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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015 Orientações para um projeto didático

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015 - smbrasil.com.br · no Alasca, de Luciana Withaker. Archivo SM/ID/ES A cooperação é o maior valor das comunidades que ... esquimós e o nosso modo

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE

2015

Orientações para um projeto didático

Direção Comercial e de MarketingSandra Bensadon de Carvalho

Gerente de MarketingLuciane Righetti

Coordenação de Serviços EducacionaisMônica de Souza Gouvêa

EdiçãoInês Calixto

RevisãoMarina Ruivo

Capa e Projeto GráficoAriane Ramos de Azevedo - Nany Produções Gráficas

ColaboraçãoMaria Carolina Dias Carreira, Thaisi Lima

2015Todos os direitos reservados à Edições SMRua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55Água Branca – São Paulo – SP – [email protected]

SUMÁRIO

Apresentação ..............................................................4

Viver em comunidade a serviço do bem comum

Fundamental 1 ............................................................6

A igreja e a diversidade brasileira

Fundamental 2 ..........................................................24

A igreja e os desafios pós-Concílio Vaticano II

Ensino Médio .............................................................36

Referências bibliográficas .........................................46

Como todos os anos, desde 1962, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desenvolve a Campanha da Fraternidade durante o período da Quaresma, pautada por um tema diferente a cada ano, pensado a partir de problemas vividos pela sociedade brasileira.

Em 2015, a temática não será ecumênica, como ocorre a cada cinco anos, devido ao jubileu do Concílio Vaticano II. O tema escolhido, que insere a Campanha da Fraternidade nas comemorações do jubileu, é “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, com o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45).

A temática contribuirá para atualizar a importância do maior evento da Igreja, convocado pelo Papa João XXIII em outubro de 1962.

Em plena Guerra Fria, período fortemente marcado por conflitos e tensões entre os blocos capitalista e socialista, o Papa João XXIII convocou a comunidade eclesial para repensar a missão da Igreja ante os desafios dos novos tempos. O intuito era promover uma renovação da Igreja e colaborar para a formação de uma sociedade pacífica e justa, capaz de promover e respeitar a dignidade dos seres humanos.

João XXIII faleceu logo após a 1ª sessão conciliar. Coube ao Papa Paulo VI dar continuidade aos trabalhos do Concílio Vaticano II. Vários documentos foram produzidos, aproxima-ções entre fiéis e leigos foram resgatadas e o papel social da comunidade eclesial repensado. É sobre este novo modo de ser Igreja, iniciado há cinquenta anos com o Concílio Vaticano II, que versará a CF 2015.

Considerando a importância das escolas católicas de estar em sintonia com a temática da Campanha da Fraternidade, a SM desenvolveu algumas propostas pedagógicas para os três segmentos da Educação Básica. Para o Fundamental 1 as propostas trabalham com subtemas relacionados ao lema “Eu vim para servir” (Mc 10,45). Para o Ensino Fundamental 2 e o Ensino Médio, os subtemas se relacionam ao tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.

As propostas pedagógicas elaboradas pela SM pretendem colaborar com os educadores na sensibilização, reflexão e aprofundamento desta importante temática.

APRESENTAÇÃO

VIVER EM COMUNIDADE A SERVIÇO DO

BEM COMUM

ENSINO FUNDAMENTAL I

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Campanha da Fraternidade 2015“Eu vim para servir” (MC 10,45)

VIVER EM COMUNIDADE A SERVIÇO DO BEM COMUM

Em conformidade com a natureza social do homem, o bem de cada um está relacionado com o bem comum.

(CNBB, 2015, p. 60)

Objetivos

Reconhecer-se como parte integrante de uma comuni-dade (família, escola, bairro, religião, sociedade).

Perceber a importância de servir (ajudar) o amigo, a família, o próximo.

Desenvolver noções de respeito ao direito dos outros.

Compreender o sentido de “comunidade” e “bem co-mum”.

Vivenciar valores necessários para a vida em comunida-de: cooperação, respeito, partilha, serviço, etc.

Conteúdos

Comunidades: família, grupo de amigos, grupo religioso e bairro.

O bem comum e o reconhecimento do direito alheio.

A partilha e o serviço como forma de cooperação e amor ao próximo.

Valores necessários para a vida em comunidade: parti-lha, cooperação e serviço.

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Tempo estimado20 aulas.

Materiais necessários

Painéis para a montagem de exposição interativa.

Folhas para a produção de cartaz (cartolina, papel cartão, papel-manilha).

Imagens de grupos sociais com diferentes composições (religiões, famílias, amigos, escola, bairro).

Cesta para o piquenique.

Máquinas fotográficas.

Papel para desenho.

Lápis de cor, giz de cera e canetas hidrocor.

Pincéis atômicos de diferentes cores.

Tesoura e cola.

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Campanha da Fraternidade 2015“Eu vim para servir” (MC 10,45)

PLANEJAMENTO DAS ETAPAS

Olhar a realidade,

partindo das sensações, daquilo que

se percebe de imediato.

VER A REALIDADE

Primeiras impressões

Dinâmica de grupos

Proponha algumas situações para serem encenadas. A quantidade de alunos por grupo deve variar de acordo com a cena proposta, como por exemplo: cumprimentar com aperto de mão; cumprimentar com os ombros; cumprimentar com o nariz; cumprimentar com o cotovelo; cumprimentar com a testa; tirar foto na praia; dançar aos pares; uma pescaria; fotografia de família; hora do lanche na escola.

Organizados em grupos de três, brinque de Casa e inquilino: dois alunos de cada grupo juntam as mãos à frente da cabeça, formando o telhado de uma casa. O terceiro integrante será o inquilino e deverá ficar dentro de sua casa. Com os arranjos prontos, dê a ordem aos inquilinos para trocar de casa. Depois inverta os papéis: quem fez a casa passa a ser o inquilino e vice-versa.

Por último, sugira que se organizem em cinco grupos. Esta formação servirá para todos os trabalhos coletivos do projeto.

Levantamento de grupos que compõem a sociedade

Converse com os alunos a respeito dos grupos dos quais eles fazem parte. Motive-os a pensar no grupo de amigos, na família, no grupo religioso ao qual pertencem, no bairro onde vivem, etc.

Anote no quadro de giz os grupos por eles relacionados. Explore as características próprias de cada grupo e faça-os perceber a diversidade entre eles.

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As primeiras sensações são agora

confrontadas com outros

“olhares”. Novas percepções

serão construídas.

O olhar agora é ampliado, novos elementos são

investigados sob a perspectiva do cinema, da literatura e do

jornal.

Caracterização dos grupos sociais Organize a sala para o trabalho coletivo. Cada grupo se

responsabilizará por produzir um cartaz apresentando um dos grupos sociais que foram assunto na roda de conversa.

Disponibilize folhas para a produção de cartazes, revistas, jornais, cola, tesoura, pincéis atômicos, etc.

O cartaz deve conter o nome do grupo social em estudo e ser ilustrado com imagens de revistas. Oriente-os a cons-truírem diferentes representações sobre o mesmo tema. Exemplo: diferentes famílias, diferentes religiões, etc.

Confrontar ideias

Com os cartazes prontos, oriente a apresentação que deve mostrar os lugares de atuação desses grupos, e o que os motiva a permanecer juntos.

Faça inferências no decorrer da apresentação. Acres-cente outros aspectos que facilitam as agremiações, como sentimentos comuns, a identificação de ideias, crenças, objetivos afins, etc.

Para ampliar o repertório trazido pelos alunos, apresente outras imagens de grupos familiares, religiosos, escolares, de bairro e de amigos. Sugira a eles que acrescentem essas imagens aos cartazes.

Explore as diferenças existentes entre os grupos sociais estudados e as variações que neles ocorrem, por exemplo: as diferentes composições de família.

Concluídas as apresentações, deixe os cartazes expostos na sala de aula.

Ampliar o conhecimento da realidade

Com o intuito de “ampliar o olhar”, promovendo o conhecimento dos valores e princípios necessários à convivência num grupo social, sugerimos exibir o filme A fuga das galinhas.

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Promova uma roda de conversa sobre o filme. Questione-os: Como era a relação das aves no galinheiro? Qual foi o motivo comum que fez com que elas se unissem? As galinhas conseguiram atingir o objetivo almejado? De que forma?

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ão A fuga das Galinhas

Direção: Nick Park, Peter LordPaís: Inglaterra Ano: 2000

A história acontece em uma fazenda chamada “Granja dos Tweedy”, localizada na cidade de Yorkshire, Inglaterra, na década de 50. Lá, algumas galinhas vivem uma vida triste e monótona. Presas no galinheiro, são obrigadas a botar ovos em horários determinados e vivem apavoradas com a possibilidade de virar jantar.

Entre o medo e a obrigação, as gali-nhas alimentam o sonho de uma vida em liberdade, mas para realizá-lo, precisarão aprender os princípios da convivência e da cooperação. A busca de solução de seus problemas comuns levará as galinhas a perceber o valor individual de cada uma para a consecução de um projeto coletivo.

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Para ampliar a discussão, proponha a leitura do livro As panquecas de Mama Panya.

Estimule os alunos a falar de suas impressões sobre a obra; a destacar cenas que chamaram a atenção e a explicar o motivo para tal; a estabelecer relações de si-milaridade entre a atitude de Mama Panya e exemplos extraídos da sociedade brasileira; a compartilhar com os demais suas experiências de partilha; a concluir, elencando as lições que podem ser extraídas da histó-ria, etc.

Proponha a leitura do artigo “A ética dos esquimós”1.

1 <http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/26/a-etica-dos-esquimos>. Acesso em: 6 jan. 2015.

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MAs panquecas de Mama Panya

Autores: Mary e Rich ChamberlinIlustradora: Julia CairnsTradutora: Cláudia Ribeiro MesquitaPáginas: 48

Esta linda história africana nos aproxima do lema da Campanha da Fraternidade 2015,“Eu vim para servir” (Mc 10, 45), pela forte experiência de partilha e amor que Mama Panya e seu filho vivem. Ao enfrentar o desafio de acolher os amigos e vizinhos para dividir suas panquecas, Mama Panya e Adika experimentam um dos principais ensinamentos de Jesus, que se resume em colocar-se a serviço da comunidade com alegria e generosidade, compartilhando o alimento com o irmão. Ao multiplicar os pães e os peixes, ao partilhar o pão na Última Ceia, Jesus nos ensinou a importância de dividir o que possuímos, não deixando que nossos irmãos passem necessidade. Mama Panya e seu filho entenderam que a família é, na verdade, muito maior do que somente aquelas pessoas que moram conosco. Quando acreditamos que somos todos irmãos passamos a nos compreender como uma grande família a quem devemos amar, ajudar e respeitar.

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Trabalhando com o texto

Sensibilização:

Leve para a sala de aula o livro 11 anos no Alasca, de Luciana Withaker.

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A cooperação é o maior valor das comunidades que vivem nas terras geladas do Alasca, onde a cultura iñupiaq há milhares de anos se alimenta de caça e de virtude.

Três crianças inuites posando com roupas típicas para um fotógrafo no Ártico.

Capa do livro 11 anos no Alasca, de Luciana Withaker.

“A ética dos esquimós” – Luciana Withaker.

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Apresente um breve histórico da autora.

Analise as imagens e estimule os alunos a levantar hipóteses sobre elas. Pergunte: Onde fica o Alasca? Como vivem os esquimós? Por que matam as baleias?

Leitura e pós-leitura:

Leia o artigo com os alunos. Localize o Alasca no mapa--múndi.

Pergunte se, pelo título e subtítulo, imaginam qual seja o assunto do texto.

Peça que grifem no texto as palavras desconhecidas e então elaborem um glossário.

Oriente-os para marcar, de outra cor, as palavras e frases relacionadas com o tema vida em comunidade, ressaltando como é a vida cotidiana dos esquimós, as ações que desenvolvem em prol do bem comum e os sentimentos que tais ações lhes proporcionam.

Promova a leitura das frases sublinhadas, estimulando--os a falar sobre o que mais lhes chamou a atenção. Pergunte: Que relação podemos estabelecer entre os esquimós e o nosso modo de viver? Que lições podemos tirar desta história?

Sugira a leitura de outros livros sobre a mesma temática. A ampliação do conhecimento pode ser feita também por meio de pesquisa em outras fontes, como a internet e revistas especializadas.

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JULGAR A REALIDADE

Peça aos alunos que descubram quais comportamentos, sentimentos e atitudes fazem com que os diferentes grupos almejem o bem comum.

Levante com eles os princípios e valores que consideram fundamentais para a convivência em grupo, tais como: respeito, solidariedade, cooperação, etc. Registre as palavras em um cartaz e o coloque junto aos outros que já foram expostos.

Faça a leitura da passagem de Mateus 14, 15-20.

Após a leitura, promova uma roda de conversa sobre o texto bíblico, relacionando com o que foi visto até aqui. Proponha algumas reflexões:

– Jesus e seus discípulos tinham poucos pães e alguns peixes. Jesus partilhou aquilo que tinha, mesmo sendo pouco, pois se preocupou com o bem de todos e não apenas com o seu bem-estar e o de seus amigos. Neste aspecto, como costumamos agir socialmente? Podemos afirmar que nos preocupamos com o bem comum? Justifique.

– Jesus pautava suas ações pelos princípios do amor ao próximo, do respeito, da partilha e da solidariedade. Que atitudes nos colocam de acordo com estes ensinamentos?

AGIR

Produto final: Exposição fotográfica Viver em comunida-de a serviço do bem comum.

Após as reflexões feitas pela análise do filme A fuga das galinhas, do livro Panquecas da Mama Panya e da reportagem “A ética dos esquimós”, de Luciana Withaker, chegou o momento de identificar, registrar e publicar exemplos de união, cooperação, alegria e solidariedade vividos nos grupos sociais estudados.

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1º. Momento – O registro fotográfico

Os alunos deverão fotografar, em seu grupo-tema (família, amigos, escola, grupo religioso ou bairro), situações em que prevaleça a busca pelo bem comum, por exemplo: partilha dos alimentos; envolvimento dos membros da família nos trabalhos domésticos; jogos interativos; momentos de oração comunitária, etc.

2º. Momento – A legenda

Para cada foto os alunos deverão compor uma legenda contendo: o título da imagem, o nome das pessoas que aparecem na foto, a data, o local, o nome do fotógrafo e o ano escolar em curso. Discuta com os alunos a importância das legendas para a exposição fotográfica e converse sobre os dados que devem constar (nomes das pessoas que aparecem na foto, data, local, situação, nome do fotógrafo e série).

3º. Momento – O ambiente da exposição

Planeje com os alunos o ambiente da exposição. Deve-se pensar nos seguintes itens: o local da escola onde as imagens serão expostas; os suportes para as fotografias e o painel interativo que será usado para as produções artísticas; a seleção de música ambiente, etc. Prepare uma lista contendo o que será necessário para a realização do evento.

4º. Momento – O convite

Elabore com os alunos um convite para divulgar a exposição. Estimule-os a pensar no texto, na estética e no material em que será confeccionado o convite. Trabalhe também um cronograma para a execução e envio dos convites.

5º. Momento – Sobre a exposição das imagens

Planeje com os alunos a melhor forma de expor as fotos. A ideia é que seja uma exposição interativa, em que os convidados possam expressar sua opinião sobre as fotografias e o tema da exposição (veja sugestões ilustradas a seguir).

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Exposição de arte contemporânea no Complexo da Maré. Travessias. Obra Jonathas de Andrade.

Abertura da exposição do Sebastião Salgado, gênesis, no Sesc Santo André. 08/01/2014.

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Os painéis devem permitir a interação dos visitantes. Para isso pode-se usar um mural móvel, forrado com cartolinas ou papel-pardo, contendo no centro a seguinte pergunta:

Ao lado dos painéis, disponibilize pincéis atômicos para que os visitantes possam interagir respondendo à pergunta.

CELEBRAR

Prepare o momento de modo que seja a celebração de uma vida em comunidade. Valorize o companheirismo, a união, a amizade, o amor entre as pessoas, o respeito pelas diferenças, a busca pelo bem comum. Sugerimos que o momento seja vivenciado em um piquenique.

A preparação:

Agende a melhor data.

Escolha o local para o piquenique, que também poderá acontecer em algum cantinho especial da escola.

Prepare a turma para o momento em que, além de saborear comidinhas gostosas juntos, retomarão as descobertas feitas durante o projeto e vivenciarão experiências de partilha.

Faça a lista dos itens que comporão a cesta do piquenique e ao lado escreva o nome dos responsáveis por levá-los: alimentos – frutas, lanches, tortas, bolos; bebidas – água, sucos, refrigerantes; descartáveis – copos, pratinhos, talheres, guardanapos, toalhas, sacos de lixo.

Selecione músicas, leve aparelho de som. Escolha brincadeiras para o ar livre.

Leve a Bíblia para a releitura de Mt 14, 15-20.

O que mantém estes grupos unidos?

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A celebração de um piquenique:

Os alunos participarão da arrumação da mesa. Disponha a toalha, os alimentos, as bebidas, os descartáveis.

Organize as brincadeiras. Deixe o grupo bem à vontade para explorar o espaço.

No momento do lanche, peça aos alunos para sentar--se ao redor da mesa. Escolha uma canção que pode ter o sentido de oferenda. Em seguida um aluno lê a passagem de Mt 14, 21.

Depois da leitura, convide-os a citar palavras ou frases que façam referência aos ensinamentos de Jesus sobre a vida em comunidade e sobre a partilha. Convide-os a citar também momentos marcantes do projeto.

Concluída a reflexão sobre a Palavra, chame-os para compartilhar o lanche.

Peça aos alunos que, ao colocar o alimento sobre a mesa, façam a oferenda de uma atitude que considerem importante para que o grupo seja cada vez mais unido.

Aproveite o momento do piquenique para valorizar a partilha, a união, a alegria, o que cada um tem para oferecer.

Lembre-os de que a cooperação também deverá acon-tecer no momento da limpeza do espaço.

REVISAR

Avaliação

Ao som de uma música instrumental, distribua aos alunos papel para desenho. Peça para que, em silêncio, recordem cada momento do projeto.

Oriente-os a escolher uma das fontes trabalhadas (filme, livro, artigo). Depois de escolher, devem representar o tema por meio de um desenho que, quando estiver pronto, será apresentado para os amigos. Cada aluno pode falar espontaneamente a respeito do que desenhou e do que foi mais marcante no projeto para ele.

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SUGESTÕES DE LEITURAAc

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MA guardiã dos segredos de família. Stella Maris Rezende. São Paulo: SM, 2010.

As panquecas de Mama Panya. Mary e Rich Chamberlin. São Paulo: SM, 2005.

Numa e os mosquitos. Kurusa. São Paulo: SM, 2012.

Minha família é colorida. Georgina Martins. São Paulo: SM, 2005.

Nascemos livres. Bartolomeu Campos de Queirós (org). São Paulo: SM, 2008.

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11 anos no Alasca. Luciana Whitaker. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.

Uma camela no pantanal. Lucília Junqueira de Almeida Prado. São Paulo: SM,2012.

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O chamado de Sosu. MeshackAsare. São Paulo: SM, 2005.

Uma cama para três. Yolanda Reyes. São Paulo: SM, 2011.

ENSINO FUNDAMENTAL 2

IGREJA E DIVERSIDADE

DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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IGREJA E DIVERSIDADE DA SOCIEDADE BRASILEIRA

“Diálogo e partilha, no contexto atual, são o modo indicado para a superação de conflitos, construção da paz e fortalecimento da vida social baseada na justiça e no respeito aos direitos de todos.”

(CNBB, 2015, p. 30)

Objetivos

Reconhecer os direitos fundamentais para uma vida digna.

Identificar os grupos sociais que ainda carecem da ga-rantia dos direitos fundamentais para uma vida digna.

Constatar situações de conflito envolvendo desrespeito e intolerância para com os indígenas brasileiros.

Estabelecer relações entre a violência contra os indígenas e a carência dos direitos fundamentais destes povos.

Valorizar a diversidade étnica dos povos indígenas.

Conhecer o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em sua relação com a CNBB e o Concílio Vaticano II.

Assegurar o diálogo e o respeito como imperativos na superação de conflitos.

Compreender o papel de instituições e movimentos sociais que trabalham em prol da dignidade humana e da justiça social.

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Conteúdos

Conceito de etnia.

Etnias indígenas brasileiras.

Os irmãos Villas-Bôas e a política indigenista.

O Parque Nacional do Xingu.

A CIMI, a CNBB e o Vaticano II.

Diálogo, respeito e direitos fundamentais.

Tempo estimado20 aulas.

Materiais necessários

Cartolinas.

Aparelho de DVD.

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Povos indígenas: conhecer para valorizar (25 min). Produzido pelo Museu do Índio/Funai em parceria com a Secretaria do Estado do Rio de Janeiro. Ano 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=MwMEuK-DfEw>. Acesso em: 12 nov. 2014.

PLANEJAMENTO DAS ETAPAS

VER A REALIDADE

Primeiras impressões

Levantamento do repertório dos alunos sobre o tema

Numa roda de conversa, explore a diversidade étnica que há na sala de aula. Pergunte, por exemplo: “De onde viemos?”, e recolha os dados de parentesco dos alunos, fazendo-os perceber diferenças e similaridades existentes nesse círculo.

Enfatize a riqueza étnica presente na formação do povo brasileiro.

Amplie a reflexão sobre o que sabem a respeito dos povos indígenas (caso exista entre seus alunos algum com descendência indígena, peça que partilhe seus conhecimentos).

Questione o modo como a sociedade vê o indígena. Pergunte: “Vocês já ouviram comentários que afirmam que o índio é preguiçoso, atrasado, sem cultura? Concordam com estas ideias? Por quê?”.

Confronte ideias

Após o debate inicial convide-os para ver o documentário Povos Indígenas: conhecer para valorizar.

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Pôr-do-sol na Aldeia Ipatse, Parque Indígena do Xingu, comunidade dos Kuikuro. Julho de 2007.

Organize a sala em quatro grupos. Para cada grupo entregue uma cartolina acompanhada pelo título relacionado a um dos quatro equívocos desenvolvidos pelo documentário: Equívoco 1: Índio é tudo igual. Equívoco 2: Índio é atrasado e primitivo. Equívoco 3: Índio parou no tempo. Equívoco 4: Índio é passado.

Peça aos grupos que registrem as ideias apresentadas no vídeo. Confronte-as com as ideias do grupo.

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Amplie o conhecimento da realidade

Exiba o filme Xingu.

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Capa do filme Xingu. (Brasil, 2012), do diretor Cao Hamburger.

Apresente aos alunos um pouco da história dos irmãos Villas-Bôas e fale sobre o projeto indigenista proposto por eles. Localize pelo mapa do Brasil a região do Parque Indígena do Xingu. Peça que observem a situação das comunidades indígenas, os conflitos econômicos, sociais, culturais, religiosos e a violência sofrida por esses povos.

Apresente brevemente o histórico do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), relacione-o à CNBB e ao Vaticano II.

Debata o filme confrontando-o com as ideias mostradas no documentário anterior.

Para o aprofundamento das questões, oriente uma pesquisa em grupo sobre os seguintes temas:

– A saúde indígena (ver dossiê CIMI).– A demarcação de terras indígenas.– A violência contra as comunidades indígenas.– A preservação das culturas e tradições indígenas.

Lembrete: Se a sala for composta por muitos alunos, o professor(a) poderá propor dois novos temas de aprofundamento de pesquisa:– Os irmãos Villas-Bôas e o projeto indigenista.– O CIMI e a atuação da Igreja Católica na questão

indigenista.A pesquisa deverá conter: uma seleção de imagens,

dados estatísticos, matérias jornalísticas, etc. Poderá ser produzida em versão impressa ou digital, dependendo dos recursos disponíveis. Os dados da pesquisa serão usados para a elaboração de um dossiê na etapa AGIR.

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Proponha a visita a uma aldeia localizada próxima à sua cidade, caso exista.

JULGAR A REALIDADE

Distribua entre os grupos partes do texto “Parem e escutem o canto da criação”.

Proponha que:

– Leiam a parte do texto que lhes coube.

– Identifiquem quem está falando no texto e a quem ele se destina.

– Reflitam a respeito dos questionamentos, denúncias e ensinamentos apresentados.

– Destaquem as ideias mais fortes do excerto lido.

– Preparem uma apresentação para a turma.

Como fonte de pesquisa sugerimos as páginas da web listadas a seguir: • ConselhoIndigenistaMissionário(CIMI).Disponívelem: <http://www.cimi.org.br/site/pt-br/>. Acesso em: 10 nov. 2014.• InstitutoSocioambiental.Disponívelem: <http://www.socioambiental.org/pt-br>. Acesso em: 10 nov. 2014.• PovosIndígenasnoBrasil.Disponívelem: <http://pib.socioambiental.org/pt>. Acesso em: 10 nov. 2014.• MuseudoÍndio–Funai.Disponívelem: <http://www.museudoindio.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2014.

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Parem e escutem o canto da criação

Nós, povos vermelhos, temos aprendido muitas coisas. Às vezes, por escolha, outras vezes, pela dor!

Meus irmãos brancos, nós somos iguais de muitas maneiras. Foi um só Criador que fez todos nós humanos. Nós compartilhamos os mesmos quatro ventos e todos nós olhamos o mesmo céu, o mesmo sol, a mesma lua.

Nós bebemos as mesmas águas, corpo e espírito dos mesmos oceanos.

Sim, em mais de uma maneira somos iguais. Mas assim como o Criador nos fez iguais, em diversas maneiras também nos fez diferentes: Como os pássaros diferem em cores, em cantos e modos, assim também são distintos os povos, cada um com cores, línguas, cantos e compreensões diferentes. Nós sempre preservamos para os nossos filhos a herança da criação.

Ocupamos a terra-mãe e, ciclo após ciclo, cuidamos dela.

Mas, num piscar de olhos, só quinhentos anos, os povos de vocês causaram muito sofrimento, destruição e morte para nós e para nossa terra-mãe.

Por isso, pedimos que vocês parem e escutem o canto da criação, com a mente e com o coração. Respeitem profundamente e cheirem o ar puro que ainda resta e pensem!

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Garça-branca- -grande com pássaro não identificado no Pantanal, Mato Grosso do Sul.

Saboreiem a comida e o sabor da criação e estejam contentes.

Toquem nossa terra-mãe e pensem nos filhos dela, os povos diferentes, e pensem quantos já desapareceram para sempre.

Vejam a beleza do Criador em diversos tamanhos, cores e formas, desenhos, energias e maneiras dadas para nós todos.

Ajudem a vocês mesmos, seus filhos e os que ainda vão nascer, a sobreviver em nossa terra-lar.

Pensem neles e se tornem Povo novamente!

CIMI/CNBB, Povos indígenas: resistência ao neoliberalismo. CF 20022

2 <Por uma terra sem males – Fraternidade e Povos Indígenas. Texto-base da Campanha da Fraternidade 2002. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, São Paulo: Editora Salesiana, 2001. p. 233.

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AGIR

Produto final: Dossiê das questões indígenas

Para esta etapa, procure fazer parcerias com docentes de outras áreas do conhecimento.

Retome a pesquisa realizada na etapa VER. Proponha aos alunos a produção de dossiês sobre os indígenas brasileiros. Como exemplo, cite o dossiê sobre saúde da população indígena elaborado pelo CIMI. Disponível em: <http://www.cimi.org.br/site/pt-br/>. Acesso em: 16 nov. 2014.

Faça-os ver o dossiê como uma possibilidade concreta de diálogo entre as necessidades das comunidades indígenas e o governo.

Apresente o dossiê como uma ação de cidadania.

Após a produção dos dossiês, proponha a leitura da carta apresentada pelo CIMI ao Papa Francisco, no dia 4 de abril de 2014. Disponível em: <http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=7049>. Acesso em: 22 nov. 2014.

Estimule-os a escrever uma carta coletiva que apresente as problemáticas discutidas nos grupos de trabalho. A carta deverá ser anexada aos dossiês e enviada ao Papa Francisco e à presidenta do Brasil, por e-mail ou correio, dependendo da forma escolhida para produção dos dossiês.

REVISAR (Avaliar)

Propomos que o trabalho de avaliação seja individual. Cada aluno(a) deverá selecionar um dos temas pesquisados pelos colegas para representá-lo de forma artística por meio de pinturas, desenhos, maquetes, escultura de argila ou material reciclado.

O material produzido deverá trazer uma legenda con-tendo: nome, série, turma e titulo. Depois de apresentado aos colegas será usado na etapa CELEBRAR.

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CELEBRAR

A celebração será preparada por grupos (os mesmos do trabalho anterior) usando os excertos do texto “Parem e escutem o canto da criação” e tudo o mais que foi desenvolvido durante o projeto.

Os alunos devem ser orientados a pensar nas simbologias que estão presentes no texto e que se conectam com as demais etapas do projeto.

O roteiro deverá seguir a sequência do texto que pode ser lido pela professora ou por um aluno selecionado durante as apresentações que podem ser: encenações, danças performáticas, músicas, poesias, imagens, fotografias, elementos naturais presentes no trecho lido, etc.

Reviva na celebração as expressões artísticas produzidas na etapa REVISAR.

Deixe tocar a música da Campanha da Fraternidade 2002 Uma só será a mesa. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oLgWCOyiAbQ>. Acesso em: 25 nov. 2014.

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SUGESTÕES DE LEITURA

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ABC afro-brasileiro. Carolina Cunha. São Paulo: SM, 2009.

ABC dos povos indígenas. Marina Kahn. São Paulo: SM, 2011.

ABC do Brasil. Ana Maria Machado. São Paulo: SM, 2009.

Pequena história da guerra e da paz. Sylvie Baussier. São Paulo: SM, 2005.Por uma terra sem

males – Fraternidade e Povos Indígenas. Texto-base da Campanha da Fraternidade. 2002. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. São Paulo: Editora Salesiana, 2001.

Acer

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Acer

vo S

M

Nascemos livres. Bartolomeu Campos de Queirós (org). São Paulo: SM, 2008.

Mzungu. Meja Mwangi. São Paulo: SM, 2006.

ENSINO MÉDIO

A IGREJA E OS DESAFIOS

PÓS-CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II

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Objetivos

Conhecer os fatos históricos que marcaram a Igreja Católica na segunda metade do século XX.

Reconhecer a importância do Concílio Ecumênico Vaticano II para a missão evangelizadora da Igreja.

Inteirar-se da participação da Igreja na defesa dos direitos humanos durante o período da ditadura militar no Brasil.

Relacionar o surgimento das pastorais sociais no Brasil com as mudanças pós-conciliares.

3 Para a realização deste projeto trabalhe em parceria com docentes de outras áreas.

A IGREJA E OS DESAFIOS PÓS-CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II3

[...] prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de se agarrar às próprias seguranças.

(CNBB, 2015, p. 5)

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Conteúdos

O Concílio Ecumênico Vaticano II.

A relação entre Igreja e sociedade durante a ditadura militar no Brasil.

Biografias de religiosos e leigos que atuaram em prol dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil.

As pastorais sociais no Brasil.

A autoridade como serviço.

Tempo estimado20 aulas.

Materiais necessários

Computadores com acesso à internet. Cartaz da Campanha da Fraternidade 2015. Aparelho de som.

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Artigos para trabalho em grupo

Vaticano II, um Concílio Ecumênico. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/506998-vaticano-ii-um-concilio-ecumenico>.Acesso em: 8 dez. 2014.

Ditadura militar: O papel da Igreja católica. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/ditadura-militar-2-o-papel-da-igreja-catolica.htm>. Acesso em: 8 dez. 2014.

O Vaticano II, 50 anos depois. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/501335-o-vaticano-ii-50-anos-depois-artigo-jose-comblin-27-03-2011>. Acesso em: 8 dez. 2014.

Impacto do Concílio Vaticano II e da Teologia Latino-Americana na América Central. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/43407-impacto-do-concilio-vaticano-ii-e-da-teologia-latino-americana-na-america-central>. Acesso em: 8 dez. 2014.

Minhas lembranças do Vaticano II. Disponível em: <http://www.adital.com.br/hotsite_ecumenismo/noticia.asp?lang=PT&cod=71667>. Acesso em: 2 jan. 2014.

Concílio Vaticano II uma referência do tempo. Adital, 26 abril de 2012. Disponível em: <http://www.adital.com.br/site/noticia_imp.asp?lang=PT& img=S&cod=66453>. Acesso em: 10 dez. 2014.

Dom Helder e o Concílio Vaticano II. Disponível em: <http://www.adital.com.br/site/noticia_imp.asp?cod=32949&lang=PT>. Acesso em: 10 dez. 2014.

Concílio: 50 anos de recepção na Igreja da América Latina. Disponível em: <http://www.adital.com.br/site/noticia_imp.asp?lang=PT&img=N&cod =68657>. Acesso em: 8 dez. 2014.

VER A REALIDADE

Primeiras impressões Organize os alunos em oito grupos. Entregue a eles um

dos artigo indicados a seguir e peça que, ao ler, extraiam as ideias principais do texto.

PLANEJAMENTO DAS ETAPAS

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A seguir, organize um momento para a apresentação das sínteses dos textos.

Amplie o conhecimento da realidade Converse sobre a ação da Igreja Católica em prol dos

direitos humanos durante a ditadura militar. Mostre que, embora esta atuação não tenha ocorrido de forma homogênea, grande parte da Igreja esteve fortemente engajada na luta por direitos como moradia, terra, saúde, liberdade e democracia.

Retome a organização da turma em grupos (os mesmos formados anteriormente) e indique um nome para que tracem um perfil biográfico. Os trabalhos deverão conter, entre outros dados, o local de atuação do religioso ou leigo.

Para a apresentação dos trabalhos oriente-os a fazer uso de recursos do Power Point.

Para o trabalho em grupo

Grupo 1: Dom Luciano

Grupo 2: Dom Paulo Evaristo Arns

Grupo 3: Dom Helder Câmara

Grupo 4: Dom Pedro Casaldáliga

Grupo 5: Frei Tito

Grupo 6: Dom Tomás Balduíno

Grupo 7: Célia Sodré Dória (Madre Cristina)

Grupo 8: Rose Marie Muraro

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JULGAR A REALIDADE

Autoridade é serviço

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Cartaz da Campanha da Fraternidade 2015: Eu vim para servir (Mc 10,45)

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SM/I

D/ES

Jesus lavando os pés de Pedro, 1876. Óleo sobre tela. Ford Madox Brown. Galeria de Arte de Manchester, Reino Unido

Exponha na sala de aula um cartaz da CF 2015. Junte no mesmo painel imagens de: Jesus lavando os pés dos apóstolos; jovens ajudando outras pessoas; políticos em reunião no Congresso Nacional. Coloque também imagens dos religiosos(as) que fizeram parte do perfil biográfico trabalhado na etapa VER. Para concluir, escreva algumas frases como: Autoridade é serviço, Eu vim para servir (Mc, 10,45), etc.

Convide os alunos à reflexão. Explore os ensinamentos de Jesus sobre o modo como os cristãos devem exercer o poder e a autoridade.

Escolha um dos textos indicados a seguir para iluminar a reflexão: Mt 11,28-29 / Mc 9,30-34 / Mc 9,35-37/ Mc 10,42-45/ Jo 13,4-17.

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Entregue para cada aluno um roteiro com sugestões de leitura de trechos do Evangelho cuja temática seja Jesus e a lógica do serviço. Deixe um espaço no roteiro para as anotações pessoais. Esta atividade pode ser feita em casa.

Proponha que leiam o texto bíblico anotando palavras ou frases que mais chamarem a atenção, relacionando, dessa forma, a leitura com a própria vida.

Caso esteja trabalhando a atividade em sala de aula, estabeleça um tempo para a leitura individual. De volta ao grupo, promova uma reflexão sobre: Que concepção temos de poder? Como as pessoas lidam com o poder? Quais os ensinamentos que Jesus nos dá sobre autoridade e serviço?

Trabalhe uma produção coletiva cujo tema seja Autoridade e serviço. Este texto será usado no momento da Celebração.

AGIR

Produto final: Feira das pastorais

Os estudos sobre o Concilio Vaticano II e a pesquisa sobre a atuação de alguns religiosos(as) durante a ditadura militar no Brasil nos mostraram a importância das pastorais sociais nascidas nesse contexto.

Para ampliar o conhecimento sugira nova pesquisa, agora sobre as pastorais sociais que permanecem atuantes em suas comunidades.

Para a pesquisa:

Faça parcerias com docentes de outras áreas do conhecimento.

Escolha uma pastoral social que seja atuante em seu estado/cidade.

Pesquise sobre o histórico da pastoral. Visite-a, se for possível.

Promova uma feira para exposição com os materiais produzidos, convide outras turmas, pais e a comunidade onde a escola está inserida.

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Cada grupo deverá montar uma espécie de estande ou barraca onde apresentará, por meio de banners, imagens e outros recursos, a pastoral pesquisada.

Para o evento convide representantes das pastorais e promova momentos de entrevistas e/ou mesa-redonda para que a comunidade conheça melhor a atuação pastoral em questão e sua área de abrangência.

REVISAR (Avaliar)

A avaliação será feita pelos próprios alunos durante a preparação, visita e exposição da feira.

Estabeleça anteriormente os critérios a serem avalia-dos: conteúdo, criatividade, apresentação visual, exposição oral e os materiais utilizados na exposição.

CELEBRAR

Entregue para os alunos a letra da canção “Cálice”, interpretada por Chico Buarque. Apresente o contexto em que foi escrita.

Comente sobre a participação de Chico Buarque no movimento de resistência à ditadura militar. Debata sobre as estratégias dos artistas e jornalistas para denunciar as situações de violência provocadas pelo regime militar.

Discuta a letra da música. Dê ênfase para a metáfora entre o religioso e a situação politica. Convide-os para ver o clipe da canção, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=13SqV1lQ-TQ>. Acesso: 30 dez. 2014.

Após a reflexão, peça aos alunos que dramatizem a canção, considerando os estudos feitos anteriormente e o lema da CF 2015: “Eu vim para servir” ( Mc 10,45).

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Para a celebração

Prepare o ambiente com todos os materiais produzidos pelos alunos no decorrer do trabalho (cartazes sobre os religiosos, frases do Evangelho sobre a questão do serviço, os banners sobre as pastorais, etc).

Logo após a acolhida abra espaços para que cada grupo apresente a versão dramatizada da canção “Cálice”.

Para iluminar o momento, retome a leitura do Evangelho feita na etapa JULGAR.

Depois da leitura, em silêncio, deixe que coloquem suas intenções. Convide-os a rezar a oração do Pai Nosso de mãos dadas.

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SUGESTÕES DE LEITURA

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M

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vo S

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As visitas. Sílvia Schujer. São Paulo: SM, 2011.

De cara para o futuro. Raimundo Matos de Leão. São Paulo: SM, 2006.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CNBB. Campanha da Fraternidade 2015: Texto-base. Brasília, Edições CNBB, 2015.

Documentos do Concílio Vaticano II. Disponível em: <http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/index_po.htm>. Acesso em: 10 out. 2014.

Histórico da Campanha da Fraternidade. Disponível em: <http://www.cnbb.org.br/campanhas/fraternidade/2173-historico-das-cfs>. Acesso em: 13 out. 2014.

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