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BOLETIM TÉCNICO N° 67
Desenvolvimento de Pupunha(Bactris gasipaes Kunth) Cultivada para Palmito em
Diferentes Regiões do Paraná
Chaimsohn, F.P.1
Morsbach, N.2
Durigan, M.E.3
Treitny, M.R.4
Gomes, E.P.5
1Eng° Agrônomo, M.Sc. Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná IAPAR Polo Regionalde Pesquisa Agropecuária de Ponta Grossa CP. 129. Ponta Grossa PR. 84.001-970. Fone/Fax:(0XX)(42)229-2828. E-mail: [email protected]
2 Enga Agrônoma Pesquisadora Aposentada do IAPAR3Enga Florestal, M. Sc. Pesquisadora IAPAR. Polo Regional de Pesquisa de Curitiba CP. 2031.Curitiba PR. 80.011-970. Fone: (0XX)(41)665-6336 Fax: (0XX)(41)665-6979. E-mail:[email protected]
4 Técnico Agrícola IAPAR Polo Regional de Pesquisa de Curitiba CP. 2031. Curitiba PR.80.011-970. Fone: (0XX)(41 )665-6336 Fax: (0XX)(41 )665-6979. E-mail: [email protected]
5 Técnico Agrícola IAPAR Polo Regional de Pesquisa Agropecuária de Ponta Grossa CP. 129.Ponta Grossa PR. 84.001-970. Fone/Fax: (0XX)(42)229-2828.
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação elaborada pela Divisão de Processos Técnicosda Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina.
CAPAJosé Lascosk Neto
PRODUÇÃO GRÁFICAGráfica e Editora do Norte Ltda.R. Serra da Borborema, 158 - Jd. BandeirantesFone: (43) 338-2055 - Londrina - Pr
Tiragem 800 exemplaresÉ permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte.É proibida a reprodução total desta obra.
D 451 Desenvlovimento de Pupunha (Bactris Gasipaes Kunth)cultivada para palmito em diferentes regiões doParaná. / F.P. Chaimsohn et ai. - Londrina: IAPAR,2002.54 p. Ilust. (IAPAR. Boletim Técnico, 67)
ISSN: 0100-3054
1. Palmito - cultivo - Paraná 2. Pupunha (Bactris
gasipaes Kunth) - cultivo - Paraná. I. Chaimsohn, F.P. II.
Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, Pr. VII. Título.
VIII. Série.CDU 634.61
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS 3
ÍNDICE DE FIGURAS 5
RESUMO 7
ABSTRACT 7
INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA 8
RESULTADOS E DISCUSSÃO 16
Condição Geral das Unidades 16
Desempenho por Unidade de Observação 20
Morretes(UOl) 20
Paranaguá (UO2) 23
Paranaguá (UO3) 23
Guaraqueçaba (UO4) 28
Adrianópolis (UO5) 32
Cerro Azul (UO6) 33
Japurá (UO7) 35
Querência do Norte (UO8) 37
Missal (UO9) 39
Produção de Palmito 40
Curvas de Titulação do Palmito 42
CONCL USÕES E RECOMENDA ÇÕES 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
ANEXOS - Gráficos de Precipitação Pluviométrica 49
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. REGIÃO E SEUS RESPECTIVOSMUNICÍPIOS/PRODUTORES, DATA DE PLANTIOE NÚMERO DE MUDAS DE PUPUNHA POR UNIDADEDE OBSERVAÇÃO INSTALADAS NO PARANÁ 12Tabela 2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO DASUNIDADES DE OBSER VA ÇÃO DE PUPUNHA 15Tabela 3 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLODAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO DE PUPUNHA 15Tabela 4 SÍNTESE DAS CONDIÇÕES GERAIS DASUNIDADES DE PUPUNHA 17Tabela 5 ÍNDICE DE SOBREVIVÊNCIA DE PLANTASDE PUPUNHA, AOS CERCA 12, 24 E 36 MESES APÓS OPLANTIO (M.A.P), NAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO 18Tabela 6 ALTURA MÉDIA (m) DAS PLANTAS DEPUPUNHA DAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO 18Tabela 7 DIÂMETRO BASAL MÉDIO (cm)DAS PLANTAS DE PUPUNHA DAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO 19Tabela 8 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 1 (MORRETES) 25Tabela 9 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 1 (MORRETES) __25Tabela 10 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DF: PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 2 (PARANAGUÁ) 26Tabela 11 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DE PLANTAS DEPUPUNHA DA UNIDADE DE OBSERVAÇÃO 2 (PARANAGUÁ) 26Tabela 12 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DE PLANTASDE PUPUNHA DA UNIDADE DE OBSERVAÇÃO 3 (PARANAGUÁJ 27Tabela 13 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DE PLANTASDE PUPUNHA DA UNIDADE DE OBSERVAÇÃO 3 (PARANAGUÁ) 27Tabela 14 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 4 (GUARAQUEÇABA) ___31Tabela 15 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 4 (GUARAQUEÇABA) _ 31
Tabela 16 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURADE PLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 5 (ADRIANÓPOLIS) 32Tabela 17 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 5 (ADRIANÓPOLIS) 33Tabela 18 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 6 (CERRO AZUL) 34Tabela 19 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 6 (CERRO AZUL) 34Tabela 20 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 7 (JAPURA) 36Tabela 21 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 7 (JAPURA) 36Tabela 22 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 8 (QUERÊNCIA DO NORTE) 37Tabela 23 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DE PLANTASDE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 8 (QUERÊNCIA DO NORTE) 38Tabela 24 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DA ALTURA DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 9 (MISSAL) 40Tabela 25 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA(n, média, máximo, mínimo, dp e CV) DO DB DEPLANTAS DE PUPUNHA DA UNIDADE DEOBSERVAÇÃO 9 (MISSAL) 40Tabela 26 ESTIMATIVA DA PORCENTAGEMDE PLANTAS DE PUPUNHA APTAS PARA CORTEAOS 24 E 36 M'.A.P NAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO 41Tabela 27 MÉDIAS DE COMPRIMENTO,DIÂMETRO E PESO DE PALMITO DE PLANTASCORTADAS EM GUARAQUEÇABA (AOS 42 M.A.P.)EJAPURÁ (AOS23 M.A.P) 42
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. MUNICÍPIOS ONDE FORAM INSTALADAS ASUNIDADES DE OBSERVAÇÃO DE PUPUNHA NO PARANÁ 11Figura 2 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA COLETADADE ESTAÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS PRÓXIMASAOS LOCAIS DAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO DEPUPUNHA PERÍODO DE 1994 A 1998 E MÉDIA HISTÓRLCA 13Figura 3 DIÂMETRO BASAL DE PLANTAS DE PUPUNHAADUBADAS E NÃO ADUBADAS DA U01 (MORRETES) 21Figura 4. Vista geral da área não adubada da Unidade de Morretes 22Figura 5. Vista da área adubada da Unidade de Morretes 22Figurão DIÂMETRO BASAL DE PLANTAS DE PUPUNHAADUBADAS E NÃO ADUBADAS DA UO3 (PARANAGUÁ) 28Figura 7 DIÂMETRO BASAL DE PLANTAS DE PUPUNHAADUBADAS E NÃO ADUBADAS DA UO4 (GUARAQUEÇABA) 29Figura 8. Vista geral da Unidade de Guaraqueçaba 30Figura 9. Vista da área adubada da Unidade de Guaraqueçaba 30Figura 10. Ataque de lagartas em mudas da Unidade de Guaraqueçaba 30Figura 11. Vista da Unidade de Cerro Azul 34Figura 12. Vista da Unidade de Cerro Azul 35Figura 13. Vista da Unidade de Japura 36Figura 14. Vista da Unidade de Querência do Norte 38Figura 15. Vista da infestação de plantas daninhasna Unidade de Querência do Norte 38Figura 16. Palmito de primeira de pupunha da Unidade de Japurá 42Figura 17. CUR VAS DE TITULAÇÃO DE PALMITO DE PUPUNHADAS UNIDADES DE OBSER VA ÇÃO 43Figura 18 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRJCA EM MORRETES(MÉDIA HISTÓRICA 1966/1997 E MÉDIA 1994/1998) 49Figura 19 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRJCA EMGUARAQUEÇABA (MÉDIA HISTÓRICA 1978/1997EMÉDIA 1994/1998) 49Figura 20 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EMCERRO AZUL (MÉDIA HISTÓRICA 1974/1997 E MÉDIA 1994/1998) 50Figura 21 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EMCIANORTE (MÉDIA HISTÓRICA 1972/1997 E MÉDIA 1994/1998) 50Figura 22 PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EMSÃO MIGUEL DO IGUAÇU (MÉDIA HISTÓRICA 1982/1997 E MÉDIA 1994/1998) 51
RESUMO
As principais espécies de palmeira exploradas no Brasil, para
extração de palmito, são Euterpe oleracea (açaí) e Euterpe edulis(juçara); sendo o açaí proveniente da Amazônia e a juçara da mata
Atlântica nas regiões Sul e Sudeste. Em função de restrições legais,
ecológicas e sociais da atividade extrativa (principalmente de E.
edulis), tem crescido o cultivo de outras espécies.
Dentre estas, destaca-se a pupunha (Bactris gasipaes), em
função do rendimento, precocidade na produção e do perfilhamento,
que permite explorar o cultivo por vários anos.
A pupunha foi introduzida, inicialmente, no Litoral do Paraná,
pelo IAPAR em 1986; sendo atualmente cultivada em outras áreas do
Estado, tais como o Noroeste, Norte e Oeste. Estas regiões
apresentam condições edafoclimáticas muito distintas da Amazônia,
área tradicional de exploração e cultivo da espécie, o que demanda a
adequação e/ou geração tecnologias apropriadas a tais condições.
Apresenta-se neste trabalho os resultados de unidades de
observação de B. gasipaes, cultivada para palmito nas regiões do
Litoral, Alto Ribeira, Noroeste e Oeste do Paraná.
ABSTRACT
The main species of palm tree cultivated for heart palm
production in Brazil are Euterpe oleracea (Açaí) and Euterpe edulis(Juçara). E. oleracea is native from Amazonian region and E. edulis is
native from south and southeast parts of Atlantic rainforest. Because
of legal, ecological and social restrictions (mainly for E. edulis) the use
of other species of palm trees for heart palm production has
increased. Pejibaye palm (Bactris gasipaes) is one of the most
important because of its yield, precocious production and tillering,
which allows the continuance of production during several years.
Pejibaye palm was introduced at the coastal region of Paraná State by
IAPAR in 1986; nowadays this species is also cultivated in other
regions of the state. In this paper are presented results from units of
observation of B. gasipaes cultivated for heart palm production at
Coastal, Alto Ribeira, Northwest and West regions of Paraná State.
7
INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA
O palmito é um produto especial, ainda de consumo restrito,
tanto no país como no mundo, sendo o Brasil o maior produtor,
consumidor e exportador do produto. As principais espécies
produtoras de palmito são as palmeiras de açaí {Euterpe oleracea),na região do delta do rio Amazonas, e a juçara (Euterpe edulis), na
mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste.
Mais de 90% do palmito comercial é de origem extrativa. O
questionamento crescente sobre a sustentabilidade biológica das
áreas de preservação, os conflitos por conta das invasões para a
extração ilegal de palmito e o rareamento das plantas nas áreas
extrativas, têm comprometido a viabilidade econômica dessa forma
de produção.
Os dados oficiais informam que, em 1985, foram produzidos
132.105t de palmito no país, evoluindo até 202.440t em 1989. Em
1990 a produção caiu para 27.030t, diminuindo para 21.000t em
1992. Não ocorreram causas naturais nem variações no mercado que
expliquem essa discrepância. É mais plausível que tenha havido
grandes falhas no sistema de informações da produção e/ou forte
sonegação fiscal. Estima-se que em 1996 a produção tenha sido de
70.000t de palmito de origem extrativa (AGRIANUAL, 1997).
Considerando a baixa qualidade do produto ofertado, os
principais importadores têm reduzido as compras do Brasil, que perde
mercado para a Costa Rica, pois a sua produção é de palmito de
pupunha cultivada e de boa qualidade.
Estima-se que o mercado mundial de palmito movimente ao
redor de US$500 milhões por ano, com grande potencial de
crescimento (COSER FILHO, 1997). Para se ter uma avaliação mais
precisa desse potencial, considere-se que o consumo na França é de
160g e nos Estados Unidos é de apenas 8g per capita/ano. No Brasil
o consumo per capita/ano está em torno de 660g (RODRIGUEZ et al.,
1995).
Prevendo o aumento das restrições legais, naturais e
econômicas ao extrativismo e a expansão continuada dos mercados
interno e externo, produtores e agroindústrias, em todo o país, estão
investindo em um número significativo de projetos de palmito
cultivado. As espécies predominantes são a pupunha (Bactrisgasipaes), plantada comercialmente em quase todo o país e a
8
palmeira-real (Archontophoenix alexandrae), plantada em menor
escala, principalmente no Litoral de Santa Catarina e de São Paulo.
O cultivo de pupunha para palmito pode ser uma importante
alternativa agroecológica para diversificação e fonte de renda para
sistemas de produção em função de: a. ser uma planta arbórea
(perene, portanto), que contribui para conservação do meio ambiente;
b. ser cultivo de caráter conservacionista uma vez que
adequadamente manejada minimiza os efeitos da erosão, podendo
inclusive, restabelecer a fertilidade do solo, através do manejo dos
resíduos de colheita; c. devido ao seu perfilhamento permite a
manutenção da produção e da população ao longo do tempo,
mediante o manejo das touceiras; d. o aumento na produção e oferta
de palmito cultivado poder reduzir a extração de palmito juçara e açaí;
e. o palmito de pupunha apresenta características diferenciadas do
palmito juçara, permitindo a identificação do mesmo, tanto do produto
in natura, como processado. Por não oxidar como o Euterpe, é
possível a comercialização do palmito de pupunha como produto
fresco.
A pupunha tem mostrado adaptação a diversas condições
edafoclimáticas. Com relação à altitude, observa-se estar distribuída
ou apresentar melhor desenvolvimento de zero até 1200m snm
(JOHANNESSEN, 1966; BLAAK, 1976; FLORES & GOMES, 1986;
MORA-URPI, 1992; VILLACHICA, 1996; CLEMENT, 1998).
Diversos autores indicam, que a precipitação deve ser
superior a 1900 - 2000mm/ano (BLAAK, 1976; FLORES & GOMES,
1986; CLEMENT, 1989; SILVA et ai., 1991; MORA-URPI, 1992;
WOLF, 1998), mas há algumas referências observando que a
quantidade anual de chuva deve ser maior que 1500 - 1600mm
(VILLACHICA, 1996; BONACCINI, 1997; BOVI, 1998; CLEMENT,
1998). Além da precipitação pluviométrica total, é importante que as
chuvas sejam bem distribuídas no ano; sendo que períodos de três a
quatro meses de seca podem afetar o desenvolvimento e
produtividade da pupunha (BLAAK, 1976; MORA-URPI, 1984;
CLEMENT, 1989; VILLACHICA, 1996; BOVI, 1998). A temperatura
média anual indicada como mais adequada para desenvolvimento da
palmeira, varia de 18 a 28°C Entretanto, temperaturas médias anuais
entre 24 a 28°C parecem ser mais favoráveis à espécie. Além disso,
diversos autores citam que B. gasipaes é pouco ou nada tolerante a
9
geadas (JOHANNESSEN, 1966; FLORES & GOMES, 1986;
VILLACHICA, 1996; BONACCINI, 1997; BOVI, 1998).
Embora a pupunha seja adaptada a solos ácidos e de baixa
fertilidade (FLORES & GOMES, 1986; CLEMENT, 1989;
VILLACHICA, 1996; BOVI, 1998), obtêm-se maiores rendimentos em
solos profundos, bem drenados, com níveis adequados de nutrientes
e alto conteúdo de matéria orgânica. VILLACHICA (1996) apresenta
características do solo desejáveis para cultivo da espécie, as quais
são relacionadas a seguir:
• profundidade efetiva: > 50cm, com boa drenagem;
• textura: franco-arenosa a franco-argilosa;
• reação do solo: cresce melhor em solos com pH 5,0 - 7,2;
• matéria orgânica: + 20g/dm3;
• fósforo disponível: 10mg/dm3;
• potássio disponível: > 0,15cmol/dm3;
• cálcio e magnésio disponíveis: > 2,5 e 0,25cmol/dm3;
• saturação com alumínio: tolera solos com alto nível de
saturação de Al, sempre quando tenha adequado conteúdo de Ca
e Mg intercambiável, além de P e K.
As limitações mais críticas ao desenvolvimento da pupunha,
rendimento e precocidade na colheita, relacionadas por CLEMENT
(1989), são:
a) má drenagem do solo;
b) distribuição irregular das chuvas, especialmente em solos com
baixa capacidade de retenção de água;
c) baixos níveis de matéria orgânica e nutrientes;
d) manejo inadequado das plantas daninhas.
Algumas regiões do Paraná apresentam potencial
edafoclimático para o cultivo da pupunha para produção de palmito.
Outras apresentam algumas limitações, riscos e potencialidades que
devem ser estudadas, buscando-se adaptar e/ou gerar tecnologias
que viabilizem o cultivo da espécie nas diferentes condições
edafoclimáticas e sócio-econômícas do Paraná.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento
da pupunha, introduzida como espécie alternativa para produção de
palmito, em quatro regiões agroecológicas do Estado: Litoral, Alto
Ribeira, Noroeste e Oeste.
10
MATERIAL E MÉTODOSForam instaladas nove unidades de observação (UO) de
pupunha no Paraná, sendo quatro no Litoral, duas no Ribeira, duas no
Noroeste e uma no Oeste do Estado (FIGURA 1). Em cada unidade o
número de plantas variou, de acordo com a área e quantidade de
sementes ou mudas disponíveis, sendo o espaçamento utilizado de 2,0
x 1,5m. Na TABELA 1 são relacionadas as regiões e seus respectivos
municípios/produtores com data de plantio e número de mudas para
cada UO.
11
As características físicas e químicas do solo das UO são
relacionadas nas TABELAS 2 e 3. Salienta-se que não houve práticas
de conservação de solo em nenhuma unidade.
Na FIGURA 2 apresentam-se os dados de precipitação
pluviométrica coletada de Estações Agrometeorológicas próximas aos
locais onde as UO foram instaladas, para o período de 1994 a 1998 e
sua média história (período variável em cada Estação
Agrometeorológica).
Em anexo encontram-se as precipitações pluviométricas
mensais para a média histórica e a média para o período de 1994/1998
por Estação Agrometeorológica.
12
Figura 2 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA COLETADA DEESTAÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS PRÓXIMAS AOS LOCAISDAS UNIDADES DE OBSERVAÇÃO DE PUPUNHA PERÍODO DE1994 A1998 E MÉDIA HISTÓRICA
Considerando-se que o manejo das UO era de
responsabilidade dos produtores, houve condução diferenciada em
cada uma das mesmas. Sendo que, nas unidades do Litoral metade das
plantas foram adubadas e metade não foram adubadas.
Periodicamente, efetuaram-se avaliações dendrométricas das
palmeiras, determinando-se a altura (medida do nível do solo até ápice
do arco formado pela folha mais alta aberta), diâmetro basal e número
de folhas vivas. Nas unidades de Morretes, Paranaguá, Guaraqueçaba
e Japurá foram cortadas algumas plantas determinando-se o
rendimento de palmito, os quais foram submetidos à análise estatística
descritiva, determinando-se as médias, máximo, mínimo, desvio padrão
e CV.
6 Na época em que o trabalho foi conduzido, a altura não era medida comodescrito por CLEMENT & BOVI (1999), dificultando a comparação com outrostrabalhos.
13
14
Até a penúltima avaliação, o número de plantas medidas (N) era
igual ao total de palmeiras, excetuando-se àquelas cortadas a partir do
segundo ano. Na última avaliação, foram amostradas ao acaso 20
plantas por tratamento (nas unidades com e sem adubação).Quando da avaliação final das unidades (outubro/novembro de
1998), coletaram-se palmitos para determinar a curva de titulação dosmesmos, utilizando-se metodologia de BERBARI & PASCHOALINO(1997).
15
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Condição Geral das Unidades
Apresenta-se na TABELA 4 uma síntese das condições
gerais dos cultivos de pupunha, observadas em 1998, quando da
avaliação final dos mesmos. Verifica-se que, com exceção das
unidades UO3 (Paranaguá) e UO8 (Querência do Norte), os cultivos
foram relativamente bem manejados7.
Em Adrianópolis (UO5), segundo informações do agricultor,
houve uma certa dificuldade na instalação e condução da lavoura em
função da alta declividade cio terreno, além das restrições para
abertura das covas (solo raso) e disponibilidade de mão-de-obra.
7 Por bom manejo (ou bem manejado) deve-se entender que o cultivofoi adubado e houve controle satisfatório de plantas invasoras.
16
Com exceção das unidades de Adrianópolis e Querência do
Norte, além de Missal (aos 24 meses após o plantio), que
apresentaram índices de sobrevivência relativamente baixos, não
houve elevada mortalidade de plantas nas demais (TABELA 5).
17
Considerando-se que o plantio e as avaliações foram feitas
em diferentes épocas nas unidades, agruparam-se os dados em
períodos de 12 meses, relacionando-os nas TABELAS 6 (altura) e 7
(diâmetro basal - DB). Observa-se que as plantas da UO7 (Japurá)
apresentaram, até aos 24 meses após o plantio (m.a.p.), maior altura
e DB, seguindo-se as UO4 (Guaraqueçaba) UO1 (Morretes).
18
As plantas das unidades U09 (Missal) e U03 (Paranaguá)
tiveram menor desenvolvimento neste período. Entretanto, entre 36 e
48 m.a.p., enquanto as palmeiras da UO3 continuavam a apresentar
menor crescimento, as plantas da U09 recuperaram-se, equiparando-
se àquelas das unidades com desenvolvimento intermediário.
Como mencionado, o produtor da U03 abandonou o cultivo,
enquanto que o agricultor da U09 passou a cuidar a partir do
momento em que este observou o crescimento das plantas. Sendo
que a acentuada competição com plantas invasoras (principalmente
gramíneas), decorrente do abandono e mau manejo foi uma das
principais causas no desenvolvimento da pupunha.
Dependendo do clima, fertilidade do solo e do controle de
plantas daninhas, o tempo entre o plantio e o primeiro corte de
palmito deve ser de 18 a 24 meses (BOVI, 1993; VILLACHICA, 1996;
MORSBACH et al, 1998; MORA-URPI & GAINZA E., 1999), sendo
que as palmeiras devem ter, segundo estes autores, entre oito a
10cm de diâmetro.
Considerando-se a altura e DB médios, pode-se inferir que,
por volta de 24 m.a.p., somente era possível iniciar o corte de palmito
nas unidades U01, U04 U07, indicando que nas demais houve
restrições de clima e/ou manejo para o desenvolvimento das plantas.
Supõe-se, entretanto, que o mau manejo deva ter sido a
principal causa do limitado crescimento nestas unidades, uma vez
que, com exceção da U06 (Cerro Azul) e U07 (Japurá) a precipitação
pluviométrica observada nas demais Estações. Agrometereológicas
foram adequadas ao desenvolvimento da pupunha.
19
Verifica-se também que, nas unidades onde haviam parcelas
de plantas adubadas e não adubadas (UO1, UO3 e UO4), as
palmeiras fertilizadas tiveram maior crescimento, tanto em altura
como em diâmetro.
Desempenho por Unidade de Observação
Morretes(UO1)
A UO1 localiza-se em área declivosa, solo de fertilidade
média para baixa e cujo proprietário não tem na agricultura sua
principal fonte de renda. Entretanto, o cultivo foi relativamente bem
manejado, verificando-se, na área adubada, fertilidade média-alta,
diferenciando-se da área não adubada pelo alto teor de fósforo e
baixa saturação de alumínio, principalmente.
Embora, nos dois primeiros anos após o plantio, tenha havido
ataque de búfalos às palmeiras (causando danos importantes), as
plantas apresentaram boa recuperação; sendo que, próximo ao
período de corte (cerca de 25 m.a.p.), a altura e DB médios foram de
2,6m e 10,3cm, atingindo valores máximos de mais de 4,0m de altura
e 14,0cm de DB.
No período considerado (1994-98), não houve restrições
climáticas para o desenvolvimento das plantas; observando-se
precipitação pluviométrica superior a 2800mm/ano em todo o período
e temperatura média anual de 20°C.
Entretanto, observaram-se diferenças relativamente grandes
entre palmeiras adubadas e não adubadas até cerca de 39 m.a.p.,
após o que, houve uma tendência de as plantas equipararem-se,
tanfò em altura como em DB. Sendo importante considerar que,
normalmente, nas condições climáticas do Litoral do Paraná, o corte
de palmito é iniciado a partir de 18 a 24 m.a.p. e, portanto, neste
período, até a equiparação das plantas, a adubação contribui para
aumentar o rendimento de palmito.
Nas TABELAS 8 e 9 são apresentadas as análises
estatísticas descritivas (n, média, máximo, mínimo, desvio padrão -
dp e coeficiente de variação - CV) da altura e DB.
Observa-se, tanto com relação à altura, quanto ao DB, um CV
relativamente alto, indicando elevada varfabilidade de crescimento
20
entre as plantas, principalmente para as palmeiras não adubadas, o que
foi diminuindo ao longo do tempo. Aos 40 m.a.p. as plantas adubadas e
todas as plantas, aos 54,7 m.a.p., apresentaram menor variação entre
eles, observando-se um CV relativamente baixo.
Aos 24 m.a.p. as plantas apresentavam, em média, um DB que
já possibilitava o corte do palmito.
Apresenta-se na FIGURA 3 o DB de palmeiras adubadas e não
adubadas, observa-se que houve um crescimento, em DB,
praticamente linear até os 40 m.a.p.. Apresenta-se nas FIGURAS 4 E 5
vistas da unidade de Morretes.
8 Considera-se que plantas com DB 10cm já estão aptas para corte e colheitado palmito.
21
Figura 4. - Vista geral da área não adubada da Unidade de Morretes
Figura 5. - Vista da área adubada da Unidade de Morretes
22
Paranaguá (UO2)
A U02 localiza-se em área relativamente plana, solo de
fertilidade média para baixa. Entretanto, em função das constantes
adubações químicas e orgânicas, o solo apresentou fertilidade média
a alta. com 75,1 md/dm3 de fósforo e 58,88% de saturação de bases.
Contudo, na época de corte (cerca de 24 m.a.p.), as plantas
não apresentavam, em média, bom desenvolvimento; observando-se
altura e DB médios de 1,6m e 6,8cm, atingindo máximos de 3,4m e
14,1cm.
Sendo que o crescimento relativamente pequeno das plantas,
até este período, foi devido ao manejo, uma vez que não houve
restrições climáticas para o desenvolvimento das plantas;
observando-se precipitação pluviométrica superior a 1900mm/ano9
em todo o período e temperatura média anual entre 20 a 21 °C.
Entretanto, verificou-se que, por volta de 38 m.a.p., as plantas
apresentaram desenvolvimento relativamente bom, observando-se
altura média de 3,5m e DB médio de 13,9cm, indicando resposta à
melhoria das condições de fertilidade do solo.
Apresentam-se nas TABELAS 10 e 11 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB.
Paranaguá (UO3)
A UO3 localiza-se em área declivosa, solo de fertilidade
média para baixa; embora apresentasse saturação de bases (V%)
média, em função do teor de Ca. A mesma foi abandonada pelo
produtor, que se mudou da propriedade. Por ocasião da última
avaliação (08.10.98), o cultivo encontrava-se com alta infestação de
plantas daninhas.
O manejo inadequado, conseqüência de abandono do cultivo,
no qual não foi efetuado o controle de plantas daninhas, provocou um
desenvolvimento muito reduzido das plantas; as quais apresentavam,
em média, (cerca de 24 m.a.p), altura de 1,5m e DB de 5,6cm. As
palmeiras adubadas tinham, nesta época, crescimento pouco maior
9 Considerando-se dados climáticos de Morretes.
23
que as não adubadas (altura de 1,6 e 1,4m e DB de 6,4 e 4,8cm).
Somente com cerca de 54 m.a.p., verificou-se desenvolvimento
adequado para corte (altura e DB médios de 3,5m e 13,6cm), sendo
que as plantas não adubadas, ainda não haviam atingido o diâmetro
recomendado para colheita do palmito.
Localizada em região próxima a UO2, concluiu-se que não
houve restrições climáticas (temperatura e precipitação pluviométrica)
para o desenvolvimento das plantas; observando-se precipitação
superior a 1900mm/ano em todo o período e temperatura média
anualde20 a 21°C.
Como o cultivo localizava-se na face leste da encosta, o que
diminui muito a insolação, esse pode ter sido um fator que contribuiu
para o mau desenvolvimento das palmeiras.
Apresentam-se nas TABELAS 12 e 13 as análises estatísticas
descritivas (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB e na
FIGURA 6 é ilustrado o desenvolvimento em DB de palmeiras
adubadas e não adubadas.
24
26
27
Guaraqueçaba (U04)
A U04 localiza-se em área relativamente plana, solo de
fertilidade média para baixa. O cultivo foi bem manejado. No segundo
ano após o plantio, houve ataque de lagarta, controlado com inseticida
biológico.
As plantas apresentaram, na média, bom desenvolvimento;
sendo que, próximo ao período de corte (cerca de 25 m.a.p.), a altura e
DB médios foram de 2,6m e 10,3cm, atingindo máximos de mais de
4,0 m e 20,0 cm (altura eDB). .
Entretanto, observou-se diferença relativamente grande entre
palmeiras adubadas e não adubadas até os 54 m.a.p., época da última
avaliação; verificando-se uma tendência de diferenciação das
palmeiras fertilizadas, que apresentaram maior DB e altura.
Considerando-se um DB de 10,0 cm, as plantas adubadas estavam
aptas para corte, em média, a partir de 20 m.a.p., enquanto que os
palmitos das plantas não adubados poderiam ser cortados somente a
partir de 27 m.a.p.No período considerado (1994-98) não houve restrições
climáticas para o desenvolvimento das plantas; observando-se
28
precipitação pluviométrica superior a 2600mm/ano em todo o período e
temperatura média anual em torno de 20°C.
Apresenta-se nas TABELAS 14 e 15 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB. Observa-
se, tanto com relação à altura, quanto ao DB, um CV relativamente alto,
indicando elevada variabilidade de crescimento entre as plantas,
principalmente para as palmeiras não adubadas, sendo que, somente
aos 54,4 m.a.p. verificou-se redução na variabilidade em DB entre as
palmeiras.
De forma semelhante à unidade de Morretes (UO1) aos 25,2
m.a.p. as plantas adubadas, principalmente, apresentavam, em média,
um DB que já possibilitava corte do palmito. Até aos 25,2 m.a.p. as
palmeiras adubadas tiveram um crescimento em DB praticamente
linear, o que não foi observado nas plantas não adubadas (FIGURA 7).
Nas FIGURAS 8 a 10 são ilustrados aspectos da Unidade de
Guaraqueçaba.
Os registros do agricultor indicam precipitação anuais superior à 3200mm,sendo que em 1995, verificou-se 4135mm.
29
Figura 8. - Vista geral da Unidade de Guaraqueçaba
Figura 9. - Vista da área adubada da Unidade de Guaraqueçaba
Figura 10. - Ataque de lagartas em mudas da Unidade de Guaraqueçaba
30
31
Adrianópolis (UO5)
A UO5 localiza-se em área declivosa, solo de fertilidade
média para alta; apresentando (em 1998) 29,1 mg/dm3 de P, 0,26
cmolc/dm3 de solo de K e saturação de bases (V%) superior a 60%.
Até cerca de 32 m.a.p., as palmeiras apresentaram
desenvolvimento razoável em diâmetro (média de 9,0 a 10,0cm), mas
reduzido crescimento em altura. Somente ao redor de 40 m.a.p., as
mesmas tiveram tamanho mais ou menos adequado ao corte (altura e
DB médios de 3,2m e 12,6cm).
O crescimento insatisfatório deve-se à precipitação
pluviométrica relativamente baixa, além da infestação por plantas
daninhas. Considerando-se os dados climáticos da Estação
Agrometeorológica de Cerro Azul, observa-se que no ano seguinte ao
plantio (1996), embora tivesse chovido 1722mm, a distribuição
pluviométrica foi bastante irregular.
Pode-se considerar que a região apresenta risco
relativamente alto para o cultivo da pupunha (sem irrigação), uma vez
que a média histórica (1974/97) de precipitação anual é de 1355mm,
inferior às necessidades de água da palmeira. O que pode ser
acentuado em áreas de alta declividade, nas quais ocorre menor
infiltração de água.
Apresenta-se nas TABELAS 16 e 17 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB.
32
Cerro Azul (UO6)
A U06 localiza-se em área com declive muito acentuado (30
40%), solo de fertilidade média para alta; apresentando (em 1998)
saturação de bases (V%) superior a 90%, principalmente em função dos -
teores de Ca e Mg. Segundo informações do agricultor nunca foi
efetuada adubação química.
De forma semelhante à da unidade anterior (localizada na
mesma região), o desenvolvimento das plantas foi deficiente.
Entretanto, aos 32 m.a.p., poderia ter sido efetuado corte de palmito,
uma vez que as palmeiras tinham, em média, diâmetro pouco inferior a
9,0cm.
Também se pode creditar este crescimento insatisfatório à
precipitação pluviométrica relativamente baixa, associado com alta
declividade do solo, que reduz a infiltração de água no mesmo, como
discutido para a unidade de Adrianópolis. Sendo que os riscos
apontados anteriormente, também são válidos para esta área.
Apresenta-se nas TABELAS 18 e 19 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB. Ilustra-se
nas FIGURAS 11 e 12 aspectos da Unidade de Cerro Azul.
33
Figura 11. - Vista da Unidade de Cerro Azul
34
Figura 12. - Vista da Unidade de Cerro Azul
Japurá(U07)
A U07 localiza-se em área plana, solo de fertilidade média para
baixa; apresentando (em 1998), entretanto, teor de P de 32,4 mg/dm3.
Segundo informações do agricultor nunca foi efetuada adubação
mineral.
O desenvolvimento das plantas foi muito bom; observando-se,
ao redor de 24 m.a.p., altura de 2,9m e DB de 14,6cm, em média, sendo
que, nesta época, era a unidade que apresentava um dos melhores
índices de crescimento, equiparando-se às melhores do Litoral
(Morretes e Guaraqueçaba).
Grande parte deste desempenho pode ser creditada ao manejo;
uma vez que, no ano seguinte ao plantio (1996) as condições climáticas
foram pouco favoráveis, verificando-se precipitação anual de 1415mm.
Com cerca de um ano, as plantas apresentaram altura de 1,3m e DB de
4,8cm. Entretanto nos anos de 1997 e 1998, a quantidade de chuva foi
maior, favorecendo o desenvolvimento das palmeiras.Apresentam-se nas TABELAS 20 e 21 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB. .
² Considerando-se dados meteorológicos de Cianorte.
35
Apresenta-se na FIGURA 13 uma vista da Unidade de Japurá,
mostrando o excelente desenvolvimento das plantas.
36
Figura 13. - Vista da Unidade de Japurá
Querência do Norte (UO8)
A UO8 localiza-se em área plana, solo de fertilidade baixa.
Observou-se alta mortalidade das plantas nesta unidade; aos
36 m.a.p. sobreviveram somente 47% das palmeiras. Além disto, até
cerca de 24 m.a.p., o desenvolvimento das plantas foi muito reduzido,
observando-se, em média, altura de 1,4m e DB de 7,1 cm. Sendo que,
nesta época, era a unidade que apresentava um dos piores índices de
crescimento.
Entretanto, ao redor de 36 m.a.p., as palmeiras que restaram
apresentaram desenvolvimento equivalente às da unidade de Morretes,
onde supostamente as condições climáticas são melhores.
Embora não se tenham dados meteorológicos da região,
segundo IAPAR (1994), a precipitação média anual da mesma está em
torno de 1400 a 1500mm.
Entretanto, ao menos nos dois últimos anos (1997/ 98) deve ter
chovido mais, uma vez que, a despeito do mal manejo (principalmente a
elevada infestação de plantas daninhas), as palmeiras apresentaram
porte relativamente bom aos 36 m.a.p.
Nas TABELAS 22 e 23 são apresentadas a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB. Na
FIGURA 14 é mostrada uma vista de plantas da Unidade de Querência
do Norte, cuja foto foi tirada na mesma semana da foto de Japurá
(FIGURA 13); observa-se a grande diferença no desenvolvimento das
plantas, função principalmente da elevada infestação de plantas
daninhas (FIGURA 15).
37
38
Figura 15. - Vista da infestação de plantas daninhas na Unidade deQuerência do Norte
Figura 14. - Vista da Unidade de Querência do Norte
Missal (UO9)
A UO9 localiza-se em área plana, solo de fertilidade média,
apresentando (em 1998) 12,3 mg/dm3 de P, 0,52 cmolc/dm3 de K e
saturação de bases de 61%.
Até cerca de 24 m.a.p., o desenvolvimento das plantas foi
muito reduzido, observando-se, em média, altura de 0,8m e DB de'
3,7cm. Sendo que, nesta época, era a unidade que apresentava o
pior índice de crescimento.
Entretanto, da mesma forma que na unidade anterior, ao
redor de 36 m.a.p., as palmeiras apresentaram desenvolvimento*
equivalente à da unidade de Morretes.
O crescimento inicial lento pode ser creditado, em parte, além
do mal manejo, a condições climáticas pouco favoráveis3. Observa-se
que, embora a precipitação anual de 1996 (ano seguinte ao plantio)
tenha sido de 2045mm, as chuvas foram muito mal distribuídas, uma
vez que até setembro o índice pluviométrico foi de 854mm.
Em função do desenvolvimento inicial lento da pupunha,
agravado por condições climáticas desfavoráveis logo após o plantio,
o produtor só começou a efetuar as adubações e o manejo adequado
de plantas invasoras a partir do momento em que as plantas
apresentaram maior crescimento.
Apresentam-se nas TABELAS 24 e 25 a análise estatística
descritiva (n, média, máximo, mínimo, dp e CV) da altura e DB.
³Considerando-se dados climáticos de São Miguel do Iguaçu.
39
Produção de Palmito
4 Considerando-se um DB > 10,0cm.
40
Apresenta-se na TABELA 26 uma estimativa de plantas aptas
para corte de palmito4, aos 24 e 36 m.a.p., por unidade. Verifica-se
que os cultivos de Guaraqueçaba e de Japurá apresentaram
desempenho muito bom nos dois períodos. As palmeiras adubadas
da unidade de Morretes também tiveram uma produção razoável. .
Observa-se que, embora tivessem mal desempenho para
corte aos 24 m.a.p.. as plantas das demais unidades (com exceção
de Paranaguá - UO3). houve recuperação das mesmas aos 36
m.a.p., destacando-se Cerro Azul e Missal que, no primeiro período,
tiveram um crescimento insatisfatório.
Embora com estimativa de melhoria da produção aos 36
m.a.p., as palmeiras da UO3 (Paranaguá), tiveram, neste período,
desempenho ainda ruim, não chegando a 50% das plantas aptas ao
corte.
Na TABELA 27 são apresentados as médias de comprimento,
diâmetro e peso de palmito de plantas cortadas em Guaraqueçaba (aos
42 m.a.p.) e Japurá (aos 23 m.a.p.). Observa-se que as plantas
adubadas de Guaraqueçaba tiveram rendimento de 59 e 50% a mais de
palmito creme e base, respectivamente, em relação ao de plantas não
adubadas.
Considerando-se o peso médio de palmito, um estande de 3333
plantas/ha e a estimativa de plantas aptas ao corte, pode-se concluir que
a produtividade média seria de 1484, 859 e 807kg de palmito creme/ha,
para plantas adubadas, não adubadas (Guaraqueçaba) e de Japurá,
respectivamente. Além de 2234, 1242 e 1848kg/ha de palmito de
segunda, respectivamente.
É interessante notar que, embora as plantas de Japurá tenham
sido cortadas com cerca de 19 meses a menos do que as de
Guaraqueçaba, o rendimento de palmito creme de Japurá foi
equivalente ao de plantas não adubadas de Guaraqueçaba.
41
Curvas de Titulação do Palmito
Com a finalidade de obter uma primeira avaliação sobre
acidificação de palmito, requisito fundamental para garantir a qualidade
do produto final após a industrialização, determinou-se as curvas de
titulação para cada unidade de pupunha (com exceção da unidade de
Guaraqueçaba), cujos resultados são ilustrados na FIGURA 17. É
importante observar que se trata de uma análise preliminar, uma vez
que, além de se cortar palmitos de diferentes épocas, foram utilizados
poucos toletes para compor a amostra, não havendo repetições das
análises por local.Verificam-se três grupos: a. Litoral e Noroeste (Morretes e
Paranaguá UO2 e UO3, Japurá e Querência do Norte), b. Alto Ribeira(Adrianópolis e Cerro Azul) e c. Oeste (Missal). No grupo "a" a
42
43
quantidade de ácido cítrico (Cp) necessário para acidificar 100g de
pupunha (para atingir pH 4.3) foi de cerca de 0,65g, no grupo "b"
foram necessários 0,80g e no grupo "c" a quantidade de ácido foi
bem superior, demandando-se 1,25g.
Embora preliminares, tais resultados reforçam a importância
de determinar a quantidade adequada de ácido para garantir a
qualidade sanitária e organoléptica do produto envasado, em função
de diferentes condições edafoclimáticas e de manejo, nas quais foi
obtida a matéria-prima (palmito). Segundo FERREIRA et al. (1990),
a possível influência de clima e solo sobre as características gerais
do palmito tem sido aventada de longa data por agricultores e
pesquisadores.
Portanto, não é aconselhável e seguro efetuar o
processamento, considerando-se dados médios. No caso deste
trabalho, por exemplo, a quantidade de ácido adequada variou de
0,65 a 1,25g de ácido cítrico por 100g de palmito a ser acidificado.Resultados similares foram obtidos por FERREIRA et al.
(1990), que efetuaram curvas de titulação em palmito de pupunha deseis localidades de São Paulo. Os autores observaram que aquantidade de ácido cítrico monohidratado (g/100g de palmito)variou de 0,575 a 1,500.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
a. Plantas de pupunha, cultivadas para palmito, apresentaram bom
desenvolvimento (quando adequadamente manejadas), nas
regiões do Litoral (Morretes, Paranaguá e Guaraqueçaba), Alto
Ribeira (Adrianópolis e Cerro Azul), Noroeste (Japurá) e Oeste
(Missal).
b. A precipitação pluviométrica observada nas áreas de Japurá e do
Alto Ribeira maior que a média histórica, favoreceu o
desenvolvimento das plantas nestas regiões.
c. Além de favorecer o crescimento das palmeiras, a adubação
proporcionou aumento nos rendimentos de palmito, adiantando a
época de corte dos mesmos.
d. Manejo da fertilidade do solo, chuvas bem distribuídas durante o
ano (com precipitação pluviométrica 1700mm anuais) e controle de
plantas daninhas na época de instalação da cultura e fase inicial de
desenvolvimento (até o primeiro corte) parecem ser os fatores mais
importantes para sobrevivência e crescimento das palmeiras e
produção de palmito (quantidade e precocidade de corte).
e. É necessário avaliar-se mais detalhadamente a nutrição de plantas
e adubação de cultivo de pupunha para palmito nas regiões
consideradas.
f. Nas regiões do Alto Ribeira, Noroeste e Oeste do Estado deve-se
avaliar melhor o desempenho do cultivo, antes da recomendação de
plantio.
g. Também é de fundamental importância estudar o efeito da irrigação
nas regiões do Alto Ribeira e Noroeste, uma vez que,
historicamente, a precipitação pluviométrica e distribuição das
chuvas são inferiores àquelas recomendadas para pupunha
h. Deve-se determinar a quantidade de ácido, a ser usada no
processamento de palmito, através de curvas de titulação, para
cada local de origem e lote de matéria prima a ser envasada.
44
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html
ANEXOS - Gráficos de Precipitação Pluviométrica
Figura 18 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM MORRETES5
(MÉDIA HISTÓRICA 1966/1997 E MÉDIA 1994/1998)
5Próximo às Unidades de Paranaguá.
49
Figura 19 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM GUARAQUEÇABA(MÉDIA HISTÓRICA 1978/1997 E MÉDIA 1994/1998)
Figura 20 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM CERRO AZUL6
(MÉDIA HISTÓRICA 1974/1997 E MÉDIA 1994/1998)
Figura 21 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM CIANORTE7
(MÉDIA HISTÓRICA 1972/1997 E MÉDIA 1994/1998)
6 Próximo às Unidades de Cerro Azul e Adrianópolis.7 Próximo à Unidade de Japurá.
50
Figura 22 - PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM SÃO MIGUEL DOIGUAÇU8 (MÉDIAHISTÓRICA1982/1997EMÉDIA1994/1998)
8 Próximo à Unidade de Missal.
51
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos Srs. Olivir Gabardo, Jorge (RyuzoYshiama), Augusto Voigt, Tura S. Rusassi, Domingos ModestoChandelier, Manoel Francisco dó Nascimento, Júlio Antônio Cardoso,Nilo Sehn, proprietários rurais e aos assentados do Pontal do Tigre, quecederam suas áreas para implantação das Unidades, ao técnico daEMATER Cirino Corrêa Jr. e técnicos locais e regionais onde seconduziram os trabalhos e ao Sr. Nelson José Cecconello (COTREFAL-Medianeira, PR) pela colaboração.