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Cap.13- Coerência e Coesão textuais Professora Ana Paula Freitas

Cap.13- Coerência e Coesão textuais

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Cap.13- Coerência e Coesão textuais. Professora Ana P aula Freitas. Conceitos de Coesão. É a ligação, a relação, a conexão entre palavras, expressões, frases, parágrafos e ideias de um texto. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Cap.13- Coerência e Coesão textuais

Cap.13- Coerência e Coesão textuais

Professora Ana Paula Freitas

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Conceitos de Coesão

• É a ligação, a relação, a conexão entre palavras, expressões, frases, parágrafos e ideias de um texto.

• Dá-se o nome de coesão textual à conexão interna entre os vários enunciados presentes no texto. No entanto, esta conexão não é fruto do acaso, mas das relações de sentido que existem entre esses enunciados. Essas relações de sentido são manifestadas sobretudo por certa categoria de palavras, as quais são chamadas de conectivos ou elementos de coesão.

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Leia o texto e identifique incoerências

João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme, que há 20 tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo, não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seu pai, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos seus braços e começando a chorar.

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• Leia o texto e diga se há alguma incoerência:

O quarto espelha as características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda parte, havia sinais disso: raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as peças arrumadas sobre uma mesinha e as obras completas de Shakespeare.

• Adaptado de: CARDOSO, João Batista. Teoria e prática de leitura, apreensão e produção de texto;

KOCH, Ingedore G. V.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência; PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto: leitura e redação.

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Principais recursos:

• Epítetos: palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa.

• Ex: Castro Alves nasceu em 1847. O maior poeta dos escravos foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro.

• Luís Vaz de Camões, o melhor poeta do Renascimento, morreu pobre e esquecido

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• Nominalizações: emprego de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente.

• Ex: Armando se casou no final de 2006. O casamento, entretanto, não durou muito.

• A literatura renascentista libertou-se da visão religiosa medieval. Tal libertação é retratada por uma linguagem que busca o belo por meio da harmonia e do equilíbrio.

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• Palavras ou expressões sinônimas ou quase- sinônimas: Ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras.

• O prédio foi demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para conferir o espetáculo.

• Muitos quadros de Van Gogh exemplificam o Impressionismo. Suas telas serviram de inspiração para artistas modernos.

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• Repetição de uma palavra: repetir uma palavra (com ou sem determinante) quando não for possível substituí-la por outra. Ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual.

• Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma preocupação constante dos governantes mundiais.

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• Termo-síntese: usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada.

• Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.

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• Pronomes: todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados.

• Ex.: José e Renato, apesar de serem gêmeos, são muito diferentes. Por exemplo, este é calmo, aquele é explosivo.

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• Numerais : as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão.

• Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio.

• Ex.: As crianças comemoravam juntas a vitória do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão.

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• Advérbios pronominais : expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para personagens e leitor.

• Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra? Aí todos vão bem?

• Ex.: Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio.

Observação: advérbios pronominais são aqueles que cumprem funções gramaticais de substituição de outras palavras. Estes advérbios são muitas vezes anafóricos, tendo uma função de substituição que os aproxima dos pronomes:

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• Elipse: essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto.

• Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. (Ele) Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembléia com os acionistas.

• Ex.: A mulher é a parte delicada da humanidade; o homem, a parte insensível. (o homem é)

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• Repetição de parte do nome próprio:

• Ex.: Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a oferta de variados títulos.

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• Metonímia: substituição de uma palavra por outra, que possua uma relação semântica com a primeira.

• Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.

• Santos Dumont chamou a atenção de toda Paris. O Sena curvou-se diante de sua invenção.

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• Associação: uma palavra é retomada por outra, pois existem entre elas, no contexto, vínculo de significação.

• Relação de antonímia: máximo/mínimo; perene/temporário;urbano/rural.

• Relação de hiperonímia: termo mais genérico, geral.Ex: animal

• Relação de hiponímia: termo mais específico.Ex: gato, cachorro, leão etc.Relação de partonímia: palavras que fazem parte do mesmo semântico.Ex.: Rio, margem, nascente, foz, curso.Lavoura, fertilizante, inseticida, cultivo, colheita.

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Elementos que auxiliam a coesão

• Hiperônimos: palavras que apresentam um significado mais abrangente.

• Hipônimo: palavra que apresenta um significado mais específico.

• Animal: cadela, cão• Ave: rolinha, campina, sabiá.• Religião: católico, protestante

Exemplos: • O animal estava na rua. A cadela parecia suja e sem ânimo.

(Animal é hiperônimo)• A cadela foi encontrada cedo. O animal foi levado ao canil.

(Cadela é hipônimo)

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• Paráfrase: procedimento de “dizer o que já foi dito antes”, porém, com outras palavras.

• Para uma pessoa obter o título de doutor numa universidade, ela tem de fazer uma grande pesquisa na sua área de conhecimento (...) E essa pesquisa tem de ser inédita, isto é, precisa trazer alguma contribuição nova àquele campo de estudos. (BAGNO, 1989,P.20)

• Expressões comuns: “em outras palavras”, “em outros termos”, “isto é”, “ou seja”, “quer dizer”, “em suma”, “em síntese” etc.

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Anafóricos: termos que servem para retomar outros. (pronomes demonstrativos, pronomes relativos, advérbios, locuções adverbiais).

Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades. Ainda sobre a inocência? Ainda, sim. A inocência basta uma falta para a perder; da modéstia só culpas graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um acaso podem destruir aquela, a esta só uma ação determinada e voluntária.

(Almeida Garret. Viagens na minha terra.)

A palavra aquela retoma o substantivo inocência; o vocábulo esta recupera a palavra modéstia. Todos os termos a que servem para retomar outros são chamados de anafóricos.

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Catafóricos: termos que antecipam, anunciam outros.

Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.

(Clarice Lispector. A legião estrangeira)

O possessivo seu e o pronome pessoal reto de 3ª pessoa ele antecipam a expressão o professor. São, pois, catafóricos. O pronome pessoal oblíquo o retoma a expressão seu trabalho anterior. É um anafórico.

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A Coerência textual

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• Coerência é a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando unidade de sentido. Significa, conexão, união entre as várias partes e ideias, de modo a relacioná-las harmoniosamente. Portento, é uma progressão de ideias num texto, conferindo-lhe sentido.

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Exemplos de incorência textual• Incorência externa: incompatibilidade entre os inscritos no texto e os dados

de realidade; entre o que diz o texto e o nosso conhecimento de mundo.• Ex.: O Brasil é um país completamente imune a qualquer onda de violência.

• Incoerência interna: incompatibilidade entre os significados inscritos no texto, ou seja, presença de contradição.

• Ex.: Pior fez o quarto- zagueiro Edinho Baiano, do Paraná Clube, entrevistado por um repórter da rádio Cidade. O Paraná tinha tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas, alguns dias antes. O repórter queria saber o que tinha acontecido. Edinho não teve dúvidas sobre os motivos: - Como a gente já esperava, formos surpreendidos pelo ataque do Guarani.