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Boletim 14 Nova fase do Segundo ciclo em andamento (2015 / 2016) Setembro de 2015

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Boletim 14

Nova fase do Segundo ciclo

em andamento (2015 / 2016)

Setembro de 2015

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IFFSC Boletim 13, novembro de 2014

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Segundo ciclo dos levantamentos de campo (FURB)

Técnicos do IFFSC / FURB iniciaram no dia primeiro de setembro de 2015

novos trabalhos de campo, realizando o levantamento dos dados na Unidade

Amostral 750 em Gaspar e inaugurando a nova campanh a de trabalho que se

estenderá até março de 2016. Nestas novas medições, nas mesmas parcelas

que foram medidas durante a campanha entre 2007 e 2 010, serão medidas 80

Unidades Amostrais. Assim será possível verificar a dinâmica e as mudanças

tanto no uso do solo, quanto na própria floresta. O crescimento das árvores, a

sua mortalidade por causas naturais e também o número de árvores j ovens

(chamados ingressos ) serão conhecidos, além da sua exploração e mudanças

na ocupação do solo .

O conhecimento da dinâmica é essencial para desenvo lver medidas de

proteção e recuperação das florestas e para desenha r estratégias para seu uso

sustentável.

A primeira campanha do segundo ciclo tinha sido rea lizado entre no ano

passado; com dois anos de remedições será possível desenvolver modelos

matemáticos para estimativas de variáveis dinâmicas para as florestas de todo

o Estado..

As medições devem ocorrer de forma continua nos pró ximos anos e as

instituições envolvidas já buscam recursos junto ao Governo do Estado, para

realizar os levantamentos em 2017. Isto possibilita ria elaborar estimativas

consistentes sobre a dinâmica das florestas. Para t anto, as Unidades Amostrais

remedidas são sorteadas entre as existentes, mas ab rangendo sempre todas as

regiões do território catarinense.

Caracterização da Diversidade Genética (UFSC e UDES C)

Durante a primeira fase do IFFSC (2004 – 2011), o l evantamento da

diversidade genética esteve focado em populações de indivíduos adultos .

Populações 13 espécies elencadas por apresentarem f orte histórico de

exploração, ameaçadas de extinção e representativid ade dentro das diferentes

formações florestais do estado de Santa Catarina, f oram investigadas. As 13

espécies estudadas foram:

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IFFSC Boletim 13, novembro de 2014

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a) Floresta Ombrófila Densa

canela-preta ( Ocotea catharinensis – 17 populações)

canela-sassafrás ( Ocotea odorifera – 9 pop.)

palmiteiro ( Euterpe edulis – 20 pop.)

olandim ( Calophyllum brasiliensis – 9 pop.)

butiá-da-praia ( Butia catharinensis – 9 pop.)

b) Floresta Ombrófila Mista

araucária ( Araucaria angustifolia – 31 pop.)

xaxim ( Dicksonia sellowiana – 20 pop)

imbuia ( Ocotea porosa – 13 pop.)

butiá-da-serra ( Butia eriospatha – 14 pop.)

pinho-bravo ( Podocarpus lambertii – 12 pop.)

c) Floresta Estacional Decidual

cedro ( Cedrela fissilis – 9 pop.)

grápia ( Apuleia leiocarpa – 9 pop.)

cabreúva ( Myrocarpus frondosus – 9 pop.)

Após o término desta fase, o foco de continuidade d os estudos genéticos

passou para as populações de indivíduos regenerantes (ou seja, dos jovens)

das mesmas espécies, visando assim, um comparativo entre os índices de

diversidade genética entre adultos e regenerantes. Além disso, os estudos

genéticos passaram a ser integrados aos padrões de paisagem do entorno das

populações amostradas. Assim, através do estudo int egrado da diversidade

genética histórica e atual e das informações de pai sagem, pretende-se

identificar possíveis flutuações nos níveis de dive rsidade que estejam

associados à paisagem.

A partir de 2012 foram iniciados os estudos com pop ulações de

indivíduos regenerantes de araucária (10 populações ), xaxim (10 pop.),

palmiteiro (9 pop.), canela-preta (7 pop.) e grápia (5 pop.).

Em 2014, mais uma etapa de continuidade dos estudos em populações

regenerantes foi iniciada. Desta vez estão em andam ento a genotipagem de

mais 10 populações de araucária, cinco de palmiteir o e cinco de pinho-bravo.

Os resultados desta etapa já estão sendo analisados .

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IFFSC Boletim 13, novembro de 2014

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Divulgação dos resultados obtidos

Integrantes da equipe técnico-científica do IFFSC d ivulgaram os

resultados do IFFSC em diversos eventos científicos nos últimos anos, entre

Congressos, Simpósios e Seminários Florestais, tant o de Ecologia quanto de

Botânica. Por último, o IFFSC foi apresentado no Co ngresso Mundial das

Instituições de Pesquisas Florestal (IUFRO), em Sal t Lake City, EUA (outubro de

2014). Os próximos eventos agendados são o XVI Enco ntro de Botânicos do Rio

Grande do Sul e VIII Encontro Estadual de Herbários , nos dias 30/9 a 2/10 em

Erechim/RS e o 66° Congresso Nacional de Botânica e m Santos/SP, de 25 a 30

de outubro de 2015.

IFFSC - Qual é o objetivo dos levantamentos e quais são os benefícios para a

sociedade?

Objetivo do inventário florestal é conhecer a quant idade e a qualidade

das florestas que ainda existem no Estado; saber qu al é seu estado de

conservação ou degradação; conhecer a sua biodivers idade, a distribuição e o

potencial das diversas espécies de árvores e demais plantas vasculares,

inclusive das raras e ameaçadas de extinção. Estes dados são necessários

para fundamentar políticas que estimulem o uso sust entável e a proteção dos

recursos naturais.

Quais são as florestas que são amostradas?

Uma rede de pontos amostrais com distância de 10 k m entre si foi

estabelecida, cobrindo todo o

estado; sempre que um ponto

coincidir com uma área coberta por

floresta (secundária ou primária), é

instalada uma “Unidade Amostral”.

A equipe de campo encontra este

ponto pré-estabelecido com a ajuda

de um aparelho GPS que permite a

localização exata mesmo dentro de

uma densa floresta.

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IFFSC Boletim 14, setembro de 2015

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Ao todo serão reavaliados 1074 pontos amostrais em todo Estado. Em

cerca de 50% destes pontos é instalada uma Unidade Amostral, nos demais

pontos é registrado apenas o uso atual da área, na ausência de cobertura

florestal.

Como são compostas as equipes?

Cada equipe de campo é composta

por cinco pessoas: um engenheiro

florestal, líder de equipe e responsável

pela coleta dos dados, além de outros

quatro engenheiros que dividem as

tarefas de localização, identificação e

medição das árvores, de coleta de

material botânico e do levantamento da

regeneração.

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IFFSC Boletim 14, setembro de 2015

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Como é feito o trabalho de campo?

Cada “unidade amostral” é

implantada a partir de um ponto

central, em forma de cruz, com quatro

sub-unidades de 1000m 2 cada

(medindo 20 x 50m). Estas sub-

unidades são provisoriamente

demarcadas em campo, para realizar

neles o levantamento da floresta: a

identificação das árvores, a medição

de seus diâmetros e alturas, a

avaliação de sua sanidade e

qualidade, além de sua posição na floresta e das ep ífitas nelas existentes

(bromélias e orquídeas, entre outras).

As plantas coletadas são armazenadas no herbário Dr . Roberto

Miguel Klein da FURB que já atingiu a marca de 48.2 00 plantas tombadas,

sendo 30.000 coletadas pelo IFFSC. O herbário foi c om estas incorporações

ampliado e reorganizado. Veja informações em:

http://www.furb.br/botanica/herbario.htm

Uma novidade é a realização de fotografias hemisfér icas do dossel da

floreta, feitas com uma lente especial, do tipo olh o-de-peixe, o que permite

quantificar a massa foliar e a densidade do dossel. Estas são variáveis

importantes para poder avaliar as condições ecológi cas da floresta e fazer

estimativas de biomassa.

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IFFSC Boletim 14, setembro de 2015

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Para estimativa do volume e da biomassa das árvores das florestas

catarinenses, uma equipe especializada está fazendo estudos numa

propriedade em Massaranduba, onde árvores inteiras são derrubadas,

medidas no chão e pesadas.

Amostras de seu lenho, dos galhos, da

casca e das folhas são retiradas para fazer

análises no Laboratório de Processos da

Industrialização da Madeira (LaPIM), na

FURB.

A colaboração dos proprietários

das florestas amostradas, na maioria

produtores rurais que moram no local, é

imprescindível para a realização do

projeto, no sentido de permitir e apoiar o

acesso das equipes aos locais das

medições. Em locais de difícil acesso é

preciso utilizar veículo 4x4, trator agrícola

ou até cavalos.

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IFFSC Boletim 14, setembro de 2015

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Quem financia e quem executa os trabalhos?

O inventário florestal é financiado pelo governo es tadual, através de

sua Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPESC) e da Diretoria de Saneamento

e Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentáve l

(SDS). Os trabalhos de campo são coordenados pela Univer sidade Regional

de Blumenau (FURB), da Universidade Federal de Sant a Catarina (UFSC) e

da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) , em parceria com a

Epagri.

Ao todo, trabalham na equipe do projeto atualmente 32 pessoas, entre

engenheiros florestais, biólogos, agrônomos, estatí sticos, taxonomistas,

técnicos e alunos bolsistas de graduação e de pós-g raduação (Mestrado e

Doutorado).

Contato:

Prof. Dr. Alexander C. Vibrans

FURB, Blumenau

[email protected]

047 – 3221 6046 e 6040

047 – 9177 2671

Prof. Dr. Adelar Mantovani

[email protected]

UDESC/CAV, Lages

049 – 2101 9130

Blumenau, 6 de setembro de 2015

Mais informações estão disponíveis em:

www.iff.sc.gov.br