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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GRUPO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA CADERNO DE METODOLOGIA: DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS 2ª edição revista Tubarão, 2003

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  • UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

    GRUPO DE METODOLOGIA CIENTFICA

    CADERNO DE METODOLOGIA:

    DIRETRIZES PARA A ELABORAO E APRESENTAO

    DE TRABALHOS ACADMICOS

    2 edio revista

    Tubaro, 2003

  • GRUPO DE METODOLOGIA CIENTFICAVilson Leonel (Coordenador)Agostinho SchneidersAldanei TavaresAlexandre de Medeiros MottaElias Kuhnen Arentmerson Luis MonsaniJacir CasagrandeJos Antonio MatiollaLuiza Gaspar CardosoMauri Luiz HeerdtNilda Silveira SouzaSibele Meneghel BittencourtValdir Luiz SchwengberVera Lcia Anselmo Neves

    DIAGRAMAO:Evandro Godoy

    Universidade do Sul de Santa Catarina. Grupo de Metodologia Cientfica.U58c Caderno de metodologia : diretrizes para a ela-

    borao e apresentao de trabalhos acadmicos /Universidade do Sul de Santa Catarina, Grupo deMetodologia Cientfica; Coodenador Vilson Leonel. --

    2.ed. rev.--Tubaro : Unisul, 2003.96 p. ; 22 cm

    Publicado anteriormente sob o ttulo: Normatiza-o de trabalhos acadmicos.

    Inclui bibliografia.

    1. Metodologia. 2. Metodologia cientfica.3. Pesquisa cientfica. I. Leonel, Vilson, II. Ttulo.

    CDD 001.42

    Elaborada pela Biblioteca Universitria de Tubaro Campus de Tubaro

    Como referenciar este documento:

    UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. Grupo de Metodologia Cientfica.Caderno de metodologia: diretrizes para a elaborao e apresentao de trabalhosacadmicos. 2. ed. rev. Tubaro, 2003. 96 p.

  • UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

    GRUPO DE METODOLOGIA CIENTFICA

    CADERNO DE METODOLOGIA:

    DIRETRIZES PARA A ELABORAO E APRESENTAO

    DE TRABALHOS ACADMICOS

    2 edio revista

    Tubaro, 2003

  • APRESENTAO

    Trabalhar to inerente vida do homem que, em geral, ele realiza esta atividade

    sem tomar conscincia da importncia desse fazer, tanto para si, quanto para o outro.

    ...e grandes aes e importantes resultados se perdem na memria do tempo

    daquele que o realizou!

    Entendemos, no entanto, que, quando estamos inseridos num processo

    educacional, temos, no s o dever, mas o compromisso de registrar as aes realizadas e

    resultados atingidos como conseqncia do planejamento e do estabelecimento de objetivos e

    metas.

    Sabemos que o fazer humano marcado pela incompletude: no no sentido do

    no-fazer, mas porque cada momento histrico marcado pela necessidade de re-significao,

    de novos fazeres.

    o trajeto. E, como tal, caminho percorrido e a percorrer, configurado em

    Histria e que nortear a histria e o trajeto daqueles que esto por vir.

    Da a necessidade de cumprir o dever do registro do caminho percorrido e dos

    resultados alcanados.

    Este , no meu entender, o significado do trabalho que ora apresento

    comunidade acadmica da Unisul.

  • Como vem referido adiante, na Introduo, estas Diretrizes so resultado da ao

    conjunta desenvolvida pelo Grupo de Metodologia Cientfica, que vem atuando

    sistematicamente desde 1998.

    Coube-me a honra de apresentar esta produo e, por isso, entendo ser pertinente

    contar um pouco desta histria.

    Enquanto responsvel pela Diretoria de Graduao, na gesto 1997-2000, uma de

    nossas propostas de trabalho, tendo em vista a busca de melhor qualidade da ao educativa

    na Unisul - e que foi, mais adiante operacionalizada em nossa equipe - era a de fomentar a

    discusso e estudo conjunto dos docentes de algumas disciplinas (as disciplinas chamadas

    bsicas), objetivando maior sintonia e qualificao da ao docente.

    A premissa subjacente de que a inter-relao profissional voltada para a troca de

    experincias e ajuda mtua entre os professores, alm de solidificar as relaes pessoais e

    profissionais, fonte de fortalecimento de uma cultura de busca de melhoria, aprendizado e

    crescimento conjuntos e contnuos fatores importantes na busca da qualidade.

    Diversos ncleos foram constitudos e percorreram trajetrias particulares. O

    Grupo de Metodologia Cientfica, posso testemunhar, alm de j ter registrado em

    diferentes momentos sua produo, vem apresentando uma dinmica que bem exemplifica a

    importncia do trabalho em equipe e da troca, como fatores de formao e de qualificao do

    docente - este profissional que tem que estar em atualizao contnua.

    Os produtos do trabalho deste Grupo j so conhecidos e legitimados pela

    comunidade universitria. A publicao Normatizao de Trabalhos Acadmicos utilizada

    como referncia em muitas Congregaes de Curso, constitudo-se como base para as

    Monografias, Projetos ou Trabalhos de Concluso de Curso.

    Outros resultados viro, e outros assuntos, certamente, sero apresentados pelo

    Grupo.

  • Desejo que o trabalho continue e que o exemplo seja seguido, j que contribui

    para fortalecer um clima de aprendizagem e debate acadmico, to necessrio para que a

    Universidade alcance sua Misso, Viso e Valores.

    Regina M. Gubert Ehrensperger

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ...................................................................................................................9

    2 LEITURA E REDAO CIENTFICA ........................................................................11

    2.1 Leitura ............................................................................................................................11

    2.2 Redao cientfica ... .......................................................................................................13

    3 PRODUO ACADMICA ...........................................................................................18

    3.1 Resumo ...........................................................................................................................18

    3.2 Resenha crtica ...............................................................................................................21

    3.3 Fichamento .....................................................................................................................25

    3.4 Paper ...............................................................................................................................28

    3.4.1 Paper comunicao cientfica ...................................................................................29

    3.4.2 Position paper ... ...........................................................................................................30

    3.4.3 Short paper ou issue paper ...........................................................................................31

    3.5 Artigo cientfico . ............................................................................................................32

    3.5.1 Elementos pr-textuais .................................................................................................34

    3.5.2 Elementos textuais ........................................................................................................34

  • 3.5.3 Elementos ps-textuais ... ..............................................................................................35

    3.6 Ensaio ..............................................................................................................................36

    3.7 Projeto de pesquisa ........................................................................................................37

    3.7.1 Consideraes sobre a delimitao do tema e formulao do problema ......................38

    3.7.2 Referencial terico ........................................................................................................40

    3.7.3 Delineamento da pesquisa ............................................................................................40

    3.8 Monografia ..... ................................................................................................................42

    4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADMICO ... .......................................................45

    4.1 Elementos pr-textuais ..................................................................................................45

    4.2 Elementos textuais .........................................................................................................46

    4.3 Elementos ps-textuais ..................................................................................................46

    5 FORMATAO DO TRABALHO ACADMICO .....................................................48

    5.1 Papel ................................................................................................................................48

    5.2 Margens ..........................................................................................................................48

    5.3 Espacejamento ...............................................................................................................49

    5.4 Paginao ........................................................................................................................49

    5.5 Numerao progressiva .................................................................................................50

    5.6 Referncias .... .................................................................................................................50

    5.7 Citao ..... .......................................................................................................................51

    5.8 Ilustraes ..................... .................................................................................................52

    5.9 Tabelas ............................................................................................................................52

    REFERNCIAS ..................................................................................................................54

  • APNDICES ........................................................................................................................58

    APNDICE A Modelo de errata .......................................................................................59

    APNDICE B Modelo de dedicatria...............................................................................60

    APNDICE C Modelo de agradecimentos .......................................................................61

    APNDICE D Modelo de referncias em sistema numrico ...........................................62

    APNDICE E Modelo de referncias em sistema alfabtico ...........................................64

    ANEXOS ..............................................................................................................................66

    ANEXO A Modelo de capa ...............................................................................................67

    ANEXO B Modelo de folha de rosto ................................................................................68

    ANEXO C Modelo de folha de aprovao........................................................................69

    ANEXO D Modelo de epgrafe .........................................................................................70

    ANEXO E Modelo de resumo na lngua verncula .........................................................71

    ANEXO F Modelo de resumo em lngua estrangeira ......................................................72

    ANEXO G Modelo de sumrio .........................................................................................73

    ANEXO H Modelo de lista de tabelas...............................................................................76

    ANEXO I Modelo de lista de ilustraes ........................................................................77

    ANEXO J Modelo de lista de abreviaturas ......................................................................78

    ANEXO K Modelo de sistema de chamada autor-data ..................................................79

    ANEXO L Modelo de sistema de chamada lista de notas no final do texto .................82

    ANEXO M Modelo de sistema numrico nota de rodap ..............................................86

  • 91 INTRODUO

    Este documento estabelece os procedimentos que orientam a apresentao de

    trabalhos acadmicos produzidos pelos alunos dos cursos de graduao e ps-graduao da

    Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul.

    resultado do processo de sistematizao das experincias dos professores na

    disciplina Metodologia Cientfica e que, no perodo 1998 a 2003, passou a ser objeto de

    discusso no Grupo de Metodologia.

    A edio de 2002, com o ttulo Caderno de metodologia: diretrizes para a

    elaborao e apresentao de trabalhos acadmicos, foi atualizada de acordo com os novos

    procedimentos da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002a, 2002b, 2002c e 2003) e

    deu lugar a esta nova produo. Os textos sobre produo acadmica foram elaborados e

    discutidos pelos participantes do Grupo.

    O caderno foi dividido em cinco captulos. O segundo apresenta uma viso geral

    da leitura e redao cientfica, elementos considerados indispensveis no processo de

    elaborao e apresentao de trabalhos. O terceiro enfoca os principais tipos de trabalhos

    acadmicos solicitados no meio universitrio, tanto em nvel de graduao como em nvel de

    ps-graduao. Cada tipo de trabalho apresentado tendo em vista dois elementos: os

    conceituais, que indicam caractersticas e natureza do trabalho e os operacionais, que indicam

  • 10

    os elementos que compem a estrutura de apresentao. O quarto captulo indica

    esquematicamente os itens constantes na estrutura do trabalho acadmico, reproduzindo

    literalmente o que determina a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002b). O quinto e

    ltimo captulo, apresenta as regras gerais para a digitao do trabalho, levando em conta sua

    formatao. Para finalizar, so apresentados, nos anexos e apndices, modelos que permitem a

    visualizao de partes integrantes do trabalho acadmico.

    As recomendaes que ora se apresentam no so fixas e nem definitivas, pois o

    conhecimento dinmico, sua validade intersubjetiva e, como conseqncia, sua forma de

    comunicao tambm o .

    O Grupo de Metodologia Cientfica espera que a utilizao deste caderno

    constitua um recurso significativo a todos os alunos e professores, que no dia-a-dia da vida

    universitria, precisam atender s exigncias de apresentao dos trabalhos acadmicos.

  • 11

    2 LEITURA E REDAO CIENTFICA1

    2.1 Leitura

    Por mais que a tecnologia nunca tenha estado to acessvel ao ser humano quanto

    agora, a leitura ainda se caracteriza como sendo um dos mais eficientes meios de alcanar o

    conhecimento. No meio acadmico, essa verdade tambm permanece e ganha importncia

    redobrada, uma vez que os conhecimentos especficos de cada carreira encontram-se, em sua

    ampla maioria, contidos em textos impressos ou mesmo digitalizados.

    Paralela a esta realidade porm, est uma outra, antagnica, que o fato da

    resistncia colocada pelos acadmicos ao ato de ler. Uma atitude preocupante que reduz

    significativamente o desempenho acadmico e, posteriormente, o profissional.

    O que est por trs desta resistncia? Que tipo de preparo ou prtica anterior

    tiveram, ou deixaram de ter esses alunos, para encontrar na leitura, principalmente na de

    textos cientficos e filosficos, uma barreira to grande?

    1 Elaborado por Demtrio Nazari Verani, professor da Unisul, mestre em Gesto de Negcios para Integrao

    Latino Americana e o Mercosul.

  • 12

    Alguns estudiosos como Severino (1986, p. 121), afirmam que isso fruto de uma

    educao pr-universitria que privilegia a leitura de textos literrios em detrimento dos

    demais. Esses textos, cujo valor incontestvel, tm uma construo baseada na descrio e

    na narrao, que apresentam, entre suas caractersticas, a cronologia, o enredo, os

    personagens, permitindo que, na leitura, o entendimento do texto acontea naturalmente, com

    o desenrolar dos fatos descritos pelo autor.

    Quando, porm, o acadmico, principalmente dos primeiros semestres, afoito em

    adquirir conhecimentos inerentes a sua futura profisso, depara-se com textos dissertativos,

    cujos contedos no se descortinam to facilmente diante de seus olhos, o aluno recua e

    estabelece uma distncia desse tipo de texto, nociva sua formao.

    Estruturados com base no raciocnio lgico, que informa sobre determinado tema

    (dissertaes expositivas) ou quando apresenta argumentos/provas, na tentativa de defender

    um ponto de vista (dissertaes argumentativas), os textos cientficos e filosficos, por

    exemplo, ganham um grau de complexidade maior, exigindo que o acadmico-leitor

    empreenda alto poder de concentrao, a fim de alcanar a compreenso do contedo exposto.

    E nesse momento que o ato de ler, para ser proveitoso, tem que se tornar um

    dilogo com o autor. E, mais do que isso, a leitura tem que ser uma decomposio do texto

    onde o leitor disseca a estrutura parte a parte, na busca da mensagem, da idia do autor. o

    momento da busca do fio da meada, da lgica, que norteia e ao mesmo tempo d organicidade

    e propriedade ao texto.

    Somente com este nvel de comprometimento que a leitura de textos cientficos

    e filosficos tornar-se- proveitosa, pois seus supostos obstculos ento intransponveis sero

    ultrapassados, e a leitura deixar de ser pesada e sem atrativos.

    Para alcanar tal estgio de acesso aos textos usados no meio acadmico, alguns

    autores apontam maneiras prticas. Severino (1986, p. 125), por exemplo, aconselha o

  • 13

    acadmico leitor a estabelecer aquilo que ele denomina unidade de leitura, ou seja, um setor

    do texto que forma uma totalidade de sentido, podendo ser, de acordo com a complexidade,

    um pargrafo, uma seo, um captulo, ou qualquer outra diviso que o leitor entenda como

    passvel de ser lida e entendida na totalidade. Neste momento, imprescindvel que sejam

    identificados os elementos constitutivos da unidade: introduo, desenvolvimento e

    concluso. Tais unidades so estabelecidas sucessivamente, at a leitura do todo.

    A leitura varia de acordo com o objetivo e interesse do leitor, podendo ser mais ou

    menos profunda. Gil (1997, p. 43-48) divide a leitura em quatro fases: exploratria, seletiva,

    analtica e interpretativa. Cervo e Bervian (1983, p. 85-89) afirmam que a leitura passa por

    quatro momentos: no primeiro a leitura de reconhecimento; no segundo seletiva; no

    terceiro crtica ou reflexiva e, no quarto, interpretativa. Severino (1986, p. 125-133), por

    sua vez, divide a leitura em etapas de anlise: a textual, a temtica e a interpretativa. Em todos

    os casos, a leitura respeita uma gradao no aprofundamento do entendimento do texto,

    iniciando-se com a absoro do contedo geral, que avana por estgios de seleo de

    informao, at chegar ao ponto de permitir que o leitor interprete o texto e, diante dele, tome

    uma posio.

    Para concluir importante frisar que, mais do que um fim em si mesma, a leitura

    tem, como objetivo, extrair dos textos lidos, as idias principais, para que essas sejam

    incorporadas bagagem intelectual do universitrio, uma vez que com essa bagagem, o

    mais rica possvel, que o acadmico integrar o ciclo da gerao de conhecimentos, ao

    escrever um novo texto.

    2.2 Redao cientfica2

    2 Elaborado por Fbio Jos Rauen, professor da Unisul, doutor em Lingstica pela UFSC.

  • 14

    O objetivo desta seo apresentar alguns elementos bsicos para a redao de

    textos cientficos. Longe de serem exaustivas, estas instrues devem ser entendidas como

    princpios para serem aprofundados. No se escreve da noite para o dia, e no se escreve sem

    leituras e estudos, inclusive sobre questes relativas prpria produo de textos.

    O texto cientfico por excelncia uma redao dissertativa, com as tradicionais

    fases: introduo, desenvolvimento e concluso3. A introduo projeta o que vai ser

    apresentado. O desenvolvimento apresenta os resultados da pesquisa. A concluso organiza o

    todo num conjunto de informaes coerentes4.

    Ao escrever, cumpre-nos, sempre, observar as caractersticas do leitor. Quanto

    mais especializado ele , mais tcnico tem de ser o texto. Pergunte-se: Para quem se destina

    o texto?; ou, Se eu fosse leitor, entenderia o que escrevo?. Todavia, seja qual for o

    destinatrio, devemos respeitar as normas da gramtica da lngua portuguesa e da

    normalizao de documentos (citaes, referncias, etc.).

    Um texto cientfico deve ser completo em si mesmo. Portanto, segundo Rauen

    (1999, p. 67), cuide-se para nunca escrever de tal forma que sua presena deva ser sempre

    necessria para explicar ao leitor o que que voc quis dizer com aquilo que voc disse.

    A linguagem no deve ser conotativa, nem potica, nem ambgua (duplo sentido).

    O sentido deve ser preciso. Os conceitos de senso comum devem ser substitudos por termos

    cientficos. A redao deve ser clara e econmica. Escreva de forma simples e precisa (faa

    perodos curtos!) e com o mnimo de palavras. Vale no interromper demasiadamente o fluxo

    do texto com citaes, em especial as longas, com grficos e tabelas.

    H quatro formas de voc se referenciar no texto: terceira pessoa (a investigao

    demonstrou que x), a voz passiva (demonstrou-se que x), o ns de modstia

    3 H setores, por exemplo, onde h descrio (metodologia, apresentao de dados) ou narrao (descrio da

    coleta de dados).4 Na introduo prometa, no desenvolvimento cumpra o prometido, na concluso demonstre que realmente

    cumpriu a promessa!

  • 15

    (Percebemos x), o eu (Percebi x). Em trabalhos de graduao d preferncia s

    primeiras formas.

    Posicione-se em seu trabalho. Pesquisa no conjunto de amns. Porm, cuide-

    se com a imparcialidade (evite preconceitos!). Indique as fontes dos dados e das teorias.

    Apresente as limitaes do trabalho (no superestime seu trabalho!).

    No escreva sem antes esboar um esquema do texto. Mas lembre-se de que bons

    planos so os flexveis e os dinmicos. Vejam-se, por exemplo (BEBBER; MARTINELLO,

    1996, p. 37-39; RAUEN, 1999, p. 68-70), dois tipos: o nocional e o dialtico.

    Se voc quiser elaborar um texto expositivo (expor idias), opte por um plano

    nocional. Este plano desenvolve uma idia ou noo central, que corresponde segunda

    metade do ttulo. A primeira acrescenta passos evolutivos. No ttulo Tipos de Poluio,

    Poluio a noo central e tipos so os passos evolutivos. Basta ento desenvolver os

    tipos, tais como, por exemplo: areo (partculas, visual, auditiva); aqutico (dejetos variados);

    terrestre (agrotxicos, aterros sanitrios). O tipo nocional (GARCIA, 1983; SOARES;

    CAMPOS, 1978), pode ser desenvolvido a partir de: tempo, espao, contraste, enumerao,

    causa, conseqncia, definio, por combinaes entre estes tipos, etc.

    O plano dialtico (ASTI VERA, 1989, p. 171), til em trabalhos argumentativos,

    justape e contrasta temas. Possui trs fases: tese conjunto de asseres que apresentado

    para ser refutado; anttese asseres contrastantes, que pem em crise a tese; e, sntese

    busca de uma proposio integradora de ordem superior. No tema Teorias da aprendizagem,

    um pesquisador pode apresentar as teses de Piaget como tese; as teses de Vygotsky como

    anttese; e, propor uma rota alternativa como sntese. No tema Teorias econmicas do sculo

    XX, poderamos apresentar a tese liberal/neoliberal como tese; a perspectiva da social-

    democracia como anttese; e nosso ponto de vista como sntese.

  • 16

    Se voc deseja escrever uma monografia de campo ou experimental, sugerimos

    que divida seu trabalho em cinco partes: introduo, reviso da literatura, metodologia,

    anlise e interpretao dos dados e concluses.

    A introduo apresenta o trabalho, desde a delimitao do tema at a

    determinao de objetivo(s) e de justificativas. Comece a introduo falando sobre o assunto,

    deslocando-se para o tema de seu trabalho. Apresente o problema e/ou objetivo(s) da

    pesquisa. Exponha a justificativa. Por fim, elabore uma introduo formal, isto , diga em

    quantos captulos o texto foi dividido e apresente os principais elementos que compem estes

    captulos.

    Cabe reviso da literatura a apresentao dos elementos tericos de base da

    pesquisa, bem como a definio de termos e conceitos essenciais5.

    A metodologia apresenta os aspectos vinculados aos mtodos utilizados.

    Apresente a hiptese geral, justificando-lhe a origem e pertinncia6. Descreva

    minuciosamente a execuo de sua pesquisa, comparando o trabalho realizado com o trabalho

    planejado. Costumam-se discutir assuntos como, populao e amostra, tcnicas de

    amostragem realizadas, tratamento experimental, instrumentos de coleta de dados e de

    medio dos resultados, procedimentos de coleta, tratamento e anlise dos dados.

    A anlise apresenta os resultados obtidos pela pesquisa, estuda-os e discute-os sob

    o crivo dos objetivos, hipteses ou questes de pesquisa. Assim, a apresentao dos dados a

    evidncia das concluses, e a interpretao consiste em contrabalano dos dados com a teoria

    ou com as hipteses.

    5 A reviso pode tambm ser denominada de Fundamentao Terica, Reviso Bibliogrfica, Reviso

    Terica, Fundamentao Bibliogrfica, bem como por ttulos especficos conforme os temas.6 Desde que o projeto tenha configurado hiptese.

  • 17

    As concluses, por fim, so um momento de recapitulao dos passos anteriores,

    onde se atesta a resposta ao problema7. Recapitule o(s) objetivo(s) do trabalho; sintetize a

    metodologia; reapresente as principais concluses da anlise; ateste condies e limitaes

    das concluses; apresente sugestes para futuros trabalhos na rea e ressalte recomendaes

    de utilizao dos resultados.

    Numa monografia bibliogrfica sugerimos uma diviso em trs partes:

    introduo, desenvolvimento e concluso.

    A introduo formula o tema da pesquisa e apresenta o documento. Apresentam-

    se assunto e tema delimitado; chega-se ao problema gerador da pesquisa, fazendo rpidas

    referncias a trabalhos anteriores ou elementos antecedentes correlacionados; justifica-se a

    execuo da pesquisa; e, por fim, descrevem-se as sees que compem o documento.

    O desenvolvimento expe e demonstra os elementos pesquisados. Normalmente

    dividido vrios captulos, que se constroem conforme o plano de escritura.

    A concluso apresenta uma sntese integradora e vem acrescida de comentrios do

    autor e das contribuies da monografia para o avano do tema abordado, incluindo

    problemas para futuras pesquisas.

    7 Muitos autores preferem Consideraes Finais.

  • 18

    3 PRODUO ACADMICA

    3.1 Resumo8

    O resumo um dos trabalhos acadmicos freqentemente solicitado pelos

    professores. s vezes, confundido com o esquema. preciso ter clareza a respeito disso.

    inteno explicitar aspectos concernentes a esse tema.

    Entende-se por resumo a condensao de um texto, apresentando suas idias de

    maneira abreviada. Uma das finalidades de fornecer elementos, para que o leitor decida, ou

    no, consultar o texto original.

    Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1990), h trs modalidades

    de resumo: indicativo, informativo, crtico ou recenso.

    O resumo indicativo indica as principais idias em torno das quais o texto foi

    elaborado (adequado literatura de prospectos, como catlogos de editoras, de bibliotecas). O

    resumo informativo apresenta todas as informaes, de forma sinttica, dais quais o autor

    8 Elaborado por Elias Arent, professor da Unisul, membro do Grupo de Metodologia Cientfica, mestre em

    Educao pela PUCRS e Mauri das Dores Correa, ex-professora da Unisul, mestre em educao pela PUCRS.

  • 19

    lanou mo para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: o assunto, o problema e/ou o

    objetivo, a metodologia, as idias principais em forma sinttica, as concluses, ressaltando o

    surgimento de fatos novos, de contradies, da teoria, das relaes e dos efeitos novos

    verificados, bem como precisando valores numricos brutos ou derivados, se for o caso.

    H autores que utilizam a combinao das duas modalidades anteriores, isto , o

    resumo indicativo e o resumo informativo.

    O resumo crtico redigido por especialistas, com anlise interpretativa de um

    documento. uma das atividades que pode ser solicitada como exerccio no meio acadmico.

    O resumo de textos uma das modalidades que no est normatizada pela

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1990), mas que, na prtica do dia-a-dia, tarefa

    muito solicitada pelos professores nos cursos de graduao, podendo ser indicativo,

    informativo ou crtico.

    Na extenso de um resumo recomenda-se:

    a) para notas e comunicaes breves, os resumos devem ter at cem palavras;

    b) para artigos, trabalhos de concluso de curso, monografias de graduao e de

    especializao e mestrado, at duzentos e cinqenta palavras;

    c) para dissertao de mestrado, relatrios tcnico-cientficos e teses de

    doutoramento, at quinhentas palavras;

    d) para resumos de textos, a extenso fica condicionada capacidade de sntese

    do aluno e/ou solicitao dos professores.

    As palavras-chave, quando empregadas no resumo, devem ter destaque especial.

    Devem-se evitar: a construo de mais de um pargrafo; a utilizao de frases

    negativas; o uso de smbolos e contraes que no sejam do uso corrente; a exposio de

    frmulas, equaes, diagramas que no sejam absolutamente necessrias. Geralmente, estes

    resumos antecedem textos acadmicos (monografias, trabalhos de concluso de curso,

  • 20

    relatrios, artigos cientficos, dissertaes de mestrado, teses de doutoramento), redigidos

    num s bloco, sem entrada de pargrafo.

    O estilo das oraes deve ser preferencialmente na terceira pessoa do singular e

    com o verbo na voz ativa.

    Os resumos de textos, solicitados nos cursos de graduao, devem contemplar

    todas as informaes sucintamente, mas no h necessidade de reduzi-los a um s pargrafo.

    O que importa que as idias de um determinado texto estejam contempladas de forma

    sinttica.

    A localizao do resumo deve preceder artigos cientficos, monografias,

    relatrios, trabalhos de concluso de curso, dissertaes de mestrado, teses.

    Enfim, os resumos devem apresentar critrios de conciso, clareza, fidelidade ao

    texto original, flexibilidade, expresso prpria, seqncia lgica, utilizao de citaes entre

    aspas, com indicao da pgina, facilitando, dessa forma, a evocao do texto original.

    A seguir sero apresentados exemplos de resumo, elaborados na forma de resumo

    indicativo e de resumo informativo. Estes podem ser apresentados em fichas ou papel A4. O

    exemplo de resumo que precede monografias, dissertaes encontra-se no anexo E.

    Exemplo de resumo indicativo:

    LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______.Fazer universidade: uma proposta metodolgica. 2. ed. So Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p.136-143.

    Estudar significa o ato de enfrentar a realidade. O enfrentamento da realidade

    pode ocorrer pelo contato direto ou indireto do sujeito que conhece com o objeto que

    conhecido. As duas formas de estudar (direta ou indireta), podem ser classificadas como

    crticas ou a-crticas. O leitor poder ser sujeito ou objeto, dependendo da postura que assume

    frente ao texto. O leitor poder ser sujeito ou objeto da leitura, dependendo da postura que

    assume frente ao texto.

  • 21

    Exemplo de resumo informativo:

    LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______.Fazer universidade: uma proposta metodolgica. 2. ed. So Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p.136-143.

    Estudar significa enfrentar a realidade para compreend-la e elucid-la. Este

    enfrentamento pode ocorrer, de um lado, pelo contato direto do sujeito com o objeto. Isso

    se d quando o sujeito opera com e sobre a realidade. De outro lado, o enfrentamento

    pode ocorrer pelo contato indireto. Neste caso, o sujeito recebe o conhecimento por

    intermdio de outra pessoa ou por smbolos orais, mmicos, grficos, etc. O ato de estudar

    indiretamente crtico equivale objetividade na elucidao. O ato de estudar

    indiretamente ser crtico, medida que descreve a realidade como , sem magnetizao

    pela comunicao em si. A atitude a-crtica corresponde abdicao da capacidade de

    investigar, alienao e reteno mnemnica. O leitor que assume uma postura de objeto

    frente ao texto de leitura verbalista, ou seja, a aprendizagem no se d pela compreenso,

    mas pela reproduo intacta e mnemnica das informaes. O leitor sujeito, por outro lado,

    compreende e no memoriza, avalia o que l e tem uma atitude constante de questionamento9.

    3.2 Resenha crtica10

    A resenha crtica, como trabalho acadmico, provoca o desencadeamento do

    processo da autntica investigao no estudante de graduao. at considerado por alguns

    9 Observe que as palavras sublinhadas indicam que o resumo indicativo est dentro do resumo informativo.10 Elaborado por Jacir Casagrande, professor da Unisul, membro do Grupo de Metodologia Cientfica, mestre

    em Cincias Sociais pela UFSC.

  • 22

    metodlogos, como sendo um tipo de trabalho muito complexo para ser cobrado na

    graduao.

    No entanto, as experincias prticas demonstram que, se bem orientada, a resenha

    crtica produz um amadurecimento do acadmico, ao inici-lo na verdadeira pesquisa

    bibliogrfica reflexiva.

    Ela tambm um tipo de atividade em que, se o professor definir o livro ou texto

    de referncia, o acadmico no vai encontrar o trabalho pronto na internet e nem vai poder

    simplesmente copi-lo de algum lugar. Recomenda-se que o texto de referncia seja um texto

    adequado e compatvel com o curso e semestre que o aluno est cursando. A escolha ou

    definio do texto de referncia decisiva no processo, pois difcil fazer uma boa resenha de

    um texto ruim, pequeno, sem consistncia ou densidade na abordagem do assunto.

    Torna-se imprescindvel apresentar o pensamento de alguns autores que se

    destacaram na concepo e na abordagem metodolgica da resenha crtica.

    Marcantnio, Santos e Lehfeld (1996, p. 72) entendem que:

    [...] a resenha uma sntese descritiva e crtica do contedo de uma obra. Naelaborao de uma resenha bibliogrfica h necessidade de que o autor tenhaconhecimento do assunto, alm de criticidade. Possui papel importante na formaocientfica de todo estudante e dos especialistas.

    Seguindo as orientaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1990), que

    denominou a resenha de resumo crtico, Andrade (1997, p. 60-61), apresenta a resenha como,

    [...] um tipo de resumo crtico mais abrangente, que permite comentrios e opinies;um tipo de trabalho mais complexo, que exige conhecimento do assunto, paraestabelecer comparao com outras obras da mesma rea e maturidade intelectualpara fazer avaliao e emitir juzos de valor.

    Segundo Salomon (1991, p. 168), a elaborao de resenhas, [...] no s

    importante, mas imprescindvel para desenvolver a mentalidade cientfica, constituindo-se no

  • 23

    primeiro passo para introduzir o iniciante na pesquisa e na elaborao de trabalhos

    monogrficos.

    Severino (1986, p. 181) tambm confirma esta perspectiva, ao afirmar que a

    elaborao de resenhas concretiza o desejo de os estudantes contriburem com as revistas

    especializadas de sua rea, uma efetiva maneira de se iniciar no campo das publicaes.

    Para Lakatos e Marconi (1996, p. 243), a resenha crtica consiste na leitura, no

    resumo, na crtica e na formulao de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista.

    Segundo Salvador (1977, p. 139), a elaborao de uma resenha crtica exige

    alguns requisitos bsicos: a) conhecimento completo da obra; b) competncia na matria; c)

    capacidade de juzo de valor; d) independncia de juzo; e) correo e urbanidade; f)

    fidelidade ao pensamento do autor.

    A resenha crtica, como trabalho acadmico, seguindo as orientaes de Amboni e

    Amboni (1996), com as adaptaes que se fazem necessrias, deve apresentar a seguinte

    estrutura:

    a) capa;

    b) folha de rosto;

    c) sumrio (se necessrio);

    d) introduo: o assunto deve ser apresentado no primeiro pargrafo, partindo de

    algumas consideraes mais genricas, at chegar ao ponto em que ser dada

    maior nfase. A seguir, o autor deve demonstrar a importncia da abordagem,

    os objetivos, mtodo ou caminho de sua abordagem, para despertar o interesse

    do leitor. Tambm deve ser apresentado na introduo, o livro ou o texto de

    referncia definido para a resenha crtica, bem como, os autores que sero

    utilizados como apoio nas anlises;

  • 24

    e) apresentao das idias do texto: o acadmico deve apresentar as idias

    principais e secundrias, discutidas pelo autor do livro, captulo ou artigo a ser

    usado como referncia bsica. Para atingir tal propsito, segundo Galliano

    (1986), naturalmente, o acadmico dever considerar os procedimentos

    recomendados para a produo de um bom texto, quais sejam: manter uma

    atitude permanentemente crtica e reflexiva com relao ao que est lendo;

    manter a fidelidade ao texto original; ao redigir, usar frases breves, diretas e

    objetivas. Havendo necessidade, pode-se fazer transcries literais.

    Recomenda-se no seguir as subdivises do texto original. As idias principais

    podem ser apresentadas num nico bloco, encadeadas em uma seqncia

    lgica;

    f) apreciao crtica: a partir da compreenso objetiva da mensagem comunicada

    pelo livro, captulo ou artigo, o acadmico dever tomar posio prpria em

    relao s idias apresentadas, numa tentativa de superar a estrita mensagem

    transmitida pelo autor do texto, explorar as idias expostas, dialogar com o

    autor concordando ou discordando, levar em considerao a validade ou

    aplicabilidade das idias expostas pelo mesmo. Para Medeiros (1997), o

    procedimento do resenhista ser seletivo, uma vez que no pode abarcar a

    totalidade das propriedades do texto. Segundo Galliano (1986), para que a

    resenha crtica esteja fundamentada, preciso considerar a opinio de outros

    autores que tambm abordam a mesma temtica em outros livros, artigos de

    peridicos, revistas e jornais. Pode ser considerada, tambm, a experincia

    profissional, a viso de mundo, o momento histrico vivido pelo resenhista;

    g) concluso: para a elaborao das consideraes finais deve-se levar em conta

    os objetivos propostos, apontando as principais reflexes apresentadas no

  • 25

    decorrer do trabalho. O acadmico expe claramente seu ponto de vista mais

    marcante na apreciao crtica;

    h) referncias: devem aparecer todas as obras consultadas para a produo da

    resenha crtica, segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002c).

    3.3 Fichamento11

    A leitura de textos tericos exige capacidade de interpretao e sistematizao.

    Para tanto, existem tcnicas de leitura que so, tambm, tcnicas de pesquisa. Nesse aspecto,

    o fichamento procedimento importante na organizao de dados integrantes da efetivao da

    pesquisa de documentos. Ele serve para arquivar e organizar as principais informaes

    provenientes de leituras, devendo permitir um fcil acesso aos dados fundamentais para a

    elaborao do trabalho. A forma de registrar as informaes nas fichas depende da

    organizao de cada leitor, podendo ser utilizadas as tradicionais fichas de cartolina pautada, a

    folha comum de um caderno ou, mais modernamente, fazendo-se uso de um banco de dados

    de um computador. O importante que as informaes estejam bem organizadas, de modo a

    facilitar o acesso s mesmas.

    De acordo com diferentes autores, o fichamento deve conter a seguinte estrutura

    mnima:

    a) cabealho: pode ser dividido em apenas dois campos: o primeiro indica o

    assunto; o segundo, a classificao.

    11 Elaborado por merson Luis Monsani, professor da Unisul, membro do Grupo de Metodologia Cientfica,

    mestre em Filosofia pela PUC/RS.

  • 26

    Exemplo:

    1 O Estado

    1.1 Concepes de Estado;

    b) referncia: no caso de um livro12, a referncia deve apresentar a autoria, ttulo

    da obra, local de publicao, editora e ano de publicao, como segue, no

    exemplo:

    CHIZZOTTI, A. Pesquisa em cincias humanas e sociais. So Paulo: Cortez,

    1998.;

    c) contedo: depende do modelo de fichamento, podendo ser: fichamento de

    transcrio textual, fichamento de resumo e fichamento de comentrio.

    Fichamento de transcrio textual: conforme a Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas (2002a), a transcrio textual chamada de citao direta, pois reproduz literalmente

    os conceitos do autor consultado. Veja exemplo:

    1 Holismo 1.1 Crticas ao holismo

    OLIVA, A. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre:EDIPUCRS, 1994.

    No h como negar que as cincias sociais suscitam problemas ontolgicos

    especiais (p. 62).

    O holismo radical no se limita a reivindicar a existncia de todos: defende

    tambm uma ontologia hierarquizada segundo a qual o indivduo totalmente determinado

    no que , pensa e faz por estruturas e processos subsistentes em coletivos ou todos (p. 92).

    12 Se a fonte de pesquisa for outro tipo de documento a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002c)

    dever ser consultada para a correta ordenao da referncia.

  • 27

    Fichamento de resumo: trata-se de uma sntese, das principias idias do autor

    contidas na obra. Utilizam-se as idias do autor, escrevendo-as livremente com as prprias

    palavras. Veja-se o modelo que segue13.

    1 Holismo 1.1 Crticas ao holismo

    OLIVA, A. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre:EDIPUCRS, 1994.

    O autor apresenta e discute os fundamentos filosficos de um projeto de

    liberalismo tico-poltico, tendo como ncleo a idia de liberdade. Trata-se, portanto, de uma

    sria crtica ao holismo ou coletivismo e de uma defesa da liberdade do indivduo concreto,

    sem absolutizar o individualismo.

    Fichamento de comentrio: um fichamento descritivo, com comentrios

    abordando a obra inteira ou parte dessa obra.

    1 Holismo 1.1 Crticas ao holismo

    OLIVA, A. Ontologia: os descaminhos na busca da substncia social. In:______.Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.p. 15-41.

    Defende a tese de que o holismo, historicamente, apenas tem servido como

    dispositivo de legitimao para o poder exarcebado nas mos do grupo encastelado no aparato

    do Estado.

    Para concluir, o fichamento tem como objetivo permitir armazenamento de dados

    e/ou informaes de documentos, no todo ou em parte, para posterior utilizao, segundo os

    interesses do pesquisador.

    13 Veja tambm exemplos de resumo indicativo e informativo apresentados no item 2.1 deste captulo.

  • 28

    3.4 Paper14

    O paper caracteriza-se principalmente pela originalidade, ou seja, as reflexes

    devem ser mesmo do autor do paper. Segundo Medeiros (1997, p. 186), [...] se o autor

    apenas compilou informaes sem fazer avaliaes ou interpretaes sobre elas, o produto do

    seu trabalho ser um relatrio e no um paper.

    Espera-se de quem o escreve uma avaliao e/ou interpretao dos fatos ou das

    informaes que foram recolhidas, ou seja, o desenvolvimento sinttico de um ponto de vista

    acerca de um tema, de uma realidade observada, de um texto, uma tomada de posio definida

    e a expresso dos conhecimentos de forma original.

    Para elucidar melhor o conceito de paper, vale lembrar o que ele no :

    O paper no : a) um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); b) idiasde outras pessoas, repetidas no criticamente; c) uma srie de citaes, noimporta se habilmente postas juntas; d) opinio pessoal no evidenciada, nodemonstrada; e) cpia do trabalho de outra pessoa sem reconhec-la, quer otrabalho seja ou no publicado, profissional ou amador: isto plgio.(ROTH apud MEDEIROS, 1997, p. 187).

    Estrutura do paper:

    a) capa;

    b) folha de rosto;

    c) sumrio;

    d) introduo (1 pargrafo): objetivo, delimitao;

    e) desenvolvimento: posicionamento, avaliao, reflexo. do autor do paper em

    relao ao texto/realidade/tema;

    14 Elaborado por Mauri Heerdt, professor da Unisul, membro do Grupo de Metodologia Cientfica, mestre em

    Engenharia de Produo pela UFSC.

  • 29

    f) concluso (ltimo pargrafo): sntese concisa das principais idias defendidas

    no desenvolvimento do trabalho;

    g) referncias.

    3.4.1 Paper comunicao cientfica

    A comunicao cientfica define-se como a informao que se apresenta em

    congressos, simpsios, reunies, academias, sociedades cientficas. Em tais encontros, os

    trabalhos realizados so expostos em tempo reduzido. A finalidade do paper tipo

    comunicao cientfica fazer conhecida a descoberta e os resultados alcanados com a

    pesquisa, podendo fazer parte de anais.

    Em geral, as comunicaes cientficas no permitem a reproduo total da

    experincia realizada e levam em considerao os seguintes elementos: finalidade,

    informaes, estrutura, linguagem e abordagem.

    A estrutura da comunicao cientfica (paper), para apresentao oral, engloba:

    a) introduo: formulao do tema, justificativa, objetivos, metodologia,

    delimitao do problema, abordagem e exposio exata da idia central;

    b) desenvolvimento: inclui exposio detalhada do que se disse na introduo e

    fundamentao lgica das idias apresentadas;

    c) concluso: busca uma sntese dos resultados da pesquisa.

    A estrutura da comunicao cientfica escrita, para Medeiros (1997, p. 180), com

    as adaptaes que se fazem necessrias, pode ser esta:

    a) capa;

  • 30

    b) folha de rosto: que engloba o nome do congresso (ou evento), local do evento,

    data, ttulo do trabalho, nome do autor, credenciais do autor;

    c) resumo: sntese do trabalho. Pode aparecer entre o ttulo e o texto, ou ao final

    do trabalho;

    d) contedo: introduo, desenvolvimento, concluso (Conforme a apresentao

    oral);

    e) referncias.

    3.4.2 Position paper

    A realidade e a educao moderna no podem aceitar mais aquele aluno que

    simplesmente decora textos para tirar notas boas e que simplesmente rene um amontoado de

    idias de outros autores.

    Pelo contrrio, hoje, exige-se que um aluno saiba ler e interpretar, mas que,

    sobretudo, tambm questione e se posicione diante da realidade e do que dito e apresente

    suas prprias idias. Isso sinal de maturidade intelectual.

    nessa linha de raciocnio que se situa o position paper. Atravs dele, o

    educando desenvolve sua capacidade de reflexo e criatividade diante do que est escrito

    (livro, artigo, revista, jornal, etc.), diante do que apresentado (palestra, congresso, seminrio,

    curso, etc.) e tambm diante do que pode ser observado numa realidade (empresa, projeto,

    entidade, viagem de estudos, etc.).

  • 31

    bom acentuar que no se trata de um relatrio ou resumo. uma reflexo

    original, em que o educando deixa de ser um receptor passivo e passa a ser um sujeito crtico

    e ativo na construo de novos conhecimentos.

    Como a prpria palavra pressupe, o position paper uma posio, do prprio

    autor, mas tambm o posicionamento de outros autores sobre o assunto. Por isso, este tipo

    de trabalho exige uma reviso bibliogrfica, ou seja, a pesquisa de estudos j efetuados por

    outros autores.

    A estrutura do position paper pode ser assim disposta:

    a) capa;

    b) folha de rosto;

    c) sumrio;

    d) introduo: objetivo, delimitao, metodologia;

    e) reviso bibliogrfica: sobre o assunto (no mnimo dois outros autores);

    f) reflexo e posicionamento: do autor sobre o assunto;

    g) concluso;

    h) referncias.

    3.4.3 Short paper ou issue paper

    A prpria traduo destes termos j oferece uma base conceitual para este tipo de

    trabalho: pequeno, conciso, problema crucial, questo, tema. Para entender melhor, basta

    pegar um exemplo prtico: diante de um texto ou realidade observada, sempre ou quase

  • 32

    sempre aparecem certas singularidades ou partes mais especficas, o que significa afirmar que

    se pode discorrer apenas sobre uma destas partes.

    A deciso sobre qual ponto especfico abordar pode ser definida pelo professor,

    que pode, tambm, deix-la a critrio do aluno.

    Deve ficar evidente, no entanto, que o fato de o short paper ou issue paper ter

    uma abrangncia menor em termos de abordagem, no significa dizer que o contedo deva ser

    tratado com menor profundidade. Pelo contrrio: a delimitao do tema propicia o

    aprofundamento do contedo.

    Estrutura do short paper ou issue paper:

    a) capa;

    b) folha de rosto;

    c) introduo (1 pargrafo): objetivo, delimitao (nesta muito importante

    situar o objeto especfico de reflexo dentro do contexto geral em que esta foi

    delimitada);

    d) desenvolvimento: posicionamento, avaliao, questionamento do autor em

    relao ao ponto especfico que foi abordado;

    e) concluso (ltimo pargrafo): sntese concisa das principais idias defendidas

    no desenvolvimento do trabalho;

    f) referncias.

    3.5 Artigo cientfico15

    15 Elaborado por Vilson Leonel, professor da Unisul, membro do Grupo de Metodologia Cientfica, mestrando

    em educao pela Unisul.

  • 33

    Na vida acadmica, so vrias as atividades de pesquisa realizadas, tanto pelo

    corpo docente como pelo discente. Essas atividades resultam de trabalhos didticos e

    cientficos elaborados freqentemente nas disciplinas, cursos ou em grupos de pesquisa. As

    atividades que se caracterizam como trabalhos didticos resultam da interao cultural, pois

    permitem que o conhecimento seja reconstrudo, na medida em que se tem acesso ao mundo

    culturalmente institudo. Os trabalhos cientficos, por sua vez, resultam de um esforo de

    criao e elaborao de novos saberes, possuem uma natureza mais complexa e permitem que

    o conhecimento se renove. Outra diferena significativa entre os dois tipos de trabalho o

    tratamento que se d ao objeto de estudo no processo de sua assimilao, compreenso e

    construo.

    Os trabalhos didticos e cientficos, muitas vezes, pelo nvel de excelncia que

    apresentam, so merecedores de publicao. As instituies de ensino, de maneira geral, e os

    cursos que a elas pertencem, em particular, dispem de revistas especializadas para a

    publicao desses trabalhos produzidos por alunos e professores. 16

    Artigo cientfico pode ser entendido como um trabalho completo em si mesmo,

    mas possui dimenso reduzida. Kche (1997, p. 149) afirma que o artigo a apresentao

    sinttica, em forma de relatrio escrito, dos resultados de investigaes ou estudos realizados

    a respeito de uma questo.

    Salvador (1977, p. 24) apresenta cinco razes para escrever artigos cientficos.

    So elas:

    a) Expor aspectos novos por ns descobertos, mediante o estudo e a pesquisa, arespeito de uma questo, ou de aspectos que julgamos terem sido tratados apenassuperficialmente, ou solues novas para questes conhecidas; b) expor de umamaneira nova uma questo j antiga; c) anunciar resultados de uma pesquisa, queser exposta futuramente em livro; d) desenvolver aspectos secundrios de umaquesto que no tiveram o devido tratamento em livro que foi editado ou que sereditado; e) abordar assuntos controvertidos para os quais no houve tempo depreparar um livro.

    16 S para citar um exemplo, a Unisul possui uma revista cientfica chamada Episteme onde so publicados as

    produes cientficas de seus alunos e professores.

  • 34

    O artigo um meio de atualizao de informaes e por isso, enquanto fonte de

    pesquisa, jamais pode ser ignorado por alunos e professores no processo de busca e aquisio

    de conhecimentos.

    Para a publicao de um artigo cientfico necessrio que se observem as

    recomendaes fixadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1994), a qual

    estrutura, de maneira geral, os seguintes elementos:

    3.5.1 Elementos pr-textuais

    Os elementos pr-textuais so os seguintes:

    a) ttulo: contm o termo ou expresso que indica o contedo do artigo;

    b) autoria: nome do autor ou autores, acompanhado de um breve currculo (figura

    em nota de rodap);

    c) resumo: apresenta objetivos, metodologia, e concluses alcanadas. Deve ser

    elaborado de acordo com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1990);

    d) palavras-chave: termos indicativos do contedo do artigo.

    3.5.2 Elementos textuais

    Os elementos textuais so constitudos das seguintes partes:

  • 35

    a) introduo: apresenta o tema-questo-problema, justifica-o, expe a finalidade

    e descreve a metodologia que foi adotada na realizao da pesquisa;

    b) desenvolvimento: apresenta os resultados do estudo;

    c) concluso: analisa criticamente os resultados do estudo e abre perspectivas para

    novas investigaes;

    d) referncias: apresenta as obras que foram citadas no corpo do artigo conforme

    a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002c).

    3.5.3 Elementos ps-textuais

    Os elementos ps-textuais so os seguintes:

    a) apndice: texto escrito pelo autor, que complementa as idias contidas no

    desenvolvimento;

    b) anexo: documento (no necessariamente do autor do artigo) que fundamenta,

    comprova ou ilustra aspectos contidos no desenvolvimento;

    c) traduo do resumo: escrito em lngua estrangeira, conforme determinao do

    conselho editorial para quem ser encaminhado o artigo.

    Na redao de artigos cientficos, alm dos elementos apresentados, devero ser

    utilizados elementos de apoio, quando necessrios, conforme sugere a Associao Brasileira

    de Normas Tcnicas (1994). So eles:

    a) tabelas, quadros, frmulas e ilustraes, os quais devero ser apresentados de

    acordo com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (1994);

  • 36

    b) citaes, as quais devem ser apresentadas de acordo com a Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas (2002a), devendo-se evitar as notas de rodap

    ou no final de texto.

    importante salientar que nem todas as revistas cientficas seguem rigorosamente

    a ordem dos elementos apresentadas neste texto. Alguns itens podem variar de acordo com as

    necessidades e/ou exigncia de cada conselho editorial. Independentemente disso,

    importante que professores e alunos sintam-se motivados para publicar os resultados de suas

    atividades cientficas ou didticas.

    3.6 Ensaio17

    Ensaios, numa perspectiva ampla, caracterizam-se como exerccios bsicos de

    composio. Podemos divisar duas espcies de ensaio: o informal e o formal. No ensaio

    informal, admissvel a criao e a emoo, que caracterizam a produo literria. No ensaio

    formal, h preocupao com as caractersticas do texto acadmico e cientfico (objetividade e

    logicidade, por exemplo). O ensaio formal, escrito em primeira pessoa, deve ser breve e

    sereno, problematizador e antidogmtico, com esprito crtico e originalidade.

    Do ponto de vista cientfico, o ensaio, segundo Rauen (1999, p. 137), uma

    exposio metdica dos estudos realizados e das concluses originais obtidas aps o exame

    de um assunto. Para um cientista, o ensaio um meio de transmitir informaes e idias.

    Segundo Barrass (1986, p. 51), um ensaio uma breve explicao escrita de um assunto bem

    delimitado, clara e decisiva, sistemtica e compreensiva.

    17 Elaborado por Fbio Jos Rauen, professor da Unisul, doutor em Lingstica pela UFSC.

  • 37

    Vejam-se as principais caractersticas desse tipo de produo acadmica:

    a) exposio bem desenvolvida, objetiva, discursiva e concludente;

    b) tese pessoal sem a comprovao ltima;

    c) apresentao de maturidade intelectual, incluindo juzos de valor pessoal.

    Um ensaio, porm, no apenas um exerccio de reflexo e redao, mas tambm

    um veculo atravs do qual os pensamentos de qualquer escritor so reunidos e organizados

    (como num artigo ou resenha de uma revista) e levados ao leitor de maneira clara, concisa e

    interessante.

    Para escrever um ensaio, leve em conta os seguintes passos:

    a) reflexo sobre um tema considere ttulo e termos de referncia, defina o

    objetivo da composio, observe o tempo disponvel para a escritura

    distribuindo-o harmonicamente, considere idias e informaes sobre o tema,

    decida o que o leitor precisa saber;

    b) planejamento construa um esquema de tpicos, sublinhe os pontos mais

    relevantes, elabore o plano da redao, destacando a introduo, o

    desenvolvimento e a concluso;

    c) escritura digite o ensaio conforme as normas tcnicas;

    d) reviso verifique se o ensaio lido com facilidade, tem equilbrio, se os

    pontos essenciais foram destacados, se no h erros de coerncia ou mesmo de

    ortografia e, principalmente, se o ensaio corresponde s expectativas de seus

    leitores virtuais.

    3.7 Projeto de pesquisa18

    18 Elaborado por Vilson Leonel, professor da Unisul, coordenador do Grupo de Metodologia Cientfica,

    mestrando em educao pela Unisul e Alexandre Medeiros Motta, professor da Unisul, membro do Grupo deMetodologia Cientfica, mestrando em Cincias da Linguagem pela Unisul.

  • 38

    A pesquisa a forma mais segura e aperfeioada de busca do conhecimento e

    soluo de problemas. Contudo sua realizao depende da elaborao de um projeto, que o

    documento necessrio para mapear, de forma sistemtica, um caminho a seguir durante a

    investigao, evitando que o pesquisador despenda tempo e recursos desnecessrios ao fim

    que se estabeleceu.

    No existe regra formalizada com relao aos elementos que compem um projeto

    de pesquisa. Todavia podemos apontar, sumariamente, o modelo que segue.

    3.7.1 Consideraes sobre a delimitao do tema e formulao do problema

    a) tema: na sua escolha, o acadmico deve dimensionar o interesse que tem pelo

    assunto; avaliar se possui qualificao (intelectual) para submet-lo a uma

    investigao; verificar se existe bibliografia especializada suficiente para sua

    fundamentao. O tema dever indicar, sob forma de enunciado, os aspectos

    que sero investigados na pesquisa;

    b) delimitao do tema e formulao do problema: delimitar indicar a

    abrangncia do estudo, ou seja, estabelecer os limites extensionais e

    conceituais do tema em questo. Enquanto princpio de logicidade,

    importante salientar que, quanto maior a extenso conceitual, menor a

    compreenso conceitual e, inversamente, quanto menor a extenso conceitual,

    maior a compreenso conceitual. Para que fique clara e precisa a extenso

    conceitual do assunto, importante situ-lo em sua respectiva rea de

    conhecimento, possibilitando, assim, que se visualize a especificidade do

  • 39

    objeto no contexto de sua rea temtica. Delimitado o tema, o passo seguinte

    a sua problematizao. Gil (1995, p. 57-58) aponta cinco regras para a

    adequada formulao do problema. So elas: a) o problema deve ser formulado

    como uma pergunta; b) o problema deve ser delimitado a uma dimenso vivel;

    c) o problema deve ter clareza; d) o problema deve ser preciso; e) o problema

    deve apresentar referncias empricas. As regras no so absolutamente rgidas

    e devem ser moldadas especificidade do problema. importante, tambm,

    lembrar que cada orientador possui uma forma prpria de problematizar as

    questes de pesquisa;

    c) justificativa: a justificativa situa a importncia do estudo e os porqus da

    realizao da pesquisa. O texto da justificativa, em geral, deve apresentar os

    motivos que levaram investigao do problema e enderear a discusso

    relevncia terica e prtica, social e cientfica do assunto;

    d) objetivos: os objetivos indicam as aes que sero desenvolvidas para a

    resoluo do problema de pesquisa. O objetivo geral apresentado na forma de

    um enunciado que rene, ao mesmo tempo, todos os objetivos especficos. Os

    objetivos especficos informam sobre as aes particulares que dizem respeito

    anlise terica e aos meios tcnicos de investigao do problema;

    e) hiptese(s): consiste em apresentar um ou mais enunciados, sob forma de

    sentena declarativa e que resolve (em) provisoriamente o problema. A

    pesquisa tratar de buscar respostas que refutam ou corroboram as suposies

    que forem apresentadas. Dependendo da natureza do problema e da forma de o

    orientador trabalhar, este item pode ser opcional;

    f) definio dos conceitos operacionais: consiste em apresentar o significado que

    os termos do problema assumem na pesquisa. Atravs das definies, diz

  • 40

    Kche (1997, p. 117), [...] possvel estabelecer os indicadores que podem

    ser utilizados para categorizar as variveis. importante salientar que no

    ser possvel estabelecer instrumentos e procedimentos para coleta de dados,

    se os indicadores das variveis no estiverem previamente definidos.

    3.7.2 Referencial terico

    O referencial terico tambm pode ser chamado de reviso de literatura,

    pressupostos tericos, marco terico, etc. Esta etapa do projeto importante, porque apresenta

    uma breve discusso terica do problema, na perspectiva de fundament-lo nas teorias

    existentes. As idias apresentadas no texto devem estar organicamente ligadas com os

    objetivos, hipteses, definio conceitual e operacional das variveis e outras partes do

    projeto. A fundamentao terica apresentada deve, ainda, servir de base para a anlise e

    interpretao dos dados coletados na fase de elaborao do relatrio final. Os dados

    apresentados devem, necessariamente, ser interpretados luz das teorias existentes.

    3.7.3 Delineamento da pesquisa

    O delineamento da pesquisa, segundo Gil (1995, p. 70), refere-se ao

    planejamento da mesma em sua dimenso mais ampla, ou seja, neste momento o

    investigador estabelece os meios tcnicos da investigao prevendo-se os instrumentos e

  • 41

    procedimentos necessrios utilizados para a coleta de dados. O delineamento da pesquisa, em

    geral, apresenta os seguintes elementos:

    a) tipo de pesquisa: consiste em informar qual o desenho que a pesquisa ter, ou

    seja, se a pesquisa ser bibliogrfica, ou descritiva, ou experimental, ou estudo

    de caso, ou documental, etc. necessrio, ento, que o investigador justifique

    o tipo de pesquisa que escolheu e apresente, de imediato, seu conceito;

    b) populao/amostra: indica se a pesquisa vai abranger o universo populacional

    da realidade pesquisada ou se apenas uma amostra. No caso de se optar por

    uma ou por outra, necessrio informar os procedimentos e/ou critrios

    adotados para a sua execuo. Informam-se tambm, caractersticas gerais da

    populao a ser investigada (cidade, municpio, bairro);

    c) instrumentos utilizados para coleta de dados: consistem em indicar o tipo de

    instrumento utilizado para registro dos dados que sero coletados. No caso de

    questionrios ou entrevistas deve se apresentar o modelo em anexo ou

    apndice;

    d) procedimentos utilizados na coleta de dados: informam-se as operaes que

    sero executadas no momento da coleta de dados;

    e) procedimentos para anlise e interpretao de dados: indicam-se os recursos

    que sero utilizados para a anlise dos dados. Se forem estatsticos, devem ser

    informados os tipos de grficos, quadros ou tabelas;

    f) cronograma: previso das atividades e, respectivamente, perodo (dia ou ms)

    de execuo;

    g) referncias: relao das obras utilizadas para a fundamentao do problema de

    pesquisa. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002c) dever ser

    consultada para que os elementos que identificam a referncia (livros,

  • 42

    peridicos, etc.) sejam apresentados corretamente. Alguns exemplos

    constituem o apndice D.

    3.8 Monografia19

    O presente texto pretende, de forma despretensiosa, apresentar um apanhado de

    informaes que permita visualizar o que uma monografia, uma vez que o aluno de

    graduao, que se inicia cientificamente, ao buscar as caractersticas e funes desse tipo de

    documento, pode deparar-se com uma diversidade de conceitos, entendimentos e estruturas,

    que, na maioria das vezes, acaba por confundir-se.

    Para alguns autores, como Paul Bureau (apud SALOMON, 1977, p. 218, grifo

    nosso) monografia um mtodo cientfico para o estudo dos fenmenos ou, ainda, para

    Lakatos e Marconi (1996, p. 151, grifo nosso) um estudo sobre um tema especfico ou

    particular de suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Medeiros

    (1999, p. 189, grifo nosso), por sua vez, afirma que uma dissertao que trata de um

    assunto particular, de forma sistemtica e completa.

    Nesta abordagem, estaremos caracterizando monografia como sendo um

    documento cientfico, redigido dissertativamente, que tem uma estrutura formal mnima

    definida. Seu contedo aborda um s tema ou, ainda, a resposta a um problema de pesquisa.

    Salomon (1977, p. 219) diz que, etimologicamente, a palavra monografia,

    significa escrever a respeito de um nico assunto. J lhe foi apontada, como inteno

    19 Elaborado por Demtrio Nazari Verani, professor da Unisul, mestre em Gesto de Negcios para Integrao

    Latino Americana e o Mercosul e Vera Neves, Professora da Unisul, membro do Grupo de MetodologiaCientfica, mestre em Educao, pela Unisul.

  • 43

    inicial, ser um relatrio que objetivava esgotar a problemtica de que tratava. Entretanto,

    preciso reconhecer como pretensioso o propsito de esgotar um assunto. Assim, as

    monografias passaram a ser identificadas como relatos resultantes de investigaes cientficas.

    A par disso, porm, importante frisar que uma monografia no um punhado de

    informaes e dados coletados que se aglutinam, rica ou mediocremente, em um texto novo.

    Nem to pouco apenas um relatrio. Trata-se de um documento nico, organicamente

    elaborado, que contm o produto da reflexo do pesquisador.

    Para apresentar essa caracterstica, a monografia precisa, alm de ser precedida de

    uma boa pesquisa, ser redigida de maneira dissertativa. Esta forma de redao baseia-se na

    lgica, o que permite a argumentao, que sustenta o ponto de vista do autor. a dissertao

    que permite que a monografia seja redigida segundo a maneira mais adequada aos propsitos

    da pesquisa que a precedeu.

    A monografia tem, em sua forma, uma estrutura idntica de qualquer texto

    dissertativo, ou seja, deve conter os seguintes elementos textuais:

    a) introduo: onde so apresentados o tema e o problema da pesquisa feita, sua

    justificativa, objeto e objetivos, bem como aspectos da metodologia utilizada

    na pesquisa;

    b) desenvolvimento: onde acontece a fundamentao lgica e a exposio do

    assunto. Visa a expor, explicar, demonstrar, provar, fundamentar aquilo que a

    pesquisa revelou. , por assim dizer, comunicar os resultados da pesquisa, seja

    ela bibliogrfica, de campo ou de laboratrio;

    c) concluso: onde o autor apresenta sua sntese pessoal, objetiva, interpretando

    argumentos. a fase final do trabalho, o fechamento da introduo, a sntese

    da reflexo.

  • 44

    No se deve esquecer, ainda, que outros elementos pr-textuais (capa, folha de

    rosto, sumrio, etc.) e ps-textuais (referncias, anexos, etc.) antecedem e sucedem os

    mesmos, respectivamente.

    Ao se falar em monografia, no se pode deixar de destacar sua caracterstica

    essencial, a mesma que remonta a sua origem histrica: a especificao, ou seja, a reduo da

    bordagem a um s assunto, a um s problema (SALOMON, 1977, p. 219). E essa reduo

    simples de compreender, o mtodo cientfico de pesquisa parte de um nico problema, ou de

    um tema delimitado. Logo, o documento que contm os resultados da pesquisa tambm tem

    seus limites pr-estabelecidos. A monografia, assim, estuda um assunto com originalidade e

    em profundidade, considerando todos os ngulos e aspectos, afirma Medeiros (1999, p. 189).

    Alguns autores como Salomon (1977, p. 219), classificam a monografia em dois

    sentidos: lato que resulta de investigao cientfica (relatrios, tesinas, informes cientficos,

    artigos) e estrito que deve apresentar uma contribuio relevante cincia (teses).

    Um acadmico de graduao ao pesquisar em uma dezena de livros, textos e sites,

    e um doutorando, ao buscar conhecimento em uma centena de livros, textos e sites, ao

    escreverem os resultados e concluses a que chegaram, estaro escrevendo uma monografia.

    Assim, ao nosso ver e no entender de autores como Medeiros (1999, p. 188-189) h um

    equvoco, quando so usadas expresses que graduam em nveis as monografias, tais como

    dissertao, tese, monografia, afinal, todas so trabalhos cientficos, dissertativos, comunicam

    os resultados de uma pesquisa e de uma reflexo. So elaborados sob as mesmas diretrizes

    metodolgicas do trabalho cientfico, tm que conter originalidade e podem apresentar uma

    ou mais teses. O que, na verdade, tem nvel diferenciado de profundidade e abrangncia a

    pesquisa que precede a monografia.

  • 45

    4 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADMICO

    A estrutura do trabalho acadmico compreende os elementos pr-textuais, textuais

    e ps-textuais. Os elementos pr-textuais so apresentados antes da introduo e, no seu

    conjunto, ajudam na identificao e utilizao do trabalho. Os elementos textuais apresentam

    os resultados da investigao em trs partes logicamente relacionadas: introduo,

    desenvolvimento e concluso. Os elementos ps-textuais apresentam informaes que

    complementam o trabalho. A apresentao, ou no, dos itens constantes nos elementos pr e

    ps-textuais determinada pela natureza do trabalho e de seu contedo especfico. A ordem

    dos elementos aqui apresentada reproduz o que determina a Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas (2002b, p. 3).

    4.1 Elementos pr-textuais

    a) capa (obrigatrio, conforme modelo no anexo A, p. 75);

    b) lombada (opcional);

    c) folha de rosto (obrigatrio, conforme modelo no anexo B, p. 76);

  • 46

    d) errata (opcional, conforme modelo no apndice A, p. 65);

    e) folha de aprovao (obrigatrio, conforme modelo no anexo C, p. 77);

    f) dedicatria(s) (opcional, conforme modelo no apndice B, p. 66);

    g) agradecimento(s) (opcional, conforme modelo no apndice C, p. 67);

    h) epgrafe (opcional, conforme modelo no anexo D, p. 78);

    i) resumo na lngua verncula (obrigatrio, conforme modelo no anexo E, p. 79);

    j) resumo em lngua estrangeira (obrigatrio, conforme modelo no anexo F, p.

    80);

    k) lista de ilustraes (opcional, conforme modelo no anexo I, p. 85);

    l) lista de tabelas (opcional, conforme modelo no anexo H, p. 84);

    m) lista de abreviaturas e siglas (opcional, conforme modelo no anexo J, p. 86);

    n) lista de smbolos (opcional);

    o) sumrio (obrigatrio, conforme modelo no anexo G, p. 81).

    4.2 Elementos textuais

    a) introduo;

    b) desenvolvimento;

    c) concluso.

    4.3 Elementos ps-textuais

  • 47

    a) referncias (obrigatrio);

    b) glossrio (opcional);

    c) apndice(s) (opcional, texto ou documento elaborado pelo autor);

    d) anexo(s) (opcional, texto ou documento no elaborado pelo autor);

    e) ndice(s) (opcional).

  • 48

    5 FORMATAO DO TRABALHO ACADMICO

    5.1 Papel

    Deve ser utilizado papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), com digitao

    no anverso da folha, na cor preta (exceto ilustraes), com fonte tamanho 12, ficando o

    projeto grfico sob responsabilidade do autor do trabalho. Recomenda-se, entretanto, o uso de

    fontes arredondadas como a Times New Roman ou Arial.

    5.2 Margens

    Objetivando permitir uma boa visualizao do texto, assim como reproduo e

    encadernao corretas, as margens adotaro as medidas a seguir:

    a) superior: 3 cm;

    b) inferior: 2 cm;

    c) esquerda: 3 cm;

  • 49

    d) direita: 2 cm;

    e) pargrafo: recuo da primeira linha a partir da margem esquerda;

    f) citao longa: 4 cm (recuo a partir da margem esquerda) com espao interlinear

    simples e fonte tamanho 10;

    g) Nota de rodap: deve ser digitada dentro das margens indicadas, com espao

    interlinear simples e fonte tamanho 10, devendo ficar separada do texto por um

    filete de 3 cm a partir da margem esquerda.

    5.3 Espacejamento

    Os ttulos das sees primrias e secundrias devero ser apresentados em

    destaque, ficando separados, do texto que os precede ou que os sucede, por dois espaos

    duplos.

    O texto deve ser digitado ou datilografado em espao duplo, exceto as citaes

    longas, notas de rodap, referncias, resumos em lngua verncula e em lngua estrangeira,

    que devero ser digitados em espao simples.

    5.4 Paginao

    As pginas devem ser numeradas seqencialmente, em algarismos arbicos. A

    numerao colocada no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda, e a contagem ser

  • 50

    feita a partir da folha de rosto. A numerao ser registrada a partir da primeira folha da parte

    textual at o final do trabalho. Os nmeros devem ser colocados sem trao, ponto ou

    parnteses. A paginao das referncias, dos anexos e apndices deve ser contnua. As

    pginas que no podem ser numeradas (mapas, documentos, etc.) devem ser contadas.

    5.5 Numerao progressiva

    A numerao progressiva dever ser adotada para as sees do texto onde os

    ttulos das sees primrias, que se caracterizam como as principais divises de um texto,

    devem iniciar-se em folha distinta (8 cm a partir da borda superior), podendo ser utilizados,

    para destaque, os recursos de negrito, itlico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal, e outros,

    conforme a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2003). Dever, ainda, o indicativo

    numrico de uma seo preceder seu ttulo, alinhado esquerda por um espao de caractere.

    Os ttulos sem indicativo numrico, como lista de abreviaes, sumrio, resumo, referncias e

    outros, devem ser centralizados (8 cm a partir da borda superior).

    5.6 Referncias

    Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002c, p. 2) a referncia

    um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite

    sua identificao individual. As referncias devem ser apresentadas em espao intelinear

  • 51

    simples e separadas entre si por espao duplo. Para a elaborao da referncia, a Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas (2002c) dever ser consultada. Alguns exemplos dos

    principais tipos de referncias so encontrados no apndice D.

    5.7 Citao

    Segundo a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002a, p. 1), citao uma

    meno, no texto, de uma informao extrada de outra fonte. Ela pode ser direta, indireta e

    citao de citao. A citao considerada direta, quando houver transcrio ipsis litteris, isto

    , com as mesmas palavras do autor consultado. A citao indireta, quando se reproduz

    livremente, na forma de parfrase, a idia do autor. A citao de citao pode ser considerada

    direta ou indireta e indica que a idia pertence a um determinado autor, mas que foi extrada

    da obra de outro autor.

    A identificao das citaes inseridas no texto pode ser feita pelo sistema autor-

    data ou pelo sistema numrico. O sistema autor-data identifica a fonte pelo sobrenome do

    autor, data de publicao da obra e pgina de onde foi extrada a informao. O sistema

    numrico identifica as fontes em notas de rodap ou em notas no final do texto (captulo ou

    trabalho). Exemplos de textos elaborados pelo sistema autor-data, com notas de rodap ou no

    final do texto, podem ser encontrados nos anexos K, L e M.

    A citao direta pode ser curta ou longa. Observe como devem ser apresentadas

    no texto:

    a) quando a transcrio for curta (at trs linhas):

    x fica inserida no texto;

  • 52

    x deve estar entre aspas duplas;

    x deve ser usada a mesma fonte do texto;

    b) quando a transcrio for longa (mais de trs linhas) deve:

    x ser recuada (4 cm) da margem do texto;

    x constar em fonte menor (tamanho 10);

    x ser apresentada com o mesmo tipo de letra;

    x ser digitada com espao interlinear simples e sem aspas.

    5.8 Ilustraes

    As ilustraes constituem unidade autnoma que explicam ou complementam

    visualmente o texto. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2002b, p. 6) classifica

    como ilustraes os quadros, lminas, plantas, fotografias, grficos, desenhos e outros.

    [...] A identificao [das ilustraes] aparece na parte inferior, precedida da palavradesignativa, seguida de seu nmero de ordem de ocorrncia no texto, em algarismosarbicos, do respectivo ttulo e/ou legenda explicativa de forma breve e clara,dispensando consulta ao texto, e da fonte. A ilustrao deve ser inserida o maisprximo possvel do trecho a que se refere, conforme o projeto grfico.(ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 2002b, p. 6).

    As ilustraes devem apresentar lista prpria, conforme sua designao

    especfica. Veja modelo de lista de ilustraes (lista de grficos) no anexo I.

    5.9 Tabelas

  • 53

    Todo documento que apresentar duas ou mais tabelas, deve constar o nmero de

    identificao no seu topo, feita em algarismos arbicos, precedidos pela palavra tabela,

    podendo estar subordinadas a captulos e sees, permitindo assim, uma melhor localizao.

    O ttulo um elemento essencial que deve constar no topo da tabela indicando a natureza, as

    abrangncias geogrficas (sem abreviaes), e temporal dos dados numricos utilizados.

    A lista de tabelas deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no

    texto, com cada item designado por seu nome especfico, acompanhado do respectivo nmero

    da pgina. (ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, 2002b, p. 4). Veja

    modelo de lista de tabelas no anexo H.

  • 54

    REFERNCIAS

    AMBONI, N.; AMBONI, N. de F. Resenha crtica. Florianpolis: ESAG/UDESC, 1996.No publicado.

    ANDRADE, M. M. de. Introduo metodologia do trabalho cientfico. 2. ed. So Paulo:Atlas, 1997.

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    ______. NBR 14724: informao e documentao, trabalhos acadmicos, apresentao. Riode Janeiro, 2002b.

    ______. NBR 6022: apresentao de artigos em publicaes peridicas. Rio de Janeiro, 1994.

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    ______. NBR 6027: informao e documentao, sumrio, apresentao. Rio de Janeiro,2003.

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    MARCANTONIO, A. T.; SANTOS, M. M. dos; LEHFELD, N. A. de S. Elaborao edivulgao do trabalho cientfico. So Paulo: Atlas, 1996.

    MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho cientfico. 5. ed. SoPaulo: Atlas, 2001.

    MEDEIROS, J. B. Redao cientfica: a prtica de fichamentos, resumos, resenhas. SoPaulo: Atlas, 1997.

    ______.______. 4. ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    OLIVA, A. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre:EDIPUCRS, 1994.

    RAUEN, F. J. Elementos de iniciao pesquisa: inclui orientaes para a referenciao dedocumentos eletrnicos. Rio do Sul: Nova Era, 1999.

    SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 5. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1977.

    ______. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho cientfico. 2.ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1991.

    SALVADOR, A. D. Mtodos e tcnicas de pesquisa bibliogrfica: elaborao e relatriosde estudos cientficos. 6. ed. rev. e aum. Porto Alegre: Sulina, 1977.

  • 57

    SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientfico. 14. ed. So Paulo: Cortez, 1986.

    SOARES, M.; CAMPOS, E. N. Tcnica de redao: as articulaes lingsticas comotcnica do pensamento. Rio de Janeiro: Ao Livro Tcnico, 1978.

  • 58

    APNDICES

  • APNDICE A Modelo de errata 59

    ERRATA

    Folha Linha Onde se l Leia-se32 3 pubicacao publicao

    8 cm

    3 cm 2 cm

    2 cm

    (dois espaos duplos)

  • APNDICE B Modelo de dedicatria 60

    DEDICATRIAS

    Xxxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx

    xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx.

    Xxxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx

    xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx.

    3 cm 2 cm

    2 cm

  • APNDICE C Modelo de agradecimentos 61

    AGRADECIMENTOS

    Xxxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx

    xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx.

    Xxxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx

    xxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx xxxxxx xxxx xxxx

    xxxx xxxxxx xxxx xxxx.

    3 cm 2 cm

    2 cm

  • APNDICE D Modelo de referncias em sistema numrico 62

    REFERNCIAS*

    1 URANI, A et al. Constituio de uma matriz de contabilidade social para o Brasil.Braslia, DF: IPEA, 1994.

    2 WINDOWS 98: o melhor caminho para atualizao. PC World, So Paulo, n. 75, set. 1998.Disponvel em: . Acesso em: 10 set. 1998.

    3 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Smula n. 14. No admissvel, por atoadministrativo, restringir, em razo de idade, inscrio em concurso para cargo pblico.Disponvel em: . Acesso em: 29 nov.1998.

    4 SILVA, I. G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, So Paulo, 19 set.1998. Disponvel em: .Acessoem: 19 set. 1998.

    * Esta lista contm os principais tipos de referncias utilizados na produo acadmica. Leia na legenda os

    principais modelos:1 Mais de trs autores de livro2 Matria de revista com autoria desconhecida3 Smula em meio eletrnico4 Artigo de jornal assinado em meio eletrnico5 Organizador de livro6 Matria de jornal no assinada7 Documento com trs autores8 Base de dados em meio eletrnico9 Software educativo CD-ROM10 Um autor de livro11 Autor entidade12 Captulo de livro13 Artigo de revista

    8 cm

    2 cm

    3 cm 2 cm

    (dois espaos duplos)

  • APNDICE D Modelo de referncias em sistema numrico 63

    5 FERREIRA, L. P. (Org.). O fonoaudilogo e a escola. So Paulo: Summus, 1991.

    6 ARRANJO tributrio. Dirio do Nordeste Online, Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponvel em:. Acesso em: 28 nov. 1998.

    7 PASSOS, L. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemtica, segundasrie, 2, primeiro grau: livro do professor. So Paulo: Scipione, 1995. 136 p.

    8 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN. Biblioteca de Cincia e Tecnologia. Mapas.Curitiba, 1997. Base de Dados em Microlsis, verso 3.7.

    9 PAU no gato! Por qu? Rio de Janeiro: Sony Music Book Case Multimidia Educational,[1990]. 1 CD-ROM. Windows 3.1.

    10 GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niteri: EdUFF, 1998. 137 p.

    11 ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10520: apresentao decitaes em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 2002.

    12 SANTOS, F. R. dos. A colonizao da terra do Tucujs. In:______. Histria do Amap,1 grau. 2. ed. Macap: Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-24.

    13 GURGEL, C. Reforma do Estado e segurana pblica. Poltica e Administrao, Rio deJaneiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

  • APNDICE E Modelo de referncias em sistema alfabtico 64

    REFERNCIAS

    ARRANJO tributrio. Dirio do Nordeste Online, Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponvel em:. Acesso em: 28 nov. 1998.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10520: apresentao decitaes em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 1998.

    BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Smula n. 14. No admissvel, por atoadministrativo, restringir, em razo de idade, inscrio em concurso para cargo pblico.Disponvel em: . Acesso em: 29 nov.1998.

    FERREIRA, L. P. (Org.)