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UFG 1. Confira inicialmente se o tipo deste caderno TIPO-3 coincide com o que está registrado em seu cartão-resposta. Em seguida, verifique se ele contém 50 questões objetivas e 3 questões discursi- vas. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito, ou apresente divergência quanto ao tipo, solicite ao aplicador de prova, a substituição, pois não serão aceitas reclamações posteriores nesse sentido. 2. Cada questão apresenta quatro alternativas de resposta, das quais apenas uma é a correta. Preencha no cartão-resposta a letra correspondente à resposta assinalada na prova. 3. O cartão-resposta e a folha de resposta das questões discursivas são personalizadas e não haverá substituição, em caso de erro. Ao recebê-los, verifique se seus dados estão impressos corretamente, caso contrário, notifique ao aplicador de prova o erro constatado. 4. O desenvolvimento das questões discursivas deverá ser feito com caneta esferográfica de tinta preta, na respectiva folha de resposta. RESPOSTAS A LÁPIS NÃO SERÃO CORRIGIDAS E TERÃO PONTUAÇÃO ZERO. 5. O tempo de duração das prova é de 5 horas, já incluídas a marcação do cartão-resposta, a leitura dos avisos e a coleta da impressão digital. 6. Você só poderá retirar-se definitivamente da sala e do prédio após terem decorridas de prova e poderá levar o caderno de prova somente no decurso dos últimos anteriores ao horário determinado para o término da prova. 7. AO TERMINAR, DEVOLVA O CARTÃO-RESPOSTA E A FOLHA DE RESPOSTA DAS QUESTÕES DISCURSIVASAOAPLICADOR DE PROVA. duas horas trinta minutos Caderno TIPO -3 CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 002/2009 PARA O CARGO DE PROFESSOR – NÍVEL III SOCIOLOGIA SÓ ABRA ESTE CADERNO QUANDO AUTORIZADO LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO CONCURSO PÚBLICO

Caderno TIPO -3 - Centro de Seleção UFG · Kafka, em seu conto "Um Relatório para a Academia", já coloca-va um ex-macaco, recém-homem, fazendo um relatório para os acadêmicos

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UFG

1. Confira inicialmente se o tipo deste caderno TIPO-3 coincide com o que está registrado em seucartão-resposta. Em seguida, verifique se ele contém 50 questões objetivas e 3 questões discursi-vas. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito, ou apresente divergência quanto aotipo, solicite ao aplicador de prova, a substituição, pois não serão aceitas reclamações posterioresnesse sentido.

2. Cada questão apresenta quatro alternativas de resposta, das quais apenas uma é a correta.Preencha no cartão-resposta a letra correspondente à resposta assinalada na prova.

3. O cartão-resposta e a folha de resposta das questões discursivas são personalizadas e não haverásubstituição, em caso de erro.Ao recebê-los, verifique se seus dados estão impressos corretamente,caso contrário, notifique ao aplicador de prova o erro constatado.

4. O desenvolvimento das questões discursivas deverá ser feito com caneta esferográfica de tintapreta, na respectiva folha de resposta. RESPOSTASALÁPIS NÃO SERÃO CORRIGIDAS E TERÃOPONTUAÇÃO ZERO.

5. O tempo de duração das prova é de 5 horas, já incluídas a marcação do cartão-resposta, a leiturados avisos e a coleta da impressão digital.

6. Você só poderá retirar-se definitivamente da sala e do prédio após terem decorridas deprova e poderá levar o caderno de prova somente no decurso dos últimos anterioresao horário determinado para o término da prova.

7. AO TERMINAR, DEVOLVA O CARTÃO-RESPOSTA E A FOLHA DE RESPOSTA DASQUESTÕES DISCURSIVASAOAPLICADOR DE PROVA.

duas horas

trinta minutos

Caderno

TIPO -3

CONCURSO PÚBLICO – EDITAL N. 002/2009PARA O CARGO DE PROFESSOR – NÍVEL III

SOCIOLOGIA

SÓ ABRA ESTE CADERNO QUANDO AUTORIZADOLEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO

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UFG/CS CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE PROFESSOR, NÍVEL III TIPO-3

CONHECIMENTOS GERAIS

PONDÉ, Luiz Felipe. Folha de S. Paulo. (Ilustrada). 14 set. 2009. p. E9.

QUESTÃO 01

O raciocínio básico, desenvolvido e argumentado pelo au-tor do texto, relaciona-se à ideia de que

(A) a universidade tem a função social de produzir co-nhecimento e transformar o mundo com base nesseconhecimento. Embora haja interesses de grupos, ainstrumentalização é necessária porque contribuipara a melhoria o mundo.

(B) os gestores de negócios contribuem para que a uni-versidade produza saberes mais aplicáveis à vidaprática em nome de um conhecimento de impacto so-cial. Embora isso tenha gerado burocracia, foi impor-tante para a transformação do mundo.

(C) os grupos que se confrontam na universidade são osgestores de negócios e os gestores de favelas. Am-bos contribuem para que a universidade se distanciedos conhecimentos medíocres e do utilitarismo inó-cuo.

(D) a universidade mudou seu foco de interesse. Hoje, hánela interesses utilitaristas de ascensão social, garan-tia de número de alunos e aplicação imediata do co-nhecimento para atender às asfixiadoras demandasde produção.

QUESTÃO 02

A palavra “este” (linha 29) refere-se, no texto, a:

(A) revolucionários e gestores de favelas

(B) burgueses e gestores de negócio

(C) alunos e professores

(D) acadêmicos e discípulos

QUESTÃO 03

São figuras que tematizam a ideia de utilitarismo no texto:

(A) “gestores de favelas” / “show de variedades”

(B) “almas” / “discípulos”

(C) “gestores de negócios” / “classe média”

(D) “inferno” / “asfixia”

QUESTÃO 04

O título do texto utiliza como recurso

(A) o discurso de autoridade para ter reconhecimentoentre os intelectuais.

(B) a metáfora para indicar a mudança de valores da Uni-versidade.

(C) a intertextualidade para produzir o efeito de ironia ede crítica.

(D) o plágio para denunciar a mediocridade dos acadêmi-cos.

GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA E SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS

UM RELATÓRIO PARA A ACADEMIA[...]

A partir do momento em que a vida acadêmica se tornou objetivoda "classe média", gente sem posses, a vida universitária entrouem agonia porque a proletarização dos acadêmicos se tornou ine-vitável.

Dar aula numa universidade passou a ter algum significado deascensão social. A partir de então, o carreirismo necessariamenteassolaria a academia, assim como assola qualquer emprego.

Cálculos estratégicos para garantia do emprego passaram aocupar o tempo da classe acadêmica. E muita gente que vai daraulas na universidade não é tão brilhante assim ou tão interessadaem conhecimento.

O cálculo estratégico hoje passa pelo número de alunos que im-plica uma redução ou não de aulas e orientações de teses.

Ou mesmo nas públicas, onde você está mais protegido da pro-letarização imediata, uma verba maior ou menor para seu projeto emais ou menos discípulos causarão impacto na renda final e naimagem pública.

Daí o desenvolvimento em nós de um espírito selvagem: o cor-porativismo em detrimento do ensino ou o ethos de gangues emmeio à retórica da qualidade.

Muitas pessoas (alunos e professores) buscam a universidadenão para "conhecer" o mundo, mas sim "para transformá-lo" ou as-cender socialmente.

E aqui, revolucionários ("criando o mundo que eles acham me-lhor") e burgueses (interessados em aprender informática para"melhorarem de vida") se dão as mãos.

Este pode ser mais individualista do que o outro, mas ambos fa-zem da universidade uma tenda de utilidades.

Para mim não faz muita diferença, para a banalização da univer-sidade, se você quer formar gestores de negócios ou gestores defavelas. Nenhum dos dois está interessado em "conhecer" o mun-do, mas sim "transformá-lo".

É claro que nos gestores de favelas o espírito selvagem podefuncionar tão bem quanto entre os gestores de negócios. A obriga-ção da universidade em produzir "conhecimento de impacto social"é tão instrumental quanto produzir especialistas na última versãodo Windows.

O utilitarismo quase sempre ama a mediocridade intelectual. Fa-lemos a verdade: a mediocridade funciona.

Ela gera lealdades, produz resultados em massa, convive bemcom a estatística, evita grandes ideias. Enfim, caminha bem entrepessoas acuadas pela demanda de sobreviver.

A instrumentalização é quase sempre outro nome para utilitaris-mo. Isso não quer dizer que devamos excluir da universidade asalmas que querem ser gestores de negócios ou gestores de fave-las - elas é que excluem todo o resto.

Precisamos dos dois tipos de almas, e cá entre nós, acho que osgestores de favelas são moralmente mais perigosos do que osgestores de negócios. Como todos nós, ambos irão para o inferno,a diferença é que os gestores de favelas acham que não.

E a asfixia burocrática? Ahhh, a asfixia burocrática! Esta conta-mina tudo e em nome da democratização da produção e da produ-tividade da produção.

A burocracia na universidade nasce, como toda burocracia, danecessidade de organização, controle, avaliação.

Soa absurdo, caro leitor? Quer mais?Em nome da transparência da produção, atolamos esses indiví-

duos de classe média na burocracia da transparência e do acessoà produção universitária.

Enfim, a "produção" asfixia a universidade em nome de uma"universidade mais produtiva, democrática e transparente em suaprodutividade". Estamos sim falando da passagem da universidadea banal categoria de indústria de conhecimento aplicado, e sob aspalmas bobas de quem quer "fazer o mundo melhor". Tudo bemque queira, mas reconheça sua participação na comédia.

Kafka, em seu conto "Um Relatório para a Academia", já coloca-va um ex-macaco, recém-homem, fazendo um relatório para osacadêmicos.

Ali ele já suspeitava que a academia continha algo de circo oushow de variedades. Hoje sabemos que isto já aconteceu.

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QUESTÃO 05

Ao afirmar que “a mediocridade funciona” (linha 41), o au-tor demonstra que

(A) acredita nessa afirmação.

(B) considera a mediocridade algo positivo.

(C) crê na verdade como algo inquestionável.

(D) ironiza uma prática já estabelecida.

QUESTÃO 06

Na oração a " 'produção' asfixia a universidade em nomede uma 'universidade mais produtiva, democrática e trans-parente em sua produtividade' ” (linha 62-64), o termo emnegrito instaura o pressuposto de que a universidade,

(A) de forma alguma, pretende ser produtiva, democráti-ca e transparente.

(B) em medida alguma, fora produtiva, democrática, etransparante.

(C) em certa medida, já era produtiva, democrática etransparente.

(D) de qualquer forma, tornar-se-á produtiva, democráticae transparente.

QUESTÃO 07

Como se sabe a passagem da modernidade para a pós-mo-dernidade configura uma profunda crise da razão, tambémentendida como crise ou ruptura de paradigmas. De acordocom Boaventura Sousa Santos (1997), no que se refere aoconhecimento, o paradigma emergente caracteriza-se por

(A) um conhecimento de demarcações rígidas entre asdisciplinas ou entre gêneros, entre ciências sociais ehumanidades.

(B) um conhecimento complexo, discursivo e permeávela outros conhecimentos, local e articulável em redecom outros saberes locais e globais.

(C) um conhecimento útil, capaz de equacionar interessee capacidade, aprofundando os laços entre moderni-dade e capitalismo.

(D) um conhecimento no qual se percebe a nítida distin-ção entre sujeito e objeto, o que favorece a abstraçãode ambos.

QUESTÃO 08

A interdisciplinaridade tornou-se moda nas últimas déca-das. O termo, porém, é concebido e assumido de formapolissêmica. De acordo com Norberto J. Etges (2005), in-terdisciplinaridade significa:

(A) princípio da máxima exploração das potencialidadesde cada uma das ciências, da diversidade, da criativi-dade e da compreensão de seus limites.

(B) mecanismo de redução do conhecimento de váriasáreas a um denominador comum, tornando-se umconceito hegemônico.

(C) organização curricular flexível, que possibilite a for-mação de profissionais especializados em um campode atuação específico.

(D) complexo de habilidades e competências a ser adqui-rido pelos estudantes, a fim de preparem-se para osdesafios do mundo do trabalho.

QUESTÃO 09

O currículo foi o artefato que articulou disciplinarmente aspráticas e os saberes escolares, portanto, não pode serpensado apenas como um rol de conteúdos a serem trans-mitidos. Nesse sentido, currículo diz respeito a

(A) uma síntese de elementos culturais (conhecimentos,valores, costumes, crenças, hábitos), que formam umaproposta político-educativa pensada e impulsionadapor grupos sociais, cujos interesses são diversos.

(B) uma organização escolar dos conhecimentos ordena-dos com base na experiência imediata dos alunos semnecessidade de alcançar o saber sistematizado.

(C) um programa oficial determinado pelas instâncias su-periores a ser seguido fielmente pelas instituiçõeseducacionais às quais é vedada a participação nasua elaboração.

(D) um compêndio de assuntos ordenados a serem apren-didos sequencialmente pelos estudantes por meio decertos procedimentos concretos.

QUESTÃO 10

O multiculturalismo constitui hoje preocupação significativa dospesquisadores brasileiros. Há uma pluralidade de interpreta-ções do fenômeno multicultural e inúmeras e diversificadassão as concepções desse fenômeno. Segundo Atonio FlávioMoreira (2003), no âmbito da educação, multiculturalismo cor-responde

(A) à discriminação das diferenças e ao estímulo ao tra-tamento próprio a cada grupo social, em ambienteseducativos especializados.

(B) à identificação das diferenças e ao estímulo ao respeito,à tolerância e à convivência com estas diferenças.

(C) à natureza da resposta que é dada à inevitável presen-ça das diferenças culturais em ambientes educativos.

(D) à pressuposição de conhecimentos universais a se-rem reproduzidos e assimilados pelos estudantes or-ganizados em grupos homogêneos, por gênero, ida-de, etnia, classe social.

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QUESTÃO 11

O trabalho pedagógico envolve gestão do conhecimento,da organização da sala de aula e do relacionamento inter-pessoal. Nesse contexto, a organização da sala de auladiz respeito

(A) à análise da realidade, projeção das finalidades edu-cacionais, elaboração de formas de mediação peda-gógica.

(B) à apresentação pessoal, aos encontros de convivên-cia, ao respeito e acolhimento às pessoas na sua for-ma de ser e de se expressar.

(C) ao diálogo, à investigação e descoberta do sentidodo mundo, ao registro de memórias, à escrita de tex-tos e resolução de exercícios.

(D) à estruturação do tempo e do espaço, às normas, àautoridade, às formas de participação, à disciplina e àcooperação no trabalho, com o conhecimento.

QUESTÃO 12

Uma das alternativas para que o planejamento educacionalsupere a dimensão técnica e priorize a integração entre a es-cola e a realidade social seria o planejamento participativo,sistematizado nas seguintes etapas inter-relacionadas:

(A) distribuição do conteúdo no tempo previsto no calen-dário escolar; decisão sobre a bibliografia a ser utili-zada; elaboração de slides e exercícios; digitação eenvio para a coordenação pedagógica.

(B) diagnóstico do contexto, da escola e dos alunos; or-ganização do trabalho didático: objetivos, conteúdos,metodologia e avaliação; reflexão crítica, envolvendotodos os sujeitos do processo educativo.

(C) registro dos conteúdos; escolha das estratégias deensino; elaboração do cronograma; envio deste pore-mail para os colegas de turma e disciplina; entregado documento na instância competente.

(D) pesquisa dos conteúdos em índices de livros didáti-cos; produção de material didático a ser utilizado; ela-boração dos instrumentos de avaliação; definição dabibliografia básica e complementar.

QUESTÃO 13

Na década de 1990, estiveram em destaque discussõesacerca dos mecanismos de exclusão escolar e dos pro-cessos de avaliação da aprendizagem. Hoje fala-se deinclusão, progressão continuada, reforço escolar, recupe-ração contínua e de outros procedimentos para fazer fren-te ao fracasso escolar. Nesse contexto, a progressão con-tinuada é entendida como

(A) um mecanismo de controle dos professores sobre orendimento escolar dos alunos e das hierarquias deleresultantes dentro e fora da escola.

(B) uma expressão dos esforços empreendidos pela es-cola para a eficaz transmissão dos conteúdos propos-tos nos PCN, de modo a acelerar a preparação de re-cursos humanos para o trabalho.

(C) uma forma individualizada de registro do desenvolvi-mento alcançado pelos alunos no decorrer do ano leti-vo, segundo a qual os alunos permanecem na escolaindependente de progressos terem sido alcançados.

(D) um regime que prevê três quesitos: não prejuízo daavaliação do processo de aprendizagem; obrigatorie-dade dos estudos de recuperação para alunos de bai-xo rendimento e possibilidade de retenção, por umano, ao final do ciclo.

QUESTÃO 14

A incorporação das novas tecnologias de informação co-municação ao processo educativo é um desafio para osprofessores e instituições escolares. Uma das alternativaspara tal incorporação está em

(A) utilizar as tecnologias de informação e comunicaçãocomo recurso de aprendizagem, de modo a superara evasão e o abandono escolares.

(B) propor formação contínua de professores com dife-rentes estruturas de mediação pedagógica, produçãode modelos didáticos e mídias, que facilitem a apren-dizagem e, ainda, trabalho em rede.

(C) diversificar as tecnologias de informação e comunica-ção, de modo a tornar as escolas mais rentáveis eresponder às pressões sociais por educação.

(D) ampliar do uso das tecnologias de informação comu-nicação, para atender ao maior espectro possível dedemanda, reduzindo os gastos com a educação.

QUESTÃO 15

Fundamentadas na teoria positivista, que comunga a ideiade que os homens são diferentes em sua essência e expli-ca a diferença e a desigualdade como divinas (humanista-católica), naturais ou genéticas (humanista-iluminista),quatro correntes pedagógicas apresentam explicaçõesparticulares para o fenômeno da marginalidade, prescre-vendo medidas também diferenciadas para sua supera-ção. Essas correntes denominam-se:

(A) teoria da violência simbólica; teoria da escola comoaparelho ideológico de Estado; teoria da escola dua-lista; teoria crítica.

(B) tendência pedagógica libertadora; tendência pedagó-gica libertária; tendência pedagógica histórico-crítica;tendência pedagógica crítico-social dos conteúdos.

(C) tendência pedagógica tradicional; tendência pedagógi-ca renovada progressivista; tendência pedagógica re-novada não-diretiva; tendência pedagógica tecnicista.

(D) teoria da atividade; teoria da complexidade; teoria daaprendizagem emocional; teoria do comportamentohumano.

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QUESTÃO 16

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação(LDB), Lei nº 9394/96, Título V, Capítulo I, Artigo 21, a edu-cação escolar compõe-se de:

(A) educação infantil; educação básica; educação profissio-nal e educação superior.

(B) educação básica; ensino médio; educação de jovense adultos e educação superior.

(C) educação infantil; ensino fundamental; ensino médio;educação especial e ensino superior.

(D) educação básica, formada pela educação infantil, ensi-no fundamental e ensino médio e educação superior.

QUESTÃO 17

Desde o regime militar (1964-1985) até os dias atuais, apolítica econômica e a educacional vêm demonstrandomudanças na configuração de classe dos docentes, emespecial os da educação básica, sem, contudo superar apauperização econômica e cultural. Somem-se a isso asnovas exigências ao processo escolar, que resultam na in-tensificação do trabalho destes profissionais. Segundo Ma-ria Manuela Alves Garcia e Simone Barreto Anadon(2009), a intensificação do trabalho docente corresponde

(A) à ampliação das responsabilidades e atribuições nocotidiano escolar dos professores, incorporação detarefas administrativas às pedagógicas, atividades deformação para rever habilidades e competências,além da colonização da subjetividade.

(B) ao maior profissionalismo dos professores, que de-vem trabalhar conteúdos de cunho universalista, ga-rantindo a qualidade da educação, ferramenta im-prescindível para a obtenção e manutenção do postode trabalho no mercado competitivo do mundo con-temporâneo.

(C) à competência profissional para trabalhar currículoshíbridos, que contemplam a aprendizagem significati-va, o ensino pelo método científico, demandas recen-tes dos diferentes segmentos que compõem as insti-tuições escolares.

(D) à capacidade de planejar ambientes de aprendiza-gem dotados de estímulos estéticos, que minimizemameaças e promovam a sensibilidade e o aconchego,possibilitando desafios e a conquista de conhecimen-tos pelos alunos.

QUESTÃO 18

Na sociedade pós-moderna, a mudança de paradigmas arespeito do aprendizado, do ensino e dos processos ava-liativos exige uma nova mentalidade educacional e umaoutra perspectiva para a avaliação escolar. Assim, a abor-dagem de avaliação coerente com esse contexto seria:

(A) uma avaliação somativa, centrada na medida de efici-ência, que privilegia produtos e resultados passíveisde comparação, confronto e competição.

(B) uma avaliação processual, reveladora das possibili-dades de construção de um processo educativo maisrico e dinâmico, envolvendo todos os que dele partici-pam na interpretação, na análise e no diálogo com re-ferenciais contraditórios.

(C) uma avaliação estruturada na articulação de compe-tências e habilidades, com vistas a fornecer indicado-res de padrões de qualidade e orientar a distribuiçãode recursos financeiros.

(D) uma avaliação diagnóstica, que possibilite o acúmulode informações sobre a realidade educacional dopaís e a caracterização dos sistemas de ensino nasdiferentes regiões.

QUESTÃO 19

A complexidade do mundo atual coloca para a escola anecessidade de que os sujeitos, no processo de formação,aprendam a:

(A) pensar, refletir, adquirir estruturas mentais que possi-bilitem a aprendizagem autônoma e dominar os con-ceitos científicos básicos das diferentes áreas do co-nhecimento.

(B) resolver problemas imediatos, por meio do acúmulode informações em uma aprendizagem passiva e dis-ciplinadora.

(C) reproduzir o conteúdo trabalhado; seguir instruções,agir individualmente, para se tornarem aptos e com-petitivos.

(D) responder com coerência aos diferentes níveis de de-manda do campo de atuação profissional, indepen-dente da área de conhecimento, para a qual estásendo formado.

QUESTÃO 20

Segundo os referenciais de Iria Brzezinski (2001, p.72),“tendo presente a interação das culturas interna/externadas organizações escolares, é possível explicitar as maisexpressivas funções políticas e sociais da escola.” Dentreelas, destaca-se a

(A) possibilidade de o indivíduo, por meio da ciência,exercer um controle sobre a natureza, produzindo assuas condições de existência sob a influência do tra-balho e da comunicação.

(B) promoção do acesso aos saberes cotidianos pela me-diação cultural e apropriação de seus significadosnas situações concretas e nas experiências pessoaisdos sujeitos.

(C) socialização do saber por meio do ensino de qualida-de e da pesquisa qualificada, garantindo o ingresso eo sucesso escolar a todos, respeitadas as diferençasde cada um.

(D) inserção no mercado de trabalho e desenvolvimentode capacidades técnicas e aptidões para a conquistada produtividade requerida pela sociedade capitalistado conhecimento.

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QUESTÃO 21

Para que a escola pública brasileira desempenhe as fun-ções sociais, políticas e pedagógicas a ela atribuídas, al-gumas mudanças estruturais são imprescindíveis. Estasmudanças deverão instalar

(A) a cultura da democratização nas relações existentesna escola, o exercício da gestão colegiada e partici-pativa, com distribuição equilibrada de poder e deresponsabilidade entre os envolvidos no processoeducativo e em todas as esferas dos sistemas de en-sino.

(B) a organização escolar estruturada no modelo econô-mico capitalista neoliberal, de modo que sejam pro-movidas a igualdade social, a inclusão étnico-racial,digital e, ainda, a efetivação da cidadania de todos.

(C) uma política educacional, que contemple a gestãocentralizadora, que facilite e agilize as tomadas dedecisão, o uso dos recursos financeiros e o cumpri-mento rigoroso da legislação emanada das instânciassuperiores competentes.

(D) a primazia do poder da razão, da atividade científicae tecnológica em detrimento do sentimento, da imagi-nação e da subjetividade, pois o que se pretende éuma racionalidade instrumental capaz de separar osujeito do objeto de conhecimento.

QUESTÃO 22

Uma mudança paradigmática da organização e da gestãocentrada nos modelos racional-funcionalistas para um pa-radigma de organização e gestão escolar interacionista“não requer somente uma mudança individual [...] a mu-dança tem que ser institucional” Kenneth Zeichner(2000,p.15). Isso implica:

(A) reafirmar, com base na seletividade, na produtividadee no interesse individual, os eixos básicos da políticaeducacional para descentralizar e desburocratizar ossistemas de ensino.

(B) enfatizar os aspectos conceituais e experimentais daqualificação dos educadores, em detrimento do cará-ter social, com vistas a conferir maior cientificidade aofenômeno educativo.

(C) sair da zona de conforto instituída e consolidada,romper com a rotina e correr o risco de enfrentar umperíodo de instabilidade, em busca de uma nova es-tabilidade mais qualificada.

(D) desenvolver indicadores de qualidade a serem utiliza-dos na aferição de resultados do trabalho discente,docente e da gestão institucional nos diferentes ní-veis dos sistemas de ensino.

QUESTÃO 23A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº9394/96, no Artigo 12, institui que os estabelecimentos deensino elaborem e executem suas propostas pedagógicase, no Artigo 13, define que os docentes se incumbirão de(A) estimular a criação cultural e o desenvolvimento do es-

pírito científico; propor cursos sequenciais por campo desaber; autorizar o credenciamento e o reconhecimentode cursos; fixar currículos de cursos superiores; fixar onúmero de vagas de acordo com a capacidade institu-cional; conferir diplomas e títulos; administrar rendimen-tos e recursos financeiros.

(B) elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a pro-posta pedagógica; zelar pela aprendizagem dos alunos;estabelecer estratégias de recuperação para os alunosde menor rendimento; ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos; participar do planejamento, da ava-liação e dos períodos dedicados ao desenvolvimentoprofissional; colaborar com a articulação escola, família,comunidade.

(C) elaborar o plano nacional de educação; coletar, analisare disseminar informações sobre a educação; elaborar eexecutar políticas educacionais; oferecer educação in-fantil em creches e pré-escolas; administrar pessoal;transferir estudantes para outras escolas; possibilitar aaceleração de estudos para alunos com atraso escolar.

(D) desenvolver nos estudantes a capacidade de apren-der; compreender o ambiente natural, social e o siste-ma político, dominar as novas tecnologias; adotarmetodologias de ensino e de avaliação adequadas;preparar os estudantes para o trabalho e, facultativa-mente, para a especialização profissional; registrar di-plomas de unidades indicadas pelo CNE.

QUESTÃO 24José Carlos Libâneo (2005) apresenta uma classificação,provisória, das correntes pedagógicas contemporâneas:racional-tecnológica, neocognivistas, sociocríticas; holísti-cas e pós-modernas. Segundo o autor, a corrente racional-tecnológica corresponde

(A) aos estudos relacionados ao desenvolvimento da ci-ência cognitiva, associada à utilização de computado-res. Seu objetivo é buscar novos modelos e referên-cias para avançar na investigação sobre os proces-sos psicológicos e a cognição.

(B) à teoria que introduz novos aportes ao estudo daaprendizagem, do desenvolvimento, da cognição e dainteligência, segundo a qual a aprendizagem humanaé resultado de construção mental realizada pelos su-jeitos, com base na sua ação sobre o mundo e na in-teração com outros.

(C) à explicação da atividade humana como processo eresultado das vivências socioculturais compartilha-das, que compreendem as práticas de aprendizagemdesenvolvidas em um contexto de cultura, de rela-ções e de conhecimento.

(D) à concepção também denominada neotecnicismo, as-sociada a uma pedagogia a serviço da formação parao sistema produtivo. Pressupõe a formulação de obje-tivos e conteúdos, padrões de desempenho, compe-tências e habilidades com base em critérios científi-cos e técnicos.

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QUESTÃO 25

Dentre todas as bacias hidrográficas existentes em Goiás,a do rio Paranaíba, no sul do estado, é a que apresenta omaior número de grandes lagos de represas, que modifi-caram significativamente as paisagens da região. A origemdesses represamentos está associada, primordialmente, à

(A) implantação do turismo, que promoveu a criação doslagos para o uso como balneários e instâncias depesca amadora.

(B) formação de espelhos d'água, o que permitiu regularos índices de temperatura na região, criando um am-biente mais ameno.

(C) captação de água para abastecimento das indústrias,o que contornou o problema de escassez de chuvasna região.

(D) instalação de usinas hidrelétricas, que aproveitaramas características propícias do relevo, com forte gra-diente do curso do rio.

QUESTÃO 26

Em Goiás, a técnica do planejamento estatal seguiu as in-fluências das políticas econômicas nacionais. Como go-verno responsável pela primeira experiência de planeja-mento na escala estadual sistematizada no território goia-no, pode-se citar

(A) Pedro Ludovico Teixeira.

(B) Irapuan Costa Júnior.

(C) Iris Rezende Machado.

(D) Mauro Borges Teixeira.

QUESTÃO 27

A fundação de Goiânia foi concebida em um contexto demudanças políticas, tanto nacionais quanto locais. A novacapital de Goiás deveria aproximar o estado do eixo de de-senvolvimento do País, focado na Região Sudeste. A es-colha do sítio para instalação da cidade considerou tam-bém

(A) a abundância de recursos hídricos, o que permitiria aposterior expansão do núcleo urbano.

(B) a proximidade com Brasília, o que favoreceria os con-tatos com o governo federal.

(C) o relevo mais movimentado que o da antiga capital,Goiás, favorável à instalação de instrumentos urba-nos.

(D) a maior distância em relação ao litoral, para garantiras questões de segurança quanto a ataques exter-nos.

QUESTÃO 28

'O senhor acha' replicou o governador, apontando para osseus dois filhos, 'que eu poderia me casar com a mãe des-sas crianças, com a filha de um carpinteiro?' Essas palavras,que encerraram a conversa, já indicavam os sentimentosque causaram o lamentável fim do infortunado FerdinandoDelgado. Ele deixou o governo em agosto de 1820 para re-tornar a Portugal, e partiu de Vila Boa acompanhado dos fi-lhos e da amante. Chegando ao Rio de Janeiro a mulher de-clarou que estava pronta a acompanhá-lo à Europa, mas naqualidade de sua legítima esposa. Fernando Delgado, cujossofrimentos – segundo dizem – lhe tiraram a lucidez de ra-ciocínio, não pôde suportar o dilema em que se encontrava,de se casar com a filha de um carpinteiro ou deixá-la no Bra-sil. E assim, pôs fim à própria existência.

SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem à província de Goiás. Belo Horizonte:Itatiaia, 1975, p. 56.

A passagem narrada por Saint-Hilaire demonstra um tipode atitude comum à cultura portuguesa no Brasil, fundadano preconceito contra

(A) a mestiçagem, vinculada à degeneração racial.

(B) os costumes indígenas, qualificados pela indolência.

(C) os trabalhos manuais, associados à escravidão.

(D) o matrimônio, relacionado à perda de bens materiais.

QUESTÃO 29

Leia o texto a seguir.

Em Rio Verde, os imigrantes pretenderam plantar sementesde mandioca, isso quando o mais ignorante de nossos cam-pônios sabe que tal prática é impossível, pois a mesma nãose reproduz por esse processo […] Além do tipo de imigranteagricultor referido, é bastante elevado o número dos queaqui chegam como lavradores, mas que na realidade pos-suem profissões diferentes […] Facilmente se compreendemos resultados nefastos do encaminhamento dessa gente àlavoura, depois de afirmarmos ao fazendeiro tratarem-se deverdadeiros técnicos em agricultura.

Exposição de motivos do Sr. Luis Sampaio Neto ao Sr. Jerônimo CoimbraBueno, 30.06.1949. In.: MAGALINSKI, Jan. Deslocados de guerra emGoiás: imigrantes poloneses em Itaberaí. Goiânia: Cegraf, 1980, p.137.[Adaptado].

A citação refere-se ao processo de adaptação dos polone-ses, que vieram para Goiás no pós-guerra. Com a forma-ção da colônia de Itaberaí, esse processo migratório indi-cava

(A) a tentativa governamental de implementação de umnovo modelo fundiário, baseado na pequena proprie-dade rural familiar.

(B) a diferença entre as condições mesológicas encontra-das em Goiás e na Europa, dificultando o aproveita-mento dos trabalhadores poloneses.

(C) a visão positiva do governo goiano sobre aquela cir-cunstância, assentada na troca de experiências entrefazendeiros locais e colonos estrangeiros.

(D) o interesse da população migrante, ansiosa por aban-donar a condição de deslocado de guerra, sob quais-quer condições.

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QUESTÃO 30

Observe o programa cultural apresentado a seguir.

Conforme o documento citado, produzido no início do sé-culo XX, e considerando o ambiente cultural goiano, naBelle Époque, destaca-se como característica

(A) a vinculação das elites goianas aos valores europeus,adotados apesar do afastamento geográfico do litoral.

(B) a isenção de participação nos eventos sociais porparte das oligarquias dominantes, apesar de seu po-der econômico.

(C) a fixação dos eventos sociais na zona rural como for-ma de lidar com o isolamento das elites no ambienteurbano.

(D) a associação entre a música e os prazeres da vidacampestre, experimentados por uma elite iletrada quecultiva o ócio.

RASCUNHO

RASCUNHO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

QUESTÃO 31

Leia a tirinha a seguir:

VERÍSSIMO, L.F. As cobras. LP&M Editores: Porto Alegre-RS, 1997, pág. 19.

Nos quadrinhos acima, as relações entre os dois persona-gens, Shirley e Flecha, soam como uma representação dadesigualdade entre homens e mulheres na sociedade. Asciências sociais tem contribuído para refletir sobre as assi-metrias de gênero. Sobre a perspectiva de gênero, é pos-sível deduzir que

(A) as teorias de gênero que abordam as assimetrias degênero reconhecem que homens e mulheres convi-vem de forma equânime em nossa sociedade.

(B) o termo “machista” refere-se a uma das formas de ex-pressão das assimetrias nas relações de gênero.

(C) a expressão “Aliás, típica”, do personagem Flecha,refere-se ao entendimento de que, para ele, não exis-te qualquer diferença entre os sexos.

(D) a filosofia positivista foi um importante ponto de parti-da do movimento feminista para a afirmação dosseus ideais.

QUESTÃO 32

O artigo 1o. da Declaração Universal dos Direitos Huma-nos afirma que: “Todas as pessoas nascem livres e iguaisem dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciên-cia e devem agir em relação umas com às outras com es-pírito de fraternidade”. (ANGHER, A. J. Vade mecum aca-dêmico de direito. São Paulo: Rideel, 2007, pág. 1512). To-davia os princípios contidos na Declaração ainda são obje-to de muitas controvérsias, pois

(A) o termo igualdade, conforme a Declaração, pressu-põe a não existência de classes sociais.

(B) a assertiva “Todas as pessoas […] devem agir em re-lação umas com às outras com espírito de fraternida-de” refere-se ao reconhecimento entre indivíduos deuma mesma nacionalidade, mas não em relação aosestrangeiros.

(C) a afirmação “Todas as pessoas nascem livres eiguais” leva a concluir que os regimes e práticas es-cravistas foram eliminadas das relações entre os indi-víduos.

(D) os termos “razão e consciência” induz a reconhecer acapacidade de todos os indivíduos de participaremdas decisões políticas e de definirem sobre as açõesconcretas que vão interferir em suas vidas.

QUESTÃO 33

Conforme Max Weber, o Estado moderno surge como úni-ca instituição detentora da violência legítima. Perante essapremissa

(A) o cidadão deve recorrer ao Estado, abrindo mão de“fazer justiça com as próprias mãos”, pois cabe ape-nas ao Estado legislar e definir a punição mais ade-quada.

(B) o Estado brasileiro passou a proibir a venda e o portede armas para os cidadãos.

(C) a Constituição brasileira acatou a pena de mortecomo punição máxima, já que o Estado é que detéma violência legítima.

(D) os sindicatos possuem a prerrogativa de utilizar a for-ça para induzir transformações sociais.

QUESTÃO 34

Um dos princípios norteadores da filosofia positivista era“ordem e progresso”. Por esse fundamento, a ciência e astécnicas produziriam sociedades mais avançadas e comisso melhores condições de vida para as pessoas. Essepressuposto permite concluir que

(A) o advento e o uso ostensivo das tecnologias da infor-mática, sobretudo em alguns setores como os bancá-rios, foram sintomáticos na produção do que se con-vencionou chamar de “desemprego tecnológico”.

(B) a globalização, dinamizada pelas novas tecnologias dacomunicação, sobretudo, representou uma porta de en-trada ao bem-estar de populações, antes, periféricas.

(C) o advento da robótica e da informática foi fundamen-tal para a melhoria das relações de trabalho e redu-ção da desigualdade na sociedade.

(D) a incorporação de novas tecnologias, ao reduzir otempo de resposta entre uma demanda e sua execu-ção, permitiu que os trabalhadores obtivessem maistempo livre.

QUESTÃO 35

O conceito de alienação em Karl Marx tem sido muito utili-zado para compreender as relações sociais na sociedade.De acordo com Marx, a alienação é um dos resultados doprocesso de desumanização do desenvolvimento indus-trial. Em seu livro Manuscritos Econômico-filosóficos Marxafirma que

(A) o trabalho capitalista permite que os trabalhadores te-nham consciência de suas condições de trabalho edo contexto social em que se inserem.

(B) o sentido de alienação corresponde, em Marx, a umafalsa consciência da realidade, uma vez que há umaseparação do homem das suas condições de traba-lho.

(C) o trabalhador percebe o sentido do trabalho à medidaque, em consequência do seu trabalho, recebe umsalário.

(D) o trabalho capitalista, aliado às condições de traba-lho, ampliam as relações de solidariedade e interde-pendência.

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QUESTÃO 36

A divisão do trabalho possui variados significados na tradi-ção das ciências sociais. Para Marx, a divisão do trabalho,que ele chama de parcialização, acarretava uma perda dosentido da totalidade. Em outra perspectiva, para Dur-kheim, a divisão do trabalho representa um traço importan-te da sociedade moderna, sobretudo por permitir a institui-ção da solidariedade orgânica. Sobre as teorias da divisãodo trabalho, pode-se concluir que

(A) o sentido da solidariedade orgânica em Durkheim re-fere-se à interdependência, o que implica uma maiororganização dos trabalhadores em busca da apro-priação dos meios de produção.

(B) Durkheim classificaria como “anomia” os fracassos dasociedade industrial em promover o que ele chamou desolidariedade orgânica.

(C) as políticas neoliberais reforçaram a perspectiva dacentralidade do trabalho no sentido utilizado porMarx, por buscarem pessoas mais competentes epreparadas para o mercado de trabalho.

(D) a noção de trabalho parcializado, em Marx refere-se aoprocesso de individualização, passo necessário parauma maior reflexão do sentido da vida e do trabalho.

QUESTÃO 37

O açúcarO branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puroe afável ao paladarcomo beijo de moça, águana pele, florque se dissolve na boca. Mas este açúcarnão foi feito por mim.

Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,dono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospitalnem escola,homens que não sabem ler e morrem de fomeaos vinte e sete anosplantaram e colheram a canaque viraria açúcar.

Em usinas escuras,homens de vida amargae dura produziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

GULLAR, F. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora,1991, p. 160-161.

No poema “O açúcar”, de Ferreira Gullar, há uma descri-ção sobre o processo de produção do açúcar e sobre a es-trutura de classe na sociedade brasileira. Sobre as teoriasda hierarquia social, pode-se deduzir que

(A) pela teoria da dominação de Max Weber, o poemanarra relações do tipo tradicional em uma variante pa-trimonialista, em que usineiros representam um seg-mento dominante que perpetuam a desigualdade so-cial.

(B) em uma relação de solidariedade orgânica, o poemademonstra o funcionamento das relações de classeonde o poeta representa a elite dominante; o indus-trial, a classe alta; o dono da mercearia, a classe mé-dia; e os trabalhadores, a classe operária.

(C) à luz do marxismo, o poema mostra a alienação dopoeta ao demonstrar seu distanciamento da realidadedos trabalhadores (ele mora em Ipanema, Rio; os tra-balhadores, “em lugares distantes” de Pernambucoou Rio).

(D) em uma leitura marxista, o poema aponta a classifica-ção do status social, em que fica patenteado o fato deos operários por não investirem em educação tor-nam-se vulneráveis à exploração capitalista.

QUESTÃO 38

Max Weber notabilizou-se por sua preocupação com o ri-gor metodológico. Entre suas contribuições estão os tiposideais: o tradicional, o racional-legal e o carismático. Tra-tam-se de elaborações de modelos que não existem narealidade, mas são importantes como referências analíti-cas para os cientistas sociais. De acordo com essa tipolo-gia,

(A) o patrimonialismo refere-se a um subtipo dentro doracional-legal.

(B) o modelo racional-legal tem como premissa a elimina-ção das vontades pessoais nas decisões institucio-nais.

(C) o modelo predominante na sociedade atual diz res-peito ao modelo carismático.

(D) o modelo burocrático constitui um processo mais ela-borado do modelo tradicional.

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QUESTÃO 39

Leia a tirinha a seguir.

VERÍSSIMO, L.F. As cobras. LP&M Editores: Porto Alegre, 1997, p. 151.

Os quadrinhos acima são emblemáticos para refletir sobrea realidade social, em especial, sobre o papel da indústriacultural e do consumo. Assim, à luz da teoria crítica

(A) a primeira tira demonstra que a antena representanada mais que uma preocupação estética do perso-nagem.

(B) a indústria cultural, conforme Theodor Adorno eHorkheimer, é responsável pelo fortalecimento doconsumo e das práticas cidadãs, dada a sua fortepresença no cotidiano das pessoas.

(C) a segunda tira demonstra um viés notadamente indi-vidual sobre o corpo e o erótico, uma vez que não fazparte do universo da indústria cultural a intromissãosobre o corpo e a sexualidade.

(D) a televisão, a despeito do advento da Internet, aindaé uma forte reprodutora de valores e estilos sociaisna sociedade brasileira.

QUESTÃO 40

No livro a Era dos Direitos, Norberto Bobbio afirma que umasociedade que prima pela defesa da diversidade tem de de-fender o princípio da tolerância, como forma de assegurar aconvivência dos diferentes agrupamentos sociais. À luz dofundamento da tolerância pode-se concluir que

(A) as diferentes comunidades indígenas estão a tal pon-to integradas aos hábitos culturais da sociedade bra-sileira que se torna desnecessária a demarcação deterritórios indígenas.

(B) o patriarcalismo ainda presente no Brasil é responsávelpor assegurar uma estrutura de dominação e opressãodos homens sobre as mulheres e crianças.

(C) o fato de vivermos em uma democracia racial é umexemplo de que não há existe racismo no Brasil.

(D) um exemplo de reconhecimento do respeito à diversida-de é o fato de, na sociedade brasileira, ser aceito e insti-tuído o chamado casamento homossexual.

QUESTÃO 41

Com a promulgação da Constituição de 1988 e a institu-cionalização do Estado de Direito, ocorreu uma ampliaçãodos direitos sociais e o incentivo à ação legislativa visandoa assegurar a universalização de direitos. São exemplosdessa ação:

(A) o Regime Jurídico Único, a lei que institucionaliza oSistema Único de Saúde e o Estatuto da Criança e doAdolescente.

(B) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, oEstatuto da Igualdade Social e Racial e a Lei de Fa-lências.

(C) o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Mariada Penha e a Lei das Execuções Fiscais.

(D) a lei que institucionaliza o Sistema Único de Saúde, aLei Orgânica de Assistência Social e a Lei de Diretri-zes e Bases da Educação Nacional.

QUESTÃO 42

Ao estabelecer as regras do método sociológico, Durkheimpropôs um tratamento científico aos fatos sociais, afirman-do que era possível a análise sociológica de uma dada so-ciedade, mediante critérios que caracterizam tais fatos.Tais critérios são:

(A) exterioridade, universalidade, similaridade

(B) exterioridade, coercitividade, particularidade

(C) generalidade, similaridade, coercitividade

(D) generalidade, coercitividade, exterioridade

QUESTÃO 43

Conforme David Harvey (2003), o mundo moderno tem secaracterizado por fenômenos que dão nova conformidadeà vida e às relações sociais. As relações sociais se modifi-cam, fugindo aos padrões tradicionais das sociedades in-dustriais. São características desses fenômenos:

(A) a volatilidade, a identidade, a efemeridade

(B) a flexibilidade, a volatilidade, a efemeridade

(C) a flexibilidade, a volatilidade, a identidade

(D) a volatilidade, a diversidade, a flexibilidade

QUESTÃO 44

Conforme Agnes Heller (2000), a vida cotidiana implicauma vida marcada pela heterogeneidade, pelas relaçõeshierárquicas, pela manipulação das coisas, pela aprendi-zagem de técnicas e conhecimentos, que contribuem paraa afirmação do humano como um ser genérico, que conso-lida sua condição de ser social mediante relações sociaisque estabelece todos os dias. São características do coti-diano:

(A) a irrepetibilidade das ações e as relações sociais que semanifestam pela assimilação dos fenômenos sociais.

(B) a rotinização das práticas humanas, decorrentes daprática social.

(C) a repetição das ações e as relações que os seres hu-manos desenvolvem no dia-a-dia.

(D) a continuidade das ações e as relações sociais, diaapós dia, manifestando um padrão de ocorrência.

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QUESTÃO 45

Para Wright Mills, os humanos geralmente têm poucaconsciência da complexidade dos fenômenos sociais e decomo se constituem historicamente. Por isso, caso sequeira entender tais fenômenos, faz-se necessário exerci-tar o espírito de forma a apreendê-los em suas mais am-plas dimensões. Para Mills, isso se torna metodologica-mente possível mediante a

(A) aplicação do positivismo lógico.

(B) imaginação sociológica.

(C) compreensão sociológica.

(D) contemplação estrita da natureza.

QUESTÃO 46

Para Durkheim, as sociedades humanas desenvolvem-sepor meio de formas de solidariedade, que promovem a coe-são social. Nas sociedades modernas, tal coesão tevecomo principal fonte a divisão do trabalho. Os indivíduosforam capazes de estabelecer laços de solidariedade me-diante a especialização das atividades profissionais, quese tornaram cada vez mais complexas. Segundo Dur-kheim, essa condição favorável à coesão social se deupela passagem da solidariedade

(A) orgânica à solidariedade sistêmica.

(B) orgânica à solidariedade mecânica.

(C) sistêmica à solidariedade mecânica.

(D) mecânica à solidariedade orgânica.

QUESTÃO 47

De acordo com Zygmunt Bauman (2008), ”na sociedadede consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem pri-meiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segurasua subjetividade sem reanimar, ressuscitar e recarregarde maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidasde uma mercadoria vendável”. Considerando essa afirma-ção, a identidade social

(A) torna-se cada vez mais frágil, à medida que constituialgo efêmero, como também são as mercadorias.

(B) mantém inalterada sua constituição, uma vez queacompanha as mudanças sociais e econômicas dasociedade de consumidores.

(C) torna-se cada vez mais forte, à medida que constituiuma marca vendável do indivíduo.

(D) Altera em sua constituição, à medida que a própriamercadoria também oscila como algo vendável.

QUESTÃO 48

O direito ao exercício da cidadania, as alterações do esta-tuto social do indivíduo na sociedade contemporânea e daresponsabilidade do Estado no campo dos direitos têm le-vado a mudanças significativas no campo das políticas so-ciais. Nesse caso, destaca-se a adoção de políticas

(A) assimilativas, voltadas para a inclusão de setores so-ciais em situação de vulnerabilidade.

(B) compensatórias, por meio de ações afirmativas, volta-das para ascensão social de amplos setores sociais.

(C) compensatórias, mediante ações afirmativas, restritas àinclusão de parcelas de determinados setores sociais.

(D) assimilativas, voltadas para a proteção social, me-diante o estabelecimento de parcerias entre o públicoe o privado.

QUESTÃO 49

A mundialização do capital tem provocado mudanças sig-nificativas na constituição do Estado Nacional, particular-mente em decorrência das ações das grandes empresas edas instituições econômicas multilaterais (FMI, Bird, dentreoutros). Nesse sentido,

(A) o Estado Nacional tem sido capaz de preservar suacentralidade, mantendo a integridade das decisõespolíticas, ao mesmo tempo em que atende às delibe-rações das instituições econômicas multilaterais.

(B) o Estado Nacional perdeu toda e qualquer capacida-de de ação política, ficando suas decisões políticassubmetidas às ações das instituições econômicasmultilaterais.

(C) as instituições econômicas multilaterais passaram aexercer uma influência cada vez maior no cenário in-ternacional, a ponto de interferir nas decisões políti-cas dos Estados Nacionais, tanto no campo socialquanto no campo econômico.

(D) o Estado Nacional e as instituições econômicas multi-laterais estabeleceram relações que possibilitaram aoEstado preservar suas decisões políticas no camposocial, ao mesmo tempo em que se tomavam deci-sões políticas no campo econômico sob orientaçãodas instituições multilaterais.

QUESTÃO 50

O desenvolvimento tecnológico tem, ao longo dos séculos,produzido uma alteração importante na forma como os hu-manos veem o mundo. De certo modo, a invenção do tele-fone, do automóvel, do avião, por exemplo, provocou namodernidade, uma nova percepção acerca do tempo e doespaço. Mais recentemente, uma nova percepção tem semanifestado, graças à Internet, provocando alterações navisão humana acerca da realidade social, de tal forma queo tempo e o espaço

(A) sofreram uma compressão tal que é impossível deli-mitá-los aos suas dimensões tradicionais.

(B) passam, atualmente, por processo de frequentes mu-tações, de forma que tempo e espaço reais sofrem eexercem influência sobre o tempo e espaço virtuais,provocando manifestações as mais diferenciadasacerca da realidade social.

(C) tiveram alterações distintas, de tal modo que o tempose manteve perene ao passo que o espaço perdeusua dimensão de outrora.

(D) passaram por alterações distintas, de tal modo que otempo se comprimiu, já o espaço sofreu um alarga-mento com a quebra das fronteiras nacionais.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS — DISCURSIVAS

QUESTÃO 1

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que o ensino médio tem como umade suas finalidades “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando” (art.35, inciso II)*. Teóricos clássicos e contemporâneos das ciências sociais se dedicaram emcompreender a relação entre trabalho e cidadania. Elabore um plano de aula, no qual ascontribuições desses teóricos se façam presentes.

* BRASIL. Lei n° 9.394. Brasília, Diário Oficial da União. 23 dez. 1996. Seção 1, pág. 27839.

(10,0 pontos)

QUESTÃO 2

As Orientações Curriculares Nacionais para a Sociologia no ensino médio propõem que oensino da disciplina se faça por meio da desnaturalização e do estranhamento. Tendo comobase o conceito de desnaturalização, elabore um plano de aula para abordar o tema dadiversidade sexual indicando:

a) desenvolvimento do tema;

b) teorias e conceitos importantes;

c) problematização do tema.

(10,0 pontos)

QUESTÃO 3

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio estabelecem que os alunos devem“compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os múltiplos fatores que nelaintervêm, como produtos da ação humana; a si mesmo como agentes sociais. E osprocessos sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos” (art.10, inciso III, alínea b)*. Analise a citação, relacionando-a ao dia-a-dia de sala de aula, ouseja, de como poderia ser trabalhada em sala de aula.

* Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CEB n° 03. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais. Brasília, 26 jun.1998.

(10,0 pontos)

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