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Beira do Rio edição 58
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“A U
FP
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institu
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DO
RIO
– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 12
En
trevista
AU
FPA
teve um crescim
ento ver-tiginoso na área de pós-gradua-ção nos últim
os anos que culmi-
nou, em 2007, com
a avaliação positivada C
AP
ES
quanto aos cursos de Geo-
logia, Geoquím
ica, Direito, G
enética eB
iologia Molecular, B
iologia de Agen-
tes Infecciosos e Parasitários, e D
esen-volvim
ento Sustentável do T
rópico Úm
i-do. E
ste ano, Castanhal poderá se tor-
nar o segundo município do interior a ter
um curso de pós-graduação, o m
estradoem
Ciências V
eterinárias. Além
deste,tam
bém estão previstos os m
estradosem
Artes e em
Arquitetura e U
rbanis-m
o. Para o nível de doutorado, estão ha-
bilitados os cursos de Ciência A
nimal,
Ag
ricultu
ras Am
azôn
icas, Ciên
cia eT
ecnologia de Alim
entos, Matem
ática eE
statística.N
esta entrevista, o diretor doD
epartamento de P
ós-Graduação, pro-
fessor Paulo S
érgio de Sousa G
orayeb,faz um
a avaliação desse trabalho.
Beira d
o Rio - C
omo o sen
hor ava-
lia a pós-grad
uação n
a UF
PA
hoje?
Pau
lo Gorayeb
- Tratando-se do stricto
sensu o mom
ento atual da UF
PA, em
termos de pós-graduação, pode ser clas-
sificado como m
uito bom no contexto
da região Am
azônica. A U
FPA
consti-tui a m
aior instituição de ensino e pes-quisa de toda a A
mazônia L
egal e contacom
39 programas de
pós-graduação, sendo17 cursos de D
outora-d
o,
37
cu
rsos
de
Mestrado A
cadêmico e
2 cursos de Mestrado
Pro
fission
al, qu
e co-
brem praticam
ente to-das as áreas do conhe-cim
ento, e contam com
um universo de quase
2.500 alunos matricula-
dos. A U
FPA
é uma ins-
tituição de renome nacional, com
proje-ção internacional em
várias áreas, e po-dem
os dizer que ela atingiu um patam
arinvejável, não só considerando a sua ex-pansão, em
termos de quantidade de alu-
nos de graduação e de pós-graduação,m
as também
na qualidade de cursos eprogram
as de pós-graduação. Há ain-
da carências, não podemos negar, pois
existem áreas descobertas, com
o Ad-
ministração, C
omunicação, A
rquitetura,A
rtes, Arqueologia, M
edicina, Filosofia,
Ciências F
lorestais etc. Entretanto, com
-preende-se que, sendo a U
FPA
uma ins-
tituição jovem, fez 50 anos, e sua pri-
meira pós-graduação stricto sensu com
-pleta 35 anos, tem
os muito a crescer.
Beira d
o Rio - E
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iversidad
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pós-grad
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nceito
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ica), quatro pro-gram
as com o conceito 5 (D
ireito, Ge-
nética e Biologia M
olecular, Biologia de
Agentes Infecciosos e P
arasitários, eD
esenvolvimento S
ustentável do Tró-
pico Úm
ido), quinze programas com
conceito 4 e dezenove com o conceito
3. Configura um
a pirâmide que em
suabase estão os program
as com conceito
3 e 4. Isto segue, grosso modo, o qua-
dro nacional, em que a grande m
aioriados cursos detém
conceitos 3 e 4, res-salvadas as devidas proporções. A
ssim,
comparativam
ente, a UF
PA aproxim
a-se da U
niversidade Federal do P
araná.A
diferença é que a UF
PA está em
umm
omento excepcional e teve cresci-
mento exponencial desde 2000, em
ter-m
os de aprovação de novos cursos juntoà C
AP
ES
. Por outro lado, consideran-
do-se que cerca de 200 docentes en-contram
-se em capacitação em
progra-m
as de doutorado em diversas IE
S do
país ou do exterior, nas mais diversas
áreas do conhecimento, e a possibilida-
de de novos concursos, abrem-se pers-
pectivas de nova expansão no futuro.N
a realidade, o que há de diferença,com
parativamente, é que a grande m
ai-oria das outras instituições já tem
umelenco m
ais diversificado de cursos nasáreas de conhecim
ento. Podem
os indi-car algum
as de nossas restrições, como
por exemplo:
na
área d
aS
aúde só te-m
os o
s cur-
sos de Odon-
tologia e Ci-
ências F
ar-m
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que são bemn
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pic
ais
com m
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os expandir para outras especia-lidades, com
o a Enferm
agem, S
aúdeC
oletiva, Nutrição, M
edicina, etc.; naárea das C
iências Agrárias só tem
ostrês cursos; e na área de L
etras e Ar-
tes apenas um curso. O
utra área ca-
rente é a d
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Pau
lo Gorayeb
- A P
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um bom
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ento das potencialidadespara a subm
issão de novas propostas de
cursos de mestrado e doutorado. É
im-
portante esclarecer que, na estruturaçãode um
novo curso, o ponto fundamental
recai sobre o grupo de doutores produti-vos, nas áreas específicas. E
m term
os
de potencialidades para 2008, podemos
citar o mestrado em
Artes com
enfoqueem
mú
sica, artes cênicas e artes v
isu-
ais, cujo projeto já recebeu uma prim
ei-ra avaliação em
2007. Agora estão sen-
do
feitos o
s reajustes e ad
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ações
pa
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nismo, m
as ainda não há uma proposta
consolidada. Para o nível de D
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ência A
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Marab
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ira. San
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bém
estaria nesta rota, m
as com a aprova-
ção da Universidade do O
este do Pará,
ficamos apenas com
o comprom
isso deapoiar estes investim
entos e dar o su-porte necessário durante o período detransição.
Beira
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recer do
no
vo
ano
.D
o patamar já alcançado, não
podemos m
ais retroceder. O projeto de
uma grande universidade na A
mazônia
deve continuar, pois dele depende, emboa m
edida, o destino das futuras gera-ções em
nossa região. Qualidade aca-
dêmica e relevância social são os prin-
cipais ícones de toda essa utopia. O ano
de 2008 será, certamente, m
ais um pas-
so importante nessa direção.
Gran
des p
rojetos aprofu
nd
am p
obreza
Abundância
de m
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s causa
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A exploração m
ineral teria efeito n
egativo sobre populações tradicion
ais
Durante pesquisa realizada parao curso de M
estrado em S
ervi-ço S
ocial, a professora Nádia
Socorro F
ialho Nascim
ento acompa-
nhou, na década de 1990, os impactos
sócio-econômicos causados pela im
plan-tação do P
rojeto Caulim
em duas locali-
dades do município de B
arcarena, de-nom
inadas Montanha e C
uruperé. A pro-
fessora testemunhou o processo de ex-
pro
priação
e po
sterior d
esagreg
açãodaquelas com
unidades, integradas porum
a população nativa, ligada por forteslaços de parentesco e religiosidade, pra-tican
tes d
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o.A
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Cau
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famílias habitavam
, ancestralmente, as
terras da Montanha e do C
uruperé quese situ
ava às m
argem
do
rio P
ará, de
onde retiravam o alim
ento que consu-m
iam. A
s empresas fecharam
a áreade acesso das fam
ílias ao rio, que emseg
uid
a foram
reman
ejadas p
ara oC
uruperé, área de terra firme, onde ten-
taram iniciar um
projeto agrícola que nãofuncionou por falta de financiam
ento: os
nativos não tinham título da área.
À época, as fam
ílias contavamcom
a assessoria da UF
PA, por m
eiode um
projeto de extensão do curso deS
erviço Social, com
o também
da Co-
missão P
astoral da Terra, que apoiavam
aquela população nas negociações comas em
presas e os órgãos do Estado. O
s
entraves burocráticos foram agravando
ainda mais a situação das fam
ílias, aoponto de elas se verem
forçadas a aban-d
on
ar a região
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ram p
ara ou
trasáreas, esp
alharam
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mu
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araram-se.
"As fam
ílias foram expropriadas
de suas terras para dar lugar ao pro-
Econ
omia cresce, m
as IDH
da p
opu
lação contin
ua b
aixoS
egundo a pesquisadora, em fun-
ção da presença em solo paraense de
uma quantidade anôm
ala de minérios, o
Pará é um
caso emblem
ático desse sa-que à natureza, sendo o segundo E
sta-do m
inerador do país, e o primeiro em
concentração mineral. "O
Estado se des-
taca como aquele de onde saem
as mais
expressivas contribuições à acumulação
capitalista a partir da exploração mine-
ral. Exem
plo disso é o avanço na posi-ção do P
IB paraense, que do 14º lugar
em 1996, passou para o 11º em
2003, evem
crescendo. Em
2006, o Pará teve
a maior taxa de crescim
ento industrialbrasileiro. A
maior parte do nosso P
IBvem
da exploração mineral. A
s outrasativ
idad
es p
rod
utiv
as, co
mo
agropecuária e agricultura, não têm a
dimensão que a m
ineral".A
tese aponta que, ao lado dessaevolução dos indicadores econôm
icosparaenses, o Índice de D
esenvolvimen-
to Hum
ano manteve-se com
o um dos
mais baixos da região N
orte, sendo que,a variável renda cresceu apenas 4,6%entre os anos de 1991 a 2000. "E
ssadistorção ocorre porque o volum
e de ri-queza produzida especialm
ente pela viada exploração dos recursos m
inerais,não é revertida, nem
minim
amente, em
favor da população", assegura.A
professora Nádia F
ialho expli-ca que quanto m
ais ricas e vastas fo-rem
as regiões em recursos naturais,
tanto mais saqueadas serão, o que re-
flete, direta e indiretamente, nas condi-
gresso e, logo em seguida, vítim
asde um
processo de pauperização",observa N
ádia Fialho, professora do
curso de Serviço S
ocial da UF
PA.
"A terra é condição fundam
entalpara a sobrevivência do hom
em do
interior, porque lhe permite a repro-
dução das condições materiais de
existência".D
ecidid
a a enten
der esse
processo em nível m
ais geral, den-tro do contexto da A
mazônia, a pes-
qu
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-priação, violência, em
pobrecimen-
to e acu
lturação
".
ções de vida de milhares de indivíduos.
No caso dos grandes projetos, a explo-
ração dos recursos naturais produz, alémd
os
efeitos
men
suráv
eis(desm
atamentos, poluição dos rios e la-
gos, descapitalização ecológica, etc.),outros efeitos de m
ensuração mais com
-plexa. A
expulsão do homem
da terratem
contribuído, por exemplo, para a
reconfiguração do espaço urbano naA
mazônia. E
ssa população engrossa afileira dos que sobrevivem
em condições
subumanas, nas áreas periféricas das
grandes capitais, como é o caso das bai-
xadas de Belém
.A
professora Nádia F
ialho des-
taca que os processos desencadeadossobre a A
mazônia, em
função do papelparticular da região em
frente das ne-cessidades históricas da acum
ulação ca-pitalista, têm
contribuído para a produ-ção de expressões da cham
ada "ques-tão
social". D
entre elas, d
estaca am
assiva desigualdade social, expressasno em
pobrecimento de sua população,
e a reincidente agressão à natureza, ex-pressa nos desm
atamentos, nas queim
a-das e na poluição dos rios.
Outras expressões decorrentes
das "questões sociais" são: o recorde deviolência na área rural, em
decorrênciados inúm
eros conflitos pela posse da terra;
o explosivo adensamento populacional
dos centros urbanos, sem que um
a cor-respondente infra-estrutura de bens eserviços fosse instalada; a perm
anenteam
eaça aos grupos indígenas e às co-m
un
idad
es tradicio
nais em
geral; a
biopirataria, que atualiza o saque coloni-al à b
iod
iversid
ade am
azôn
ica; onarcotráfico que, na ausência do poderpúblico, prolifera, inclusive com
o alter-nativa econôm
ica à pequena produçãoagrícola; a crescente prostituição infanto-juvenil e adulta; a crim
inosa presença dotrabalho escravo e do trabalho infantil, deque a A
mazônia, e, especialm
ente, o Esta-
do do Pará, são cam
peões.
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a"questão social" na A
mazônia, levan-
do-se em consideração que o profis-
sional d
e Serv
iço S
ocial atu
a nas
expressões desta questão, formulan-
do e implem
entando propostas paraseu enfrentam
ento, por meio de po-
líticas sociais públicas, empresariais, de
organizações da sociedade civil e de mo-
vimentos sociais.
Para N
ádia Fialho, o debate da
temática é im
portante também
pela di-vergência que suscita: para uns há um
anova questão social, enquanto para ou-tros, o que é novo são as expressõesdela, dadas pelo estágio particular do ca-pitalism
o dos monopólios. E
la destacoutam
bém que a cham
ada "questão soci-al" é em
pregada com aspas para indi-
car a mistificação do term
o, utilizado deform
a indistinta, servindo inclusive paraescam
otear a relação fundamental que
expressa: a exploração do trabalho pelo
capital.O evento contou com
a parti-cip
ação d
e pro
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as univ
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ades d
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e do A
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bém
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es-quisadores apresentassem
seus pro-gram
as e linhas de pesquisa em de-
senvolvimento no contexto da A
ma-
zônia.O
seminário buscou desenvol-
ver a articu
lação d
e gru
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e pes-
quisa sobre as expressões decorren-tes d
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ocial na Am
azônia.
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s.A
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blico em 1920, com
a publicação de AM
enina do Narizinho A
rrebitado, quenarra a vida de L
ucia Encerrabodes de
Oliveira, neta de D
. Benta, e futura es-
posa do Príncipe E
scamado, herdeiro
do trono do Reino das Á
guas Claras.
Aí com
eça a longa viagem de
Monteiro L
obato pelo folclore nacio-nal, na criação de um
a nobreza que re-presentasse os sonhos infantis das cri-anças brasileiras. L
obato recria pas-sagens de viajantes estrangeiros com
oH
ans Staden (1525-1579) e Jean de
Lery (1534-1611) pelo sudeste do B
ra-sil em
encontro com os costum
es indí-genas do passado, m
isturadas com per-
son
agen
s tradicio
nais d
o leg
end
áriopátrio, com
o o Saci, a C
uca e a Mula-
sem-cabeça. E
sse caminho de criação
literária e de crítica à importação de
idéias escondia uma história m
uito in-
teressante e que tem a ver com
a vin-da da fam
ília real portuguesa para oB
rasil em 1
80
8, co
mem
orad
a ago
racom
pompa e circunstância, a desagra-
dar o fantasma de M
onteiro Lobato. A
questão é que nosso escritor aprovei-tou a sim
ilitude de nomes e persona-
gens para satirizar a monarquia im
pe-rial brasileira e o costum
e carioca devalorizar seu passado de C
orte.O
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u-
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s ind
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na
s e o
enfrentamento de dificul-
dades, tais como o dom
í-nio restrito da língua por-
tug
uesa e a in
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do
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nismos de regularização fundiária dis-
po
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IRA
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ederal do Pará – F
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e 10 mil alu
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Oeste
Instalad
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região
Oeste d
o P
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60
2.5
73
km
²,o equivalente a 48%
do território doE
stado
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un
do
o C
enso
de 2
00
4,
os 19 municípios que a integram
, pos-suem
em torno de 1 m
ilhão de habi-tan
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a UF
PA
na
regiãodata de 1970, com a criação do
Nú
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FPA
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antarém
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98
3, a ch
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e licenciatu
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eda-
go
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s aulas eram
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scola Municipal E
veraldo de Souza
Martins, prédio cedido pela prefeitu-
ra de S
antarém
na ad
min
istração d
op
refeito R
on
an L
iberal.
Em
1986, o então reitor JoséS
eixas Lourenço recebeu docum
ento,assinado por vereadores, com
ercian-tes e profissionais liberais do O
este doP
ará, no
qu
al reivin
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am q
ue o
camp
us av
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o d
a Un
iversid
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Fed
eral d
e S
anta
Catarin
a em
Santarém
passasse para a administra-
ção da UF
PA. O
s signatários justifica-vam
a reivindicação por entender queesta instituição estava com
prometida
com o desenvolvim
ento da região se-gundo as suas reais necessidades. E
mabril de 1986, o cam
pus de Santarém
foi encampado pela U
FPA
.
Ma
rlene E
scher: crescim
ento
No ano de 1987, a universidade
implantou o P
rojeto de Interiorização,através do qual criou cinco novos cur-so
s de licen
ciatura n
o cam
pu
s de
Santarém
, todos em regim
e intervalar.O
município se transform
ou em pólo
regio
nal, receb
end
o estu
dan
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este doP
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19
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Superior de E
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xten-são
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FPA
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camp
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para o
de
Santarém
, com finalidade de im
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primeiro vestibular para um
curso
em reg
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o início de 1993, o ME
C autorizou a
UF
PA a am
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de p
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cadas n
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permitiram
a criação de três novos cur-
sos p
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tarém p
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San
tarém,
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Silveira N
eto" (campus do G
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eiro coordena-dor do cam
pus de Santarém
, Aldo
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parti-
cipa do trabalho desenvolvido pelaU
FP
A n
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este do
Pará, A
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Qu
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e afirmar, sem
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ode errar, que "nenhum
a outra insti-tuição fez tanto pelo interior do P
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iversid
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ida-
de p
ara mais e m
ais pesso
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e-rem
com m
ais dignidade".
LU
RD
INH
A R
OD
RIG
UE
S
cluída em quatro anos. O
empreendi-
mento terá investim
entos federais deR
$ 124 milhões. O
projeto autoriza acriação de 43 novos cursos de gradua-ção. S
egundo projeção do ministro, a
Universidade F
ederal do Oeste do P
arápoderá registrar, até 2012, um
número
superior a 10 mil alunos m
atriculados.O
ministro destacou a relevân-
cia da futura Universidade para a re-
gião: "compreendem
os que, diante dadim
ensão do território paraense, era ne-cessário criar um
a nova universidadefederal no P
ará, com autonom
ia finan-ceira e adm
inistrativa, para atender àrealidade do O
este do Estado". A
go-vernadora A
na Júlia Carepa considera
a Universidade com
o estratégica parao desenvolvim
ento sócio-econômico da
região e de todo o Pará, na m
edida emque cursos voltados à realidade regio-nal form
arão profissionais qualificadospara o atendim
ento das demandas so-
ciais, econômicas e am
bientais do Oes-
te paraense.
PA
C - P
ara o reitor da UF
PA, A
lexF
iúza de Mello, a criação da U
fopa fazparte de um
processo de integração da
GIU
LIO
VO
LA
NT
E
O ca
mp
us d
a U
FP
A d
e Sa
nta
rém sed
iará
a n
ova
Un
iversida
de
Projeto de L
ei assinado pelo presi-dente L
ula, no dia 12 de dezem-
bro passado, inaugura um novo pe-
ríodo na história do ensino superior nam
esorregião do Baixo A
mazonas. O
pro-jeto cria a U
niversidade Federal do O
es-te do P
ará, a Ufopa, um
a universidadepública e gratuita própria da região, comsede em
Santarém
e área de abrangênciaem
19 municípios. Já em
tramitação no
Congresso N
acional, o projeto poderá seraprovado ainda no prim
eiro semestre
deste ano.A
terceira Universidade F
ederalcriada no P
ará encampará o cam
pus daU
FPA
em S
antarém, além
dos campi de
Orixim
iná, Itaituba e Monte A
legre, aserem
criados, e o núcleo de Óbidos.
Todos os cursos de graduação e pós-gra-
duação, assim com
o os quadros de do-centes e de funcionários técnico-adm
i-nistrativos dos cam
pi da UF
PA e da U
fraem
Santarém
, passam para a órbita da
nova instituição. Durante a solenidade de
assinatura do projeto de lei, o ministro da
Educação, F
ernando Hadad, disse que a
nova universidade estará totalmente con-
região ao Estado. E
le ressalta que, porm
eio de uma universidade própria, de
um hospital regional dinam
izado e comos serviços públicos com
eçando a fun-cionar, o E
stado passa a estar mais pre-
sente no Oeste paraense. "E
stas são ins-tituições im
portantes e fundamentais
para o desenvolvimento regional", afir-
ma o reitor, para quem
a criação da
nova universidade é mais im
portante quetodas as obras do PA
C no P
ará. Segun-
do
a coo
rden
ado
ra do
Cam
pu
s da
UF
PA em
Santarém
, Marlene E
scher,a criação da U
fopa pressupõe o cresci-m
ento e o desenvolvimento da região,
viabilizados pelo conhecimento gerado
em diferentes cam
pos do saber para am
elhoria da qualidade de vida local.
Walte
r Pin
to
Reitor ressaltatrab
alho d
ead
min
istraçõesC
omo observou a governado-
ra Ana Júlia C
arepa, durante a soleni-dade de assinatura no P
alácio do Pla-
nalto, o projeto de criação da Ufopa é
resultante de um esforço conjunto,
com participação da sociedade, da
Universidade F
ederal do Pará, de par-
lamentares e dos governos estadual e
federal. No âm
bito da UF
PA, a gestão
atual reconhece o empenho desenvol-
vido pelos demais reitores desde a ori-
gem da instituição. "E
ste é um traba-
lho de longo prazo. Há várias gestões,
a universidade está presente no inte-rior. T
rata-se de um trabalho realizado
em cadeia. O
amadurecim
ento produ-ziu um
resultado que é a soma do tra-
balho de todas as administrações",
enfatiza Alex F
iuza de Mello.
O reitor observa que de um
campus avançado da U
FPA
nasceu aU
niversidade Federal do A
mapá. O
trabalho de extensão desenvolvidop
ela Un
iversid
ade em
Ro
raima e
Rondônia contribuiu para a im
planta-ção das federais daqueles E
stados.A
gora, do campus em
Santarém
nas-ce a U
niversidade Federal do O
estedo P
ará. "É m
uito gratificante olharpara a história da U
FPA
e perceberessa ex
periên
cia qu
e é rara, senão
única em todo o país", afirm
a. Para ele,
a criação da Ufopa é um
a prova daopção da U
niversidade Federal do
Pará pela sociedade paraense, ao pon-
to da instituição trabalhar para tornarautônom
o um filho dela própria. "Isto
significa comprom
isso social com o
Pará", concluiu.
BE
IRA
DO
RIO
– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 4
Gep
em m
onitora L
ei Maria d
a Pen
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UL
GA
ÇÃ
O
Grupo vai integrar consórcio de instituições e ongs que form
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da
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rofesso
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uzia
Mira
nd
a
A atuação do G
epem enquanto
parceiro do Observatório da L
ei Maria
da Penha abrangerá toda a região N
or-te. O
monitoram
ento da implantação da
lei embora incluído na linha de pesquisa
Gênero, S
aúde e Violência terá o apoio
dos demais m
embros das quatro linhas
desse grupo de pesquisa. As atividades
serão iniciadas por meio de um
levanta-m
ento estadual do que está acontecen-do nas D
elegacias de Mulheres, verifi-
cando quais são os recursos existentes,o núm
ero e os tipos de ocorrências deviolências contra as m
ulheres. O traba-
lho começa em
Belém
para depois avan-çar para o resto do E
stado. Posterior-
mente, será desenvolvido um
trabalhointegrado com
os grupos de estudo degênero das universid ades e com
os mo-
vimentos de m
ulheres dos outros esta-
O G
rupo de Estudos e P
esquisas"E
neida de Moraes” sobre M
ulher e G
ênero (Gepem
), do Ins-tituto de F
ilosofia e Ciências H
umanas
da Universidade F
ederal do Pará, vai
integrar o consórcio de instituições aca-dêm
icas e organizações não governa-m
entais que deverão atuar na constru-ção e im
plementação do O
bservatóriopara o m
onitoramento da aplicação da
Lei 11.340, m
ais conhecida como L
eiM
aria da Penha.
A inclusão do G
epem no projeto
pro
po
sto p
elo N
úcleo
de E
stud
os
Interdisciplinares sobre a Mulher da
Universidade F
ederal da Bahia (N
EIM
/U
FB
A) à S
ecretaria Especial de P
olíti-cas para as M
ulheres considera os 14anos de atividades desenvolvidas pelogrupo em
torno de cinco linhas de pes-quisa: m
ulher e participação política;m
ulher, relações de trabalho, meio am
-biente e desenvolvim
ento; gênero, iden-tidade e cultura; gênero, arte e literatu-ra; e gênero, saúde e violência. “É
umprojeto am
plo, desenvolvido em nível
nacional e estamos incluídos nessa pro-
posta por meio da linha de pesquisa gê-
nero, saúde e violência" informa a ci-
entista política Maria L
uzia Miranda Á
l-vares, coordenadora do grupo.
A L
ei Maria da P
enha foi sanci-onada em
agosto de 2006 pelo Presi-
dente da República. É
considerada como
fruto de uma articulação bem
sucedidaentre organizações fem
inistas, Secreta-
ria Especial de D
ireitos para as Mulhe-
res e o p
od
er legislativ
o fed
eral. ON
EIM
/UF
BA
está à frente da coorde-nação nacional para criação desse O
b-servatório que reúne, sob a form
a deconsórcio, oito instituições acadêm
icase O
NG
s reconhecidas nas cinco regi-ões brasileiras pela experiência com
apesquisa e m
obilização social e acom-
panhamento de políticas públicas de gê-
nero e de enfrentamento de violência.
dos da região Norte.
"Para avaliarm
os como está se
dando a aplicação da Lei precisam
ossaber com
o está o encaminham
ento dosprocessos, porque este tam
bém é um
elemento im
portante de avaliação e dem
onitoramento, já que a m
ulher podeaté denunciar, m
as o processo pode nãoter andam
ento, não ser deferido favo-rável à vitim
a. Com
o conhecimento
detalhado da situação teremos possibili-
dades de sermos m
ais vigilantes no an-dam
ento do processo e nos resultadose na própria aplicação da lei" esclareceL
uzia.Para en
frentar o
s desafio
s de
monitorar a aplicação da L
ei Maria da
Penha num
estado com as peculiarida-
des geográficas do Pará, a coordena-
ção do Gepem
está discutindo com a
coordenação nacional do Observatório,
a alocação diferenciada de recursos, vis-to que nem
todos os municípios têm
de-legacias de m
ulheres. "Em
muitas loca-
lidades o trabalho terá que ser in loco,porque se, em
Abaetetuba, próxim
o àcapital, acontece o que aconteceu im
a-gine em
localidades mais distantes. O
acesso ao interior deve ser subsidiado"inform
a Luzia Á
lvares.
ES
TU
DO
S - A
un
ião d
e estud
ioso
sparaenses sobre os problem
as da con-dição fem
inina propiciou a criação doG
rupo de Estudos e P
esquisas "Eneida
de Moraes” sobre M
ulher e Gênero, em
agosto de 1994. As pesquisadoras da
Universidade F
ederal do Pará decidiram
se aglutinar para manter um
intercâm-
bio de informações sobre a tem
áticaespecífica, procurando cham
ar outrasestudiosas da U
niversidade Estadual do
Pará (U
EPA
) e do Museu E
milio G
oeldique tinham
o mesm
o interesse.A
proposta do grupo é estimular o de-
senvolvimento de pesquisas e estudos
sob
re essa temática n
o âm
bito
da
UF
PA e dem
ais centros universitários.A
tualmente são 23 pesquisadoras as-
sociadas e cada linha tem um
a coorde-n
ação.O
Gepem
foi criado e sobrevivepor m
eio das pesquisas que identificam,
estudam e escrevem
a realidade sociala partir da tem
ática mulher. T
em um
aparticipação ativa no sentido de ser umm
ultiplicador do acúmulo de inform
açõessobre as questão estudadas, cada qualenfocando inúm
eras situações. O avan-
ço desses estudos tem contribuído para
incluir temas com
o masculinidade, até
bem
recentem
ente u
ma q
uestão
não
visualizada.
Nú
mero d
e vítimas está sen
do levan
tado
O trabalho que deve ser desenvolvido
num período de 24 m
eses já começou.
Num
a reunião ocorrida em S
alvador, osconsorciados discutiram
os indicadoressociais que devem
ser empregados para
identificar a situação da violência con-tra a m
ulher. Decidiu-se então que cada
consorciado levantaria seus próprios in-dicadores para verificar depois, os indi-cadores com
uns às cinco regiões parafacilitar o trabalho. A
coordenadora lo-cal do O
bservatório é a pesquisadorado G
epem, M
ônica Prates C
onrado, doP
rograma de P
ós-Graduação em
Ciên-
cias Sociais.
"A L
ei Maria da P
enhain
stitui u
ma p
olítica n
acion
al de
enfrentamento da violência dom
ésticae fam
iliar contra as mulheres. E
la sinte-tiza toda um
a situação que antes era vis-ta em
leis específicas, reformulando
medidas legais e procedim
entais da áreajurídica de form
a mais efetiva", esclare-
ce Luzia.
Clim
a influ
encia in
cidên
cia de m
aláriaE
studo mostra a relação da doença com
eventos climáticos nos oceanos
MA
RI C
HIB
A
An
dressa
Ta
vares P
aren
te alerta
qu
e a m
alá
ria n
ão
está co
ntro
lad
a
BE
IRA
DO
RIO
– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 9
Meio A
mb
iente
Cris
tina T
rind
ad
e
A dissertação de m
estrado "Inci- d
ência d
e malária n
o E
stado
do
Pará e su
as relações co
ma variabilidade clim
ática regional" foidefendida no final do ano passado pelaen
fermeira A
nd
ressa Tav
ares Paren
-te. E
la fez um
a análise d
e um
a séried
e 35
ano
s de d
ado
s anu
ais (19
70
-2
00
5) e 1
4 an
os d
e dad
os m
ensais
(1992-2005) da Secretaria de E
stadod
e Saú
de (S
espa) referen
tes a qu
atrod
iferentes reg
iões d
o P
ará. As in
for-
maçõ
es foram
com
parad
as com
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dad
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e precip
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luv
iom
étricaobtidos na A
gência Nacional de Á
guas(A
NA
), no
Institu
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acion
al de
Meteorologia (Inm
et) e por meio do
GrA
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, um program
a computacional
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revisão
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ência clim
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essa bacia q
ue
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ente têm grande incidência da do-
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nd
ários, fazen
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um
diag
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óstico
qu
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reça ações p
reven
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alária, tendo como
base o cenário climático regional. P
ou-co
s estud
os fazem
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des-
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os clim
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rincip
al-m
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s do
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cidên
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alária", es-clarece A
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o Ín
dice
Parasitário
Men
sal (IPM
) e o Ín
dice
Parasitário
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s qu
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un
icípio
s com
os p
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os d
e maio
re m
enor precipitação. Concluiu-se que
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áticos ge-rad
os p
elos o
ceano
s foram
com
patí-
veis a p
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ência d
e malária,
po
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iferenciad
os m
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sempre a regra “quanto m
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a mais m
alária” vale p
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lema d
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picais e su
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e a floresta
é o habitat natural do vetor. A pesqui-
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cio
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eira , destacan
do
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ática pela evi-d
ente relação
entre a d
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ição d
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os v
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pacto
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od
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e di-
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azônia,explorando os enfoquesregionais.
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trabalh
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iente n
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uais
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nção
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cido e Atlântico sul frio. O
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forn
ecer dad
os p
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do
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os estudos já realizados relacionan-d
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alária com
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ento
ecrescim
ento
po
pu
lacion
al" afirma
o p
rofesso
r Ev
erado
.O
estudo será apresentadoà S
espa, que já manifestou interesse
em conhecer os resultados. "E
stu-dar a m
alária pode parecer um as-
sunto antigo, repetitivo, mas é inte-
ressante porque ainda há grandenúm
ero de óbitos no interior do Es-
tado, o que prova que a doença nãoestá controlada" alerta A
ndressa.
A a
valia
ção
climá
tica p
ermitirá
ma
ior co
ntro
le da
ma
lária M
AR
I CH
IBA
BE
IRA
DO
RIO
– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 8
Lu
amim
, arte como in
serção socialP
rogra
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esenvo
lvido n
a F
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e Serviço
Socia
l
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e
Crian
ças beneficiadas pelo program
a Lu
amim
curtem
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PA
Com
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recer oficin
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e com
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nicação
. Isto é b
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alisarn
ov
as meto
do
log
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terven
-ção
com
arte e com
un
icação,
associad
o ao
s trabalh
os so
ciais",d
efend
e.O
programa L
uamim
come-
çou a ser executado a partir de 1992com
a publicação do mesm
o. A boa
rep
erc
ussã
o
loc
al
e
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cio
na
lg
arantiu
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m p
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ED
UC
para en
-v
olv
er as escolas estad
uais d
os
bairro
s da T
erra Firm
e e Gu
amá
com as ações do L
uamim
. "As pes-
qu
isas apo
ntam
qu
e nesses lo
caisé alto
o ín
dice d
e con
flitos so
ciaise d
e crianças en
vo
lvid
as com
tra-balho infantil, violência dom
ésticae drogas, além
da ausência de equi-p
amen
tos d
e lazer e de políticasculturais", com
enta Paulo.
O L
uamin foi absorvido pelo
Instituto de Ciências A
plicadas (an-tigo C
entro Sócio E
conômico) que
o tran
sform
ou
nu
m p
rog
rama d
eextensão e pesquisa, a partir da dis-sertação
de m
estrado
“Lu
amim
peças in
terven
tivas n
a realidad
e”,em
20
00
."T
rabalh
ei com
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‘Peças in
terven
tivas n
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de’ q
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criei e defen
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ltura. A
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as são u
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lo F
reire e as técnicas d
e inter-
ven
ção p
róp
rias do
Serv
iço S
o-
cial e as técnicas d
a arte com
u-
nicação
", exp
lica o p
esqu
isado
r.
O poem
a Luam
im um
anjo ur- bano foi a inspiração paracriação de um
programa de
extensão interdisciplinar desenvolvi-do na F
aculdade de Serviço S
ocialdo Instituto de C
iências Sociais A
pli-cad
as. O
"L
uam
im
peças
interventivas na realidade" foi cria-do em
1992, pelo jornalista, escritore poeta P
aulo Roberto M
artins coma proposta de em
pregar a arte e acom
unicação como instrum
entos detransform
ação social e consciênciacrítica. O
público alvo do programa
têm sido, predom
inantemente, crian-
ças, jovens, adolescentes e familia-
res de co
mu
nid
ades p
róx
imas à
UF
PA.O
trabalho desenvolvido aolongo de 15 anos valeu a prem
iação,em
novembro de 2007, com
o "Prê-
mio C
ultura Viva" - 2ª edição do M
i-nistério da C
ultura, concorrendo comoutros 3 m
il inscritos. O program
aL
uamim
é uma das 120 iniciativas
de todo o país, que desenvolve açõesvinculadas à P
olítica da Cultura, a
receber o selo ."L
uamim
'' significa Filho da L
uaM
inguante e o termo foi usado por P
au-lo M
artins para se referir aos meni-
nos e meninas que m
oram nas ruas.
"Quando escrevi o L
uamim
não tinhanoção da am
plitude que ele tinha. Ém
uita satisfação para mim
ver que umpoem
a foi capaz de ter toda essa re-percussão na academ
ia e criar um pro-
grama para atender um
a comunidade
carente", diz.P
aulo afirma que a concepção
do projeto "Luam
im peças interventivas
na realidade" é de caráter preventivosocial. "P
arece uma coisa sim
ples, ba-nal e as pessoas não dão m
uita impor-
tância para isso. Mas enquanto um
acriança é envolvida com
arte, fotogra-fia, m
úsica, ela tem seu lado lúdico ocu-
pado, o que muitas vezes é negado no
seu cotidiano de criança carente da pe-riferia que está sem
pre a um passo de
variadas formas de violência. Isto faz
toda a diferença numa com
unidade, jáque algum
as são verdadeiros laborató-rios de produção e reprodução de vio-lências", afirm
a."O
Pro
gram
a Lu
amim
realizaações investigativas na área do S
erviçoS
ocial, no contexto das Ciências da C
ul-tura, procurando construir conhecim
en-tos por m
eio da pesquisa e da exten-são", explica a coordenadora e profes-sora do L
uamim
, Heliana B
aía Evelin
Soria. P
ara ela, a conquista do Selo
Cultura V
iva - 2ª edição vai facilitar abusca de outros financiam
entos para oprogram
a. "Apesar de o P
rograma es-
tar institucionalizado, nemtudo é perfeito. T
emos o
apoio e esforço de estu-dantes de S
erviço Social e
de
Mú
sica, b
olsistas
PR
OE
X,
PR
OIN
T
eP
IBIC
/CN
Pq. C
ontamos
tamb
ém co
m o
trabalh
ovoluntário de instrutores deD
ança e Teatro, de estu-
dantes e profissionais, quebuscam
o programa com
ou
m esp
aço d
e estud
o e
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uisa n
os G
rup
os d
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tanto
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s estágio
curricular devido à infra-estrutura dop
rog
rama, q
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um
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ço ex
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o e co
m eq
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amen
tos d
ein
form
ática em estad
o p
recário", la-
men
ta.As oficinas envolvem
dança, mú-
sica, balé, teatro e informática. A
s ativi-dades incluem
também
orientação soci-al, cursos e palestras com
informações
sobre cidadania e direitos sociais. Cada
grupo conta com um
instrutor de arte eu
m estu
dan
te de S
erviço
social. A
sações são antecedidas por um
a articu-lação com
as lideranças comunitárias
onde se procura descobrir os conteúdosde m
aior interesse para as oficinas. O
Diversificação d
e atividad
esfoco são as crianças e os adolescentes,m
as também
atende à demanda de jo-
vens e adu
ltos, d
espro
vid
os d
e fer-ram
entas p
ara um
a melh
or in
serçãoso
cial.As atividades com
as crianças eadolescentes são desenvolvidas no es-paço do C
RA
S-G
uamá, um
a das par-ceiras do program
a, que mantém
aindaparceria com
o Laboratório de E
nge-nharia C
ivil, com o IC
A, por m
eio doP
rojeto
Mú
sica eS
erviço
So
cial ecom
o Projeto S
er-viço S
ocial Escolar.
A partir de 2006, o
programa L
uamim
teve su
as ativid
a-d
es amp
liadas e
subdividiu-se param
elhor atender asatividades de pes-quisa e extensão einiciar o processop
ara con
stituir-se
em esp
aço d
e es-tágio curricular não som
ente para o Ser-
viço Social, m
as também
para a Arte,
Com
unicação e Turism
o. Três proje-
tos fo
ram criad
os: o
Pro
criar, oP
roLuam
im e o S
er Brasileiro. O
"Pro-
criar" se propõe desenvolver estudos edebates sobre resiliência, tem
a recen-tem
ente introduzido no Serviço S
ocial.O
"P
rolu
amim
" p
revê
aprofissionalização de adolescentes e jo-vens egressos das oficinas oferecidasd
and
o co
ntin
uid
ade ao
pro
cesso d
eaprendizagem
cidadã. O "S
er Brasilei-
ro" inscreve anualmente 20 universitá-
rios, das séries iniciais com habilidades
artísticas e interessados no estudo epesquisa relacionadas à arte e culturado povo brasileiro e am
azônida. DIV
UL
GA
ÇÃ
O
BE
IRA
DO
RIO
– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 5
Bettin
a é referência em
reposição en
zimática
MA
RI C
HIB
A
Centro C
assiano Sena Nascim
ento é o único a tratar MP
S no Norte
Nom
e homenageia idealizador da U
FPA
Terap
ia
Eric
ka P
into
Flá
via e L
aís fo
ram
as p
rimeira
s a fa
zer trata
men
to n
o E
stad
o
O C
entro Especializado em
Te-
rapia de Reposição E
nzimática
"Cassiano S
ena Nascim
ento",do H
ospital Universitário B
ettina Ferro
de Souza, com
emorou um
ano de funci-onam
ento no último dia 15 de janeiro. É
o único da região Norte a fazer trata-
men
to
com
p
ortad
ores
de
Mucopolissacaridose (M
PS
), doençam
etabólica hereditária responsável peladim
inuição ou ausência de enzimas, lo-
calizadas n
o in
terior d
as células
(lisossomas), im
portantes para o funci-onam
ento do corpo.O
Centro atende, atualm
ente, trêspacientes, dois que apresentam
MP
S do
tipo VI, e um
com M
PS
do tipo I. Além
da medicação, que é de uso contínuo,
feita por infusão via endovenosa e queleva em
média quatro horas, a T
erapiade R
eposição Enzim
ática (TR
E) ofere-
ce ao paciente um acom
panhamento
multidisciplinar. A
equipe é formada por
profissionais da área da saúde perten-cen
tes a várias categ
orias (m
édico
,biom
édico, farmacêutico, enferm
eiro,nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta,odontólogo e biólogo).
As irm
ãs Flávia, 12, e L
aís Ma-
chado Pom
peu, 14, do município de
Cam
etá, foram as prim
eiras paraensesa fazer o tratam
ento para a reposiçãoenzim
ática. Os casos de M
PS
foramdiagnosticados em
2002, pelo Labora-
tório de Erros Inatos do M
etabolis-m
o, d
a Un
iversid
ade F
ederal d
oP
ará (UF
PA). E
m 2003, elas foram
escolhidas para participar dos pri-m
eiros testes com um
a nova dro-ga, no H
ospital de Clínicas de P
or-to A
legre (RS
). O objetivo era ten-
tar reverter o quadro clínico e me-
lhorar a qualidade de vida dos paci-entes. A
lém do B
rasil, participaramda experiência pacientes dos E
sta-dos U
nidos, Itália, Inglaterra, Por-
tugal e Canadá. C
om os resultados
positivos alcançados com a m
edi-
A m
udança de nome do C
ampus
Universitário do G
uamá para C
idadeU
niversitária “Professor José da S
ilveiraN
etto” - uma hom
enagem ao idealizador
da Universidade F
ederal do Pará - selou
mais
um
m
om
ento
h
istórico
d
etran
sform
ações físicas e estru
turais
como parte das com
emorações pelos 50
anos da instituição. A cerim
ônia ocorreuno dia 28 de dezem
bro e reuniu o reitor,A
lex Fiúza de M
ello, a vice-reitora,R
egina Feio, pró-reitores e ex-reitores
da instituição e convidados. Tam
bémparticiparam
da solenidade os filhos doh
om
enag
eado
, o p
rofesso
r Rein
aldo
Silv
eira e
Helen
a S
ilveira.
O b
usto
do
ex-reito
r, José d
aS
ilveira N
etto, q
ue an
tes ficava em
frente ao prédio da Reitoria, passou para
uma praça localizada dentro da U
FPA
,próxim
a ao portão principal, onde foiinstalada um
a placa com o novo nom
ed
o C
amp
us em
destaq
ue. D
uran
te acerim
ônia, o professor Reinaldo S
ilveiradestacou o sentim
ento do seu pai peloespaço que abriga a U
FPA
. “Quando
meu
pai id
ealizou
esse Cam
pu
s, oprojeto original contem
plava o nome de
cação, a direção do Hospital U
ni-versitário B
ettina Ferro de S
ouzaresolveu abraçar a causa e criou,em
janeiro de 2007, o Centro de
Reposição E
nzimática. E
m um
anode funcionam
ento, o vigilante Flá-
vio Pom
peu comem
ora os avançosno tratam
ento das filhas. "A conti-
nuação do tratamento está sendo
muito im
portante. Hoje elas levam
uma vida norm
al e as mudanças são
visíveis, principalmente na pele, nos
cabelos, nas articulações; o baçotam
bém dim
inuiu", relata.
‘cidad
e un
iversitária’ e tin
ha u
mcam
po
de fu
tebo
l, tamb
ém. O
objetivo maior dele era congregar as
faculdades, professores e alunos emum
único local”, recordou Reinaldo
Silveira. O
reitor da UF
PA, A
lexF
iúza de Mello, ressaltou o caráter
amazônico da instituição, “m
arcadapela beleza de um
rio. Aliás, essa é
uma característica m
arcante destee dos outros cam
pi: a presença derio
s qu
e marg
eiam o
s préd
ios”.
Até o início da década de 60,
as áreas de administração, pesquisa,
ensin
o e ex
tensão
da U
FPA
fun
cion
avam
em
p
rédio
s,localizados em
vários pontos deB
elém. O
desafio de reunir essasáreas em
um único espaço surgiu
em 1963, quando S
ilveira Netto,
por meio do D
epartamento de
Planejam
ento e Obras, deu início
ao processo de negociação juntoao
In
stituto
d
e P
esqu
isaA
gropecuária do Norte para a
aquisição da área. No dia 13 de
agosto de 1968, era inauguradoo C
ampus P
ioneiro da UF
PA.
O reito
r da U
niv
ersidad
e Fed
e-ral d
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ará, pro
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Bra-
sil e no
exterio
r. É resp
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tíficas.
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20 a 30 linhas, incluindo título, perí-o
do
de realização
, coo
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Facu
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ento
(quando for o caso), objetivos da pesqui-sa, área d
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ciaisenvolvidos e principais benefícios da pes-q
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rou a placa com
o busto do professor José da S
ilveira Neto
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calizado
pró
xim
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Auditório S
etorial Básico do C
ampus do
Guam
á, foi inaugurado no último dia 26.
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História
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niversitária
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– Universidade F
ederal do Pará – F
evereiro, 2008 – 6B
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niversidade Federal do P
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s un
ida
des
Na últim
a reunião do Conselho S
uperior de E
nsino, Pesquisa e E
xtensão de 2007, a U
niversidadeF
ederal do Pará reuniu, pela prim
eira vezao longo dos seus 50 anos de vida, todasas norm
as para funcionamento do ensi-
no de graduação num único docum
ento.P
arte das normas estava dispersa em
vá-rio
s d
ocu
men
tos.
Ou
tras fo
ramintroduzidas de form
a a preencher lacu-nas norm
ativas existentes em função do
crescimento da instituição, apresentan-
do alguns aspectos bastante inovadoresem
relação à graduação.A
leitura dos 143 artigos da regu-lam
entação recém-aprovada evidencia
esses aspectos inovadores e o caráterflexível das norm
as adotadas, possibili-tan
do
aos cu
rsos o
rgan
izarem-se d
eacordo com
a natureza de seus projetospedagógicos e as exigências da sua áreade conhecim
ento. A rig
idez d
o co
ntro
led
e registro
acadêm
ico fo
i sub
stituíd
ap
or n
orm
as abertas à in
ov
ação, co
mo
por exemplo, m
udanças na metodologia
de en
sino
ou
no
vas fo
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ani-
zação d
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, antes
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meio
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mo
do
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do
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omo explica o reitor A
lex Fiúza
de Mello, a idéia da regulam
entação éque o conteúdo determ
ine a forma. "S
eum
curso decidir inovar e, no limite, pro-
por o fim das disciplinas, optando por le-
var todos os alunos para dentro do labo-ratório, com
putando essa atividade como
Outra novidade é a substituição
dos dois semestres acadêm
icos por qua-tro períodos de atividades letivas no ano.O
período intervalar da interiorização tor-nou-se oficial. F
oram instituídos dois pe-
ríodos (o 1° e 3°) computando 100 dias
e outros (2° e 4°) compreendendo 200
dias letivos. Os cursos podem
se pro-gram
ar por meio da com
binação des-ses períodos, reservando um
para as ati-vidades de extensão ou de pesquisa, evi-tando, dessa form
a, a superposição coma carga horária das disciplinas. P
od
em,
po
r exem
plo
, utilizar o
perío
do
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ativo
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iaro
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êmico
sn
o in
terior, sem
preju
ízo d
as aulas n
ocu
rso.A
o estabelecer quatro períodosletivos e considerar a disciplina com
oum
a das formas de atividade acadêm
i-ca, assim
como a iniciação científica, o
trabalho em laboratório e a participação
em projetos de extensão, a U
FPA
está
pro
po
rcion
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o a cad
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s-sib
ilidad
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efinir o
seu d
esenh
ocurricular e a sua form
a inovadora deestab
elecer o p
rocesso
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sino
eaprendizagem
. Essa flexibilidade, po-
rém, o
bed
ece a um
a org
anização
, es-tan
do
sujeita à reg
ulam
entação
, me-
tas e ob
jetivo
s.N
a avaliação do reitor, a regula-m
entação representa um avanço com
-patível com
as transformações que es-
tão se processando no conhecimento
no limiar do século X
XI. "A
Universi-
dade precisava de um regim
e que pri-vilegiasse a possibilidade de inovação otem
po todo. Não podem
os ter mais um
período específico para reforma do pro-
jeto pedagógico. O projeto pedagógico
será, agora, reformado durante todo o
tempo. O
sistema estará pronto para
acolher todos os tipos de reforma, a
qualquer tempo. Isto é im
portante por-que desburocratiza os procedim
entos".
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cipais n
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Co
nsep
e destaca-se o
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mento de critérios para a m
obilida-d
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s alun
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rá-ria e a definitiva. U
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lo, d
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camp
us p
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m reg
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entação
específica,
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po
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camp
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od
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ou
tro am
bien
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qu
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cal talvez n
ão fo
sse fa-v
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orq
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teo
s mesm
os.
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no
mu
dar d
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amen
te de
camp
us, m
as estabelece critério
sq
ue lim
itam essa fo
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bili-
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ais critérios são
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rios p
ara evitar sério
s pro
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os, co
mo
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chaço
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inados cursos de algunscam
pi.A escolha do regim
e de ma-
trícula é o
utro
po
nto
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vad
or d
oregulam
ento. Em
geral, as institui-ções possuem
um único regim
e dem
atrícula, seja seriad
o o
u p
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vidades curriculares. A U
FPA
ino-va ao possibilitar às faculdades es-co
lherem
qu
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ue p
re-ten
dem
praticar.
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, pró
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me
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curriculares. "Essa possibilidade de
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as caracte-rísticas. Isto
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uito gran-d
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ssuin
do
, ho
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rsos d
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uação
, com
carac-terísticas diferenciadas, tornando-se in
adeq
uad
a a un
iform
ização d
ed
etermin
ado
s pro
cedim
ento
s”.
carga horária integral, poderá fazê-lo.S
e decidir que parte do curso vai parao interior participar de atividade de ex-ten
são, tam
bém
será con
tabilizad
ocom
o carga horária porque o conceitode atividade acadêm
ica substituiu oconceito de disciplina. A
disciplina pas-sou a ser um
a possibilidade da ativida-de acadêm
ica", explica o reitor.
An
o será divid
ido em
qu
atro períod
os letivos
Ou
tra no
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ov
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ade d
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to integrado por período letivo. Os pro-
fessores q
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ão m
inistrar ativ
idad
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ara um
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etermin
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pe-
ríod
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qu
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fazerem a av
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ente a possibilidade de integração deativ
idad
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recen-
do o desenvolvimento dos projetos pe-
dag
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icos d
e form
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lada.
A auto-avaliação de projetos pe-
dag
óg
icos d
e curso
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. Atu
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0%
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ulam
entação
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ou
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atória.
Um
avanço de significativo con-teú
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social é a in
trod
ução
das m
atrí-culas em
disciplinas isoladas - um pro-
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inistrati-
vas. O novo regulam
ento disponibilizap
ara a socied
ade v
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anescen
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discip
linas, ap
ós a m
atrícula,
po
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ital. Qu
alqu
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a,inclusive a que não tenha concluído oen
sino
méd
io, p
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erá pleitear esta
form
a de m
atrícula.
A m
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a é especialm
ente im
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ortan
te para trab
alhad
ores q
ue p
re-ten
dem
con
hecer m
ais sob
re o seu
ofício. Um
torneiro mecânico que lida
com solda, por exem
plo, poderá aper-fe
iço
ar
sua
té
cn
ica
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uirid
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piricam
ente, p
or m
eio d
e um
re-forço teórico na U
FPA
. Evidentem
en-te, terá q
ue se su
bm
eter a um
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seletivo
estabelecid
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a un
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ade.
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entação é o reconhecimento ofi-
cial da p
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integralização curricular. Atualm
ente,m
uitos anos alunos participam dessas
ativid
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gó
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ilegiem
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dad
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PE
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ência d
o alu
no
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ento
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pelo
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torecém
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terior
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te perm
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es-m
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no
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a.E
ssa situação
perm
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stituição
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li-n
as cursad
as fora fo
ssem cred
ita-
das. O
utras v
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re-g
ressava, m
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cup
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go
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tod
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la: do
is semestres co
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cutiv
os o
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uatro
intercalad
os.
A m
ud
ança q
ue d
eve ag
radar
aos alunos é a introdução da avaliaçãosubstitutiva, ou seja, um
a nova avalia-ção que pode ser feita para substituiru
m m
au d
esemp
enh
o n
um
a pro
va.
Essa m
edida reduz as chances de repro-vação, m
as a realização da avaliaçãosubstitutiva ficará a critério do professor.
Avaliação su
bstitu
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flexibilidade importantíssim
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a instituição de ensino superiortão
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informática que o abriga. E
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a sua p
rog
ramação
de h
orário
s eas su
as ativid
ades d
e pesq
uisa e
exten
são.
A p
rofesso
ra con
cord
a qu
eas av
aliações d
as ativid
ades d
i-d
ático-p
edag
óg
icas ao fin
al de
cada p
eríod
o letiv
o resu
ltarãonum
planejamento m
ais eficaz dasativ
idad
es do
perío
do
segu
inte.
"Isso sig
nifica q
ue o
pro
jeto p
e-d
ag
óg
ico
do
cu
rso e
stará
em
con
stante e p
erman
ente av
alia-
ção", arg
um
enta S
carleth. "P
or
força d
a no
rma, h
averá u
m tra-
balh
o d
e equ
ipe p
ara qu
e acon
te-ça o
referido
plan
ejamen
to. E
esse trabalh
o d
e equ
ipe ex
igirá
qu
e cada d
ocen
te particip
e ativa-
men
te da v
ida acad
êmica, n
a qu
alestá in
du
bitav
elmen
te inserid
o,
po
is a direção
da facu
ldad
e não
po
derá (n
em co
nseg
uirá) ex
ecu-
tar um
trabalh
o so
litário, em
bu
s-ca d
a efetiva co
nstru
ção d
o p
la-n
ejamen
to citad
o an
teriorm
ente".
Seg
un
do
a pro
fessora, "o
docente que quiser acompanhar as
mu
dan
ças oco
rridas n
a UF
PA
,d
everá, an
tes de q
ualq
uer co
isa,conhecer bem
o projeto pedagógi-co
do
curso
em q
ue atu
a, qu
alqu
erq
ue seja o
form
ato m
etod
oló
gico
ado
tado
. Do
con
trário, n
ão estará
apto
sequ
er a vo
tar no
pro
cessod
e decisão
do
regim
e curricu
lar".S
carleth O
'hara afirm
a qu
e a vid
ad
o d
ocen
te já não
po
de se lim
itarap
enas à sala d
e aula, co
mo
no
ve-
lho
sistema b
ancário
ped
agó
gico
,no qual o professor expõe seus co-n
hecim
ento
s e o alu
no
os receb
ep
assivam
ente. "E
sse sistema está
em d
esuso
, frente a in
úm
eras ex-
periências metodológicas inovado-
ras de ensino, a otimização de m
ei-o
s e a valo
rização d
e pesso
as na
área de en
sino
de g
radu
ação".
So
bre
a p
rep
ara
çã
o d
as
un
idad
es para o
cum
prim
ento
das
no
rmas, a p
rofesso
ra lemb
ra qu
eto
do
pro
cesso d
e mu
dan
ça requ
erad
aptaçõ
es. "Certam
ente, o
s atu-
ais institu
tos estão
imb
uíd
os n
oaco
mp
anh
amen
to d
as mu
dan
çasp
rop
ostas p
elo n
ov
o reg
ulam
en-
to. C
reio q
ue to
do
s eles e, con
se-q
üen
temen
te, as faculd
ades d
e-v
erão p
reocu
par-se em
atualizar
ou
rev
isar se
us siste
ma
s de
info
rmática, p
ois as m
ud
anças fa-
rão p
arte, sem d
úv
ida, d
o S
iste-m
a Integ
rado
de E
nsin
o q
ue in
-terlig
a e integ
ra as instân
cias ad-
min
istrativas d
a Institu
ição".