Caderno Fichas Aluno Portugues 7

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  • 8/19/2019 Caderno Fichas Aluno Portugues 7

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    Língua Portuguesa | 7º anoSofia MeloManuela Rio

    A Casa da Língua

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    CADERNODO ALUNOARRUMARA CASA

    Apoio na Internetwww.portoeditora.pt/ manuais

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    ARRUMAR A CASA

    Tu não te lembras, mas quando começaste em criança a dizer coisas quese entendessem, fizeste-o utilizando aomesmo tempo mecanismos linguísti-cos de níveis variados.“– Não quero isso!” : a criança que produz esta frase criauma sequência específica de palavras, palavras essas pertencentes a classesvariadas e combináveis em grupos hierárquicos; activa uma determinadaentoação; enfim, sabe o que quer comunicar com este enunciado.

    Pois é, quando aprendemos a activar a língua para cumprirmos necessida-des básicas (como comunicar, influenciar os outros, adquirir conhecimento,pensar, mas também fazer de conta, brincar, apreciar a beleza das palavras edas frases...), não o fazemos pela ordem dos conteúdos de uma gramática.Podemos é aperfeiçoar a nossa actividade linguística por essa ordem. Ou não.

    No teu manual, os conteúdos relativos ao funcionamento da língua apare-cem a propósito da interpretação do texto para que remetem. Neste livrinho,estes e outros conteúdos (e exercícios associados) estão dispostos com uma

    progressão idêntica à de uma gramática, tal como estão ordenados na páginaseguinte.

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    PÁG. ÍNDICE

    4 UNIDADES DA FRASE E DO DISCURSO5 EXERCÍCIOS

    6 SINAIS DE PONTUAÇÃO7 EXERCÍCIOS

    8 FRASE

    9 TIPOS DE FRASE9 FORMAS DE FRASE9 EXERCÍCIOS

    10 FRASE SIMPLES10 ORAÇÃO11 SUJEITO13 PREDICADO14 COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS15 VOCATIVO15 EXERCÍCIOS16 FRASE COMPLEXA16 ORAÇÕES COORDENADAS17 ORAÇÕES SUBORDINADAS17 EXERCÍCIOS

    18 PALAVRA18 A CLASSE DO NOME20 EXERCÍCIOS21 A CLASSE DO DETERMINANTE23 EXERCÍCIOS24 A CLASSE DO ADJECTIVO26 EXERCÍCIOS28 A CLASSE DO PRONOME31 EXERCÍCIOS32 A CLASSE DO VERBO35 EXERCÍCIOS37 A CLASSE DO ADVÉRBIO38 EXERCÍCIOS39 A CLASSE DA PREPOSIÇÃO40 EXERCÍCIOS41 A CLASSE DA CONJUNÇÃO42 EXERCÍCIOS43 A CLASSE DA INTERJEIÇÃO44 EXERCÍCIOS

    45 RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS47 EXERCÍCIOS

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    4 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    UNIDADES DA FRASE E DO DISCURSOVER PÁGINA 143 DO MANUAL

    – Viva o direito à diferença!

    – Irra! Esta gentenão sabe explicarbem as coisas...

    – Viva o nosso povo!– Viva o trabalho

    – Abaixo o racismo!– Viva a liberdade!

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    A fraseUmafrase é um conjunto organizado de palavras, uma unidade de comuni-

    cação com sentido completo. A frase delimita-se, no início e no fim, por umapausa.

    A extensão e a estrutura da frase são variáveis:. pode ser constituída por uma só palavra (verbo conjugado ou outra palavra);. pode compor-se de várias palavras, entre as quais não esteja nenhum

    verbo (ou locução verbal) conjugado;. pode compor-se de várias palavras, entre as quais figure um verbo (ou

    locução verbal) conjugado.Se a frase apresentar um verbo conjugado, então ela pode constituir-se

    por uma ou maisorações.

    A oraçãoUmaoração é composta por dois elementos essenciais: osujeito, sobre o

    qual se diz algo, e opredicado, que é tudo o que se diz sobre o sujeito (verpág. 12 deste caderno).

    Frase simples: frase com uma só oração; quer isso dizer que a frase apre-senta uma forma verbal conjugada.

    Frase complexa: frase com mais do que uma oração; quer isso dizer que afrase apresenta mais do que uma forma verbal conjugada.

    Unidades do discursoPeríodo: unidade do discurso correspondente à frase organizada numa ou

    mais orações.Parágrafo: unidade do discurso constituída por um ou mais períodos. A

    linha que inicia o parágrafo é o resultado de uma quebra em relação às linhasanteriores e inicia-se a seguir a um pequeno espaço deixado em branco. Éesta a marcação gráfica do parágrafo.

    Discurso: produção verbal única e irrepetível que deriva da interacçãoestabelecida entre os participantes de um acto comunicativo.

    5UNIDADES DA FRASE E DO DISCURSO

    1. Depois de leres as pequenas bandas desenhadas que te apresentámos napágina 4, reconhece:a) uma frase com oração –b)uma frase sem oração –

    2. Lê o texto:

    Trabalhava no seu moinho um moleiro, quando chegou o rei com a suacomitiva.Estavam cheios de fome porque se tinham perdido no mato.

    O moleiro foi buscar pão de cevada, que desapareceu num momento.Então o rei pediu-lhe que fosse buscar mel. – O mel – respondeu o moleiro – comeram os senhores com o pão.O rei compreendeu que, com fome,até o pão de cevada sabe a mel.

    Tradicional2.1.Procura neste texto uma frase complexa.2.1.1.Identifica, na frase que escolheste, as formas verbais conjugadas.

    EXERCÍCIOS

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    7SINAIS DE PONTUAÇÃO

    1. Lê o texto:

    É terrível! Terrível! Foi a primeira vez que a enciclopédia me desilu-diu – admitiu, desconsolado, Sabetudo.

    – E nessa emplicopé... ecimolé... enfim, bem sabes o que eu quero,não há conselhos práticos sobre a maneira de tirar as nódoas de petró-leo? – perguntou Colonello.

    – Genial! Terrivelmente genial! Devíamos ter começado por aí! Jávos trago o volume vinte, letra “T” de tira-nódoas – anunciou Sabetudocom euforia, ao mesmo tempo que trepava novamente para o móvel doslivros.

    SEPÚLVEDA, Luis –História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar , Ed. ASA

    1.1. Copia para o teu caderno este excerto, retirando-lhe os sinais de pontua-ção. Reescreve o texto, devolvendo-lhe os sinais de pontuação e mantendo olivro fechado.

    2. Constrói uma história com os quatro personagens que a seguir descreve-mos. Recorre ao discurso directo. Certifica-te de que usas correctamente ossinais de pontuação necessários.

    · John Lagosta: é o líder do grupo; programa as actividades extra-escolaresdo grupo e tem a mania que sabe tudo; detesta a alcunha que lhe deram.

    · Tomaneca: miúdo descontraído, mas atento ao que se passa; fala pouco eouve muito.

    · Cipriano: é uma espécie de moço de recados de John Lagosta; é um bocadotolo.

    · D. Almerinda Soares: vítima das travessuras dos três amigos.

    EXERCÍCIOS

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    O indecisoMarido e mulher em casa. Ela está sentada no sofá a limar as unh

    Ele anda para trás e para diante; chega-se à janela e diz: – Está um lindo dia!Volta a olhar e diz: – Ora, não está nada um lindo dia!Veste um casaco e anuncia: – Vou sair.Hesita; senta-se: – Não vou sair.Levanta-se: – Afinal saio.E sai. Na rua, sentado na cadeira do engraxador: – Engraxe-me os sapatos, por favor. – Espere, não me engraxe os sapatos.Volta para casa e dirige-se à esposa que continua a limar as unhas: – Queres ir ao cinema?Ela olha, mas não responde logo. – Não queres ir ao cinema?

    Ela levanta-se e diz: – Sim, claro.Ele pensa: – Até que enfim que alguém toma uma decisão!

    8 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    FRASETIPOS E FORMAS DE FRASEVER PÁGINAS 118 E 251 DO MANUAL

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    9TIPOS E FORMAS DE FRASE

    Tipos de fraseAfrase declarativa (oufrase de tipo declarativo) emprega-se quando setransmite uma informação.

    “Vou sair.”“Não vou sair.”

    Formas de fraseCada tipo de frase diferente pode assumirformas igualmente diferentes:

    Naforma afirmativa “Vou sair.”“Queres ir ao cinema?”“Que lindo dia!”“Engraxe-me os sapatos.”

    Naforma negativa “Não vou sair.”“Não queres ir ao cinema?”“Não está nada um lindo dia!”“Não me engraxe os sapatos.”

    Afrase interrogativa (oufrase de tipo interrogativo) solicita informaçãoà pessoa com quem se fala.

    “Queres ir ao cinema?”“Não queres ir ao cinema?”

    A frase exclamativa (ou frase de tipo exclamativo ) tem por funçãoexprimir sentimentos diversos como: satisfação, indignação ou admi-ração.

    “Que lindo dia!”“Não está nada um lindo dia!”

    Afrase imperativa emprega-se quando se dá uma ordem, uma instru-ção, um conselho ou um pedido.

    “Engraxe-me os sapatos.”“Não me engraxe os sapatos.”

    1. Classifica quanto ao tipo e à forma as seguintes frases:

    1.1.Advogados de Todo o Mundo Reúnem-se em Lisboa em 2003inPúblico, 11-11-01

    1.2.

    1.3.Não há rosa sem espinhos.Provérbio popular

    EXERCÍCIOS

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    1.

    Estas flores são lindíssimas.As flores desabrocham.Na Primavera, as flores do jardim desabrocham ao mesmo tempo.As flores foram desabrochando devagar.

    Nestas frases há apenas uma forma verbal conjugada. São portanto frasescom uma só oração. Recebem a classificação defrases simples (ver pág. 5).“são” – forma simples da conjugação do verbo “ser”.“desabrocham” – forma simples da conjugação do verbo “desabrochar”.“foram desabrochando” – locução verbal.

    10 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    FRASE SIMPLESVER PÁGINAS 85, 118, 143, 175, 221, 228 E 241 DO MANUAL

    Dedaleira

    Hibisco

    PapoilaHidrângea

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    2. Elementos essenciais e elementos acessórios de frase

    “As flores desabrocham”: elementos essenciais, indispensáveis à compreensãodo enunciado.“Na Primavera, as flores do jardim desabrocham ao mesmo tempo.”: elemen-

    tos acessórios da frase. Estes elementos têm por função especificar o sentidodo enunciado, mas não são indispensáveis para o entendimento do significadode base da frase.

    3.

    Quando as flores desabrocham, encantam toda a gente.As flores secam se não as regam todos os dias.As flores estão viçosas porque tem chovido muito.

    Em cada uma destas frases háduas formas verbais conjugadas:. na primeira frase deste segundo grupo: “ desabrocham” e “encantam” (formas

    simples da conjugação dos verbos “desabrochar” e “encantar”);. na segunda frase: “ secam” e “regam” (formas simples da conjugação dos

    verbos “secar” e “regar”);. na terceira frase: “ estão” e “tem chovido” (forma simples da conjugação do

    verbo “estar” e locução verbal do verbo “chover”).Temos, pois,frases complexas (ver pág. 5).

    4. Aoração constitui-se de dois elementos essenciais:. o sujeito: “As flores” (ser ou objecto sobre o qual se afirma ou nega algumacoisa);

    . o predicado: “desabrocharam” (aquilo que se diz sobre esse ser ou objecto).

    SUJEITO ·TIPOS DE SUJEITO

    1. Sujeito simples

    Aflor é símbolo de delicadeza.“Flor é a parte das plantas fanerogâmicas que compreende o eixo floralgeralmente colorido e inserido no mesmo, e um ou dois órgãos reprodu-

    tores.” inDicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Verbo Ed.

    As flores são o principal tema da pintura do pintor Claude Monet.Elasestão sempre presentes nos seus quadros.

    Classificamos o sujeito comosujeito simples quando o verbo se refere aum só nome (“Flor”; “flores”) ou pronome (“Elas”).

    2. Sujeito composto

    A papoila e o ibisco são flores frágeis.Eu e os meus pais já fomos à ilha das Flores, nos Açores.

    O verbo refere-se a mais do que um nome ou pronome. Neste caso, classi-ficamos o sujeito destas frases comosujeito composto.

    11FRASE SIMPLES

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    3. Sujeito oculto (ou subentendido)

    20 de Setembro de1999

    OBRIGADO, CRIS

    Conheci a Cristina Carrascalão, Cris, em fins de Abril, tinha chegadhavia muito pouco tempo a Timor Lorosae. (...) Aos 18 anos, os olhos Cris, uns olhos de boneca lindos de morrer, já tinham visto o que nunalguns olhos deveriam ver.Tanto que, apesar de estarem sempre molhdos, já nem conseguiam soltar uma lágrima. Os olhos da Cris já soltartodas as lágrimas de uma vida. Dois meses mais tarde, voltei a encontCris em Jacarta. Os seus olhos continuavam molhados, tristes, masCris, que em Díli vencia a dor que lhe esmagava o peito ajudando refugiados que com ela estavam sob protecção na esquadra da polícidenunciando aos jornalistas tudo o que já tinha visto, quase não falav

    revolta estava estampada no seu rosto de boneca de porcelana. Ontemvoltei a encontrar Cris no aeroporto de Darwin. Estava de braços cruzdos olhando para a porta onde havia de chegar Xanana Gusmão. (...)

    ALVAREZ, Luciano – Aquilo que nunca se pode esquecer(Diário de um jornalista em Timor),Contexto Ed.

    Falamos desujeito ocultoquando não temos explicitamente nenhum nomeou pronome constitutivo do sujeito. No entanto, este pode sempre ser identifi-cado pela desinência verbal (ver pág. 32) e através da leitura do texto ou doparágrafo. Assim:

    “(Eu) Conheci a Cristina Carrascalão, Cris, em fins de Abril, tinha(eu ) chegado havia muito pouco tempo a Timor Lorosae.”

    “Ontem, (eu ) voltei a encontrar Cris no aeroporto de Darwin. (Cris )Estava de braços cruzados olhando para a porta (...).”

    4. Sujeito indeterminado

    Contam que nesta terra havia uma princesa que se transformou em lírio.

    Diz-se muita asneira nos dias que correm.Quem conta? Quem diz? O verbo não se refere a nenhuma pessoa ou

    entidade determinada: não se sabe quem realiza a acção ou não é pertinentesabê-lo. Dizemos que se trata dosujeito indeterminado.

    5. Sujeito inexistente/Oração sem sujeito

    Houve uma tempestade anteontem. Choveu, trovejou, relampejou.Por fim, amanheceu. Já não chovia, mas estava frio.

    As frases que constituem este pequeno texto são frasessem sujeito. Aacção do verbo não pode ser atribuída a nenhuma pessoa ou objecto.

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    PREDICADO· TIPOS DE PREDICADOO verbo é o núcleo do predicado, isto é, o verbo é o elemento principal

    daquilo que se diz do sujeito.

    1. Predicado verbal

    1.1. O verbo deste tipo de predicado é umverbo significativo, isto é, transmiteuma ideia completa (acção, processo, evento) relativamente ao sujeito.

    A tempestade estragou o meu jardim.

    1.2.O verbo pode serintransitivo:

    O jardim secou.O verbo transmite só por si a ideia do evento ou da acção. Não é necessário

    acrescentar outros elementos à frase para sabermos o que aconteceu ao jar-dim.Podemos especificar o sentido desta frase com outros elementos, mas

    eles serão sempre acessórios, ou seja, dispensáveis para o entendimento dosentido do enunciado (ver pág. 11):

    No Verão anterior o jardim secou de um dia para o outro.Neste caso, os elementos acessórios são complementos circunstanciais de

    tempo (ver pág. 14).

    1.3.O verbo pode sertransitivo:

    O meu avô construiu uma estufa.O meu avô oferecia rosas à minha avó.

    O verbo transitivo necessita de outros elementos (complementos) para aacção referenciada adquirir pleno sentido na frase. Para compreendermostotalmente a acção em causa, não podemos considerar apenas a significaçãodo verbo “construir” ou “oferecer” (Construiu o quê? Ofereceu o quê e aquem?).

    Os verbos transitivos podem sertransitivos directos ou indirectos ou,simultaneamente, transitivos directos e indirectos.

    1.3.1.Verbostransitivos directos:

    O vento derrubou as cameleiras.A acção expressa pelo verbo exige a presença de um complemento para

    que o seu sentido fique completo. Este complemento designa o objecto sobre oqual se aplica a acção do verbo e, normalmente, liga-se ao verbosem orecurso a qualquer preposição. Este complemento é ocomplemento directo(“as cameleiras”).

    1.3.2.Verbostransitivos indirectos:

    Eu e os meus irmãos telefonámosaos bombeiros.A acção expressa pelo verbo transmite-se a um complemento por intermé-

    dio de preposição, ou seja,indirectamente. É ocomplemento indirecto(“aosbombeiros”).

    13FRASE SIMPLES

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    1.3.3.Verbostransitivos directos e indirectos:

    O Zé deu um narcisoà Maria.O verbo “dar”, neste caso, necessita de dois complementos para que o seu

    sentido fique completo: ocomplemento directo(“um narciso”) e ocomple-mento indirecto(“à Maria”).

    2. Predicado nominal

    Os relâmpagos são horríveis.O verbo deste tipo de predicado é umverbo copulativo(oude ligação), isto

    é, não transmite uma ideia nova ao sujeito. Ele serve para estabelecer umaligação entre o sujeito e um elemento da frase que de alguma maneira carac-teriza o sujeito.

    São verbos copulativos: ser, estar, parecer, tornar, ficar, permanecer, conti-nuar .O elemento que caracteriza o sujeito e que a ele está ligado pelo verbo

    copulativo é opredicativo do sujeito.Opredicativo do sujeitopode ser constituído por:. um adjectivo: O jardim está magnífico!. um substantivo: O hibisco é uma flor.. um pronome: Este ramo é meu.. um advérbio: O meu jardim está assim.

    Outros elementos da oraçãoAté aqui apresentámos-te ocomplemento directo, o complemento indirecto

    e opredicativo do sujeito. Vamos ver outros elementos.

    1. COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS

    Faz o teu pequeno jardim

    Começa por ir às compras com a tua mãe. Compra uma caixa rectangular de barro; umas luvas para proteger as mãos; uma pá para espalhaterra; cascalho, terra adubada, flores de várias espécies e, claro, um regdor.

    Espalha cuidadosamente uma fina camada de cascalho numa carectangular. Depois, enche a caixa com terra. Faz buracos na terraColoca lá as plantas e pressiona devagar a terra que está à volta. Põeplantas ao sol e rega-as todos os dias.

    . Com quempodes ir às compras? Com a tua mãe.

    . Para que compras as luvas? Para proteger as mãos.

    . Comodeve ser espalhado o cascalho? Cuidadosamente.

    . Ondedeve ser espalhado o cascalho? Numa caixa rectangular.

    . Quandoé que se enche a caixa com terra? Depois (de se ter espalhado ocascalho).

    Os complementos circunstanciaisexprimem as circunstâncias em que aacção é praticada.

    14 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

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    15FRASE SIMPLES

    1. Reduz as frases seguintes aos seus elementosessenciais:a) Em todo o mundo, os especialistas dãonomes latinos às plantas.b)

    Ontem, o Zé comprou flores no mercado.c) No domingo, fui passear com a malta dobairro ao jardim botânico.d) Plantei aqui uma roseira.e) Nos trópicos, as plantas crescem rapida-mente.

    2. Expande as frases que se seguem, acrescen-tando-lhes elementos acessórios que façamsentido.a) Rega o jardim.b)Vai chover.c) Os ratos fizeram buracos.

    3. Analisa sintacticamente as seguintes frases:a) Uma planta é um ser vivo.b) Os jardins botânicos são históricos.c)As flores de açucena parecem neve.d)As flores ficaram secas.

    4. Escreve uma frase baseada neste desenho. Essafrase tem de ter um predicado de tipo nominal.

    5. Classifica o sujeito de cada uma das frases quese segue:a) Há tantas coisas bonitas!b)A aprendizagem e a descoberta impulsionam

    o gosto de viver.c) Escreveram-se já belos poemas sobre flores.d) “Olhai os lírios do campo (...)”(S. Mateus,Cap. 26, vers. 28).

    6. Lê este pequeno excerto:

    Desci a colina da escola em direcção a casa.Devo ter caminhado muito lentamente, poisquando atingi a orla da floresta, e olhei meca-nicamente para o distante caminho que levava

    ao Lugar de Cima, já não se avistava ninguém.Fiquei ali parado, voltei-me para trás e lanceium olhar à linha ondulada da colina da escola,de onde tinha vindo.

    SÜSKIND, Patrick – A História do Senhor Sommer , Ed. ASA

    6.1.Copia para o teu caderno as frases que o consti-tuem. Deixa um espaço de uma linha entre cadafrase.6.2. Identifica o número de orações constitutivas

    de cada uma das frases.6.3. Classifica essas frases em função do númerode orações que as integram.6.4.Classifica o sujeito da cada oração.

    EXERCÍCIOS

    2. VOCATIVO

    – Mãe, olha uma cobra! – Ó Zezinho, estás a calcar os meus amores-perfeitos e isso é umaminhoca.

    O vocativointegra o nome (ou elemento com função equivalente) que seemprega para chamar ou interpelar aquele a quem nos estamosdirectamentea dirigir.

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    Sento-me neste banco e contemplo a cidade.As pessoas demoram muito tempo a chegar aos empregos, porque hmuitos engarrafamentos.

    Estas duas frases contêm duas orações. Sãofrases complexas.Na primeira frase, temos duas orações independentes uma da outra. Às

    orações que estabelecem relações de coordenação chamamosorações coor-denadas.

    Na segunda frase, a oração “ porque há muitos engarrafamentos ” não podeocorrer independentemente da oração anterior: ela é suasubordinada. Àsorações que estabelecem relações de subordinação chamamosoraçõessubordinadas.

    Orações coordenadas

    1. A vida nas cidades é muito agitadae as pessoas não têm tempo paradescansar calmamente.

    Nesta frase, a segunda oração liga-se à primeira por uma relação de sim-ples adição. É uma oração coordenada copulativa. As orações coordenadascopulativas são introduzidas porconjunções/locuções coordenativas copula-tivas (“e”, “nem”).

    2. Gosto de viver na minha cidade, mas também aprecio uma ida aocampo.O conteúdo da oração iniciada por “mas” opõe-se ao conteúdo da primeira

    oração. É umaoração coordenada adversativa. As orações coordenadas

    16 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    FRASE COMPLEXAVER PÁGINAS 50, 85, 86, 172 E 251 DO MANUAL

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    adversativas são introduzidas porconjunções/locuções coordenativas adver-sativas (“mas”, “porém”, “todavia”, “contudo”).

    3. Aos domingos, fico em casa a ler o jornalou vou jogar à sueca com osamigos.

    O estado de coisas referido na oração introduzida por “ou” é apresentadoem alternativa ao estado de coisas representado na primeira oração. É umaoração coordenada disjuntiva. As orações deste tipo são introduzidas porcon- junções/locuções coordenativas disjuntivas(“ou”; “ora... ora”; “quer... quer...”;“seja... seja...”).

    4. Não tenho carro,portanto vou a pé.A oração introduzida por “portanto” exprime uma conclusão retirada da

    mensagem da oração anterior. É umaoração coordenada conclusiva. As ora-ções deste tipo são introduzidas porconjunções/locuções coordenativas conclu-sivas (“logo”, “pois”, “portanto”).

    Orações subordinadas

    1. No mês de Agosto, a cidade fica mais silenciosa, porque muita gentevai de férias.

    O conteúdo da oração introduzida por “porque” é apresentado comocausado estado de coisas referido na oração anterior. Essa segunda é umaoraçãosubordinada causal. As orações que recebem esta classificação são introduzi-das por conjunções/locuções subordinativas causais(“porque”, “pois”, “como”,“ já que”, “uma vez que”, “visto que”).

    2. A cidade ainda dorme, quando o camião do lixo passa na minha rua.O conteúdo da oração introduzida por “quando” permite localizar temporal-

    mente o estado de coisas referido na oração anterior. Essa segunda oração éuma oração subordinada temporal. As orações que recebem esta classificaçãosão introduzidas porconjunções/locuções subordinativas temporais(“quando”,“antes que”, “depois que”, “logo que”).

    17FRASE COMPLEXA

    1. Lê o excerto:

    O rato da cidade e o rato do campo

    Certo dia o rato da cidade,com muita civilidade,convidou o rato do campopara um grande banquete.

    O banquete foi de arrombae nada faltou à mesa,mas alguém chegou de surpresae atrapalhou a pompa.(…)in As Mais Belas Fábulas de La Fontaine, Civilização Ed.

    1.1. Divide as orações constitutivas de cada frase.

    1.2.Classifica essas orações.2. Completa as frases com orações de acordo comas classificações fornecidas entre parêntesis.

    Há trinta anos, dois em cada três portugue-ses viviam em meio rural (oraçãocoordenada adversativa). Em muitos casos, aurbanização da sociedade portuguesa deu-se deforma descontrolada e desordenada(oração subordinada causal).A cidade promove a

    inovação, a criatividade, a cultura e o progressosocial, (oração coordenada conclusiva).(oração subordinada temporal),seremos

    todos mais felizes.

    EXERCÍCIOS

    CASL7-CA-2

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    18 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Águas de Março

    É pau é pedraÉ o fim do caminhoÉ um resto de tocoÉ um pouco sozinhoÉ um caco de vidroÉ a vida é o solÉ a noite é a morteÉ o laço é o anzol(...)

    Tom Jobim

    Onome ou substantivo é a palavra pela qual designamos seres, objectos eentidades em geral.

    Subclasses

    1. Os nomes de pessoas, de lugares, de instituições, de objectos, ou seja, osnomes que designam seres pertencentes ao mundo físico, sãonomes concre-tos (“pau”, “pedra”, “anzol”).

    Os nomes que designam noções, estados, qualidades, ou seja, entidadesque não pertencem ao mundo físico, são chamadosnomes abstractos (“vida”,“morte”).

    2. – Em quecidade nasceste? – Qual a tuadisciplina preferida?Há nomes que se aplicam a todos o seres e entidades de uma classe ou

    espécie – são osnomes comuns(“cidade”, “disciplina”).

    – Nasci emCoimbra . – A minha disciplina preferida éMatemática .Quando os nomes se aplicam a um determinado ser, pessoa ou entidade,

    individualizando-o, então sãonomes próprios (“Coimbra”, “Matemática”).

    PALAVRAA CLASSE DO NOMEVER PÁGINAS 24, 29 E 64 DO MANUAL

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    3.Abanda toca para amultidão . A seguir entra ocoro infantil que

    vai cantar cantigas docancioneiro popular.Há nomes comuns que, no singular, designam um conjunto de seres vivos ou

    objectos. São osnomes colectivos(“banda”: conjunto de músicos; “multidão”:conjunto grande de pessoas;“ coro” : conjunto de cantores;“ cancioneiro” : colec-ção de canções).

    FLEXÃO DOS NOMES

    19A CLASSE DO NOME

    Flexão em géneroNomes biformes:a forma masculina donome é diferente daforma feminina.

    aluno – alunacantor – cantor a

    -a: é a marca do génerofeminino.

    Nomes que no masculinoterminam em -ão:leão – leoacidadão – cidadãcomilão – comilonao feminino forma-se detrês modos diferentes:-oa; -ã; -ona.

    Casos particulares naformação do feminino:avô – avó galo – galinhaactor – actrizrapaz – rapariga

    Flexão em númeroNomes cuja forma dosingular termina emvogal ou consoante.

    Nomes cuja forma dosingular termina em-ão.

    Nomes cuja forma dosingular termina em-al; -el; -ol.

    Nomes cuja forma nosingular termina em -il(sílaba tónica) e em -il(sílaba átona).

    Singular Plural Singular Plural Singular Plural Singular Plural

    viola

    voz

    viola s(-s)

    vozes(-es)

    mão

    pão

    leão

    mão s(-s) pães(-ães)leões(-ões)

    capital

    papel

    lençol

    capitais(-ais) papéis(-éis)lençóis(-óis)

    funil

    réptil

    funis(-is)

    répt eis(-eis)

    Flexão em grau

    Grau normalcasavozboca

    Grau diminutivocasinha / casitavozinha / vozitaboquinha / boquita

    Grau aumentativocasarãovozeirãobocarra

    Nomes uniformes: Nomes que designampessoas, sendo possívelidentificar o seu géneroatravés do determi-nante:

    (o) pianista – (a) pianista;(este ) intérprete – (esta )intérprete;(um) artista – (uma)artista

    Nomes que designamanimais e cujo género éassinalado pela palavra“macho” ou “fêmea”:girafamacho – girafafêmea ;rouxinolmacho – rouxinolfêmea .

    Nomes cujo génerofeminino está represen-tado por uma palavracompletamente diferenteda do masculino:

    mãe – pai homem – mulher rei – rainha

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    20 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    1. Lê o texto:

    José Afonso foi um cantor que influenciou para sempre a música ecultura portuguesas. Compositor multifacetado, percorreu no seurepertório diversas áreas musicais, das baladas de Coimbra à música tdicional.1.1. Identifica todos os nomes presentes neste texto.1.2. Preenche o quadro agrupando os nomes segundo as subclassificações.

    2. Diz o significado de:armada , califa, frota, girândola, renque .2.1. Indica a que subclasse pertencem.

    3. Lê o texto:

    Os computadores, desde há alguns anos a esta parte, assumiram nvida moderna uma importância fundamental. Inicialmente olhados codesconfiança e objecto de mitos como o da substituição do homem pemáquina, eles foram-se impondo como preciosos auxiliares de trabale como companheiros de lazer e de divertimento. No campo da criaçãartística, os computadores foram também aumentando a sua presençInicialmente, foram as artes plásticas, mais propriamente as ligadas grafismo, à edição e publicação, à publicidade, etc., as que começarapor aproveitar as vantagens dos computadores. (...) a música começotambém a relacionar-se com as novas tecnologias.

    http://www.ruvina.pt/index_computadores.html

    3.1. Identifica todos os nomes presentes neste texto.

    3.2. Preenche o quadro agrupando os nomes segundo as subclassificações.

    4. Há poetas que gostariam de escrever o máximo num mínimo de palavras,de modo a reduzir numa página ou em meia dúzia de linhas tudo aquilo quequerem dizer. Propomos-te que vás mais longe. Escolhe um substantivo que

    condense aquilo que para ti há de mais importante.4.1.Justifica a tua resposta.4.2. Indica a subclasse do substantivo que escolheste.

    EXERCÍCIOS

    Nome próprio Nome comum Nome colectivo

    Nome concreto Nome abstracto

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    21A CLASSE DO DETERMINANTE

    Este chinês é amigodaquele cigano,que, por sua vez, é grande com-pincha deum americano que eu e aminha colega Jasmina conhecemosem casa dosnossos vizinhos africanos, em certa ocasião.

    Que raça é a minha, perguntas tu? A humana.Em muitos casos, o nome está precedido de umdeterminante que tem por

    função dar indicações, de diferente ordem, sobre aquilo que o nome refere.Portanto, podemos dizer que “quando há determinante há nome”. É o con-

    trário do que se passa com o pronome: “quando há pronomenão há nome”

    (porque o pronome substitui o nome) (ver A classe do pronome , pág. 28).Assim, os determinantes:· precedem o nome;· concordam com o nome que precedem, em género e número.

    PALAVRAA CLASSE DO DETERMINANTEVER PÁGINA 257 DO MANUAL

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    22 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Determinantes possessivos

    Singularum só possuidor

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Feminino

    1.ª pessoa meu minha meus minhas

    2.ª pessoa teu tua teus tuas3.ª pessoa seu sua seus suas

    Singularvários possuidores

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Feminino

    1.ª pessoa nosso nossa nossos nossas

    2.ª pessoa vosso vossa vossos vossas

    3.ª pessoa seu sua seus suas

    Determinantes demonstrativos

    Singular Plural

    Masculino este, esse, aquele,o mesmo, o outro, tal

    estes, esses, aqueles,os mesmos, os outros,tais

    Feminino esta, essa, aquela,a mesma, a outra, tal

    estas, essas, aquelas,as mesmas, as outras,tais

    Determinantes indefinidos

    Singular Plural

    Masculino todo, algum, nenhum,certo, muito, outro,pouco, tanto, qualquer

    todos, alguns, nenhuns,certos, muitos, outros,poucos, tantos,quais-quer

    Feminino toda, alguma, nenhuma,certa, muita, outra,pouca, tanta, qualquer

    todas, algumas, nenhu-mas, certas, muitas,outras, poucas, tantas,quaisquer

    Invariável cada

    Determinantes artigosSingular Plural

    Definidos o, a os, as

    Indefinidos um, uma uns, umas

    Subclasses

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    – Foste ao Brasil? Como são as pessoas lá? – Oh! Sãosimpáticas, alegres, acolhedoras, imaginativas ... – E a paisagem? – Éexuberante, colorida, magnífica ! – Quanto tempo lá estiveste? – Três meses. – Tanto tempo! Viste tudo então... – Tu és tolo! – É assim tão grande, o Brasil? – O Brasil éo maior !!!

    O adjectivodesigna propriedades ou atributos dos objectos designadospelos nomes.

    O adjectivo:· concorda em género e número com o nome a que se refere;

    · varia em grau;· precede ou segue o nome (podendo daí resultar uma mudança do sentido dafrase: mulher rica / rica mulher ).

    24 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    PALAVRAA CLASSE DO ADJECTIVOVER PÁGINAS 29, 59, 145, 175, 178 E 263 DO MANUAL

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    FLEXÃO DOS ADJECTIVOS

    1. Flexão em género“Simpático” – “Simpática”: este adjectivo apresenta uma forma para o

    masculino e outra para o feminino. É umadjectivo biforme quanto à flexão emgénero.“Uma raparigaalegre” – “Um rapazalegre”: este adjectivo tem apenas

    uma forma para os dois géneros. É umadjectivo uniforme quanto à flexão emgénero.

    2. Flexão em númeroA formação do plural dos adjectivos é semelhante à dos nomes.“Colorida” – “Coloridas”: os adjectivos que apresentam duas formas, uma

    para o singular e outra para o plural, sãoadjectivos biformes quanto à flexãoem número.

    “Um problemasimples” – “Uma questãosimples”; “Um homemreles” –“Uma mulherreles”: estes adjectivos apresentam uma só forma para o singu-lar e para o plural. Sãoadjectivos uniformes quanto à flexão em número.

    3. Flexão em grau

    25A CLASSE DO ADJECTIVO

    Graus dos adjectivosNormal Os brasileiros são simpáticos.

    Comparativo de superioridade Os brasileiros sãomais simpáticos do queos portugueses.

    de igualdade Os brasileiros sãotão simpáticos quanto(oucomo) os portugueses.

    de inferioridade Os brasileiros sãomenos simpáticos do queos portugueses.

    Superlativo relativo de superioridade O povo brasileiro éo mais simpáticodos povossul-americanos.

    de inferioridade O povo brasileiro éo menos simpáticodos povossul-americanos.

    absoluto analítico O povo brasileiro émuito simpático.

    sintético O povo brasileiro é simpatiquíssimo.

    A.Grau superlativo absoluto sintético: casos irregulares

    1. Os adjectivos sofrem alterações quando lhes é acrescentado o sufixo -íssimo:· original – originalíssimo· feliz – felicíssimo

    2. Alguns adjectivos formam o superlativo absoluto sintético em-ílimo:· difícil – dificílimo· humilde – humílimo

    3. Há outros adjectivos que formam o superlativo absoluto sintético em-érrimo:· célebre – celebérrimo· áspero – aspérrimo

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    B.Há adjectivos que apresentam apenas formas sintéticas quer para o compa-rativo, quer para o superlativo relativo (ou seja, não se formam através deconstruções analíticas como “mais... do que” ou “o mais”, por exemplo).

    26 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Grau normal

    bommaugrandepequeno

    melhorpiormaiormenor

    óptimopéssimomáximomínimo

    o melhoro pioro maioro menor

    Comparativo desuperioridade

    Superlativo

    Absoluto Relativo

    1. O emprego do adjectivo na construção de um texto é importante para aexplicitação do seu conteúdo e apuramento do seu sentido.Os adjectivos foram extraídos deste pequeno excerto. Reescreve-o, acrescen-tando-lhe os adjectivos que entenderes. De seguida, confronta o resultado doteu trabalho com o original (no final desta página, em posição invertida).

    Pantanal · Deus descansou aqui

    É uma terra, um mundo ciclicamente invadido pelas águas.Encravano Noroeste, junto à fronteira com a Bolívia e o Paraguai, o Pantanalum zoo onde milhares de animais gozam os prazeres e as agruras natureza. Ou quase. O garimpo de ouro e a caça têm posto em perigo equilíbrio deste paraíso.

    inVolta ao Mundo, n.º 3, Janeiro 1995

    2. Lê o texto:

    Os marinheiros que aportaram primeiro àquela costa, depois de

    várias manobras muito complicadas para passarem com os barcos enos recifes de coral, vinham de um país pequenino chamado Portugaque por acaso é o meu, mas isso agora não interessa assim muito paesta história.Viram um pássaro muito esquisito sempre a correr de umlado para o outro, uma espécie de um pombo do tamanho de um pergigantesco e com cara de parvo, uma criatura trapalhona que nemsequer sabia voar, e chamaram-lhe “o pássaro doido”.

    CORREIA, Clara Pinto – A Ilha dos Pássaros Doidos, Relógio d’Água-Biblionef

    EXERCÍCIOS

    É u m a t e r r a a b e n ç o a d a , u m g i g a n t e s c o m u n d o c i c l i c a m e n t e i n v a d i d o p e l a s á g u a s . E n c r a v a d o n o N o r o e s t e b r a s i l e i r o , j u n t o à f r o n t e i r a c o m a B o l í v i a e o P a r a g u a i , o P a n t a n a l é u m g i g a n t e s c o z o o o n d e m i l h a r e s d e a n i m a i s g o z a m o s p r a z e r e s e a s a g r u r a s d a n a t u - r e z a i n t a c t a . O u q u a s e . O g a r i m p o d e o u r o e a c a ç a i l e g a l t ê m p o s t o e m p e r i g o o e q u i l í - b r i o d e s t e p a r a í s o .

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    27A CLASSE DO ADJECTIVO

    2.1. No texto que acabaste de ler encontras três adjectivos que não estão nograu normal. Identifica-os.2.1.1. Indica o grau em que esses três adjectivos se encontram flexionados.

    3. Lê o poema:

    Café

    Sabor de antigamente, sabor de família,Café que foi torrado em casa,Que foi feito no fogão da casa, com lenha do mato da casa,Café para as visitas de cerimónia,Café para as visitas de intimidade,Café para os desconhecidos, para os que pedem pousada, para toda a gente

    RIBEIRO, Couto – inPrimeiro Livro de Poesia: poemas em Língua Portuguesa para a infânciae a adolescência, sel. Sophia de Mello Breyner Andresen, Ed. Caminho

    3.1.Substitui os elementos sublinhados pelos adjectivos correspondentes.

    4. Lê o poema:

    Irene no Céu

    Irene pretaIrene boaIrene sempre de bom humor

    Imagino Irene entrando no céu: – Licença, meu branco!E São Pedro Bonacheirão: – Entra, Irene.Você não precisa pedir licença.

    BANDEIRA, Manuel – inob. cit.

    4.1. Identifica os adjectivos presentes no poema.

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    a) O Zé tem uma paixão estranha pelos livros:ele devora-os.b) –Eu játe disse para estares quieto comisso !

    O pronome tem por função substituir nomes já introduzidos no texto edesempenha a função sintáctica do nome que substitui.

    Para além desta função, o pronome designa os intervenientes num acto decomunicação (eu-tu), bem como os seres, objectos e entidades que estão pre-sentes (fisicamente ou em memória) nesse acto comunicativo (isso, isto,aquilo).

    1. Pronome pessoal com função de complemento directo com preposição

    Tem penade mim.Confioem ti.Tenho uma prendapara si.As formasmim, ti, si empregam-se sempre precedidas de uma preposição

    (menos pela preposiçãocom).

    2. Pronome pessoal com função de complemento circunstancial

    Vemco migo. Jantacon nosco.As formas-migo, -tigo, -sigo, -nosco, -vosconunca aparecem isoladas,

    mas sempre contraídas com a preposiçãocom.

    28 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Pronomes pessoaisNúmero Pessoa

    Singular 1.ª

    Funções sintácticas

    Sujeito Complementodirecto

    Complementodirecto sempreposição

    Complementodirecto compreposição

    Complementocircunstancial

    eu me me mim mim, -migo

    2.ª tu te te ti ti, -tigo

    3.ª ele, ela se, o, a lhe si, ele, ela si, -sigo, ele,ela

    Plural 1.ª nós nos nós nós nós, -nosco

    2.ª vós vos vós vós vós, -vosco

    3.ª eles, elas se, os, as lhes si, eles, elas si, -sigo, eles,elas

    PALAVRAA CLASSE DO PRONOMEVER PÁGINAS 33, 136, 172, 241 E 260 DO MANUAL

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    3. Pronome pessoal com função de complemento directo

    3.1. – Tens aqui o bolo. Come-lo todo? Já não o queres? Fi-lo de propó-

    sito para ti... – Já comprei castanhas.Vou jáassá-las .Os pronomeso, a, os, as podem aparecer com as formas-lo, -la, -los, -las

    quando a forma verbal termina em:-r: assa(r)-las-s: come(s)-lo-z: fi(z)-lo(-r, -s, -z caem)

    3.2.As castanhas já estão assadas.Querem-nas já na mesa?

    Os pronomeso, a, os, as podem aparecer com as formas -no, -na, -nos,-nas quando a forma verbal termina em-m.

    29A CLASSE DO PRONOME

    Pronomes possessivos

    um sópossuidor

    Pessoa

    1.ª2.ª

    3.ª

    Singular

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Feminino

    meuteu

    seu

    minhatua

    sua

    meusteus

    seus

    minhastuas

    suasváriospossuidores

    1.ª2.ª3.ª

    nossovossoseu

    nossavossasua

    nossosvossosseus

    nossasvossassuas

    Pronomes demonstrativosVariáveis Invariáveis

    SingularMasculino Feminino

    PluralMasculino Feminino

    esteesseaqueleo outroo mesmotalo

    estaessaaquelaa outraa mesmatala

    estesessesaquelesos outrosos mesmostaisos

    estasessasaquelasas outrasas mesmastaisas

    istoissoaquilo

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    30 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Pronomes indefinidosVariáveis Invariáveis

    Singular

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Feminino

    algumnenhumtodomuitopoucotantooutrocerto

    qualquer

    algumanenhumatodamuitapoucatantaoutracerta

    qualquer

    algunsnenhunstodosmuitospoucostantosoutroscertos

    quaisquer

    algumasnenhumastodasmuitaspoucastantasoutrascertas

    quaisquer

    alguém, algoninguémtudo

    outrem

    cadanada

    Pronomes interrogativosVariáveis Invariáveis

    Singular

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Femininoqual?quanto?

    qual?quanta?

    quais?quantos?

    quais?quantas?

    que? o quê?quem?onde?

    Pronomes relativosVariáveis Invariáveis

    Singular

    Masculino Feminino

    Plural

    Masculino Feminino

    o qualcujoquanto

    a qualcujaquanta

    os quaiscujosquantos

    as quaiscujasquantas

    quequemonde

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    31A CLASSE DO PRONOME

    1. Diz a que subclasses pertencem os pronomes presentes nos seguintes

    provérbios.a) Aqueles que falam com os olhos fechados querem ver os outros enga-nados.b)Ter livros é muito importante; os que não se lêem ficam bem na estante.c)Não gostas de roupa amarela, enfia-a na barrela.d)Onde muitos costumam tropeçar, algum se há-de espalhar.e) Peixe cru, come-o tu.f)Enredos e fitas, as do cinema são as mais bonitas.

    Com a excepção do primeiro, todos os provérbios foram retirados deLOURENÇO, Tomás –Provérbios Pós-Modernos, Âncora Ed.

    2. O texto que a seguir te apresentamos tem repetições desnecessárias.Reescreve-o, evitando essas repetições.

    O Zé não tinha feito os trabalhos de casa e quando chegou à sala e aprofessora perguntou ao Zé pelos trabalhos de casa, o Zé desculpou oZé dizendo que não podia apresentar os trabalhos de casa porque oscolegas tinham roubado o caderno ao Zé.2.1. Indica a subclasse a que pertencem as palavras a que recorreste paracorrigir este texto.

    3. Indica os pronomes presentes no texto abaixo transcrito e identifica a suasubclasse.

    Cavalo numa ilha

    Aquele é o cavalo que vive sozinho, algures numa ilha muito longe.Come um pouco de erva. Atrás dele está um barco, que é o barco

    em que o cavalo veio, que é o barco em que irá regressar.

    Não se trata de um cavalo solitário, antes gosta muito da companhiados outros cavalos; sozinho aborrece-se, deseja fazer qualquer coisa, serútil aos outros. Continua a comer erva e, enquanto come, pensa no seugrande projecto. O seu grande projecto é voltar para junto dos cavalospara lhes dizer:

    “Isto tem de mudar” (…).“É a nossa vida que tem de mudar, a nossa vida é muito miserável,

    nós somos muito infelizes, isto não pode continuar assim”.PRÉVERT, Jacques –Histórias para Meninos sem Juízo,

    Ed. Teorema

    EXERCÍCIOS

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    1. Número e pessoa

    Euestudo , mas tu nãoestudas . Ele então nãoestuda mesmonada. Nósestudamos de manhã, vósestudais à tarde e elesestudamquando podem.

    O verbo apresenta várias formas de acordo com o número (singular/plural) ea pessoa (1.ª, 2.ª, 3.ª) em que está conjugado.1.ª pessoa do singular: estudo 1.ª pessoa do plural: estudamos2.ª pessoa do singular: estudas 2.ª pessoa do plural: estudais3.ª pessoa do singular: estuda 3.ª pessoa do plural: estudam

    2. Modoa) Posso afirmarcom toda a certeza que, de facto, o Zéestudou alição.

    O falante encara a acção como real –modo indicativo.

    b) Épossível que eleestude a lição.Euquero que eleestude a lição.Duvido que eleestude a lição.O falante encara a acção como uma possibilidade, desejo ou dúvida –modo

    conjuntivo.

    c) – Ó Zé,estuda lá a lição!O falante exprime uma ordem, conselho ou pedido –modo imperativo.

    3. TempoO verbo varia a sua forma de acordo com os vários momentos em que é

    localizada a acção ou o estado. Temos então diferentes tempos verbais.

    33A CLASSE DO VERBO

    Formas nominais e forma adverbial do verbo

    Infinitivo(forma nominal): Rir é o melhor remédio.Particípio passado(forma nominal): Lancheaviado , companhiadesfeita .Gerúndio(forma adverbial): Gatinhando , o bebé atingiu o armário.

    Modoindicativo

    Presente : estudo

    Pretérito

    Futuro: estudarei

    Imperfeito: estudava

    Perfeito: estudei

    Mais-que-perfeito: tinha estudado (estudara)

    Modoconjuntivo

    Presente : estude

    Pretérito

    Futuro: estudar

    Imperfeito: estudasse

    Perfeito: tenha estudado

    Mais-que-perfeito: tivesse estudado

    CASL7-CA-3

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    35A CLASSE DO VERBO

    1. Reescreve o texto, conjugando os verbos em maiúsculas.

    O primeiro dia de férias do Zé e da Maria

    No dia 1 de Agosto de 2001, logo pela manhã, o casal Zé-Maria erespectivos filhosPARTIRda serrana cidade de Seia para mais umasmerecidas férias à beira-mar.RUMARa Lisboa com o carro cheio detarecos.ESTARmuito entusiasmados. A Maria, no entanto,IR preocu-pada, porque seLEMBRARqueDEIXARem casa o verniz para as unhas eas pastilhas de mentol para o hálito.

    Era o Zé queCONDUZIRaté Lisboa.PROCURARmanter sempre umavelocidade moderada, nãoIRo diabo tecê-las. Maria olhava a paisagem:

    muita mataARDERe uns verdes aqui e além. Os miúdosDORMIRnobanco de trás.De Lisboa para baixoSERa vez de Maria conduzir. MariaGOSTARde

    conduzir e nãoTERmuita oportunidade de o fazer. Porém, aquele dia nãoSERo seu dia de sorte. Na verdadeESTARmuito tempo ao volante, poisIRa 20 km/h: a fila enorme de carrosPARARna auto-estrada era enorme.

    CHEGARao Algarve à meia-noite.

    2. Constrói um texto narrativo, ordenando os momentos da história e conju-gando os verbos em maiúsculas no modo e tempo adequados:

    O roubo das invenções. Mas o inventor nãoQUERERvender as engenhocas.. As suas invençõesRESUMIR-se a três máquinas: um desencravador deunhas, um depilador nasal e um ecoador (máquina de fazer eco).. Um dia,CHEGARuns homens muito bem vestidos à aldeia com a inten-ção de comprar os inventos.. Os aldeões,REVOLTARcom aquela malvadez, logoDECIDIRir à procuradas máquinas e logoDARconta das peças espalhadas pelo caminho e doqueRESTARdas máquinas.. Então, os tais homensROUBAR-nas.. Os aldeõesESTRANHARaquelas máquinas,ACHAR-nas sem utilidade ePASSARa tratar o inventor com indiferença.. Era uma vez um inventor queVIVERnuma aldeia.. Todos na aldeia sempreCONSIDERARser estas máquinas de muita utili-dade eESTIMARmuito o inventor.. O inventor, com as peçasRECUPERAR, TRATARde reconstituir os seusinventos, masSAIR-lhe outros: um abre-latas, um cortador de relva, umamplificador.. Os ladrõesESCONDERos inventos numa casa abandonada. Mas quandoláCHEGAR, REPARARqueFALTARmuitas peças em cada uma das máqui-nas. ElasESTARespalhadas ao longo do caminho queIRda casa do inven-tor até ao esconderijo.2.1. Indica o modo e o tempo dos verbos que conjugaste.

    EXERCÍCIOS

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    36 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    3. Completa as frases de acordo com o exemplo.

    Não sei se fico em Coimbra a semana toda.Talvezfique em Coimbra a semana toda.

    a) Não sei se chove.Talvez .b) Não sei se vou à tua festa de anos.Talvez .c) Não sei se estás doente.Talvez .

    O Zé merece passar de ano.Eu espero que o Zépasse de ano.d) O meu pai merece obter uma promoção na empresa.Eu espero .e) O Zé e a Maria merecem gozar umas boas férias.Eu espero .f)O Leopoldino merece cair em desonra.Eu espero .

    3.1. Indica o modo e o tempo em que os verbos deverão estar conjugados.

    4. Completa as frases de acordo com o exemplo:

    Ninguém devia fumar.Era bomque ninguém fumasse .a)Toda a gente devia ler.Era bom .b) Praticar desporto faz bem à saúde.Era bom .c) O meu pai devia ajudar nas tarefas domésticas.Era útil .d)As crianças deviam ver menos televisão.Era importante .

    4.1. Indica o modo e o tempo em que os verbos deverão estar conjugados.

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    Gosto de nadardevagar , calmamente . Nadoassim porque me émais fácil; nunca me canso e descontraio-me. Os meus colegas dizemque eu nadomal , mas eles é que engolem os pirolitos,não sou eu.

    Amanhã quero ver se voucedo à piscina, de modo anão os encon-trarlá.

    O advérbio é uma palavra invariávelque indica as circunstâncias em quese verifica a acção do verbo.

    Pode tambémintensificaro sentido do adjectivo (para formar osgraus dosadjectivos) ou de outro advérbio (para formar osgraus dos advérbios).

    Os grupos de duas ou mais palavras que têm na frase função equivalente àdos advérbios chamam-selocuções adverbiais.

    SubclassesOs advérbios são classificados de acordo com o seu sentido:

    Advérbios de tempo: agora, hoje, ontem, amanhã, anteontem, cedo, logo, nunca,sempre, tarde, etc.Advérbios de lugar: aqui, ali, além, cá, acolá, abaixo, acima, atrás, defronte, den-tro, fora, junto, longe, perto, através, etc.Advérbios de modo: quase todos os advérbios terminados em-mente (comoda-mente, suavemente, alegremente...), depressa, devagar, mal, melhor, pior, assim,bem, etc.

    37A CLASSE DO ADVÉRBIO

    PALAVRAA CLASSE DO ADVÉRBIOVER PÁGINA 263 DO MANUAL

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    Advérbios de dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, etc.Advérbios de negação: não, nem, nunca, jamais.Advérbios de afirmação: sim, certamente, efectivamente, etc.Advérbios de exclusão: só, somente, apenas, exclusivamente, unicamente, etc.Advérbios de intensidade: mais, menos, tão, tanto, muito, pouco, bastante,

    demais, etc.

    Locuções adverbiaisde tempo: à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, em breve, de repente, etc.de lugar: à direita, à esquerda, ao lado, de longe, de perto, em cima, por dentro,em redor, etc.de modo: às avessas, às claras, à vontade, às pressas, com gosto, de bom grado,de má vontade, etc.de negação: de forma alguma, de modo algum .de afirmação: com certeza, sem dúvida .de intensidade: de muito, de pouco.

    Quando os advérbios e as locuções adverbiais de tempo, lugar, modo ecausa se empregam em interrogações, são classificados comoadvérbiosinterrogativose locuções adverbiais interrogativas:de tempo: Quando? de lugar: Onde? Aonde? Donde? Por onde? Para onde? de modo: Como? de causa: Por que?

    38 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    1. Identifica os advérbios presentes no seguinte excerto:Vou contar uma história de cães.Uma história autêntica, passada em Lisboa, na Rua do Alecrim, qu

    é uma calçada muito inclinada. (…)E os cães?... Calma, amigos, que os cães já lá vêm... Olhem, lá vem

    um a subir a calçada e, por sinal, a fazer uma figura muito ridícula poque a dona, muito vaidosa, lhe prendeu um chapelinho muito parvo ncabeça e o obriga a trazer na boca a mala de mão da criatura. (…)

    PINHÃO, Carlos –Uma Gaivota com Óculos, Ed. Alfaómega

    2. Constrói três frases em que o advérbio “muito” se junte a:a) um verbo;b)um adjectivo;c)um advérbio.

    3. Completa as frases com advérbios e locuções adverbiais:a) – Não sei, quero saber!b) – Sabes onde estão as fichas dos trabalhos de casa, não sabes? Envai já buscá-las.c) vieste?d) – Como é que foi isso do ataque cardíaco? – Foi .3.1. Indica a que subclasses pertencem os advérbios e as locuções queempregaste.

    EXERCÍCIOS

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    O Zé foia pédesde a escolaaté casa. A camionetada escola ficousem embraiagem. Após duas horasde espera, com um frio de rachar,o aquecimento possível era... caminhar.

    Apreposição é uma palavra invariável que tem por função relacionar doiselementos dentro de uma mesma oração.

    São preposições as seguintes palavras:

    a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, para, perante, por, sem, sob,sobre, trás, etc.

    As preposiçõesa, de, em, porpodem aparecer com alguns determinantes oupronomes.

    39A CLASSE DA PREPOSIÇÃO

    PALAVRAA CLASSE DA PREPOSIÇÃOVER PÁGINA 263 DO MANUAL

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    O país sem ponta

    Joanino Peregrino era um grande viajante. De viagem em viagem foiparar a um país onde as casas tinham os cantos redondose os telhadosnão acabavam em bicomas numa suavíssima curva. Uma sebe de rosasbordejava a estradae Joanino lembrou-se de enfiar uma na lapela. Estavaa colher a rosa com todo o cuidado, não fosse picar-se nos espinhos,quando de repente se apercebeu de que os espinhos não picavam, nãotinham bicoe pareciam de borracha,e faziam cócegas na mão.

    GIANNI, Rodari –Histórias ao Telefone, Ed. Teorema

    As conjunções são palavras invariáveis que servem para relacionar ora-ções, na construção de frases complexas.

    Aslocuções conjuncionaissão grupos de palavras com função equivalenteà das conjunções.

    41A CLASSE DA CONJUNÇÃO

    PALAVRAA CLASSE DA CONJUNÇÃOVER PÁGINAS 50 E 85 DO MANUAL

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    Subclasses

    1. Conjunções coordenativasAs conjunções coordenativasligam orações da mesma natureza, ou seja,

    orações que não estabelecem entre si nenhuma relação de dependência.Estas conjunções podem também ligar palavras que tenham a mesma fun-

    ção na oração.

    42 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    2. Conjunções subordinativasAs conjunções subordinativasestabelecem uma relação de dependência

    entre orações.

    Algumas conjunções e locuções coordenativasCopulativas Adversativas Disjuntivas Conclusivas

    enemnão só... mastambém

    masporémtodaviacontudo

    ou... ouora... oraquer... querseja... seja

    logopoisportantopor conseguinte

    Algumas conjunções e locuções subordinativasTemporais Causais

    quando, apenas, enquanto, antes que,depois que, desde que, à medidaque...

    1. Em cada alínea apresentamos-te duas frases. Transforma-as numa únicafrase. (Podes alterar a ordem das frases dentro de cada alínea.)

    a) Joanino era um grande viajante.Até foi à lua.b) Joanino dizia-se um grande viajante. Nunca saiu de Portugal.

    c) Joanino era um grande viajante.Tinha uma visão alargada das cois1.1.Explica as alterações efectuadas.

    2. Reconhece as conjunções presentes no excerto que a seguir se apresenta:

    Como não tínhamos nem casa nem dinheiro, a minha mãe e eu corríamos a Inglaterra de alto a baixo, ficando em casa de amigos e conhcidos. Casa, para mim, podia ser uma cantina do exército ou uma garatulhada de mochilas. (...)

    Perdia ursos de peluche sem me ralar nada, mas nunca largava três bepreciosos: um camelo de pau chamado Laura, que o meu pai trouxera dbazar do Cairo; um búzio das Índias ocidentais chamado Mona, em cgloriosa boca cor-de-rosa eu ouvia o rumorejar do oceano; e um livro.

    CHATWIN, Bruce – Anatomia da Errância, Quetzal Ed.

    EXERCÍCIOS

    porque, pois, como, visto que, já que,pois que...

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    Veterinário – Então? Ao que vem?Zé das Moscas (queixoso) – São as moscas, senhor Doutor.Veterinário – Homessa! As moscas?Zé das Moscas – São assim uns zumbidos, bzz-bzz... bzz-bzz, que

    vêm e vão, passam e voltam, desandam e tornam. Bzz-bzz... bzz-bzz...Veterinário – E depois?Zé das Moscas – Depois? Bzz-bzz... bzz-bzz...Veterinário – Está bem. E depois?Zé das Moscas – Bzz-bzz... bzz-bzz... bzz-bzz... bzz-bzz...Veterinário – Irra! Já ouvi. Depois... o que é que veio cá fazer?Zé das Moscas – Foi o senhor Doutor Advogado que recomendou

    que eu viesse.Veterinário (irritado) – Ah! Então o doutorzinho passou-o paramim? Sacudiu as moscas para cima do parceiro e ficou a rir-se.(…)

    TORRADO, António –Teatro às Três Pancadas, Civilização Ed.

    43A CLASSE DA INTERJEIÇÃO

    PALAVRAA CLASSE DA INTERJEIÇÃO

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    “Homessa!”, “Irra!”, “Ah!” sãointerjeições.As interjeições são palavras invariáveis que exprimem reacções emocio-

    nais. A um grupo de duas ou mais palavras que exprimem uma emoção cha-mamos locução interjectiva.

    44 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

    Interjeições e locuções interjectivas mais usadasDor Ui!, Ai!

    Alegria Ah!, Oh!

    Advertência Cuidado!

    Desejo Oxalá!, Deus queira!

    Encorajamento Eia!, Coragem!, Força!, Avante!, Para a frente!

    Aplauso Bis!, Bravo!, Muito bem!

    Aborrecimento Bolas!, Poça!

    Chamamento Psiu!, Pst!, Alô!, Olá!, Eh!Medo Oh!, Credo!, Jesus!

    1. Apresentamos-te um diálogo constituído apenas por interjeições.

    – Pst! – Ãh? – Ah! – Olá! – Viva!

    1.1. Reconstrói este diálogo, recorrendo a outras palavras que não sejaminterjeições e indicando as circunstâncias em que se dá essa comunicação.

    2. Imagina as interjeições que poderiam ser utilizadas nas seguintes situa-ções:

    a) num jogo de futebol;b)num espectáculo teatral;c)num comício;d)no dentista.

    3. O recurso a interjeições verifica-se apenas quando um locutor se dirigedirectamente a um ouvinte. Justifica esta afirmação.

    EXERCÍCIOS

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    A cigarra não tratou de arrecadar nenhum alimento para o Inverno:não guardou nenhum grão, não economizou nenhum tostão.A cigarra foiimprudente, enquanto que a formiga foi prudente e cautelosa.

    1.1. SinonímiaOs verbos “arrecadar ”, “guardar” e “economizar” têm, neste contexto,

    sentido equivalente. Às palavras com significado idêntico ou aproximado cha-mamos sinónimosou palavras sinónimas.

    1.2. Antonímia“Prudente” e “imprudente” são adjectivos com significado contrário. Às

    palavras que têm significados opostos chamamosantónimos ou palavrasantónimas.

    1.3. Hiperonímia / Hiponímia

    O Zé anda a comprar a mobília do quarto às prestações: já comprou acama, uma cadeira e uma estante.

    Umhiperónimoé uma palavra que designa um conjunto de várias espéciescom ele relacionado (ex.: “mobília”).

    Os hipónimossão palavras que designam as espécies contidas no conjuntoexpresso pelo hiperónimo (ex.: “cama”, “cadeira”, “estante ”).

    1. Relações semânticas entre palavras

    45RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS

    RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRASVER PÁGINAS 29, 99, 175, 195 E 218 DO MANUAL

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    1.4. Campo lexical

    Actor, adereço, bastidores, cenário, cenógrafo, dramaturgo, encena-dor, ponto.

    Este conjunto de palavras remete para uma actividade artística:o teatro .

    Dizemos então que elas formam ocampo lexicalde teatro .Campo lexicalé o conjunto de palavras que designam uma área da reali-dade.

    1.5. Polissemia

    Depois de tirar os rolos e passar uma escova nos seus delicadoscara-cóis , D. Ambrósia Quintanilha saiu de casa para ir comer um pratinhdecaracóis na esplanada do bairro.

    Dizemos que uma palavra épolissémicaquando apresenta diferentes sen-tidos, em função do contexto em que está empregue.

    Chamamospolissemia a este fenómeno de atribuição de vários sentidos auma mesma palavra.

    2. Relações de significado e de forma entre palavras

    2.1. Homonímia

    Eu sou o grilo Eduardo ecanto toda a noite nocanto da minhacaixa de cartão.

    Estas duas palavras têm diferentes significados. No entanto, apresentam amesma pronúnciae a mesma grafia. Sãopalavras homónimas.

    Ahomonímiaé um fenómeno de coincidência de forma, em virtude da evo-lução de duas palavras diferentes, com origens diferentes e, muitas vezes,pertencendo a classes ou subclasses diferentes. Não deve, pois, ser confun-dida com apolissemia, em que temos uma mesma palavra com significaçãomúltipla.

    2.2. Homofonia

    Nós, os da família dos esquilos deVidellaume, comemosnoz recheadatodos os domingos.

    Estas duas palavras têm diferentes significados. Têm também grafia dife-

    rente. Porém, coincidem na forma como são pronunciadas. Sãopalavras homó-fonas.

    2.3. Homografia

    Eu julgava-me muitosábia , mas nãosabia que osabiá era um pássaro.Estas três palavras têm diferentes significados. Diferem também na pro-

    núncia. Todavia,apresentam a mesma grafia. Sãopalavras homógrafas.

    2.4. Paronímia

    Estou emcrer que ele vaiquerer que eu lhe peça desculpa. Poisestá muito enganado!Estas palavras têm significados diferentes. A sua pronúncia e grafia, sendotambém diferentes, são muito semelhantes e podem ser confundidas porquem não estiver atento. Sãopalavras parónimas.

    46 CADERNO DO ALUNOARRUMAR A CASA

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    47RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE PALAVRAS

    1. Para cada alínea, descobre a palavra que não é sinónima:

    a) lisonjear: adular, paraninfar, apaparicar, bajular .b)disparate: absurdo, asneira, garbo, baboseira.c)enfadar: dirimir, aborrecer, agastar, cansar .d) astúcia: agudeza, essência, destreza, engenho .e) loquaz: acólito, conversador, eloquente, palrador .f)mofar: achincalhar, chacotear, escarnecer, incrementar .

    g)proeminência: elevação, protuberância, débil, relevo .h) estrábico: vesgo, zarolho, estrabita, descarado .

    i)anomalia: aberração, isca, erro, irregularidade . j)litígio: altercação, contenda, disputa, lapso .

    2. Ordena as seguintes palavras em pares de antónimos.içar, egoísta, moderno, esbanjar, modéstia, circular, aborígene, acatar, arriar, poupar, desobedecer, estagnar, facultativo, altruísta, estrangeiro, obrigatório, petulância, obsoleto.

    3. “Os esboços de um ornitóptero (aeronave capaz de se mover pelaforça do bater das asas), encontrados entre os documentos do artista einventor Leonardo Da Vinci, inspiraram os investigadores durante sécu-los: talvez fosse mesmo possível, ao Homem, voar como os pássaros.”

    inSirius Magazine, n.º 88

    3.1. Identifica a relação semântica que reúne as palavras sublinhadas.

    4. Completa a grafia das palavras.a) a ento: maior intensidade ou força expiratória na emissão do som de

    uma das sílabas de uma palavra.

    a ento: banco, cadeira ou qualquer outro objecto em que se pode estarsentado.b) r ído: que está cortado com os dentes.

    r ído: som ou conjunto de sons desagradáveis ao ouvido.c) con elho: divisão administrativa de categoria imediatamente inferior à

    de distrito.con elho: aquilo que se diz a uma pessoa para a ajudar a tomar umadecisão.

    d) co er: juntar duas peças de tecido, ou de outro material, unindo-as comlinha e agulha.

    co er: cozinhar um alimento, pondo-o ao lume dentro de um recipientecom água a ferver.

    EXERCÍCIOS

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