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    Biologia dos Vertebrados

    (BV)2009/2010

    Ana Cristina Ribeiro Gomes

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    Biologia dos Vertebrados (2009-2010) Ana Cristina Ribeiro Gomes

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    Diagnose Classificativa dos Principais Grupos

    Filo ChordataOs cordados constituem um grupo de seres vivos importante devido grande

    quantidade de espcies que rene, das quais o humano faz parte. Os seres deste grupo

    possuem um grande sucesso evolutivo motivo pelo qual dominam os principais ecossistemasexistentes.

    Inicialmente, surgem como animais aquticos marinhos que se disperso paraambientes dulciaquferos e, mais tarde, para o meio terrestre.

    Engloba seres metazorios (organismos multicelulares), triblsticos (apresentam 3folhetos germinativos: endoderme, ectoderme e mesoderme), eucelomados (com celoma),deuterostmios(blastporo origina o nus e a boca de neo-formao) e que possuem umasimetria bilateral(orientao dorsal e ventral segundo planos de simetria).

    Principais caractersticas do filo:

    Notocrdio (corda dorsal) pelo menos numa fase da sua vida. uma hastergida (suporte e rigidez) e flexvel que se estende da regio anterior regio

    posterior do corpo e representa o rgo primordial do esqueleto axial; Tubo nervoso dorsal (epineuros) uma estrutura oca, de origem

    ectodrmica e que aparece dorsalmente em relao corda dorsal. Constitui osistema nervoso central do ser vivo;

    Fendasfarngicasfendas ou sulcos branquiais que, primitivamente, a faringeapresenta, e que esto dispostas aos pares. As brnquias dos peixes tmorigem nestas estruturas;

    Cauda ps-analexistente nalguma fase da vida; Endstiloestrutura glandular na regio ventral da faringe. A glndula tiride

    derivada desta estrutura.Certas estruturas de animais diferentes possuem vrios tipos de similaridades.

    Homologia estruturas diferentes mas com origem semelhante, ou seja, apesar deserem estruturas diferentes possuem uma origem filogentica comum.

    Analogiaestruturas semelhantes, mas que possuem origens diferentes, ou seja, soestruturas que apesar de possurem uma funo semelhante tm uma origem diferente.

    Homoplasiasimilaridade que no homologia, ou seja, no deriva de um ancestralcomum mas o resultado de uma evoluo independente.

    Convergncia formas de animais, filogeneticamente, afastados que se aproximampor terem uma origem / ancestral comum.

    Paralelismo formas de animais que, por adaptao e evoluo, apresentamsemelhanas (com ligeiras diferenas) mas que so, filogeneticamente, prximos.

    Os cordados, como seres deuterostmios, possuem uma segmentao radial, no ovo,

    um blastporoque originar o nus sendo a boca de neoformao e a mesoderme e o celomaque se originam por enterocelia, ou seja, formam-se por invaginao do endoblasto.

    Em termos filogenticos, os equinodermata so o grupo de seres vivos que se encontramais prximo dos cordados pois j so deuterostmios. Aos echinodermata seguem-se oshemichordataque so um grupo de seres vivos com fendas na faringe e fio de cordes dorsais,ou seja, possui metade das caractersticas tpicas dos cordados.

    Abordagem fenticautilizao de mtodos de agrupamento baseados unicamentena semelhana entre o aspecto global das espcies, ou seja, classificao feita, essencialmente,atravs dos caracteres morfolgicos. Resulta num fenograma onde esto implcitas as relaesfilogenticas sem grande preocupao, pois assume-se que se um carcter semelhante em 2grupos ento ele ter sido herdado de um ancestral comum, assim, a espcie A e B que

    estejam includas no mesmo grupo tm um aspecto global semelhante.

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    Abordagem cladstica (filogenia) o agrupamento das espcies tem base nascaractersticas que partilham, partindo do princpio que a sua presena resultado da heranade um ancestral comum. H uma grande preocupao nas relaes filogenticas. Resulta emrvores genealgicas onde a espcie C e D esto includas no mesmo grupo porque descendemde um ancestral comum independentemente do aspecto exterior. Classificao que tem em

    considerao a evoluo, ao longo do tempo.Apomorfiascaractersticas partilhadas pelo mesmo grupo.Plesiomorfiascaractersticas partilhadas desde a antiguidade.Monofilticosgrupos compostos por um ancestral comum.Parafilticos grupos compostos por um ancestral comum aos elementos que o

    constituem mas que no inclui todos os descendentes desse ancestral.Os cordados dividem-se em 2 grupos:

    Protocordadosacrnios por no possurem uma cabea individualizada; Vertebrados craniados pois possuem uma cabea bem desenvolvida que

    contm o encfalo.

    ProtocordadosProtocordadosdesignao que no possui qualquer valor sistemtico mas refere-se aum conjunto de seres vivo considerados os mais primitivos dos cordados.

    Estes so seres marinhos que se dividem em 2 grupos:

    Cefalocordadoscorda dorsal entende-se at regio ceflica; Urocordados corda dorsal existe na cauda (apenas no estado larval ou

    tambm no adulto).Algumas espcies deste grupo possuem pedomorfose, que a capacidade de reter a

    forma larvar e originar descendentes viveis.Estes seres caracterizam-se por apresentarem caractersticas dos cordados, pelo

    menos, em alguma fase do ciclo de vida. Possuem um epitlio tegumentar simples e uma

    cavidade peribranquial. Apesar disto, no possuem esqueleto ceflico, encfalo diferenciado,membros pares, rgos sensoriais pares ou sistema de glndulas endcrinas.

    ProtocordadosCefalocordados (anfioxo)Seres vivos que possuem uma cabea com corda, ou seja, o notocrdio estende-se da

    regio caudal at extremidade da cabea. Possuem uma regio anterior do corpo queapresenta um rostro, uma fosseta olfactiva e uma boca rodeada por pequenos tentculos(cirros) que podem formar uma espcie de grelha e so utilizados na filtrao de alimentos.

    O contorno do corpo contm uma carena no muscular (barbatana dorsal) que sealarga na regio posterior para formar uma barbatana caudal. Esta continua mdio-ventralmente, at ao poro abdominal que expele a gua proveniente da respirao

    (espirculo), e acaba numa barbatana anal. frente do espirculo existem as metapleuras(salincias latero-ventrais) que permitem estabilidade em meio aqutico.Estes seres possuem mioseptos (paredes conjuntivas que separam os mimeros,

    massas musculares) existindo, assim, uma diferenciao de massas musculares.

    Tegumento Fino

    Alimentao Filtradores de partculas orgnicas

    DigestoOs cirros movimentam a gua para a boca. As partculas (rodeadas por muco) so dirigidas para oestmago pelo movimento de clios presentes na mucosa da faringe.

    Respirao Atravs da faringe branquial (brnquias)

    Circulao Sistema circulatrio fechado com corao pulstil na regio ventral

    Sistema Nervoso Tubo nervoso dorsal de onde partem nervos para todos os outros rgosReproduo Seres diicos com fecundao externa e desenvolvimento indirecto (fase larval)

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    ProtocordadosUrocordados o grupo de seres vivos mais primitivos dos protocordados, cujas caractersticas

    tpicas dos cordados aparecem apenas na sua fase larval (excepto o grupo larvacea).So caracterizados pelo facto de a corda dorsal estar localizada na parte posterior do

    corpo animal, formando uma cauda. So designados por tunicados pela presena de uma

    tnica gelatinosa que reveste a epiderme. O corpo possui 2 sifes, o sifo oral e o sifo cloacal.A faringe perfurada tem sulcos respiratrios. No possui tubo nervoso

    Ascidiceas; Taliceas:

    o Pirossomas;o Doliceas;o Salpas;

    ApendiculriosTegumento Epiderme com uma tnica protectora formada por um polissacardeo

    Alimentao Filtradores de partculas orgnicas da gua

    Digesto A gua entra pelo sifo bucal. Partculas aderem ao muco produzido na faringe e deslocam-se emdireco ao estmago. A gua com resduos sai pelo sifo cloacal

    Respirao Atravs da faringe branquial (brnquia)

    Circulao Sistema circulatrio aberto com corao localizado na cavidade visceral

    Sistema Nervoso Gnglio cerebral acima da faringe de onde partem os nervos para os restantes rgos

    Reproduo Espcies monicas com fecundao externa e desenvolvimento indirecto (fase larval)

    Sub-filo Vertebrata (Craniata)Este grupo de seres vivos apresenta todas as caractersticas dos cordados em, pelo

    menos, alguma fase da sua vida. Descendem de um protocordado nadador desconhecido, quedeu origem aos Agnatha(seres sem mandbulas) e aos Gnathostomata(seres com mandbulas)

    Possuem um plano estrutural que consiste em cabea, tronco e cauda. Possuem umpescoo (tetrpoda) e 2 pares de membros que se originam de expanses laterais do corpo.

    TegumentoEpiderme externa (epitlio pluriestratificado) formada a partir da ectoderme e endoderme e de tecidoconjuntivo que deriva da mesoderme. Pode ser nua ou possuir faneras (formao epidrmicaaparente): escamas, penas, plos

    NotocrdioSubstitudo pela coluna vertebral formada por cartilagem ou osso. Surge ento um endosqueleto,cartilaginoso ou sseo, diferenciado em coluna vertebral, crnio, arcos viscerais, cinturas apendicularese membros pares

    DigestoSistema digestivo completo e ventral em relao coluna vertebral provido de glndulas anexas(fgado e pncreas) e com uma faringe musculosa

    Respirao Atravs de brnquias ou pulmes

    CirculaoSistema circulatrio fechado com um corao ventral de paredes espessas e contrcteis (2/4 cmaras),arcos articos pares e vasos sanguneos com artrias, veias e capilares. Possui eritrcitos, no sangue,com hemoglobina e leuccitos

    Excreo Rins pares e macios do tipo mesonfrico ou metanfrico (adulto)

    Sistema NervosoAutnomo com um encfalo bem diferenciado e protegido por um crnio e com pares de nervoscranianos

    rgos SensoriaisPares (olfactivos, auditivos, pticos) derivados de placodes epidrmicos que so bem diferenciados eligados ao encfalo

    Sistema Endcrino Bem desenvolvido e individualizado

    Reproduo Espcies diicas (sexos separados) com gnadas pares, apresentando ligaes entre canais genitais eexcretores

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    Super Classe Agnathas (Ciclstomos)Estes seres possuem: corda dorsal, endosqueleto cartilaginoso rudimentar, rgo

    olfactivo mpar e 1 / 2 canais semi-circulares. Na actualidade tm um tegumento ndesprovido de escamas e sem membros pares.

    Odontides faneras que se encontram no disco oral, sob a forma de papilas

    epidrmicas crneas caducas que se substituem por novos odontides (formam-se por baixodo odontide funcional), assim por baixo da camada funcional encontram-se mais 2 camadascrneas que esto separadas umas das outras por uma rede de clulas estreladas. Quando umdos odontides cai, o seguinte substitui-o. As camadas de clulas internas acumulamqueratina, motivo pela qual clulas estreladas vo-se convertendo em queratina, lentamente.

    Classe Myxiniformes(Mixines)Seres marinhos com um corpo delgado, anguiliforme (forma de enguia), de seco

    circular, mas sem pares de apndices, mandbulas e barbatana dorsal. O seu esqueleto fibroso e cartilaginoso.

    Possui: sacos nasais com 1 canal farngico, boca terminal com 4 pares de tentculos, 2

    filas de dentes crneos.Tegumento Nu, com glndulas mucosas

    Alimentao Predadores de pequenos invertebrados ou animais mortos

    Digesto Sem estmago nem vlvula espiral ou clios, no intestino

    Respirao Branquial

    CirculaoSistema circulatrio fechado. Corao com 2 cavidades: aurcula e ventrculo. Apresenta coraesacessrios na regio caudal e arcos articos, na regio branquial possui pares de brnquias comaberturas branquiais

    Esqueleto Crnio cartilaginoso mas sem coluna vertebral. Possui notocrdio que persiste na vida adulta

    ExcreoRim pronfrico na regio anterior e mesonfrico na regio posterior. Os fluidos que liberta encontram-se num estado isosmtico com a gua do mar no necessitando de um sistema regulador osmtico.

    Sistema Nervoso Crebro diferenciado, protegido por crnio, com nervos cranianos mas sem cerebelorgos Sensoriais Olhos degenerados para 1 par de canais semi-circulares

    Reproduo Espcies hermafroditas com fecundao externa

    Classe Petromyzoniformes / Cefalaspidomorfa (Petromyzon, Lampreia)Animais dulciaqucolas e andromos (reproduzem-se em gua doce e tm a vida adulta

    em gua marinha), com corpo delgado (anguiliforme) de seco circular, com pele nua.Possuem uma ou duas barbatanas mpares, mas no tm apndices pares.

    O disco oral tem a forma de ventosa provido, tal como a lngua, de odontides, massem mandbulas. Os sacos nasais no possuem qualquer comunicao com a faringe.

    Tegumento Nu

    Alimentao Animais ectoparasitas

    Digesto Sem estmago e intestino sem pregas espirais

    Respirao Branquial

    CirculaoSistema circulatrio fechado. Corao com 2 cavidades: aurcula e ventrculo. Possui arcos articos naregio branquial. Existem 7 pares de sacos branquiais que se abrem individualmente para o exterior.

    EsqueletoFibroso e cartilaginoso. Constitudo por crnio e vrtebras rudimentares, sob as quais est o notocrdioque persiste na fase adulta

    Excreo Rim mesonfrico com funo osmorreguladora de fluidos corporais

    Sistema Nervoso Diferenciado com um pequeno cerebelo e nervos cranianos. O encfalo est protegido pelo crnio

    rgos Sensoriais Olhos bem desenvolvidos nos adultos. Bolbo olfactivo na regio da cabea

    Reproduo Espcies diicas com gnadas simples e sem canais genitais. Fecundao externa com uma fase larvarmuito longa (larva muito diferente do adulto)

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    OstracodermesConjunto de seres vivos fsseis com caractersticas particulares: exosqueleto oco,

    muito desenvolvido (armadura), protuberncias laterais (que no so barbatanas) adaptadas vida na gua.

    PlacodermesGrupo pertencente superclasse Gnathostomata (primitivos dos peixes). O facto de osanimais possurem mandbulas faz com que se tornem predadores activos.

    Os placodermes (seres fsseis) aproximam-se dos condrctios pois possuem umexosqueleto muito desenvolvido com placas sseas. Da estrutura plvica dos machos surgiriaum rgo copulador e a cauda teria 2 lbos assimtricos (superior maior que o inferior).

    Classe CondrctiosCorpo fusiforme com barbatana caudal heterocerca (assimtrica) e barbatanas

    peitorais, plvicas e dorsais pares. Boca ventral com mandbulas. Os sacos nasais no se abremna cavidade bucal.

    Escamas placidesbase ssea com ponta aguada de dentina, revestida por esmalte. Elasmobranchi (tubaro e raia) corpo achatado e olhos laterais. As brnquiasabrem-se directamente para o exterior e ainda possui um espirculo. Os tubarespossuem achatamento lateral enquanto as raias tm um achatamento dorso-ventral. As escamas placides modificadas funcionam como dentes, apesar depossurem vrias mudas de dentes. No possuem estmago.

    Holocefalo(quimeras)tm uma cabea incompleta e a cauda dificerca (caudacomo ricochete). Os dentes so placas alargadas trituradoras e definitivas.Possuem uma pele nua, dentes modificados em placas trituradoras, vrtebras semcentro vertebral, tm um falso oprculo. No possuem estmago.

    TegumentoCoberta por escamas placides ou nua e com glndulas mucosas (diminuem o atrito do animal com a

    gua durante o deslocamento)Digesto

    Com ou sem estmago e um intestino com vlvula espiral (absoro do alimento). O pncreas e ofgado possuem leos que facilitam a flutuao.

    RespiraoBranquial absorvem gua pela boca que segue para as brnquias e expelida atravs de fendasbranquiais situadas de ambos os lados da cabea e imediatamente frente das peitorais. Brnquiaspares, altamente vascularizadas, com fendas branquiais independentes e abertas para o exterior

    CirculaoSistema circulatrio fechado e simples. Corao com aurcula e ventrculo, arcos articos e sistemaporta-renal e porta-heptico. O sangue possui elevadas concentraes de ureia e xido detrimetilamina, e isosmtico ou ligeiramente hiperosmtico com a gua do mar.

    EsqueletoEndosqueleto cartilaginoso (a perda de osso considera-se uma regresso). Notocrdio persistente evrtebras completas

    Excreo Sem bexiga-natatria mas com um rim mesonfrico (remove resduos do sangue e do celoma) eglndula rectal (elimina o excesso de sal na circulao)

    Sistema NervosoCrebro com 2 hemisfrios cerebrais, cerebelo, nervos cranianos, canais semi-circulares, sistema delinha lateral

    rgos Sensoriais Viso moderadamente desenvolvida (adaptados vida aqutica). O olfacto constitui o principal sentido

    ReproduoEspcies diicas ovparas, ovovivparas (ovos de grandes dimenses) ou vivparas, com canais genitaisque abrem na cloaca. O macho tem pterigopdio (rgo copulador). Fecundao interna comdesenvolvimento directo

    Classe AcanthodiSo animais fsseis pequenos que possuem barbatanas dorsais com uma espinha

    ssea na regio posterior. As barbatanas pares so em grande nmero e a cauda heterocerca.

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    Classe ActinoptergiosSeres cujas barbatanas (pares e mpares) tm raios drmicos sendo a barbatana caudal

    homocerca. Possuem boca terminal ou sub-terminal com mandbulas. Os sacos olfactivos nose abrem na boca.

    Tegumento Com glndulas mucosas e coberto por escamas drmicas (ctenides, ciclides ou ganides)

    Digesto Intestino pode ter vlvulas em espiral

    RespiraoBranquial. As brnquias, altamente vascularizadas, esto cobertas por um oprculo e em algumasespcies existe um sistema de respirao pulmonar acessrio

    Circulao Sistema circulatrio fechado e simples. Corao com aurcula e ventrculo, com pares de arcos articos

    Esqueleto Ossificado com notocrdio que pode ser persistente e vrtebras numerosas

    Excreo Bexiga-natatria que pode comunicar com a faringe. Possui rim mesonfrico.

    Sistema Nervoso Pares de nervos cranianos e pares de canais semi-circulares

    rgos Sensoriais Linha lateral que capta vibraes mecnicas na gua. Com olfacto desenvolvido

    ReproduoEspcies diicas com 1 par de gnadas e fecundao externa. O ovo tem pequenas dimenses e asformas larvares podem diferir dos adultos

    Classe SarcoptergiosSeres que possuem barbatanas com msculos inseridos, do tipo monobasal. Os ossos

    das barbatanas so capazes de ser homologados com os ossos das patas dos tetrpoda.Representam os seres que esto na base da evoluo dos tetrpoda e que estariam adaptadosao movimento no fundo ocenico.

    No passado seriam abundantes em gua doce, mas que se adaptaram completamenteao ambiente marinho.

    A boca com mandbulas possui dentes como placas trituradoras que esto localizadasno palato. Os sacos olfactivos podem abrir-se na cavidade bucal.

    Tegumento Coberto por escamas drmicas ganides e glndulas mucosas

    Digesto Intestino possui vlvulas em espiral

    RespiraoBranquial. As brnquias so cobertas por um oprculo. Nas espcies com respirao pulmonar, opulmo abre-se ventralmente (poder ter evoludo da bexiga natatria)

    CirculaoCorao com aurcula e ventrculo, pares de arcos articos, dupla circulao pulmonar e sistemtica(nas espcies em que est presente o pulmo)

    Esqueleto Ossificado com vrtebras numerosas e uma cauda dificerca (alongada)

    Sistema Nervoso Pares de nervos cranianos e pares de canais semi-circulares

    Reproduo Espcies diicas com fecundao interna ou externa

    Peixes sseos e Peixes Cartilaginosos

    Esqueleto Boca Escamas Bexiga-natatria Prega espiral CaudaPeixes cartilaginosos Cartilagem Ventral Placides Ausente Presente Heterocerca

    Peixes sseos Ossos Terminal Ctenides, Ciclides, Ganides Presente Ausente Homocerca

    Classe AnfbiosSeres com formas corporais muito variveis desde corpo alongado, cabea, pescoo e

    cauda bem diferenciados a corpo compacto, com cabea e tronco fundidos, sem pescoo nemcauda definidos.

    A boca , geralmente, grande com pequenos dentes nas mandbulas superiores ou emambas. As 2 narinas abrem-se na regio anterior da cavidade bucal. Sendo tetrpoda tm 2pares de membros locomotores apesar de existirem espcies podes. As patas anteriores

    possuem 4 dedos (apesar dos anfbios primitivos possurem mais de 5) sem verdadeiras garrasou unhas.

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    TegumentoFino, pigmentado (cromatforos), liso, altamente vascularizado e hmido, com muitas glndulasmucosas e serosas (venosas). Tipicamente, sem escamas apesar de certas espcies apresentarempequenas escamas drmicas dispersas

    Alimentao Insectvora

    RespiraoAtravs de pulmes (que esto ausentes em algumas espcies), brnquias (externas nas larvas que

    podem persistir toda a vida em alguns) e pele

    CirculaoSistema circulatrio fechado com uma circulao dupla e incompleta. Corao com seio venoso, possui2 aurculas e 1 ventrculo. Realizam uma dupla circulao. So ectotrmicos (o calor corporal vem datemperatura exterior)

    Esqueletosseo com um nmero varivel de vrtebras, soltas e fundidas, e notocrdio persistente. No possuemexosqueleto. As costelas no se ligam ao esterno e tm 2 cndilos occipitais e 1 osso no ouvido mdio

    Excreo Rins mesonfricos. Ureia como principal produto de excreo

    Sistema Nervoso Pares de nervos cranianos. Encfalo protegido pelo crnio

    ReproduoEspcies diicas com fecundao interna (externa nos Anuros) e desenvolvimento por estados larvaresseguidos de metamorfose. So ovparos e os seus ovos so heterolecticos

    Classe RpteisSeres que possuem um corpo com forma variada, compacto ou alargado. A boca com

    mandbulas possui dentes e em algumas espcies existe ainda um bico crneo. Asextremidades pares tm 5 dedos mas existem espcies que no tm extremidades.

    TegumentoCoberto por escamas epidrmicas (impede a desidratao), com placas sseas drmicas e poucasglndulas (seca)

    Alimentao Herbvora ou omnvora

    Respirao Atravs de pulmes

    Circulao

    Sistema circulatrio fechado com circulao dupla e incompleta. Corao com 2 aurculas e 1 ventrculo

    (excepto nos crocodilos que completa 2 aurculas, 2 ventrculos). Tm a crossa da aorta direita eesquerda e um sistema porta-renal. So seres ectotrmicos que podem apresentar termorregulao dotipo etolgico (depende do comportamento)

    EsqueletoOssificado. As costelas esto ligadas ao esterno, na regio torxica. O crnio tem 1 cndilo occipital e oouvido mdio tem 1 osso. O endosqueleto possui adaptaes prprias.

    Excreo Rins metanfricos. cido rico o principal produto de excreo azotada

    Sistema Nervoso Pares de nervos cranianos. Encfalo protegido por crnio.

    ReproduoEspcies diicas com fecundao interna sem estados larvares. Os ovos so telolecticos cobertos comcasca dura (cleidicos) com anexos extra-embrionrios (amnio, crion, alantide e saco vitelino). acasca dos seus ovos que lhes permitem a reproduo fora de gua

    Classe AvesSeres vivos com um corpo fusiforme e pescoo longo. Os membros so pares estando

    os anteriores adaptados ao voo e os posteriores possuem 4 dedos. A boca possui mandbulasem forma de bico, mas sem dentes (apesar de na pr-histria este grupo possuir dentes).

    As aves renovam com regularidade as penas gastas pelo uso. A muda pode prolongar-se por vrios dias ou ser simultnea. As penas de que dependem o voo caem por uma ordemdeterminada e de forma simtrica, de modo a que o voo embora afectado, mantenha-seequilibrado.

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    TegumentoCoberto por penas e escamas, nas patas. Ausncia de glndulas sudorferas mas com glndulasuropigiais prximas cloaca e glndulas sebceas na base da cauda (em aves modernas)

    Digesto Sistema digestivo completo com papo (armazena alimento) e moela (tritura os alimentos)

    RespiraoAtravs de pulmes pouco expansveis, parabrnquios, sacos areos e siringe (rgo vocal produtor desom)

    CirculaoSistema circulatrio fechado com circulao dupla e completa. Corao com 2 aurculas e 2 ventrculos,com crossa na aorta e sistema porta-renal reduzido. So seres endotrmicos (regulam a temperaturacorporal)

    Esqueleto

    Ossificado com ossos longos, leves e ocos (para aumentar a capacidade de suporte do corpo). Os ossosdo crnio encontram-se fundidos (capacidade craniana mais desenvolvida em aves actuais) e possuemum cndilo occipital. As costelas tm uma apfise uncinada e um osso no ouvido mdio. O esterno bem desenvolvido com quilha (expanso na qual se prendem os msculos)

    Excreo Rim metanfrico sem bexiga. cido rico como principal produto de excreo azotada

    Sistema Nervoso Bem desenvolvido com pares de nervos cranianos

    Reproduo

    Espcies diicas com testculos pares e rgo copulador (macho) ou 1 ovrio e oviduto esquerdo(fmea). A fecundao interna em ovos telolecticos, cleidicos com anexos extra-embrionrios

    (amnio, crion, alantide e saco vitelino). No possui estados larvares mas os jovens so nidcolas(nascem nus e indefesos) ou nidfugas (esto activos no momento da ecloso)

    Classe MamferosEstes animais tero evoludo de um antepassado desconhecido. A maior parte das suas

    relaes filogenticas relacionam-se com a sua dentio, apesar de no existir uma percepobem definida de todas as suas relaes.

    Seres que possuem membros pares, mais ou menos reduzidos, que esto adaptados adiferentes formas de locomoo.

    TegumentoCoberto de plo (isolante trmico) que pode ser mais ou menos reduzido. Possui glndulas sudorferas(produzem suor), odorferas (produzem ferormonas), sebceas (produzem sebo) e mamrias(produzem leite)

    Digesto Sistema digestivo completo. Possuem um ceco intestinal (excepto o ser humano)

    RespiraoPar de pulmes com um palato membranoso para separar as vias respiratrias e alimentar. Dentro dospulmes existem alvolos pulmonares responsveis pela hematose. Possui um diafragma muscular quesepara a cavidade torcica e abdominal

    CirculaoSistema circulatrio fechado com circulao dupla e completa. Corao com 2 aurculas e 2 ventrculos,crossa na aorta esquerda persistente, sem sistema porta-renal e com eritrcitos no nucleados ebicncavos. So seres endotrmicos

    Esqueleto

    Crnio tem 2 cndilos occipitais e um palato secundrio. O ouvido mdio tem 3 ossculos e a cavidade

    nasal tem ossos turbinados. Possui 7 vrtebras cervicais, plpebras e um pavilho auditivo. Amandbula formada por 1 nico osso (dentrio) com dentes difiodontes (dentes de leite substitudospor outros dentes para uma dentio definitiva). Consoante a vida do animal, existem variaesesquelticas

    ExcreoRins metanfricos com ureteres que comunicam com a bexiga. A cloaca s existe em Monotrmatos,nos restantes aparece o nus

    Sistema NervosoEncfalo muito desenvolvido com pares de nervos cranianos. So os seres mais inteligentes devido aoalto grau de desenvolvimento do crtex cerebral

    ReproduoEspcies diicas com fecundao interna num ovo isolectico e que se desenvolve no tero com ligaoplacentria (seres vivparos). Os anexos extra-embrionrios so o amnio, o crion e a alantide. Os

    jovens so alimentados com leite produzido pelas glndulas mamrias

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    Embriologia

    Ciclo de Vida

    O ciclo de vida inicia-se com a fecundao dos gmetas, formando o ovo que secomea a dividir.

    Segmentaodiviso rpida das clulas do ovo com diminuio do contedo celular,aumento de volume ocupado pelas clulas e multiplicao sucessiva do material gentico.

    Gastrulaomovimentos relativos das clulas no blastmero que se posicionam demodo a formar os folhetos germinativos, ou seja, so movimentos de territrios celulares quetomam posies uns em relao aos outros, de acordo com as estruturas que vo formar.

    Organognese diferenciao das clulas nas suas diferentes funes, ou seja,especializao estrutural e bioqumica de clulas da ectoderme, endoderme e mesoderme nosentido de desempenharem funes especficas para se formarem rgos e sistemas dergos. O sistema neurolgico o primeiro a diferenciar-se.

    Aps estas etapas de desenvolvimento embrionrio o feto adquire a capacidade deviver autonomamente. O novo ser pode nascer em formade larvae sofrer metamorfosepara aforma adulta, ou ento, nascer com um aspecto semelhante ao ser adulto. Aps o seucrescimento e maturao estar pronto para produzir os seus gmetas e reiniciar o ciclo.

    Fecundao e Desenvolvimento EmbrionrioO ocito (gmeta feminino) maior que o espermatozide (gmeta masculino) por

    isso o ocito o principal contribuinte do contedo celular que dar origem ao novo ser, poisna realidade, o espermatozide, maioritariamente, contribui com a metade do materialgentico.

    A fecundao ocorre num meio praticamente lquido (esperma) e neste processo, oocito e espermatozides procuram-se, mutuamente, atravs de uma atraco qumicafazendo com que se reconheam.

    Quando um espermatozide consegue penetrar na cpsula vitelina do ocito, osgnglios corticais, que existem perto da membrana citoplasmtica, vo libertar o seu contedoe, deste modo, impedir o choque osmtico com a entrada de gua. Esta proteco tambmimpede que haja nova penetrao por parte de outro espermatozide.

    Os cordados, sendo seres deuterostmios, tm caractersticas especficas no seudesenvolvimento embrionrio:

    O blastporo, no blastmero, forma o nus e a boca de formao secundria; Segmentaoradialas divises ocorrem perpendiculares umas s outras; Enteroceliaceloma e mesoderme formam-se pela da invaginao da gstrula;

    o Esquizocelia formao de celoma tpica de protostmios mas que estpresente em alguns vertebrata. Celoma e mesoderme formam-se pelaproliferao de clulas existentes num determinado ponto do blastmero.

    Embries reguladorescada um dos blastmeros tem a capacidade de dar origema um ser inteiro, se houver a sua exciso.

    Formao de

    gmetas(espermatognesee oognese)

    Fertilizao (fusode esperma e

    ocito)

    Segmentao(zigoto subdivide-se no blastmero)

    Gastrulao(movimentos

    celulares)Organognese(diferenciao) Crescimento,Maturao

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    Segmentao Acumulao de vitelo Animais

    HoloblsticoMicroleticialpouco vitelo Anfioxo, mamferos uterinos

    Mesoleticial Lampreia, anfbios

    MeroblsticosMacroleticialmuito vitelo

    Elasmobranchi, peixes

    Discoidal (caso extremo de segmentao meroblstica) Rpteis, aves, Monotremes

    As sucessivas divises (segmentao) so mais rpidas em ovos com poucaquantidadede vitelo. Assim, devido presena de uma grande quantidade de vitelo, em seresmeroblsticos as divises so difceis e s ocorrem ao redor do blastmero e em seresdiscoidaisas divises s ocorrem numa pequena regio do ovo.

    A diferena entre uma segmentao holoblstica microleticial e uma holoblsticamesoleticial que na primeira a segmentao completa e igual pois existe pouco vitelo emtodas as regies do blastmero, enquanto na segunda a segmentao completa masdesigual, pois o vitelo presente na zona inferior do ovo provoca uma diviso lenta nessa regio,enquanto a superior sofre rpidas divises. Forma-se uma cavidade superior com clulas depequenas dimenses enquanto as clulas inferiores possuem dimenses maiores.

    Gastrulao e DiferenciaoNesta etapa do desenvolvimento embrionrio existe a diferenciao dos vrios

    folhetos germinativos dando origem aos primordiais dos diferentes rgos.Assim, da gastrulao forma-se:

    Ectodermefolheto externo que d origem a:o Epitlio e seus derivados corporais;o Tubo neural;o Acessrios neurais.

    Mesodermefolheto mdio que d origem a:o Notocrdio;o Sistema circulatrio;o rgos do sistema excretor e reprodutor;o Somitos (msculo, tecido, cartilagem).

    Endodermefolheto interno que d origem a:o Epitlio respiratrio;o Faringe;o Fgado, pncreas;o Epitlio do sistema excretor e reprodutor.

    Quando se inicia a diferenciaoo feto torna-se num embrio. Este estado de embriono implica a permanncia num ovo, pois existem embries de vida livre, mas que no sealimentam nem possuem uma vida completamente autnoma por ainda se encontrarem em

    pleno desenvolvimento.

    Anfioxo (Cefalocordados)

    Estes seres possuem um ciclo de vida muito curto, com um embrio de vida livre. Onotocrdio forma-se de clulas dorsais do blastporo, que se encontra na regio posterior,para originar o nus. As clulas centrais vo invaginar e originar o resto da endoderme, com aformao dos somitos e a neurolao.

    Adultosreprodutores

    FertilizaoEmbriociliado

    Enlongamentodo embrio

    Larvaassimtrica

    LarvaMetamrfica

    Jovem Adulto

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    Urocodados

    Lampreia (Agnatha)

    O vitelo existente serve de alimentao ao embrio durante o seu desenvolvimento,at que, a partir de certa altura, o embrio possui boca e fendas branquiais. Destedesenvolvimento embrionrio segue-se um estado larval onde o ser autnomo, sofrendo,mais tarde, uma metamorfose para o estado adulto aps a qual est apto a migrar para o mar.

    Como possuem uma quantidade razovel de vitelo, a segmentao holoblstica emesoleticial.

    Telesteos

    Possuem um ovo com muito vitelo motivo pelo qual as divises apenas ocorrem noplo animal, enquanto o plo vegetativo continua quase indivisvel (devido ao vitelo). So,assim seres com uma segmentao meroblstica.

    O embrio forma-se aderindo ao vitelo existente. Forma-se cleuteroembrio.Cleuteroembrio embrio que j possui vida livre mas s se alimenta de vitelo

    (bolsa agarrada ao corpo). Quando a boca se forma e abre, o vitelo diminui, o ser passa a serautnomo e alimenta-se de substncias exgenas.

    SelceosO desenvolvimento deste grupo de animais semelhante ao desenvolvimento dos

    telesteos. A principal diferena a inexistncia de oprculo a cobrir as brnquias e o facto de

    o vitelo no estar agarrado ao corpo, mas a surgir como um pednculo ao corpo. Forma umaestrutura homloga ao cordo umbilical dos mamferos.

    Anuros (Anfbios)

    A copulao (em meio aqutico), entre o macho e fmea, estimula a libertao dosgmetas em simultneo (aumentar o sucesso da fecundao) mas a fecundao no deixa deser externa.

    A fecundao d-se, tambm, no meio aqutico. Surge uma camada gelatinosa aenvolver o ovo formado que o protege e permite a sua fixao vegetao subaqutica. Asegmentao total e desigual (holoblstica e mesoleticial), pelo que as clulas na regiovegetativa so maiores do que na regio animal. Na organognese o embrio alonga-se eforma-se uma cauda (boto caudal).

    As clulas que envolvem as reservas de vitelo ficam dentro do corpo do embrio paraque este se alimente durante o seu desenvolvimento. O blastporo fica tapado pelas clulasvitelinas at um determinado momento do seu desenvolvimento. O tubo nervoso (primeirorgo a formar-se) aparece, no exterior, como uma dilatao.

    Aps a formao das brnquias externas e da fase de girino formam-se os membros(primeiro os anteriores) e o tegumento, que cobre as brnquias (apenas deixando um

    espirculo), a cabea e o corpo. A passagem do estado larvar para adulto requer diversasmudanas a nvel anatmico e estrutural do animal.

    Larva de vida livre Fixao superfcie Metamorfose Adulto

    Reproduo Larva filtradora MetamorfoseMigrao

    (andromos)Parasita no mar

    Copulao(libertao de

    gmetas)Fecundao

    Segmentao eGastrulao

    Fase debrnquiasexternas

    Girinos Juvenil Adulto

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    Nos restantesgrupos de anfbioso desenvolvimento semelhante com excepo daestrutura do animal, nomeadamente o crescimento de cauda e a inexistncia de tegumento acobrir, directamente, a cabea ao corpo.

    Rpteis e Aves

    A passagem ao meio terrestre implicou uma srie de mudanas nos animais para queconseguissem desenvolver-se, neste meio.Como habitam em meio terrestre no podem ter fases larvares ( necessrio um meio

    aqutico para as larvas sobreviverem), assim o tempo do desenvolvimento tem de serprolongado para que os novos seres j nasam como juvenis bastante desenvolvidos e, assim,sejam capazes de viverem e se adaptarem, ao meio terrestre.

    O ovo que se forma a grande adaptao ao meio terrestre. Este ovo duro eimpermevel a lquidos (mas permevel a gases) protege o embrio e permite que este nosofra desidratao.

    A casca do ovo possui fsforo e clcio, na sua constituio, substncias que sonecessrias ao desenvolvimento do embrio. O novo ser, em desenvolvimento, absorve as

    substncias e faz com que, gradualmente, a casca fique mais fraca. Aquando a sua ecloso, oanimal fura a casca.A quantidade de gua corporal que os animais possuem quando nascem provm do

    metabolismo que o ser realiza no seu desenvolvimento.A forma que encontraram para ultrapassar o problema da excreo azotada de amnio

    (muito txico, logo necessita de muita gua, essencial, para diluir) substituindo esta substnciapor cido rico (menos txico, necessitando de uma diluio menor).

    Para o desenvolvimento do ser so necessrios anexos extra-embrionrios que soaquisies que permitiram uma adaptao plena do desenvolvimento embrionrio, em meioterrestre.

    Vitelofornece os nutrientes que o embrio necessita;

    mnio fornece o meio lquido necessrio para a sobrevivncia do embrio.Esta estrutura forma-se a partir da proliferao de uma prega de clulas;

    Alantideacumula / armazena os produtos finais de metabolismos, como ocido rico.

    So seres macroleticiais, logo tm uma segmentao discoidal. No incio destasegmentao as divises no so completas pois o citoplasma continua a ser partilhado(cinsios estruturas multinucleadas que no possuem divises celulares completas). Asdivises sucessivas do origem a um macio de clulas (rea pelcida) com uma cavidade noseu interior (rea opaca).

    No seu desenvolvimento aparece uma estrutura, o n de Hansen, de onde surgir onotocrdio (estrutura homloga bainha nos seres com desenvolvimento aqutico).

    Aves altriciais aves que nascem ainda dependentes do progenitor para sealimentarem uma vez que no conseguem capturar alimento. Para alm disso, estas avesainda no possuem uma viso desenvolvida.

    Aves precociaisaves que nascem como juvenis bastante desenvolvidos e autnomos.

    Euteria (Mamferos)Possuem uma segmentao totale igual, apesar de serem considerados microleticiais

    so, na realidade, aleticiaisdevido reduzidssima quantidade de vitelo que possuem e so,tambm, holoblsticos. O embrio forma-se do macio de clulas na zona dorsal, juntamentecom um tropoblasto(cavidade na zona ventral) com grande importncia na fixao ao tero.

    Este tropoblasto divide-se em duas estruturas: o citrofoblasto e o cintotrofoblasto.Esta ltima diviso permitir a penetrao do embrio na mucosa do tero, facilitando apermuta de substncias. Esta troca de substncias entre o embrio e a progenitora s serpossvel com a implantao do embrio a membranas extra-embrionrias.

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    Os ovosso protegidos pela progenitora e as trocas de substncias so facilitadas. Odesenvolvimento do embrio, atravs do macio de clulas, semelhante ao desenvolvimentodos rpteis e aves.

    O sistema nervoso o primeiro a ser formado, seguido pelo sistema circulatrio queir permitir o movimento das substncias e nutrientes, provenientes da progenitora, por todo

    o embrio. A substncia produzida pela excreo azotada a ureia (mais txica que o cidorico mas menos txica que o amnio).Existem vrios tipos de placenta existentes no grupo dos mamferos:

    Placentas indecduas placentas que, com o nascimento do novo ser,libertam-se sem a ruptura de vasos sanguneos, ou seja, sem a libertao desangue;

    Placentas decduasplacentas que, com o nascimento do novo ser, libertam-se com a ruptura de vasos sanguneos, ou seja, com a libertao de sangue.

    Anexos EmbrionriosAnexos embrionriosestruturas transitrias que acompanham o desenvolvimento do

    embrio at ao nascimento. So originadas pela extenso das 3 camadas germinativas.Possuem uma grande importncia no desenvolvimento do embrio mas no fazem parte dele.

    mnio rodeia a cavidade amnitica preenchida pelo lquido amnitico.Estrutura que garante ao embrio um abrigo contra a dessecao e choques,permitindo a manuteno de uma temperatura constante;

    Vescula vitelina reduzida mas ricamente vascularizada. Fica incorporada nocordo umbilical e o primeiro local de produo dos glbulos sanguneos;

    Alantide contribui para a formao dos vasos sanguneos do cordoumbilical;

    Crion membrana extra-embrionria mais exterior que, como o mnio,rodeia o embrio e intervm na formao da placenta.

    Placentaestrutura de origem no endomtrio materno e nas vilosidades corinicas doembrio, desenvolvida aps a nidao. um rgo especializado em trocas selectivas (desubstncias fundamentais para o novo ser, anticorpos, bem como substncias txicas oumicrorganismos) entre a me e o filho, garantindo o seu desenvolvimento.

    Anexos Saco vitelino mnio Crion Alantide Placenta

    Funes Contm alimento dereserva (vitelo)

    Lquidos queenvolvem o

    embrio

    Envolve anexosembrionrios e

    o embrio

    Armazena excrees epermite a respirao

    do embrio

    Permite a passagem de nutrientes eO2(me embrio) e de CO2e

    excrees (embrio me)

    Peixes + - - - -Anfbios + - - - -

    Rpteis + + + + -Aves + + + + -

    Mamferos +(pouco desenvolvido) + + +(pouco desenvolvido) +

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    Anatomia Comparada dos Vertebrados: Aparelho Tegumentar

    TegumentoTegumentosistema de interface dinmica entre o animal e o seu meio envolvente,

    que constitui o maior rgo de um ser vivo. Possui inmeras funes:

    Separao entre o meiointerno e externobarreira selectiva; Regulaoisolamento, dissipao e absoro da temperatura e isolamento,

    sada e entrada de lquidos;

    Proteco fsicabarreira contra microorganismo; Contacto e comunicaopossui receptores locais (temperatura, presso) e

    distantes (audio, viso e olfacto);

    Coridentificao, proteco, alarme e atraco; Movimento; Respirao; Armazenamentolpidos e glicognio; Alimentaoglndulas mamrias.

    Possui uma enorme importncia e constitui uma parte significativa do peso esuperfcie total do Homem. Apresenta duas origens embrionrias diferentes: a ectodermeorigina a epiderme, e a mesoderme origina a derme.

    A epiderme uma camada pluriestratificada, constituda por 2 zonas de clulas vivase1 zona de clulas mortas:

    Camada germinativamonocamada interna constituda por clulas alongadas. o local onde ocorrem diversas mitoses. Estas divises originam vrias clulasque vo empurrar as que se encontram por cima, renovando a epiderme;

    Camada de transio vrias camadas intermdias que possuem clulascubides, mucosas (muco, veneno, esmalte), zonas proteicas (queratina) efotforos;

    Camada crneavrias camadas mais externas formada por clulas achatadase mortas (queratina). Esta camada est em constante renovao ao longo davida do ser vivo sendo considerado um local de descamao acentuada.

    Membrana basalconstituinte da epiderme sob a forma de uma camada que separa aderme da epiderme.

    Estrato laxocamada de menor consistncia, presente na derme.

    Estrato compactocamada mais rgida e de maior consistncia, presente na derme.O gradiente de dureza do tegumento, nos vertebrados, oposto ao dos invertebrados(centro para o exterior a rigidez diminui) pois as estruturas mais compactas encontra-se nointerior do organismo.

    A epiderme constituda por queratina ( e ) e uma camada basal(fibrosa e fina):

    -queratina camada macia (tegumento dos mamferos) ou dura (unhas dosmamferos) menos compacta;

    -queratina camada dura (escamas, garras, bicos e penas) de finosfilamentos. mais composta pois possui filamentos mais finos que seaproximam, no existindo grandes espaos entre eles.

    CutculaMucosa

    (externa)Epiderme

    MembranaBasal

    Derme Estrato laxoEstrato

    CompactoHipoderme

    Clulas

    Vivas

    Clulas

    Mortas

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    A dermepossui tecido conjuntivo laxo / frouxo e fibras de colagnio (fibras alongadas),para alm de vasos sanguneos, nervos, msculo liso e clulas pigmentares.

    O tegumento possui, ainda, tecidos subcutneos tais como: tecido adiposo, tecidoconjuntivo laxo, nervos, vasos sanguneos, msculo-esqueltico e osso.

    Faneras derivados do tegumento. So escamas, glndulas, unhas / garras, penas,

    cornos / hastes e plos, pois esto relacionados com o tegumento de alguma forma. As faneraspodem derivar da ectoderme, da mesoderme ou de ambas:

    Ectodermepenas, cabelo, glndula mamria; Mesodermeescamas ciclides e ctenides; Ectodermee Mesodermedentes e escamas placides, cosmides e ganides.

    GlndulasCom origem na ectoderme, so estruturas constitudas por uma camada pluricelular

    que as rodeia, presente na derme, e uma fina camada unicelular que constitui um ducto para oexterior, atravs da epiderme.

    So estruturas de excreo excrina(abrem-se para o exterior):

    Holcrinasecreo libertada com destruio da clula; Apcrinasecreo libertada com destruio parcial da clula; Mercrinasecreo libertada sem destruio da clula.

    Estas faneras podem possuir diversas estruturas:

    Tubularessimples, enrolada, ramificada ou composta (glndulas mamrias); Acinosas/ Alveolaressimples, ramificada ou composta.

    Protocordados: glndulas unicelulares, com funo mucosa, presentes numa camada.Ciclstomos/ Peixes:

    Unicelulares mucosas holcrinas / mercrinas com funo de camadaprotectora, complexo glicoproteico redutor de frico, eliminadora demicroorganismo e precipitao de lama (funciona como um invlucro

    protector contra a dissecao e intervm na construo de ninhos de bolhas); Pluricelularesvenenosas, associadas a espinhos ou fotforos (emisso de luz

    proveniente de bactrias luminescentes. Criam uma relao com estes seres,quando se alimentam de nutrientes presentes em cavidades especficas desseorganismo, emitindo luz).

    Anfbios: glndulas pluricelulares: mucosas e serosas (as espcies muito vistosas numdeterminado ambiente criam defesas venenosas com estas glndulas).

    Rpteis: seres vivos pobres em glndulas. As que tm so pluricelulares:

    Glndulas femuraisholcrina que favorece a aderncia na cpula; Glndulas venenosasque lana sobre as presas.

    Aves: possuem glndulas pluricelulares:

    Glndula uropigeana encontra-se na base da cauda, bilobada e holcrina.Pensa-se que poder ter funes na limpeza das penas, como glndulaodorfera, como adaptao sexual e fonte de vitamina D;

    Glndula do salpresente em aves marinhas e intervm na excreo do salem excesso, que ingerido na alimentao do ser vivo.

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    Mamferos: possuem um grande nmero e diversidade de glndulas pluricelulares,com origem na ectoderme.

    Sudorferasglndulas tubulares mercrinas ou apcrinas que produzem umasecreo aquosa de sais e ureia (suor), intervindo na regulao osmtica e datemperatura. Esto na derme, bem localizadas, ou em todo o corpo (Homem e

    cavalo), mas esto ausentes nas baleias; Sebceas glndulas holcrinas e acionosas que produzem sebo e se

    encontram na base dos folculos pilosos, na derme;

    Meibomian localizam-se junto aos olhos e produzem uma secreo oleosaque protege e lubrifica os olhos;

    Lacrimaisencontram-se junto aos olhos e produzem uma secreo salina queprotege os olhos;

    Genitaisprepuciais nos machos e vulvulares nas fmeas que produzem umasecreo oleosa (lubrificante);

    Anais glndulas acinosas que produzem uma secreo odorfera queintervm na atraco ou marcao de territrios;

    Mamrias glndulas apcrinas, tubulares e ramificadas, consideradasglndulas sudorferas modificadas, intervenientes (fmea) no controlohormonal e na composio do leite (gua, gordura e acar).

    EscamasPossuem uma origem drmica (encontram-se cobertas pela epiderme) nos peixes, e

    com origem epidrmica (acima da epiderme) em animais terrestres (rpteis).Ciclstomos: no possuem escamas mas tm odontides na cavidade bucal.Peixes: possuem vrios tipos e formas de escamas:

    Cosmidespossuem 3 camadas: ssea compacta (interna), ssea esponjosa(mdia) e cosmoina / vireodentina (externa);

    Ganides escamas idnticas e justapostas, com uma camada externacosmoina e ganoina; Placides possuem uma placa basal na derme (de dentina com origem

    drmica) e um escutelo externo (de esmalte com origem extodrmica);

    Elasmidesciclidese ctenides(possuem espinhos para alm da estruturacelular) que so escamas finas e flexveis, presentes na derme, sendorevestidas totalmente pela mesma.

    Anfbios: as formas fsseis possuam escamas drmicas e sseas do tipo cosmides, noentanto, as formas actuais, possuem escamas epidrmicas e drmicas, presentes nos podes,mas ausentes nos Anuros e Urodelos.

    Rpteis: as escamas de origem epidrmica so crneas e com queratina, as de origem

    drmica so placas sseas que formam uma carapaa. Nas mudas dos rpteis, a camada maisexterior do tegumento sai com as escamas completamente intactas.

    Aves e Mamferos: as escamas, constitudas por queratina e , tm uma origemepidrmica e esto presentes nas patas e bicos. Os roedores possuem, tambm, escamas nacauda constitudas por queratina .

    PenasEstruturas nicas e caractersticas das aves. Possuem extrema leveza e resistncia

    gua e que esto adaptadas ao voo, constituindo um bom isolamento trmico.

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    So escamas modificadas que podem ser de diversos tipos:

    Fitoplumatipo plo por no possurem barbas; Plumasesto presentes, nos jovens, sob as penas e no possuem barbiclios.

    So utilizadas como enchimento por serem bastante macias;

    Pena constitudas por clamo, rquis, barbas, brbulas proximais e distais(barbiclios).

    Nem todo o corpo da ave possui penas, podendo ser distinguidas 2 regies:

    Pteriofila com penas; Apteriofila sem penas.

    Plos uma fanera nica nos mamferos que funciona como um isolamento, proteco,

    receptor sensorial e que pode fornecer cor. Possuem uma origem ectodrmicae, em algumasespcies, podem estar modificadas sob a forma de espinhos.

    O folculopossui: raiz, haste, papila drmica, glndula sebcea, msculo liso e erector.Pelagem sazonalpelagem que muda consoante a poca do ano.

    ColoraoConstitui uma caracterstica importante que pode resultar de estruturas ou pigmentos

    presentes na epiderme, derme e nos seus derivados, que reflectem e difundem a luz. A coradvm de um grande rigor gentico e versatilidade. So clulas capazes de reflectir luz eproduzir determinada cor. uma caracterstica importante que pode ser obtida por:

    Cor pigmentarresulta de pigmentos.o Cromatforosmelanforos (possuem melanina) que podem ter cor

    castanha e preta (eumelanina) ou castanha e amarela (feomelanina);o Xantforos possuem pteridina que produz uma cor amarela e

    vermelha.

    Cor estruturalresulta de estruturas.o Iridforopossui cristais de purina.

    Para alm destas cores, existe a verde (rara) que surge da combinao de iridforos exantforos. E a cor branca e azul que surge de uma cor estrutural rara.

    Unhas, Garras e CascosSo estruturas defensivas e ofensivas que protegem as extremidades dos Tetrpodese

    aumentam a sua capacidade de manipulao, na caa.Surgem como placas curvas com unguis(dorsal e rgida) e sub-unguis(ventral e macia).Algumas aves recm nascidas possuem unhas no extremo das asas.

    Cornos e Hastes uma caracterstica dos Ungulados. Constituem estruturas de vrios tipos e formas,formadas por queratina ou tecido piloso.

    Cornos fibrosos epidrmicos. So constitudos por queratina que persistedurante toda a vida do ser vivo (exclusivo dos rinocerontes);

    Cornos ocosconstituem salincias do osso frontal com um revestimento dequeratina. Persistem durante a vida do ser vivo (exclusivo do gado bovino ecaprino);

    Cornos bifurcados salincias do osso frontal com um revestimentoqueratinoso. Sofre uma substituio anual;

    Hastes salincias do osso frontal com um revestimento de tecido piloso(veludo), que irrigado e sofre uma substituio anual.

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    Anatomia Comparada dos Vertebrados: Endosqueleto

    EsqueletoEsqueletoformado por:

    Exosqueleto localiza-se fora do tegumento. Pode ser queratinoso(proveniente da epiderme) ou sseo (proveniente da derme);

    Endosqueleto profundo e localiza-se dentro do corpo. constitudo porpartes sseas, partes cartilaginosas e notocrdio (clulas epiteliais rodeadospor uma camada notocrdica).

    Endosqueletoesqueleto interno presente na maioria das espcies de craniados queconfere sustentao e poder de locomoo, pois est associado musculatura do animal.Divide-se em:

    Esqueleto ceflicoesqueleto que cobre o encfalo e a cabea;o Esplandocrnio esqueleto visceral (peas cartilaginosas que

    envolvem as vsceras);o Condrocrnio peas de origem cartilaginosa que com o passar do

    tempo ossificam e envolvem o encfalo;o Dermatocrniono so constitudos por peas cartilaginosas, apenas

    peas sseas.

    Esqueleto ps-ceflicoesqueleto que cobre o restante corpo.o Esqueletoaxial:

    Coluna vertebral formado por vrtebras o eixo desusteno do esqueleto e que protege a medula espinal;

    Notocrdio.o Esqueletoapendicular(membros)ligados locomoo.

    Esqueleto Ceflico

    O molde de formao do crnio semelhante em todos os craniata apesar de ser mais,ou menos, desenvolvido e complexo, consoante a espcie.

    O crnio um mosaico composto por 3 partes primrias: condrocrnio, esplandocrnioe o dermatocrnio. Cada um deles possui uma evoluo separada. O esplandocrnio cresceprimeiro e mostrado em associao com o condrocrnio e partes do dermatocrnio.

    CondrocrnioO condrocrnio, em espcies superiores, no liga totalmente o crnio aps o

    nascimento dos novos seres. A cartilagem a primeira a aparecer mas, na maior parte dosvertebrados, substituda por osso medida que o ser se desenvolve.

    O condrocrnio inclui elementos cartilaginosos que formam a base e a parte traseira

    do crnio juntamente com as cpsulas que rodeiam os rgos sensoriais. A condensaoprecoce de clulas mesenquimais visvel na cartilagem que cresce e funde-se para produzir abase do etmide, a placa basal e as regies occipitais que, posteriormente, ossificam,formando ossos basais e cpsulas sensoriais.

    Condrocrniocpsula nasal, trabcula, cpsula ptica, cartilagem polar, notocrdiooccipital.

    Tipos de condrocrnios:

    Anapsidno possui nenhum orifcio atrs da orbital; Sinapsidpossui um orifcio grande atrs da orbital; Diapsidpossui 2 orifcios atrs da orbital; Euriapsidpossui um orifcio pequeno atrs da orbital.

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    EsplendocrnioO esqueleto visceralforma as mandbulas, atravs dos 7 arcos viscerais.Esplendocrnioarco mandibular, arco hiomandibular e 5 arcos branquiais. Existem 5

    arcos branquiais e 7 arcos viscerais (o primeiro arco branquial o terceiro arco visceral).Ao longo do desenvolvimento das espcies, as peas mudam a sua forma e funo,

    mas mantm constante as distncias relativas umas das outras. Existe, tambm, uma

    diminuio do tamanho das mandbulas passando estas a contribuir quase exclusivamentepara a articulao mandbula-maxila.

    Primitivamente, o arco mandibular no est ligado ao crnio e independente dahiomandbula.

    Agnathas possuram 7 arcos viscerais no modificados, todos iguais, sendo esta aestrutura mais primitiva de esplandocrnio, nos craniata.

    Condrctioso arco mandibular o primeiro seguido pela hiomandbula e por vriosarcos mandibulares.

    Com a passagem para o meio terrestre os arcos branquiais, dos animais, diminuem epassam a constituir o sistema de suporte da lngua e as primeiras peas da laringe.

    rcos branquiais Condrctios Telesteos Anfbios Rpteis / Aves

    ICartilagem de Meckel;

    PaltoquadradoArticular; Quadrado; epipterigide

    Articular; Quadrado;Epipterigide

    Articular; Quadrado;Epipterigide

    II Hiomandbula; ceratohial; BasialHiomandbula; Simplectico; Interial;

    ceratohial; Hipohyal; BasialColumela; Extracolumela;

    Ceratohial; HipohialColumela; Extracolumela;

    Ceratohial; Corpo do hiide

    IIIFaringobranquial; Epibranquial;Ceratobranquial; Hipobranquial

    Faringobranquial; Epibranquial;Ceratobranquial; Hipobranquial

    Corpo do hiide Segundo corno do hiide

    IV Arco Branquial Cartilagens larngicas Cartilagens larngicas

    V Arco branquial Arco branquial Cartilagens laringiais Cartilagens larngicas

    VI Arco branquial Arco branquial No presente No presente

    VII Arco branquial Arco branquial

    Principais tipos de mandbulas: Autostlica o arco mandibular no suportado pela hiomandbula(placodermes e peixes primitivos; holocfalas; tetrpodes);

    Anfistlicao arco mandibular suportado, em parte, pela hiomandbula, ouseja, suportada pela mandbula e pela hiomandbula (sarcoptergios;

    condrctios; ostectios; acantodos); Hisoatlica o arco mandibular suportado, primariamente, pela

    hiomandbula (selceos, ostectios).

    Condrocrnio Telesteos Anfbios Rpteis / Aves Mamferos

    Ossos OccipitaisSupraocipital; Exocipital;

    BasiocipitalSupraocipital; Exocipital;

    BasiocipitalSupraocipital; Exocipital;

    BasiocipitalSupraocipital; Exocipital;

    Basiocipital

    Osso Mesetmide Mesetmide (internasal) Ausente AusenteMesetmide (ausente em

    algumas espcies)

    Regio Etmide Ossificada Desossificada Desossificada Turbinal

    Ossos Esfenides (Espenetmide;

    Orbitosfenide; Basisfenide;lerosfenide)

    Espenetmide;

    Orbitosfenide; Basisfenide;Plerosfenide

    Espenetmide;Orbitosfenide; Basisfenide

    Espenetmide;

    Orbitosfenide; Basisfenide;Plerosfenide

    Espenetmide;Orbitosfenide; Basisfenide

    ateroesfenides Laterosfenide Ausente

    Cpsula ptica Prtico, Epitico, Espentico Prtico, Oposttico Prtico, Epitico, OpistticoPetrosal com processo

    mastide

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    DermatocrnioO dermatocrnio possui uma srie de ossos, pelo que, para melhor identificao,

    agrupam-se segundo a sua posio:

    Srie facialgrupo de ossos drmicos que rodeiam o nostril; Srie orbitalrodeia o olho; Srie temporalcompe a parede lateral atrs do olho; Srie valtossos do crnio que esto no topo do esqueleto acima do encfalo; Srie palatalcobre o topo da boca; Srie mandibularfecha a cartilagem de Meckel na mandbula.

    Crnio Mandbula

    Srie facial Srie orbital Srie temporal Srie vault Srie palatal Srie mandibular

    PremaxilaMaxila

    Nasal

    LacrimalPrfrontalPosfrontal

    PosorbitalJugal

    IntertemporalSupratemporalTabular

    EsquamosalQuadratojugal

    FrontalParietal

    Posparietal

    VomerPalatinaEctopterigide

    PterigideParaesfenide

    Ossos lateraisDentrioEsplenio (2)AngularSurangularOssos mediais

    Esqueleto Ceflico nos Diversos Grupos de VertebradosAgnathas possuem uma cartilagem tectal e um pistol lingual que se encontram

    frente do condrocrnio. Esta estrutura caracterstica destes seres e no possui qualquerestrutura homloga em nenhum vertebrado.

    Tubareso arco hiide, segundo em srie, est modificado para suportar a parte detrs do arco mandibular. medida que o hiide se move para a frente ajuda a suspender amandbula. Apesar de estarem fundidas em apenas uma unidade, as 3 regies bsicas docondrocrnio so etmide, orbital e occipital.

    Telesteos apesar de possurem uma grande diversidade em diversos habitats, aestrutura bsica dos ossos preservada.

    Mamferos(embries)osso occipital possui ossificaes que incluem o interoparietal,supraoccipital. O osso esfenide uma fuso de ossos.

    Mamferos o osso temporal forma-se, filogeneticamente, do dermatocrnio, ddocondrocrnio e o esplandocrnio.

    Esqueleto AxialNotocrdio - constitudo por clulas epiteliais que esto rodeadas por uma camada

    notocrdica. As bainhas de tecido fibroso conferem rigidez e as bainhas de tecido elstico doflexibilidade.

    Nos embries, a mesoderme paraxial torna-se, sequencialmente, organizada emsomitos. medida que o desenvolvimento continua, os somitos tornam-se diferenciados comalguma clulas de diferentes partes que se movem em associao com o notocrdio quereorganiza uma populao de clulas (esquelertomo). Seguidamente, o esquelertomosegmental diferencia-se em vrtebras segmentares. O conjunto de esquelertomo que rodeiao notocrdio representa as clulas estaminais dos somitos adjacentes, estando organizadosem esquelertomos secundrios. Esta organizao tem lugar entre os msculos axiais(derivados dos mitomos) que se posicionam em regies volta do notocrdio.

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    Assim, o esqueleto axialforma-se a partir do somito (parte posterior do embrio) quese diferencia em clulas que contribuem para a formao da derme, da camada muscular(mitomos) e do esquelertomo.

    As vrtebrasso segmentares mas em relao aos somitos so intersegmentares, poisprovm de 2 somitos diferentes. Os 2 somitos provm do esquelertomo secundrio e so

    complementadas por fragmentos do esquelertomo primrio. Esta estrutura intersegmentarpermite a insero da musculatura, conferindo uma maior rigidez estrutura.Peas arcaisiro formar o tubo neural e o arco corporal.Tipos de vrtebras:

    Aspidospndilo caracterizada por elementos ossificados que permanecemseparados;

    Holospndilocaracterizada por uma construo de elementos fundidos.Tipos de Regies basaisem vrtebras:

    Aclicas/ Biplanasa estrutura plana em ambos os lados; Anficlio apresentam duas concavidades, o notocrdio persiste e

    estrangulado. Este modelo dificulta os movimentos (peixes);

    Proclioconcavidade na parte posterior e a plana na anterior. Este modelofacilita os movimentos (anfbios); Opistoclio concavidade na parte anterior e a plana na posterior (aves e

    rpteis);

    Heteroclioconcavidades diferenciadas (cabea das aves).Peixesnas vrtebras do tronco s existe um arco neural, no entanto nas vrtebras da

    cauda existe um arco neural e um arco hemal.Existem 3 tipos de costelasassociadas na caixa torcica:

    Costelas verdadeirasapoiam-se na coluna vertebral e no esterno atravs de2 cndilos;

    Costelas falsasapoiam-se na coluna vertebral e nas costelas; Costelas flutuantesapoiam-se apenas na coluna vertebral.

    A parte das costelas que se fixa coluna vertebral ssea, no entanto a parte que sefixa ao esterno cartilaginosa.

    Espinhas- conjunto das costelas com a coluna vertebral.Em alguns grupos de rpteis existem peas posteriores ao esterno (gastrlia) que

    conferem rigidez sua estrutura. Nos anfbiosas costelas no se apoiam no esterno. Em todosos outros animais as costelas apoiam-se no esterno formando uma caixa torcica.

    Uncinadeprocesso que confere maior rigidez caixa torcica das aves impedindo ocolapso do tronco devido grande musculatura presente nas asas, quando o animal voa.

    Esqueleto Axial e os Diferentes Grupos de Vertebrados

    Agnatha notocrdio persistente com vestgios de vrtebras que formam arcosneurais (na lampreia, as mixines no possuem nenhuma estrutura).

    Condrctios notocrdio persistente com vrtebras anficlicas. A cauda tem um arconeural e um arco hemal, enquanto o tronco apenas possui arco neural.

    Ostectiosvrtebras aspondilas (sem corpo vertebral) que s apresentam notocrdioe peas arcais.

    Neoptergiovrtebra ossificada que possui diferentes formas ao longo do corpo.Telesteos vrtebras anficlicas. As barbatanas mpares so constitudas por uma

    base de insero possuindo um pterigiforo que se insere na musculatura.

    Cauda heterocercao esqueleto da cauda curva-se para cima; Cauda dificercao esqueleto da cauda curva-se, ligeiramente, para cima; Cauda homocerca o esqueleto da cauda direito, ou seja, no possui

    nenhuma curva.

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    rupo de Vertebrados Regio vertebral

    Mamferos Cervical (7) Torcico + Lombar (14-30 combinados) Sacral (3) Caudal

    ves Cervical (11-25) Torcico (3-19) Lombar + Sacral (10-23) Caudal (6-7 + pigstilo)

    pteis Cervical (6-10) Corpo (10-22) Sacral (2-3) Caudal

    nfbios Cervical (1) Corpo (8-22) Sacral (1) Caudal

    eixes Corpo Caudal

    Esqueleto dos MembrosEmbrionariamente, os membros surgem de protuberncias no corpo que arrastam

    peas esquelticas que, posteriormente, se desenvolvem nos respectivos ossos.Peixes:

    Arcopterigial apresenta insero nas cinturas atravs de uma peamonobasal e bicerial;

    Metapterigialapresenta 3 peas basais (polibasais) com uma srie de raiosde suporte, predominantemente, num dos lados (monocerial);

    Stilpodeapresenta insero anterior e autpode-posterior.Nos peixes, a gua circundante suporta o peso do corpo do animal, no entanto, nos

    tetrpodaso as cinturas de insero e a coluna vertebral que suportam o peso do seu corpo.Os membros possuem uma srie de ossculos. Nos tetrpoda, h uma maior ligao

    entre os membros e as cinturas de insero, pois a coluna que permite a rigidez e omovimento dos membros.

    A cintura plvica mais estvel que a cintura peitoral, pois est ligada directamente coluna vertebral, atravs da sagrada, enquanto a peitoral est ligada estrutura muscular,atravs da escpula.

    Os diversos robustos das cinturas plvicas esto relacionados com a forma domovimento do animal, assim, animais com patas laterais tm estruturas mais rgidas /robustas, que os animais sem patas laterais. Para alm disso, adquirem uma posturaserpenteada.

    Esqueleto dos Membros e os Diferentes Grupos de VertebradosAgnathano possuem membros pares.Selceosas inseres no esto completamente fixas na coluna vertebral, sendo os

    membros flutuantes.Telesteosas costelas percorrem, praticamente, todo o corpo.Anfbioo esterno articula-se com a cintura corporal. Nos membros anteriores h a

    fuso de ossos pelo que s existem 4 dedos. O grupo Anuras possui uma vrtebra caudal, osrestantes grupos possuem a cauda com vrias vrtebras.

    Rpteisa carapaa das tartarugas, na regio dorsal, constituda por uma srie de

    placas e plastro (regio ventral). A carapaa est ligada coluna vertebral e s costelas. Ascinturas de insero encontram-se no interior da caixa torcica.

    Avesosso inuminado (vrtebra lombar + sagrada). Possui uma clavcula delgada e ha reduo do nmero de dedos devido adaptao ao voo.

    Mamferosnum bom corredor a clavcula uma estrutura vestigial.

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    Anatomia Comparada dos Vertebrados: Aparelho Digestivo

    ProtocordadosUrocordadosAs ascdias possuem 2 sifes que se ligam cavidade peribranquial. Sendo seres

    filtradores, absorvem da gua oxignio e partculas alimentares que entram pelo sifo oral. A

    passagem pelo curto esfago e pelo estmago auxiliada por cliosque ao estarem presentesnas paredes destas cavidades empurram as partculas que ficam presas no muco. A gua, jfiltrada, sai pelo sifo cloacal.

    ProtocordadosCefalocordadosPossuem uma cavidade bucal com cirros que filtram e empurram partculas

    alimentares. As partculas seguem por uma faringe alongada com sulcos branquiais e clios,tambm, possui um endstilo (rgo secretor) e a goteira (sulco) que contribuem para aproduo e captao de muco, de modo, a empurrar a alimento at ao intestino. O incio dointestino constitudo por um ceco de intestino mdio (prolongamento de intestino queintervm na digesto) que se situa na regio do fgado mas no possui qualquer funo

    semelhante. Os excrementos saem pelo nus, perto da cauda ps-anal.

    Tubo Digestivo dos VertebradosO tubodigestivodos vertebrados completo, constitudo por um tubo oco, externo

    (pois contacta sempre com o exterior) ao animal, assim, tudo o que passa por este tubo exterior ao ser vivo. revestido por endotlioabrindo-se na regio anterior, do animal, pelaboca e na regio posterior pelo nus ou cloaca.

    Este tubo alongado e encontra-se suspenso na regio do abdmen rodeado pormesentlio. uma estrutura fcil de se separar do resto do corpo pois est apenas suspensono celoma e ligado por membranas (excepto a faringe e a cavidade bucal que esto emcontacto ntimo com o resto do corpo, como que colados).

    O alimento processado na boca, pela mastigao, que diminui o alimento e odecompe (fisicamente), impedindo, assim, o ataque massivo de enzimas. Estas substnciasso, posteriormente, absorvidas e o que no absorvido, elimina-se nas fezes.

    Bocapossui glndulas (que so unicelulares nos peixes e pluricelulares em todos ostetrpoda) que mantm esta estrutura sempre hmida (a saliva a principal substnciapresente na boca que amolece o alimento e inicia a digesto).

    Lnguargo musculoso que pode ser mais, ou menos, mvel. Nos anura (anfbios), alngua um rgo extensvel para fora da boca, auxiliando-o na captura do alimento (nocamaleo a lngua insere-se na zona anterior, nos restantes anura na regio posterior).

    Faringeligao com o resto do tubo digestivo e com o tubo respiratrio.Esfagotubo de passagem do alimento.

    Estmagoestrutura onde se d a decomposio qumica dos alimentos. No entanto,nem todos os seres possuem estmago.Intestino local onde ocorre a absoro do alimento para o sangue. Pode possuir

    cecos associados, que aumentam a superfcie de absoro.nusextremidade posterior do tubo digestivo que termina numa estrutura separada

    de todas as outras.Cloaca extremidade posterior do tubo digestivo que termina numa estrutura que

    coincide com a abertura do tubo genital e urinrio.Fgado e pncreas anexos do tubo digestivo, que se abrem aps o estmago e

    auxiliam na decomposio qumica dos alimentos.A coana(ligao com as vias respiratrias presente no meio do palato) encontra-se em

    todos os seres vivos terrestres, excepto nos mamferos, onde h a separao da coana o quepermite assim a respirao de boca fechada durante a alimentao.

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    Origem Embrionria do Tubo DigestivoO tubo digestivo forma-se na gastrulao. Todo o tubo digestivo e anexos so cobertos

    por endoderme existindo, nas extremidades, contacto entre a endoderme e a ectoderme.Estomodeulocal de insero dos dentes.A lnguae a tirideso estruturas derivadas do tubo digestivo.

    PeixesO pulmo seria um rgo primitivo que se perdeu nos condrctios e evoluiu para a

    bexiga-natatria, em actinoptergeos, os restantes seres desenvolveram os seus pulmes.A bexiga-natatria contrabalana o peso dos peixes, ou seja, eleva-o. Para tal

    constituda por uma glndula de gs (glndula vermelha), vasos capilares(que funcionam emcontra-corrente) e um corpo oval. Esta estrutura pode ser distinguida pela existncia, ouausncia, de canal pneumticoque possui uma funo hidrosttica e outras funes anexas:

    Fisstomos seres que possuem um canal pneumtico a ligar a bexiga-natatria faringe;

    Fisoclistos seres onde a bexiga-natatria e a faringe so estruturasindependentes pois no possuem canal pneumtico.Vlvula espiral estrutura helicoidal que aumenta a superfcie de contacto com o

    alimento.Agnatha:

    Selceo:

    Condrctios:

    Holocfalos:

    Actinoptergios:

    Telesteos:

    Anfbios, Rpteis e AvesO tamanho do tubo digestivo est relacionado com o regime do animal, ou seja, um

    carnvoropossui um tubo digestivo curto, enquanto um herbvoropossui um tubo digestivolongo.

    Boca(lngua)

    Esfago DivertculoVlvulaEspiral

    Intestino Cloaca

    Boca Espirculo Orifcios EsfagoGlndula

    Rectal

    Intestino(Vlvulaespiral)

    Recto Cloaca

    Boca Orifcios Esfago IntestinoVlculaespiral

    Recto nus

    Boca Espirculo Orifcios Esfago EstmagoCeco

    PilricoIntestino nus

    Boca(abertura

    nasal)Orifcios Esfago Estmago

    Intestino(Vlvulaespiral)

    Recto(glndula

    rectal)Cloaca

    Boca Orifcios Esfago EstmagoCecos

    PilricosIntestino Recto nus

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    Anatomia Comparada dos Vertebrados: Aparelho Respiratrio

    RespiraoAs clulas utilizam oxignio e libertam dixido de carbono, logo necessitam de um

    sistema de trocas gasosas.

    Os animais primitivos utilizam o tegumento para fazerem, directamente, as trocas degases, no entanto em animais de grande tamanho a interaco directa com o meio impedida,pelo que necessrio existir um sistema que permita essa troca gasosa.

    Nas superfcies respiratrias, as trocas gasosas podem ocorrer directamente entre asclulas e o meio exterior, atravs de difuso directa. Na maioria ocorre uma difuso indirecta,uma vez que os gases respiratrios so transportados por um fluido circulante das clulas parao exterior e vice-versa, realizando trocas que ocorrem ao nvel das superfcies respiratrias(hematose)

    Respirao internatroca de gases entre sangue e tecidos.Respirao externatroca de gases entre o meio e o sangue. Esta respirao necessita

    de ser bastante eficiente:

    Superfciede contactoquanto maior a superfcie de contacto mais facilidadeexiste em captar oxignio; Espessurada barreiraquanto mais fina a barreira , mais fceis so as trocas

    gasosas, normalmente apenas uma camada de clulas separa o meio externodo meio interno;

    Tempode contacto das clulas sanguneas com o meio tem de ser o menorpossvel para as trocas serem muito rpidas;

    Gradientede difuso entre o meio e o sanguetem de existir grande difuso.Esta caracterstica depende de uma adaptao comportamental e estrutural;

    Superfcie sempre hmidafacilita a difuso dos gases respiratrios; Superfcie muito vascularizadafacilita o contacto com o fluido circulante; Morfologiada superfcietem de permitir uma grande superfcie de contacto

    entre o meio interno e o meio externo.

    Respirao por Membrana FetalA zona mais larga do ovo possui ar. Este ar provm do gs que entra pelos poros

    presentes na casca do ovo e que se armazena na camada corialantide.Este ar, apesar de vir do exterior, no se compara ao ar externo ( bastante diferente)

    mas constitui o primeiro contacto com o ar que o ser vivo possui.Assim, quando o ser fura a camada corialantide, passa a respirar ar (do ovo) para que

    os pulmes comecem a funcionar. S quando o ser fura a casca do ovo que passa a respirar oar externo.

    Respirao CutneaA respirao cutnea muito importante para a maior parte dos seres vivos pois

    assume a totalidade das necessidades respiratrias em animais pequenos, pouco activos e dehabitat frio. Para tal, esses seres possuem um tegumento fino que muito vascularizado e seencontra sempre hmido (Anfbios).

    Nos restantes seres, a respirao cutnea est sempre presente, mas numapercentagem to pequena que no suficiente para assegurar as necessidades respiratriasdos organismos, tendo, necessariamente, de possuir outros sistemas que assegurem as trocas.

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    Respirao BranquialEm todos os seres vivos h uma evoluo da faringe apesar de no ser o seu estado

    final. Faringe embrionria:

    Bolsasfarngicas: parede interna; Sulcos viscerais: parede externa; Placas de fecho: placas intermdias; Arcos viscerais: arcos articos.

    Quando os arcos viscerais e os sulcos viscerais aumentam d-se o colapso das placasde fecho. Evoluoda faringe:

    Primeira bolsa farngicanos Agnathatransforma-se na cmara branquial, nospeixes desaparece ou evolui para espirculo e nos Tetrpoda evolui para acavidade do ouvido mdio;

    Restantes bolsas farngicasnos Agnatha, peixese larvasde anfbios evoluempara cmaras branquiais, nos outros Tetrpodadesaparecem.

    Placas de fecho nos vertebrados com brnquias d-se a sua rotura, nosoutros vertebrados a primeira placa origina o tmpano e as restantes

    desaparecem; Arcos viscerais o primeiro forma o arco mandibular (nos gnatostmios

    origina a mandbula) e o segundo constitui o suporte da mandbula nos peixes,e o ouvido mdio nos Tetrpoda.

    Brnquias regio de aparncia plumosa onde o epitlio se divide profusamenteconstituindo uma externa superfcie de hematose. Estas encontram-se numa cavidade, cmarabranquial, protegidas por uma estrutura ssea mvel (oprculo). Estas so constitudas porsries de filamentos duplos, inseridos obliquamente em estruturas sseas (arcos branquiais).

    A brnquia constituda pelo esqueleto visceral, vasos sanguneos, nervos, msculos eepitlio. O arco branquialpossui filamentos primrios e filamentos secundrios.

    Nas brnquias, as hemceas passam por tubos de clulas achatadas o que permite que

    essas hemcias estejam, praticamente, em contacto directo com a gua para captarem ooxignio. Nas pseudobrnquias, a estrutura dos vasos sanguneos no est muito organizada.

    Mecanismo de Contra-Corrente e VentilaoEste mecanismo consiste num movimento da gua em sentido contrrio quele em

    que passa o sangue.

    A gua (15 C) contm cerca de 1/30 de oxignio do ar, no entanto, as brnquiasabsorvem cerca de 80 % do oxignio total da gua que entra no seu organismo fazendo comque haja absoro do oxignio necessrio vida do organismo.

    As brnquiasso banhadas por uma corrente contnua de gua, que entra pela boca esai pelas fendas operculares. Em cada filamento branquial existe um vaso aferente por onde o

    sangue entra na brnquia e outro por onde o sangue sai da brnquia. Entre estes dois vasosexiste uma densa rede de capilares que esto contidos em dilataes do filamento branquial(lamelas). A gua que entra pela boca passa por entre as lamelas, cruzando-se em sentidocontrrio com o sangue, que circula nos capilares sanguneos (mecanismo contracorrente).

    Este mecanismo permite aumentar a eficincia da hematose branquial. medida queo sangue flui vai ficando cada vez mais rico em oxignio e vai contactando com a gua,sucessivamente, mais rica em oxignio. muito importante pois a quantidade de oxigniodissolvido na gua muito inferior que existe na atmosfera.

    Os ciclstomospossuem uma boca especializada que permite a contraco musculardas cmaras.

    Os peixes(elasmobrnquios e telesteos) possuem, na ventilao, uma fase de suco

    seguida por uma fase de pressurizao.

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    Em peixes de natao rpida (atum, tubares) a boca e o oprculo encontram-se,permanentemente, abertos pois h um movimento constante de entrada e sada de gua.

    Numa ventilao normal, o sangue que passa no rgo respiratrio est apenassaturado com oxignio quando o sangue abandona esse rgo. Numa ventilao rpida, estasaturao d-se muito mais cedo quase medida que o sangue entra neste rgo. Numa

    ventilao lenta, o sangue est apenas, parcialmente, oxigenado no existindo saturao deoxignio.

    Evoluo das Brnquias Internas e Aparecimento das Brnquias ExternasEvoluodas brnquias internas:

    As brnquias externasdesenvolvem-se a partir do tegumento e so constitudas por

    epitlio ciliado, vasos sanguneos dos arcos articos e msculos. So estruturas que estopresentes em larvas de anfbios e peixes.

    Origem dos rgos Respiratrios AreosA bexiga-natatria constitui uma desenvaginao ventral no tubo digestivo, prximo

    da faringe, que nos peixes ocupa 4 a 11% do seu volume corporal. O gs segregado do sangueentra, directamente, no corpo vermelho (na glndula do gs por rete mirabile) ou no corpooval.

    A sua funo hidrosttica, produtora de sons (zumbidos, guinchos, estalidos) ereceptora de sons / presso. Esta pode, ou no, estar ligada ao tubo digestivo (fisostomos /fisoclistos).

    Esta bexiga quando inflamada de ar oferece a vantagem da flutuabilidade, ou seja, opeixe conseguem manter-se a flutuar sem bater continuamente a barbatana.Inicialmente, a bexiga-natatria (sob a forma de pulmo) apenas enchia com a entrada

    de ar no peixe, no entanto, mais tarde surgiram, j sob a forma de bexiga-natatria, os peixescapazes de encher a bolsa por difuso de gs proveniente directamente do sangue semnecessitarem de vir tona para respirar.

    Assim, difundindo o ar para dentro e para fora da bexiga-natatria ou expelindo-odirectamente atravs do tubo de conexo, o peixe passa a controlar a altura a que o seu corpoficava na gua. As barbatanas peitorais podem, ento, ser aproveitadas para aperfeioar ocontrolo dos movimentos.

    rgos respiratrios AreosSurgem em meios aquticos quentes ou estagnados. Os peixes com pulmes engolem

    ar que entra no incio do tubo digestivo (muito vascularizado). Estes peixes habitam,normalmente, em guas onde ocorre a depleo de oxignio necessitando de respirar oxigniodo ar para suportarem as suas necessidades respiratrias.

    Cmaras branquiaisfechadas por tegumento

    Cmaras branquiaisabertas ao exterior

    Cmaras branquiaisabertas ao exterior e

    protegidas por pequenosprolongamentos dos

    arcos branquiais

    Cmaras branquiaisabertas ao exterior e

    protegidas por oprculo

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    PulmesOs pulmes surgem nos Tetrpoda. Nestes seres, consoante o grupo de animais

    existem vrios tipos de pulmes:

    Anfbios pulmes simples que podem possuir cavidades internas e que,tambm, efectuam trocas gasosas atravs da pele;

    Rpteispulmes com cavidades de sangue e estruturas lobulares. Possuempulmes um pouco mais desenvolvidos; Avespossuem 4 sacos areos associados aos pulmes; Mamferos possuem pulmes que so constitudos por brnquios,

    bronquolos e alvolos pulmonares (onde ocorrem as trocas gasosas).Os anfbiospossuem um ciclo a 4 tempos:

    Nos rpteis, na expirao, a cavidade abdominal contrai bem como os msculos dodiafragma, e o pulmo esvazia. Na inspirao, a cavidade abdominal aumenta ficando osmsculos do diafragma relaxados e o pulmo cheio de ar.

    Nas avesa presena de sacos areos torna a sua respirao bastante particular. O arentra por aspirao e circula apenas num nico sentido, at voltar a sair pela boca.

    Necessitam de elevadas quantidades de oxignio, por isso, apresentam uma grandesuperfcie respiratria e uma eficiente ventilao pulmonar. Para alm de pulmes, as avespossuem sacos areos localizados por todo o corpo que constituem reservas de ar,melhorando a eficcia da ventilao e facilitando o voo das aves ( menos densas econtribuem para a dissipao de calor).

    O ar circula apenas num sentido, num circuito que passa pelos sacos areos

    posteriores, pelos pulmes, e pelos sacos areos anteriores. A hematose pulmonarocorre nosparabrnquios (finos canais abertos nas duas extremidades).So necessrios 2 ciclos ventilatrios:

    1 inspiraoo ar circula pela traqueia at aos sacos areos posteriores; 1 expiraoesse ar passa para os pulmes, onde ocorre a hematose; 2 inspirao passa ar novo para os sacos areos posteriores e o ar dos

    pulmes passa aos sacos areos anteriores;

    2 expirao o ar contido nos sacos areos posteriores passa para ospulmes e o ar dos sacos areos anteriores expulso para o exterior.

    O ar circula nos parabrnquios no sentido oposto ao da circulao sangunea o queaumenta a eficincia da hematose.

    Nos mamferos a presena de grande quantidade de alvolos pulmonares, bastanteirrigados, torna a respirao bastante eficiente. Para alm disso, o facto de o ar estar empermanente circulao numa cavidade e no num vaso / tubo torna a taxa de troca gasosa 10xmais eficiente, que nos restantes animais.

    A superfcie respiratria constituda por milhes de alvolos pulmonares dispostosem cacho, volta dos bronquolos. O ar circula em 2 sentidos opostos. Um ciclo ventilatrio composto por 2 momentos:

    Inspiraoo ar passa atravs da traqueia para os brnquios e os bronquolos,at chegar aos alvolos, altamente irrigados, onde se d a hematose;

    Expiraoo ar percorre o caminho inverso at ser expulso para o exterior.Depois desta expirao permanece sempre algum ar nos pulmes (ar residual).

    O ar entra na boca

    Com a boca fechada,a glotis abre e o ar forado a entrar nos

    pulmes

    A glotis fecha e acavidade bucal ventilada durante

    algum tempo

    Os pulmes sofremuma contraco das

    paredes musculadas eexpelem o ar para o

    exterior da boca

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    Anatomia Comparada dos Vertebrados: Aparelho Excretor

    Aparelho ExcretorO rim o rgo principal de excreo nos adultos. No entanto, existem outras

    estruturas que se encarregam de vrios tipos de excreo, nos organismos, que so as

    brnquias, pulmo, tegumento, tubodigestivoe glndulas do sal.So funes do rim: eliminar os compostos azotados e outros txicos, controlar gua e

    sais e encarregar-se da manuteno do meio interno, que necessita de prevalecer dentro decertos limites.

    ProtocordadosCefalocordado (Anfioxo) possui um rgo excretor de origem ectodrmica sem

    ligao ao celoma, quanto origem. Existe um protonefrdeocom solencitose um tbuloqueest situado junto s brnquias e que abre na cavidade peribranquial.

    Urocordados no possuem rgo de excreo especfico, mas existem clulas queacumulam excrees, funcionando como um rim de acumulao.

    Arquinefros / HolonefrosO aparelho excretor apresenta recapitulao, tal como o aparelho circulatrio, para

    ontogenia e filogenia. Este aparelho possui uma origem mesodrmica.Nefrstomosunidades da estrutura anterior delgada e segmentada.Corda nefrognicaestrutura posterior espessa e no segmentada.

    RimO sistema excretor formado por um par de rins, por um par de ureteres, pela bexiga

    urinria e pela uretra. O rim apresenta uma cpsulaque protege o crtexe a medula.Rins rgos filtradores constitudos por clice maior, clice menor, artria, veia,

    plvis renal, urter, medula, crtex, cpsula e raios medulares.Nefrnios/tubos urinrios estruturas microscpicas responsveis pela filtrao dosangue que se encontram na regio do crtex.

    Cada nefrnio apresenta numa das extremidades uma cpsula de Bowman, esta liga-seao tubo contornado proximal que se prolonga pela ansa de Henle, qual se segue o tubocontornado distal, que desemboca no tubo colector.

    O tbulo urinferopossui um tbulo proximal, cpsula renal, glomrulo, tbulo distal,ansa de henle e um tbulo colector.

    Os vasos sanguneosformam, na sua estrutura, um glomrulo, que vai contactar com otbulo urinfero atravs de uma cpsula renal (o conjunto do glomrulo e da cpsula renalforma o corpsculo renal). O sangue filtrado e as excrees, j no tbulo urinfero, vo

    passar para a regio proximal do tbulo nefrtico, seguindo para a regio mdia e depois para adistal. As excrees saem do tbulo urinfero atravs do tbulo colector.O processo de excreo, realizado pelos rins, envolve 3 fenmenos:

    Filtrao ocorre quando os capilares do glomrulo deixam passar para acpsula de Bowman diversas substncias. Estas constituem o filtradoglomerular cuja composio idntica ao plasma sanguneo;

    Reabsoro faz-se por transporte activo do filtrado para os capilaresenvolventes;

    Secreoprocesso que ocorre ao mesmo tempo que a reabsoro mas emsentido oposto. Clula