidade física de cada participante. No entanto, futuros estudos
73
são necessários para investigar se a atividade eletromiográfica dos músculos difere entre os
exercícios se a amplitude de movimento for pré-determinada.
Os estudos(2, 12, 19, 21, 23-25, 30, 31, 38-41) que realizaram uma avaliação biomecânica durante
os exercícios do método Pilates são diferentes com relação aos seus objetivos e resultados, e
também analisam músculos e exercícios diferentes. A maioria dos estudos fazem avaliação
com participantes saudáveis, diferente do presente estudo. No entanto, uma das limitações do
presente estudo foi a escolha dos músculos avaliados, isto é, glúteo máximo e oblíquo
externo. Uma possibilidade é que esses músculos nem sempre são os mais ativados durante a
realização dos exercícios propostos, porém estes músculos foram escolhidos devido ao
objetivo do estudo ter sido avaliar os músculos estabilizadores do tronco, e, portanto, a
avaliação de outros músculos como, por exemplo, os isquiotibiais não foi realizada. Ainda, os
músculos foram escolhidos para avaliação por serem músculos superficiais, já que há uma
dificuldade em avaliar pela eletromiografia os músculos profundos. Outro ponto de limitação
foi a dificuldade de cegar o avaliador. Durante a tentativa de cegar o avaliador, muitos dos
participantes avaliados relatavam sobre a dificuldade de realizar alguns exercícios, deixando
claro ao avaliador em qual grupo foram alocados.
Alguns estudos(2, 19, 25, 31, 40, 41) que realizaram uma avaliação biomecânica durante os
exercícios do método Pilates normalizaram os sinais de eletromiografia pela contração
voluntária máxima isométrica (CVMI), mas outros estudos(16, 39) sugerem que a CVMI
depende de fatores para ser atingida, como: formação e motivação do avaliador. Devido a
esses fatores um estudo(5) sugere que a normalização pela média deve ser escolhida para
diminuir a variabilidade interindividual. Assim a atividade eletromiográfica dos músculos
analisados no presente estudo foi normalizada pela média.
Há uma carência científica de estudos na área, em termos de avaliação do padrão
muscular dos músculos do tronco durante exercícios realizados no método Pilates. Mais
74
estudos devem ser realizados a fim de analisar outros grupos musculares nestes exercícios e
com outros tipos de exercícios bem como estudos com amostras mais representativas
abordando diversas faixas etárias e sexos, em diferentes populações, principalmente pacientes
com dor lombar, bem como participantes com ou sem adaptação ao método Pilates. Esse tipo
de estudo permite uma melhor compreensão do efeito do exercício sobre a ativação muscular
e pode auxiliar na escolha dos exercícios e variáveis, durante a prescrição dos exercícios no
programa de reabilitação utilizando o método Pilates.
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados do presente estudo, não foi observada diferença de
ativação muscular durante os exercícios do método Pilates avaliados entre participantes com e
sem dor lombar crônica não específica. Também não houve diferença na avaliação da dor
durante os exercícios. Assim, pode-se sugerir que os exercícios avaliados recrutam a
musculatura avaliada de forma semelhante e podem ser utilizados no tratamento da dor
lombar crônica, visto que os pacientes atingiram o mesmo recrutamento muscular observado
em participantes saudáveis. No entanto, os resultados apontam que a ativação muscular foi
maior no exercício “Ponte sobre os ombros” nos dois grupos, assim é possível que na prática
clínica, os exercícios do Mat Pilates possam ser utilizados em uma fase mais avançada de
tratamento, considerando o nível de dificuldade. Porém, mais estudos com boa qualidade
metodológica, devem ser feitos.
PONTOS CHAVE
ACHADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos
analisados em função da dor lombar. Considerando o grupo Controle, o exercício “Ponte
75
sobre os ombros” exigiu maior ativação do músculo glúteo máximo durante a sua execução
comparada aos outros exercícios analisados.
SUGESTÕES: Os resultados desse estudo auxiliam os profissionais de saúde a compreender
a ativação no músculo, assim os ajudam na escolha dos exercícios e variáveis de acordo com
o objetivo proposto durante um programa de tratamento utilizando o método Pilates.
CAUTELA: O presente estudo analisou a atividade eletromiográfica somente de dois
músculos e quatro exercícios em pacientes com dor lombar crônica. Devemos ter cautela ao
extrapolar esses resultados para outros músculos e outros exercícios no mesmo grupo de
pacientes.
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CAPÍTULO 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
81
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos desta dissertação de mestrado foram reunir estudos que realizaram uma
avaliação biomecânica utilizando os exercícios do método Pilates em uma revisão sistemática
e realizar um estudo transversal caso e controle de avaliação eletromiográfica em
participantes com dor lombar não específica. No capítulo 2 foram apresentados os resultados
com relação à revisão sistemática de estudos sobre a avaliação biomecânica durante a
realização de exercícios do método Pilates, indicando que os resultados destes estudos1-12
devem ser analisados com cautela, pois são de baixa qualidade metodológica. Para realização
de novas revisões sistemáticas é necessário que mais estudos de alta qualidade metodológica
sejam publicados. A fim de minimizar limitações metodológicas que afetam a qualidade dos
artigos, recomendamos que os próximos estudos transversais sigam as recomendações do
STROBE, com o propósito de melhorar a qualidade metodológica dos estudos, e
consequentemente fornecer resultados mais fidedignos sobre o tema em questão. Dos estudos
publicados até hoje está é a primeira revisão sobre o assunto.
No capítulo 3 apresentamos os principais achados do primeiro estudo transversal caso
e controle de avaliação biomecânica durante exercícios das duas modalidades do método
Pilates em participantes com dor lombar crônica não específica, com uma amostra superior
aos outros estudos publicados até o momento sobre este assunto. De acordo com esses
resultados sugerimos que os exercícios avaliados podem ser prescritos para pacientes com dor
lombar, pois a ativação da musculatura avaliada foi realizada de forma semelhante nos dois
grupos.
Diante desses resultados, observamos que mais estudos com boa qualidade
metodológica devem ser feitos, principalmente para responder perguntas clínicas, já que o
método Pilates vem sendo utilizado por vários fisioterapeutas em seus programas de
82
reabilitação. O uso de evidências científicas para nortear a tomada de decisão clínica durante
um programa de reabilitação é muito importante tanto para os pacientes, como para os
profissionais de saúde, principalmente quando observamos uma baixa qualidade metodológica
dos estudos avaliados. Além disso, é importante que estudos futuros avaliem outros grupos
musculares nestes exercícios e com outros tipos de exercícios, além de amostras mais
representativas. Esperamos que os resultados da pesquisa atual auxiliem os profissionais de
saúde na sua tomada de decisão clínica, principalmente os fisioterapeutas para definir melhor
os exercícios e variáveis prescritos durante o programa de reabilitação, utilizando o método
Pilates.
REFERÊNCIAS
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comparativa da atividade elétrica do músculo multífido durante exercícios do Pilates, série de
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Abrão T, Cardoso JR. A comparative analysis of the electrical activity of the abdominal
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da atividade eletromiográfica do movimento de extensão de quadril realizado segundo o
método Pilates. Rev Bras Fisioter 2009;13:82-8.
12. Souza EFd, Cantergi D, Mendonça A, Kennedy C, Loss JF. Análise eletromiográfica
dos músculos reto femoral e reto abdominal durante a execução dos exercícios hundred e
teaser do método Pilates. Rev Bras Med Esporte 2012;18:104-8.
ANEXOS
85
ANEXO 1 – Normas de publicação da revista Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics
General information
The Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics (JMPT) is an international peer-reviewed journal dedicated to
the advancement of the science of manipulative and physiological therapeutics and chiropractic health care principles and
practice. Submissions must be original work, not previously published, and not currently under consideration for publication
in another medium, including both paper and electronic formats. The JMPT does not publish articles containing material that
has been reported at length elsewhere. The journal follows the standards as set forth in the Uniform Requirements for
Manuscripts (www.icmje.org).
JMPT MANUSCRIPT FORMS
Title Page Form
Copyright
Conflict of Interest
Case/Case Series
MANUSCRIPT CATEGORIES
Manuscripts should fit into one of the following categories (text word limit does not include abstract, tables, or reference
word count):
Experimental and observational investigations
Reports of new research findings. These studies may include investigations into the improvement of health factors, causal
aspects of disease, and the establishment of clinical efficacies of related diagnostic and therapeutic procedures. These types of
studies may include: clinical trials, intervention studies, cohort studies, case-control studies, observational studies, cost-
effectiveness analyses, epidemiologic evaluations, studies of diagnostic tests, etc. These reports should follow current and
relevant guidelines (eg, CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) (text word limit, approximately 4000
words)
Systematic reviews and meta-analyses
Assessments of current knowledge of a particular subject of interest that synthesize evidence relevant to well-defined
questions about diagnosis, prognosis, or therapy with emphasis on better correlation, the demonstration of ambiguities, and
the delineation of areas that may constitute hypotheses for further study. (text word limit, approximately 4000 words)
Clinical guidelines
Succinct, informative, summaries of official or consensus positions on issues related to health care delivery, clinical practice,
or public policy. (text word limit, approximately 2000 words)
Technical reports
Reporting and evaluation of new or improved equipment, procedures, or the critical evaluation of old equipment or
procedures that have not previously been critically evaluated. (text word limit, approximately 2000 words)
Case series
Case series are retrospective descriptions of the diagnosis and treatment of several cases of a similar condition. (text word
limit, approximately 1500 words)
86
Letters to the editor
Communications that are directed specifically to the editor that add to the information base or clarify a deficiency in paper
recently published in the JMPT (must be within the last 2 months) and include relevant references to substantiate comments.
No unidentified letters are accepted for publication. All letters are subject to editing and abridgement. If a letter is accepted
for publication, a blinded copy will be sent to the author of the article who will have an opportunity to provide a response and
new information that will be considered for publication along with the letter. Direct communication between the writer of a
letter and the author of an article should be avoided, because in the interest of scientific objectivity differences of opinion are
best handled by a third party—the editor—who can serve as an arbitrator if there is a dispute, thus avoiding unnecessary
irritations to either party. Also, if deficiencies exist in an article published in theJMPT, all readers (and the scientific
community in general) have a right to be informed. For more information about letters to the editor, please read this editorial.
(text word limit, 500 words maximum, reference limit 8).
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should meet conditions 1, 2, and 3. Each author must sign a statement attesting that he or she fulfills the authorship criteria of
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or legal guardian) after the procedure(s) had been fully explained.
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Clinical trials should be included in a clinical trial registry. The clinical trial registration number should be included in the
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patient enrollment as a condition of consideration for publication. This policy applies to clinical trials starting enrollment
after July 1, 2005. For trials that began enrollment before this date, registration should be completed by September 13, 2005,
87
before considering the trial for publication. The ICMJE (www.icmje.org) defines a clinical trial as a study that prospectively
assigns human subjects to intervention or comparison groups to evaluate the cause-and-effect relationship between an
intervention and a health outcome. Trial registration numbers and the URLs for the registry should be included in the title
page form at the time of submission.
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consent forms should be uploaded at the time of initial manuscript submission. Authors should include a statement in the text,
without divulging personal identifiers, that the patient(s) gave consent to have personal health information published.
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material from authors where conflict of interests are concerned, authors should be ready to answer requests from the editor
regarding potential conflicts of interest. The editor makes the final determination concerning the extent of information
included in the published paper.
It is expected that authors are truthful when declaring conflicts on their submission materials. An editor's role is not to be
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their interests upon submission, and it is discovered later, the editor will follow up with an ethics investigation. The results
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section of the manuscript. If the study is funded directly by an NIH grant or other national funding, it is the corresponding
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Copyright of journal contents
Materials published in the JMPT are covered by copyright. No content published by the JMPT (either in print or electronic)
may be stored or presented in other locations such as on another private website, an organization's site, or displayed or
reproduced by any other means, without the express permission of the copyright holder.
Redundant or duplicate publication
Manuscripts must be submitted to only one journal at a time and published in only one journal. The JMPT does not publish
articles containing material that has been reported at length elsewhere. The corresponding author must include in the cover
letter a statement to the editor about all submissions and previous materials that might be considered to be redundant or
duplicate publication of similar work, including if the manuscript includes materials on which the authors have published a
previous report or have submitted similar or related work to another publication. Copies of the related material may be
requested by the editor in order to assist with the editorial decision of the paper.
If redundant or duplicate publication is attempted or occurs without proper disclosure to the editor, editorial action will be
taken as follows. The results may include rejection or retraction of the paper, prevention of future submissions, and
notification of ethical misconduct to the proper authorities. If it is confirmed that a paper is a duplicate or redundant
publication and is discovered in the prepublication phase, the paper will be rejected, even if an accept notice has been
distributed previously to the authors. If duplicate or redundant publication is confirmed after publication, the paper will be
retracted and the appropriate boards/institutions notified.
Non-compliance with author instructions
Authors who do not comply with the items set forth in these instructions may have the submission returned, rejected, or
brought to higher authorities, such as ethics, licensing, or institutional boards for further review at the editor's discretion.
EDITORIAL PROCESS
Pre-peer review, and internal review by editors
To insure that only relevant and appropriate papers are sent to peer review, submitted manuscripts are pre-reviewed for
relevance, appropriate submission format, and basic quality before sending out to peer review. Reasons for early rejection
may include: the submission does not meet the requirements as stated in the instructions for authors, the work is of poor
quality, and/or the topic is not relevant to the mission of journal.
The editorial staff reads each manuscript and then decides whether to send the paper to outside reviewers. If a submission is
rejected without external review, the author will typically be notified electronically within 2 to 3 weeks of receipt. Over 80%
of submitted papers are sent to external peer review, which is usually made up of at least 2 reviewers, but may be more.
Review process
The JMPT uses double-blind peer review methods (author and reviewer are blinded). The journal staff will do their best to
support blinded review methods, however due to the special nature of the topics published, we cannot guarantee that
reviewers or authors may be able to guess the identity of each other.
All manuscripts are subject to blind (without author or institutional identification) critical review by experts in the related
field to assist the editor in determining appropriateness to JMPT objectives, originality, validity, importance of content,
substantiation of conclusions, and possible need for improvement. Manuscripts are considered privileged communications
and should not be retained or duplicated during the review process. Reviewers' comments may be returned with the
manuscript if rejected or if strong recommendations for improvement are made. All reviewers remain anonymous.
Rapid review
Rapid review speeds up the process of peer review and publication. Priority will be given to large clinical trials and meta-
analysis. Only manuscripts that are of very high quality that have findings likely to directly influence clinical practice
immediately will be considered.
Authors who feel that their research warrants rapid review should email the editor and submit justification regarding the
merits of the paper to substantiate its inclusion for rapid review. The editor will make the final decision regarding the
suitability of a submission for rapid review and publication. If a paper is not deemed appropriate by the editor for rapid
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review, the manuscript may still be submitted through the regular submission process and timeline.
If a manuscript is accepted for rapid review, it will then be handled through an expedited peer review process for decision.
The results may include acceptance, major revision, minor revision, or rejection. Inclusion in the rapid review process
guarantees neither acceptance of the paper nor promise of rapid publication if accepted. Each decision and paper review will
be done separately. All papers that are selected for rapid review will be processed through peer review.
The expedited review process will take approximately 15 business days. Authors will be notified about revision no later than
5 weeks after the manuscript is initially received. If revision is requested, authors of a rapid review submission should return
a revised manuscript within 2 weeks of notification. At this time, a decision will be made for acceptance or rejection. If the
manuscript is accepted, it will be scheduled immediately for in press publication.
Criteria for editorial decisions
The JMPT can publish only a portion of all papers submitted each year. Papers are selected based on quality and strength of
the paper in regard to scientific merit and the potential impact on improving patient care.
Revisions, rejections, and resubmissions
Processing of a manuscript for peer review does not imply acceptance to publish, even though the paper may be found to be
within JMPTeditorial objectives. Submissions may receive one of five responses from the editor: 1) incomplete or not ready
for submission, 2) major revision, 3) minor revision, 4) accept, or 5) reject. Aside from rejection for uncorrectable faults, a
well-compiled manuscript may also be rejected because it adds little new information to work that was previously published
in the literature or addresses a new topic that deserves more in-depth reporting. In these cases, the editor may provide the
author of a rejected manuscript recommendations that may be helpful for submission elsewhere.
If the authors have been given the opportunity by the editor to make specific changes to a manuscript and return it for further
consideration, this is considered a "revision." The manuscript will have the same manuscript number and may be sent out to
the same or different reviewers, depending on the needs of the revision. A request for revision does not imply that the
manuscript will be accepted. Manuscripts that are revised and returned may still be rejected.
If the authors have received a rejection decision but wish the editor to reconsider the decision, this is considered a
"resubmission." A new file will be created, and the paper will receive a new manuscript number. The cover letter must
explain that the paper is being resubmitted and substantiated with explanations for why the paper should be allowed to be
resubmitted.
Acceptance for publication
Once a manuscript has been accepted, the authors should not distribute content relating to the article while it is being
prepared for publication. It is permissible at this time to refer to this manuscript as "accepted for publication" in a
forthcoming issue of JMPT; however, it is requested that no further details of the paper, or the research on which it may have
been based, be given out in consideration that abridged or inexact versions of research or scholarly work can be misleading,
or even hazardous where clinical procedures are involved.
Authors may use Elsevier's Author Gateway (http://authors.elsevier.com ) to track accepted articles and set up e-mail alerts to
inform you of when an article's status has changed. Answers to questions arising after acceptance of an article, especially
those relating to proofs, are provided after registration of an article for publication.
Accepted papers will be edited for clarity, journal style, and accuracy of information. The intention is to provide the highest
quality version of the paper for final publication. Authors will have the opportunity to review the manuscript before final
publication during the proof stage to make sure all corrections are accurate. The editor reserves the right to accept or deny
any correction requests from authors prior to final publication.
Proofs
All manuscripts accepted for publication are subject to post acceptance editing; revision may be necessary to ensure clarity,
completeness, conciseness, correct usage, and conformance to approved style. Almost all papers that are accepted require
some editorial revision before publication. Authors will have the opportunity to review corrections/revisions made during the
copy editing process during the reviewing of the proofs. Editors will work with authors to arrive at agreement when authors
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do not find the revisions acceptable, but the JMPT reserves the right to refrain from publishing a manuscript if discussion
with the author fails to reach a solution that satisfies the editors. The journal reserves the right to deny requested changes that
do not affect accuracy. Authors may be charged for changes to the proofs beyond those required to correct errors or to answer
queries. Authors must carefully check and correct the proofs and reply within 24 to 48 hours of receipt and follow all
instructions in the proof email.
Publication scheduling of accepted papers and proofs
Authors will be sent proofs by email. Authors who cannot examine email proofs by the deadline (48 hours of receipt) should
email the editor to designate a colleague who will review proofs. All requests for changes within the proofs are reviewed and
either approved or denied by the editor. Authors should email promptly for additional information requests from the journal
personnel. Once proof changes have been submitted and approved by the editor, no further changes will be considered.
JMPT e-papers
Starting with the January 2002 issue, the JMPT initiated an electronic paper section in the journal. Electronic papers have
their abstract published in the print version of the journal, while the full-text version of the paper is included on
the JMPT web site (www.jmptonline.org). While the editor will attempt to honor requests to publish or not publish a paper as
an E-paper, the editor reserves the right to make a final decision as to whether a given paper will be published as an E-paper.
It is important to note that electronic publication includes all the same rights and privileges as print publication, including
inclusion in indexing agency databases.
Funding sources and NIH funded studies
Statements about funding sources and conflicts of interests should be included in the title page form. If there were no funding
sources or identified conflicts of interest to declare, then this should be clearly stated.
The JMPT is compliant with the open access NIH publication policy and will deposit the final version of the published paper
to PubMedCentral (PMC) within 12 months of final publication. It is the corresponding author's responsibility to inform the
editor in both the cover letter and the copyright form that the study was directly funded by an NIH grant.
Reprints and copies
Authors of papers published in the JMPT are encouraged to make reprints available to interested members of the scientific,
academic, and clinical communities so that the inherent knowledge may be more widely disseminated; a reprint order form
will be provided with the proofs to facilitate ordering quantity reprints. One complimentary copy of the JMPT issue in which
an author's work appears will be provided at no charge to the corresponding author. Additional copies, if desired, must be
ordered at regular cost directly from the publisher. Authors are responsible for payment of reprints or additional copies.
Reproductions
The entire content of the JMPT is protected by copyright, and no part may be reproduced (outside of the fair use stipulation
of Public Law 94-553) by any means without prior permission from the editor or publisher in writing. In particular, this
policy applies to the reprinting of an original article in print or in electronic format, in another publication and the use of any
illustrations or text to create a new work.
Sponsored Access
For those authors who wish to make their article open access, the JMPT offers authors the option to sponsor non-subscriber
access to individual articles. The charge for article sponsorship is $3,000. This charge is necessary to offset publishing costs -
from managing article submission and peer review, to typesetting, tagging and indexing of articles, hosting articles on
dedicated servers, supporting sales and marketing costs to ensure global dissemination via ScienceDirect, and permanently
preserving the published journal article. The fee excludes taxes and other potential author fees such as color charges which
are additional.
Authors may select this option after receiving notification that their article has been accepted for publication. This prevents a
potential conflict of interest where a journal would have a financial incentive to accept an article.
Authors who have had their article accepted and who wish to sponsor their article to make it available to non-subscribers
should complete and submit the order form. Note, the fee is waived with NIH funded articles.
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SUBMISSION INFORMATION
Manuscript preparation and submission
All manuscripts must be submitted through the Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics online submission
and review Web site ( http://ees.elsevier.com/jmpt). Authors may send queries concerning the submission process,
manuscript status, or journal procedures to the Editorial Office at [email protected].
Once you have uploaded your submission files, the system automatically generates an electronic (PDF) proof for your
review. All correspondence, including the Editor's decision and request for revisions, will be sent by e-mail to the
corresponding author.
Revised manuscripts should be accompanied by an additional Word file with responses to all editor requests and reviewers'
comments. This file should contain an itemized list addressing each of the revision requests and demonstrate how these have
been addressed in the manuscript. The preferred order of files is as follows: cover letter, response to reviews (revised
manuscripts only), manuscript file(s), figure(s).
Authors who are unable to provide an electronic version or have other circumstances that prevent online submission must
contact the Editorial Office prior to submission to discuss alternate options. The Publisher and Editors regret that they are not
able to consider submissions that do not follow these procedures.
Materials due at initial submission
All materials associated with the manuscript are due at the time of initial submission. These include: cover letter, title page
form, manuscript files, assignment of copyright forms for all authors, conflict of interest forms for all authors, and any
permission forms (eg, patient consent to publish forms, permission to have name printed in acknowledgements, permission to
reprint table or figure, permission to include person's picture, etc.). It is the corresponding author's responsibility to obtain
these permissions and upload them to the website. In the event that the paper is rejected, the permissions and files associated
with this manuscript will no longer be valid so that the authors may pursue publication elsewhere.
File requirements
Original source files, not PDF files, are required for submission. Files should be labeled with appropriate and descriptive file
names (eg, SmithText.doc or Fig1.tif).
It is recommended that each file is no greater than 2MB are uploaded during the submissions process.
Revision
Manuscript revisions are expected within 30 days of request for revision. The corresponding author should contact the editor
if there are any questions or more time is needed.
Materials due during revision
If revision has been requested, all comments, concerns, suggestions must be addressed and include whether the change is
made or not. The corresponding author should upload a Word document with a list of itemized changes made in the
manuscript addressing each of the revision requirements. Changes made in the manuscript (insertions or corrected
information) should be highlighted the within the text (either highlight or color font) to show reviewers and editor where the
changes have been made.
SUBMISSION COMPONENTS AND REQUIREMENTS
Submission check list
The following items should be ready before submitting to the JMPT website:
1. Cover letter
2. Title page form
3. Blinded manuscript Word file (does not include author name or other identifying information):
structured abstract
body of manuscript
references
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tables
4. Figures (separate JPEG files no bigger than 2 MB)
5. Signed assignment of copyright forms for each author
6. Completed conflict of interest form for each author
7. Permissions to publish, consent forms, permissions forms, for human or animal studies, evidence of board
approval. 1. Cover letter The cover letter should explain why the paper should be published in the JMPT rather than elsewhere and if the submission is original and not currently under consideration for publication in another peer-reviewed medium. The cover letter should include a statement of intent to submit to the JMPT. The cover letter may also include any special information regarding the submission that may be helpful in its consideration for publication. Authors may recommend reviewers for consideration and should include name and email of the suggested reviewers. If the study was funded by an NIH grant, this information should be included in the cover letter. 2. Title page Please fill in title page form from the JMPT submission website. 3. Blinded manuscript file Manuscript format and style Manuscripts must be prepared in accordance with the Declaration of Vancouver "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals" (available from the JMPT Editorial Office or from www.icmje.org). The manuscript should be in double-spaced format. Do not break any words (hyphenate) at the end of any line and do not insert hard page breaks. The journal follows American Medical Association Manual of Style (10th ed. Oxford University Press, NY, 2007). Structured abstract The structured abstract should be no more than 250 words. The abstract should consist of 4 paragraphs, labeled: Objectives, Methods (include relevant information such as design, subjects/population, setting, statistical methods, etc), Results, and Conclusions. Manuscript organization The text of observational and experimental articles is usually divided into sections with the headings Introduction, Methods, Results, and Discussion. Longer articles may need subheadings within some sections to clarify or break up content. Other types of articles such as case reports, reviews, editorials, and commentaries may need other formats. Studies with designed that have guidelines should follow published guidelines. (eg, CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) Any questions about format should be directed to the editor. Introduction Clearly state the purpose of the article. Summarize the rationale for the study or observation. Give only pertinent references and do not review the subject extensively; the introduction should serve only to introduce what was done and why it was done. State the specific purpose, research objective, or hypothesis tested by the study (typically found at the end of the introduction section). Methods The selection and description of participants, technical information, and statistics used should be reported in this section. Describe the selection of the observational or experimental subjects (patients or experimental animals, including controls). Papers of a specific study design should follow current and relevant guidelines (e.g., CONSORT, MOOSE, QUOROM, STARD, TREND, etc.) and include appropriate materials in the text. Identify the methods, apparatus (manufacturer's name and address in parentheses) and procedures in sufficient detail to allow others to reproduce the work for comparison of results. Give references to establish methods, provide references and brief descriptions for methods that have been published but may not be well known, describe new or substantially modified methods and give reasons for using them and evaluate their limitations. When reporting experiments with human subjects, indicate the procedures used in accordance with the ethical standards of the Committee on Human Experimentation of the institution in which the research was conducted and/or were done in accordance with the Helsinki Declaration of 1975. Clearly indicate the ethics review board or IRB that approved the study. When reporting experiments on animals, indicate whether the institution's or the National Research Council's guide for the care and use of laboratory animals was followed. Do not use patient names, initials, or hospital numbers or in any manner give information by which the individuals can be identified. The author may be requested to provide the editor documentation from the ethics board and methods used to review the work. The source(s) of support in the form of funds, grants, equipment, or other real goods should be clearly stated in the Methods section.
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Statistics Describe the statistical methods in enough detail that would allow a knowledgeable reader with access to the original data to verify the results. Findings should include appropriate indicators of measurement error or uncertainty, such as confidence intervals. Examples of statistical details that should be included in the methods section are: the eligibility of experimental subjects, details about randomization, methods for blinding, complications of treatment, numbers of observations, dropouts from a clinical trial, the statistical programs used. In the results section, state the statistical methods used to analyze the results. All statistical terms, abbreviations, and symbols should be defined. Include numbers of observations and the statistical significance of the findings when appropriate. Detailed statistical analyses, mathematical derivations, and the like may sometimes be suitably presented in the form of one or more appendixes. Results Present your results in logical sequence within the text, tables, and figures. Do not repeat findings in multiple places (eg, do not include the same data in both text and tables). Emphasize or summarize only important observations, do not discuss findings in this section. Discussion The discussion should emphasize the important aspects of the study and include conclusions that follow from these observations. Do not repeat data presented in the Results section and do not include information or work that is not directly relevant to the study. State new hypotheses when indicated, but clearly label them as such. Statements that are unsupported, that generalize, or that over extrapolate the findings should not be included. Conclusions that may be drawn from the study may be included in the discussion; however, they may be more appropriately presented in a separate section. The principal conclusions should be directly linked to the goals of the study. Unqualified statements and conclusions not supported by your data should not be included. Avoid claiming priority or referring to work that has not been completed or published. State new hypotheses when warranted but clearly label them as such. Recommendations (for further study, etc), when appropriate, may be included. Limitations subsection Place limitation subsection at the end of the Discussion section. List and discuss the limitations of the study, possible sources of bias, and any reasonable alternate explanations for the findings and interpretation for the study. Acknowledgments Acknowledge only those who have made substantive contributions to the study itself; this includes support personnel such as statistical or manuscript review consultants, but not subjects used in the study or clerical staff. Clearly state what each contributor has provided. Authors are responsible for obtaining the written permission (to be included at time of submission) that is required from persons, institutions, or businesses being acknowledged by name because readers may infer their endorsement of the data and conclusions. References Authors are responsible for accurate reference and citation information, especially accuracy of author names, journal titles, volume numbers, and page numbers. References should be numbered consecutively when they are first used in the text. Reference citation in the text should be in superscript format and after punctuation (eg, The quick fox jumped over the dog.1). References should be listed in numeric order (not alphabetically) following the text pages. The original citation number assigned to a reference should be reused each time the reference is cited in the text, regardless of its previous position in the text: do not assign it another number. References should not be included in abstracts. References that are only used in tables or figure legends should be numbered in the sequence established by the first use of the particular table or figure in the text. Only references that provide support for a particular statement in the text, tables, and/or figures should be used. Reference or referring to unpublished work should be avoided. Excessive use of references should be avoided. Each reference should only be listed in the reference section once. Authors are responsible to verify references against the original document and not from reading the abstract alone. Care should be taken to accurately represent the original work and not misconstrue the original meaning of the paper. Unacceptable reference sources Using only the abstract, referring to "unpublished observations" and "personal communications" should be avoided. Unpublished references (submitted but not accepted) should not be listed as references. Manuscripts that are accepted but not yet published may be included in the references with the designation "in press." The author should obtain written permission to cite these papers and may be requested by the editor to provide documentation to verify the paper was accepted for publication. For the most part, sources of information and reference support for a bioscientific paper should be limited to journals (rather than books) because that knowledge is generally considered more recent and (in the case of refereed journals) more accurate.
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Reference style Reference style should be in accordance with that specified by the US National Library of Medicine. Specific examples of correct reference form for journal articles and other publications can be found at http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. The format for at typical journal article is as follows:
1. Last name of author(s) and their initials in capitals separated by a space with a comma separating each author. (List
all authors when 6 or fewer; when 7 or more, list only the first 6 and add et al.)
2. Title of article with first word capitalized and all other words in lower case, except names of persons, places, etc.
3. Name of journal, abbreviated according to Index Medicus http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html; year of
publication (followed by a semicolon); volume number (followed by a colon); and inclusive pages of article (with
redundant number dropped, ie, 105-10). Tables Tables should be placed at the end of the blinded manuscript file at the time of submission. If the paper is accepted, tables will be placed appropriately in the final publication. Tables should be numbered as they appear in the text (e.g., Table 1). Identify statistical measures of variation, such as standard deviation and standard error of mean. If data are used from another source, the author should acknowledge the original source in the text and include the written permission from the copyright holder to reproduce the material with the submission. Using Arabic numerals, number each table consecutively (in the order in which they were listed in the text in parentheses) and supply a brief title to appear at the top of the table above a horizontal line; place any necessary explanatory matter in footnotes at the bottom of the table below a horizontal line and identify with footnote symbols *, †, ‡, §, ¶, **, ††, ‡‡, etc. Do not submit tables as photographs. Avoid the use of too many tables in relation to length of the text, as this may produce difficulties in layout of the pages. Avoid the use of tables that do not fit in the 'portrait' layout. Table contents and number of tables may be subject to editing. Type legends for tables above each table. Include expanded version of all acronyms and symbol meanings in the legend. Identify each legend with Arabic numerals in the same manner and sequence as they were indicated in the text in parentheses (eg, Table 1). Include in the manuscript text where the table should be placed. For example "call out" where the table should be located using (Table 1) in the text. Terminology Standard spelling and terminology should be used whenever possible. Avoid creating new terms or acronyms for entities that already exist. Technical terms that are used in statistics should not be used as non-technical terms, such as "random" (which implies a randomizing device), "normal," "significant" (which implies statistical significance), and "sample." Units of Measurement In most countries the International System of Units (SI) is standard, or is becoming so, and bioscientific journals in general are in the process of requiring the reporting of data in these metric units. However, insofar as this practice is not yet universal, particularly in the United States, it is permissible for the time being to report data in the units in which calculations were originally made, followed by the opposite unit equivalents in parentheses; ie, English units (SI units) or SI units (English units). Nevertheless, researchers and authors considering submission of manuscripts to the JMPT should begin to adopt SI as their primary system of measurement as quickly as it is feasible. Abbreviations and symbols Use only standard abbreviations for units of measurement, statistical terms, biological references, journal names, etc. Avoid abbreviations in titles and abstracts. The full term should precede its abbreviation for the first use in the manuscript, unless it is a standard unit of measurement. For standard abbreviations, consult the following: 1) Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals (Ann Intern Med 1997;126:36-47); 2) American Medical Association manual of style. 10th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 2007; 3) Scientific style and format, the CBE manual for authors, editors, and publishers. 6th ed. Cambridge (UK): Cambridge University Press; 1994. 4. Figures Figures include images, charts, graphs, and lists of information (eg, inclusion criteria). Figures should not be included in the manuscript file. Instead, they should be uploaded separately. Illustrations (including lettering, numbering and/or symbols) must be of professional quality and of sufficient size so that when reduced for publication all details will be clearly readable.
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Rough sketches with freehand or typed lettering are not acceptable. Include legends for figures after the reference section in the blinded manuscript file. Identify each figure with Arabic numerals in the same sequence as they appear in the text in parentheses (eg, Fig 1). Do not type legends in the image file. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the illustrations, identify and explain each one clearly in the legend. Include in the manuscript text where the figure should be placed. For example "call out" where the figure should be located using (Figure 1) in the text. Color versions of all figures are preferred. Hard copy will be printed in black and white and electronic version will include color at no extra cost to the author. All illustrations (including radiographs, diagnostic imaging) must be uploaded as at least 200 dpi resolution in JPEG format. The file should be 2MB or less in size. Figures should be submitted as separate JPEG files and not embedded in the manuscript or Word file. Each figure should be saved using the figure number in its file name (eg, Fig1) and uploaded as a separate file. Original data (eg, Excel file) for graphs or charts may be requested by the editor if the submitted figure is not clear or of poor quality for printing. Typically no more than eight figures are acceptable (eg, Fig 1A and Fig 1B are considered two figures). If photographs of persons are used the submission must be accompanied by signed written permission to publish the photographs. If a figure has been previously published, acknowledge the original source and submit written permission from the copyright holder to reproduce the image. Permission is required, regardless of authorship or publisher, except for documents in the public domain, in this case the source of the image should be clearly labeled. Since JMPT articles appear in both the print and online versions of the journal, and wording of the letter should specify permission in all forms and media. Failure of the author to obtain electronic permission rights will result in the images not appearing in the paper or rejection. The acceptance of color illustrations is at the discretion of the editor. Costs of color printing for the hard copy publication will be incurred by the authors. 5. Assignment of copyright and permissions At the time of initial submission, all manuscripts must be accompanied by a properly completed authorship form for all authors. Upon submission, authors will not disseminate of any part of the material contained in the manuscript without prior written approval from the editor. Nonobservance of this copyright stipulation may result in rejection of the submission for publication. Assignment of copyright should be uploaded to the website in order to initiate manuscript processing for peer review. Multiple authors should submit separate versions of the form (all signatures should not be on the same form). Manuscripts will not be processed until all signatures have been received. The assignment of copyright form may be obtained on the JMPT submission website. 6. Conflict of interest At the time of initial submission, all manuscripts must be accompanied by a properly completed conflict of interest form for all authors. The conflict of interest form may be obtained on the JMPT submission website or directly from the ICMJE, www.icmje.org. 7. Permissions All permissions should be submitted at the time of initial manuscript submission. It is the corresponding author's responsibility to secure all permissions and provide these to the JMPT editorial office. Permissions include permission to state names or institutions in the acknowledgements, permissions from models who are identifiable in figures, and permissions from patients of case reports (when applicable), etc. Illustrations or content from other publications (print or electronic) must be submitted with written permission from the copyright holder (and author if required) and must be acknowledged in the manuscript, as delineated by the permission granting publisher. For animal or human subject studies, evidence of board approval should be submitted to the website at the initial time of submission. Please upload a jpeg or pdf scan of the approval/exemption letter to the website. Files should be no bigger than 1MB each. Supplemental Digital Files Supplemental digital files associated with your manuscript, such as video or data files, may be uploaded at the time of ubmission. For any questions regarding supplemental files, please contact the editor.
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ANEXO 2 – Normas de publicação da revista Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy
General Requirements
All manuscripts must meet the following basic requirements to be eligible for review by JOSPT®.
Written in English Include a cover letter Present findings or data that have not been previously published either in print or electronic (online) format or
widely disclosed in a form other than published abstracts of oral presentations at scientific conferences and meetings
Undergoing exclusive review by JOSPT Address scientific, clinical, or professional issues relevant to musculoskeletal or sports-related physical therapy
practice Written in accordance with the recommendations found in the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication by the International Committee of Medical Journal Editors, April 2010 (http://www.icmje.org/urm_main.html and http://www.icmje.org/urm_full.pdf)
Formatted according to AMA style guidelines (American Medical Association Manual of Style, 9th Edition)
Submissions that do not meet the above essential requirements will be returned to the author without review. For additional guidance, please review JOSPT's Author and Reviewer Tools.
NOTE: In the peer-review process, JOSPT reviewers are unaware of the author's identity and institutional afiliation. Associate editors are not blinded to author identity and vice versa.
Protection Of Human Subjects
The name of the Institutional Review Board that approved the research protocol involving human subjects must be included on the title page and in the Methods section. The Methods section must also contain a statement that informed consent was obtained and that the rights of the subjects were protected.
It is mandatory that clinical trials initiated on or after January 1, 2013 be prospectively registered in a public trials registry. In these cases, authors should provide the name of the registry and the registration number on the title page. For clinical trials initiated prior to January 1, 2013, prospective clinical trial registration is desirable but not mandatory.
When required by the appropriate Institutional Review Board, case reports should include either a statement that each subject was informed that data concerning the case would be submitted for publication or a statement indicating approval by the Board. In all cases, patient confidentiality must be protected.
Use Of Animals
Manuscripts with experimental results in animals must include a statement on the title page and in the Methods section that an animal utilization study committee approved the study.
Use Of Cadavers
When applicable, manuscripts with experimental results on cadavers must include a statement on the title page and in the Methods section that a relevant utilization study committee approved the study.
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Preparing Your NEW Manuscript
All manuscripts submitted to JOSPT should be double-spaced and have 2.54-cm (1-in) margins on all sides of the page. Pages should be consecutively numbered, starting with the title page. Pages should be continuously line numbered, with line numbers starting at 1 on the abstract. The font should be 12-point Arial, Times New Roman, or Courier. All measurements in the manuscript should be presented in SI units, except for angular measures, which should be presented in degrees rather than radians.
The manuscript should be arranged as follows:
Title Page (separate page)
Title of manuscript Names of each author with their highest academic credential (ie, PhD), or most relevant professional designation
(eg, PT), or both (eg, PT, PhD). Limit credentials to these 2 items only Institution, city, state/province, country for each author Statement of the sources of grant support (if any) Statement of Institutional Review Board approval of the study protocol Name of the public trials registry and the registration number Corresponding author's name, address, and e-mail address
Anonymous Title Page (separate page)
Title of manuscript Statement of financial disclosure and conflict of interest (see item 6 of the Author Agreement and Publication
Rights Form) Acknowledgements (on a separate page)
Abstract (see also Manuscript Categories)
Structured Abstract: Research reports (including systematic literature reviews) and brief reportsrequire an abstract containing a maximum of 250 words, divided into 6 sections with the following headings in this order: Study Design, Objectives, Background, Methods, Results, Conclusion. Abstracts for case reports should have 5 sections with the following headings and order: Study Design, Background, Case Description, Outcomes, and Discussion. Abstracts for resident's case problemsshould have 4 sections with the following headings and order: Study Design, Background, Diagnosis, and Discussion.
Unstructured Abstract: Clinical commentaries and narrative literature reviews require an abstract (called synopsis) that is not structured and that contains a maximum of 250 words.
All abstracts should include, where appropriate, a line item called "Level of Evidence," which indicates the study type and level of evidence, according to the classification system listed at the Oxford Centre for Evidence-based Medicine website (http://www.cebm.net). This final line in the abstract should be in the following format example: "Level of Evidence: Therapy, level 2a." When the study does not fit any of the study type and level of evidence descriptors included in the above classification system, this line may be omitted. A list of suggested study design names and the Oxford Center for Evidence-Based Medicine levels of evidence table are provided for reference here.
All abstracts should end with a Key Words section, containing 3 to 5 key words that do not appear in the manuscript title.
Text
Research reports, systematic literature reviews, and brief reports require the body of the manuscript to be divided into 5 sections: Introduction, Methods, Results, Discussion, and Conclusion.
Case reports require the body of the manuscript to be divided into 4 sections: Background, Case Description, Outcomes, and Discussion.
Resident's case problems require the body of the manuscript to be divided into 3 sections: Background, Diagnosis, and Discussion.
Clinical commentaries and narrative literature reviews do not have specific mandatory subdivisions or sections.
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For all of these manuscript categories except brief reports, the text should be less than 4,000 words and be supplemented by a reasonable number of figures and tables. Brief reports should be less than 2,000 words (excluding no more than 20 references) and have no more than 4 tables or figures.
Key Points
The brief Key Points section of the manuscript is needed for research reports only, including systematic literature reviews. Key Points should be provided at the end of the text, prior to the references. These points should be written in user-friendly language, consist of brief sentences, and summarize the most important information related to the findings, implications, and caution directly resulting from the work. These 3 subheading should be used:
Findings: One or 2 statements on what the study adds to current knowledge. Implications: A statement on how the results impact clinical practice or research on this topic. Caution: A statement on the most important limitations of the study, especially external validity (what may
prevent wide utilization of the results).
References
References should be numbered consecutively in alphabetical order, according to author last name and initials, title, and year. Where the first-author names are identical, references with 1 author precede those with mutiple authors. Where all the author names are identical, the title is the next ordering component, followed by the year.
All references in the References section must be cited in the text. References must be cited in the text by using the reference number in superscript at the end of the sentence or the
referenced portion of the sentence. The reference goes after the author's name when the author's name is listed (eg, Davies1). If there are only 2 authors in the reference, then the text should include both authors (eg, Davies and Ellenbecker1). If the reference has more than 2 authors, the text should include "et al" after the first author's name (eg, Davies et al1).
In the Reference section, when a reference has 7 or more authors, list the first 3 authors, followed by "et al." References must include only material that is retrievable through standard literature searches. References to papers
accepted but not published or published ahead of print should be designated "in press" or use the PubMed/MEDLINE [Epub ahead of print] status until an updated citation is available. Doctoral and master's theses are considered published material. Information from manuscripts not yet accepted for publication and personal communications will not be accepted. The use of abstracts and proceedings should be avoided unless they are very recent and the sole source of the information.
Abbreviations for the journals in references must conform to those of the National Library of Medicine in Index Medicus (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/journals).
References that have CrossRef Digital Object Identifiers (doi) should include them at the end of the citation. References must be verified by the author(s) against the original documents.
Reference style and punctuation should conform to the examples that follow:
Journals Wilson T. The measurement of patellar alignment in patellofemoral pain syndrome: are we confusing assumptions with evidence? J Orthop Sports Phys Ther 2007;37(6):330-341. http://dx.doi.org/10.2519/jospt.2007.2281
Books Portney LG, Watkins MP. Foundations of Clinical Research: Applications to Practice. 3rd ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall Health; 2009.
Organization as Author and Publisher US Food and Drug Administration. Guidance for industry: patient-reported outcome measures: use in medical product development to support labeling claims. Rockville, MD: FDA; 2006.
Chapter in a Book Jones MA, Rivett DA. Introduction to clinical reasoning. In: Jones MA, Rivett DA, eds. Clinical Reasoning for Manual Therapists. Edinburgh, UK: Butterworth-Heinemann; 2004:3-24.
Master's or Doctoral Thesis Langshaw M. Cervical Spine Mobilisation: The Effect of Experience and Subject on Dose [thesis]. NSW, Australia: The University of Sydney; 2001.
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Published Abstract of a Paper Presented at a Conference Chen YJ, Powers CM. The dynamic Q-angle: a comparison of persons with and without patellofemoral pain [abstract]. Proceedings of the North American Congress on Biomechanics. Ann Arbor, MI: 2008.
Universal Resource Locator (URL) NFHS Associations. 2007-2008 National Federation of State High School Associations Participation Survey. Available at: http://www.nfhs.org. Accessed May 17, 2010.
Paper Presented at a Symposium Nelson-Wong E, Gregory DE, Winter DA, Callaghan JP. Postural control strategies during prolonged standing: is there a relationship with low back discomfort? American Society of Biomechanics Annual Conference. Palo Alto, CA: American Society of Biomechanics; 2007.
Preparing Your Tables And Figures
Tables
Each table must be self-contained and provide standalone information independent of the text. See AMA Manual of Style (9th ed.), section 2.13, to organize and format tables. Table titles should list the table number in uppercase bold (eg, "TABLE1."), followed by a period, then the title of
the table in sentence case. Abbreviations used in each table must be spelled out below the table. Footnotes must be listed below the table, after the abbreviations, in order of occurrence in the table (left to right,
row to row). According to AMA style, footnotes are cited with the following superscript symbols in this order: *, †, ‡, §, ||, ¶, #, **, ††, ‡‡. Where these symbols are unavailable, superscript numbers may be used.
All tables must be referred to somewhere in the text. All tables go after the reference list.
Figures
Figure captions should list the figure number in uppercase bold (eg, "FIGURE 1.") followed by a period, and continue with the text of the caption in sentence case.
All abbreviations appearing in the figures should be defined in the caption for each respective figure, and abbreviations appearing only in the figure caption must be defined at first use.
Digital figures must be at least 350 dots per inch (dpi). Charts and graphs generated from spreadsheet programs must accompany, or allow access to, the data. Photographs must be in JPEG file format (JPG) and graphic art in GIF file format and at a resolution of at least 350
dpi. All figures must be referred to in the text. Each view (eg, A, B, C) within the figure must be defined in the figure caption. Color figures and graphics are welcome. All figures go after the tables at the end of the manuscript.
Preparing Your Supplementary Material
Videos
Authors may wish to consider including supplemental videos to be published online with their manuscript. These videos can describe intervention or examination techniques as well as surgical procedures or other material pertinent to the manuscript. Intent to include videos may be mentioned in the cover letter with the initial manuscript submission or may be discussed with the editor-in-chief once the manuscript is accepted.
Videos should be:
MPEG-1, MPEG-2, or AVI files No longer than 2.5 minutes Introduced with a title screen and include audio narration
100
There is no limit on the number of videos that may be submitted with a manuscript.
Additional Required Documents
For manuscript submissions to qualify for review, the following documents must be submitted:
Author Agreement and Publication Rights Form: This document must have original signatures of all authors. Author signatures may be on separate copies or 1 copy of the form. This form may be downloaded here. Please submit the form when you are submitting your manuscript on JOSPT's manuscript submission website at http://mc.manuscriptcentral.com/jospt or send it directly to the editorial office by e-mail ([email protected]), mail (JOSPT, 1033 N Fairfax St, Ste 304, Alexandria, VA 22314-1540), or fax (703-836-2210).
Photograph/Video Release Statement: Signed photograph/video release forms should accompany photographs/videos of patients and subjects. A photograph/video release statement should contain the following (1) manuscript title; (2) names of all authors; (3) statement placed below the manuscript title and author names as follows: "I hereby grant to the Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy the royalty-free right to publish photographs and/or videos of me for the stated journal and the above manuscript in which I appear as subject, patient, or model, and for the stated Journal's website (www.jospt.org). I understand that any figure in which I appear may be modified."; and (4) the original signature and date signed by each subject who appears in the figures. This original signed statement must be submitted to the JOSPT office with the manuscript. This statement may be e-mailed ([email protected]), mailed (JOSPT, 1033 N Fairfax St, Ste 304, Alexandria, VA 22314-1540), or faxed (703-836-2210) to the office.
Preparing Other Contributions—Musculoskeletal Imaging, Letters, Invited Commentaries
Musculoskeletal Imaging: This feature focuses on the use and interpretation of medical imaging related to a case scenario relevant to musculoskeletal or sports physical therapy practice. In most instances, these cases will emphasize how information from imaging can affect physical therapy management of the patient. In some instances, however, this feature may be used to share information on unusual medical conditions, or to simply illustrate commonly used imaging techniques and their interpretation. Contributions should include no more than 3 authors, 250 words, 3 figures, and 3 references (if any). See the Figures section above for instructions on preparing the images for submission.
Letter to the Editor-in-Chief: Letters should relate to professional issues or articles published in theJournal. Letters will be reviewed and selected for publication by the editor-in-chief based on the relevance, importance, appropriateness, and timeliness of the topic. Letters to the editor-in-chief are copy edited, and the correspondent is not typically sent a version to approve. Letters should include a summary statement of any conflict of interest, including financial support related to the issue addressed.
Invited Commentary: Invited commentaries are expert points of view concerning articles published inJOSPT. Commentaries are invited by the editor-in-chief and immediately follow the article discussed. Authors of the manuscript under commentary are given the opportunity to respond to the expert's point of view.
Preparing Your REVISED Manuscript
When the editors suggest that a manuscript be revised and resubmitted, the same guidelines outlined above for the preparation of the original manuscript apply. All resubmitted manuscripts must be accompanied by a cover letter. The cover letter must include a list of all revisions made in response to suggestions from reviewers and editors contained in the review materials provided to you by the editorial office. Changes made to the text and tables must be highlighted in the manuscript.
Manuscript Checklist
When submitting a new or revised manuscript, please use the checklist below to ensure you have included the following items in your submission:
COMPLETED (yes/no/NA)
ITEM
Cover letter identifying the phone, fax, and e-mail address of the corresponding author and the manuscript category
Author Agreement and Publication Rights Form(s) with original signatures of all authors
Photograph/Video Release Statement sgined by the individual(s) in the photograph/video
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Full title page
Name of the Institutional Review Board that approved the protocol for the study on the title page
Name of the public trials registry and the registration number on the title page, if applicable
Statement in the Methods section that informed consent was obtained and the rights of subjects were protected
Properly structured abstract
Line numbering for each page of the manuscript
References listed and numbered in alphabetical order and cited with superscripts in the text
Inclusion of the appropriate checklist (eg, CONSORT, STARTD, PRISMA), if applicable
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ANEXO 3 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa