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BEM VINDO!
Olá, seja bem vindo ao CURSO DISCIPULADO UM A UM da Escola do Discípulo. Nós
da Primeira Igreja Batista de Campo Grande estamos muito felizes e nos sentimos
honrados com a sua presença.
Nas próximas semanas vamos refletir sobre um dos temas mais importantes da vida
cristã, o discipulado. Através deste processo podemos aprender com a Palavra de Deus
(e uns com os outros) como devemos viver e agir enquanto cristãos. A ordem de fazer
discípulos veio do próprio Jesus que ensinou através do seu exemplo que devemos dar
a vida pelos nossos irmãos. Este é o verdadeiro evangelho. Esperamos que você
também possa se comprometer a este estilo de vida de envolver-se com o corpo de
Cristo, crescendo, ajudando e também sendo ajudado através do discipulado.
COMO APROVEITAR MELHOR AS AULAS
Procure chegar no horário para não perder nada;
Tenha um caderno de anotações e caneta para registrar o que achar interessante;
Faça perguntas. Este é o lugar mais apropriado para isso, então tire suas dúvidas;
Não falte. Cada aluno tem direito a uma falta por módulo, por isso busque se
organizar. Se tiver muitas faltas, infelizmente não poderá terminar o curso;
Pratique o que aprender. A grande medida do crescimento espiritual vem pela
prática da verdade e não só pelo seu conhecimento.
COMO APROVEITAR MELHOR ESTE MATERIAL
Esta apostila em suas mãos foi preparada especialmente para você, então:
Tenha o hábito de ler a lição antes das aulas para assimilar melhor o conteúdo;
Traga sempre a apostila com você para poder fazer observações e perguntas;
Faça as atividades! No final de cada lição existem atividades que o ajudarão a
avaliar seus conhecimentos e fixar as informações em sua mente.
Que Deus lhe abençoe.
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
DISCIPULADO UM A UM ................................................................................................. 4
AULA 1 – O QUE É O DISCIPULADO .............................................................................. 5
1.1 – O propósito de ouro do discipulado ................................................................. 6
1.2 – A importância do discipulado ........................................................................... 7
1.3 – A essência do discipulado um a um ................................................................. 9
1.4 – Quem é o discípulo .......................................................................................... 9
1.5 – Quem é o discipulador ................................................................................... 10
1.6 – Fazendo discípulos para Jesus...................................................................... 11
1.7 – Modelos bíblicos de discipulado .................................................................... 11
AULA 2 – A RELAÇÃO ENTRE DISCÍPULO E DISCIPULADOR ................................... 13
2.1 – O fim do individualismo .................................................................................. 13
2.2 – Atitudes de um discipulador excelente ........................................................... 14
2.3 – Conselhos práticos para discipuladores ........................................................ 17
2.4 – Atitudes de um discípulo excelente ................................................................ 18
2.5 – Limites e abusos do discipulado .................................................................... 21
2.6 – E se acontecer algum abuso? ........................................................................ 24
2.7 – A Paternidade Espiritual no Discipulado ........................................................ 24
AULA 3 – O ENCONTRO DE DISCIPULADO E SEUS ALVOS...................................... 28
3.1 – A importância do encontro de discipulado ..................................................... 28
3.2 – O dia a dia do discipulador ............................................................................ 28
3.3 – Como realizar o encontro de discipulado ....................................................... 31
3.4 – Os alvos do discipulado ................................................................................. 34
3.5 – Os materiais do discipulado ........................................................................... 34
3.6 – Trilho de crescimento e liderança .................................................................. 36
3.7 – Avançando sempre em fé .............................................................................. 36
3
AULA 4 – FAZENDO DISCÍPULOS QUE SE REPRODUZEM ....................................... 37
4.1 – A escolha do discípulo ................................................................................... 37
4.2 – O líder deve orientar os discipulados na célula.............................................. 38
4.3 – O sucesso depende do coração do discípulo ................................................ 38
4.4 – Quem deve ser discipulado? .......................................................................... 39
4.5 – Cinco características importantes .................................................................. 39
4.6 – Iniciando o discipulando em seis passos ....................................................... 40
4.7 – A importância do “pré-discipulado” ................................................................ 41
4.8 – Discipulando a sua célula .............................................................................. 42
4.9 – Quando liberar um discípulo para discipular outros?......................................43
4.10 – Ajudando seu discípulo a discipular ............................................................. 44
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 46
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 47
4
DISCIPULADO UM A UM
Imagine que Deus desejava realizar uma grande obra, maior do que qualquer outra já
realizada na história – o resgate e a salvação de toda a criação através da morte do Seu
Filho Jesus. Que plano grandioso! A vontade de Deus era de se fazer conhecido e
manifestar o seu amor, oferecendo perdão e vida eterna ao homem pecador. Para isso
Jesus veio – para buscar e salvar o que estava perdido (Lucas 19.10).
Para realizar este plano Jesus escolheu doze homens e caminhou com eles por quase
quatro anos permitindo que eles aprendessem tudo o que ele fazia e ensinava através
do seu exemplo. Ao final deste tempo, Jesus deu a eles o propósito de levar essa
salvação a todas as pessoas da terra utilizando o mesmo método que Ele usara (Mateus
28.19). Jesus poderia ter usado várias formas diferentes para cumprir sua missão, mas a
maneira que Ele escolheu foi o relacionamento profundo e abençoador que chamamos
de discipulado.
Temos aprendido que um dos versículos mais importantes da Palavra de Deus para a
igreja dos nossos dias está em 1a João 3.16 que diz: “Nisto conhecemos o amor: que
Cristo deu a Sua vida por nós e devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos”.
Não existe melhor maneira de servirmos a Deus do que quando amamos e servimos o
nosso próximo, por a melhor coisa que podemos fazer enquanto discípulos de Jesus é
abençoarmos nossos irmãos, servindo-os e ensinando-os a obedecer os mandamentos
de Jesus.
Nas próximas aulas vamos refletir sobre o discipulado como mandamento e como
estratégia para alcançar a verdadeira maturidade na fé. O chamado para participar desta
tarefa não é um dom especial para algumas pessoas, mas uma ordem para todos os
cristãos colocarem em prática. Se você é um discípulo de Jesus, você foi chamado para
participar deste grande movimento de amor e cuidado que é o DISCIPULADO UM A UM.
Que Deus abençoe você!
5
AULA 1 – O QUE É O DISCIPULADO
Em primeiro lugar, vamos ver algumas definições que podem nos ajudar a compreender
o que o discipulado. Em seu livro “A Formação de um Discípulo”, Keith Phillips diz que:
“O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo
de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a
plenitude da vida que tem em Cristo que o aluno é capaz de treinar outros para
que ensinem outros” .
Abe Huber e Ivanildo Gomes, definem discipulado de um modo bem parecido:
“Discipular é transmitir a vida de Jesus. É reproduzir essa vida em outras
pessoas, ensinando-os a guardar tudo o que Jesus ordenou.”
A definição usada por David Kornfield ensina que:
“O discipulado é uma relação comprometida e pessoal, onde um discípulo mais
maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dEle e
assim reproduzirem”.
Todas essas definições nos ajudam bastante a entender o que é importante dentro do
discipulado. Percebemos que o discipulado não se trata de um programa, uma serie de
módulos, um livro, um encontro semanal, nem é um novo sistema de culto nos lares.
O Discipulado é um relacionamento entranhável e profundo entre duas pessoas que
caminham em transparência, cumplicidade e amor genuíno. Juntas elas buscam o estilo
de vida de Jesus - uma vida de serviço, honra, cuidado e amor de um para com o outro.
Neste relacionamento o discipulador busca transferir a vida de Cristo para seu discípulo,
guiando-o num caminho de constante crescimento e obediência à Palavra de Deus,
alcançando também outras pessoas.
6
RESUMINDO: O discipulado é um relacionamento profundo entre duas pessoas
que buscam viver o estilo de vida de Jesus, e caminham juntas em constante
crescimento e obediência à Palavra de Deus, alcançando também outras pessoas.
O PROPÓSITO DE OURO DO DISCIPULADO
Precisamos entender que a razão de estarmos aqui é só uma: glorificar a Deus. Lembre-
se do que diz 1a Coríntios 10.31: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer
outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Guarde isso profundamente no seu
coração - A finalidade principal do discipulado é que Deus seja glorificado. Nós
discipulamos por causa dele, em obediência a ele, para que Ele seja conhecido.
“Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento” (Mateus 22.37,38). O amor por
Deus sempre deve preceder o nosso amor pelas pessoas, afinal, ELE é a fonte de todo
amor verdadeiro. Amando a Deus em primeiro lugar vamos conseguir colocar o restante
do texto em prática: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.39).
Se a sua preocupação maior for a participação em uma estratégia de discipulado, a
vontade de ser acompanhado ou mesmo o desejo de amar as pessoas, pare um pouco
e reconsidere suas motivações. Essas coisas, ainda que sejam excelentes não são o
principal. A estratégia pode se tornar pesada, o relacionamento humano pode passar por
desentendimentos e as pessoas que você tanto ama podem lhe virar as costas e não
corresponderem às suas expectativas. Por isso faça tudo para a glória de Deus, porque
isso sim é imutável. Ame ao Senhor e nenhuma estratégia roubará o foco do seu
coração. Aprenda a busca-lo incessantemente e Ele irá curar os relacionamentos
feridos. Ame a glória de Deus, e você amará as pessoas como Ele as ama.
Na caminhada de discipulado, o primeiro compromisso que deve ser feito é com o
Senhor. Devemos dizer: “Senhor, é por tua causa que desejo discipular e ser
discipulado, para que eu ame a Tua glória a cada dia mais e cresça em obediência
ao Senhor, e para ajudar outros a te conhecerem e também alcançarem este
mesmo propósito.”
7
Jamais perca de foco que tudo o que fazemos deve ser feito com o coração totalmente
voltado para Deus e para o louvor de Sua glória (Efésios 1.6, 12, 14), afinal de contas,
foi para isso que ele nos criou (Isaías 43.7).
A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO
Há pelo menos cinco razões para que nós nos comprometamos a ver o discipulado
como o principal trabalho de nossas vidas.
1 – O AMOR DE DEUS É EXPRESSO EM RELACIONAMENTOS.
O amor de Deus e seus propósitos para nós só podem ser comunicados por meio de
uma relação pessoal e comprometida (João 1.14). O ministério de Jesus mostra isso
claramente. A bíblia diz que o amor é conhecido quando entregamos a nossa vida pelos
nossos irmãos, como Cristo fez conosco (1a João 3.16).
2 – FAZER DISCÍPULOS FOI UM MANDAMENTO DADO POR JESUS.
Se você conhece a Grande Comissão que está Mateus 28.18-20, você sabe que o
mandamento de Jesus não foi apenas espalhar uma mensagem, mas fazer discípulos
dEle. Portanto, fazer discípulos é uma questão de obediência!
3 – JESUS ESCOLHEU O DISCIPULADO COMO SUA ESTRATÉGIA PRINCIPAL.
Para cumprir sua missão na terra Jesus não construiu um templo, não foi para um
seminário, não fundou uma denominação, nem se identificou com nenhum movimento
religioso da época. Ele escolheu o fazer discípulos. Se essa foi a melhor opção para o
Senhor dos Senhores, porquê não seria também para nós?
4 – O DISCIPULADO GERA MUITA QUALIDADE
Fazendo discípulos não precisamos optar por quantidade ou qualidade, podemos
alcançar as duas coisas. Muitas igrejas só pensam em fazer convertidos, uma multidão
de bebês espirituais que apenas vão à igreja aos domingos mas ninguém sabe
realmente como eles estão. No discipulado temos uma multidão de pessoas
comprometidas com o Reino que estão caminhando em vitória sobre o pecado e
buscando viver como Jesus.
8
5 – O DISCIPULADO GERA MUITOS RESULTADOS.
Qualquer discípulo verdadeiro de Jesus deseja profundamente que o maior número de
pessoas venha a conhecê-lo. É por isso que pregamos o evangelho, para que o perdido
seja alcançado. O discipulado é extremamente eficaz para o crescimento do reino de
Deus, pois se trata de multiplicação de geração em geração. Keith Phillips mostra uma
tabela comparando os resultados do evangelismo e o discipulado ao longo dos anos:
DIFERENÇA ENTRE EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO
Anos Evangelista Discipulador
1 365 2
2 730 4
3 1.095 8
4 1.460 16
5 1.825 32
6 2.190 64
7 2.555 128
8 2.920 256
9 3.285 512
10 3.650 1.024
11 4.015 2.048
12 4.380 4.096
13 4.745 8.192
14 5.110 16.384
15 5.475 32.768
16 5.480 65.536
17 6.205 131.072
18 6.570 262.144
Obviamente esta tabela não leva em conta os possíveis frutos de cada pessoa
alcançada pelo “evangelista”, mas o faz o com o “discipulador”. Esta tabela é apenas um
exemplo de como o discipulado intencional com apenas pode garantir, no longo prazo,
uma grande colheita de almas para Jesus. É um trabalho que parece “menor”, mas com
resultados mais tangíveis. Por outro lado, simplesmente evangelizar sem discipular,
9
infelizmente não oferece a oportunidade de levar os novos convertidos a um crescimento
constante. No entanto, não queremos desqualificar o trabalho de um evangelista
dedicado, apenas mostrar que o discipulado um a um pode garantir frutos abundantes e
“frutos que permaneçam” (João 15.16).
A ESSÊNCIA DO DISCIPULADO UM A UM
Como já vimos anteriormente o discipulado não é um programa, nem deve ser
confundido com uma série de estudo de lições bíblicas, muito menos uma estratégia de
controle da vida das pessoas. Ser discípulo é muito mais do que ser um mero aprendiz
temporário. A essência do discipulado é um relacionamento profundo e
transparente cujo objetivo é nos fazer mais parecidos com Jesus (Romanos 8.29).
Nesta caminhada você jamais deve se esquecer que no discipulado deve haver uma
caminhada diária, uma amizade, um relacionamento profundo. Se isso se perder, o que
deveria ser gostoso, prazeroso e eficaz se tornará pesado e infrutífero.
QUEM É O DISCÍPULO?
Entendemos que todo aquele que nasceu de novo é um discípulo de Jesus, ou melhor,
deve ser. É comum hoje em dia vermos multidões presentes nas igrejas e grandes
ajuntamentos, mas que não se comprometem com o estilo de vida de Jesus. Elas só
querem as bênçãos de Deus mas não se preocupam com o Reino de Deus. O estilo de
vida de Jesus é o auto-sacrifício em prol do outro. É a prática de 1a João 3.16 – dar a
vida pelos nossos irmãos. Todos os que receberam a salvação são chamados a serem
imitadores de Cristo e viverem como ele viveu.
Vamos ver algumas características que Jesus nos dá sobre um discípulo:
O discípulo vive para agradar ao Mestre. Ele vive o estilo de vida da cruz.
“Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus
irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu
discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu
discípulo” Lucas 14:26-27
10
O discípulo busca ser como seu mestre.
“O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta
ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor”. Mateus 10.25
O discípulo permanece firme na Palavra de Jesus.
“Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na
minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e
a verdade os libertará". João 8.31-32
O discípulo ama o próximo com o mesmo amor do Mestre.
“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês
devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. João 13.34-35
O discípulo tem uma vida de frutificação espiritual.
“Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus
discípulos.” João 15.8
QUEM É O DISCIPULADOR?
Da mesma forma, entendemos que todo crente nascido de novo também foi chamado
para ser um discipulador, uma vez que a Grande Comissão é para todos os crentes.
Perceba que ninguém precisa de um dom ou chamado específico para fazer discípulos,
apenas a disposição de abençoar outra pessoa com o seu tempo, sua amizade e
cuidado. O Espírito Santo se encarregará do resto.
O discipulador não é simplesmente um professor. Ele é alguém que além de informar
também coopera na formação espiritual do seu discípulo, tornando-se MODELO para
ele. John Sittema afirma que o processo de discipulado “requer o desenvolvimento de
um relacionamento de confiança, de exemplo, de revelação do nosso coração e da
nossa fé ao discípulo que, por sua vez deve imitar o padrão de fé do seu mestre.”
Mas devemos sempre lembrar que nenhum discipulador é modelo de perfeição, mas
sim, um modelo de transformação, mostrando que ele também está num processo,
que a cada dia subirá um degrau em direção ao caráter de Cristo. Foi isso que Paulo
11
quis demonstrar em Filipenses 3.12 quando disse “Não que já a tenha alcançado, ou
que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por
Cristo Jesus.”
FAZENDO DISCÍPULOS PARA JESUS
John Sittema acredita que discipular é “reproduzir a si mesmo e sua fé na vida de
outros.” Mas precisamos notar algo essencial: o Senhor Jesus exige que façamos
discípulos dEle, e não nossos. Isso é de extrema importância!
Um grande exemplo que temos nas Escrituras é João Batista. Quando Ele foi
questionado pelos sacerdotes judeus se era o Cristo, ele disse “Eu não sou o Cristo”
(João 1.20). Mais tarde, quando Jesus apareceu, João apontou para Ele dizendo: Este
sim é o cordeiro! Ele é o Salvador do mundo! E dois dos seus discípulos, ouvindo isso, o
deixaram e seguiram a Jesus (João 1.35-37).
Que grande exemplo! Devemos levar os nossos discípulos a seguirem e dependerem
cada vez mais do próprio Jesus. O discipulador maduro deve deixar muito claro que ele
mesmo não é o “salvador” do seu discípulo, só Jesus o é. A dependência emocional
doentia jamais deve existir no discipulado. Como discipulador, não caia no engano de
que você deverá resolver os problemas de seu discípulo. Apenas busquem juntos a
Deus por uma resposta, que com certeza virá.
MODELOS BÍBLICOS DE DISCIPULADO
O discipulado não era uma ideia nova no período do novo testamento, mas foi um
conceito bem estabelecido no mundo grego vários séculos antes de Cristo. Inclusive no
Antigo Testamento vemos vários exemplos benéficos (e outros nem tanto) deste tipo de
relacionamento:
Moisés e os líderes de “grupos pequenos” – Êxodo 18.13-27
Moisés e Josué – Êxodo 17.8-10
Elias e Eliseu – 1a Reis 19.19
Jeremias e seus discípulos – Jeremias 36.6-8
12
Já no Novo Testamento temos:
Jesus e os doze – Marcos 3.13-15
Discipulado de Barnabé com Saulo e João Marcos – Atos 9.26-30
Discipulado de Paulo com Timóteo – 2a Timóteo 2.15
Discipulado de Timóteo com outros – 2a Timóteo 2.2
1. Com o auxílio dos textos abaixo, descubra informações relevantes do
relacionamento de discipulado entre Paulo e Timóteo (bem como com seus
outros discípulos). Depois anote o que você perceber.
1 Timóteo 1.1-2
1 Timóteo 1.18-19
2 Timóteo 1.1-2
2 Timóteo 1.4
2 Timóteo 1.13
2 Timóteo 4.13 e 21a
1 Timóteo 5.23
2 Timóteo 3.10-11
1 Coríntios 4.17
Filipenses 2.22
Gálatas 4.19
Romanos 1.9-11
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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ATIVIDADE
13
AULA 2 – A RELAÇÃO ENTRE DISCÍPULO E
DISCIPULADOR
Como aprendemos na primeira lição, o discipulado não se trata de um encontro
semanal, nem um aconselhamento cristão (embora possua estes dois elementos). O
discipulado é um relacionamento profundo e transparente entre discípulo e
discipulador. Essa é a essência do discipulado. Mas este relacionamento não é uma
amizade comum apenas para passar o tempo, mas há um propósito específico – nos
fazer mais parecidos com Jesus.
Keith Phillips fala que as maiores marcas do discípulo são MORTE e MULTIPLICAÇÃO,
porque esse é o estilo de vida de cruz, ensinado por Jesus. Ele diz em Lucas 9.23 “Se
alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e
siga-me”. O discípulo deve estar pronto a morrer para si mesmo e suas vontades para
viver um outro estilo de vida, que prioriza o Senhor, o Seu Reino e a Sua vontade,
alcançando outras pessoas em amor e multiplicando este propósito.
Por isso vamos aprender alguns princípios importantes que irão ajudar-nos a vivermos
relacionamentos saudáveis, frutíferos, que glorifiquem a Deus e abençoem o corpo de
Cristo.
O FIM DO INDIVIDUALISMO
Muitas pessoas, mesmo depois de convertidas, continuam a viver em solidão. Entram e
saem dos cultos no templo, semana após semana sem que ninguém saiba o que
realmente está acontecendo em sua vida. Até mesmo participam de uma célula, mas
continuam isoladas umas das outras. Infelizmente isso ainda é a realidade em muitas
comunidades de fé. Pela falta de relacionamentos o crescimento espiritual dessas
pessoas é lento, a comunhão com Deus inconstante, e a vitória sobre o pecado é rara.
Por isso a primeira atitude que se espera dentro do discipulado é o fim do individualismo,
a decisão de não caminhar só em circunstância alguma. É por isso que temos a visão do
14
discipulado um a um, para que ninguém se perca. Se antes as pessoas estavam
sozinhas, agora cada crente terá alguém para caminhar consigo, alguém para amá-lo,
que vai acolhê-lo, receber suas lágrimas, entendê-lo e ouvi-lo.
Então o primeiro princípio dentro do discipulado é caminharmos juntos, deixarmos de
lado o isolamento e sermos vistos por completo abrindo o nosso coração. Algo que deve
ficar claro é que ninguém é obrigado a falar o que não deseja. De forma alguma! O
que desejamos é que as pessoas sejam abençoadas com relacionamentos
significativos, e não se sintam obrigadas a se exporem se não estiverem à vontade. Mas
queremos que o discipulado seja este local seguro onde a pessoa podem abandonar as
suas máscaras e ser acompanhada por outra pessoa que a ama de verdade.
ATITUDES DE UM DISCIPULADOR EXCELENTE
Para aprendermos as atitudes de um Discipulador Excelente vamos olhar a vida de
Barnabé, o homem que discipulou e investiu na vida de dois homens que vieram a ser
importantíssimos dentro do cristianismo: o apóstolo Paulo, e João Marcos
1. ENCORAJE SEU DISCÍPULO.
Uma das principais características de um discipulador é a capacidade de encorajar. Em
Atos 4.36-37 Barnabé aparece pela primeira vez na Bíblia: “Então José, chamado pelos
apóstolos Barnabé (que quer dizer, filho de consolação), levita, natural de Chipre,
possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”.
Você sabia que o nome de Barnabé na verdade era JOSÉ? O termo “BARNABÉ” é um
apelido que significa “Filho da Consolação (ou encorajamento)”. Provavelmente eram
tantos “Josés” naquela época, que Barnabé se destacou pelo seu comportamento
encorajador, e ficou conhecido por isso. Se você recebesse um apelido baseado no seu
comportamento, qual seria? Talvez “O Chato”, “O Incrédulo”, ou “O Reclamão”? Por que
não: O Encorajador?
2. ACREDITE NAS PESSOAS.
Veja o que diz Atos 9.26-28: “Tendo Saulo chegado a Jerusalém, procurava juntar-se
aos discípulos; mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então Barnabé,
tomando-o consigo, o levou aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira o
15
Senhor e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de
Jesus.”
Barnabé acreditou em Paulo quando ninguém o fazia e “pôs a mão no fogo” pelo seu
amigo dando respaldo a ele diante da liderança da igreja em Jerusalém. Assim como
Barnabé, precisamos parar para ouvir as pessoas e ajudá-las em suas necessidades.
3. INVISTA NOS REJEITADOS
Depois de sua conversão, Paulo passou cerca de 14 anos distante, em anonimato. Mas
Atos 9.26-28 nos mostra que Barnabé foi atrás de Paulo para envolvê-lo novamente no
ministério. O texto diz: “Partiu, pois, Barnabé para Tarso, em busca de Saulo; e tendo-o
achado, o levou para Antioquia. E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e
instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados
cristãos”. Mais tarde em Atos 15.36 notamos que Barnabé deixa Paulo para investir em
outra pessoa que estava sendo rejeitada, seu sobrinho João Marcos.
Vivemos em um mundo utilitarista, que atribui valor às pessoas somente por aquilo que
elas podem oferecer. A igreja de Jesus jamais deve ser assim. O valor que as pessoas
possuem não vem do que elas podem fazer, mas do que Jesus fez por elas. Cada
pessoa tem um valor eterno para Deus! Invista nos rejeitados!
4. COMPARTILHE O MINISTÉRIO COM SEU DISCÍPULO
O discipulador não pode ter medo de compartilhar seu ministério e ver seu discípulo
crescer. Barnabé realmente aprendeu o que era “projetar” o seu discípulo Paulo. Ele o
deixou assumir a posição de liderança dentro da equipe missionária e não se sentiu
ameaçado, mas ficou feliz ao ver o crescimento do seu discípulo amado. Veja nos textos
abaixo como o próprio texto de Atos mostra Paulo saindo do lugar de coadjuvante para
se tornar o líder da equipe:
Barnabé e Saulo – Atos 11.30; 12.25; 13.2; 13.7;
Paulo e Barnabé – Atos 13.43; 13.46; 13.50; 15.35
Como discipuladores precisamos discipular pessoas para assumirem nosso lugar.
Temos aprendido que o discipulado é uma questão de paternidade espiritual. Nenhum
16
pai quer que seu filho seja um fracasso ou que não prospere na vida. Pelo contrário,
sempre desejamos que nossos filhos nos superem e vão muito além de nós em todas as
áreas. No discipulado acontece da mesma forma. O verdadeiro discipulador não fica
com medo de ver seu discípulo crescer, antes dá todo o auxílio para que ele avance e
prospere cada vez mais em sua caminhada com Deus.
5. PROTEJA O SEU DISCÍPULO
Em Atos 15.36-40 vemos que Paulo e Barnabé tiveram um grande desentendimento. O
jovem João Marcos havia os abandonado no meio da primeira viagem missionária. Mais
tarde, ele quis se juntar novamente à equipe missionária, e Paulo e Barnabé pensavam
diferente sobre o que deveriam fazer. Paulo não queria Marcos na equipe, mas Barnabé
queria levá-lo. Mais uma vez vemos o coração de Barnabé voltado para os rejeitados,
ele quis proteger o seu jovem discípulo. É verdade, João Marcos realmente havia
errado, mas o seu discipulador não iria abandoná-lo sem investir em sua restauração.
Por causa disso, barnabé e Paulo se separaram e nasceu a segunda equipe
missionária, Paulo e Silas foram para Síria, enquanto Barnabé e João Marcos seguiram
para Chipre.
É muito importante para o discipulador entender que deve PROTEGER o discípulo não o
seu erro. Quando o discípulo erra, o discipulador deve com muito amor e carinho investir
para que ele entenda e repare o seu erro, à luz da Palavra de Deus, sem jamais
abandoná-lo. Todos nós erramos e precisamos de ajuda. Não se esqueça – a melhor
maneira de proteger seu discípulo é em oração e intercessão, contra as investidas do
inimigo. Esteja sempre em oração.
6. JAMAIS IMPONHA SUA OPINIÃO.
Neste episódio de Atos 15.36-40 vimos que Paulo e Barnabé tinham uma opinião
diferente sobre como proceder com João Marcos. Um queria deixá-lo, o outro queria
abraçá-lo. O que fazer? Barnabé não impediu Paulo de colocar sua opinião, nem o
obrigou a fazer o que ele mesmo achava correto. Barnabé preferiu ensinar a Paulo
através do seu exemplo, e parece que deu certo. Tempos depois, Paulo escreve a
Timóteo: “Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o
ministério.”
17
Como discipuladores não devemos impor a nossa opinião sobre os amados discípulos
que o Senhor Jesus nos confiou. Podemos aconselhar, ensinar, mas sempre caberá ao
discípulo escolher o que fazer. Se ele errar, estaremos prontos a ajudar e jamais dizer
“EU TE FALEI!”. Nunca imponha sua opinião, mas ensine pelo exemplo.
CONSELHOS PRÁTICOS PARA DISCIPULADORES
Como discipulador e membro do corpo de Cristo você precisa ter um comportamento
aprovado pelo Mestre. Se você quer ensinar, então deve ser exemplo. Paulo fez a
ousada declaração aos crentes da igreja de Corinto “sede meus imitadores, como
também eu sou de Cristo” (1a Coríntios 11.1). Escrevendo aos Filipenses o apóstolo
exige que “o que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso
praticai;” (Filipenses 4.9).
Podemos classificar algumas sugestões, que você como servo do Senhor, deve viver
para influenciar positivamente a vida do novo discípulo:
Obedeça sempre a Palavra de Deus;
Cuide bem da sua família. Quando necessário busque auxílio pastoral para
aconselhamento;
Não perca a ternura. A amargura mata o vigor espiritual e nos torna indiferentes
com a santidade;
Nunca seja orgulhoso. A soberba é essencialmente competitiva e ofensiva;
Não seja uma oposição rebelde à liderança da igreja, pelo contrário, contribua
com críticas construtivas;
Exercite uma vida de oração contínua. A intimidade com Deus é o exercício do
relacionamento que Ele exige;
Cultive uma vida de santificação pessoal;
Anseie ardorosamente andar dentro da vontade de Deus;
Humilhe-se diante de Deus naqueles momentos de crise e desespero;
Chore lágrimas de quebrantamento e não de amargura;
Não desista do seu compromisso com o Senhor, pois Ele é fiel à Sua Aliança
contigo;
Permita-se ser pastoreado.
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Com temor aceite a repreensão dos seus pecados, buscando o
arrependimento sincero.
Seja humilde em pedir perdão e disposto em perdoar.
Busque ser frutífero em seu ministério e célula, para que não caia na futilidade
e não perca o seu propósito de glorificar a Deus.
Acima de tudo, faça tudo exclusivamente para a glória de Deus!
ATITUDES DE UM DISCÍPULO EXCELENTE
Assim como todo relacionamento, o discipulado também é uma via de mão dupla. Mas
há uma diferença, ele também é relacionamento espiritual. Por isso a Palavra de Deus é
tão importante para nos ajudar a crescer neste processo. Todos os itens abaixo são
princípios bíblicos importantes e são referenciais do que Deus espera de nós como
discípulos dele.
TRANSPARÊNCIA – “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns
pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” Tiago 5.16
O discipulado deve ser um lugar seguro para abrirmos o nosso coração. Todos
precisamos de cura e vitória sobre o pecado em alguma área de nossa vida, e muitos se
sentem derrotados como se nunca fossem caminhar em vitória. Tiago ensina que
quando abrimos o nosso coração e nos expomos, com a ajuda dos nossos irmãos nós
somos curados. Nós confessamos os nossos pecados a Deus para sermos perdoados
(1aJoão 1.19), mas quando deixamos que o outro nos veja por completo, somos curados
do isolamento, curados da vida de aparências, do perfeccionismo, da derrota interna e
passamos a ter alguém que luta conosco as nossas batalhas.
ATENÇÃO: A decisão de abrir o coração cabe unicamente ao discípulo. Jamais deve
existir pressão do discipulador para que seu amigo confesse seus pecados. Como
discipuladores, nós estamos aqui para servir. Nossa palavra deve ser: “Meu irmão
querido, existe um princípio espiritual de cura quando abrimos o nosso coração e eu me
coloco aqui para ouvi-lo e ajuda-lo no que for preciso, em absoluto sigilo. Se você
desejar se abrir, com certeza Deus lhe dará vitórias. Mas você não é obrigado a
nada. Você só deve abrir o coração quando se sentir confortável para isso. Eu estarei
sempre aqui para ajudá-lo.”
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COMPANHEIRISMO – Mas você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta,
o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança,
as perseguições e os sofrimentos que enfrentei” 2 Timóteo 3.10-11.
Este é um outro elemento muito importante no discipulado. Veja tantos valores e
situações que Timóteo pôde aprender e presenciar na vida de seu amigo Paulo. Em
discipulado, quanto mais próximos estamos, mais crescemos e aprendemos. O
discipulado não acontece em um horário fixo na semana. Ele acontece na vida, na
viagem, no mercado, no churrasco, na visita, no cinema, no lazer, no almoço, etc.
Busque ser um companheiro de caminhada do seu discipulador, façam coisas juntos,
esteja presente em todos os momentos, como um grande amigo.
SERVIR JUNTOS NO MINISTÉRIO – Mas vocês sabem que Timóteo foi aprovado,
porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho ao lado de seu pai.
Filipenses 2.22
É muito bom para o discípulo se envolver beneficamente no ministério, juntamente com
seu discipulador. Isso não quer dizer que o discípulo deve abandonar seus dons,
talentos e chamado para fazer o trabalho do seu discipulador, de modo algum! O
importante aqui é os dois se envolverem nas coisas do Reino de Deus juntos. Assim
como você será ajudado no seu trabalho no Reino, busque ajudar o seu discipulador,
com certeza você crescerá bastante. Nós podemos aprender muito trabalhando ombro a
ombro com cristãos mais experientes, e com certeza eles serão grandemente animados
pela companhia dos amigos mais próximos.
EXEMPLO: Se o seu discipulador é um líder de célula, busque ajuda-lo no que ele
necessita e você aprenderá como ser um líder de célula. Se você já é líder, busque
ajudar o seu supervisor e com certeza isso lhe beneficiará muito no futuro também.
ANDAR EM ALIANÇA E FIDELIDADE – Não insistas comigo que te deixe e não mais a
acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu
Deus será o meu Deus! Rute 1.15-17
Creio que isso é necessário em qualquer relacionamento, afinal de contas, ninguém
gosta de “amigos da onça”. Andar em aliança e fidelidade significa que não importa o
erro da outra pessoa, meu compromisso e amor para com ela sempre será o mesmo.
Este compromisso deve ser feito tanto pelo discípulo como pelo discipulador:
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Falar sempre a verdade;
Não criticar pelas costas, mas resolver as questões pessoalmente;
Não desistir da pessoa quando ela errar com você;
Buscar estar sempre disponível nas horas boas ou ruins;
Ser sincero e pedir perdão quando estiver errado;
Amar a pessoa a qualquer custo;
Isso sim é um relacionamento cristão maduro! Cremos que é a vontade de Deus que
vivamos este tipo de relacionamento no corpo de Cristo e também com os de fora.
SERVIÇO – “Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos
outros mais do que a si próprios.” Romanos 12.10
Esta é outra atitude que vale tanto para discípulos como discipuladores. Na verdade, o
serviço é um princípio para qualquer cristão, e dentro do discipulado isso não é
diferente. Porém, vale dizer que nunca ninguém será obrigado a fazer coisas para o seu
discipulador (falaremos mais sobre isso adiante), a não ser que queria fazer
voluntariamente e de coração alegre. O serviço cristão que deve haver no discipulado é
a atitude de estar presente, participando da vida uns dos outros e ajudando mutualmente
um ao outro da melhor maneira possível. Embora a responsabilidade de servir seja
sempre do discipulador, como crente no Senhor Jesus o discípulo deve também estar
pronto para servir o seu irmão.
SUBMISSÃO – “disse-lhe Elias: "Fique aqui, pois o Senhor me enviou a Betel". Eliseu,
porém, disse: "Juro pelo nome do Senhor e por tua vida, que não te deixarei ir só". Então
foram a Betel.” 2 Reis 2.2
Este é um ponto crítico porque muitas pessoas entendem errado o sentido da verdadeira
submissão bíblica:
Submissão NÃO é ser escravo do outro;
Submissão NÃO é obediência cega a qualquer ordem;
Submissão NÃO é a falta de opinião própria;
Submissão NÃO é ser “vaquinha de presépio”.
O texto utilizado acima é um modelo muito bonito da verdadeira submissão de Eliseu ao
profeta Elias. Note que Eliseu aparentemente não obedece “cegamente” a ordem de seu
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líder, mas seu coração está verdadeiramente submisso, pois submissão significa estar
sob a mesma missão. Eliseu disse: “Se é para lá que você vai eu também quero ir, pois
eu quero estar junto com você.” Submissão é parceria, é caminhar junto, é se colocar
debaixo da missão e respeitar a pessoa que Deus lhe deu por líder.
A bíblia fala da submissão da mulher no casamento nos termos de “sujeição” e “respeito”
(Efésios 5.22-33), mas a bíblia também fala da submissão aos líderes. Em Hebreus
13:17 lemos: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles
cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho
deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.”
Então a submissão bíblica não tem por objetivo anular as pessoas ou torna-las reféns
dos seus líderes. Queremos respeitar a autoridade espiritual daqueles que Deus nos
deu como líderes para apascentar o Seu rebanho. Se a Palavra de Deus já nos diz a nos
“sujeitarmos uns aos outros” (Efésios 5.21), quanto mais devemos ser assim com nossos
líderes. Queremos praticar a verdadeira submissão que significa parceria, respeito,
comunhão e sujeição à mesma missão que Deus deu aos nossos pastores e
discipuladores: cuidar do rebanho de Deus.
OS TRÊS NÍVEIS DE SUBMISSÃO NO DISCIPULADO
À Palavra de Deus: Qualquer discípulo de Jesus deve estar completamente
submisso aos princípios da Palavra de Deus
Nossos Conselhos: O discípulo deve ser ensinável para ouvir conselhos
edificantes, mas a submissão aqui é relativa.
Nossas Opiniões: Não é necessário nenhum tipo de submissão às opiniões e
gostos pessoais do discipulador.
LIMITES E ABUSOS DO DISCIPULADO
Temos absoluta certeza de que o discipulado é um princípio bíblico absoluto que deve
ser praticado por todos nós. É o caminho para uma vida cristã excelente e relevante na
sociedade. Porém como em qualquer relacionamento corremos o risco de cometer
excessos. Por isso clamamos a misericórdia de Deus e a atuação do Seu Espírito para
que as coisas a seguir JAMAIS ocorram em nosso meio em nome de Jesus. Como
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liderança temos profundo amor por cada ovelha e observamos muito atentamente o que
o apóstolo Pedro nos ensina em 1a Pedro 5.2-3:
SUPERPROTEÇÃO
É um erro do discipulador. É querer controlar a vida do discípulo, não o deixando
tomar as próprias decisões. É como uma mãe que trata um filho de 25 anos como se
ele fosse um recém-nascido com uma semana de vida! Exemplo:
Ficar vigiando a vida do discípulo o tempo todo
Sufocar o discípulo com zelo exagerado
Não permitir que o discípulo faça nada sem você por perto
Achar que a vida do discípulo depende de você.
SUPERDEPENDÊNCIA
É um erro do discípulo. É quando a pessoa acha que não pode fazer nada sem falar
antes com o discipulador, tratando-o como uma espécie de guru espiritual. A pessoa
nesta posição não busca relacionamento direto com Deus nem com a Palavra,
apenas quer “sugar” tudo do discipulador. Às vezes ela até tenta imitar o discipulador
nos mínimos detalhes, gerando dependência emocional doentia.
Telefonar para o discipulador 30 vezes por dia;
Não fazer absolutamente nada sem pedir a “permissão” do discipulador;
Querer se tornar uma cópia do discipulador (falar igual, se vestir igual...)
Querer que o discipulador tome as decisões difíceis em seu lugar.
ASSENHORAMENTO
Acontece quando o discipulador pensa que o discípulo é sua propriedade e começa a
exigir que ele faça coisas valendo-se da sua posição de discipulador. Isso está
totalmente errado! Jesus nos mandou fazer discípulos, não escravos! Exemplo:
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre
a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.”
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O discípulo não deve satisfazer as necessidades do discipulador (apenas
gestos voluntários de amor e serviço cristão);
O discípulo não deve dar dinheiro, nem pagar as contas do seu discipulador;
O discipulador não deve ameaçar “espiritualmente” do tipo: “se você não me
obedecer, Deus vai te cobrar”;
Dizer ao discípulo que ele deve pedir “permissão” para fazer alguma coisa
(sair de férias, comprar um carro, etc.)
TENTAR FAZER O PAPEL DE DEUS
Acontece quando o discipulador pensa que ele deve ter todas as respostas para a
vida do discípulo. Devemos ensinar as pessoas a buscarem a Deus para obter
respostas e não ficar orientando tudo o tempo todo, senão o discípulo nunca
crescerá em Deus. A vida espiritual do discípulo depende primeiramente de Deus.
Nós somos apenas instrumentos. Exemplo:
O discipulador não deve dar repostas para tudo (por mais que às vezes ele
saiba a resposta). Eles devem orar juntos, buscar o conselho da Palavra e
ouvir a Deus.
O discipulador jamais deve achar que os erros do discípulo são afrontas
pessoais a ele.
O discipulador não deve impedir que o discípulo tome a decisão errada.
Nesse caso é preciso orar ainda mais por ele, ficar ainda mais junto, mas
jamais proibir a pessoa de fazer determinada escolha. Confie em Deus!
ADOTAR OUTROS CONCEITOS QUE NÃO ESTÃO NA PALAVRA DE DEUS
É quando ensinamos coisas que julgamos ser boas mas não estão de acordo com os
princípios da Palavra de Deus. Cada vez mais os cristãos estão absorvendo
“pensamentos cristãos”, livros e mensagens que parecem muito boas, mas que vêm
de homens que nem sequer acreditam que a bíblia é a Palavra inspirada de Deus.
Cuidado com isso. Vá sempre para o conselho da Palavra de Deus.
VIOLAR A PRIVACIDADE DO DISCÍPULO
A privacidade do discípulo é sempre inviolável. TUDO O QUE É DITO EM
DISCIPULADO FICA EM ABSOLUTO SEGREDO. Isso é muito importante! O
discipulador que trai a confiança do seu discípulo está sujeito à disciplina por parte
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da liderança da igreja. Se você sentir que precisa de ajuda para auxiliar o seu
discípulo, você deve primeiramente pedir a permissão dele para compartilhar o
assunto em questão com seu discipulador. Se o discípulo permitir, faça apenas o
combinado. Se ele não permitir, não comente nada com absolutamente ninguém!
Se Deus respeita o livre arbítrio do homem, você também deve respeitar.
O discípulo NUNCA ESTÁ OBRIGADO A NADA! Deixe o discípulo se abrir
no momento em que ele desejar. Nada de manipulação!
E SE ACONTECER ALGUM ABUSO?
Se porventura acontecer algum problema como estes que citamos acima, o discípulo
tem a liberdade de confrontar (em amor) o seu discipulador e dizer que não está se
sentindo à vontade com a situação. Este confronto pode acontecer em duas etapas
conforme aprendemos em Mateus 18.15:
1. Primeiro você deve dizer ao seu discipulador com muito carinho que está se
sentindo incomodado com algumas atitudes que ele tomou, ou triste por ele ter
violado a sua privacidade. Com certeza o discipulador vai reconhecer seu erro,
pedir perdão e se retratar. Se isso acontecer, glória a Deus!
2. Se o discipulador não aceitar e resistir à primeira etapa, você tem a liberdade de
informa-lo que você vai procurar o discipulador dele para conversarem os três
juntos e assim chegarem a um consenso. ATENÇÃO – Se o discipulador disser
que isso é proibido, lembre-se que no discipulado É PROIBIDO PROIBIR!
Procure o discipulador deste irmão, e juntamente com ele peçam ajuda para
resolver este impasse.
A PATERNIDADE ESPIRITUAL NO DISCIPULADO
Podemos dizer que a “paternidade espiritual” é um vínculo relacional, onde um cristão
se sente profundamente ligado e comprometido a ajudar outro cristão a
amadurecer em sua vida com Deus. Ainda que o novo nascimento espiritual seja obra
exclusiva do Espírito Santo, o novo convertido precisa da ajuda de alguém mais maduro,
que, baseado na Palavra de Deus, o ajude a dar os primeiros passos na fé. É a este
relacionamento que a Bíblia chama de Paternidade Espiritual.
PAULO ERA UM PAI ESPIRITUAL
Tito, Timóteo e Onésimo com certeza não eram filhos biológicos de Paulo, mas ele os
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considerava como “filhos espirituais”. Ele se refere a Tito como um “verdadeiro filho,
segundo a fé” (Tito 1.4), e a Timóteo como um “verdadeiro filho na fé” e um “amado
filho” (1aTimóteo 1.2; 2aTimóteo 1.2). Em outra carta, o apóstolo diz: “peço-te por meu
filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões" (Filemom 1.10).
Ele usa este mesmo termo quando fala aos crentes de Corinto, dizendo: “Não estou
tentando envergonhá-los ao escrever estas coisas, mas procuro adverti-los, como a
meus filhos amados. Embora possam ter dez mil tutores em Cristo, vocês não têm
muitos pais, pois em Cristo Jesus eu mesmo os gerei por meio do evangelho.” (1a
Coríntios 4.14-15). Para o apóstolo, este termo traduz um profundo sentimento de afeto
pessoal e responsabilidade em ajudar estas pessoas a obter um desenvolvimento
espiritual verdadeiro.
A NECESSIDADE DE PAIS ESPIRITUAIS NO NOVO TESTAMENTO
Os primeiros cristãos eram frequentemente rejeitados por suas comunidades ou
repudiados por suas famílias. Portanto, o vínculo da “família de Cristo” incluía a criação
de uma nova ordem de pais e filhos. Jesus falou sobre isso quando disse a Pedro que
os que desistem de suas famílias por ele e pelo evangelho receberão em troca “irmãos,
irmãs, mães e filhos” (Marcos 10.30).
Os pais espirituais na igreja primitiva tinham a oportunidade de ajudar a educar os
seguidores de Cristo que experimentariam a presença e o poder de Deus atuando em
suas vidas. Essa tarefa envolvia a participação ativa (e geralmente diária) na vida do
“filho espiritual” e seu aconselhamento contínuo em como viver a vida cristã na igreja e
na comunidade.
A NECESSIDADE DE PAIS ESPIRITUAIS EM NOSSOS DIAS
Hoje em dia existem milhões de convertidos no Brasil, mas a maioria deles não possui
alguém que os ensine a caminhar, passo a passo, desde sua conversão. Por causa
disso há cristãos com muitos anos de conversão mas que são espiritualmente imaturos.
Como alguém já disse, “o evangelho no Brasil possui muitos quilômetros de extensão,
mas apenas alguns centímetros de profundidade”.
Precisamos urgentemente de homens e mulheres dispostos a se tornarem pais e mães
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espirituais. Através do discipulado um a um buscamos garantir que cada novo convertido
tenha um “pai” ou uma “mãe” que o ensine desde o início a como caminhar em
santidade, com amor por Jesus e por Sua Palavra.
OS DEVERES DE UM PAI ESPIRITUAL:
Empenhar-se para gerar no filho espiritual amor pela Palavra de Deus
Ensiná-lo a buscar um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus
Motivá-lo a estabelecer um vínculo com a igreja de Jesus, onde ele
poderá servir ao Senhor e ser edificado na fé.
Orar com e pelo filho espiritual, motivando sua comunicação pessoal e
contínua com Deus.
O VERDADEIRO PAI ESPIRITUAL
A paternidade espiritual é muito mais do que apenas um título vazio – é uma vida de
amor e dedicação aos seus discípulos. Em Mateus 23.9, Jesus repreende os líderes de
sua época que utilizavam o título de “mestres” e “pais” de forma abusiva, para sustentar
uma falsa religiosidade. A crítica de Jesus era que eles desejavam ser reconhecidos
como líderes mas não praticavam o que pregavam (Mateus 23.3).
O verdadeiro pai espiritual é aquele que, primeiramente, é considerado por seus
discípulos como o maior dos servos. Eles, por livre vontade, dão a esses “pais
espirituais” a autoridade para liderá-los, porque veem neles alguém que ama a Deus e
dá a sua vida por suas ovelhas.
O QUE NÃO É PATERNIDADE ESPIRITUAL
Não é possível que uma pessoa seja gerada espiritualmente por outra, ou nasça
espiritualmente de outro indivíduo. Esta ideia não possui nenhum respaldo bíblico e
deve ser rejeitada. Jesus explicou isso claramente a Nicodemos quando disse que “o
que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito” (João 3.6). Todo
nascimento espiritual é realizado por Deus, pela sua soberana vontade, através do
Espírito Santo. Em várias ocasiões o Novo Testamento explica esta verdade:
“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito
de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. João 1:12-13.
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“Respondeu Jesus: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus,
se não nascer da água e do Espírito.” João 3:5
“O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; João 6:63
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.” Efésios 2:1
“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus.” 1a João 5:1
Entendendo isso, rejeitamos qualquer ideia de que um cristão exerce, por direito,
algum tipo de poder espiritual sobre outro. Desaprovamos qualquer prática de
opressão, maldição, coerção, e imposição de um cristão sobre o outro, que use o termo
“paternidade espiritual” como pretexto. Não vemos respaldo para isso na Palavra de
Deus e reprovamos essas atitudes em nossa comunidade de fé.
DEUS É O NOSSO GRANDE PAI
Nenhum homem deve ocupar o lugar que é só de Deus. Ele é o nosso grande Pai.
O apóstolo Paulo nos lembra disso em vários momentos:
“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai”. 1a Coríntios 1:3a
“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai”. 2a Coríntios 1:2a
“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai”. Gálatas 1:3a
Concluímos reafirmando que jamais alguém deve colocar-se entre o
relacionamento de outra pessoa com Deus. Devemos apenas servir como um
instrumento do Senhor para aconselhar, exortar, abraçar, orar e servir a
comunidade cristã. Todos nós temos o Espírito Santo e é Ele quem nos ensina
todas as coisas, ainda que o faça, por vezes, através de um “pai espiritual”. João
ensinou aos seus discípulos:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos
ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei
nele, como também ela vos ensinou.” 1 João 2.27
A verdade é simplesmente uma: que toda paternidade tem suas raízes em Deus Pai. A
paternidade, seja espiritual ou física, é boa aos olhos de Deus quando é humildemente
exercida em Seu Nome.
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AULA 3 – O ENCONTRO DE DISCIPULADO E OS
SEUS ALVOS
Aprendemos nas últimas duas lições que o discipulado é um relacionamento que
envolve toda a nossa vida. Mas existe uma parte muito importante que não podemos
deixar de lado – o encontro do discipulado. Sem esta parte corremos o risco de
fazermos grandes amizades, mas sem uma orientação para o crescimento espiritual. O
encontro mantém o foco dos envolvidos em Deus, e não em si mesmos. Ele torna uma
simples amizade em uma grande fábrica de milagres, pois há muito poder quando nos
abrimos totalmente diante de Deus e do próximo.
A IMPORTÂNCIA DO ENCONTRO DE DISCIPULADO UM A UM
Existem várias maneiras de colocar em prática o princípio do discipulado. Cremos que o
um a um é uma excelente ferramenta pois nos possibilita cuidar muito bem de cada um,
não permitindo “que nenhum se perca” (2a Pedro 3.9). Além disso não só conseguimos
cuidar muito bem de cada pessoa, mas ensinamos que todos têm a responsabilidade de
discipular alguém.
Dentro da ferramenta de discipulado um a um, o encontro é importantíssimo (apesar de
ser apenas uma parte). O discipulador deve entender que este é um momento de
ministração do Espírito Santo, e por isso deve ter toda a excelência para fazê-lo. Não é
apenas uma hora para colocar o papo em dia, mas o momento de parar tudo e ouvir a
Deus. É o momento sagrado de se colocar diante da Palavra de Deus e juntos
praticarem a comunhão bíblica, “incentivando-nos ao amor e às boas obras” (Hebreus
10.24). O encontro jamais deve ficar em segundo plano, ele deve ser aguardado com
carinho, preparado com amor, e praticado na expectativa da presença do Espírito Santo.
O encontro é um a um, mas a trindade sempre está presente!
O DIA A DIA DO DISCIPULADOR
Paulo ensina algo interessante sobre disciplina: “Todos os que competem nos jogos se
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submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós
o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre.” 1a Coríntios 9:25.
Sabemos que os jogadores de futebol profissional tem uma preparação muito grande
para jogar em alto nível. Eles tem um treinamento diário, especialistas, preparadores
físicos, médicos, nutricionistas, psicólogos, exercícios específicos para cada grupo
muscular, etc. Com tudo isso eles ficam prontos para, dentro daqueles 90 minutos em
campo, darem o seu melhor. Se algum deles não se submeter ao treinamento, não
conseguirá jogar bem e correrá o risco de ter alguma lesão. De uma certa forma, a
preparação é mais decisiva para o resultado final do que o jogo propriamente dito. Mas
no coração do atleta, o jogo é tão importante, que toda a preparação vale a pena!
No discipulado não é diferente. O jogo é como se fosse o encontro do discipulado. É o
momento da verdade, da ministração do poder do Espírito Santo. Mas se o discipulador
não se preparar em sua vida privada com Deus, as coisas não irão tão bem como
poderiam ir. Não estamos com isso eliminando a soberania de Deus, Ele pode nos usar
grandemente no nosso momento de maior fraqueza, mas entendemos que também
temos uma responsabilidade, não podemos fazer a obra do Senhor relaxadamente
(Jeremias 48.10). A qualidade do seu encontro de discipulado está diretamente
relacionada com a qualidade da sua preparação.
Vamos ver algumas coisas que você pode fazer que irão abençoar grandemente o seu
encontro de discipulado:
SEJA FIEL NO SEU TEMPO A SÓS COM O SENHOR
Este é o maior e melhor conselho que um discipulador pode receber e aplicar.
Precisamos entender uma coisa: nós não temos nada a oferecer a ninguém, a não
ser que o Senhor nos capacite. Todas as nossas fontes estão nEle (Salmo 87.7).
Quando nos encontramos com o Senhor ganhamos fogo e visão espiritual para
ministrar aos outros. Sem Ele não podemos fazer nada, mas cheios do seu Espírito,
nada é impossível. Não estamos falando apenas de uma devocional de 5 minutos
mas tempo de qualidade na presença de Deus. Jesus disse “Aquele que tem sede
vinde a mim e beba” (João 7.37). Se estiver bebendo dessa água, você se encherá
e transbordará dela para os seus discípulos, mas se estiver vazio será difícil obter
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vitória. Além disso, gastar tempo com o Senhor mostrará ao seu discípulo que o
Senhor é a sua fonte, e ele também aprenderá a busca-lo!
ORE DIARIAMENTE POR SEUS DISCÍPULOS, NOME POR NOME,
DECLARANDO A VITÓRIA DO SENHOR SOBRE ELES.
Você realmente crê que “a oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5.16)?
Uma das práticas mais necessárias a um discipulador é a intercessão pelos seus
amigos. Foi Rick Warren que disse que “As pessoas podem recusar o nosso
amor ou rejeitar as nossas palavras, mas não têm defesas contra as nossas
orações." Mas interceder é mais do que uma oraçãozinha de 5 minutos, mas uma
declaração ousada da vontade de Deus sobre a vida daquela pessoa. Interceder é
entrar em aliança com Deus, com o coração cheio de fé e de coragem, declarando
com seus lábios que nada é mais poderoso do que o poder do Espírito Santo sobre
a vida daquela pessoa. Guerreie em oração! Apresente a vida de cada um dos seus
discípulos, diariamente. Você viverá grandes milagres!
FAÇA PEQUENOS CONTATOS DE AMOR
Não espere a véspera do seu encontro com seu discípulo para fazer contato. Tenha
o hábito de, constantemente fazer pequenos contatos durante o dia para mostrar a
sua preocupação e a sua disponibilidade para com aquela pessoa tão preciosa.
Pode ser um e-mail, uma mensagem no celular, uma ligação rápida, etc, apenas
para dizer “eu estou orando por você”, ou “tenha um bom dia cheio da presença do
Espírito Santo”. Você pode mandar vídeos edificantes por e-mail, músicas que falam
ao seu coração, ou compartilhar o texto bíblico que você meditou naquele dia em
seu tempo a sós com Deus. Então, recheie o seu dia com estes pequenos contatos
que com certeza seus discípulos se sentirão muito amados!
PROCURE FERRAMENTAS QUE POSSAM ABENÇOAR SEUS ENCONTROS
Existem ferramentas muito boas que você pode usar para abençoar seus encontros
de discipulado. Esteja atento a pregações on-line, reflexões, meditações, livros, dvds
que podem dinamizar e enriquecer o seu discipulado. Sugestões:
Separe um dia para assistirem juntos a um DVD de ministrações;
Estudem juntos algum bom livro. Vocês podem ler um capítulo por dia e
depois compartilhar o que aprenderam;
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Estudem sobre oração e depois pratiquem o que aprenderam;
Quando assistir a um bom vídeo cristão, encaminhe-o para o seu discípulo e
depois compartilhem aquilo que acharem mais interessante.
Existem materiais muito bons de devocional como Mananciais no Deserto,
Pão Diário, e outros que podem ajudar o seu discípulo a começar a praticar o
tempo a sós com Deus.
ATENÇÃO: Por causa da internet existem muitas coisas boas disponíveis por aí,
mas igualmente existem muitas coisas que não são tão boas. É comum vermos
pessoas citando autores supostamente cristãos, e até teólogos que nem sequer
creem na Bíblia como a Palavra inspirada de Deus. Muito cuidado com isso! Procure
aconselhar-se com seu discipulador sobre os melhores materiais, livros e pregações
disponíveis para não acabar aplaudindo quem desdenha da Palavra de Deus.
COMO REALIZAR O ENCONTRO DE DISCIPULADO
O “encontro” é um tempo muito importante dentro do relacionamento de discipulado, e
por isso não pode ser feito de qualquer jeito. Abaixo listamos algumas sugestões
importantes para vocês aproveitarem este tempo juntos com muita qualidade:
FREQUÊNCIA – Semanal.
Este é o ideal e todo discipulador deve se buscar ao máximo ter este encontro
regular Sabemos que muitas vezes podem acontecer imprevistos, mas ambos
discípulo e discipulador devem entender que este tempo juntos é prioridade. Se o
encontro precisar ser desmarcado, ele pode ser reagendado para outro dia daquela
mesma semana, se possível. Se não houver essa possibilidade, o ideal é que
mesmo por telefone vocês tenham chance de conversar sobre os assuntos mais
importantes. Em casos extremos, o encontro pode ser feito quinzenalmente, mas
apenas por um curto espaço de tempo, e depois voltam os encontros semanais. Se
isso precisar ser feito, procure o seu discipulador e o informe da necessidade.
LOCAL – Tanto faz.
O encontro de discipulado pode acontecer em qualquer lugar, desde que haja
liberdade para ambos compartilharem suas lutas, abrirem o coração e orarem
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juntos. Pode ser feito em casa, na rua, na lanchonete, desde que a pessoa sinta-se
livre para conversar com o mínimo de privacidade e discrição.
DURAÇÃO – Entre uma hora e uma hora e meia (no máximo).
Os primeiros encontros tendem a ser mais longos, mas o ideal é diminuir aos
poucos o tempo do encontro. Se você for um amigo muito próximo do seu discípulo
vocês poderão conversar sobre coisas simples da vida em outros momentos,
deixando para o encontro apenas aquela conversa mais profunda. Se você levar
muito tempo para discipular uma pessoa, será difícil arrumar tempo para discipular
outros.
ROTEIRO – Vá preparado, mas seja sensível ao Espírito Santo.
Existe um “modelo” que você pode seguir em seus encontros, para que este
momento não fique “solto” demais e perca o seu propósito. Por isso você deve
estar preparado para seguir este roteiro. Mesmo assim, acima de tudo você deverá
estar muito sensível ao Espírito Santo que pode guiar você a fazer algo diferente.
Veja uma sugestão de roteiro do encontro de discipulado:
1. PREPARAÇÃO
Nunca vá para o seu encontro despreparado. Ore de uma forma especial pelo seu
discípulo no dia do encontro de vocês, ou se preferir, faça um jejum para se
consagrar e estar mais atento ao Espírito Santo. Busque a Deus na Palavra e leve
sempre uma “água fresca” (João 7.37) para o seu discípulo. Se possível tire um
tempo de oração antes de sair de casa.
2. ORAÇÃO
Comece com um tempo de oração. Ore primeiro e declare com ousadia que os
corações estão abertos ao mover de Deus. Peça ao Espírito Santo que manifeste a
Sua presença e fale aos corações profundamente trazendo mudança de vida e
amor pelo Senhor. Repreenda o inimigo e as suas mentiras na autoridade do nome
de Jesus agradecendo pelo privilégio de amar e cuidar daquele irmão precioso.
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3. COMPARTILHAMENTO
É a hora de “abrir o coração”. Esteja pronto para ouvir o seu irmão, sempre fazendo
perguntas estratégicas como:
Como está o seu coração?
Você está conseguindo ser fiel no seu Tempo a sós com Deus? Como tem
sido esta experiência nos últimos 7 dias?
E a sua família como está? Como está o seu relacionamento com sua
esposa/marido/filhos/pais? Em quais áreas você sente que Deus deseja que
você melhore na vida familiar?
Você está sendo tentado em alguma área? Você tem caminhado em vitória
sobre o pecado nos últimos 7 dias?
E a vida financeira, como está? Você tem conseguido ser fiel ao Senhor?
Tem experimentado alguma dificuldade nessa área?
E no trabalho, como vão as coisas? Você tem conseguido se empenhar para
ser um excelente profissional? E o seu testemunho cristão, como está diante
das pessoas do seu trabalho?
Você tem conseguido testemunhar de Jesus para outras pessoas? Como
está o seu amor pelo Senhor?
4. ESTUDO
Este é o momento de compartilhar algo da Palavra de Deus ou de algum material
que você esteja estudando com o seu discípulo. Este é um momento muito
importante! Em nossa igreja indicamos o estudo de alguns livros que podem ser
sobre discipulado ou outro assunto. Você também pode compartilhar algum texto
bíblico que Deus tenha ministrado ao seu coração.
5. MINISTRAÇÃO
Este é o tempo de oração direcionada sobre o que vocês falaram até aqui. Ore
pelos assuntos que foram compartilhados pedindo vitória completa, declarando a
vontade de Deus sobre a vida do discípulo. Peça pela visitação do Espírito Santo
em cada uma das áreas de dificuldade e ministre com fé uma palavra de
restauração e santidade. É importante jamais despedir o seu discípulo sob uma
“atmosfera” de tristeza ou derrota. Ore até obter vitória!
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6. SUPERVISÃO MINISTERIAL
Nós também usamos o encontro do discipulado para falar sobre as coisas que
fazemos para Deus na igreja. É um bom momento para falarmos sobre como vai a
liderança de célula, qual é o próximo passo de Deus em relação ao ministério que
Deus tem para o discípulo, etc. IMPORTANTE: Use este momento para verificar
como estão os discípulos do seu discípulo, se os encontros estão acontecendo, se
ele está tendo alguma dificuldade (preservando, é claro, toda a privacidade dos
envolvidos).
OS ALVOS DO DISCIPULADO
O discipulado não é apenas uma amizade, nem apenas mais um programa da igreja. Se
trata de uma amizade com propósitos, uma caminhada rumo a vida cristã excelente
segundo a Palavra de Deus. Se queremos que a vida de Deus seja transferida para o
discípulo, nossa caminhada deve ser orientada para o crescimento e amadurecimento
da fé em Jesus. Como discipuladores, nosso alvo não deve ser somente ter muitos
discípulos, ou ter os encontros regulares.
O grande alvo do discipulado é, com a ajuda do Espírito Santo, fazer com que
Cristo seja gerado no discípulo, levando-o a crescer em todas as áreas. Este é o
coração que o apóstolo Paulo tinha em relação aos seus discípulos:
“Meus filhos, novamente estou sofrendo dores de parto por sua causa, até que Cristo
seja formado em vocês.” Gálatas 4:19
Como discipuladores, este também deve ser o nosso coração – que Cristo seja formado
em nossos amigos. Que Deus cumpra em nós o seu propósito de nos fazer “conformes
à imagem do Seu Filho” (Romanos 8.28).
OS MATERIAIS DO DISCIPULADO
Como já vimos anteriormente, você deve buscar ferramentas que lhe auxiliem nos seus
encontros de discipulado. De acordo com a liderança de nossa igreja, existem alguns
materiais que podem nos ajudar nos primeiros meses de discipulado.
BÍBLIA – É fundamental. Deve ter o lugar central em qualquer discipulado. Não importa
quão bons sejam outros materiais – A Palavra de Deus é a nossa fonte. A direção de
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nossa igreja para todos os discipuladores é: “Não deixe de falar as palavras deste Livro
da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que
nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido.”
Josué 1.8.
APOSTILA DE DISCIPULADO UM A UM – Se o seu discípulo já for convertido e
batizado nas águas, esta apostila que está em suas mãos é o primeiro material que você
usará com ele. Como você já possui este material, apenas oriente o seu discípulo a
adquiri-lo na secretaria da igreja. Vocês devem compartilhar o que mais chamou a
atenção de cada um em cada capítulo, estudando um capítulo por semana, e finalizando
o material em 4 encontros. Caso você tenha alguma dúvida sobre algum ponto
específico do material, procure o seu discipulador.
GUIA DE ESTUDOS: ACOMPANHAMENTO INICIAL – Este é o material que você
poderá usar assim que terminar a Apostila de Discipulado Um a Um. Da mesma
maneira, você completará suas lições em no máximo 8 encontros. Nele você encontrará
estudos bíblicos simples e uma síntese da visão de discipulado um a um em nossa
igreja. ATENÇÃO – Se você estiver discipulando um novo convertido ainda não
batizado, este deve ser o primeiro material que você vai ministrar. Ao término deste, seu
discípulo estará pronto para ser batizado em nossa igreja. Após o batismo, você poderá
então usar o primeiro material.
OUTROS MATERIAIS – Como já aprendemos anteriormente, existem muitos outros
materiais que você pode usar no seu discipulado. Depois de terminar os materiais
sugeridos pela liderança, converse com seu discipulador sobre outros livros que você
pode usar. Procure sempre materiais que tenham a ver com os assuntos tratados no seu
encontro de discipulado, ou que tratem de áreas de conflito na vida do discípulo, como
casamento, hombridade, finanças, criação de filhos, etc. Seja criativo e dinâmico. Você
DISCÍPULO NOVO CONVERTIDO
Primeiro: Acompanhamento Inicial
Segundo: Apostila Discipulado Um a Um
DISCÍPULO FIRME NA FÉ
Primeiro: Apostila Discipulado Um a Um
Segundo: Acompanhamento Inicial
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também pode usar materiais devocionais como Pão Diário, Mananciais no Deserto,
DVDs de músicas, pregações, etc.
TRILHO DE CRESCIMENTO E LIDERANÇA
Para ajudar você a conduzir seu discípulo em um crescimento constante, a nossa igreja
possui uma programação que chamamos de “TRILHO DE CRESCIMENTO E
LIDERANÇA”. Use este trilho para saber qual é o próximo passo para o seu discípulo.
TRILHO PARA NOVOS CONVERTIDOS
1o PASSO: Acompanhar a pessoa em seu processo de conversão;
2o PASSO: Preparar o novo convertido para o Batismo (ministrar o curso);
3o PASSO: Levar a pessoa na célula e integrá-la muito bem;
4o PASSO: Levar a pessoa a ser fiel no cultos de celebração da igreja;
5o PASSO: Inscrever a pessoa no próximo curso Veredas Antigas;
6o PASSO: Inscrever a pessoa no curso “FUNDAMENTOS” da Escola do Discípulo.
TRILHO PARA CRENTES JÁ BATIZADOS E FIRMES NA FÉ
1o PASSO: Inscrever a pessoa no curso “FUNDAMENTOS” da Escola do Discípulo.
2o PASSO: Levar a pessoa a ser fiel no cultos de celebração da igreja;
3o PASSO: Levar a pessoa a frequentar o TADEL;
4o PASSO: Inscrever no curso “DISCIPULADO E LIDERANÇA” da Escola do Discípulo;
5o PASSO: Investir na vida da pessoa para que ela se torne um líder de célula;
6o PASSO: Buscar com seu discipulador os próximos passos para o discípulo.
AVANÇANDO SEMPRE EM FÉ
Amado, muitas vezes você pode experimentar dificuldades em levar o seu discípulo ao
crescimento e frutificação. Alguns caminham mais rápido, outros mais lentamente. Mas
ore e peça que o Senhor encha o seu coração de fé, para você jamais desistir. Cremos
que a vontade de Deus sobre as pessoas é maior do que qualquer resistência humana.
Por isso, avance sempre em fé, crendo que Deus “recompensa todo aquele que o
busca” (Hebreus 11.6)!
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AULA 4 – FAZENDO DISCÍPULOS QUE SE
MULTIPLICAM
Chegamos à nossa última lição do módulo Discipulado Um a Um. Até aqui prendemos
conceitos muito importantes. Vamos revisar alguns rapidamente?
O discipulado é um relacionamento profundo com o propósito de glorificar a Deus e
levar o discípulo a se parecer cada vez mais com Jesus, e assim, fazer dele um
instrumento útil nas mãos do Senhor, também discipulando outras pessoas;
Todo cristão nascido de novo é chamado para fazer discípulos no Reino de Deus
de acordo com Mateus 28.18-10;
O discipulado é muito importante porque ele garante muitos resultados de
qualidade, pois cada pessoa é cuidada individualmente;
Tanto o discipulador e o discípulo devem buscar ter um coração ensinável e aberto
para o relacionamento fluir;
Existem certos limites e abusos que devemos evitar na relação de discipulado, tal
como violar a privacidade do discípulo ou abusar da autoridade de discipulador;
Apesar do discipulado ser um relacionamento profundo que envolve toda a vida, o
encontro de discipulado semanal é fundamental para a saúde deste
relacionamento;
O discipulado é um relacionamento com um propósito e alvos muito específicos –
levar o discípulo a crescer em seu relacionamento com Deus e a amadurecer na fé;
A ESCOLHA DO DISCÍPULO
Uma das perguntas mais feitas pelos interessados em discipulado é: “É o discípulo que
escolhe o discipulador ou o discipulador que escolhe o discípulo”? De acordo com os
exemplos que vemos na Bíblia, na maioria das vezes é o discipulador que vai ao encontro
do discípulo e o convida para segui-lo. Exemplos:
Jesus e os irmãos Pedro e André – Mateus 4.18-20
Jesus e os irmãos Tiago e João – Mateus 4.21-22
Jesus e Levi (Mateus) – Lucas 5.27
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Também vemos exemplos bíblicos de outras pessoas que foram até Jesus e pediram
para segui-lo (Mateus 8.19-22). O Mestre não os rejeitou, mas ao explicar as condições
do discipulado (ou seja, que temos que abandonar tudo para seguir a Cristo) vários deles
recuaram e foram embora. Jesus sempre foi muito firme sobre quem poderia ser um
discípulo dele(Lucas 14.26-33).
O LÍDER DE CÉLULA DEVE ORIENTAR OS DISCIPULADOS
Temos aprendido em nossa igreja que uma das funções do líder de célula é estabelecer
os discipulados entre os membros, provendo discipuladores para os demais. Isso não
quer dizer que o líder vai discipular a todos, mas que ele deve, juntamente com seu
supervisor, designar quem vai discipular quem dentro da célula.
Obviamente o líder não vai impor nada a ninguém, nem agir sem consentimento das
pessoas. Ele deve, com paciência, oração e muito diálogo, orientar as pessoas para que
elas cuidem umas das outras com vistas ao início do discipulado um a um. É algo muito
simples de se fazer. Uma vez que todos somos irmãos em Cristo e responsáveis uns
pelos outros, não deve ser um fardo para ninguém acompanhar e orar por um irmão
específico da mesma célula.
Portanto, em nossa igreja, é o líder da célula que irá estabelecer os discipulados na
célula, provendo discipuladores para todos os membros, sempre com muita
humildade e paciência e auxiliado por sua liderança.
O SUCESSO DEPENDE DO CORAÇÃO DO DISCÍPULO
O que garante o crescimento numa relação de discipulado, é a disposição ensinável e
humilde do discípulo. É importante deixar isso muito claro pois alguém pode dizer: “Eu
não quero que Fulano me discipule, eu gosto mais de Beltrano”, ou “Acho que a Maria
não tem condições de me discipular, eu me identifico mais com a Joana”. Este tipo de
sentimento não é a base para nenhum discipulado. As pessoas pensam que o sucesso do
discipulado está na capacidade do discipulador, o que não é verdade. O que vai garantir
o sucesso do discipulado é o coração ensinável do discípulo, independente de
quem é o seu discipulador. Quem faz o milagre é Deus que opera diretamente no
coração do discípulo.
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QUEM DEVE SER DISCIPULADO?
Temos certeza de que Deus deseja que cada cristão nascido de novo deve ser um
discípulo de Jesus, por isso a resposta é: TODAS AS PESSOAS DEVEM SER
DISCIPULADAS. Cremos que um dia poderemos garantir um discipulador para
acompanhar cada novo convertido desde o dia da sua decisão.
Hoje, em nossa igreja, os líderes de célula tem prioridade para receberem um
discipulador, porque entendemos que eles são pastores de um pequeno rebanho e por
isso necessitam de um cuidado mais urgente. À partir dos líderes, cada um poderá
também ser discipulado e discipular outros. Isso é importante: o discipulado sempre
acontecerá entre pessoas do mesmo sexo que frequentam a mesma célula (salvo
exceções).
CINCO CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
Em várias passagens a bíblia nos ensina que os discípulos de Jesus devem se conformar
a um “padrão”. Paulo orienta Timóteo a escolher apenas “homens fiéis que sejam
capazes de ensinar a outros”, e as qualificações espirituais dos “garçons” do novo
testamento (Atos 6.2-3) deixam muitos pastores envergonhados. Por isso não vamos
estabelecer aqui uma lista interminável de virtudes que poucas pessoas têm como pré-
requisito para ser um discípulo em nossa igreja. Não é necessário ser perfeito para ser
um discípulo. Por outro lado, existem algumas características simples que devem
estabelecer um padrão mínimo para o novo discípulo:
1. Ele deseja conhecer intimamente a Deus
Isto é fundamental. Se a pessoa não está interessada em ter mais intimidade com
Deus, ser discípulo de Jesus não fará o menor sentido;
2. Ele está disponível
Um coração disponível agrada a Deus. É a pessoa que entende as suas limitações
mas não se deixa deter por elas.
3. Ele é submisso
Submissão à liderança é algo que a bíblia pede de nós. Como já falamos, o
discípulo deve estar disposto a caminhar sempre lado a lado aos seu líder. É
necessário que ele entenda e sirva juntamente na visão que Deus já tem dado à
sua igreja
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4. Ele é fiel
Fidelidade a Deus e à Sua Palavra. Estes valores devem estar presentes no
coração de um discípulo, pois nas horas difíceis ele escolherá a “melhor parte”.
Fidelidade aos seus líderes também é importante.
5. Ele deseja fazer discípulos
É muito importante que o novo discípulo entenda claramente que logo ele também
será usado por Deus para discipular outras pessoas. Alguém que deseja ser
cuidado e amado, mas se rejeita a fazer o mesmo por outros, ainda não
compreendeu o que é ser um discípulo de Jesus.
IMPORTANTE – Você não deve “descartar” imediatamente uma pessoa se ela não
apresentar um dos itens acima. Às vezes é necessário um investimento de tempo maior
com alguns irmãos. Continue acompanhando, orando por essa pessoa até que ela
entenda a importância destes princípios.
INICIANDO O DISCIPULADO EM SEIS PASSOS
1. CONVERSE COM SEU DISCIPULADOR
Se você já é discipulado e sente o desejo de caminhar com outra pessoa, abra o
seu coração com a sua liderança de célula se colocando à disposição e peça
conselhos sobre quem você deve discipular. Não faça nada sozinho;
2. PENSE ESTRATEGICAMENTE
Como líder de célula você deve buscar garantir que todos os seus irmãos sejam
discipulados. Isso não quer dizer que você vai discipular a todos, obviamente.
Pense em discipular aquelas pessoas mais maduras, que estão mais firmes na fé e
elas o ajudarão a discipular as outras pessoas.
3. ORE POR DISCERNIMENTO
Acima de qualquer estratégia, devemos pedir ao Senhor por discernimento
espiritual. Jesus escolheu os seus discípulos depois de passar “a noite orando a
Deus” (Lucas 6.12). Ele não escolheu os sábios e doutores da época, mas simples
pescadores. Por isso é muito importante pedir a Deus por direção espiritual e
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discernimento. Lembre-se do que diz 1a Samuel 16.7: “O Senhor não vê como o
homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”.
4. FAÇA O PRÉ-DISCIPULADO
Com o conhecimento do seu discipulador, converse com a pessoa que você acha
que deve discipular para saber o que ela pensa sobre o assunto, se ela gostaria de
ser discipulada por alguém e explique como o discipulado funciona na prática
(encontros regulares, transparência, amizade profunda, etc). Falaremos mais sobre
isso mas adiante.
5. DEIXE QUE ELE DECIDA
Depois de explicar do que se trata o discipulado na prática, dê tempo para que a
pessoa decida se quer ser discipulada ou não, sem forçar nada. Participar da
grande comissão é por si só um grande privilégio, mas ninguém deve ser obrigado
a nada. Falando sobre discipulado o próprio Jesus diz que é bom você “calcular os
custos” para não iniciar algo que não conseguirá levar à diante (Lucas 28-33).
Discipulado é coisa séria! Estabeleça o prazo de uma semana para o futuro
discípulo, orar, pensar e lhe dar uma resposta.
6. COMUNIQUE O SEU DISCIPULADOR SOBRE A DECISÃO FINAL
Seja qual for a resposta do discípulo, comunique a sua liderança e orem juntos
sobre qual será o próximo passo.
A IMPORTÂNCA DO “PRÉ-DISCIPULADO”
O pré-discipulado nada mais é do que um esclarecimento sobre a natureza e o
compromisso do verdadeiro discipulado bíblico. Seguir a Jesus é uma decisão muito
séria que envolve comprometimento e renúncia de todos que desejam segui-lo. À partir
desta conversa, a pessoa poderá decidir se ela deseja ou não se tornar um discípulo.
Vemos o “pré-discipulado” de Jesus em Lucas 9, versos 57 e 58: “Quando andavam pelo
caminho, um homem lhe disse: "Eu te seguirei por onde quer que fores". Jesus
respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do
homem não tem onde repousar a cabeça”. Jesus explicou claramente as implicações de
segui-lo. A um jovem rico, Ele disse: “Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você
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possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-
me". Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico” (Lucas 18.22-23).
Jesus fez pescadores de homens somente aqueles que estavam dispostos a segui-lo.
Ele exigiu que seus discípulos abandonassem tudo o que tinham, até a própria vida se
necessário fosse para o seguirem. Isso nos ensina que o compromisso do discipulado
deve ser levado muito à sério. Não existe discipulado sem entrega total!
MAS VALE A PENA! Ter Jesus como companheiro de caminhada é a melhor coisa do
mundo! A recompensa que temos é infinitamente maior do que a vida que deixamos para
trás. Jesus disse: “quem perder a vida por minha causa, este a salvará” (Lucas 9:24), e
“todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por
minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.” (Mateus 19:29).
Então, antes de começar um relacionamento intencional de discipulado, seja claro sobre
as exigências, mas também mostre como é maravilhoso e recompensador seguir ao
Mestre. Alguns pontos importantes a serem esclarecidos no pré-discipulado:
O discipulado é um compromisso sério;
O discipulado é um caminho de crescimento e bênção;
Deus deseja que ele também seja um discipulador;
Ele deve ser comprometido com a célula e com a visão da igreja;
Este é o caminho para uma vida cristã autêntica;
Ele receberá muito amor, carinho e capacitação por parte da igreja.
DISCIPULANDO A SUA CÉLULA
Para que o discipulado chegue a todos na sua célula, você precisará pensar
estrategicamente. Em um hospital, quanto maior o número de doentes, mais médicos são
necessários para o tratamento. Assim é na célula! Não tente discipular profundamente
todas as pessoas porque provavelmente você acabará cansado. Procure discipular
primeiro aquelas pessoas mais maduras que por sua vez poderão discipular os demais
irmãos.
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Um dos caminhos para isso é utilizar a nomenclatura que João apresenta em sua primeira
carta: “Pais, eu lhes escrevo porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio.
Jovens, eu lhes escrevo porque venceram o Maligno. Filhinhos, eu lhes escrevi porque
vocês conhecem o Pai.” (1a João 2.13-14)
PAIS – São aqueles que já caminham com Deus há algum tempo e o
conhecem profundamente. Além disso, os “pais” são espiritualmente
saudáveis e pode se “reproduzir”, gerando filhos espirituais.
JOVENS – São aqueles que podem não ter chegado à plena maturidade
ainda, mas já tem tido vitória sobre o pecado.
FILHINHOS – São os novos convertidos. Geralmente os filhinhos são os que
necessitam de maior cuidado e atenção dos mais velhos.
Então, faça uma lista das pessoas da sua célula e escreva ao lado de cada nome, se esta
pessoa é um “pai”, “jovem”, ou “filhinho”. Em seguida, trace uma estratégia onde cada
pessoa é responsável pelo cuidado de uma pessoa menos madura, estimulando as
pessoas a cuidarem umas das outras. Assim, quando for o tempo, transforme esses
vínculos no discipulado um a um.
QUANDO LIBERAR UM DISCÍPULO PARA DISCIPULAR
OUTROS?
Não existe um período de tempo específico que o discípulo tem que cumprir para
começar a discipular alguém. Alguns amadurecem mais rápido, outros mais lentamente.
Existe um padrão ao qual o discípulo precisa se conformar para começar a discipular
outros. Não esperamos que as pessoas sejam perfeitas para fazerem discípulos. Os
próprios apóstolos não eram perfeitos. Ao mesmo tempo, temos de cuidar muito bem do
rebanho de Deus, por quem Jesus deu a sua vida. Separamos alguns itens muito
importantes que você deve observar antes de liberar um discípulo para discipular outros:
Ele deve ter nascido de novo na fé, e vive o padrão de cruz (morte de si mesmo);
Ele deve ter um coração ensinável e um bom testemunho para com todos;
Ele deve estar crescendo em seu tempo a sós com Deus;
Ele deve ter compreendido a essência do discipulado (amor e cuidado);
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Ele deve estar com sua casa em ordem cumprindo bem as suas
responsabilidades em seu lar com seu cônjuge, pais, filhos, etc;
Ele deve estar livre da escravidão ao pecado (as quedas devem ser acidentes, e
não constantes em sua vida);
Ele deve ser submisso ao discipulado e comprometido com a célula e com a
igreja - lembre-se que o discipulado também “multiplica” as falhas;
Ele deve ser um membro oficial da nossa igreja (seja por meio do batismo,
transferência de outras igrejas ou declaração de fé);
Cuidado com as expectativas irreais! Todos nós temos problemas que
continuarão sendo tratados por Deus em nossa caminhada.
AJUDANDO SEU DISCÍPULO A DISCIPULAR
Ajudar o seu discípulo a discipular outros é um privilégio para qualquer discipulador. É um
motivo de muita alegria, como um pai amoroso que celebra o crescimento do seu filho. O
discipulador deve ser bastante ativo neste processo, orientando seu discípulo passo a
passo em oração, conselhos, discernimento espiritual e até no primeiro encontro. Para
ajuda-lo nesta nova fase, recomendamos algumas ações:
1. Aconselhem-se juntos com seu discipulador;
2. Orem juntos pelo discípulo que virá, profetizando bênçãos sobre sua vida;
3. Ensine-o a pensar estrategicamente em sua célula;
4. Vá com ele no primeiro encontro de discipulado;
5. Intensifique o seu cuidado com o seu discípulo nas primeiras semanas para
saber como as coisas estão indo, ou se ele está com alguma dificuldade.
LEMBRE-SE: Desde o primeiro encontro você deve orar com ele e ensiná-lo a orar com
fé pelos seus futuros discípulos. Assim, Deus vai ministrar em seu coração o desejo, a
expectativa e o amor pelas pessoas que ele vai acompanhar no futuro.
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CONCLUSÃO
Parabéns por ter chegado ao fim da apostila de treinamento Discipulado Um a Um.
Nosso maior desejo é que você esteja mais preparado e animado para cumprir a grande
comissão de fazer discípulos para Jesus.
Aprendemos que a ordem de Jesus em Mateus 28.18-20 é para todos os seus
discípulos, em todas as épocas. Cumprindo este mandamento com fidelidade, vamos
construir relacionamentos fortes e profundos em amor, oração e ajuda mútua, e assim
cada crente será edificado, até que Cristo seja formado nele. E não podemos nos
esquecer do propósito de ouro do discipulado – fazer tudo para a glória de Deus.
Cremos profundamente que Jesus estará conosco neste processo, conforme ele mesmo
prometeu. Não há o que temer. Se cada crente se comprometer “dar a sua vida pelo seu
irmão” (1aJoão 3.16), veremos uma grande revolução acontecer no meio da igreja de
Jesus. A revolução do amor, da entrega, da oração, da transparência, da integridade e
da busca pela presença de Deus. Desejamos isso de todo o nosso coração, que cada
pessoa deixe de ser um número na multidão para se tornar um discípulo de Jesus. Que
o fraco se torne forte. Que o derrotado caminhe em vitória. Que o pequeno se torne mil,
e o menor seja uma nação forte e poderosa (Isaías 60.22).
Mas nada disso acontecerá sem que você tome a decisão de se tornar um discípulo e
discipular. Na revolução do “um a um” a sua vida é fundamental! Se você ainda não está
caminhando em discipulado, comece a orar por um discipulador e fale sobre isso com o
seu líder de célula. Se você já é acompanhado mas ainda não discipula ninguém, fale
com o seu discipulador sobre isso e considere seriamente começar este processo de se
tornar um “pai” ou uma “mãe” espiritual. A presença de Jesus irá garantir muitos frutos
em sua vida (João 15.5).
Fazendo isso, estaremos trazendo alegria ao coração do Senhor, ao mesmo tempo que
fazemos avançar mais rápido a Sua obra sobre a Terra. Encha de fé o seu coração e
prepare-se: isto é apenas o começo!
Que Deus o abençoe.
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BIBLIOGRAFIA
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FOSTER, Richard. Celebração da Disciplina – O caminho para o crescimento
espiritual. Edição especial de aniversário. São Paulo: Editora Vida, 2010.
GOMES, Ivanildo; HUBER, Abe. Ide e fazei discípulos. 1a Ed. Fortaleza: Premius
Editora, 2010.
HUBER, Abe. Discipulado Um a Um – Crescimento com qualidade. 2a Ed. Fortaleza:
Premius Editora, 2012.
KORNFIELF, David. Série Grupos de Discipulado. Volume 1. São Paulo: Editora
SEPAL, 1994.
OLIVEIRA, Elvis. Discipulado Fácil. Fortaleza: Premius Editora, 2010.
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PACKER, J.I. Conhecimento de Deus, O. 2a Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
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PHILLIP, Keith. Formação de um Discípulo, A. 2a Ed. São Paulo: Editora Vida, 2007.
SITTEMA, John. Coração de Pastor. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.