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N.º 36 Maio / Junho / Jullho / Agosto de 2016

BOLETIM INFORMATIVO

Página n.º2 Boletim Informativo N.º 36

EDITORIAL Foi noticiado recentemente na imprensa que existem no nosso país cerca de dois milhões de pessoas, que se encontram abaixo do limiar de pobreza o que corresponde a cerca de 20% do população portuguesa. A população com idade superior a 65 anos, já há muito que ultrapassou também os dois mil milhões, estimando-se que no final do ano de 2017, possa mesmo chegar aos três milhões, o que corresponderá a cerca de 30% da totalidade da população residente em Portugal. Acresce ainda que entre a população sénior, residente no território português, existe perto de um milhão de pessoas com mais 80 anos, muitos deles afetadas por demências e com mobilidade muito reduzida. As pessoas hoje em dia, graças aos avanços da medicina e mudança de hábitos de vida, têm uma maior longevidade, mas arrastam consigo doenças do foro físico e psicológico, que conduzem a um elevado grau de dependência, para as quais as Misericórdias, os cuidadores e os poderes públicos, terão que encontrar repostas adequadas. As habitações deste tipo de população, não estão preparadas para alojar pessoas com mobilidade reduzida, quer devido á dimensão das portas onde não cabem as cadeiras de rodas, quer devido á existência de escadas de ligação interior ou para o exterior, situação que ainda se torna mais acentuada nas zonas

suburbanas, da periferia das grandes cidades, com prédios de 3 pisos e outros mais antigos com 4 e mais pisos, sem elevador. A grande maioria dos utentes da nossa região, trabalhou na agricultura na idade ativa, e como tal não aufere pensões de reforma, de valores suficientes para assegurar os custos do internamento num lar residencial com tratamento condigno, pelo que estes ficam reservados aos que tem descendentes com capacidade financeira para suportar as respetivas mensalidades e os que não tendo recursos são abrangidos pelas vagas cativas da Segurança Social As Misericórdias, tem que garantir a sustentabilidade da Instituição, mantendo um quadro de pessoal que respeite os rácios impostos pela Segurança Social e ajustado as necessidades dos utentes, que como atrás foi referido, são cada vez maiores e mais diversificadas, não podendo por isso acudir a essas situações diretamente, apesar de se envolverem completamente no processo, no sentido das situações limite serem contempladas com os necessários apoios humanitários. Com efeito a Segurança Social, financia alguns internamentos nos lares residenciais a pessoas desprovidas de rendimentos, sendo na generalidade aproveitadas as vagas cativas, em função dos acordos celebrados com a Instituição de Acolhimento. A Solução passa pela racionalização e ampliação dos espaços de modo a permitir a criação de quartos triplos, que conjugado com as economias de escala, permita diminuir significativamente o custo médio do utente para esta valência e na criação de projetos inovadores para angariação de proveitos próprios que garantam a sustentabilidade das Instituições de Solidariedade, de modo a prosseguirem o seu caminho, na senda da ajuda humanitária a prestar a quem dela necessita A duvida recentemente instalada na opinião pública, quanto a eventuais sanções aplicáveis a Portugal e Espanha, por incumprimento do deficit, e que, tal como foi anunciado, se traduzem na suspensão temporária dos fundos estruturais, vêm introduzir uma incerteza perturbadora no que respeita as candidaturas da Economia Social, também designado de 3º sector, nos projetos de financiamento, ao abrigo do Portugal 2020. As Misericórdias certamente que vão saber encontrar formas de enfrentar estas novas realidades e responder afirmativamente aos desafios que o futuro lhe reserva, inovando e criando novas respostas á diferente e cada vez mais diversificada, procura que se avizinha no curto prazo, em qualidade e quantidade, de mãos dadas com os poderes públicos da esfera política, tal como vem fazendo e bem, ao longo dos últimos 500 anos.

Dr. J L Monteiro de Castro, Provedor

NESTA EDIÇÃO

Atividades desenvolvidas

Notícias

Novos Irmãos/Sócios

Aniversário de Irmãos/Sócios

Necrologia

Memórias da Graciete

Anedotas

Oração

Provérbios de A a Z

Reciclagem

Passatempos

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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

N.º 36 Boletim Informativo Página n.º3

N o decorrer dos meses de Maio a Agosto os utentes realizaram algumas atividades de desenvolvimento físico e cognitivo e estimulação individual e

coletiva. No mês de maio comemorou-se o mês do coração, da Mãe e da Família. Pelo coração os utentes realizaram uma caminhada na instituição uma vez que as condições atmosféricas não permitiram uma ida à marginal. Vestiram a camisola e seguiram todos juntos na caminhada. Realizamos um centro de flores secas para oferecer a todas as mães de todas as valências. Outro dos eventos que já vem sendo hábito foi o Dia Internacional da Família onde familiares e amigos dos utentes puderam passar uma tarde animada junto dos seus com a realização de jogos, baile e fotografias.

E m junho como já é de tradição os utentes deslocaram-se até ao mercado em Alcobaça para comemorarem os Santos Populares, com a realização de um

piquenique com a presença da marcha das animadoras, da marcha da Universidade Sénior de Pataias e do coro da Universidade Sénior de Alfeizerão, os utentes de vários instituições passaram uma tarde bem animada. No dia 26 de Junho os utentes de ERPI foram à Festa do S. João Baptista em Alfeizerão, assistir ao desfile de marchas populares da freguesia. Desfilaram as marchas do Casal Pardo, Casal Velho, Macalhona, Alfeizerão, marcha das crianças do Centro Paroquial e marcha dos seniores do Centro José Nazário, como marcha convidada desfilou a Nazaré


N o mês de julho foram realizadas várias atividades de desenvolvimento físico, psíquico e de motricidade com a realização de vários jogos, pinturas e culinária.

N o mês de Agosto os utentes tiveram a visita de dois grupos de escuteiros, um de cascais e outro do Porto que vieram passar um pedaço de tempo com os nossos

utentes para conversarem, realizarem alguns jogos e cantarem. Também durante os meses de julho e agosto os utentes realizaram a ginástica através da Câmara Municipal de Alcobaça que permitia aos utentes a realização de atividade física, o relacionamento com a comunidade e o conhecimento de outros locais da região. No dia 19 comemorou se o Dia Mundial da Fotografia com a realização de algumas fotografias engraçadas dos nossos utentes. Realizou-se uma caminha ao exterior até aos casais norte.

Mês Atividade Objetivos Destinatário

Setembro

• Sardinhada em Alcobaça: Piquenique e atividades

• Festa da Nossa Senhora do Rosário;

• Passeio anual da Camara Municipal de Alcobaça;

• Dia Mundial da Alfabetização; • Dia Mundial do Coração.

• Comemorar a Padroeira dos Marítimos;

• Promover o convívio e dinâmica entre grupos;

• Proporcionar o conhecimento de alguns locais;

• Comemorar datas festivas.

ERP, Centro de Dia e Apoio Domiciliário

Outubro • Dia Internacional do Idoso; • Dia Mundial da Alimentação.

• Comemorar datas festivas; • Proporcionar convívio entre

utentes.

ERP, Centro de Dia

Novembro

• Dia de Todos os Santo; • Magusto:

Convívio entre utentes, amigos e familiares.

• Teatro Interativo

• Assinalar e comemorar datas festivas.


Dezembro

• Exposição do Natal em Alcobaça;

• Natal: Decoração Trabalhos Festa de Natal

• Comemorar datas festivas; • Proporcionar momentos de

alegria aos utentes e familiares.



ATIVIDADES DA USA

A Universidade Sénior de Alfeizerão ao longo dos meses ofereceu aos

seus alunos aulas de música, Inglês, Informática, História e Geografia da Região e Teatro. Para complementar as aulas foram decorrendo outras atividades como visitas de estudo e apresentações das disciplinas mais práticas, como forma de promover um Envelhecimento Ativo. No dia 18 de Maio alguns alunos da Universidade Sénior, a convite da Camara Municipal de Alcobaça foram visitar o Museu do Vinho, em comemoração do Dia Internacional dos Museus. A visita decorreu durante a manhã e terminou com a habitual prova de vinhos.

A Universidade Sénior de Alfeizerão foi convidada pelo Grupo de Coordenação das IPSS´s do concelho de Alcobaça para atuar com o seu Grupo Coral e alunos de música, na festa dos Santos Populares no Mercado Municipal, para os idosos das IPSS´s do concelho, no dia 15 de Junho.

Foram também convidados pela Universidade Sénior de Pataias, no dia 25 de Junho, para participar nas comemorações de final de ano letivo da mesma. A atuação decorreu durante a tarde e terminou com a oferta de um lanche.

No dia 30 de Junho terminaram as aulas da Universidade Sénior de Alfeizerão e para celebrar esta data, no dia 1 de Julho foi realizada a Festa de Final de Ano que decorreu nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão. Neste dia o Grupo de Teatro fez a sua primeira apresentação pública, o Grupo Coral com os alunos de instrumentos, mais uma vez, mostrou o seu trabalho. Foram também entregues os diplomas aos alunos e


NOTÍCIAS Maio

03 - Participação do Vice Provedor e Diretora Técnica nas cerimônias de Inauguração do Centro de Saúde de S Martinho do Porto, que contou com a presença do Ministro da Saúde 06 - Participação do Provedor nas Jornadas de Museologia, patrocinadas pela União das Misericórdias Portuguesas, que se realizaram em Òbidos 19 - Participação do Provedor no ciclo de conferências, promovidas pela União das Misericórdias Portuguesas, União das IPSS e União das Mutualidades, que se realizou na FIL em Lisboa nos dias 19, 20 e 21

Junho 02 - Participação do Provedor e da Tesoureira no Congresso Nacional das Misericórdias, promovido pela União das Misericórdias Portuguesas, que teve lugar no Fundão nos dias 2, 3 e 4 e que contou com a presença do 1º ministro e do Presidente da República 07 - O Provedor participou na cerimônia de Adjudicação da Construção do Hotel de Charme no Mosteiro de Alcobaça, a convite do Presidente da Câmara 17 - O Vice Provedor, a Diretora Técnica e o coordenador do Serviço de Ambulâncias participaram na cerimônia de apresentação do Manual de Segurança 25 - O Provedor, o Vice Provedor, a

professores da USA. Para terminar a festa houve um lanche convívio.

A Universidade Sénior de Alfeizerão realizou no dia 30 de Julho uma apresentação do seu grupo de Teatro e grupo Coral na Associação Recreativa e Desportiva Quiterense. Contou também com a colaboração do Grupo de Teatro Pó

DʼPalco do Valado de Santa Quitéria. A atuação teve inicio às 21:30 e terminou como habitual com um lanche partilhado.


NECROLOGIA

10/Maio/2016 - Falecimento do membro da Irmandade e utente do Lar Residencial da Santa Casa, António Feliciano Susano 13/Junho/2016 - Falecimento da Utente do Apoio Domiciliário Graciete Cristina Fonseca 08/Agosto/2016 - Falecimento da utente do Lar Residencial da Misericórdia, Amélia Grilo Duarte Matias

Felicitamos todos os utentes e membros da Irmandade que completaram mais um aniversário durante o segundo quadrimestre de 2016.

PARABÉNS A VOCÊ

Utentes:

Maio António Simão Maria 66 anos José Maria Oliveira 84 anos Julieta Ramos Domingos 79 anos Maria Delmira Pinto Susano Gomes 74 anos Rosa Encarnação Feliciano 83 anos Luis Mendinhas Pereira 90 anos Maria Armanda de M. P. A. Pacheco 95 anos Maria Encarnação Santos 92 anos Maria de Jesus Justa Antunes 89 anos

Junho

Maria da Conceição Mota 87 anos Inez Pereira Branco 83 anos Maria Rosa Rodrigues 92 anos

Julho Senira Ramos Vicente Pessoa 86 anos Guiomar de Jesus Carriço Sardinha 75 anos Maria Amélia Simão 88 anos Maria Ana 99 anos Rosa Cecília Rebelo 89 anos Amadeu de Sousa Tornada 88 anos

Agosto

Bernardino de Jesus Diniz 74 anos Maria Ana C. Guerreiro Mendes 74 anos Maria Inácio dos Santos Medalha 76 anos António Pedras 69 anos João Abílio da Assunção Ferreira 82 anos Maria Alice Siopa 84 anos

Nº 1238 – António José Ouro Silvestre

NOVOS IRMÃOS / SÓCIOS Nº 1239 – Aníbal Engrácio Delgado

Tesoureira, membros do Conselho Consultivo e da Irmandade, participaram nas cerimônias da Peregrinação das Misericórdias Portuguesas ao Santuário de Fátima 26 - Participação da Misericórdia na procissão das Festas religiosas em homenagem a S. João Batista padroeiro da paróquia da Vila de Alfeizerão

Julho 03 - O Vice Provedor, participou no almoço do 102º aniversário da Casa do Povo de Alfeizerão em representação da

Santa Casa da Misericórdia 17 - O Vice Provedor e a Diretora Técnica participaram na reunião da CNAF, para apresentação do Relatório de Atividades de 2015 30 - Atuação do Coro e Escola de Música da Universidade Sénior da Santa Casa da Misericórdia no Valado de Santa Quitéria

Agosto 20 - Participação do Provedor e do Vice provedor nas cerimônias de Inauguração da Feira de S. Bernardo em Alcobaça a convite do Presidente da Câmara


MEMÓRIAS DA GRACIETE ALFEIZERÃO - Ontem & hoje

AS FESTAS DA ALDEIA Tenho Saudades de Antigamente…. Era pouco vulgar as pessoas de antigamente darem apreço ao dia de anos dum familiar ou de outro. Festa propriamente dita era uma vez por ano , com arraial e bailarico e para o qual se todo o tempo a juntar uns dinheiritos para comprar um vestido novo. No tempo restante havia as sementeiras e as colheitas - as sachas, as vindimas e as descamisadas onde se juntavam grupos de rapazes e raparigas que aproveitavam para se divertirem ao mesmo tempo que trabalhavam. Era nestas alturas que se conheciam os filhos duns e filhas doutros para daí surgir um ou outro namorico – era por isso que nas terras pequenas eram todos compadres ou até mesmo primos e primas. Estas afinidades eram mantidas de geração para geração e uma vez por ano lá se juntavam então na festa da família - uma Matança do Porco era o pretexto. O animal para matar, era o melhor que tinha sido escolhido da ninhada e posto à parte para engordar à base de beterrabas, batatas e couves cozidas e mais uns baldes de trigo e milho. Era uma alimentação natural, que levava um ano a engordar, mas aquelas carnes tinham outro sabor!…. (….) As pessoas trabalhavam muito! Mas a vida não era gerida por horas, nem

tinham que picar o ponto, era por tempos…. o tempo de cavar e semear, da poda e da empa e depois vinham as colheitas… para tudo havia o seu tempo. E agora era o tempo dos preparativos para a Matança do Porco! Geralmente em Novembro era o mês escolhido, por causa do tempo fresco (não havia frigoríficos nem arcas nem sequer ligações à energia elétrica). Para receber os parentes e amigos, os pátios eram todos atapetados de mato novo, era um consolo o cheiro das urzes e do tojo ao contrário do estrume do ano anterior, que tinha sido retirado para a adubar as terras. As salgadeiras, de onde tinham saído os últimos ossos salgados, eram agora lavadas assim como as panelas, os tachos e os alguidares grandes que tinham sido guardados no sótão para estas ocasiões. Era nestes dias que as melhores toalhas religiosamente guardadas, tinham a oportunidade de serem vistas e usadas, para logo depois de lavadas voltarem por mais um ano à arca do enxoval Aproximados os dias, tanto o homem como a mulher tinham as suas tarefas a cumprir – A ele cabia o fazer dos convites, (em geral retribuídos na próxima festança), verificar se os petromax tinham as camisas, se as cordas estavam em condições, a


escápula, a padiola, os alguidares, as facas e ou o cebolão. À dona da Casa estaria destinado verificar as terrinas, os pratos, os talheres, os copos… tinha que também comprar as especiarias e o sal, as couves e as massas para o cozido. Chegado o dia logo pela manhã, o portão era aberto e logo chegavam os homens mais chegados da família, para agarrarem o bicharoco…. Era logo aí que começava a festa! Os que se armavam em valentões eram os primeiros a cair sem conseguir filar a orelha ou uma pata do animal – era uma risada! Uns por baixo outros por cima , o porco que chegava a ter mais de cem quilos lá era dominado para logo de seguida ser morto à faca ou por afogamento, conforme o habito do matador. Depois de chamuscado, raspado e lavado era agora tempo de ser içado, até ao tecto da adega para ali mesmo ser aberto e limpo das tripas e miudezas, ficando então a escorrer. Depois de todo trabalho eram chegadas as horas – horas de comer um petisco preparado pelas mulheres. Em geral vinha numa malga bacalhau assado, bem temperado de azeite, vinagre e alhos picados e o pão acabadinho de sair do forno, umas boas canecas de agua pé ou uns copinhos de vinho novo para ser provado! Descansados da primeira parte, era tempo “desapartar” as tripas e arranjar um grupo de mulheres para as ir lavar, as mais velhotas ficavam a cortar e temperar a cachola para o almoço!.

Guisadinha com batatas, com cominhos e cravinho da índia, era cá um pitéu de comer e chorar por mais. Recordo-me de todos estes passos a que assisti em casa da minha vizinha Maria Catita – muito gostava eu de ser convidada para estas paródias – eu era a única rapariga, que ia com ela, a Ti Amélia e a Júlia lavar as tripas ao vale ou ao rio grande – era uma maravilha podermos descalçar e meter os pés naquela água limpinha, que corria veloz num leito de areia lavada pelas enxurradas do Inverno. O Joaquim Catito, o Ramiro, o Toino e o Zé Tempero tinham ficado a jogar com uma bola feita da bexiga . Estes dias eram de Festa por quebrar a rotina, não que o trabalho deixasse alguém descansar. Já velhota a Ti Francelina era quem cortava as gorduras e as temperava para as morcelas. Os homens já tinham tirado os bofes, o coração e alguma febra para o cozido da ceia, enquanto o sangue continuava a escorrer para fazer os chouriços de sangue ( negros) Para eles era agora tempo de jogar umas cartas, contar umas anedotas e beber uns copos. Para as mulheres que tinham chegado do rio eram horas de arranjar os condimentos, escaldar a farinha de milho, cortar a guita e logo começar a encher as morcelas – ai que saudades – um pouco de erva-doce e canela ou então cominhos e cravinho, vinho, sal, alhos e louro, como eu gostava de meter as mãos naquela


mistura ensanguentada e encher até metade da tripa para não rebentar quando fossem a cozer. Apesar do dia ter começado cedo, os dias de Novembro eram curtos, faziam-se agora horas de acender os candeeiros e os petromax, disso se encarregava o Virgolino. O lume estava bem ateado e a água na panela já fervia com as carnes, batatas cenouras, couves e cabeças de nabo! Ai que cheirinho… A desmancha do porco continuava no dia seguinte…. Com o salgar os toucinhos, o tirar de assaduras para dar a amigas a quem se deviam favores (chamava-se Assadura a um bocado de Carne para Assar e só se comia nos dias da Matança do Porco. Ir ao talho era impensável, chegando a ser um luxo ou mesmo um desgoverno) Depois era tratar das restantes carnes para serem cortadas e temperadas para encher chouriços, 4 ou 5 dias depois. Nestes dias comiam-se as queixadas assadas no forno e broa cozida no dia, porque todo o restante era para o governo do ano que vinha aí Felizmente na minha infância tive ocasião de conviver com certas pessoas que me enriqueceram bastante os conhecimentos e que com saudade,

recordo até hoje Tenho saudades do Ti Zé Catito! … de ir sentada nos cestos da burra, com o Ramiro e com o Joaquim Catito apanhar maçãs para a Barba Torta…. Tenho saudades do Zé Roca e de ir com a Odete e a Francelina apanhar batatas ou vindimar para as Ramalheiras…. Tenho saudades de nestes dias comer as batatas novas cozidas com a pele com as sardinhas escorchadas Tenho saudades da Ti Amélia da Franca e de ir vê-la a amassar e a cozer as broas….. Tenho saudades de tantas coisas e de tantas pessoas…. Texto da Graciete Simões Irmã/Socia nº 37


Um homem dirige-se à rececionista: - Queria falar com o Doutor por favor. - O senhor é paciente? - Que é que acha? Há 5 meses que o Doutor não paga a renda do Consultório! Na estação do comboio: - Dê-me, por favor, um bilhete para o comboio. - Diga-me para onde vai? - Ora esta, eu não disse à minha mãe para onde ia, e vou dizê-lo a você?!.... Pergunta como se faz omelete de chocolate? Resposta: com ovos da Páscoa!

Numa festa de anos alguém pergunta à aniversariante: - Quantos anos faz? - Quarente - Mas já há dez anos que diz que tem essa idade. - Claro, eu não sou uma daquelas que hoje diz Uma coisa e amanhã outra! A professora pergunta: - Zezinho, o que é uma lesma? - É …. É…. Uma caracol nudista!

Enviado pelo Irmão Nº 140 Teófilo Casimiro Antunes

ANEDOTAS


A PRÁTICA DA FÉ

Olhei em frente e vi uma velhinha Sentada num banco, rodeada de nada! Na mão um terço e ao lado uma velinha E nos seus lábios…..a ladainha sagrada!

Mãos cansadas, face marcada pela dor,

Olhos grandes, com mil histórias em pedaço! Um colo que, outrora, aconchegou gestos de amor

E que, hoje, já não passa de mero regaço!

Olhos lindos…. mas perdidos no vazio De uma vida que não volta a acontecer!

Ao pescoço, o ouro gasto de um fio Com a foto de quem não quer esquecer!

Tão repleta de vida parece

A velhinha que ali encontrei! Sentada, na hora da sua prece

A rezar por quem? Ainda não sei!

Sentei-me perto de tão bela criatura E fiquei tranquila e serena … por fim!

Pegou-me na mão, com ternura E, em silêncio, ambas rezámos por mim!

In Almas Selvagens de Armanda Balinha, Enviado pela Irmã nº 270

DIFERENÇAS


PROVERBIOS DE A – Z 1 – A menor perfeição da mulher é a formosura que o tempo lhe desbarata. 2 – A quem casar com velha rica ruim cama e boa mesa. 3 – Bom tempo no Inverno e mau no Estio, mau ano de fome, bom ano de frio. 4 – Bom é saber calar até chegar a oportunidade de falar. 5 – Caridade bem entendida começa por casa. 6 – Castigo o bom melhorará; castiga o mau piorará. 7 – De Deus lhe venha o remédio. 8 – Do mais feio botão nasce a mais lida rosa.. 9 – É manha de Portugal comer, beber e dizer mal.

10 – Em casa de Maria Parda, uns comem tudo e outros não. 11 – Frio de mão quente do coração. 12 – Feliz e boa festa faz quem em sua casa fica em paz. 13 – Guarda o que não presta, acharás o que precisas. 14 – Guarda-te de homem que não fala, de mulher que faz versos e de cão que não ladra 15 – Há-de ser meu herdeiro quem for meu enfermeiro. 16 – Há pouca diferença entre aquele que dá de má vontade e o avarento que recusa dar.

Enviado pelo Irmão nº 103 Zé Hilário


- Uma tonelada de PAPEL – Reciclado evita o abate de 15 a 20 arvores?

- A reciclagem de uma tonelada de VIDRO permite poupar 1.200 kgs de matéria

prima e cerca de 150 litros de petróleo?

- A energia poupada pela reciclagem de uma garrafa de VIDRO é suficiente para

manter acesa uma lâmpada 100 watts durante 4 horas?

- Cinco garrafas de água de plástico são suficientes para produzir uma t-shirt

tamanho XL.

- Uma LATA DA ALUMÍNIO reciclada permite poupar a energia necessária para

manter uma televisão ligada durante três horas?

- A PASTILHA ELÁSTICA leva 5 anos a ser absorvida?

- A LATA DE REFRIGERANTE demora 80 a 100 anos para ser absorvida?

- O PLÁSTICO pode levar 500 anos, mas existem alguns que simplesmente não se

decompõem?

- O VIDRO fica um milhão de anos na natureza sem se decompor.

NOTA FINAL – a falta de recipientes próprios (ECOPONTOS) é um dos principais

argumentos para justificar que as pessoas não adirem à reciclagem como seria

desejável.

Enviado pelo Irmão Nº 140 , Teófilo Casimiro Antunes

RECICLAGEM – SABIA QUE……

SODOKU DESAFIO

Numa feira de trocas, um (1) burro vale

quatro (4) porcos e um (1) porco vale

cinco (5) ovelhas.

Com quarenta (40) ovelhas quantos

burros é possível obter?


Aveiro

Beja

Braga

Bragança

CasteloBranco

Coimbra

Évora

Faro

Guarda

Leiria

Lisboa

Portalegre

Porto

Setúbal

Santarém

Viseu

SOPA DE LETRAS

Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão

Edição: Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão Pessoa Coletiva de Utilidade Pública NIF 503848794 Rua Major Sérgio da Silva, nº2,2460-153 Alfeizerão Telefone:262 990 842 Fax:262 990 843 Email: [email protected] website: www.misericordiaalfeizerao.pt www.facebook.com/stacasamisericordia.alfeizerao

Direção: Comandante Mauricio Sá Composição e Alinhamento:Drª Elisabete Salgueiro Redação: Membros dos Orgãos Sociais, Funcionários, Colaboradores e Voluntários Periodicidade: Quadrimestral Tiragem: 700 exemplares

Distribuição gratuita aos membros da Irmandade

FICHA TÉCNICA

Respostas Sociais � Centro de Dia � Apoio Domiciliário � Apoio Domiciliário Alargado � Estrutura Residencial para

Pessoas Idosas � Cantinas Sociais � Banco Alimentar � Programa Escolar de Recursos

Alimentares � Centro de Acolhimento de

Emergência Social � Acolhimento de Refugiados

Serviços � Cuidados de Saúde � Fisioterapia � Ambulâncias � Religiosos � Loja Social � Oficina Social � Escritório Social � Universidade Sènior

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