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Disciplina de Filosofia 2011/2012 11ºG Belos, feios ou diferentes? Grupo 2: Ana Carolina Sousa nº1 André Filipe Fernandes nº2 Francisco Miguel Guerra nº5 Renata Rasteiro nº14 Escola Secundária Infanta Dona Maria

Belos, feios ou diferentes

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Page 1: Belos, feios ou diferentes

Disciplina de Filosofia

2011/2012

11ºG

Belos, feios ou

diferentes?

Grupo 2:

Ana Carolina Sousa nº1

André Filipe Fernandes nº2

Francisco Miguel Guerra nº5

Renata Rasteiro nº14

Escola Secundária Infanta Dona Maria

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Belos, feios ou diferentes?

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Introdução .............................................................................................................. 3

“Que nível de perfeição se tenta atingir (tendo ou não em conta os padrões de

normalidade)?” ........................................................................................................ 4

“Que impacto tem o nosso aspeto na sociedade?” .................................................. 5

“Será que o que achamos bom para nós irá impedir de viver ou de construir um

futuro pelo qual lutamos?” ...................................................................................... 7

“Porque é que uma pessoa que não se sente bem no seu corpo tem de ser obrigada

a viver nele?” ........................................................................................................... 9

“Porque é que para tudo tem de existir regras pré-concebidas e estereótipos?” ... 10

Conclusão ............................................................................................................. 13

Bibliografia ........................................................................................................... 14

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Introdução

“A expressão mais bela e enriquecedora da vida humana é a sua diversidade. Uma diversidade que nunca pode servir para justificar a desigualdade. A

repressão da diversidade empobrece a raça humana. É nosso dever facilitar e reforçar a diversidade a fim de chegar a um mundo mais equitativo para

todos. Para que exista a igualdade, devemos evitar as normas que definem o que deve ser uma vida humana normal ou a forma normal de alcançar a

felicidade. A única qualidade normal que pode existir entre os seres humanos é a própria vida"

Óscar Arias (prémio Nobel da Paz)

O mundo em que vivemos está cheio de regras, normas e grupos aos quais

todo o homem quer pertencer para não se sentir excluído da sociedade.

Mas quando esses grupos não são suficientes? Quando queremos o melhor

de dois mundos, o que acontece? Será que somos excluídos dos dois? Ou teremos

obrigatoriamente de escolher um e viver na revolta de nunca conseguir atingir os

nossos objetivos e vivermos os nossos sonhos?

Bem, as perguntas são tantas e as respostas tão poucas. Neste trabalho

pretendemos dar a conhecer a nossa visão sobre alguns aspetos da nossa

sociedade. Não é que estejamos certos nem que estejamos errados. Apenas é a

nossa opinião e como o mundo está cheio de opiniões aqui fica a nossa.

O ser humano, consoante as suas vivencias e experiencias, tem visões

diferentes do mundo. Por isso, é normal que as pessoas discordem em certos

aspectos no entanto todos tem de fazer um esforço para aceitar os outros. So que

a nossa sociedade não tem uma motivação suficiente, a sociedade é feita de

pessoas e se estas não mudam o mundo não muda…

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“Que nível de perfeição se tenta atingir (tendo ou não em conta

os padrões de normalidade)?”

O conceção de PERFEIÇÃO é algo controverso, algo não definido. Todas as

pessoas conseguem olhar e declamar algo de perfeito, mas ninguém consegue

definir essa perfeição. Perfeição é então vista por uma sociedade de várias

maneiras diferentes, dependendo de fatores subjetivos, os quais nunca se sabem

pois depende de cada um.

O conceito moderno de perfeição provém do movimento idealista do século

XVIII e esta intimamente ligado a procura de cada vez mais e melhor. Em Kant, e

seus antecessores, perfeição é uma noção de ontologia: todo um conjunto de

população concordar com o mesmo nível de perfeição. O perfeito é um ‘completo’,

um conjunto de acções que tem como objetivo o melhor dos melhores. Por outro

lado, a perfeição é uma ideia, uma condição que não é alcançada, mas deve

necessariamente ser alcançada com êxito - esta é a ética do homem

Será que tentamos atingir a perfeição?

Se a perfeição tem um carácter subjetivo, como é esperado, a tentativa de

trabalhar para se atingir algo perfeito também depende de cada um. Todos

somos diferentes logo temos diferentes objetivos e para os atingir

utilizamos diferentes métodos, meios.

Hoje em dia, a perfeição também é condicionada pelos diferentes modos

da sua representação. A existência de diferentes estilos: punk, gótico, beto,

dread, bem vestidos, mal vestidos, entre outros; levou a que, como já foi

referido, a definição de perfeição se torne cada vez mais subjetiva e

diferente, pelo facto de haver diferentes visões/opinião que podem derivar

facilmente.

Logo, a perfeição, na nossa perspetiva, não é algo concreto, mas sim algo

ilimitado e involuntário que nasce e é construído por cada um, nunca tendo como

objetivo a influência na sociedade mas sim os seus valores e uma forma de

resposta aos estímulos provenientes do exterior.

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“Que impacto tem o nosso aspeto na sociedade?”

Numa sociedade que grita igualdade, igualdade de direitos, igualdade de

escolha, igualdade de culturas, igualdade de ideias ainda existe quem goste de

individualidade e de se mostrar ao mundo pelo que tem de diferente e não

apenas igual a tantos outros que fazem o mesmo, comem o mesmo, vestem o

mesmo, vão aos mesmos sítios …

Antigamente cada cultura, cada tribo tinha as suas características, usavam

furos, pinturas, roupas e instrumentos próprios. Assim conseguiam a sua

diferenciação tanto que hoje ainda se estudam as tribos ou qualquer espécie de

aglomerado para fundamentar a diversificação e a expansão humana verificada

desde quase a criação da Terra.

Se já todos estamos habituados a que haja diferenças entre pessoas, que

haja diferentes ideias e ideais, diferentes objetivos porque reagimos tão mal

quando somos confrontados com pessoas com opções de vida diferentes?

Porque não é o ser humano capaz de aceitar a diferença?

Esta diferença, estas opções de vida alternativa são temas controversos,

visto que a simples opção de um filho se tornar vegetariano pode “pôr a cabeça

de um pai em água”. E se nós refletirmos sobre alterações do corpo, agora não

seria apenas a cabeça de um pai a ficar confusa mas sim a maioria da

comunidade ou sociedade em que essa pessoa esta incluída.

Estas alterações estão muitas vezes associadas a jovens adolescentes, no

entanto há que ver que certo tipo de modificações apenas são permitidas a

maiores de 18 anos. Outro aspeto a ter em conta é o que realmente este tipo

de manifestações significa. Arte? Revolta? Necessidade de atenção?

Necessidade de se destacar?

As razões são variadíssimas, há quem faça pelo verdadeiro significado desta

arte, vê o corpo como uma tela branca sob a qual tem o direito de alterar sem

se preocupar com qualquer tipo de preconceito ou estereótipo no qual esta

integrado. Grava no seu corpo momentos, objetos com significado, vivências

de uma vida.

Existem aqueles que fazem porque os outros fazem, “ora bem se todos

fazem e eu me quero inserir no grupo ou estrato social deles tenho de fazer o

mesmo”, como uma tendência ou um acessório que se todos têm eu também

tenho de ter para não ser excluído.

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Ainda há quem o faça por revolta, este motivo muitas vezes associados ao

jovens, quando se querem afirmar ou tentar mostrar que já adultos, acabando

por fazer asneiras ou correndo riscos desnecessários, como por exemplo, furar

uma parte do corpo em casa porque os pais nãos os deixam ir a uma loja

especializada.

Há muitos outros motivos como necessidade de atenção, por exemplo, se

num grupo a pessoa se sente invisível e num dia aparecer com uma tatuagem

já vai ser falada e comentada por todos. Ou ainda por necessidade de se

diferenciar, se alguém vive num ambiente demasiado estereotipado, em que

tudo tem de ser igual e guiar-se pelas mesmas regras e ideais, fazer uma

modificação no corpo vai fazer com que essa pessoa fuja a normalidade e

igualdade a que esta habituada.

Esta opção de vida de alterar o nosso corpo pode tomar várias formas, usar

piercings, alargadores, fazer uma tatuagem ou um implante pode mudar a

forma como a sociedade nos acolhe e aceita ou exclui.

Apesar de a mentalidade relativamente a tatuagens ou piercings estar a

mudar não quer dizer que seja totalmente aceite pela sociedade. Este tipo de

alteração corporal está muitas vezes associada a rebeldia por isso é que não

são bem aceites.

Hoje em dia, as tatuagens são mais facilmente aceites em homens do que

nas mulheres. Visto que, como inicialmente eram apenas os homens que as

usavam o processo de aceitação está mais avançado do que nas mulheres.

Uma mulher tatuada é considerada pouco inteligente visto que se fosse

inteligente não faria isso ao seu corpo. Esta ideia está associada a quebra da

imagem doce, delicada e maternal que era suposto todas as mulheres

seguirem.

Concluindo, todos sabem que ser diferente implica um processo de

aceitação que pode ser rápido, lento ou que pode nem acontecer. Por isso, as

pessoas têm que ter a noção de que as decisões que tomam hoje terão reflexos

no seu futuro e que por isso há que pensar muito bem antes de tomar uma

decisão tão importante.

Se alguém decidir envergar por esse caminho e modificar o seu corpo sabe

que terá desafios a ultrapassar, no entanto se for convincente e seguro de si e

das suas capacidades o seu aspeto deveria ser o menor dos problemas a ter em

conta, porque no final do dia, não é um aspeto de alguém que faz o trabalho

necessário ao desenvolvimento da nação.

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“Será que o que achamos bom para nós irá impedir de viver

ou de construir um futuro pelo qual lutamos?”

Em tempos antigos os mais bravos guerreiros ostentavam certas marcas,

tatuagens, que eram como trofeus.

No entanto, com o passar dos tempos estas marcas passaram a estar

associados a comportamentos criminosos, todos os que as utilizassem eram

vistos como marginais ou bandidos. Dai que as empresas, na generalidade não

aceitassem pessoas tatuadas ou com piercings. Este preconceito tem mudado

nos últimos tempos sendo que em áreas mais novas como internet,

telecomunicações e publicidade, o visual tatuado ou com piercings torna-se

mais comum. No entanto, em sectores tidos como mais formais, este tipo de

adereço não é visto com bons olhos como os recursos humanos, escritórios de

advocacia, hotéis, hospitais. Quanto mais formal a área de atuação, menor o

espaço para o alternativo.

O número de pessoas que se tatuam dobrou entre 2001 e 2004. Entre este

público, segundo pesquisas, 70% são mulheres. Estamos em 2011 e acredita-se

que esse número tenha aumentado significativamente. Estas pessoas fazem

parte de um grupo social que é considerado mal visto, tudo isto faz parte de um

estigma social, ou seja, as pessoas que tem tatuagens ou piercings são vistas

como mal formadas ou menos credíveis só porque usam estas marcas.

Assim, é bastante difícil para

estas pessoas serem bem

aceites em sociedade, visto que

há certos tipos de padrões que

as pessoas devem obedecer e

quando não são cumpridos não

quer dizer que estejam errados

nas suas ideias, apenas quer

dizer que não seguem os

padrões pré-estabelecidos.

Assim quem seguir esses

padrões é mais facilmente aceite,

por estes padrões entenda-se, uma pessoa não ser nem muito gorda nem

magra, que tenho um determinado estilo e determinadas atitudes. Por isso,

quando surge alguém diferente é complicado a aceitação.

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Tomando como exemplo o emprego, este é um futuro que todos os jovens

têm presente. Querem um emprego, uma carreira para se puderem sustentar.

Então, um jovem pode ter, e costuma ter vários objetivos de vida, ter uma

carreira de sucesso, criar uma família e ainda explorar vários estilos de vida.

Tudo isto pode ser conciliado. O problema é conseguir esse meio termo, que

muitos não conseguem e acabam por seguir apenas por um caminho, que

muitas vezes é considerado o mais fácil. Não lutam pelos sonhos e objetivos

porque o desejo de ser diferente fala mais alto. As pessoas acabam por adotar

o estilo que querem e ter as oportunidades que esse estilo permite. Por

exemplo, se alguém adora tatuagens e as quer fazer em grande parte do corpo

tem a perfeita noção que será mais discriminado relativamente a alguém que

tenha uma imagem limpa. Uma vez que o empregador não conhece o

candidato vai adotar a postura de confiança, uma pessoa que esteja dentro dos

padrões de normalidade é considerada de mais confiança do que alguém que

fuja a esses padrões.

Mas será isto correto? Toda a gente sabe que não é por uma pessoa

apresentar tatuagens, piercings ou alargadores que é menos competente, visto

que as capacidades entre candidatos podem ser as mesmas ou ate superiores

da pessoa que apresentam esses traços de personalidade diferentes. O

problema da nossa sociedade é mesmo este, julga as pessoas pela aparência,

não quer saber a personalidade, os objetivos, as competências ou os sonhos,

apenas olha para o exterior e como que “coloca tudo o que é diferente num

saco ” imaginando que as atitudes serão sempre as mesmas.

Por isso é que aqueles que acreditam não podem deixar de lutar pelos seus

sonhos e objetivos, de mostrar que são capazes exatamente como aqueles que

não tem qualquer tipo de modificação corporal. Tem que mostrar ao mundo

que não é por terem uma aparência diferente que não podem ser tao bons

profissionais como alguém considerado normal.

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“Porque é que uma pessoa que não se sente bem no seu corpo

tem de ser obrigada a viver nele?”

Cada pessoa deve, para poder ter satisfação consigo própria, sentir-se bem

com o seu corpo. Não vivendo isoladas da sociedade, cada pessoa tem o direito de

alterar o seu corpo para se sentir bem consigo mesma, independentemente da

opinião da sociedade que nos envolve.

Muitas vezes se recorre às cirurgias plásticas, ou porque se tem um defeito

que gostaríamos de eliminar, ou porque queremos melhorar a nossa aparência.

Mas outra grande realidade é a da Transsexualidade.

Os primeiros registos de Transsexuais na História datam o século I d.C.,

onde o filósofo judeu Filo descreve homens que se travestem e vivem como

mulheres, chegando mesmo a retirar o pénis.

Um Transsexual é um ser humano que nasce com um corpo

fisiologicamente contrário ao seu cérebro, ou seja, o seu sexo difere da sua

identidade de género, e faz intenção de, através de cirurgia, modificar a sua

fisiologia para a correspondente à sua identidade de género.

Podem se classificar como primários ou secundários. Sendo que os

primários são os que já possuem um historial, começado na sua infância, de

atração por vestir roupas do sexo oposto, e fazem-no instintivamente. Fazem

parte dos secundários os travestidos fetichistas, que se vestem e transformam o

corpo segundo as características do sexo oposto para satisfação pessoal e sexual.

Muitos dos adolescentes que se dizem

transsexuais, muitas vezes apenas o que têm são

dúvidas acerca da sua orientação sexual,

proveniente de experiencias homossexuais. E nestes

casos é necessário recorrer a terapeutas com muita

experiencia na área e que contacta com pessoas

importantes no círculo de amigos do adolescente em

questão.

Não se sentindo bem com o seu corpo, estas pessoas

podem ou não recorrer à cirurgia para fazer as mudanças que

acham necessárias, visto que tem o direito e a liberdade para o

fazerem, ainda que em certos paises este processo ainda não esta

legalizado, como por exemplo, arabia saudita e sudão.

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“Porque é que para tudo tem de existir regras pré-concebidas

e estereótipos?”

A noção de estereótipo é definida como sendo uma ou várias crenças

socialmente compartilhadas a respeito dos membros de uma sociedade, que se

refere a suposições sobre a homogeneidade grupal e aos padrões comuns de

comportamento dos indivíduos que pertencem a um mesmo grupo social.

Sustentam-se em teorias implícitas sobre os fatores que determinam os padrões

de conduta dos indivíduos, cuja expressão mais evidente encontra-se na aplicação

de julgamentos categóricos, que usualmente se fundamentam em suposições

sobre a existência de essências ou traços psicológicos intercambiáveis entre os

membros de uma mesma categoria social.

Assim como existem estereótipos, existem também certas “regras”

presentes na sociedade, ideias pré-concebidas que passam de geração em geração

que apesar da mudança dos tempos não existe mudança de mentalidade.

Infelizmente o preconceito tem várias naturezas: contra os homossexuais, contra

pessoas tatuadas ou mulheres.

Ás pessoas que fumam tabaco está muitas vezes associada à falácia da derrapagem:

Se fuma tabaco, poderá fumar droga, Se fuma droga é drogado, Sé é drogado rouba, Quem rouba não tem valores cívicos, Quem não tem valores cívicos também não tem valores morais, Logo, quem fuma não tem valores morais.

Este pensamento não é de agora, para Descartes todo o conhecimento

estava assente em bases frágeis e desorganizadas sendo umas das suas regras

principais é a evidência : não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a

reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda

"precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for

claro e distinto, isto é, o que "eu não tenho a menor oportunidade de duvidar". Por

conseguinte, a evidência é o que salta aos olhos, é aquilo de que não posso

duvidar, apesar de todos os meus esforços, é o que resiste a todos os assaltos da

dúvida, apesar de todos os resíduos, o produto do espírito crítico.

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Desta forma, podemos confirmar que esta tentativa de mudança das

mentes não é recente. Sempre ouvimos os nossos pais dizer “eu já tive a tua idade,

já passei por aí”, e é verdade. Os tempos mudam mas as tendências permanecem,

e todos nós numa certa altura necessitamos de nos afirmar enquanto indivíduos

através de uma característica que nos pode particularizar.

Como podemos confirmar ou perceber os motivos que levam um certo

individuo a realizar uma ação? Se não conhecemos, não podemos proceder a

qualquer tipo de interpretação seja preconceituosa ou maldosa. Facilmente são

criadas várias teses para o mesmo problema, portanto a história pode ser

falaciosa, alterando a nossa perspetiva sobre esse mesmo assunto, sem dados

confirmados. Para perceber os motivos teríamos de proceder a uma rigorosa

análise da sociedade, de forma a verificar o valor e o propósito da cada ação em

particular, certificando-se pessoalmente das razões e perceber a situação.

Na sociedade

Existem vários mitos recorrentes. O facto de um casal não poder ser

formado por pessoas do mesmo sexo é uma das mais discutidas

situações em todo o mundo, existindo diferentes visões para este

problema. O estigma social continua a ter bastante peso. Assim, estas

pessoas sentem-se oprimidas pela sociedade e violam os seus próprios

direitos (direito á vida, direito de não ser torturado, direito se ser

respeitado e ser tratado como ser humano que é), medo da resposta da

sociedade aos seus atos, escondem-se. O mesmo se aplica a outros

temas.

Outro dos estereótipos está relacionado com os casais heterossexuais,

em que o rapaz tem de ser mais velho que a rapariga e nunca ao

contrário; duas pessoas com ideologias politicas ou religiosas diferentes

não se poderiam casar; ou até mesmo a nível estético que a rapariga

magra tem de estar com um rapaz magro e não deve “haver misturas”.

As culturas sobrepõem-se ao amor, e as relações deixam de ter

significado. Cada característica torna-nos únicos, “os opostos atraem-

se” são as mesmas diferenças que apesar de diferirem, se completam.

Porquê separar o inevitável ou querer a infelicidade dos outros apenas

por cumprimento de “regras”?

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Como já antes referimos, os

valores morais não são visíveis. É

necessário um conhecimento

aprofundado da cultura e/ou ser humano.

.Como é que os nossos pais reagiriam se

entrássemos em casa comprometidos

com alguém que aos olhos da sociedade,

não é adequado? Possivelmente

julgavam a nossa escolha, rebaixando a

nossa atitude.

Na sociedade atual, é um facto

que as necessidades pessoais se

sobrepõem ao real valor de uma relação.

As relações deixaram de ter por base os sentimentos, e os laços criados e apenas

são relações a nível físico. Assim sendo, esta liberalização da mente será boa?

Muitos dos valores estão-se a perder, as relações tornaram-se inestéticas e

diferentes. Como exemplo, podemos facilmente observar que as relações sociais já

não são o que eram, que apenas por uma rapariga ser considerada de uma classe

social alta tem valores de família a manter logo era bastante inestético aparecer de

mãos dadas com um rapaz todo tatuado. Os tempos evoluíram (em certos pontos,

não para melhor).

Só temos de nos acostumar, perceber que isto é a geração do momento. A

“geração Y”, e é assim que nós vivemos, é isto que nós somos e são estes novos

valores (bons e maus) que nos definem.

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Conclusão

Depois de tantos estereótipos e ideias preconcebidas chegamos a

conclusão de que vivemos num mundo em que ou somos considerados iguais a

todos os outros ou somos considerados diferentes e quase que postos de lado. Por

isso, se queremos ser diferentes mas ao mesmo tempo estar incluídos e fazer parte

da sociedade temos que lutar bastante e mostrar que valemos tanto como as

pessoas consideradas normais.

Não é por não seguirmos à risca as regras da sociedade que temos de ser

vistos como aberrações sociais. Apenas temos de aprender a lidar com a diferença

e extrair de cada cultura, estilo, diferença o que cada um tem de bom para criar um

mundo melhor, mais diversificado e tolerante as diferenças.

“A primeira impressão é a que conta mais” é verdade, não o podemos negar

mas todos podemos fazer um esforço para que a nossa impressão seja a melhor de

todas e quando ficamos com uma má impressão de outras pessoas temos de ser

fortes o suficiente para a tentar mudar porque a pessoa pod não ser o que

aparenta,por exemplo, não julgamos um livro pela capa, temos de o ler para

conhecer o conteúdo, assim como temos de aprender a ler as pessoas e a perceber

os seus motivos para ser diferentes.

Já dizia Mahatma Gandhi: “Be the change you want to be in the world” por

isso mesmo, há que lutar pelos nossos sonhos e mostrar que temos valor e talento

não pelo nosso aspeto mas pela nossa caminhada, experiência, vivência e claro

instrução.

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Bibliografia

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http://www.tatuando.com/Tattoo/Dicas/trabalho-tattoo.html

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http://assessoraexecutiva.wordpress.com/2010/01/15/tatuagem-pode-

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http://www.artenocorpo.com/293/mulheres-tatuadas-o-conceito

http://www.tintanapele.com/2011/12/modificacao-e-carreira.html

http://allexandrelopes.blogspot.pt/2010/08/preconceito-sobre-

alargadores-tatuagens.html