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“A UFPA é uma instituição de renome nacional, a maior da Amazônia” Pós-graduação vai implantar novos cursos Notas da CAPES estimulam a formação de mais programas MARI CHIBA BEIRA DO RIO – Universidade Federal do Pará – Fevereiro, 2008 12 Entrevista A UFPA teve um crescimento ver- tiginoso na área de pós-gradua- ção nos últimos anos que culmi- nou, em 2007, com a avaliação positiva da CAPES quanto aos cursos de Geo- logia, Geoquímica, Direito, Genética e Biologia Molecular, Biologia de Agen- tes Infecciosos e Parasitários, e Desen- volvimento Sustentável do Trópico Úmi- do. Este ano, Castanhal poderá se tor- nar o segundo município do interior a ter um curso de pós-graduação, o mestrado em Ciências Veterinárias. Além deste, também estão previstos os mestrados em Artes e em Arquitetura e Urbanis- mo. Para o nível de doutorado, estão ha- bilitados os cursos de Ciência Animal, Agriculturas Amazônicas, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Matemática e Estatística. Nesta entrevista, o diretor do Departamento de Pós-Graduação, pro- fessor Paulo Sérgio de Sousa Gorayeb, faz uma avaliação desse trabalho. Beira do Rio - Como o senhor ava- lia a pós-graduação na UFPA hoje? Paulo Gorayeb - Tratando-se do stricto sensu o momento atual da UFPA, em termos de pós-graduação, pode ser clas- sificado como muito bom no contexto da região Amazônica. A UFPA consti- tui a maior instituição de ensino e pes- quisa de toda a Amazônia Legal e conta com 39 programas de pós-graduação, sendo 17 cursos de Doutora- do, 37 cursos de Mestrado Acadêmico e 2 cursos de Mestrado Profissional, que co- brem praticamente to- das as áreas do conhe- cimento, e contam com um universo de quase 2.500 alunos matricula- dos. A UFPA é uma ins- tituição de renome nacional, com proje- ção internacional em várias áreas, e po- demos dizer que ela atingiu um patamar invejável, não só considerando a sua ex- pansão, em termos de quantidade de alu- nos de graduação e de pós-graduação, mas também na qualidade de cursos e programas de pós-graduação. Há ain- da carências, não podemos negar, pois existem áreas descobertas, como Ad- ministração, Comunicação, Arquitetura, Artes, Arqueologia, Medicina, Filosofia, Ciências Florestais etc. Entretanto, com- preende-se que, sendo a UFPA uma ins- tituição jovem, fez 50 anos, e sua pri- meira pós-graduação stricto sensu com- pleta 35 anos, temos muito a crescer. Beira do Rio - Em relação a outras universidades do país, como está a pós-graduação na UFPA? Paulo Gorayeb - A UFPA conta hoje com um programa com conceito 6 (Geo-logia e Geoquímica), quatro pro- gramas com o conceito 5 (Direito, Ge- nética e Biologia Molecular, Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários, e Desenvolvimento Sustentável do Tró- pico Úmido), quinze programas com conceito 4 e dezenove com o conceito 3. Configura uma pirâmide que em sua base estão os programas com conceito 3 e 4. Isto segue, grosso modo, o qua- dro nacional, em que a grande maioria dos cursos detém conceitos 3 e 4, res- salvadas as devidas proporções. Assim, comparativamente, a UFPA aproxima- se da Universidade Federal do Paraná. A diferença é que a UFPA está em um momento excepcional e teve cresci- mento exponencial desde 2000, em ter- mos de aprovação de novos cursos junto à CAPES. Por outro lado, consideran- do-se que cerca de 200 docentes en- contram-se em capacitação em progra- mas de doutorado em diversas IES do país ou do exterior, nas mais diversas áreas do conhecimento, e a possibilida- de de novos concursos, abrem-se pers- pectivas de nova expansão no futuro. Na realidade, o que há de diferença, comparativamente, é que a grande mai- oria das outras instituições já tem um elenco mais diversificado de cursos nas áreas de conhecimento. Podemos indi- car algumas de nossas restrições, como por exemplo: na área da Saúde só te- mos os cur- sos de Odon- tologia e Ci- ências Far- macêuticas, que são bem novos, e o Programa de Doenças Tropicais com mestrado e doutorado, e necessi- taríamos expandir para outras especia- lidades, como a Enfermagem, Saúde Coletiva, Nutrição, Medicina, etc.; na área das Ciências Agrárias só temos três cursos; e na área de Letras e Ar- tes apenas um curso. Outra área ca- rente é a das Ciências Sociais Apli- cadas que conta com o Programa de Direito (mestrado e doutorado) e os mestrados em Serviço Social e Economia. Beira do Rio - Quais são as novi- dades para este ano, teremos cur- sos novos? Paulo Gorayeb - A Propesp tem hoje um bom mapeamento das potencialidades para a submissão de novas propostas de cursos de mestrado e doutorado. É im- portante esclarecer que, na estruturação de um novo curso, o ponto fundamental recai sobre o grupo de doutores produti- vos, nas áreas específicas. Em termos de potencialidades para 2008, podemos citar o mestrado em Artes com enfoque em música, artes cênicas e artes visu- ais, cujo projeto já recebeu uma primei- ra avaliação em 2007. Agora estão sen- do feitos os reajustes e adequações para nova submissão. Outro é o mestrado em Medicina Veterinária, este relacionado ao Campus de Castanhal. Está em discussão a estruturação de um mestrado em Arquitetura e Urba- nismo, mas ainda não há uma proposta consolidada. Para o nível de Doutora- do, estão habilitados os cursos de Ci- ência Animal e Educação em Ciências e Matemáticas, cujos projetos estão em elaboração. Também podemos citar Matemática e Estatística, Agriculturas Amazônicas, e Ciência e Tecnologia de Alimentos, mas creio que os grupos aguardarão outro momento para sub- missão. No caso do Programa em Edu- cação em Ciências e Matemáticas, além da possibilidade de um doutorado tradicional, há estudos e intenções para a estruturação de um doutorado mais amplo, em rede, compartilhado com outras IES da Amazônia, num formato multi-institucional. Talvez essa seja uma boa novidade porque, nesse mo- delo se aproveitariam os doutores des- sas instituições e se otimizaria todo o potencial existente na região. Mais à frente, teremos que pensar e induzir a estruturação de mestrados no interior, a exemplo do Programa Biologia Ambiental do Campus de Bragança, que foi o pioneiro e que recentemente aprovou seu Doutorado. Num primei- ro momento a perspectiva seria Marabá e Altamira. Santarém também estaria nesta rota, mas com a aprova- ção da Universidade do Oeste do Pará, ficamos apenas com o compromisso de apoiar estes investimentos e dar o su- porte necessário durante o período de transição. Beira do Rio - A infra-estrutura existente hoje na Universidade é adequada em termos de pós-gra- duação? Paulo Gorayeb - É evidente que para consolidar um programa de pós-gra- duação você tem que ter a base laboratorial disponível e em rotina, além de ambientes de estudo, biblio- tecas e ligação com a rede mundial de computadores. Isto a UFPA tem na grande maioria de seus programas. Um bom suporte laboratorial é funda- mental não só em termos de espaço físico como em termos de bons equi- pamentos de diversos portes e habili- dades. Dependendo da área do conhe- cimento, os laboratórios são impres- cindíveis para a execução das pesqui- sas. Determinadas áreas, como Geociências, Ciências Biológicas, Engenharias e Química já contam com um excelente parque laboratorial. Isto faz com que as pes- quisas sejam desenvolvidas com maior diversidade metodológica e qualidade comparável a de outros centros mais tradicionais de pesqui- sa. Não podemos esquecer que a UFPA devido às parcerias com a Embrapa, UFRA, IEC etc., compar- tilha ensino e pesquisa no âmbito dos programas de pós-graduação e, nes- tes casos, beneficia-se com o uso de toda essa infra-estrutura. Por outro lado, em razão da consolidação de nossos programas de pós-graduação e do aumento do número de douto- res, a UFPA tem conseguido aportar maior volume de recursos nos editais nacionais de infra-estrutura das agências de fomento. Paulo Gorayeb destaca a expansão dos cursos de pós-graduação Raimundo Sena Liberdade para estudar MARI CHIBA O novo Regulamento para ensi- no de graduação - aprovado pelo Con- selho Superior de Ensino e Pesquisa da UFPA - dá mais oportunidades de es- colha para cursos e estudantes sobre o regime de matrícula, forma de avalia- ção e período de estudo. Os estudantes poderão optar ainda por passar temporadas em campi diferentes ou, se quiserem, po- derão até se mudar para outros campi. As disciplinas serão considera- das somente uma das atividades aca- dêmicas. O reitor Alex Fiúza de Mello afirma que o conteúdo é que vai defi- nir as formas de estudos dos alunos. Págs. 6 e 7 Bettina Ferro é referência MARI CHIBA O Centro "Cassiano Sena Nascimento", do Hospital Bettina Ferro, com- pleta um ano. É o único da região Norte a tratar portadores de Mucopolissacaridose (MPS) - doença hereditária que causa diminuição ou au- sência de enzimas importantes para o funcionamento do corpo. Pág. 5 Pesquisa de Mestrado em Ser- viço Social, da professora Nádia So- corro Fialho Nascimento, sugere que riqueza mineral em excesso faz com que a Amazônia seja saqueada violen- tamente com efeito imediato negativo sobre populações tradicionais atingidas por grandes projetos. Pág. 11 Minérios Exploração aprofunda pobreza Clima tem influência no Pará Pág. 9 Ufopa nasce com mais de 10 mil alunos Oeste Pág. 3 Os estudantes vão ter opções variadas para planejar com mais liberdade seus estudos após a adequação dos institutos ao Regulamento Malária Reposição enzimática

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Beira do Rio edição 58

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: Licu

rgo Peixoto d

e Brito; P

ró-reito

ra de

Ex

tensão

: Ney

Cristin

a M

on

teiro d

e Oliv

eira; Pró

-reitor d

e Pesq

uisa e P

ós-g

radu

ação: R

ob

erto D

all´A

gn

ol; P

ró-reito

ra de

Desen

vo

lvim

ento

e Gestão

de P

essoal: S

ibele B

itar C

aeta

no; P

refeito do Cam

pus: Lu

iz Otá

vio

Mo

ta P

ereira. Assesso

ria d

eC

omu

nicação In

stitucion

al JOR

NA

L B

EIR

A D

O R

IO C

oordenação: Lu

ciana M

irand

a Costa; E

dição: Raim

un

do S

ena; R

eporta-gem

: Erick

a Pin

to / Walter P

into / R

aimu

nd

o Sen

a/An

a Cristin

a Trin

dad

e; Fotografia: M

ari Ch

iba / M

anoel N

eto; Produção:

João Lu

iz de F

reitas; Texto: S

ham

ara Fragoso; S

ecretaria: Rob

erto Carvalh

o / Gleison

Fu

rtado; B

eira on-line: Gerson

Neto;

Estagiária G

laciane S

errão; Revisão M

arcelo Brasil (E

ditora Ufpa); A

rte e Diagram

ação: Rose P

epe, Im

pressão: Gráfica U

fpa.

Oano de 2008 se inicia com

boas p

erspectiv

as para a n

ossa

UF

PA

.N

os primeiros m

eses será con-clu

ída a refo

rma d

e tod

os o

s regim

en-

tos internos das unidades acadêmicas,

ag

ora

a

de

qu

ad

os

ao

s m

arc

os

regu

latório

s do

no

vo

Estatu

to e R

egi-

men

to G

eral. No

mesm

o d

iapasão

, onovo R

egulamento da G

raduação, vo-tad

o p

elo C

ON

SU

N em

dezem

bro

úl-

timo, com

eçará a imprim

ir uma inédi-

ta dinâmica aos cursos, induzindo ino-

vaçõ

es curricu

lares, maio

r plan

eja-m

ento

acadêm

ico e av

aliação siste-

mática, co

m co

ntrap

artida d

e inv

esti-m

en

tos

asso

cia

do

s a

o

trab

alh

oco

legiad

o, tu

do

em v

ista da m

elho

riad

a qu

alidad

e da g

radu

ação em

no

ssainstituição.

Den

tre as ob

ras físicas prev

is-tas, to

das já co

m recu

rsos em

pen

ha-

do

s, destacam

-se: a co

nstru

ção d

a no

va red

e de esg

o-

tamen

to san

itário em

tod

o o

camp

us

do

Gu

amá, in

cluíd

a a reform

a e am-

pliação

da estação

de tratam

ento

de

águ

a e dren

agem

plu

vial;

o aterram

ento

e infra-estru

tura d

on

ov

o P

arqu

e Tecn

oló

gico

; a refo

rma d

o ex

-institu

to R

enato

Ch

aves, an

exo

ao H

osp

ital Barro

sB

arreto, q

ue p

assará a servir d

e am-

bulatório ao complexo hospitalar;

a con

clusão

do

préd

io d

a un

idad

e de

on

colo

gia d

o H

UJB

B;

a con

clusão

do

no

vo

préd

io d

o In

sti-tu

to d

e Ciên

cias Juríd

icas e o F

óru

mD

istrital anex

o;

a con

clusão

do

gran

de au

ditó

rio p

ara1

.00

0 lu

gares;-

a con

clusão

da ex

pan

são d

os esta-

cionamentos;

a con

strução

de n

ov

as passarelas em

tod

o o

camp

us p

rofissio

nal;

calçamen

to em

tod

as as prin

cipais

áreas de circu

lação d

o cam

pu

s; a refo

rma d

o p

rédio

da R

ui B

arbo

-sa (an

tiga G

ráfica), qu

e será desti-

na

do

ao

Ce

ntro

de

Me

ria d

aA

mazô

nia;

a con

strução

do

no

vo

préd

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e la-

bo

ratório

s do

Institu

to d

e Ciên

ciasB

ioló

gicas;

a reform

a com

pleta d

o an

tigo

préd

iod

o IC

B;

a con

strução

do

no

vo

préd

io d

aG

eofísica; a refo

rma co

mp

leta do

Atelier d

e Ar-

quitetura,A

lém d

e tantas o

utras q

ue d

o-

tarão a n

ossa C

idad

e Un

iversitária d

em

aior co

nfo

rto, b

eleza, fun

cion

alida-

de e su

stentab

ilidad

e.À

sua v

ez, o R

EU

NI ab

re oan

o co

m co

nstru

ções d

a ord

em d

e1

6 m

ilhõ

es de reais, fav

orecen

do

, ini-

cialmen

te, os cam

pi d

e Cam

etá,C

astanh

al e Altam

ira. So

ma-se a

tud

o isso

a con

tratação d

e 83

do

cen-

tes, só n

o co

rrente an

o, p

ara os cu

r-so

s mais an

tigo

s do

s no

ve cam

pi,

com

pletan

do

-se, então

, a con

stitui-

ção ad

equ

ada d

o co

rpo

de p

rofes-

sores n

essas localid

ades.

Mais d

e 16

0 n

ov

os técn

ico-ad

-m

inistrativ

os (n

íveis m

édio

e sup

eri-o

r) serão in

corp

orad

os, p

or co

ncu

rsop

úb

lico, ao

qu

adro

efetivo

da U

FPA

,saneando-se parte substantiva dos pro-

blem

as ligad

os à falta d

e pesso

al nes-

se setor, acu

mu

lado

s ao lo

ng

o d

as úl-

timas d

écadas.

Na p

ós-g

radu

ação, p

elo m

eno

sm

ais

do

is n

ov

os

pro

gra

ma

s d

em

estrado

e do

is de d

ou

torad

o estão

send

o p

reparad

os p

ara encam

inh

a-m

ento à CA

PE

S, am

pliando-se assim,

aind

a mais, as o

po

rtun

idad

es de fo

r-m

ação em

alto n

ível acad

êmico

emn

osso

Estad

o.

A U

niv

ersidad

e Fed

eral do

Pará se co

nso

lida. O

s histó

ricos fes-

tejos d

os 5

0 an

os ficarão

não

apen

asn

a mem

ória co

mo

marca in

delév

el de

2007, mas com

o fundamento sim

bóli-co

do

s no

vo

s avan

ços q

ue já se an

un

-ciam

no

alvo

recer do

no

vo

ano

.D

o patamar já alcançado, não

podemos m

ais retroceder. O projeto de

uma grande universidade na A

mazônia

deve continuar, pois dele depende, emboa m

edida, o destino das futuras gera-ções em

nossa região. Qualidade aca-

dêmica e relevância social são os prin-

cipais ícones de toda essa utopia. O ano

de 2008 será, certamente, m

ais um pas-

so importante nessa direção.

Gran

des p

rojetos aprofu

nd

am p

obreza

Abundância

de m

inério

s causa

saque vio

lento

das riq

ueza

s da reg

ião

MA

RI C

HIB

A

Min

érios

Walte

r Pin

to

A exploração m

ineral teria efeito n

egativo sobre populações tradicion

ais

Durante pesquisa realizada parao curso de M

estrado em S

ervi-ço S

ocial, a professora Nádia

Socorro F

ialho Nascim

ento acompa-

nhou, na década de 1990, os impactos

sócio-econômicos causados pela im

plan-tação do P

rojeto Caulim

em duas locali-

dades do município de B

arcarena, de-nom

inadas Montanha e C

uruperé. A pro-

fessora testemunhou o processo de ex-

pro

priação

e po

sterior d

esagreg

açãodaquelas com

unidades, integradas porum

a população nativa, ligada por forteslaços de parentesco e religiosidade, pra-tican

tes d

a p

esca, d

a caça

e d

oextrativism

o.A

té a cheg

ada d

as emp

resasresp

on

sáveis p

elo P

rojeto

Cau

lim, as

famílias habitavam

, ancestralmente, as

terras da Montanha e do C

uruperé quese situ

ava às m

argem

do

rio P

ará, de

onde retiravam o alim

ento que consu-m

iam. A

s empresas fecharam

a áreade acesso das fam

ílias ao rio, que emseg

uid

a foram

reman

ejadas p

ara oC

uruperé, área de terra firme, onde ten-

taram iniciar um

projeto agrícola que nãofuncionou por falta de financiam

ento: os

nativos não tinham título da área.

À época, as fam

ílias contavamcom

a assessoria da UF

PA, por m

eiode um

projeto de extensão do curso deS

erviço Social, com

o também

da Co-

missão P

astoral da Terra, que apoiavam

aquela população nas negociações comas em

presas e os órgãos do Estado. O

s

entraves burocráticos foram agravando

ainda mais a situação das fam

ílias, aoponto de elas se verem

forçadas a aban-d

on

ar a região

. Fo

ram p

ara ou

trasáreas, esp

alharam

-se po

r ou

tras co-

mu

nid

ades, sep

araram-se.

"As fam

ílias foram expropriadas

de suas terras para dar lugar ao pro-

Econ

omia cresce, m

as IDH

da p

opu

lação contin

ua b

aixoS

egundo a pesquisadora, em fun-

ção da presença em solo paraense de

uma quantidade anôm

ala de minérios, o

Pará é um

caso emblem

ático desse sa-que à natureza, sendo o segundo E

sta-do m

inerador do país, e o primeiro em

concentração mineral. "O

Estado se des-

taca como aquele de onde saem

as mais

expressivas contribuições à acumulação

capitalista a partir da exploração mine-

ral. Exem

plo disso é o avanço na posi-ção do P

IB paraense, que do 14º lugar

em 1996, passou para o 11º em

2003, evem

crescendo. Em

2006, o Pará teve

a maior taxa de crescim

ento industrialbrasileiro. A

maior parte do nosso P

IBvem

da exploração mineral. A

s outrasativ

idad

es p

rod

utiv

as, co

mo

agropecuária e agricultura, não têm a

dimensão que a m

ineral".A

tese aponta que, ao lado dessaevolução dos indicadores econôm

icosparaenses, o Índice de D

esenvolvimen-

to Hum

ano manteve-se com

o um dos

mais baixos da região N

orte, sendo que,a variável renda cresceu apenas 4,6%entre os anos de 1991 a 2000. "E

ssadistorção ocorre porque o volum

e de ri-queza produzida especialm

ente pela viada exploração dos recursos m

inerais,não é revertida, nem

minim

amente, em

favor da população", assegura.A

professora Nádia F

ialho expli-ca que quanto m

ais ricas e vastas fo-rem

as regiões em recursos naturais,

tanto mais saqueadas serão, o que re-

flete, direta e indiretamente, nas condi-

gresso e, logo em seguida, vítim

asde um

processo de pauperização",observa N

ádia Fialho, professora do

curso de Serviço S

ocial da UF

PA.

"A terra é condição fundam

entalpara a sobrevivência do hom

em do

interior, porque lhe permite a repro-

dução das condições materiais de

existência".D

ecidid

a a enten

der esse

processo em nível m

ais geral, den-tro do contexto da A

mazônia, a pes-

qu

isado

ra desen

vo

lveu

tese de

Do

uto

rado

na U

niv

ersidad

e Fed

e-ral do R

io de Janeiro, concluída em2

00

6, n

a qu

al defen

de q

ue a p

ro-

du

ção d

e riqu

eza, deco

rrente d

ae

xp

lora

çã

o

min

era

l d

o

solo

paraen

se, corresp

on

de à p

rod

ução

da p

ob

reza de su

a po

pu

lação. S

e-g

un

do

a pro

fessora N

ádia F

ialho

,"o

pro

cesso d

e transfo

rmação

das

matérias p

rimas em

mercad

orias

de alto valor no mercado m

undial,v

ia emp

resas mu

ltinacio

nais, n

ãorev

erte em d

ivid

end

os p

ara a po

-p

ulação

do

Estad

o d

o P

ará, mas

pelo

con

trário, resu

lta em ex

pro

-priação, violência, em

pobrecimen-

to e acu

lturação

".

ções de vida de milhares de indivíduos.

No caso dos grandes projetos, a explo-

ração dos recursos naturais produz, alémd

os

efeitos

men

suráv

eis(desm

atamentos, poluição dos rios e la-

gos, descapitalização ecológica, etc.),outros efeitos de m

ensuração mais com

-plexa. A

expulsão do homem

da terratem

contribuído, por exemplo, para a

reconfiguração do espaço urbano naA

mazônia. E

ssa população engrossa afileira dos que sobrevivem

em condições

subumanas, nas áreas periféricas das

grandes capitais, como é o caso das bai-

xadas de Belém

.A

professora Nádia F

ialho des-

taca que os processos desencadeadossobre a A

mazônia, em

função do papelparticular da região em

frente das ne-cessidades históricas da acum

ulação ca-pitalista, têm

contribuído para a produ-ção de expressões da cham

ada "ques-tão

social". D

entre elas, d

estaca am

assiva desigualdade social, expressasno em

pobrecimento de sua população,

e a reincidente agressão à natureza, ex-pressa nos desm

atamentos, nas queim

a-das e na poluição dos rios.

Outras expressões decorrentes

das "questões sociais" são: o recorde deviolência na área rural, em

decorrênciados inúm

eros conflitos pela posse da terra;

o explosivo adensamento populacional

dos centros urbanos, sem que um

a cor-respondente infra-estrutura de bens eserviços fosse instalada; a perm

anenteam

eaça aos grupos indígenas e às co-m

un

idad

es tradicio

nais em

geral; a

biopirataria, que atualiza o saque coloni-al à b

iod

iversid

ade am

azôn

ica; onarcotráfico que, na ausência do poderpúblico, prolifera, inclusive com

o alter-nativa econôm

ica à pequena produçãoagrícola; a crescente prostituição infanto-juvenil e adulta; a crim

inosa presença dotrabalho escravo e do trabalho infantil, deque a A

mazônia, e, especialm

ente, o Esta-

do do Pará, são cam

peões.

Assisten

tes socia

is discu

tem q

uestã

oR

ecentem

ente, o

curso

de

Serv

iço S

ocial d

a UF

PA, p

or m

eioda su

a Câm

ara de E

nsin

o, co

ord

e-nad

a pela p

rofesso

ra Joan

a Valen

-te, p

rom

oveu

um

semin

ário p

arase

us

pro

fesso

res

sob

re

acentralidade da "questão social" nopro

jeto p

edag

ógico

do cu

rso.

A p

roposta d

o sem

inário

foi

apro

fundar o

deb

ate em to

rno d

a"questão social" na A

mazônia, levan-

do-se em consideração que o profis-

sional d

e Serv

iço S

ocial atu

a nas

expressões desta questão, formulan-

do e implem

entando propostas paraseu enfrentam

ento, por meio de po-

líticas sociais públicas, empresariais, de

organizações da sociedade civil e de mo-

vimentos sociais.

Para N

ádia Fialho, o debate da

temática é im

portante também

pela di-vergência que suscita: para uns há um

anova questão social, enquanto para ou-tros, o que é novo são as expressõesdela, dadas pelo estágio particular do ca-pitalism

o dos monopólios. E

la destacoutam

bém que a cham

ada "questão soci-al" é em

pregada com aspas para indi-

car a mistificação do term

o, utilizado deform

a indistinta, servindo inclusive paraescam

otear a relação fundamental que

expressa: a exploração do trabalho pelo

capital.O evento contou com

a parti-cip

ação d

e pro

fessores d

as univ

er-sid

ades d

o M

aranhão

e do A

mazo

-nas, e serv

iu tam

bém

para q

ue p

es-quisadores apresentassem

seus pro-gram

as e linhas de pesquisa em de-

senvolvimento no contexto da A

ma-

zônia.O

seminário buscou desenvol-

ver a articu

lação d

e gru

pos d

e pes-

quisa sobre as expressões decorren-tes d

ela. Nád

ia Fialh

o acred

ita que

foi um passo im

portante para a arti-cu

lação, n

o fu

turo

, de u

ma red

e de

pesquisas interinstitucionais em S

er-viço S

ocial na Am

azônia.

Em

19

17

, Mo

nteiro

Lo

bato

(1882-1948) publicou Paranóia

ou

Mistificação

, a famo

sa crí-tica d

esfavo

rável à ex

po

sição d

e pin

-tu

ra de A

nita M

afaltti (18

89

-19

64

),q

ue serv

iria com

o esto

pim

para a cri-

ação d

a Sem

ana d

e Arte M

od

erna

de 1

92

2. M

uito

s passaram

a ver

Lo

ba

to

co

mo

re

ac

ion

ário

e

antim

od

erno

. A im

pressão

seria des-

feita mu

ito tem

po

dep

ois. L

ob

ato cri-

ticava, d

e fato, o

imp

ortad

o e tu

do

aq

uilo

q

ue

e

le

ch

am

av

a

de

"colo

nialism

o". O

van

gu

ardism

o fu

-tu

rista ou

cub

ista abraçad

o p

elos p

in-

tores m

od

ernistas era p

or ele v

istoco

mo

sinto

ma d

e sub

missão

cultu

ral,d

emo

nstran

do

o m

esmo

parad

ox

o d

aim

po

rtação d

os cân

on

es da civ

iliza-ção

euro

péia, q

ue to

das alm

ejavam

com

bater. N

o en

tremeio

dessas d

is-p

utas, L

ob

ato co

meço

u a p

rojetar su

ao

bra d

e maio

r sucesso

- O sítio

do

pica-p

au am

arelo, v

ertido

em p

rosa,

sica e imag

em d

e televisão

, no

ltimo

s no

ven

ta ano

s.A

história começou a vir a pú-

blico em 1920, com

a publicação de AM

enina do Narizinho A

rrebitado, quenarra a vida de L

ucia Encerrabodes de

Oliveira, neta de D

. Benta, e futura es-

posa do Príncipe E

scamado, herdeiro

do trono do Reino das Á

guas Claras.

Aí com

eça a longa viagem de

Monteiro L

obato pelo folclore nacio-nal, na criação de um

a nobreza que re-presentasse os sonhos infantis das cri-anças brasileiras. L

obato recria pas-sagens de viajantes estrangeiros com

oH

ans Staden (1525-1579) e Jean de

Lery (1534-1611) pelo sudeste do B

ra-sil em

encontro com os costum

es indí-genas do passado, m

isturadas com per-

son

agen

s tradicio

nais d

o leg

end

áriopátrio, com

o o Saci, a C

uca e a Mula-

sem-cabeça. E

sse caminho de criação

literária e de crítica à importação de

idéias escondia uma história m

uito in-

teressante e que tem a ver com

a vin-da da fam

ília real portuguesa para oB

rasil em 1

80

8, co

mem

orad

a ago

racom

pompa e circunstância, a desagra-

dar o fantasma de M

onteiro Lobato. A

questão é que nosso escritor aprovei-tou a sim

ilitude de nomes e persona-

gens para satirizar a monarquia im

pe-rial brasileira e o costum

e carioca devalorizar seu passado de C

orte.O

nex

o u

tilizado

foi a p

resença

de D

. Carlo

ta Joaq

uin

a (17

75

-18

30

),in

fanta d

e Esp

anh

a, prin

cesa do

Bra-

sil e rainh

a de P

ortu

gal, p

or seu

casa-m

ento

com

D. Jo

ão V

I (17

67

-18

26

).N

as intrig

as da C

orte, M

on

teiroL

ob

ato reco

nh

eceu n

o cam

areiro d

opríncipe-regente um

a espécie de alter-eg

o, u

m tal M

athias A

nto

nio

Lo

bato

,q

ue m

ais tarde fico

u co

nh

ecido

com

oO

Fav

orito

, po

r delatar o

s plan

os d

ap

rincesa em

tirar-lhe o

go

vern

o,

pren

dê-lo

e torn

á-lo in

capaz d

e gerir

os n

egó

cios p

úb

licos d

a nação

.

Para m

elho

rar a sátira mo

der-

nista, u

m co

nd

e estava en

vo

lvid

o n

atra

ma

d

e

D.

Ca

rlota

, o

C

on

de

Sabugosa, transform

ado por Monteiro

Lobato em

Visconde de S

abugosa, umb

on

eco feito

de sab

ug

o d

e milh

o, u

msáb

io d

e cartola. O

interessan

te é qu

eele é sem

pre esco

lhid

o p

or P

edrin

ho

para fazer as co

isas mais p

erigo

sas,pelo sim

ples fato de ser "consertável",se estrag

asse ou

mach

ucasse. F

oi as-

sim que M

onteiro Lobato sonhou com

um

a preta v

elha, p

or n

om

e Nastácia,

capaz d

e remen

dar b

on

ecas marq

ue-

sas e visco

nd

es de m

ilho

, a mo

ldar a

verd

adeira e leg

ítima C

orte Im

perial

do Brasil, habitante de um

sítio, sonhop

aradisíaco

de g

erações d

e crianças.

Um

a histó

ria mu

ito d

iversa d

essa qu

eh

oje se p

retend

e com

emo

rar - aind

ad

e gran

des h

om

ens, d

e gran

des fato

s,d

e gran

des p

erson

agen

s qu

e não

ca-b

em n

o so

nh

o d

e nen

hu

ma crian

ça,q

uiçá n

um

pesad

elo.

Page 3: Beira 58

Parceria

CO

MO

VA

,F

AS

E e U

FP

A BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 10

Plan

os diretores p

articipativos n

a Am

azônia

BR

EV

IAR

IUM

- Para R

efletir com P

e. An

tônio V

ieira - Am

arilis Tu

piassu

.

UR

NC

IAS

EM

EN

DO

CR

INO

LO

GIA

E M

ET

AB

OL

ISM

O - D

iagnóstico, tratam

ento em

criança, n

o adu

ltoe n

a gestante - João F

elício.

VE

LH

ICE

CID

AD

à - U

m P

rocesso em C

onstru

ção - Helian

a Bah

ia Evelin

(OR

G).

PL

AN

OS

DIR

ET

OR

ES

PA

RT

ICIPA

TIV

OS

- Exp

eriência A

mazôn

ica - An

a Cláu

dia C

ardoso e G

uilh

erme

Carvalh

o (OR

G).

LE

RP

aixão de L

ER

Livraria do C

ampu

s: Ru

a Au

gusto C

orrêa, nº1, C

ampu

s Un

iversitário do Gu

amá

Telefa

x (9

1) 3

20

1-7

96

5 - F

on

e (91

) 32

01

-79

11. L

ivraria

da

Pra

ça:

Institu

to de Ciên

cias da Arte da U

FP

AP

raça

da

Rep

úb

lica s/n

- Fo

ne (9

1) 3

24

1-8

36

9

PR

ÓX

IMO

S L

AN

ÇA

ME

NT

OS

Laïs

Zu

mero

Trata-se d

e um

pro

du

to d

o p

rojeto

Peq

uen

as e Méd

ias Cid

ades na A

mazônia, desenvolvido

no

âmb

ito d

o O

bserv

atório

de P

olíti-

cas Pú

blicas, C

on

hecim

ento

e Mo

vi-

mentos S

ociais na Am

azônia - CO

MO

-V

A, p

or m

eio d

e um

a parceria en

tre aFA

SE

Am

azôn

ia e a UF

PA, fin

ancia-

do

pela F

un

dação

Fo

rd.

As pesquisas realizadas nos três

ano

s do

pro

jeto ab

ord

aram: a) as rela-

ções en

tre as dim

ensõ

es urb

ana e ru

-ral o

bserv

adas n

a Am

azôn

ia Orien

tal,que resultaram

em cinco artigos publi-

cado

s em u

ma co

letânea d

eno

min

ada

"O R

ural e o

Urb

ano

na A

mazô

nia -

diferentes olhares em perspectivas"; b)

atividades de capacitação de movim

en-to

s sociais em

Altam

ira, Marab

á eS

antarém

no

deco

rrer de 2

00

6, co

m o

ob

jetivo

de q

ualificar a d

iscussão

so-

bre a refo

rma u

rban

a e os p

rocesso

sd

e elabo

ração d

e plan

os d

iretores

pa

rticip

ativ

os

no

s m

un

icíp

ios

paraen

ses; c) pro

jetod

emo

nstrativ

o d

e de-

senvolvimento do pla-

no diretor participativod

e Belterra; e d

) re-g

istro d

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eriências

sob

re plan

os d

iretores

particip

ativo

s desen

-v

olv

ido

s po

r un

iversi-

dad

es e ON

Gs em

di-

ferentes E

stado

s da A

mazô

nia, o

bjeto

do

livro

ora em

qu

estão, d

esenv

olv

i-d

as em aten

dim

ento

à Lei F

ederal n

o10.257/2001, que estabelece que todosos m

unicípios com m

ais de 20.000 ha-b

itantes d

evem

po

ssuir u

m P

lano

Di-

retor P

articipativ

o.

A in

iciativa d

e pu

blicar este li-

vro

dev

e-se ao d

iferencial q

ue as ex

-p

eriências citad

as apresen

taram n

aco

nd

ução

do

pro

cesso d

e elabo

raçãoparticipativa dos planos diretores, pau-tad

os n

a com

preen

são d

as realidad

es

do

s mu

nicíp

ios em

qu

estão, n

a iden

-tificação de dificuldades e potencialidades,e no desenvolvim

ento de políticas e instru-m

entos adequados para cada caso. A partir

dos relatos ap

resentad

os, p

ercebe-se

a riqu

eza e div

ersidad

e socio

cultu

rald

a Am

azôn

ia: no

Baix

o T

ocan

tins

qu

estões eco

micas são

evid

encia-

das p

ela pred

om

inân

cia de áreas d

ev

árzea, deco

rrentes d

o iso

lamen

to ao

qu

al a região

foi su

bm

etida ap

ós o

represam

ento

do

rio T

ocan

tins q

ue-

brad

o p

ela recente p

avim

entação

de

estradas; em

Belterra o

entu

siasmo

da p

op

ulação

em co

nstru

ir um

pro

-c

esse

pa

rticip

ativ

o re

sulto

u e

mp

remiaçõ

es e con

strução

de p

arceri-as im

po

rtantes p

ara a gestão

futu

rado m

unicípio; em L

aranjal do Jari ob-serv

a-se o p

apel d

a un

iversid

ade p

ú-

blica m

edian

do

as relações en

tre om

un

icíp

io

imp

ac

tad

o

soc

ial

eam

bientalmente e as em

presas envol-v

idas em

gran

des p

rojeto

s de ex

plo

-ração

min

eral; em S

amp

aio d

estaca-s

ea vulnerabilidade dos pe-q

uen

os m

un

icípio

s aos

pro

cessos d

e po

larizaçãoem

curso

no

s seu en

tor-

no

; em S

ão G

abriel d

aC

acho

eira destaca-se a

pred

om

inân

cia de p

op

u-

laç

õe

s ind

íge

na

s e o

enfrentamento de dificul-

dades, tais como o dom

í-nio restrito da língua por-

tug

uesa e a in

adeq

uação

do

s meca-

nismos de regularização fundiária dis-

po

nív

eis no

país p

ara aqu

ela realida-

de; em

Xin

gu

ara são d

estacadas as

con

tradiçõ

es entre ex

pectativ

as de

form

ulaçõ

es coletiv

as para a g

estãodem

ocrática de municípios novos e as

pressõ

es deco

rrentes d

o p

od

er eco-

mico

das em

presas m

inerad

oras, e

de o

utro

s atores eco

mico

s.A

parceria en

tre a Fed

eraçãod

e Órg

ãos p

ara Assistên

cia So

ciale E

du

cacion

al/FA

SE

; o O

bserv

ató-

rio d

e Po

líticas Pú

blicas, C

on

heci-

men

to e M

ov

imen

to S

ocial n

a Am

a-zô

nia/C

OM

OV

A e a U

niv

ersidad

eF

ederal d

o P

ará perm

itiu q

ue se

disp

on

ibilizasse p

ara a com

un

idad

eesta o

bra d

e tanta relev

ância so

ciale eco

mica e p

rocu

rou

con

tribu

ird

e form

a sign

ificativa ab

ord

and

o o

tema d

a Refo

rma U

rban

a dian

te da

rea

lida

de

da

reg

ião

am

az

ôn

ica

,b

em co

mo

apo

ntan

do

as po

ssibili-

da

de

s de

õe

s inte

gra

da

s en

tred

iferentes esferas d

e atuação

, en-

tre diferen

tes entes fed

erado

s e entre

pro

fission

ais de d

iverso

s camp

os d

is-cip

linares, co

nfig

urad

as a partir d

eu

ma realid

ade ím

par. E

ste livro

, so-

bretu

do

, vem

enriq

uecer a d

iscussão

e a troca d

e exp

eriências n

a região

,a

lém

d

e

bu

sca

r m

ec

an

ismo

sparticipativos para o fortalecim

ento daatu

ação m

un

icipal. R

etrata, po

is, aco

nstru

ção d

e um

pro

cesso q

ue v

isaà garantia da identidade regional, combase nos princípios propostos pelo E

s-tatu

to d

a Cid

ade.

Pla

no

s Direto

res Pa

rticipa

tivos - E

xp

eriência

s Am

azô

nica

s, org

an

izad

o p

or

An

a C

láu

dia

Ca

rdo

so e G

uilh

erme C

arva

lho

, aca

bo

u d

e sair d

o p

relo e será

lan

çad

o a

ind

a n

o in

ício d

este an

o.

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 3

Ufop

a já nasce com

mais d

e 10 mil alu

nos

A terceira

un

iversida

de fed

eral n

o E

stad

o va

i surg

ir em S

an

tarém

Oeste

Instalad

o em 1970, N

úcleo d

e Ed

ucação

foi pion

eiro no en

sino su

perior n

a regiãoA

região

Oeste d

o P

ará ocu

pa

um

a exten

sa área com

60

2.5

73

km

²,o equivalente a 48%

do território doE

stado

. Seg

un

do

o C

enso

de 2

00

4,

os 19 municípios que a integram

, pos-suem

em torno de 1 m

ilhão de habi-tan

tes. A p

resença d

a UF

PA

na

regiãodata de 1970, com a criação do

cleo d

e Ed

ucação

da U

FPA

emS

antarém

, un

idad

e respo

nsáv

el pela

implantação de um

pioneiro curso delicen

ciatura d

e prim

eiro g

rau.

A p

artir de 1

98

3, a ch

amad

alicenciatura curta foi substituída pelocu

rso d

e licenciatu

ra plen

a em p

eda-

go

gia. A

s aulas eram

realizadas n

aE

scola Municipal E

veraldo de Souza

Martins, prédio cedido pela prefeitu-

ra de S

antarém

na ad

min

istração d

op

refeito R

on

an L

iberal.

Em

1986, o então reitor JoséS

eixas Lourenço recebeu docum

ento,assinado por vereadores, com

ercian-tes e profissionais liberais do O

este doP

ará, no

qu

al reivin

dicav

am q

ue o

camp

us av

ançad

o d

a Un

iversid

ade

Fed

eral d

e S

anta

Catarin

a em

Santarém

passasse para a administra-

ção da UF

PA. O

s signatários justifica-vam

a reivindicação por entender queesta instituição estava com

prometida

com o desenvolvim

ento da região se-gundo as suas reais necessidades. E

mabril de 1986, o cam

pus de Santarém

foi encampado pela U

FPA

.

Ma

rlene E

scher: crescim

ento

No ano de 1987, a universidade

implantou o P

rojeto de Interiorização,através do qual criou cinco novos cur-so

s de licen

ciatura n

o cam

pu

s de

Santarém

, todos em regim

e intervalar.O

município se transform

ou em pólo

regio

nal, receb

end

o estu

dan

tes de to

-dos os dem

ais municípios do O

este doP

ará. Em

19

90

, o C

on

sepe (C

on

selho

Superior de E

nsino, Pesquisa e E

xten-são

) da U

FPA

apro

vo

u a alo

cação d

ev

agas p

ara con

tratação d

e pro

fesso-

res do

camp

us d

e Belém

para o

de

Santarém

, com finalidade de im

plan-tar u

m cu

rso p

erman

ente d

e Ped

ago

-gia. O

primeiro vestibular para um

curso

em reg

ime p

erman

ente n

ocam

pu

s foi realizad

o n

o an

o seg

uin

te.N

o início de 1993, o ME

C autorizou a

UF

PA a am

pliar seu

qu

adro

de p

esso-

al do

cente. V

agas alo

cadas n

o in

terior

permitiram

a criação de três novos cur-

sos p

erman

entes n

o cam

pu

s de

San

tarém p

ara curso

s perm

anen

-tes e três a d

istância em

San

tarém,

três interv

alares em Itaitu

ba, d

ois

inte

rva

lare

s e

m

Cu

ruá

, d

ois

inte

rva

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s em

Ób

ido

s e u

min

tervalar em

Alen

qu

er. Há ain

da

curso

s oferecid

os em

Orix

imin

á,m

as diretamente ligados à "C

idadeU

niv

ersitária Pro

fessor Jo

sé da

Silveira N

eto" (campus do G

uamá),

em B

elém.

SO

NH

OS

- O prim

eiro coordena-dor do cam

pus de Santarém

, Aldo

Qu

eiroz, o

bserv

a qu

e qu

and

o a

UF

PA fo

i criada, h

á 50

ano

s, tinh

am

eno

s da m

etade d

os alu

no

s qu

etem

hoje e, provavelmente, nenhum

pro

fessor co

m títu

lo d

e do

uto

r. "An

ov

a un

iversid

ade q

ue n

asce vai

iniciar suas atividades com m

ais de8

0%

do

qu

ad

ro d

oc

en

te c

om

mestrad

o e d

ou

torad

o", ressalta.

Co

m a ex

periên

cia de q

uem

parti-

cipa do trabalho desenvolvido pelaU

FP

A n

o O

este do

Pará, A

ldo

Qu

eiroz p

od

e afirmar, sem

med

ode errar, que "nenhum

a outra insti-tuição fez tanto pelo interior do P

aráco

mo

a Un

iversid

ade está fazen

do

ao lo

ng

o d

os ú

ltimo

s vin

te ano

s.S

ua ação

está criand

o o

po

rtun

ida-

de p

ara mais e m

ais pesso

as viv

e-rem

com m

ais dignidade".

LU

RD

INH

A R

OD

RIG

UE

S

cluída em quatro anos. O

empreendi-

mento terá investim

entos federais deR

$ 124 milhões. O

projeto autoriza acriação de 43 novos cursos de gradua-ção. S

egundo projeção do ministro, a

Universidade F

ederal do Oeste do P

arápoderá registrar, até 2012, um

número

superior a 10 mil alunos m

atriculados.O

ministro destacou a relevân-

cia da futura Universidade para a re-

gião: "compreendem

os que, diante dadim

ensão do território paraense, era ne-cessário criar um

a nova universidadefederal no P

ará, com autonom

ia finan-ceira e adm

inistrativa, para atender àrealidade do O

este do Estado". A

go-vernadora A

na Júlia Carepa considera

a Universidade com

o estratégica parao desenvolvim

ento sócio-econômico da

região e de todo o Pará, na m

edida emque cursos voltados à realidade regio-nal form

arão profissionais qualificadospara o atendim

ento das demandas so-

ciais, econômicas e am

bientais do Oes-

te paraense.

PA

C - P

ara o reitor da UF

PA, A

lexF

iúza de Mello, a criação da U

fopa fazparte de um

processo de integração da

GIU

LIO

VO

LA

NT

E

O ca

mp

us d

a U

FP

A d

e Sa

nta

rém sed

iará

a n

ova

Un

iversida

de

Projeto de L

ei assinado pelo presi-dente L

ula, no dia 12 de dezem-

bro passado, inaugura um novo pe-

ríodo na história do ensino superior nam

esorregião do Baixo A

mazonas. O

pro-jeto cria a U

niversidade Federal do O

es-te do P

ará, a Ufopa, um

a universidadepública e gratuita própria da região, comsede em

Santarém

e área de abrangênciaem

19 municípios. Já em

tramitação no

Congresso N

acional, o projeto poderá seraprovado ainda no prim

eiro semestre

deste ano.A

terceira Universidade F

ederalcriada no P

ará encampará o cam

pus daU

FPA

em S

antarém, além

dos campi de

Orixim

iná, Itaituba e Monte A

legre, aserem

criados, e o núcleo de Óbidos.

Todos os cursos de graduação e pós-gra-

duação, assim com

o os quadros de do-centes e de funcionários técnico-adm

i-nistrativos dos cam

pi da UF

PA e da U

fraem

Santarém

, passam para a órbita da

nova instituição. Durante a solenidade de

assinatura do projeto de lei, o ministro da

Educação, F

ernando Hadad, disse que a

nova universidade estará totalmente con-

região ao Estado. E

le ressalta que, porm

eio de uma universidade própria, de

um hospital regional dinam

izado e comos serviços públicos com

eçando a fun-cionar, o E

stado passa a estar mais pre-

sente no Oeste paraense. "E

stas são ins-tituições im

portantes e fundamentais

para o desenvolvimento regional", afir-

ma o reitor, para quem

a criação da

nova universidade é mais im

portante quetodas as obras do PA

C no P

ará. Segun-

do

a coo

rden

ado

ra do

Cam

pu

s da

UF

PA em

Santarém

, Marlene E

scher,a criação da U

fopa pressupõe o cresci-m

ento e o desenvolvimento da região,

viabilizados pelo conhecimento gerado

em diferentes cam

pos do saber para am

elhoria da qualidade de vida local.

Walte

r Pin

to

Reitor ressaltatrab

alho d

ead

min

istraçõesC

omo observou a governado-

ra Ana Júlia C

arepa, durante a soleni-dade de assinatura no P

alácio do Pla-

nalto, o projeto de criação da Ufopa é

resultante de um esforço conjunto,

com participação da sociedade, da

Universidade F

ederal do Pará, de par-

lamentares e dos governos estadual e

federal. No âm

bito da UF

PA, a gestão

atual reconhece o empenho desenvol-

vido pelos demais reitores desde a ori-

gem da instituição. "E

ste é um traba-

lho de longo prazo. Há várias gestões,

a universidade está presente no inte-rior. T

rata-se de um trabalho realizado

em cadeia. O

amadurecim

ento produ-ziu um

resultado que é a soma do tra-

balho de todas as administrações",

enfatiza Alex F

iuza de Mello.

O reitor observa que de um

campus avançado da U

FPA

nasceu aU

niversidade Federal do A

mapá. O

trabalho de extensão desenvolvidop

ela Un

iversid

ade em

Ro

raima e

Rondônia contribuiu para a im

planta-ção das federais daqueles E

stados.A

gora, do campus em

Santarém

nas-ce a U

niversidade Federal do O

estedo P

ará. "É m

uito gratificante olharpara a história da U

FPA

e perceberessa ex

periên

cia qu

e é rara, senão

única em todo o país", afirm

a. Para ele,

a criação da Ufopa é um

a prova daopção da U

niversidade Federal do

Pará pela sociedade paraense, ao pon-

to da instituição trabalhar para tornarautônom

o um filho dela própria. "Isto

significa comprom

isso social com o

Pará", concluiu.

Page 4: Beira 58

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 4

Gep

em m

onitora L

ei Maria d

a Pen

ha

DIV

UL

GA

ÇÃ

O

Grupo vai integrar consórcio de instituições e ongs que form

arão Observatório

Mu

lheres

Cris

tina T

rind

ad

e

Dia

da

Mu

lher d

e 20

06

foi o

po

rtun

ida

de p

ara

ap

rofu

nd

ar o

s deb

ates so

bre a

Lei M

aria

da

Pen

ha

Integ

ran

tes do

Gep

em, lid

erad

o p

ela p

rofesso

ra L

uzia

Mira

nd

a

A atuação do G

epem enquanto

parceiro do Observatório da L

ei Maria

da Penha abrangerá toda a região N

or-te. O

monitoram

ento da implantação da

lei embora incluído na linha de pesquisa

Gênero, S

aúde e Violência terá o apoio

dos demais m

embros das quatro linhas

desse grupo de pesquisa. As atividades

serão iniciadas por meio de um

levanta-m

ento estadual do que está acontecen-do nas D

elegacias de Mulheres, verifi-

cando quais são os recursos existentes,o núm

ero e os tipos de ocorrências deviolências contra as m

ulheres. O traba-

lho começa em

Belém

para depois avan-çar para o resto do E

stado. Posterior-

mente, será desenvolvido um

trabalhointegrado com

os grupos de estudo degênero das universid ades e com

os mo-

vimentos de m

ulheres dos outros esta-

O G

rupo de Estudos e P

esquisas"E

neida de Moraes” sobre M

ulher e G

ênero (Gepem

), do Ins-tituto de F

ilosofia e Ciências H

umanas

da Universidade F

ederal do Pará, vai

integrar o consórcio de instituições aca-dêm

icas e organizações não governa-m

entais que deverão atuar na constru-ção e im

plementação do O

bservatóriopara o m

onitoramento da aplicação da

Lei 11.340, m

ais conhecida como L

eiM

aria da Penha.

A inclusão do G

epem no projeto

pro

po

sto p

elo N

úcleo

de E

stud

os

Interdisciplinares sobre a Mulher da

Universidade F

ederal da Bahia (N

EIM

/U

FB

A) à S

ecretaria Especial de P

olíti-cas para as M

ulheres considera os 14anos de atividades desenvolvidas pelogrupo em

torno de cinco linhas de pes-quisa: m

ulher e participação política;m

ulher, relações de trabalho, meio am

-biente e desenvolvim

ento; gênero, iden-tidade e cultura; gênero, arte e literatu-ra; e gênero, saúde e violência. “É

umprojeto am

plo, desenvolvido em nível

nacional e estamos incluídos nessa pro-

posta por meio da linha de pesquisa gê-

nero, saúde e violência" informa a ci-

entista política Maria L

uzia Miranda Á

l-vares, coordenadora do grupo.

A L

ei Maria da P

enha foi sanci-onada em

agosto de 2006 pelo Presi-

dente da República. É

considerada como

fruto de uma articulação bem

sucedidaentre organizações fem

inistas, Secreta-

ria Especial de D

ireitos para as Mulhe-

res e o p

od

er legislativ

o fed

eral. ON

EIM

/UF

BA

está à frente da coorde-nação nacional para criação desse O

b-servatório que reúne, sob a form

a deconsórcio, oito instituições acadêm

icase O

NG

s reconhecidas nas cinco regi-ões brasileiras pela experiência com

apesquisa e m

obilização social e acom-

panhamento de políticas públicas de gê-

nero e de enfrentamento de violência.

dos da região Norte.

"Para avaliarm

os como está se

dando a aplicação da Lei precisam

ossaber com

o está o encaminham

ento dosprocessos, porque este tam

bém é um

elemento im

portante de avaliação e dem

onitoramento, já que a m

ulher podeaté denunciar, m

as o processo pode nãoter andam

ento, não ser deferido favo-rável à vitim

a. Com

o conhecimento

detalhado da situação teremos possibili-

dades de sermos m

ais vigilantes no an-dam

ento do processo e nos resultadose na própria aplicação da lei" esclareceL

uzia.Para en

frentar o

s desafio

s de

monitorar a aplicação da L

ei Maria da

Penha num

estado com as peculiarida-

des geográficas do Pará, a coordena-

ção do Gepem

está discutindo com a

coordenação nacional do Observatório,

a alocação diferenciada de recursos, vis-to que nem

todos os municípios têm

de-legacias de m

ulheres. "Em

muitas loca-

lidades o trabalho terá que ser in loco,porque se, em

Abaetetuba, próxim

o àcapital, acontece o que aconteceu im

a-gine em

localidades mais distantes. O

acesso ao interior deve ser subsidiado"inform

a Luzia Á

lvares.

ES

TU

DO

S - A

un

ião d

e estud

ioso

sparaenses sobre os problem

as da con-dição fem

inina propiciou a criação doG

rupo de Estudos e P

esquisas "Eneida

de Moraes” sobre M

ulher e Gênero, em

agosto de 1994. As pesquisadoras da

Universidade F

ederal do Pará decidiram

se aglutinar para manter um

intercâm-

bio de informações sobre a tem

áticaespecífica, procurando cham

ar outrasestudiosas da U

niversidade Estadual do

Pará (U

EPA

) e do Museu E

milio G

oeldique tinham

o mesm

o interesse.A

proposta do grupo é estimular o de-

senvolvimento de pesquisas e estudos

sob

re essa temática n

o âm

bito

da

UF

PA e dem

ais centros universitários.A

tualmente são 23 pesquisadoras as-

sociadas e cada linha tem um

a coorde-n

ação.O

Gepem

foi criado e sobrevivepor m

eio das pesquisas que identificam,

estudam e escrevem

a realidade sociala partir da tem

ática mulher. T

em um

aparticipação ativa no sentido de ser umm

ultiplicador do acúmulo de inform

açõessobre as questão estudadas, cada qualenfocando inúm

eras situações. O avan-

ço desses estudos tem contribuído para

incluir temas com

o masculinidade, até

bem

recentem

ente u

ma q

uestão

não

visualizada.

mero d

e vítimas está sen

do levan

tado

O trabalho que deve ser desenvolvido

num período de 24 m

eses já começou.

Num

a reunião ocorrida em S

alvador, osconsorciados discutiram

os indicadoressociais que devem

ser empregados para

identificar a situação da violência con-tra a m

ulher. Decidiu-se então que cada

consorciado levantaria seus próprios in-dicadores para verificar depois, os indi-cadores com

uns às cinco regiões parafacilitar o trabalho. A

coordenadora lo-cal do O

bservatório é a pesquisadorado G

epem, M

ônica Prates C

onrado, doP

rograma de P

ós-Graduação em

Ciên-

cias Sociais.

"A L

ei Maria da P

enhain

stitui u

ma p

olítica n

acion

al de

enfrentamento da violência dom

ésticae fam

iliar contra as mulheres. E

la sinte-tiza toda um

a situação que antes era vis-ta em

leis específicas, reformulando

medidas legais e procedim

entais da áreajurídica de form

a mais efetiva", esclare-

ce Luzia.

Clim

a influ

encia in

cidên

cia de m

aláriaE

studo mostra a relação da doença com

eventos climáticos nos oceanos

MA

RI C

HIB

A

An

dressa

Ta

vares P

aren

te alerta

qu

e a m

alá

ria n

ão

está co

ntro

lad

a

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 9

Meio A

mb

iente

Cris

tina T

rind

ad

e

A dissertação de m

estrado "Inci- d

ência d

e malária n

o E

stado

do

Pará e su

as relações co

ma variabilidade clim

ática regional" foidefendida no final do ano passado pelaen

fermeira A

nd

ressa Tav

ares Paren

-te. E

la fez um

a análise d

e um

a séried

e 35

ano

s de d

ado

s anu

ais (19

70

-2

00

5) e 1

4 an

os d

e dad

os m

ensais

(1992-2005) da Secretaria de E

stadod

e Saú

de (S

espa) referen

tes a qu

atrod

iferentes reg

iões d

o P

ará. As in

for-

maçõ

es foram

com

parad

as com

os

dad

os d

e precip

itação p

luv

iom

étricaobtidos na A

gência Nacional de Á

guas(A

NA

), no

Institu

to N

acion

al de

Meteorologia (Inm

et) e por meio do

GrA

DS

, um program

a computacional

de p

revisão

e mo

nito

ramen

to d

e chu

-v

a na A

mazô

nia.

A v

ariabilid

ade d

a chu

va n

aA

ma

nia

d

ep

en

de

d

e

alg

um

as

forçan

tes climáticas. U

m d

iagn

óstico

mo

stra qu

e, em p

on

tos esp

ecíficos d

aA

mazô

nia, a ch

uv

a tem u

ma d

inâm

i-ca p

róp

ria de fo

rmação

. Qu

and

o o

Ocean

o P

acífico está m

uito

qu

ente,

atribui-se ao fenômeno E

l Niño todo o

imp

acto clim

ático reg

ion

al. Qu

and

o

Pesq

uisa con

solida relação in

terdiscip

linar

está mu

ito frio

, sabe-se q

ue é L

a Niñ

aque influenciará o clim

a.A

ação d

o O

ceano

Pacifico

so-

bre o

clima d

a região

é ind

ireta. Já oO

ceano

Atlân

tico, m

ais pró

xim

o ao

Estad

o, tem

um

a incid

ência clim

áticad

ireta, um

a vez q

ue é n

essa bacia q

ue

se form

a o p

rincip

al sistema in

du

tor

de ch

uv

a na A

mazô

nia: a Z

on

a de

Co

nv

ergên

cia Intertro

pical - Z

CIT

,m

uito

falada n

o n

oticiário

sob

re pre-

visão

do

temp

o. O

estud

o trab

alho

uesp

ecificamen

te a incid

ência d

e chu

-v

a no

Pará e co

mo

se com

po

rtaramo

s índ

ices da m

alária no

s mu

nicíp

ios

de

An

ajá

s, Itaitu

ba

, Sa

nta

na

do

Arag

uaia e V

iseu, lo

cais qu

e histo

ri-cam

ente têm grande incidência da do-

ença - lo

calizado

s em reg

iões d

ife-ren

tes com

pad

rões clim

atoló

gico

sd

e chu

va d

iferenciad

os.

"Não

foi p

ossív

el fazer um

ap

esqu

isa de cam

po

, po

rqu

e não

tính

a-m

os fin

anciam

ento

e a pro

po

sta não

ég

erar dad

os p

rimário

s e sim trab

alhar

dad

os secu

nd

ários, fazen

do

um

diag

-n

óstico

qu

e favo

reça ações p

reven

ti-vas de controle da m

alária, tendo como

base o cenário climático regional. P

ou-co

s estud

os fazem

a associação

des-

ses fenô

men

os clim

áticos, p

rincip

al-m

ente o

s do

Ocean

o A

tlântico

, com

ain

cidên

cia de d

oen

ças de v

eiculação

hídrica, como é o caso da m

alária", es-clarece A

nd

ressaO

estud

o co

mp

arou

o Ín

dice

Parasitário

Men

sal (IPM

) e o Ín

dice

Parasitário

An

ual (IPA

) do

s qu

atrom

un

icípio

s com

os p

eríod

os d

e maio

re m

enor precipitação. Concluiu-se que

os impactos dos eventos clim

áticos ge-rad

os p

elos o

ceano

s foram

com

patí-

veis a p

icos d

e incid

ência d

e malária,

po

rém d

iferenciad

os m

ostran

do

qu

enem

sempre a regra “quanto m

ais chu-v

a mais m

alária” vale p

ara tod

os o

sm

un

icípio

s já qu

e a do

ença tam

bém

po

de o

correr em

perío

do

s de seca.

Am

bien

te é imp

orta

nte n

o estu

do

climá

ticoA

malária é u

m p

rob

lema d

esaú

de p

úb

lica mu

nd

ial qu

e afeta a po

-p

ulação

de d

iferenciad

as regiõ

es tro-

picais e su

btro

picais. N

a Am

azôn

ia éu

ma en

dem

ia regio

nal, sen

do

qu

e na

região

No

rte o estad

o d

o P

ará aind

aap

resenta reg

istros d

e altas taxas d

ein

cidên

cia da d

oen

ça.O

fator am

bien

tal é relevan

ten

o estu

do

da d

oen

ça, já qu

e a floresta

é o habitat natural do vetor. A pesqui-

sa de A

nd

ressa levan

tou

os o

utro

s fa-to

res qu

e con

correm

para a in

cidên

-cia d

a malária n

a região

, com

o as

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e desm

atamen

to, o

crescimen

-to

p

op

ula

cio

na

l e

a

a

tivid

ad

eg

arimp

eira , destacan

do

os resu

lta-dos na variabilidade clim

ática pela evi-d

ente relação

entre a d

istribu

ição d

ech

uv

a e a malária.

"No

ano

em q

ue terem

os v

ari-ação

climática é p

ossív

el saber o

im-

pacto

desse cen

ário d

e chu

va e

com

pará-lo

com

os resu

ltado

s de v

á-rio

s ano

s, ind

icar os m

un

icípio

s qu

ep

od

em ter situ

ações críticas, aliar ao

sd

emais fato

res e plan

ejar a po

líticap

úb

lica de co

ntro

le da d

oen

ça.

O P

rog

rama P

ós-g

radu

açãoem

Ciên

cias - desen

vo

lvid

o n

aU

FPA

em p

arceria com

a Em

brap

aA

mazô

nia O

riental e o

Mu

seuE

milio

Go

eldi - fo

i criado

com

oo

bjetiv

o d

e abo

rdar as ciên

ciasa

mb

ien

tais

nu

m

ca

ráte

rm

ultidisciplinar e interinstitucional.A

idéia é u

nir p

rofissio

nais d

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versas áreas p

ara gerar p

esqu

isaa

plic

ad

a

no

c

on

tex

to

da

Am

azônia,explorando os enfoquesregionais.

"Esse im

pacto

do

Ocean

o

Atlân

tico n

o clim

a é cientificam

ente

estud

ado

, mas a ap

licação d

esse co-

nh

ecimen

to n

a área de saú

de, n

a re-lação

com

a incid

ência d

e malária n

areg

ião é o

gran

de resu

ltado

do

estud

od

e An

dressa, p

orq

ue m

ostro

u o

s pa-

drõ

es do

Ocean

o A

tlântico

a sua in

-flu

ência n

a form

ação n

a chu

va e co

n-

seqü

entem

ente n

a incid

ência d

a do

-e

a."

resu

me

o

d

ou

tor

em

meteo

rolo

gia E

verald

o B

arreiros d

eS

ou

za, orien

tado

r do

trabalh

o.

Para ele, o

trabalh

o co

nso

lida a

interd

isciplin

ariedad

e entre saú

de e

meio

amb

iente n

o p

rog

rama d

e ciên-

cias ambientais. "O

estudo traçou umd

iagn

óstico

sob

re a malária e q

uais

regiõ

es são m

ais criticas em fu

nção

dos cenários do Atlântico norte aque-

cido e Atlântico sul frio. O

ganho estáem

forn

ecer dad

os p

ara o p

laneja-

men

to d

e po

líticas pú

blicas d

e con

-tro

le da m

alária con

sideran

do

a rela-ção

da m

od

ulação

do

clima d

o O

cea-n

o A

tlântico

, com

a chu

va d

o P

ará eco

nseq

üen

temen

te o im

pacto

na in

ci-d

ência d

e malária.O

s resultad

os o

bti-

do

s no

trabalh

o são

con

sistentes co

m

os estudos já realizados relacionan-d

o a m

alária com

ou

tras variáv

eisam

bien

tais com

o d

esmatam

ento

ecrescim

ento

po

pu

lacion

al" afirma

o p

rofesso

r Ev

erado

.O

estudo será apresentadoà S

espa, que já manifestou interesse

em conhecer os resultados. "E

stu-dar a m

alária pode parecer um as-

sunto antigo, repetitivo, mas é inte-

ressante porque ainda há grandenúm

ero de óbitos no interior do Es-

tado, o que prova que a doença nãoestá controlada" alerta A

ndressa.

A a

valia

ção

climá

tica p

ermitirá

ma

ior co

ntro

le da

ma

lária M

AR

I CH

IBA

Page 5: Beira 58

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 8

Lu

amim

, arte como in

serção socialP

rogra

ma é d

esenvo

lvido n

a F

acu

ldade d

e Serviço

Socia

l

Cu

ltura

Cris

tina T

rind

ad

e

Crian

ças beneficiadas pelo program

a Lu

amim

curtem

passeio pela UF

PA

Com

un

icação alternativa

A p

rop

osta d

e aliar arte etécn

icas de co

mu

nicação

ao S

er-v

iço S

ocial co

meço

u ain

da n

a gra-

du

ação d

o cu

rso d

e Co

mu

nica-

ção S

ocial, q

uan

do

Pau

lo trab

a-lh

ou

a mo

no

grafia d

e con

clusão

ba

sea

do

nu

ma

pe

squ

isa-a

çã

oco

m 3

0 cen

tros co

mu

nitário

s no

bairro

de G

uam

á. "No

início

foi

mu

ito d

ifícil po

rqu

e o cu

rso, n

aép

oca, n

ão tin

ha n

enh

um

a disci-

plin

a abo

rdan

do

os co

nceito

s de

arte e com

un

icação altern

ativa

po

pu

lar, mas n

ós sem

pre d

efen-

de

mo

s essa

pro

po

sta p

orq

ue

acreditam

os ser co

nsisten

te ofe-

recer oficin

as qu

e bu

scam u

ma

transfo

rmação

social co

nso

lida-

das em

três po

nto

s imp

ortan

tes:p

rimeiro

po

r meio

da co

nsciên

-c

ia

crític

a;

seg

un

do

d

asen

sibilização

; e po

r meio

da arte

e do

mín

io d

e técnicas d

e com

u-

nicação

. Isto é b

uscar e an

alisarn

ov

as meto

do

log

ias de in

terven

-ção

com

arte e com

un

icação,

associad

o ao

s trabalh

os so

ciais",d

efend

e.O

programa L

uamim

come-

çou a ser executado a partir de 1992com

a publicação do mesm

o. A boa

rep

erc

ussã

o

loc

al

e

na

cio

na

lg

arantiu

a apro

vação

de u

m p

roje-

to ap

resentad

o à S

ED

UC

para en

-v

olv

er as escolas estad

uais d

os

bairro

s da T

erra Firm

e e Gu

amá

com as ações do L

uamim

. "As pes-

qu

isas apo

ntam

qu

e nesses lo

caisé alto

o ín

dice d

e con

flitos so

ciaise d

e crianças en

vo

lvid

as com

tra-balho infantil, violência dom

ésticae drogas, além

da ausência de equi-p

amen

tos d

e lazer e de políticasculturais", com

enta Paulo.

O L

uamin foi absorvido pelo

Instituto de Ciências A

plicadas (an-tigo C

entro Sócio E

conômico) que

o tran

sform

ou

nu

m p

rog

rama d

eextensão e pesquisa, a partir da dis-sertação

de m

estrado

“Lu

amim

peças in

terven

tivas n

a realidad

e”,em

20

00

."T

rabalh

ei com

o co

nceito

‘Peças in

terven

tivas n

a realida-

de’ q

ue eu

criei e defen

di n

a dis-

sertação. N

ada m

ais é qu

e o u

sod

e instru

men

tos d

a arte e da co

-m

un

icação n

o d

esenv

olv

imen

tod

e trabalh

os so

ciais em zo

nas d

eco

nflito

. Po

r meio

da arte, v

ocê

bu

sca a sensib

ilização d

os p

arti-c

ipa

nte

s sob

re d

ete

rmin

ad

as

qu

estões d

a realidad

e deles tra-

balh

and

o tem

as com

o cid

adan

iae in

serção so

cial.D

ese

nv

olv

e-

mo

s um

a meto

do

log

ia qu

e fom

os

bu

scar lá com

Pau

lo F

reire, qu

efo

ram o

s círculo

s de cu

ltura. A

sp

eças interv

entiv

as são u

ma fu

-são

entre a m

etod

olo

gia d

o P

au-

lo F

reire e as técnicas d

e inter-

ven

ção p

róp

rias do

Serv

iço S

o-

cial e as técnicas d

a arte com

u-

nicação

", exp

lica o p

esqu

isado

r.

O poem

a Luam

im um

anjo ur- bano foi a inspiração paracriação de um

programa de

extensão interdisciplinar desenvolvi-do na F

aculdade de Serviço S

ocialdo Instituto de C

iências Sociais A

pli-cad

as. O

"L

uam

im

peças

interventivas na realidade" foi cria-do em

1992, pelo jornalista, escritore poeta P

aulo Roberto M

artins coma proposta de em

pregar a arte e acom

unicação como instrum

entos detransform

ação social e consciênciacrítica. O

público alvo do programa

têm sido, predom

inantemente, crian-

ças, jovens, adolescentes e familia-

res de co

mu

nid

ades p

róx

imas à

UF

PA.O

trabalho desenvolvido aolongo de 15 anos valeu a prem

iação,em

novembro de 2007, com

o "Prê-

mio C

ultura Viva" - 2ª edição do M

i-nistério da C

ultura, concorrendo comoutros 3 m

il inscritos. O program

aL

uamim

é uma das 120 iniciativas

de todo o país, que desenvolve açõesvinculadas à P

olítica da Cultura, a

receber o selo ."L

uamim

'' significa Filho da L

uaM

inguante e o termo foi usado por P

au-lo M

artins para se referir aos meni-

nos e meninas que m

oram nas ruas.

"Quando escrevi o L

uamim

não tinhanoção da am

plitude que ele tinha. Ém

uita satisfação para mim

ver que umpoem

a foi capaz de ter toda essa re-percussão na academ

ia e criar um pro-

grama para atender um

a comunidade

carente", diz.P

aulo afirma que a concepção

do projeto "Luam

im peças interventivas

na realidade" é de caráter preventivosocial. "P

arece uma coisa sim

ples, ba-nal e as pessoas não dão m

uita impor-

tância para isso. Mas enquanto um

acriança é envolvida com

arte, fotogra-fia, m

úsica, ela tem seu lado lúdico ocu-

pado, o que muitas vezes é negado no

seu cotidiano de criança carente da pe-riferia que está sem

pre a um passo de

variadas formas de violência. Isto faz

toda a diferença numa com

unidade, jáque algum

as são verdadeiros laborató-rios de produção e reprodução de vio-lências", afirm

a."O

Pro

gram

a Lu

amim

realizaações investigativas na área do S

erviçoS

ocial, no contexto das Ciências da C

ul-tura, procurando construir conhecim

en-tos por m

eio da pesquisa e da exten-são", explica a coordenadora e profes-sora do L

uamim

, Heliana B

aía Evelin

Soria. P

ara ela, a conquista do Selo

Cultura V

iva - 2ª edição vai facilitar abusca de outros financiam

entos para oprogram

a. "Apesar de o P

rograma es-

tar institucionalizado, nemtudo é perfeito. T

emos o

apoio e esforço de estu-dantes de S

erviço Social e

de

sica, b

olsistas

PR

OE

X,

PR

OIN

T

eP

IBIC

/CN

Pq. C

ontamos

tamb

ém co

m o

trabalh

ovoluntário de instrutores deD

ança e Teatro, de estu-

dantes e profissionais, quebuscam

o programa com

ou

m esp

aço d

e estud

o e

pesq

uisa n

os G

rup

os d

eE

studos da Cultura e de

Resiliên

cia, amb

os cad

astrado

s no

CN

Pq. N

o en

tanto

, não

temo

s estágio

curricular devido à infra-estrutura dop

rog

rama, q

ue fu

ncio

na em

um

espa-

ço ex

ígu

o e co

m eq

uip

amen

tos d

ein

form

ática em estad

o p

recário", la-

men

ta.As oficinas envolvem

dança, mú-

sica, balé, teatro e informática. A

s ativi-dades incluem

também

orientação soci-al, cursos e palestras com

informações

sobre cidadania e direitos sociais. Cada

grupo conta com um

instrutor de arte eu

m estu

dan

te de S

erviço

social. A

sações são antecedidas por um

a articu-lação com

as lideranças comunitárias

onde se procura descobrir os conteúdosde m

aior interesse para as oficinas. O

Diversificação d

e atividad

esfoco são as crianças e os adolescentes,m

as também

atende à demanda de jo-

vens e adu

ltos, d

espro

vid

os d

e fer-ram

entas p

ara um

a melh

or in

serçãoso

cial.As atividades com

as crianças eadolescentes são desenvolvidas no es-paço do C

RA

S-G

uamá, um

a das par-ceiras do program

a, que mantém

aindaparceria com

o Laboratório de E

nge-nharia C

ivil, com o IC

A, por m

eio doP

rojeto

sica eS

erviço

So

cial ecom

o Projeto S

er-viço S

ocial Escolar.

A partir de 2006, o

programa L

uamim

teve su

as ativid

a-d

es amp

liadas e

subdividiu-se param

elhor atender asatividades de pes-quisa e extensão einiciar o processop

ara con

stituir-se

em esp

aço d

e es-tágio curricular não som

ente para o Ser-

viço Social, m

as também

para a Arte,

Com

unicação e Turism

o. Três proje-

tos fo

ram criad

os: o

Pro

criar, oP

roLuam

im e o S

er Brasileiro. O

"Pro-

criar" se propõe desenvolver estudos edebates sobre resiliência, tem

a recen-tem

ente introduzido no Serviço S

ocial.O

"P

rolu

amim

" p

revê

aprofissionalização de adolescentes e jo-vens egressos das oficinas oferecidasd

and

o co

ntin

uid

ade ao

pro

cesso d

eaprendizagem

cidadã. O "S

er Brasilei-

ro" inscreve anualmente 20 universitá-

rios, das séries iniciais com habilidades

artísticas e interessados no estudo epesquisa relacionadas à arte e culturado povo brasileiro e am

azônida. DIV

UL

GA

ÇÃ

O

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 5

Bettin

a é referência em

reposição en

zimática

MA

RI C

HIB

A

Centro C

assiano Sena Nascim

ento é o único a tratar MP

S no Norte

Nom

e homenageia idealizador da U

FPA

Terap

ia

Eric

ka P

into

Flá

via e L

aís fo

ram

as p

rimeira

s a fa

zer trata

men

to n

o E

stad

o

O C

entro Especializado em

Te-

rapia de Reposição E

nzimática

"Cassiano S

ena Nascim

ento",do H

ospital Universitário B

ettina Ferro

de Souza, com

emorou um

ano de funci-onam

ento no último dia 15 de janeiro. É

o único da região Norte a fazer trata-

men

to

com

p

ortad

ores

de

Mucopolissacaridose (M

PS

), doençam

etabólica hereditária responsável peladim

inuição ou ausência de enzimas, lo-

calizadas n

o in

terior d

as células

(lisossomas), im

portantes para o funci-onam

ento do corpo.O

Centro atende, atualm

ente, trêspacientes, dois que apresentam

MP

S do

tipo VI, e um

com M

PS

do tipo I. Além

da medicação, que é de uso contínuo,

feita por infusão via endovenosa e queleva em

média quatro horas, a T

erapiade R

eposição Enzim

ática (TR

E) ofere-

ce ao paciente um acom

panhamento

multidisciplinar. A

equipe é formada por

profissionais da área da saúde perten-cen

tes a várias categ

orias (m

édico

,biom

édico, farmacêutico, enferm

eiro,nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta,odontólogo e biólogo).

As irm

ãs Flávia, 12, e L

aís Ma-

chado Pom

peu, 14, do município de

Cam

etá, foram as prim

eiras paraensesa fazer o tratam

ento para a reposiçãoenzim

ática. Os casos de M

PS

foramdiagnosticados em

2002, pelo Labora-

tório de Erros Inatos do M

etabolis-m

o, d

a Un

iversid

ade F

ederal d

oP

ará (UF

PA). E

m 2003, elas foram

escolhidas para participar dos pri-m

eiros testes com um

a nova dro-ga, no H

ospital de Clínicas de P

or-to A

legre (RS

). O objetivo era ten-

tar reverter o quadro clínico e me-

lhorar a qualidade de vida dos paci-entes. A

lém do B

rasil, participaramda experiência pacientes dos E

sta-dos U

nidos, Itália, Inglaterra, Por-

tugal e Canadá. C

om os resultados

positivos alcançados com a m

edi-

A m

udança de nome do C

ampus

Universitário do G

uamá para C

idadeU

niversitária “Professor José da S

ilveiraN

etto” - uma hom

enagem ao idealizador

da Universidade F

ederal do Pará - selou

mais

um

m

om

ento

h

istórico

d

etran

sform

ações físicas e estru

turais

como parte das com

emorações pelos 50

anos da instituição. A cerim

ônia ocorreuno dia 28 de dezem

bro e reuniu o reitor,A

lex Fiúza de M

ello, a vice-reitora,R

egina Feio, pró-reitores e ex-reitores

da instituição e convidados. Tam

bémparticiparam

da solenidade os filhos doh

om

enag

eado

, o p

rofesso

r Rein

aldo

Silv

eira e

Helen

a S

ilveira.

O b

usto

do

ex-reito

r, José d

aS

ilveira N

etto, q

ue an

tes ficava em

frente ao prédio da Reitoria, passou para

uma praça localizada dentro da U

FPA

,próxim

a ao portão principal, onde foiinstalada um

a placa com o novo nom

ed

o C

amp

us em

destaq

ue. D

uran

te acerim

ônia, o professor Reinaldo S

ilveiradestacou o sentim

ento do seu pai peloespaço que abriga a U

FPA

. “Quando

meu

pai id

ealizou

esse Cam

pu

s, oprojeto original contem

plava o nome de

cação, a direção do Hospital U

ni-versitário B

ettina Ferro de S

ouzaresolveu abraçar a causa e criou,em

janeiro de 2007, o Centro de

Reposição E

nzimática. E

m um

anode funcionam

ento, o vigilante Flá-

vio Pom

peu comem

ora os avançosno tratam

ento das filhas. "A conti-

nuação do tratamento está sendo

muito im

portante. Hoje elas levam

uma vida norm

al e as mudanças são

visíveis, principalmente na pele, nos

cabelos, nas articulações; o baçotam

bém dim

inuiu", relata.

‘cidad

e un

iversitária’ e tin

ha u

mcam

po

de fu

tebo

l, tamb

ém. O

objetivo maior dele era congregar as

faculdades, professores e alunos emum

único local”, recordou Reinaldo

Silveira. O

reitor da UF

PA, A

lexF

iúza de Mello, ressaltou o caráter

amazônico da instituição, “m

arcadapela beleza de um

rio. Aliás, essa é

uma característica m

arcante destee dos outros cam

pi: a presença derio

s qu

e marg

eiam o

s préd

ios”.

Até o início da década de 60,

as áreas de administração, pesquisa,

ensin

o e ex

tensão

da U

FPA

fun

cion

avam

em

p

rédio

s,localizados em

vários pontos deB

elém. O

desafio de reunir essasáreas em

um único espaço surgiu

em 1963, quando S

ilveira Netto,

por meio do D

epartamento de

Planejam

ento e Obras, deu início

ao processo de negociação juntoao

In

stituto

d

e P

esqu

isaA

gropecuária do Norte para a

aquisição da área. No dia 13 de

agosto de 1968, era inauguradoo C

ampus P

ioneiro da UF

PA.

O reito

r da U

niv

ersidad

e Fed

e-ral d

o P

ará, pro

fessor A

lex F

iúza d

eM

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prim

eiro p

araense a in

tegrar

o C

on

selho

Su

perio

r da C

AP

ES

(Co

-o

rden

ação d

e Ap

erfeiçoam

ento

de P

es-so

al de N

ível S

up

erior) - ó

rgão

estraté-g

ico q

ue in

veste n

o d

esenv

olv

imen

to d

ap

ós-g

radu

ação stricto

sensu

focad

a na

form

ação d

e pesso

al qu

alificado

no

Bra-

sil e no

exterio

r. É resp

on

sável p

or m

aisd

a metad

e das b

olsas d

e pó

s-grad

ua-

ção n

o p

aís, avalia cu

rsos d

e mestrad

oe d

ou

torad

o, além

de fin

anciar a p

ro-

du

ção e a co

op

eração cien

tíficas.

RE

ITO

R

EM

DIA

A ín

dia d

a etnia K

aing

ang

, Ro

sani

de F

átima F

ernan

des, é a p

rimeira alu

na

ind

ígen

a da U

FPA

a receber u

ma b

olsa

da F

un

dação

Fo

rd. E

stud

ante d

o P

rog

ra-m

a de P

ós-G

radu

ação em

Direito

da

UF

PA, R

osan

i foi u

ma d

as 40

finalistas

da S

eleção B

rasil 20

07

do

Pro

gram

a In-

ternacio

nal d

e Bo

lsas de P

ós-G

radu

açãod

a Fu

nd

ação F

ord

. A alu

na, q

ue v

ive e

trabalh

a entre o

po

vo

Gav

ião K

yik

atêjê,é o

rientad

a pela p

rofesso

ra Jane B

eltrãoe co

-orien

tada p

elo p

rofesso

r José H

eder

Ben

atti, amb

os d

a UF

PA.

Kain

gang

Pau

tasA

Assesso

ria de C

om

un

icaçãoIn

stitucio

nal (A

scom

) está elabo

rand

ou

m "B

anco

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autas". O

s pesq

uisad

o-

res interessad

os em

div

ulg

ar os resu

lta-d

os d

e seus trab

alho

s dev

em en

viar p

araa A

ssessoria u

m resu

mo

da P

esqu

isacom

20 a 30 linhas, incluindo título, perí-o

do

de realização

, coo

rden

ado

r, equ

ipe,

Facu

ldad

e e Cu

rso, ag

ência d

e fom

ento

(quando for o caso), objetivos da pesqui-sa, área d

e abran

gên

cia, atores so

ciaisenvolvidos e principais benefícios da pes-q

uisa p

ara a po

pu

lação. O

s dad

os d

e-v

em

se

r e

nv

iad

os

pa

ra

o

e-m

ail

imp

rensa@

ufp

a.br.

SH

AM

AR

A F

RA

GO

SO

O reitor in

augu

rou a placa com

o busto do professor José da S

ilveira Neto

O n

ov

o p

rédio

do

Lab

orató

rio d

eH

istória (L

abh

is) “Maria A

nu

nciad

aR

amo

s Ch

aves”, lo

calizado

pró

xim

o ao

Auditório S

etorial Básico do C

ampus do

Guam

á, foi inaugurado no último dia 26.

Lig

ad

o a

o In

stituto

de

Filo

sofia

eC

iências H

um

anas, d

a Un

iversid

ade

Fe

de

ral d

o P

ará

(IFC

H/U

FP

A), o

laboratório existe desde 1988 e funciona,atu

almen

te, em três salas d

o IF

CH

. OL

abh

is tem p

or o

bjetiv

o estim

ular o

inte

resse

do

alu

no

pe

la p

esq

uisa

,aprim

orando conhecimentos por m

eio dad

ivu

lgação

de trab

alho

s científico

s.

História

Eric

ka P

into

Cidade U

niversitária

Page 6: Beira 58

BE

IRA

DO

RIO

– Universidade F

ederal do Pará – F

evereiro, 2008 – 6B

EIR

A D

O R

IO – U

niversidade Federal do P

ará – Fevereiro, 2008 – 7

Av

an

ço

Walte

r Pin

to Co

nsep

ap

rov

a R

egu

lam

ento

pa

ra en

sino

de g

rad

ua

ção

da

Un

iversid

ad

eA

s no

rma

s bu

scam

excelência

e mo

dern

izaçã

o d

o en

sino

. A P

roeg

realiza

cam

pa

nh

as d

e divu

lga

ção

na

s un

ida

des

Na últim

a reunião do Conselho S

uperior de E

nsino, Pesquisa e E

xtensão de 2007, a U

niversidadeF

ederal do Pará reuniu, pela prim

eira vezao longo dos seus 50 anos de vida, todasas norm

as para funcionamento do ensi-

no de graduação num único docum

ento.P

arte das normas estava dispersa em

vá-rio

s d

ocu

men

tos.

Ou

tras fo

ramintroduzidas de form

a a preencher lacu-nas norm

ativas existentes em função do

crescimento da instituição, apresentan-

do alguns aspectos bastante inovadoresem

relação à graduação.A

leitura dos 143 artigos da regu-lam

entação recém-aprovada evidencia

esses aspectos inovadores e o caráterflexível das norm

as adotadas, possibili-tan

do

aos cu

rsos o

rgan

izarem-se d

eacordo com

a natureza de seus projetospedagógicos e as exigências da sua áreade conhecim

ento. A rig

idez d

o co

ntro

led

e registro

acadêm

ico fo

i sub

stituíd

ap

or n

orm

as abertas à in

ov

ação, co

mo

por exemplo, m

udanças na metodologia

de en

sino

ou

no

vas fo

rmas d

e org

ani-

zação d

e percu

rso acad

êmico

, antes

não

perm

itidas p

orq

ue fu

giam

ao esta-

belecid

o p

elo co

ntro

le de reg

istro, p

or

meio

do

qu

al, de certo

mo

do

, a form

ag

eria o co

nteú

do

.C

omo explica o reitor A

lex Fiúza

de Mello, a idéia da regulam

entação éque o conteúdo determ

ine a forma. "S

eum

curso decidir inovar e, no limite, pro-

por o fim das disciplinas, optando por le-

var todos os alunos para dentro do labo-ratório, com

putando essa atividade como

Outra novidade é a substituição

dos dois semestres acadêm

icos por qua-tro períodos de atividades letivas no ano.O

período intervalar da interiorização tor-nou-se oficial. F

oram instituídos dois pe-

ríodos (o 1° e 3°) computando 100 dias

e outros (2° e 4°) compreendendo 200

dias letivos. Os cursos podem

se pro-gram

ar por meio da com

binação des-ses períodos, reservando um

para as ati-vidades de extensão ou de pesquisa, evi-tando, dessa form

a, a superposição coma carga horária das disciplinas. P

od

em,

po

r exem

plo

, utilizar o

perío

do

alter-n

ativo

(antig

o in

tervalar) p

ara env

iaro

s alun

os p

ara ativid

ades acad

êmico

sn

o in

terior, sem

preju

ízo d

as aulas n

ocu

rso.A

o estabelecer quatro períodosletivos e considerar a disciplina com

oum

a das formas de atividade acadêm

i-ca, assim

como a iniciação científica, o

trabalho em laboratório e a participação

em projetos de extensão, a U

FPA

está

pro

po

rcion

and

o a cad

a curso

a po

s-sib

ilidad

e de d

efinir o

seu d

esenh

ocurricular e a sua form

a inovadora deestab

elecer o p

rocesso

de en

sino

eaprendizagem

. Essa flexibilidade, po-

rém, o

bed

ece a um

a org

anização

, es-tan

do

sujeita à reg

ulam

entação

, me-

tas e ob

jetivo

s.N

a avaliação do reitor, a regula-m

entação representa um avanço com

-patível com

as transformações que es-

tão se processando no conhecimento

no limiar do século X

XI. "A

Universi-

dade precisava de um regim

e que pri-vilegiasse a possibilidade de inovação otem

po todo. Não podem

os ter mais um

período específico para reforma do pro-

jeto pedagógico. O projeto pedagógico

será, agora, reformado durante todo o

tempo. O

sistema estará pronto para

acolher todos os tipos de reforma, a

qualquer tempo. Isto é im

portante por-que desburocratiza os procedim

entos".

MA

RI C

HIB

A

Ava

liaçã

o su

bstitu

tiva será

cha

nce p

ara

os estu

da

ntes m

elho

rarem

sua

s no

tas

Estu

dan

tes pod

erão optar

por cam

pi d

iferentes

En

tre as prin

cipais n

orm

asin

ov

ad

ora

s a

pro

va

da

s p

elo

Co

nsep

e destaca-se o

estabeleci-

mento de critérios para a m

obilida-d

e do

s alun

os en

tre os cam

pi d

aU

FPA

. O reg

ulam

ento

defin

e du

asfo

rmas d

e mo

bilid

ade: a tem

po

rá-ria e a definitiva. U

m aluno do cur-

so d

e Letras, p

or ex

emp

lo, d

e de-

termin

ado

camp

us p

od

e, ago

ra,co

m reg

ulam

entação

específica,

cursar tem

po

rariamen

te um

perío

-d

o le

tivo

em

ou

tro c

am

pu

s ereto

rnar d

epo

is ao seu

camp

us d

eo

rigem

. Isto p

od

e lhe co

nferir ex

-p

eriência em

ou

tro am

bien

te aca-dêm

ico, que valorize determinados

aspecto

s de su

a form

ação, em

qu

eo

pro

jeto lo

cal talvez n

ão fo

sse fa-v

orecer, p

orq

ue o

s pro

jetos p

eda-

gico

s não

são n

ecessariamen

teo

s mesm

os.

O regulam

ento possibilita aoalu

no

mu

dar d

efinitiv

amen

te de

camp

us, m

as estabelece critério

sq

ue lim

itam essa fo

rma d

e mo

bili-

dad

e para ev

itar qu

e o alu

no

façao

pro

cesso seletiv

o n

um

camp

us

on

de a co

nco

rrência m

eno

r e, de-

po

is, solicite tran

sferência p

araB

elém. T

ais critérios são

necessá-

rios p

ara evitar sério

s pro

blem

as

adm

inistrativ

os, co

mo

o in

chaço

em determ

inados cursos de algunscam

pi.A escolha do regim

e de ma-

trícula é o

utro

po

nto

ino

vad

or d

oregulam

ento. Em

geral, as institui-ções possuem

um único regim

e dem

atrícula, seja seriad

o o

u p

or ati-

vidades curriculares. A U

FPA

ino-va ao possibilitar às faculdades es-co

lherem

qu

al o reg

ime q

ue p

re-ten

dem

praticar.

Licu

rgo

Brito

, pró

-reitor d

eE

nsin

o, ex

plica q

ue essa flex

ibili-

dad

e é imp

ortan

te po

rqu

e a esco-

lha d

o reg

ime d

epen

de d

e algu

ns

parâm

etros co

mo

, po

r exem

plo

, aestru

tura cu

rricular e a d

ispo

nib

i-lid

ade d

o co

rpo

do

cente, q

ue p

o-

dem

ser mais ad

equ

adas ao

regi-

me

seria

do

ou

às a

tivid

ad

es

curriculares. "Essa possibilidade de

escolh

a perm

ite qu

e o cu

rso se

adeq

ue ao

regim

e qu

e melh

or lh

eco

nv

ier, segu

nd

o as su

as caracte-rísticas. Isto

é imp

ortan

te po

rqu

ea nossa universidade é m

uito gran-d

e, po

ssuin

do

, ho

je, mais d

e 10

0cu

rsos d

e grad

uação

, com

carac-terísticas diferenciadas, tornando-se in

adeq

uad

a a un

iform

ização d

ed

etermin

ado

s pro

cedim

ento

s”.

carga horária integral, poderá fazê-lo.S

e decidir que parte do curso vai parao interior participar de atividade de ex-ten

são, tam

bém

será con

tabilizad

ocom

o carga horária porque o conceitode atividade acadêm

ica substituiu oconceito de disciplina. A

disciplina pas-sou a ser um

a possibilidade da ativida-de acadêm

ica", explica o reitor.

An

o será divid

ido em

qu

atro períod

os letivos

Ou

tra no

rma b

astante in

ov

ado

-ra é a o

brig

atoried

ade d

o p

lanejam

en-

to integrado por período letivo. Os pro-

fessores q

ue v

ão m

inistrar ativ

idad

esp

ara um

a turm

a nu

m d

etermin

ado

pe-

ríod

o, terão

qu

e se reun

ir e plan

ejaresse p

eríod

o co

letivam

ente, além

de

fazerem a av

aliação d

o an

terior. A

ex-

pectativ

a da P

ró-reito

ria de E

nsin

o é

qu

e a med

ida d

ê mais co

esão e a au

-m

ente a possibilidade de integração deativ

idad

es e de co

nteú

do

s, favo

recen-

do o desenvolvimento dos projetos pe-

dag

óg

icos d

e form

a mais articu

lada.

A auto-avaliação de projetos pe-

dag

óg

icos d

e curso

s ago

ra con

sta da

regu

lamen

tação d

o en

sino

de g

radu

a-ção

. Atu

almen

te, cerca de 5

0%

do

scu

rsos já p

raticam a au

to-av

aliação,

mas d

e form

a vo

lun

tária. O C

ON

SE

P,ao

apro

var a reg

ulam

entação

, torn

ou

-a o

brig

atória.

Um

avanço de significativo con-teú

do

social é a in

trod

ução

das m

atrí-culas em

disciplinas isoladas - um pro-

cedid

o q

ue, em

bo

ra prev

isto p

ela Lei

de D

iretrizes e Bases d

a Ed

ucação

,n

ão h

avia sid

o ad

otad

o p

ela un

iversi-

dad

e em fu

nção

de q

uestõ

es com

oau

sências d

e no

rmas in

ternas o

u p

or

dificu

ldad

es estrutu

rais adm

inistrati-

vas. O novo regulam

ento disponibilizap

ara a socied

ade v

agas rem

anescen

-tes em

discip

linas, ap

ós a m

atrícula,

po

r meio

de ed

ital. Qu

alqu

er pesso

a,inclusive a que não tenha concluído oen

sino

méd

io, p

od

erá pleitear esta

form

a de m

atrícula.

A m

edid

a é especialm

ente im

-p

ortan

te para trab

alhad

ores q

ue p

re-ten

dem

con

hecer m

ais sob

re o seu

ofício. Um

torneiro mecânico que lida

com solda, por exem

plo, poderá aper-fe

iço

ar

sua

cn

ica

, a

dq

uirid

aem

piricam

ente, p

or m

eio d

e um

re-forço teórico na U

FPA

. Evidentem

en-te, terá q

ue se su

bm

eter a um

pro

-cesso

seletivo

estabelecid

o p

ela fa-culdade. O

objetivo da medida é abrir

a un

iversid

ade p

ara a socied

ade.

Ou

tro p

on

to im

po

rtante d

a re-gulam

entação é o reconhecimento ofi-

cial da p

esqu

isa e da ex

tensão

com

oestratég

ias da fo

rmação

do

s alun

os.

Den

tro d

os p

rojeto

s ped

agó

gico

s po

-d

erá hav

er ativid

ades d

e pesq

uisa e

ex

ten

são

c

on

tab

iliza

da

s p

ara

a

integralização curricular. Atualm

ente,m

uitos anos alunos participam dessas

ativid

ades, m

as sem co

ntar d

os seu

sh

istórico

s. A P

ró-reito

ria de E

nsin

oestá in

du

zind

o q

ue o

s pro

jetos p

eda-

gico

s priv

ilegiem

essas du

as ativi-

dad

es.

PE

RM

AN

ÊN

CIA

- O te

mp

o d

ep

erman

ência d

o alu

no

em situ

açãod

e trancam

ento

da m

atrícula tam

-b

ém fo

i alterado

pelo

regu

lamen

torecém

-apro

vad

o. A

no

rma an

terior

era extrem

amen

te perm

issiva. M

es-m

o ab

and

on

and

o o

curso

, o alu

no

não

perd

ia a vag

a.E

ssa situação

perm

itia qu

e um

alun

o fo

sse para o

utra in

stituição

ereto

rnasse, d

epo

is de d

ois o

u três

ano

s, ped

ind

o p

ara qu

e as discip

li-n

as cursad

as fora fo

ssem cred

ita-

das. O

utras v

ezes, o alu

no

nem

re-g

ressava, m

as sua v

aga n

ão p

od

iaser o

cup

ada p

or o

utro

.O

regu

lamen

to ag

ora em

vi-

go

r determ

ina lim

ites de tem

po

para

alun

o em

situação

de tran

camen

tod

e matrícu

la: do

is semestres co

nse-

cutiv

os o

u q

uatro

intercalad

os.

A m

ud

ança q

ue d

eve ag

radar

aos alunos é a introdução da avaliaçãosubstitutiva, ou seja, um

a nova avalia-ção que pode ser feita para substituiru

m m

au d

esemp

enh

o n

um

a pro

va.

Essa m

edida reduz as chances de repro-vação, m

as a realização da avaliaçãosubstitutiva ficará a critério do professor.

Avaliação su

bstitu

tiva vaicorrigir m

au d

esemp

enh

o

MA

RI C

HIB

A

Os a

lun

os ta

mb

ém p

od

erão

escolh

er em q

ue ca

mp

us estu

da

r

Atu

ante d

uran

te as discu

s-sõ

es em q

ue o

s artigo

s do

regu

la-m

ento

recém-ap

rov

ado

foram

form

atado

s, a pro

fessora S

carlethO

'hara, d

iretora d

a Facu

ldad

e de

Co

mu

nicação

So

cial, do

Institu

tod

e Letras d

a UF

PA, acred

ita qu

eas n

orm

as terão u

m efeito

prático

sob

re a qu

alidad

e do

ensin

o. "A

preo

cup

ação m

aior d

e tod

o o

gru

-p

o p

articipan

te era o d

e focalizar

semp

re e, sob

retud

o, a ex

celência

no

ensin

o d

e grad

uação

. Acred

itoq

ue o

efeito d

e maio

r relevân

ciarefere-se, p

rincip

almen

te, a apro

-v

ação d

e do

is regim

es acadêm

i-co

s: regim

e seriado

ou

po

r ativi-

dad

es curricu

lares. É u

m item

de

flexibilidade importantíssim

o paraum

a instituição de ensino superiortão

div

ersa com

o a U

FPA

", avalia

a pro

fessora.

Scarleth

tom

a com

o ex

em-

plo

o cu

rso d

e Co

mu

nicação

para

ilustrar seu

po

nto

de v

ista: com

oreg

ime seriad

o até en

tão v

igo

r, o

No

rma

s vã

o m

elho

rar a

qu

alid

ad

e do

ensin

oaluno que, por algum

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casse um

dad

o sem

estre, não

po

-d

eria cursar as d

isciplin

as do

se-m

estre sub

seqü

ente em

fun

ção d

ocaráter seq

üen

cial do

currícu

lo d

ocu

rso e d

o sistem

a integ

rado

de

informática que o abriga. E

ste alu-n

o atrasaria o

seu cu

rso em

do

issem

estres. No

entan

to, se a facu

l-d

ade o

ptar p

elo reg

ime d

e ativid

a-d

es curricu

lares, o m

esmo

alun

oterá a o

po

rtun

idad

e de cred

itar asd

isciplin

as qu

e estiver ap

to a cu

r-sar, d

esde q

ue seja p

ertinen

te com

a sua p

rog

ramação

de h

orário

s eas su

as ativid

ades d

e pesq

uisa e

exten

são.

A p

rofesso

ra con

cord

a qu

eas av

aliações d

as ativid

ades d

i-d

ático-p

edag

óg

icas ao fin

al de

cada p

eríod

o letiv

o resu

ltarãonum

planejamento m

ais eficaz dasativ

idad

es do

perío

do

segu

inte.

"Isso sig

nifica q

ue o

pro

jeto p

e-d

ag

óg

ico

do

cu

rso e

stará

em

con

stante e p

erman

ente av

alia-

ção", arg

um

enta S

carleth. "P

or

força d

a no

rma, h

averá u

m tra-

balh

o d

e equ

ipe p

ara qu

e acon

te-ça o

referido

plan

ejamen

to. E

esse trabalh

o d

e equ

ipe ex

igirá

qu

e cada d

ocen

te particip

e ativa-

men

te da v

ida acad

êmica, n

a qu

alestá in

du

bitav

elmen

te inserid

o,

po

is a direção

da facu

ldad

e não

po

derá (n

em co

nseg

uirá) ex

ecu-

tar um

trabalh

o so

litário, em

bu

s-ca d

a efetiva co

nstru

ção d

o p

la-n

ejamen

to citad

o an

teriorm

ente".

Seg

un

do

a pro

fessora, "o

docente que quiser acompanhar as

mu

dan

ças oco

rridas n

a UF

PA

,d

everá, an

tes de q

ualq

uer co

isa,conhecer bem

o projeto pedagógi-co

do

curso

em q

ue atu

a, qu

alqu

erq

ue seja o

form

ato m

etod

oló

gico

ado

tado

. Do

con

trário, n

ão estará

apto

sequ

er a vo

tar no

pro

cessod

e decisão

do

regim

e curricu

lar".S

carleth O

'hara afirm

a qu

e a vid

ad

o d

ocen

te já não

po

de se lim

itarap

enas à sala d

e aula, co

mo

no

ve-

lho

sistema b

ancário

ped

agó

gico

,no qual o professor expõe seus co-n

hecim

ento

s e o alu

no

os receb

ep

assivam

ente. "E

sse sistema está

em d

esuso

, frente a in

úm

eras ex-

periências metodológicas inovado-

ras de ensino, a otimização de m

ei-o

s e a valo

rização d

e pesso

as na

área de en

sino

de g

radu

ação".

So

bre

a p

rep

ara

çã

o d

as

un

idad

es para o

cum

prim

ento

das

no

rmas, a p

rofesso

ra lemb

ra qu

eto

do

pro

cesso d

e mu

dan

ça requ

erad

aptaçõ

es. "Certam

ente, o

s atu-

ais institu

tos estão

imb

uíd

os n

oaco

mp

anh

amen

to d

as mu

dan

çasp

rop

ostas p

elo n

ov

o reg

ulam

en-

to. C

reio q

ue to

do

s eles e, con

se-q

üen

temen

te, as faculd

ades d

e-v

erão p

reocu

par-se em

atualizar

ou

rev

isar se

us siste

ma

s de

info

rmática, p

ois as m

ud

anças fa-

rão p

arte, sem d

úv

ida, d

o S

iste-m

a Integ

rado

de E

nsin

o q

ue in

-terlig

a e integ

ra as instân

cias ad-

min

istrativas d

a Institu

ição".