View
222
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Â
Citation preview
Boletim InformativoClube Niteroiense de Montanhismo
Ano XI - Número 28Niterói, Março de 2015
• Aposentando meu mosquetão • História da conquista do K2 •• Divulgação do Plano de Manejo do PESET •
• Projetos CNMirim e CNMeio Ambiente • Catherine Desteville •• E muito mais! •
Relato: Pelas Cachoeiras de Macacu...
2 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
Olá Pessoal!!!
Muita coisa vem acontendo. Difícil até de enumerá-
las... Mas vamos lá!
Desde que assumimos a nova diretoria promovemos
as seguintes ações: Criação do desconto CNFaMília;
Projeto CNMirim, com ações voltadas para crianças;
Projeto CNMeio Ambiente, onde já foram e serão
promovidas ações de reflorestamento, manejo de trilha,
educação ambiental, etc.; Novas regras para emissão
das carteiras sociais; Novas regras para empréstimos de
material; Calendário anual de atividades; Terminamos
a turma CBE 2014/2015 com três alunos e iniciamos a
truma 1-2015 com 6 alunos; e estamos nos organizando
para a nossa participação na ATM 2015.
No que tange o nosso objetivo de duplicar o número
de sócios, saltamos de 52, em novembro, para 69 em
março. E não para de chegar novos cadastros!!!
No último dia 29/03, inauguramos o nosso
Núcleo de Montanha. Uma parceria com o PESET, onde
compartilharemos o espaço do NUPIF. Foi um evento
ótimo. Além de nossos nócios, tivemos a participação
da FEMERJ, com a Kika e o Delson, e do CEB também.
Nos reunimos para o café da manhã e depois, claro,
fomos escalar e caminhar pelas trilhas do PESET. Mas
as fotos e os detalhes ficarão para a próxima edição
do boletim.
Acho que tudo isso que vem acontecendo é
resultado de um grande trabalho em equipe. É claro
que uns ajudam mais, outros menos, mas sei que
todos colaboram com o que podem... E isso é o mais
importante!
O verão se foi... O outono está aí! Baixou
a temperatura e já consegui escalar as 12:00h.
Alguém poderia pensar nisso a um mês atrás? Pois é,
estamos entrando na melhor época para a prática do
montanhismo. Espero que todos estejam preparados
fisicamente e pisicologicamente, pois esse ano promete.
Então pessoal, estão esperando o quê? Bora escalar!
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Ano novo, vida nova! Por Leandro do Carmo
SUGESTÃO DE LEITURA
Tenha uma boa leitura! Por Mariana Pardal
The Conquest of Everest: Original Photographs
from the Legendary First Ascent
Celebrating the first ascent of
Mount Everest in May 1953
with exclusive access to the
remarkable imagery and private
archives of legendary climber
and photographer George Lowe,
who accompanied Hillary and
Norgay on that first triumphant
expedition
Uma mulher, um caiaque e o oceano - Simone
Duarte
Em “Uma Mulher, um Caiaque
e o Oceadno”, Simone Miranda
Duarte, campeã brasileira de
canoagam oceânica em 1992,
1993 e 1995, relata seus
desafios, aventuras, surpresas,
dificuldades e encantamentos
com a canoagem. Mas também
destaca aspectos ecológicos,
de solidariedade e espiritualidade em suas travessias.
Lembra inclusive do ano em que se internou em um
mosteiro beneditino em busca de sua vocação. Foi
encontrá-la, anos mais tarde, no mar.
Por Ro Gelly
Mountaineering: Freedom of the Hills
Tem que estar na biblioteca
de qualquer escalador. Esse é
“The Bible”. Vende na Amazon e
entrega aqui. Covers everything
from the basics of equipment,
knots, rappelling techniques, and
leave-no-trace principles to the
more advanced skills of setting
up complex anchors, evaluating
avalanche terrain, and developing your leadership
skills. Completely revised and updated to include the
latest in gear and techniques. Written by a team of more
than 40 expert climbers and climbing instructors.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 3
A única maneira de realmente saber se o mosquetão
após uma queda pode continuar sendo usado é através
de um teste de tensão numa máquina, ou seja fazê-lo
quebrar, doa-lo para a ciência.
A grande questão da microfratura é que não
vemos a olho nu numa inspeção caseira. Esta fratura
pode causar um estresse concentrado e propagar
sob grandes cargas, reduzindo cada vez mais a força
do material. O metal ou qualquer outro material é
imperfeito por natureza e tem defeitos em sua estrutura
básica, incluindo pequenas falhas em suas ligações
moleculares, semelhantes à micro fissuras. Caso a
queda comprometa uma dessas fissuras, uma micro
fratura pode ocorrer. A pergunta prática agora não é
mais se micro fraturas surgem numa queda, e sim se o
impacto realmente faz diferença na estrutura geral do
mesmo, se faz diferença no suportar a carga prevista
de fábrica e aguentar a próxima queda numa escalada.
Tradicionalmente um mosquetão era fabricado com
forjamento frio, onde o metal é amalgado plasticamente,
sua forma é deformada numa temperatura abaixo
da cristalização, mas se rompiam mais facilmente.
Atualmente, muitos mosquetões são fabricados com
o processo de forjamento quente, permitindo assim
formatos diferentes do equipamento, preservando
a ductilidade, ou seja, podem se deformar sem se
romperem.
O autor do artigo em que me baseei, Jim
Margolis, junto com escaladores amigos, em 2007,
quando estudante de engenharia mecânica, testou 30
mosquetões novos do mesmo modelo, com quedas de
6,3, 12 e 32 m , filmou cada queda e testou a carga
máxima de cada um. Forjados a frio ou a quente. Uma
queda para cada mosquetão. Não percebeu nenhuma
diferença comparando com outros 10 (de controle)
nunca usados, ou seja, que não sofreram queda.
Este teste, no padrão da UIAA, foi feito tracionando o
mosquetão até sua ruptura.
Ele afirma que o número de mosquetões testados
não foi grande, nem quedas em diferentes rochas, nem
diferentes formatos de mosquetão, por isto não pode
ser considerado um teste exemplar. Para ver os vídeos
e as tabelas, entre na página que está no início deste
artigo.
TÉCNICA
Aposentando meu mosquetão Por Eny Hertz e Revisado por Alan Marra
Inspecionar seu Equipamento de Proteção Individual
– EPI deve ser um hábito corriqueiro em sua vida. A
inspeção de alguns tipos de equipamento de escalada
é fácil: costura abrindo, rasgo na fita, etc. Com o
mosquetão observamos se a porta funciona direito, sem
barulho; se não há desgaste do metal feito pela corda,
fratura visível, mesmo da largura de cabelo, corrosão
etc. Com o aparecimento de qualquer um destes sinais,
devemos aposentar o equipamento.
Sempre escutei vários escaladores aconselharem
aposentar mosquetões depois de quedas, de qualquer
altura. Muitos dizem que é mito e continuam com o
mosquetão, caso a altura seja somente de até um metro
(mais ou menos altura da cintura), no caso de somente
uma queda. Acima desta altura a opinião é unânime:
é necessário aposentar mosquetão, por questão de
prevenção.
Resolvi pesquisar na internet para saber a
opinião sobre quedas de até um metro, achei vários
fóruns e algumas matérias . As pesquisas técnicas/
experimentais são, em sua maioria, com alturas para
escalada industrial. Desprezei qualquer informação sem
metodologia científica. Foi difícil separar as informações
confiáveis, das pouco confiáveis.
Escolhi a página http://www.outdoorsafetyinstitute.
com/index.php/news/single/should_you_retire_a_
dropped_carabiner/ como principal fonte deste artigo,
traduzi e encolhi o texto, pois tem muitas informações
técnicas que poucos se interessariam. Para esses, o
endereço está acima.
O mosquetão de escalada ao cair em superfície
dura (concreto/rocha) pode apresentar microfraturas
(invisíveis a olho nu) que podem enfraquecer a
estrutura e podem torná-los inseguros. Fique alerta! Na
dúvida, aposente-o. Sem discussão se cair pela segunda
vez, mesmo de baixa altura, segurança acima de tudo.
Microfraturas são reais e podemos encontrar várias
pesquisas sobre o assunto, como a Simulating Micro-
Fracture in Metal-Matrix Composites (http://iucat.
iu.edu/iupui/6439632).
4 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
Ele também testou, sem padrão científico, um
mosquetão colocado no chão e recebendo objetos
bem pesados caindo nele até o momento de ficar
deformado. Ao ser tensionado, quebrou com 11 KN,
bem abaixo das padrões de escalada. Nunca escale com
mosquetões deformados!
Steve Nagode, engenheiro da REI testou 30
mosquetões em quedas de 10 metros e os comparou
com outros 30 novos mosquetões (controle) do mesmo
lote de fabricação. Não encontrou nenhuma diferença
entre os grupos.
Margolis (mestre em engenharia mecânica) diz que
apesar de não estar licenciado para atestar tecnicamente
sobre o assunto, aconselha o escalador a não desprezar
qualquer queda do mosquetão, nem ser displicente com
qualquer equipamento. Mas que não precisamos ficar
neuróticos com uma queda da cintura para baixo. Não
houve estudo com mosquetão com quedas repetidas.
Um alerta que ele faz no final do artigo e eu
assino abaixo: Escalar é perigoso, e não há razão para
aumentar os riscos usando equipamento inapropriado
(como é caso de queda de mosquetão).
Troque o mosquetão em nome da segurança de sua
vida e a do outro. Custa pouco comprar um mosquetão
novo, se compararmos com a possibilidade de um
acidente.
Meu conselho: apesar de encontrar opiniões
técnicas afirmando que podemos continuar usando o
mosquetão depois da queda baixa (até de um metro),
eu digo: troque-o (principalmente se for emprestado!
Seja ético!) em nome da segurança de sua vida e a do
outro. Mantenha-se seguro, o tempo todo!
Fontes:
http://www.outdoorsafetyinstitute.com/index.
php/news/single/should_you_retire_a_dropped_
carabiner/
http://www.onrope1.com/Myth1.htm
http://fatcanyoners.org/bush-guide/dropped-
carabiners/
http://blackdiamondequipment.com/en/faqs.
html##CLIMB
http://www.rei.com/learn/expert-advice/caring-
for-your-carabiners.html
FIQUE DE OLHO
ATM 2015 Por Leandro do Carmo
O CNM ESTARÁ PRESENTE. PARTICIPE!!!!
Inforamações: [email protected]
A 2a Semana Brasileira de Montanhismo tem o tema
Rio nas Montanhas, pois busca justamente exaltar esse
relacionamento dos cariocas para com suas montanhas,
destacando o uso recreativo das encostas e cumes
e a intensa conexão emocional que as montanhas
despertam na população carioca. Para tal, a FEMERJ
está programando as atividades abaixo relacionadas
para acontecer entre 01 e 03 de maio de 2015 no
maior centro de escalada em área urbana no planeta,
com inúmeras opções de vias de escalada e trilhas para
caminhada de fácil acesso e alta qualidade, a Urca:
Campeonato Brasileiro de Escalada - Ocorrá de
sexta a domingo na Praça General Tibúrcio.
Cine Montanha na Praça (com Festival de Filmes
Rio nas Montanhas) - Ocorrerá nos dias 1 e 2 de maio,
sexta-feira e sábado, na Praça General Tibúrcio.
28a Abertura de Temporada de Montanhismo (ATM)
- Ocorrerá nos dias 2 e 3 de maio, sáado e domingo, na
Praça General Tibúrcio.
III Congresso Brasileiro de Montanhismo e Escalada;
Exposição “Rio nas Montanhas”/ Concurso
Fotográfico “Rio nas Montanhas”;
Produzindo Cultura: “Rio nas Montanhas” consiste
em um conjunto de ações que visam celebrar a cultura
de montanha existente na Cidade do Rio de Janeiro;
Montanhismo Social;
Workshops e Oficinas de Segurança em Escalada.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 5
RELATO
Pelas Cachoeiras de Macacu! Por Ary Carlos
Já havia algum tempo que eu estava querendo
descobrir melhor as belezas de Cachoeiras de Macacu,
sabia que ali tinham muitas trilhas e cachoeiras mas
mesmo sendo relativamente perto do Rio eu sempre
fui deixando para depois. Ano passado começamos
a explorar e vamos tentar mostrar um pouco das
investidas que fizemos naquela região.
Primeira investida – Travessia São Lourenço x
Castália.
Participantes: Ary Carlos, Patrícia Lima, Alex
Rockert, Leonardo Carmo e Marcelo Sá.
Resolvemos fazer a travessia São Lourenço x
Castália que é até bem tranquila de fazer porque na
maior parte é só descida, lembra até a descida da Pedra
do Sino, maior porém menos íngreme. Deixamos os
carros em Castália e pegamos um busão até Friburgo,
de lá pegamos outro que vai para São Lourenço e
descemos perto do cemitério de São Lourenço que é
onde começa a trilha, passamos por algumas pequenas
cachoeiras no caminho e no final da travessia saímos na
mesma rua onde deixamos os carros.
É uma boa opção para quem não está muito
habituado com trilhas pesadas e quer fazer alguma
coisa mais interessante.
Segunda investida - Pedra do Colégio
Depois dessa, resolvemos explorar mais e fomos
fazer a Pedra do Colégio, que é um ponto turístico e
super conhecido da cidade. Dessa vez, os participantes
foram: Ary Carlos , Patricia Lima, Marcelo Sá, Leonardo
Carmo e o Rafael. A gente tinha combinado de levar
um amigo (o Luciano) que conhece bem a região e
que mora em Maricá mas, como eu já tinha avisado,
o cara era enrolado e não deu outra: não apareceu no
ponto de encontro, não avisou que não estaria lá e nem
atendia o celular. Partimos sem ele. Conseguimos achar
a entrada da trilha graças as dicas da dona Jacira que é
uma senhora que mora bem perto da pedra e quando
voltamos da pedra o Luciano me ligou e falou que
estava por ali e pelo que ele disse estava perto de onde
paramos os carros.
6 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
Depois de ouvir bastante “causos” do filho da dona
Jacira seguimos para as cachoeiras do Tenebroso e
da Terceira Dimensão, como o Luciano já conhecia o
caminho não precisamos perguntar aos moradores
onde ficava a trilha e partimos direto para lá
Terceira investida – Santa Fé
Depois disso, resolvi explorar mais e chamei
uma galera para me acompanhar em busca de mais
cachoeiras.
Fomos ver se achávamos algumas cachoeiras no
final da estrada para Santa Fé e mais um aqueduto
antigo que tem por ali. Dessa vez os participantes
foram 9: Eu, Andréa, Mariana, Bia, Leonardo, Michael,
Marco Antônio, Alexandre e uma amiga dele que não
era do clube. Nesse dia ainda tinha a Patrícia Gregory
com mais 3 pessoas mas eles não conseguiram passar
por um trecho na estrada que tinha muitas pedras
soltas e voltaram. Quando eu parei para esperar e vi
que eles não passavam, eu voltei para ver o que tinha
acontecido mas eles já tinham voltado e foram para
outras cachoeiras mais perto do centro.
No final da estrada deixamos os carros e
atravessamos a ponte que tem lá.
Logo na ponte tem 2 opções: ou você vai para a
direita subindo em direção à Pedra do Faraó ou segue
para a esquerda em direção ao centro e passando pelas
cachoeiras que fomos da outra vez (Tenebroso e Terceira
Dimensão), optamos por seguir para a direita. Logo no
início achamos a Cachoeira da Tartaruga que tem um
poço muito gostoso de ficar e uma hidromassagem
natural deliciosa.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 7
Já de cara inauguramos a primeira cachoeira e
depois seguimos trilha acima, passamos por outros
poços e pelo lago azul que ninguém acreditou que fosse
aquilo porque era muito pequeno. Pela fama achávamos
que seria uma coisa bem maior. Nada mais é do que um
laguinho que tem muito calcário no fundo e por isso a
água fica bem limpa e quando o sol bate ela fica um
pouco azulada.
Seguimos trilha acima e achamos outros locais
bons para dar uma refrescada mas não paramos até
acharmos uma praia bem interessante e com uma
cachoeira mais abaixo que não sei o nome, depois eu
dei uma explorada e achei o caminho até a base dela, só
quem desceu fui eu, o Michael e a Andréa , o resto ficou
na prainha relaxando. Depois seguimos mais acima da
trilha mas no final só achamos uma cerca e uma cabana
destruída e voltamos dali para a Cachoeira da Tartaruga
que ficava já perto de onde deixamos o carro.
Na volta descobrimos onde ficava o Aqueduto mas
2 caras nos perguntaram “Vocês vão assim???” Achei
estranho a pergunta, como assim? Tem que ir como?
Depois eu entendi, ele falou que ali tem muitas cobras
e que eles iam de perneira porque era muito perigoso.
Do jeito que falaram parecia que tinha uma cobra a cada
metro quadrado da trilha, com isso as meninas ficaram
com receio e não foram com a gente, encontramos logo
o aqueduto mas como um dos caras disse que era a
coisa mais linda do mundo achamos que devia ser
outro mais para frente e andamos bastante por cima
do murinho que levava água do rio até o aqueduto
tentando achar a coisa mais linda do mundo que o
cara falou. Chegamos no rio e descobrimos que era
mesmo aquele aqueduto lá da frente..rs. Voltamos até
o carro sem ter visto uma cobrinha sequer e partimos.
Realmente o pessoal é mesmo exagerado por ali.
Quarta investida – Santa Fé, descendo em direção
ao Centro
Participantes : Ary, Patrícia Lima, Andréa, Lohany
e Leonardo
Resolvemos voltar ao mesmo ponto de partida: a
ponte. Só que dessa vez fomos descendo o rio para
a esquerda. Descemos a trilha na intenção de chegar
até a Cachoeira do Tenebroso para conhecer toda
a extensão da trilha já que eu só conhecía vindo do
centro até ela e dessa vez chegaríamos por cima vindo
de Santa Fé. Andamos um pouco e quando vimos uma
trilha indo em direção a um barulho de cachoeira
saímos da trilha principal e descemos para investigar,
chegamos em um rio quase no topo de uma cachoeira,
ao lado descobrimos uma trilha e por ela conseguimos
chegar na base da cachoeira onde tinha um poço bem
fundo e ótimo para tomar banho.
Dali a cachoeira segue e forma logo outra mais
8 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
abaixo que é a Cachoeira do Jequitibá. Basta pegar
uma trilha na base e descer até o poço da Cachoeira do
Jequitibá, ficamos um tempo ali e lanchamos.
Seguimos mais um pouco e achamos o Jequitibá
que dá nome à cachoeira com um buraco no tronco que
dava para entrar umas 4 pessoas ao mesmo tempo.
Seguimos a trilha e achamos mais abaixo outro
poço e é claro paramos para mergulhar, quando a
Lohany foi subir uma pequena cachoeira achou uma
cobra não venenosa, uma caninana, se refrescando na
pedra ao lado.
Dali voltamos para a trilha principal e continuamos
a descer até achar a entrada da trilha para as Cachoeiras
do Tenebroso e Terceira Dimensão.
Depois de ficar um pouco curtindo as cachoeiras
voltamos pela trilha até a ponte onde deixamos o carro
e ainda paramos para mais um mergulho no rio para
tirar a poeira da trilha.
De lá voltamos para casa.
Quinta investida – Travessia Theodoro de
Oliveira x Boca do mato
Dessa vez, Eu, Andréa, Leonardo, Tauan e Lohany,
fomos fazer outra travessia conhecida de Cachoeiras de
Macacu, que é a travessia Theodoro de Oliveira x Boca
do Mato. Ela começa no alto da serra, na rua que passa
atrás do posto da patrulha rodoviária.
A trilha começa no final dessa rua.
Deixamos o carro na entrada da sede dos Três Picos
em Boca do Mato e pegamos um busão até o posto da
polícia no alto da serra. Dali seguimos a rua e quando
ela termina começa a trilha, o curioso é que, como ali
era a antiga estrada para Nova Friburgo, a gente anda
um bom trecho da trilha com o piso de asfalto com
plantas e a mata fechando os dois lados da estrada.
Depois é só descida o que faz com que seja bem leve,
ideal para quem está começando a fazer trilhas.
A trilha é dividida em 2 trechos, a primeira parte
tem um bom trecho com o piso de asfalto apesar de
estar dentro da mata, deve ser muito bom para fazer de
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 9
bike, depois ele termina na beira da estrada e tem que
andar cerca de 800 metros pelo acostamento até entrar
novamente na mata
Depois que entra
na segunda parte, a
trilha começa a descer
e passa pelo ponto
onde as locomotivas
se abasteciam de
água. Ainda é possível
ver alguns pequenos
trechos com os trilhos
enferrujados
E n c o n t r a m o s
algumas cachoeiras e
paramos apenas em uma
para dar um mergulho até
porque estava ameaçando
cair uma chuva nesse dia, mas felizmente só no final
que deu uma chuva leve e que não durou mais que 5
minutos, nem cheguei a colocar o anorak porque vi que
não demoraria a parar.
Na volta encontramos algumas casas mas não vimos
ninguém , somente alguns gatos que estavam morrendo
de fome e vieram correndo ver se conseguiam alguma
comida com a gente, a Lohany que é doida por gatos se
apaixonou logo e foi dando aquele delicioso sanduiche
que ela leva para os bichos. O Léo chegou a ficar com
os olhos cheios de lágrimas ao ver os gatos comendo o
sanduiche...rsrs. Eles nos seguiram até o final da trilha
e um deles acabou indo com a Lohany que caiu no golpe
do ”me leva pra casa que eu estou abandonado”.
A trilha termina na estrada bem perto da entrada
da sede dos Três Picos onde deixamos os carros. Basta
voltar alguns metros, atravessar a ponte e já está na
sedo dos Três Picos. O ideal é deixar o carro ali e subir
de ônibus até o posto da polícia.
Essas foram as investidas que fizemos em
Cachoeiras de Macacu no final do ano passado e início
deste ano para aproveitar o calor escaldante que estava
fazendo em Niterói. Uma ótima pedida para fazer no
verão.
E ainda tem muito mais coisas para explorar por lá!
10 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
ESPAÇO PESET
Plano de Manejo do PESET Por Leandro do Carmo
Foi aprovado pela
Resolução Inea nº 107
de 05/02/2015, o Plano
de Manejo do Parque
Estadual da Serra da
Tiririca. O Plano de
Manejo foi elaborado
a partir de diversos
estudos (do meio físico,
biológico e social), que estabeleceu as normas, as
restrições para o uso, as ações a serem desenvolvidas
no manejo dos recursos naturais da UC e seu entorno,
visando minimizar os impactos negativos sobre a UC.
O zoneamento da UC, as medidas para promover a sua
integração à vida econômica e social das comunidades
vizinhas e as regras para visitação também constam
nesse documento.
O documento está disponível para download em:
http://www.inea.rj.gov.br/
Curso de Resgate e Manejo de Corujas Por Stephanie Maia e Leonardo Carmo
Nos dias 28 e 29 de janeiro o PESET ofereceu
um curso sobre manejo e resgate de fauna, a fim de
promover a capacitação de seus guardas parque e
agentes da defesa civil de Maricá e disponibilizou
duas vagas para o CNM. Leonardo e eu, logo nos
candidatamos às vagas.
O curso de capacitação de “Resgate de Corujas
e Manejo em Cativeiro” teve 25 horas de duração e
foi ministrado na sede do Parque Estadual da Serra
da Tiririca, em Itaipuaçu, por Marc Petroff, Membro
Fundador e Presidente da Associação Nacional para
Pesquisas, Conservação e Preservação de Strigiformes
- Pró Corujas.
O curso abordou os seguintes temas: Taxonomia e
Sistemática de Strigiformes; Identificação e status das
espécies de corujas; Anatomia e fisiologia de rapinantes;
Métodos de captura de corujas; Contenção física;
Manejo para transporte; Transporte de aves debilitadas;
Recintação; Manejo em cativeiro; Transporte para
soltura; e Soltura e monitoramento
No primeiro dia tivemos as primeiras noções
sobre anatomia das corujas e sobre os cuidados
necessários ao maneja-las, uma vez que essas aves são
extremamente sensíveis e ao segurá-las é necessário
dosar firmeza e delicadeza. Jamais se deve pegar
uma coruja pela cabeça ou pelas asas, pois isso pode
comprometer o ouvido do animal e quebrar as asas que
são muito sensíveis.
Além disso, também recebemos algumas
instruções sobre como devemos nos comportar na
mata durante a noite, já que as corujas são animais de
hábitos noturnos. Não se deve tirar fotos com flashes
diretamente do animal e evitar usar roupas muitos
coloridas, optando sempre por roupas de tons neutros.
Pois isso afeta a visão das corujas e as impossibilitam
de perceber o ambiente da maneira correta para caçar
com mais eficiência.
Na parte da tarde, fizemos uma atividade prática.
Marc pediu que escolhêssemos uma caixa, dentre
outras com variáveis dimensões, para que pudéssemos
simular um resgate de um animal. O desafio era
imobilizar a caixa o mais firme possível em três tipos
de carros diferente, numa caçamba (viatura do INEA),
num camburão (viatura da defesa civil) e num carro de
passeio. Tivemos que quebrar um pouco a cabeça com
improvisos utilizando cordas e cintos de segurança
dos carros. Todo esse desafio estava no script, pois
tentamos simular situações reais do cotidiano de um
parque.
À noite, fomos a campo fazer uma sondagem sobre
onde poderíamos soltar a Tutis, uma Murucututu de
Barriga Amarela que havia sido resgatada por Marc
e que precisava ser reintegrada. Começamos pelo
Caminho Darwin. Chegando lá, encontramos um lugar
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 11
perfeito, com poleiros em boa altura e ótimas condições
ambientais.... não fosse pela presença de outro casal de
corujas que Marc conseguiu ouvir e localizar. Ficamos no
local por umas duas horas e também conseguimos ver
o casal.. E como eram lindos!! Fiquei muito emocionada
nesse momento, todos ficamos!
Como já era um terreno ocupado, tivemos que
buscar outro lugar para soltar a Tutis. Então, Felipe (do
PESET) sugeriu que fossemos até o Córrego dos Colibris.
Chegando lá, constatamos que não era um bom lugar
para fazer a soltura, pois era muito próximo da rua.
Como já passava das 23h, decidimos encerrar e fazer
outra saída a campo na noite seguinte. No segundo
dia foram abordados assuntos relacionados ao tema
da conservação e aos impactos de atividades humanas
para esse grupo de aves.
Após o almoço, todos conhecemos a Tutis
pessoalmente mas de longe para não assustá-la. Nesse
momento Marc aproveitou para nos mostrar como
retirar do recinto.
Levamos a Tutis para o auditório onde o curso
estava sendo ministrado e aproveitamos para treinar um
pouco a pegada, sem machucá-la e depois ela foi solta
na sala. Precisávamos avaliar como ela estava voando,
se alcançaria os poleiros, enfim, fazer uma sondagem
geral do voo e ao que parecia estava tudo bem.
Na noite do segundo dia era o momento de
devolver a Tutis à natureza. O procedimento de soltura
iniciou por volta das 20h, em uma parte mais afastada
do PESET. Nesse dia eu não pude ir ver, mas Leonardo
acompanhou o grupo, e segundo ele todo o processo
levou aproximadamente umas quatro horas. Ao final
desse tempo Tutis, percebendo que podia partir, fez
um lindo voo em direção ao seu novo lar.
12 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
HISTÓRIA
História da Conquista do K2 Por Vinícius Araújo
O K2 é a segunda montanha mais alta do mundo,
com 8.611 metros de altitude e é considerada por muitos
como a montanha mais difícil de alcançar o cume. O ano
de 2008 foi marcado por um trágico acidente, no qual
morreram 11 montanhistas de diversas nacionalidades
e essa história motivou o autor Graham Bowley a
escrever o livro “Morte e Vida no K2” no qual relata os
dias que cercaram essa tragédia. Porém, abaixo segue
um trecho do livro no qual conta um pouco sobre a
história da conquista desta pirâmide do Himalaia que
seduz muitos montanhistas há décadas:
“ A cordilheira de Karakoram faz parte do Himalaia
ocidental e forma um divisor de águas entre o
subcontinente indiano e os desertos da Ásia Central.
Ali, quatro picos com mais de 7.900 metros ficam a 24
quilômetros um do outro. Entre um pouco mais nesse
território de gelo e morena e finalmente, depois de três
dias, surge, acima de todos esses imponentes gigantes,
o K2, a segunda mais alta montanha do mundo.
O modo como o K2 ganhou seu nome tornou-se
lenda. Em setembro de 1856, um pesquisador britânico
do Grande Projeto de Topografia Trigonométrica da
Índia, tenente Thomas G. Montgomerie, escalou um
pico na Caxemira carregando teodolito, um quartzo e
uma prancheta topográfica. Sua tarefa era determinar a
fronteira imperial do Raj.
Duzentos e vinte e cinco quilômetros ao norte ele
viu duas montanhas imensas, que esboçou em seu
caderno em tinta, acima de sua própria assinatura
ondulada e imponente. Ele as chamou de K1 e K2. O “K”
de Montgomerie significava Karakoram. (Ele registrou
desde K1 até o K32 e assinalou a altura do K2 em
8.619 metros, apenas 8 metros a mais). Mais tarde
se descobriu que o K1 tinha um nome local, e ficou
registrado nos mapas como Masherbrum. Mas o K2 não
tinha, por esse motivo o nome de Montgomerie pegou.
Cinco anos depois da visita do tenente, outro
robusto e severo construtor do império britânico, Henry
Haversham Godwin-Austen, chegou mais perto do K2,
tornando-se o primeiro europeu a subir ao glaciar de
Baltoro.
Em reconhecimento por seu feito, uma moção
foi proposta, em 1888, à Royal Geographical Society
em Londres, para que o K2 “no futuro seja conhecido
como pico Godwin-Austen”. A moção foi rejeitada, mas
o nome permaneceu em alguns mapas e matérias de
jornal até meados do século XX. Ele carregava traços
coloniais, no entanto, e no fim “K2” venceu, embora o
nome de Godwin-Austen ainda identifique o glaciar ao
pé da montanha.
(...)
Nos anos imediatamente posteriores à Segunda
Guerra Mundial, as hostilidades podiam ter terminado
ao redor do mundo, mas ainda havia as rivalidades
nacionais na arena do Himalaia. Em 1950, uma
expedição de alpinistas franceses foi a primeira no
mundo a escalar um pico acima de 7.900 metros ao
chegar ao cume do Annapurna I, no Nepal. Em 1953, o
monte Everest, o mais alto de todos eles, foi conquistado
pelos ingleses; a notícia do acontecimento chegou a
Londres na noite da coroação da rainha Elizabeth II e foi
motivo de celebração nacional.
Na primavera de 1954, foi a vez da Itália
engrandecer sua reputação nacional e reformular seu
temor pós-guerra, quando uma expedição chegou ao
Paquistão para conquistar as escarpas do K2.
A expedição era composta por 11 alpinistas, quatro
cientistas, um médico, um cineasta, dez carregadores
de altitude hunzas e quinhentos carregadores
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 13
adicionais. Juntos eles levaram nos ombros mais de 13
toneladas de suprimentos, incluindo 230 cilindros de
oxigênio suplementar.
O autocrático líder da expedição, Ardito Desio, era
um geógrafo e geólogo de Palmanova, no nordeste da
Itália. Homem ambicioso, foi apelidado de Il Ducetto,
ou Pequeno Mussolini, pelos membros da equipe. Para
demonstrar sua séria intenção, antes de se aproximar
a pé. Desio e três companheiros circundaram a
montanha num DC-3. O exército paquistanês auxiliou
sua aproximação construindo pontes sobre as ravinas,
e, num eco da guerra precedente, instou seus alpinistas
nas encostas, pelo rádio no acampamento-base, a
tornarem-se “campeões de sua raça”. Ao entrarem
pelo terreno despovoado do vale circundante, alguns
dos carregadores tiveram cegueira de neve depois que
Desio se recusou a os equiparem com óculos de sol
adequados. Os carregadores chegaram a encenar uma
revolta, mas foram aplacados por cigarros e gorjetas e
pela intervenção do oficial de ligação militar, coronel
Ata-Ullah, embora alguns deles depois tenham roubado
farinha e o biscoito da equipe.
A escalada em si foi notável pelo uso de um
guindaste de aço e 300 metros de cabos de aço para
içar suprimentos pesados montanha acima. E após
63 dias de preparação – e da morte de Mario Puchoz,
um alpinista de 36 anos e guia de montanha de
Courmayeur, em virtude de complicações inicialmente
diagnosticadas como pneumonia, mas posteriormente
aceitas como edema pulmonar –, à noite de 30 de julho
de 1954 dois alpinistas haviam alcançado 7.900 metros
e estavam mais ou menos a um dia de escalada do topo.
À primeira luz da manhã, os dois homens, Achille
Compagnoni, um alpinista de Lombardia, com 40 anos,
o preferido da expedição de Desio, e seu parceiro de 28
anos, Lino Lacedelli, de Cortina d’Ampezzo, escalaram
em direção ao cume. Em certo ponto, Compagnoni
escorregou e caiu, mas aterrissou em neve macia.
Em outro, Lacedelli, ao remover as luvas para limpar
os óculos, descobriu que os dedos estavam brancos
e insensíveis. Os dois homens estavam carregando
pesados tubos de oxigênio. A 183 metros do cume, no
entanto, sentiram tontura; o gás tinha acabado e eles
tiraram as máscaras.
Acreditando que acima de 8.500 metros a vida
sem oxigênio era impossível por mais de dez minutos,
eles aguardaram o fim. Quando o fim não veio e eles
descobriram que podiam respirar, os dois seguiram em
frente, com dificuldade, embora tivessem entrado num
estado alucinatório, ambos acreditando que Puchoz,
seu colega morto, os estava seguindo logo atrás.
Poucos minutos antes das seis horas da tarde, a
encosta ficou plana; eles se deram os braços e, dizendo
“Juntos”, pisaram no cume. O K2 tinha sido derrotado. O
New York Times publicou a história no dia 4 de agosto
de 1954: “Italianos conquistam o segundo mais alto
pico do mundo; o monte Godwin-Austen, na Caxemira,
é escalado num esforço de 76 dias”.
De volta à Itália, a expedição foi recebida com uma
previsível onda de fervor patriótico; um selo foi emitido
em homenagem aos alpinistas, e eles foram recebidos
14 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
pelo papa Pio XII. Seguiram-se também décadas de
ressentimento pelo modo como a chegada ao cume
havia ocorrido.
Na noite anterior à chegada ao cume, Compagnoni
tinha montado o acampamento final mais alto que o
combinado com o resto da equipe, e o escondeu atrás
de uma rocha. Ele fez isso porque havia um número
limitado de equipamentos de oxigênio e ele não
queria que outro alpinista, Walter Bonatti, que vinha
subindo juntos com um carregador hunza chamado
Mahdi, tomasse seu lugar. Bonatti era um montanhista
talentoso, mais jovem, e menos favorecido pelo líder
Desio, e pelas instituições de escalada italianas.
Em consequência do esconderijo, Bonatti e Mahdi
foram obrigados a passar a noite a céu aberto, sobre
uma pequena saliência de gelo, na lateral da montanha.
Eles de fato tinham levado os equipamentos de oxigênio
para o cume e os deixaram na neve. Mahdi, que não
estava usando botas de escalada adequadas, teve de
descer às pressas, desesperadamente, à primeira luz
do dia. Ele sobreviveu, mas perdeu metade de ambos
os pés em virtude de geladura, e também quase todos
os dedos.
O rancor durou anos na Itália. Bonatti veio se tornar
um dos mais bem-sucedidos e respeitados alpinistas
de sua geração, e os montanhistas geralmente aceitam
essa versão dos acontecimentos. Nos anos 1960,
Compagnoni revidou, afirmando que Bonatti tinha
esvaziado os tanques de oxigênio, com isso arriscando
as vidas dos dois homens que chegaram ao cume. Ele
disse que Bonatti também tinha convencido Mahdi a
acompanhá-lo até o acampamento final prometendo-
lhe, falsamente, tentar chegar ao topo. Bonatti ganhou
um processo por difamação contra um jornalista
que publicou as afirmações de Compagnoni. Desio
retornaria ao Paquistão em 1987 para decidir finalmente
a questão de qual pico era mais alto, o K2 ou o Everest.
(Um astrônomo da Universidade de Washington tinha
anunciado que novos dados fornecidos por um satélite
da Marinha mostravam que o K2 poderia ser 243 metros
mais alto que o Everest; usando uma tecnologia melhor,
Desio e seus colegas descobriram ser o contrário.) Ele
também enfrentou perguntas sobre se tinha escondido
a verdade acerca do que tinha acontecido na montanha.
Apesar do rancor, o feito da equipe italiana ainda
estava de pé. Quase cem anos após o primeiro vislumbre
do K2 por Thomas Montgomerie, dos Engenheiros
Reais, o homem tinha finalmente chegado à neve no
topo do K2. “
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 15
AMBIENTE
Projeto CNMeio Ambiente Por Leandro do Carmo
Em Fevereiro de 2015, iniciamos os trabalhos
para manejo do capim colonião e reflorestamente da
Enseada do Bananal. Foram 4 dias de mutirão debaixo
de um sol forte, mas nada que pudesse desanimar
essa galera. Todo esse trabalho foi recompensado
pelo dia do plantio das mudas! Dezenas de crianças
estavam presentes, algumas tendo sua primeira lição
de preservação do meio ambiente! Veja como foram
esses dias!
Primeiro dia - 18/01/2015
Participantes: Alexandre Rockert, Cris Anderson
Correa de Souza, Leandro Gonçalves do Carmo, Maria
Eugênia, Patrícia Gregory, Rafael de Souza Nunes
Pereira, Vinicius Gomes Araújo, Leonardo Leite, Simone
Souza, Filipe Frazão, Roberto Guimarães e Djailton
Vidal.
Nem o sol forte espantou a galera...Há tempos que
estava para marcar esse mutirão. O problema ali no
Bananal é crônico: o capim colonião cresce e dificulta
a passagem até o bloco principal do Campo Escola
Helmut Heske. Queria aproveitar para iniciar o trabalho,
mesmo estando com o forte calor, pois a cada dia que
passa o capim cresce mais...
Já havíamos combinado com o PESET o empréstimo
das ferramentas e o apoio para a atividade. Na verdade,
eu abri essa atividade, já prevendo pouca participação,
como já falei, devido ao calor. Mas me surpreendi. A
galera compareceu e com 12 participantes avançamos
bem. Nosso ponto de encontro foi na subsede do
Parque, em Itacoatiara, onde, já as 08:00 da manhã, foi
difícil achar uma vaga para estacionar. O prenúncio de
um dia de praia lotada!
Pegamos algumas ferramentas e três mudas com o
Parque e começamos a subir, com cerca de 1 hora de
atraso, até o NUPIF, onde fizemos uma foto da galera.
Seguimos direto até o Bananal e lá, já nos preparamos
e organizamos nossa ação. Decidimos que, pelo
menos, deixaríamos limpa a trilha de acesso ao bloco
principal. E assim iniciamos os trabalhos debaixo de
um sol escaldante...De vez em quando, olhava a água
da enseada, coisa do tipo nordeste, nos esperando!!!
Aproveitamos para recolocar a placa informativa do
Parque e fechar um atalho que estava sendo aberto.
Fizemos uma boa capina e aproveitamos para plantar
3 mudas.
Depois de algumas horas no sol forte não resisti e
puxei a fila do mergulho... A água, além de clara, estava
numa temperatura muito agradável. Depois de tanto
trabalho, ficamos ali durante algum tempo relaxando e
recarregando as baterias...
É impressionante o que a natureza pode nos
oferecer... Se pensarmos bem, retribuímos muito
pouco por aquilo que ela nos oferece! Mais uma vez,
missão cumprida!!! Valeu pessoal, esse foi o primeiro
de muitos!!!
Segundo dia - 24/01/2015
Participante(s): Leandro do Carmo, Stephanie Maia,
Vinicius Gomes Araújo e Leonardo Leite.
Marcamos outro mutirão logo na semana seguinte.
Queríamos avançar e acabar logo com aquele capim e
assim podermos vir plantar as mudas. Aliás, as mudas
que havíamos plantado na vez passada não resistiram.
16 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
Já era de se esperar... Elas estavam muito frágeis...
Poucas folhas e ainda muito pequenas... Não teve jeito.
O sol dessa vez não veio tão forte como na
semana passada. Ainda bem! Também não éramos
em quantidade igual, só estávamos em três, mas o
suficiente para botar a mão na massa. Começamos
retirando o capim que rodeava uma pedra, logo após a
placa de informação do local. Demos uma boa limpada
deixando a pedra bem a mostra. Para termos certeza de
que o trabalho havia sido bem feito, um grupo que veio
visitar o local conseguiu subir na pedra para descansar
e curtir o visual. Coisa que há algumas horas atrás, seria
impossível.
Ainda aproveitamos para fechar um atalho que
estava sendo usado por quem voltava do Campo Escola,
pois voltar para a trilha estava complicado devido
ao capim que cobria a entrada a trilha e as pessoas
acabavam tomando esse atalho que saía no meio do
nada e acabavam voltando.
O Leonardo Leite foi embora antes de nós. Já
cansado, dei por encerrado o trabalho. Aproveitei para
subir no bloco principal e bater a tradicional foto do
antes e depois. Desci e não resisti a um banho, só que
diferentemente da semana passada, preferi ficar entre
as pedras, numa banheira natural... O mar não estava
dos melhores e cortar o pé no marisco não estava nos
meus planos. O Vinícius foi mais corajoso e entrou, eu
fiquei só olhando e me refrescando! E assim voltamos
com dever de casa feito!
Terceiro dia - 01/02/2015
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo,
Stephanie Maia, Marcos Lima, Lohany Silva e Vander
Silva
Não poderíamos perder tempo. Nossa ideia é
avançar rápido para concluir a primeira etapa do projeto
que é limpar toda a área a direita da trilha, formando
aquele miolo no Campo Escola. Esse seria o terceiro
seguido. A previsão do tempo não era boa, mas na
época que estamos, ou faz muito sol ou chove. Prefiro a
chuva... Acho que o tempo acabou assustando algumas
pessoas. Havia chovido muito na noite anterior. Cheguei
na entrada do Parque às 08:00 e ainda não tinha
ninguém. Após alguns minutos, chegaram a Lohany e
meu irmão, o Leonardo, que iria para a aula do CBE, mas
daria uma mãozinha no mutirão antes.
Com um pouco de atraso, iniciamos a subida lá
pelas nove... Passamos no NUPIF para pegar algumas
ferramentas emprestadas pelo PESET e de lá seguimos
para o Bananal. Assim que chegamos, reparei como
o capim cresce rápido. Em alguns lugares, chegava a
uns 20 cm. Isso em uma semana! Apesar do cuidado
que estamos tendo em tirar a raiz, alguma coisa acaba
ficando... No começo, fizemos a retirada desses brotos
e localizamos a raiz e as tiramos. Depois seguimos para
a parte mais pesada... Mas antes uma foto para depois
mostrarmos o trabalho feito no dia.
Começamos e aos poucos o trabalho foi avançando.
A Stephanie e o Marcos Lima chegaram um pouco
depois e compensaram a saída do Leonardo e o Vander,
que precisaram ir para a aula do CBE. Continuamos até
umas 11:30 da manhã e tive a impressão de termos
avançado mais que nos últimos dias...
Mais um dia de trabalho cumprido, ameacei até
dar um mergulho, mas ficou só na ameaça mesmo.
Nem mesmo aquele banho na beirada... O mar estava
tão forte que estava arriscado. Molhei só cabeça para
refrescar e fomos embora.
Quarto dia - 08/02/2015
Participantes: Leandro do Carmo, Vinícius Araújo,
Alex Rockert, Vander Silva, Marcos Lima, Ary Carlos,
Maria Eugênia, Eny Hertz, Tauan Maia, Cris Anderson,
Simone Souza e Filipe Frazão.
Como estávamos avançando rapidamente e faltava
pouco, tratamos logo de marcar na semana seguinte
do último mutirão, fazendo o 4º seguido. Minha ideia
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 17
era finalizar o trabalho dessa primeira etapa antes do
carnaval. Mas para isso, seria necessário mais gente.
Como diz o ditado “propaganda é arma do negócio”,
tratei logo de preparar a divulgação.
No dia, a galera compareceu. Fomos 12 e não
demos trégua... O tempo começou nublado, o que
ajudou bastante. O sol apareceu depois, mas já
estávamos no final dos trabalhos. Concluímos o nosso
objetivo dessa primeira etapa. Todo o capim daquele
miolo, entre a trilha e o bloco principal foi retirado.
Deixamos livres os acessos às bases de muitas vias que
estavam complicadas de acessar.
Valeu pessoal!!!! Um belo trabalho!!!!
18 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
ACONTECEU
Projeto CNMirim Por Patrícia Gregory
A estreia do CNMirim foi um grande sucesso!
Esse projeto é fruto do nosso desejo de integrar
nossas crianças às nossas atividades, fazendo com
que participem, compreendam e desenvolvam a paixão
e a consciência da necessidade de preservação do
ambiente natural. De acordo com o nosso estatuto:
“Art. 2º - O CNM tem por fim o estudo, a prática e a
divulgação (...) das atividades de integração ambiental
e afins...” . Sendo assim, foi lançada a proposta de
termos atividades “mirins”, voltadas para a educação
ambiental. Nasce então o CNMirim!
No dia 14 de março, foi executada mais uma etapa
do trabalho de recuperação da mata na área do Bananal,
no PESET. Depois dos quatro mutirões de retirada do
capim colonião que tomava conta do terreno, feitos
com a participação dos nossos associados nas semanas
anteriores, chegou a vez de plantar. E quem melhor
faria esse trabalho, e com mais alegria do que as nossas
crianças?
Contamos ao todo com a presença de 25 pessoas
no evento, 6 crianças, 4 adolescentes e 15 adultos. Foi
uma manhã muito agradável, temperatura perfeita,
animação na media certa para a execução da tarefa.
As crianças participaram de todas as etapas, desde
abertura das covas (ajudadas pelos adultos), até o
plantio e a primeira rega.
Foram plantadas 15 mudas cedidas pelo parque,
dentro das especificações e recomendações técnicas,
estando o departamento de meio ambiente, encarregado
de monitorar o desenvolvimento dessas mudas.
Aproveitamos para agradecer ao grupo escoteiro
64 GELGA pela participação na atividade.
Que venham mais eventos do CNMirim, trazendo a
alegria, a empolgação, e a paixão dos nossos pequenos,
se não “futuros montanhistas”, pelo menos, cidadãos
conscientes da necessidade de manter viva a natureza.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 19
Mês de março é mês da Mulher, por isto trazemos
a biografia de uma grande escaladora. No ano passado
escrevemos sobre a brasileira Karina Oliani, neste ano
trazemos Destivelle.
Catherine Monique Suzanne Destivelle nasceu
em 1960 em Paris, França (ou em Oran, Argèlia de
pais franceses – encontrei as duas informações). Em
1992 ela tornou-se a primeira mulher a completar uma
ascensão em solitário na face norte do Eiger, com seus
3.970 metros na Suíça. A ascensão foi feita em 17 horas
no inverno.
Catherine já protagonizou vários documentários:
Ascensions; La Cascade; Rock Queen; Solo Thai, Eleven
days in the Drus e o Au-delà de Cimes de Rémy Tezier,
que obteve o prêmio de melhor filme de montanha no
Festival de Cinema de Montanha de Banff em 2009,
entre outros.
A escaladora francesa sempre gostou de subir rochas
e montanhas. Na infância teve contato com a natureza e
iniciou os primeiros aprendizados da escalada, boulder
também, na Floresta de Fontainebleau, local tradicional
de escalada perto de Paris. Na adolescência fez várias
ascenções consideradas difíceis no maciço de Freÿ e nas
Dolomitas (Itália).
Estudou fisioterapia em Paris, trabalhando de
1981 a 1985. Em 85 assumiu a carreira de escaladora
e alpinista em tempo integral, participando de
campeonatos internacionais de escalada. Em 1986,
junto com o francês Patrick Edlinger (1960-2012)
ganhou os campeonatos de escalada de Sportoccia, em
Arco de Trentoy e em Bardonecchia - Itália. O qual se
tornou mais tarde a competição anual Rock Master.
ARTIGO
Catherine Desteville Por Eny Hertz De 1985 a 1988 foi considerada a melhor escaladora
do mundo.
Campeonatos mais importantes:
•1983 – La Dudule, Saussois, France (terceiro
mulher 7c)
•1985 – Pichenibule, Verdon, France (terceiro
mulher 8c)
•1985 – Fleur de Rocaille, Mouriès, France (primeiro
mulher 9b/9c)
•1988 – Rêve de Papillon, Buoux, France (quarta
mulher 9c)
•1988 – Elixir de Violence, Buoux, France (9c)
•1988 – Samizdat, Cimaï, France (9c)
•1988 – La Diagonale du Fou, Buoux, France (9c)
•1988 – Chouca, Buoux, France (primeira mulher
10a)
Mas o que ela realmente amava, era a montanha,
escalar em rocha e não competir em muros. Em 1990
ascendeu o Matterhorn, Alpes e escalou em livre o
Nameless Tower no Paquistão. Em junho de 1991,
ela conquistou em solo uma via na famosa face oeste
do Drus, em 11 dias. Em 1994 com o companheiro
alpinista, Erik Decamp, Destiville subiu a face sudoeste
do Shishapangma (8.027 m), assim como a Cascata
de Gelo em Namche Bazaar, Nepal. Em 1996, numa
expedição a Antártida, ascendeu o Pico 4111, nos
Montes Ellsworth. A expedição acabou repentinamente
com a queda de 20 metros de Destivelle, que resultou
em fratura exposta na perna. Nem esta, nem a queda
numa greta no Monte Branco na Suíça, a fizeram desistir
da escalada.
Destivelle foi a primeira mulher a terminar as
seguintes ascenções em solitário:
•1990 – Pilar Bonatti na Aiguille du Dru no Maciço
do Monte Branco, em outubro
•1991 – Conquista de uma nova via na Aiguille du
Dru, de 24 de junho a 04 de julho (11 dias). A “Via
Destivelle” foi a primeira via em rocha a receber nome
de mulher escaladora, por uma escaladora. A área
desabou em 1997, até então nunca tinha sido repetida
•1992 – Face norte do Eiger - Suíça, em março.
•1993 – Espolón Walker nas Grandes Jorasses
(4,208 m), Maciço do Monte Branco, no inverno.
•1994 – Via Bonatti na face norte do Cervino
20 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
(Matterhorn) - Itália, no inverno.
•1999 – Face norte direita da Cima Grande di
Lavaredo, Dolomites Italianas, em dois dias de junho.
No final da década de 90, a escaladora passou a fazer
mais ascenções em solitário, tornou-se conferencista
(focando responsabilidade e comprometimento) e
escritora. Com Bruno Dupety, desde 2011, tornou-se
editora da Les Editions du Mont Blanc, especializada
em livros de montanha e alpinismo. Ela é consultora na
LAFUMA.
Hoje em dia mora em Chamonix.
Alguns dos mais importantes solos feitos por
Destivelle:
•1985 – El Puro, Mallos de Riglos na Espanha
•1987 – Bandiagara Escarpment em Mali
•1989 – Phi Phi Islands na Tailandia.
•1997 – Old Man of Hoy na ilha de Orkney
Islands,Escócia
Destivelle é autora dos seguintes livros:
•Danseuse de Roc, Denoël, 1987
•Rocs Nature (with photos by Gérard Kosicki),
Denoël, 1991
•Annapurna: Duo pour un 8000 (with Érik Decamp),
Arthaud, 1994
•L’Apprenti Alpiniste: L’escalade, l’alpinisme et la
montagne expliqués aux enfants (with Érik Decamp and
Gianni Bersezio), Hachette Jeunesse, 1996
•Ascensions, Arthaud, 2003
•Le Petit Alpiniste: La montagne, l’escalade et
l’alpinisme expliqués aux enfants (with Érik Decamp
and Claire Robert), Guérin, 2009
“ Eu sempre sigo meus instintos e raramente eles
me deixam na mão”
•Fontes:
•LAFUMA
wikipedia
•http://catherinedestivelle.com/about/
•http://www.destivelle.eu/en/profile/a-new-route.
aspx
•http://www.speakersacademy.com/en/speaker/
catherine-destivelle/
•http://www.ovguide.com/catherine-destivelle-
ACONTECEU E ESTÁ ACONTECENDO
CBE TURMA 2014/2015Esse começo de ano foi especial!!! Fechamos o CBE
Turma 2014/2015 (VIII) e Iniciamos a Turma 1-2015
(IX).
A última aula da turma 2014/2015 foi na Pedra
do Cão Sentado, em Nova Friburgo. Uma verdadeira
aventura!!! Pegamos chuva no meio da via e colocamos
em prática tudo aquilo que passamos durante o curso,
inclusive o saber desistir! Pois como sempre digo:
A Montanha Sempre Estará Lá! Parabéns aos novos
escaladares: Antônio Alves, Patrícia Lima e Vander Silva.
CBE TURMA 1-2015No último dia 01/03, iniciamos a turma 1-2015
(IX). Um grande desafio!!! Primeira turma do CBE com
6 alunos. De cara já deu para ver que essa turma fará
história!!! A galera super bem entrosada e bem focada.
Em breve, mais escaladores!!!!
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 21
OLHA QUEM ESTÁ CHEGANDO
Novos sócios!!!Foram 17 novos sócios desde 31/12/2014!!! Entre eles
11 novos, 4 do CBE e 2 voltas de sócios antigos. Abaixo
a relação deles! Sejam bem vindos!
Nome: Lohany Viana da Silva
Profissão: Estudante de
Engenharia de Produção.
Por que o CNM? Porque é um
ótimo lugar pra encontrar
pessoas tão apaixonadas
quanto eu pela natureza e
que estão dispostas a ajudá-
la e preserva-la, além de
compartilhar bons momentos
em lugares lindos e maravilhosos!
Deixe uma mensagem: Em tão pouco tempo com
vocês já me sinto em casa, e estou amando tudo isso!
Obrigada pelo acolhimento e as lindas e maravilhosas
amizades que já fiz! CNM é uma família, e eu faço parte
dela com orgulho! :*
Nome: Taffarel Ramos Costa
Profissão: Servidor Público
Por que o CNM: Escolhi o CNM
por ser um clube que sempre
preza pela segurança, ética e
a amizade entre os associados.
Cada aula e encontro é um
agradável encontro entre
amigos.
Deixe uma mensagem: O primeiro passo rumo a uma
nova aventura é um eterno paradoxo por ser o mais
difícil de planejar e o mais simples de se executar. Por
maior que pareça nosso desafio devemos persistir e
seguir em frente sempre!
Nome: Luiz Renato Vallejo
Profissão: Professor
Por que o CNM? Ótimas opções
de caminhadas e outras
atividades, pessoas de alto
astral
Nome: Marcia Guerra
Profissão: Professora
Por que o CNM? Por ser um Clube em Niterói e porque
meu marido faz parte.
Deixe uma mensagem: Viver cada dia com toda
intensidade e deixar que a vida siga seu caminho,mas
que o leme permaneça em suas mãos.
Nome: Respicio Antonio do Espirito Santo Junior
Profissao: Professor da UFRJ e consultor nas áreas de
Transporte Aéreo, Turismo e Estratégia
Por que o CNM? Por que sempre gostei muito de
montanhas e para abrir os horizontes, conhecendo
novas pessoas e novos lugares
Deixe uma mensagem: Deixarei duas ---> “The difficult
will be done immediately; the impossible will take a
little longer.” (U.S. Marine Corps) --e-- “Never, never,
never give in.” (Winston Churchill).
Nome: Anna Beatriz Nunes Marques
Profissão: engenheira
Por que o CNM? Indicação de
uma amiga.
Nome: Simone da Cruz Correa de Souza
Profissão: Bibliotecária
Por que o CNM? Escolhi o
clube com o objetivo de
praticar atividades que possam
contribuir para um corpo mais
saudável.
Deixe uma mensagem: Sou
membro do clube desde fevereiro deste ano. Estou
gostando muito, das atividades e das pessoas que estou
conhecendo.
E mais: Nathália Amorim, Diego dos Santos, David de
Souza; Cris Anderson, Filipe Frazão, Fábio Silva, Miriam
Gontijo, Caio Almeida. Voltaram para o clube: Paulo
Guerra e Carlos Eduardo.
22 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
Como já é tradição, mais uma vez o CNM esteve
representado no bloco dos montanhistas pelo
CNManguaça ( para quem não sabe o CNManguaça é
uma variante etílica do CNM...rsrs) que sempre marca
presença no bloco ajudando a animar a já animada
bagunça que todo ano fazemos na praça General
Tibúrcio sempre na semana anterior ao carnaval.
Como sempre, a diretoria tem que vir fantasiada e
o tema da fantasia desse ano foi a Peppa Pig. (Quem
tem filhos com certeza deve conhecer ou ter ouvido
falar).Participaram da bagunça: Ary, Adriano, Andréa.
Vinicius, Patrícia Gregory, Mariana, Bia, Alex Figueiredo,
Alessandra, Igor e a Cristina (esposa do Igor).
Ano que vem tem mais. Aguardem!
ACONTECEU
Bloco Só o Cume Interessa Por Ary Carlos
Pessoal,
Atualmente o CNM tem vários materiais de escalada
a disposição para que os associados possam utilizá-
los. Porém, resolvemos adaptar as regras atuais para
que o acesso seja mais fácil ao associado, mas que a
responsabilidade do uso seja mais justa. Desta forma,
ficou estabelecido o seguinte:
1) Qualquer associado pode solicitar o empréstimo
de material desde que seja para uma atividade oficial
do clube (aberta pela Diretoria ou por qualquer um dos
guias do clube);
2) A responsabilidade de perda ou dano do material
é de quem solicitou o material emprestado;
3) O guia responsável pela atividade deve fazer uma
vistoria e relatar as condições do material devolvido;
4) Enquanto estiver ocorrendo um Curso Básico de
Escalada (CBE), os equipamentos relativos aos kits não
poderão ser emprestados.
Abaixo, segue a lista de materiais:
Qte - Material
1 - Barraca para 02 lugares American Camper
1 - Baudrier Aventura Verticale
1 - Baudrier BlackDiamond Momentum P
1 - Baudrier Singing Rock P
1 - Baudrier Kailash
2 - Bússola
1 - Capacete de bike, tamanho L, cor laranja;
1 - Capacete de escalada (Montana), cor branca;
1 - Capacete Petzel – Ecrin Roc
2 - Cordas de 60m*
3 - Cordas de tamanho diverso
1 - Cordelete de 0,5 m, cor roxo e laranja;
1 - Cordelete de 1,2 m, cor vermelho;
12 - Costura
1 - Fita de 1 m, cor roxo;
1 - Fita de 1,5 m, cor azul;
1 - Fita de 2 m, cor amarela;
1 - Freio 8 resgate
6 - Kit Aba* (Baudrier, 3 mosquetões, atc, freio 8,
AVISOS
Empréstimo de Material Por Vinícius Araújo
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28 23
cordeletes, 1 fita 1,20m, 1 fita 80cm, 1 fita 60cm e 1
capacete)*
1 - Kit Conquista
1 - Mochila /Saco Bergans of Norway
1 - Mochila Equinox, Tamanho Médio - Preta
1 - Mochila Mont Eiger III Cargueira Grande
1 - Mosquetão de Rosca
1 - Mosquetão Simples
4 - Mosquetões Mammut
1 - Mural de nós
1 - Placa para treinamento de ancoragens
3 - Plástico para proteger corda da terra
1 - Roldana Petzel
1 - Saco de Dormir Trilhas e Rumos
1 - Saco de Magnésio Deuter
1 - Saco de Magnésio Equinox
1 - Saco de Magnésio Ferrino
7 - Sapatilhas tamanhos diversos
1 - Tinta para corda
1 - Travesseiro de Viagem
* EQUIPAMENTOS QUE SÓ PODERÃO SER
EMPRESTADOS FORA DO PERÍODO DE CURSO
A partir deste ano estamos fazendo algumas
mudanças na emissão da carteira social do clube.
Em primeiro lugar, a emissão da carteirinha passará
a ser trimestral, sendo que a próxima emissão será no
final de abril e as seguintes no final de cada mês de
julho, outubro e janeiro. No início de cada um desses
meses entraremos em contato lembrando aqueles que
tiverem interesse em emitir sua carteirinha.
A outra mudança é com relação às exigências
mínimas para os novos associados. A partir de agora,
basta que o sócio tenha participado de 2 reuniões
sociais + 2 atividades (trilha, escalada ou ciclismo) ou
que o sócio já esteja há 3 meses associado do clube.
Por fim, estaremos fazendo um ajuste no layout
da carteira social para que sejam incorporados as
logomarcas da CBME (entidade nacional) e da UIAA
(entidade internacional). A ideia é que a carteirinha
possa ser identificada como pertencente às entidades
Novas Carteiras Sociais Por Vinícius Araújo
de montanhismo fora do estado do Rio de Janeiro e fora
do Brasil.
Desta forma, se você tiver interesse em emitir a sua
carteira social em abril e possuir os requisitos mínimos
citados acima, basta entrar em contato conosco, através
do e-mail [email protected]. Lembrando que
existe um custo de R$ 15,00 para confecção da carteira
social.
O sócio Renato Vallejo doou para o clube:
1 TV 14 polegadas; 1 Aparelho de DVD; 1 Estante
com prateleiras; 1 Manequim (busto) e suporte; 1
Torneira.
O sócio Tauan Nunes doou o livro:
Título: Em busca de Aventura
Autor(es): Cleber Augusto Gançalves Dias e
Edmundo de Drummond (org.)
Editora:EdUFF
Data da Publicação: 2009
No dia 24/02/2015, foi eleita a nova diretoria para
o biênio 2015-2016 com a seguinte composição:
Presidente: Kika Bradford
1o Vice-Presidente: Pedro Bugim
2o Vice-Presidente: Alexandre Charão
Dir. Financeira: Paula Ribeiro
Dir. Competições: Flávia dos Anjos
Dir. de Meio Ambiente: Carla Milioni
Dir. de Comunicação: Claudney Neves e Mariana
Pardal
Dir. Jurídica: Giuliano Finetti
Dir. Técnica: Delson de Queiroz
Secretaria: Vanessa Machado
Conselho Fiscal: Maria Fernanda Patrício, Fernando
Araujo e Admilson Corrêa (Dimi)
A FEMERJ agradece a todos que se dedicaram à
organização do montanhismo com cargos de diretoria
até então e vamos que vamos.
Doação
Nova diretoria da FEMERJ
24 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 28
AvisosREUNIÕES SOCIAIS
As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre na primeira quinta-feira de cada mês ím-par e na primeira quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser definido e divulgado.
Os encontros acontecem em clima de total descontração e informalidade, quando os só-cios e amigos do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia, trocando experiências, rela-tando excursões e vivências ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente simpática e fraterna.
Periodicamente acontecem reuniões e se-minários técnicos com o intuito de possibilitar maiores detalhes e informações atualizadas aos sócios e interessados.
Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e reuniões acessando o site: www.nite-roiense.org.br
Compareçam e sejam muito bem vindos!!!
EXPEDIENTE
CNM – CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMOInício das Atividades em 26 de Março de 2003Fundado em 20 de Novembro de 2004Website: www.niteroiense.org.bre-mail: [email protected]: 98608-1731(Leandro do Carmo)
Presidente: Leandro do CarmoVice: Vinícius Araújo Tesoureiro: Leonardo Carmo
Secretário: Alexandre RockertDiretoria Técnica: Ary CarlosDiretoria Social: Patrícia GregoryDiretoria Ambiental: Stephanie Maia
Conselho FiscalEfetivos: Adriano de Souza Abelaria Paz; Andréa Rezendo Vivas; Alex Faria de Figueiredo; Suplente: Denise Gonçalves do Carmo
Representante do CNM no PESETTitular: Eny HertzSuplente: Leonardo Carmo
Informativo Nº 28: As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição ofi-cial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Res-saltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para [email protected]. Partici-pe!!!
Antonio de Melo - 07/jan
Neuza Ebecken - 23/jan
Miriam Gontijo - 25/jan
Camila Carvalho - 09/fev
Cris Anderson - 19/fev
Denise do Carmo - 27/fev
Vinicius Farias - 27/fev
Marcos Lima - 09/mar
Gustavo Muniz - 10/mar
Ary Carlos - 11/mar
Leandro Pestana - 12/mar
Patrícia Costa - 19/mar
Taffarel Ramos - 27/mar
Respicio 31/mar
Edição e Diagramação:- Eny Hertz- Leandro do Carmo
Revisão Ortográfica:- Vinícius Araújo
Adriano Paz - C T
Alan Marra - C E T
Alex Figueiredo - T
Andrea Rezede - C T
Ary Carlos - E T
Diogo Grumser - T
Eny Hertz - E T
Leandro do Carmo - E T
Leandro Collares - E T
Leandro Pestana - C E T
Leonardo Carmo - T
Luiz Alexandre - E
Mauro de Mello - E T
Neuza Ebecken - T
Vinicius Ribeiro - C
CORPO DE GUIAS
IMPORTANTE!
A Presidência do CNM é soberana em qual-quer assunto relacionado com o CNM e seus as-sociados.
A Diretoria Técnica é soberana em qualquer assunto técnico relacionado aos associados e aos guias do CNM.
E - ESCALADAT - TRILHASC - CICLISMO
ANIVERSARIANTES