16
www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PÁGINA 11 Reajuste de passagem cada vez mais próximo Secretário admite que andar de ônibus pode ficar mais caro PÁGINA 13 José Matos explica as diferenças entre o racismo e a injúria. Racismo tem explicação?

Brasilia capital

Embed Size (px)

DESCRIPTION

216

Citation preview

Page 1: Brasilia capital

ww

w.b

sbca

pit

al.c

om

.br

Dis

tr

ibu

içã

o g

ra

tu

ita

Página 11

reajuste de passagem cada vez mais próximoSecretário admite que andar de ônibus pode ficar mais caro

Página 13

José Matos explica as diferenças entre o racismo e a injúria.

racismo tem explicação?

Page 2: Brasilia capital

E x p E d i E n t E

Diretor de Redação Orlando Pontes

[email protected]

Diretor de Arte Gabriel Pontes

[email protected]

Diretor Comercial Júlio Pontes

[email protected]

Diretor-ExecutivoDaniel Olival

[email protected]: 61-9139-3991

Siga o Brasília Capital no facebook.com/jornal.brasiliacapital - e fique por dentro

dos principais assuntos do Brasil e do mundo!

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores. A reprodução

é autorizada desde que citada a fonte.

2 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]ítica

Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-

plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo

e executivo, empresas estatais e privadas), cruzeiro, sudoeste,

octoGonal, taGuatinGa, ceilândia, samamBaia, riacho fundo,

vicente pires, áGuas claras, soBradinho, sia, núcleo Bandeiran-

te, candanGolândia, laGo oeste, colorado/taquari, Gama, santa

maria, alexânia / olhos d’áGua (Go), aBadiânia (Go), áGuas

lindas (Go), valparaíso (Go), Jardim inGá (Go) e luziânia (Go).

SRTVS QuadRa 701, Ed. CEnTRo MulTiEMpRESaRial, Sala 251

BRaSília - dF - CEp: 70340-000 - TEl: (61) 3961-7550 -

[email protected] - [email protected] -

www.BSBCapiTal.CoM.BR - www.BRaSiliaCapiTal.nET.BR

CIrCulação aos sáBados.

CART

AS

Rollemberg ganha 30 dias de folga Pensei que precisava trabalhar para tirar férias.nPaulo Lopes, via Facebook

Rodeio Patrimônio CulturalApoiado, rodeio é parte da cultura nacional.nThales Fagundes, via Facebook

Defensores dos animais ameaçarão o Deputado Federal, Capitão Augusto.nMarcelo Amâncio, via Facebook

Maioridade Penal O povo do Rio de Janeiro tem que saber o que o Jean Wyllys faz contra o Rio, que é o estado que mais sofre

no país com a violência, Ele vota e protesta contra a lei e o povo.nFrancisco Rodrigues, via Facebok

Até que enfim a parte sã da Câmara votou a favor da população e contra os bandidos e seus defensores protetores.nDidimo Oliveira, via facebook

A lei só deveria ser cobrada daqueles que a infringem... Se anda de acordo com a lei, qual seria o teu temor?nRodrigo joke, via facebook

Obrigado senhores Parlamentares, por concordarem com 87% da população que tá cansada de ver menores estuprando,

Pel

Ai

O líder do governo na Câmara Legislativa,

Júlio César (PRB), e a vice-presidente da Casa, Liliane Roriz (PRTB), querem trucidar o gênio que propôs a extinção do programa Esporte à Meia Noite. O PRB comanda a Secretaria de Esportes, que pilota o projeto criado durante o governo do pai de Liliane, Joaquim Roriz. O GDF diz que vai fazer pequenos ajustes. Ahã!

Reguffe fez uma comparação sobre a administração direta do Brasil com a da França e a dos Estados Unidos, onde existem, respectivamente, 4.800 e 8.000 cargos comissionados. Ou seja, pelas contas do senador, os 23.941 cargos comissionados do Brasil são equivalentes a duas vezes o número de servidores de livre provimento daqueles dois países juntos. “É um excesso revoltante”, completa.

A farra dos comissionadosO governo federal tem

23.941 cargos comissionados e gastou R$ 1,9 bilhão em 2014 com os salários de servidores de livre provimento. Atualmente, 22.565 dessas vagas estão ocupadas, gerando uma despesa mensal superior

a R$ 150 milhões. Os dados foram apresentados pelo senador José Antônio Reguffe (PDT-DF/foto), após receber resposta a um requerimento que encaminhou ao Ministério do Planejamento.

Máquinas partidárias“É como se o Estado existisse não para servir ao contribuinte

devolvendo-lhe serviços públicos de qualidade, mas para a construção e perpetuação de máquinas de partidos e agentes políticos”. O pior, segundo o parlamentar, é que isso se repete em governos estaduais e prefeituras. “Precisamos resgatar o Estado para a sua função, que é devolver serviços públicos de qualidade para o contribuinte que o sustenta com seus impostos”.

Agências reguladorasOs 23.941 cargos se dividem em 7.599 DAS-1, 6.494 DAS-2, 4.619

DAS-3, 3.776 DAS-4, 1.162 DAS-5, 230 DAS-6 e 61 cargos de natureza especial. Existem, ainda, 1.058 cargos de livre provimento nas agências reguladoras. “Apresentei o PLS 370, que torna privativo de servidores de carreira das próprias agências reguladoras todos os seus cargos comissionados, visto que elas têm caráter técnico e devem ser órgãos de Estado e não de governo”.

Duas vezes França e EUA

Page 3: Brasilia capital

(*) Senador pelo PDT-DF

3 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]ítica

matando, assaltando e “não dar nada” como eles dizem...Os menores que tem boa índole, não serão afetados...Quem é contra, adote um menor desse e leve para casa, sem mim, e falso moralismo.nAlexandre Maurício,via facebook

No Brasil, as crianças não

podem trabalhar. Trabalhar é uma afronta. Agora, virar aviãzinho de traficantes, significa engrossar as fileiras de eleitores. Esses Comunistas transvertidos de socialistas esquecem a máxima de Rousseau “O homem nasce livre, mas a sociedade imprime as marcas de seu destino”. Porque esses políticos

Quando soube da nova encíclica do Papa Francisco, lembrei--me de meu professor Ignacy Sachs, que era judeu. Há 45 anos, ele abriu meus olhos para o limite “ao” crescimento, devido às restri-ções físicas, e para o limite “do” crescimento, pela impossibilidade de o consumo supérfluo fazer uma humanidade mais feliz. Mas, por décadas, aqueles que indicavam os limites “ao” e “do” cresci-mento propondo um novo modelo de desenvolvimento para na-ções foram rejeitados pela “teologia do crescimento”.

A ideia do progresso como sinônimo de produção e consu-mo crescentes domina o pensamento social como uma doutrina religiosa. A escassez de recursos e as mudanças climáticas pas-saram a mostrar os limites físicos da natureza; a desigualdade social crescendo ao ponto de quase romper o sentimento de seme-lhança entre os seres humanos, o vazio existencial e as crises eco-nômicas mostraram os limites éticos do crescimento.

Quando a palavra “decrescimento” passou a ser utilizada como uma alternativa, escrevi nesta coluna sobre o assunto; um leitor publicou crônica em outro jornal dizendo que eu havia si-do submetido a uma lobotomia. Na verdade, a insanidade na vo-racidade do processo da produção e consumo há quase 50 anos apresenta indicadores de esgotamento. Apesar da crise ecológi-ca, a “teologia do crescimento” continuou dominando o pensa-mento social e a prática política; e as críticas ao crescimento co-mo vetor do progresso humano continuam sendo denunciadas como gestos de insanos.

O mundo atual não tem estadistas porque os políticos es-tão divididos entre aqueles prisioneiros da lógica do impossí-vel crescimento econômico ilimitado e para todos, e aqueles considerados “lobotomizados”, porque apresentam alternati-vas de outro futuro, negando as bases filosóficas e econômicas da civilização industrial.

A nova encíclica do Papa Francisco traz um raio de luz para o debate sobre o futuro desejado e possível para a humanidade. Sua fala vai provocar uma luz na escuridão do debate político no mundo de hoje. Ainda mais: ele oferece uma “teologia da harmo-nia” para substituir a “teologia do crescimento”.

Com sua encíclica, o Papa Francisco se sintoniza com a cri-se civilizatória e humanitária — desequilíbrio ecológico, divisão social, migração em massa, desemprego, violência, intolerância — e propõe a necessidade de construirmos uma nova civiliza-ção, na qual o crescimento seja um instrumento, mas não o pro-pósito em si; e o decrescimento na produção em alguns lugares e para certas camadas da sociedade passe a fazer parte das es-tratégias de evolução humana.

Com sua autoridade moral, ele contribui para que o debate não mais seja entre o socialismo, que não deu respostas, e o ca-pitalismo, que deu respostas erradas, mas entre a civilização regida pela “teologia do crescimento” e a civilização orientada pela “teologia da harmonia” entre os seres humanos e destes com a natureza que os sustém.

Cristovam Buarque (*)

Teologia da harmonia

pilantras não propõem uma lei que obrigue o Estado a manter as crianças de 8h às 18h nas escolas. Isso vai contra a política de explorar a população, pois certamente reduzirá o número de eleitores do PT, que precisa manter a miséria, ainda que as urnas sejam fraudadas.nPaulo Amozir, via facebook

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), quer inaugurar cinco novos hospitais no estado até o final de seu mandato, em 2018. O maior será na capital, Goiânia. Os demais serão em Uruaçu e nos municípios de Valparaíso, Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas, no Entorno de Brasília. A revelação foi feita na quarta-feira (8), durante almoço na churrascaria Portal Grill, na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras. Estavam à mesa com Perillo o empresário Lourival Menezes, dono da Portal Grill, e os diretores da Associação Comercial local (Aciac), Valdeci Machado e Dione Rodrigues (foto). Depois desses argumentos, Costa

concluiu: “vocês não têm autoridade política para criticar a presidente Dilma. Vocês são incoerentes. Vocês criticam que a presidente Dilma tem 39 ministérios. Eu pergunto: matematicamente, qual é maior, proporcionalmente, 39 ministérios no Brasil ou 27 secretarias em São Paulo? Em Pernambuco, o PSB tem 26 secretarias. Qual é maior, 39 ministérios ou 26 secretarias?”. E encerrou: “respeitem o povo brasileiro”.

Presidente regional do PMDB e candidato à sucessão de Rodrigo Rollemberg em 2018, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (foto) assumiu a chefia de gabinete do vice-presidente da República, Michel Temer. Passará por ele a negociação para os recursos pleiteados pelo GDF à União.

PSDB e DEM são incoerentes

Na terça-feira (7), o deputado Silvio Costa (PSC-PE) surpreendeu o plenário com ataques à oposição, da qual seu partido faz parte. “Todo mundo sabe que o PSDB utilizou a máquina pública para aprovar a reeleição e agora votou para acabar com a reeleição. O PSDB foi quem primeiro mexeu no direito do trabalhador,quando criou o Fator Previdenciário. E mexeu certo, porque o PSDB naquele momento tinha responsabilidade. Mas hoje o PSDB acabou o fator previdenciário. Quem criou a CPMF – e criou de forma correta – foi o PSDB. E quem acabou com a CPMF foi o PSDB”.

Falta autoridade

Filippelli ri à toa

Entorno ganhará três hospitais

Page 4: Brasilia capital

EmíclEs JúniOr - JOrnAl dE sOBrAdinhO

Política 4 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

o k

uju

bA

Verdadeiros mensageiros das más notícias,

Ricardo Taffner e Thiara Zavaglia disseram aos blogueiros que não há previsão de receberem os créditos das campanhas veiculadas no ano passado. Chamem a Madame Limpadora!

No Brasil é sabido, cantado em prosa e verso, que agosto é o mês onde acontecem fatos nada agradáveis no mundo político. Além dos acontecimentos já conhecidos na nossa seara política, há prenúncio de acontecimentos que tirarão o sono da nossa presidenta.

Além da convocação do ministro da Justiça para que preste esclarecimentos sobre a grampolândia nas dependências da superintendência da Polícia Federal no Paraná, dois outros fatos estão deixando o Palácio do Planalto em estado de alerta:

- Estão todos querendo saber porque o TCU prorrogou para agosto o desfecho do julgamento das “pedaladas fiscais”;

- Sabe-se de carreirinha que em agosto também será julgada a ação impetrada pelo PSDB sobre a lavagem de dinheiro da campanha de 2014, e que o TSE convalidou, aprovando as contas da campanha de Dilma em relação às eleições de 2014 para que ela pudesse ser diplomada.

Isso tem deixado os ministros daquela Corte numa saia justa danada.

Caso seja confirmado no depoimento do presidente da UTC, que os 7,5 milhões de reais doados de maneira “cordial” ao comitê de campanha do PT, a vaca não vai conhecer o bezerro.

O KUJUBA tem informação quente de que o TCU não dará guarida às estripulias criativas do ex-secretário do Tesouro, Arno Agostin.

Que o Tribunal Superior Eleitoral vai se fechar em copas e, caso seja confirmado que os valores “doados” de maneira “cordial” ao comitê de campanha da petista, a “Madame Guilhotina” não terá contemplação.

No mais, é esperar para ver se acontece o agosto negro.

Boa sorte, presidenta.

Agosto negroBitoque

Para sorte dos veículos comunitários e de mídia alternati-va da cidade, O Kujuba descobriu que a Madame Limpadora já pegou sua vassoura e está preparando uma visita ao núcleo de Publicidade do Buriti.

GDF afronta Luzia de PaulaNa terça-feira (7), a equipe de publicidade do Governo

de Brasília convidou os titulares de blogs e de outras mídias alternativas (foto acima) para confirmar que está descum-prindo a Emenda à Lei Orgânica número 74/214, de iniciativa da deputada Luzia de Paula (PEN). Sem a menor cerimônia, os adjuntos da futura chefe da Comunicação do Buriti, Vera Canfran, informaram que vão criar um “Comitê de Mídias Al-ternativas”. O objetivo deste núcleo será, pasmem!, “discutir a destinação de 10% dos recursos da publicidade oficial para o segmento alternativo”.

Usurpação de uma conquistaNa prática, os adjuntos Ricardo Taffner e Thiara Zavaglia,

remanescentes da gestão do ex-super-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, estão criando uma espécie de caminho alternativo para tirar da deputada Luzia de Paula os méritos pela iniciativa que contempla os veículos de comunicação alternativa. Afinal, se a Lei foi aprovada e sancionada em 2014, resta aos servidores públicos cumpri-la, e não instalar um “Comitê” para discuti-la.

Câmara também vai cumprirEste ano, Luzia de Paula (foto) cobrou da presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), que a Casa altere o seu Plano Anual de Publicidade e Propaganda Ins-titucional para garantir, no mínimo, 10% do total investido em publicidade para as mídias comunitárias do DF. Ou seja, a Câmara vai cumprir a emenda 74/2014, diferentemente do GDF.

Madame Limpadora a caminho

divulgAçãO

DIVULGAÇÃO

Fortes emoções aguardam Dilma mês que vem

Page 5: Brasilia capital

Informe 5 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Um dos restaurantes de peixes mais tra-dicionais em Bra-sília acaba de abrir

suas portas no JK Shopping. Sucesso entre os comensais desde sua inauguração, em 2007, o Peixe na Rede é uma franquia brasiliense que pri-ma pela qualidade de seus produtos e tem a tilápia fres-ca como carro chefe de suas criações culinárias. Para os moradores de Taguatin-ga e de Ceilândia, o novo empreendimento rei-tera a posição do JK Shopping de ser um ponto de encontro gastronômico, on-de os clientes encon-tram diversas e varia-das opções de comidas, e ainda desfrutam de to-do o conforto que o mall oferece, como estacio-namento e segurança.

Para o superintendente do JK, Sidney Pereira, a propos-ta do shopping sempre foi se tornar um ponto de encontro na região. Por isso, os investi-mentos no conforto e comodi-dade, para ser uma referência de lazer e diversão. “Por isso os empresários apostam na ideia de abrir seus negócios aqui. Taguatinga e Ceilândia

somam juntas mais de 600 mil habitantes, o que corresponde a um quarto da população do Distrito Federal. Sem dúvida, este fator chamou bastante a atenção das redes de fast food e de gastronomia em geral pa-ra integrarem a nossa praça de alimentação. A vinda do Peixe na Rede para cá refor-

ça isso, eles apos-tam no shopping e acham que a região me-rece ter um lugar que oferece

excelentes opções gourmets a preços justos”.

No cardápio do restau-rante os gourmands encon-tram opções para agradar todos os paladares, com su-gestões de petiscos, caldos, pratos, guarnições, sanduí-ches, sobremesas, bebidas e congelados. Por lá, os clien-tes podem apreciar mara-vilhas, como o filé de tilápia

com camarão ao molho de queijo brie e damasco (R$ 34,50); o filé de tilápia em ca-ma de purê de maça acom-panhado de farofa de nozes e arroz de coco (R$31,40); a moqueca de postas de pesca-da amarela e camarão (R$ 68 – serve duas pessoas), entre outros.

E as novidades não pa-ram. Recentemente, passa-ram a integrar o time gastro-nômico do shopping a Loz Aztecas, uma paleteria me-

xicana que oferece delicio-sas opções de paletas arte-sanais com os mais incríveis recheios. São oferecidos 19 sabores, com destaque para a de coco da Malásia com do-ce de leite; paçoca; pistache; limão siciliano e a campeã de vendas, morango com lei-te condensado. Outro novo quiosque que já está dando o que falar é o Açaí no Pon-to, que leva aos consumido-res o melhor e mais puro açaí da Amazônia. No estabeleci-mento são servidos frozen de açaí, com 10 diferentes tipos de acompanhamentos que chegam a até 56 combina-ções diferentes, servidos em copos de 300ml ou 500ml.

Depois de um período de reforma, volta à ativa o restau-rante “Panelinhas do Brasil”,

oferecendo o melhor da culinária regional bra-

sileira. A casa traz em seu cardápio pratos

típicos das mais di-versas regiões do país, como o ar-roz carreteiro gaú-

cho, o bobó de ca-marão baiano, o empadão goia-

no, o pudim de leite mineiro, entre outras

maravilhas nativas.

Picolés mexicanos, frutos do mar, açaí e comidas típicas brasileiras são as novas opções da praça de alimentação

JK Shopping ganha quatro novas opções gastronômicas

Page 6: Brasilia capital

Política 6 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Cláudio Sampaio (*)

Morosidade do Judiciário

(*) Advogado, sócio-fundador da Sampaio Pinto Advogados e presidente da Abrami-DF

A morosidade do Judiciário Nacional é uma realidade antiga e possui diversas raízes, tais como o déficit estrutural dos Tribunais, a obrigatoriedade dos advogados públicos de recorrerem

sistematicamente a todas as instâncias e a leniência de alguns juízes perante as ações aventureiras, muitas delas de escala industrial.

Quanto ao Judiciário, depende de o Estado autorizar a contratação de novos concursados para seus quadros, mas também de um investimento ainda mais expressivo em tecnologia e na gestão dos cartórios judiciais por profissionais que tenham formação específica para gerir, com eficiência, a complexa engrenagem.

Assim, a Máquina Judiciária necessita contar com mais administradores em seus quadros além de, mediante cursos e treinamentos, qualificar os operadores de Direito, que já exercem funções de gestão nos Fóruns e Tribunais, para que consigam imprimir uma moderna dinâmica funcional às respectivas equipes e procedimentos internos.

Quanto aos juízes, é desejável que apliquem, mais frequentemente, as multas por litigância de má-fé contra aqueles que movem a Justiça de forma irresponsável, utilizando-se de mentiras, subterfúgios e artifícios reprováveis na tentativa de enriquecer em detrimento da parte contrária.

No entanto, deve-se reconhecer que alguns avanços têm ocorrido, mesmo que paulatinamente, a partir da criação do Conselho Nacional de Justiça, em 2004, que, além de fiscalizar a atividade judicante, tem sido importante no planejamento estratégico, inclusive fixando metas para a aceleração dos julgamentos.

Para reforçar os avanços, a grande esperança, em curto prazo, decorre do novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), que entrará em vigência em março de 2016, instituindo, entre outras medidas, o incidente de resolução de demandas repetitivas, a propagação de recursos repetitivos e os julgamentos em bloco inerentes das decisões proferidas naqueles.

Contudo, há uma preocupação decorrente do risco de os juízes igualarem, para efeito de uniformização de julgamentos, casos aparentemente semelhantes, mas que, na prática, tenham detalhes fáticos diferentes, que só a oitiva de testemunhas, ou uma perícia, poderia revelar, criando um funesto fenômeno de “injustiça rápida”.

Desta forma, o desafio de tornar o Judiciário brasileiro mais célere exigirá espírito democrático e profunda reflexão dos nossos magistrados, para que a Justiça se torne célere, mas sem ferir o direito das partes à ampla defesa, previsto no artigo 5º, LV, da Constituição Federal, “com os meios e recursos a ela inerentes”.

Consultório

Bem dizia o saudoso Rui Barbosa que “justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”.

Distritais reprovam RollembergPesquisa do Instituto Tracker mostra que deputados dão apenas nota 5 aos primeiros seis meses do governo do PSB

O conturbado início do governo de Rodrigo Rol-lemberg (PSB) teve refle-xos também na Câmara

Legislativa. Além da alegada “he-rança maldita” deixada por seu an-tecessor Agnelo Queiroz (PT), com um rombo bilionário nos cofres públicos, Rollemberg teve que lidar com boa parte da bancada insatis-feita durante o primeiro semestre. É o que mostra pesquisa realizada pela Tracker Consultoria entre os dias 2 e 5 de julho com os 24 deputa-dos distritais. Dos 16 parlamentares que responderam o questionário, 50% desaprovaram a relação do Executivo com o Legislativo, en-quanto 37,5% aprovaram.

A pesquisa mostrou também alguns fatores que foram determi-nantes na relação de Rollemberg com a Câmara. O primeiro obstá-culo foi a saída de Raimundo Ribei-ro (PSDB) da liderança do governo.

Gabriel Pontes (*)

50%68%52%

Dos parlamentares entrevistados desaprovam a relação do Executivo com o Legislativo

Dos projetos apresentados por Rollemberg foram aprovados. Agnelo, no mesmo período, teve 96,6%

Dos vetos de Rollemberg foram derrubados. O dobro de Agnelo, que teve 26,3% de rejeição na CLDF

Page 7: Brasilia capital

Cidades 7 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Os distritais também apontaram que o vazamento de gravações de diálogos no Buriti e a escolha do substituto de Hélio Doyle, Sérgio Sampaio, sem consultar a base aliada contribuíram para aumen-tar a rejeição do governador junto à bancada.

As divergências na base aliada entre os apoiadores de Rollem-berg, ainda durante as eleições do ano passado, também jogaram contra os projetos do PSB para o primeiro semestre da gestão. A sa-ída da presidente da CLDF, Celina Leão (PDT), da base de apoio ao go-verno e as declarações do senador Cristovam Buarque (PDT) critican-do a atitude da presidente causa-ram divergências no partido e aca-baram refletindo em Rollemberg.

nota cinco- Cada um dos entre-vistados deu uma nota de zero a 10 para o desempenho do gover-no no primeiro semestre. A nota média de avaliação da Casa para o Executivo foi 5,25. Chamou aten-ção do consultor José Maurício dos Santos, responsável pela pes-quisa, a evidente queda de braço entre os poderes, principalmente se comparados os primeiros seis meses dos governos Agnelo e Rol-lemberg.

“O atual governador aprovou 68,1% dos projetos apresentados no primeiro semestre, já Agnelo chegou a 96,6%. Rollemberg teve o dobro de vetos derrubados do que o antecessor: 52,7% ante 26,3%”, apresenta o consultor. Segundo Maurício dos Santos, os números mostram a fragilidade do chefe do Executivo na articulação polí-tica. “Enquanto Agnelo tinha uma bancada de cinco petistas na Casa, Rollemberg carece de correligio-nários. Principalmente agora que perdeu o apoio da presidente Celi-na Leão”, afirma Santos.

Sem representantes do PSB na Câmara, Rollemberg fica refém de seu escasso capital político para tentar aprovar, principalmente, as propostas que compõem o ajus-te fiscal do DF. Outro obstáculo do governador é a sua popularidade. No final de maio (29), sua desapro-

vação era de 46,6%, superando a aprovação de 45,7%, segundo o Instituto Paraná. Isto dificulta ain-da mais emplacar sua agenda na Câmara.

saída de Doyle- “O maior erro de Rollemberg foi a falta de diálogo com a base aliada e a insistência em Hélio Doyle à frente da Casa Civil e da área de comunicação do gover-no”, aponta Santos. A pesquisa mos-tra que os distritais se mostraram otimistas quando à relação com o Executivo no segundo semestre, principalmente após a saída do ex--supersecretário. Dos deputados entrevistados, 50% crêem em uma melhora; 18,75% acreditam que vai piorar e outros 31,25% acham que vai continuar tudo como está entre o Buriti e a CLDF.

Fatores externos- O governa-dor está sendo prejudicado por um período de instabilidade do Brasil como um todo. A confiança que a população depositou em Rollem-berg, elegendo-o em uma terceira via após 24 anos de polarização en-tre a direita e o PT, deve ser o com-bustível do governo. “Realmente há um rombo bilionário e uma crise econômica nacional. Além da crise política, o momento econômi-co é ruim e o social é consequência disso”, diz o consultor.

Politicamente, o racha no PDT pode ser considerado mais uma ameaça na tramitação dos projetos do governo na Câmara Legislativa e no envio de recursos federais re-passados por meio da bancada brasiliense na Câmara e no Se-nado. A iminente ida de Reguffe (PDT) para a Rede pode transfor-má-lo em uma sombra para 2018, podendo comprometer a reeleição de Rollemberg, que obteve amplo apoio do senador durante a cam-panha. Vale lembrar que o man-dato de Reguffe no Senado vai até 2022, o que lhe dá ampla seguran-ça para se candidatar ao executivo local, ainda que sem uma grande base aliada.

A íntegra da pesquisa pode ser conferida no www.bsbcapital.com.br.

GDF não cumpre lei sobre reajuste do auxílio alimentação da carreira magistério

Os professores da rede pública do DF estão há mais de 70 dias sem o reajuste do auxílio alimentação, conforme prevê a Lei Complementar n°840/2011.

Em reunião com o Sindicato dos Professores no DF (Sinpro) realizada no final de abril, o GDF afirmou desconhecer a lei. No mês seguinte, afirmou que cumpriria a lei e que em breve anunciaria o percentual

do reajuste do valor do auxílio alimentação. E desde então, a categoria continua aguardando que o Governo do DF cumpra a lei.

Os professores do DF não aceitarão que as leis do DF sejam descumpridas e não assumirão o prejuízo que este não reajuste causa para a categoria.

Confira abaixo a tabela com o histórico de valores e reajustes que o auxílio alimentação teve ao longo dos anos.

Page 8: Brasilia capital

AllAn gABriEl

Cidades8/9 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Brasília pede socorroLideranças alertam para o estado de abandono da capital. Nas cidades-satélites a situação é pior

Ex-secretário de Cul-tura e uma das vo-zes mais respeitadas na defesa de Brasília

como Patrimônio Cultural da Humanidade, o jornalista Sil-vestre Gorgulho deu um gri-to de alerta esta semana em sua página no Facebook con-tra medidas que compro-metem esta condição con-quistada junto à Unesco pela cidade planejada por Lúcio Costa, arquitetada por Oscar Niemeyer, retocada pelo pai-sagista Roberto Burle Marx e construída por Juscelino Ku-bitschek.

O cuidado que tiveram os responsáveis pela constru-ção da nova capital começa-ram a ser desprezados por prefeitos, que a administra-ram até 1969. A mesma atitu-de continuou sendo adotada pelos governadores (biôni-cos e eleitos) que se seguiram desde então até os dias de ho-je. Exemplos deste descaso, segundo Gorgulho, são a vol-ta dos outdoors às margens das vias, inclusive nas áre-as centrais do Plano Piloto, o ressurgimento dos camelôs, o lixo espalhado por todos os cantos e a possibilidade de

construção de muretas no Ei-xo Rodoviário. Esta, aliás, é a principal preocupação do ex--secretário.

Segundo o urbanista An-tônio Carpintero, a expansão das áreas habitacionais com a criação das quadras 400, 600 e 700 representa uma mudança drástica no proje-to inicial da cidade. “Brasília cresceu e o plano urbanístico da cidade não acompanhou esse desenvolvimento. Além da incompetência dos admi-nistradores da cidade, temos que atribuir a culpa aos pró-prios professores da Faculda-de de Arquitetura e Urbanis-mo da UnB, que construíram a cidade e não souberam ad-ministrar o projeto de Lúcio Costa”, diz o especialista.

Detentora da maior área tombada do mundo – 112,25 Km² – a capital federal é con-siderada Patrimônio Cultu-ral da Humanidade desde 1987. O plano urbanístico de Brasília, intitulado Plano Pi-loto, que divide a cidade em diversos setores e suas res-pectivas finalidades, não é respeitado pelos administra-dores. A falta de investimen-tos e o abandono afastaram investidores da área central da capital.

Cultural - Desconhecido por grande parte da popu-lação, o Setor de Diversões, tanto Norte como Sul, por in-crível que pareça, não con-centra os principais bares e casas de shows de Brasília. Pelo contrário, eles estão es-palhados por toda a cidade, exceto no Setor de Diversões,

Gustavo Goes

Dezenas de outdoors poluem a cidade, inclusive no caminho para o aeroporto. O Conic continua sem cuidados e os camelôs estão até na plataforma inferior da rodoviária. Gorgulho deu o grito de alerta

Page 9: Brasilia capital

Brasília pede socorroque se restringe ao comple-xo conhecido como Conic, na parte Sul, e o Conjunto Nacio-nal e o Teatro Nacional, na área Norte. “Apresentamos um projeto com o conceito de corredor cultural na zo-na central de Brasília ao Go-verno de Brasília. Uma hora a nossa Lapa sairá do papel”, disse a prefeita do Conic, Fla-via Portela.

Com isso, a diversão pas-sou a habitar setores comer-ciais nas entrequadras re-sidenciais do Plano Piloto, o que gera problemas entre es-tabelecimentos e moradores, que se queixam do barulho. O problema ganhou propor-ções maiores no último dia 30 de abril, quando o Balaio Café, na 201 Norte, foi fechado por apresentar irregularidades no volume do som. O bar era pal-co de diversas manifestações culturais e berço da cultura brasiliense. Seu fechamento resultou em diversos protes-tos e foi tema de discussão na Câmara Legislativa.

Para completar o corre-dor cultural da cidade, exis-te o Setor de Divulgação Cul-tural e o Setor Cultural , que incluem o Museu da Repúbli-ca, o Biblioteca Nacional, Te-atro Nacional Cláudio Santo-ro, Funarte, Clube do Choro e Centro de Convenções Ulis-ses Guimarães, Torre de TV e Planetário de Brasília. Ape-sar de honrar o nome que lhes foram atribuídos, os se-tores não têm a segurança necessária para se tornar um ponto de encontro das famí-lias brasilienses. Assim como outros setores que compõem

a zona central de Brasília, ao anoitecer, o local vira um ce-nário de filme de terror.

Cidades-satélite - Se a si-tuação está ruim em Brasília, centro das políticas públicas aplicadas pelos administra-dores, nas cidades-satélites o problema é pior. Os morado-res de Santa Maria e Gama fo-ram prejudicados com a cria-ção do BRT, construído para ser a solução do transporte nas cidades e, inconcluso, só trouxe transtornos. Em Cei-lândia, a grilagem de terras é praticada até por pastores, que constroem seus templos em áreas públicas, arreca-dam dinheiro de fiéis, e ain-da não querem pagar impos-tos. Para isto, contam com as vistas grossas do Executivo e o respaldo da bancada evan-gélica na Câmara Legislativa.

Desde o ano passado, os camelôs voltaram a atuar no centro de Brasília e em pra-ticamente todas as cidades--satélites. As mais visadas por eles são Taguatinga, Cei-lândia, Gama e Sobradinho. “Meu carro-chefe de briga, vamos dizer assim, é acabar com a separação entre as ci-dades-satélites e o Plano Pi-loto, Devemos tratar as du-as coisas como uma unidade. Problemas como os outdo-ors e as muretas no Eixão são cosméticos perto dos proble-mas que ficam nos arredo-res. Preservar a capital não é preservar apenas o Plano, e sim, preservar o conjunto da paisagem, que é todo o Dis-trito Federal”, disse Antônio Carpintero.

Page 10: Brasilia capital

Cidades 10 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Carroceiros estão usando as áreas

verdes da Vila Planalto como pasto para seus cavalos. A jornalista

Jaciara Mendes conta que os animais sofrem maus tratos e causam

mau odor próximo aos restaurantes na Rua 2. “O mau cheiro invadiu

o recinto onde várias pessoas estavam

almoçando, causando um mal-estar entre os presentes. Falei

com a proprietária do restaurante e ela falou que nada podia fazer, pois se tratava de um

animal do vizinho e não dela”.

Cavalos sujam a cidade

sudOEsTE

JOrnAlismOEPTg

vicEnTE PirEs

disTriTO FEdErAl

Com o peso do corpo

Aluga-se Posto de Saúde

R$ 50 para conhecer o Uber

Faixa exclusiva liberada por tempo indeterminado

Cansados da monotonia das academias tradicionais, Pedro Sodré e Lucas Dávilla decidiram inovar na prática de atividades físicas. Através de YouTube os jovens conheceram Street Workout Calistenia e decidiram praticá-la. “O resultado é muito melhor do que o da academia”, conta Sodré. O esporte consiste em malhar usando apenas o peso do próprio corpo e exercícios no solo e nas barras paralelas e fixas. Já são cerca de vinte praticantes no grupo de Pedro e Lucas, chamado Wou Barr. As atividades são destinadas a pessoas jovens e com experiência em academia. Para conhecer melhor o trabalho da Wou Barr entre em contato pelo telefone ou Whatsapp 8278-8906.

A Secretaria de Saúde vai abrir edital para alugar outro local para a Unidade de Saúde Vicente Pires/Guará. Os atendimentos são feitos Rua 4C, da Colônia Agrícola Samambaia. Segundo a pasta, em auditoria realizada desde fevereiro, o valor de R$ 86 mil mensais é dobro do que se pratica no mercado e a área é 28 vezes maior do que o necessário para a finalidade. Enquanto se busca um novo local, os pacientes continuarão sendo atendidos normalmente no atual prédio.

Depois que a Câmara Legislativa aprovou a proibição do Uber no Distrito Federal, lançou-se uma discussão sobre o aplicativo e a resistência das autoridades às novas tecnologias. Para a população embasar sua opinião e conhecer melhor o serviço, o Uber está dando R$ 50 em crédito para os novos usuários que se cadastrarem no aplicativo fazerem a primeira viagem. Para ter acesso ao benefício, basta inserir o código DIREITODEESCOLHA no momento do cadastro ou na aba “promoções” do menu do app.

A faixa exclusiva para transporte público da EPTG está liberada no sentido Taguatinga-Brasília para todos os veículos em toda a via. A medida visa aliviar os impactos ao trânsito gerados pela construção da adutora, na altura da residência do governador, em Águas Claras. Um trecho de 500m foi isolado para facilitar o andamento da obra e garantir a segurança. A Caesb vai construir um muro de proteção. A adutora abastece uma população de aproximadamente 300 mil pessoas, no Guará I e II, Lúcio Costa, Superquadra Brasília (SQB) e Colônia Agrícola Águas Claras.

Foram entregues na quinta-feira (9) os troféus do Prêmio Paulo Octávio de Jornalismo, que reconhece o trabalho de jornalistas, fotógrafos, colunistas e blogueiros da cidade. Nesta segunda edição, 172 reportagens e fotografias concorreram em 12 categorias e distribuiu R$ 27 mil aos campeões. “O prêmio é uma contribuição ao jornalismo sério e preocupado com a defesa de Brasília”, define o idealizador, Jorge Antunes, diretor de Comunicação das Organizações Paulo Octavio.

Paulo Octávio premia jornalistas

Eduardo Brito (Jornal de Brasília) recebeu de PO o prêmio de melhor coluna de notícias

Page 11: Brasilia capital

Cidades 11 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Fernando pinto (*)

A Independência do Brasil que a mídia esqueceu

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

A não ser pelo feriado estadual comemorado em Salvador e municípios baianos, a mídia esqueceu a data de 2 de julho como efeméride nacional. O pior: essa amnésia foi extensiva

aos professores, que não lembraram aos seus alunos (pelo menos nas escolas públicas) que, historicamente, a Independência do Brasil de 7 de setembro de 1822, com o brado de Independência ou Morte às margens do Ipiranga, só se consolidou de verdade a 2 de julho de 1823, quando 15 mil voluntários baianos expulsaram, definitivamente, o que sobrara do bem treinado exército português do território nacional, confirmando então D. Pedro I como Imperador do Brasil, de fato e de direito.

A omissão é mais grave ainda, levando-se em conta que essa ação libertária iniciada na vila de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, é repleta de lances fascinantes de coragem explícita. E com toda certeza ficariam gravados na memória de nossas crianças ao exaltar figuras de heroínas, a exemplo da escrava negra Maria Felipa, que comandou a ação de mulheres nas incursões noturnas na ilha de Itaparica, contra militares lusitanos; a valentia da freira Joana Angélica; e o engajamento de Maria Quitéria na guerrilha vitoriosa, travestida de homem com o pseudônimo de Soldado Medeiros –, personagens de tal encantamento que poderiam protagonizar as badaladas novelas da TV Globo.

Para agravar esse desprezo à História do Brasil, é triste reconhecer que o nome do Aeroporto 2 de Julho de Salvador, produto de Lei aprovada em 1955, foi trocado por iniciativa do poderoso político baiano Antônio Carlos Magalhães, mais conhecido como Toninho Malvadeza por seus atos de vingança (temido pelos muitos inimigos e amado pelos poucos amigos). E assim, a partir de 1998, o aeródromo passou a se chamar Aeroporto Internacional Deputado Eduardo Magalhães, filho do referido ACM.

E o que é de estarrecer: permanece estacionado há 13 anos no Congresso Nacional o Projeto de Lei 6.106/2, do deputado federal Luiz Alberto (PT/BA), em favor do resgate da significativa data ao aeroporto da capital baiana. Ou seja: o que seria fácil para corrigir um equívoco histórico, lamentavelmente, continua ignorado por um Legislativo antinacional.

É o caso de apelar, mais uma vez, para a angustiosa indagação do brasiliense Renato Russo: Que País é este?

tAriFA rollEMBErG

Reajuste cada vez mais próximoSecretário de mobilidade admite que passagem de ônibus pode subir

Na contramão do que afirmou a Secre-taria de Mobilidade Urbana ao Bra-sília Capital em junho, quando disse que “enquanto não houvesse melho-

ra dos serviços prestados à população não ha-veria reajuste de passagens”, o Secretário da pasta, Carlos Tomé revelou na segunda-feira (6) que “pode ser necessário fazer algum pequeno ajuste nas tarifas”. O governo dá indícios que vai ceder à pressão dos empresários e, princi-palmente, das cooperativas.

Assim como noticiou a edição 213 do Brasília Capital, as empresas do sistema de transporte pú-blico pressionam o Governo do Distrito Federal por aumento das tarifas de ônibus, principalmen-te após o aumento de 10% que os rodoviários con-seguiram após a greve do mês passado.

Pela reivindicação das empresas, a nova tabe-la de preços teria as passagens de R$ 2 subindo pa-ra R$ 3 (50%); de R$ 3 para R$ 4 (33%); de R$ 1,50 para R$ 1,80 (20%); e de R$ 2,50 para R$ 3 (20%). A saída para não aumentar o preço das tarifas seria a revisão do subsídio do governo às empresas, a chamada tarifa técnica (leia Saiba Mais).

Por enquanto, o governo admite apenas o re-ajuste das tarifas de R$ 1,50 e R$ 2,50. Tomé ex-plica que os novos valores ainda não estão defini-dos. Assegura, porém, que o governo não espera reajustar as tarifas de R$ 2 e R$ 3. “Algum peque-no ajuste pontual pode ser necessário para evitar que o sistema piore. Nossa ideia geral é que só te-nha reajuste de tarifa quando o sistema melho-rar. Mas, em alguns pontos, a qualidade dos ser-viços está ameaçada de piorar muito”, justifica o secretário.Decisão sai em setembro- Fontes ligadas aos empresários do transporte público afirmam que até setembro, caso o governo não aumente o sub-sídio às empresas, as passagens terão que subir. “Se o governo acha o valor da tarifa muito alto e não quer transferir o ônus para o usuário, então vai ter que pagar uma parte”, disse.

O DFTrans concorda com o prazo, lembrando

que a data-base do reajuste da categoria é no dia 14 de setembro. “Após essa data, a tarifa é reajus-tada de acordo com cálculo previsto no edital de licitação”, disse o órgão, em nota. Melhorias previstas- A Secretaria de Mobilida-de Urbana afirmou, por meio de sua assessoria, que as principais melhorias previstas são a “refor-mulação da programação operacional, com o de-senvolvimento de várias atividades intermediá-rias, tais como: recadastramento de validadores, reprogramação e racionalização de linhas e con-tratação de projeto piloto de sistema de bilheta-gem automática”.Cooperativas no vermelho- As cooperativas são as mais atingidas pela defasagem do servi-ço de transporte público. Mesmo com o sucatea-mento da frota, em alguns trechos, como na Cei-lândia, o governo arca com R$ 3,25 por usuário, que ainda paga R$ 1,50 na compra da passagem. Desde o mês de maio, as cooperativas negociam com o GDF o aumento do preço dos bilhetes, mas ainda não há uma previsão de quando isto vai acontecer.

O cálculo da tarifa técnica é feito com base nos custos operacionais da empresa divididos pelos passageiros que passam pela catraca. São levados em consideração, por exemplo, os gas-tos com combustível, manutenção da frota e im-postos. O subsídio complementa as despesas operacionais das empresas e também as passa-gens de pessoas com deficiência e os estudantes, que têm gratuidade garantida por lei. São 220 mil beneficiários do Passe Livre Estudantil e 58 mil pessoas com deficiência.

O governo arca com cerca de 50% do custo do transporte público no DF. Atualmente, o sis-tema de transporte público consome R$ 1,2 bi-lhão ao ano dos cofres do governo. R$ 500 mi-lhões para passagens comuns e R$ 100 milhões para gratuidades.

saiba Mais

Gabriel Pontes

Page 12: Brasilia capital

12 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.brFale conosco: 3961-7550 ou [email protected]

Facebook.com/jornalbrasíliacapital

o que está achando doBrasília capital?

Folha de S. Paulo – 7.7

Uol – 6.7

O Globo – 7.7

O Globo – 7.7

Jornal Extra – 08.07

Garota perde o celular e ganha jantar com Cristiano Ronaldo

MP permite redução de jornada e de salário

Morre o homem mais velho do mundo

Grécia não apresenta novas propostas à zona do euro

Austin Woolstenhulme perdeu seu celular em Las Vegas e quem encontrou o telefone foi ninguém me-nos que Cristiano Ronaldo. Quando ela ligou para o nú-mero para tentar achar o aparelho, o craque respon-deu e chamou a garota e suas amigas para jantar. Cristiano

Ronaldo está de férias do Real Madrid e, após pas-sar o fim de semana em Las Vegas, ele foi para o Ja-pão para uma campanha publicitária.

A presidente Dilma Rousseff assinou, na segunda--feira (6), uma medida provisória (MP) que permite às empresas reduzir em até 30% a jornada de traba-lho e os salários pagos durante a atual crise econômi-ca. O objetivo é evitar corte de empregos. A decisão entrou em vigor na terça-feira (7) e é válida até 31 de dezembro de 2016. Embora passe a valer imediata-mente com força de lei, a proposta será analisada e precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.

O japonês Sakari Momoi, que desde agosto do ano pas-sado ostentava oficialmente o título de homem mais velho do mundo, faleceu no domingo (5), aos 112 anos, informaram na terça-feira (7) as autoridades de Saitama, ao norte de Tóquio. Momoi teve insuficiência renal. A mulher mais velha do planeta é Susannah Mushatt Jones, 116 anos, nascida em 6 de julho de 1899, no Alabama, no sul dos Estados Unidos.

A reunião de ministros das Finanças da zona do euro, o chamado Eurogrupo, terminou sem avan-ços em relação à crise grega, uma vez que o país não apresentou novas propostas em troca de um socorro financeiro nem formalizou o pedido de ajuda, ne-cessário para que a economia do país não quebre de vez. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselblo-em, afirmou na terça-feira (7) que o Eurogrupo ain-da espera por uma proposta clara do governo grego.

A Polícia Civil do Maranhão já identificou dois suspeitos de participação no linchamento de Cleidenilson Pereira da Silva, de 29 anos, na última segunda-feira, no bairro Jardim São Cristóvão, em São Luís. De acordo com o delegado Jeffrey Furato, foi encontrado sangue nas maçanetas de residências perto do local do crime. Os donos dessas casas devem ser convocados a prestar depoimento ainda nesta quarta-feira. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital maranhense, que ainda apura a participação de outras pesso-as no espancamento que levou o homem, que havia tentado assaltar um bar, à morte. Nesta quarta-feira, a polícia reali-za novas diligências próximas ao local do crime para tentar identificar outros suspeitos.

NR: O Brasília Capital reproduz a capa e o primeiro parágra-fo do texto do jornal Extra como uma demonstração de apoio à denúncia contra as elites brasileiras que continuam agindo como se a escravidão ainda perdurasse em nosso país.

Capa do jornal Extra, do Rio de Janeiro, nos convida a refletir. 200 anos depois, evoluímos ou regredimos?

Polícia identifica dois suspeitos de participação no linchamento em São Luís

Page 13: Brasilia capital

Geral 13 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

Os leigos confundem injúria com racismo. Porém, nós, advogados, temos um en-tendimento diferente. En-

tão, vamos diferenciá-los. Injuria é insulto. Racismo é impedimento. Se um médico xinga um negro por sua cor, é injúria. Caso se recuse a aten-dê-lo, é racismo. O crime de racismo tem uma pena maior do que o de in-júria e é imprescritível.

Nesta semana, brasileiros conscien-tes e solidários ficaram chocados com os insultos recebidos por Maria Julia

Sáude e Nutrição

Carolineromeiro

O Brasil é o recordista no ranking mundial do núme-ro de realização de cirurgias estéticas. Em 2013 foram

cerca de 1,5 milhão de cirurgias. As mulheres representam 88% do público que realiza esse tipo de procedimento no país. Embora a decisão de realizar essas cirurgias seja do paciente, na bus-ca por uma melhor aparência física, o procedimento pode trazer descon-forto e complicações, especialmente em indivíduos com alguma carência nutricional no período que antecede a cirurgia. Isto pode comprometer a recuperação e o resultado final.

Nutrição e cirurgia plásticaO estado nutricional pré-operatório

do paciente influencia diretamente no sucesso da cirurgia, uma vez que a nutrição e a cicatrização estão intima-mente relacionadas. O comprometi-mento do estado nutricional pode levar a dificuldade de cicatrização, alteração da síntese de colágeno e aumento do processo inflamatório.

Dentre os nutrientes que se desta-cam nesse processo estão as gorduras, especialmente do tipo ômega 3 e ômega 6, devido ao processo inflamatório cau-sado pela cirurgia. Também são muito importantes as proteínas, especialmen-te fontes de arginina e glutamina, ami-

Coutinho. Negra, linda e simpática, ela é a “moça do tempo” do Jornal Nacional, da Rede Globo. Insultos que só podem ter partido de dementes incomodados com quem não lhes fez mal nenhum.

A verdade é que, após a libertação dos escravos, a Lei Áurea, da princesa “pa-tricinha”, não previu indenizações para eventuais sofridas pelos negros e a elite rica e branca brasileira deixou de con-tratá-los como empregados, preferin-do trazer estrangeiros para ocupar seus postos, numa verdadeira atitude racista.

Os negros não receberam mora-

dias, terras e nem escolas para seus filhos. Passaram a sobreviver reali-zando pequenos furtos. Muitos se em-briagavam para, pelo menos por algu-mas horas, esquecerem-se do estado de miséria em que viviam. Esta con-duta aprofundou o preconceito disse-minado por uma Igreja Católica me-dieval, que afirmava que negros não tinham alma.

Recentemente, nossos governantes procuraram corrigir a injustiça, desti-nando cotas raciais nas universidades e nos concursos públicos, a exemplo do

que fizera os Estados Unidos, onde se formou uma grande classe média ne-gra. Incrível é que no Brasil haja resis-tências até de juízes de direito, mercê de o STF ter reconhecido as cotas co-mo constitucionais.

Estamos ainda longe do sonho de Martin Luther King: “aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a viver como irmãos”.

Mas já avançamos. Sente-se infe-rior quem precisa humilhar para sen-tir-se superior.

JOSé MATOSJOSé MATOS

Razões do racismo

noácidos que atuam como precursores de moléculas importantes que estão envolvidas no processo de cicatrização e regeneração celular. Elas estimulam a resposta fibroblástica e das células T durante o processo de reparação tecidual, além de serem importantes elementos na estimulação do sistema imune local.

Os micronutrientes de destaque são todos os antioxidantes, como as vitami-na C, A, E, D, zinco, selênio e magnésio, além das vitaminas K e do complexo B, cobre e ferro. Portanto, se estiver pen-sando em fazer uma cirurgia plástica, consulte também um nutricionista.

Page 14: Brasilia capital

Os Ministérios Públicos de 21 países ibero-americanos estão mobilizados no combate à corrupção: investigando, trocando informações e experiências. E você pode participar dizendo NÃO a qualquer ato corrupto, por menor que seja. Procure o Ministério Público e fortaleça este grito: corrupção, não!

Acesse corrupcaonao.mpf.mp.br e participe da campanha.

Page 15: Brasilia capital

sentimentos que curam Maya Forbes

Eu sou trezentos (mário de Andrade)Eduardo Jardim

FilME litErAturA

É um ensaio biográfico que articula vida e obra, mostran-do a contribuição do escritor para a formulação de uma no-va interpretação do Brasil. Exa-mina a personalidade de um dos principais intelectuais do país a partir de seus poemas, contos, romances, ensaios. Fruto de uma vida de dedicação aos estudos do modernismo.

Um pai manía-co-depressivo tenta retomar a relação com sua esposa as-sumindo total res-ponsabilidade das suas duas filhas. Ba-gunceiras, as jovens não tornam a mis-são do pai algo fácil.

15 n Brasília, 11 a 17 de julho 2015 - [email protected]

ProGrAMAção

Domingo 12/7show - O encontro, com Parangolé e Pagodart, às 17h. ingressos de r$ 30 a r$ 100. classificação 18 anos. (61) 8269-0065.- Juno Festival, com King void às 16h. Teatro de Bolso galpãozinho. gama. ingressos r$ 15. classificação 16 anos. (61) 9100-0283.Teatro - hipnomagic, com Ed rocha, às 20h. centro cultural de Brasília – 601 norte, via l2.- A revolta dos livros, o espetáculo, às 16h. Pátio Brasil. Entrada franca. classificação livre. 2107-7400.- A formosura que meus olhos não conseguem ver, com o grupo sagrado riso, às 15h. JK shopping – Avenida hélio Prates, Qnm 34, m-norte. Entrada franca. classifi-cação livre. 3246-8600.- Autobiografia autorizada, com Paulo Betti às 20h. ccBB – scEs trecho 2, lote 22 . ingressos r$ 10 (inteira) r$ 5 (meia). classificação: 12 anos. 3108-7600.- Espetáculo miguilim, às 20h. Espaço semente, setor central. Entrequadras 52/54, gama. ingresso r$ 30 (in-teira) r$ 15 (meia). classificação livre. (61) 3385-3439.Exposições - A magia de miró, de Joan miró, das 10h às 19h. caixa cultural – sBs Quadra 4. Entrada franca. classificação livre. (61) 3206-9448.-um universo Fantástico, de darcílio lima, das 6h às 21h. caixa cultural, sBs Quadra 4. Entrada franca. classificação 16 anos. (61) 3206-9448.

terça-feira 14/7show - samba de Bamba, com Wanderley monteiro, às 20h. caixa cultural Brasília. setor Bancário sul, Quadra 4. ingresso r$ 20 (inteira) e r$ 10 (meia). classificação 12 anos. (61) 3206-9448.- Jet sambas, com vavá Afiouni, às 21h. clube do cho-

ro, Eixo monumental. ingressos r$ 20 (inteira) e r$ 10 (meia). classificação livre. (61)9984 8445.

sexta-feira 17/7show - Baiano sou Eu, com Thiago nascimento e Bloco santo Pecado, às 22h. Espaço club coat – scEs trecho 3. ingresso masculino r$ 40 e feminino r$ 20. classifi-cação: 18 anos. (61) 9808-2016.- sertanejo Federal, com rodrigo mirim, às 23h. Kathe-dral club – Park sul, Quadra 9 conjunto A. ingressos de r$ 30 a r$ 150. classificação: 18 anos. (61) 3026-2200.- Arraiá Black Fit, com dj Barata, às 22h. Arena Futebol clube sul, Trecho 3. ingresso r$ 30. sábado 18/7show - Te vejo na praia, com dj shark e mc marcinho, às 15h. Orla do lago (atrás da concha acústica). ingresso masculino r$ 90 e feminino r$ 70. - natiruts em Brasília, às 12h. Praça das Fontes, Parque da cidade. ingresso r$ 60.- 1º Arraiá do gama, com luxúria, às 21h. Estaciona-mento do Bezerrão. ingressos de r$ 40 a r$ 60. classi-ficação 18 anos.- rockaipira, com Quadrilha rockers, às 10h. cine Bra-sília – 106 /107, Asa sul.Teatro - sobre sem censura, com sérgio malandro, às 20h. Teatro dos Bancários – 314/315 sul. ingressos r$ 80 (inteira) r$ 40 (meia). classificação 14 anos. (61) 3262-9090.- Tv Escracho, a comédia, às 21h. Teatro Brasília shop-ping. ingressos r$ 40 (inteira) r$ 20 (meia). classifica-ção: 14 anos. (61) 2109-2122.- O Patinho Feio, contação de histórias, às 16h. Pátio Brasil – scs Quadra 7. Entrada franca. classificação li-vre. (61) 2107-7400.

E por falar de amor sem dor

P.H. Almeida

Para adquirir o livro deste colunista, acesse: http://www.phalmeida.com.br/shop/

UM DIAUm dia a gente há de cair num abraço que acolha nossos

silêncios mais profundos. Entre braços que nos percebam onde somos mais ocultos, que nos respondam aquilo que nem sabemos perguntar. Um dia as mãos serão de afago nas dores mais obscuras. Os olhos nos enxergarão até onde a gente não tenha coragem de, sozinho, se identificar.

Um dia há de chegar quem nos proteja, quem nos ame justamente naquelas partes que a gente não esteja pronto para entregar. Alguém que nos receba onde não sabemos ir, que nos conduza aonde não sabemos chegar. Há de chegar quem nos espere e ao mesmo tempo nos alcance. Alguém onde a gente recaia, sem perder o nosso abismo. Alguém que segure firme o peso de todo o caos que a gente leva dentro da gente e que, talvez, não seja nessa vida que a gente saiba curar.

Um dia. E, enquanto não, a gente aguenta. Sobrevive. E compreende na espera de que há uma parte do caminho que a gente tem que saber ir sozinho, até a hora certa de poder se encontrar.

DEVOLVIDevolvi. A culpa que não era minha. A ausência que

eu não pratiquei. Devolvi as horas que ficaram vazias. Os sonhos que não se realizaram. Os almoços de domingo que eu não cozinhei.

Devolvi o lado que a cama ficou fria. A ligação não atendida. O beijo que eu não ganhei. Devolvi.

Devolvi porque não era meu. Porque não fui eu quem interrompeu. Porque era a metade errada. Era um ‘me querer’ que não me encaixava. Eram chegadas cheias de adeus.

Devolvi os sorrisos que não foram ditos. A história que não foi escrita. A saudade que não se correspondeu. Coloquei a vassoura atrás da porta do coração.

Devolvi-lhe a saída. Não deixei de te amar - ainda. Mas me devolvi o direito de não pertencer a quem não me quer refém. Deixei de ter apego.

Devolvi. Deixei de fazer questão do que nem mesmo era meu.

Page 16: Brasilia capital