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BIOSSEGURANÇA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
GRECS/GGTES/ANVISA
Julho de 2013
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Unidades críticas quanto a biossegurança:
Laboratórios;
Lavanderia;
Farmácia (quimioterapia/NP);
Centro cirúrgico;
Internação (quartos de isolamento);
Odontologia;
Banco de órgãos
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BARREIRAS FÍSICAS
Estruturas que devem ser associadas a
condutas técnicas visando minimizar a
entrada ou a saída de microorganismos
externos ou agentes contaminantes.
• Vestiários/banheiros/sanitários de
barreira destinados à realização de
procedimentos assépticos;
• Antecâmara;
• Separação física entre áreas “suja e limpa”
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BARREIRAS FÍSICAS
Áreas sujas e limpas na lavanderia separadas fisicamente,
através de máquinas de barreira
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Banheiro de barreira na área suja
BARREIRAS FÍSICAS - Lavanderia
Lavagem de carros
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Ralos e calhas
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FLUXO DE TRABALHO
Recepção
Classificação/
Pesagem
Paramentação
Lavagem/
Centrifugação Seleção
Passagem/
Prensagem
Calandragem
Secagem
Seleção
Dobragem
Preparo
pacotes
Armazenagem
Distribuição
Conserto
Baixa
Material
Funcionário
"Sujo" "Limpo"
Processamento de roupas Ambulatório At. Imediato Internação
Diag. Terapia A. Logístico Apoio Técnico
Ambulatório Atendim. Imediato Internação
Diag. e Terapia Apoio Logístico Apoio Técnico
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BARREIRAS FÍSICAS
Caixa de passagem
Banco de ossos e tecidos
Quimioterapia
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Salas limpas (sistemas de climatização)
• Bancos de órgãos;
• Centros cirúrgicos (transplantes,
cirurgias complexas);
• Laboratórios;
• Nutrição parenteral
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Módulo de
segurança
biológica (banco
de ossos e
tecidos)
BIOSSEGURANÇA EM BANCOS DE ÓRGÃOS
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Fluxos de trabalho
• Processamento de roupas;
• Nutrição e dietética;
• Centro de material e esterilização.
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Biossegurança é a condição de segurança alcançada
por um conjunto de ações destinadas a prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às
atividades que possam comprometer a saúde humana,
animal e vegetal e o ambiente.
“Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico” (BRASIL, 2004)
BIOSSEGURANÇA
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RISCO
Risco está relacionada com a indicação de uma probabilidade que um dano, um ferimento ou uma doença venha a ocorrer fruto das atividades humanas e
de nossa relação com a natureza
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O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria n° 3214 de 1978 e suas respectivas Normas Regulamentadoras (NR), estabelecem um conjunto de responsabilidades e obrigações para as empresas e instituições, relativas às medidas de segurança no trabalho. Segundo a NR 5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), existem 5 riscos presentes em laboratórios: Risco químico Risco biológico Risco de Acidentes Risco Ergonômico Risco Físico
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
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Os agentes biológicos, em função de sua patogenicidade, virulência, modo de transmissão, disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, disponibilidade de tratamento eficaz e de sua endemicidade, são classificados em quatro classes de risco Classe de Risco 1 – o risco individual e coletivo é baixo. Aplica-se a agentes biológicos bem caracterizados, que têm probabilidade nula ou baixa de provocar infecções no homem e animais e com risco potencial mínimo para o profissional do laboratório e para o ambiente. Exemplo: Lactobacillus. Classe de Risco 2 – o risco individual é moderado e o coletivo, limitado. Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções no homem ou animais, cujo risco de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, não constituindo em sério risco a quem os manipula em condições de contenção, pois existem medidas terapêuticas e profiláticas eficientes. Exemplo:Schistosoma mansoni.
Classificação de Risco de Agentes Biológicos
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Classe de Risco 3 – o risco individual é alto e o coletivo, limitado. Aplica-se a agentes
biológicos que provocam infecções, graves ou potencialmente letais, no homem e nos
animais e representa um sério risco a quem os manipulam. Representam risco se
disseminação na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de individuo
para indivíduo, mas usualmente existem medidas de tratamento e/ou de prevenção.
Exemplo: Bacillus anthracis.
Classificação de Risco de Agentes Biológicos
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Classe de Risco 4 – o risco individual e o risco para a coletividade são elevados. Aplica-
se a agentes biológicos de fácil propagação, altamente patogênicos para o homem,
animais e meio ambiente, representando grande risco a quem os manipula, com grande
poder de transmissibilidade via aerossol ou com risco de transmissão desconhecido, não
existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplo: vírus Ébola.
Classificação de Risco de Agentes Biológicos
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Via oral A contaminação por meio da via oral pode ocorrer pela falta de higienização das mãos após manipulação de materiais contaminados, pelo ato de alimentar no laboratório e hábito de fumar. Ainda, o ato de pipetar com a boca contribui para a infecção por meio desta via. Via cutânea A lesão da pele pode ocorrer por meio de agulhas contaminadas, pela prática inadequada de recapagem de agulhas, vidraria quebrada e instrumentos perfurocortantes. Via ocular A mucosa conjuntival pode ser contaminada por lançamentos de gotículas ou aerossóis de material infectante. Ainda, pode ser contaminada por meio do contato dos olhos com oculares de microscópio e Equipamentos de Segurança.
Vias de Penetração de Microrganismos
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Via aérea No laboratório, os aerossóis podem ser produzidos pelo ato de pipetagem, centrifugação (quando se abre a centrífuga com o rotor em funcionamento), agitação, flambagem da alça de platina, manipulação de fluidos orgânicos, abertura de frascos com cultura de células, dentre outros. O aerossol pode ficar suspenso, propagar-se à distância e contaminar profissionais, dependendo da concentração, da patogenicidade e da virulência do agente infeccioso
Vias de Penetração de Microrganismos
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Com o objetivo de descrever os métodos de segurança utilizados no manejo ou na manutenção de materiais infecciosos em um meio laboratorial utiliza-se termo “contenção”. Ele se relaciona com as ações que visem à redução ou eliminação da exposição da equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes potencialmente perigosos Em um laboratório, os métodos de segurança para se alcançar a melhor eficácia, se viabiliza por meio da combinação de técnicas e práticas laboratoriais, equipamentos de segurança (barreiras de contenção primárias) e instalações físicas adequadas (barreiras de contenção secundárias).
Contenção
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Contenção Primária
Barreiras de Contenção Primária A contenção primária visa evitar a exposição dos trabalhadores a agentes infecciosos sendo proporcionada pela aplicação de boas práticas e técnicas microbiológicas, bem como, pelo uso de equipamentos de segurança indicados. Os profissionais que trabalham com agentes infecciosos ou com materiais potencialmente contaminados devem estar conscientes sobre os riscos envolvidos e serem treinados para executarem as técnicas e práticas seguras ao manuseio destes materiais. Caberá aos responsáveis técnicos do laboratório a disponibilização de programas de capacitação para o corpo de funcionários.
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Equipamentos de proteção individual/EPI
Segundo a Norma Regulamentadora n°. 6 - NR 6, da Portaria n0 3.214, do Ministério do Trabalho e
Emprego considera-se EPI, “todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.”
A NR 6 além de disciplinar as responsabilidades da empresa em relação ao fornecimento dos EPI,
descreve também que “cabe ao profissional, usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se por sua guarda e conservação e comunicar ao superior qualquer alteração que o
torne inadequado para o uso.
Para ser comercializado, todo EPI deve ter Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, conforme estabelecido na NR n°. 6.
O EPI freqüentemente é usado em combinação com as cabines de segurança biológica e outros
dispositivos que façam a contenção dos agentes ou dos materiais que estão sendo manipulados.
Contenção Primária
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Equipamentos de proteção coletiva/EPC
Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, visam à proteção da saúde e à integridade dos
profissionais, além da proteção do meio ambiente externo, diminuindo ou eliminando os riscos
provocados pelo manuseio de produtos químicos, principalmente tóxicos e inflamáveis, além de
agentes biológicos.
Dentre os EPC, destacam-se as Cabines de Segurança Biológica (CSB), pois são importantes
durante a execução de algumas atividades em um laboratório. Além de suas funções de proteção
coletiva, também protege o produto ou a amostra, que se está manejando, de contaminações
externas, contribuindo para a qualidade do resultado analítico. As CSB foram concebidas para
evitar a fuga de aerossóis, produzidos durante as análises, para o ambiente de trabalho e o meio
ambiente (quando conectadas ao sistema de ar), por meio da utilização de filtros de alta eficiência,
tais como os filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air).
Em função de sua importância para os laboratórios a combinação do uso da cabine de segurança
biológica, com o uso de EPI indicados, promove um bom grau de segurança, para a maioria das
atividades de um laboratório
Contenção Primária
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Cabine de Segurança Biológica - CSB
A CSB é o dispositivo principal utilizado para proporcionar a contenção de borrifos ou aerossóis
infecciosos provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos.
As cabines de segurança biológica Classe I e II, que possuem a frente aberta, são barreiras
primárias que oferecem níveis significativos de proteção para a equipe do laboratório e para o meio
ambiente quando utilizadas com boas técnicas microbiológicas.
As cabines de segurança biológica Classe II subdividem-se ainda segundo o padrão de fluxo do ar
em A, B1, B2 e B3. Fornecem uma proteção contra a contaminação externa de materiais (como
cultura de células, estoque microbiológico) que serão manipulados dentro das cabines.
A cabine de segurança biológica Classe III hermética e impermeável aos gases proporciona o mais
alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente
Contenção Primária
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Tipo Velocidade
Frontal
Padrões de Fluxo do Ar Radionucleídeos
Subs. Químicas
Níveis de
Biossegurança
Proteção do
Produto
Classe I com a frente
aberta
75 Frontal; atrás e acima através
do filtro HEPA
Não 2,3 Não
Classe II
Tipo A
75 70% de ar recirculado através
do HEPA; exaustão através
do HEPA
Não 2,3 Sim
Tipo B1 100 30% de ar recirculado através
do HEPA; exaustão de ar via
HEPA e dutos
Sim (níveis
baixo/volatividade) 2,3 Sim
Tipo B2 100 Nenhuma recirculado do ar;
Total exaustão de ar via
HEPA e dutos
Sim 2,3 Sim
Tipo B3 100 Idêntica às cabines II A, mas
o sistema de ventilação plena
sob pressão negativa para
sala e exaustão através de
dutos
Sim 2,3 Si m
Classe III NA Entradas e saída do ar através
do filtro HEPA 2
Sim 3,4 Sim
Contenção Primária CSB
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Contenção Primária CSB
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Contenção Primária CSB
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Quando possível, instalar uma antecâmara de acesso à sala onde estarão instaladas as CSB.
Caso não seja possível e a entrada da sala se dê diretamente pelo corredor, recomenda-se que a CSB não fique na
direção da porta de acesso, a fim de evitar que os procedimentos realizados na cabine sejam comprometidos pela
circulação de ar interna, em caso de abertura da porta. Comprometer os procedimentos realizados na Cabine.
Contenção Primária
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Barreiras de Contenção Secundária
A contenção secundária visa à proteção do meio ambiente externo ao laboratório, contra a exposição aos materiais
infecciosos, e é dependente da combinação de um bom projeto das instalações, e sua respectiva construção, bem como
das práticas operacionais.
Os dirigentes do laboratório devem se responsabilizar para que as instalações e seu respectivo funcionamento estejam
de acordo com o nível de Biossegurança recomendado para os agentes que ali são manejados.
As barreiras secundárias recomendadas dependem do risco de transmissão dos agentes biológicos específicos. Por
exemplo, quando o risco de contaminação por meio da exposição a aerossóis infecciosos estiver presente, níveis mais
elevados de contenção primária e secundária poderão ser necessários para evitar que agentes infecciosos escapem para
o meio ambiente.
Contenção Secundária
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Os Níveis de Biossegurança são denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4 e
estão relacionados com os requisitos crescentes de segurança para o manuseio
dos agentes biológicos.
Nível de Biossegurança - NB
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Nível de Biossegurança 1 (NB-1)
É o NB normalmente necessário ao trabalho que envolva agente biológico da classe de
risco 1. Representa o nível básico de contenção.
Rotinas de laboratório: boa técnica microbiológica.
EPI: deve-se aplicar as boas práticas de laboratório (BPLs) na utilização de
equipamentos de proteção.
Equipamentos de contenção específicos: não são exigidos. Trabalho em bancada (mesa
aberta).
Instalações físicas: não há necessidade de o laboratório estar separado das demais
dependências do edifício.
Profissionais do laboratório: deverão receber treinamento em Biossegurança e na
atividade específica do laboratório.
Exemplo: Laboratório básico 1 (ensino básico).
Nível de Biossegurança - NB
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Nível de Biossegurança 2 (NB-2)
É o NB normalmente exigido para o trabalho com agentes biológicos da classe de risco 2.
Os procedimentos padrão exigidos são os mesmos já descritos para o NB-1.
Rotinas de laboratório: boa técnica microbiológica.
EPI: devem ser utilizados, incluindo roupas de proteção.
Equipamentos de contenção específicos: Trabalho em bancada (mesa aberta).
Instalações físicas: as instalações laboratoriais devem estar afastadas das áreas de circulação do
público. Deve haver sinalização de riscos. Recomenda-se a instalação de lavatórios para a
higienização das mãos, com acionamento automático ou acionados com cotovelo ou pé, em cada
laboratório.
Profissionais do laboratório: devem receber treinamentos anuais sobre os riscos potenciais
associados aos trabalhos desenvolvidos. Treinamentos adicionais serão necessários quando houver
mudanças de normas ou de procedimentos operacionais padrão. .
Exemplo: Laboratório básico 2 (posto de saúde, saúde pública, hospitais de ensino universitário).
Nível de Biossegurança - NB
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Nível de Biossegurança 3 (NB-3)
Este NB normalmente deve ser aplicado em locais onde são desenvolvidos trabalhos com agentes
biológicos pertencentes à classe de risco 3.
Rotinas de laboratório: boa técnica microbiológica.
EPI: O profissional do laboratório deve usar EPIs específicos, inclusive roupas de proteção
especial. Recomenda-se a mudança freqüente das luvas, acompanhada de higienização das mãos.
Equipamentos de contenção específicos: todos os procedimentos que envolverem a manipulação de
agente biológico devem ser conduzidos dentro de CSBs (classes I e II de contenção) ou de outro
dispositivo de contenção.
Instalações físicas: sinalização de riscos, controle de acesso, fluxo de ar direcionado.
Profissionais do laboratório: O pessoal do laboratório deve receber treinamento específico no
manejo dos agentes biológicos, devendo ser supervisionados por profissional responsável.
Exemplo: Laboratórios de contenção (laboratórios de diagnósticos especiais)
Nível de Biossegurança - NB
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Nível de Biossegurança 4 (NB-4)
Este NB é aplicável em locais onde são desenvolvidos trabalhos com agentes biológicos pertencentes à
classe de risco 4.
Rotinas de laboratório: boa técnica microbiológica.
EPI: O profissional do laboratório deve usar EPIs específicos, inclusive roupas de proteção especiais.
Equipamentos de contenção específicos: todos os procedimentos com manipulação de agentes biológicos
aerossolizados devem ser conduzidos dentro de CSBs (classes III e II, B2 de contenção) associado à
utilização de roupas de proteção com pressão positiva, ventiladas por sistema de suporte à vida.
Instalações físicas: sinalização de riscos, controle de acesso, fluxo de ar direcionado, entrada
hermeticamente fechada, chuveiro na saída, gerenciamento de resíduos. O laboratório de NB-4 deve ser
uma edificação construída separadamente de outras edificações ou localizada em uma zona
completamente isolada, devendo possuir características específicas quanto ao projeto e aos sistemas de
engenharia, para a prevenção da disseminação de agentes no meio ambiente.
Profissionais do laboratório: devem receber treinamento específico, direcionado para a manipulação de
agentes patogênicos extremamente perigosos e devem compreender, executar e operar as funções de
contenção primária e secundária, as práticas tipo padrão específicas e gerais de segurança, os
equipamentos de contenção e as características das instalações do laboratório.
Devem ser supervisionados por profissional responsável.
Exemplo: Laboratórios de contenção máxima (unidades de agentes biológicos perigosos)
Nível de Biossegurança - NB
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NB AGENTES PRÁTICAS EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA INSTALAÇÕES (Barreiras
Secundárias)
1
Que não são conhecidos por
causarem doenças em adultos
sadios.
Práticas Padrões de microbiologia Não são necessários Bancadas abertas com pias
próximas.
2
Associados com doenças
humanas, risco = lesão
percutânea, ingestão, exposição
da membrana mucosa.
Prática de NB-1 mais:
- Acesso limitado
- Aviso de Risco Biológico
- Precauções com objetos
perfurocortantes.
- Manual de Biossegurança que
defina qualquer descontaminação
de dejetos ou normas de vigilância
médica.
Barreiras Primárias = Cabines de Classe I
ou II ou outros dispositivos de contenção
física usados para todas as manipulações
de agentes que provoquem aerossóis ou
vazamento de materiais infecciosos;
Procedimentos Especiais como o uso de
aventais, luvas, proteção para o rosto
como necessário.
NB-1 mais: Autoclave disponível.
3
Agentes exóticos com potencial
para transmissão via aerossol; a
doença pode ter conseqüências
sérias ou até fatais.
Práticas de NB-2 mais:
- Acesso controlado
- Descontaminação de todo o lixo
- Descontaminação da roupa usada
no laboratório antes de ser lavada.
- Amostra sorológica
Barreiras Primárias = Cabines de Classe I
ou II ou outros dispositivos de contenção
usados para todas as manipulações
abertas de agentes; Uso de aventais,
luvas, proteção respiratória quando
necessária.
NB-2 mais:
- Separação física dos corredores
de acesso.
- Portas de acesso dupla com
fechamen-to automático.
- Ar de exaustão não recirculante.
- Fluxo de ar negativo dentro do
laborató-rio.
4
Agentes exóticos ou perigosos
que impõem um alto riso de
doenças que ameaçam a vida,
infecções laboratoriais
transmitidas via aerossol; ou
relacionadas a agentes com
risco desconhecido de
transmissão
NB-3 mais:
-Mudança de roupa antes de entrar.
-Banho de ducha na saída.
-Todo o material descontaminado
na saída das instalações.
Barreiras Primárias = Todos os
procedimentos conduzidos em cabines de
Classe III ou Classe I ou II juntamente com
macacão de pressão positiva com
suprimento de ar.
NB-3 mais:
- Edifício separado ou área isolada.
- Sistemas de abastecimento e
escape, a vácuo, e de
descontaminação.
-Outros requisitos sublinhados no
texto.
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• Bibliografia
• BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de ciência e tecnologia e insumos estratégico. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico. Ministério da saúde, 2004.
• ODA, L.M.; ÁVILA, S.M. (Org). Biossegurança em laboratórios de saúde pública. Brasília: Ministério da saúde, 1998.
• BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 3214 de 8 de junho de 1978. Normas regulamentadoras. In: Segurança e medicina do trabalho. 29. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 489 p.
• BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria MTE nº 485 de 11 de novembro de 2005. Norma Regulamentadora - 32 . Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 16 nov. 2005. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislação/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf. Acesso em: 06 nov.2008.
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• CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guideline for hand hygiene in health-care settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR v. 51, n. RR-16, p. 1-45, 2002.
• WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Hand Hygiene: Why, How and When. Summary Brochure on Hand Hygiene. World Alliance for Patient Safety, 2006. p. 1-4.
• BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.Anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 10 junh. 2007.
• CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION – CDC. Guideline for Isolation Precautions: Preventing transmission of Infections Agents in Healthcare Settings 2007. Disponível em: <www.cdc.gov/incidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf>. Acesso em: 3 set. 2007.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 mar. 2002.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia.
• Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006. 36 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) TEIXEIRA & VALLE, 1996; SANTOS, 1999 COICO & LUNN, 2005.
• Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 14 out. 2005.
• Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico destinado ao planejamento, programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, em anexo a esta Resolução a ser observado em todo território nacional. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 20 mar. 2002.
• RICHMOND, J.Y; MCKINNEY, R.W. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. Editado por Jonathan Y. Richmond, Robert W. Mckinney; organizado por Ana Rosa dos Santos, Maria Adelaide Millington, Mário Cesar Althoff. - Brasília :Ministério da Saúde : Fundação Nacional de Saúde, 2000.
• Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Comissão de Acreditação de Laboratórios Clínicos. Norma do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) versão 2004.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
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Comum: Uso de lavadoras domésticas ou industriais de porta única.
Barreira: Uso de lavadoras de porta dupla. Possui uma barreira física entre as áreas “suja e limpa”. Única aceitável para roupas de EAS.
BIOSSEGURANÇA EM LAVANDERIAS
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Ralos
- Devem possuir tampa do tipo escamoteável.
- Não deve existir nos ambientes onde os
pacientes são examinados ou tratados , em
especial na salas cirúrgicas, parto, nutrição
parenteral, sala de hemodinâmica, etc.
Materiais de Acabamento
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Ralos e calhas
- Devem possuir tampa do tipo escamoteável
- Na área de processamento e na sala de recepção, deve
haver calhas de material liso lavável (PVC, inox, etc)
- As calhas não devem permitir a passagem de insetos e
o acúmulo de água
- A calha da área suja não deve se comunicar com a da
área limpa
Materiais de Acabamento
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BIOSSEGURANÇA EM BANCOS DE ÓRGÃOS
Detalhe de
esquadria
(banco de
ossos e
tecidos)
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BIOSSEGURANÇA EM BANCOS DE ÓRGÃOS
Sala de
higienização/ma
nipulação
(banco de ossos
e tecidos)
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Colocação de lavatórios
Devem existir na área de processa-mento de
roupa.
As torneiras devem possuir comandos que
dispensem o contato das mãos quando do
fechamento da água.
Materiais de Acabamento
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Lavabos cirúrgicos
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Janelas