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Search for Common Ground in Angola
Raparigas Juntas, o Futuro
Brilhante Depende de Nos:
Guião de Formação para o Empoderamento
de Jovens Raparigas Angolanas
Este manual foi escrito pelas participantes, mentores e líderes na programa "Big Sister" e
é com base em suas idéias, perspectivas e contributos
2
3
Índice
i. Agradecimentos ..................................................................................................................................................4
ii. Objectivo do projecto .........................................................................................................................................6
iii. Introdução do papel da Líder .............................................................................................................................8
iv. Introdução do papel da Mentora .......................................................................................................................9
v. Passo Para Líder Formar o Seu Grupo ............................................................................................................. 10
vi. Como Usar o Manual ....................................................................................................................................... 12
I. Tópico: Liderança e Gestão de Conflitos ......................................................................................................... 14
1.1 O que é Liderança .......................................................................................................................................... 15
1.2. Como Construir uma Visão ........................................................................................................................... 18
1.3. A Nossa Identidade ....................................................................................................................................... 21
1. 4. A Diferença do Conflito e da Violência ........................................................................................................ 24
1.5. Estilos de Comunicação ................................................................................................................................ 27
1.6 Estilos de Gestão de Conflitos ....................................................................................................................... 30
1.6 Estilos de Gestão de Conflitos ....................................................................................................................... 30
II. Tópico: Saúde .................................................................................................................................................. 33
2.1. A Droga e Alcoolismo .................................................................................................................................... 34
2. 2. A Cólera ........................................................................................................................................................ 38
2. 3. A Saúde Reprodutiva ................................................................................................................................... 42
III. Tópico: Educação ............................................................................................................................................. 45
3.1. A Cidadania e o Civismo ................................................................................................................................ 46
3.2. Economia Domestica .................................................................................................................................... 49
IV. Tópico: Emprego .............................................................................................................................................. 53
4.1. Gestao Financeiro ......................................................................................................................................... 54
4.2. Criar o Seu Pequenos Negócios .................................................................................................................... 57
4.3. Criar o Seu Pequenos Negócios – Parte II ..................................................................................................... 69
4.4. Opções do Futuro ......................................................................................................................................... 77
V. Tópico: Relacionamento .................................................................................................................................. 79
5.1. Relacionamento Familiar .............................................................................................................................. 80
5.2. Amizade ........................................................................................................................................................ 84
5.3. Namoro ......................................................................................................................................................... 87
VI. Bibliografia: ...................................................................................................................................................... 91
4
i. Agradecimentos Tendo em conta que todo um bom trabalho é um esforço conjugado de
vários intervenientes dentro de um processo; a SFCG agradece a
ExxonMobil Educating Women and Girls Initiative e a Comissão
Europeia pela Doação que tornou realidade este projecto.
A SFCG agradece também os parceiros de implementação
nomeadamente Casa da Juventude – Viana, Jango Juvenil – Viana,
Associação Cuidados de Infância, ONG AJJURS, PROMAICA da Diocese
de Viana, IECA – Viana, e o Governo de Angola através do Ministério
da Juventude e Desportos, Ministério da Família e Promoção da
Mulher e a Administração Municipal da Viana.
Neste projecto, trabalharam pessoas que com o seu espírito de equipa
e sabedoria, transmitiram a sua experiência e energia durante a
implementação a planificação e execução das actividades como
Supervisoras, Facilitadoras e Mentoras, cujo o dinamismo delas
tornou possível transformar muitos sonhos em esperança na vida
destas jovens raparigas. Essa equipa dinâmica da “Equipa Big Sister”,
como habitualmente fora tratada pelos colegas, fizeram parte dela, a
Sheila Daunt Escandon, o Luís Jimbo, a Maria Marcolino Junjuvili, a
Siminha Nsequele e a Rosa Mussili. A SFCG se orgulha e agradece o
compromisso destes promotores em prol da Nossa missão em Angola.
Finalmente, com muito carinho nos dirigimos as jovens raparigas e
Senhoras que participaram activamente durante a elaboração e
aplicação deste Manual. São elas que realmente escreveu o conteúdo
do manual com base na sua experiência e prioridades no dia-a-dia da
vida das mulheres e das raparigas angolanas. Delas que se
identificaram a responsabilidade de Mentoras e de Lideres com
sabedoria, usaram o manual e realizaram actividades nos seus bairros
do município de Viana, como forma de participação nas questões
públicas que a todos nos pertence, discutindo e buscando soluções das
várias preocupações ligadas a comunidade em prol de um futuro
melhor para todas as angolanas e angolanos.
A todas vocês, muito obrigada
5
Agradecemos especificamente as Lideres e Mentoras:
Albertina Susso Santos Ana Bela Baptista
Ana Cristina Mualunua Anabela Chimbinde
Carla Coelho Silva Chigica Germana
Custodia Engrácia Domingas Joana
Domingas Nafeca Viegas Nhenguene Elisa Changa Shawaro Cahando
Emiliana H. Kanjilo Erica Vanessa da Silva
Esperança da Silva Jerónimo Fernanda Beijamim
Fernanda Benjamim Gomes de Assunção
Isabel chaquissa Isabel Luís João Joaquim
José Laurindo Kátia Gizela Vaz Lopes
Loide do Amaral Madalena Marta Lemos Gaspar
Maria Madalena Ndjnunju, Maria Rosa Saldanha
Maria Trosso Miusa Rodrigues
Natália Cahando Lambo Rita Raimundo
Sónia Paulina Tania Cristina da Silva Jerónimo
Teresa Costa Teresa Wandi
6
ii. Objectivo do projecto
Este manual pode ser considerado um projecto em curso do Projeto
“Big Sister”. Foi elaborado por e para as líderes e as mentoras que
compõem o programa. Na sequência do primeiro ano, se da aplicação,
o grupo vai trabalhar para rever e actualizar o manual para responder
às lições aprendidas durante este primeiro ano.
Este manual, surge como resultado de um projecto desenvolvido pela
SFCG Angola em parceria com NED e UNHCR denominado Projecto
Mulheres com finalidade de intervir e incentivar as mulheres a
participarem nos processos de tomada de decisão nas suas
comunidades.
Este projecto tem sido desenvolvido desde 2003 e constou de um
conjunto de acções que se circunscreveram na realização de uma série
de actividades que abordaram questões de género, mulheres e
técnicas de gestão de conflitos. Pretendendo assim o SFCG, dar o seu
contributo para a melhoria da situação da mulher e da afirmação de
uma sociedade justa e democrática.
Por essa razão, empreendemos acções que não se ficam pelo projecto
desenvolvido mas que têm sequência num conjunto de outros actos
que visam sempre a defesa dos direitos da mulher e salvaguardar os
seus princípios de natureza cultural.
O objectivo do projecto “Big Sister Angola,” apoiado pelo Fundação
ExxonMobil e o Comissão Europeu, e para apoiar meninas da Luanda
na realização de o seu potencial completo como líderes no seu próprio
futuro e o futuro do seu país. O Manual foi elaborado na perspectiva
de fazer chegar a jovem rapariga, numa linguagem simples conceitos
nem sempre fáceis de compreender colocados em situações muitas
vezes tendo que utilizar termos técnicos afectos ao trabalho
desenvolvido pela SFCG Angola.
Para este trabalho recorremos a aprendizagem de adultos e a
experiência de outros povos e ONGS ligadas a sociedade civil de Viana
bem como, a literatura especializada dicionários de língua portuguesa
7
e materiais fornecidos por algumas ONGS de índole nacional que
implementam acções no município de Viana.
A SFCG Angola faz votos de que este trabalho contribua para o nosso
processo de aprendizagem democrática de compreensão de melhor
participação da jovem rapariga e da mulher no amplo processo do
despertar das suas capacidades de liderança e busca de
oportunidades para o seu bem-estar.
Este manual foi concebido especificamente para uso pelas mulheres e
raparigas Angolanos quem querem avançar as suas capacidades de
liderança através de uma exploração de temas identificadas por elas
como importantes para as suas vidas quotidianas. O manual pode ser
usado por qualquer pessoa, mas idealmente será aplicado por uma
equipe de mulheres (mentoras) e meninas (lideres) que trabalharam
com um e outro para que se envolvam num processo de aprendizagem
mútua. O papel da mentora e do líder são descritas a seguir.
8
iii. Introdução do papel da Líder
A Líder é o alvo directo deste manual. Elas estão na faixa etária dos 15
aos 20 anos de idade e foram identificadas nas Igrejas, Escolas e
Associações sitiadas ao redor do município de Viana em Luanda e
beneficiaram de varias formações sobre Liderança, Gestão de
Conflitos e sobre o Manual de Liderança. Através das suas capacidades
inatas e adquiridas de liderança, cada Líder irá criar um grupo de
raparigas na faixa etária entre 12 aos 17 anos com quem irá trabalhar
na comunidade e para a comunidade usando o Manual de Liderança.
9
iv. Introdução do papel da Mentora
As Mentoras são pessoas já adultas que têm alguma experiência e
idoneidade reconhecida. Foram identificadas através da parceria
Institucional com Órgãos do Governo, Organizações Não
Governamentais e Igrejas. Elas, também beneficiaram e participaram
directamente nas várias formações sobre Liderança, Gestão de
Conflitos e sobre o Manual de Liderança. A Mentora irá usar a sua
experiência e sabedoria para aconselhar e orientar a Líder durante as
suas actividades com o seu grupo na comunidade, através de visitas
regulares e encontros de campo. Cada Mentora poderá ter mais de
uma Líder para apoiar.
10
v. Passo Para Líder Formar o Seu Grupo
1. Como para identificar quem deve fazer parte do grupo?
A Líder deverá conversar e convidar outras raparigas ou adolescestes
com idade entre os 12 á 17 anos e falar sobre a ideia de fazer parte de
um grupo de raparigas com objectivo de melhorar as suas
capacidades de liderança no dia a dia e também para serem
reconhecidas como Meninas que participam para o bem do bairro.
Isso quer dizer que devem fazer parte meninas com idade á cima
espelhada e sem descriminação de religião, cor, raça, língua ou etnia.
2. Onde encontrar as outras raparigas para formar o grupo?
A líder deverá começar pelas pessoas que já conhece é fácil de
contactar e de preferência de menor idade da sua, por exemplo se a
Líder tem 19 anos ela pode começar a falar com jovens menores de 18
anos. Então, o local fácil para Líder encontrar essas pessoas deverá ser
no seu bairro, por exemplo, as suas vizinhas ou amigas, as colegas da
mesma Escola, as Irmãs da mesma Igrejas, as amigas ou conhecidas
que vendem no Mercado ou fazem Zunga, e outras raparigas que
vierem pedir para fazer parte do grupo ou estiverem interessadas.
3. Quantas pessoas devem fazer parte do grupo?
Cada Líder vai organizar um grupo de raparigas que deverá ter no
mínimo 8 e no máximo 15 pessoas
4. Quando tempo deve levar para formar o grupo?
Os grupos devem estar formados logo depois da Líder terminar a
formação sobre Como Usar o Manual de Liderança e ter o Manual
consigo.
5. Depois de formar o grupo o quê a Líder deve fazer?
i. A Líder deve fazer uma lista com os nomes completos, idade, nível escolar, local de residência e contacto telefónico. Essa lista a Líder deverá entregar a sua Mentora e ao Oficial da SFCG.
11
ii. A Líder deverá decidir em grupo um nome para o seu grupo. Por exemplo, o Grupo “As Meninas da Rua 11.``
iii. A Líder deverá decidir em grupo um local e data para se reunirem. O local pode ser no quintal de casa de uma das meninas que os pais não têm nada contra, numa Sala da Escola que o director aceitou, na Igreja ou então no onjango ou debaixo de uma árvore do bairro. Mas o grupo deve também decidir qual o dia e a hora da semana, em que pelo menos a maioria das raparigas estão livres dos afazeres de casa e da escola e podem se encontrar uma vez por semana.
iv. A Líder com ajuda da Mentora deverá escrever uma carta, aonde irá colocar o nome do grupo, os objectivos do grupo (objectivo: melhorar as suas capacidades de liderança no dia a dia e também para serem reconhecidas como Meninas que participam para o bem do bairro), o local e os dias da semana aonde o grupo irá realizar os seus encontros, ex : (na escola Mandume, todas as sexta-feira, das 14:00H ás 16:00H)
v. Enviar esta Carta para Coordenador do Bairro, ou ao Soba do Bairro, ou ao Director da Escola, ou o Pastor da Igreja, dependo do lugar onde a Líder formou o grupo, por exemplo, se o Grupo a Meninas da Rua 18 são da Rua Combatentes ou do Bairro do Tombo, a Carta será dirigida aos Coordenador do Bairro e com o conhecimento da Secção da Família e Promoção da Mulher da Administração Municipal da Viana.
vi. Comunicar a Mentora e a Oficial da SFCG que todos os passos foram dados e iniciar os encontros com o seu grupo usando o Manual de Liderança. Neste caso, o Grupo pode decidir convidar uma representante, o Coordenador do Bairro ou o Director da Escola, ou o Pastor da Igreja para assistir ao primeiro encontro do grupo.
12
vi. Como Usar o Manual
A ideia original por trás deste manual foi a de criar um manual simples e de fácil utilização para as líderes com a fim de multiplicar o efeito do trabalho de formação realizado pelo Search for Common Ground (SFCG) em Angola. Como nunca é fácil reduzir conceitos complexos a simples diagramas e ilustrações, o produto final é mais longo e o texto mais específico do que inicialmente concebido. Entretanto, tentamos ser fiéis à nossa ideia original, fornecendo “agendas”, descrições detalhadas das actividades e listas de materiais que devem ser preparadas antecipadamente para cada sessão.
O uso do manual será conduzido pelas líderes com supervisão das
mentoras a supervisão geral estará a cargo da SFCG. Os participantes
são os mesmos de uma fase a outra, o que permite que o trabalho seja
aprofundado e expandido a partir das lições aprendidas na fase
anterior. O desenvolvimento de cada uma das sessões será de quatro
(4) actividades por mês.
Seguem algumas observações para a utilização bem sucedida deste
manual:
1. Quem deve utilizar este manual: Este manual é mais bem empregue por pessoas que já participaram de formações anteriores. É muito mais fácil entender o conteúdo e acompanhar as ideias após a participação em uma das actividades.
2. A Equipa de Lideres: Cada uma das lideres vai contar com o apoio da sua mentora antes da implementação de cada actividade para aconselhando e orientado diversos procedimentos como por exemplo: controlar o tempo previsto para cada actividade e a apoiar o grupo no decurso dos diálogos.
3. Os participantes: Jovens raparigas dos 12 a 17 anos de idade.
4. Esteja Preparado: Revise o manual, desenvolva o seu próprio esboço e escreva suas anotações. Antes do início de cada sessão organize material necessária antecedência.
5. Adaptação ao Contexto: Vários exercícios e actividades funcionam em Angola o em uma área especifica, mas não são relevantes ao contexto do seu país o do todos bairros de Angola. Crie, com antecedência, actividades alternativas com as quais seus participantes possam se identificar.
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6. Não tenha medo de errar: Todos nós aprendemos fazendo. Nenhuma actividade jamais será perfeita e você poderá encontrar dificuldades em uma ou mais sessões. Reúna-se com sua mentora e alguns participantes – chave depois da cada sessão para discutir as dificuldades e trocar ideias sobre maneiras de melhorar a actividade da próxima vez. Use os seus erros como uma oportunidade para aprender.
7. Organize sãs uas reuniões semanais para expandir além de o que é escrito no manual: como a líder/mentora do grupo, você deve fazer uma estrutura a suas reuniões semanais que construirão um sentido da unidade e do divertimento. Muitas líderes decidem começar cada reunião com uma sessão da conversa do grupo em que cada menina tem 2 minutos à parte com o grupo de todas as ideias, pensamentos, eventos especiais etc. que tiver o excesso a semana passada. Ou você pode decidir terminar cada reunião com uma canção especial o encaixe ritual a seu grupo, fazer à reunião seus próprios e pensar das ideias com seu grupo.
8. Divirta-se: Quanto mais você divertir-se como líder mais as participantes se divertirão; assim você se tornará uma boa líder e facilitadora de uma aprendizagem ainda mais eficaz.
Cada sessão é descrito em um formato semelhante a permitir a
facilidade na facilitação. Cada sessão inclui as seguintes secções:
Tópico Refere se ao Tema do Manual
Sub Tópico O que é que vamos falar hoje
Material Necessário O que vamos precisar e usar hoje no nosso
encontro
Objectivo O que queremos alcançar ou atingir hoje
Introdução A introdução da conversa através de alguns
conceitos e teorias sobre o tema
Actividades Um e exercício sobre o que acabamos de
falar ou o tema
Conclusão A consolidação ou resumo entre o que
acabamos de falar e o exercício que fizemos
Discussão e passos seguintes O que vamos então fazer agora
Notas Para escrever antes ou depois coisas
importantes para não esquecer de falar
durante o encontro ou apresentar para
apresentar a Mentora depois do encontro
I. Tópico: Liderança e Gestão de
Conflitos
15
1.1 O que é Liderança
Tópico Liderança
Sub Tópico Liderança
Material
Necessário
Marcadores, Papel de “Flip Chart”, Cavalete,
Objectivo Incentivar as jovens raparigas a desenvolverem as suas próprias visões para
a sua liderança, com poder e habilidade de identificar o contexto e criar
oportunidades de participar como líder na comunidade
Introdução Por que aprender a ser um líder?
Para se envolver com o que realmente importa. Para poder fazer algo
inspirador e importante para você. Para ter companheiros no seu grupo. Em
qualquer área, na qual queira obter mais influência, você deve se tornar um
líder.
A liderança esta dentro de si – ela é um presente que só pode ser dado pelos
outros. Ela chega quando eles reconhecem você, porque ser um líder não
tem qualquer sentido sem outros que estão consigo no mesmo trabalho. Um
líder completamente solitário é como uma só mão batendo palmas.
Você precisa ser forte e ter recursos para poderes crescer e ter sucessos na
vida. Você precisa influenciar e inspirar os outros para juntar-se a você, se
não, você se arrisca ser uma viajante solitária e não uma líder. E você precisa
de um mapa, pois mesmo sendo forte você pode se perder em muitas coisas
que gostarias de atingir.
Então:
Ser uma Líder significa desenvolver-se a si mesmo. A medida que se torna
uma líder, você encontra recursos e potencial em si mesmo que não sabia
que tinha. Você se torna mais você, porque a maior influência de um líder
vem de quem ela é, do que ela faz e do exemplo que ela dá.
Uma Líder inspira outros para juntar-se a ale no grupo, então liderança
envolve habilidades de comunicar e influenciar.
Em resumo:
Liderança é uma combinação de quem você é, habilidades e talentos que
você tem e a sua compreensão da situação ou do contexto em que você está.
Embora esses elementos sejam universais, você juntará as peças de uma
maneira única.
16
Actividades Os participantes serão divididos em 4 grupos pela Líder e distribuídos
marcadores e papel de “flip chart.”
O grupo 1 e 3 trabalharão para responder as seguintes questão:
1. O que é a Liderança?
2. Quais são as qualidades de um bom líder?
3. Exemplos ou uma historia de uma pessoas que conheces e tem uma das qualidades de um bom líder. Porque achas que essa pessoa é um (a) bom líder?
O grupo 2 e 4 trabalharão para responder as seguintes questão:
1. O que é que as jovens ou raparigas mais fazem aqui na sua comunidade?
2. Exemplos ou uma historia de uma jovem ou rapariga Líder na sua comunidade, o que é que ela faz como uma jovem líder?
Depois os grupos apresentarão os seus trabalhos em plenária e a Líder irá
fazer o resumo no quadro anotando as respostas semelhantes dos grupos 1
e 3, 2 e 4.
Finalmente, irá facilitar os comentários em plenário sobre as respostas e
porquê é importante aprender ser uma boa líder .
Conclusão Em plenário, a Líder irá facilitar através de chuvas ideias a conclusão do
encontro e alistar no quadro com ajuda de uma co facilitadora.
Pergunta para concluir:
1. Sobre Liderança o que é que mais gostaste de aprender hoje?
2. Como vais usar na sua vida o que acabaste de aprender?
Discussão e
passos
seguintes
Em plenário, a Líder irá facilitar através de chuvas ideias a discussão de
passos seguintes e alistar no quadro com ajuda de uma co facilitadora.
Pergunta para discussão:
1. O que é que podemos fazer para que as jovens raparigas tenham mais liderança na nossa comunidade
17
Notas
18
1.2. Como Construir uma Visão
Tópico Liderança
Sub Tópico Mapa de Apoio da Visão
Material
Necessário
Marcadores, Papel de “Flip Chart”, Cavalete, cartolina, tesoura, cola, fita-
cola, bustique, um Rádio cassete, um CD música e papel álbum.
Objectivo Habilitar as jovens raparigas a desenvolverem as suas próprias visões para
as suas próprias lideranças,
Introdução O que é Visão
Uma líder precisa olhar para frente, bem como prestar atenção onde ela
esteve e onde ela está agora. Isso é ter Visão.
A líder vê além da situação imediata. Ele vê o contexto da jornada inteira, o
que pode acontecer no futuro. Isso significa que ela precisa compreender o
contexto do qual faz parte, ver além, sentir como os eventos se ligam uns
com os outros, enquanto outros apenas vêem acontecimentos isolados.
Então:
Liderança se baseia em propósito, visão e valores. Não é uma qualidade que
possa ser racionada ou controlada. O propósito estabelece o destino.
Em resumo:
A visão é para ver aonde você está indo e os valores para guiá-lo em
direcção a um futuro de sucesso sustentável a longo prazo. Os líderes são
necessários para guiar a organização e desenvolver outros líderes.
19
Actividades A Líder vai pedir e explicar aos participantes para pensarem naquilo que
cada uma gostaria de ser daqui a há mais 10, 20, ou 30 anos. Pode ser um
sonho, um profundo desejo, um objectivo ou meta, mas deve ser aquilo
como cada uma gostaria de, se ver, ou, ser vista, e podem ser em casa, ou no
bairro, ou no País, ou ate no mundo.
Cada participante terá escrever a Visão num pedaço de papel de cartolina,
essa frase, não poderá conter mais de 30 palavras e nem menos de 15
palavras. Também, é permitido escrever o seu nome, colar desenhos ou
flores, pintar, fazer decotes, caso a participante queira fazer a sua cartolina
mais bonita.
Depois de todos escreverem, a Líder deve orientar os participantes a
colarem as suas visões na parede ou árvore, o que estiver ao redor, com fita-
cola ou bustique.
Finalmente, a Líder deve orientar os participantes a circularem pela Sala, ou
no espaço aonde estão reunidas, para visitarem e lerem as Visões de cada
uma. Neste momento, as participantes poderão falar uma com as outras
sobre a Visões de cada uma ou para fazer algum esclarecimento sobre a
visão de uma ou de outra.
Conclusão A Líder deve preparar o rádio cassete e uma música suave para ser tocada.
Pedir as raparigas para reunirem em círculo e de mãos dadas e cada uma
dizer uma boa qualidade de Líder que falaram no último encontro. Neste
caso, a Líder também poderá relembrar algumas das qualidades.
Então, a Líder deve pedir silencio e olhos fechados de todas, fazer tocar a
musica já preparada, e de forma calma ao ritmo da musica, a Líder deve
repetidamente orientar o seguintes:
Que cada uma pensa calmamente na sua Visão que acabou de escrever…
Que cada uma tente sonhar, que é o quer ser na sua Visão…
Que cada uma tem uma boa qualidade de Líder…
Que cada uma repita dizendo uma qualidade: Eu sou … Eu sou ...
Esta actividade deve terminar quando a musica também terminar. E depois
cada rapariga deve retirar a sua cartolina.
20
Discussão e
passos
seguintes
Em plenário, a Líder irá orientar as raparigas a construírem um Mapa de
Apoio da Minha Visão, como trabalho para fazerem durante a semana.
Pergunta para o Mapa de Apoio da Minha Visão:
1. O que Eu já tenho e o que Eu necessito da minha Família (Pai, Mãe, Irmãos, Tios, Tias, Primos, Avos) para conseguir conquistar a Minha Visão
2. O que Eu já tenho e o que Eu necessito dos meus Amigos (Vizinhos, Colegas, Conhecidos) para conseguir conquistar a Minha Visão
3. O que Eu já tenho e o que Eu necessito mais Saber (Escola, Formação, Curso, Tecnologia, etc) para conseguir conquistar a Minha Visão
4. O que Eu já tenho e o que Eu necessito de Recurso (Financeiros, Materiais, Humanos) para conseguir conquistar a Minha Visão
Notas
21
1.3. A Nossa Identidade
Tópico Liderança
Sub Tópico Identidade
Material
Necessário
Marcadores, Papel de “Flip Chart”, Cavalete, autocolantes pequenos de varias
cores
Objectivo Capacitar nas jovens raparigas conhecimentos sobre identidade pessoal e do
grupo e ajudar a desenvolvem suas próprias ideias sobre as estratégias para
melhor cultivarem a suas liderança entre os amigos e colegas,
Introdução O Que é a Identidade?
E um “conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome,
idade, sexo, estado civil, filiação, etc.)” A ideia de identidade é carregada de
símbolos e está relacionada a factores culturais, religiosos, políticos,
familiares, económicos e ate de saúde (ex. como são identificados as pessoas
com: HIV SIDA, Tuberculoses, Lepra, etc).
Então:
A identidade nos fala, sobre a cultura, a época, as relações entre as pessoas,
ou seja, ela é também uma intersecção de diferentes componentes.
Acreditamos que é através dos significados produzidos por estas relações
que encontramos sentido naquilo que somos ou, ainda, para aquilo que
podemos nos tornar.
Logo:
Para falarmos em identidade precisamos falar também de diferença. A nossa
identidade, muitas vezes, é descrita pelos outros a partir do que ela não é.
Isso, é utilizada para promover agrupamentos e possibilitam divisões do
tipo: nós/eles. Dessa forma, a identidade e a diferença estão interligados, e
resultam do mesmo momento.
Concluindo:
A identidade e a diferença, não são elementos naturais que estão a espera de
se revelar ou serem descobertos. Ambos, para existir, precisam ser criados
ou produzidos. Somos nós que criamos identidades e diferenças nas nossas
relações de amizade, familiar, colegas, trabalho, na comunidade e em outros
22
lugares. Assim, com essas influências e diferenças, as posições que
assumimos e com as quais nos identificamos ou identificamos os outros,
constituem as nossas identidades.
Actividades A Líder vai formar as raparigas em círculo e com olhos fechados. Em seguida
a Líder irá colocar os autocolantes na testa em cada uma delas. Ao colocar os
autocolantes deve ter a certeza que as cores do autocolantes estão
agrupadas, isso é, 5 vermelhos, 4 verdes, 5 azuis e 1 branco, que no total faz
um grupo de 15 raparigas. (o um numero correcto para o seu grupo mas
sempre com mais de um de cada cor e só uma da cor branca).
Em seguida, a Líder pede para abrirem os olhos, ninguém falar uma com a
outra e só com gestos juntarem-se para formarem pequenos grupos.
A Líder deve controlar a formação dos grupos sem interferir e deixar que os
membros dos grupos aceitam ou rejeitam aqueles que não tiverem a mesma
cor do seu pequeno grupo. E no final terá de haver formado 3 grupo juntado
sendo 1 com autocolantes vermelhos na testa, 1 com autocolantes verde na
testa e 1 com autocolantes azuis na testa. Finalmente, haverá uma rapariga
com autocolantes branco na testa que será rejeitada pelos 3 grupos e Ela não
saberá porque nenhum dos grupos a aceitou.
Então a Líder pede as raparigas para voltarem a fazer a roda e faz as
seguintes perguntas para a chuva de ideais:
O que aconteceu durante o exercício?
Porque vocês formaram os grupos desta maneira?
Porque vocês rejeitaram as outras raparigas como vocês?
Como é que você se sentiu ser parte do grupo?
Como é que você se sentiu ser rejeitada do grupo?
Conclusão Em plenários a Líder deve facilitar um debate sobre o exercício e o tema
falado sobre identidade.
Perguntas para a chuva de ideais:
1. Porque vocês formaram os grupos desta maneira?
2. Porque vocês rejeitaram as outras raparigas como vocês?
23
3. Como é que você se sentiu quando encontraste o seu grupo?
4. Como é que você se sentiu quando foste expulsa? do grupo, o que
pensaste fazer (especificamente para a rapariga de autocolante
branco)?
5. Quem pode dar um exemplo de como é que identificamos e
separamos as outras raparigas, em casa, na escola, no bairro e
noutros lugares?
6. Como gostarias de agir e comportar em casa, na escola, ou no bairro,
fruto do que hoje falamos e fizemos durante o exercício?
Discussão e
passos
seguintes
Continuando em plenário, a Líder de fazer a uma única pergunta e anotar a s
resposta no quadro.
Perguntas:
1. O que podemos fazer para ajudar as outras raparigas no bairro a mudarem de comportamentos de não rejeitar ou excluir outras pessoas que elas identificam que são diferentes delas?
Notas
24
1. 4. A Diferença do Conflito e da Violência
Tópico Liderança
Sub Tópico O Conflito
Material
Necessário
Um quadro ou “flipchart”, papel, marcadores
Objectivo Dar conhecimentos as jovens raparigas sobre técnicas básicas e teorias de
resolução de conflito que influenciam na liderança,
Introdução O que é o conflito
Por conflito se pode entender: Um Estado de tensão entre duas ou mais
partes resultantes de insatisfação e incompatibilidade das necessidades ou
interesses dos envolvidos
Estado de tenção porque é uma preocupação, nervosismo, ansiedade, stress,
e isso, sempre ocorre na nossa mente psíquica.
Essa preocupação deverá ser entre duas pessoas diferentes, ou até, dois
grupos diferentes, então por isso dissemos entre duas ou mais partes.
Assim, a causa do conflito vai ser as diferenças ou a insatisfação das
necessidades ou interesses de cada uma das partes que não são iguais ou
que são incompatíveis.
Então:
O conflito pode ser positivo ou negativo, dependentemente do modo como o
mesmo será resolvido pelas pessoas nela envolvidas.
O conflito será positivo quando: ajudar a encontra solução sem violência ou
mágoas; quando promover harmonia e respeito entre as pessoas; quando
ajudar a criar diálogo entre todos; quando dela resulta a paz; quando busca
sempre o consenso.
O conflito será negativo quando: não promove disputa invés de consenso;
quando dela resulta espancamentos ou mortes; quando provocar separação
das pessoas; quando há violência.
25
Concluindo:
Todos os seres vivos encontram-se, potencialmente em permanente estado
de conflito. O conflito não é anormal; e embora não pareça, útil. Conflitos
causam mudanças. Os conflitos fazem com que observemos, escutemos,
pensemos e aprendemos. Existem técnicas próprias para resolver o conflito,
o que permite melhorar as nossas vidas sob muitos aspectos.
Um conflito ocorre quando as pessoas se sentem incapazes de suprir as suas
necessidades de alimentação, habitação, educação e instrução, respeito,
amor, dignidade, liberdade, integridade, lazer etc.
Podemos aproveitar o conflito para melhorar uma situação, fortalecer uma
relação, criar um ambiente favorável no escritório e na comunidade. Para
que um conflito seja proveitoso necessitamos de dotar-nos de instrumentos
e conhecimentos para que não repitamos erros.
Não devemos deixar de ter em conta que a chave da resolução de conflitos
está na satisfação das necessidades de todos, porque a não ser atendido este
pressuposto os conflitos podem ser contínuos ou cíclicos. E por outro lado a
violência é a manifestação activa do conflito na sua fase de resolução menos
correcta, em que o poder e a posição se destacam ao longo da solução das
diferenças e disputas.
Actividades Violência
O facilitador divide os participantes em dois grupos, um interno e outro
externo, que ficam todos de mãos dadas.
O grupo de dentro, mantém os seus integrantes juntinhos uns aos outros.
O grupo de fora forçará a sua passagem para o centro do grupo interno.
Estes, por sua vez, não deverão deixar que os do grupo externo penetrem. É
uma situação que se deve desenvolver durante um ou dois minutos, ou até
mesmo em alguns segundos.
Feito isso, a Líder manda parar para cada sentar no seu lugar e provocar um
debate em torno do exercício realizado para concluir.
Conclusão Depois do exercício, em plenário, a Líder deve facilitar, através de chuva de
ideias, em volta do exercício realizado.
26
Perguntas:
1. De que maneira a grupo externo tentou penetrar para o meio do grupo interno?
A Lider vai usar as respostas das raparigas, do tipo, usar a força ou violência,
e aproveitar o momento para dar uma boa explicação e pedir comentários
sobre o que falaram relativamente ao tema e o exercício acabado de ser
feito.
2. Como a violência tem afectado a nossa vida de rapariga 3. Como vamos usar o que acabamos de aprender no nosso dia a dia
Discussão e
passos
seguintes
Continuando em plenário, a Líder de fazer a uma única pergunta e anotar a s
resposta no quadro.
1. O que podemos fazer para ajudar a diminuir a violência em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras raparigas.
Notas
27
1.5. Estilos de Comunicação
Tópico Liderança
Sub Tópico Comunicação
Material
Necessário
Material necessário: quadro e “flip chart”, marcadores, manual de Liderança
e de resolução de conflito, blocos e esferográficas, álbum seriado
Objectivo Motivar nas raparigas a autoconfiança e estima de comunicar seus
interesses em grupo amigas, familiar usando técnicas básicas de diálogo.
Introdução O que é Comunicação
É o veículo de transmissão do pensamento daquilo que observamos,
percebemos de uma realidade e permite a troca de impressões e
transferência de ideias e a inteiração entre os homens em cada qual
exprime, compreender e perceber algo do que o rodeia.
Então:
Comunicar bem não é só transmitir ou só ouvir bem. Comunicar é troca de
entendimento, e ninguém entende ninguém sem considerar além das
palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar
comuns os conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra mensagem,
seja ela verbal, escrita ou corporal.
Queremos dizer que na comunicação há que termos um comportamento de
Escuta Activa ou de boa escuta que se caracteriza no seguinte:
Mostra atenção para pessoa
Colaboração durante a conversa
Olhar atento pessoa
Acenar c/ a cabeça de vez enquanto
Fazer sempre resposta de eco
Deste modo, a outra pessoa com que estamos a conversar mostrara
interesse e respeitos mútuo, porque ela terá um sentimento de satisfação,
alegria e bem-estar.
28
Também, a vez a comunicação é caracterizada por uma Ma Escuta, pelo
comportamento das pessoas, da seguinte maneira:
Não estar atenta Não dar importância a outra pessoa Estar distraída com a conversa Mostrar ignorância com o sentimento das outras
Deste modo, a outra pessoa com que estamos a conversar reage
demonstrando sentimentos desprezo, ignorância, nervosismo, faz
conclusões erradas, não fala a verdade, desconfia da sua palavra e não
mostra honestidade.
Concluindo:
Como líderes devemos, usar a Boa Escuta durante a comunicação. Porque
gera respeito, consideração e desta forma a Líder mostra segurança no que
diz e é valorizado e respeitado pelas outras. Assim, a Líder mostra respeito
mútuo, mostra-se preparado para soluções de problemas e não magoa as
outras pessoas.
Actividades A Líder/ facilitadora coloca uma cadeiras no centro do grupo e convida duas
voluntárias uma das quais sentar-se-á sob à cadeira enquanto a outra conte-
lhe uma cena qualquer. Neste instante a ouvinte (que está sentada e que
deveria estar a escutar a cena) simula estar distraído, põe-se a cantar, a
tocar a lapiseira na cadeira, olha para o outro lado, assobia eficiente
mostrar-se desatento. No segundo momento, depois de passado o primeiro
cenário, o mesmo diálogo prossegue entre as duas, mas desta vez a ouvinte
presta mais atenção, acompanha toda a informação que lhe está sendo
prestada, e por vezes acena a cabeça em jeito de concordância, deves em
quando parafrasear o seu interlocutor. Passado estes dois momentos, o
debate é levado a plenária para os participantes fazerem um comentário
sobre o que acabaram de observar.
Conclusão Depois do exercício, em Plenário, a Líder deve facilitar, através de chuva de
ideias, em volta do exercício realizado.
Perguntas:
1. Em que momentos da comunicação houve boa escuta e em que momento houve má escuta, porque?
29
A Líder vai usar as respostas das raparigas, do tipo, não esteve assobiar, e
aproveitar o momento para perguntar e explorar o sentimento da outra
pessoa, do tipo, o que é que sinetes quando falas sério e a outra pessoa diz
que escuta mas esta assobiar ou a cantar.
Finalmente, a Líder pedir comentários sobre o que falaram relativamente ao
tema e o exercício acabado de ser feito e deve anotar no quadro com ajuda
de uma co facilitadora
2. Como vamos usar o que acabamos de aprender no nosso dia a dia?
Discussão e
passos
seguintes
Continuando em plenário, a Líder de fazer a uma única pergunta e anotar a s
resposta no quadro.
O que podemos fazer para ajudar a promover uma boa comunicação entre as jovens raparigas e em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras raparigas?
Notas
30
1.6 Estilos de Gestão de Conflitos
Tópico Liderança
Sub Tópico Estilos de Gestão de Conflitos
Material
Necessário
Quadro ou “flip chart”, papel e marcadores, álbum seriado
Objectivo Levar os participantes a reflectirem como lidam com o conflito no seu dia a
dia.
Introdução O que é gerir conflitos
A resolução de conflitos sem violência, só é possível através dum trabalho
persistente com domínio e habilidade firme na comunicação e cooperação.
Portanto,”gestão pacífica de diferenças” é a definição mas correcta de
resolução de conflitos, pode ser melhor compreendida, através dos diversos
estilos de resolução de conflito que usamos no dia-a-dia, e que tem uma
relação com o que já foi dito anteriormente.
Então:
No nosso dia-a-dia, diante quando estamos diante de um problema, neste
caso o conflito, reagimos de formas diferentes, e essa forma de reagir de
forma inicial, consideramos ser a forma de administrares ou gerires o seu
conflito. Podemos identificar os seguintes estilos de gestão
Competir é o estilo em que se sustenta a defesa das minhas necessidades
em prejuízo das dos outros. Baseia-se num estilo agressivo de comunicação,
desrespeitando quaisquer outras consequências de relacionamento que
poderão advir no futuro.
Acomodar è o oposto de competição. Pessoas que usam este estilo, cedem
as suas necessidades em benefício das dos outros que se encontram nas
mesmas condições, tentando ser”bonzinho” e preservar o relacionamento è
vista como sendo muito mais importante, mesmo que isso me cause
dissabores.
31
Evitar è a resposta comum para a negativa percepção dum conflito. “Talvez
se não falarmos não vai haver problema” dizemos a nós mesmos, talvez sim.
Mas geralmente tudo o que acontece è que os sentimentos ficam inibidos,
as opiniões e os pontos de vista não são expressos e o conflito cresce ate
que se torna tão grande para poder-se ignorar.
Compromisso è a solução satisfatória dum conflito em que cada um de nós
ganha e dá alguma coisa numa série de ”toma-lá-dá-cá”. Apesar de
satisfatório o compromisso geralmente è visto como não trazendo
satisfação…cada um de nós continua moldado nas suas percepções
individuais sobre as nossas necessidades e desejamos se tivéssemos
trabalhado cooperativamente para alcançar a solução.
Colaboração è a junção das necessidades e objectivos individuais para
objectivos comuns. Chamando geralmente ”solução ganhar-ganhar” a
colaboração requer muita comunicação e cooperação de forma a obter uma
solução melhor do que a que podia ser obtida por um único individuo.
Actividades A facilitadora indica um integrante do grupo, para ficar de pé no meio dum
espaço aberto na sala e indica que ele/ela “representa o conflito”. Uma vez
naquela posição, o facilitador pede aos outros integrantes do grupo que
para se levantarem e se posicionarem em relação a forma como
habitualmente lidam com conflitos.
Depois de se posicionarem o facilitador pergunta o seguinte:
Porquê é que tu (falando para uma pessoa) te posicionaste desta
forma em relação ao conflito?
A facilitadora irá fazer as perguntas até encontrar os 5 e cincos estilos de
gestão de conflitos, com ajuda dos participantes.
32
Conclusão Depois de se posicionarem a facilitador pergunta o seguinte:
Porquê é que tu (falando para uma pessoa) te posicionaste desta
forma em relação ao conflito?
O facilitador irá fazer as perguntas até encontrar os 5 e cincos estilos de
gestão de conflitos, com ajuda dos participantes
Discussão e
passos
seguintes
Em plenário, através de chuvas de ideias, a Líder deve fazer a uma única
pergunta e anotar a s resposta no quadro.
O que podemos fazer para ajudar a promover a colaboração entre as jovens raparigas em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras raparigas.
Notas
33
II. Tópico: Saúde
34
2.1. A Droga e Alcoolismo
Tópico Saúde
Sub Tópico Drogas e Alcoolismo
Material
Necessário
Marcadores, papel de Flip Chart, Cavalete, ilustração de Tipos de Droga,
álbum seriado
Objectivo Os participantes obterão conhecimentos sobre os efeitos negativos da
droga e álcool a uma jovem rapariga e ao organismo humano e terão
habilidade de identificar as drogas mais comuns e fazer sensibilização aos
jovens no combate contra o uso de drogas.
Introdução O que é uma droga?
Droga é qualquer ingrediente ou substância seja ela química, natural ou
sintética que provoca alterações físicas e psíquicas numa pessoa. As drogas
naturais são obtidas em plantas e em minerais, as drogas químicas são
obtidas em farmácias (lembrando que todo medicamento é droga e faz mal
se usado incorrectamente) e drogas sintéticas que são fabricadas em
laboratórios.
As drogas circulam pelo corpo e entram na corrente sanguínea causando
dependência, problemas circulatórios, cerebrais e respiratórios, compulsão
e outros vários factores que iguais a estes citados podem levar à morte.
Hoje, os principais usuários de drogas são adolescentes de 16 a 18 anos
começam a usa-las por curiosidade, influências, pelo prazer que elas
proporcionam, pelo fácil acesso e pelo desejo de que elas resolvam seus
problemas.
Pode-se dizer que há quatro tipos de utilizadores de drogas: o que
experimenta, o que ocasionalmente consome uma droga, o que consome
habitualmente e o toxicodependente. Felizmente que nem todos os que
experimentam ou consomem uma droga com alguma frequência se tornam
toxicodependentes, mas a verdade é que todos os que são
toxicodependentes começaram por experimentar uma droga.
O maior problema é que nunca temos maneira de saber se vamos ficar
dependentes ou não antes de isso acontecer e quando sabemos já é tarde
demais.
35
Afinal quem é que se droga?
R: Dizem-se muitas coisas sobre isso: as pessoas que têm problemas, as que
querem curtir ou divertir-se, as que têm fácil acesso a drogas. O certo é que
a maior parte das pessoas não se droga – mesmo quando tem problemas,
quando se quer divertir ou quando é fácil experimentar ou adquirir drogas.
Pode-se dizer que há pessoas mais susceptíveis do que outras e que em
certos momentos da vida essa vulnerabilidade é maior, pode dizer-se que
há condições de vida e familiares que são difíceis – mas há sempre formas
de ultrapassar ou lidar com os obstáculos ou as dificuldades.
A decisão de usar ou não drogas é sempre uma questão individual, mesmo
com influências ou pressões de outros.
O que leva uma jovem adolescente a consumir drogas:
São variados os factores que levam ao consumo e geralmente estão
combinados. Por exemplo: curiosidade, desejo de viver outras experiências,
procura do prazer/diversão, desejo de testar limites e transgredir regras,
pressão dos Pais, desafio à autoridade, desejo de afirmação, informação
incorrecta ou ausência de informação.
As drogas podem ser consumidas de diferentes formas, que vão do
consumo experimental, ao frequente, do consumo recreativo ao abuso ou à
dependência. Um consumo experimental não conduz necessariamente a
uma dependência. É importante saber a diferença entre o uso de
substâncias e o seu abuso. Do mesmo modo é fundamental responsabilizar
o jovem pela consequência das suas decisões. Não são só os adolescentes
que consomem drogas. Os consumos podem existir em qualquer idade e as
razões para tal variam consoante as pessoas.
Como ajudar uma amiga a deixar de consumir droga ou álcool.
Claro que sim. No entanto, só o poderás fazer se ele assumir a que tem um problema e estiver disponível para receber ajuda. Assim, podes sempre procurar acompanhá-lo e aconselhá-lo e estar atento, sabendo que o único responsável pelo sucesso ou fracasso desse processo será sempre o próprio.
36
Deixar de consumir uma substância, neste caso drogas ou álcool, depende da força de vontade própria. Cada pessoa terá o seu ritmo e poderá sozinho, ou em conjunto num centro de tratamento para toxicodependentes encontrar o seu plano de tratamento.
É fundamental ajudar o outro a reflectir sobre o que significam os consumos e que peso têm na sua vida, assim como o que ela própria está disposto a fazer para se tratar.
Ajudar uma amiga não significa que tenhamos de concordar e aceitar em tudo. Ser amiga pode por vezes significar saber dizer não, conversar, partilhar, criticar. Só assim poderá haver crescimento e mudança de comportamentos.
Consequências do uso de drogas e álcool na juventude.
O consumo de drogas psicoativas na adolescência tem consequências
diversas. Há prejuízo da cognição, capacidade de julgamento, do humor e
das relações interpessoais, além do risco de dependência, super dosagem,
acidentes, danos físicos e psicológicos e morte prematura. A alteração de
percepção e reacções psicomotoras induzidas pela droga podem levar a
acidentes fatais e ao suicídio. A dependência de droga aumenta o risco do
jovem se envolver em crime e prostituição para financiar seu hábito. As
consequências decorrentes do uso de drogas entre os adolescentes são
semelhantes para ambos os géneros. Meninas e meninos apresentam queda
no rendimento escolar, abandono escolar, expulsão da escola e
envolvimento em actividades ilegais (roubo e tráfico), sem diferença entre
os géneros. Apesar disso, as meninas têm menos problemas com a polícia.
Actividades Dramatização.
A Líder forma 2 grupos através dos participantes e pede a elas que para
fazerem uma peça de teatro cada para mostrar como acontece nos seus
bairros ou escola o que acabaram de falar sobre as drogas e álcool. Cada
grupo será livre de criar a sua peça e apresentará em 5 minutos.
Conclusão Depois de apresentada as peças de teatro, Líder irá em plenário discutir
com as participantes sobre o tema de hoje falado e de mostrado no teatro,
através das seguintes questões que devem estar visualizado em papel de
“flip chart” aonde também a facilitadora vai resumir as respostas dos
participantes com ajuda da mentora ou de uma participante.
37
O que aconteceu durante apresentação das peças de teatro
Como as cenas de teatro mostraram o que falamos de positivas e de coisas
negativa sobre nosso tema de hoje
Perguntas:
O que é que mais gostastes hoje. Porque?
O que gostarias de saber mais sobre as drogas?
Como tudo que falamos e aprendemos vamos usas nas nossas vidas e no
nosso bairro ou escola?
Discussão e
passos
seguintes
A Líder em plenário vai escrever no papel de flip chart a seguinte pergunta
para discussão
O que podemos fazer para ajudar a reduzir as drogas e do álcool nos jovens
aqui no nosso bairro ou escola?
A líder vai ouvir todas as contribuições e anotara e no fim vai volta a ler
para os participantes?
Notas
38
2. 2. A Cólera
Tópico Saúde
Sub Tópico Cólera
Material Necessário
Materiais Necessários: Quadro móvel, giz ou marcadores, papel, cadernos, lápis e esferográficas, manual de Big Sisters, água fervida, sal, açúcar jarra de um litro uma colher de chá e copos, lixívia, o produto certeza.
Objectivo Despertar a jovem rapariga sobre a importância do saneamento
Introdução Introdução: A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio
cholera, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa
diarreia.
Transmissão - A Cólera transmite-se principalmente através da ingestão de
água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é
assintomática ou produz diarreia de pequena intensidade. Em algumas
pessoas pode ocorrer diarreia aquosa, súbita e potencialmente fatal, com
uma evolução rápida para desidratação grave e diminuição acentuada da
pressão sanguínea.
Riscos - A cólera é uma doença de transmissão fecal-oral. São factores
essenciais para a disseminação da doença condições deficientes de
saneamento, particularmente a falta de água tratada.
A cólera é endémica em vários países mas normalmente ocorrem surtos
onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente. O
risco de transmissão da cólera é variável entre países e, dentro de um país
pode haver diferenças de risco entre regiões e, até mesmo, entre diferentes
bairros de uma cidade.
A cólera pode ocorrer em uma cidade que tenha água tratada e esgotos,
porém em geral afecta principalmente os habitantes de comunidades
carentes, onde o saneamento básico é inadequado. O risco de aquisição da
cólera para quem fica em bairros com saneamento básico adequado é
relativamente menor e, basicamente, está mais relacionado aos alimentos,
uma vez que podem estar contaminados na origem e o seu preparo exige
higiene adequada. Quando a localidade inteira não possui infra-estrutura
adequada, além dos alimentos, existe a possibilidade de contaminação da
39
água para consumo, que deve ser tratada pelo próprio consumidor.
Medidas de protecção individual
O consumo de água tratada e o preparo adequado dos alimentos são
medidas altamente eficazes.
A agua deve estar sempre tratada. Existe algumas maneiras diferentes para
tratar água incluindo: ferver (tem que ferver numa fervida rápida para
mínimo de 3 minutos); tratar com lixívia (3 gotas por x 1 litro de agua);
tratar com outro produto da confiança como “certeza”.
Os alimentos devem ser bem cozidos e servidos logo após a preparação,
para evitar nova contaminação com a bactéria. Os alimentos preparados
com antecedência devem ser novamente aquecidos, imediatamente antes
do consumo e servidos ainda quentes. Água mineral gaseificada e outras
bebidas engarrafadas industrialmente, como refrigerantes, cervejas e
vinhos são geralmente seguras. Café e chá bebidos ainda quentes não
constituem risco. Não deve ser utilizado gelo em bebidas, a não ser que
tenha sido preparado com água tratada (desinfectada com lixívia1) ou
fervida).
Manifestações
Após um período de incubação de algumas horas a 5 dias, a maioria dos
casos de cólera, apresenta-se como uma diarreia leve ou moderada,
indistinguível das diarreias comuns. Podem ocorrer vómitos.
Em algumas pessoas, a cólera pode evoluir de forma mais grave, com início
súbito de uma diarreia aquosa profusa, geralmente sem muco, pus ou
sangue e, com frequência, acompanhada de vómitos. Pode ocorrer perda
rápida de líquidos (até 1 a 2 litros por hora), levando a desidratação
acentuada. Em função disso, há sede intensa, perda de peso, e os olhos
ficam encovados.
Encerramento: encenação sobre cólera, cuja as causas são o consumo de
água e alimentos contaminados. Socorros foram providenciados em casa.
40
Próximos passos elaboração de um projecto que visa a sensibilização da
população em temática de cólera.
Actividades A jovem líder/ facilitadora deverá organizar uma sessão de chuva de ideias
durante 15 minutos questionando.
O que é a Cólera?
Como se transmite a cólera?
Como podemos evitar a cólera?
Alguem aqui tinha usado lixivia o “certeza” para tratar a sua agua? – da um
apresentação do uso do produto.
Após chuvas de ideias, a líder terá 10 minutos para dar uma explicação
sucinta sobre a matéria que deverá ser acompanhada com ilustrações.
2: Como para fazer o soro de hidratação oral: A líder deverá orientar o
grupo a fazer o soro de hidratação oral caseiro no local de encontro. Divida
o grupo em grupos pequenos e cada grupo faz o soro de hidratação. Si ainda
existe tempo no encontro, pede os grupos fazer uma dramatização de dar
uma doente o soro.
Receita para o soro
Um colher de chá de sal Oito colheres de chá de açúcar Um litro de água potável ou fervida e posteriormente arrefecida
Conclusão Após as actividades do grupo a facilitadora/ Líder deve perguntar e anotar
as respostas no quadro:
O que é que aprendemos hoje?
Que atitude devemos ter?
Discussão e
passos
seguintes
Alguém do grupo tinha uma experiencia com a cólera o outra doença da
diarreia? Pode nos contar a tua historia? O que que foi feito?
41
Notas
42
2. 3. A Saúde Reprodutiva
Tópico Saúde
Sub Tópico Saúde Reprodutiva
Material
Necessário
Materiais Necessários: Giz ou marcadores, papel, cadernos, lápis e
esferográficas, manual de Big Sisters, casete de “coisas da nossa gente,”
posters de “homem e mulher verdadeiro”
Objectivo Com tema objectiva-se informar as jovens raparigas em matéria sobre saúde reprodutiva e planeamento familiar.
Introdução Introdução:
Toda rapariga jovem a partir do primeiro ciclo menstrual, deve recorrer ao planeamento familiar para obter informações sobre sexualidade, métodos contraceptivos, planeamento de uma gravidez. A jovem rapariga que recorre ao planeamento familiar pode adquirir conhecimentos úteis para tomar decisões importantes de forma livre e responsável.
Começaremos por introduzir a Definição de Saúde Reprodutiva reconhecida internacionalmente:
“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social em todas as questões relacionadas com o sistema reprodutivo, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva implica, assim, que as pessoas são capazes de ter uma vida sexual segura e satisfatória e que possuem a capacidade de se reproduzir e a liberdade para decidir se, quando e com que frequência devem fazê-lo.”
Isso quer dizer:
1º - O direito de homens e mulheres a serem informados e de terem acesso aos métodos de contracepção e planeamento familiar2 eficazes, seguros e financeiramente compatíveis com a sua condição, assim como a outros métodos de regulação da fertilidade que estejam dentro do quadro legal.
2º - O direito a aceder a serviços e cuidados de saúde adequados e que garantam à mulher condições de segurança durante a gravidez e o parto, proporcionando aos pais maiores possibilidades de terem filhos
43
saudáveis."
Podemos concluir:
A saúde sexual, quer dizer também "que se fale e ensine de forma positiva à sexualidade do homem e da mulher ", e não só apenas à prevenção das infecções sexualmente transmissíveis.
Então, vamos falar da Gravidez entre adolescentes.
Adolescentes - sexualmente activas citavam a necessidade de amor e intimidade como explicação - para justificar o relacionamento sexual com maior frequência do que as adolescentes - virgens. Outro fato apontado pelo trabalho foi a raridade de uso de contracepção entre as adolescentes, apesar de o conhecimento sobre métodos contraceptivos ser fato comum entre elas (Marques, 1995). - Em contraposição a essa atitude de romantismo por parte das jovens, outros estudos (Branrup-Lukanow et al., 1991) têm sugerido que adolescentes do sexo masculino têm uma postura menos compromissória em seus relacionamentos e, geralmente, não se preocupam com gravidezes que venham a resultar de - seus relacionamentos.
A final, e a decisão de cada um/uma sobre quando para começar relacionamentos sexuais. E importante notar que existem muitos opções para um relacionamento romântico sem sexo. Os posters da “homem e mulher verdadeira” mostram adolescentes quem decidiram esperar. Também si decide não esperar existem técnicas para proteger-se, que vamos discutir no próximo sessão.
Actividades Dialogo de Rádio ‘Rádio Novela – Coisas da Nossa Gente’
O que para fazer, A jovem líder vai conduzir um discussão em grupo sobre
a novela. O importante e não proclamar que uma posição e correcto uma
incorrecto, mas que cada posição tem o seu valor e cada rapariga tem o
poder e o direito a decidir como e quando vai tratar a sua própria saúde
reprodutiva.
Conclusão Encerramento: A líder dever solicitar ao grupo algumas lições aprendidas.
Discussão e
passos
seguintes
Se alguém aqui presente é adolescente e o seu corpo está a mudar, se
pretende ter filhos e precisa de informações, se não sabe que método de
contracepção usar ou se não consegue responder às perguntas dos seus
filhos, ao quem o a onde podemos ir para conselhos e informação?
44
Notas
45
III. Tópico: Educação
46
3.1. A Cidadania e o Civismo
Tópico Educação
Sub Tópico Cidadania e Civismo
Material
Necessário
Manual Big Sister, Lei constitucional Angolana, Carta dos Direitos
Humanos, ilustrações sobre cidadania, cd o cassete com episódio de O Jogo,
maquina para tocar cassete.
Objectivo Proporcionar as jovens raparigas conhecimentos sobre leis e
procedimentos dos deveres e direitos dos cidadãos perante a Comunidade
e motivar comportamentos e valores do bom cidadão perante o Estado
Introdução A cidadania se refere a um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar activamente da vida, do bairro, do município, e
do governo de seu País. Quem não tem cidadania pode ser marginalizado
ou excluído da vida do seu da comunidade e da tomada de decisões do País,
ficando numa posição de inferioridade dentro do seu bairro ou escola.
O civismo é especificamente às atitudes e comportamentos que no dia-a-dia o cidadão toma na escola, no bairro, na rua, com as outras pessoas e instituições na administração, posto de policia, associações, igrejas, partidos, e outras em defesa dos seus direitos e cumprimento dos seus deveres assumidas como fundamentais para uma vida colectiva, visando preservar a sua harmonia e melhorar o bem estar de todos na escola, no bairro, no município ou no País.
O cidadão cívico defende e respeita os valores de cidadania que são:
O respeito às leis, ninguém esta acima da lei e todos deve obedecer as leis, todo que se faz na escola, no bairro ou no município pelos oficias do governo deve estar conforme a Lei diz.
O respeito ao bem público, tudo que é feito pelo governo ou administração no bairro ou município como escolas, hospitais, estradas são bens da própria comunidade, então todos devem participar e proteger para o bem de todos
O sentido de responsabilidade no exercício do poder, o Líder, o director da escola, o administrador, o Governador, o Presidente da Republicas e todos outros lideres de partidos, associações e igrejas devem mostrar responsabilidade em todas as sua acções, isto é, os que exercem o poder
47
em nome de outrem; o segundo significa a sujeição ao rigor das sanções legalmente previstas caso abuse da sua responsabilidades como líder conforme previsto na Lei.
A virtude do amor à igualdade, devemos amar sempre o próximo e respeita-lo como ser humano;
O respeito integral aos direitos humanos, cuja essência consiste na vocação de todos - independentemente de diferenças de raça e etnia, sexo, instrução, credo religioso, julgamento moral, opção política ou posição social - a viver com dignidade, o que traz implícito o valor da solidariedade;
O acatamento da vontade da maioria, legitimamente formada, porém com
constante respeito pelos direitos das minorias, o que pressupõe a aceitação
da diversidade e a prática da tolerância. A virtude da tolerância, significa
não rejeitar ou excluir os outros com argumento egoísta e rejeitar os
outros por causa da religião, cor, partido, sexo ou etnia.
Temos aqui hoje exemplos dos documentos que formam o base legal da
nossa vida incluindo o lei constitucional Angolana, e a Carta dos Direitos
Humanos. Depois do nosso sessão, podemos analisar.
Actividades Ouve o episodio de rádio novela ‘O Jogo’ e forma um grupo de discussão
sobre o participação cívica. A líder vai formar as suas próprias perguntas
mas pode incluir:
Quem no novela mostro um grande capacidade para engajar no participação cívica?
Quais foram os resultados da sua participação? Quem não mostro a vontade de participar na vida cívica? Por que achas ele o ela não queria participar?
A Líder formará os participantes em três grupos e trabalharem em grupo e
identificarem algumas 3 coisas que fazem na escola, no bairro ou município
e para eles significa participação cívica para o bem comum de todos de
acordo com o que aprenderam hoje.
Depois cada grupo apresentará em plenário e a líder facilitará a
participação de todos sobre o que é participação cívica e quais os valores
cívicos contra o que as jovens raparigas dizem que fazem para o bem
comum.
48
Conclusão A Líder em plenário vai escrever no papel de flip chart a seguinte pergunta
para discussão
Quais são os obstáculos ao participação cívica?
Como podemos ultrapassar estes obstáculos?
A líder vai ouvir todas as contribuições e anotara e no fim vai volta a ler
para os participantes
Discussão e
passos
seguintes
Que actividades específicos nos podemos fazer na nossa comunidade para
promover a maior participação cívica dos raparigas? O que podemos fazer
para que haja mais dos jovens na escola ou no bairro ?
Notas
49
3.2. Economia Domestica
Tópico Educação
Sub Tópico Economia Domestica
Material
Necessário
Um quadro ou flipchart, papel, marcadores, imagens ilustrativas
Objectivo Esclarecer a jovem rapariga, noções sobre economia doméstica.
Introdução A economia é a ciência que ensina a produzir e a poupar.
Economia doméstica é um ramo da economia que ensina como produzir e
poupar em nossas casas. Os grandes inimigos da economia e do bem-estar
económico duma família e dum país são os estragos ou desperdício, as
despesas inúteis e a preguiça.
Amor ao trabalho
O trabalho numa casa é muito é deve ser organizado para que não se torne
um peso. A jovem rapariga deve ser amiga do trabalho. Deve sentir o
desejo te tornar a sua casa acolhedora e limpa.
Amor á ordem
Muitas vezes a ordem da própria pessoa e de tudo o que a rodeia revela a
harmonia da alma e do coração. Em ordem vive-se bem. A ordem faz com
que as coisas sejam poupadas e conservadas em boas condições, durante
muito tempo.
A ordem deve reinar:
- Na pessoa;
- Na casa;
- Trabalho
- Nas despesas
Ordem da pessoa
A primeira ambição da rapariga deve ser a ordem e a propriedade na
50
maneira de vestir, sua e da família.
- Vestir bem é andar limpo e asseado;
- Vestir bem não quer dizer vestir roupa de luxo, mas roupa em boas
condições e conforme o momento (em casa: bata, avental, e roupas mais
usadas; nos dias de festa: os vestidos melhores; para sair: os vestidos mais
limpos e em boas condições)
- Vestir bem exige também que a roupa interior seja limpa e asseada.
Economia do tempo:
A fome e a miséria não entram numa casa onde a rapariga se levanta cedo,
cuida dos trabalhos da casa, produz e poupa. É triste ver uma jovem
rapariga passar horas sem conta a falar com amigas, ou pior ainda, sentada
a preguiçar, nas horas próprias do trabalho. Uma jovem que se respeite
tem sempre que fazer:
- Em casa;
- Na escola
- Na igreja
- Na comunidade
Economia da roupa:
Toda a jovem deseja ser elegante. Não há nada mais contrário à elegância e
à boa educação do que vestir roupa rasgada. A boa rapariga, quando nota
que o vestido começa a rasgar-se ou que um botão caiu da roupa, pega logo
na agulha e conserta-o ou pede a mãe. Quando um vestido ficar mais gasto,
podem utilizar as partes ainda boas para fazer: lencinhos, panos para
limpeza, até fraldinhas para as bonecas.
Economia da cozinha
A alimentação é talvez a despesa maior da família. A preparação das
refeições exige muito cuidado. A primeira norma da economia consiste em
calcular bem a medida da refeição que se deve pôr ao lume.
Os restos que sobraram não devem ser deitados fora. Podem servir para
outro prato ou para um pobre ou para animais domésticos, que também
têm direito à alimentação. A economia exige que não se deixem estragar os
51
alimentos, esquecendo-se, por exemplo, de expor ao sol, de colocar ao sal
etc. Poupar na cozinha não quer dizer passar fome, mas:
- Preparar os alimentos bem cozidos, frescos e saborosos;
- Prepará-los na medida certa;
- Não deixar estragar a alimentação
Economia do dinheiro
O dinheiro é fruto de trabalho e fadiga. O dinheiro que temos ao nosso
dispor será sempre menos do que desejaríamos ter. Esta é mais uma razão
para sermos económicos e aprendermos a arte de gastá-lo bem.
Regras para economizar o dinheiro:
- Antes de comprar, pensar bem;
- Sempre que possível reservar sempre uma qualquer quantia de dinheiro;
- Preferir comprar coisas importantes do que desnecessárias;
- É melhor esperar mais algum tempo do que comprar algo que não presta;
- Antes de sair do local de compra, conferir, em frente do vendedor, o
dinheiro, o troco e a conta;
- Evitar sempre que possível os “quilapes”;
Actividades Dramatização sobre as consequências da ma gestão (4 grupos)
Conclusão Encerramento:
Nesta secção a líder fará a seguinte pergunta as raparigas:
- Cada membro da família tem um papel na economia domestica. Quais
são os papeis dos membros das tuas famílias? Eu, pai, Mai., irmã, irmão,
avo, etc.
- Estas papeis são universais em todas as famílias o mudam dependendo
dos particularidades da família? (ejemplo peden as raparigas considerar
os casos siguententes:
uma família em qual a mai trabalha fora da casa durante a dia e o pai fica em casa.
52
Uma famila dos orfoes em cual um irmão mais velha tem que cuidar duas irmãs minoras.
- Qual é a importância do conteúdo que foi apresentado?
- E porque?
Discussão e
passos
seguintes
Discussão sobre qualquer tópico:
Em jeito conclusivo a líder fará a seguinte pergunta? Existe alguém que
têm algum exemplo prático de economia doméstica, para compartilhar
com o grande grupo?
Finalmente, recomendar as raparigas que tenham em atenção os conselhos
aprendidos pois serão uma mais valia para elas.
Notas
53
IV. Tópico: Emprego
54
4.1. Gestao Financeiro
Tópico Emprego
Sub Tópico
Gestao Financeiro
Material
Necessário
Quadro papel esferográficas, lápis, marcadores,
Objectivo Ensinar a jovem rapariga as básicas de gestão financeiro.
Introdução Todo mundo quer trabalhar. Porque queremos trabalhar? Para o
desenvolvimento profissional, para conhecer novas pessoas, por
curiosidade intelectual, mas o mais importante - para ganhar
dinheiro para apoiar a nós próprios e à nossa família. Dinheiro
ganho em qualquer tipo de emprego é importante. Dinheiro nos
permite viver bem e saudável e para planejar o nosso futuro. O
mais controle e sabedoria que temos sobre o nosso dinheiro e
gastos, o melhor somos capazes de aplicá-lo a melhorar a nossa
vida e as vidas das nossas famílias.
Actividade:
Dê a cada rapariga uma nota de 10 Kwanza. Vá ao redor do
círculo e pedir o modo como cada rapariga vai para usar o
dinheiro e porquê? Use as respostas para facilitar uma discussão
sobre as razões que as pessoas têm para gastar o seu dinheiro.
Todo mundo precisa de dinheiro para fins diferentes e cada um
escolhe a gastar dinheiro em diferentes formas. Isto é bom e
contribui para a diversidade da vida. O importante é estar
consciente e no controle dos recursos que temos à nossa
disposição nesse sentido, hoje nós vamos fazer um "orçamento
familiar", para as despesas mensais e, em seguida, vamos analisar
se temos dinheiro suficiente para fazer essas despesas básicas.
55
Actividades Actividade 1: Faça uma orçamento mensal da família. Comece
com a pergunta: "Em que precisamos de gastar dinheiro durante
uma semana para apoiar a nossa família?" Escreva as respostas
em uma linha o lado esquerdo de um flip-chart. Certifique-se de
itens básicos como "alimentação" "transporte" "despesas
médicas" estão incluídos. Uma vez que a lista é feita, pede às
meninas para dar um preço médio para cada um dos itens e
escreve os preços para o direito de cada item. Depois de todos os
preços são incluídos, explicar que estes custos são semanais e
quiser saber custos mensais então e necessário multiplicá-las por
4. Escreve o custo mensal da extrema-direita do flip-chart. Agora
pedir as meninas para outros custos que têm de pagar, numa base
mensal. Isto pode incluir renda, escola, honorários, telefone etc.
Escreve os preços para estes custos mensais abaixo do anterior
custos do lado direito do flip chart. Juntar-se de todos os custos,
para determinar qual é o seu orçamento mensal.
Actividade 2: Divida as jovens em 3 ou 4 grupos. Cada grupo
deverá ter 3 .-5. meninas. Cada grupo é uma "família". Podem
atribuir próprios papéis, exemplo: pai, mãe, irmão, irmã avó etc.
Pede a cada grupo para decidir como vão ganhar dinheiro para
pagar as suas despesas mensais. Quem vai fazer o quê? Quanto
vai ganhar cada "membro da família" pela sua actividade?
Dependendo do tempo, os grupos podem apresentar os seus
planos para si.
Conclusão Nesta secção a líder fará a seguinte pergunta as raparigas:
- Qual constrangimentos existem que causam dificuldades em
bom gestão financeiro?
- Qual é a importância do conteúdo que foi apresentado?
- E porque?
Discussão e
passos
Como um seguimento da aula de hoje, cada moça deveria ir para
casa e realizar entrevistas com pelo menos 5 pessoas em sua
vizinhança com diferentes profissões. As entrevistas devem
56
seguintes incluir as seguintes perguntas. "Qual é a sua principal fonte de
dinheiro?" "Por que você escolheu essa actividade?" "Será que a
actividade dar-lhe dinheiro suficiente para apoiar o seu
orçamento mensal?" "Se pudesse escolher outra profissão, o que
você escolher e por quê?" No início da próxima sessão cada
rapariga deverá apresentar o mais interessante profissão que
aprendeu sobre.
Notas
57
4.2. Criar o Seu Pequenos Negócios
Tópico Emprego
Sub Tópico
Criar o Seu Pequenos Negócios
Material
Necessário
Marcadores, cartolinas em tarjetas, bostick,
Objectivo Despertar nas jovens raparigas ideias sobre criatividade
empresarial.
Introdução Este é o primeiro de duas sessões sobre como para criar asua própria microempresa. Na sessão de hoje, as meninas aprenderão os princípios de começar e de controlar uma empresa de pequeno porte por uma actividade da chuva das ideias. Na sessão seguinte porão seu conhecimento novo à acção fazendo ao seus próprios “modelos negócios” em grupos pequenos.
Gente não vive sem gente é uma grande verdade vejamos de quantas pessoas de pendemos para desenvolvermos as nossas aspirações. Mas para que consigamos viver e conviver com outrem é importante que criemos iniciativas de responsabilidade financeira e criativa para o nosso bem-estar.
Actividades Em forma de uma chuva das ideias faz as perguntas aqui em baixo e alista as respostas num flip-chart. Provavelmente não vai ter tempo suficiente para discutir todos estes componentes então a líder e a sua mentora devem escolher as mais relevantes para o seu grupo. Respostas possíveis são aqui notadas.
O que é um micro projecto?
Um micro projecto é uma ideia de investimento, de pequena escala, em que o proponente (pessoa que propõe) é normalmente Uma só pessoa, uma família, um grupo reduzido de pessoas.
58
Elabora-se um micro projecto para:
- Se obter das autoridades uma licença para desenvolver um negocio,
- Ter acesso a empréstimos bancários e outras formas de apoio,
- Para melhorar o seu nível de vida, da sua família ou da sua comunidade.
Micro empresa é:
Uma unidade económica muito pequena que:
- Necessita de pouco investimento,
- Produz poucas quantidades,
- Emprega poucos trabalhadores.
Quais os objectivos de uma micro empresa?
- Criar empregos e aumentar o rendimento,
- Utilizar recursos locais,
- Abastecer o mercado.
Sectores de actividades onde pode fazer um negocio rentável:
Na agricultura e pecuária:
- Lavras,
- Criação de animais,
- Feituras de sumos e doces,
- Plantação de árvores, produção de lenha e carvão,
- Produção de mel de abelhas,
No comercio:
59
- Pequenas lojas ou cantinas,
- Comercio ambulante de artigos diversos,
- Bancas fixas.
No artesanato e semi-industria:
- Escultura,
- Carpintaria,
- Serralharia,
- Latoaria,
- Olaria,
- Produção de bolos e tijolos,
- Sapataria,
- Alfaiataria,
Nos serviços diversos:
- Transporte de carga e de passageiros,
- Barbearia,
- Reparações diversas (aparelhos domésticos, bicicletas, bombas manuais, moto-bombas, etc.).
Negocio e o mercado.
Toma-se a decisão de fazer um negócio:
- Quando sabemos o que queremos fazer,
- Quando a ideia do negocio é viável,
- Quando existe a procura do produto ou serviço.
Uma ideia de negocio é viável quando:
60
- Dominamos a área do negocio,
- O investimento pode ser executado e recuperado,
- O produto vai ter aceitação no mercado,
- O negócio promete ser lucrativo.
Quem pretende fazer um negócio deve:
- Dominar área do negocio,
- Conhecer o mercado,
- Saber gerir o negócio.
Para gerir um negócio é necessário sabermos:
- Estudar o mercado onde queremos vender,
- Organizar as compres e controlar os materiais,
- Planificar a produção,
- Organizar e motivar o pessoal,
- Controlar a qualidade do que vendemos,
Para gerir um negócio ainda é necessário sabermos:
- Determinar custos, preços e lucros,
- Evitar perdas, estragos e desvios,
- Promover as vendas divulgar os produtos,
- Pagar pontualmente as dividas e os impostos,
- Determinar os resultados.
Para começar um negócio precisamos de ter:
- Um espaço de trabalho,
61
- Equipamentos e ferramentas,
- Dinheiro para materiais e salários.
Estudar o mercado significa conhecer quem são:
- Os fornecedores de matérias-primas,
- Os compradores dos nossos produtos,
- Os nossos concorrentes.
Vender bem significa conhecer:
- Os gostos e hábitos dos clientes,
- Os preços e modo de venda dos concorrentes.
Os clientes são atraídos:
- Pela boa apresentação dos produtos,
- Pelos preços,
- Pela forma como são atendidos,
- Pelas facilidades de compras.
As facilidades de compras podem ser:
- Venda a credito,
- Transporte,
- Garantias de peças e reparações,
- Possibilidade de troca.
Podemos vender o nosso produto:
- No local de produção (venda directa),
- Na loja, mercado ou rua (venda através de intermediários.)
62
- A pronto pagamento,
- A credito,
- Trocando-o com outros artigos.
Quem pode vender o nosso produto:
- Nós mesmos,
- Membros da nossa família,
- Intermediários (vendedores ambulantes e comerciantes).
Financiamento de um negocio
Com obter financiamento de um pequeno negocio: como preparar e apresentar um projecto micro?
- Identificar os proponentes ( o dono do negocio. )
- Conhecer o mercado,
- Definir o que vamos produzir,
- Provar que o negocio é viável,
- Apresentar os custos do investimento.
Como pode ser feito o financiamento de um negócio?
Pode ser feito:
- Pelos próprios donos, com o seu dinheiro,
- Pelos bancos,
- Pelas casas comerciais (em materiais),
- Por outras instituições de apoio.
Donos do negocio podem participar com:
- Dinheiro,
63
- Trabalho,
- Materiais.
Bancos
Os Bancos servem para:
- Guardar o nosso dinheiro,
- Emprestar dinheiro.
Podemos guardar o nosso dinheiro no banco da seguinte maneira:
- À ordem, em geral sem juros,
- À prazo recebendo juros.
O banco concede empréstimos a quem apresentar boas propostas e der garantias de pagar o empréstimo. Normalmente este pagamento ou reembolso é feito no prazo acordado e o banco cobra-nos juros mais despesas pela papelada.
Como obter o financiamento bancário?
- Devemos saber em que sectores o banco está a fazer crédito,
- Devemos escolher actividades rentáveis,
- Devemos apresentar propostas válidas,
- Dar garantias de reembolso.
Quem aprova um micro projecto?
- Proponentes,
- As autoridades competentes,
- As instituições de apoio.
Como pode ser financiado?
64
- Contribuição própria que é o chamado auto financiamento,
- Empréstimo bancário,
- Outras contribuições.
Note Bem:
É importante honrar os compromissos.
Gestão de negocio
Como executar a nossa ideia de negócio?
- Ter as autorizações necessárias e um local,
- Comprar, guardar e transportar o equipamento e os materiais,
- Instalar o equipamento e formar o pessoal.
Como gerir o nosso negócio?
- Comprar matérias-primas,
- Planear e organizar a produção,
- Promover as vendas,
- Pagar as dividas,
- Distribuir os resultados,
- Fazer crescer o negócio.
Problema que podem fazer fracassar um negócio:
- Desconhecimento da área do negócio,
- Não-aceitação do produto pelo mercado,
Pouco interesse e empenho dos donos,
- Desvio do dinheiro, materiais e produtos,
65
- Falta de organização e gestão,
- Conflitos desastres naturais e doenças.
Como evitar desvios e perdas?
- Controle dos materiais,
- Controle da qualidade dos produtos,
- Controle do produto,
- Controle das vendas,
- Controle dos dinheiros,
- Prémios incentivos.
Tipos de custos:
- Custos directos:
Compra de matérias-primas e pagamento de salários.
- Custos indirectos:
Reposição das instalações e equipamentos Pagamento dos empréstimos bancários, Pagamento de outras despesas indirectas.
- O que são despesas?
São os gastos necessários para que a nossa empresa funcione e produza o que previmos.
- O que são receitas?
São os ganhos obtidos com as vendas dos produtos e serviços que produzimos.
- O que é lucro?
É a diferença entre o que ganhamos e o que gastamos na nossa empresa.
66
Como podemos aumentar os lucros?
- Reduzindo os custos e aumentando as margens,
- Aumentando a produção,
- Vendendo mais.
O que são juros?
È o custo do dinheiro que nos emprestam ou que o banco nos paga pelos nossos depósitos.
- Tipos de juros:
Juros dos empréstimos bancários, Juros dos depósitos do nosso dinheiro a prazo no banco.
O que é o fundo de maneio?
É o dinheiro necessário para que uma empresa possa funcionar todos os dias.
O fundo de maneio serve:
Para comprar matérias-primas, Pagar salários, Atender a outras despesas correspondentes.
O que é inventário?
É a relação de todos os bens que pertencem a empresa com os respectivos valores (preço de aquisição/custo).
O que é a contabilidade?
É o registo do que se passa numa empresa (compras, produção, vendas, pagamentos etc.).
O que um contabilista?
É a pessoa que organiza e regista os documentos relacionados com o funcionamento de uma empresa.
67
O que é um tesoureiro? É a pessoa que numa empresa:
Faz as cobranças, Efectua os pagamentos, Deposita e levanta dinheiro do banco.
Factores determinantes no processo de criação de uma empresa:
Motivação, Persistência, Conhecimento do mercado e do sector onde quer actuar, Capacidade de investimento, Rigor e dedicação.
Conclusão Pede cada rapariga a contar uma historia da uma pessoa
conhecida que tem uma microempresa
Discussão e
passos seguintes
É preciso recordar sempre que:
Ter um negócio não é fácil, É preciso gerir bem, para ter mais receitas e menos custos
(maiores lucros). Trabalhar muito, para produzir e vender o mais possível, Diminuir as despesas, evitando desperdícios e desvios
(roubos). E nunca esquecer os clientes a quem vendemos os nossos
produtos se não ficarem satisfeitos, procurarão outro vendedor!
Explica as raparigas que na próxima sessão elas vão aprender os passos necessários para começar uma microempresa e ter uma oportunidade de sonhar sobre o tipo da microempresa que elas querem abrir.
68
Notas
69
4.3. Criar o Seu Pequenos Negócios – Parte II
Tópico Emprego
Sub Tópico
Criar o Seu Pequenos Negócios - parte II
Material
Necessário
Marcadores, cartolinas em tarjetas, bostick,
Objectivo Despertar nas jovens raparigas ideias sobre criatividade
empresarial.
Introdução Explique que na sessão precedente você falou como um grupo
sobre os componentes importantes de uma microempresa de
bem sucedida. Hoje, você falará sobre as etapas realmente de
criar esse negócio.
Actividades Actividade 1: Revisa numa maneira criativa os 9 passos de
criação de uma empresa. Em nove passos ajudamo-lo a
desvendar o processo de criação de uma empresa
1º Passo: A Concepção da Ideia
O primeiro grande desafio na altura de criar um negócio próprio
é a concepção da ideia. Nesta fase o investimento do
empreendedor não se contabiliza em euros, mas sim em tempo
despendido na concepção da ideia.
Um projecto empresarial pode ter várias fontes de inspiração. A
ideia pode surgir da experiência profissional do empreendedor,
dos seus hobbies, da constatação de uma necessidade do
mercado. As fontes de inspiração são inúmeras, mas o
fundamental é que neste processo - quase sempre solitário - o
potencial empresário não perca a noção de que o seu projecto
tem de ser acima de tudo realista.
Aqui são definidas as bases da empresa. É das etapas mais
importantes do processo de criação de um negócio e nenhum
70
pormenor deve ser negligenciado. No momento de estruturar a
ideia de negócio, o empreendedor deve considerar vários
aspectos que vão desde a sua experiência profissional ao perfil do
consumidor, passando pela oportunidade do negócio e a
existência, ou não, de projectos empresariais semelhantes.
Para ajudá-lo a testar o seu perfil empreendedor e a viabilidade
da sua ideia deverá procurar responder de forma rigorosa às
seguintes questões:
Tenho perfil de empreendedor?
Qual é o destinatário do meu produto?
O mercado necessita daquilo que tenho para oferecer?
Que serviços prestarei?
Quais os benefícios do meu serviço?
Qual a minha concorrência?
Como poderei diferenciar-me da concorrência?
Que preço irei cobrar pelos meus serviços?
Qual o investimento inicial de que vou necessitar?
Como vou financiar-me?
Qual a melhor localização para a minha empresa?
A actividade que quero desenvolver carece de algum
licenciamento especial?
Qual o capital social que a minha empresa deverá ter?
Existe algum tipo de apoio para a minha actividade?
Como escolherei os meus sócios e qual o número de sócios
ideal para o meu projecto?
O REALISMO deve pautar a concepção da sua ideia. Para não ter
sobressaltos deverá procurar descrever as possíveis tendências
do seu mercado e qual o seu potencial de crescimento, os
processos legais necessários ao início da sua actividade, a
capacidade do negócio nos primeiros anos, bem como identificar
os pontos fracos e fortes da empresa
Lembre-se que algumas ideias, pela sua inovação deverão ser
protegidas legalmente. Em Portugal, compete ao Instituto
Nacional da Propriedade Industrial atribuir o registo de direitos.
71
2º Passo: Testar a Ideia
É verdade que o segredo é a alma do negócio. Mas não é menos
verdade que só faz sentido criar uma empresa se o mercado
necessitar do produto ou serviço que lhe quer oferecer. Esta é a
fase em que vai começar a testar se a sua ideia tem potencial.
Rodeie-se de pessoas da sua confiança, conte-lhes o seu projecto
e procure avaliar as potencialidades do mesmo. É também nesta
fase que vai começar a procurar informação sobre aquilo que vai
necessitar para concretizar o seu projecto.
Poderá começar a fazer um levantamento das etapas legais que
vai ter de cumprir, consultando um advogado se necessário. O
fundamental nesta fase é analisar de forma rigorosa - com base
em levantamentos e estudos concretos - as reais condicionantes
do mercado.
Entre os aspectos a considerar nesta fase estão: a singularidade
do produto/ serviço; o perfil do cliente-tipo; a dimensão do
mercado; a concorrência e quotas de mercado e as
potencialidades de crescimento do negócio.
É também o momento em que deverá elaborar o Plano de
Marketing descrevendo produtos/serviços, escolhendo políticas
de distribuição, preços e formas de promoção, tudo com
orçamentos previsíveis.
3º Passo: Rodear-se da Equipa Certa
Esta é a fase em que se testam as certezas. É o momento em que
vai fazer uma primeira abordagem à constituição da sua equipa
procurando estabelecer compromissos firmes com os recursos
humanos que considera fundamentais para o seu projecto.
Não vai recrutar funcionários, mas vai rodear-se dos parceiros
(eventuais sócios) que considere quem possam enriquecer o seu
projecto. O sentido da realidade é fundamental. Não deve
seleccionar as pessoas pela sua capacidade de investimento
financeiro no projecto, mas sim pelas suas qualidades técnicas.
72
Lembre-se que se estiver a investir numa área que não domina na
perfeição, a melhor forma de colmatar lacunas é encontrando os
parceiros adequados. Procure pessoas que partilhem a sua visão
de negócio e ambição para evitar posteriores incompatibilidades
e rupturas na gestão quotidiana do projecto.
Lembre-se também que à medida que a pressão aumenta é
frequente ocorrerem baixas na equipa. A partir daqui as tarefas
serão mais árduas. Escolha os guerreiros certos para o seu
exército.
4º Passo: Elaboração do Plano de Negócios
Esta fase é uma das fundamentais para o sucesso da sua empresa.
Vai passar para o papel de forma estruturada todas as ideias que
desenvolveu até ao momento. É momento de discutir
estratégias, definir prioridades, descartar ideias menos boas. É
nesta fase que elabora aquele que será o cartão de visita da sua
empresa junto de potenciais investidores e financiadores
externos.
O objectivo desta fase é que equipa conceba um plano de
negócios que exponha de forma realista como é que a equipa
planeia transformar as suas ideias num negócio exequível,
sustentável e lucrativo.
Esta é uma das etapas mais complicadas e minuciosas do
processo de criação de uma empresa. Na elaboração do Plano de
Negócios devem constar dados referentes à Análise de Mercado,
Plano de Investimentos, Fontes de Financiamento, Plano de
Tesouraria e Rentabilidade do Projecto.
O elevado grau de aspectos técnicos inerentes à elaboração do
Plano de Negócios leva muitos empreendedores a recorrer a
apoio especializado. Assim, além da equipa, não será demais ter a
ajuda de um consultor, advogados e até empresas de
contabilidade.
5º Passo: Conseguir o Capital Inicial
O empreendedor e a sua equipa devem decidir como vão
73
financiar o seu projecto. Há várias opções possíveis. O ideal seria
que conseguisse financiar o seu negócio com capitais próprios,
mas a percentagem de empreendedores que consegue criar uma
empresa sem recorrer a financiadores externos é residual.
Assim, deve estar preparado para defender o seu projecto junto
da Banca, de investidores privados ou empresas de capital de
risco. A vida do seu negócio depende do financiamento e por isso
é importante ter uma estimativa bastante realista das
necessidades de capital inicial fundamentais para o arranque do
negócio. A partir daqui será mais fácil definir onde se deverá
dirigir para conseguir esse capital.
Qualquer que seja a sua escolha, deverá ter uma estratégia para
atrair os investidores e convencê-los de que o seu projecto é
viável. O ideal será encontrar uma forma de fazer com que o seu
projecto se distinga da ‘pilha' de projectos que as entidades
financiadoras sempre têm para analisar. Nesta fase o objectivo é
conseguir um compromisso de financiamento que assegure a
criação da empresa. Depois de assumido esse compromisso, é
necessário recorrer a um advogado para fechar o negócio com as
fontes de financiamento.
6º Passo: Constituição Formal da Empresa
Uma vez ultrapassada a questão do capital inicial o
empreendedor poderá avançar para a constituição formal da
empresa. Esta é uma das fases mais penosas, pelo cargo
burocrático que lhe está associado.
Deverá começar por escolher a forma jurídica ideal para o caso da
sua empresa. A partir daqui poderá dirigir-se a um dos vários
Centros de Formalidades de Empresas (CFE) para cumprir as
seguintes tarefas:
Pedido do Certificado de Admissibilidade de Firma ou
Denominação de Pessoa Colectiva;
Pedido do Cartão Provisório de Pessoa Colectiva;
Marcação de Escritura Pública;
Celebração de Escritura Pública;
74
Declaração de início de actividade;
Requisição do Registo Comercial, publicação no DR e
inscrição no Registo Nacional de Pessoas Colectivas
Inscrição na Segurança Social;
Pedido de Inscrição no cadastro Comercial ou Industrial
7º Passo: Encontrar o Local Ideal
O local que escolhe para instalar a sua empresa faz toda a diferença. Além de ser uma das primeiras imagens que os seus clientes têm de si, deverá adequar-se à actividade que quer desenvolver, aos ‘targets' que quer alcançar e a vários outros factores.
A primeira decisão que terá de tomar é se procura um espaço próprio ou arrendado. A partir daqui, poderá recorrer a um agente imobiliário que lhe poderá ser útil pela experiência que tem na área.
Não se precipite. Um erro pode causar-lhe um gasto desnecessário de dinheiro. Seja prudente nas suas escolhas e lembre-se que factores como: uma má localização; uma área desadequada; uma renda exagerada ou um compromisso de arrendamento excessivamente longo podem fazer de uma escolha aparentemente acertada um mau investimento.
8º Passo: Definição dos Corpos Directivos e Recrutamento de Colaboradores
Agora que está prestes a iniciar a actividade da sua empresa e já tem uma estimativa do número e perfil de colaboradores de que vai necessitar para colocar a empresa a funcionar, é altura de iniciar o processo de recrutamento.
Deverá prestar particular atenção aos cargos de direcção e lembrar-se que poderá iniciar a actividade da empresa com um número reduzido de colaboradores e apostar num recrutamento posterior, à medida da expansão da empresa.
Se apostou numa área na qual não tem particular experiência e conhecimento, pode suprir eventuais lacunas de formação recrutando especialistas nesses sectores.
Lembre-se que o talento é vital. Rodeie-se de profissionais empreendedores e com capacidade de iniciativa. Lembre-se
75
também que o seu compromisso com os recursos humanos da sua empresa vai além das condições salariais. Defina estratégias de retenção dos seus recursos.
9º Passo: Iniciar a Actividade da Empresa
Se sobreviveu a todas estas fases é chegado o momento de iniciar
a actividade da sua empresa. Assegure-se de que todos os
pormenores estão operacionais para receber o cliente desde as
instalações, aos recursos humanos, às estruturas de comunicação
(telefones, faxes, emails).
Nesta fase deve estabelecer os principais sistemas de gestão e
definir áreas de contabilidade, logística, controlo de qualidade e
outras.
É também importante que defina e inicie o processo de promoção
da empresa. Pode apostar em campanhas de publicidade,
maillings para o seu público-alvo, ‘press releases' e outros meios.
Deverá ainda motivar os seus colaboradores para o início de
actividade, dar-lhes indicações precisas daquilo que se espera e
dos objectivos a atingir. É também o momento de contactar os
fornecedores e definir prazos.
Activdade 2: Divida o grupo em pequenos grupos de 3 o 4
raparigas. Da a cada grupo um flip-chart com as perguntas
siguentes.
1. Que é sua idéia para um microempresa?
2. Como vai testar sua idéia?
3. Quem estarão em sua equipe chave do negócio e porque?
4. Quanto tempo vai levar para fazer sua plano de negócio e
que tipo das perguntas você perguntará?
5. Como você começará o dinheiro a começar o seu negócio?
6. Onde você abrirá seu negócio?
7. Você necessitará registar seu negócio ou você começa-o
76
informal?
8. Quem estará em sua “grupo de directores?” e quem
estarão os funcionários?
9. No dia da abertura como você pensa você sentirá? Que
você será excitado aproximadamente e que você será
preocupado aproximadamente?
Cada grupo vai apresentar as suas ideais para o resto do grupo.
Conclusão Que ideias gostaram mais? Porque? Que desafios vamos ter que
alcançar com estas negócios?
Discussão e
passos
seguintes
Abrir negocio e só uma opção para emprego. Que outras coisas
são possíveis? Compartilham com as meninas os sonhos
profissionais de cada um e discutem como o grupo podem apoiar
um e outro para chegar aos sonhos.
Notas
77
4.4. Opções do Futuro
Tópico Emprego
Sub Tópico
Opções do Futuro
Material
Necessário
Papel, esferográficas
Objectivo Despertar ideias e sonhos profissionais nas jovens raparigas
Introdução A meta da sessão de hoje é fornecer alguns modelos das
profissões que as meninas podem querer escolher. Esta sessão
precisa da preparação boa. A líder e a mentora devem convidar 3
- 5 mulheres da comunidade circunvizinha à sessão de hoje e
prepará-las com as seguintes perguntas.
1. Que é seu trabalho?
2. Por que você escolheu esse trabalho?
3. Que você teve que fazer para se preparar para seu
trabalho?
4. Que você gosta mais sobre seu trabalho?
5. Que você gosta de menos sobre seu trabalho?
As mulheres podem vir das igrejas locais, escolas, ou puderam
mesmo ser as mães ou os familiares das meninas no grupo. Seja
criativo em seleccionar as suas convidadas e certifique-se de que
representam uma diversidade das profissões.
Actividades Cada convidada vai ter oportunidade a dar um discurso breve
sobre as 5 perguntas encima mencionadas. Depois que todos os
convidados falaram, facilite uma sessão da pergunta e da resposta
entre as meninas e os convidadas.
78
Conclusão Depois que os convidados saíram, pergunte às meninas qual das
profissões pareceram interessante e porque? Que outras
profissões são interessantes para elas? Com quem poderiam falar
para aprender mais sobre aquelas profissões?
Discussão e
passos
seguintes
Divida as meninas em grupos. Cada grupo deve escrever uma
carta de agradecimento a uma das convidadas para que todas
convidadas receberem uma carta. A líder e a mentora devem
entregar as letras as convidadas.
Notas
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V. Tópico: Relacionamento
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5.1. Relacionamento Familiar
Tópico Relacionamento
Sub Tópico Relacionamento Familiar
Material
Necessário
Quadro ou fliphart, marcador ou giz
Objectivo Apresentar as jovens raparigas algumas regras de boa
convivência no seio da família.
Introdução Introdução:
A Adolescência
É o período de vida entre a infância e a idade adulta. Trata-se de
um período de transição durante o qual o indivíduo sai da
infância e se desenvolve em direcção à maturidade. A puberdade
é o começo da adolescência. A adolescência estende-se entre os
12 aos 18 anos. A puberdade: é a fase em que um indivíduo se
torna fisicamente capaz de ser biologicamente pai ou mãe. É a
etapa da maturação das funções sexuais. As meninas atingem a
puberdade cerca de 14 anos.
A adolescência apresenta algumas características psicológicas
tais como:
Sentimento de insegurança e incertezas os adolescentes
atravessam um período de rápido crescimento psicológico e
desenvolvimento mental que lhes trazem novas ideias e
experiências. São invadidos por novas emoções e sentem medo
face ao novo. Todas as mudanças internas criam um perturbante
sentimento de insegurança.
Crise de identidade – O adolescente está num processo de
estabelecimento de um novo eu, de desenvolvimento de um
conceito de si, como uma pessoa distinta de qualquer outra coisa
pessoa.
Sentimento de solidão – A medida que o adolescente toma
conhecimento da necessidade de viver a sua própria vida e de ser
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responsável por si, começa a desenvolver sentimentos de solidão.
Uma profunda necessidade de ter um amigo compreensivo com
quem se podem partilhar confidências e que ao mesmo tempo dê
apoio e encoraje, torna-se a grande prioridade.
Os adolescentes são incostantes e instáveis isto é típico dos
adolescentes devido a estarem incertos acerca de tantas coisas,
sobretudo acerca deles próprios. Os adolescentes reagem a estas
mudanças com sentimentos de insegurança e incerteza.
Necessidade de independência – Os adolescentes sofrem um
processo de separação das dependências da infância. Para eles
torna-se necessário estabelecer novas relações fora da família.
Esta necessidade de liberdade em relação às opções a tomar
decisões, etc. É muitas vezes considerada rebelião.
O que é o Relacionamento:
É o comportamento que um indivíduo tem em relação aos outros.
O que é o Relacionamento familiar
É o comportamento que um indivíduo tem em relação aos
membros da sua família.
A família é a célula básica da sociedade e cada membro tem um
papel a desempenhar na edificação das relações dentro de casa.
Os seres humanos são as únicas criaturas com poder para se
relacionar, tendo em conta que uma criança é concebida numa
relação familiar, onde se desenvolve o relacionamento básico
com os pais dentro do lar, que é a escola básica para a
socialização. Por vezes os adolescentes têm dificuldade em se
relacionar dentro da família. Porém, também eles precisam de
ultrapassar a sua crise e relançar as relações familiares.
Que postura deve ter a jovem rapariga no seio da família
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a) Tomando conhecimento de si próprios, tomando uma posição
positiva e amando-se a si mesmos. Isto ajudá-los-á a amar e
aceitar os outros na família
b) Tomando conhecimento do lugar que ocupam por nascimento;
c) Respeitando cada membro da família, o que não só trará paz e
felicidade, mas também promoverá a auto-estima e a consciência
da própria dignidade
d) Contribuindo para um sentimento de segurança no seio da
família
e) Os pais precisam sentir amados pelos filhos
Actividades Actividades:
Primeiro Actividade - Lidando com problemas da família
1. Quais são algumas problemas familiares com que lidamos
dia a dia (a líder vai fazer uma lista de 10 o 15 problemas
reais das famílias das raparigas)
2. Como nos como raparigas podemos ajudar as nossas
famílias em líder com essas problemas (a jovem líder vai
escolher 3 o 4 de essas problemas para discussão em
plenário)
Segundo Actividade - Lidando com problemas da família
Dramatização em grupos pequenos sobre as consequências de
um mau comportamento.
Conclusão Plenário
Com qual grupo a maioria se identifica e porquê?
Quais são as vantagens de ter boa conduta no seio da família?
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Discussão e
passos
seguintes
Pensam nas relacionamentos dentro da sua própria família? O
que e bom o que pode ser melhorada? Discutem a situação das
raparigas quem querem discutir e fazem um plano em conjunto
para líder com as ideias. No inicio do próximo sessão pergunta as
meninas si elas começaram a catalisar qualquer tipo da mudança
dentro das suas famílias.
Notas
84
5.2. Amizade
Tópico Relacionamento
Sub Tópico
Amizade
Material
Necessário
Materiais Necessários: Quadro móvel, giz ou marcadores, papel,
cadernos, lápis e esferográficas, manual de Big Sisters, cd de
“nossas vocês”, aparelhador
Objectivo Objectivo: a presente temática visa informar a jovem rapariga
sobre o que é amizade as vantagens de termos um amigo ou uma
amiga e como cultivar a amizade.
Introdução Introdução:
Falar de amizade é referir-se a um amor que nunca morre; a uma
virtude que muitos sabem que existe, que embora alguns
descobrem, mas poucos reconhecem.
No entanto, amizade quando é sincero o esquecimento é
impossível
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para
tudo, mas, de estarmos abertos a todas as perguntas.
Há quem diga, por exemplo, que: - Um amigo é uma seta que
aponta para além de si mesmo! [OLIVEIRA:2004,19]
A amizade torna os fardos mais leves, porque os divide pelo meio.
A amizade intensifica as alegrias, elevando-as ao quadrado na
matemática do coração.
A amizade esvazia o sofrimento, porque a simples lembrança do
amigo é alívio.
A amizade ameniza as tarefas difíceis, porque a gente não as
realiza sozinho. São dois cérebros e quatro braços agindo.
A amizade diminui a distância. Embora longe, o amigo é alguém
perto de nós.
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A amizade enseja confidências redentoras: problema partilhando,
percalço amaciado; felicidade repartida, ventura acrescida.
A amizade coloca música e poesia na banalidade do quotidiano.
A amizade é a doce canção da vida e a poesia da eternidade.
O amigo é a outra metade da gente. O lado claro e melhor.
Sempre que encontramos um amigo, encontramos um pouco
mais de nós mesmos.
O amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta,
em qualquer situação.
O amigo na hora certa é o sol ao meio-dia, estrela na escuridão.
O amigo é a bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação.
O amigo é o milagre do calor humano que DEUS opera num
coração.
Actividades Actividade1:
Rádio drama e discussão, Nossas Vozes: Amizade
Actividade 2:
A líder fará uma abordagem sobre o tema durante 10 minutos;
vai repartir o grupo em dois e orienta um dos grupos a preparar
uma encenação de uma amizade sincera e forte. E ao outro grupo
oriente que prepare uma encenação de uma falsa amizade.
Durante 15minuto. Seguir-se-á apresentação das cenas durante
10 minutos (5 minutos para cada grupo). Comentários durante 5
minutos.
Conclusão
A importância de uma boa amizade
Qual é o comportamento de uma boa amiga?
Quem tem um amigo verdadeiro e porque?
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Discussão e
passos
seguintes
Como cultivar maior amizade entre as pessoas
Notas
87
5.3. Namoro
Tópico Relacionamento
Sub Tópico
Namoro
Material
Necessário
Quadro, flipshat, giz, marcador, programa de namoro Baza Madie,
aparelhador
Objectivo Criar nas jovens raparigas o senso de responsabilidade e
comportamento adequado no namoro.
Introdução A adolescência é também o tempo propício às paixões, tanto para
rapazes e como para moças. A apaixonar-se é sempre uma coisa
maravilhosa. Quando a rapariga sente que o rapaz torna-se a
pessoa importante e única, parece que até não se pode viver sem
ele!
Mas, é preciso muita cautela, importa estar aberta a uma boa
amizade, ao amor, com lealdade e simplicidade, sem exageros e
sem exigências, procurando analisar os seus próprios
sentimentos e tendências.
Com efeito a sexualidade é também desejo, atracção, impulso,
busca de unidade e de comunhão total. É difícil, porém avaliar se
o desejo de união física tem a sua origem e causa no amor. E que
os motivos podem ser vários: querer superar os tabus sexuais,
seguir a moda actual, querer agradar ou vencer receios,
compensar carências afectivas e frustrações... Nesses casos, mais
razão há para esperar, até para evitar, mais tarde,
arrependimento e desilusões.
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Namoro não é sexo, ou melhor, não é só sexo. É muito mais que
isso, é uma fase na qual o indivíduo convive, conhece e cultiva
uma verdadeira amizade com o parceiro. Quando um namoro é
cimentado a base de sexo corre o perigo quanto mais depressa se
satisfaz menos dura o namoro. É importante que a rapariga
valorize o seu corpo.
Comportamento sexual responsável
O comportamento sexual responsável não é adquirido
instantaneamente. É um processo de crescimento que envolve:
Maturidade – Para ser capaz de agir guiado pelo amor e não
apenas por fortes sensações ou impulsos, é preciso ter atingido
uma maturidade plena. Uma pessoa madura será capaz de amar
outra genuinamente pelo que ela é.
Socialização – Não pode amar outras pessoas genuinamente se
não as conhecemos. Leva tempo a estar com e a comunicar com
alguém, o suficiente para desenvolver relações significativas. Os
jovens têm de despender tempo, convivendo à medida que
crescem a fazer coisas simples da vida, de forma a desenvolveres
as relações de amizades significativas e duradouras.
Intimidade – As grandes amizades desenvolvem-se através do
convívio. As pessoas que são socialmente maduras são capazes de
escolher companhias agradáveis para relações de grande
duração. Até ao matrimónio, os amigos íntimos maduros serão
capazes de respeitar-se mutuamente e ter domínio de si próprio
em assuntos de atracção e impulsos físicos.
Matrimónio – Um comportamento sexual responsável significa
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que o homem e a mulher que se amam realmente se
comprometerão, voluntária e mutuamente, por toda vida. O
comportamento sexual responsável pressupõe abstenção de
práticas sexuais, antes do casamento, e fidelidade, no casamento.
Actividades Actividade 1:
A líder colocará a escuta um programa sobre o namoro,
produzido pelo estúdio N´jango
Actividade 2:
Para esta secção a líder pede algumas voluntárias, para
formarem dois grupos. E seguidamente orienta para que
cada grupo faça uma encenação. O primeiro vai fazer um
teatro encenando uma rapariga que tem um namoro
responsável, e o segundo grupo vai fazer um teatro
encenando um namoro irresponsável.
Conclusão Como as quatro qualidades nos ajudarão a assumir
relacionamentos sérios e seguros?
O que é o namoro?
E porquê as jovens responsáveis durante o namoro
abstêm-se de práticas sexuais?
Discussão e
passos
seguintes
O que podemos fazer para as jovens raparigas nas nossos
bairros para que elas sejam mas responsáveis no namoro
e assim evitar o surto de gravidez na adolescência?
90
Notas
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VI. Bibliografia
Manual sobre noções elementares de gestão de uma micro empresa: programa geral de desmobilização
e reintegração (Pag.13 a 64);
Teatro na comunidade (Pag. 11 a 28) autor Plutarco Almeida. Editora Paulinas
Artigo retirado do livro Drogas: uso, mau uso e abuso, Dra. Patrizia Donatella Streparava, Psic. Virgínia
G. M. Rocha,
Colombo, Irmã Dalmazia, Economia Doméstica, Paulinas Editora- Prior Velho (Portugal) 2006,
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)
Ver o papel do Facilitador e regras de base da Facilitação em MANUAL DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
CCG, 2001, Página s 47 e 48.
Ver MANUAL DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS CCG, 2001, Página 32
Ver MANUAL DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS CCG, 2001, Página 27
Kiura, Jane M. – Gitau, Regina – Kiura, Andrew A vida e o Amor Artipol- Artes Tipográficas, Lda Águeda
(Portugal),