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Boletim Adunifesp-SSind #02, gestão 2015-2017, publicado em 09 de novembro de 2015 Jornalista responsável: Rafael Freitas Projeto gráfico e diagramação: Rafael Freitas
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Boletim AdunifespBoletim Adunifesp #02 (Gestão 2015/17) 09 de novembro de 2015 São PauloSP
www.adunifesp.org.br Adunifesp SSindff
Conquista para Carreira Docente na Unifesp:Retroatividade da concessão do aumento
salarial na progressão ou promoção é acordadaentre Adunifesp-Ssind, Reitoria e Pró-Reitoria
de Gestão com Pessoas
nova diretoria da AdunifespSSindtomou posse em agosto de 2015 e jáiniciou seu trabalho de defesa da
categoria docente pautando junto a Reitoria daUnifesp a retroatividade da concessão doaumento salarial na progressão ou promoçãona carreira docente – pauta levantada peladiretoria anterior e ainda em aberto desde aaprovação das novas resoluções internas queorientam a evolução na carreira docente.
Nesse sentido a AdunifesspSsind anunciaque esta pauta já foi conquistada pelacategoria docente da Unifesp. Haverá, com ocompromisso da Reitoria e da PróReitoria deGestão com Pessoas, a retroatividade daconcessão do aumento salarial, por conta deprogressão ou promoção, à data da requisição,desde que nesta data o docente esteja há pelodois anos na fase anterior da carreira.
Apesar deste ponto específico ainda nãoestar presente na resolução, o compromissofirmado entre AdunifespSsind, Reitoria e PróReitoria de Gestão com Pessoas é que a
retroatividade seja objeto de resoluçãoinstitucionalizando a situação que já está sendopraticada, ou seja, já é uma medida válida,mgarantindo mais justiça e dignidade aoprocesso de evolução na carreira do docenteque obterá o reajuste salarial na data imediatade sua requisição.
Outra importante atuação da AdunifespSsind, ainda dentro da pauta geral da carreiradocente que merece atenção eacompanhamento da categoria, é a proposta deuma resolução da instituição quanto aosdocentes admitidos na Unifesp que, quando jáforem docentes de outra IFE, sejamreposicionados na classe e no nível a quepertenciam na instituição anterior, com osefeitos funcionais e financeiros doreposicionamento sendo contados a partir dadata de admissão na Unifesp, como já é práticade outras IFEs. Pauta ainda aberta adiscussões, mas que já está sendo consideradaem sua dimensão jurídica pela assessoria daAdunifespSsind e que em breve deve serapresentada como proposta à Reitoria.
A
EEddiittoorriiaall ddaa DDiirreettoorriiaa
2
ara que universidade pública egratuita? A resposta a esta pergunta
pode ser óbvia para a maioria de nósprofessores que nos dedicamos dia a dia aoensino, à pesquisa e à extensão e sabemosdo papel insubstituível que tais instituiçõestem na produção de conhecimento, reflexão,serviços, valores e ideias para o conjunto dasociedade brasileira.
Infelizmente, esta não parece ser a visãode nossos governantes, como também deboa parte da mídia e de certos segmentosprivatistas da sociedade. Os professores etécnicos universitários – assim como boaparte do funcionalismo federal – saem deuma longa e justa greve em situação materialpior do que entraram, como poderá ser vistoem detalhe em matéria deste boletim. Juntocom a precarização de nossos salários, estáem curso um processo nítido de deterioraçãodas condições de trabalho e da estruturamaterial das IFES.
Nós, que trabalhamos nas IFES – maisuma vez aqui juntamente com o conjunto dofuncionalismo – passamos a sercaricaturados como “lenientes” e chegamosmesmo a sermos responsabilizados de formaabsurda pela situação fiscal do EstadoBrasileiro. Crescem as vozes que queremacabar com a estabilidade do emprego nasIFES, ao mesmo tempo em que se buscaregulamentar cursos pagos como forma
“alternativa” de financiamento do ensinosuperior público (ver matéria). Com isto,tentase ocultar os verdadeiros problemasdas finanças públicas como a carga de jurosestratosférica da dívida pública, a sonegaçãode impostos por parte de grandes empresase a nossa estrutura tributária concentradorade renda herdada da ditadura militar.
Nestas condições, a diretoria daAdunifesp acredita que a mobilização não éuma mera escolha mas sim um pressupostonão apenas para a manutenção de nossosdireitos como para o futuro da própriaUniversidade Pública e Gratuita, futuro estecada vez mais sob risco. É só a mobilizaçãoe organização que permite nossa categoriater conquistas, como a relatada na matéria decapa deste boletim. É por isto, também, queestamos organizando para breve umaaudiência pública junto à Reitoria, em queesta última apresentará os efeitos dos cortesde verbas recentes na Unifesp, para quepossamos tomar pé das informações eprosseguirmos em nossas lutas.
P
Termina a greve dos docentes nas IFEsmas conjuntura exige mobilização
política permanente
Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDESSN encaminhou no dia 11 de outubro de 2015 asaída unificada da greve nacional para o período
de 13 a 16 de outubro. Após mais de quatro meses (139dias) de greve dos docentes federais a avaliação geral doCNG foi de que a mobilização “foi um importante instrumentopara expor e impedir o avanço da destruição de um dosmaiores patrimônios dasociedade brasileira – AsInstituições Federais deEnsino (IFEs) (Comunicadonº46)”.
Entretanto, efetivamente, emtermos dos direitos dosprofessores e das condiçõesmateriais das IFEs, saímos dagreve pior do que entramos –os reajustes propostos nãorepõem nem mesmo a inflaçãodo período, os cortesorçamentários foram mantidose ampliada a precarização dascondições de trabalho dos servidores federais em plenagreve com o lançamento do “pacotaço” de ajuste fiscal.Todavia, a greve se justifica posto que sem ela é provávelque estaríamos em situação ainda pior. Numa avaliação maisdetalhada, considerando a conjuntura nacional e asespecificidades do movimento dos docentes federais, o CNGformulou as seguintes reflexões:
2 Movimento dos docentes federais: uma grevenecessária
O
3
CCoonntteexxttoo NNaacciioonnaall
No contexto nacional, no âmbito específico da educação,particularmente de nível superior, para além dos cortes noorçamento das IFE o governo avança nas medidasprivatizantes. Assim, ao mesmo tempo em que o governoreduziu cerca de R$ 12 bilhões da educação pública, emcortes e contingenciamento, destinou, em 2015, mais deR$ 17 bilhões para o FIES, evidenciando que o lema“Pátria Educadora” sustentase na ampliação da
1 Conjuntura: avanço do capital sobre a educação edemais direitos sociais
Iniciada no dia 28 de maio de2015, a greve aconteceu emum ambiente acadêmico emque as consequências nefastasda precarização em várias IFEassumiram maior visibilidade:obras inacabadas, turmas comdisciplinas sem docente,ausência de salas de aula esalas de trabalho para osdocentes, de bibliotecas elaboratórios. Esse movimentodesenvolveuse a partir datotal ausência de resposta dogoverno federal à pauta
aprovada pela categoria a partir de 5pontos centrais: defesa do caráter público da educação,condições de trabalho, garantia da autonomiauniversitária, restruturação da carreira e valorizaçãosalarial de ativos e aposentados.
Ao longo desses quatro meses de greve nacional, aadesão de 50 instituições federais demonstrou acapacidade de mobilização da categoria. Mesmo dianteda unidade e mobilização construída, a resposta doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, pormeio da Secretaria de Relações do Trabalho(SRT/MPOG) foi a apresentação da proposta de confiscodos salários, legitimando perdas passadas e futuras,com o índice de 21,3% parcelado em quatro anos, 2016a 2019, propondo, também, a revisão dos benefícios, deacordo com a inflação acumulada no período de 2010 a2015 (auxílio alimentação, saúde e creche). A respostado Fórum, em relação ao índice salarial foi a rejeiçãounânime de tal proposta.
privatização da educação, com substancialfinanciamento público para o setor privado.
Fonte: Matéria realizada a partir do Comunicado nº46 do CNG ANDESSN. Confira na íntegra do Comunicado 46 do CNG.
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O “pacotaço” anunciado em setembro pelos ministros daFazenda e Planejamento impactou diretamente na pautada Campanha Salarial Unificada dos SPF. Isso implicouno aprofundamento dos ataques ao serviço público, como rebaixamento da proposta anteriormente apresentadapelo governo, ampliando o confisco do salário dos SPF,passando o famigerado “reajuste” de 5,5% de janeiropara agosto de 2016, e precarizando ainda mais osserviços públicos, com a suspensão de concursos e ofim do abono permanência.
tal posicionamento confirma a disposição dos docentesem continuar lutando contra o avanço da precarizaçãodo trabalho docente, da desestruturação da carreira, daprivatização e mercantilização das atividadesacadêmicas.
O ANDESSN, enquanto um sindicato de base, por meiodo seu CNG, encaminhou para apreciação das SeçõesSindicais a proposta do MPOG. A maioria absoluta abase da categoria, nas assembleias realizadas entre 6 e8/10/2015, rejeitou a proposta do governo. Dessa forma,não há possibilidade de aceitar uma proposta rebaixada,que não cobre nem a inflação de 2015, que no mês desetembro, segundo dados do IBGE, já alcançou a marcade 7,6% e continua em um crescente, havendo oprognóstico que alcançará 9,5% em dezembro desteano.
Encerrase a greve, mas não a luta. Os ataques emcurso contra os direitos sociais serão intensificados eexigirão articulação dos docentes federais com demaisSPF, conjunto dos trabalhadores e estudantes, medianteações unitárias de resistência e luta. A organizaçãodocente deve continuar apontando rumos que indiquema possibilidade de manutenção e ampliação de direitos,a defesa da educação pública e a construção de umasociedade que respeite e dignifique o ser humano.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC)139/2015, que acaba com o abonopermanência dosservidores públicos, está no Congresso Nacionaldesde 23 de setembro. A PEC, que faz parte dopacote de arrocho do governo federal para cortarinvestimentos sociais e conseguir gerar superávitprimário, agora será analisada pela Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O abonopermanência foi instituído pela EmendaConstitucional 41/2003, e é um bônus concedido aosservidores que optam por continuar trabalhandoapós atingir todas as condições para aaposentadoria, evitando a diminuição dos quadrosde trabalhadores. O abono corresponde ao valor dacontribuição previdenciária mensal do servidor queo requerer, desde que tenha cumprido os requisitospara aposentadoria e opte em permanecer ematividade. Na forma do texto proposto, o servidornão precisa ter mais dúvidas: a PEC nº 139/2015,extingue totalmente o abono de permanência. Nãosó para o futuro, mas também para todos osservidores que já vêm percebendo tal direito. Todosdeixarão de recebêlo.
3 Saída unificada da greve nacional: manter aunidade da categoria docente e a mobilização emdefesa da educação pública e gratuita
Com a convicção da necessidade de preservar e ampliaressa capacidade de resistência e luta acumuladadurante a greve nacional, a ampla maioria das 39Seções Sindicais em greve, aprovou a saída unificadado movimento paredista. A disposição de luta dacategoria, mesmo com o fim da greve, é evidenciadacom a negação, também pelas assembleias de bases,da assinatura de Acordo nos termos propostos pelogoverno. Para além da rejeição do confisco dos salários,
“A saída unificada da greve foi aprovada nasassembleias, e ela não significa abrir mão da luta.Ao contrário, nós não chegamos a um acordo, asassembleias rejeitaram a proposta do governo de
reajuste por dois anos, abaixo da inflação.Continuamos cobrando negociação com o
governo e ao mesmo tempo buscando manter aunidade com os SPF na luta contra as medidasque o governo vem tomando contra o serviço
público (Paulo Rizzo, presidente do ANDESSN)”
A greve nacional dos decentes foi encerrada após maisde quatro meses mas a conjuntura nacional, comrecorrentes ataques à universidade pública, e a posturainflexível do governo exige a continuidade damobilização política da categoria assim como o maiordiálogo entre as categorias e a classe trabalhadoracomo um todo.
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Cursos pagos nas Universidades Públicas já são umarealidade mas agora devem ser legitimados por
Emenda Constitucional“O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de 21 de outubro de 2015, em primeiro turno, o textobase da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/14, que põe fim ao princípio constitucional da gratuidade dasatividades de cursos de especialização oferecidas pelas universidades públicas”
ais um passo foi dado rumo ao desmonte da universidade pública e
gratuita, abrindo espaço para o avanço privatista na educação. A
Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 395/2014 aprovou em 24 de setembro de 2015,
por unanimidade, a proposta que altera a redação do inciso IV do artigo 206 da
Constituição Federal sobre os princípios do ensino, que garante "gratuidade do
ensino público em estabelecimentos oficiais”. O texto aprovado é o substitutivo
do relator, deputado Cleber Verde (PRBMA), à proposta de autoria do
deputado Alex Canziani (PTBPR). De acordo com a
proposta, as universidades poderão cobrar taxas e
mensalidades de cursos pagos de extensão, pós
graduação latu sensu e mestrados profissionais. E na
noite de 21 de outubro de 2015, o Plenário da Câmara
dos Deputados aprovou em primeiro turno, o texto
base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
395/14. A proposição foi aprovada por 318 votos a
129.
Ao mesmo tempo que faltam professores, salários são
arrochados, acabam com abono permanência
aprovam essa PEC que abre porta para privatização;
a medida desobriga o Estado a se comprometer com
o financiamento das instituições públicas de ensino,
oferecendo a venda de serviços como uma
alternativa. “Mesmo que as universidades venham
tornar isso como uma alternativa para suprir as suas
necessidades orçamentárias, o montante arrecadado
com esses cursos não conseguirá de forma alguma garantir o pleno
funcionamento das instituições”, Jacob Paiva 1º secretário do ANDESSN.
Apesar da constituição ainda não ter sido alterada – uma vez que a PEC 395/14
ainda passa pelo segundo turno de votação na Câmara dos Deputados –, do
inciso IV do Artigo 206 ainda estabelecer e garantir a “gratuidade do ensino
público em estabelecimentos oficiais” os cursos de especialização pagos em
universidades públicas não são nenhuma novidade e já se acumulam entre as
brechas legais universitárias.
Sabemos a dificuldade que é conciliar os interesses orientados
para o jogo de mercado e uma legítima preocupação com a
formação dos cursistas. A cobrança de mensalidade
fatalmente criará duas categorias de alunos e duas categorias
de professores nas universidade. Aqueles que pagam e que
passariam a exigir mais direitos e voz na universidade, contra
o resto dos alunos que não pagam. Assim como aqueles
professores de cursos pagos que supostamente trariam
recursos a mais e que assim supostamente estariam
numa outra categoria em relação aos outros
docentes. Sem contar o fato de que se criaria uma
divisão entre cursos e áreas do conhecimento com
maior ou menor potencial mercadológico, etc.
É evidente que mesmo com a constituição garantindo
a gratuidade do ensino, atribuindo ao Estado a
exclusividade de certos serviços, o mercado encontra
suas brechas legais para oferecer seus produtos, são
organizações privadas que possuem estatuto legal
de fundações e se relacionam diretamente com as
universidades públicas. Infelizmente a aprovação da
PEC 395/14 facilitará a continuidade e ampliação dos
cursos pagos, legitimando relações de convênios e
incorporando essas relações já existentes. E
necessariamente dificultará a resistência daqueles
que defendem a universidade pública gratuita, de
qualidade, autônoma – inclusive em relação ao
mercado e financiada com dinheiro público.
M
“A PEC 395 é mais um
instrumento da política
educacional neoliberal para o
ensino superior público
visando à ampliação do
processo de privatização e
mercantilização da educação
e do conhecimento”, explica
Francisco Jacob Paiva da
Silva, 1º Secretário do
ANDESSN e um dos
coordenadores do Grupo de
Trabalho Política Educacional
(GTPE) do Sindicato Nacional.
Aprovada no dia 24 de setembro pela Comissão Especialda Câmara que examina o conteúdo da proposta, a PECserá encaminhada a mesa e votada em dois turnos peloplenário da Casa, antes de ir ao Senado. Para seraprovada, a PEC deverá obter os votos de três quintos, nomínimo, do número total de deputados federais da Câmaraem cada turno da votação. Ou seja, aprovação de 308 dos513 deputados.
*Matéria realizada com informações do ANDESSN em “Comissão Especial aprova PEC que acaba com gratuidade em cursos públicos de especialização” (29/09/15) e em “Câmara aprova PEC queacaba com gratuidade em cursos de especialização e extensão” (22/10/15).
CCoonntteexxttoo EEssttaadduuaall
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Reorganização escolar da Rede Estadual de São
Paulo: mais um ataque a educação básica pública
“Após a maior greve da história dos professores da Rede Estadual de São Paulo denunciando as precáriascondições de trabalho e ensino sem nenhuma negociação por parte do governo do Estado a educação básica
pública recebe mais um ataque com a reorganização escolar”
m setembro de 2015 o secretário da educação do
Estado de São Paulo Herman Voorwald apoiado pelo
governador Geraldo Alckmin anunciou a mudança
que será implementada já no início do ano letivo de 2016. Sem
qualquer consulta aos maiores envolvidos no cotidiano escolar,
professores, funcionários, pais e alunos foram completamente
surpreendidos. Sob o pretexto de
respeitar as especificidades e
necessidades de cada faixa
etária a reorganização escolar
implementará um amplo
fechamento de escolas
estaduais, atingindo 94 escolas
por todo Estado e 25 somente
na capital* (segundo a Apeoesp
– Sindicato dos Professores do
Ensino Oficial do Estado, o
número ultrapassa 150 escolas
por todo o Estado), a demissão de
servidores estaduais além de
alterar significativamente a rotina
daqueles que continuarão em
exercício, das famílias e dos estudantes – cerca de 2
milhões de alunos serão obrigados a mudar de escola já que a
medida, progressiva, atingirá no início do próximo ano letivo 752
escolas, e ainda conviver com as salas superlotadas
principalmente no ensino médio (que registra salas com mais de
50 alunos, uma faixa etária, 15 a 17 anos, que ainda possui
cerca de 270 mil fora da escola).
Segundo a Apeoesp de São Paulo a medida ainda dificultará
Ebastante a vida dos professores uma vez que “será
mais difícil compor jornada em apenas uma unidade
escolar, se ministrarem aulas para o segundo ciclo do
ensino fundamental e no ensino médio. Professores das
escolas que serão fechadas irão disputar aulas com os
colegas das demais unidades, assim
como os das escolas
'reorganizadas'. Se não
conseguirem aulas, poderão
ficar 'adidos', ou seja,
'encostados', recebendo
salários menores”. E a
presidenta, Maria Izabel
Azevedo Noronha, do
sindicato ainda completa as
informações com as
possíveis e prováveis
alterações salariais dos
servidores:
“Por exemplo, um professor
PEB II, com jornada de 40 horas
semanais, hoje recebe R$ 2.415,89 em início de
carreira. Na disputa por aulas, poderá ter sua jornada
reduzida para 30 horas semanais ou 24 horas semanais
de trabalho, com redução salarial. No limite, poderá
ficar adido, recebendo salário equivalente à jornada
inicial (12 horas semanais de trabalho). No caso do
PEB II, significa míseros R$ 724, 77. No caso de PEB I,
poderá passar de R$ 2.086,93 (40 horas semanais)
para irrisórios R$ 626,07. O que está em
(*dados oficiais da Secretaria Estadual da Educação)
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jogo é a sobrevivência desses professores. O Governo do PSDB
quer mesmo transformar o magistério em um 'bico'.”
Desde o anúncio da proposta estudantes, professores e
funcionários iniciaram legítimas manifestações destacando os
problemas que serão desencadeados pela reorganização e
também o desrespeito da secretaria e do governo ao
desconsiderar a possibilidade de diálogo e discussão para
aprovar tal medida. Confirmando a ausência de diálogo e a
truculência do processo, os manifestantes foram recebidos com
violência pela Polícia Militar e pela Tropa de Choque, que na
manifestação do dia 09 de outubro ainda prendeu o professor
Luiz Carlos de Melo por “desacato”, leiase questionamento
público de um processo antidemocrático e posicionamento
contra a violência policial.
A AdunifespSsind já se manifestou repudiando a falta
de diálogo do Governo Estadual ao aprovar a medida
sem qualquer consulta ou discussão pública, à forma
violenta como está lidando com as legítimas
manifestações e à própria medida (moção reproduzida
na íntegra abaixo). Difícil não entender essa medida
de corte de gastos, disfarçada como reorganização
escolar, como mais um passo dado em direção ao
desmonte da educação básica pública.
Moção de repúdio à reorganização escolar na Rede Estadual de São Paulo
A AdunifespSsind repudia a reorganização escolar na Rede Estadual de São Paulo em ciclos únicos, que sob opretexto de respeitar as especificidades e necessidades de cada faixa etária implementará um amplo fechamentode escolas públicas no Estado, a demissão em massa de servidores estaduais além de alterar significativamentea rotina daqueles que continuarão em exercício, das famílias e dos estudantes, que serão obrigados a mudar deescola e ainda conviver com as salas superlotadas.
Em setembro de 2015 o secretário da educação do Estado de São Paulo Herman Voorwald apoiado pelogovernador Geraldo Alckmin anunciou a mudança que será implementada já no início do ano letivo de 2016. Semqualquer consulta aos maiores envolvidos no cotidiano escolar, professores, funcionários, pais e alunos foramcompletamente surpreendidos. Desde o anúncio da proposta estudantes, professores e funcionários iniciaramlegítimas manifestações destacando os problemas que serão desencadeados pela reorganização e também odesrespeito da secretaria e do governo ao desconsiderar a possibilidade de diálogo e discussão para aprovar talmedida. Confirmando a ausência de diálogo e a truculência do processo, os manifestantes foram recebidos comviolência pela Polícia Militar e pela Tropa de Choque, que na manifestação do dia 09 de outubro ainda prendeu oprofessor Luiz Carlos de Melo por “desacato”, leiase questionamento público de um processo antidemocrático eposicionamento contra a violência policial.
Nesse sentido a AdunifespSsind manifesta sua solidariedade aos servidores estaduais e aos estudantes ereforça o repúdio ao caminho escolhido pelo governo do Estado de São Paulo, de ausência de diálogo, violênciae repressão policial.
É importante lembrarmos que no início deste ano de 2015 os professores da Rede Estadual de São Paulofizeram a maior greve da história da categoria denunciando as precárias condições de trabalho, os baixossalários e a superlotação das salas de aula. A greve foi encerrada em abril sem conseguir qualquer negociação,demonstrando a inflexibilidade e desconsideração do governo estadual com a educação básica pública. Difícilnão entender essa medida de corte de gastos, disfarçada como reorganização escolar, como mais um passodado em direção ao desmonte da educação básica pública.
Diretoria da AdunifespSSind
Expediente
AAdduunniiffeessppSSSSiinndd.. –– AAssssoocciiaaççããoo ddooss DDoocceenntteess ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee SSããoo PPaauulloo ––GGeessttããoo 22001155//22001177::
RRooddrriiggoo MMeeddiinnaa ZZaaggnnii –– PPrreessiiddeennttee;; CCaarrllooss AAbbeerrttoo BBeelllloo ee SSiillvvaa –– VViicceepprreessiiddeennttee;; DDaanniieell FFeellddmmaannnn –– SSeeccrreettáárriiooGGeerraall;; VViirrggíínniiaa JJuunnqquueeiirraa –– TTeessoouurreeiirraa GGeerraall;; MMaarriiaa GGrraacciieellaa GGoonnzzáálleezz PPéérreezz ddee MMoorreellll –– DDiirreettoorraa ddee RReellaaççõõeessSSiinnddiiccaaiiss,, JJuurrííddiiccaass ee DDeeffeessaa PPrrooffiissssiioonnaall;; RReennaattaa CCrriissttiinnaa GGoonnççaallvveess ddooss SSaannttooss –– DDiirreettoorraa ddee PPoollííttiiccaa SSóócciiooCCuullttuurraall;;AAllbbeerrttoo HHaannddffaass –– DDiirreettoorr CCaammppuuss OOssaassccoo..
EEnnddeerreeççoo:: RRuuaa NNaappoolleeããoo ddee BBaarrrrooss,, nnoo 884411,, VViillaa CClleemmeennttiinnoo,, SSããoo PPaauullooSSPP CCEEPP 0044002244000022
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BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp::JJoorrnnaalliissttaa rreessppoonnssáávveell// PPrroojjeettoo ggrrááffiiccoo // DDiiaaggrraammaaççããoo:: RRaaffaaeell FFrreeiittaass
EEmm lluuttaa:: AAggeennddaa
NNoovveemmbbrroo 22001155
09Assembleia Geraldos Docentes da
UnifespHorário: 11h 30 min
Local: Anfiteatro JandiraMasr Ed. Anfiteatros 1º
andar
06Assembleia de posse do
Conselho de Representantesda AdunifespSSind
Horário: 11hLocal: Sede da Adunifesp 25*
Audiência Pública com aReitoria da Unifesp
Pauta: efeitos dos cortes naUnifesp
*Data indicativa, ainda a serconfirmada, podendo ser
alterada para o dia 02/dez