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Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 da CNBB - julho de 2011
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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!
Família e urgências na evangelização – Este número do Boletim da Pastoral Familiar do Regional Sul 2, traz como ilustração, um pará-grafo dedicado à Pastoral Familiar, nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) aprovadas para os próximos quatro anos. As DGAE serão a fonte para todos os planejamentos diocesanos até 2015. É pouco, um parágrafo apenas, conside-rando a centralidade da Família, “eixo trans-versal de toda a evangelização”. Um parágra-fo é pouco, levando em conta a agressão con-tínua que a Família sofre hoje no mundo da mídia, no contexto político e jurídico, nas de-cisões econômicas, na cultura do hedonismo desgovernado e irresponsável. Um parágrafo apenas, porém situado entre as cinco maiores urgências no campo da Evangelização. Vale a pena ler e entender:
Cinco urgências – Além desse parágrafo es-pecial, de nº 108, a família é mencionada mais de uma dezena de vezes, em outros contex-tos. As DGAE, deste quadriênio, destacam cinco grandes urgências na ação evangeliza-dora. Nossa Pastoral Familiar deve conhecê-las e se fazer presente no momento em que os planos diocesanos e paroquiais forem ela-borados para os próximos anos. A primeira urgência é a “missão permanente”. No mo-mento em que a Diocese ou a Paróquia esti-ver escolhendo os grupos ou classes de pes-soas que devem, preferencialmente, ser o fo-
co da missão, lá estará a Família para ser con-templada como prioridade. A segunda urgên-cia é a “iniciação à vida cristã”. Novamente a Família é lugar privilegiado de iniciação. Ela sempre teve esse papel, e atualmente está fragilizada, incapacitada de transmitir a fé pa-ra as gerações novas. A terceira urgência é a “animação bíblica de toda a pastoral” e a quarta urgência é a “Igreja como comunidade de comunidades”. Em ambas, os grupos de famílias são um caminho já experimentado e eficiente, para ser incentivado. É lá, nos gru-pos de famílias, que se toma a Palavra de Deus com mais tempo e liberdade para apro-fundar, trocar ideias, vivenciar o encontro com Deus-Palavra Viva. Nos pequenos grupos de famílias se realiza a “setorização” que se pede nas Diretrizes. Por fim, na quinta urgên-cia, “a Igreja a serviço da vida plena”, nova-mente a Pastoral Familiar tem que se apre-sentar na linha de frente, como espaço de defesa da vida nascente, da vida excluída, no combate à cultura da morte.
Conhecer e aplicar as DGAE – Se você, e o seu grupo da Pastoral Familiar, ainda não tiveram a chance de conhecer as novas Diretrizes Ge-rais, penso que seria bom entrar em contato com a Coordenação da Ação Evangelizadora da Diocese, mas se apresse. A urgência é por causa do Reino de Cristo, e a Igreja faz esse convite a todas as Pastorais, em nome da ne-cessária unidade que deve estar presente na missão evangelizadora.
Que a Sagrada Família de Nazaré nos inspire e nos encoraje em cada passo da missão que nos é proposta pela Igreja, nestes tempos tão desafiadores.
Paz e Bem a todos!
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – JULHO DE 2011
JJUULLHHOO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22
BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB
RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600
CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122
DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa
BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR
RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall
EE--mmaaiill:: ddoommbboossccoo@@ddiioocceesseeuunniivviittoorriiaa..oorrgg..bbrr
DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall
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PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr ddaa DDiioocceessee ddee PPoonnttaa
GGrroossssaa tteemm nnoovvaa ccoooorrddeennaaççããoo
No dia 26 de junho, ás 19:00h foi cele-
brada na Catedral de Ponta Grossa a missa
de posse da nova Coordenação Diocesana
da Pastoral Familiar daquela diocese. Sai o
casal João Candido Ávila Jr. e Silvana Avila
e assume o casal Paulo e Cristina Delgado
para o próximo triênio.
A celebração foi presidida pelo Assessor da Pastoral Familiar da diocese Monsenhor Matthias Jacobus Andreas Ham.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33
Mês Data Evento Local/ Responsabilidade
AGO
07 Dia das Vocações sacerdotais Paróquias e Dioceses
14 Dia dos Pais Paróquias e Dioceses
14 a 20 SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA Paróquias e Dioceses
19 9º Seminário para Assessores Eclesiásticos e Casais Coordenadores Regionais
Belo Horizonte/MG
19 a 21 XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar Belo Horizonte/MG
21 Dia das Vocações Religiosas Paróquias e Dioceses
28 Dia do Catequista e das Vocações Leigas Paróquias e Dioceses
SET 10 e 11 Reunião – Coordenação da CRPF Maringá
Agosto
Setembro
SSee dduuaass ppeessssooaass vvêêmm
aannddaannddoo ppoorr uummaa eessttrraaddaa,, ccaaddaa uummaa
ccaarrrreeggaannddoo uumm ppããoo,, ee,, aaoo ssee eennccoonnttrraarreemm,, eellaass ttrrooccaamm ooss ppããeess,,
ccaaddaa ppeessssooaa vvaaii eemmbboorraa ccoomm uumm..
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Um olhar especial merece a família, patri-mônio da humanidade, lugar e escola de
comunhão, primeiro local para a iniciação à
vida cristã das crianças, no seio da qual os
pais são os primeiros catequistas. Tamanha é
sua importância que precisa ser considerada
“um dos eixos transversais de toda a ação
evangelizadora” (DAp 435) e, portanto, respaldada por uma pastoral familiar inten-
sa, vigorosa e frutuosa (Discurso inaugural
à Conferência de Aparecida, 5). A pastoral
familiar poderá contribuir para que a família
seja, de fato, lugar de realização humana, de
santificação na experiência de paternidade,
maternidade e filiação e de educação contí-
nua e permanente da fé.
(DGAE -2011-2015, nº 108)
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44
AA CCAARRTTAA DDOO
PPAAPPAA
No
encerramento
do VI Encontro Mundial das Famílias,
realizado na Cidade do México em Janeiro de
2009, anunciei que o próximo Encontro das
famílias católicas do mundo inteiro com o
Sucessor de Pedro teria lugar em Milão, no ano
de 2012, sobre o tema: «A família: o trabalho e
a festa».
Desejando dar início agora à preparação
deste importante acontecimento, é-me grato
confirmar que, se Deus quiser, ele será
realizado de 30 de Maio a 3 de Junho e, ao
mesmo tempo, quero oferecer algumas
indicações mais pormenorizadas a propósito da
temática e das modalidades de realização.
O trabalho e a festa estão intimamente
ligados à vida das famílias: condicionam as
suas escolhas, influenciam os relacionamentos
entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos,
incidem sobre a relação da família com a
sociedade em geral e com a Igreja. A Sagrada
Escritura (cf. Gn cap. 1-2) diz-nos que a
família e o trabalho constituem dádivas e
bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma
existência plenamente humana. A experiência
quotidiana garante que o desenvolvimento
autêntico da pessoa exige quer as dimensões
individual, familiar e comunitária, quer as
actividades e as relações funcionais, como
também a abertura à esperança e ao Bem sem
limites.
Infelizmente, nos nossos dias a
organização do trabalho, pensada e levada a
cabo em função da concorrência de mercado e
do máximo lucro, e a concepção da festa como
ocasião de evasão e de consumo, contribuem
para desagregar a família e a comunidade, bem
como para difundir um estilo de vida
individualista. Por conseguinte, é necessário
promover uma reflexão e um compromisso
destinados a reconciliar as exigências e os
tempos de trabalho com aqueles da família,
recuperando assim o verdadeiro sentido da
festa, especialmente do domingo, Páscoa
semanal, dia do Senhor e do homem, dia da
família, da comunidade e da solidariedade.
O próximo Encontro Mundial das Famílias
constitui uma ocasião privilegiada para
reconsiderar o trabalho e a festa, a perspectiva
de uma família unida e aberta à vida, bem
inserida na sociedade e na Igreja, atenta à
qualidade dos relacionamentos para além da
economia do próprio núcleo familiar. Contudo,
para que venha a ser autenticamente fecundo, o
acontecimento não deveria permanecer isolado,
mas inserir-se num adequado percurso de
preparação eclesial e cultural.
Portanto, formulo votos a fim de que já
durante o ano de 2011, XXX aniversário da
publicação da Exortação Apostólica Familiaris
consortio, «magna charta» da pastoral familiar,
possa ser empreendido um itinerário válido
com iniciativas nos planos paroquial, diocesano
e nacional, destinadas a salientar experiências
de trabalho e de festa nos seus aspectos mais
genuínos e positivos, com particular atenção à
incidência sobre a vida concreta das famílias.
Por isso, as famílias cristãs e as
comunidades eclesiais do mundo inteiro
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 55
sintam-se comprometidas e ponham-se com
solicitude a caminho de «Milão 2012».
Como os precedentes, o VII Encontro
mundial terá uma duração de cinco dias e
culminará no final da tarde de sábado, com a
«Festa dos Testemunhos» e na manhã de
domingo, com a Missa solene. Estas duas
celebrações, que serão por mim presididas, ver-
nos-ão reunidos como «família de famílias». A
realização global deste acontecimento será
preparada de maneira a harmonizar
inteiramente as várias dimensões: oração
comunitária, reflexão teológica e pastoral,
momentos de fraternidade e de intercâmbio
entre as famílias hóspedes e as famílias do
território, ressonância mediática.
O Senhor recompense desde já, com
abundantes favores celestiais, a Arquidiocese
ambrosiana pela generosa disponibilidade e
pelo compromisso organizacional, posto ao
serviço da Igreja universal e das famílias
pertencentes a numerosas nações.
Enquanto invoco a intercessão da Sagrada
Família de Nazaré, dedicada ao trabalho
quotidiano e assídua nas celebrações festivas
do seu povo, concedo de coração a Vossa
Eminência, venerado Irmão, bem como aos
Colaboradores, a Bênção Apostólica que, com
especial afecto e de bom grado, estendo a todas
as famílias comprometidas na preparação do
grande Encontro de Milão.
Castel Gandolfo, 23 de Agosto de 2010.
Papa Bento XVI
OO PPRROOGGRRAAMMAA Elementos principais do programa de 30 de Maio a 3 de Junho de 2012
Terça-feira, 29 de Maio
Recepção (paroquial, etc.) dos participantes ao Encontro
Quarta-feira 30, Quinta-feira 31, Sexta-feira 1 de Junho Convênio teológico pastoral com relatórios e seminários temáticos inspirados
no tema “A Família: o trabalho e a festa”
Encontros com diferentes experiências significativas do território
Eucaristia nas paróquias e/ou por grupos linguísticos
Adoração na Catedral
Festa nas cidades e nas paróquias de referência
Sexta-feira, 1 de Junho, à noite
Às 20 horas: sessão no Teatro “La Scala” para as delegações provenientes das
diferentes Nações
Às 21:30 horas: Adoração Eucarística na Catedral
Sábado, 2 de Junho
Festa dos Testemunhos com a presença do Papa Bento XVI
Domingo, 3 de Junho Santa Missa presidida por Papa Bento XVI
Simultaneamente com as jornadas do Encontro serão organizados eventos e
manifestações culturais no campo eclesiástico e civil
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 66
A polêmica sobre Robert Edwards e o prêmio Nobel de medicina
Entrevista com sacerdote médico e professor de teologia moral
ROMA, domin-go, 19 de de-
zembro de 2010
(ZENIT.org) -
Recebeu o
prêmio Nobel
de medicina
este ano o fisi-
ólogo inglês
Robert Ed-
wards, pionei-
ro no procedi-
mento de ferti-
lização in vi-
tro. Os traba-
lhos deste bió-
logo fizeram
possível o nascimento da primeira "bebê de pro-
veta", Louise Joy Brown, no dia 25 de julho de
1978. Sobre o custo em vidas humanas que este
procedimento traz e sobre suas implicações éti-
cas, ZENIT entrevistou Pablo Requena1, licen-
ciado em Medicina e Cirurgia, doutor em teolo-
gia moral e professor dessa matéria na Univer-
sidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.
ZZEENNIITT:: QQUUAANNTTOOSS EEMMBBRRIIÕÕEESS SSEE PPEERRDDEEMM PPOORR
CCAADDAA CCRRIIAANNÇÇAA QQUUEE NNAASSCCEE NNOO PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOO
DDAA FFEECCUUNNDDAAÇÇÃÃOO IINN VVIITTRROO??
Pablo Requena: É impossível saber exatamen-
te. Entre outras coisas, porque depende muito da
1 Pe. Pablo Meana Requena, MD DST é professor de Teo-
logia Moral na Universidade Pontifícia da Santa Cruz. Or-
denado em 2002, o Padre Requena é um padre secular,
incardinado na Prelazia da Santa Cruz e Opus Dei. Ele re-
cebeu seu MD em 1993 da Universidade de Valência, na
Espanha e tem um certificado em Bioética do Instituto de
Bioética, Universidade Católica do Sagrado Coração. DST,
com a dissertação "Modelos de Bioética Clínica. Presen-
tación del principialismo Crítica y la CASUÍSTICA "(Pontifí-
cia Universidade da Santa Cruz, em Roma, Itália). Os
principais interesses do Pe. Requena estão em principia-
lismo e métodos para a bioética, a sacralidade da vida e
da dignidade, o fim das questões da vida.
técnica empregada e dos protocolos que cada
país utiliza. Mas certamente são muitos. Alguns
dados nos podem ajudar a entender a magnitude
desta perda de seres humanos. Em 2009 se pu-
blicou um estudo europeu (referido a 30 países)
em que se mencionam 418.111 ciclos de repro-
dução assistida, com uma taxa de gravidez entre
30,3 e 30,9%. Se se leva em conta que a prática
comum implica a hiperestimulação ovárica em
cada ciclo, da qual se obtêm entre 10 e 20 óvu-
los, muitos dos quais serão fecundados, pode-se
facilmente concluir que os embriões que não vi-
ram a luz na Europa durante 2005, ano a que se
refere o estudo, são vários milhões.
ZZEENNIITT:: NNOO EENNTTAANNTTOO,, HHOOJJEE,, 11 OOUU 22%% DDAASS
CCRRIIAANNÇÇAASS QQUUEE NNAASSCCEEMM NNAA EEUURROOPPAA OOUU AAMMÉÉ--
RRIICCAA DDOO NNOORRTTEE SSÃÃOO DDEE PPRROOVVEETTAA.. CC.. HHOOOOGG,,
DDOO CCOOMMIITTÊÊ DDOO NNOOBBEELL DDEE MMEEDDIICCIINNAA,, DDIISSSSEE
QQUUEE ""ÉÉ UUMM TTRRAATTAAMMEENNTTOO SSEEGGUURROO EE EEFFEETTIIVVOO,,
SSEEGGUUEE RREEGGRRAASS EESSTTRRIITTAASS;; OOSS EESSTTUUDDOOSS FFEEIITTOOSS
AAOO LLOONNGGOO DDEESSSSEESS AANNOOSS DDEETTEERRMMIINNAAMM QQUUEE AASS
CCRRIIAANNÇÇAASS DDEE PPRROOVVEETTAA SSÃÃOO TTÃÃOO SSAAUUDDÁÁVVEEIISS CCOO--
MMOO QQUUAALLQQUUEERR OOUUTTRRAA"".. IISSSSOO ÉÉ CCEERRTTOO?? OOUU SSAA--
BBEEMMOOSS SSEE HHÁÁ MMAAIIOORR RRIISSCCOO DDEE CCOONNTTRRAAIIRR EENN--
FFEERRMMIIDDAADDEESS CCOONNGGÊÊNNIITTAASS AASS PPEESSSSOOAASS FFEECCUUNN--
DDAADDAASS IINN VVIITTRROO??
Pablo Requena: Não é de estranhar que as clí-
nicas que se dedicam à reprodução assistida sus-
tentem que a saúde das crianças nascidas da
proveta seja igual à das concebidas naturalmen-
te: é muito o dinheiro envolvido (em um artigo
científico de 2010 diz-se que os custos na Aus-
trália e Nova Zelândia estão em torno de 27 mil
dólares em mulheres entre 30-33 anos e 187 mil
em mulheres entre 42 e 45). Infelizmente, a fe-
cundação assistida converteu-se em um negócio
como pode ser o da fabricação de móveis sob
medida, com todas as características da produ-
ção industrial e os controles de qualidade perti-
nentes. Este negócio está-se separando cada vez
mais da ideia original, nascida no âmbito clíni-
co, que tentava solucionar um problema de in-
fertilidade. Segue-se acudindo às clínicas, e a
aparelhagem e instrumental continua sendo a
própria da medicina; no entanto, a relação não é
RRoobbeerrtt EEddwwaarrddss
JJUULLHHOO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77
a tradicional entre médico e paciente, mas a de
técnico-vendedor e cliente. Voltando à pergunta,
é claro que os vendedores hão de falar bem de
seus "produtos". Surpreende mais que as pesso-
as de ciência, que são muito rigorosas em suas
análises e apreciações técnicas, façam depois
comentários tão pouco "científicos" com a in-
tenção de proteger essas técnicas. É verdade que
a maioria das crianças que nascem da fecunda-
ção in vitro são sadias e normais. Mas também é
verdade que as crianças nascidas com estas téc-
nicas têm uma possibilidade maior de desenvol-
ver má-formações de todo tipo. Isso não é uma
opinião ou uma hipótese teórica, mas uma afir-
mação que procede dos dados publicados pela
literatura científica. Três exemplos. Em 2004,
publicou-se no Journal of Assisted Reproducti-
on and Genetics uma meta-análise, que recolhia
os dados de 19 estudos precedentes, em que se
concluía que 29% das crianças procedentes da
fecundação in vitro têm algum tipo de má-
formação, de maior ou menor gravidade: desde
o lábio leporino a má-formações cardíacas im-
portantes. Outro informe, promovido pelo Mi-
nistério da Saúde da Nova Zelândia, em 2005,
que recolhe a bibliografia internacional até a da-
ta, procedente dos países onde se realiza a fe-
cundação in vitro, assinala que as crianças pro-
duzidas através da técnica ICSI (intracytoplas-
mic sperm injection), uma das mais empregadas
atualmente, têm um risco três ou quatro vezes
maior que as crianças concebidas naturalmente
de apresentar anomalias cromossômicas, em boa
parte devido aos problemas genéticos paternos
que se transmi-
tem através
desta técnica. O
último exemplo
procede de um
artigo re-
centemente pu-
blicado na re-
vista Human
Reproduction.
Trata-se de um
estudo realiza-
do em uma po-
pulação de
mais de 90 mil
crianças. Uma de suas conclusões é que a para-
lisia cerebral, que normalmente se encontra em
1 a cada 400 nascidos, nas crianças produzidas
in vitro se dá em 1 a cada 176.
ZZEENNIITT:: PPOORR QQUUEE NNÃÃOO ÉÉ AACCEEIITTÁÁVVEELL DDOO PPOONN--
TTOO DDEE VVIISSTTAA MMOORRAALL AA FFEECCUUNNDDAAÇÇÃÃOO IINN VVIITTRROO??
Pablo Requena: O problema da infertilidade é
muito sério, tem graves repercussões na vida de
muitos casais e traz grande sofrimento. Nesse sen-
tido, é lógico que os casais que não conseguem ter
filhos procurem ajuda técnica. O problema moral
da fecundação in vitro não está na artificialidade
das técnicas, e muito menos na suspeita perante a
ciência. E mais, em um importante documento da
Santa Sé sobre essas questões, afirma-se que a
Igreja "olha com esperança para a investigação
científica, esperando que muitos cristãos se dedi-
quem ao progresso da biomedicina e testemunhem
a própria fé nesse âmbito" (Dignitas personae, n.
3). A medicina utiliza continuamente instrumenta-
ção artificial, e não dizemos que seja mau. Pense-
se, por exemplo, na substituição de uma válvula
cardíaca danificada por outra mecânica, que pode
salvar a vida de um paciente: não só não dizemos
que não apresenta problemas éticos mas que desde
o ponto de vista moral é algo muito bom, e portan-
to se deve fazer quando for possível. Qual é a di-
ferença com as técnicas de fecundação artificial?
Aqui o problema fundamental é que se considera
um ser humano, um filho, como um "produto",
como algo que de alguma forma me pertence e
posso programar, selecionar, manipular... e destru-
ir. Mas isso não é adequado para os seres huma-
nos: pode ser para as máquinas, pode ser - em al-
guns casos - para os animais, mas nunca para o
homem. Este é muito importante para ser "fabri-
cado". Por isso, dizemos que o único lugar ade-
quado para dar origem a um ser humano é o ato de
amor de seus pais. Isso certamente não significa
que a dignidade das crianças concebidas in vitro,
como as que pudessem proceder de uma violência,
seja menor que as dos filhos de um casamento. E é
justamente pela grande dignidade que têm que es-
ses modos de "chamá-los à existência" resultam
inadequados. Além disso, não se deve esquecer a
grande quantidade de vidas que se perdem pelo
caminho, e os inumeráveis embriões congelados
que atualmente enchem os depósitos das clínicas
de fecundação assistida. Esta razão não é válida
somente para a pessoa de fé, mas para todos que Pablo Meana Requena
JJUULLHHOO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88
quiserem proteger na sociedade a vida humana em
todas as suas formas.
ZZEENNIITT:: QQUUEE TTAANNTTOO IINNFFLLUUII NNIISSSSOO AA IIDDEEOOLLOO--
GGIIAA DDAA MMAATTEERRNNIIDDAADDEE EE PPAATTEERRNNIIDDAADDEE CCOOMMOO
DDIIRREEIITTOO EE NNÃÃOO CCOOMMOO DDOOMM??
Pablo Requena: Na sociedade atual, mudou mui-
to a percepção do filho. Durante muito tempo, foi
considerado como um dom, como um presente.
Essa visão está muito unida a uma concepção reli-
giosa da existência, que vê os pais como colabo-
radores de Deus, e em certo modo como seus mi-
nistros na tarefa de cuidar e educar os filhos. Em
todo caso, o filho não era visto certamente como
um direito, como alguns o consideram agora, por-
que não pode ser isso. Nenhuma pessoa tem o "di-
reito" de possuir a outra: pode-se possuir uma ca-
sa, um carro... mas não uma pessoa. Por esse mo-
tivo, a escravidão é um mal, porque nenhum ho-
mem pode ser "dono" do outro. Se se afirmasse
que existe um direito ao filho, se estaria dizendo
que alguém (a comunidade" tem o dever, a obri-
gação, de me dar aquilo; e se estaria dizendo ao fi-
lho que ele é o "produto" de um direito de seus
pais. Mas isso supõe tirar do filho a dignidade
próprio da pessoa e o direito de ser concebido a-
través de um ato de amor.
ZZEENNIITT:: CCOOMMOO MMÉÉDDIICCOO,, SSAACCEERRDDOOTTEE EE PPRROO--
FFEESSSSOORR,, QQUUEE DDIIRRIIAA AA UUMM CCAASSAALL DDEE EESSPPOOSSOOSS
QQUUEE QQUUEERR TTEERR FFIILLHHOOSS EE NNÃÃOO PPOODDEE DDEE MMAANNEEII--
RRAA NNAATTUURRAALL??
Pablo Requena: Em primeiro lugar, diria que fos-
sem a um centro de ajuda à procriação, como o
que há no hospital Gemelli aqui em Roma, onde
possam realizar um estudo a fundo das causas do
problema, para ver se existem possibilidade tera-
pêuticas moralmente adequadas para sua situação.
Em não poucos casos existem, sem necessidade de
fazer a fecundação in vitro. No entanto, em outras
ocasiões, os esposos descobrirão que não é possí-
vel realizar seu desejo, tão legítimo e bom, de ter
filhos. Nesse caso, com a ajuda de toda a comuni-
dade eclesial, podem descobrir que esta impossibi-
lidade não é alheia a seu caminho vocacional cris-
tão. A Igreja sempre ensinou que "os esposos que
se encontram nesta dolorosa situação são chama-
dos a descobrir nela a oportunidade para uma par-
ticular participação na cruz do Senhor, fonte de
fecundidade espiritual" (Donum vitae, n. 8). Não
se trata certamente de um caminho fácil, mas sa-
bemos bem que "é estreita a porta e apertado o
caminho que leva à vida" (Mt 7, 14). Talvez será
necessário um tempo, um tempo longo, para en-
tender o modo de viver o chamado de Deus à pa-
ternidade e maternidade de uma maneira diferente,
mas não menos eficaz e feliz. Há muitos exemplos
de pais que nunca puderam ter filhos e que se sen-
tem muito unidos e muito realizados em seu ca-
samento.(Carmen Elena Villa)
Congresso Nacional da Pastoral Familiar acontecerá em Belo Horizonte destacando a cidadania
O Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) foi escolhido para se-diar, entre os dias 19 a 21 de agosto, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), um dos maiores encontros promovidos pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, ór-gão da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB: O 13º Con-gresso Nacional da Pastoral Familiar, com o tema “Família, Pessoa e Sociedade” e o lema “Somos cidadãos e membros da Família de Deus” (Cf. Ef 2,19).
Em 1989, a capital mineira foi palco 1º Encontro Nacional de Movimentos e Institutos Familiares, embrião do que viria a ser o Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que desde então, acontece em intervalos regulares, com o objetivo de fortalecer a família na sociedade.
“O 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar pretende ser um momento de formação e partilha de experiên-cias, com o propósito de alicerçar o trabalho da Pastoral Familiar nas dimensões que melhor explicitem o senti-do de pertença à família, hoje”, destacam os organizadores do evento. Participam do congresso cerca de 1000 pessoas entre bispos; coordenadores regionais, diocesanos e assesso-res eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99
Formação para Acompanhamento de
Casais Recém Casados em Maringá
Aconteceu nos dias 21 e
22 de Maio, no Salão Paro-
quial da Paróquia São Fran-cisco de Assis, em Maringá -
PR, a Formação para Agentes
da Pastoral Familiar e Movi-
mentos, para Acompanha-
mento de Casais Recém
Casados. O objetivo da
formação foi formar agentes
para acolher os casais recém
casados da Arquidiocese de Maringá por um período de
cinco anos.
Trabalho esse que é uma
das prioridades eleitas para o
Plano de Ação Evangelizado-
ra da Arquidiocese. Ministra-
do pelo casal André e
Ritinha, da Diocese de Osas-
co; contou com a presença de
agentes de 32 paróquias das
55 da Arquidiocese, totali-
zando um número de 224 par-
ticipantes. "Porque muitos
são os chamados e poucos os
escolhidos"(Mt 22,14).
Entre os assuntos passados estavam: O que são os
“Encontros para Novos
Casais”? Por que participar
dos Encontros para Novos
Casais? Como atuam tais
Encontros? Características
Gerais. Organização das
Equipes. Estrutura do Traba-
lho. Como os Encontros serão realizados? Casamos. E ago-
ra? Eu não aprendi a fazer
isso assim! Guerra dos sexos
no lar.
Os seus amigos... os nos-
sos amigos! Meu, seu e nos-
so? Quando o silêncio não
ajuda. Queremos ter ou
queremos ser? Interferências
familiares: o que fazer? “Até
que a morte nos separe” é muito tempo? Fidelidade se
aprende praticando. Conver-
sar com Deus a dois e a sós; a
oração. “ Eu sou seu, Você é
minha.”entre outros.
A pastoral Familiar é um
braço da Igreja e como tal
tem o dever de dar testemu-
nho ao mundo e informar e
preparar os vocacionados ao
matrimônio.
Estiveram presentes: Padre
Onildo Luiz Gorla Junior, as-
sessor da Pastoral Familiar,
que celebrou a Santa Missa;
Padre Valdir Egea, Vigário
Paroquial da Paróquia São
Francisco de Assis; e o casal coordenador do Pré Matrimô-
nio do Regional Sul II, Sergio
Yamada e Maria Aurora C.
Yamada.
O casal coordenador da
Pastoral Familiar da Arquidi-
ocese de Maringá Aleardo e
Zulmira agradece a todos os
que se fizeram presentes. E a
todos os que colaboraram, só
podemos dizer: Obrigado!
Que Deus os abençoe. Zulmira e Aleardo
Casal coordenador fazendo a acolhida
Pe. Onildo falando aos participantes
Agentes da Pastoral Familiar e Movimentos
André explanando aos agentes
Todos participaram atentamente
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NNNOOOVVVAAA LLLIIINNNGGGUUUAAAGGGEEEMMM PPPAAARRRAAA
DDDOOOMMMIIINNNAAARRR OOO MMMUUUNNNDDDOOO
Fala Dom Silvano Tomasi, observador da Santa Sé na ONU
Por Sergio Mora
ROMA, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
(ZENIT.org) – “Governance”, “partner”,
“gender”, “saúde reprodutiva” são alguns termos
de um novo vocabulário utilizado nas institui-
ções internacionais, substituindo conceitos como
“governo”, “esposo(a)”, “homem/mulher”,
“anticoncepção”.
Isso, combinado com uma visão extremista da
“não-discriminação”, tornou-se uma ferramenta
utilizada para impor ideologias contrárias ao
pensamento católico e que acaba incidindo em
nossa vida diária; e quando o percebemos, já
pode ser tarde demais.
Este foi o tema central da conferência de Dom
Silvano Tomasi – “O poder da palavra. Verdade
e ideologia nos organismos internacionais”-,
realizada ontem em Roma, na sede do Centro
Internacional de Comunhão e Libertação.
O problema foi exposto pelo próprio arcebispo
Tomasi, núncio apostólico e observador perma-
nente da Santa Sé junto às Nações Unidas em
Genebra, e pela professora de direito constitu-
cional na Università degli studi di Milano-
Bicocca, Marta Carabia. O evento foi moderado
pelo diretor do Centro Internacional, Roberto
Forlan.
“Genebra é um lugar onde se gera cultura diari-
amente”, afirmou Dom Tomasi, lembrando que
lá residem 30 mil funcionários de organismos
internacionais, que realizam mais de 9 mil
conferências por ano.
Para focalizar o problema, o prelado recordou o
pensamento de Bento XVI sobre a ditadura do
relativismo: “Uma boa parte das filosofias
contemporâneas afirma que o homem não é
capaz de conhecer a verdade. E, por conseguin-
te, o homem que não é capaz disso não poderia
ter valores éticos”.
Assim, “acaba aceitando, como única referência,
a opinião da maioria. No entanto, a história
demonstra quão destrutivas podem ser as maio-
rias”, como no caso “das ditaduras impostas
pelo nazismo e pelo marxismo”.
“Há duas interpretações das experiências huma-
nas - continuou: uma baseada na realidade e ou-
tra uma baseada na construção de conveniências
de uma realidade desejada. Esta é muito estima-
da pelos manager das organizações internacio-
nais.”
Em contraste, “outras palavras, provenientes da
tradição judaico-cristã, são excluídas e tendem a
desaparecer: verdade, moral, consciência, razão,
pai, mãe, filho, mandamento, pecado, hierarquia,
natureza, matrimônio etc.”
Ou seja, é “um novo vocabulário, uma mistura”,
que “representa uma ideologia individualista
levada ao extremo e que inspira linhas conduto-
ras dos funcionários da governance global”.
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“A aspiração das Nações Unidas é criar uma no-
va ordem internacional e, para conseguir isso,
cria uma nova antropologia”, como quando se
fala de gênero, “não o dado pela natureza, mas o
que o indivíduo escolhe”.
Assim, “atinge-se a própria estrutura da socie-
dade no que diz respeito à família”, disse.
Dom Tomasi afirmou que a visão tomista, que
requer “a conformidade do intelecto com a
realidade”, é substituída “por um conceito de
realidade como construção subjetiva e social, na
qual a verdade e a realidade não têm um conteú-
do estável”.
Assim, a “aliança entre ideologia e pragmatismo
é um desafio para a sabedoria cristã, que deve
propor sua mensagem de humanismo integral”,
ainda que, a longo prazo, disse Dom Tomasi,
“não se poderá subestimar ou simplesmente
ignorar o realismo antropológico da tradição
cristã”.
O moderador então perguntou sobre quem traba-
lha nessa linha de afastamento: “São homens
malvados que se reúnem à noite, como nos
filmes de James Bond?”.
Dom Tomasi afirmou que este é um processo
muito complexo, “que vai além dos próprios
protagonistas”. E o problema surge precisamen-
te porque, devido ao relativismo, com uma
linguagem ambígua, as pessoas buscam
“conclusões e tentativas para chegar a um con-
senso, „pelo bem de todos‟, dizem”.
No entanto, ele explicou: “Dizer que uma pera
não é uma maçã não é uma discriminação”.
“E estas soft law - indicou - são transformadas
em normas jurídicas. Depois, há uma nova con-
venção e se torna lei; e se aplica até mesmo em
uma cidade pequena.”
A professora Marta Cartabia, reafirmando o que
foi dito por Dom Tomasi, recordou a importân-
cia da linguagem no Direito e como, hoje, o
tema “direitos humanos” domina a agenda das
agências. E também lembrou o sucesso desse
tema, juntamente com o de “não-discriminação”,
como uma alternativa condividida sobre o
relativismo.
Assim, com este conceito, visa-se a “criar uma
moral superior. Além disso, usa-se o naipe dos
direitos humanos como um ás na manga e aqui o
dissenso se torna impossível.” E isso se trans-
forma em “um atalho sedutor para grupos que
não conseguem encontrar aprovação em espaços
normais da política”, afirmou.
Depois, existe a ambiguidade da linguagem,
desde a Conferência de Pequim, com a “discri-
minação de gênero”, que não teria a ver com um
fato biológico, mas apenas com a interpretação
de um papel que a pessoa quer protagonizar.
Nesta linha, recordou como, hoje, na Espanha e
na Alemanha, “podem solicitar uma mudança de
sexo garantida pela lei - independentemente das
características físicas -, com um procedimento
tão banal como ir a um cartório”.
E se perguntou: “Como se pode defender a mu-
lher, se o papel é apenas opcional?”.
“Ainda que às vezes isso não pareça frustrante, é
essencial mostrar a mentira”, especialmente
“se podem ser usados caminhos positivos.” E
visto que “essa ideologia se separa da realida-
de”, concluiu que “provavelmente a única via
transitável é citar a experiência como um
argumento válido”.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122
3355ªª AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraall ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr eemm BBrraassíílliiaa
Aconteceu na sede da SECREN
(Secretaria Executiva Nacional da
Pastoral Familiar) em Brasília,
nos dias 17 a 19 de junho a 35ª
Assembleia Geral da Pastoral
Familiar.
CCEELLEEBBRRAAÇÇÃÃOO EEUUCCAARRÍÍSSTTIICCAA
O inicio das atividades de todos
os dias foi com a celebração
eucarística presidida, na sexta-
feira por Dom João Carlos Pe-
trini, bispo de Camaçari/BA e
Presidente da Comissão Epis-
copal Pastoral para a Vida e a
Família da CNBB, no sábado
por Dom Tarcísio Nascentes
dos Santos, bispo de Divinópo-
lis/MG e referencial da Pastoral
Familiar do Regional Leste 2,
da CNBB.e no domingo por
Dom Antonio Augusto Dias
Duarte, bispo auxiliar do Rio de
Janeiro e membro da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida
e a Família da CNBB.
Dom Petrini destacou duas li-
nhas prioritárias da Pastoral
Familiar nos próximos anos: 1°)
Fortalecer a família no contex-
to social, cultural de hoje –
dando mais visibilidade pública
à família; 2°) Criar espaços pa-
ra que as famílias carentes pos-
sam ser alcançadas. (grupos de
famílias para rezar, festejar, criar comunidades de fé e de
ajuda).
RREEFFOORRMMAA DDOO EESSTTAATTUUTTOO
Sábado, 18, o advo-
gado Carlos Berlini,
Diretor para o Brasil
da ONG Associazio-
ne Amici dei Bambini (Aibi),
apresentou à assembleia pro-
posta de reforma do Estatuto da
Pastoral Familiar. Esclareceu
que serviram de subsídio à ela-
boração da revisão do Estatuto
os seguintes documentos: a)
Exortação Apostólica Familia-
ris Consortio; b) Carta às Famí-
lias – João Paulo II; c) Estatuto
da CNBB; d) Estudo 65 da
CNBB - Pastoral Familiar no
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133
Brasil; e) Documento 79 da
CNBB – Diretório da Pastoral
Familiar; f) Documento de
Aparecida; g) Código Civil
Brasileiro. A proposta foi apro-
vada por unanimidade.
DDOOMM PPEETTRRIINNII
Dom Petrini assessorou um
momento de formação enfati-
zando a necessidade de os agen-
tes de Pastoral Familiar se pre-
pararem para enfrentar a reali-
dade de um mundo seculariza-
do. Para isso disse que os do-
cumentos da Igreja como Fami-
liaris Consortio, Aparecida,
Diretrizes da Ação Evangeliza-
dora da Igreja no Brasil podem
ajudar. Apresentou também o
projeto de Escola Família, que
está sendo implantado em sua
diocese.
Apresentou também alguns
eventos:
VII Encontro Mundial das
Famílias que acontecerá em
Milão no período de 05/maio
a 03 de junho de 2012;
Congresso Internacional so-
bre a Familiaris Consortio nos dias 5 a 8 de outubro de
2011 na Universidade Católi-
ca da Bahia em Salvador.
Dom Petrini falou também so-
bre o Projeto Rachel (USA)
que tem um documento chama-
do Manual de consulta pós-
aborto para Padres e Líderes
do Projeto Raquel e foi desen-
volvido como um material de
consulta pela Comissão para o
Clero, Vida Consagrada e Vo-
cações e pela Comissão para
Atividades Pró-Vida da Confe-
rência Norte Americana de Bis-
pos Católicos (USCCB). Está
disponível no site:
www.hopeafterabortion.com/
projectrachelmanual/
PPAASSTTOORRAALL OORRGGÂÂNNIICCAA EE
AA HHOORRAA DDAA FFAAMMÍÍLLIIAA
Pe. Bento abordou o tema Pas-
toral orgânica e a Pastoral Fa-
miliar como colaboradora da
ação evangelizadora da Igreja.
Em seguida destacou a Hora da
Família de 2012, que terá o
mesmo tema do VII Encontro
Mundial das Famílias: Família,
Trabalho e Festa. Os dez temas
serão transformados em cinco
fundindo-se sequencialmente de
dois em dois (a seguir os dez
temas em italiano): 1. Il segreto
di Nazareth: 2. La famiglia ge-
nera la vita; 3. La famiglia vive
la prova; 4. La famiglia anima
la società; 5. Il lavoro e la festa
nella famiglia; 6. Il lavoro ri-
sorsa per la famiglia; 7. Il lavo-
ro sfida per la famiglia; 8. La
festa tempo per la famiglia; 9.
La festa tempo per il Signore;
10. La festa tempo per la comu-
nità.
XXIIIIII CCOONNGGRREESSSSOO NNAACCIIOONNAALL
DDAA PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR
O casal coordenador da Pastoral
Familiar do Leste II, Júlio e
Marilia, apresentaram dados
sobre o XIII Congresso Nacio-
nal da Pastoral Familiar, que
acontecerá nos dias 19 a 21 de
agosto deste ano em Belo Hori-
zonte.
Destaques para a Oração e o
Hino do Congresso e outros de-
talhes.
VVIIIIII SSEEMMIINNÁÁRRIIOO DDEE
AASSSSEESSSSOORREESS
Tico e Vera comentaram sobre
o VIII Seminário de Assessores
da Pastoral que será realizado
no mesmo dia do Congresso, no
dia 19, das 08:00 às 13:00 ho-
ras.
PPAASSTTOORRAALL DDAA JJUUVVEENNTTUUDDEE Pastoral da Juventude (PF) e
sua estrutura na Igreja do Brasil
foi tema de palestra na 35° As-
sembléia da Pastoral Familiar,
que se realiza em Brasília (DF),
de 17 a 19 de junho, na sede da
Secren.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144
Dom Eduardo Pinheiro, presi-
dente da Comissão Episcopal
Pastoral para a Juventude da
CNBB, apresentou as várias
atividades da Pastoral da Juven-
tude e, de modo especial, da
Jornada Mundial da Juventude,
em Madrid, a realizar-se de 17 a
19 de agosto. Fez um apelo a
Pastoral Familiar que acompa-
nhe e façam parceria com a
Pastoral da Juventude e incenti-
ve a apóie suas atividades
pastorais.
33ªª PPEERREEGGRRIINNAAÇÇÃÃOO EE SSIIMMPPÓÓSSIIOO
DDAA FFAAMMÍÍLLIIAA
A assembléia também fez a
avaliação da 3° peregrinação
das famílias á Aparecida e o
Simpósio da Família. Momento
coordenado pela equipe de or-
ganização de Peregrinação do
Sul 1 da CNBB. Representada
por Maria Célia Pinto, Irmã
Ivonete Kunten, e o Casal An-
tonio e Dora. De forma geral os
representantes do regional ava-
liam a iniciativa muito positiva
e pediram a continuidade da
realização do simpósio.
EELLEEIIÇÇÃÃOO
No dia 18 foi eleita a nova
coordenação, com o casal Tico
e Vera de Salvador – BA sendo
eleitos para um novo mandato
como casal coordenador.
E o casal Volnei e Marivone de
Joinville – SC eleitos como Vi-
ce-Coordenadores.