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Relatório Anual da Economia
Santomense
2015
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 2
Relatório Anual da Economia
Santomense
2015
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 3
ÍNDICE
PREFÁCIO................................................................................. 10
1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO INTERNACIONAL ................. 14
2. ECONOMIA NACIONAL ........................................................... 21
2.1. Produção e Preços .................................................................................................................. 21
2.1.1. Produto Interno Bruto ................................................................................................... 21
2.1.2. Níveis de Preço ............................................................................................................... 24
2.2. Políticas Macroeconómicas ................................................................................................... 26
2.2.1. Política Monetária e evolução dos agregados monetários ....................................... 26
2.2.2. Política fiscal e execução orçamental ........................................................................ 32
2.3. Sector Externo ........................................................................................................................ 35
2.3.1. Mercado Cambial ............................................................................................................ 35
2.3.2. Reservas Internacionais Líquidas ..................................................................................... 36
2.3.3. Balança de Pagamento .................................................................................................. 36
2.3.4. Dívida Pública ................................................................................................................. 40
3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ............................................. 43
3.1 Sistema bancário .................................................................................................................... 43
3.1.1. Estrutura e concentração .................................................................................................. 43
3.1.2. Activos e Qualidade da Carteira ....................................................................................... 44
3.1.3. Estrutura do Passivo ........................................................................................................... 48
3.1.4. Indicadores agregados ........................................................................................................ 50
3.1.4.1. Liquidez ............................................................................................................................ 50
3.1.4.2. Margem Financeira .......................................................................................................... 52
3.1.4.3. Resultados e rendibilidade ............................................................................................ 52
3.1.4.4. Solvabilidade do Sistema ................................................................................................ 53
3.2. Actividade Seguradora em 2015 ............................................................................................ 54
3.2.1. Evolução de Actividade Seguradora ............................................................................ 54
3.2.2. Estrutura da Carteira ..................................................................................................... 55
3.2.3. Sinistralidade .................................................................................................................. 56
3.2.4. Situação Financeira e Patrimonial............................................................................... 58
3.2.4.1. Activo ........................................................................................................................... 58
3.2.4.1.1. Investimentos ......................................................................................................... 58
3.2.4.2. Passivo ......................................................................................................................... 59
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 4
3.2.4.2.1. Provisões Técnicas ................................................................................................. 60
3.2.4.3. Capital Próprio ........................................................................................................... 61
3.2.5. Margem de Solvência ..................................................................................................... 62
4. OUTRAS ACTIVIDADES .......................................................... 64
4.1. Sistema de Pagamento Electrónico ..................................................................................... 64
ANEXOS ESTATÍSTICOS ................................................................. 65
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 5
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB (EM %) ........................................................................................... 14
GRÁFICO 2 - PREÇO ANUAL DO PETRÓLEO NO MERCADO INTERNACIONAL (EM USD POR BARRIL) ............................ 19
GRÁFICO 3 -TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB (VALORES EM %) .............................................................................. 22
GRÁFICO 4 - EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO ACUMULADA ............................................................................................. 24
GRÁFICO 5 - INFLAÇÃO ACUMULADA (EVOLUÇÃO MENSAL) ................................................................................... 24
GRÁFICO 6 - INFLAÇÃO HOMOLOGA ................................................................................................................... 25
GRÁFICO 7 - INFLAÇÃO HOMOLOGA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE, ZONA EURO E PORTUGAL ...................................... 25
GRÁFICO 8 - TAXAS DE JURO DO MERCADO ........................................................................................................ 27
GRÁFICO 9 - FACTORES DE EXPANSÃO DA MASSA MONETÁRIA (VALORES EM % DA M3 DO ANO ANTERIOR) ............... 28
GRÁFICO 10 - TAXA DE CRESCIMENTO DO CRÉDITO AO SECTOR PRIVADO .............................................................. 29
GRÁFICO 11 - M3 EM % DO PIB ........................................................................................................................ 30
GRÁFICO 12 - CRÉDITO À ECONOMIA EM % DO PIB ............................................................................................. 31
GRÁFICO 13 – CRÉDITO CONCEDIDO POR SECTORES DE ACTIVIDADE ...................................................................... 31
GRÁFICO 14 – CRÉDITO CONCEDIDO POR SECTORES INSTITUCIONAIS ..................................................................... 31
GRÁFICO 15 – OPERAÇÕES FINANCEIRAS DO ESTADO (EM % DO PIB) .................................................................... 35
GRÁFICO 16 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO DAS PRINCIPAIS MOEDAS ................................................................. 36
GRÁFICO 17 – TAXA DE INFLAÇÃO HOMÓLOGA DE STP E DOS PRINCIPAIS PARCEIROS ECONÓMICOS .......................... 36
GRÁFICO 18 – TAXA DE CÂMBIO EFECTIVA REAL ................................................................................................. 36
GRÁFICO 19 - RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS ............................................................................................ 36
GRÁFICO 20 – IMPORTAÇÃO DE BENS (MILHÕES DE USD) ..................................................................................... 38
GRÁFICO 21 - EXPORTAÇÕES DE BENS (MILHÕES DE USD) ................................................................................... 38
GRÁFICO 22 - TAXA DE COBERTURA DAS EXPORTAÇÕES PELAS IMPORTAÇÕES (VALOR EM %).................................... 38
GRÁFICO 23 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS EXPORTAÇÕES .............................................................................. 39
GRÁFICO 24 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS IMPORTAÇÕES ............................................................................... 39
GRÁFICO 25 – FLUXO DA DÍVIDA (EM MILHÕES DE USD) ...................................................................................... 41
GRÁFICO 26 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS BALCÕES DOS BANCOS .................................................................. 44
GRÁFICO 27- PARTICIPAÇÃO DOS ACTIVOS E DEPÓSITOS NO PIB .......................................................................... 45
GRÁFICO 28 - ESTRUTURA DO ACTIVO ............................................................................................................... 46
GRÁFICO 29 - CMP .......................................................................................................................................... 47
GRÁFICO 30 - CMP POR SECTORES .................................................................................................................... 47
GRÁFICO 31- RÁCIO DE COBERTURA .................................................................................................................. 47
GRÁFICO 32 - EXIGIBILIDADE DO SISTEMA BANCÁRIO ........................................................................................... 48
GRÁFICO 33 - DEPÓSITOS VS PASSIVOS TOTAIS ................................................................................................... 48
GRÁFICO 34 - ESTRUTURA DO PASSIVO .............................................................................................................. 48
GRÁFICO 35 - DEPÓSITOS POR MOEDA............................................................................................................... 49
GRÁFICO 36 - MATURIDADE DE DEPÓSITOS ......................................................................................................... 49
GRÁFICO 37 - DEPÓSITOS POR TIPO .................................................................................................................. 49
GRÁFICO 38 - DEPÓSITOS POR SECTOR INSTITUCIONAL ....................................................................................... 50
GRÁFICO 39 - RÁCIO DE LIQUIDEZ ..................................................................................................................... 50
GRÁFICO 40 - GAPS DE LIQUIDEZ ...................................................................................................................... 51
GRÁFICO 41 - INDICADOR DE TRANSFORMAÇÃO DOS DEPÓSITOS ............................................................................ 51
GRÁFICO 42 – MARGEM FINANCEIRA .................................................................................................................. 52
GRÁFICO 43 - RESULTADOS E RENDIBILIDADE ..................................................................................................... 53
GRÁFICO 44 - ADEQUAÇÃO DE FUNDOS PRÓPRIOS .............................................................................................. 54
GRÁFICO 45 - SOLVABILIDADE POR BANCOS ........................................................................................................ 54
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 6
GRÁFICO 46 - ESTRUTURA DA CARTEIRA ............................................................................................................ 55
GRÁFICO 47- ESTRUTURA DA CARTEIRA ............................................................................................................. 55
GRÁFICO 48 - TAXAS E CUSTOS DE SINISTRALIDADE (EM MILHÕES DE DOBRAS) ....................................................... 57
GRÁFICO 49 - SINISTRALIDADE POR RAMOS ......................................................................................................... 57
GRÁFICO 50 - ESTRUTURA DE CARTEIRA DE INVESTIMENTO .................................................................................. 59
GRÁFICO 51– PROVISÕES TÉCNICAS ................................................................................................................... 60
GRÁFICO 52 - COBERTURA DAS PROVISÕES TÉCNICAS ......................................................................................... 61
GRÁFICO 53- RÁCIOS DE RENDIBILIDADE ............................................................................................................ 62
GRÁFICO 54- SOLVÊNCIA .................................................................................................................................. 62
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1- PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS .................................................................................... 12
TABELA 2 - TAXA DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA GLOBAL .................................................................................. 18
TABELA 3 – PRODUTO INTERNO BRUTO POR SECTOR ........................................................................................... 23
TABELA 4 – BASE MONETÁRIA E SUAS COMPONENTES (EM MIL MILHÕES DE DOBRAS) ............................................... 28
TABELA 5 – PRINCIPAIS AGREGADOS MONETÁRIOS (EM MILHÕES DE DOBRAS) ......................................................... 30
TABELA 6 – RECEITAS PÚBLICAS ........................................................................................................................ 33
TABELA 7 – DESPESAS PÚBLICAS ........................................................................................................................ 34
TABELA 8 - HIRSHMAN E HERFINDAHL (IHH) CONCENTRAÇÃO DE CRÉDITO E DEPÓSITO ......................................... 44
TABELA 9 - EVOLUÇÃO DE PRÉMIOS EMITIDOS (MIL MILHÕES DE DOBRAS) .............................................................. 55
TABELA 10 - SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL (MIL MILHÕES DE DOBRAS) .................................................... 58
TABELA 11 – ALGUNS INDICADORES DO SISTEMA DE PAGAMENTOS ......................................................................... 64
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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ABREVIATURAS
AEL – Activo Externo Líquido
AIL – Activo Interno Líquido
BAD – Banco Africano de Desenvolvimento
BCSTP – Banco Central de São Tomé e Príncipe
BM – Base Monetária
CE – Crédito à Economia
CLG – Crédito Líquido ao Governo
Dbs - Dobras
DES – Direito Especial de Saque
EUA – Estados Unidos de América
EUR - Euro
FMI – Fundo Monetário Internacional
GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais
IDA – Associação para o Desenvolvimento Internacional
M0 – Circulação monetária + reserva
M1 – M0 + Depósito à Ordem
M2 – M1 + Depósitos à Prazo
M3 – M2+ Depósitos em ME
ME - Moeda Estrangeira
MN – Moeda Nacional
OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico
PIB – Produto Interno Bruto
PIP – Programa de Investimento Público
RIL – Reservas Internacionais Líquidas
RMC – Reserva Mínima de Caixa
TOFE - Tabela de Operações Financeiras do Estado
USD – Dollar Americano
WEO – World Economic outlook
ZE – Zona Euro
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 8
Conselho de Administração
Governadora
Maria do Carmo Trovoada Pires de Carvalho Silveira
Administradores
Massari Lima Fernandes
Aldro Diomir Umbelina Neto
Dilson de Sousa Pontes Tiny
Osíris Fernandes Costa
Gareth Espírito Santo Guadalupe
Conselho Fiscal
Manuel Alves Viana da Conceição
Jaime Bruzaca de Menezes
Manuel do Nascimento da Graça Will
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 9
Responsáveis pelos Órgãos de Gestão
Gabinete de Consultoria
Alcino Batista de Sousa
Direcção de Administração e Gestão de Recursos Humanos
Amadeu de Jesus
Direcção de Estatísticas Económicas e Financeiras
Antónia Santana
Gabinete da Governadora
Assis Vera Cruz
Direcção de Tecnologias de Informação
Ayres Costa
Direcção de Estudos Económicos
Esperança Santiago
Direcção de Contabilidade
Fernando Lázaro Quintas
Gabinete Jurídico
Flávio Pinto
Direcção de Mercados
Hermes Nascimento
Direcção de Supervisão Bancária e de Seguros
Lara Beirão Guadalupe
Gabinete de Auditoria Interna
Paulina Castelo David
Direcção de Arquivo e Documentação
Maria Florentina Pires Bonfim
Direcção de Operações Gerais
Maria Piedade Daio
Gabinete da Apoio ao Consumidor
Octávio Boa Morte
Direcção de Tesouraria
Maria Fernanda Carvalho
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Prefácio
A conjuntura macroeconómica internacional em 2015 foi marcada por um
comportamento heterogéneo entre os principais parceiros económico de São Tomé e
Príncipe. Se por um lado observou-se a recuperação das economias da Zona Euro, em
particular de Portugal, por outro, a economia Angolana foi fortemente afectada pelas
implicações adversas da queda abrupta do preço do petróleo (seu principal produto de
exportação) no mercado internacional.
No plano interno, a inflação prosseguiu a tendência decrescente que se vem
observando desde 2010. Com efeito, a taxa de inflação acumulada que ascendera a
6,2% em 2014, fixou-se em 4% em Dezembro de 2015, contra os 5,2% inicialmente
previstos. Estes resultados reflectem a continuidade do rigor e prudência das políticas
monetárias e orçamentais, compatíveis com o actual regime cambial, bem como a
prevalência ao nível internacional de um ambiente de inflação baixa.
No âmbito da Política Monetária, BCSTP tem pautado por uma actuação prudente.
Porém, com a finalidade de estimular a actividade económica, prosseguiu os esforços
no sentido de melhorar a afectação de liquidez no sistema bancário e a eficácia dos
mecanismos de transmissão da política monetária. Assim, criou o quadro legal para
implementação do Mercado Monetário Interbancário que permite a permuta de
liquidez entre as instituições bancárias e, por outro lado, baixou em Fevereiro as taxas
de juro de referência e de facilidade permanente de cedência de liquidez em 2 e 1,5
pontos percentuais, respectivamente.
A evolução da inflação, dos agregados monetários e das contas externas do país
permitiu que o BCSTP iniciasse em Junho de 2015 a emissão de títulos de tesouro,
como um dos instrumentos essenciais para influenciar a liquidez do sistema bancário e
permitir ao tesouro público uma melhor gestão da sua tesouraria.
No que se refere às contas nacionais segundo as estimativas1 (INE), a economia
santomense apresentou uma desaceleração do crescimento real, situando-se na ordem
dos 3,9% em termos homólogos, estimulado pela recuperação dos serviços ligados ao
1Enfatiza-se, que em 2016 introduziu-se uma nova base de cálculo para as contas nacionais, com retroacção a partir de
2014 para efeito deste relatório. Quaisquer contradições entre os dados oficiais anteriores se prendem a este facto.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 11
ramo do turismo (alojamento e restauração) e dos transportes e comunicação,
enquanto a maior parte dos sectores viram a sua contribuição no PIB a caírem. A
conjuntura internacional marcada por uma débil recuperação das economias
avançadas e abrandamento das emergentes, associado aos constrangimentos
relacionados com a aprovação tardia do Orçamento Geral de Estados, condicionaram
fortemente o desempenho do programa de investimentos públicos, particularmente,
no primeiro semestre do ano.
O sector financeiro continuou a ressentir-se de constrangimentos estruturais, a vários
níveis, ligados a debilidades dos sectores empresarial e da justiça, o que tem vindo a
reduzir o nível de eficácia da intermediação financeira. Assim, em 2015, o foco
centrou-se na elaboração de uma estratégia para o desenvolvimento do sector
financeiro, visando a articulação de esforços para a superação de barreiras que
condicionam o funcionamento deste sector.
Para 2016, as projecções apontam para um crescimento real do PIB na ordem de 5%,
sustentado pela expectativa de um maior dinamismo nos sectores ligados a indústria e
serviços, mais concretamente, nos ramos da construção e do turismo, dada a
relevância dos investimentos já iniciados neste domínio.
Apesar dos progressos conseguidos em termos de estabilidade macroeconómica,
conforme indicam a tabela 1, o país continua a enfrentar desafios ingentes no processo
de desenvolvimento num contexto em que persistem dificuldades em assegurar níveis
de investimento público e privado necessários para a manutenção do ritmo de
crescimento económico desejado.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Tabela 1- Principais Indicadores Macroeconómicos
Unidade 2013 2014 2015
I Sector Real
Produto Interno Bruto Mil milhões de STD 5.611,83 6.501,09 7.065,25
PIB Nominal Milhões de USD 301,8 327,2 318,4
Produto Interno Bruto (Real) Taxa de Crescimento 5,0 6,9 3,9
Inflação Acumulada Taxa de variação em % 7,1 6,4 4,0
II Sector Monetário
Activo Externo Líquido Mil milhões de STD 1.647,62 2.229,57 2.526,76
Crédito Interno Mil milhões de STD 1.651,33 1.630,10 1.630,10
Crédito Líquido ao Governo Mil milhões de STD (250,18) (252,12) (323,27)
Crédito à Economia Mil milhões de STD 1.901,51 1.882,22 1.953,36 Crédito ao Sector Privado Mil milhões de STD 1.789,75 1.764,54 1.893,61
Massa Monetária (M3) Mil milhões de STD 2.147,33 2.508,00 2.839,92
Base Monetária (M0) Mil milhões de STD 921,73 1.135,76 1.561,85
Circulação Monetária Mil milhões de STD 226,48 266,97 315,30 Reservas Internacionais Líquidas Milhões de USD 48,95 50,59 56,34
Taxa de Juro de Referência % 14,00 12,00 10,00
III Sector Externo
Reservas/Importações Meses 5,13 5,31 5,91
Importação de Bens Milhões USD (128,65) (144,63) (120,79)
Exportação de Bens Milhões USD 12,89 17,22 12,29
Saldo da Balança Comercial Milhões USD (129,70) (134,36) (118,53)
Saldo da Balança Comercial em % do PIB (43,97) (42,19) (38,35) Serviço da Dívida Pago/Exportação em % 28,46 13,70 33,75
IV Finanças Públicas
Saldo Primário (Interno) em % do PIB 2,4 3,5 3,0
Stock da Dívida em % do PIB 75,7 74,1 86,1
Fonte: INE, Finanças, Gabinete de Dívida, BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Evolução Económica Internacional
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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1. Enquadramento macroeconómico internacional
Face a um elevado nível de exposição externa, fruto de características intrínsecas e
estruturais do país, a economia santomense é fortemente influenciada pela dinâmica
da economia internacional, com particular realce a da Zona Euro, com a qual o país
mantém significativas relações comerciais (turismo, importação, exportação e
remessas).
Assim, o enquadramento externo da economia santomense foi marcado pela
recuperação da economia da Zona Euro, incluído a economia portuguesa, e o
enfraquecimento da economia Angolana que representa o segundo parceiro comercial
do país.
Em termos globais, segundo o Fundo Monetário Internacional, o crescimento da
economia mundial atingiu 3,1% em 2015 (cf. Gráfico 1), 0,3 pontos percentuais abaixo
do crescimento observado em 2014, reflectindo uma relativa deterioração das
condições económicas. Contudo, a evolução da economia global tem sido heterogénea
quando analisada por regiões e diferentes grupos de países. Com efeito,
comparativamente à 2014, observou-se uma ligeira recuperação das economias
avançadas, e abrandamento da actividade económica nos países emergentes e em
desenvolvimento, reflectindo a quebra de exportações particularmente dos países
exportadores de petróleo.
Gráfico 1 – Taxa de crescimento do PIB (em %)
Fonte: FMI (Tratamento do BCSTP)
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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África Subsariana
As estatísticas disponíveis sugerem que a África Subsariana apresentou um
abrandamento da actividade económica em 2015, tendo o crescimento situado em
3,4% contra 5,1% de 2014. A desaceleração do crescimento face ao ano 2014 é
explicada pela combinação de factores que incluem a queda contínua de preços das
mercadorias, o declínio no fluxo de capital e a diminuição da actividade económica
nos principais parceiros comerciais.
Angola
Incluída na lista dos principais parceiros do país, Angola continuou a ressentir-se dos
efeitos de significativa baixa de preços de petróleo iniciado em meados de 2014. Esta
redução de preços conduziu por um lado, a cortes nos gastos públicos e
consequentemente a uma desaceleração (de 1,8 pp) do crescimento do PIB que caiu de
4,8% em 2014 para 3% em 2015 e, por outro, levou a fortes pressões inflacionistas
(14,3% em Dezembro) e à depreciação acentuada do kwanza.
Zona Euro
Na Zona Euro, a recuperação gradual da economia dos principais parceiros económicos
do país, iniciada no segundo trimestre de 2013 prosseguiu ao longo de 2015. O
crescimento homólogo médio situou-se em 1,6%, o que corresponde à taxa mais
elevada desde 2011.
A melhoria no crescimento deveu-se sobretudo ao consumo privado robusto e à
aceleração das exportações, que foi relativamente generalizada a todos os países da
Zona do Euro.
O aumento do crescimento médio anual em 2015 foi suportado pela orientação de
política monetária muito acomodatícia do BCE, que foi transmitida à economia através
da liberalização das condições de financiamento, da melhoria do sentimento do
mercado, de taxas de juro muito reduzidas e da depreciação do Euro. A descida dos
preços do petróleo e as melhorias graduais nos mercados de trabalho da Zona do Euro
deram um ímpeto adicional ao crescimento em 2015.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 16
O BCE anunciou um aumento nos seus estímulos monetários. Adicionalmente, baixou a
taxa de depósitos bancários no BCE de -0,2% para -0,3%. A principal preocupação do
BCE é a baixa inflação verificada, ao longo de 2015, a inflação global na Área do Euro,
foi muito reduzida ou mesmo negativa, num contexto de manutenção de preços das
matérias-primas baixos. Em 2015, a inflação global medida pelo IHPC na Área do Euro
situou-se, em média, em 0,2%, o que compara com -0,2% em 2014 e 0,8% em 2013.
Os indicadores apontam para uma tendência contínua de crescimento, mas
permanecem imensos desafios, destacando-se: a situação da Grécia, a situação
financeira de grandes bancos e o elevado nível de desemprego. O positivismo até
então, tem sido reflectido nos últimos dados da produção industrial.
Portugal
A economia portuguesa prosseguiu a sua trajectória de recuperação, com um
crescimento de 1,6%, estimulado pela forte procura interna, enquanto a procura
externa mais fraca tem vindo a limitar o crescimento. As previsões apontam para uma
ligeira aceleração do PIB real em 2016 e 2017. As fracas pressões externas sobre os
preços e a modesta recuperação da economia deverão conter a inflação a curto prazo.
A dívida externa permanece muito elevada, consequência da forte acumulação de
dívidas nos sectores não financeiros, tanto público como privado. Os níveis elevados e
crescentes do crédito vencido no sector empresarial estão a apertar os balanços do
sector financeiro e não financeiro e constituem um importante obstáculo ao
investimento.
Estados Unidos da América
A economia norte americana testemunhou um crescimento sólido no ano 2015,
estimado em 2,5%, valor anual mais alto após a crise de 2008 e 2009 em relação aos
2,4% registados no ano anterior. O incremento observado foi impulsionado pela
melhoria contínua no mercado de trabalho e pela procura interna que por sua vez, foi
suportada pelo consumo e pela dinâmica de investimentos nos sectores não
petrolíferos.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 17
Japão
No Japão, o crescimento foi significativamente inferior ao esperado ao longo do quarto
trimestre de 2015, reflectindo, em particular, a queda do consumo privado. Apesar da
baixa inflação, a situação económica foi relativamente frágil justificada pela redução
da procura interna e do comércio externo. Em termos homólogos, em Dezembro, as
exportações japonesas caíram 8,0%.
De forma global, o crescimento da economia japonesa atingiu 0,5% em 2015 contra
0,0% em 2014.
Reino Unido
Apesar da deterioração da posição externa, a economia britânica, em 2015, registou
um crescimento de 2,3%, reflectindo um abrandamento económico em 0,6 pontos
percentuais comparativamente ao ano de 2014. O incremento observado em 2015, foi
sustentado essencialmente pelos factores internos inerentes à política monetária
acomodatícia, determinada pelo aumento do consumo privado e da resiliência do
sector bancário, pela competitividade do mercado de trabalho e baixa inflação.
De acordo com o índice de gestão de compra, em Dezembro, o sector industrial
permaneceu no nível estável de 52,9, enquanto o sector dos serviços atingiu um nível
significativo de 55,6.
China
Na economia chinesa, as reformas sectoriais tornaram-se mais evidentes em 2015.
Acompanhado por períodos de volatilidades do sector financeiro e medidas de estímulo
do governo, o crescimento em 2015 foi de 6,9%, abaixo do 7,3% do ano anterior.
O abrandamento da economia notou-se ao nível das empresas que operam nos sectores
imobiliário e industrial. A queda nos preços das acções e as alterações nas políticas de
taxa de câmbio conduziram a uma turbulência no mercado, mas as reservas externas
permaneceram constantes e a conta corrente com um superavit, reduzindo os riscos
associados a saída de fluxos.
No cômputo geral, o crescimento da economia chinesa está conforme as expectativas
globais, mas com uma diminuição mais rápida do que a esperada nas importações e
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 18
exportações, em parte reflectindo o fraco investimento da actividade industrial.
Porém, espera-se por uma diminuição do crescimento da economia chinesa para 6,3%
em 2016 e 6,0% em 2017.
Tabela 2 - Taxa de Crescimento da Economia Global
Taxa de PIB Inflação
Países e Regiões
2014 2015 2014 2015
Economia Mundial 3,4 3,1 3,2 3,6
Economias Avançadas 1,8 1,9 0,7 0,8
Zona Euro 0,9 1,6 -0,2* 0,2*
Portugal 0,9 1,6 -0,3* 0,3*
EUA 2,4 2,5 1,6 1,0
Japão 0,0 0,5 2,6 0,1*
Reino Unido 2,9 2,2 0,9 0,3
Economias de mercados emergentes e em desenvolvimento
4,6 4,0 5,1 5,7*
China 7,3 6,9 1,5 1,8
Brasil 0,1 -3,8 6,3 9,0
África Subsariana 5,1 3,4 6,4 7,0
Nigéria 6,3 2,7 8,0 9,0
Angola 4,8 3,0 7,5** 14,3**
Países de baixo rendimento 6,1 4,5 7,3 7,2
Fonte: WEO, *BCE,**BNA
Preços das matérias-primas
De acordo com o Monthly Oil Market Report, desde Junho 2014 que o preço dos
produtos petrolíferos reduziu em cerca de 65%, enquanto o crescimento económico em
vários países tem diminuído progressivamente.
A partir de Setembro de 2015, a queda do preço de petróleo vem reflectindo
expectativas de aumento sustentável da produção pelos membros da OPEP. A queda do
preço do petróleo foi favorável para os consumidores dos EUA, da Zona Euro, China e
Índia, mas o défice nos investimentos e o baixo rendimento do sector petrolífero nos
países produtores de petróleo contrariou alguns desses efeitos positivos.
Preços de outras mercadorias, especialmente metais, também caíram. No final de
2015,o índice de preços das três principais matérias-primas, energia, metal e
matérias–primas da agricultura estavam em média, 45% abaixo em relação ao pico
observado em 2011.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 19
Gráfico 2 - Preço anual do Petróleo no Mercado Internacional (em USD por Barril)
Fonte: OPEP e tratamento do BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 20
Economia Nacional
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 21
2. Economia Nacional
2.1. Produção e Preços
2.1.1. Produto Interno Bruto
As estatísticas sobre as contas nacionais2 divulgadas pelo Instituto Nacional de
Estatísticas (INE), apontam que a economia santomense apresentou em 2015 uma
considerável desaceleração do PIB comparativamente ao ano precedente, tendo
registado em termos reais um crescimento de 3,9% contra 6,9%, o que representa uma
desaceleração de 3,0 pontos percentuais.
A prevalência a nível internacional de uma conjuntura adversa, caracterizado por um
crescimento global lento e frágil, particularmente nos principais parceiros de São
Tomé e Príncipe, conjugado com a queda do preço de petróleo nas economias
exportadoras de petróleo com serias implicações nas entradas de IDE, donativos e
redução das remessas, contribuíram para a desaceleração do PIB no país no ano
económico findo.
Acresce-se ainda, que a performance menos favorável da economia foi o reflexo das
condicionantes tanto do lado da oferta como da procura. Do lado da procura, ao longo
do ano, persistiram os constrangimentos ligados a aprovação tardia do Orçamento
Geral do Estado, o que despoletou atrasos no lançamento de programas de
investimentos públicos, condicionando em larga medida a execução dos investimentos
que pudessem dinamizar a actividade económica. Com efeito, a análise desagregada
do PIB, sugere uma contracção dos ramos das actividades de construção, indústrias
extractivas, comércio e uma forte desaceleração nos ramos agro-pecuário, serviços e
em última análise dos direitos de importação.
Para além das adversidades de cariz orçamental, há também condicionantes do lado
da oferta tais como, as condições climáticas que não permitiram impulsionar, em larga
escala, as actividades agrícolas, mormente para a produção de cacau, com as
inerentes consequências em termos de queda das exportações.
2 Dados provisórios
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 22
Gráfico 3 -Taxa de Crescimento do PIB (Valores em %)
Fonte: INE STP, tratamento do BCSTP
* - Dados provisórios
O crescimento real do PIB (3,9%) observado em 2015 reflecte essencialmente as
contribuições dos ramos ligados ao sector terciário, nomeadamente, educação (0,9%),
transportes, armazenagem e comunicações com uma participação de 0,8% e os ramos
ligados a actividade turística (alojamento e restauração) com uma contribuição de
0,5%. De destacar que, os ramos ligados ao alojamento e restauração e educação
apresentaram uma evolução mais significativa, com um incremento de 17,5% e 18,5%
respectivamente, representando um forte reforço da actividade turística, resultante
dos vários investimentos que têm sido desenvolvidos nestes sectores (cf. Tabela 3).
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 23
Tabela 3 – Produto Interno Bruto Por Sector
Taxa de crescimento
Peso do sector no PIB
Contribuição do Sector no
Crescimento do PIB
Sector de Actividade 2014 2015 2014 2015 2014 2015
Agricultura, prod. animal, caça e silvicultura 8,3 4,1
4,4 4,4
0,4 0,2
Pescas 2,6 4,3
3,7 3,7
0,1 0,2
Indústrias Extractivas 10,1 -1,4
0,4 0,4
0,0 0,0
Indústrias Transformadoras -3,6 0,3
6,4 6,2
-0,3 0,0 Produção e Dist. de Electricidade, Gás e Água -4,4 4,7
3,1 3,2
-0,2 0,1
Construção 17,9 -4,2
6,5 6,0
1,0 -0,3
Comércio 8,2 -0,1
25,9 24,9
2,1 0,0
Alojamento e Restauração -7,3 17,5
2,7 3,0
-0,2 0,5 Transportes, Armazenagem e Comunicações 6,9 6,7
12,4 12,7
0,9 0,8
Actividades Financeiras 5,9 3,4
2,5 2,5
0,1 0,1 Serviços prestados as empresas e atividad.Imobiliárias, Alugueres 4,2 4,0
5,6 5,6
0,2 0,2
Administração Pública, defesa e segur.social obrigatória 2,0 2,0
10,1 9,9
0,2 0,2
Educação 17,7 18,5
5,0 5,7
0,8 0,9
Saúde e Acão Social 2,0 2,5
1,0 0,9
0,0 0,0
Outras Actividades de Serviços 6,2 6,2
4,1 4,2
0,3 0,3
SIFIM3 5,9 3,4
2,9 2,9
0,2 0,1
Impostos sobre Produtos 17,1 12,9
3,4 3,7
0,5 0,4
Direitos de Importação 18,1 5,6
5,7 5,8
0,9 0,3
Fonte: INE (Tratamento do BCSTP)
3 Serviço de intermediação financeira indiretamente medido
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 24
2.1.2. Níveis de Preço
Em 2015, o país continuou a fazer progressos notáveis, no que diz respeito a
estabilidade de preços. Assim, num contexto de desaceleração do crescimento
económico, moderação orçamental e monetária e queda de preço de matérias-primas
no mercado internacional, a evolução da taxa de inflação medida pela variação do
índice de preços no consumidor continuou a evidenciar uma maior estabilidade
nominal, em linha com os objectivos macroeconómicos. Em Dezembro do ano em
referência, a inflação acumulada atingiu 4,0%, correspondendo a menos 2,4 pontos
percentuais comparativamente ao observado no período homólogo de 2014 (cf. Gráfico
4).
Gráfico 4 - Evolução da Inflação Acumulada
Fonte: INE-STP
Gráfico 5 - Inflação Acumulada (evolução
mensal)
Fonte: INE-STP
Esta trajectória descendente da inflação reflecte a conjugação dos efeitos positivos do
regime cambial em vigor, a baixa inflação importada dos principais parceiros
económicos e a ausência de choques significativos tanto do lado da oferta como da
procura.
Os meses de maior pressão inflacionária foram os de Março (0,5%), Novembro (0,5%) e
Dezembro (0,8%), reflectindo os efeitos sazonais climáticos e da quadra festiva. Por
seu turno, ao longo do ano a pressão mais alta de preços foi verificada na classe
habitação, energia e combustíveis (um incremento médio anual de 0,7%
comparativamente a 0,1% registado em 2014) e nos vestuário e calçados (um
incremento médio anual de 1,4% contra 1% registado em 2014), enquanto a classe dos
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 25
produtos alimentares e bebidas manteve-se em linha comparativamente ao período
homólogo.
Gráfico 6 - Inflação Homologa
Fonte: INE (tratamento do BCSTP)
Embora esteja programada para 2016, a implementação do novo cabaz do IPC
representativo do padrão real de consumo nacional, perspectiva-se uma taxa de
inflação a semelhança da verificada em 2015 (4%), na sequência dos objectivos
macroeconómicos delineados ao abrigo do regime cambial de paridade fixa da Dobra
em relação ao Euro, visando entre os demais objectivos a convergência nominal com a
Zona Euro.
Gráfico 7 - Inflação Homologa de São Tomé e Príncipe, Zona Euro e Portugal
Fonte: INE, BCE, BP (tratamento do BCSTP)
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 26
2.2. Políticas Macroeconómicas
2.2.1. Política Monetária e evolução dos agregados monetários
O objectivo estratégico da Política Monetária nacional é a estabilidade de preços no
médio prazo visando garantir a estabilidade macroeconómica, condição necessária
para a promoção do bem-estar social. A materialização deste objectivo efectiva-se
através de um quadro operacional de política monetária assente na âncora cambial de
peg fixo ao Euro, pelo que, a eficácia da política monetária passa, por um lado, pela
manutenção do nível das reservas externas compatíveis com a sustentação do peg, e
por outro, pelo grau de convergência nominal com à Zona Euro.
Assim, no contexto de baixa pressão inflacionista e de preservação das reservas
externas em níveis confortáveis, o BCSTP fixou em Fevereiro as taxas de juro de
referência e de facilidade de cedência de liquidez em 10% e 12,5%, correspondendo a
uma redução em 2 e 1,5 pontos percentuais respectivamente. Com esta medida, o
BCSTP pretendia fomentar a expansão do crédito ao sector privado, e
consequentemente estimular a actividade económica nacional.
Com intuito de promover uma eficiente gestão de liquidez, no sistema
significativamente excedentário, o BCSTP viabilizou a operacionalização do Mercado
Monetário Interbancário (MMI) a partir de Abril e a primeira emissão dos Bilhetes de
Tesouro em finais do mês de Junho.
Esta primeira emissão, que visou essencialmente o financiamento do défice da
tesouraria do Estado foi bem acolhida pelo sistema bancário nacional, que demostrou
uma capacidade de absorção significativamente acima dos 100%.
Em 2015, eficácia da política monetária continua condicionada por um conjunto de
factores, de entre os quais, o elevado nível de aversão ao risco de crédito, o
sobreendividamento do sector privado, enfraquecimento da actividade económica, até
mesmo os constrangimentos jurídicos inerentes à execução dos colaterais.
Contudo, contrariamente aos últimos dois anos, o crédito a economia registou uma
recuperação, tendo apresentado um incremento de 3,8%.
As estatísticas das taxas de juros sugerem que as taxas de juros do mercado
apresentam baixa elasticidade em relação a taxa de referência do BCSTP. Com efeito,
observa-se no sistema bancário um spread ainda elevado (cf. Gráfico 8).
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 27
Gráfico 8 - Taxas de Juro do Mercado
Fonte: BCSTP e Bancos Comerciais
Base Monetária
A Base Monetária (agregado de referência) registou em 2015, uma variação anual de
37,5%, acima do perfil da programação monetária. Constata-se, que o ritmo de
expansão da liquidez conheceu uma significativa aceleração no 4º trimestre do ano.
Para além do conhecido efeito sazonal (associado à época das festas), este fenómeno
de expansão da base monetária no final do ano reflectiu o afluxo da ajuda externa e
de outros capitais privados, que se concentrou nesse período, visível no aumento dos
activos externo líquido do Banco Central. Particularmente no que toca a variação da
base monetária em Moeda Nacional, esta cifrou-se em 33,5%, o que representa 16,4%
acima da meta estipulada no âmbito do programa de EFC assinado com o FMI.
As Notas e Moedas em Circulação apresentaram um crescimento de 18,1%, contra
17,9% verificado no período homólogo de 2014, reflectindo a concentração da
realização das despesas no último trimestre do ano. As reservas dos bancos no Banco
Central evidenciaram um acréscimo de 43,5% contra 25,0% observado em 2014,
justificado, em parte, pela entrada do reembolso dos Bilhetes do Tesouro em
Dezembro. Relativamente as suas componentes em moedas nacional e estrangeira,
apresentaram uma expansão em simultâneo de 39,3% e 61,4% respectivamente. De
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 28
referir que, a persistência de elevado nível de reservas bancárias continua a ser uma
das características do sistema.
Tabela 4 – Base Monetária e suas componentes (em mil milhões de Dobras)
Stock Variação
Taxa de variação em %
2014 2015 2014 2015 2014 2015
Base Monetária Total 1.135,8 1.561,8 214,0 426,1 23,2 37,5
Base Monetária MN 970,8 1.295,7 162,1 324,8 20,0 33,5
Notas e Moedas em Circulação 267,0 315,3 40,5 48,3 17,9 18,1
Reservas dos Bancos no BCSTP 868,8 1.246,5 173,5 377,8 25,0 43,5
Reservas Bancárias MN 703,9 980,4 121,6 276,5 20,9 39,3
Reservas Bancárias ME 164,9 266,2 51,9 101,2 45,9 61,4
Fonte: BCSTP
No final de 2015, o agregado mais amplo (M3) apresentou uma evolução moderada
(13,2%) em linha com os objectivos macroeconómicos estabelecidos. Esta evolução foi
essencialmente estimulada pela melhoria da posição externa do país (contribuição de
aproximadamente 12%) e a recuperação do crédito à economia (contribuição de 2,8%).
Gráfico 9 - Factores de Expansão da Massa Monetária (Valores em % da M3 do ano anterior)
10,5
20,3
14,0
16,8
13,2
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
2011 2012 2013 2014 2015
AEL CLG CE OAP M3
Fonte: BCSTP
O fluxo de divisas do país com o exterior permitiu uma acumulação da disponibilidade
líquida sobre o exterior em aproximadamente 297 mil milhões de Dobras (13,3%), em
relação ao ano precedente. Este aumento de Activo Externo Líquido do sistema foi
determinado por um lado, pelo aumento dos depósitos (87%), decorrentes da entrada
de financiamento externo e, por outro, pelo aumento das aplicações em depósitos
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 29
(37%). Como referido anteriormente, o crédito à economia no ano em análise, deu um
contributo expansionista para a variação da massa monetária, quando se registaram
contracções desta rubrica em 2013 (-0,9%) e 2014 (-1,0%). Com efeito, o crédito a
economia apresentou uma expansão na ordem 3,8%. Esta evolução reflectiu, em certa
medida, o impacto da actuação do BCSTP.
A contribuir para este desempenho, concorreram o crescimento do crédito às outras
sociedades financeiras (11,7%) e ao sector privado (7,3%), muito embora, este último
esteja marcado pelo aumento de crédito em incumprimento, que passou de 19,2% em
2014 para 29,8% em 2015, o que representa um crescimento de 10,6 pontos
percentuais.
No cômputo geral, a oferta de crédito mantém-se restritiva. De salientar que, o
crescimento evidenciado no sector privado, deveu-se sobretudo, à reestruturação e
reclassificação das carteiras de crédito por parte de alguns bancos, tendo sido apenas
uma ínfima parte consistido em novos créditos.
Gráfico 10 - Taxa de crescimento do Crédito ao Sector Privado
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 30
Tabela 5 – Principais Agregados Monetários (em milhões de Dobras)
Stock Variação Variação em %
2014 2015 2014 2015 2014 2015
Activo Externo Líquido 2.229.567 2.526.757 581.949 297.190 35,3 13,3
Crédito Interno Líquido 278.435 313.163 -221.280 34.728 -44,3 12,5
Crédito Líq. Governo -252.119 -323.265 -1.942 -71.146 0,8 28,2
Crédito À Economia 1.882.216 1.953.362 -19.289 71.146 -1,0 3,8
Crédito ao S. Privado 1.764.535 1.893.607 -25.217 129.072 -1,4 7,3
Massa Monetária 2.508.002 2.839.920 360.669 331.918 16,8 13,2
Fonte: BCSTP e Cálculo do BCSTP
A massa monetária em percentagem do PIB, indicador de referência para a avaliação
da profundidade do sector financeiro, apresentou um crescimento em 1,6 pontos
percentuais, passando de 38,6% em 2014 para 40,2% em 2015. Esta evolução sugere a
necessidade de se elevar o nível de inclusão financeira e de bancarização na economia
nacional. Este factor permitiria reduzir, em certa medida, o peso do sector informal.
Gráfico 11 - M3 em % do PIB
Fonte: BCSTP
Em 2015, observou-se um abrandamento do crédito à economia em percentagem do
PIB, tendo observado no período em análise um peso de 27,6% contra 29,% em 2014, o
que representou uma redução de 1,3 pontos percentuais (cf. Gráfico 12). Este
decréscimo deveu-se ao crescimento nominal mais acentuado do PIB (4,6%) face ao
crescimento inferior do crédito à economia (3,8%).
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 31
Gráfico 12 - Crédito à Economia em % do PIB
Fonte: Banco Central de São Tomé e Príncipe
No tocante a distribuição sectorial de crédito à economia, verifica-se que o comércio,
a construção e o consumo continuam a ser os sectores com maior peso na carteira de
crédito dos Bancos em 2015, com 24%, 24% e 21% respectivamente (cf Gráfico 13). De
referir que, em 2015 verificou-se uma aceleração no peso do crédito ao consumo
comparativamente a 2014 (19%). Importa destacar que os créditos destinam-se ao
financiamento sobretudo, das empresas privadas e a particulares residentes, ambos
com uma representatividade de 48%.
Gráfico 13 – Crédito concedido por Sectores de Actividade
Gráfico 14 – Crédito concedido por Sectores Institucionais
Fonte: BCSTP
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 32
2.2.2. Política fiscal e execução orçamental
A evolução das finanças públicas, em 2015, desenrolou-se num contexto de
implementação de um novo programa de facilidade de crédito alargado assinado entre
as autoridades nacionais e o FMI para o triénio 2015-2018, em Julho, tendo como
pressupostos fundamentais a melhoria da capacidade interna de arrecadação de
receitas fiscais, regularização dos atrasados internos, visando atingir um défice
primário interno de 2,7% do PIB.
Contudo, a aprovação tardia do Orçamento Geral do Estado, conjugado com factores
adversos de conjuntura económica internacional, no tocante a captação de recursos
externos, condicionou, em certa medida, a política orçamental do Governo.
Receitas
Neste contexto, verificou-se uma taxa de execução dos donativos e empréstimos de
cerca de 83% e 56% em relação ao programado, contra uma execução de 65% e 35%
observados no período homólogo de 2014. Esta execução dos donativos4 e empréstimos
em 2015, representou 8,4% e 6,1% do PIB, respectivamente.
Os dados referentes as Operações Financeiras do Estado para 2015, apontam para um
crescimento das receitas totais (receitas efectivas mais financiamento externo) em
779.993 milhões de Dobras (40,0%) face ao período homólogo de 2014, correspondendo
a um grau de execução de 88% em relação ao programado para 2015, o que
representou 38,6% do PIB. Esta evolução das receitas deveu-se ao incremento dos
desembolsos5 em 446.472 milhões de Dobras (141%), dos donativos6 (22,4%) e das
receitas correntes (18,9%), respectivamente.
No tocante as receitas correntes, verificou-se uma execução de 96,9% relativamente
ao programado para 2015. De destacar que, o nível de arrecadação apresentou um
aumento de 18,9% comparativamente a 2014, determinado pelo incremento das
receitas fiscais em 14% e não fiscais em 64%.
É de notar que as receitas fiscais apresentaram um grau de execução de 93,7% do
programado, o que representou 14,2% do PIB, nível ligeiramente abaixo (-0,7 pontos
percentuais) da meta estabelecida ao abrigo do programa acordado com o FMI (ECF).
4 Para financiamento de projectos
5 Para financiamento de despesas correntes e projectos
6 Para financiamento de OGE e projectos
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 33
No ano em análise, as receitas fiscais apresentaram um aumento na ordem 14%,
determinado pelo desempenho das Taxas em mais de 45%, e dos Impostos,
nomeadamente: sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRS, +20%), sobre o
Património (+ 39%) e sobre o Consumo de Produção Local (+96,8%).
Quanto as Receitas não fiscais, estas registaram um nível de execução
significativamente superior (+ 25 pontos percentuais) ao programado, correspondendo
a um nível de arrecadação na ordem dos 154.081 milhões de Dobras (+64%
comparativamente a 2014). O incremento observado neste item deveu-se a entrada de
receitas provenientes de bónus de assinatura e taxas de cessão de direitos sobre os
blocos de petróleo.
Tabela 6 – Receitas Públicas
Realizado Execução
Var. Nominal (%)
(% ) PIB 2014 2015
Receitas Totais (efectivas + finan.externo) 1.948.165 2.728.158 88,4 40,0 38,6
Receitas Efectivas (Incl. donativos) 1.632.369 1.964.131 86,1 20,3 27,8
Receitas Correntes 975.347 1.159.722 96,9 18,9 16,4
Receitas Fiscais 881.396 1.005.642 93,7 14,1 14,2
Receitas não fiscais 93.951 154.081 125,0 64,0 2,2
Donativos 657.005 804.409 74,2 22,4 11,4
Fonte: Direcção do Tesouro STP
Despesas
Nesta rubrica, verificou-se um incremento das despesas primárias de 18,4% em relação
ao 2014, atingindo a uma execução de 94,9% face ao programado, correspondendo a
18,6% do PIB. Este aumento é justificado pelo acréscimo simultâneo das despesas
correntes em 26,6% e dos investimentos públicos com recursos internos em 65,8%
comparativamente ao ano de 2014.
No tocante as despesas correntes, estas apresentaram um grau de execução acima
(+0,7 pp) do programado para 2015, correspondendo a 19,2% do PIB. Esta evolução foi
impulsionada essencialmente pelo incremento das despesas de bens e serviços
(aquisição dos serviços de água energia e comunicação) em cerca de 52% e outras
despesas correntes (pagamento de atrasos do exercício findo e as despesas
consignadas com recursos dos sectores) em 30%.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 34
As despesas de capital registaram um crescimento de 50,7% comparativamente ao ano
precedente, atingindo a um grau de execução de 75,8% do programado, representando
18,7% do PIB.
Esta evolução deveu-se a melhor performance de arrecadação das receitas internas
destinadas ao investimento público (65,8%), bem como, melhor captação de recursos
externos para cobrir os investimentos (28,4%).
Tabela 7 – Despesas Públicas
Realizado Execução
Var. Nominal (%)
(% ) PIB 2014 2015
Despesas Totais 1.978.365 2.673.663 86,7 35,1 38,6
Despesas Primárias 1.110.681 1.315.355 94,9 18,4 18,6
Despesas Correntes 1.070.758 1.355.809 100,7 26,6 19,2
Despesas com pessoal 569.453 623.355 98,8 9,5 8,8
Bens e Serviços 157.645 238.988 104,5 51,6 3,4
Transferências Correntes 229.045 247.787 78,6 8,0 3,5
Despesas de capital 874.295 1.317.854 75,8 50,7 18,7
Investimento c/Financ.Interno 57.575 95.454 71,7 65,8 1,4
Investimento.c/Financ.Externo 806.670 1.035.879 69,4 28,4 14,7
Fonte: Direcção do Tesouro STP
Saldo Orçamental
A execução orçamental até Dezembro de 2015 resultou num saldo primário deficitário
de 227.584 milhões de Dobras contra um défice de 225.246 milhões verificados em
2014, correspondendo a um défice primário de 3% do PIB (+ 0,3 pontos percentuais
acima do critério de desempenho estabelecido no âmbito do programa com o FMI). De
referir que, a meta indicativa de défice primário definida para Dezembro de 2015 era
num montante de 191 mil milhões de Dobras (2,7% do PIB).
O saldo global apresentou, igualmente, um défice de 622.058 milhões de Dobras
correspondendo a 9% do PIB (cf. Gráfico 15).
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 35
Gráfico 15 – Operações Financeiras do Estado (em % do PIB)
Fonte: Direcção do Tesouro STP
2.3. Sector Externo
2.3.1. Mercado Cambial
Em 31 de Dezembro de 2015, a cotação de USD/Euro, no mercado internacional,
situou-se em 1,09 contra 1,22 no final de 2014. Esta evolução da taxa de câmbio
representou uma depreciação do Euro face ao Dólar americano de 10,5%. Este facto é
o reflexo de orientação divergente da política monetária da Zona do Euro e dos EUA.
Se do lado do BCE as expectativas dos agentes económicos estavam associadas a
estímulos monetários, por parte do FED, estas estavam ancoradas a possibilidade de
revisão em alta da taxa de juros.
Com efeito, no mesmo período, a moeda nacional apresentou uma desvalorização face
ao Dólar americano em 11,3%7. Relativamente ao período de 2014, a moeda nacional
apresentou igualmente uma depreciação em 13,3%.
7 Calculado com base na taxa média anual de BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 36
Gráfico 16 - Evolução da taxa de câmbio das principais moedas
Fonte: BCSTP
Em 2015, o índice da taxa de câmbio efectiva real registou uma apreciação de
aproximadamente 9% comparativamente ao ano de 2014. Esta evolução reflecte um
crescimento deste índice face ao nível de apreciação (8%) observada no período
homólogo de 2014, justificada pelo efeito conjugado da depreciação do Kwanza e a
alta inflação angolana.
Gráfico 17 – Taxa de Inflação Homóloga de STP e dos principais parceiros económicos
Fonte: INE, BNA, BCE (tratamento do BCSTP)
Gráfico 18 – Taxa de Câmbio Efectiva Real
Fonte: BCSTP Obs: (Índices, base 100:2001) Depreciação: (-); Apreciação: (+)
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 36
2.3.2. Reservas Internacionais Líquidas
As Reservas Internacionais Líquidas enquanto uma das variáveis fundamentais no
quadro do seguimento da sustentabilidade e credibilidade do regime cambial em
vigor, situaram-se em 2015, acima de 3 meses de importação.
Ao facto, deveu-se à entrada de recurso externo (particularmente no segundo
semestre do ano) que permitiu que a posição externa do país mantivesse em níveis
satisfatórios, em linha com o critério de desempenho pré-estabelecido no quadro do
Programa de Facilidade de Crédito Alargado com o FMI, consubstanciado em 50
milhões de Dólares. Esta rubrica atingiu 56,3 milhões de Dólares contra 50,6 milhões
observados no final de 2014 (cf. Gráfico 19), correspondendo a uma variação positiva
de 11,4%.
Gráfico 19 - Reservas Internacionais Líquidas
Fonte: BCSTP
2.3.3. Balança de Pagamento
Dados preliminares da Balança de Pagamento de 2015, sugerem uma redução dos
principais défices externos quando comparados ao PIB.
Era expectável que o desequilíbrio das contas externas do país tendesse para
patamares elevados pela esperada deterioração do défice crónico da balança
comercial. Porém, este facto não se verificou. As contas externas apresentaram
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 37
melhorias devido a uma abrupta quebra das importações de bens e uma evolução
satisfatória da balança de serviços.
Balança Corrente
Neste contexto, o saldo da balança corrente registou um défice de 78,6 milhões de
Dólares, situando-se em 24,7% do PIB contra os 31,7% do PIB verificados em 2014.
Este quadro, reflecte uma melhoria do défice da balança de bens em 15% face a 2014
e um desempenho positivo da balança de serviços, tendo atingido um superavit de
cerca de 1,7 milhões de Dólares contra um défice de 14,4 milhões em 2014.
Apesar das exportações terem apresentado um desempenho negativo em 1,2 milhões
(-12%), determinado pela contracção da exportação do cacau em cerca de 14,3%, a
evolução da balança de bens, no período em análise, deveu-se à diminuição das
importações (principal componente desta balança) em 25,7 milhões de Dólares (-
18%), decorrente da queda generalizada de todas as suas componentes (cf. Gráfico
20).
Embora se tenha verificado uma redução das importações, recorrendo a uma análise
minuciosa dos produtos importados, destaca-se a seguinte composição: (i) Nos
produtos petrolíferos observou-se um crescimento de gasóleo e gasolina de 6,3% e
4,2% contra uma diminuição de petróleo e outros derivados em 62,4%, (ii) Nos bens
de consumo, registou-se um crescimento das rubricas mobiliário (45,3%) e têxteis
(11,4%), (iii) No tocante a bens de capital, verificou-se um crescimento da sua
componente “materiais de construção” em 46,0%.
De salientar que, a significativa queda da exportação do cacau, produto com maior
peso na exportação (87%), deveu-se por um lado, a queda dos preços em 1,3 milhões
de Dólares (-14,3%) relativamente a 2014, e por outro, a diminuição da quantidade
em 422 toneladas (-13,2%) comparativamente ao ano precedente, resultante da
escassez de matérias-primas utilizadas na estimulação da produção do cacau.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 38
Gráfico 20 – Importação de bens (milhões de USD)
Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP
Gráfico 21 - Exportações de bens (milhões de USD)
Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP
Com efeito, esta evolução da balança de bens representa uma taxa de cobertura das
exportações pelas importações de 9,5%, atingindo o nível mais baixo dos últimos três
anos.
Gráfico 22 - Taxa de cobertura das exportações pelas importações (valor em %)
Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP
A melhoria do défice da balança de serviços, deveu-se essencialmente ao acentuado
decréscimo das importações (21%), justificado pela menor importação de serviços
técnicos relacionados com o comércio e outros serviços empresariais.
No tocante as entradas de turistas, umas das componentes que permite ao país
captar divisas, esta rubrica apresentou um decréscimo de 4,1 milhões de USD (7%)
comparativamente ao ano precedente.
No contexto geográfico, as relações comerciais permanecem fortalecidas com a
Europa como o principal mercado dos produtos exportados de São Tomé e Príncipe
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 39
com um peso de 80,6% do total das exportações em 2015 contra 79,7% e 70,9% face
aos anos de 2014 e 2013 respectivamente. De realçar que, os Países Baixos lideram o
destino final das exportações com uma participação de 36% do total em 2015 (cf.
Gráfico 23).
Gráfico 23 – Distribuição geográfica das Exportações
Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP
No panorama das importações, evidencia-se essencialmente a Europa e África com
um peso de 61% e 27% dos produtos consumidos no país, enquanto que os produtos
asiáticos vem ganhando peso na quota de mercado, ainda que de forma tímida,
passando de 3% em 2013 e 2014 para 6% em 2015. De salientar que, Portugal e Angola
totalizam 81% do total das importações, sendo que Portugal representa uma quota de
56% e Angola 25% (cf. Gráfico 24).
Gráfico 24 – Distribuição geográfica das Importações
Fonte: INE/ Cálculo: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 40
Relativamente as remessas de emigrante, uma das componentes que compõem o
rendimento secundário, situou-se em 19,6 milhões de USD contra 25,2 milhões em
2014, o que correspondeu a um decréscimo de 5,5 milhões de Dólares (22%).
Balança de Capital
No que concerne ao saldo da balança de capital, este apresentou um incremento de
2,5 milhões de Dólares (8%), determinado pelo aumento do depósito na conta HIPC
em 4,8 milhões de USD destinados ao financiamento dos projectos sociais. Em sentido
oposto, os Donativos para o projecto de investimento público apresentaram um
decréscimo de 1,5 milhões de Dólares. Esta melhoria do saldo da balança
correspondeu a 10,1 % do PIB contra os 9,0% do PIB em 2014.
Balança Financeira
O saldo da balança financeira que representa o mecanismo através do qual se
processa o financiamento do exterior a economia nacional, registou uma melhoria em
2015, passando de superavit de 16 milhões em 2014 para 19,5 milhões em 2015,
traduzindo-se numa entrada líquida de fundo correspondente a 6,1% do PIB contra os
4,9% do PIB no ano precedente. O excedente da balança financeira em 2015, foi
derivado, por um lado, pelo aumento da entrada de financiamentos externos em 7,5
milhões de Dólares, e por outro, pelo crescimento do IDE em 2,6 milhões em relação
ao ano anterior, destacando-se as principais actividades de construção.
Face ao desempenho menos conseguido na entrada de fluxos não geradores de
dívida, os empréstimos constituíram a principal fonte para suprir tais necessidades,
dentre os quais se destacam, os de Angola e de China.
2.3.4. Dívida Pública
O stock da Dívida Pública cifrou-se em 274,1 milhões de dólares, representando um
crescimento de 31,7 milhões (13,1%) comparativamente a 2014. Este acréscimo
resultou essencialmente de desembolsos de empréstimos contratados pelo Estado
Santomense às Repúblicas de Angola e de China no montante de 14 e 10 milhões de
Dólares, respectivamente.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 41
De salientar que, o actual stock da dívida situou-se em 86,1% do PIB, correspondendo
a um aumento de 12 p.p. comparativamente ao verificado em 2014, o que representa
um risco eminente de sobreendividamento do país.
Gráfico 25 – Fluxo da Dívida (em milhões de USD)
Fonte: Gabinete da Dívida do Ministério de Plano e Finanças e tratamento do BCSTP
Em termos de classificações por tipo de credores, no período em referência, foram
registados desembolsos no montante de 37,9 milhões de dólares, cifra
significativamente superior ao observado em 2014 (18,9 milhões de dólares), dos
quais, 3,4 milhões de dólares correspondem aos credores multilaterais, 31,2 aos
bilaterais e 3,3 milhões de dólares a dívida interna.
No que concerne ao serviço da dívida pública, foram programados reembolsos no
montante de 10,0 milhões de Dólares, sendo que 4,7 milhões para serem transferidos
aos credores e 5,3 milhões para serem depositados na conta HIPC.
De destacar que, foram transferidos aos credores 4,1 milhões de Dólares, gerando um
atrasado na ordem de 0,6 milhões nesta rubrica.
No quadro da iniciativa HIPC, foram depositados 4,8 milhões de Dólares do
programado destinado a financiamento de projectos sociais e de infra-estruturas,
sendo que, gerou-se neste item um atrasado de 0,5 milhões de Dólares.
Em suma, foram reembolsados 8,9 milhões de Dólares, tendo gerado um atrasado de
1,1 milhões.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 42
Sistema Financeiro Nacional
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 43
3. Sistema Financeiro Nacional
3.1 Sistema bancário8
O sector bancário, no ano de 2015, ficou marcado uma vez mais pela deterioração da
qualidade dos seus activos, o que contribuiu negativamente para a performance das
instituições. Os indicadores de rendibilidade apresentaram-se crescentemente
negativos com o aumento do crédito mal parado. A deterioração da qualidade dos
activos levou a um incremento substancial das provisões constituídas e
reconhecimento de perdas, resultado também, de uma supervisão mais contundente.
Os activos do sistema cresceram cerca de 5%, sustentado pelo incremento das
disponibilidades imediatas (excesso de liquidez) em detrimento do crédito. Olhando
também para o peso dos activos totais em relação ao PIB, registou-se um decréscimo
ligeiro saindo de 74% em 2014 para 71% no ano em análise.
3.1.1. Estrutura e concentração
Após a alteração da estrutura do Sistema Financeiro Nacional em 2014, com a
aquisição do Island Bank SA pelo Energy BanK STP e a administração provisória no
Banco Equador resultante de recorrentes incumprimentos das Normas
Regulamentares, em Janeiro de 2015 este último, foi intervencionado nos termos da
Lei 9/92 “Lei das Instituições Financeiras” coadjuvada com a NAP 20/2009
“Intervenção em Instituições Financeiras”.
Apesar das transformações ocorridas, o sistema bancário permaneceu, a todos
títulos, altamente concentrado o que de resto é um fenómeno típico de pequenos
sistemas financeiros.
O sector bancário nacional que comporta 7 bancos, detém 27 agências incluindo as
sedes. Não se observou abertura de nenhuma agência em 2015, continuando a
persistir uma maior concentração no distrito de Água-Grande, conforme se observa
no gráfico 26.
8Importa referir que contrariamente as demais referências, os créditos concedidos nesta secção são calculadas numa lógica
macro-prudencial.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 44
Gráfico 26 - Distribuição Geográfica dos Balcões dos Bancos
Fonte: BCSTP
De se referir que, de acordo ao Índice de Hirshman e Herfindahl (IHH), o nível de
concentração do sistema atingiu 2.854 pontos para crédito concedido e 4.361 para a
captação de depósitos, (cf. Tabela 8). Assim, duas instituições detêm 70% da quota
de crédito enquanto que, no que concerne a depósito, apenas uma instituição detém
cerca de 63% da quota e metade do total dos activos do sistema.
Tabela 8 - Hirshman e Herfindahl (IHH) Concentração de Crédito e Depósito
IHHi 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Crédito Concedido 2.818 2.713 2.765 2.982 3.209 2.854
Depósitos Totais 5.558 5.586 5.435 4.972 5.158 4.361
Fonte: BCSTP
Relativamente à taxa de bancarização9, de acordo com os dados provisórios
reportados pelos bancos, em 2015 registou-se uma estagnação quando comparado ao
ano anterior. Com efeito, este indicador ronda agora os 46% contra cerca de 48% em
2014 e 41% em 2013.
3.1.2. Activos e Qualidade da Carteira
O activo agregado do sistema bancário representou aproximadamente 71% do produto
interno bruto, contra 74% observado em Dezembro 2014, não havendo assim
9 É a relação entre o número de clintes com contas abertas nos banco e o número total da população.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 45
alteração significativa do peso do sector financeiro na estrutura da economia
nacional (cf. Gráfico 27).
Gráfico 27- Participação dos Activos e Depósitos no PIB
Fonte BCSTP
Em termos nominais, o activo total do sistema bancário atingiu em 2015 cerca de DBS
4.809 mil milhões, uma variação nominal de 5% comparativamente aos DBS 4.580 mil
milhões registados em 2014. Olhando para a taxa de inflação de 4% registada no final
de 2015, podemos concluir que os activos totais do sector bancário nacional em
termos reais, durante o período em análise, estagnaram-se.
O crescimento nominal do activo total do sistema, deveu-se sobretudo ao aumento
verificado nas disponibilidades imediatas em aproximadamente 19%. É de se referir
que, esta rubrica abarca, maioritariamente, activos não remunerados (“Caixa” e
“Depósitos junto ao Banco Central”), que não só representam as reservas obrigatórias
como também as reservas livres.
Assim, as disponibilidades imediatas passaram a representar cerca de 52% do total do
activo contra 46% observadas em 2014. Importa referir que a partir de 2013 o crédito
passou a representar a segunda componente. Em 2010 crédito representava cerca de
53% do activo total, e em 2015, 31% o que denota claramente a fraca dinâmica
creditícia nos anos subsequentes (cf. Gráfico 28).
Nesta senda, verificou-se que o crédito ao sector privado em relação ao PIB sofreu
uma quebra considerável saindo de 40% em 2010 para 28,3% em 2014,
comportamento semelhante ao registado em toda a África Subsaariana.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 46
Gráfico 28 - Estrutura do Activo
Fonte BCSTP
Em termos brutos, o crédito concedido cresceu cerca de 11%, contudo, face aos
níveis de provisões constituídas diante dos incumprimentos registados, o crédito
líquido diminuiu em cerca de 3%, tal como em 2014. Em termos de estrutura, os
sectores com maior peso em matéria de crédito têm sido sobretudo, comércio,
construção e consumo com 24%, 24% e 21%, respectivamente. Em termos de sectores
institucionais, de acordo com a nomenclatura das Contas Nacionais, o crédito tem-se
destinado sobretudo às empresas privadas e a particulares.
No que diz respeito a crédito mal parado (CMP), este registou um aumento
considerável, tendo atingido 29,8% em 2015 contra 19,2% registados no ano 2014 (cf.
Gráfico 29), sendo o comércio e o consumo os sectores mais afectados (cf. Gráfico
30). Este comportamento deveu-se uma vez mais a várias condicionantes, como por
exemplo a fraca capacidade dos agentes económicos honrarem os seus compromissos
junto às instituições de crédito e a difícil execução de garantias junto ao poder
judicial. Além disso, a correcta classificação de créditos imposta pelo Banco Central
de São Tomé e Príncipe, de acordo com a regulamentação vigente, nas respectivas
classes, estiveram na base dos actuais níveis do crédito em incumprimento.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 47
Gráfico 29 - CMP Gráfico 30 - CMP por sectores
Fonte BCSTP
Fonte BCSTP
Consequentemente, as provisões em percentagem dos créditos malparados (rácio de
cobertura) aumentaram para 77,9% (cf. Gráfico 31). Note-se que, através de uma
supervisão mais intensiva, as instituições viram-se cada vez mais, obrigadas a cumprir
com o estabelecido na regulamentação em matéria de classificação dos seus activos
num contexto em que o crédito mal parado aumentou substancialmente.
Gráfico 31- Rácio de cobertura
Fonte: BCSTP
Neste cenário de risco de crédito acrescido observou-se que as instituições, de uma
forma em geral, têm adoptado práticas mais adequadas no que se refere à análise e
avaliação no processo de concessão de crédito. Igualmente, a operacionalização do
Sistema de Central de Risco de Crédito, tem também contribuído para o efeito.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 48
3.1.3. Estrutura do Passivo
O passivo exigível da banca totalizou cerca de DBS 4.062 mil milhões em Dezembro
de 2015, revelando um acréscimo nominal de 11%, comparativamente aos DBS 3.650
mil milhões (cf. Gráfico 32), no ano precedente.
Gráfico 32 - Exigibilidade do Sistema
Bancário
Fonte: BCSTP
Gráfico 33 - Depósitos vs Passivos Totais
Fonte: BCSTP
Relativamente à estrutura do passivo, os depósitos de clientes continuam a
representar a principal fonte de financiamento dos bancos em 2015. Esses recursos
que corresponderam a cerca de 75% (DBS 3.011 mil milhões) do passivo total,
registaram um crescimento de 21%, comparativamente aos DBS 2.480 mil milhões
observados no período homólogo anterior (cf. Gráfico 34).
Gráfico 34 - Estrutura do Passivo
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 49
Os depósitos em moeda nacional (MN), mantiveram a tendência crescente, atingindo
um peso substancial de cerca de 60% do seu total em 2015. Note-se que até 2012, os
depósitos em moeda estrangeira (ME) representavam a maior fatia do total dos
depósitos (mais de 60% em média) (cf. Gráfico 35).
Gráfico 35 - Depósitos Por Moeda
Fonte: BCSTP
Quando se observa a estrutura dos depósitos por maturidade e por tipo, constata-se
que 68% constituem exigibilidade de curto prazo, ou seja, depósitos à ordem (cf.
Gráficos 36 e 37).
Gráfico 36 - Maturidade de Depósitos
Fonte: BCSTP
Gráfico 37 - Depósitos por Tipo
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 50
De se referir que, os depósitos têm sido captados sobretudo junto do sector privado,
nomeadamente famílias e empresas com 47% e 41%, respectivamente (cf. Gráfico
38). A estrutura pouco se alterou nos últimos anos, sendo que estes dois sectores
somam 88% do total dos depósitos, por sector institucional.
Gráfico 38 - Depósitos Por Sector Institucional
Fonte: BCSTP
3.1.4. Indicadores agregados
3.1.4.1. Liquidez
O rácio de liquidez posicionou-se em 2015 em 62%, contra 57% em 2014, níveis muito
acima dos 20% estabelecidos como mínimos de acordo com a NAP 04/2007 “Norma
Sobre Liquidez Bancária” (cf. Gráfico 39). A gestão actual de liquidez permite que as
instituições sejam capazes de honrar com as suas obrigações, uma vez que as
disponibilidades imediatas cobrem os depósitos de clientes em cerca de 83%.
Gráfico 39 - Rácio de Liquidez
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 51
Apesar do sector bancário nacional dispor de nível de liquidez de acordo com o
estabelecido nos dispositivos legais vigentes, para que exerçam as suas actividades
creditícias, importa enfatizar os riscos inerentes, ao se presenciar a concessão de
crédito a médio e longo prazos, num contexto em que os depósitos são
maioritariamente de curto prazo (cf. Gráfico 40).
Gráfico 40 - Gaps de Liquidez
Fonte: BCSTP
Gráfico 41 - Indicador de Transformação dos depósitos
Fonte: BCSTP
De salientar que o excesso de liquidez registado é assimétrico, quando analisamos as
instituições individualmente.
O rácio de transformação (crédito total sobre depósitos totais) situou-se em média
nos 64% em 2015 contra 70% em 2014, como resultado do aumento registado no nível
de depósitos, não acompanhado pela evolução creditícia, colocando em evidência o
excesso de liquidez.
A persistência do excesso de liquidez no sistema indica que pode-se tratar de uma
característica estrutural do sector bancário de pequenas economias. Sendo pouco
significativo o crescimento do crédito, as instituições financeiras não dispunham de
distintos canais de investimento alternativos. Em 2015, com a efectiva
implementação do mercado de títulos da dívida pública com sinalização de preços,
abriu-se-lhes uma janela importante enquanto alternativa de investimento. O bom
desempenho deste mercado, repercutirá no fomento do mercado da dívida privada.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 52
3.1.4.2. Margem Financeira
A margem financeira continuou a deteriorar-se ao longo do período em análise
verificando-se uma redução em cerca de 18% (cf. Gráfico 42), posicionando-se em
Dbs 138 mil milhões valor não observado desde 2009. De se referir que o peso do
crédito no total do activo tem diminuído significativamente, condicionando em
grande medida os níveis de proveitos a serem obtidos. Outrossim, a deterioração da
qualidade da carteira espelhada no aumento do incumprimento, traduziu-se numa
redução acentuada de proveito de juros.
Gráfico 42 – Margem Financeira
Fonte: BCSTP
3.1.4.3. Resultados e rendibilidade
Os resultados do exercício atingiram em 2015 valores negativos de DBS 226 mil
milhões, o que corresponde a um agravamento substancial face ao ano transacto (135
mil milhões de Dobras), traduzindo-se numa significativa deterioração da
rendibilidade dos activos e dos fundos próprios. De se realçar que em 2015 o retorno
sobre os activos e sobre os fundos próprios atingiram -4,71% e -25,43%,
respectivamente contra -2,95% e -15,93% do ano transacto (cf. Gráfico 43). O sistema
financeiro nacional, no seu todo, não tem sido capaz de gerar lucros face aos seus
activos.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 53
Gráfico 43 - Resultados e Rendibilidade
Fonte: BCSTP
O agravamento do nível de rentabilidade do sistema bancário está associado a uma
conjugação de factores, destacando-se a fraca qualidade da carteira de crédito com
implicações na constituição de elevados níveis de provisões, bem como, o
reconhecimento de perdas, por parte de algumas instituições, sobretudo a instituição
intervencionada. A elevada concentração do sistema financeiro nacional bem como o
peso de custos de funcionamento também condicionam a rendibilidade das
instituições, sobretudo as menos resilientes.
3.1.4.4. Solvabilidade do Sistema
O rácio de solvabilidade do sistema bancário encontra-se acima dos mínimos exigidos
pela NAP 10/2007 “Adequação de Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade”, sendo
que em 2015 este indicador fixou-se em 24%. Embora este rácio se encontre acima
dos mínimos exigidos, a situação dos bancos é heterogénea. Com efeito, 2 das
instituições apresentam o rácio entre 20 e 30%, 1 instituição encontra-se entre 12 e
20% e com níveis abaixo dos 12% regulamentados, 1 instituição. De salientar que 3
das sete instituições, apresentam o rácio de solvabilidade acima dos 30%.
Se por um lado registou-se em 2015 a acumulação de avultados prejuízos, por outro,
registou-se um aumento de capital por parte de pelo menos 3 instituições o que
permitiu mitigar, de certa forma, os efeitos inerentes à corrosão dos fundos próprios.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 54
Gráfico 44 - Adequação de Fundos Próprios
Fonte: BCSTP
Gráfico 45 - Solvabilidade por Bancos
Fonte: BCSTP
3.2. Actividade Seguradora em 2015
3.2.1. Evolução de Actividade Seguradora
O mercado segurador santomense, reactivado em 2001, tem conhecido pequenos
progressos apesar das inúmeras dificuldades encontradas no mercado.
Contudo, a contribuição desse sector no produto interno bruto do país ainda é
insignificante, registando valor abaixo de 1%. O número de empresas a operar no
mercado não vária desde 2008, ano em que se licenciou uma segunda seguradora em
São Tomé e Príncipe.
Em termos de concorrência no mercado, regista-se alguma competitividade para os
serviços ligados ao ramo não vida, o que já não acontece para o ramo vida que é
recente e monopolizado pela seguradora que possui licença para operar nos dois
ramos.
O volume de negócios das seguradoras que operam em São Tomé e Príncipe tem
aumentado paulatinamente nos últimos anos. No exercício de 2015 registou-se um
crescimento da produção global de 16% relativamente ao ano anterior. Como se pode
verificar na tabela 9, a produção deste exercício ascendeu aos 50,9 mil milhões de
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 55
Dobras, aproximadamente Dbs 7,0 mil milhões acima do ano transacto. O ramo vida
com um aumento na ordem de 2,9 mil milhões de Dobras deu um significativo
contributo para o crescimento da actividade seguradora global em 2015.
Tabela 9 - Evolução de Prémios Emitidos (mil milhões de Dobras)
2011 2012 2013 2014 2015 Var.15/14
34 ,8 39, 1 39,4 43, 9 50 ,9 16%
Ramo Vida - - 0,3 1,7 4,6 170%
Ramo Não Vida 34,8 39,1 39,1 42,2 46,3 10%
Fonte: BCSTP
3.2.2. Estrutura da Carteira
Relativamente à composição da carteira, verificou-se pequenas variações percentuais
no peso de alguns produtos, alterando apenas a classificação nos seguros menos
importantes inerente a arrecadação de receitas. No gráfico 46 pode-se aferir que o
seguro Automóvel continua a dominar a carteira com 46%. Contudo, o sistema
começa a depender menos deste produto, uma vez que ao longo dos últimos anos o
seu peso tem diminuído visivelmente sobretudo em virtude dos seguros - ramo vida,
em 2015.
Gráfico 46 - Estrutura da Carteira
Fonte: BCSTP
Gráfico 47- Estrutura da Carteira
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 56
Importa ressaltar que o Ramo Vida que começou a ser explorado no exercício de 2013
passou a ter mais importância na carteira do sistema segurador. Neste ramo de
seguros, a modalidade mais transaccionada é a “Garantia de Créditos Bancários” com
83%, seguido da modalidade “Seguro de Vida Colectivo” com 11%. Tendo em conta
que o principal produto do ramo vida é a “garantia de créditos bancários”, a
dinâmica deste ramo poderia ser maior se efectivamente se registasse uma maior
actividade creditícia neste período. No entanto, o mercado santomense ainda possui
oportunidades para a ampliação de negócios nesta área.
No tocante a operação de resseguros, verificou-se um decréscimo da taxa de
cedência dos prémios, situando-se nos 11% contra os 15% dos três últimos anos.
3.2.3. Sinistralidade
Analisando o comportamento da sinistralidade no mercado segurador santomense,
verifica-se que os custos com sinistros registaram uma diminuição de 5% em 2015
quando comparado com o exercício anterior, passando a contabilizar-se em 9,9 mil
milhões de Dobras. A evolução desta rubrica ao nível de produtos, evidencia o
desempenho dos ramos Transporte e Automóvel com diminuições significativas de
73% e 12%, respectivamente.
Pese embora a diminuição registada nos custos com sinistros no ramo Automóvel, o
montante das indeminizações pagas referentes a esta modalidade de seguros em
2015 estão dentro do intervalo daquilo que tem sido as indeminizações do ramo
Automóvel nos últimos 4 anos que se limita entre os 4 a 5 mil milhões de Dobras.
A redução discreta do montante dos custos com sinistros, combinado com o aumento
dos prémios adquiridos proporcionaram a queda da taxa de sinistralidade em 2015
para 27%, estando ligeiramente abaixo da média da sinistralidade nos últimos 4 anos
(30%).
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 57
Gráfico 48 - Taxas e custos de sinistralidade (em milhões de Dobras)
Fonte: BCSTP
Relativamente a sinistralidade por ramos de actividade, nos últimos quatro anos
destaca-se a modalidade Transporte que após a elevada taxa verificada no exercício
de 2011, registou diminuições graduais estando agora com uma taxa de sinistralidade
de 9%. Em contrapartida Incêndio e Outros Danos tem ganho maior peso, chegando
em 2015 a ser o ramo mais sinistrado.
Gráfico 49 - Sinistralidade por Ramos
Fonte: BCSTP
O seguro Automóvel, principal produto do sistema segurador, que desde 2012
apresentava a maior taxa de sinistralidade, passa em 2015 a representar o segundo
ramo em matéria de sinistralidade.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 58
3.2.4. Situação Financeira e Patrimonial
3.2.4.1. Activo
Em 31 de Dezembro de 2015 o balanço patrimonial das empresas de seguros
autorizadas a operar em São Tomé e Príncipe, contabilizou activos totais
equivalentes a 111,3 mil milhões de Dobras correspondendo a um aumento de 5%
relativo ao período homólogo anterior.
Tabela 10 - Situação Financeira e Patrimonial (mil milhões de Dobras)
2011 2012 2013 2014 2015 Var. 15/14
Activo Total 102,1 102,6 103,2 106,1 111,3 5%
Passivo 51,9 51,6 50,9 48,7 48,6 -0,2%
Capital Próprio 50,2 51,0 52,3 57,3 62,7 9%
Fonte: BCSTP
Através da tabela 10 pode-se observar que o crescimento do activo tem sido muito
discreto nos últimos quatro anos tendo sido condicionado pelo ambiente difícil que
atravessa a economia mundial e consequentemente, a nacional.
No decorrer do exercício de 2015 as seguradoras conseguiram aumentar os seus
activos numa proporção superior ao período homólogo anterior. No entanto, ao
analisar-se esse aumento sem desconsiderar a taxa de 4% relativa a inflação
acumulada até Dezembro de 2015, conclui-se que o crescimento real do património
das seguradoras ainda é insignificante.
Concernente à estrutura, os Investimentos continuam a ser o principal activo das
seguradoras com uma participação de 69% seguidos de Prémios em Cobrança com
12%.
3.2.4.1.1. Investimentos
O mercado financeiro nacional possui algumas limitações que dificultam a aplicação
de activos ao nível local por parte das seguradoras. A insularidade das Ilhas e a
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 59
reduzida dimensão do país exigem das seguradoras mais criatividade e determinação
na busca de novos investimentos.
No último trimestre do ano 2015, o mercado financeiro santomense conheceu uma
inovação com a emissão de títulos de bilhetes de tesouro pelo Banco Central. A
activação do mercado da dívida pública pode trazer uma alternativa a política de
investimentos das seguradoras locais.
Em 2015, os investimentos das seguradoras estavam compostos por terrenos e
edifícios (41%), títulos de rendimento variável (43%) e depósitos a prazo (16%).
No período em análise os investimentos contabilizam-se em 76,7 mil milhões de
Dobras correspondendo a um aumento de 13% relativo ao ano anterior. A maior
variação verificou-se no montante de depósitos a prazo que registou um valor três
vezes maior que o do ano precedente. Contudo, ainda registam-se fragilidades em
matéria de aplicação de recursos, havendo assim necessidade de maior
diversificação.
Gráfico 50 - Estrutura de Carteira de Investimento
Fonte: BCSTP
3.2.4.2. Passivo
O passivo das seguradoras ascendeu aos 48,6 mil milhões de Dobras correspondendo a
uma ligeira diminuição em termos globais. Contudo, algumas rubricas conheceram
variações significativas no sentido diferente como as provisões técnicas que
aumentaram numa proporção de 40% e empréstimo bancário que decresceu 34%.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 60
3.2.4.2.1. Provisões Técnicas
De acordo com o regulamento em vigor, as seguradoras autorizadas devem constituir
algumas provisões que servirão de garantias financeiras para casos de sinistralidade.
Nesta senda, e face aos riscos acrescidos registados nos últimos dois anos, em
matéria de sinistralidade, as Instituições aumentaram os níveis de provisões técnicas
em 5,0 mil milhões comparativamente ao período homólogo anterior, atingindo 17,2
mil milhões de Dobras em 2015.
No final do exercício de 2015, as provisões técnicas das seguradoras estavam
compostas por 73% de provisões para riscos em curso, 10% de provisões matemáticas
e 17% de provisões para sinistros, quando em 2014 eram de 86%, 6% e 7%,
respectivamente.
Gráfico 51– Provisões Técnicas
Fonte: BCSTP
Neste mesmo exercício, as provisões técnicas do ramo não vida contabilizaram-se em
15,4 mil milhões de Dobras contra os 11,4 mil milhões do ano anterior e as mesmas
estão cobertas por activos representativos que ascendem aos 45,2 mil milhões de
Dobras. A relação entre as duas rubricas gera a taxa de cobertura das provisões
técnicas cuja série está representada no gráfico 52.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 61
Gráfico 52 - Cobertura das Provisões Técnicas
Fonte: BCSTP
De acordo com o gráfico 52 acima ilustrado, as provisões técnicas do ramo não vida
possuem uma boa cobertura não obstante ter-se registado uma ligeira queda da
mesma taxa motivada pelo aumento das provisões numa proporção superior ao dos
activos representativos.
3.2.4.3. Capital Próprio
A maior parte dos activos das seguradoras é financiado pelos fundos próprios que
representam 56% destes. No exercício de 2015, os capitais próprios das seguradoras
contabilizavam em 62,6 mil milhões de Dobras, correspondendo a um aumento de
25% relativo ao ano anterior.
Dentre as rubricas constitutivas dos capitais próprios, as que mais cresceram foram
os resultados líquidos do exercício de 2015 e as reservas legais constituídas com base
nos resultados positivos do exercício anterior.
No exercício de 2015, o sistema segurador contabilizou um resultado líquido de 7,7
mil milhões de Dobras correspondendo a um aumento de 25% relativo ao exercício
anterior. O sistema tem demonstrado claramente uma melhoria no seu desempenho
financeiro tal como se espelha no gráfico 53.
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 62
Gráfico 53- Rácios de Rendibilidade
Fonte: BCSTP
3.2.5. Margem de Solvência
No tocante à solvabilidade, verificou-se uma recuperação do sistema após a oscilação
registada nos últimos anos. A taxa de cobertura da margem de solvência ascendeu
aos 144% contra os 131% do ano transacto.
Esta recuperação deveu-se principalmente pela melhoria significativa de resultados
por parte de uma das seguradoras do mercado que acumulou resultados negativos
durante alguns exercícios. Os resultados positivos registados por todas as seguradoras
do sistema proporcionaram um aumento dos fundos próprios destas empresas que
reflectiu na melhoria da solvência do sistema.
Gráfico 54- Solvência
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 63
Outras Actividades
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 64
4. Outras Actividades
4.1. Sistema de Pagamento Electrónico
O abrandamento da actividade económica, em 2015, não reflectiu negativamente no
desempenho do sistema de pagamento electrónico.
Os dados estatísticos da SPAUT, apontam para uma melhoria dos indicadores do
sistema de pagamento, comparativamente a 2014. Com base na análise dos dados,
observa-se um crescimento no volume das operações em quase todos os seus
indicadores. Sendo que, evidencia-se o maior crescimento nas operações de
transferências (132,4%) contra o menor incremento das recargas telefónicas (43,7%).
No tocante as operações em Dobras, destaca-se igualmente as transferências com
uma cifra de 2.842 milhões de Dobras em 2015 contra 855 milhões em 2014, o que
corresponde um acréscimo de 232,3%. Enfatiza-se que, em contra tendência, as
operações de carregamento telefónico apresentaram um decréscimo de 2,3%,
passando de 2.790 milhões de Dobras em 2014 para 2.726 milhões em 2015.
Apesar do desempenho satisfatório, ainda prevalecem no sistema de pagamento
electrónico os constrangimentos relacionados com elevado custo de manutenção e
com o baixo nível de consolidação e incorporação de novas tecnologias de informação
nas operações bancárias em São Tomé e Príncipe.
Tabela 11 – Alguns Indicadores do sistema de pagamentos
2012 2013 2014 2015
Cartões produzidos 4.616 3.708 5.082 6.803
Nº. ATM – Dobras24 4.563 3.657 5.070 6.726
Nº. POS10 - supervisor 53 51 12 77
Nº. Levantamentos 428.349 550.429 385.385 733.585
Nº. Compras 319 16.238 17.777 34.229
Nº. Recargas Telefónicas 81 37.471 32.077 46.103
Nº. Transferências 230 337 210 488
Fonte: SPAUT
10
Não contém informações financeiras, apenas para o efeito de fecho e abertura de sessão.
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Anexos Estatísticos
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Balanço Monetário do Banco Central de São Tomé e Príncipe Anexo 1
Saldos em fim de período (Milhões de Dobras) Dec-12 Dec-13 Dec-14 Dec-15
ACTIVO EXTERNO (LÍQUIDO) 1.061.542,20 1.291.799,82 1.473.516,02 1.902.655,75
Reservas Internacionais Líquidas¹ 1.015.314,86 1.229.774,85 1.367.963,93 1.744.044,59
Ativos Externos 1.385.179,06 1.611.240,14 1.794.619,83 2.243.256,43
Reservas Oficiais 1.136.154,76 1.354.857,63 1.481.814,00 1.864.037,48
Outros Activos Externos 249.024,30 256.382,51 312.805,83 379.218,95
Passivos Externos -323.636,86 -319.440,31 -321.103,81 -340.600,68
Passivos Externos De Curto Prazo -120.839,91 -125.082,78 -113.850,07 -119.992,89
Outros Passivos Externos 0,00 0,00 0,00 -10,70
Alocações em Direito Especial de Saque -202.796,95 -194.357,54 -207.253,74 -220.618,50
ACTIVO INTERNO (LÍQUIDO) -349.072,97 -370.074,37 -337.752,88 -340.809,36
Crédito Interno Líquido 56.033,12 54.090,89 117.385,00 109.821,61
Credito a outras Sociedades de Deposito 41.110,00 72.110,00 106.090,00 128.408,80
Crédito líquido a Administração Central -29.919,33 -100.589,15 -83.930,24 -133.165,84
Crédito a Administração Central 233.159,80 244.101,90 255.243,55 246.613,81
dos quais: uso de Direito Especial de Saque 202.796,95 194.357,54 207.253,74 220.618,50
Passivos Face a Administracao Central -263.079,13 -344.691,05 -339.173,79 -379.779,65
Depósitos Administração Central -4.358,17 -11.224,64 -17.608,78 -11.376,81
dos quais: Bilhetes de Tesouro 0,00 0,00 0,00 0,00
Recursos De Contrapartida -64.993,68 -90.727,00 -93.179,54 -120.252,44
Depósito em Moeda Estrangeira -193.727,28 -242.493,38 -228.385,47 -249.004,70
Outros depósitos Administração Central 0,00 -246,04 0,00 854,30
Crédito a Economia 44.842,45 82.570,04 95.225,23 114.578,65
Outros Ativos (líquido) -405.106,09 -424.165,27 -455.137,87 -450.630,97
Passivos Monetários 712.469,23 921.725,45 1.135.763,14 1.561.846,39
Base Monetária 712.469,23 921.725,45 1.135.763,14 1.561.846,39
Circulação Monetária 217.070,52 226.475,71 266.969,57 315.296,47
Reservas Bancárias ² 495.398,71 695.249,74 868.793,57 1.246.549,92
Reservas Bancárias Moeda Nacional 398.519,56 582.228,90 703.868,20 980.387,40
Reservas Bancárias Moeda Estrangeira 96.879,15 113.020,84 164.925,37 266.162,52
Memorando:
Reservas Internacionais (milhões de dólares) 61,13 76,22 73,55 83,13
(dos quais):
Conta de Petróleo (milhões de dólares) 9,03 12,24 9,90 10,26
Reservas Báncarias (milhões de dólares) 5,21 6,36 8,19 11,87
Depósito de Garantia (milhões de dólares) 0,52 0,19 0,12 0,00
Reservas Internacionais Líquidas ¹ (Milhões de doláres) 36,86 48,95 50,59 56,34
(em meses de importação) ᶾ 4,21 5,13 5,31 5,91
Verificação vertical 0,00 0,00 0,00 0,00
²As reservas bancárias foram ajustadas de janeiro a junho de 2015
¹Reservas Internacionais Líquidas exclui Reservas Bancárias e Depósito de Garantia
ᶾImportação de Bens e Serviços exclui importação de bens de investimento e Assistência Técnica
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Balanço Monetário dos Bancos Comerciais Anexo 2
Saldos em fim de período(Milhões de Dobras) Dec-12 Dec-13 Dec-14 Dec-15
ACTIVO EXTERNO (LÍQUIDO) 568.195,78 355.817,99 756.050,75 624.101,50
Ativos Externos 1.119.023,49 929.569,89 1.359.712,68 1.512.752,74
Moeda Estrangeira 60.769,19 50.111,78 79.855,94 53.842,47
Depósitos 772.379,43 623.180,56 1.002.040,43 674.957,00
Títulos excepto Participação de Capital 123.934,55 79.217,93 75.301,58 58.536,03
Empréstimos 114.599,02 152.715,34 141.000,64 709.010,56
Derivados Financeiros 17,66 0,00 0,00 0,00
Outros 47.341,30 24.344,28 61.514,09 16.406,68
Passivos Externos 550.827,71 573.751,90 603.661,93 888.651,25
Depósitos 426.834,66 326.374,61 489.024,17 351.251,69
Títulos excepto Participação de Capital 0,00 0,00 0,00 0,00
Empréstimos 75.983,41 134.488,89 44.594,48 427.629,38
Outros 48.009,64 112.888,40 70.043,28 109.770,18
ACTIVOS FACE A BANCO CENTRAL 561.540,89 892.256,67 963.812,45 1.281.016,19
Notas e Moedas 44.343,82 39.524,10 44.498,85 68.348,80
Reservas Obrigatórias 517.197,08 852.732,57 919.313,60 1.212.667,39
Outros Ativos 0,00 0,00 0,00 0,00
ACTIVO INTERNO (LÍQUIDO) 1.780.077,37 1.669.347,46 1.618.802,17 1.648.684,90
Créditos a Residentes 1.780.077,37 1.669.347,46 1.618.802,17 1.648.684,90
Crédito a Administração Central (Líquido) -93.517,93 -149.587,97 -168.188,66 -190.099,22
Responsabilidades para com a Administração Central 2.561,29 2.213,46 2.672,97 8.577,98
Créditos a Administração Central 96.079,22 151.801,43 170.861,63 198.677,20
dos quais: Bilhetes de Tesouro 0,00 0,00 0,00 0,00
Crédito a Economia 1.873.595,30 1.818.935,43 1.786.990,82 1.838.784,12
Crédito a Outras Sociedades Financeiras 1.873.595,30 1.818.935,43 1.786.990,82 1.838.784,12
Crédito a Administraçoes Estaduais E Locais 4.554,26 1.328,61 4.083,63 4.557,37
Crédito a Sociedades Não Financeiras Públicas 0,00 0,00 3,67 -5,10
Crédito ao Setor Privado 61.172,36 86.291,91 86.503,41 24.945,23
PASSIVOS INTERNOS 2.909.814,04 2.917.422,13 3.338.665,36 3.553.802,59
Depósitos Incluídos na Massa Monetária 1.706.752,67 1.953.428,50 2.277.209,98 2.581.281,60
Depósitos Transferíveis incluídos na Massa Monetária 1.070.448,81 1.404.299,35 1.584.748,69 1.934.650,25
Outros Depósitos incluídos na Massa Monetária 636.303,86 549.129,15 692.461,29 646.631,35
Depósitos Excluídos da Massa Monetária 96.373,45 69.529,07 100.345,55 21.014,51
Passivos Face a Banco Central 41.110,00 72.101,77 63.590,00 85.908,80
Empréstimos 23,48 23,48 23,48 146,82
Acções e Outras Participações 1.210.175,61 968.785,83 1.054.347,06 823.741,71
Outros Activos e Passivos (Líquido) -144.621,17 -146.446,51 -156.850,70 41.709,15
Verificação vertical 0,00 0,00 0,00 0,00
Fonte: Bancos Comerciais
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Síntese Monetária Global Anexo 3
Saldos em fim de período(Milhões de Dobras) Dec-12 Dec-13 Dec-14 Dec-15
ACTIVO EXTERNO (LÍQUIDO) 1.629.737,98 1.647.617,82 2.229.566,77 2.526.757,24
Ativo Externo do BCSTP 1.061.542,20 1.291.799,82 1.473.516,02 1.902.655,75
Ativo Externo de outras Sociedades de depósitos 568.195,78 355.817,99 756.050,75 624.101,50
ACTIVO INTERNO (LÍQUIDO) 254.106,94 499.715,48 278.435,45 313.163,18
Créditos a Residentes 1.795.000,49 1.651.328,36 1.630.097,16 1.630.097,71
Crédito líquido a Administração Central -123.437,26 -250.177,12 -252.118,89 -323.265,06
Crédito a Administração Central 235.721,09 246.315,36 257.916,52 255.191,79
Responsabilidades para com a Administração Central -359.158,34 -496.492,48 -510.035,42 -578.456,85
Depósitos Administração Central -4.358,17 -11.224,64 -17.608,78 -11.376,81
Recursos De Contrapartida 64.993,68 90.727,00 -93.179,54 120.252,44
Depósitos em Moeda Estrangeira -419.793,86 -575.994,83 -399.247,09 -687.332,48
Crédito a Economia 1.918.437,75 1.901.505,47 1.882.216,06 1.953.362,77
Crédito a Outras Sociedades Financeiras 4.554,26 1.328,61 99.308,86 4.557,37
Crédito a Administraçoes Estaduais E Locais 0,00 0,00 3,67 -5,10
Crédito a Sociedades Não Financeiras Públicas 61.172,36 86.291,91 86.503,41 24.945,23
Crédito ao Setor Privado 1.852.711,12 1.813.884,95 1.791.625,34 1.923.865,28
Outros Ativos -1.540.893,56 -1.151.612,87 -1.351.661,71 -1.316.934,54
Massa Monetária (M3) 1.883.844,91 2.147.333,30 2.508.002,22 2.839.920,42
Passivos em Moeda nacional incluídos na Base Monetária (M2) 917.460,18 1.362.223,49 1.570.945,71 1.905.854,64
Moeda (M1) 733.588,72 1.058.941,31 1.106.346,82 1.431.010,15
Moeda em poder das sociedades de Depósitos 172.726,71 186.951,61 222.470,72 246.947,67
Depósitos Transferíveis em moeda nacional 1.070.448,81 1.404.299,35 883.876,10 1.934.650,25
Outros Depósitos em moeda nacional 183.871,46 303.282,18 464.598,89 474.844,49
Depósitos em moeda estrangeira 966.384,73 785.109,81 937.056,51 934.065,78
Verificação vertical 0,00 0,00 0,00 0,00
Fonte: BCSTP, Bancos Comerciais
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Agregados Monetários Anexo 4
Saldos em fim de período(Milhões de Dobras)Dec-12
Dec-13 Dec-14 Dec-15
M0 (BASE MONETÁRIA) 712.469,23 921.725,45 1.135.763,14 1.561.846,39
Emissão Monetária 217.070,52 226.475,71 266.969,57 315.296,47
M1 733.588,72 1.058.941,31 1.106.346,82 1.431.010,15
Moeda em Circulação 172.726,71 186.951,61 222.470,72 246.947,67
Depósitos Transferíveis em Moeda Nacional 560.862,02 871.989,71 883.876,10 1.184.062,49
M2 917.460,18 1.362.223,49 1.570.945,71 1.905.854,64
M1 733.588,72 1.058.941,31 1.106.346,82 1.431.010,15
Outros Depósitos em Moeda Nacional 183.871,46 303.282,18 464.598,89 474.844,49
M3 1.883.844,91 2.147.333,30 2.508.002,22 2.839.920,42
M2 917.460,18 1.362.223,49 1.570.945,71 1.905.854,64
Depósitos em Moeda Estrangeira 966.384,73 785.109,81 937.056,51 934.065,78
Fonte: BCSTP, Bancos Comerciais
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Reservas Internacionais Anexo 5
Saldos em fim de período(Milhões de Dólares) Dec-12 Dec-13 Dec-14 Dec-15
ATIVOS EXTENOS LÍQUIDOS 57,12 72,67 73,13 84,85
RESERVAS INTERNACIONAIS BRUTAS 61,13 76,22 73,55 83,13
Notas e Moedas 1,03 1,99 1,40 1,03
Depósitos 36,77 50,21 50,59 65,17
dos quais:à ordem 6,85 5,70 6,39 10,71
à prazo 29,92 44,51 44,20 54,46
Direito Especial de Saque 0,707 0,508 0,666 0,430
Posição de Reserva no FMI 0,00 0,00 0,00 0,00
Títulos Estrangeiros 22,10 22,88 20,46 16,39
Outros* 0,53 0,64 0,43 0,12
RESERVAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS 36,86 48,95 50,59 56,34
(*)incluem os juros a receber, outros ativos com não residentes
Fonte: BCSTP, Bancos Comerciais
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 71
TAXAS DE JURO ACTIVAS E PASSIVAS Anexo 6
I TRIM-14 II TRIM-14 III TRIM-14 IV TRIM-14 Média Anual-14 I TRIM-15 II TRIM-15 III TRIM-15 IV TRIM-15 Média Anual-15
TAXA DE JUROS DE REFERÊNCIA DO BANCO CENTRAL 12,0% 12,0% 12,0% 12,0% 12,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
TAXA DE JUROS MÉDIA DOS BANCOS COMERCIAIS
Taxas de Juros Ativa
Em Moeda Nacional 23,1% 23,1% 23,0% 23,3% 23,1% 23,4% 23,3% 23,3% 23,2% 23,3%
Em Moeda Estrangeira 16,0% 15,8% 16,1% 15,8% 15,9% 16,6% 16,4% 15,8% 15,8% 16,2%
Taxas de Juro Passiva
Em Moeda Nacional 8,8% 9,3% 9,0% 8,6% 9,0% 6,9% 6,5% 6,3% 6,2% 6,5%
Em Moeda Estrangeira 3,8% 3,9% 3,5% 2,6% 3,4% 3,4% 3,4% 2,2% 2,2% 2,2%
Poupança
Em Moeda Nacional 4,2% 4,1% 3,9% 3,6% 3,9% 3,7% 3,6% 3,8% 3,8% 3,7%
Em Moeda Estrangeira 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,4% 1,3% 1,1% 1,1% 1,1%
Fonte: BCSTP, Bancos Comerciais
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2004 444,30 459,70 470,60 474,10 476,30 478,50 479,70 481,90 486,30 492,90 498,10 503,80
2005 518,60 534,50 551,40 557,40 560,00 560,90 562,40 565,00 569,60 577,90 583,60 590,50
2006 606,70 629,10 656,20 690,00 693,40 698,40 704,40 712,30 715,20 719,30 724,80 735,50
2007 748,00 756,10 766,10 773,40 781,70 792,40 805,10 826,90 852,80 874,80 906,60 938,20
2008 955,40 991,80 1.024,90 1.044,80 1.061,70 1.071,80 1.103,20 1.117,90 1.130,20 1.139,00 1.152,30 1.171,20
2009 1.179,90 1.190,10 1.206,70 1.227,90 1.249,70 1.264,20 1.273,30 1.280,70 1.292,00 1.307,00 1.331,50 1.359,60
2010 1.367,60 1.378,20 1.385,30 1.392,90 1.396,60 1.409,70 1.431,60 1.444,50 1.462,00 1.477,20 1.504,80 1.534,90
2011 1.542,40 1.555,70 1.589,60 1.625,50 1.639,70 1.644,00 1.647,50 1.659,91 1.664,28 1.671,80 1.687,90 1.718,10
2012 1.725,00 1.734,70 1.740,70 1.756,10 1.780,30 1.822,60 1.838,40 1.848,90 1.854,40 1.862,90 1.875,30 1.896,90
2013 1.904,30 1.917,20 1.911,60 1.944,90 1.950,40 1.953,90 1.957,70 1.966,60 1.972,80 1.983,70 2.002,90 2.032,20
2014 2.038,30 2.047,60 2.052,40 2.067,00 2.085,90 2.097,40 2.103,30 2.107,11 2.112,20 2.128,20 2.137,96 2.162,83
2015 2.168,30 2.175,05 2.185,60 2.194,80 2.199,53 2.203,25 2.209,43 2.211,70 2.213,80 2.220,27 2.231,25 2.248,45
Base: (Dez 1996 = 100)
INDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Anexo 7
Fonte: INE
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 72
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Taxa inflação acumulada
2015 0,3 0,6 1,1 1,5 1,7 1,9 2,2 2,3 2,4 2,7 3,2 4,0
2014 0,3 0,8 1,0 1,7 2,6 3,2 3,5 3,7 3,9 4,7 5,2 6,4
2013 0,4 1,1 0,8 2,5 2,8 3,0 3,2 3,7 4,0 4,6 5,6 7,1
2012 0,4 1,0 1,3 2,2 3,6 6,1 7,0 7,6 7,9 8,4 9,1 10,4
2011 0,5 1,4 3,6 5,9 6,8 7,1 7,3 8,1 8,4 8,9 10,0 11,9
2010 0,6 1,4 1,9 2,4 2,7 3,7 5,3 6,2 7,5 8,6 10,7 12,9
2009 0,7 1,6 3,0 4,8 6,7 7,9 8,7 9,3 10,3 11,6 13,7 16,1
2008 1,8 5,7 9,2 11,4 13,2 14,2 17,6 19,2 20,5 21,4 22,8 24,8
2007 1,7 2,8 4,2 5,1 6,3 7,7 9,5 12,4 15,9 18,9 23,3 27,6
2006 2,7 6,5 11,1 16,8 17,4 18,3 19,3 20,6 21,1 21,8 22,8 24,6
2005 2,9 6,1 9,4 10,6 11,1 11,3 11,6 12,1 13,0 14,7 15,8 17,2
Variação em cadeia
2015 0,3 0,3 0,5 0,4 0,2 0,2 0,3 0,1 0,1 0,3 0,5 0,8
2014 0,3 0,5 0,2 0,7 0,9 0,6 0,3 0,2 0,2 0,8 0,5 1,2
2013 0,4 0,7 -0,3 1,7 0,3 0,2 0,2 0,5 0,3 0,6 1,0 1,5
2012 0,4 0,6 0,3 0,9 1,4 2,4 0,9 0,6 0,3 0,5 0,7 1,2
2011 0,5 0,9 2,2 2,3 0,9 0,3 0,2 0,8 0,3 0,5 1,0 1,8
2010 0,6 0,8 0,5 0,5 0,3 0,9 1,6 0,9 1,2 1,0 1,9 2,0
2009 0,7 0,9 1,4 1,8 1,8 1,2 0,7 0,6 0,9 1,2 1,9 2,1
2008 1,8 3,8 3,3 1,9 1,6 0,9 2,9 1,3 1,1 0,8 1,2 1,6
2007 1,7 1,1 1,3 0,9 1,1 1,4 1,6 2,7 3,1 2,6 3,6 3,5
2006 2,7 3,7 4,3 5,1 0,5 0,7 0,9 1,1 0,4 0,6 0,8 1,5
2005 2,9 3,2 3,3 1,2 0,5 0,2 0,3 0,5 0,9 1,7 1,1 1,2
Variação Homóloga
Variação Homóloga 2015/2014 6,4 6,2 6,5 6,1 5,4 5,0 5,0 5,0 4,8 4,3 4,4 4,0
Variação Homóloga 2014/2013 7,0 6,8 7,4 6,3 6,9 7,3 7,4 7,1 7,1 7,3 6,7 6,4
Variação Homóloga 2013/2012 10,4 10,5 11,3 10,7 9,6 7,2 6,5 6,4 6,4 6,5 6,8 7,1
Variação Homóloga 2012/2011 11,8 11,5 9,5 8,0 8,6 10,9 11,6 11,4 11,4 11,4 11,1 10,4
Variação Homóloga 2011/2010 12,8 12,9 14,8 16,7 17,4 16,6 15,1 14,9 13,8 13,2 12,2 11,9
Variação Homóloga 2010/2009 15,9 15,9 14,8 13,4 11,8 11,5 12,4 12,8 13,2 13,0 13,0 12,9
Variação Homóloga 2009/2008 23,5 20,0 17,7 17,5 17,7 18,0 15,4 14,6 14,3 14,8 15,6 16,1
Variação Homóloga 2008/2007 27,7 31,2 33,8 35,1 35,8 35,3 37,0 35,2 32,5 30,2 27,1 24,8
(Em %)
INFLAÇÃO Anexo 8
Fonte: INE
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 73
2011 2012 2013 2014 2015
1º Trimestre 18089,83 18842,84 18687,96 18018,14 21858,09
JAN
Último dia 18004,19 18.828,18 18.228,90 18.184,58 21.815,07
Média do Mês 18511,23 19.153,13 18.583,21 18.119,81 21.090,22
FEV
Último dia 17936,16 18.346,77 18.846,87 18.075,39 21.811,21
Média do Mês 18102,30 18.681,56 18.450,55 18.082,28 21.745,04
MAR
Último dia 17518,63 18.598,36 19.276,65 17.940,08 22.760,49
Média do Mês 17655,94 18.693,81 19.030,13 17.852,32 22.739,01
2º Trimestre 17156,21 19238,12 18905,53 17999,44 22363,25
ABR
Último dia 16684,97 18658,82 18823,88 17853,14 22435,69
Média do Mês 17124,64 18758,07 18983,31 17871,77 22936,11
MAI
Último dia 17295,23 19845,43 19069,65 18133,82 22653,96
Média do Mês 17183,16 19251,25 19010,57 17961,19 22118,91
JUN
Último dia 17111,79 19877,40 18940,88 18123,17 22171,70
Média do Mês 17160,83 19705,06 18722,70 18165,37 22034,73
3º Trimestre 17460,16 19730,06 18645,92 18606,05 22210,50
JUL
Último dia 17309,78 20.156,58 18.581,56 18.419,33 22.531,95
Média do Mês 17277,24 20.047,67 18.883,08 18.215,71 22.446,69
AGO
Último dia 17139,11 19.677,73 18.606,78 18.731,03 21.906,06
Média do Mês 17220,16 19.930,57 18.543,70 18.524,77 22.189,17
SET
Último dia 18108,54 19173,33 18.285,61 19.387,17 22.098,25
Média do Mês 17883,08 19.211,93 18.510,98 19.077,66 21.995,65
4º Trimestre 18310,79 19034,70 18142,76 19752,05 22543,55
OUT
Último dia 17432,03 19043,16 17945,29 19593,39 22583,49
Média do Mês 18039,34 19029,81 18110,24 19466,53 21957,07
NOV
Último dia 18509,11 18996,27 18160,50 19778,65 23330,58
Média do Mês 18176,90 19243,18 18292,38 19788,00 22950,65
DEZ
Último dia 19151,02 18723,92 17908,84 20299,14 22591,75
Média do Mês 18716,13 18831,11 18025,66 20001,63 22722,94
Média Anual 17754,25 19211,43 18595,54 18593,92 22243,85
Taxas de Câmbio Oficial (Dbs/USD) Anexo 9
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
Pág. 74
2011 2012 2013 2014 2015
1º Trimestre 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
JAN
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
FEV
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
MAR
Último dia 24500,00 24500,00 25400,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
2º Trimestre 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
ABR
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
MAI
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
JUN
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
3º Trimestre 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
JUL
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
AGO
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
SET
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
4º Trimestre 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
OUT
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
NOV
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
DEZ
Último dia 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média do Mês 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Média ANUAL 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00 24500,00
Taxas de Câmbio Oficial (Dbs/Euro) Anexo 10
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
JAN Último dia 1,2816 1,3966 1,3710 1,3110 1,3541 1,3600 1,1305
Média 1,3239 1,4272 1,3360 1,2905 1,3288 1,3610 1,1621
FEV Último dia 1,2644 1,3570 1,3762 1,3454 1,3097 1,3700 1,1317
Média 1,2785 1,3686 1,3649 1,3224 1,3359 1,3659 1,1240
MAR Último dia 1,3308 1,3479 1,4090 1,3272 1,2805 1,3800 1,0845
Média 1,3050 1,3569 1,3999 1,3201 1,2964 1,3823 1,0838
ABR Último dia 1,3275 1,3315 1,4794 1,3229 1,3113 1,3800 1,1002
Média 1,3190 1,3406 1,4442 1,3162 1,3026 1,3813 1,0779
MAI Último dia 1,4098 1,2307 1,4272 1,2438 1,2944 1,3600 1,0896
Média 1,3650 1,2565 1,4349 1,2789 1,2982 1,3732 1,1150
JUN Último dia 1,4134 1,2198 1,4425 1,2418 1,3032 1,3600 1,1133
Média 1,4016 1,2209 1,4388 1,2526 1,3189 1,3592 1,1213
JUL Último dia 1,4138 1,3028 1,4260 1,2246 1,3284 1,3401 1,0955
Média 1,4088 1,2770 1,4264 1,2288 1,3080 1,3539 1,0996
AGO Último dia 1,4272 1,2713 1,4402 1,2544 1,3266 1,3178 1,1268
Média 1,4268 1,2894 1,4343 1,2400 1,3310 1,3316 1,1139
SET Último dia 1,4549 1,3611 1,3631 1,2874 1,3499 1,2701 1,1204
Média 1,4562 1,3067 1,3770 1,2856 1,3348 1,2901 1,1221
OUT Último dia 1,4800 1,3857 1,4160 1,2962 1,3755 1,2598 1,0930
Média 1,4816 1,3898 1,3706 1,2974 1,3635 1,2673 1,1235
NOV Último dia 1,5023 1,2998 1,3336 1,2994 1,3592 1,2480 1,0580
Média 1,4914 1,3661 1,3556 1,2828 1,3493 1,2472 1,0736
DEZ Último dia 1,4406 1,3280 1,2889 1,3183 1,3783 1,2160 1,0887
Média 1,4614 1,3220 1,3179 1,3119 1,3704 1,2331 1,0877
Taxas de Câmbio Oficial (USD/EURO) Anexo 11
Fonte: Banco de Portugal e BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Taxa de Câmbio Efetiva Nominal e Real (taxas médias - anuais e mensais) Anexo 12
STD/EUR STD/USD ITCEN1 ITCER1
STD/EUR STD/USD ITCEN2 ITCER2
2001 7.917,65 8.842,11 100,00 100,00
2002 8.585,73 9.089,22 107,25 99,00 8,44 2,79 7,25 -1,00
2003 10.567,56 9.347,58 100,68 86,69 23,08 2,84 -6,12 -12,44
2004 12.305,87 9.902,32 90,22 80,27 16,45 5,93 -10,40 -7,40
2005 13.123,41 10.557,97 85,46 83,86 6,64 6,62 -5,27 4,47
2006 15.629,73 12.448,48 70,64 81,28 19,10 17,91 -17,35 -3,08
2007 18.558,11 13.536,76 60,00 78,46 18,74 8,74 -15,06 -3,47
2008 21.616,42 14.695,20 52,02 85,85 16,48 8,56 -13,30 9,42
2009 22.549,10 16.208,45 49,87 94,31 4,31 10,30 -4,14 9,86
2010 24.500,00 18.574,03 46,85 96,59 8,65 14,59 -6,06 2,41
2011 24.500,00 17.754,25 47,51 106,06 0,00 -4,41 1,41 9,81
2012 24.500,00 19.211,43 46,93 111,23 0,00 8,21 -1,23 4,87
2013 24.500,00 18.595,54 47,31 118,93 0,00 -3,21 0,81 6,93
2014 24.500,00 18.593,92 47,50 128,30 0,00 -0,01 0,40 7,87
Jan-14 24.500,00 18.119,81 47,67 124,57 0,00 -2,55 0,37 -2,91
Feb-14 24.500,00 18.082,28 47,70 125,32 0,00 -0,21 0,05 0,61
Mar-14 24.500,00 17.852,32 47,81 127,31 0,00 -1,27 0,24 1,58
Apr-14 24.500,00 17.871,77 47,81 127,81 0,00 0,11 -0,01 0,39
May-14 24.500,00 17.961,19 47,77 128,89 0,00 0,50 -0,09 0,85
Jun-14 24.500,00 18.165,37 47,65 129,05 0,00 1,14 -0,24 0,13
Jul-14 24.500,00 18.215,71 47,58 129,66 0,00 0,28 -0,16 0,47
Aug-14 24.500,00 18.524,77 47,46 129,40 0,00 1,70 -0,24 -0,20
Sep-14 24.500,00 19.077,66 47,19 128,59 0,00 2,98 -0,57 -0,63
Oct-14 24.500,00 19.466,53 47,09 128,75 0,00 2,04 -0,21 0,12
Nov-14 24.500,00 19.788,00 47,11 129,45 0,00 1,65 0,04 0,55
Dec-14 24.500,00 20.001,63 47,15 130,98 0,00 1,08 0,08 1,18
2015
Jan-15 24.500,00 21.090,22 46,99 138,47 0,00 5,44 5,72
Feb-15 24.500,00 21.745,04 46,63 137,59 0,00 3,10 -0,76 -0,63
Mar-15 24.500,00 22.739,01 46,38 135,50 0,00 4,57 -0,53 -1,51
Apr-15 24.500,00 22.936,11 46,51 135,79 0,00 0,87 0,27 0,21
May-15 24.500,00 22.118,91 46,88 136,35 0,00 -3,56 0,80 0,41
Jun-15 24.500,00 22.034,73 47,58 138,36 0,00 -0,38 1,48 1,47
Jul-15 24.500,00 22.446,69 47,97 140,28 0,00 1,87 0,84 1,39
Aug-15 24.500,00 22.189,17 48,18 141,09 0,00 -1,15 0,43 0,58
Sep-15 24.500,00 21.995,65 48,76 141,65 0,00 -0,87 1,21 0,40
Oct-15 24.500,00 21.957,07 48,99 142,27 0,00 -0,18 0,47 0,44
Nov-15 24.500,00 22.950,65 48,55 141,53 0,00 4,53 -0,89 -0,52
Dec-15 24.500,00 22.722,94 48,65 142,74 0,00 -0,99 0,20 0,86
Variação face ao período precedente, em %
Fonte: BCSTP
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Balança Comercial por ProdutoAnexo 13
Descrição: Apresentação Detalhada Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
1.1 Exportações de Bens - FOB (Inclui Reexportação)6.366,71 12.887,10 17.219,46 11.306,37
1.2. Mercadorias Gerais 6.366,71 6.945,99 10.265,35 9.076,51
1.2.1. Cacau 5.317,52 5.415,75 9.146,77 7.895,51
1.2.2. Café 26,36 36,82 38,79 20,26
1.2.3. Pimenta 65,78 32,60 1,03 100,35
1.2.4. Oleo de Coco 0,00 7,37 0,00 0,00
1.2.5. Chocolate 163,00 228,71 257,56 196,34
1.2.6. Coco 87,16 140,84 157,01 135,87
1.2.7. Outros 706,89 1.083,89 664,19 728,18
1.3. Reexportação 0,00 5.941,11 6.954,11 2.229,86
1.3.1. Produtos petrolíferos 6.253,58 2.069,13
1.3.2. Maquinaria e seus equipamentos 237,11 0,00
1.3.3. Outros 462,90 160,73
1.4. Outros 0,00 0,00
2.Importações de Bens - FOB 102.237,09 128.645,92 144.628,53 118.947,79
2.1. Bens de Consumo 46.096,30 52.313,26 61.721,21 48.838,05
2.1.1. Géneros alimentícios 24.640,99 26.565,52 30.804,13 25.710,29
2.1.2. Bebidas 7.103,96 10.074,37 11.677,77 8.596,76
2.1.3. Mobiliário 1.027,70 1.894,21 1.203,79 1.651,94
2.1.4. Medicamentos 708,67 1.101,39 729,28 622,08
2.1.5. Meios de transportes 8.894,12 6.714,18 8.764,17 6.749,72
2.1.6. Vestuário e Calçado 2.394,33 2.452,27 4.447,29 2.252,66
2.1.7. Papel e Cartão 758,91 1.142,80 1.195,81 760,29
2.1.8. Livros e Materiais Didáticos 312,70 455,84 533,94 473,76
2.1.9. Lãs Fibras e Algodão 254,92 658,43 816,31 831,88
2.1.10. Alcool Eter e Derivados 2.823,87 1.254,26 1.548,73 1.188,67
2.2. Bens de Capital 23.155,05 27.885,42 30.291,81 27.865,49
2.2.1. Equipamentos 13.142,72 17.121,42 17.379,96 15.277,44
2.2.2. Materiais de Construção 6.601,96 5.696,06 6.285,13 7.957,59
2.2.3. Ferro Aluminio e Out. Simil. 3.410,37 5.067,94 6.626,71 4.630,45
2.3. Produtos petrolíferos 25.653,40 38.214,97 41.123,98 31.260,87
2.3.1. Gasóleo 17.612,59 20.629,62 21.136,35
2.3.2. Gasolina 4.295,43 5.488,78 5.072,49
2.3.3. Outros 16.306,95 15.005,58 5.052,03
2.4. Outros 7.332,34 10.232,28 11.491,53 10.983,38
2.5. Ajustes por cobertura 0,00
Importações excluindo os Donativos 143.194,27 91.926,96
Donativos (FOB) 1.910,94 2.375,56 2.249,80
dos quais: Bens Alimentares(Arroz -Japão) 1.718,06
0,00
Fretes 6.201,57 26.161,33 21.178,96
dos quais: 0,00
aéreos 2.003,05 1.967,24 1.807,83
marítimos 18.916,59 24.194,08 19.371,14
Seguros 627,59 784,84 635,37
Prémios de seguros 1.464,37 1.831,29 1.482,53
3.SALDO DA BALANÇA COMERCIAL -95.870,37 -121.699,92 -134.363,17 -109.871,28 Fonte: INE
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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Descrição: Apresentação Detalhada Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15
1.Exportações - FOB 6.366,74 6.946,02 10.265,35 9.076,51
1.1. África 204,23 361,79 248,53 252,29
1.1.1. Países Membros da SADC 87,69 261,11 188,97 164,49
África do Sul 0,00 5,41 0,00 1,07
Angola 87,69 255,70 188,97 163,42
1.1.2. Países Membros da CEEAC 66,97 64,02 17,27 48,68
Gabão 66,97 64,02 17,27 48,68
1.1.3. Países Membros da CEDAO 49,58 36,66 42,28 39,12
Nigéria 49,58 36,66 42,28 39,12
1.2. Europa 4.916,38 5.487,76 8.177,87 7.330,68
1.2.1. Países Membros da União Europeia 4.916,38 5.487,76 8.177,87 7.330,68
Bélgica 887,32 1.437,90 2.505,63 2.248,15
Espanha 508,14 791,17 2.001,04 877,69
França 561,24 806,63 1.358,49 465,76
Países Baixos 2.468,54 2.020,08 2.199,67 3.274,39
Portugal 491,14 431,97 113,05 464,69
1.3. América 29,36 65,38 69,10 70,96
1.3.1. América do Norte 29,36 65,38 69,10 70,96
E. U. América 29,36 65,38 69,10 70,96
1.4. Outros Países 1.216,77 1.031,09 1.769,86 1.422,58
2.Importações - FOB 105.060,95 128.645,92 144.628,53 118.947,79
2.1. Europa 67.496,36 78.357,72 90.318,57 73.308,95
2.1.1. Países Membros da União Europeia 67.345,91 78.205,52 90.318,23 73.271,92
Bélgica 3.465,73 2.295,70 2.490,97 1.287,22
Espanha 3.054,80 307,13 855,72 2.460,74
França 662,14 799,24 828,77 644,74
Itália 511,15 301,11 224,40 142,58
Países Baixos 444,80 291,70 806,67 965,86
Portugal 58.511,34 73.747,83 84.586,78 67.014,20
Rep. Fed. Alemã 389,78 184,89 202,07 422,14
Suécia 9,67 18,37 7,77 0,77
Dinamarca 296,51 259,55 315,08 333,67
2.1.2. Países Não Membros da União Europeia 150,45 152,20 0,34 37,03
Suíça 150,45 152,20 0,34 37,03
2.2. África 26.278,12 40.381,73 43.720,39 32.341,49
2.2.1. Países Membros da SADC 23.155,70 37.006,91 39.707,76 29.504,59
África do Sul 121,03 740,93 367,08 125,72
Angola 23.034,67 36.265,98 39.340,69 29.378,86
2.2.2. Países Membros da CEEAC 2.260,52 2.311,68 3.036,09 2.026,19
Gabão 2.233,31 1.813,02 2.904,52 2.011,16
Camarões 27,21 498,65 131,56 15,03
2.2.3. Países Membros da CEDAO 861,90 1.063,14 976,53 810,72
Nigéria 261,46 837,15 593,46 401,84
Togo 600,45 226,00 383,07 408,88
2.3. Ásia 5.671,30 4.309,26 4.513,62 7.809,54
China 1.432,27 1.893,13 2.935,74 3.601,02
Coreia 339,00 0,00 0,49 85,36
Indonésia 1.480,32 700,42 793,02 525,57
Japão 1.552,58 1.490,37 557,27 2.659,61
Taiwan 766,73 225,33 58,35 34,09
Vietname 20,96 0,00 0,00 28,73
Tailândia 79,45 0,00 168,75 875,16
2.4. América 2.528,16 2.718,35 3.218,04 2.138,74
2.4.1. América do Norte 2.045,22 2.377,40 3.014,53 1.672,88
E. U. América 2.045,22 2.377,40 3.014,53 1.672,88
2.4.2. Outros Países da América 482,93 340,95 203,51 465,87
Bahamas 0,00 0,00 0,00 0,00
Brasil 482,93 340,95 203,51 465,87
2.5. Médio Oriente 1.087,66 850,08 857,22 961,22
Emirados A. U. 1.087,66 850,08 857,22 961,22
2.6. Outros Países 1.999,36 2.028,78 2.000,69 2.387,85
3.SALDO DA BALANÇA COMERCIAL -98.694,21 -121.699,90 -134.363,17 -109.871,28
Balança Comercial Geográfica Anexo 14
Fonte: INE
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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BALANÇA DE PAGAMENTOS Anexo 15
Em milhões de dólares ANO-13 ANO-14 ANO-15
1. Balança Corrente -74,75 -103,69 -78,61
1.1. Balança de Bens -115,76 -127,41 -107,64
Exportações de bens ( f.o.b.) 12,89 17,22 11,31
Mercadorias Gerais 6,95 10,27 9,08
dos quais:Cacau 5,42 9,15 7,90
Reexportações 5,94 6,95 2,23
Importação de bens ( f.o.b.) 128,6 144,63 118,95
Bens de Consumo 52,31 61,72 48,84
dos quais: Bens Alimentares e Bebidas 36,64 42,48 34,31
Bens de Capital 27,89 30,29 27,87
Produtos Pretolíferos 38,21 41,12 31,26
Outras 10,23 11,49 10,98
1.2. Balança de Serviços -11,86 -14,44 1,67
Exportações 36,19 69,94 68,53
Manutenção e Serviços de Reparação 0,00 0,00 0,00
Transporte 0,33 0,17 0,37
Viagens 30,62 56,03 51,96
dos quais:Pessoais 24,87 47,61 46,54
Construção 0,10 0,87 1,56
Serviços de Telecom., de Informática e de Informação 0,70 0,54 1,84
Outros Serviços Empresariais 4,27 11,97 11,40
dos quais:Serviços técnicos relac. com o comércio e outros serviços empres. 3,86 11,97 11,40
Bens e serviços governamentias n.i.e. 0,15 0,35 1,24
Outros Serviços 0,26 1,23 2,97
Importações 48,05 84,38 66,86
Manutenção e Serviços de Reparação 0,04 0,01 0,01
Transporte 20,61 26,01 24,52
dos quais:Fretes 18,83 23,55 19,06
Viagens 1,19 16,51 16,37
Construção 2,97 1,83 3,15
Serviços de Telecom., de Informática e de Informação 0,54 0,32 0,69
Outros Serviços Empresariais 17,08 30,81 12,51
dos quais:Serviços técnicos relac. com o comércio e outros serviços empres. 15,26 29,23 11,80
Bens e serviços governamentias n.i.e. 4,71 7,39 5,07
Outros Serviços 0,90 1,50 9,61
1.3. Rendimento Primário 1,99 6,69 2,85
dos quais:
Remuneração de Trabalho -0,57 0,23 -0,09
Rendimento de Investimento 1,46 5,70 -1,03
Crédito 3,76 10,07 2,61
Juros Externos 3,75 10,07 2,99
Juros Petróleo 0,01 0,00 0,01
Outros rendimentos 0,00 0,00 0,00
Débito 2,30 4,37 3,64
Juros Externos 0,02 1,76 0,81
Juros da dívida programados 2,28 2,42 1,85
Outros rendimentos 0,00 0,19 0,98
1.4. Rendimento Secundário 50,88 31,47 24,51
Transferências Públicas 26,28 8,14 6,37
das quais : Ajuda Alimentar (Japão) 2,86 2,82 1,72
Transferências Privadas 24,60 23,34 18,14
Transferências Pessoais 26,06 25,16 19,63
das quais: Remessas de Emigrantes 26,06 25,16 19,63
Outras Transferências -1,46 -1,82 -1,48
2.Balança de Capital 29,42 29,59 32,10
dos quais:
Donativos p/Projectos Inv. públicos 27,52 28,79 27,32
HIPC 1,89 0,80 4,78
3.Balança Financeira -1,95 16,02 19,5
Investimento Directo -4,87 -23,17 -25,81
Ativos 0,91 3,93 2,65
Participação de Capital e em Fundos de Investimentos 0,32 0,33 0,16
das quais:
JDA 0,28 0,33 0,16
Outros Investimentos 0,00 0,00 0,00
Instrumentos de Dívida 0,59 3,60 2,49
Passivos 5,78 27,10 28,46
Participação de Capital e em Fundos de Investimentos 2,46 17,07 25,29
das quais:
Investimentos das Agências Petrolíferas 1,57 11,05 24,04
Outros Investimentos 0,89 2,02 1,25
Instrumentos de Dívida 3,32 10,03 3,17
Investimento de Carteira -0,47 -0,06 0,30
Ativos -0,32 1,35 0,33
Ações e outras participações 0,00 0,00 0,00
Títulos de dívida -0,32 1,35 0,33
Passivos 0,15 1,40 0,02
Ações e outras participações 0,01 0,00 -0,05
Títulos de dívida 0,14 1,40 0,08
Derivados Financeiros 0,00 0,00 0,00
Outros Investimentos -8,86 36,73 35,08
Ativos 6,92 15,47 41,07
Outras participações de capital 0,00 0,00 0,00
Moedas e Depósitos 7,64 10,61 4,40
Empréstimos -0,71 4,87 36,67
Seguros, Pensão e Sistemas de Garantia Padronizados 0,00 0,00 0,00
Créditos Comerciais e antecipações 0,00 0,00 0,00
Outas contas a receber/pagar 0,00 0,00 0,00
Passivos 15,78 -21,26 5,99
Outras participações de capital 0,00 0,00 0,00
Moedas e Depósitos 1,16 -1,37 -2,49
Empréstimos 14,63 -19,69 8,47
Banco Central 0,52 -1,09 -0,10
Administração Central 2,45 15,50 27,46
dos quais: 0,00
Desembolsos 5,20 17,33 34,55 Reembolsos -3,55 -2,88 -7,15
Sociedades de Depósitos -10,63 -0,72 -0,49
Outros Setores 22,28 -33,38 -18,40
Seguros, Pensão e Sistemas de Garantia Padronizados 0,00 0,00 0,00
Créditos Comerciais e antecipações 0,00 0,00 0,00
Outas contas a receber/pagar 0,00 -0,20 0,01
Activos de Reserva 12,25 2,51 9,96
4.Erros e Omissões líquidos 43,38 90,12 66,05 As principais diferenças entre os registos da 5ª e 6ª edição devem-se essencialmente à:
Mudança de metodologia e maior cobertura de informações
PROVISÓRIO
Fonte: BCSTP
Banco Central de São Tomé e Príncipe Relatório Anual 2015
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