Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
1 www.atmmadeira.com
A visão de Danilo Melim É um fã incondicional do Ténis de Mesa, quer como pra7cante q u e r c o m o a d e p t o e empresário. E todos parecem gostar dele! Pág. 5
EDITORIAL Contrariando a tendência da imagem, menos posi7va, do nosso Portugal, além fronteiras, por inúmeras situações, o Ténis de Mesa voltou a estar em grande evidência no panorama internacional, fruto dos excelentes resultados conquistados pelo atleta internacional Tiago Apolónia no Open da Áustria e da ADC Ponta do Pargo-‐Calheta na Taça ETTU. Muito obrigado por mais estes momentos de sa7sfação, pois tendo em conta as dificuldades que nos esperam bem vamos necessitar destes esQmulos, assim como acreditar nas nossas reais capacidades. Nesta edição destacamos duas personalidades ímpares do nosso Ténis de Mesa regional (Danilo Melim e Paulo Ma7as), que ao longo dos anos marcaram e con7nuam a marcar uma conduta de excelência, em que o saber estar com elevação independentemente das circunstâncias são as suas referências. Rela7vamente aos Campeonatos Nacionais e Regionais o melhor vai ser ler as páginas seguintes deste bole7m… Boa e diver7da leitura. Juan Gonçalves
Juan Gonçalves
O nome é Tiago, Tiago Apolónia! Pela primeira vez um português ganhou um Pro Tour da ITTF. Foi na Áustria, numa final épica frente ao quase mí7co Timo Boll que Tiago Apolónia entrou na História. Marcos Freitas e Énio Mendes es7veram lá. Pág. 2
Madeirenses à frente Neste início de época as equipas da Madeira ganham destaque nas classificações de quase todos os campeonatos nacionais. Págs. 8 e 9
PAULO MATIAS fala da sua paixão PONTA DO PARGO em festa
Bailinho na Europa
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
2 www.atmmadeira.com
Tiago Apolónia espanta o Mundo! Open da Áustria – Circuito Profissional da ITTF
esmorecem perante as dificuldades, para essa verdade de La Palisse – afinal é possível chegar lá! O exemplo é perfeito porque é inesperado. O BM já perguntou a muitos treinadores e todos responderam da mesma forma: nunca imaginaram que Tiago Apolónia conseguisse a7ngir este nível. Pelos vistos, “basta” trabalhar muito e acreditar! E se acreditarmos todos? Mas a histórica vitória de Tiago Apolónia não deve ofuscar as boas par7cipações dos restantes portugueses, nomeadamente dos madeirenses Marcos Freitas e Énio Mendes. O jogador do TTF Liebherr Ochsenhausen foi o único dos “três mosqueteiros” a disputar a fase de grupos, mas não teve quaisquer problemas, a modos de ter ficado depois isento na ronda de qualificação ao mapa final. Marcos garan7u presença nos 32 primeiros com um triunfo (4-‐2) sobre o checo Dmitrij Prokopcov, mas foi eliminado depois pelo japonês Jun Mizutani, 10º do Ranking Mundial. O madeirense esteve em desvantagem por 0-‐2 mas, com um duplo 11-‐4 igualou a par7da e deu a sensação de que poderia dar a volta ao resultado, mas o japonês revelou-‐se mais forte. Por seu turno, o madeirense que actua no São Roque conseguiu ser o primeiro do Grupo 30, com dois triunfos por 4-‐3 frente a jogadores mais cotados no Ranking Mundial, mas não passou frente ao alemão Steffen Mengel, 140º daquela hierarquia, na ronda de qualificação ao mapa final. Rela7vamente aos outros portugueses, André Silva também ficou-‐se pela ronda de qualificação ao mapa final, enquanto João Monteiro foi eliminado nos oitavos-‐de-‐final. Nos femininos, a jogadora Huang Lei Mendes (Ponta do Pargo) chegou ao mapa final, tendo sido eliminada na primeira ronda pela chinesa Cheng I-‐Ching.
Muito embora o Bola na Mesa tenha como prioridade a promoção de tudo quanto tem ligação à Madeira, de vez em quando temos o prazer de abrir excepções. Serve este pequeno intróito para explicar o destaque justo e merecido dado ao triunfo de Tiago Apolónia no Open da Áustria. Não há duvidas que se trata da maior vitória do Ténis de Mesa português no escalão de seniores. Depois do lisboeta ter subjugado o alemão Timo Boll, após triunfos sobre o belga Jean-‐Michel Saive, o austríaco Chen Weixing e o japonês Kenta Matsudaira, só para referir os famosos, dificilmente a modalidade será a mesma no seu interior. A vitória de Tiago, estamos certos, teve o efeito de um “abanão”: acordou-‐nos a todos, os jogadores internacionais e aqueles que batalham por fazer “aqueles” tops spins, os treinadores que sonham alto e aqueles que lutam simplesmente por trazer os atletas à mesa, os dirigentes que planeiam projectos ambiciosos e os que
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
3
Após a festa em França, segue-‐se a Turquia Taça ETTU Feminina
www.atmmadeira.com
poderia ter sido mais bem sucedida, originando um autên7co arraial, tal foi a adesão de emigrantes portugueses ao palco de jogos, fruto dos contactos man7dos pela Direcção da colec7vidade nas semanas que antecederam os jogos. Tratou-‐se, efec7vamente, de um bom exemplo de como o desporto é sobretudo instrumento de aproximação dos povos e de promoção turís7ca. O sorteio para a fase seguinte da Taça ETTU Feminina, disputada em eliminatórias de uma mão, determinou para a equipa da Calheta uma deslocação à Turquia, onde jogará frente ao Fenerbahce, no úl7mo fim-‐de-‐semana deste mês. Um encontro muito diucil frente ao terceiro cabeça de série da compe7ção e que tem nas suas fileiras três jogadoras entre as 40 melhores do Ranking Mundial. Recorde-‐se, no entanto, que na época passada a ADC Ponta do Pargo – Calheta alcançou os quartos de final da Taça ETTU Feminina, tendo sido eliminada pelas polacas do Tarnobrzeg. Recorde-‐se, entretanto, que o São João foi eliminado logo na 1ª Fase da Taça ETTU Femininos, ao quedar-‐se pelo 3º lugar, atrás do Villach (Áustria) e o Cassanenc (Espanha), no Grupo 4, disputado na Áustria. No mesmo país, mas em masculinos, a Ponta do Pargo – Calheta foi afastada da Taça ETTU na 2ª Fase, ao classificar-‐se na 3ª posição no Grupo 5, ganho pela formação anfitriã, o Walter Wels.
Resultou literalmente numa festa, a viagem da ADC Ponta do Pargo – Calheta a França, por ocasião da disputa da 2ª Fase da Taça E T T U . S e a o n í v e l despor7vo o resultado foi excelente, pois a equipa madeirense venceu os dois j o g o s — f r e n t e à s e s p a n h o l a s d o F C Cassanenc (3 -‐2 ) e as f r a n c e s a s d o G ra nd -‐Q u e v i l l y ( 3 -‐ 1 ) — , garan7ndo o acesso aos o i t a v o s d e fi n a l d a compe7ção, em termos sociais a presença não
Em Grand-‐Quevilly a festa foi bem madeirense
4
Madeira tem talento EUROKIDS
www.atmmadeira.com
O técnico madeirense não tem dúvidas dos beneucios que a acção trouxe para João Reis. «A carga que os atletas sofreram teve a ver mais com o número de horas que passaram na mesa do que propriamente com a intensidade dos exercícios, muito embora seja de salvaguardar um factor importante: a alYtude. O trabalho foi desenvolvido a 2.300 metros, o que tem implicações, quer do ponto de vista _sico para os atletas, quer do ponto de vista técnico, porque a bola ganha trajectórias diferentes. Por outro lado, o João Reis acabou em 3º lugar no torneio interno, com 14 vitórias em 18 jogos, o que foi muito posiYvo. Havia um prémio aliciante, que aumentou a pressão do ponto de vista psicológico, de os dois primeiros terem acesso directo a um estágio que vai ocorrer durante o Campeonato do Mundo de Juniores. Acabámos com um “amargozinho” de boca porque o João esteve a ganhar ao atleta que ficou em 2º lugar por 2-‐0 e perdeu.» Hélder Melim também aprendeu “umas coisinhas”. «Houve uma parYcipação acYva dos treinadores porque fomos responsáveis, à vez, pelas sessões. Deu para ver várias filosofias, algumas com as quais aprendemos alguma coisa, outras que nem por isso. Temos a noção que não somos nenhuns atrasados, já andamos nisto há alguns anos e somos criteriosos naquilo que nos poderá beneficiar no trabalho em casa.»
João Reis e Hélder Melim (ambos do Câmara de Lobos) viveram uma excelente experiência no Eurokids, inicia7va da União Europeia de Ténis de Mesa (ETTU) que visa potenciar jovens talentos da modalidade. O jovem Campeão Nacional de Infan7s e o treinador das Selecções Infan7s e Mini Cadetes Masculinas foram convocados pela Federação Portuguesa para par7cipar na 25ª edição daquele projecto, realizado no início de Outubro, na Serra Nevada (Espanha), em parceria com a Real Federação Espanhola. João Reis teve oportunidade de treinar com jovens da sua idade (menos de 13 anos) oriundos da Bélgica, Espanha, Estónia, Lituânia, Luxemburgo, Finlândia, Holanda, País de Gales e República Checa, em sessões coordenadas pela treinadora designada pela ETTU, a croata Branka Ba7nic. Hélder Melim, por seu turno, acompanhou e par7cipou nas diversas sessões de preparação e na conferência liderada pelo dinamarquês Steen Hansen, Director Técnico da Real Federação.
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
5
Forma singular de estar e ver a modalidade Danilo Melim – 30 anos de Ténis de Mesa
www.atmmadeira.com
Há duas coisas constantes na vida de Danilo Melim, desde há 30 anos a esta parte: óculos e Ténis de Mesa. Figura (bem) conhecida da modalidade e não só, iniciou-‐se nas duas ac7vidades ainda jovem, no negócio do pai que agora gere e a ocupar o tempo livre no “ping-‐pong”. Começou a pegar na raqueta na Escola das Mercês e passou a jogar um pouco mais a sério na Associação Recrea7va do Funchal. Ingressou depois no Spor7ng da Madeira, emblema que defende alto e bom som até hoje. Aos 45 anos, é dono de uma carreira “especial”. «Nunca ganhei nada! Nem isso me faz impressão ou me Yra o sono» riu-‐se, ironizando sobre a razão que o faz manter-‐se na mesa. «A minha mulher diz-‐me que tenho de emagrecer e como não gosto de andar a pé para ir a lado nenhum, então pego na raqueta» , argumentou, contrariando aqueles que julgam que o “ping-‐pong” não dá sequer para transpirar. «Quem diz isso nunca jogou!» Sendo esta paixão tão óbvia, é óbvio que o envolvimento de Danilo Melim no Ténis de Mesa vai mais além: é Secretário da Assembleia Geral da ATMM e dirigente do Spor7ng da Madeira, podendo-‐se vislumbrar o logó7po da sua empresa Óp7ca da Sé – na qual conta com 27 colaboradores espalhados por seis lojas, uma delas no Porto Santo – nas camisolas de diversos clubes e em alguns dos torneios oficiais do Calendário Regional de Provas. «Como tenho um amigo que me arranja camisolas a um bom preço, acaba por ser uma boa oferta aos meus amigos da modalidade. É um incenYvo que a ÓpYca da Sé dá para que o Ténis de Mesa. Espero que surjam ainda mais parYcipantes incluíndo os veteranos, no fundo que todos convivam mais um pouco. É por isso que eu cá estou.»
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa Associação de Ténis de Mesa da Madeira
6
Ténis de Mesa é forma de estar na vida Paulo MaYas
compe7ção, o Rafael Gomes tentou sempre incen7var-‐me para questões de delegado e treinador, porque era preciso ajuda, mas eu gosto mesmo é de jogar. Acompanho os miúdos a uma prova, como faço de vez em quando, mas apenas para “tapar um buraco”, não sinto vontade de enveredar pelo caminho de treinador. — Enquanto puder ir para a mesa, é isso que fará? — Exactamente. É isso que me dá gozo. Treinar não tem aquela adrenalina… — O que é que afinal tem o Ténis de Mesa de especial? — É um desporto de combate em que, não havendo contacto usico, com todos os problemas que daí advêm, acaba por dar sa7sfação de vitória. Adorei jogar futebol, cheguei a experimentar andebol, mas a “pancadariazinha”, o atrito, muitas vezes 7ram o prazer ao jogo, geram pouca convivência e relacionamentos não tão sãos como o Ténis de Mesa. Não quer isso dizer que não haja pessoas nesta modalidade com falta de “fair-‐play”, mas isso sucede em todas as modalidades. Mas este jogo propícia a que as pessoas se dêem bem e par7lhem das melhores coisas que o desporto proporciona, usica e psicologicamente. www.atmmadeira.com
— Como é que começou a jogar? — Tinha 16 anos e não sei bem porquê. Sei que brincava desde miúdo ao ping-‐pong na Ponta do Sol, quando lá vivia, com os meus amigos. Mais tarde, já no Funchal, fui à procura de um desporto federado e lembro-‐me de ter ligado para o Nacional e de me terem dito para estar nos an7gos Estudantes Pobres, em tal dia de Novembro, que ia lá estar o Rafael Gomes, a pessoa que nos ia treinar. Fomos dez que começámos nesse mês e o “bichinho” ficou. — Trinta e tal anos a jogar Ténis de Mesa já é paixão… — O Ténis de Mesa é mais do que um desporto, é uma forma de estar na vida. Não só criei o gosto de fazer algo que me faz bem e diverte, como criei um conjunto de ro7nas e amizades que até este momento têm sido imprescindíveis. Não há nada que valha perder aquilo que tenho no Ténis de Mesa, é algo para mim muito importante. — Um trajecto sempre acompanhado pelo Rafael Gomes? — Houve apenas um interregno de cinco anos, quando fui estudar para Lisboa. Quando voltei fui para a ACM Madeira, porque o Nacional entretanto 7nha fechado o Ténis de Mesa, e o Rafael Gomes veio depois. Desde então temos estado sempre juntos: o “velho” professor e o “velho” aluno (risos). É uma grande amizade. — Nunca pensou abraçar outra área da modalidade? — Não. Aliás, ao longo destes anos, à medida que me fui tornando mais veterano e naturalmente com mais limitações, quer usicas quer de disponibilidade de tempo para treinos de
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
7
É um orgulho fazer parte desta família Presidente da Assembleia Geral elogia trabalho das diferentes Direcções
aparece. Nesse jogo empenhei-‐me se calhar um pouco mais e 7ve essa sorte, numa determinada bola, e se calhar o Renato [Gouveia] não acreditou tanto. Foi um daqueles casos que um ponto pode “virar um jogo”, como acabou por “virar”. São coisas que já me aconteceram diversas vezes, quer para perder quer para ganhar. O factor psicológico influencia muito, é um factor preponderante, talvez mais do que o técnico ou o tác7co. A confiança, a serenidade e a clarividência podem fazer com que a bola penda para um ou outro lado. — O cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ATMM dá-‐lhe muito trabalho? — Tem sido um desempenho sereno. Es7ve no início da Associação, na outorga da escritura com um grupo de carolas, e desde então assumi funções nos órgãos sociais. Nunca 7ve muito trabalho porque a ATMM vive um clima de sã convivência, com os seus problemas, como sucede em todo o lado, mas sem situações muito complexas, nada que belisque o bom relacionamento que deve exis7r para que uma Direcção trabalhe. Aliás, quando há Assembleias Gerais, os associados validam, muitas vezes com votos de louvor, toda a ac7vidade levada a cabo pelas sucessivas direcções. A ATMM deve ser, se não a melhor, umas das melhores associações ao nível do que tem conseguido ao longo de todos estes anos. — Como dirigente e apaixonado do Ténis de Mesa também lhe deve dar gozo constatar isso? — Quando me falam do Ténis de Mesa sinto uma grande sa7sfação pessoal em dizer que, na Madeira, teve uma evolução muito grande, chegou às zonas rurais, criou mesas de betão, tem cinco divisões na compe7ção regional, tem projecção enorme a nível nacional, em termos internacionais conseguiu feitos espectaculares, sendo o Marcos Freitas a cereja no cimo do bolo… Sinto orgulho de ser um “velho” pra7cante deste desporto. — Até deu para exportar dirigentes para a Federação… — A projecção pessoal normalmente é favorecida quando se consegue criar uma imagem de bom dirigente, seja numa en7dade despor7va ou noutra qualquer. O Carlos León conseguiu essa projecção e tem uma maneira de estar que dá confiança. A aposta feita nele tem a ver com essas duas componentes: um passado com currículo no desporto como dirigente e um fiel depositário da confiança das pessoas. Não seria qualquer um madeirense que conseguiria ser eleito Presidente da FPTM da forma como ele foi. www.atmmadeira.com
— É um jogo psicologicamente exigente? — Sim. Quem não conhece pensa que basta pegar numa raqueta e mandar a bola para outro lado, mas é óbvio que não. Ao nível federado, num escalão compe77vo importante, os elementos técnico-‐tác7cos e o factor surpresa têm uma preponderância tal e geram um carácter tão aleatório ao jogo, que tornam o mesmo numa “guerra”, disputada ponto a ponto, que nunca se sabe como vai acabar. — Como na final do Torneio de Veteranos? — Às vezes acontecem-‐nos coisas boas e outras menos boas. Nesse dia 7ve sorte! “Caiu” para o meu lado, como se costuma dizer. Mas também é preciso que nos empenhemos um bocado para podermos merecer essa sorte e ela por vezes
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
8 www.atmmadeira.com
Madeirenses à frente, naturalmente! Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão Masculina e Feminina
São madeirenses as equipas que seguem à frente nos principais campeonatos nacionais de Ténis de Mesa, o São Roque em masculinos, com mais um ponto (e mais um jogo disputado) do que a Ponta do Pargo, mesmo clube que nos femininos segue no primeiro lugar em igualdade pontual com o Mirandela e Ala Nun’Álvares de Gondomar. A prova masculina vai mais adiantada e, por isso, há uma ideia mais concreta do nível compe77vo e essas indicações prognos7cam um campeonato muito equilibrado, com vários clubes a demonstrar valores individuais para aspirarem ao “Play-‐Off”. Para além do São Roque e da Ponta do Pargo, as duas equipas dos Açores, Toledos e Juncal, e o Spor7ng, são claros candidatos aos lugares de topo, mas Novelense e Oliveirinha podem surpreender. Resta saber quem conseguirá fazer do seu lote de jogadores uma das 4 melhores equipas. No reverso da medalha está a ACM Madeira. Depois de uma excelente vitória em Setúbal na jornada inaugural, a equipa da Rua do Comboio não conseguiu mais acertar o passo, averbando derrotas comprometedoras, no Funchal, frente ao Novelense e Oliveirinha. Com apenas mais três jogos para terminar a primeira volta, dois deles derbis, a ACM terá de fazer muito melhor na segunda volta para evitar cair na zona de despromoção. Nos femininos foram disputadas apenas duas jornadas, pelo que há muito “sumo” ainda por sair e que passará essencialmente, pelo menos no que toca à luta pelo Qtulo, pelos jogos entre Mirandela e Ponta do Pargo, o primeiro dos quais já no final de Novembro.
1ª Divisão Masculina
J V D Sets P
São Roque 5 4 1 18-‐6 13
P. do Pargo 4 4 0 16-‐7 12
Oliveirinha 5 3 2 14-‐12 11
Juncal 3 3 0 12-‐3 9
Spor7ng 4 2 2 12-‐8 8
Toledos 4 2 2 10-‐12 8
ACM Madeira 6 1 5 7-‐23 8
Novelense 2 1 1 6-‐5 4
Mirandela 4 0 4 7-‐16 4
V. Setúbal 4 0 4 5-‐16 4
1ª Divisão Femina
J V D Sets P
Mirandela 2 2 0 8-‐0 6
P. do Pargo 2 2 0 8-‐3 6
Ala Gondomar 2 2 0 8-‐3 6
Garachico 2 1 1 7-‐5 4
São João 2 1 1 5-‐5 4
Toledos 2 0 2 3-‐8 2
Câmara Lobos 2 0 2 1-‐8 2
Madalena 2 0 2 0-‐8 2
Entretanto, já deu para notar que o Garachico é um forte candidato ao pódio (aquela derrota tangencial com o conterrâneo da Calheta deixou “água no bico”), ao passo que o São João não deverá mesmo ter problemas em garan7r a manutenção e quiçá lutar pelo quarto lugar. Já o Câmara de Lobos terá dificuldade em fugir aos dois lugares de despromoção, tal como o vizinho insular Madalena.
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
9 www.atmmadeira.com
No topo é que se está bem! Campeonatos Nacionais dos escalões secundários
A despromoção de cinco equipas da Madeira, quatro delas dos escalões principais, na temporada transacta, tornou os campeonatos nacionais secundários muito mais interessantes esta época para os adeptos regionais. A 2ª Divisão Masculina é o melhor exemplo disso, por via da par7cipação de cinco equipas de cá do burgo. O Spor7ng do Porto Santo é claramente o favorito a ocupar o lugar de subida de divisão, mas para já é o 1º de Maio, que acalenta a mesma esperança, que segue na liderança. A tarefa dos dois candidatos da “Pérola do Atlân7co” não será, no entanto, fácil, pois Benfica e Serpense apresentam argumentos que, no mínimo, inspiram alguns cuidados. O facto de o clube da Luz ter na sua equipa os madeirenses Dinis Cunha e Vítor Gouveia ilustra bem o seu potencial. Na 2ª Divisão Feminina o principal candidato também é da ilha. A ACM Madeira parece não estar para “brincadeiras” porque nem sequer perdeu um “set” nos três jogos disputados, chamando a si todo o protagonismo no que concerne à luta pelo Qtulo. A luta pelo outro lugar de subida promete ser renhido mas, ao contrário do que se supunha, Ponta do Sol e Estreito apresentam-‐se neste momento algo inibidos. Finalmente, na 3ª Divisão Masculina, Spor7ng da Madeira e Estreito entraram com a mão esquerda, averbando duas derrotas “na secretaria” por apresentarem jogadores não inscritos correctamente. Os reflexos desses resultados podem ser observados na classificação, com os dois clubes madeirenses a ocuparem lugares no fundo da tabela, apesar de serem aqueles com mais jogos disputados. A ver se estes maus começos acabam bem.
1ª Divisão Masculina
J V D Sets P
1º de Maio 4 3 1 15-‐7 10
D. Machico 4 2 2 10-‐8 8
C. Lobos 3 2 1 8-‐8 7
Sp. P. Santo 2 2 0 8-‐0 6
São João 2 2 0 8-‐1 6
Benfica 2 2 0 8-‐4 6
Serpense 3 1 2 8-‐9 5
Sebas7anense 1 1 1 4-‐5 4
E. Amadora 4 0 4 3-‐16 4
Catedrá7cos 4 0 4 2-‐16 4
1ª Divisão Masculina
J V D Sets P
ACM Madeira 3 3 0 12-‐0 9
Ala Nun’A. B 3 2 1 10-‐10 7
São Cosme 3 2 1 8-‐7 7
G. Valbom 2 2 0 8-‐2 6
Juncal 4 1 3 7-‐14 6
Estreito 4 1 3 6-‐14 6
CTM P. Sol 3 1 2 8-‐10 5
CTM Chaves 2 1 1 6-‐7 4
Mirandela B 1 1 0 4-‐0 3
Mexilhoeira 3 0 3 0-‐12 3
1ª Divisão Masculina
J V D Sets P
CTM Setúbal 3 2 1 11-‐4 7
Sambrasense 2 2 0 8-‐3 6
Campinense 2 2 0 8-‐4 6
V. Setúbal B 3 2 1 8-‐4 6
Pic Nic 3 1 2 6-‐10 5
Torrense 2 1 1 7-‐5 4
Sp. Madeira 4 1 3 6-‐13 4
Vianenses 1 1 0 4-‐3 3
Serpa 2 0 2 1-‐8 2
Estreito 4 0 4 3-‐16 2
1º de Maio vai à frente na 2ª Divisão Masculina
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
10 www.atmmadeira.com
António Gomes e Pedro Vieira no mapa final António Gomes (São Roque) e Pedro Vieira (1º de Maio 7veram prestações meritórias no Torneio de Gondomar. O são-‐roquino compe7u em dois escalões, tendo chegado ao mapa final de juniores s em q u a i s q u e r p r o b l em a s , v e n c e n d o consecu7vamente quatro jogos pela vantagem máxima, três na fase de grupos e um na ronda de qualificação. Na primeira eliminatória manteve a senda, mas foi eliminado nos oitavos de final pelo segundo cabeça-‐de-‐série da prova. Nos seniores, António não passou da fase de grupos. Nos mais velhos, Pedro Vieira realizou uma fase de grupos “sem espinhas” e alcançou a qualificação para o mapa final tranquilamente, mas acabou eliminado logo na primeira eliminatória. Refira-‐se que outro madeirense, Vítor Gouveia (Benfica), também terminou a sua par7cipação nessa ronda.
13º Torneio aberto Ala Nun’Álvares de Gondomar
A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa aproveitou o jogo da primeira jornada do CTM Ponta do Sol, no Campeonato Nacional da 2ª Divisão Feminina, para proceder à entrega das medalhas referentes ao terceiro lugar alcançado por aquela equipa, na temporada transacta, naquele mesmo escalão. O acto contou com a par7cipação de Carlos León, Presidente da FPTM, para além de Juan Gonçalves, Presidente da ATMM, que puderam na altura congratular as jogadoras Cármen Gonçalves, Telma Diniz e Fabiana Figueira, assim como os responsáveis do clube.
Pedro Vieira somou quatro triunfos e um desaire
Subida ao pódio premiada pela FPTM
Bronze à Ponta do Sol
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
11
Surpresas há muitas… felizmente! Campeonatos Regional de Equipas
www.atmmadeira.com
As três jornadas já disputadas na 1ª Divisão Masculina deixaram uma certeza: não há certezas nesta edição 2010/2011! Para já, dos teóricos candidatos perspec7vados, apenas o CD São Roque “B” (Campeão em Qtulo) está a confirmá-‐lo na prá7ca, tendo em conta que o CD Santo António e o CD Garachico já somam desaires. Para além disso, o líder é absolutamente inesperado e vem do Porto Santo, facto que se torna natural quando se apercebe que o Spor7ng actuou com a sua equipa principal, ou seja, Piotr Skierski & Companhia. Na zona de despromoção estão, para já, duas equipas do Concelho de Câmara de Lobos, ganhando destaque pela nega7vo o facto de o GD Estreito ter contabilizado uma falta de comparência devido a uma inscrição irregular. De qualquer modo, tal como referimos no início, “a procissão ainda vai no adro”, pelo que as próximas jornadas deverão ser tão ou mais interessantes.
1ª Divisão Masculina
J V D Set P
Sp. P. Santo B 3 3 0 12-‐1 9
São Roque B 3 3 0 12-‐3 9
ACM B 3 2 1 8-‐4 7
Sp. Madeira B 3 1 2 9-‐10 5
Garachico 3 1 2 7-‐10 5
P. Pargo B 2 1 1 5-‐5 4
Sto. António 2 1 1 4-‐6 4
São José 2 1 1 4-‐7 4
C. Lobos B 3 0 3 4-‐12 3
Estreito B 2 0 2 1-‐8 1
1ª Divisão Masculina
J V D Set P
1º de Maio B 2 2 0 8-‐1 6
Caramanchão 2 2 0 8-‐3 6
São Roque C 2 1 1 7-‐4 4
São João B 1 1 0 4-‐0 3
ACM C 1 0 1 1-‐4 1
Ponta do Sol 1 0 1 0-‐4 1
CTM Funchal 1 0 1 0-‐4 1
C. Lobos C 1 0 1 0-‐4 1
Santa Rita 1 0 1 0-‐4 1
Sp. Madeira C 0 0 0 0-‐0 0
A ACM Madeira é dos clubes com mais equipas nos Regionais
Na 2ª Divisão Masculina as surpresas dão pelos nomes de CD 1º de Maio “B” e AD Caramanchão. Então não é que as duas equipas promovidas do escalão inferior tomaram de assalto os lugares de subida? Muito embora seja a equipa do Palheiro Ferreiro com melhor “score”, há que realçar o feito da formação de Machico, pois já venceu o campeão em Qtulo deste escalão. Pelo equilíbrio já patenteado, este promete ser um dos campeonatos mais interessantes da corrente época. Entretanto, este fim-‐de-‐semana tem início o Campeonato Regional da 3ª Divisão Masculina, que contará com a par7cipação do CD Escola do Porto da Cruz, Spor7ng C. Porto Santo “C”, AD São Roque do Faial, AD Caramanchão “B”, Spor7ng C. Madeira “D”, CD São Roque “D”, ADR Água de Pena, ACM Madeira “D” e CCD São José “B”. Dada a profusão de “equipas B”, a luta pela subida de divisão não raras vezes faz “alargar” a zona de subida de divisão, facto que torna, conjuntamente com a luta pelo Qtulo, esta prova muito atrac7va. Com o início de mais este campeonato, aumenta para trinta o número de equipas em acção nos Regionais, faltando ainda a 4ª Divisão Masculina e a 1ª Divisão Feminina, que deverão ter início dentro de aproximadamente um mês.
Boletim Novembro 2010
Associação de Ténis de Mesa da Madeira
Bola na Mesa
12
Primeiros vencedores bem distribuídos Torneio de Abertura
www.atmmadeira.com
(D. Machico) teve um percurso diucil até à final, quando venceu Filipe Conceição (S. Roque) por 3-‐0. Nos seniores, Renan Wiest (Sp. Porto Santo) e João Pedro Vieira (1º Maio) ofereceram um excelente espectáculo final, com reviravoltas até ao 3-‐2 favorável ao brasileiro. Os mais jovens foram à mesa a 24 de Outubro, num convívio despor7vo presenciado por muitos pais. Na generalidade, os vencedores não deixaram margem para dúvidas, mas a excepção à regra foram os cadetes masculinos. Numa final espectacular, Rodolfo Pedra (ACM) venceu Duarte Livramento (S. Roque) por 3-‐2, depois de ter estado em desvantagem na “negra” por 4-‐10! João Reis (C. Lobos), estreante no escalão, foi 3.º. Nos cadetes femininos, Ana Santos (C. Lobos) confirmou o seu estatuto de cabeça de série, mas na final ainda esteve a perder com Joana Fernandes (1º Maio). No 3.º lugar ficou Jéssica Nóbrega (Garachico). Nos infan7s, quer Sara Nunes (P. Sol) quer Eduardo Vieira (S. Roque) subiram ao degrau mais alto do pódio sem qualquer “set” perdido, ladeados por Adriana Silva (P. Pargo) e Marlene Freitas (P. Sol), João Alves (P. Pargo) e Juan Rosário (P. Sol). Nos iniciados, Diana Almeida (P. Pargo) e Tiago Pedra (ACM) foram os mais fortes. Ela teve no pódio a companhia de Filipa Rodrigues (C. Lobos) e da sua colega Cláudia Nóbrega, ele ficou a meio de Alexandre Faria (S. Roque) e Fábio Lourenço (P. Pargo).
A primeira prova do Calendário Regional serviu para “aquecer a mão” e aumentar as expecta7vas para o (muito) que aí vem. Os primeiros a ir para a mesa foram os juniores e os seniores, a 3 de Outubro. Nos femininos, como é habitual, a par7cipação foi menor, mas nem por isso menos interessante, bem pelo contrário. Nos juniores, Sofia Diniz (P. Sol) subiu ao 1º lugar do pódio, mas não sem antes ter disputado um jogo renhido com Gabriela Nunes (1º Maio), que o 3-‐0 final “esconde”. Nos seniores, Ana Neves (Garachico) puxou dos galões, mas Cármen Gonçalves (P. Sol) obrigou-‐a a virar o resultado até ao 3-‐2. Nos masculinos a adesão foi maior e a luta pelos triunfos também. Nos juniores, Luís André Freitas