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R$ 7,90 | Nº 37 | SETEMBRO DE 2010 | ANO 4 www.interural.com ANO 4 | SETEMBRO DE 2010 | Nº 37 PECUÁRIA LEILãO CAFÉ Nem dependência nem morte Produção de Leite em Pasto Fazenda Panorama comercializa 230 animais Girolando ESPECIAL LEILÕES InteRural Revista do Agronegócio no Torneio Leiteiro e ganha uma Pick up Strada PÁGINA 92 PÁGINA 36 PÁGINA 20 PÁGINA 50 Caçamba Bolton Boa Fé - 62,973Kg Campeã Torneio Leiteiro Girolando Muquém CAMARU 2010 CAMARU 2010 PÁGINA 64 Girolando Muquém bate recorde da raça Girolando

Camaru 2010

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Camaru 2010

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r$ 7,90 | nº 37 | SETEMBrO dE 2010 | AnO 4

ww

w.interural.com

AnO 4 | SETEM

BrO dE 2010 | n

º 37

PECUÁRIA

LEILãoCAFÉ

Nem dependêncianem morte

Produção deLeite em Pasto

Fazenda Panorama comercializa 230 animais Girolando

EspEcial lEilõEs

Interuralrevista do A

gronegócio

no Torneio Leiteiro e ganha uma Pick up Strada

página 92

página 36

página 20

página 50

Caçamba Bolton Boa Fé - 62,973Kg Campeã Torneio LeiteiroGirolando Muquém

CAMARU 2010CAMARU 2010página 64Girolando Muquém bate recorde da raça Girolando

Todos os meses, procuramos

trazer muitas notícias e re-

portagens que agreguem

conhecimentos ao leitor.

Mas, essa edição, particularmente, é muito

especial para nós da InteRural, porque em

setembro comemoramos nosso aniversá-

rio. Completamos 3 anos. Somos ainda

muito jovens na idade, mas bem maduros

no conhecimento, critério e profissionalis-

mo. Para comprovar isso, procuramos al-

guns de nossos, amigos, parceiros e leito-

res para que pudessem, em algumas

palavras, expressar seu conceito sobre

essa publicação. Estamos muito orgulho-

sos e satisfeitos com o feedback que rece-

bemos. Foram vários depoimentos que de-

monstram o carinho que as pessoas têm

por nós. Aos amigos, que nos enviaram o

seu depoimento, declaro: o nosso respeito,

carinho e admiração sem dúvidas são recí-

procos. Falo sempre no plural porque não

sou eu, Renata, nem meu sócio, Mário

Neto, quem fazemos a InteRural. Somos

uma equipe, muito unida e, acima de tudo,

amiga.

Lembro-me das primeiras edições da Inte-

Rural, em que várias pessoas não acredita-

vam no nosso trabalho, negavam-nos as

coisas. Hoje, 3 anos depois, muitas dessas

desacreditadas, procuram-me e me elo-

giam pela nossa evolução. Sinto-me honra-

da por nosso trabalho, pois sei que é feito

com prazer; e quando levantamo-nos, to-

dos os dias, animados e felizes, tenho cer-

teza que isso é reflexo do nosso trabalho

também, afinal, passamos quase um terço

de nossas vidas nele. É muito tempo. En-

fim, de coração, e em nome de toda a Fa-

mília InteRural, nosso muito obrigada, por

fazerem parte de nossas vidas, por todo

esse tempo. Espero contar com vocês por

longos anos. Ainda quero fazer bodas de

ouro à frente dessa revista. Como eu acre-

dito que tudo que queremos, conseguimos,

com certeza estaremos juntos.

Bom, entrando no conteúdo, peço descul-

pas aos leitores, pois atrasamos alguns

dias nossa publicação de setembro, mas

por uma boa causa. Como é de conheci-

mento da maioria, a Exposição Agropecuá-

ria da Cidade de Uberlândia, o Camaru

2010, que teve início dia 28 de agosto,

encerrou-se no dia 7 de setembro, então

liberamos o material para a gráfica no dia 8

de setembro, para que você leitor esteja

sempre atualizado com as informações.

Como nossa publicação é mensal, se não

tivéssemos feito isso, vocês só receberiam

os resultados do Camaru 2010 em outubro

e, não consideramos isso justo.

Portanto, em destaque, na capa, o Camaru

2010, com todos os resultados das raças

Gir, Girolando, Brahman, Nelore, Mangalar-

ga Marchador, além das provas equestres,

rodeio e o torneio leiteiro, que premiou com

um carro zero o animal campeão. Caçamba

Bolton Boa Fé, um animal 5/8, de proprie-

dade da Girolando Muquém, conquistou

não só o carro e o torneio, mas superou em

16% o recorde da raça, sagrando-se como

recordista nacional da raça Girolando com

62,973 kg. Para quem não participou do

Camaru, basta ler a matéria, porque tudo o

que aconteceu por lá está na InteRural, não

ficou nada de fora.

Além da capa, pecuária, agricultura, ovi-

nos, resultados dos principais leilões, en-

fim, como eu sempre digo, é uma das mis-

sões da InteRural: Tudo que você leitor,

empresário do meio rural, precisa saber

para ficar informado sobre o nosso agrone-

gócio está aqui. Espero que gostem dessa

edição e aguardo-os em outubro.

EdIToRIAL

Direção geralMário knichalla [email protected] [email protected]

Editora e jornalista responsávelRenata Paiva Mtb 12.340 Mg

Diretor ComercialMário Knichalla Neto

RevisãoIvone Assis e Ione Mercedes

Diagramação Thaís Guetta [email protected]

RedaçãoWolney Domingos [email protected]

Consultoras de VendaDaiane [email protected]

Lydiane [email protected]

Consultoria JurídicaBreno Henrique Alfonso de Arruda

Fotógrafos ColaboradoresClécio Duarte Francisco César

ColaboradoresAgripoint / ReHagro

Pré-impressãoXPress Digital

ImpressãoGráfica Brasil

InteRural Uberlândia - MGRua Rafael Marino Neto nº 600Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 [email protected](34) 3210-4050

InteRural Itumbiara - GOAv. Beira Rio, 1001, sala [email protected]

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A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

ExPEdIENTEwww.interural.com

Renata Paiva

diretora de Jornalismo

SUMÁRIo

cLASSIFIcADOS

102 | Fique por dentro dos preços e realize

bons negócios nos classificados da InteRural

AgrIcuLturA

NEgÓcIOS

pEcuÁrIA

36 | Produção de Leite em Pasto

40 | Touro de Qualidade

44 | Higiene do Equipamento de Ordenha

LEILÕES

82 | A lei de Cultivares

ESpAÇO gOurMEt

88 | Expogenética

89 | Interleite

EVENtOS06 | Notas

86 | Confira três pratos da Tropical Genética

BrAhMAN68 | Teste de Progênie

20 | Nem dependência nem morte

26 | Esqueletamento de Cafeeiros 92 | Fazenda Panorama

100 | Leilão Elo do Leite

70 | Curso de Domação

página 50CAMARU 2010CAMARU 2010

OVINOSgIrOLANDO

OVINOSOVINOS

34 | Ovinocultura e abate clandestino

76 | Feira Pró-Genética comercializa

touros Girolando

As Melhores Opções em possuem

na Bateria de Touros Alta

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Grande Peso

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Pensou touros na TOP

PensouANCP

8InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010 www.interural.com

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Algodão ocupa área de soja e deve avançar até 20% em 2011

A área de algodão no Brasil vai aumentar entre 15% e 20% na safra 2010/2011, segundo especialistas

ouvidos pelo Diário Comércio e Indústria (DCI). O Mato Grosso, principal produtor do País, deve ter um espaço ampliado entre 10% e 15%, de acordo com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). Atualmente, fo-ram plantados 422 mil hectares da cultura no estado e, se a previsão se mantiver, o número será de 483 mil hectares para a próxima tempo-rada. Atualmente, há, aproximada-mente, 836 mil hectares de planta-ção de fibra no Brasil. De acordo com a Associa-ção Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o aumen-

Agricultores do alto Paranaíba estão satisfeitos com a safra de cebola

Minas Gerais é o sexto maior produtor de ce-bola do país. A cultura ocupa cerca de 2,3 mil

hectares, que devem render, este ano, cerca de 120 mil toneladas. Entre os municípios que se desta-cam, está Perdizes, no alto Parana-íba. São quase oito mil toneladas por ano. O agricultor Jair Varaldo quis aproveitar o bom momento. Ele aumentou a área plantada. “No ano passado, eu trabalhei com 22 hectares. Esse ano, aumentei para 38”, comentou. Para garantir melhores preços, o produtor adiantou em 20 dias a colheita da safra plantada em fevereiro. Segundo o agrôno-mo Araquém Toledo Pires, o saco de 20 quilos está sendo vendido a uma média de R$ 25,00, graças aos problemas que a Argentina vem sofrendo com a cultura.

“A cebola brasileira está me-lhor em qualidade do que a cebola argentina. A Argentina está com mui-tos problemas de transporte. Como eles tiveram problemas de controle fitossanitário, eles estão precisando repassar essa cebola e estão tendo uma perda muito grande”, explicou Pires. A cebola está bonita e me-lhor, rendendo mais. São cerca de 50 toneladas por hectare. São dez to-neladas a mais do que na última sa-

fra. O clima ajudou, e seu Jair está rindo a toa. “Esse ano superou na produção e no preço. Então, a gen-te acaba ficando bem mais feliz do que no ano passado”, comemora. Quem também ganha são os responsáveis pela colheita. Dife-rente de outras culturas, colhedeira não entra na plantação de cebola. O trabalho é todo manual. Como o mercado é exigen-te, são necessários alguns cuida-dos. Um deles é a aparência. Por isso, a cebola também passa por beneficiamento. O caminhão che-ga ao barracão, e os funcionários já começam a tirar a sujeira e separar as cebolas consideradas impróprias para o comércio. Mas da produção nada é descartado. Elas são classi-ficadas por tamanho de um a cinco. Oitenta por cento da cebo-la produzida na região são classifi-cados como de tipo três, conside-rados a de melhor qualidade.

Agricultores da região do alto Paranaíba, em Minas Gerais, estão satisfeitos com a safra de cebola. A produtividade e o preço agradam ao produtor.

to de área, a produção do algodão poderá subir para 1 milhão de to-neladas. “Os preços [do algodão] estão atrativos e, por isso, os pro-dutores já venderam parte de seus cultivos”, afirmou Haroldo Cunha, presidente da Abrapa. Segundo o executivo, foram vendidas, até agora, entre 300 mil e 400 mil to-neladas. “A maior parte foi negocia-da com o mercado internacional”, contou. O acréscimo de espaço para a cotonicultura no país será proporcional aos estados que mais produzem algodão. Para o presi-dente da Abrapa, Mato Grosso terá ganho de 90 mil hectares; enquan-to Bahia, 50 mil; e Goiás, 25 mil hectares. Gilson Ferrúcio Pinesso,

presidente da Ampa, também atri-bui o acréscimo da área da cotoni-cultura aos contratos já acertados para os mercados externo e inter-no. “Principalmente, o mercado doméstico, que está consumindo bem”, afirmou. Segundo Miguel Biegai Júnior, especialista da Safras & Mercado, o ideal é que produ-tores tenham entre 50% e 60% de negócios definidos com a expor-tação e a demanda interna. “Até 60%, o produtor está na margem de segurança. Se tudo correr bem, sem interferências climáticas, ele poderá ter lucro na próxima safra”, explicou Biegai. De acordo com a Associa-ção Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), até o momento, foi colhido.

InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com9

AGU aprova limite de venda de terras do País a estrangeiros

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio

Lucena Adams, aprovaram, no dia 23 de agosto, um parecer da Con-sultoria-Geral da União (CGU), que limita a venda de terras brasileiras a estrangeiros ou empresas brasilei-ras controladas por estrangeiros. O documento, segundo a Advocacia--Geral da União (AGU), levou em consideração alterações no contexto social e econômico no Brasil, assim como aspectos como a valorização das mercadorias agrícolas, a crise

mundial de alimentos e o desenvol-vimento do biocombustível. Com a nova interpretação, as compras de terras serão registradas em livros especiais nos cartórios de imóveis. Todos os registros feitos por empre-sas brasileiras controladas por es-trangeiros devem ser comunicados trimestralmente à Corregedoria de Justiça dos Estados e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. O pa-recer prevê, entre outras restrições, que as empresas não poderão ad-quirir imóvel rural que tenha mais de 50 módulos de exploração in-definida. Só poderão ser adquiridos

imóveis rurais destinados à implanta-ção de projetos agrícolas, pecuários e industriais que estejam vinculados aos seus objetivos de negócio pre-vistos em estatuto. Esses projetos devem ser aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. As res-trições alcançam também o tamanho da terra. A soma das áreas rurais per-tencentes a empresas estrangeiras ou controladas por estrangeiros não poderá ultrapassar 25% da superfície do município.

Histórico Em 1994, a pedido do Mi-nistério da Agricultura, a Consul-toria Geral da União (CGU) emitiu parecer argumentando que só poderia haver restrições à compra de terras por empresas brasileiras de capital estrangeiro, caso esse impedimento estivesse expresso no texto constitucional, o que não ocorria, segundo o entendimento da época, em conformidade com Constituição Federal de 1988. Mais tarde, em 1998, o parecer foi ratifi-cado pela AGU. Nas duas primeiras manifestações, a AGU sustentou que as restrições impostas aos es-trangeiros na aquisição de imóveis rurais no Brasil não era extensível às empresas brasileiras controlas por estrangeiros.

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S Entra em vigor nova lei de defesa sanitária animal em

Mato Grosso do Sul

Desde de 1º de julho, en-trou em vigor a nova lei de defesa sanitária ani-mal em Mato Grosso do

Sul. Feita em “parceria” com o se-tor produtivo e o Governo do Es-tado, a Lei n.º 3.823 é um instru-mento que flexibiliza os direitos e deveres das partes – produtores e órgão de defesa – contribuindo, ainda, para a criação de um canal de conscientização entre as partes envolvidas. A nova versão da Lei dis-ciplina, de modo abrangente, as matérias relativas à defesa sanitá-ria animal no Estado, uma vez que a Lei n. 1.953, de abril de 1999, era extremamente sucinta deixando de regular diversos assuntos de interesse setorial. Entre os avan-ços da Lei, está a criação de um canal de conscientização com a adoção de palestras socioeduca-tivas, além de flexibilizar ao pro-dutor/empresário a liberdade de ele mesmo gerir as atividades dos estabelecimentos pecuários e ou-tros, apoiado por um responsável técnico. Outro importante avan-ço estabelecido pela nova Lei é quanto à implementação e rea-tivação do Conselho Estadual de Saúde Animal (CESA) e, também, do Grupo de Atenção a Suspeita de Enfermidades Emergenciais (GEASE), que, além de levar às partes envolvidas o conteúdo prá-tico da Lei, ainda propõe solucio-nar possíveis impactos sanitários entre outras deficiências que os municípios possam vir a apresen-tar. A primeira redação teve início em 2007, sendo levada à Assembleia Legislativa para apre-ciação. A pedido do Governo do Estado, a versão foi tirada de pau-ta para novas discussões, o que ocorreu durante o ano de 2009, com a participação de técnicos da Agência Estadual de Defesa Sani-

tária Animal e Vegetal (Lagro), Fe-deração da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e Sindicato Rural de Campo Grande, representando, portanto, a média das aspirações. Nos últimos me-ses, a Lei foi novamente aprecia-da pela Assembleia Legislativa e, dessa vez, sancionada pelo gover-nador André Puccinelli, sendo pu-blicada no dia 22 de dezembro de 2009, na edição n.º 7.609 do Diário Oficial do Estado.Sobre a Lei A Lei n.º 3.823 institui a defesa sanitária animal no Estado de Mato Grosso do Sul e dispõe, também, sobre matérias correla-tas. Passam a integrar o conteúdo normativo, além das suas defini-ções, “os Órgãos de Deliberação Coletiva”; “o Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermida-des Emergenciais ou Exóticas” e o “Serviço de Inspeção e Fiscalização Sanitária do Estado”; “os Deveres Instrumentais do Administrado e da Inidoneidade de Documentos”; “a Redução do Valor da Multa, do Parcelamento e da Atualização de Débito”; “a Indenização de Pessoa, da Reparação de Dano e da Moda-lidade Especial de Pagamento de Multa”; “as Medidas Socioeducati-vas”; “o Prazo de Validade do Ins-trumento do Mandato e dos Atos na Sucessão Causa Mortis” e “o Dever de Sigilo”.

Volume de moagem tem alta de 33%

Minas Gerais já moeu cer-ca de 16 milhões de toneladas de cana-de-açúcar neste ano. A pro-dução, entre março e a primeira quinzena de junho, cresceu 33% ante a obtida no mesmo período do ano anterior, quando a mo-agem atingiu cerca de 12,1 mi-lhões de toneladas. A expansão deve-se à antecipação da colhei-ta e às condições climáticas favo-ráveis. Os dados são do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álco-ol de Minas Gerais. A produção de açúcar, entre março e a pri-meira quinzena de junho, atingiu 803 mil toneladas. O montante ficou 53% superior ao registrado em igual período de 2009.

Na mesma base de com-paração, no caso do etanol, já foram produzidos 659 milhões de litros, com aumento de 33% diante dos 495 milhões de litros registrados no mesmo período do ano passado. A qualidade da cana está 6% superior à da co-lhida no ano passado. A varia-ção é atribuída ao baixo índice de chuvas registrado nas regiões produtoras. O mix de produtos originários da cana é dividido em 57% para produção de etanol e 43% para o açúcar. No estado, 40 usinas já iniciaram a safra. A an-tecipação da colheita teve como objetivo aumentar a oferta inter-na de etanol.

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Erradicação da aftosa no país depende de controle em países vizinhos

O diretor-geral da Organi-zação Mundial de Saú-de Animal (OIE), Bernard Vallat, esclareceu, recen-

temente, que a conquista, pelo Brasil, do status de livre de aftosa, que atinge principalmente o reba-nho bovino, depende do controle da doença em países vizinhos. Se-gundo ele, o país já tem mais de dois terços de seu território livre da doença com vacinação e é um “exemplo de política de controle eficaz de enfermidades”, mas tem áreas de fronteira que ainda são de alto risco.“É preciso assegurar que países por onde circula o vírus da doen-ça, como Venezuela e Equador, adotem uma política de vacinação muito dura”, explicou. “É possível a erradicação total em breve, mas não sei quando, porque, em alguns

estados, o trabalho de vacina é muito difícil por razões logísticas, como o Amazonas”, afirmou Vallat, comentando a meta, anunciada no ano passado pelo ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, de erradicar a doença até o final de 2010. O atual ministro, Wagner Rossi, no entanto, não se mostrou confiante com a meta. “Eu não sei quem estabeleceu essa meta. Eu não fui”, assegurou. Depois, infor-mado sobre quem tinha estabele-cido a meta, Rossi declarou que o país está ajudando na imunização da doença em países de fronteira, para acelerar a conquista do status de livre com vacinação por todo o país. “Estamos avançando em vá-rias partes do país e, sobretudo, sobre o território dos nossos vizi-nhos, para ajudá-los”, afirmou.

Segundo Rossi, não adianta o país estar livre da doença se ela existir nos países vizinhos, porque isso ameaçaria as nossas fronteiras e o plantel de gado bovino nacio-nal. Vallat, que veio ao país para participar de um congresso de mé-dicos veterinários, aproveitou para ver o trabalho feito para a erradi-cação da aftosa na fronteira com a Bolívia, no estado de Rondônia. Ele ressaltou que o país deve adotar a estratégia de ir avançando aos poucos nas áreas reconhecidas li-vres sem vacinação, começando pela Região Sul, onde o controle está mais avançado. Atualmente, apenas Santa Catarina tem esse status. Segundo o diretor, o Pa-raná deve ser o próximo estado a conseguir esse reconhecimento pela OIE.

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S Uberaba/MG é destaque na genética para a avicultura

Além de se distinguir na área da produção de material genético para bovinos e ovinos, Ube-

raba também é destaque, quando se trata de material genético para a avicultura. Isto devido à instala-ção no município de uma empresa líder mundial em melhoramento genético de frangos e perus, com vários programas genéticos inte-grados em diferentes continentes, proporcionando maior seguran-ça de suprimento e rentabilidade para a indústria avícola mundial. Trata-se da empresa Avia-gen do Brasil, do Grupo Erich Wesjohann, cujos veterinários Edu-ardo de Albuquerque e Heraldo Ribeiro estiveram reunidos com o titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagri), José Humberto Guimarães. A unidade da empresa em Uberaba emprega, atualmente, 75

funcionários e está localizada na Fa-zenda Carasa, no sentido Uberaba/Uberlândia. A escolha para se instalar aqui, de acordo com o titular da Sa-gri, se deu em virtude da excelente localização do município tanto na obtenção de insumos quanto na questão da distribuição de seus pro-dutos. “A instalação da empresa em Uberaba evidencia a importância do município no cenário da biotecnolo-gia”, destaca Guimarães. Segundo ele, no município, existem mais de 200 aviários que produzem frangos, perus e ovos de uma forma integrada com as em-presas processadoras. Também em quase todas as propriedades rurais, existem pequenos criatórios de aves campestres ou caipiras. Como uma das preocupa-ções da empresa é com a sanidade avícola, aos visitantes o secretário de

Agricultura falou sobre o programa desenvolvido pela Sagri em parceria com a Certrim, que objetiva fomen-tar a produção de aves e ovos caipi-ras para o consumo familiar e venda do excedente e também orientar os pequenos produtores, dispensando a eles assessoria técnica, zootécnica e gerencial, o que inclui o manejo sanitário das aves. “Mostramos a eles que es-tamos vigilantes no que diz respei-to à maneira de atuação dos nossos pequenos produtores para que essa atividade, tão importante para o nosso município, não venha a pre-judicar esse empreendimento de grande porte da empresa”, explicou o secretário. No final do encontro, ficou acertado que a empresa irá partici-par de encontros promovidos pela Sagri, quando seus profissionais po-derão também orientar os aviculto-res uberabenses.

InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com13

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14InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010 www.interural.com

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S A TIRALEITE

A empresa TIRALEITE / SU-LINOX de Uberlândia foi uma das parceiras do Sindicato Rural de Uber-

lândia, durante a realização da 47ª Exposição Agropecuária.A TIRALEITE participou das ativida-des voltadas para a realização do “Torneio Leiteiro”. No local, foi ins-talada uma ordenhadeira mecâni-ca com capacidade para ordenhar ate 15 animais, simultaneamen-te. De acordo com o empresário Paulo César Garcia (TIRALEITE), a iniciativa do Sindicato em montar um equipamento dessa magnitu-de foi muito importante, porque oferece melhores condições para quem participa do torneio leiteiro e está em busca de comprovar o potencial de seus animais.Durante o evento, o leite do tor-neio ficou acondicionado em um tanque de resfriamento com ca-pacidade para 3 mil litros. Equipa-mento recém adquirido pelo Sin-

dicato Rural, fornecido pela TIRA-LEITE / SULINOX. Para Paulo César, a parceira é importante como for-ma de divulgar os produtos, equi-pamentos e serviços, uma vez que as pessoas que passam pelo setor são maioria produtores rurais com atividade leiteira.Outra participação da TIRALEITE no CAMARU 2010 foi na tradicio-nal “Fazenda Escola”. No local, em parceria com a Cooperativa Agro-pecuária Ltda. de Uberlândia –

CALU –, foi montada uma estrutura para apresentar a cadeia produtiva do leite. “Nós levamos para o local uma ordenhadeira mecânica e um tanque de resfriamento para ilus-trar como é o processo da ordenha e a armazenagem do leite, antes de seguir para a indústria”, explica Paulo Garcia.De acordo com o empresário, a TIRALEITE sempre participa da Fa-zenda Escola por ser um projeto de cunho educativo e social.

Empresa instala ordenhadeira mecânica para dar suporte ao Tor-neio Leiteiro e participa da 9ª edição Fazenda Escola

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CALU programa a construção da nova indústria

Após a aprovação da maio-ria dos cooperados, durante Assem-bleia Extraordinária realizada no dia 26 de agosto, no auditório da Câ-mara de Dirigentes Lojistas de Uber-lândia (CDL), a Cooperativa Agrope-cuária Ltda. de Uberlândia – CALU – prepara-se para a construção da nova indústria. O projeto já está concluí-do, e a nova planta abrange todo o laticínio da Cooperativa, que será

transferido para o distrito industrial de Uberlândia. São mais de 60 mil metros quadrados de área, que, além da fábrica, abrigarão a área administrativa da CALU. De acordo com o presidente da Cooperativa, Eduardo Dessimo-ni, a atual indústria capta, em mé-dia, 200 mil litros de leite por dia. A nova unidade terá capacidade de industrialização dobrada. “Haverá também a modernização do maqui-

nário e dos processos de produção”, adianta o presidente. O valor inicial do investimento é de R$ 15 milhões. Atualmente, a CALU conta com, aproximadamente, 3 mil asso-ciados, sendo em torno de 1 mil co-operados ativos, ou seja, fornecedo-res de leite. Com a criação da nova fábrica, a expectativa é que esse nú-mero cresça e a Cooperativa fortale-ça a atuação na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. O mercado também ganhará com a nova indústria da CALU. “Nós teremos a possibilidade de ampliar nosso portfólio de produtos e aten-der a mercados potenciais que não foram atingidos ainda porque nos-sa produção está limitada, devido à atual estrutura do laticínio”, explica o diretor geral Ulysses de Freitas. A CALU atende, hoje, além do mercado do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a regiões do Norte, Nordeste do país, e cidades no in-terior do Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo.

16InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010 www.interural.com

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A quantidade de pragas que têm se mostrado presentes nas unida-des armazenadoras de soja pode colocar produtores e indústrias em alerta. Conforme resultados de pesquisa realizada pela Embrapa Soja desde 2008, e que teve resul-tados divulgados recentemente, a cadeia produtiva do grão poderá ter sérios prejuízos, caso não se atente ao problema. No Estado onde ocorreram levantamentos em Espumoso a maior preocupa-ção é com a incidência de carun-chos e traças. Segundo o pesqui-sador da Embrapa Soja, Irineu Lo-rini, também já foram identificadas oito espécies de besouros e traças em unidades que armazenam soja nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná (Palotina, Londrina e Man-daguari), São Paulo (Orlândia) e Mato Grosso (Alto Garças). “Não se pode permitir que os compra-dores de nossos grãos apontem os contaminantes que existem em nossos produtos, criando barrei-ras para a sua comercialização e desvalorizando-os num mercado conquistado com tantos esforços”, ressalta. O também pesquisador da Embrapa Soja José de Barros França esclarece que três amostra-gens foram realizadas desde o iní-cio dos estudos. Uma em novem-bro de 2008, outra em junho de 2009 e a última em novembro do ano passado. Em cada ação reali-zada e em cada local visitado, fo-ram coletadas amostras de grãos e de sementes, que passaram por análises patológicas. Conforme os pesquisado-res, o relatório mostra que a quan-tidade de pragas nas unidades de-

ve-se ao maior tempo de armaze-nagem da oleaginosa e à crescente disponibilidade de alimentos para as invasoras. Lorini ressalta que a produção de grãos aumentou, mas a capacidade de armazenagem não cresceu na mesma proporção. “Até pouco tempo, os grãos de soja entravam no armazém para o beneficiamento e já eram desti-nados para a exportação ou para o consumo interno. O que obser-vamos é que o tempo de arma-zenagem tem aumentado, muitas vezes, ocorrendo sobreposição de duas safras”, argumenta. As análises apontaram pre-sença de fragmentos de insetos, deterioração da massa de grãos, contaminação fúngica, presença de micotoxinas. Embora ainda em baixa frequência, o besouro da es-pécie Lasioderma Serricorne é o que apresenta maior potencial de dano, tonando-se uma das maio-res preocupações. A praga é muito comum em fumo prensado e está migrando para a soja. “Este besou-ro fura o grão ou semente para se alimentar, o que traz prejuízos econômicos por causa da redução no peso e também abre uma por-ta para a entrada de fungos e to-xinas. Portanto, interfere também na qualidade do produto”, explica Lorini. Atualmente, só existe um produto registrado para o controle das pragas, à base de gás fosfina, que faz o expurgo dos insetos. No entanto o maior desafio dos arma-zenadores é a prevenção. “Precisa-mos desenvolver um trabalho mais voltado para a difusão de cuidados na colheita, na armazenagem e na

Pragas prejudicam soja armazenadasecagem, para termos grãos de qualidade”, comentou França, sa-lientando que, no final deste mês, deverá ocorrer uma reunião en-tre o setor produtivo, a Conab e a Embrapa para discutir métodos mais precisos de prevenção, como higienização de estruturas de ar-mazenagem, máquinas e equipa-mentos. Novas análises têm sido feitas ao longo deste ano e o ob-jetivo é dimensionar o problema para, então, apontar soluções. Se-gundo Lorini, a safra brasileira de grãos, nos últimos dez anos, sal-tou de, aproximadamente, 80 mi-lhões de toneladas para cerca de 140 milhões de toneladas, na safra 2009.

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Levando a informação do campo até você!

“Conhecimento e informação são pri-mordiais ao desenvolvimento do setor rural mineiro. Parabéns à InteRural que cumpre esse papel com extrema eficiência.”

Eduardo dessimonidiretor Presidente da CALU

“Vi a InteRural nascer e crescer com a mesma cara de quem está fazendo a Revista: humildade e profissional-ismo com qualidade e respeito aos clientes e parceiros. Continue assim no excelente trabalho de informar e mostrar as belezas de nossa lida ru-ral. Deus abençoe e santifique a todos. Um grande abraço.” Jerônimo Gomes Ferreira Morada Corinthiana

“A Revista InteRural traz a cada ed-ição um ótimo panorama sobre o agronegócio brasileiro. São questões sempre pertinentes e essenciais para o crescimento da pecuária nacional e o desenvolvimento de nosso país, o que condiz com os objetivos da Tor-tuga, e é por isso que nossa parceria perdura ao longo dos anos.”

Juliano Sabella Gerente de Marketing da Tortuga

3 anos‘‘’A Revista InteRural tem se tornado cada vez mais uma ponte de informações entre os produtores, unindo a técnica às boas práti-cas, que, juntas, geram o conhecimento para a profissionalização do setor. A raça Senepol (que vem mudando conceitos e produzindo resultados positivos) encontrou, na parceria com a Revista InteRural, uma oportunidade de aproximação com os produtores da região, divulgando os resultados dos projetos desen-volvidos tanto no cruzamento como na raça

pura. Em 3 anos de parceria, podemos mostrar que o Senepol é a porta de entrada da pecuária de resultado, levando o produtor moderno a in-vestir no futuro.’’

ricardo P. CarneiroSenepol da Soledade

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Notícias em Alta

1º Alta na Fazenda teve mais de 500 participantesFabio Nogueira FogaçaGerente de [email protected]://www.altagenetics.com.br/

Entre os dias 11 e 13 de agosto, a Alta realizou o 1º Alta na Fazenda. O evento aconteceu na propriedade de Ronald Rabbers, em Castro, PR. Mais de 500 pessoas vi-sitaram as estações montadas na Fazenda Rhoelandt e puderam co-nhecer diferentes realidades de uma propriedade produtora de leite que gera lucratividade. O Alta na Fazenda é um novo projeto, lançado pela Alta, com o objetivo de promover a integração das varias responsabilidades que cercam a atividade leiteira, utilizan-do, para o programa, propriedades rurais consideradas modelo e assis-tidas pela Alta. Diferentes empresas são convidadas a montar seus mó-dulos de apresentação, relacionados exclusivamente com a realidade diá-ria da produção. Nessa oportunidade a Alta mostra em loco o resultado real da genética que oferta expondo ani-mais provenientes de seus reprodu-tores e de seus programas. O local e a data do primei-ro Alta na Fazenda foram escolhi-das por serem referencial no setor leiteiro. A Rhoelandt é reconhecida nacionalmente como uma das me-lhores e mais eficientes proprieda-des de leite do país, e carrega títulos como: Melhor Média de Rebanho Brasileiro, Melhor Criador da Raça Holandesa, Criador Supremo e etc. Já a data, foi escolhida por coincidir com a Agroleite, uma das feiras ge-néticas e tecnológicas mais impor-tantes do setor leiteiro no Brasil. “Essas escolhas foram feitas para atrairmos um público mais pro-fissional e tecnificado que pudesse observar o que a Alta faz em uma fazenda bem como comprovar cada vez mais o porquê de nossa deci-são tomada há mais de 10 anos, de focar nossos esforços em serviços,

programas e pessoas, e principal-mente em entender o nosso parcei-ro em suas mais diversas demandas. O que desejamos mostrar são vacas e novilhas eficientes e integradas perfeitamente na necessidade do produtor e o que ele irá receber. Sem mentiras e nem surpresas. Queremos passar aos produtores que nós fazemos parte de sua luta diária , e por isso nos preocupamos com o seu sucesso.” Afirma Heverar-do Carvalho – Diretor Geral da Alta Genetics no Brasil. O 1º Alta na Fazenda teve a parceria das empresas Delaval, (conforto animal); a QGN ( nutrição e importância da gordura protegida no balanceamento de dietas); a Pio-neiros CastroVet (reprodução e tera-pias embrião). As estações da Alta, mostraram a genética de vacas em produção e genética em bezerras e novilhas. “A Rhoelandt possui hoje cerca de 600 animais, sendo mais de 300 vacas em lactação. Sua historia em melhoramento genético ultra-passa 57 anos, o que nos cria um desafio muito grande para melho-rarmos cada geração. O que mos-tramos aqui foram vacas funcionais, que se destacam em seu universo pelo mais correto balanço entre o máximo de produção e conforma-ção funcional. A cada geração a Alta está incrementando milhares de kg

na produção e pontos na classifi-cação para tipo. Tudo isso por que temos a confiança e liberdade nos dada pelo amigo Ronald.” Comple-menta Fabio Fogaça – Gerente de Leite Alta. “Abrir a fazenda para mais de 500 convidados é uma situação delicada, pois estamos sujeitos a varias observações do que fazemos ou do que somos. Mas a parceria da Alta nos dá muita tranqüilidade e confiança em que as observações feitas seriam plenamente respon-didas e que o mérito genético e de produção de nossa fazenda foram com certeza o assunto principal de cada visitante. E foi exatamente isso que aconteceu, estou muito seguro e satisfeito com a Alta, pois ela fun-ciona como um departamento da fazenda. Ela participa de nosso dia a dia bem como de nossos desafios e sucessos.” Afirma Ronald Rabbers.

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Destaques da Estancia Dolly tem sêmen disponível na AltaEdson Ramos SiqueiraGerente de Produto Caprinos e [email protected]

Chegaram a central da Alta Genetics em Uberaba, dois reprodutores de destaque da Estancia Dolly:

Paiakan é filho do grande Takaká foi Grande Campeão Nordestino, da Expovelha e de muitas outras pis-tas. Mas seu maior destaque não é na campanha nos rebanhos elite. Paiakan é um exímio ganhador de peso. Sua produção é realmente ex-traordinária e reflete suas excelentes características frigoríficas. Carneiro de muito arqueamento e volume de carcaça com posterior convexo. Muito profundo e com virilhas bai-xas que demonstram sua precoci-dade. Paiakan pesa 150Kg , e todo esse peso e volume corporal é sus-tentado por membros de aprumos perfeitos.Paiakan foi utilizado em larga escala nos animais de campo da Estância Dolly, seus filhos foram abatidos aos 120 dias com média de 35 kg vivo e rendimento de carcaça de 51% e muitas de suas filhas utilizadas para a reposição de matrizes. Uma excelente opção para rebanhos multiplicadores, que buscam me-

Mr. Dicalli

Paiakan

lhorar suas matrizes e reprodutores. MR. DICALLI é filho do Pajé com Amaralina 334, ovelha destacada dos rebanhos de elite que foi re-corde de preço no primeiro leilão Marambaia em 2006. Mr. Dicalli foi grande campeão em diversas pistas no estado de São Paulo. Sua campa-nha foi destacada por onde passou foi campeão. Excelente caracteriza-ção racial e comprimento corporal diferenciado, Mr. Dicalli é uma ex-celente opção de animais precoces e para o cruzamento com linhagens fechadas. Suas filhas são excelentes matrizes com boa estrutura corpo-ral e habilidade materna. Seus filhos também se destacam pela precoci-dade de ganho de peso.Mais uma vez a parceria Alta e Es-tância Dolly, coloca no mercado reprodutores destacados, e agora com o Santa Inês Peso Pesado.Invista e melhore o seu rebanho uti-lizando o sêmen de um reprodutor peso pesado.

Superiora FIV COMAPI, Filha do Posther da COMAPI X Hilare da UNIMAR, consagrou-se como Primeiro premio Bezerra de 08 a

09 meses da raça Nelore. Marcos Labury GonçalvesGerente de Produto [email protected]

“Posther vem fazendo filhas com muita beleza racial. Além disso é im-pressionante a capacidade de trans-missão de caracteristicas como vo-lume de posterior e uma linha dorso lombar forte que permite seus ani-mais andarem muito facilmente em seus aprumos.” comenta Marcos La-bury - Gerente de ProdutoPosther da Comapi é filho de Basco da Naviraí em matriz Panagpur, sua avó materna é uma das matriarcas da raça, a famosa Libra da CB.Posther é provado pelo Sumário ANCP e pelo Sumária Embrapa/ABCZ.

Sobre a Exposição de Araçatuba

A raça Nelore participou do primei-ro turno de julgamentos da 51ª Ex-posição Agropecuária de Araçatuba, que aconteceu de 08 a 13 de Julho.

Cerca de 650 animais, de 60 expo-sitores dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia, participaram da feira.De acordo com a zootecnista e or-ganizadora da raça Nelore na Expo Araçatuba, Daniele Marques de Al-meida, o destaque para 2010 foi a qualidade dos animais em pista. “A Expo Araçatuba é uma feira muito importante e tradicional em nosso país, por isso sempre tivemos aqui os melhores animais”, afirma.A Exposição de Araçatuba é parte do Ranking da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), contando pontos para o ranking es-tadual e nacional. Estavam presen-tes todos os animais com disputa pelo Ranking: animais participantes e ganhadores de várias Exposições Rankiadas.Os julgamentos da raça acontece-ram no dia 07 de julho e terminaram

no dia 11. Os jurados responsáveis pelo julgamento do Nelore foram : Rodrigo Cançado; Otavio Vilas Boas e José Augusto de Barros, que fa-zem parte do quadro de jurados da ABCZ e ACNB.

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Café

A sociedade brasileira com-pleta 25 anos de demo-cracia plena, sob o manda-mento de eleições amplas

e sucessão saudável de orientações políticas na condução da Nação. Concomitantemente, a sociedade civil aprendeu a se organizar, eco-ando seus pleitos junto às estruturas de tomada de decisão, conferindo maior vitalidade para a organização política do país. Por mais reconheci-dos que sejam os defeitos da demo-cracia brasileira, temos que aceitar que ainda não se descobriu outra forma melhor para se organizar o convívio social. A manifestação da socieda-de civil, em muitas ocasiões, con-centra-se apenas na denúncia, ca-recendo de uma via afirmativa que nos liberte de posições “sinucadas”, que até podem atrair a atenção dos inconformados, mas que não cons-tituem bases para o avanço do co-nhecimento e, consequentemente, das suas ações. A temática do aceite da ori-gem brasileira nas negociações dos contratos C na bolsa de Nova Ior-que¹ constituiu-se em um assunto que motivou posicionamentos prós e contras com as mais diferentes matizes2. Em razão dessas divergên-cias, faz-se necessária a continuida-de das análises sobre essa questão. As bolsas de futuros consti-tuem-se em lócus de formação para as cotações de dezenas de produ-tos que, além de aceitação global, exigem homogeneidade e grandes volumes ofertados. Trata-se de es-paço organizado de encontro entre os ofertantes e demandantes. Nesse encontro, ocorre a arbitragem das cotações que, na grande maioria dos casos, servirá como sinalizador dos preços a serem praticados nas transações, quer tenham ou não as bolsas como ente participante. Suas receitas advêm dos emolumentos que são gerados pelo fluxo de li-

quidez dos contratos negociados. Portanto, seu permanente interesse é que a liquidez se amplie, valori-zando suas ações e a fortalecendo como instituição financeira. As bolsas não induzem preços. Tampouco administram os mercados ou geram qualquer arti-ficialismo para as transações entre as partes vendedora e compradora. Não é sua prerrogativa estabelecer diferenciais de remuneração em ra-zão das qualidades diferenciadas dos tipos de um mesmo produto. Não favorece nem prejudica a nin-guém. Para a decepção de alguns, tudo aquilo que ocorre diariamen-te nas bolsas não ratifica as teorias conspiratórias. A qualidade do movimento bursátil consiste em agregar trans-parência para a formação das co-tações. Ademais, oferece condições para o planejamento do investimen-to, uma vez que a sinalização de co-tações também precifica o futuro. A possibilidade de transferência de riscos entre os agentes permite uma gestão da comercialização dos pro-dutores com claras vantagens para toda a sociedade, pois, desse modo, não se assiste a escaladas abruptas de preços dos produtos de sua ime-diata necessidade. Nas transações envolvendo café nas bolsas, formam-se cotações que refletem as diferenças entre: os tipos (arábica e robusta); a qualida-de da bebida; as despesas logísticas; com impostos e a posição relativa de oferta disponível das diferentes ori-gens na composição do suprimento global. A conjunção de todos esses fatores confere alta complexidade para a formação das cotações, e o surgimento de diferenciais é disso um reflexo. A ocorrência de diferen-cial é um fenômeno intrínseco do mercado e que atua em âmbito das commodities agrícolas e minerais³. Em situações de livre mer-cado, como é o caso dos negócios

Nem dependência nem morteCelso Luis Rodrigues Vegro, mestre em desenvolvimento, Agricultura e Sociedade e Pesquisador do IEA.Félix Schouchana, Economista, consultor e professor de derivativos agropecuários da FGV e BM&FBoVESPA.

que ocorrem com o café brasileiro, a transmissão de preços (contabiliza-do o diferencial vigente no momen-to) pode ser considerada plena. Essa situação atual já torna indiferente a decisão entre entregar café na BM&F ou em Nova Iorque mesmo sem considerar o aceite desta última bolsa para a origem brasileira. Nova Iorque sinaliza com o aceite, pois precisa incrementar fon-tes de liquidez para seus negócios. Ao atrair novos agentes, os adminis-tradores da bolsa contribuem para uma formação de preços mais justa e, consequentemente, melhor para os cafeicultores, que, por natureza do ofício (obviedade necessária), co-mercializam café. Outros fatores pró-Nova Ior-que podem ser explicitados. A aber-tura de mais uma alternativa para a venda do café fortalece o poder de barganha dos cafeicultores perante seus clientes (traders, exportadores, torrefadores). Nova Iorque sempre será um canal de comercialização de última instância, pois, como sa-lientamos, num ambiente de trans-ferência plena de preços (livre mer-cado), torna-se indiferente entregar lá ou em São Paulo. Não há como diminuir a facilidade, que é a possi-bilidade de entregar em São Paulo, comparativamente à sua exportação para Nova Iorque. A opção de criar um novo

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contrato na Bolsa de Chicago (CME) esbarra no foco de maior com-petência dessa bolsa, que são os grãos. A atração dos especulado-res por meio de emolumentos mais vantajosos, por si, não cria nem de-senvolve mercado, pois essa taxa é um componente meramente margi-nal na precificação do produto. Um contrato de café natural em Chica-go iria causar a canibalização desse mercado em prejuízo de todos que atuam com café, especialmente, as duas maiores bolsas estaduniden-ses. A verdadeira competição entre as bolsas deve ocorrer em suas capacidades em atrair liqui-dez, visando à valorização de suas ações em ambiente que cada vez mais pressiona para movimentos de consolidação do capital (as chama-das fusões progressivamente mais comuns entre as bolsas por meio da troca de ações). Se existir de fato um vivo interesse em se criar um contrato de natural no exterior, a inteligência comercial nacional deveria apon-tar para a Bolsa de Xangai ou de Dalian, com participação ativa da BM&FBovespa, por meio da inte-gração de suas mútuas Câmaras de Compensação. Os chineses estão mais dis-postos a carregar risco em face da monumental liquidez que sua eco-nomia exibe. Essa alternativa para os contratos de café natural permi-tiria inclusive o desenvolvimento do mercado para a bebida, que ainda é apenas uma promessa para o futu-ro. Todavia, para que a entrega

da origem brasileira não se trans-forme no “dito gato por lebre”, al-gumas condicionantes precisam ser observadas, como: O contrato terá que definir onde o café poderá ser entregue no físico (estimado em menos de 1% do total a ser negociado).

O credenciamento de armazéns incluirá

estabelecimentos situa-dos no país?

•quais os critérios a serem utilizados para determinar o diferencial a ser aplicado para a origem brasileira;

•caso o diferencial exiba um desá-gio muito inferior àquele que tradi-cionalmente vigora para o natural, corre-se o risco de que os cafeicul-tores brasileiros partam para entre-ga no físico, ocorrência totalmente indesejável para a bolsa;

•se apenas os armazéns estaduni-denses estiverem credenciados para a entrega no físico, os custos logís-ticos incorridos desestimularão a participação dos cafeicultores brasi-leiros em operar com Nova Iorque; e

•se o deságio estipulado pela bolsa de Nova Iorque estiver fora das ex-pectativas do mercado, os prêmios e deságios em Santos irão equilibrar a conta para o trader. Assim, se o de-ságio da bolsa for grande, os prê-mios em Santos aumentarão para refletir a oferta e a demanda dispo-nível no momento e vice-versa.

Portanto, não basta colocar o produto brasileiro no contrato de Nova Iorque, é preciso definir tanto os aspectos acima como outros, não aqui detalhados, para que a iniciati-va não seja brindada com frustração generalizada. Independente da decisão fi-nal dos gestores da bolsa de Nova Iorque, a trajetória para a cafeicultu-ra brasileira continuará firmemente apoiada no alicerce da inovação tec-nológica/desenvolvimento, fortale-cimento da cafeicultura vinculada às cooperativas de produção; o in-cremento da qualidade por meio de atenção total à pós-colheita e das políticas públicas pró-mercado com apoio das bolsas de mercadorias, em que os riscos do negócio podem ser mitigados.

1. O Ministro da Agricultura brasilei-ro formalizou o pedido de inclusão do café brasileiro nas operações da Bolsa de Nova Iorque (ZAFALON, M. Brasil quer ficar livre da aftosa ain-da em 2011. Folha de São de Paulo, Mercado, B10. 19/07/2010).

2. Apontamos apenas dois artigos que refletem ponto de vistas diver-gentes: “Reconhecidos pelo Méri-to”, representando o ponto de vis-ta favorável, e “Independência ou Morte”, que não percebe qualquer vantagem na abertura novaiorquina. Ambos os artigos podem ser locali-zados nesse portal.

3. No caso do petróleo existem co-tações para o tipo Brent e para os tipos mais pesados. Nos minerais, de modo geral, intercede o teor de pureza e os tipos de misturas que compõem a rocha originária.

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Mercado

O quê e quanto será plantado na safra 2010/2011?

Wagner Tompson EstanislauEngenheiro Agrônomo – dSc.

Equipe Técnica de Agricultura – ReHAgro

Muito interessante essa pergunta, pois retrata a real situação do empre-sário do agronegócio.

Qual o nível de interação que os produtores têm com o mercado, para que possam obter bons re-sultados no seu negócio e, coe-rentemente, vender sua produção com rentabilidade. Qual a solução, senão acompanhar o mercado com suas respectivas informações e suas perspectivas? Informações essas originadas de estudos e ava-liações sobre o histórico das pro-duções, demandas, estoques re-guladores e preços. O agronegócio brasilei-ro está passando por um proces-so muito importante, que vem se ajustando ao longo de 10 anos. Ainda há muito que construir, já que a agropecuária ganhou uma força muito grande no cenário na-cional e internacional. Junto com esse desenvolvimento, que tem colocado o Brasil entre os princi-pais líderes mundiais do agrone-gócio, com grande tendência para ser o líder, também cresceram ou-tros fatores, como, a competitivi-dade, a necessidade de estudos, os planejamentos e investimen-tos. Uma vez que o agronegócio é composto de vários setores, um dos mais pertinentes é a unidade de produção - a empresa rural. Sem avaliar esses fatores, fica mui-to frágil o negócio, fazendo com que o produtor se torne alvo fá-cil do mercado, podendo cair em círculos viciosos e deixar de cons-tituir uma empresa sólida e rentá-vel. A CONAB (Companhia Na-cional de Abastecimento) tem sido um agente muito necessário nesse processo, evoluindo sempre na im-portante missão de oferecer infor-

mações cruciais sobre a safra bra-sileira, como produtividades, de-mandas e estoques. Informações que podem ser objetos de estudo para o planejamento da safra. É de suma importância o acompanha-mento de mercado para estabele-cer objetivos com relação ao que se vai plantar e, principalmente, ao modelo de produção. Culturas de verão e safrinha ou culturas de in-verno têm que compor o ano agrí-cola das unidades produtivas, com o intuito de otimizar a sua área, le-vando em conta se as condições climáticas permitem um segundo plantio. O último levantamento re-alizado pela CONAB contou com a contribuição de 68 técnicos do órgão, em vários municípios de peso no agronegócio, agregando produtores, agrônomos e técni-cos, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural, agentes financeiros e revendedores de insumos, os quais possibilitaram

obter um conjunto de informações sobre a safra de grãos com grande propriedade e confiabilidade. Com a colaboração do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica), foi organizado um plano de harmonização das estimativas das safras no Brasil. Essa união de ór-gãos federais, estaduais e muni-cipais só pode gerar um trabalho rico de informações e de grande importância, podendo ser usado como auxílio para a tomada de decisão nos mais diversos setores envolvidos com o agronegócio. Os grandes riscos e incer-tezas são condições a que os pro-dutores estão sempre sujeitos na agricultura, portanto, informações técnicas e econômicas devem ser a base para administrar e minimizar esses riscos. As previsões ajudam muito, mas é planejando que se diminuem os riscos. Cada vez que se intensifica uma atividade, aná-lises são mais importantes ainda, observando sempre a viabilidade técnica e econômica de cada sis-

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MUNDO EUA BRASIL ARGENTINA PARAGUAYBOLÍVIAURUGUAYCHINAKOREA DO SULKOREA DO NORTE JAPÃOINDIA CANADÁUKRÃNIA RÚSSIAINDONÉSIAVIETNAMTAILÃNDIAMYANMAR(BURMA)ITÁLIAFRANÇAÁFRICA DO SULNIGÉRIAUGANDASÉRVIAMÉXICO IRANOUTROS

2006/2007

94,2830,1920,7016,302,400,850,379,280,090,140,148,121,200,710,820,620,210,150,150,180,050,180,430,150,170,050,100,53

2007/2008

90,8125,9621,3016,602,600,730,428,700,080,140,148,801,170,630,710,600,280,140,150,130,030,170,440,150,150,050,100,44

2008/2009

96,6430,2121,3017,501,800,730,499,300,090,140,149,601,210,550,730,620,280,120,150,140,020,230,440,150,150,070,110,37

2009/2010

101,9230,9123,5018,602,680,900,808,800,080,140,159,601,380,630,790,620,200,110,160,140,040,310,440,150,150,080,120,44

%

100,030,3323,0618,252,630,880,788,630,080,140,159,421,350,620,780,610,200,110,160,140,040,300,430,150,150,080,120,43

2006/2007

2,522,882,852,992,581,942,941,721,731,191,580,952,881,250,991,311,471,451,173,102,731,131,021,102,121,482,401,92

2007/2008

2,432,812,862,782,621,442,001,611,501,191,631,062,311,030,921,301,461,501,173,142,751,711,021,102,201,432,401,58

2008/2009

2,322,672,682,502,221,641,751,811,591,191,631,042,731,450,971,291,461,501,173,412,751,741,021,102,412,462,361,86

2009/2010

2,552,962,942,932,691,852,001,671,711,081,570,912,541,681,191,291,501,551,193,502,591,891,021,102,411,502,171,84

2006/2007

237,5487,0059,0048,806,201,650,82

15,970,160,160,237,693,460,890,810,820,310,210,180,550,120,210,440,170,350,080,241,02

2007/2008

220,8872,8661,0046,206,801,050,83

14,000,110,160,239,302,700,650,650,780,410,210,180,410,090,280,450,170,330,080,240,71

2008/2009

224,1580,5457,0043,804,001,200,85

16,800,140,160,23

10,003,300,800,700,800,410,180,180,460,070,400,450,170,350,160,260,74

2009/2010

259,7091,4269,0054,507,201,671,60

14,700,130,150,238,753,501,050,940,800,300,170,190,490,110,590,450,170,350,110,250,88

%

100,0035,2026,5720,992,770,640,625,660,050,060,093,371,350,400,360,310,120,070,070,190,040,230,170,070,130,040,100,40

ÁREA (milhões de Ha)

PRODUTIVIDADE (Ton/Ha)

PRODUTIVIDADE (milhões de Ton)

tema, ou seja, a rentabilidade e a lucratividade. Entendendo um pouco o mercado, sobre o “milho”, por exemplo, considerando as safras de verão e safrinha 2009/2010, mesmo com a área reduzida em

MUNDO EUA BRASIL ARGENTINA PARAGUAYBOLÍVIAURUGUAYCHINAKOREA DO NORTE JAPÃOINDIA CANADÁUKRÃNIA RÚSSIAINDONÉSIAVIETNAMTAILÃNDIAMYANMAR(BURMA)ITÁLIAFRANÇAÁFRICA DO SULNIGÉRIAUGANDASÉRVIAMÉXICO IRANOUTROS

ÁREA (milhões de Ha)

PRODUTIVIDADE (Ton/Ha)

PRODUTIVIDADE (milhões de Ton)

2007/2008

160,6735,0129,4814,703,267,351,531,011,082,550,268,301,373,561,901,210,722,741,151,001,303,304,002,321,300,45

29,82

2008/2009

157,3831,8329,4014,202,257,451,751,061,202,500,328,401,173,702,401,300,732,661,201,021,653,004,702,300,800,52

29,57

2009/2010

156,0032,2130,4013,002,706,231,650,921,182,350,278,001,153,132,101,200,832,511,201,001,103,254,902,001,100,50

31,12

%

100,0020,6519,498,331,733,991,060,590,761,510,175,130,742,011,350,770,531,610,770,640,712,083,141,280,710,32

19,95

2006/2007

4,759,395,333,648,043,038,708,876,643,324,081,948,472,033,765,488,582,393,963,803,602,521,662,300,566,592,26

2007/2008

4,939,465,173,996,403,089,499,413,731,546,572,338,502,113,893,368,582,654,003,853,043,991,632,410,406,442,27

2008/2009

5,009,665,633,496,003,369,039,537,473,005,682,089,062,094,754,628,522,574,174,024,003,501,682,220,407,782,39

2009/2010

5,1910,342,104,088,333,429,278,636,363,196,232,168,312,655,005,338,212,484,404,103,594,311,791,950,598,002,10

2006/2007

712,28267,50151,6051,0022,5022,3512,789,408,108,501,26

15,108,996,706,406,426,156,234,253,803,607,307,805,000,702,80

66,05

2007/2008

786,47307,39165,5049,5013,5025,0015,8010,108,967,501,84

17,5010,607,75

11,406,006,186,845,004,106,60

10,507,905,100,324,15

71,44

2008/2009

786,47307,39165,5049,5013,5025,0015,8010,108,967,501,84

17,5010,607,75

11,406,006,186,845,004,106,60

10,507,905,100,324,15

71,44

2009/2010

809,02333,10155,0053,0022,5021,3015,307,907,507,501,71

17,309,568,30

10,506,406,826,245,284,103,95

14,008,763,900,654,00

74,45

%

100,0039,0821,046,291,723,182,011,281,140,950,232,231,350,991,450,760,730,870,640,520,841,341,000,650,040,539,08

2006/2007

149,9128,5928,4614,002,807,381,471,061,222,560,317,801,063,301,701,170,722,311,071,001,002,904,702,191,250,43

29,17

Tabela 1: Área plantada, produtividade e produção de milho no mundo, fonte: USDA no período de 2006 a 2010.

torno de 8,7%, houve um incre-mento na produtividade de qua-se 15%. Com uma produção 4,8% maior quando comparado com o resultado da safra 2008/2009. Es-ses números positivos são resulta-do, principalmente, da adoção de

tecnologia no sistema produtivo e do clima favorável dessa safra. Para a “soja”, o compor-tamento climático foi decisivo no resultado positivo da produção. Com a safra 2009/2010 superior em 20,2% com relação a safra

Tabela 2: Área plantada, produtividade e produção de soja no mundo, fonte: USDA no período de 2006 a 2010.

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PRODUTO

MILHO

SOJA EM GRÃOS

FARELO DE SOJA

ÓLEO DE SOJA

ESTOQUE

INICIAL

8.553,607.801,703.135,403.268,303.300,20

11.860,5011.026,80

4.522,004.522,202.734,702.469,703.675,604.540,10675,00

2.155,402.030,601.824,601.782,602.306,603.053,002.087,80

319,90330,10279,00214,50275,10246,20289,80

SAFRA

2003/042004/052005/062006/072007/082008/092009/10

2003/042004/052005/062006/072007/082008/092009/10

2003/042004/052005/062006/072007/082008/092009/10

2003/042004/052005/062006/072007/082008/092009/10

PRODUÇÃO

42.128,5035.006,7042.514,90 51.369,9058.652,3051.003,8053.459,70

49.988,9052.304,6055.027,1058.391,8060.017,7057.161,6068.707,90

22.673,0023.127,0021.918,0023.947,0024.717,0023.187,8025.679,50

5.510,405.692,805.479,505.909,006.259,505.872,206.503,30

IMPORTAÇAO

330,5597,0956,0

1095,5808,0

1132,9500,0

349,0368,048,897,996,3

100,070,0

187,8188,7152,4101,2117,3100,0100,0

27,03,2

25,444,127,415,030,0

SUPRIMENTO

51.012,6043.405,4046.606,3055.733,7062.760,5063.997,2064.986,50

54.859,9057.194,8057.810,6060.959,4063.789,6061.801,7069.452,90

25.016,2025.346,3023.895,0025.830,8027.140,9026.340,8027.867,30

5.857,306.026,105.783,906.167,606.562,006.133,406.823,10

CONSUMO

38.180,0039.200,0039.400,0041.500,0044.500,0045.205,0046.359,00

31.090,0032.025,0030.383,0033.550,0034.750,0032.564,0037.300,00

8.500,009.100,009.780,00

11.050,0011.800,0012.000,0012.200,00

3.010,003.050,003.150,003.550,004.000,004.250,004.980,00

EXPORTAÇAO

5.030,901.070,003.938,00

10.933,506.400,007.765,408.500,00

19.247,7022.435,1024.957,9023.733,8024.499,5028.562,7027.030,00

14.485,6014.421,7012.332,4012.474,2012.287,9012.253,0012.900,00

2.517,202.697,102.419,402.342,502.315,801.593,601.380,00

ESTOQUEFINAL

7.801,703.135,403.268,303.300,20

11.860,5011.026,8010.127,50

4.522,202.734,702.469,703.675,604.540,10675,00

5.122,90

2.030,601.824,601.782,602.306,603.053,002.087,802.767,30

330,10279,00214,50275,10246,20289,80463,10

2008/2009, chegando a 68,71 mi-lhões de toneladas. Esse cenário positivo, com grandes safras no Brasil, como também nos Estados Unidos e China, maiores produtores de mi-lho e soja, mostra uma tendência dos estoques se equilibrarem com um volume acima da média. Os EUA, a China e o Bra-sil significam, juntos, em torno de 66% da produção mundial de mi-lho e 67% para a soja, lembrando que a China precisa importar para atender a sua própria demanda. Diante disso, o produtor pode esperar uma situação de custos mais baixos para a próxima safra (2010/2011), mas também segui-da de margens apertadas. O setor tem que entender que isso é uma realidade, maiores produtividades, menores custos e menores margens. Olhando o mercado interno de milho e soja (Tabela 3), os estoques estão altos, inclusive para produtos derivados

da soja. Por outro lado, as expor-tações também estão com boas perspectivas. Os EUA, até este pe-ríodo, exportaram 38,3 milhões de toneladas de milho, 10% superior ao que foi negociado no mesmo período de 2009. A Argentina está com previsão de 13 milhões de toneladas de milho para esse ano, contra 8,3 milhões em 2009. Para o Brasil, não é diferen-te, atrás dos EUA e da Argentina no cenário mundial, como expor-tador de milho, em 2007, exportou 11 milhões de toneladas, um re-corde, uma vez que, nessa ocasião, a União Europeia sofreu uma gran-de quebra de safra, demandando maiores quantidades de milho. Apesar de, em 2010, as ex-portações estarem 27% inferior em relação ao mesmo período de 2009, considerando que, no se-gundo semestre, as exportações são maiores. A expectativa é de que as exportações, em 2010, al-

cancem um volume maior do que as 8 milhões de toneladas previs-tas pelo Ministério da Agricultura. Segundo os analistas, o Brasil tem que exportar pelo me-nos 10 milhões de toneladas de milho em 2010 com o intuito de aliviar a pressão do mercado nos preços. As expectativas são de maiores colheitas com menores ganhos, mostrando que, mesmo com a redução de custos, o preço pago por produto vai ser menor. Esse estudo vem ao encon-tro da necessidade de fazer com que o conhecimento chegue aos profissionais do agronegócio com qualidade, e que, a partir desse ponto, possa entender um pouco mais sobre a cadeia que envolve o produto em questão, seja ele mi-lho, soja ou qualquer outro, não só na parte técnica, como também na gestão, que, hoje, é uma ferra-menta imprescindível para quem atua nos mais diversos setores.

Tabela 3: Dinâmica do mercado, produção e consumo de milho e soja no Brasil no período de 2003 a 2010.

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Esqueletamento de cafeeiros, a moda e o modo

Alysson Vilela Fagundes e André Luiz Alvarenga Garcia - Engenheiros Agrônomos Mestres em Fitotecnia - PRoCAFÉ.

depauperadas ou atingidas por in-tempéries como granizo e geadas; 4) Promover um reequilíbrio entre a par-te aérea e o sistema radicular; 5) re-duzir a altura da planta, melhorando a colheita; 6) escalonamento de colheit-as (Sistema Safra Zero); 7) racionaliza-ção de custos; 8) aumentar e renovar a quantidade de ramos produtivos.

Situações importantes:

Quando falamos em esquele-tamento, temos que raciocinar em cima de quatro questões básicas: 1) Esqueletar quando? 2) De quanto em quanto tempo? 3) O esqueletamento realmente aumenta a produtividade? 4) Posso reduzir adubação e trata-mento fitossanitário em lavouras po-dadas?

1) Quando esqueletar?

O esqueletamento deve ser feito, o quanto antes possível, a partir do mês de Julho. Ensaios realizados na Fazenda Experimental de Varginha comprovam que as melhores épocas de esqueletamento, no ano seguinte à poda, para o cultivar Mundo Novo, são os meses de julho e agosto, sendo

o mês de setembro intermediário e a partir de outubro inferior. Já para o cultivar Catuaí, o mês de julho foi su-perior, os meses de agosto e setembro foram intermediários e a partir de out-ubro inferior. No ano seguinte, houve uma compensação e as épocas infe-riores no ano anterior passaram a ser superiores no ano seguinte. Portanto, quando se analisa, em dois anos, não há diferença para a época de esquele-tamento, mas é recomendável que seja realizado o quanto antes possível para recuperação do capital investido no ano de vegetação da planta (Tabe-la 1). Dessa forma, a colheita deve ser planejada com antecedência, pois os talhões destinados ao esqueletamen-to devem ser colhidos anteriormente.

De quanto em quanto tempo? O esqueletamento deve ser realizado sempre que as condições vegetativas da planta necessitarem dessa prática; mas, geralmente, é re-comendável que seja realizado em prazos ímpares de colheitas, ou seja, uma, três, cinco ou mais safras. Isso devido à bienalidade de produção após a poda. Entretanto deve-se sem-pre observar a resposta de produção, que pode sofrer influência de fatores

O esqueletamento é, atu-almente, o tipo de poda mais utilizado na cafei-cultura. Porém, nos dois

últimos anos, essa poda vem au-mentando substancialmente sem respeitar as condições necessárias para sua execução.

Tabela 1. Produtividade média das cultivares Mundo Novo e Catuaísubmetidas à poda de esqueletamente em difeentes epocas do ano 2005.

Definição:

O esqueletamento consiste no corte dos ramos laterais associado a um de-cote. O ideal do corte lateral é fazê-lo em forma cônica, iniciando-se o corte no terço superior entre 20 e 30 cm de distância do ramo ortotrópico e terminando-o no terço inferior com 30 a 50 cm. Caso esse corte seja mais longo entre 50 e 70 cm de distância do ortotrópico, essa poda passa a ser chamada de desponte. Já o corte do topo da planta (decote) pode ser feito de 1,2 a 2 metros de altura, sendo de extrema importância para a quebra da dominância apical, melhorando a bro-tação dos ramos laterais.

Finalidades do Esqueletamento:

Dentre as diversas finalidades do esqueletamento, podemos citar: 1) abertura de lavouras fechadas; 2) recuperação da saia de lavouras sombreadas (antes da morte desses ramos); 3) recuperação de lavouras

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bióticos e abióticos, alternando o ano de alta produção, a fim de que não se efetue a poda em uma lavoura pro-jetando uma alta carga. Caso especí-fico é verificado no sistema Safra Zero, pelo qual se colhe uma safra alta em um ano e zero no outro.

2) O esqueletamento aumenta a produtividade? O esqueletamento, por si só, não aumenta a produtividade. Diver-sos são os ensaios que comprovam que, na maioria das vezes, a teste-munha apresenta produtividade igual ou maior aos tratamentos podados. Na realidade, o esqueletamento racio-naliza o custo de produção, pois, em anos em que as safras seriam meno-res, a lavoura encontra-se somente em desenvolvimento de ramos, re-duzindo, assim, o gasto com a colhei-ta, que fica toda concentrada no ano seguinte. Aumentos de produtividade só são observados em caráter corre-tivo, quando algum fator que possa gerar depauperamento está atuando na planta. Por isso, tem que haver muita cautela na recomendação de um esqueletamento.

3) Posso reduzir adubação e tratamento fitossanitário? Com relação à adubação, o importante não é reduzir, mas, sim, equilibrar. O material vegetal que cai no solo, fruto do esqueletamento, é rico em macro e micronutrientes.

Apesar de haver mais de 250 Kg de nitrogênio, a relação C/N desse material é alta, e, por isso, é necessária a realização de adubações nitrogena-das para equilibrar essa relação. Já com relação ao potássio, são raros os casos de lavouras que, após a poda, necessitam desse nutriente, pois é re-querido em grandes quantidades em anos de safras altas. O equilíbrio nutricional da planta é fundamental para que a produtividade não seja limitada. De-sta forma, deve-se proceder à análise mineral de solo de 0-20 e 20-40, a fim de identificar e corrigir os teores de macro e micronutrientes de acordo com os critérios indicados pelo Novo Manual de Recomendações do Livro

Cultura de Café no Brasil (Ed 2005). O fornecimento de N ainda precisa ser mais estudado, especialmente devido à imobilização deste pelo material vegetal oriundo da poda. Recomenda-se que seja fornecido logo no início das chuvas, considerando o intervalo entre a imobilização e re-disponibili-zação as plantas após decomposição da matéria orgânica. Com relação aos tratamentos fitossanitários, é pertinente ficar bas-tante atento às pragas de solo como nematóides, cigarras, berne de raiz e

cochonilha de raiz. Caso haja histórico dessas no solo, é indicada a realiza-ção do seu controle, pois lavouras esqueletadas registram uma mortali-dade de, aproximadamente, 80% do sistema radicular aos 120 dias (Tabela 3). Cabe ressaltar que algumas doen-ças foliares, tais como a Ferrugem e a Phoma, são bastante intensas em lavouras esqueletadas. Em alguns ca-sos, a Phoma reduz drasticamente a produtividade dessas lavouras no ano de safra. Dessa forma, é oportuna a

Fonte: Garcia, Malavolta, Gonçalves e outros.

Tabela 2. Quantidade de macro e micronutrientes nas partes podadas do cafeeiro, cafezal

Mundo Novo, 9 anos, 3,5 x 1,5m (1904 covas/ha). Alfenas, 1986.

Tipos de podas

% de raízes vivas (em peso)

Aos 30 dias A os 60 dias A os 120 dias M édia

Recepa 8 7 32 1 7 44

Esqueletamento 7 5 37 1 7 42

Decote 9 0 55 7 7 77

Testemunha sem poda 100 100 100 100

Tabela 3 . Mortalidade de raízes de cafeeiros em vários tipos de podas em cafezal

Mundo Novo, 7 anos, 3,5 x 1,5m (3-4 hastes/cv). Alfenas-MG, 1986.

Fonte: Miguel, Oliveira, Matiello e Fioravante. In Anais 11º CBPC, p. 240-241.

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constatação da presença de pragas de solo e aplicação de inseticidas/nematicidas logo no início das chu-vas, momento em que as novas raízes serão formadas. O monitoramento da ferrugem deve ser realizado a partir da emissão do terceiro par de fol-has. Ao contrário de uma planta não podada, os cafeeiros sem produção, durante a vegetação, ficam extrema-mente susceptíveis ao ataque de fer-rugem. Esse monitoramento deve ser realizado nas lavouras esqueletadas, pois nestas a ferrugem aparece mais cedo com uma curva de progressão mais agressiva. Durante esse período, são utilizados fungicidas triazóis em mistura com cúpricos, geralmente, aplicados no mínimo em duas épocas, com intervalo de 60 dias, sempre que o índice da doença for superior a 3% de folhas atacadas. Durante o ano de produção, deve-se também controlar a ferru-gem, mantendo a planta bem enfol-hada, servindo como fonte de nutri-entes e fotoassimilados para os frutos que são drenos preferenciais. Em altas produções, essa força de dreno exerci-da pelos frutos é visivelmente notada a partir do período de expansão rá-pida, quando a planta tende a mudar a tonalidade das folhas, de verde in-tenso a amareladas. Outra doença de grande importância nesse momento é a Cercosporiose. Além de causar a desfolha das plantas, atacam os frutos desde verdes até cerejas, sobre tudo

na região apical das plantas, causan-do queda dos frutos ainda imaturos, perda de qualidade dos grãos e seca de ramos nas plantas. Um fator primordial que deve ser considerado para a execução do esqueletamento refere-se às caracter-ísticas genéticas da cultivar. O poten-cial de produção pós-poda das culti-vares é bastante heterogêneo, não só pela herança genética, mas também pela interação com as condições am-bientais e de manejo. Conforme veri-ficado por produtores e melhoristas, algumas cultivares tendem a ser mais responsivas a podas que outras, em maior amplitude de condições am-

bientais. Porém deve-se realizar um estudo localizado, levando em consid-eração esta interação e as condições de manejo, a fim de potencializar a expressão genética de produção. O estande também é muito importante, pois espaçamentos anti-gos, com pequeno número de plan-tas por hectare, não alcançam as altas produtividades almejadas no primeiro ano produtivo. Outro fator relevante a ponderar é a arquitetura da planta, pois plantas com pequena ramificação lateral ou sem saia ou com excesso de brotos ladrões não têm sucesso produtivo.

Cafeeiro antes da poda de produção (esqueletamento):

Cafeeiro um ano após a poda de

produção (esqueletamento):

NOVOS RAMOSLATERAIS

PODA

RAMOS

IMPRODUTIVOS

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“Desde as primeiras edições, sou parceiro da

revista InteRural. Acredito na revista como um

forte instrumento de comunicação para o pú-

blico rural de nosso país. Nesse período de 3

anos, mudei de empresas, porém não mudei

a minha opinião em relação a essa mídia, ex-

emplo disso é que a empresa em que trabalho

atualmente é parceira da InteRural. Sou profis-

sional de Marketing Rural e, sem sombras de

dúvida, o crescimento, a qualidade de apre-

sentação e a qualidade de conteúdo fazem

o sucesso que comemoramos hoje. Parabéns

aos editores e diretores da InteRural”

“Considero que a InteRural tem conquis-tado um espaço muito importante no agronegócio. A Revista consegue sat-isfazer demandas técnicas e comercias, firmando-se como uma das opções mais viáveis para investidores, criadores, em-presários e autônomos do setor rural. A parceria Xapetuba / InteRural tem sido muito importante para a divulgação do trabalho realizado, principalmente no setor pecuário de nossa empresa. Para-béns InteRural pelos 3 anos de contri-buição para a cadeia do agronegócio brasileiro!“

Thiago Bianchi SilveiraXapetuba Agropecuária

“Pode ter certeza que a mim a

revista foi muito útil para a divul-

gação do meu criatório da raça

Brahman, fiz ótimos negócios.

Só tenho a agradecer a InteRural,

uma revista que, para a região,

traz bons artigos e divulgação.”

Paulo Tarso

Fazenda Sagarana

“A Revista InteRural é muito im-portante para divulgação de nosso trabalho em todo Brasil, os anúncios trazem bastante retorno além de divulgar o que tem de melhor no setor da agropecuária.”

daniella Martins/Paulo Melo

Java Pecuária

Guilherme Marquez de rezende

Gerente de Comunicação da Alta Genetics e

diretor Executivo da Guima rural

Levando a informação do campo até você!

3 anos

33InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com

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Frango

Os perigos do uso da cama de frango na alimentação de bovinos

Ouso da cama de frango, como alternativa de complemento alimentar para bovinos é proibido no Brasil de acordo com norma do ministério da agricultura. Com o objetivo de esclarecer o produtor rural, a revista interural publica nesta edição uma entrevista com o coordenador regional do Instituto Mineiro de Agropecuária(IMA) de Uberlândia Luiz Carlos Oliveira, que faz importantes esclarecimen-

tos sobre como o produtor deve se proceder para cumprir as exigências sanitárias e evitar problemas com a fiscalização.

O que é Cama de frango?

A cama de aviário é uma mistura de várias substâncias:• É formada por um substrato com-posto por materiais que tem como objetivo evitar o contato direto da ave com o piso, servir de substrato para a absorção da água, incorpo-ração das fezes e penas e contri-buir para a redução das oscilações de temperatura no galpão. É muito utilizado na avicultura a marava-lha, casca de arroz, entre outros.• Fezes das aves, que possuem ni-trogênio, fósforo e bactérias;• Restos de ração • Penas

Quais são realmente os principais riscos

da cama de frango na ali-

mentação dos bovinos?

Os principais riscos sanitários da utilização da cama de aviário na ali-mentação de ruminantes é a trans-missão do botulismo, que é uma enfermidade causada por uma

em Lei são adotadas.

A cama de frango tem va-lores nutricionais? Ela pode trazer algum benefício para suplementação alimentar?

Em relação ao valor nutricional da cama de aviário para alimentação de ruminantes, há vários trabalhos científicos que citam que esta é rica em proteína. Porém esses tra-balhos são antigos e não devem ser levados em consideração para a formulação de alimentos para ruminantes, uma vez que essa cama não poderá ser utilizada na alimentação de ruminantes, devi-do a legislação federal que proí-be. Em contrapartida, há inúmeros trabalhos que mostram o risco da contaminação do rebanho bovino com botulismo e a baixa disponi-bilidade de nutrientes digestíveis totais (NDT) nessa cama, limitando o ganho de peso e a produção lei-teira. Sendo assim, todos (popula-ção em geral, técnicos e pesquisa-dores) devem ter cuidado e visão crítica ao citar trabalhos sobre o uso da cama de aviário na alimen-tação de ruminantes.

O que o Ministério da Agricultura fala

sobre legislação?

O Ministério da Agricultura tem várias legislações sobre a preven-ção da Encefalopatia Espongifor-me Bovina, mas a Legislação que proíbe o uso de proteína e gor-dura de origem animal, incluindo a cama de aviário, na alimentação de ruminantes é a Instrução Nor-

bactéria, que provoca uma alta mortalidade no rebanho bovino e a transmissão da Encefalopatia Es-pongiforme Bovina, popularmente conhecida como “Doença da Vaca Louca”, que é uma enfermidade que coloca em risco a exportação da carne bovina brasileira, devido ao embargo sanitário e coloca em risco a saúde da população huma-na, por ser uma zoonose.

Há a informação de que alguns criadores ainda

utilizam essa cama na ali-mentação de bovinos?

O Instituto Mineiro de Agrope-cuária recebe denúncias sobre a utilização do uso de cama de avi-ário na alimentação de ruminantes da população em geral. Quando atendemos essas denúncias, não é raro confirmamos o uso proibido de cama de aviário na alimentação de ruminantes em propriedades rurais que criam bovinos de leite e bovinos de corte. A partir dessas verificações, as medidas previstas

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mativa MAPA n°08, de 25/03/2004. A Instrução Normativa n° 41, de 08/10/2009, também refere-se a cama de aviário na alimentação de ruminantes, pois aprova os procedimentos a serem adotados na fiscalização de alimentos de ruminantes em estabelecimentos de criação e na destinação dos ruminantes que tiveram acesso a alimentos compostos por subpro-dutos de origem animal proibidos na sua alimentação

Desde quando está

proibida essa prática?

A proibição do uso de subprodu-tos de origem animal na alimen-tação de ruminantes é desde 1996 e a Legislação atual que fala sobre essa proibição é a Instrução Nor-mativa MAPA n° 08, de 25/03/2004. Quanto à sanidade, real-mente há risco de que a cama de frango possa causar o botulismo ou a doença da vaca louca? Sim, como já foi falado an-teriormente há o risco de trans-missão dessas duas enfermidades. A transmissão do Botu-lismo se deve ao ambiente dessa cama, que pode ter carcaças de aves. Além disso, o pH dessa cama varia entre 6 a 9, sendo um pH óti-mo para o crescimento da bacté-ria Clostridium botulinum, agente causador do botulismo. Em relação a transmissão da Vaca Louca, o que ocorre é que as aves podem ingerir alimentos contendo proteína e gordura de origem animal (o que é proibido para os ruminantes). Ao ingerir esse alimento, um pouco desse cai sobre a cama ou mesmo saem

nos resíduos dessas aves (fezes). Se esse alimento destinado às aves conter o Prion, que é o agen-te causador da vaca louca, e se a cama de aviário for destinada a ruminantes, coloca-se em risco a saúde dos ruminantes, já que a principal forma de transmissão da Vaca Louca é a ingestão de pro-dutos que contenham proteína e gordura de origem animal conta-minados com o Prion.

Qual a Posição do IMA quanto a essa atividade?

O IMA, como é um Órgão Executor das Legislações Federais, está exercendo essa atividade de fiscalização da alimentação de ru-minantes conforme está previsto na IN MAPA n°41/2009.

Como está sendo feita a fiscalização?

As fiscalizações estão sendo fei-tas, como já foi dito, de acordo com o previsto na IN MAPA n° 41/2009: os fiscais vão até um estabelecimento rural, verificam se há irregularidades em relação a alimentação de ruminantes. Caso verifique a presença de sub-produtos proibidos na alimen-tação de ruminantes, coleta-se a amostra de alimento e envia ao Laboratório pertencente a Rede Nacional de Laboratórios Agro-pecuários. No momento da co-lheita dessa amostra de alimento para envio ao laboratório, os ani-mais passíveis de terem tido aces-so ao alimento proibido ficarão interditados, não podendo sair da propriedade até autorização do Serviço Veterinário Oficial. As

Luiz Carlos oliveira amostras são sempre coletadas em duplicata, sendo uma amostra de fiscalização e uma amostra de contraprova (caso o proprietário queira realizá-la). Confirmando a presença de produtos proibidos na alimentação de ruminantes, os animais que tiveram acesso a esse alimento proibido deverão ser eliminados, conforme previsto no Anexo II, Art. 5°, da Instrução Normativa MAPA n° 41/2009.As fiscalizações estão sendo feitas pelos Fiscais do IMA e do MAPA, em parceria.

Quais as punições para quem ainda utiliza a cama de frango como alimenta-

ção para o gado?

As punições, quando confirmada a presença de proteínas e gordura de origem animal, são:• Eliminação dos ruminantes, me-diante o abate em estabelecimen-to inspecionado e devidamente registrado sob inspeção oficial, com aproveitamento de carcaça e remoção e destruição de material de risco para encefalopatia es-pongiforme bovina (EEB) confor-me estabelecido pelo MAPA; ou

• Eliminação dos ruminantes, me-diante destruição na propriedade sob acompanhamento da autori-dade de defesa sanitária animal.

• Além disso, encaminha-se o caso para a Promotoria Pública, pois o produtor estará cometendo um crime federal, já que a legislação que fala da proibição do uso de cama de aviário na alimentação de ruminantes é federal.

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Ovinocultura e abate clandestino: um problema fiscal ou uma solução de mercado?

Nei Antônio Kukla

Para este mês, iria escrever so-bre um tema que considero fundamental para qualquer atividade econômica, princi-

palmente para agropecuária: informa-ção, este seria o âmbito que nortearia nossa prosa deste mês. Mas, ao ler uma excelente reportagem da revista de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, mudei o rumo da conver-sa, deixando o primeiro assunto para uma próxima oportunidade, não que não seja relevante. Pois bem, o título deste tex-to é o mesmo da revista, em que, na minha interpretação, se procurou es-tudar um pouco mais sobre os moti-vos da grande informalidade existente na ovinocultura. Também ressalto que este tema já propiciou grandes e proveitosos debates porém acredito que não seja assunto esgotado. A cadeia produtiva ovina vem ganhando destaque no cenário do agronegócio nacional, sendo estimu-lada pela necessidade de diversifica-ção das atividades econômicas nas propriedades rurais. Segundo dados do IBGE (2009), no período corre-spondente a 1990-2007, a produção de carne ovina brasileira oscilou em torno de 78 mil toneladas, apesar de o nosso rebanho ter diminuído em torno de 40%, sendo que esta diminu-ição se deu principalmente no estado do Rio Grande do Sul. Sabemos que, no sistema produtivo ovino, o abate informal (clandestinidade) supera, e muito, o abate oficializado, com inspeção, es-timulado por uma fiscalização insufi-

Como resolver isso?

Iniciativas de formação de núcleos e associações de criadores, alguns órgãos de pesquisa para a ovinocul-tura e alguns poucos extensionistas apaixonados pela atividade (pois tem que haver paixão pelo que se faz) es-tão dando os primeiros passos para a profissionalização. Há iniciativas de trabalhar no sistema de integração, pelo qual, geralmente, um criatório maior faz parcerias com pequenos criadores, oferecendo-lhes assistência técnica e, posteriormente, absorvendo a produção, formando volume pela agregação dos pequenos criadores e completando o ciclo de entrega desses animais a um frigorífico. Mui-tos ainda pagam uma bonificação pelo produto bem acabado, seguido de todas as recomendações técnicas, aliás, procedimento que deveria ser adotado por qualquer frigorífico in-serido na cadeia produtiva, pois esta é a melhor forma de profissionalizar a atividade, com o produtor estimu-lado a aderir a tal profissionalização. Enfim, é preciso fazer da ovinocultura uma atividade de grande escala e competitiva, dando retorno financeiro a todos os elos da cadeia produtiva. O governo pouco tem feito por essa cadeia, embora já existam alguns avanços, mas longe do ideal, e esta “despreocupação” governa-mental talvez se deva ao fato de a ovinocultura ser pouco geradora de impostos, já que a maioria dos abates não é oficial. Mas é preciso que o ente público olhe com mais carinho para a atividade, para que haja estímulos e investimentos. Sendo assim, haverá geração de divisas em forma de re-ceita para o criador, para o frigorífico, para o fisco e, como deixar de citar, a geração de um alimento nobre e de qualidade para o consumidor.

ciente e por outros aspectos do am-biente institucional a que daremos destaque no decorrer deste texto. Segundo dados do Sebrae (2005), o baixo consumo da carne ovina, no Brasil, se deve aos seguintes fatores: - a falta de hábito do consum-idor de acrescentar ao seu cardápio o produto (hoje, só se consome carne ovina em dias festivos como Páscoa, Natal); - a má qualidade do produto colocado à disposição dos consumi-dores, aliado à sua má apresentação (embalagem e cortes); A precária qualidade do produto encontrado, muitas vezes, se deve ao abate de animais com idade avançada e mal terminados e também pela insuficiência de processo cor-reto de abate. Ainda, a precariedade da fiscalização sanitária contribui para a pouca procura pela carne, pois a vigilância sanitária, geralmente, fiscal-iza a apresentação do produto e não a sua origem. O setor industrial apresenta ainda poucas plantas frigoríficas para abate de ovinos e com Serviço de Inspeção Federal (SIF). Esse desinter-esse, por parte da iniciativa privada, em construir frigoríficos para ovinos talvez possa ser resolvido a médio e longo prazo por meio da integração dos criadores, criando maior volume, uma vez que, em várias regiões, a produção é oriunda de pequenos re-banhos, inviabilizando o transporte dos animais até os frigoríficos (onde existem).

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Leite

Marco Aurélio Factori; Pós-Graduando em Zootecnia – FMVZ/UNESP/Botucatu/SPFranciele de oliveira; Pós-Graduanda em Zootecnia – FMVZ/UNESP/Botucatu/SP

Marcos Paulo Benedetti; Zootecnista - CATI - Casa da Agricultura de Serra Negra/Regional Bragança Paulista/SP

Desde antigamente, em meados à domesticação dos animais busca-se o aprimoramento das téc-

nicas de criação. Nas últimas déca-das são consideráveis os avanços no campo da nutrição e alimenta-ção de ruminantes. Novas técnicas de alimentação e manejo foram propostas para minimizar os pre-juízos e aumentar a renda dos di-versos setores e sistemas produti-vos. A maior produção em menor preço é meta a ser seguida. Em consequência disso, vários comentários foram feitos, vários textos publicados e muitas tecnologias implantadas. Dentro deste contexto, definem-se os di-versos sistemas utilizados, bem como normas e/ou receitas a se-rem empregadas foram se estabe-lecendo a fim de se obter suces-so. Para tanto, cabe ressaltar que principalmente na bovinocultura de leite, não há necessidade de complicar aquilo que é muito sim-ples. Ainda, sobre o mesmo ponto de vista, a vaca de leite não precisa de luxo e sim de premissas básicas e eficientes para se construir um sistema simples e consolidado. Para que aumente a efici-ência do sistema, torna-se funda-mental uma base alimentar conso-lidada, pois já diziam nossos avôs “crianças bem alimentadas não fi-cam doentes”. Em se tratando de gado de leite, como na maioria dos sistemas de produção animal, a alimentação significa a maior parte dos custos da produção e o uso de um alimento barato e de fácil oferecimento é fundamental para o sucesso.Em se tratando de produção de leite em pasto, em que a forra-gem é diretamente pastejada pelo

Produção de leite em pasto: simplicidade que o sistema oferece

animal, a diminuição dos custos torna-se consequência. A oferta de alimento no momento certo (ponto ótimo de manejo da for-ragem) e em quantidade certa permite uma dieta volumosa ade-quada para que as vacas possam produzir até 12 litros de leite por dia (Deresz e Matos, 1996), desde que este tenha potencial genético. Assim, um sistema com pastagem bem consolidada, de baixo custo de implantação em comparação aos demais sistemas de produção de leite, confere se-gurança e versatilidade para o sis-tema frente aos altos preços de in-sumos e baixo preço do leite, que a cada dia, decepciona os produ-tores rurais, vertiginosamente.Considerando como base o pas-to (volumoso de verão), é de fundamental importância que se utilize um sistema mais produti-vo possível (lotação/ha) com um capim que seja também produti-vo. Assim, dentre estes sistemas, aconselha-se o uso do pastejo de lotação rotacionada, que nada mais é que uma área subdividida em piquetes (por meio de cerca elétrica), que tem como finalidade fornecer ao animal um capim no seu ponto ótimo e após o pastejo

dos animais, este capim será adu-bado (verão) e receberá um perí-odo de descanso, que varia para cada capim, a fim de proporcionar sua recuperação rápida e eficien-te, para novamente ser pastejado no próximo ciclo de pastejo. Este sistema, originalmente, foi desen-volvido para beneficiar o capim, com o respeito ao seu crescimen-to, porém, este sistema também permitiu aumentar as taxas de lo-tação, conseguindo-se até 15 UA/ha, ou 15 animais adultos de 450 kg de peso vivo. Como dito anteriormente, a adubação de verão, feita após a saída dos animais do piquete pode ser feira por meio da adu-bação mineral (uréia e/ou sulfato de amônio -N, cloreto de potássio -K) e também adubação orgânica como a cama de frango (Benedetti et al., 2009). Um sistema tão sim-ples, que em pequenas proprie-dades, a adubação pode ser feita no fim da tarde, com um balde ou recipiente, de forma rápida e ro-tineira, distribuída manualmente no pasto. No inverno, o uso da cana de açúcar substitui a silagem ou feno, alimentos mais caros (Tabe-la 1) utilizados nos sistemas de

39InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com

confinamento. O fato de que os animais sairiam do pasto e pas-sariam a comer no cocho, pode-ria ser um agravante no aumento do preço dos custos de produção. Porém, a cana é hoje o volumoso mais barato depois do pasto e que embora proporcione baixas pro-duções de leite por animal por dia (4-6 litros) é atrativa por ser barata e de fácil manejo, principalmen-te para pequenos produtores que não possuem maquinários (trator, colhedora de forragem) para fazer

silagem e que a quantidade de animais arraçoados é pequena e pode ser tratada diariamente por meio do corte da cana. Como o animal é tratado no cocho na época seca, muitos podem considerar um custo exu-berante com a aquisição de co-chos. Esse é outro aspecto inte-ressante presente nas pequenas propriedades produtoras de leite, pois em cada uma o conhecimen-to de novas formas de reciclagem de utensílios é verificado (figu-

ra 1). A reutilização de tambores, banheiras antigas e outros se en-quadra muito bem nos diversos sistemas de produção de leite em pasto, seja ele com vacas de alta, média ou baixa genética. Para um consumo efetivo de água pelos animais, não há necessidade de que os cochos e bebedouros se-jam de material nobre, mas que estejam limpos e bem posiciona-dos (fácil acesso). Grande parte da composi-ção do leite é água. Portanto, água de qualidade é aquela potável que deve existir em quantidade sufi-ciente para atender o consumo dos animais e ao mesmo tempo esteja livres de micróbios, matéria orgânica e outros contaminantes. Portanto, limpeza constante de bebedouros é fundamental para a produção. Quanto à suplementação das vacas ao longo do ano, es-tas não precisam de rações que contenham produtos milagrosos que, a um passo de mágica, farão com que os animais de uma hora

MARCAS & PATENTES

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Literatura citada

BENEdETTI, M.P.; FUGIWARA, A.T.; FAC-ToRI, M.A.; CoSTA, C.; MEIRELLES, P.R.L. Adubação com cama de frango em pas-tagem. Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia. ZooTEC. 2009. Cd Rom.CEPEA/ESALQ-USP Metodologia do índice de preços dos insumos utilizados na pro-dução pecuária Brasileira. Centro de Es-tudos Avançados em Economia Aplicada - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.dERESZ, F.; MAToS, L. L. Influência do período de descanso da pastagem de capim elefante na produção de leite de vacas mestiças Holandês x Zebu. In: Reu-nião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 33, 1996, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBZ, 1996. v.3, p.166-167.

Tabela 1 - Preços (R$) do Kg de massa seca dos volumosos

Volumosos Preço (R$) / Kg de Massa Seca

Silagem de Milho 0,25

Silagem Sorgo 0,19

Feno de Coastcross 0,29

Cana de Açucar 0,15

Pastagem de Coastcross 0,13

Pastagem de Tanzânia 0,08

Adaptado de CEPEA/ESALQ/USP

pra outra, aumentem sua produ-ção. Uma ração bem formulada, mesmo que seja à base de milho e soja (protéico e energético), com a opção de acrescentar um mineral ou este sendo fornecido a vontade no cocho, atende a to-dos os requisitos de uma vaca que produz leite em pasto. No entan-to, aconselha-se que um animal comendo pasto mais concentrado seja de média produção, utilizan-do-se animais de até 30 litros de leite por dia, uma vez que animais com produções maiores, com cer-teza deverão comer um alimento de maior qualidade para que este desempenhe seu potencial, dentre os quais, podemos destacar a sila-gem de milho associada ao con-centrado. O uso de subprodutos da agroindústria como parte desta suplementação, tem se tornado prática comum, com resultados positivos para o sistema. Preços atrativos reduzindo o preço da ra-ção utilizada é uma das principais

causas da utilização. No entan-to, cabe ressaltar que a variabi-lidade da qualidade nestes sub-produtos pode ser considerável no momento de sua utilização, pois, em alguns casos, sua pa-dronização não é seguida a ris-ca. Outro aspecto importante é a disponibilidade inconstante ao longo do ano, prejudicando de-masiadamente a utilização diária e compra destes alimentos. No entanto, uma compra estratégica e antecipada poderá ainda mais, baratear os custos e salvar o sis-tema em determinados períodos. É como dizem, “uma boa compra vale mais que uma boa venda”. Para fechar um sistema simples e objetivo, o armazena-mento do leite produzido deve ser levado a sério, mesmo que os preços para se produzir leite em pasto sejam menores, em com-paração à produção de leite com vacas confinadas. Embora as lu-cratividades, segundo a literatu-ra, sejam por volta de 20 a 30 %

sem considerarmos mão de obra, a obrigação é que o leite seja en-tregue ao caminhão que vem até a fazenda ou levado até um tan-que comunitário, para que este chegue de forma intacta ao lati-cínio ou ao seu destino onde será processado. Para tanto, mesmo que pequenos produtores não te-nham condições de adquirir um tanque de expansão (resfriador) para armazenamento do seu lei-te, com certeza, a união destes produtores poderá resolver estes problemas facilmente com a re-dução do custo deste tanque. Assim, para produzir com lucratividade e simplicidade não precisamos mais inventar siste-mas. Com certeza temos um sis-tema que demanda poucos inves-timentos inicias e, além de tudo, está adequado para o clima e os recursos que nós Brasileiros temos em nosso país. Para tanto, todo e qualquer sistema requer orienta-ção técnica e acompanhamento por meio de planilhas de custos para que tenhamos eficiência dos fatores de produção, que embora simples, requerem atenção. Assim e somente assim conseguiremos que nossas propriedades rurais se tornem empresas eficientes e lucrativas. Para finalizar, o Brasil é um país que podemos produ-zir leite com nossas vacas criadas 100% em pasto.

FIGUrA 1. Aproveitamento de tambor de plástico para cochos e bebedouros

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Touro de qualidade traz custo menor e produtividade maior

As estatísticas não são muito precisas, mas esti-ma-se a venda de 50 mil reprodutores até o final

do ano. São machos com média de dois anos de idade, nascidos, portanto, em 2008, e prontos para iniciar a cobertura do impressio-nante rebanho de fêmeas das mais diferentes raças, especialmente, de origem Zebuína (Nelore, Brah-man, Guzerá e outras) e Taurina (Simental, Angus e outras). Estima-se que a pecuária brasileira tenha mais de 50 mi-lhões de fêmeas em idade de re-produção e, dessa forma, prontas para acasalamento e produção de bezerros. Considerando que cada macho cobre, em média, 20 fême-as e que há ainda a venda de mais de 4 milhões de doses de sêmen de corte por ano, são utilizados, todos os anos, 2 milhões de repro-dutores na pecuária brasileira. Sem dúvida, está aí mais um número espetacular da ativi-dade. Os especialistas recomen-dam que um macho deva perma-necer em reprodução durante cin-co ou seis anos. Depois desse tempo, a efi-ciência reprodutiva cai, gerando a consequente redução da produ-ção de bezerros por ano. Torna-se, assim, necessária a reposição de cerca de 20% do plantel de ma-chos a cada ano. O leitor mais atento per-cebe que 20% representam algo em torno de 400 mil reprodutores por ano. Mas como, se a venda estimada é de 50 mil machos por ano?

Está dada a largada para a temporada de reposição dos touros nas fazendas de corte espalhadas pelo país.

Paulo de Castro Marques, empresário e pec-uarista, é proprietário da Casa Branca Agro-pastoril, especializada na criação de gado angus, brahman e simental sul-africano. Ar-tigo publicado no jornal Folha de São Paulo no dia 14/07/2010.

Pois é. A verdade é que:

1) Os pecuaristas brasileiros estão estendendo, e muito, a uti-lização de machos na reprodução;

2) Muitos criadores -e aqui, infelizmente, está incluída a maio-ria- colocam em reprodução ani-mais sem avaliação, sem qualida-de genética. O grande desafio da pecuária nacional nos próximos anos é avançar em termos de qua-lidade genética. E tudo começa agora, com a comercialização de machos para reprodução. Oferta há. E de excelente qualidade. Um núcleo de selecio-nadores está fazendo o trabalho mais difícil: colocar genética aditi-va e melhoradora à disposição das centenas de milhares de projetos pecuários que ajudam a compor a pecuária brasileira.

Essa genética já está per-feitamente adaptada às condições do país e pronta para ser multipli-cada. E a preços bastante atrativos para os produtores. Dependendo da raça, po-de-se adquirir um reprodutor de excelente padrão a partir de R$ 4.000. Se o criador fizer contas, fará esse investimento de olhos fechados, porque equivale de cin-co a sete bezerros de corte. Como o touro gera mais de cem bezer-ros em sua vida reprodutiva, é mais do que compensador. Infelizmente, essa é uma conta que somente os pecuaris-tas profissionais fazem. A grande maioria, porém, ainda não se deu conta de que a compra de touros de qualidade agora significa redu-ção de custos e aumento da pro-dutividade. Ou seja, mais renda nas fazendas.

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“A Sementes Adriana parabeniza a Revista In-teRural pelo relevante trabalho em prol dos agricultores do estado de Minas Gerais. Sem-pre com muito compromisso com a qualidade, tem levado informações importantes a seus leitores, fazendo a diferença no mercado em que atua. A participação da Revista InteRural no Encontro Técnico de ADR’s, ocorrido em no-vembro de 2009, em Uberlândia (MG), e no 2º Encontro Tecnológico que aconteceu em abril deste ano, na sede da Fazenda Adriana, em Alto Garças (MT), muito nos honrou. Parabéns e muito obrigado!”Odílio Balbinotti

Sementes Adriana

“Informação de qualidade, profissionalismo,

agilidade, jornalismo moderno, ética, confi-

ança e prazer no que faz, simpatia, seriedade

e bom gosto”. Várias são as características

que poderíamos destacar no trabalho da Re-

vista InteRural. Mas há uma que chama mui-

ta a atenção: é o que ela carrega no próprio

nome: Interatividade com o público alvo, uma

das grandes carências na cadeia produtiva do

agronegócio. Por isso, somos seus parceiros.

Parabéns pelos seus 3 anos de vida: jovem na

idade, porém madura na ação de informar!”Celso Menezes / davi robertoBeef Milk Brasil Assessoria e Consultoria / Boi Assessoria em Gado Leiteiro

“Acompanho o trabalho da revista InteRural desde sua criação. A Embral sabe que o setor rural depende muito de informação. Isso é o que fortalece o setor. Para nós, a revista InteRural cumpre esse papel com imparcialidade e dinamismo. É o canal di-reto do produtor. Parabéns à InteRural e à sua equipe, pelo excelente trabalho e bril-hantismo com que promove o mercado da pecuária leiteira brasileira.”

Leonardo Beraldo

diretor Embral Leilões rurais

“A InteRural, apesar de ser um veículo novo de mídia,

nasceu conectada a um agronegócio pujante e dos mais

avançados do mundo. Isto só acontece pela competên-

cia de seus diretores e editores. Em fevereiro de 2010,

tivemos a alegria de confirmar isto, quando anuncia-

mos o 10º Congresso Panamericano do Leite, ocorrido

em Belo Horizonte, organizado pela parceria da FEPALE

(Federacion Panamericana de Lecheria) com a FAEMG

(Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Geais).

Matéria de capa, certamente atraiu a todos, para, no in-

terior da revista, se depararem com amplo e qualificado

texto abordando “Os Mitos e Verdades sobre o Leite”.

Com relação à qualidade da revista, diagramação, ma-

terial gráfico, assuntos abordados e sua qualidade téc-

nica, só mesmo citando Vinícius de Moraes: “Que me

perdoem as feias, mas beleza é fundamental”. Grande

abraço a todos da InteRural, parabéns pelo trabalho,

nossos agradecimentos por nos distinguirem com um

produto diferenciado, é certamente VIDA LONGA a In-

teRural!!”

rodrigo Sant’Anna Alvim

Presidente da Comissão nacional de Pecuária de Leite da CnA

Vice - Presidente da FAEMG

Levando a informação do campo até você!

3 anos

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Fotos: Luciene Fraklin

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Produção

Higiene do equipamento de ordenha e tanque de refrigeração

Soraia Rodrigues Fernandes1

1 Estagiária ReHAgro, graduanda de Veterinária UFMG

Os equipamentos de or-denha são locais propí-cios para acúmulo de re-síduos de leite, formando

um ambiente ideal para a multiplica-ção bacteriana. O objetivo principal de uma higiene adequada do equi-pamento é a remoção dos resíduos dos componentes do leite das su-perfícies internas das tubulações, evitando a multiplicação microbiana e a contaminação do leite. Muitos dos problemas com a limpeza de equipamento são devi-dos a deficiências de instalação, di-mensionamento e construção das salas de ordenha, cujo planejamen-to não foi adequado para garantir a eficiência da limpeza. O centro de ordenha deve ser planejado de forma a facilitar a drenagem dos re-síduos de limpeza. A análise da água é impor-tante para verificar a dureza e a concentração da solução tampão, permitindo a seleção de produtos químicos compatíveis com a água e dosagens necessárias.

Figura 1

Figura 2

Tipos de resíduos de componentes do leite

Os resíduos orgânicos são a pro-teína, a gordura e a lactose do leite. Podem-se aderir com mais ou me-nos intensidade à tubulação, depen-dendo da umidade, da temperatura e do tempo de contato. O início da limpeza imediatamente após o final da ordenha é um dos requerimen-tos para reduzir a adesão ao equipa-mento e evitar o depósito dos com-ponentes orgânicos.

Gorduras: a remoção depende da alcalinidade (pH) e da temperatura da solução de limpeza. Como a gor-dura do leite tende a se solidificar

em temperaturas abaixo de 35ºC, é essencial que as soluções de limpe-za sejam mantidas sempre acima de 38ºC durante o enxágue e a limpeza alcalina. Os detergentes devem ter uma alcalinidade suficiente para quebrar os glóbulos de gordura (emulsificação), o que facilita sua remoção no enxágue. Proteínas: são quebradas em partículas menores pelo cloro do detergente alcalino clorado. Pode ocorrer formação de filme incolor ou amarelo, com o acúmulo destes resíduos, cuja a remoção é bastante difícil (figuras 1 e 2). Os resíduos inorgânicos são os minerais presentes no leite e na água da limpeza, como cálcio, mag-nésio e ferro. São removidos pelos detergentes ácidos. Se a remoção desses sais não é adequada, eles precipitam e se aderem ao equipamento. E, quando isso ocorre, parte dos re-síduos orgânicos fica retida e forma um filme conhecido como “pedra do leite”. Caso haja umidade suficiente, esse filme propicia o desenvolvim-ento de bactérias contaminantes. Parte da formação da pedra do leite está ligada à dureza da água, que

deve ser sempre levada em conta para a adequação das concentra-ções de detergente.

Sistemas de limpeza de circuito fechado (CIP)

Deve-se iniciar a limpeza imediata-mente após a ordenha, enquanto as tubulações de leite ainda estão mornas e não ocorreu a adesão dos resíduos. A limpeza manual da parte externa do equipamento pode ser realizada antes ou após a limpeza interna.

Etapas da limpeza do equipamento

Enxágue: imediatamente após o término da ordenha. Tem por ob-jetivo remover os resíduos de leite solúveis em água. Deve ser real-izado com água morna, 38 a 55ºC (SANTOS, 2007). Recomenda-se que a água circule pelo sistema de or-denha apenas uma vez, sendo dre-nada em seguida. É necessário que a tempera-tura da água do enxágue não exceda 55ºC, pois podem ocorrer desnatu-ração de proteínas e aderência às superfícies do equipamento. Tam-bém é importante manter a tem-

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peratura da água acima de 35ºC, uma vez que a gordura do leite se solidifica a temperaturas mais baix-as, formando um filme gorduroso (SANTOS, 2007).Quando feito de forma adequada, esse ciclo de enxágue remove de 95 a 98% dos resíduos da linha de leite, bem como os dos componen-tes vinculados a ela (PHILPOT, 2002).

Limpeza com detergente al-calino clorado: Tem por objetivo remover a gordura e a proteína. O detergente reduz a tensão superfi-cial da água, facilitando a penetra-ção desta nos resíduos aderidos. Ele se torna mais eficaz com a elevação da temperatura da água, e menos eficaz com o aumento da dureza. A temperatura inicial deve ser de, aproximadamente, 70ºC e não infe-rior à 40ºC no final. A solução deve circular no equipamento por 10 minutos. O gargalo nas fazendas leit-eiras é a falta de um bom suprimen-to de água quente para essa etapa e o monitoramento, para certificar que está alcançando a temperatura adequada.

Limpeza com detergente áci-do: Importante na remoção de depósitos de minerais originados da água e do leite. Pode-se utilizar água fria ou levemente aquecida (35 a 43ºC). A solução deve ter pH

Figura 4

Figura 3

menor ou igual 3,5 e deve circular no equipamento por 5 minutos, para que se obtenha uma ação efe-tiva. A frequência de uso depende da dureza da água, sendo recomen-dado, no mínimo, duas vezes por semana. Outra opção é a realização do enxágue ácido, onde é realizado seu uso sem enxágue, em concent-ração menor e com água à tempera-tura ambiente. Desinfecção ou Sanitização: Tem por objetivo reduzir a contami-nação bacteriana. A solução de sani-tizante é circulada no equipamento antes de iniciar a ordenha, visando reduzir a contaminação bacteriana. Os resíduos e filmes aderidos à su-perfície impedem a ação dos sani-tizantes. Os compostos à base de cloro são os mais empregados devi-do ao seu amplo espectro de ação e boa eficácia.

Referências bibliográficas: SANToS, M. V.; FoNSECA, L. F. L. Estraté-gias para Controle da Mastite e Melhoria da Qualidade do Leite. deLaval. Barueri, SP: Manole; Pirassununga, SP: Ed. dos Au-tores, 2007.PHILPoT, W.N.; NICKERSoN, S. C. Vencendo a Luta Contra a Mastite. Westfalia Surge. Ed. Milkbizz. Novembro 2002.

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Processo de Limpeza com detergente

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Efeitos do plano nutricional sobre a qualidade da carne produzida

André A. de Souza

O Brasil possui um rebanho de bovinos predomi-nantemente Bos indicus, que apresenta uma carne

reconhecidamente mais dura que dos animais Bos taurus. Isso se deve ao fator genético atuando sobre a quantidade e atividade das enzimas calpaína (quebra da fibra muscular) e calpastatina (inibidora da calpaína) no período pós-abate. A melhora na maciez da carne pode ser obtida por meio de tecnologias de suplementa-ção pré-abate ou injeção pós-abate de algumas substâncias, como, por exemplo, as vitaminas. O transporte, manejo, priva-ção de água e alimentos pré-abate causam estresse nos animais, resul-tando em diminuição do peso das carcaças, bem como na diminuição da qualidade da carne. O estresse pré-abate tem grande importância nas perdas ocasionadas a indústria e frigoríficos. O estresse induzido pelo manejo agita e excita os animais, resultando em consideráveis alte-rações fisiológicas. Os ajustes fi-siológicos que ocorrem durante o período de estresse são auxiliados pela liberação hormonal, sendo estes, a epinefrine, norepinefrina, adrenalina e hormônios tireoide-anos. Quando esses hormônios são liberados, os músculos se tornam preparados para uma rápida e forte contração, como numa situação de emergência (JUNQUEIRA, 2000).

Forragens x grãos na terminação

A utilização de uma alta proporção de grãos na dieta aumenta o ganho diário de peso, consequentemente, diminuindo o período até o abate, porém não afetando os parâmetros de palatabilidade da carne. Os graus de terminação dos animais interferem na qualidade da carcaça, sendo que animais termi-nados com 10 mm de gordura sub-cutânea têm apresentado melhores resultados em maciez e marmoreio em relação a 7 mm de gordura de cobertura, não havendo diferença em relação à intensidade de sabor (MANDELL et al., 1997). A proporção de grãos/for-ragem na dieta de terminação de bovinos irá influir na qualidade da carne. Animais terminados a pasto apresentam carcaças com menor quantidade de gordura, maior pro-porção de carne magra e menor área de olho de lombo (BOWLING et al., 1978). Essas características vão ocasionar diminuição da ma-ciez e escurecimento da carne. A espessura de gordura é diretamente relacionada com a maciez e o escu-recimento da carne devido à maior propensão da ocorrência do “cold shortening”, que é um processo de encurtamento das fibras musculares e, consequentemente, diminuição da maciez. A camada de gordura de

cobertura funciona como um iso-lante envolvendo a carcaça, o que impede a desidratação da superfí-cie que levaria ao escurecimento da carne. Os efeitos da utilização de forragens na terminação de bovi-nos podem ser melhorados, signifi-cativamente, pela utilização de um período com o fornecimento de grãos durante a terminação. Dietas altamente energé-ticas promovem uma diminuição na hipoglicemia resultante do estresse de transporte, proporcionando uma melhora na qualidade das carcaças. Animais em ganho com-pensatório apresentaram carcaças com cor mais intensa, menor perda por gotejamento e no cozimento, porém registraram maiores valores de “shear force” (maciez). Houve, também, maior gordura de cober-tura, com menor grau de gordura intramuscular (marmoreio) (HORN-ICK et al., 1998).

referências bibliográficas:BOWLInG, r.A.; rIGGS, J.K.; SMITH, G.C.; CArPEnTEr, G.L.; rEdISH, r.L.; BUTLEr, E.d. Production, carcass and palatabili-ty characterisiticsof steers produced by different management systems. <b>J. Anim. Sci</b>, v. 46, p. 333-340, 1978.HOrnICK, J.L.; EAnAEME, C.V.; CLInQUArT, A.; dIEZ, M.; ISTASSE, L. different periods of feed restriction before compensatory growth in Belgian Blue Bulls: Animal per-formance, nitrogen balance, meat charac-teristics, and fat composition. <b>J. Anim. Sci</b>, v. 76, p. 249-259, 1998.JUnQUEIrA, J.O.B. Estresse pré abate - a importância do manejo pré abate. <b>Pecuária 2000</b>, Anais, Pirassu-nunga, 2000.MAndELL, I.B.; GULLET, E.A.; BUCHAnAn--SMITH, J.d.; CAMPBELL, C.P. Effects of diet and slaughter endpoint on carcass composition and beef quality in Charo-lais cross steers. <b>Canadian Journal of Anim. Sci.</b>, v.77, n. 3, p. 403-414, 1997.

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A fazenda Genipapo agradece aos investidores que prestigiaram os leilões e adquiriram animais ofertados durante o CAMARU 2010.

www.fazendagenipapo.com.br email: [email protected]

(34) 9971-1692 Paulo Roberto (34) 9968-9736 Caio

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CAMARU 2010

Camaru 2010

A exposição agropecuária de Uberlândia foi real-izada de 28 de agosto a 07 de setembro. O

evento aconteceu no tradicional parque do CAMARU, instalado em uma área de fácil acesso, pois conta com a ligação de uma das principais avenidas de Uberlândia, a João Naves de Ávila, que dispõe de um corredor de ônibus. De acordo com o Presidente do Sin-dicato Rural, o evento foi realizado com pleno sucesso e alcançou to-dos os objetivos planejados. “To-dos os anos, quando começamos os primeiros preparativos para a realização do Camaru, sempre dedicamos uma atenção especial ao público que nos visita. Nosso

objetivo maior é oferecer conforto e segurança às famílias de Uberlândia e região, que deixam o conforto dos seus lares e vêm participar conosco deste grande evento, que é a nossa feira agropecuária”, disse Ferolla. O CAMARU, como é conhecido na-cionalmente, se transforma em um centro de negócios, com diversas atividades voltadas para as práticas rurais. Dezenas de empresas ocu-param os espaços reservados para expor produtos e serviços ligados ao agronegócio. O prefeito de Uber-lândia Odelmo Leão, que já foi pres-idente do Sindicato Rural, considera o evento um dos mais importantes do setor, e destaca a força do produ-tor rural, que tem a responsabilidade de produzir alimento para abastecer

o país. Na solenidade de abertura, o prefeito de Uberlândia lembrou a importância da política agríco-la, uma vez que o Brasil é um dos países que mais produzem alimento em todo o mundo. A parte de shows musicais foi bastante diversificada e reuniu artistas para agradar a todos os gostos. O público marcou pre-sença em grande número para ver cantores como Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Luan Santana e em especial Alexandre Pires, que é natural de Uberlândia, e leva o nome da cidade para o cenário nacional. Mas como se trata de uma feira agropecuária, o setor dos animais ganha destaque. Os pavilhões ficaram lotados. “Se tivé-ssemos mais espaço, com certeza,

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CAMARU 2010

o número de animais seria maior, lembrou o presidente do SRU, Paulo Ferolla, afirmando que a procura foi intensa de produtores de várias par-tes do país, querendo trazer os ani-mais para o Camaru 2010”, informou Paulo Ferolla. A feira reuniu animais das raças Girolando, Gir, Brahman, Nelore, Senepol e Equinos, todos sinônimos de investimento em genética de ponta. A feira de animais aconteceu em um único turno. “Nós decidimos valorizar a qualidade. Foi bom para Uberlândia e para o Camaru, o que aconteceu em anos anteriores, quando realizamos aqui uma das maiores exposições do país em número de animais. Isso contri-buiu para projetar nossa exposição e despertar o interesse de grandes criadores brasileiros. Agora, que-remos nos destacar também pela

qualidade. Sabemos que, limitando o número de argolas, estaremos contribuindo para que venham para a feira apenas os melhores animais”, avaliou o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da Silva. Na pista de julgamento de animais, a movimentação é intensa. Pelo local desfilam animais de alta qualidade racial e grande valor fi-nanceiro. Para o gestor executivo da associação mineira de criadores de Nelore, a exposição de Uberlân-dia está se consolidando como uma das mais importantes feiras do país. De acordo com ele, os criadores en-tendem que um animal vencedor na exposição de Uberlândia ganha es-paço no mercado, uma vez que feira procura reunir os melhores. Outro aspecto que movimentou o CAMA-RU 2010 foi a realização dos leilões

de animais. Entre as oportunidades de negócios, durante a feira, esti-veram 06 leilões de bovinos e equi-nos, que colocaram à venda o que há de melhor em genética voltada para o melhoramento de plantel. Leilão Cavalos do Brasil Haras Capim Velho, 1º Leilão de Touros Nelore Berdinaz-zi e Convidados, IX Leilão de Fêmeas Nelore Elite da ACNTM, IV Leilão Top do Leite Girolando e Holandês, Leilão Virtual Estrelas do Leite (organizado pela InteRural leilões e transmitido pelo canal Terra Viva, II Leilão Terra do Gir. “Não tenho dúvidas de que todos aqueles que participarem dos leilões deste ano, no Camaru, sejam como vendedor ou como compra-dor, fizeram bons negócios e ficaram bastante satisfeitos com os resulta-dos”, concluiu Cássio Paiva, leiloeiro da InteRural leilões.

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Chegamos ao final de mais uma exposição agro-pecuária da cidade de Uberlândia com muita

honra e satisfação. Podemos re-sumir os dias 28 de agosto a 07 de setembro em uma só palavra, SUCESSO. Sucesso esse que não conseguimos sozinhos. Atingi-mos esse resultado graças à união de vários fatores, que tornaram o Camaru 2010 uma referência do agronegócio, não só do interior de Minas Gerais, mas de todo o Brasil. Prova disso foi a realização do tor-neio leiteiro, que premiou com um carro zero km um animal Girolando 5/8, o qual não ganhou apenas o torneio do Camaru, mas conquis-tou o recorde nacional da raça, su-perando o anterior em 16%. Aproveito o contexto para parabenizar todos os expositores

Agradecimento

que participaram do nosso evento, trazendo seus animais que lotaram o nosso parque e abrilhantaram a nossa exposição. Gostaria de deixar registrado todo o meu respeito e admiração por todos e espero que tenhamos conseguido atingir, e melhor ainda, superar as expectati-vas de todos. Espero poder contar com vocês em 2011. Não podemos nos esquecer dos parceiros que apoiaram a feira, destacando o maior deles, a prefei-tura de Uberlândia, na pessoa do nosso prefeito, Odelmo Leão, bem como aos secretários, que nos ofe-receram e prestaram todo o apoio durante o Camaru 2010. Lembrando também da Câmara Municipal, com os vereadores que reconhecem a tradição da exposição agropecuária de Uberlândia e em nenhum mo-mento colocou qualquer empecilho

na aprovação de leis que viessem favorecer e melhorar a qualidade do nosso meio rural e do nosso evento.Agradeço também a população de Uberlândia e região que compareceu no parque, participando dos eventos, e prestigiando não só o agronegócio exposto no parque, mas toda a pro-gramação artística do evento. Para encerrar, mais uma vez meu muito obrigado a todos, e já adianto que toda a nossa diretoria está empenhada em trabalhar, cada vez mais, em benefício da classe ru-ral e proporcionar sempre o melhor. Já começamos a preparar a próxima exposição. Espero poder contar com a participação de todos novamente em 2011.

Paulo FerollaPresidente do Sindicato rural

de Uberlândia

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Torneio Leiteiro

O Torneio Leiteiro foi outra at-ração da 47ª Exposição Agro-pecuária de Uberlândia — Ca-maru 2010. Cerca 60 criadores

de todo o Brasil participaram da com-petição, que, neste ano, premiou o cria-dor do animal campeão com um caro zero. O critério para escolha do animal campeão foi estabelecido com base nos recordes nacionais.Segundo Paulo Roberto Andrade Cunha, que cria gado Gir há mais de dez anos, e concorreu ao torneio, os dois itens in-dispensáveis para que as vacas possam produzir em escala competitiva é a gené-tica e o manejo. Paulo Roberto afirmou que tudo começa com o controle total do cruzamento dos animais. De acordo com ele, os touros precisam ser selecionados com base na comprovação por testes, e somente esse cuidado já garante um alto percentual de que futuramente as vacas sejam boas produtoras. Cada cria-dor concorreu com até três animais. Para Diogo Rodrigues da Cunha, responsável pela organização da competição, o ob-jetivo do torneio foi atingido e os criad-ores apresentaram animais de excelente qualidade leiteira. Na hora da premiação, o momento é de muita descontração e o tradicional banho de leite não pode fal-tar. Neste ano, o mais feliz foi o produ-tor Tomaz Sérgio Andrade Oliveira Júnior, da Girolando Munquém, dono do animal vencedor da competição. “Estou muito feliz, isso é o resultado de um trabalho sério que nós fazemos no dia a dia na fa-zenda. Quero agradecer a todos que co-laboram por esse momento maravilhoso”, disse Tomaz. A vaca 5/8 atingiu média de 62,973 litros, batendo o recorde nacional da raça.Veja ao lado o animal vencedor do tor-neio leiteiro Camaru 2010.

Torneio Leiteiro

Foto da pick up Strada doada pela Curinga Veículos.

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Mangalarga Marchador

Mangalarga Marchador

Raça inicia o calendário e os julgamentos da 47ª exposição agropecuária de Uberlândia e sur-

preende pela qualidade e preços alcançados no leilão

Em sua 11ª edição, a Ex-posição Especializada do Cavalo Mangalarga Marchador, movi-mentou o parque de exposições do Camaru e reuniu, em um só lugar, animais de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, entre os dias 27 e 28 de agosto. Foram 212 an-imais que mostraram que Uber-lândia é realmente uma refer-ência na exposição de equinos. “Surpreendeu-me a qualidade dos animais, os criadores trouxe-ram realmente o melhor. A tropa presente durante a exposição foi de elite”, afirmou Rose Peçanha,

organizadora da exposição que completou, “Fiquei muito feliz tam-bém em ver os novos criadores da raça, que já estão participando de exposições e mostrando que que-rem realmente o melhor para a raça”.Antônio Clarete Zandonaide, do Ha-ras Zandonaide, de Sacramento, em Minas Gerais, é criador de Mangalar-ga há 22 anos, e participou de todas as exposições da raça em Uberlân-dia, e se diz muito satisfeito com a organização e qualidade do evento. “A pista este ano estava muito pesa-da, principalmente em relação às fêmeas que se apresentaram em sua melhor forma”, afirma.Encerando a XI Exposição Espe-cializada do Cavalo Mangalarga Marchador, o 6° Leilão Cavalos do Brasil e Haras Capim velho, obteve ótimas médias e superou as expec-tativas. O leilão apresentou 30 lotes,

Confira os resultados da XI Exposição Especializada do Cavalo Mangalarga Marchador de Uberlândia:

Convencional - Marcha Batida

além de alguns lotes que dispunham de vendas de coberturas com preços pré-fixados. Vários lotes foram dis-putadíssimos no leilão. O animal mais valorizado da agradável tarde proporcionada pelos organizadores, no parque do Camaru foi a Fêmea Guta Peppy San FH, do criador Flávio Humberto, do Haras Cutting Horse. A fêmea Quarto de Milha é um animal pronto para o Team Pean-ning. Filha de Peppy Doc San e Guta Gamay Oak, ela foi arrematada pelo Haras Kanakan, por R$ 24 mil reais disputada lance a lance por vários interessados no animal. A Fêmea Naomi Olena ALB, de Alexandre Biagi, da Alebisa Agronegócios, foi outro destaque da tarde. A potra Quarto de Milha, de 10 meses, foi arrematada por Bruno Magalhães e João Paulo Siqueroli, por R$ 19.200,00 reais.

Campeões de Categoria1 - MEIRELLES GUITARRA

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potra Mirim

4 - FLORA CARTAGENA Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha

Batida - Potra Mirim7 - CATARINA IANU

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potra Jovem

8 - CABOCLINHA DOS QUATRO VENTOS

Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potra Jovem

11 - MEIRELLES FLAUTA Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida

- Potra

13 - DOMINIQUE RAINHA DA PAZ Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha

Batida - Potra16 - TATUAGEM DO PASSO FINO

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potra Maior

20 - BETINA DO CHIMARRÃO Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha

Batida - Potra Maior22 - QUALITY FORUM

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potra Júnior

27 - EDIÇÃO H.C. Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha

Batida - Potra Júnior32 - RESERVA FORUM

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potro Mirim

30 - OLHAR DA ESM Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Marcha

Batida - Potro Mirim33 - AMARAL DANÚBIO

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Ba-tida - Potro Jovem

38 - BRUTAL DO VALE VERMELHO Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Mar-

cha Batida - Potro Jovem41 - QUIOSQUE FORUM

Campeão(ã) - Jovem - Marcha Batida - Potro

40 - DECRETO RAINHA DA PAZ Reserv.Campeão(ã) - Jovem - Mar-

cha Batida - Potro45 - BARONESA IANU

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Égua Júnior

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54 - BALADA DA LENDA VIVA Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Égua Júnior62 - ROMARIA DA BOA FÉ

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Ba-tida - Égua Jovem

58 - RICOTA DA SANTA ESMERALDA Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Égua Jovem73 - OBRA FORUM

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Égua

81 - CABOCLA DO QUELÉ Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Égua96 - KHADIJA DO RANCHO DO

ACASO Campeão(ã) - Adulto - Marcha

Batida - Égua Adulta

90 - QUILHA DO PASSO FINO Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Égua Adulta102 - MARQUEZA FORUM

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Ba-tida - Égua Sênior

99 - ATHINA DO TUIUTI Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Égua Sênior116 - PIONEIRO FORUM

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo Júnior

119 - BRILHO DA LENDA VIVA Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Mar-

cha Batida - Cavalo Júnior121 - PAPA FORUM

Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo Jovem

126 - LORD DA ESM

Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo Jovem

132 - MEIRELLES CHAMEGO Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida

- Cavalo136 - DESTAQUE RIO NEGRO

Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo

138 - AMULETO DA LENDA VIVA Campeão(ã) - Adulto - Marcha Ba-

tida - Cavalo Adulto142 - RITMO DO PASSO FINO

Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo Adulto

153 - HERDEIRO DA ESM Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida

- Cavalo Sênior147 - QUILATE DO PASSO FINO

Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Batida - Cavalo Sênior

Convencional - Marcha Picada

Campeões de Categoria

185 - HABANERA DA CAVARÚ-RETÃ Campeão(ã) - Adulto - Marcha Picada - Égua Júnior183 - ÉDEN DOS TRÊS BRILHANTES Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Picada - Égua Júnior191 - OBELIX DA CALCIOLÂNDIA Campeão(ã) - Adulto - Marcha Picada - Cavalo Júnior190 - LANCEIRO DAS GARIROBAS Reserv.Campeão(ã) - Adulto - Marcha Picada - Cavalo Júnior

Convencional - Marcha Batida

Campeões de Marcha

45 - BARONESA IANU Campeão(a) - Marcha Batida - Égua Júnior59 - QUIMOEDA DO ESPINHO PRETO Campeão(a) - Marcha Batida - Égua Jovem81 - CABOCLA DO QUELÉ Campeão(a) - Marcha Batida - Égua86 - QUADRILHA H.Z. Campeão(a) - Marcha Batida - Égua Adulta99 - ATHINA DO TUIUTI Campeão(a) - Marcha Batida - Égua Sênior116 - PIONEIRO FORUM Campeão(a) - Marcha Batida - Cavalo Júnior121 - PAPA FORUM Campeão(a) - Marcha Batida - Cavalo Jovem133 - RASTRO DO PASSO FINO Campeão(a) - Marcha Batida - Cavalo139 - QUIOSQUE DA SANTA ESMERALDA Campeão(a) - Marcha Batida - Cavalo Adulto147 - QUILATE DO PASSO FINO Campeão(a) - Marcha Batida - Cavalo Sênior

Convencional - Marcha Picada

Campeões de Marcha 185 - HABANERA DA CAVARÚ-RETÃ Campeão(a) - Marcha Picada - Égua Júnior191 - OBELIX DA CALCIOLÂNDIA Campeão(a) - Marcha Picada - Cavalo Júnior

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Brahman

Em mais uma edição, a exposição da raça Brahman apresentou 179 animais em pista durante a 47ª exposição agropecuária de Uberlândia. A genética selecionada pelos

expositores mostrou que Uberlândia é referência na exposição da raça. Os animais voltados para a produção de carne tiveram excelentes resultados, comparados com a avaliação nacional. Além do julgamento dos animais, outro evento fez parte da programação do Brahman no Camaru, foi o V Encontro de Criadores, realizado pela fazenda Uberbrahman no dia 4. No evento, os resultados da prova de ganho de peso, coordenada pela ABCZ, a 1ª Prova de Ganho de Peso Coletiva Uberbrahman, teve a finalidade de formar grupos contemporâneos precisos, em que a padronização do meio ambiente (alimentação, clima e manejo) permite que a diferença na performance entre os animais seja altamente correlacionada às diferen-ças genéticas. A prova durou 294 dias, testou 51 animais submetidos às mesmas condições climáti-cas, nutricionais e de manejo. Confira a cobertura completa do evento no caderno do Brahman.

Veja agora a relação dos

campeões e maiores

pontuadores em suas categorias

Grande CampeãMiss Querença 3544Querença Agropecuária Fazenda Querença – Inhaúma/MG

reservada Grande CampeãMiss Lince 559César Tomé GarettiFazenda Lince – Neves Paulista/SP

Grande CampeãoMister Querença 3593Querença Agropecuária Fazenda Querença – Inhaúma/MG

reservado Grande CampeãoMister Querença 3822Querença Agropecuária Fazenda Querença – Inhaúma/MG

Expositores1 º César Tomé Garetti 2 º Agropecuária Leopoldino 3 º Querença Agropecuária 4 º Heleno Henrique Silva 5 º Wilson Lemos de Moraes Júnior

Criadores1 º Querença Agropecuária2 º César Tomé Garetti3 º Agropecuária Leopoldino4 º Heleno Henrique Silva5 º Wilson Lemos de Moraes Júnior

59InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com

Nelore

Nelore apresenta 198 animais durante o

camaru e comemora ótimos resultados

ClassificaçãoGrande CampeãPandora Fiv MRAJonas Barcelos Correa FilhoMata Velha – Uberaba/MG

reservada Grande CampeãDebora Fiv Santa CruzEAO AgropecuáriaFazenda Reunidas – Uberaba/MG

Grande CampeãoFiel Fiv JWWPecuária Santa ClaraSanta Clara – Cordeiro/MG

reservado Grande CampeãoVeredico FIV AngicoAgropecuária Santa BárbaraEstância Santa Bárbara – Uberaba/MG

Expositor1° Agropecuária Santa Bárbara2° Pecuária Santa Clara3° EAO Agropecuária4° Terra Mata Agropecuária5° Mata Velha

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Criadores1° Pecuária Santa Clara2° Terra Mata Agropecuária3° Udelson Nunes Franco Angico4° ntegral Pecuária5° Marco Paulo Cardoso Carneiro

Os Jurados Rodrigo Ruchel Lopes, Guilherme Queiroz, Rafael Mazão e Gustavo Vieira Alves Gouvea, tiveram o trabalho de julgar durante a exposição do Camaru 198 animais, desses 131

fêmeas e 67 machos, de criadores de várias regiões do país. Foram 30 expositores que participaram de mais uma exposição da raça Nelore em Uberlândia.Para o gestor executivo da Associação Mineira de Cria-dores de Nelore, Loy Rocha, o evento superou as ex-pectativas da entidade, que junto ao Sindicato Rural de Uberlândia, demonstrou muito profissionalismo na orga-nização do julgamento de animais. De acordo com ele, a exposição de Uberlândia está no caminho certo para se consolidar como uma das mais importantes feiras agro-pecuárias do país. A seguir você confere o quadro com o resultado geral.

60

CAP

A

InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010 www.interural.com

Gir

Gir Leiteiro e Dupla aptidão apresentam o melhor da raça

durante julgamentos

Mais um ano a raça Gir marca presença nas pistas do CAMARU. Na categoria Gir

dupla aptidão 36 animais, den-tre eles 28 fêmeas e 8 machos passaram sobre o olhar crite-rioso do juiz José Ivan Carvalho Soares, que ficou com a respon-sabilidade de escolher os prin-cipais animais expostos durante o Camaru 2010. Já na categoria

Gir Leiteiro, a 3.ª Exposição Espe-cializada do Gir Leiteiro no Camaru reuniu vários criadores de diver-sos Estados. Foram 43 expositores participando da disputada pista da raça. Para encerrar a participação da raça, no CAMARU 2010, o 2° Leilão Terra do Gir Leiteiro ofertou 31 lotes de vários pecuaristas da região, que estavam expondo ani-mais em pista. O lote de maior co-tação ofertado foi o animal Gené-

tica FIV, da Tropical Genética e José Naves de Ávila Neto. Mário Florên-cio Cuesta, da Agropecuária Singu-lar arrematou Genética por R$ 90 mil reais. O leilão atingiu média de R$ 20.355,00.

Resultados Gir

Dupla Aptidão

Grande CampeãESBELTA DOBIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

reservada Grande CampeãFAVORITA DOBIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

Grande CampeãoGABÃO BIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

reservado Grande CampeãoGOLPE TE SANTAJoel Machado DinizFazenda Santa CatarinaVazante-MG

Expositores1° José Luiz Junqueira Barros2° Joel Machado Diniz3° Alcides Rodrigues Filho4° Sociedade Educ. Uberland-ense5° Heda Borges Machado

Criadores1° José Luiz Junqueira Barros2° Joel Machado Diniz3° Alcides Rodrigues Filho4° Sociedade Educ. Uberlandense5° Heda Borges Machado

Resultados Gir

Dupla Aptidão

Grande CampeãESBELTA DOBIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

reservada Grande CampeãFAVORITA DOBIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

Grande CampeãoGABÃO BIJosé Luiz Junqueira BarrosFazenda Café VelhoCravinhos – SP

reservado Grande CampeãoGOLPE TE SANTAJoel Machado DinizFazenda Santa CatarinaVazante-MG

Expositores1° José Luiz Junqueira Barros2° Joel Machado Diniz3° Alcides Rodrigues Filho4° Sociedade Educ. Uberlandense5° Heda Borges Machado

Criadores1° José Luiz Junqueira Barros2° Joel Machado Diniz3° Alcides Rodrigues Filho4° Sociedade Educ. Uberlandense5° Heda Borges Machado

Resultados

61InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com

Girolando

Uberlândia apresenta os grandes campeões da raça Girolando

Encerrado dia 3, o julgamento de ani-mais da raça Girolando movimentou as dependências do Parque de Exposição Camaru. Criadores de várias regiões do

país inscreveram os animais, considerando que um campeão da exposição de Uberlândia tem grande repercussão e o animal vencedor ganha prestígio para futuras comercializações. Para o presidente do sindicato rural, Paulo Ferolla da Silva, o julgamento de Girolando correspondeu à expectativa da organização, levando em conta a qualidade de animais, que apresentaram uma grande evolução genética. A criadora Daniela

Martins, da Java Pecuária, disse que o evento foi excelente, além da boa organização, os animais em pista apresentaram resultados fantásticos em todos os aspectos.Finalizando a participação da raça no CAMARU, no dia 4 de setembro, o 5° Leilão Top do Leite apresen-tou ótimos resultados e agradou aos vendedores e compradores, que realizaram ótimas aquisições. A média geral de novilhas em lactação atingiu R$ 17.785,00; as aspirações, R$ 15.336,00; prenhezes, R$ 11.232,00; e vacas em lactação, R$ 6.534,00. A média dos tourinhos foi de R$ 5.832,00, das novilhas prenhe R$ 4.320,00 e bezerras R$ 1.988,00.

reservada Grande Campeão 3/4 Sangue Firenzi Billy Fancy Paul YCriador: Renato da Cunha de OliveiraProprietário: Ilza Helena Kefalas Oliveira

Grande Campeã 5/8Lama Preta Kamuela Lheros ArpoadorCriador: Agropecuária e Promoções LTDAProprietário: Paulo M.S. Gonçalves/ Daniella M. da Silva

reservada Grande Campeã 5/8 Sangue Fragata Nena SertãoCriador: Nazareth Dias PereiraProprietário: Renato da Cunha Oliveira

Grande Campeão 5/8Astro Nordic Tannus Criador e Proprietário: Delcio Vieira Tannus

reservada Grande Campeão 5/8 Sangue Franco Feiticeiro YCriador: Renato da Cunha de OliveiraProprietário: Ilza Helena Kefalas Oliveira

Resultados

Grande Campeã 1/2 SangueCenoura MarkowiczCriador: Salvador Markowicz NetoProprietário: Agropecuária Boa Fé LTDA

reservada Grande Campeã 1/2 SangueEspanhola Fiasco MAMJCriador: Milton de Almeida Magalhães Jr.Proprietário: Tropical Genética

Grande Campeã 3/4Argentina 2l da RessacaCriador: Liosmar Francisco de Souza e OutroProprietário: Agropecuária Boa Fé LTDA

reservada Grande Campeã 3/4 SangueCarícia Windstar TE TannusCriador e Proprietário: Delcio Vieira Tannus

Grande Campeão 3/4Stratus Billy Fancy Paul YCriador: Renato da Cunha OliveiraProprietário: Ilza Helena Kefalas Oliveira

62

CAP

A

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Senepol

Senepol

A raça Senepol apresen-tou no CAMARU um novo conceito de ex-posição de animais.

Foram colocados à disposição dos visitantes 70 animais, sendo 23 machos POI, 15 animais pro-cedentes de cruzamento absor-vente (do meio sangue ao puro por cruza) e o restante, novilhas e doadoras POI. O objetivo da feira foi de divulgar as qualidades do Senepol, um animal que adquiriu respeito pelo seu potencial gené-tico, fantástica adaptação, rusti-cidade, precocidade e qualidade de carne reconhecida no merca-do. A cada ano, esta raça taurina ganha espaço entre os criadores,

com aceitação em todas as regiões do país. A título de esclarecimento, vale lembrar que o Senepol ainda é recente no Brasil – passou a ser cri-ado a partir de 1995, quando foram realizadas as primeiras importações de animais e sêmen. De acordo com Carlos Junior, coordenador de marketing da ABCBS, a quantidade de pecuaristas que visitaram o Ter-ritório Senepol foi grande e muitos demonstraram interesses na cria-ção da raça (seja no gado puro, seja no cruzamento com uso de touros a campo). Tradicionais criadores de outras raças já têm a opinião forma-da e encararam o desafio de inve-stirem no Senepol, como opção de cruzamento industrial com o Nelore, principalmente pela rusticidade dos touros (acompanhando a vacada a campo) com altos índices de pr-

enhezes, pela ótima conversão alimentar relacionada a uma baixa manutenção nutricional. A raça oferece resultados posi-tivos nos confinamentos por apresentar um animal de alto desempenho e precocidade de acabamento, produzindo carne de qualidade e maciez. A feira foi realizada pela Fazenda Sole-dade (Ricardo Carneiro) e Estân-cia Goudard (Gilmar Goudard), os animais expostos no Camaru 2010 pertenciam a 10 criatórios da região, que foram convida-dos a participarem e somarem forças. Durante o evento foram comercializados tourinhos e garrotes. A feira também serviu para divulgar o Leilão Território Senepol, que será realizado dia 18 de setembro, em Uberlândia.

Camarote reúne diretoria e convidadosOs shows do Camaru movimenta-ram a cidade e principalmente a sociedade Uberlandense. Os shows em sua maioria tiveram início en-tre as 9 e 10 horas da noite, encer-rando mais cedo que o habitual. Essa iniciativa fez com que mais pessoas comparecem ao Camaru e aproveitassem a festa não só em seus eventos diurnos, mas notur-nos também, sem falar é claro do baixo índice de violência registrado pela Polícia Militar. O camarote da diretoria foi mon-

tado para que todos os diretores comparecessem e pudessem rece-ber seus convidados. No camarote, várias autoridades estiveram pre-sentes, a alta sociedade uberland-ense, além dos funcionários do sin-dicato rural. Artistas como Leo, da dupla Vitor e Leo, Alexandre Pires, Marco e Mário, Bruno, da dupla Bruno e Marrone e Sidney do Serrado, participaram não só dos palcos do Camaru 2010, mas também do camarote, presti-giando a festa. Algumas empresas

também aproveitaram a idéia e montaram camarotes particula-res para receber convidados.“Para 2011 a idéia é aprimorar essa idéia, o camarote esse ano já foi um sucesso, muitas pes-soas que não participavam dos shows antigamente agora nos prestigiam com sua presença, ano que vem vamos melho-rar ainda mais e atrair ainda mais público”, disse Claudionor Nunes, diretor do sindicato.

63InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com

Projeto Fazendinha Camaru

Rodeio

Mais uma vez, a chamada “Fazendinha” foi sucesso na exposição agropecuária de Uberlândia. O projeto tem como objetivo, transmitir, aos visitantes da feira, conhecimento sobre as atividades rurais. O local recebe uma decoração caracter-ística, que realmente lembra uma fazenda de verdade. Além de objetos decorativos, tem a presença de animais, como, por ex-emplo, mini-vacas, pôneis e cavalos. A fazendinha se transfor-ma em atração e as crianças são a maioria entre os visitantes. Como a proposta da fazendinha é transmitir conhecimento, muitas escolas de Uberlândia organizam visitas para levar os alunos. A professora Eliane Dias Ribeiro levou uma turma de alunos de uma escola estadual. “Acho a proposta muito in-teressante, assim os alunos possam ter mais contatos com animais, já que eles são mansos, no próximo ano vou trazer outra turma de alunos”, destacou. Este ano, a organização es-colheu como tema “A cadeia produtiva do leite“. Os visitantes receberam informações de como é produzido e processado o leite que chega às casas dos consumidores. Em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Uberlândia (CALU) foram repas-sadas informações de como acontece o processo de embala-gem. A empresa TIRALEITE levou para o local equipamentos de ordenha mecânica. Os visitantes, principalmente as crianças, tiveram conhecimento de como o leite é tirado das vacas por meio de instrumentos e não pelas mãos do homem. O em-presário Paulo César Garcia (TIRALEITE) considera a fazendinha do Camaru, uma excelente iniciativa como forma de proporcio-nar integração entre as atividades rurais e a população urbana.

Se nos anos anteriores o Rodeio Camaru já foi um espetá-culo à parte dentro da Exposição Agropecuária de Uberlândia, este ano não foi diferente. A JR Ro-deios, uma das empresas mais conceituadas no ramo, juntamente com toda a diretoria do Sindicato Rural de Uberlândia, preparou um show a parte, recheado de quali-dade e tecnologia. As montarias em touros aconteceram de 4 a 7 de setembro, a partir das 20 horas. Para que a festa ficasse completa participaram peões con-sagrados no Brasil e no exterior, com destaque para Wagner Elias, campeão do Rodeio Camaru no ano passado e Rogério Ferreira, finalista do mundial em Las Ve-gas, em 2009. Os competidores enfrentaram os mais temidos tou-ros do Brasil, trazidos pelos tro-peiros Companhia São Francisco

(Taguaritinga-SP), Companhia Már-cio Ventura (Uchoa-SP), Companhia Tholinha (Barretos-SP), Companhia Santa Bárbara (Uberlândia MG). Mais uma vez, o público lotou as dependências da arena para prestigiar os peões. Depois de 04 dias de montaria, o grande campeão foi Rogério Ferreira (36 anos), de Votuporanga-SP, que le-vou para casa um carro zero km. Rogério Ferreira é um dos melhores pões do Brasil e, em seu currículo já conquistou 47 carros, 46 motos e 05 caminhonetes; em 2º lugar ficou Rednei Moreira, Ta-batinga-SP, que ganhou uma moto; em 3º lugar ficou Jânio dos Santos Menezes, de Nossa Senhora das Dores-SE, que levou uma moto; em 4º lugar ficou Antônio Carlos de Oliveira, de Uberlândia-MG, este le-vou R$ 8.000,00 (o uberlandense é top 40º PBR/Brasil e já foi campeão em Londrina-PR), e em 5º lugar fi-cou marcos Alexandre de Urãnia-SP, que ganhou R$ 5.000,00.

64

CAP

A

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Prova da Cadeira

A prova da cadeira é uma brincadeira entre amigos e aman-tes dos cavalos, em que são colo-cadas 10 (dez) cadeiras, no final da pista, para 11 (onze) cavaleiros. Os cavaleiros são posicionados no lado contrário da pista, e ficam to-dos enfileirados, ao sinal do juiz, em disparada, correm em direção às cadeiras, descem do cavalo e se sentam, sempre sobrando um competidor em pé, que é elimina-do. A prova vai até sobrar apenas 02 (dois) cavaleiros e uma cadeira para a disputa final, vence a prova o último cavaleiro que conseguir descer do cavalo e se sentar na ca-deira primeiro.

Cavalgada

A tradicional cavalgada de abertura do Camaru 2010 aconteceu no dia 22 de agosto de, com a participação de cava-leiros e amazonas de diversas regiões do Triângulo Mineiro e alto Paranaíba. Reuniu aproxima-damente mil cavaleiros e amazo-nas que partiram da Praça Sérgio Pacheco e realizaram um belo desfile pelas ruas da cidade até a sede do Sindicato Rural de Uber-lândia – CAMARU, onde os cava-leiros e amazonas foram rece-bidos com um almoço de boas vindas.

Team Penning

O team penning é uma prova da família, em que 03 (três) competidores devem, no menor tempo possível, encurrala 03 (três) bezerros, com a mesma numeração, no curral que fica ao fundo da pista. O tempo é regis-trado por intermédio de aparelho eletrônico denominado “foto-célula”. Nesta prova, é proibido qualquer tipo de agressão, seja no cavalo ou no bezerro, também é proibido o uso de palavras de baixo calão e contato físico com o gado. Ocorrendo qualquer des-sas hipóteses é considerado SAT (Sem Aproveitamento Técnico). O tempo máximo da prova, por trio, é de 90 (noventa) segundos. Nesta prova, o animal é vistoriado ao final, pelo juiz de prova, e não poderá apre-sentar qualquer sangramento, seja ele proveniente de espora ou chicote. Em sendo detecta-dosangramento no animal o competidor é, imediatamente, desclassificado da prova.

Três Tambores

Na prova dos 03 (três) tambores, os competidores de-vem contornar os 03 (três) tam-bores no menor tempo possível. O tempo é registrado por inter-médio de aparelho eletrônico de-nominado “foto-célula”. Para cada tambor derrubado o competidor é penalizado com o acréscimo de 05 (cinco) segundos em seu tempo final. Nesta prova o animal é vistoriado, ao final, pelo juiz de prova, o qual não poderá apresen-tar qualquer sangramento, seja ele proveniente de espora ou chicote. Em sendo detectado sangramen-to no animal o competidor é, ime-diatamente, desclassificado.

Provas Equestres

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Tomaz Oliveira

Caçamba, uma novilha 5/8, em sua primeira lactação, animal jovem com uma dentição com apenas dois

dentes produziu uma média diária de 62,973 kilos de leite, superando, assim, os recordes anteriores de to-dos os graus de sangue 1/2, 5/8, 3/4 e se torna a recordista absoluta da raça. Tomaz Oliveira é o idealiza-dor da Girolando Muquém. Proprie-tário das Fazendas Muquém (Prata/MG) e Ponte Alta (Conceição das Alagoas/MG), até a década passada, dedicava-se à pecuária de corte. Em 2003, Tomaz decidiu transfor-mar completamente a gestão e as atividades fins das propriedades. O objetivo era agregar mais valor à pecuária, buscando maior equilí-brio econômico e social. A ideia era migrar da pecuária de corte para a atividade de seleção genética e produção leiteira, com foco no de-senvolvimento e disponibilização de animais, embriões e prenhezes de genética superior. Em 2004, após efetuar análise de viabilidade, dentre as di-versas raças leiteiras, Tomaz optou pela raça Girolando, por acreditar ser aquela que apresenta o melhor custo benefício dentro da atividade leiteira, proporcionando ao criador e produtor um melhor equilíbrio, ao se ponderar rusticidade, produção e manejo, viabilizando uma atividade leiteira verdadeiramente sustentáv-el. A busca pela excelência genética foi definida dentro da raça Giro-lando, com foco no grau de sangue 5/8, objetivando a formação de um rebanho de alta qualidade genética e produtiva. Na busca da melhor quali-dade genética e produtividade leit-eira comprovada, em 2005, Tomaz Oliveira adquiriu matrizes (doa-

doras) de extraordinária qualidade genética, oriundas de diversos cria-dores consagrados em nível nacio-nal. Desta forma, cerca de 30 doa-doras de diversos graus de sangue formariam um alicerce genético ex-tremamente sólido, possibilitando, desde o início das atividades, contar com um plantel de altíssima quali-dade. Formado o time de doa-doras, a Girolando Muquém optou pela aceleração da reprodução por meio da metodologia FIV, realizan-do, já no primeiro ano (2006), 180 produtos FIV (sendo 90% fêmeas com grau de sangue 5/8 Holandês, 3/8 Gir). Desde 2006, os investimen-tos são contínuos, buscando sem-pre a melhora nas propriedades, visando ao melhor manejo e, prin-cipalmente, ao fortalecimento do rebanho genético. Os investimentos foram macivos e continuam a ser feitos. Na última Mega-Leite, nos leiloes que giraram em torno desta, foram investidos, aproximadamente, R$ 250.000 em compra de genética superior; foram adquiridas prenhe-zes, bezerras das mais consagradas matrizes e recordistas ½ sangue, Matrizes Gir, 5/8 e ½ sangue. “Esta-mos construindo um banco genético extremamente sólido, sem dúvida, um dos melhores do Brasil, visando à produção do melhor 5/8’, comenta Tomaz Oliveira. Além do investimento em aquisição de genética, a Girolando Muquém está em fase final de con-strução do Núcleo das campeãs. Uma estrutura inovadora de hospedagem de Doadoras (serviço completo de hospedagem e acompanhamento de aspirações), hospedagem de ma-trizes em lactação e realização do controle leiteiro e hospedagem de matrizes e preparação para torneio leiteiro. As hospedagens ocorreram

em piquetes e/ou baias, sendo in-staladas na fazenda Ponte Alta (à beira da represa hidrelétrica de Vol-ta Grande). Nos últimos meses, a Giro-lando Muquém renovou sua ima-gem com a criação de uma nova logomarca, construção de uma web site muito avançado (www.girolan-domuquem.com.br), criação da rede de relacionamento no Twiter (www.twitter.com/girolandomuqem). Na área de consultoria técnica, além de re-forçar e desenvolver o quadro de profissionais, a Girolando conta com o suporte técnico da empresa Beef&Milk Brasil, liderada por Celso Ribeiro Menezes. A Genética é disponibilizada de diversas formas, com a venda de aspirações, embriões, prenhe-zes e bezerras, matrizes e futuros reprodutores. Atualmente, a Giro-lando Muquém tambem oferece serviços como casqueamento, trein-amento (doma), preparação de ani-mais. A Girolando Muquém também prepara o anúncio do NÚCLEO DAS CAMPEÃS, uma central de hospeda-gem, que receberá e acomodará diversos animais cujos serviços con-

Girolando Muquém apresenta sua genética e reforça sua aposta na raça!

Tomaz Oliveira

InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com67

templarão controle de aspirações, controle leiteiro e/ou preparação para torneio leiteiro. A Girolando Muquém busca a melhoria contínua. A confiança e aposta no futuro do Brasil, bem como na atividade sustentável da pecuária leiteira, é a sua motivação, e norteia seus investimentos. Os últimos resultados em pista e torneio leiteiro, como o Ca-maru 2010, indicam que o objetivo de buscar o animal perfeito (ani-mal de pista e também de altíssima produção leiteira) começa a ser atin-gido. As conquistas diversas, as ex-posições oficiais e a produtividade das novilhas em regime de campo mostram que a estratégia definida e o caminho trilhado estão corretos. A maior satisfação é receber feedbacks dos clientes, atestando sobre a qual-idade e a produtividade de nossos animais. Tomaz Oliveira, da Girolando Muquém, foi considerado expositor revelação da Megaleite 2010 e tam-bém foi o Quarto Expositor Nacional (categoria 5/8). O foco da Muquém é a ge-ração de animais de grau de sangue 5/8 & OS, portadores de genética verdadeiramente superior. “Somos apaixonados pelo 5/8”, enfatiza Tomaz. O grande diferencial da raça Girolando é a sua produtividade ali-

ada à rusticidade. “Acreditamos que o grau de sangue 5/8, além de ser grau de sangue estabilizador da raça, é o que melhor retrata o su-perior equilíbrio entre os pilares produtividade, rusticidade, adapt-abilidade, habilidade materna e não podemos nos esquecer do fator liq-uidez financeira”, destaca Tomaz. “Nós da Girolando Muquém temos como norte a seguinte ex-pressão: ‘Genética e Qualidade Ori-entadas ao Girolando do Futuro’. Entendemos que o futuro é o 5/8 e o PS (Puro Sintético)”, completa.

Camaru é palco da quebra de um recorde Mundial “A raça Girolando e não a Gi-rolando Muquém é a grande vencedora deste último torneio leiteiro (Camaru 2010)”, comenta Tomaz Oliveira. O que parecia impossível foi realizado. Uma novilha 5/8 (em sua primeira lactação, animal jovem com uma dentição com apenas 2 dentes) pro-duziu uma média diária de 62,973 kilos de leite, superando, assim, os recordes anteriores de todos os graus de sangue (1/2, 5/8 e ¾), Isto mostra o potencial do Girolando e o potencial de produção do grau de sangue 5/8. A recordista Caçamba teve sua primeira aspiração vendida para o criador e atual presidente da Girolando José Donato. Outra recordista do plan-tel Girolando muquém é o animal Lana II Vargem (vaca ½, que foi a vencedora geral do torneio leiteiro neste último Camaru 2010). Lana foi campeã em Santo Antônio de Pád-ua-RJ, 2010, com média de 67.060 kg em 2 ordenhas e campeã igual-mente em Paraíba-MG, é detentora do em 2010, com média de 65,860 também em 2 ordenhas. Bateu o re-corde nacional em 2 ordenhas e ob-teve um controle leiteiro de 16.200 kilos, (não oficial da Girolando), em segunda cria. Lana é filha de Liva Lana Luke com Modelo de Brasília.

Novilha Caçamba Bolton Boa Fé62,973Kg

Equipe Girolando Muquém

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Info

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que os profissionais que nela trabalham

são competentes e empenhados, e isso

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Levando a informação do campo até você!

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Teste de progênie avaliará desempenho produtivo e reprodutivo da raça Brahman

Laura Pimenta Assessoria de Imprensa da ACBB

Genética

Desde que foi importado dos Estados Unidos pela Querença Agropecuária, há nove anos, o touro

JDH Sir Marri Manso apresentou-se como um “divisor de águas” para o rebanho Brahman, que estava em processo de formação no Brasil. Graças à consistência genética dos acasalamentos feitos a partir de Marri Manso, o rebanho Brahman brasileiro ganhou maior padroniza-ção racial, além de ser aprimorado com outras características valiosas próprias da raça, como habilidade materna nas fêmeas. A contribuição desse touro e de animais com a marca QUERJ para o rebanho Brahman nacional foi tão significativa, que boa parte dos ex-emplares inscritos para participar do PROBRAHMAN (PROGRAMA BRAH-MAN DE AVALIAÇÃO DE TOUROS), o primeiro teste de progênie da raça Brahman, possuem em seu pedigree algum grau de parentesco. Ao todo, 40% dos touros inscritos para a pri-meira fase do programa são filhos de matrizes desse criatório. “Acr-editamos que o PROBRAHMAN será uma ferramenta importante para provar, com dados científicos, quais animais são superiores e quais são destaques em determinadas car-acterísticas. Isso facilitará muito os acasalamentos”, prevê Moisés Fer-nandes, diretor da Querença Agro-pecuária. Para conhecer a eficiên-cia dos animais como difusores de genética de qualidade, o cria-dor Bruno Aurélio Ferreira Jacintho foi um dos muitos que aderiram ao PROBRAHMAN. Ao selecionar os três touros de seu criatório que participariam do programa, o cria-dor levou em conta aqueles ani-

mais que foram destaque desde a desmama. “Um dos touros é o GOOD Brahmania 1068, que é filho do touro americano JDH Mr. Elliot Manso, em uma excelente matriz, a Miss Querj Brahmania 99. Acredito que o PROBRAHMAN irá evidenciar justamente animais melhoradores, que podem não ser premiados nas pistas de julgamento, mas que são boas opções para a nossa pecuária extensiva”, garante Bruno. O PROBRAHMAN é uma realização da Associação dos Cria-dores de Brahman do Brasil (ACBB), em parceria com a Alta Genetics, com o apoio da ABCZ e ANCP. A expectativa é de que, aproximada-mente, 20 touros participem desta primeira fase da avaliação. O pro-grama será desenvolvido em par-ceria com pesquisadores da Univer-sidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Jaboticabal e Botucatu, e será o primeiro teste de progênie de touros Brahman, cujo objetivo principal é avaliar touros jovens, a partir do desempenho produtivo e reprodutivo dos seus filhos. O teste de progênie em tou-ros da raça Brahman fornecerá in-formações valiosas a serem utiliza-das na seleção de reprodutores de qualidade superior. A partir destes resultados, a Associação disponibi-

lizará avaliações genéticas acura-das dos touros, que permitirão a escolha e a utilização do sêmen de reprodutores de acordo com os ob-jetivos de seleção de cada criador.Realização Os criadores tiveram até o dia 25 de junho para enviar as in-scrições dos touros. Entre os dias 10 a 15 de julho, houve a pré-seleção dos touros por parte do comitê téc-nico a ser estabelecido em conjunto com a ACBB/Alta Genetics. Até o dia 20 de julho, todos os touros escolhi-dos deverão dar entrada na central para coleta de sêmen. A distribuição do sêmen dos touros participantes do PROBRAHMAN aos criadores apoiadores terá início no dia 01 de outubro e irá até 31 de dezembro. Após o período de gestação das matrizes inseminadas, os primeiros produtos deverão nascer a partir de agosto de 2011. Neste período, terá início a coleta de dados (peso ao nascer), na sequência, peso, aos 365 dias, e aos 450 dias, perímetro es-crotal, aos 365 e 450 dias de idade. No primeiro semestre de 2013, haverá a divulgação final de todos os resultados dos touros.

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Curso de doma e apresentação de bovinos de pista da fazenda querença Uberaba

A A fazenda Querência, do município de Uberaba, realizou, em agosto pas-sado, mais um curso de

doma e apresentação de bovinos. O objetivo é de ensinar tratadores, criadores e admiradores de bovi-nos de pista. O curso foi ministrado pelo professor Nilson Dornellas, considerado, atualmente, um dos melhores profissionais do país nessa modalidade. Durante 5 dias, foram passadas aos participantes técnicas que melhoram o relacionamento homem/animal. São aulas teóricas e práticas, em que os participantes aprendem alguns dos princípios básicos da doma de bovinos, apre-sentado a importância de técnicas fundamentais para o trabalho no campo e nas pistas. A finalidade é que, após o curso, os participantes adotem uma nova maneira de li-dar com o gado, utilizando técnicas como a observação, firmeza e per-cepção no trabalho diário com ani-mais. A Querência está localizada na BR 050, próxima a Uberaba-MG, e possui uma estrutura invejável para oferecer cursos de varias modali-dades rurais, propiciando alojamen-to de qualidade, internet, sala para apresentação de slides e alimenta-ção. A fazenda possui 40 baias, dois grandes lavatórios de gado e uma pista, onde é realizado o curso de doma e a apresentação de animais para exposição. De acordo com Paulo César Campos, responsável pela fazenda Querência, o resultado do curso foi excelente, uma vez que os participantes demonstraram um grande índice de aproveitamento. Para novembro, a fazenda já tem outro curso programado.

Genética

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Uberbrahman apresenta os resultados da maior prova coletiva de ganho de peso no V Encontro de Criadores em Uberlândia

O evento faz parte da programação da feira agropecuária Camaru, ocorrida no início de

setembro, e apresentou os resulta-dos da prova que durou 294 dias, testou 51 animais submetidos às mesmas condições climáticas, nu-tricionais e de manejo. Coordenada pela ABCZ, a 1ª Prova de Ganho de Peso Cole-tiva Uberbrahman teve a finalidade de formar grupos contemporâneos precisos, em que a padronização do meio ambiente (alimentação, clima e manejo) permite que a dife-rença na performance entre os ani-mais seja altamente correlacionada às diferenças genéticas. As PGPs foram adotadas pelo plantel Uberbrahman como ferramenta para a seleção dos ma-chos e a identificação de famílias mais produtivas, com direciona-mento para produção de carne. A primeira prova foi realizada pelo plantel em 2006 e, desde então, se tornaram práticas adotadas como referência para seleção do rebanho. Porém esta é a primeira prova cole-tiva, ou seja, que recebe animais de outros criatórios para as avaliações simultâneas e comparativas, cujos resultados possibilitarão um salto genético para toda a pecuária da raça Brahman. No dia 5 de janeiro, a Fa-zenda Morro Alto II – Uberbrah-man – realizou a abertura oficial da 7ª Prova de Ganho em Peso a Pasto, contando com 51 animais, em teste, de diversos criatórios na-cionais, dentre eles: Casa Branca

Agropastoril, Brahman Nossa Sen-hora Aparecida, Fazenda Querença, Brahman JLuz, Rancho Itália, Estân-cia Nova Esperança, Brahman Nova Pousada, Brahman Muzzi, Brah-man Interpar, Paulo Jesus Frange e Uberbrahman. De acordo com um dos promotores, Aldo Valente, e propri-etário da Uberbrahman, essa prova representa o desafio mais completo a pasto já realizado em todo o país pela raça Brahman. “Esta prova tem uma peculiaridade, pois foi iniciada no começo da estação das águas e está sendo concluída na fase mais dura da estação seca, possibilitan-do-nos quebrar definitivamente paradigmas e preconceitos sobre a rusticidade e a produtividade da raça Brahman”, ele ressalta.Na prova, entram os bovinos ma-chos, com idade entre 180 e 303 dias de vida, obedecendo ao limite de 90 dias entre o animal mais novo e o mais velho. Para a realização da prova a pasto, é necessária a partic-ipação de, no mínimo, 20 animais, sendo todos portadores de registro

genealógico de nascimento. O presidente da associação, brasileira dos criadores de Brah-man, José Amauri Dimársio, apoiou a prova, junto com a associação e esteve presente na apresentação dos resultados e comentou que a iniciativa dos criadores é de extre-ma importância para a raça, “Temos vários sistemas de melhoramento genético, mas o que esses criadores realizaram é algo muito avançado. Eles utilizam todas as ferramen-tas, hoje, ao nosso alcance para diagnosticar quais são realmente os melhores animais. Eu não con-heço nenhum programa de mel-horamento genético tão completo como esse que foi desenvolvido aqui”, disse o presidente. O líder do ranking da raça no país, João Leopoldino Neto, do Brahman Canaã, esclareceu que há bastante tempo já realiza a prova também em sua propriedade e parabenizou a iniciativa do Uber-brahman e de todos os criadores que também participaram da prova, “O pecuarista está ficando cada vez

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mais profissional, ele precisa de da-dos para usar determinado tipo de touro. Quando acontece uma prova dessas, você tem cada vez mais da-dos para oferecer sempre o melhor para seu cliente”, explica e comple-ta, “É por meio desse tipo de prova que nós conhecemos os melhores touros e conseguimos as linhagens para saber qual touro é melhor para cada acasalamento”.A prova a pasto tem uma duração de 294 dias, sendo os primeiros 70 dias o período de adaptação dos ani-mais, e 224 dias o período de prova efetiva. A alimentação dos animais deve ser totalmente a pasto com mineralização, podendo ocorrer

prova também são avaliados em outras características, como tem-peramento, ambiência e adapt-abilidade, marcador molecular, andrológico, aos 15 e 18 meses, e avaliação de carcaça por ultrasono-grafia. Moisés Campos, da Que-rença Agropecuária, participou da prova com 3 animais e conquistou o título de melhor touro com Mister Querença 4040, o animal que se de-stacou dentre os 51 animais, o que deixou o pecuarista satisfeito, “Nós utilizamos uma ferramenta fantásti-ca, que foi colocar vários animais de um grupo contemporâneo nas mesmas condições e descobrimos quais foram os animais que se destacaram”.

uma suplementação, se necessário, no período de baixa disponibilidade de pastagem de qualidade. Além da pesagem oficial de abertura da prova, são realizadas mais 3 pesagens intermediárias com intervalos de 56 dias, todas com os animais em jejum de 12 horas. E, ao final dos 294 dias, a pesagem final. Ao término da prova, são calcula-dos os índices de desempenho dos animais, tendo como parâmetros a ponderação dos valores de Ganho Médio Diário (GMD), do Peso Calcu-lado aos 550 dias (PC550), do Empu-ras, da Circunferência Escrotal (CE), da Área de Olho de Lombo (AOL) e Espessura de Gordura (EG). Os animais participantes da

Confira a classificação dos animais que mais se destacaram:

1° - Mister Querença 4040;2° - Casa Branca Farisco 1363;3° - Mister N Pous 1597;4° - Mister N Pous Poi 1603;5° - Mister Esperanza Poi 234;

6° - Casa Branca Fanti 1340;7° - Casa Branca Fanon 1336;8° - Mister Uber Poi 405;9° - Mister Uber Poi 403;10° - Muzzi Esparta 115.

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“É com prazer que falo da Revista

InteRural, que, a cada dia, mais vem

se consolidando como grande forma

de comunicação do meio rural. A

InteRural é uma revista que alavan-

ca negócios e que está ao lado do

homem do campo. Todos os meus

anúncios feitos pela InteRural vêm

dando retorno satisfatório e tenho

visto a revista por todas as empresas

do agronegócio que visito.“

Eduardo Milagre

Estância Milagre

“Considero a InteRural uma re-

vista moderna, abrangente e

de uma leitura muito gostosa.

Desde que tive acesso a ela, sou

cliente, parceiro e leitor assíduo.

Parabéns à equipe.”

Moisés Campos

Querença Agropecuária

“A Revista InteRural comemora 3 anos, e nós é quem somos presenteados. No presente men-sal, 3 vertentes ficam bastante evidenciadas:1º) A da pluralidade de seu conteúdo, em que o agronegócio é tratado com a abrangência ne-cessária;2ª) A da credibilidade, pela seriedade e opor-tunidade com que os assuntos são abordados; e3ª) A da beleza, expressando o cuidado e o bom gosto observados em suas edições.A Girolando sente-se honrada e orgulhosa com esta parceria.

Parabéns, que o sucesso continue e vida longa.”José donato dias Filho

Presidente da Girolando

“Anunciamos, na Revista, por considerarmos a forma em que seus profissionais tratam a pecuária brasileira de grande valia para o nosso negócio. Para-béns pelos 3 anos e que contin-uem neste caminho.”

Jose Luiz Junqueira Barros ( Bi )

Fazenda café Velho

Levando a informação do campo até você!

3 anos

“O próprio nome da InteRural já diz,

integração. Ela integra o setor rural

e principalmente o pecuário. É uma

sensação muito boa ler a revista,

porque seu conteúdo é transparente

e verdadeiro. Além de toda a divulga-

ção que ela vem fazendo a raça Brah-

man em um caderno especializado. É

excepcional”.

José Amauri dimarzio, presidente da associação

brasileira dos criadores de Brahman.

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DO Feira Pró-Genética

Girolando prepara 1º Encontro de Controladores de Leite

PPequenos e médios criad-ores mineiros de Pratinha e outras cidades vizinhas puderam adquirir touros da raça Girolando utili-

zando recursos de linhas do crédito rural. As compras aconteceram du-rante a Feira de Touros do Pró-Gené-tica, realizada no sábado (07/08), pelo Sindicato dos Produtores Ru-rais de Pratinha, em parceria com a Emater-MG e o Governo de Minas. Os criadores de Girolando Roberto Melo Carvalho, de Cássia (MG), e Udelson Nunes Franco, de Campina Verde (MG), participaram da feira, ofertando reprodutores da raça. O objetivo do evento é de-mocratizar a genética de ponta, fazendo com que pequenos e mé-dios criadores também tenham condições de adquirir animais de alto valor genético para melhorar a produção de carne e leite de suas propriedades. As vendas podem ser financiadas com juros baixos e período de carência e pagamento mais longo que outros financia-mentos. Na hora da compra, os criadores contam com a assistên-cia de técnicos da Emater e das as-sociações de criadores. Segundo o superintendente Técnico da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva, todos os animais colocados à venda atendem aos requisitos exigidos pelas asso-ciações. “No caso dos touros Giro-lando, só podem participar da feira animais com Registro Genealógico Definitivo na categoria de Puro Sin-tético da Raça Girolando, avaliação genética positiva para produção de leite, controle leiteiro da mãe, entre outras exigências”, explica Paiva, que participou da feira do Pró-Genética em Pratinha. Outras feiras do Pró-Gené-tica serão realizadas este ano. O calendário será divulgado pela Ema-ter.

Técnicos de todo o Brasil que atuam como contro-ladores de leite oficiais da Associação Brasileira dos

Criadores de Girolando e outros profissionais da área participarão, em outubro, do 1º Encontro de Con-troladores de Leite da Raça Girolan-do. O evento contará, ainda, com a participação de representantes de associações de criadores de outras raças leiteiras. De acordo com o su-perintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva, as palestras técnicas e as práticas de campo abordarão os procedimentos realizados pelo Controle Leiteiro Oficial da enti-dade. Os interessados em participar do evento devem procurar o Depar-tamento de Provas Zootécnicas para realizar a inscrição. A primeira edição do Encon-tro de Controladores de Leite será

realizada entre os dias 7 e 9 de outu-bro, na cidade de Uberaba (MG), e está sendo organizada em parceria com a Embrapa Gado de Leite. O Controle Leiteiro é um dos serviços prestados pela Giro-lando que mais cresce. O número de fazendas inscritas nesta prova zootécnica vem crescendo significa-tivamente nos últimos anos. De 2008 para 2009, houve elevação de quase 100%, passando de 199 para 347 re-banhos inscritos. A entidade fechou o ano com mais de sete mil lacta-ções encerradas. “A participação dos rebanhos no Controle Leiteiro é de suma importância para o progresso genético da raça, pois os dados de produção nos permitem identificar as melhores matrizes por meio do mérito genético para produção de leite, obtido mediante avaliações genéticas”, afirma Paiva.

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Animais Gir e Girolando

InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010www.interural.com79

Criadores do Paraná aderem ao Teste de Progênie Girolando

Para evitar que a produção de leite seja afetada pelas mu-danças climáticas, criadores do Paraná estão investindo

na raça Girolando, considerada mais rústica e ideal para os Trópicos. No município de Chopinzinho, cinco propriedades rurais passaram a at-uar como “Rebanho colaborador” do Teste de Progênie Girolando/Embrapa. O técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Giro-lando, André Junqueira, esteve no município para entregar aos criad-ores doses de sêmen de touros do 11º Grupo do Teste de Progênie. O material genético foi distribuído gratuitamente e será utilizado para inseminar as matrizes das fazendas cadastradas como colaboradoras. Junqueira ainda ministrou palestra

sobre o programa para criadores da cidade. A iniciativa de participar do programa partiu dos pecuaristas de Chopinzinho, que procuraram a associação para receber as doses de sêmen. Segundo os criadores, a região passou a registrar temper-aturas mais altas, o que está dificul-tando a criação apenas de animais de raças europeias, indicadas para clima frio. Já os animais Girolando são ideais para os Trópicos por con-seguirem manter uma alta produção de leite em regiões quentes, com alimentação à base de capim e sem apresentarem problemas de ec-toparasitas. Com isso, o custo de produção é menor. A distribuição do material genético dos animais que participam do Teste de Progênie Embrapa/Girolando começou em

abril deste ano e vai até este mês. Mais de cinco mil doses de sêmen serão distribuídas em todo o Bra-sil. Os 12 touros em teste passaram por uma criteriosa seleção. O intuito da associação é buscar animais de genética superior, capazes de trans-mitir aos seus descendentes carac-terísticas que venham a melhorar a produção de leite, morfologia e car-acterísticas de manejo. O resultado do 11º Grupo, composto por touros Girolando de vários graus de sangue e Puro Sintético (PS), será divulgado em 2015.

Criatório Gir leiteiro e GirolandoVenda permanente:Venda permanente:

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Prênhez Sexada

Animais Gir e Girolando

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DO Fazenda Nossa Senhora da Abadia em Tupaciguara

investe na pecuária leiteira

A fazenda Nossa Senhora da Abadia, propriedade do Sr. Júlio Alexandre de Araújo, está localizada no mu-

nicípio de Tupaciguara-MG, a 38 km da cidade. No local, desde 2007, está sendo implementado um arrojado projeto voltado para a pecuária leit-eira. O projeto é desenvolvido com a ajuda dos filhos do Sr. Júlio Alexan-dre: Juliano Araújo Costa e Vinícius Araújo Costa. O projeto conta tam-bém com acompanhamento técnico especializado, que colabora para a obtenção de excelentes resultados, e com uma equipe de funcionários motivada e comprometida com o que faz. Atualmente, na propriedade há 200 animais Girolandos, sendo que, destes, 65 vacas são respon-sáveis por uma produção de 1.500 litros de leite por dia. De acordo com Juliano Araújo Costa, o objeti-vo é fazer um trabalho de melhora-mento genético, que, em um futuro próximo, possa garantir o aumento da produção de leite, a seleção de animais de alta qualidade para par-ticipar de torneios leiteiros e apre-sentação no mercado de matrizes com grande potencial genético. “Hoje, na fazenda Nossa Senhora da Abadia, possuímos animais que foram adquiridos de conhecidos criatórios da pecuária leiteira”, de-staca. “São animais que adquirimos de importantes reservas da região, como, por exemplo, fazenda Santa Luzia (José Coelho Victor), fazenda Americana (José Sab Neto), fazenda Valinhos (Daniel da Silva e Mag-nólia) e, recentemente, animais da fazenda Panorama (Moacir Inácio da Costa) e Xapetuba Agropecuária (José Antônio da Silveira e filhos)”. O investimento em tecnologia já pro-porcionou os primeiros resultados positivos. A fazenda tem hoje 15 an-imais provenientes de FIV (geração 2010), filhas de doadoras de ponta

na produção de leite, que fazem parte do plantel da propriedade. “No início, parecia ser difícil, mas logo percebemos que o bom resultado do processo de FIV compensa todo o trabalho e investimentos”. Além do uso da genética para a melhoria na qualidade da produção de leite, toda a alimentação do rebanho é produzida na propriedade, desde

o volumoso até o concentrado, há também investimentos na melhoria da estrutura da fazenda, como am-pliação de bezerreiro, construção de pista de alimentação, ampliação de tanque de 1500l para tanque de 4000l. E, em agosto, a propriedade iniciou nova etapa de FIV, contando com a assistência do Médico Veter-inário Guilherme Barbosa Musse.

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DO Fazenda Santa Teresa: Histórico que reúne tradição e

qualidade na busca pela genética do girolando

Fazenda Santa Luzia recebe Troféu Agroleite 2010

A fazenda Santa Teresa está localizada em uma das regiões de grande valor histórico de Minas Gerais. Situada no município de Tapira, a fazenda está próxima ao distrito de Desemboque (município de Sacramento), consid-erado o berço da civilização mineira. Quem passa pelo local se surpreende com tanta beleza natural, resultado de um esforço para a preservação. Até 1987, a fazenda foi administrada pelo advogado e juiz Ronaldo Cunha Campos, um apaixonado pelas coi-sas da “roça”. A partir desta data, a fazenda Santa Teresa passou a ser cuidada pela esposa de Ronaldo, a senhora Anna Maria Borges Campos Cunha. Com cerca de 800 hectares, as atividades estão voltadas exclusi-vamente para a pecuária leiteira. São cerca de 370 animais Gir ½ sangue,

5/8 e ¼ e outros 270 animais Giro-lando, resultado de uma criteriosa seleção de matrizes. A qualidade dos animais da fazenda Santa Teresa foi comprovada recentemente. Em julho, foi realizado o primeiro leilão virtual da fazenda. Foram ofertados 80 animais e o resultado foi 100% de venda, com uma excelente média de R$ 3.000,00 por animal. “Foi um grande leilão, tivemos propostas de criadores de várias regiões dos país, o que só reforça a seriedade de nos-so trabalho e da genética utilizada”, destaca Anna Maria. A fazenda é es-sencialmente abastecida de água, possui vários córregos e nascentes e ainda tem o privilégio de estar à margem do Rio Araguari. Os animais são criados a pasto, livre, e durante a seca recebem um reforço alimentar

à base de silagem de milho. A casa/sede é moderna, tem um jardim planejado, escritórios, amplas sa-las e uma decoração com vários ti-pos de objetos. A parte de manejo dispõe de boa infraestrutura e os funcionários são, constantemente, informados sobre as mudanças téc-nicas que o setor exige.

A FFazenda Santa Luzia recebeu o Troféu Agro-leite 2010, na categoria Melhor Produtor. A pre-

miação aconteceu no Memorial da Imigração Holandesa, no dia 12 de agosto, em Castro (PR). O pecuarista Maurício Silveira Coelho, diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, recebeu o prêmio em nome da família. “Para nós, da San-ta Luzia, é uma honra receber este prêmio de abrangência nacional em uma votação recorde, conforme anunciado durante o evento, o que nos enche de orgulho e entusiasmo para continuar nossa caminhada. Dedico este prêmio à minha família, que sempre me deu total apoio, aos nossos parceiros e aos produtores brasileiros em geral, pela alegria de poder representá-los neste ato”, declara Maurício Silveira Coelho, da Fazenda Santa Luzia.O objetivo do Troféu Agroleite é ho-menagear os maiores e melhores destaques dos segmentos ligados à cadeia do leite, como forma de

reconhecimento e valorização da contribuição de cada um, em to-das as etapas de produção, desde as atividades de-senvolvidas, da porteira para den-tro, até aquelas voltadas ao con-sumidor final. Concorreram ao prêmio todas as empresas do seg-

e Resfriamento; Implementos para Mistura Total; Implementos para Fe-nação e Ensilagem; Tratores Agríco-las; Produtor de Leite (referencial em liderança, tecnologia e qualidade); Personalidade do Ano; Líder Classis-ta; Prestador de Serviços Agrícolas; Agente Financeiro; Cooperativismo; Laticínio; Embalagens Lácteas; Pro-grama de Qualidade do Leite; Re-vista; Televisão – Mídia Rural; Jornal; Portal do Leite.

mento leiteiro durante cinco meses de votação. Os membros da Castro-landa selecionaram os mais votados em cada categoria e elegeram um dos indicados para receber o prê-mio.Além da categoria Melhor Produ-tor, receberam o troféu os mais votados nas seguintes categorias: Genética; Nutrição; Medicamentos; Forragens; Fertilizantes; Semen-tes; Defensivos Agrícolas; Ordenha

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InteRural - Revista do Agronegócio | Setembro 2010 www.interural.com

Cultivares

A Lei de Cultivares

Cultivares são variedades de qualquer gênero ou espé-cie vegetal produzidas por meio de técnicas de cul-

tivo, normalmente, não encontradas em estado silvestre. Até o final da década de 90, o desenvolvimento de melhora-mentos no setor agropecuário não gerava ao inventor qualquer tipo de proteção ou benefício, visto que as novas variedades poderiam ser livremente reproduzidas por quais-

Como obter a proteção

A proteção é conferida pelo registro da cultivar junto ao Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) do Ministério da Agricultura, por prazo que varia de 15 a 18 anos. Esse registro assegura ao seu deten-tor o direito de exploração sobre variedades vegetais novas, obtidas a partir de processo de seleção e mel-hora. O titular do registro de cul-tivares tem exclusividade sobre a variedade produzida, podendo li-cenciar seus direitos a terceiros, me-diante remuneração. A venda, o ofe-recimento à venda, a reprodução, a importação, a exportação, a em-

balagem ou o armazenamento e a cessão de material de propagação de cultivar protegida sem autoriza-ção do titular implica a obrigação de indenizar, apreensão do material e pagamento de multa. Contudo existem algumas exceções a essa exclusividade. Não são considerados violação ao direito de propriedade sobre a cultivar, por exemplo, o plantio de sementes para uso próprio ou a utilização da culti-var como fonte de variação no mel-horamento genético ou na pesquisa científica. Ademais, o governo pode, se entender necessário, determinar a licença compulsória da cultivar,

para assegurar sua disponibilidade no mercado a preços razoáveis, sua regular distribuição e manutenção de sua qualidade, mediante remu-neração razoável ao titular do di-reito. O produtor rural que de-senvolve novas variedades de cul-tivo pode proteger suas melhorias contra o uso por terceiros, devendo buscar assistência especializada para obter o registro das cultivares e, assim, auferir vantagens concor-renciais e econômicas.________(Para maiores informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdiniadv.com.br)

quer terceiros sem que houvesse necessidade de retribuição ao mel-horista. Visando a incentivar a pes-quisa e ao incremento na produção de novas variedades no âmbito do agronegócio brasileiro, é que, em 1997, foi instituído um oportuno marco regulatório, a Lei de Proteção de Cultivares. Essa nova ferramenta possibilitou a proteção dos direitos do inventor no campo do melho-ramento vegetal, o que refletiu de

forma positiva para o avanço no de-senvolvimento de novas cultivares. A proteção, aliás, se estende a todos os países signatários da Con-venção Internacional para Proteção das Obtenções Vegetais (UPOV), que garante que os direitos dos obten-tores de novas cultivares sejam res-peitados pelos países-membros. Ou seja, as cultivares desenvolvidas no Brasil não poderão ser exploradas comercialmente nos países filiados à UPOV sem o pagamento de direitos aos melhoristas brasileiros.

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Levando a informação do campo até você!

“Olha, o que posso dizer é o seguinte, quan-

do anunciei fiquei impressionado com a qualidade do

trabalho e a dimensão que tomou a matéria, muitas

pessoas me ligaram (criadores e produtores de leite,

amigos) depois que a matéria saiu, parabenizando-

me pelo material que foi divulgado e a sua qualidade.

Acrescentou e muito para o sucesso do meu leilão, fiz a

matéria e, com certeza, farei novamente, pois contribui

e muito na divulgação do nosso trabalho. A InteRural

veio colaborar, com o belo trabalho que vocês fazem,

e hoje, em nível nacional, aonde vamos, deparamo-nos

com a revista InteRural com seu belo conteúdo fazendo

sucesso, os elogios são muitos, é impressionante. Vocês

estão de parabéns pelo tamanho sucesso que a revista

faz, é fruto de um excelente trabalho, de muita dedi-

cação e feito com muito carinho e amor, tenho muito

orgulho de ser amigo de todos vocês da InteRural, e de

ter feito parte desta história de sucesso, que Deus con-

tinue abençoando todos vocês e que a Revista InteRural

continue fazendo muito sucesso. Estaremos sempre

juntos, um grande abraço a todos e parabéns.”

Germano Franco

Fazenda nossa Senhora do Carmo

“Acompanho a Revista InteRural desde seu

lançamento. Nestes três anos, pude observar,

a cada mês, sua evolução, desde o aspecto

visual de suas páginas até a maturidade de

suas reportagens. A cada dia, vejo o cresci-

mento e a abrangência de mercado que a

InteRural está conquistando, e isso é muito

importante para o agronegócio de nossa

região. Como empresa, participamos de al-

gumas edições da revista e sempre tivemos

retorno. Desejo à InteRural que o sucesso

continue sempre ao seu lado. Parabéns!’

rogério Afonso Guimarães

nutrição de ruminantes / Cargill Agrícola S.A

Levando a informação do campo até você!

3 anos

“Gostaria de parabenizar a revista

InteRural por mais um aniversário. A

cada ano, firma-se como uma das re-

vistas mais importantes do agronegó-

cio, com cobertura dos principais

eventos desse setor, surpreendendo o

leitor a cada edição. Sucesso e para-

béns a todos da equipe.”

Adelino José Pereira neto

Presidente da Cooprata

“A InteRural foi a principal novidade

em comunicação para o agronegó-

cio brasileiro no passado recente.

Um verdadeiro divisor de águas.

Parabéns InteRural!”

Tropical Genética

Rezende Agropecuariawww.rezendeagropecuaria.com.br

[email protected](34)-9969-3601(34)-9971-2668

O Brasil detém o segundo maior re-banho comercial do mundo e é o maior ex-portador mundial. Perde apenas para os Esta-dos Unidos da América do Norte em volume produzido. Aproximadamente, 140 países compram hoje a carne bovina brasileira. Para tais resultados, investimentos em tecnologia, genética e manejo são essenciais. Pensando nisso, a Rezende Agro-pecuária imprime em seu rebanho pesados investimentos, tanto em genética quanto em sanidade, atingindo índices de ganho de peso acima da média nacional. No mês de setembro, a Rezende Ag-ropecuária expôs no parque de exposições do Camaru (Uberlândia-MG) animais que so-bressaíram pela sua beleza racial, volume de carcaça, precocidade, docilidade e sanidade, expondo uma seleção altamente qualificada. A alta performance aos nossos ani-mais apresentados no Camaru é graças ao seu índice genético, a sanidade dos animais e a dieta a eles aferidos. Para isto utilizamos a linha Advanced de Sais Minerais da Agro-ceres Nutrição Animal e dietas balanceadas com as rações MAX GP – Agroceres. Devemos lembrar que os suplemen-tos minerais do mercado basicamente têm dois diferenciais que devem ser levados em consideração na hora da escolha, já que as fontes de macro e microminerais utilizadas são praticamente as mesmas para todas as empresas. Sendo assim, o primeiro diferen-cial é a empresa, pois temos que ter a ga-rantia de encontrar no produto o que está escrito no rótulo, pois há os riscos de de-ixar o bovino carente de algum mineral ou até mesmo intoxicá-lo com excessos. Um sal mineral deve ser homogêneo e livre de con-taminações cruzadas no momento da fabri-cação. Somente uma empresa confiável pode dar esta garantia. Com a Agroceres nós te-mos obtido sucesso.A linha Advanced, da Agroceres, possui altos níveis de microminerais, que garantem a su-plementação do sal mineral e maior aproveit-amento do mineral pelo próprio animal.Ao longo da exposição, utilizamos no trata-mento dos pêlos dos animais o sabão bran-queador Ouro Fino, que realça e intensifica a cor dos pêlos, mantendo os animais sempre limpos, higienizados e desodorizados.

EDA da Rezende - 11 meses

Bodrum da Rezende - 09 meses

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Tropical Genética oferece um maravilhoso Espaço Gourmet

e mostra que não é boa apenas em genética leiteira

Mês de setembro é sempre especial para nós da In-teRural. Uma prioridade nossa foi sempre partici-

par e estar perto dos nossos clien-tes, parceiros e amigos que acom-panham a InteRural mês a mês, para que nossas edições cresçam sempre, não só em qualidade, mas também pela seleção das notícias. Pensando nessa proximidade com os leitores, criamos o Espaço Gourmet, e vem sendo bastante disputado quando decidimos escolher o local todos os meses. Esse mês o Espaço Gour-met foi na Tropical Genética, uma empresa formada por amigos que estão conosco desde a primeira ed-ição. Antes da formação da Tropi-cal Genética, há dois anos, a Gama Pecuária, de Milton de Almeida Magalhães Júnior e o filho, Milton Neto, e a Curicaca Agropecuária, dos irmãos Joaquim Lima e Vicente Nogueira, já estavam presentes na InteRural. Eles já estiveram na capa da revista 4 vezes, em 37 edições, apresentando todo o excelente tra-balho que vêm desenvolvendo na pecuária leiteira nacional, sempre com uma criteriosa seleção genética com foco na produção e longevi-dade, buscando alta qualidade e sustentação econômica, produzindo animais de excelência nas raças Gir e Girolando. Quatro vezes na capa, além, é claro, de várias outras re-portagens no interior da revista. Atualmente, a Tropical está setorizada em quatro propriedades, uma fazenda que funciona como uma maternidade, que abriga ape-nas receptoras em fase final da gestação; e recria das bezerras, com cerca de 250 receptoras em fase fi-nal de gestação; outra fazenda é a Tropical Leite, onde os animais em lactação são ordenhados. Nesse caso, são dois centros de ordenha,

um para o gado Girolando e outro para o Gir leiteiro. Além de mais duas outras fazendas, uma especí-fica para os animais que são levados em pista, e a última é a central de receptoras. Na Central, as 2 mil re-ceptoras passam por um rigoroso controle sanitário, em um sistema de pastejo rotacionado, adubação química e orgânica dos piquetes. São 700 hectares de pastagem de alta qualidade, e, para suplementa-ção dos animais na entressafra, são utilizadas forragens conservadas no processo de ensilagem e fenação. Bom, é qualidade e profis-sionalismo que não acabam mais, todavia, o nosso assunto aqui hoje é culinária, assunto em que a Tropical mostrou também que é “fera”. Du-rante o Congresso Internacional do Leite realizado em Uberlândia, MG, no mês de agosto, a Tropical reuniu vários amigos na Tropical Leite para uma jantar, onde realizamos nosso Espaço Gourmet. Ninguém foi para cozinha, contratamos um buffet, já que cozinhar para quase 100 pes-soas não seria uma tarefa simples. Dentre os pratos servidos, selecio-namos o de maior aceitação, para apresentar a você, leitor. Anote a re-ceita e encha a boca de água com um delicioso frango com molho branco, filé com tomate seco e ron-deli.

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IngredientesFilé de Frango ao Catupiry

IngredientesFilé com tomate seco

IngredientesRondeli

1 kg de filé de frango;sal;1/2 caixa de catupiry picado;3 colheres (de sopa) de catchup;2 colheres (de sopa) de mostarda;1 colher (de chá) de orégano;1 xícara (de chá) de cogumelo;1 xícara (de chá) de leite.

Modo de Preparo01. Pré-aqueça o forno em tem-peratura moderada.

02. Tempere os filés com sal e ar-rume-os em uma forma refratária, se possível, em uma só camada.03. Espalhe os pedaços de catupiry por cima.04. Depois vá acrescentando o catchup, a mostarda, o orégano e o cogumelo (se forem grandes, pique-os), sempre procurando dis-tribuí-los por igual.05. Regue tudo com o leite e leve ao forno já quente.06. Deixe assar até que a carne fique macia.

07. De vez em quando, agite ligeira-mente a forma, para que os ingre-dientes se misturem, e o catupiry envolva os filés por igual.08. Sirva-os em seguida, acompan-hando com arroz branco e os le-gumes de sua preferência.

1 filé mignon300 ml de vinho tinto seco2 cebolas, picadas5 dentes de alho, picados1 xícara (de chá) de Salsa e ce-bolinha1/2 xícara (de chá) de alecrim1 colher (de sopa) de ervas secas1 xícara (de chá) de azeite de oliva1 colher (de sopa) de amido de milho1 xícara (de chá) de óleo de milho

1 xícara de azeitonas pretas, azeito-nas pretas sem caroços1 xícara de tomate secoSal e pimenta a gosto

PreparoMisture o vinho, a cebola, o alho, as ervas frescas e secas, o azeite, o sal e a pimenta. Deixe a carne nesse tempero por, no mínimo, 3 horas.Retire a carne e limpe-a de todos os temperos. Enxugue com papel absorvente. Reserve o tempero. Frite a carne dourando-a, por igual,

em 1 xícara de óleo de milho. Retire da panela e desfaça-se do óleo. Na mesma panela, coloque a o tempero da carne e deixe engrossar. Volte a carne à panela e deixe cozinhar por 15 minutos. Leve-a a um refratário e adicione o tomate seco e as azeito-nas pretas, sem caroço.

Massa:• 400 g de farinha de trigo• 4 ovos• 4 colheres (sopa) de água

recheio:• 1 peito de frango grande cozido e processado (pode ser desfiado ou moído)• 300 g de requeijão cremoso• 2 tomates• 1 cebola pequena• 2 dentes de alho• Cheiro verde• Sal e pimenta do reino

• Óleo, para refogar• Molho, para o gratinado• 3 copos de leite (600 ml)• 3 colheres (sopa) de farinha de trigo• 1 cebola ralada• Cascas de limão, ralada• Sal• 1 colher (sopa), rasa, de margarina• 150 g de queijo parmesão ralado• 5 colheres (sopa) de nozes, ralada

Modo de Preparo Massa:1. Misture todos os ingredientes, amasse muito bem, abra com o rolo.2. Acerte as laterais e cozinhe em as-sadeira, com água e um pouco de sal.

recheio:1. Refogue o frango nos temperos, acrescente o requeijão e empregue o recheio na massa, que deve estar pré-cozida.

Molho para o gratinado1. Refogue a cebola na margarina derretida2. Junte o leite com a farinha de tri-go e bata no liquidificador3. Mexer até engrossar4. Acrescente o sal e o limão5. Coloque sobre as fatias de rondeli6. Salpique parmesão ralado e nozes7. Leve para gratinar

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ExpoGenética 2010 traz as novidades na área genética

Com uma programação di-versificada e quase 800 animais inscritos, a terceira edição da ExpoGenética de-

stacou os avanços nas áreas de mel-horamento genético e de seleção genômica. O evento foi realizado de 14 a 22 de agosto, no Parque Fer-nando Costa, em Uberaba (MG), e proporcionou, em sua programa-ção, o 2º Fórum de Melhoramento Genético Aplicado em Zebuínos, 10 leilões e exposição de animais. “A ExpoGenética está se consolidando como a maior mostra de animais ge-neticamente avaliados. Além disso, a feira tornou-se uma referência para o encontro periódico dos criadores, das instituições, dos pesquisadores, das empresas, dos gestores públicos e dos profissionais, que, juntos, pro-duzem o dia a dia do melhoramento genético das raças zebuínas”, in-formou o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes. Durante cinco dias, 680 pes-soas acompanharam as novidades de diversos programas de melhora-mento genético e também da área de genoma bovino apresentadas durante o Fórum. Uma comitiva norte-americana participou da Ex-poGenética. O grupo conheceu o trabalho desenvolvido pela ABCZ, visitou as Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU) e uma central de in-seminação artificial. Pequenos e médios produ-tores rurais da região do Triângulo Mineiro tiveram programação es-pecial na ExpoGenética. Cerca de 500 produtores assistiram a pal-estras sobre a importância do uso de touros avaliados para a melhoria do rebanho e sobre o Pró-Genética (programa que permite a compra financiada de touros de qualidade genética em feiras promovidas em vários estados do Brasil). Eles ainda realizaram visitas guiadas pelos pa-vilhões onde estavam os animais que ficam expostos da feira e pu-deram conhecer as novidades dos programas de melhoramento gené-tico. Esse trabalho foi realizado pela ABCZ e pela Emater-MG.

A ExpoGenética ainda foi palco de doação de animais para pesquisa. A FAZU assinou acordo de cooperação técnica com as fa-zendas Morada da Prata e São José para doação de 50 animais, que serão utilizados em pesquisas da faculdade. A criadora Maria Helena Dumond Adams, proprietária da Morada da Prata, doou 29 fêmeas tabapuã e o criador Aluísio Cristino doou 20 exemplares sindi. Segun-do Maria Helena, as pesquisas irão possibilitar novos avanços para as raças com base em dados científi-cos. De acordo com o coordenador do projeto Pecuária Intensiva Sus-tentável e professor da FAZU, Alex-andre Bizinotto, os animais serão utilizados em uma série de pesqui-sas na área de nutrição, pastagem, melhoramento genético, todas com enfoque na sustentabilidade. Touros Jovens - Com o objetivo de identificar novos re-produtores para atender à grande demanda por este tipo de animal no país, o Programa Touros Jovens da ABCZ selecionou, durante a Ex-poGenética reprodutores das raças nelore, guzerá e tabapuã para a próxima fase do programa, que é a da coleta de sêmen. O material genético que será coletado pelos animais que forem contratados por alguma central de inseminação será, posteriormente, distribuído gratuitamente para rebanhos co-laboradores do Programa de Mel-horamento Genético de Zebuínos. O sêmen recebido deverá ser uti-lizado em dois anos e somente em matrizes das categorias Puros de Origem – PO ou Livro Aberto – LA. Caso o material genético não seja utilizado neste período, o saldo de-verá ser devolvido ao proprietário do touro. Compete aos rebanhos colaboradores o compromisso de participar inscrevendo os produtos filhos dos touros no CDP – Con-trole do Desenvolvimento Ponder-al –, registrar as medidas de perí-metro escrotal – PE, e outras ações determinadas pelo programa até a idade de 21 meses.

Cada rebanho colaborador receberá 30 doses de sêmen de três touros diferentes participantes do programa. O programa absorverá 600 doses de cada touro participante. As demais doses de sêmen produzidas serão comercializadas pelas centrais.

Leilões

Os dez leilões que fizeram parte da programação da ExpoGené-tica tiveram faturamento de R$10.129.041,00. Esse montante é quase R$ 3 milhões superior ao total registrado nos sete leilões da edição do ano passado. O “Leilão Matrizes Matinha & Terra Brava” abriu o calendário da ExpoGenética 2010, no dia 14 agosto, e comer-cializou R$1.244.040,00. Já o “Leilão Touros de Uberaba”, realizado no dia 15, rendeu R$ 2.064.000,00. No dia 16 de agosto, o “Leilão Genética Uberaba”, R$ 868.080,00. No dia 17, ocorreram dois pregões: “Leilão Mocho Brasil”, com faturamento de R$ 660.720,00, e “Leilão Pioneiros do Gir”, que ren-deu R$ 813.000,00. O “Leilão Virtual CRV La-goa” movimentou R$ 533.000,00 e foi realizado no dia 18 de agosto. O “Leilão Top Cen”, no dia 19 de agos-to, faturou R$ 517.200,00. O “Leilão Berço do Tabapuã”, realizado no dia 20, movimentou R$ 452.905,00. Já o “Leilão Touros Melhoradores Co-lonial” teve as vendas finais fecha-das em R$ 1.368.096,00. Durante o evento, efetivado na tarde do dia 21 de agosto, foram comercializadas por R$ 44.400,00, 50% da posse do touro Houston COL, participante do Programa de Avaliação Nacional de Touros Jovens da ABCZ, mostrando que o mercado está aquecido para touros jovens com avaliações gené-ticas. O comprador foi o pecuarista Flávio Sérgio Wallauer. O calen-dário de pregões da ExpoGenética 2010 foi encerrado no dia 22 com o “Leilão Naviraí/Camaparino”, que rendeu R$ 1.614.000,00.

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Interleite

Evento se consolida como um dos mais importantes e tradicionais do setor leiteiro mundial

Desde 1994, é sinônimo de informação qualificada e ponto de encontro de quem movimenta a produção e o mercado de leite. Neste ano, o evento chegou à décima edição em grande forma. O Simpósio Internacional sobre Produção Intensiva de Leite real-izado tradicionalmente em Uber-lândia, MG, entre os dias 19 e 21 de agosto, foi considerado pelos participantes, como uma das mel-hores edições realizadas nestes 16 anos. Foram quase dois mil inscri-tos, entre produtores rurais, técnic-os e consultores ligados à produção de leite, estudantes, dirigentes de laticínios e membros do governo e pesquisadores envolvidos com políticas públicas para o setor. “O fato de termos essa participação em um momento de redução de preços

demonstra que o evento está con-solidado, além de termos acertado na programação”, constata Marcelo Pereira de Carvalho, Coordenador do evento. Na programação, ti-veram lugar 16 palestras abordando várias áreas, como mercado de leite e insumos, fidelização de produ-tores, sistemas de produção de leite, uso de genoma aplicado em fazen-das leiteiras entre outros. O espe-cialista do Ministério da Agricultura de Israel, senhor Israel Flamenbaum, abordou o tema “Redução de per-das reprodutivas e produtivas por meio de instalações e práticas de resfriamento corretas em rebanhos de alta produção”. Pela primeira vez, o projeto Leite Verde, de produção a pasto no Oeste baiano, foi apresen-tado em um simpósio. Sobre este tema, o palestrante foi Craig Bell, um dos sócios do empreendimento. O Interleite 2010 ganhou apoio de empresas e de estrutura dentro da programação. As empresas Itambé

(patrocinadora master), DeLaval, Intervet - Schering Plough, Merial, QGN, 3M e CRV Lagoa garantiram participação no evento. “Dada a de-manda e a importância do evento, neste ano, estamos locando todo o complexo do Center Convention de Uberlândia e faremos junto ao Interleite uma Feira de Negócios, aproveitando a qualidade do públi-co do congresso”, informa Marcelo Carvalho, coordenador do evento.

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Vida de Leiloeiro

João Carlos Rodrigues da Cunha (65 anos) é um dos leiloeiros rurais mais conheci-dos de Uberlândia e de toda a

região do Triângulo Mineiro. Simpli-cidade e muito conhecimento téc-nico da atividade são as característi-cas principais do leiloeiro, que, no circuito, é chamado carinhosamente pelos amigos de apenas João Calu. A identificação com as atividades rurais começou ainda na juventude, quando decidiu estudar Medicina Veterinária, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi com essa formação que João Calu foi trabalhar na EMATER-MG, como extensionista. A função foi exercida durante 15 anos. No período em que trabalhou na Emater, João Calu fez parte do projeto da empresa que implantou o programa de feiras de bezerros na região de Divinópo-lis, no centro do estado de Minas Gerais. Em 1982, foi transferido para Uberlândia e, por intermédio da Emater, passou a organizar os pri-meiros leilões do Sindicato Rural de Uberlândia (CAMARU). A cada ano, João Calu ficava mais envolvido com os negócios. Foi quando, em 1986, deixou a Emater e passou a dedicar–se exclusivamente aos negócios do leilão rural. Em parceria com Carlos Augusto Ribeiro Franco, fundaram a “Plantel Leilões Ltda.”, empresa na-cionalmente conhecida, que chegou a ser considerada a terceira maior empresa do país a vender animais. Mas, até esse período, João Calu, ainda não ostentava o martelo. Foi só a partir de 1989 que percebeu que tinha vocação e um grande tal-ento para vender os animais como leiloeiro. “No começo, tudo era novidade, mas sempre levei muito a sério, pois, afinal, o leiloeiro tem grande responsabilidade de rep-resentar um produto que pertence

a terceiros”, enfatiza João Calu. Di-ante desse novo desafio, João Calu começou a viajar para várias regiões, fazendo leilão. “Houve uma época em que cheguei a rodar de carro 6 mil km e fazer 23 remates em um único mês”, lembra. Durante a en-trevista, João Calu fez questão de recordar o grande esforço que os dirigentes de sindicatos rurais fiz-eram para dar credibilidade à ativi-dade leiloeira na região. “Trabalhei em um período difícil, pois existia desconfiança por parte do produ-tor, na hora de levar o animal para venda nos leilões. Hoje, está bom”. Sobre a chegada da televisão a esse mercado, João Calu considera natural, pois gera muitos benefícios, principalmente para quem trabalha com gado de elite, que não precisa locomover os animais pelas estra-

das do país. Para quem gosta de um bom bate-papo e muita agita-ção, recomenda o leilão de recinto, onde a adrenalina está sempre a mil. Para fazer essa matéria, João Calu atendeu à reportagem com a velha elegância e educação. A voz meio rouca é marca desse profissional, que, todos os domingos à tarde, está no tatersal do Sindicato Rural de Uberlândia, fazendo o tradicional leilão de gado de corte. Aproveitou para contar histórias engraçadas do meio rural, lembrar o tempo da Emater e da vida de estudante no Rio de Janeiro. Profissional realiza-do, João Calu destaca o apoio da es-posa Marilei Marquezelli Rodrigues da Cunha e dos filhos Vinício e Ro-drigo. Nos dias de folga, João Calu costuma ficar em casa, onde recebe os amigos para um churrasco e um bom bate papo.

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

Leilão

Fazenda Panaroma aquece o mercado e comercializa 230 animais girolando

Demonstrando muito profissionalismo e com-petência na organiza-ção, InteRural e Embral

Leilões realizaram em conjunto um dos melhores leilões de leite deste ano. Foi em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. O local para a realização foi a fazenda Panorama, do conceituado pecuarista Moacir Inácio da Costa. O proprietário de-senvolve um programa de criação de gado leiteiro, utilizando genéti-ca de ponta e alcançando resulta-dos acima da média. Com as “porteiras” da fa-zenda abertas, a InteRural, a Em-bral e o senhor Moacir não medi-

ram esforços para promoverem um evento de sucesso. A fazenda Pan-orama está localizada a cerca de 6 km de Tupaciguara. Para orientar os convidados, foram instaladas placas de sinalização nas margens das rodovias. A estrada de acesso ao local do evento recebeu uma camada de cascalho para melho-rar o trânsito dos veículos, mas principalmente dos caminhões que transportam os animais. A prefeitu-ra de Tupaciguara deu total apoio à realização do leilão e destinou para o local uma ambulância com enfer-meiros e instalou sanitários quími-cos. “Este tipo de evento é muito importante para todos e vem mais

uma vez mostrar a força da pecuária em nosso município, que é um dos principais setores da nossa econo-mia com geração de emprego no campo”, enfatizou o prefeito de Tu-paciguara Alexandre Berquó. Outro fator importante que o prefeito mencionou foi à presença do canal

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Terra Viva, que, além de transmitir o leilão ao vivo, divulgou o município para todo Brasil, por meio de uma pecuária forte. “Temos a obrigação de apoiar um evento desta enver-gadura, isso é dever do agente pú-blico”, disse Alexandre Berquó. Um show a parte foi a pre-sença dos leiloeiros. Cássio Paiva e Eduardo Vaz dividiram os trabalhos e, com muito brilhantismo e com um grande conhecimento no assunto, prenderam a atenção de todos até a comercialização do último lote. O empresário Fernando de Angelis, que foi até a fazenda prestigiar o evento, ficou surpreso com atuação dos leiloeiros. Foi sensacional. Para receber os participantes, foi instala-da uma tenda climatizada, e nem o forte calor, neste período na região, incomodou as pessoas. O leilão comercializou 230 animais, com uma excelente média por animal. 77 bezerras Girolando R$ 1.893,51; 10 novilhas Girolando

O animal mais disputa-do pelos investidores foi do lote 69 do cria-dor Marcion Inácio da

Costa. A vaca Girolando ½ sangue foi arrematada por R$ 12.000,00, pelo casal de produtores Dan-iel da Silva e Magnólia Silva, da fazenda Valinhos, município de Monte Alegre de Minas. A Castan-hola, da Eldorado, é uma doadora que tem uma produção diária de 54.8 kg, está com uma cria ao pé de 03 meses, filha do Roswell, e foi inseminada no dia 02/08 com material do Wildman. De acordo com o criador Moacir Inácio da Costa, para a realização do leilão, foi elaborado um planejamento bem detalhado sobre todos os as-pectos que envolvem a comercial-ização de animais. Segundo ele, é necessário oferecer um produto de alta qualidade, pois quem está comprando quer levar um animal de boa procedência. “Aqui na Fa-zenda Panorama, nós temos um trabalho de melhoramento gené-

tico de mais de 45 anos”. Disse Mo-acir. Para a realização deste, Moacir Inácio fez questão de destacar o trabalho de todos os funcionários. Emocionado com sucesso do even-to, Moacir Inácio fez um agradeci-mento especial à esposa e aos filhos pelo apoio incondicional nos trab-alhos desenvolvidos para o cresci-mento das atividades da fazenda. Ainda vale ressaltar que, na abertura

do leilão, foram vendidas duas bezerras, com renda destinada à APAE de Tupaciguara, para aju-dar no trabalho de desenvolvido pela entidade. Além das bezer-ras ofertadas por Moacir Inácio e Marcion Inácio da Costa, tam-bém foram feitas doações espon-tâneas. No total, foram arrecada-dos, em favor da APAE, cerca de R$ 8.000,00.

R$ 3.200,00; 42 novilhas Girolando prenhas R$ 3.530,77; e 99 vacas em lactação Girolando R$ 4.214,14. O volume geral comercializado foi de R$ 744.600,00. A oferta de animais de ponta aumentou a concorrência. Foram registrados lances de várias regiões do país. A maior parte das vendas foi para compradores da

região de Tupaciguara-MG, Campi-na Verde-MG e Itumbiara-GO. Entre os compradores destaques, podem ser citados Leandro de Paula Men-donça, com 24 animais; Juliano Araújo Costa, com 52 animais; Célio dos Santos Severino, com 21 ani-mais; e Alencar José da Silva, tam-bém com 21 animais.

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Leilão de liquidação da fazenda 3L Com uma tradição de 23 anos produzindo animais de alta qualidade leiteira, o cria-dor Sebastião Célio Rodrigues da Cunha, realizou no dia 01 de agosto, o leilão de liquidação total de animais holandês, da fazenda ouro verde, que fica há 60 km de Goiânia. Foram colo-cados a venda 380 fêmeas, 100 novilhas inseminadas e prenhas, 80 bezerras de inseminação e 30 tourinhos HPB PO e PC servindo. O leilão foi transmitido pelo novo canal. Na oportuni-dade foram apresentados lances

50% da proprie-dade do touro

Quibelo de CV é comercializada

em leilão O touro Nelore Mocho Qui-belo de CV, do rebanho de Carlos Viacava, foi o lote mais valorizado do 12º Leilão Nelore Mocho CV: 50% da posse do animal foram arre-matados por R$ 76.800 por Valdenir Rossi, da Fazenda Alzira, localizada em Vista Alegre (SP). O leilão, promovido por Carlos Viacava, foi marcado por bons preços e liquidez, e o resulta-do foi um faturamento de 1.625.760 com a venda de 134 machos (R$ 1.387.440) e 22 novilhas (R$ 283.320). A média dos tourinhos al-cançou R$ 10.354 e das novilhas, R$ 10.832. Além disso, foram comer-cializadas 7.100 doses de sêmen por R$ 101.750. O leilão também ven-deu nove touros da raça Brahman, do criatório de Ricardo Viacava, por R$ 75.360 e média de R$ 8.373. Considerando as vendas de Nelore Mocho e de Brahman, o faturamen-to bateu na casa de R$ 1.802.870. “O mercado está bastante aquecido para a venda de tourinhos. Foi um excelente resultado”, comemorou o selecionador de Mocho Carlos Via-cava. “Os animais foram disputados por 80 compradores diferentes”, acrescenta Ricardo Via-cava, que dirige o criatório que este ano completa 25 anos de seleção da marca CV. Segundo ele, 31% das vendas foram realizadas pelo Canal do Boi, que fez a transmissão do leilão. Realizado no dia 25 de julho, na Fazenda São José, em Paulínia (SP), o 12º Leilão Nelore Mocho CV foi organizado pela Programa Leilões.

Genética de alta qualidade no 11º Leilão Nelore Katayama

Comprovando o sucesso do programa de melhoramento gené-tico da Pecuária Katayama, o 11º Leilão Nelore Katayama comercial-izou touros, novilhas, bezerras Elite e prenhezes das vacas pelo fatura-mento total de R$ 1.441.190,00. O remate ocorreu no dia 22 de agosto em Araçatuba (SP) e vendeu 141 touros Nelore PO, alcançando a ex-celente média de R$ 6.990,00 por cabeça. “O mercado reconheceu nosso investimento em machos criados em condições de pasto, prontos para cobertura, com idade média de 28 meses e em torno de 700 kg”, destaca o proprietário da Pecuária Gilson Katayama. Outros 28 reprodutores Nelore LA também foram comercializados pela média de R$ 5.450,00. Além dos machos, a Katayama vendeu 20 lotes de no-vilhas PO top 10%, com 24 meses

de idade. Mais uma vez, o mercado valorizou os animais, que tiveram preços médios de R$ 8.100,00. Out-ra importante atração do 11º Leilão Nelore Katayama foi a oferta de 5 bezerras Nelore Elite da Katayama prontas para pista e com alto de-sempenho. Os animais saíram pela média de R$ 14.200,00. A Katayama também ofertou um lote de pren-hezes diferenciadas, comercializa-dos por R$ 70.000,00. O lote foi composto por prenhezes de fêmeas e machos das melhores doadoras da fazenda: Niágara, Rav-anna, Kachari e Anadeusa. “Foi um leilão de alta qualidade, que com-prova o bom momento da pecuária e reconhece a qualidade genética da Pecuária Katayama”, ressalta Gil-son Katayama. Ao todo, 42 pecu-aristas de sete estados fizeram in-vestimentos no evento.

de várias regiões do país, de-monstrando interesse pela boa qualidade dos animais ofereci-dos. O total vendido foi de R$ 1.590,192, 00 com média de R$ 3.706,00 por animal.

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CADERNO ESPEC IAL DE LE I LÕES

O 1º Leilão Excelência dos Arachás reuniu animais das conceituadas fa-zendas Engenho, Cal-

ciolândia, Figueira, Gir Veredas e grupo Monte Verde. O leilão foi transmitido pelo canal Terra Viva, e os convidados foram recebidos no Grande Hotel do Barreiro, em Araxá. O remate obteve um excelente re-sultado de vendas em suas catego-rias. A média por animal foi de R$ 47.300,00 e a média geral de R$ 51.000,00. O lote mais valorizado foi o que apresentou a progênie de mãe campeã nacional da Megaleite 2010 – Malaio/Meiga – TE Monte Verde, por R$ 126.000,00. Destaque para o pacote de prenhez (03), ven-dido por R$ 56.500,00. O maior in-vestidor do leilão foi a COMAPI Ag-ropecuária Ltda. de Lins-SP com R$ 225.000,00, e o maior vendedor foi o Grupo Monte Verde, de Uberaba, com R$ 213.000,00. O faturamento total foi de R$ 1.030.000,00. Os or-ganizadores consideram o resulta-do excelente e depositam o crédito ao trabalho dos criadores, que apre-sentaram animais de muita quali-dade genética leiteira.

Resultado Leilão 1º leilão Excelência dos Arachás

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Fotos: Luciene Fraklin

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O V leilão de Equino da Fazenda Engenho foi realizado no dia 28 de agosto, no Tauá Grande Hotel & Termas do Barreiro de

Araxá. O remate teve a transmissão ao vivo do Canal Terra Viva. A seleção dos animais e o cronograma geral do leilão foram organizados por André Cruz, ger-ente geral da criação de equinos da Fa-zenda Engenho. A organização, a deco-ração e a montagem do palco e tendas tiveram a coordenação de Elisângela Fa-gundes, funcionária do escritório central da Fazenda Engenho, em Araxá-MG. O leilão é uma realização bi-anual da Fa-zenda Engenho, na qual o proprietário, Leandro de Aguiar, cria cavalos há mais de 30 anos e sempre focado em animais com vocação funcional, mas sem se es-quecer da beleza morfológica, como um atrativo a mais. Dos 44 lotes ofertados, das raças Puro Sangue Árabe, Mang-alarga e Paint Horse (esta última criada pelo senhor Antonio Ananias de Agu-iar), foram efetivamente vendidos 37 animais. O lote de maior valor foi para o animal ENGENHO QUESTION FELA, da raça Paint, R$ 27.600,00. O comprador foi William Pereira de Moraes, de Araxá. Como destaques de preço, também houve a venda da égua Puro Sangue Árabe UNIC CARAMEL JP, adquirida por R$ 24.000,00, por Daniel Vale de Aguiar, e do Mangalarga ATIVO FELA, compra-do por Luciano Prata Rodrigues Borges, por R$ 20.400,00. O valor total do leilão foi de R$ 425.688,00, com média de R$ 11.505,08. A condição de pagamento do leilão foi de 24 parcelas. A empresa leiloeira foi a Âncora Leilões, de Belo Horizonte, de propriedade do senhor Paulo Miranda. O leiloeiro foi Rodrigo Costa, um dos melhores do Brasil. 12 lotes foram comercializados por inter-médio da mesa operadora do canal.

V leilão de Equino da Fazenda Engenho

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Fotos: Luciene Fraklin

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Leilão Elo do LeiteO leilão virtual elo special do leite, foi realizado dia 29 de agosto e fez parte da programação de leilões do camaru-2010. A transmissão foi do agro-canal e organização da nova Sat. O tatersal ficou lotado por cria-dores de várias regiões do país, in-teressados em adquirir genética de alta qualidade leiteira. Fora oferta-dos 49 lotes. Animais de renomados criadores como JPZ agropecuária, Xapetuba Agropecuária e fazenda funddão JR. O resultado do remate deixou os organizadores satisfeitos e apresentou as seguintes médias.Be-zerras gir R$ 8.640,00,vacas gir R$ 16.200,00,prenhez R$ 6.480,00,no-vilhas R$ 4.428,00,vacas 6.850,29,as-piração R$ 21.600,00.Lote 46 foi mais valorizado com a venda de uma bezerra por R$ 6.742,29 cria-ção da agropecuária xapetuba. O in-vestidor foi Joanada Min Ma

Leilão liquidação total da Estância

Santa Izabel Um dos leilões mais con-corridos durante o mês de julho, organizado pela embral, foi o da Estância Santa Izabel, localizada em Alvares Floresce estado de são Paulo. O leilão de liquidação ofereceu 200 fêmeas HPB PO e PC, 90 vacas paridas, 60 novi-lhas inseminadas e prenhas, 50 bezerras de inseminação até 14 meses e 03 tourinhos HPB. De acordo com o criador Walter José Trindade, são ani-mais de alta qualidade genética, resultado de uma experiência de mais de 15 anos com 100% de inseminação artificial com acasalamento genético dirigido. Com tanta qualidade oferecida o resultado de venda foi de R$ 582.228,00 com média de R$ 3.756,00 por animal.

Leilão Anual Fazenda São Domingos e Convidados

A região de Luiziânia-GO, mais uma vez, ficou movimentada com a realização do leilão anual da fazenda São Domingos e con-vidados. O evento foi organizado pela Embral e com transmissão do Agrocanal. Foram comercial-izados 46 animais, apresentando um resultado acima da média esperada pelos organizadores. Animais Girolando, bezerras R$ 10.000,00; novilhas a inseminar R$ 4.320,00; vacas em lactação R$ 5.724,00; machos R$ 5.000,00; e prenhez R$ 5.292,00. Holandês, vacas em lactação R$ 4.320,00. O Faturamento total foi de R$ 259.200,00.

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Leilão de Liquidação Sitio

Sol NascenteCom a organização da Embral e transmissão do Terra Viva, foi re-alizado, no dia 14 de agosto, o leilão de liquidação total do re-banho Holandês do sítio Sol Na-scente, município de Nova Grana-da-SP. Na oportunidade, também foram oferecidos equipamentos de leite e máquinas agrícolas. Mais uma vez, o leilão atraiu o interesse de vários criadores da região, que foram em busca de animais de alta qualidade leiteira. No total, foram comercializados 148 animais com a seguinte mé-dia: 36 bezerras de R$ 2.207,99; 04 machos R$ 2.538,00; 04 novilhas a inseminar R$ 2.700,00; 20 novil-has inseminadas R$ 3.477,60; 10 novilhas P+ R$ 3.499,20; 86 vacas em lactação R$ 4.297,39. O fatura-mento total foi de R$ 522.612,00.

Leilão Virtual

Fazenda Boa Vista No dia 20 de agosto, a InteR-ural Leilões – empresa do agronegó-cio –, realizou o leilão da fazenda Boa Vista. O evento contou com a parce-ria da Tropical Genética, outra con-ceituada empresa de Uberlândia, que desenvolve assessoria em várias pro-priedades da região. A fazenda boa vista está localizada no município de Uberlândia-MG e pertence ao senhor Chiang Wui Chin, um criador que tem ampla admiração pela pecuária de corte. Na oportunidade, foram oferta-dos 38 lotes com Tourinhos Brahman e Nelore, novilhas Brahman e Nelore e Bezerros Brahman e Nelore. Resul-tado de um criterioso trabalho que a Fazenda Boa Vista desenvolve com o emprego de uma genética apurada para o gado de corte. O leilão foi transmitido para todo Brasil, através do canal Terra Viva, parceiro da In-teRural na realização de leilões de virtuais. O leiloeiro foi Cássio Paiva. O remate obteve uma média de R$ 3.540,00 para tourinos Brahman; R$ 3.400,00 para tourinhos nelore; R$ 1.700,00 para novilhas Brahman; R$ 2.100,00 para novilhas nelore; e R$ R$ 1.630,00 para bezerros nelore. O lote destaque ficou por conta de uma novilha Brahman (Odalisca), vendida por R$ 4.260,00. Odalisca é uma No-vilha Filha de THE ROCK MR V8 846/5, em MS Querença, que mostrou, har-monia, estrutura e musculosidade. O comprador foi o Joselito Naves Souto.

Leilão Misto

Em parceria com os pecu-aristas Márcio Teodoro (Teodoreco), Aluisio Nogueira e Evandro Teo-doro, do município de Prata-MG, a InteRural leilões promoveu um “ Leilão Misto”, que agitou o mer-

José Orlando Bordin é tradiciona-lmente conhecido por investir em tecnologia de ponta. O leilão con-tou com a assessoria da renomada GLEITE, que tem na direção Rafael Veloso, que inclusive fez parte da transmissão como comentarista dos lotes. O leilão foi transmitido para todo Brasil, através do canal terra viva, do grupo bandeirantes de comunicação. No total foram 62 animais, distribuídos em 40 lotes. O leilão foi bastante movimentado, os telefones da mesa operadora não pararam um só instante. “ Fiquei impressionado com o grande inter-esse dos compradores”. Destacou o leiloeiro Aguinaldo Agostinho. A média de venda por categoria su-perou a expectativa dos organiza-dores. Novilha Gir R$3.430,00, no-vilha gir prenhe R$ 3.920,00, vaca gir PO R$ 5.240,00, tourinho girR$ 2.100,00 e tourinho holandês R$ 2.360,00. O maior comprador do leilão foi Rogério Paiva da Agro-pecuária Sal Paiva II, de Ibiá-MG

cado do Triângulo Mineiro. Foram ofertados 1360 animais, distribuí-dos em 36 lotes. O remate teve transmissão do canal Terra Viva, e o leiloeiro foi Cássio Paiva, consid-erado um dos melhores do país, devido ao profissionalismo, con-hecimento e grande versatilidade na hora de bater o martelo. “O leilão misto foi especial para nós, organizadores, pois deu-se em um horário diferente dos que normal-mente acontecem. Apostamos na força no canal Terra Viva, na quali-dade dos animais e não tivemos re-ceio de abrir os trabalhos em pleno sábado às nove horas da manhã”, explicou Cássio Paiva. A média de venda por categoria foi a seguinte: vaca nelorada R$ 1.160,00; novilha nelore R$ 960.000,00; novilha cru-zamento industrial R$ 780.000,00; garrote nelore R$ 830.000,00; mula R$ 2.800,00; burro R$ 2.100,00. O destaque do leilão foi o lote que reuniu 199 novilhas nelore, oferta-das pelo criador Ildeu Silva Melo e que teve como investidor o pecu-arista Sandro Vilela Teodoro de Prata-MG.

Leilão Fazenda

Araquá

Através da interural leilões, o criador José orlando Bordin, de Charqueada-SP, realizou no dia 18 de agosto, o leilão virtual da Fazen-da Araquá, reunindo animais de ex-celente qualidade da pecuária leit-eira. O remate foi cercado de muita expectativa positiva por parte de investidores, uma vez que produtor

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