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Capítulo 31 Câmeras digitais Câmeras digitais produzem fotos sem utilizar filmes. As imagens captadas são armazenadas na sua memória, podendo ser posteriormente transferidas para um computador. Uma vez sendo recebidas pelo computador, na forma de arquivos gráficos, as imagens podem ser processadas, gravadas em meios de armazenamento permanente e impressas. As primeiras câmeras digitais eram consideradas curiosidades tecnológicas. Muito caras, com baixa capacidade, e as fotos apresentavam resoluções baixas. Com o passar dos anos, a resolução e a capacidade de armazenamento aumentaram, permitindo fazer fotos com alta qualidade e em maior número. Os preços também foram se tornando cada vez mais acessíveis. O uso de câmeras digitais para produzir fotos para serem usadas em páginas da Internet também fez as vendas aumentarem, contribuindo para a queda de preços. Em 1997 as câmeras baratas eram muito limitadas. Muitas geravam fotos com a resolução de 320x240, e sua memória tinha capacidade para pouco mais de 10 fotos. Era preciso pagar cerca de 300 dólares por uma câmera com essas características. Atualmente podemos comprar câmeras com resoluções superiores a 1600x1200, e o número de fotos armazenadas é bem maior, graças à maior quantidade de memória. Os preços também são bastante acessíveis. As câmeras digitais já são capazes de substituir as câmeras convencionais, apesar do custo ainda ser elevado. Para que esta substituição seja feita, é preciso que sejam geradas fotografias em papel, obtidas por meio da câmera digital. A impressão dessas fotografias requer o uso de impressoras de alta qualidade. Impressoras a jato de tinta são capazes de fazer um bom trabalho, mas sua qualidade não é considerada fotográfica, exceto nos modelos de mais alto custo. Existem impressoras que operam pelo processo de dye sublibamation (sublimação de partículas), que produzem fotos impressas com

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Capítulo 31 Câmeras digitaisCâmeras digitais produzem fotos sem utilizar filmes. As imagens captadas sãoarmazenadas na sua memória, podendo ser posteriormente transferidas paraum computador. Uma vez sendo recebidas pelo computador, na forma dearquivos gráficos, as imagens podem ser processadas, gravadas em meios dearmazenamento permanente e impressas.

As primeiras câmeras digitais eram consideradas curiosidades tecnológicas.Muito caras, com baixa capacidade, e as fotos apresentavam resoluçõesbaixas. Com o passar dos anos, a resolução e a capacidade dearmazenamento aumentaram, permitindo fazer fotos com alta qualidade eem maior número. Os preços também foram se tornando cada vez maisacessíveis. O uso de câmeras digitais para produzir fotos para serem usadasem páginas da Internet também fez as vendas aumentarem, contribuindopara a queda de preços. Em 1997 as câmeras baratas eram muito limitadas.Muitas geravam fotos com a resolução de 320x240, e sua memória tinhacapacidade para pouco mais de 10 fotos. Era preciso pagar cerca de 300dólares por uma câmera com essas características. Atualmente podemoscomprar câmeras com resoluções superiores a 1600x1200, e o número defotos armazenadas é bem maior, graças à maior quantidade de memória. Ospreços também são bastante acessíveis.

As câmeras digitais já são capazes de substituir as câmeras convencionais,apesar do custo ainda ser elevado. Para que esta substituição seja feita, épreciso que sejam geradas fotografias em papel, obtidas por meio da câmeradigital. A impressão dessas fotografias requer o uso de impressoras de altaqualidade. Impressoras a jato de tinta são capazes de fazer um bom trabalho,mas sua qualidade não é considerada fotográfica, exceto nos modelos demais alto custo. Existem impressoras que operam pelo processo de dyesublibamation (sublimação de partículas), que produzem fotos impressas com

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qualidade igual à de fotografias convencionais. O custo de uma câmeradigital de alta resolução, adicionado ao do computador e ao de umaimpressora de alta qualidade resulta em um estúdio fotográfico caro, secomparado ao uso de câmeras convencionais. Caminhamos para o ponto emque a fotografia digital será mais usada que a convencional, mas isto aindavai demorar alguns anos.

Figura 31.1

Uma câmera digital.

Por dentro da câmeraA imagem em uma câmera digital é captada por um dispositivo chamadoCCD (Charge Coupled Device). Este dispositivo é um sensor ótico, formadopor uma matriz com centenas de milhares de pontos, localizados em umaárea com apenas alguns centímetros quadrados. Nos modelos mais recentes,a matriz do CCD possui alguns milhões de pontos. A figura 2 mostra umaplaca interna de uma câmera digital, na qual podemos ver o CCD.

Figura 31.2

CCD de uma câmera digital.

Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-3

Não apenas as câmeras digitais usam CCD. Podemos encontrar estecomponente em outros dispositivos que captam imagens, como câmeras devídeo e scanners.

As câmeras digitais recebem a imagem através do seu sistema ótico e doCCD, e as armazenam na sua memória interna, do tipo Flash ROM. Agrande vantagem desta memória é que não consome corrente da bateriapara manter seus dados. Podemos desligar a câmera, ou retirar as pilhas, e asfotos serão mantidas na Flash ROM, indefinidamente.

As fotos são transferidas para o computador através da interface serial ou dainterface paralela. Modelos que usam expansão de memória na forma de umcartão PCMCIA, seja com memória Flash ROM, seja com um disco rígido,permitem ainda uma rápida transferência de dados para um notebook. Bastaretirar o cartão da câmera e conectá-lo ao notebook, e usar o programa detransferência. De qualquer forma, a transmissão serial, paralela e USBtambém está disponível nesses modelos, ou seja, não é necessário possuir umnotebook. A maioria dos modelos modernos utiliza a interface USB.

Modelos que armazenam as fotos em disquetes permitem a sua transferênciapara o computador de uma forma ainda mais simples. Basta retirar odisquete, inserir no computador e acessar os arquivos gráficos gerados pelacâmera.

Figura 31.3

Câmera que armazena fotos em disquetes.

A maioria das câmeras modernas possui um recurso bem interessante, que éo viewfinder. Trata-se de um pequeno visor colorido de cristal líquido,similar aos encontrados nas filmadoras portáteis. Com este visor, podemosver exatamente o que está sendo fotografado. Fica portanto muito mais fácilfazer o enquadramento da imagem. Este visor serve não apenas para ver aimagem que será fotografada, mas também para ver as imagens que já foramfotografadas e estão armazenadas na câmera.

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Figura 31.4

Câmera com viewfinder LCD.

Existem ainda modelos que possuem uma saída de vídeo NTSC, e destaforma, podemos visualizar as fotos armazenadas na câmera com o auxílio deuma TV, desde que possua entrada para vídeo composto NTSC.

Encontramos também modelos que possuem uma conexão para umapequena impressora, própria para as fotos digitais. Esta impressora utilizapapel fotográfico, portanto não necessita do uso de um PC para imprimir asfotos.

A operação de transferência de dados da câmera para o computador échamada de download. É feita através de programas apropriados, fornecidosjuntamente com as câmeras. Ao serem executados, buscam na câmera,imagens reduzidas das fotos armazenadas. Essas imagens reduzidas sãochamadas de thumbnails. Desta forma, podemos selecionar quais fotos serãotransferidas, ou quais serão descartadas. Nada impede entretanto quefaçamos a transferência de todas as fotos.

Figura 31.5

Uma impressora para câmera digital.

Características das câmeras digitaisÉ grande a quantidade de modelos de câmeras digitais disponíveis nomercado. Entre os seus diversos fabricantes, podemos citar a Apple, Epson,

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Canon, Kodak, Casio e HP. Adicione a esses, todos os demais fabricantes decâmeras convencionais, já que praticamente todos eles estão oferecendomodelos digitais. Vejamos as principais características dessas câmeras, paraque você possa entendê-las melhor. Para ilustrar, usaremos como exemplo acâmera Canon Power Shot 600.

Resolução

Esta é a mais importante característica de uma câmera digital, e estádiretamente relacionada com o seu CCD (ou seja, o seu sensor ótico). Asprimeiras câmeras digitais utilizavam CCDs idênticos aos de câmerasfilmadoras VHS, limitados a baixas resoluções, inferiores a 640x480. Hojeencontramos facilmente modelos com resoluções chegando na faixa de2000x1500.

Em geral as câmeras digitais permitem usar resoluções inferiores à suaresolução máxima. A vantagem em usar uma resolução mais baixa é quedesta forma é possível armazenar um maior número de fotos em suamemória. Quando a resolução não é um fator importante, podemos ativar nacâmera o modo de mais baixa resolução, possibilitando armazenar maisfotos. Quando não é necessário armazenar um número muito elevado defotos, podemos deixar a câmera operar com a sua resolução máxima.Quando tanto a resolução como o número de fotos são importantes, talvezseja indicado fazer uma expansão na memória da câmera.

Número de cores

Aqui está um item também bastante importante. As primeiras câmerasdigitais geravam fotos em preto e branco. Os arquivos gráficos apresentavam256 tonalidades de cinza. Com a proliferação de aplicações que exigem cor,as câmeras digitais em preto e branco caíram em desuso. Os modelos atuaisproduzem fotos com 24 bits, chegando a 16 milhões de cores (True Color).

Compressão de imagem

Imagens em alta resolução ocupam muito espaço na memória. Uma fotocom resolução de 640x480 e 16 milhões de cores ocupa quase 1 MB. Destaforma, a memória da câmera poderia armazenar uma reduzida quantidadede fotos, e o tempo de transmissão para o PC seria extremamente longo.Para evitar esses problemas, as câmeras digitais usam o método decompressão JPEG para armazenar suas imagens. Dependendo da quantidadede detalhes, uma foto de 640x480 pode ser armazenada ocupando entre 50kB e 100 kB. Mesmo usando a compressão JPEG, as imagens resultantespossuem uma qualidade muito boa para a visualização na tela, e bastante

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satisfatória para a impressão em papel. Digamos que a imagem captada peloCCD perde um pouco (bem pouco mesmo) da sua qualidade, para queassim possa ocupar um espaço de memória de 10 a 20 vezes menor.

As câmeras digitais também podem armazenar e transmitir fotos no modoCCD RAW. Nesta modalidade a imagem é armazenada pixel por pixel, semcompressão de dados, exatamente da forma como é capada pelo CCD. Estemodo é útil quando precisamos de fotos com a qualidade máxima permitidapela câmera.

Armazenamento e expansão de memória

As câmeras digitais possuem alguns MB de memória para o armazenamentode fotos. A quantidade de memória define o número de fotos que a câmerapode armazenar. Este número não é fixo, pois o tamanho dos arquivos JPEGdepende do grau de compressão obtido, que varia de uma imagem paraoutra. Existem câmeras que admitem expansão de memória, outras quepodem ter acoplado um cartão de disco rígido PCMCIA, e até modelos quearmazenam as fotos em um disquete. A câmera Canon PowerShot 600, porexemplo, permite a instalação de um disco rígido PCMCIA de 170 MB.Com ele a capacidade de armazenamento é aumentada para 900 fotos,usando compressão JPEG, na resolução máxima. Muitas câmeras atuaisusam minidiscos Flash para expansão, como veremos mais adiante nestecapítulo.

Baterias

Muitos modelos utilizam pilhas comuns, de preferência alcalinas, algunsusam baterias próprias, do tipo recarregável e outros oferecem um adaptadorDC (em alguns casos é opcional, podendo ser adquirido separadamente),através do qual podem funcionar, mesmo sem pilhas, ou então realizar ocarregamento de suas baterias. Existem ainda modelos que usam uma oumais baterias de lítio com tensão de 3 volts, adquirida com facilidade naslojas de material fotográfico. São as mesmas baterias usadas em muitascâmeras convencionais.

Retenção das imagens na memória

Nas câmeras digitais modernas, a corrente fornecida pelas pilhas ou bateriasé usada para alimentar o flash (praticamente todos os modelos possuemflash) e seus circuitos eletrônicos. A memória na qual as imagens sãoarmazenadas não necessita de corrente para manter seus dados. Usammmória Flash ROM. Graças a esta memória, a câmera pode reter as imagens

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mesmo desligada, e mesmo sem pilhas ou baterias, durante um períodoilimitado.

Transferência das fotos para o computador

As primeiras câmeras digitais eram ligadas ao PC através de interfaces seriaise paralelas. Os modelos atuais usam a interface USB, mais versátil e maisrápida. A transmissão paralela é bem mais rápida que a serial, umavantagem considerável, levando em conta a elevada quantidade de dados aserem transferidos. Enquanto uma interface serial demora alguns minutospara transferir 1 MB de fotos, a interface paralela permite que esta trans-missão seja feita em apenas alguns segundos. Em uma interface USB, estatransmissão é ainda mais rápida.

Existem câmeras que armazenam as imagens em um cartão de memóriaflash ou disco rígido PCMCIA. Podemos transferir as fotos diretamente paraum notebook, ou para um PC que possua um slot PCMCIA. Basta retirar ocartão da câmera, inserir no PC e copiar os seus arquivos. Método detransferência ainda mais simples é o das câmeras que armazenam as fotos emdisquetes e podem ser lidas diretamente pelo PC.

Zoom

O zoom é uma operação ótica muito útil nas câmeras convencionais, epossui utilidade idêntica nos modelos digitais. É usado para fazer fotos deobjetivos localizados a grandes distâncias. Considere o zoom como umacaracterística altamente desejável em uma câmera digital, mesmo que paraisto seja preciso pagar um preço um pouco maior. A maioria dos modelosatuais possui zoom, exceto no caso dos modelos mais baratos.

Flash

A maioria das câmeras digitais possuem um flash, permitindo a realização defotos em locais onde a luminosidade é precária. Em geral o flash pode serprogramado de três formas: desativado, ativado e automático. Ao ser desati-vado, não acenderá, mesmo que a luminosidade seja pequena. Ao ficarativado, acenderá sempre a cada foto, mesmo que a luminosidade doambiente seja boa. Em modo automático, o flash acenderá apenas quando oambiente tiver pouca luminosidade, e ficará apagado em ambientes muitoclaros.

Foco

Para que a imagem seja projetada corretamente sobre o CCD, é preciso queseja focalizada. As câmeras mais simples possuem foco “no infinito”. Isto

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significa que não importa a que distância está o objetivo a ser fotografado,sua imagem sempre estará focalizada sobre o CCD. Devido a imperfeiçõesdo sistema ótico, existe uma distância mínima a partir do qual a focalização éfeita. Câmeras mais simples podem requerer uma distância mínima de 50 cma 1 metro. Não seria portanto possível usar essas câmeras para fotografardiretamente pequenos objetos localizados a curtas distâncias. Para isto serápreciso acoplar lentes adicionais.

Algumas das câmeras digitais mais sofisticadas possuem a distância focalvariável, o que em geral produz fotos bem mais nítidas. Possuem o recurso“auto focus”. Um feixe de luz infravermelha é enviado para a frente, e aorefletir sobre o objeto a ser fotografado, incide novamente sobre a câmera.Um sensor infravermelho capta o feixe recebido, e através das suascaracterísticas de onda, determina a distância até o objeto que seráfotografado. O foco é então ajustado em função desta distância.

Viewfinder

Todas as câmeras possuem um visor para o enquadramento do objeto a serfotografado (viewfinder). Assim como na maioria das câmeras convencionais,muitas câmeras digitais possuem um viewfinder completamente ótico,composto de lentes. A maioria das câmeras digitais modernas possuem, aoinvés de lentes, um viewfinder formado por um pequeno display colorido decristal líquido. A imagem é visualizada neste display exatamente da mesmaforma como é recebida pelo CCD. Desta forma é possível fazer umenquadramento muito mais preciso.

TWAIN Data Source

TWAIN é um padrão através do qual os programas gráficos do Windowspodem obter imagens a partir de dispositivos de captura, como scanners,câmeras digitais e digitalizadores de vídeo. Durante a instalação do softwareque acompanha uma câmera, é instalado um TWAIN Data Source. Uma vezque este driver esteja presente, as imagens armazenadas em uma câmeradigital podem ser transferidas para qualquer programa do Windows capaz demanipular arquivos gráficos.

Timer

O Timer é um recurso que permite tirar uma foto depois de alguns segundosque o botão é apertado. Assim o seu operador pode tirar uma foto de sipróprio. Se você quiser tirar uma foto sua junto com uma pessoa que oacompanha, focalize primeiro a pessoa, coloque a câmera sobre uma base

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fixa (uma mesa, por exemplo), ligue o timer e corra para o lado da pessoa.Fique parado por alguns segundos até que a câmera tire a foto sozinha.

Exemplo: Canon PowerShot 600Mostraremos agora a câmera Canon PowerShot 600. Você entenderá atravésdela, muitas das características presentes em outros modelos.

Especificações técnicas

A sua resolução é de 832x608. Pode operar em modo Color, gerando coresde 24 bits, totalizando mais de 16 milhões de cores, ou ainda em modomonocromático, com 8 bits, totalizando 256 tonalidades de cinza.

Sua memória flash interna de 1 MB não é tão generosa no que diz respeitoao número de fotos que podem ser armazenadas, quando levamos em contaas altas resoluções. Uma média de 5 fotos podem ser armazenadas naresolução de 832x608, usando a qualidade “Fine”. Quanto à qualidade daimagem, pode ser Fine, Normal ou Economy. A diferença entre as três é ograu de compressão que é utilizado. Existe um nível de qualidade aindamelhor, o CCD RAW, no qual as imagens são armazenadas sem compres-são, exatamente da forma como são recebidas pelo CCD. A qualidade éexcepcional, mas cada foto ocupa cerca de 1,7 MB. Para usá-lo é precisoinstalar uma expansão de memória de 4 MB (Flash Card) ou de 170 MB(HD Card). Já o modo Fine resulta em fotos com cerca de 150 kB. Sãobastante compactadas e quase tão boas como as do modo CCD RAW.

A tabela abaixo mostra algumas das principais características da CanonPowerShot 600.

Resolução alta 832x608Resolução média 640x480Resolução baixa 320x240Cores True Color (24 bits) ou cinza (8 bits)Memória interna 1 MBExpansão de memória Cartão de RAM de 4 MB ou HD de 170 MBFocalização Possui ajuste automático de focoDistância focal câmera/objeto 10 cm ou superiorAlimentação Bateria de Ni-Cd recarregávelAdaptador DC IncluídoConexão com o PC Interface paralelaFlash AutomáticoVisor Viewfinder óticoLentes adicionais Pode usar o Canon Wide ConverterTimer 2 ou 10 segundos

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A câmera possui um microfone que permite associar anotações de voz paracada foto. Essas anotações podem ser ouvidas ou transformadas em arquivossonoros, através do programa de controle que a acompanha.

Quanto à distância do objeto a ser fotografado, existem duas opções: normale macro. No modo normal, usado para distâncias superiores a 40 cm, éusado o sistema de focalização automática. Apontamos o objeto epressionamos o botão (shutter) até a metade, fazendo com que a câmeracalcule a distância e focalize o objeto. Um LED acenderá indicando que oobjeto está focalizado. Podemos então apertar o shutter até o final, fazendo afotografia. No modo macro, a focalização é feita para distâncias entre 10cm e40cm. Podemos fazer excelentes fotografias de objetos pequenos.

Esta câmera possui controle automático de exposição, ou seja, ajustaautomaticamente a claridade da figura captada, em função da luminosidadedo ambiente.

A sua alimentação elétrica é feita através de uma bateria de níquel-cádmio,comercializada especialmente para esta câmera. Armazena carga suficientepara fazer uma generosa quantidade de fotos. A tabela que se segue mostrao número de fotos que podem ser feitas com a carga total da bateria emdiversas condições.

Meio de armazenamento Sem flash Flash em 25%Memória interna de 1 MB 340 300Expansão de memória de 4 MB 480 400Expansão de memória de 170 MB 180 150

Por exemplo, usando uma expansão de memória de 4 MB tipo Flash Card, épossível fazer 400 fotos (ou seja, enchendo a memória da câmera diversasvezes), levando em conta que o flash é aceso em 25% delas. Se em todas elaso flash não for usado, podem ser feitas 480 fotos. A bateria é recarregadaatravés de um adaptador AC que acompanha a câmera. O adaptador podeser ligado diretamente à câmera, ou ligado na Camera Station durante atransferência de fotos para o PC. A Camera Station é uma base na qual acâmera é acoplada, permitindo a ligação com a interface paralela do PC.

Características

A figura 6 mostra a Canon PowerShot 600 e seus acessórios. A estação(Camera Station) possui um conector tipo Centronics, idêntico ao de umaimpressora, próprio para ser ligado em uma interface paralela. Possui aindauma conexão para o adaptador AC/DC (carregador de bateria). Desta forma,

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enquanto a câmera está acoplada à estação, além de não ser consumidacarga da bateria, é ainda feito o seu carregamento.

Figura 31.6

Câmera e seus acessórios.

Na figura 7 vemos a parte frontal da PowerShot 600. Como podemosobservar, existem muitos botões e controles, o que torna sua operação umpouco mais complicada que a de outras câmeras mais simples.

Figura 31.7

Parte frontal da câmera.

Na parte superior da câmera existe um seletor através do qual podemosescolher entre um dos modos especiais de operação. Dois deles fazem oapagamento de fotos da câmera, sendo que um apaga apenas a última foto eos outros dois apagam todas as fotos. Outro modo ativado por este seletor éo CCD RAW, que resulta em fotos da mais alta qualidade. Na maior partedo tempo usamos o modo normal.

Ainda na parte superior da câmera existem três botões para selecionar váriasoperações possíveis. O botão seletor de qualidade permite escolher entre trêsníveis de compressão de imagem (Fine, Normal e Economy). O melhormodo é o Fine, e melhor ainda que ele, só mesmo o CCD RAW.

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O botão Macro é usado para fazer fotos a pequenas distâncias, de 10 a 40cm. Este botão também é chamado de F1, e é usado na ativação de algumasoutras funções da câmera. O outro botão é o F2/Microfone. Devemospressioná-lo para fazer anotações de voz (observe o microfone localizadotambém na parte superior da câmera). Funciona ainda para ativação dealgumas funções especiais. Ainda na parte superior existe um displayindicador de status e várias informações, tais como o número de fotos queainda cabem na memória, o modo de compressão utilizado, etc.

Na parte frontal da câmera temos o botão F3, usado para controlar o modode operação do flash (sempre ligado, sempre desligado ou automático).Ainda na parte frontal existe um emissor de luz infravermelha, usado para ocálculo de distância para efeito de focalização. Finalmente, tambémlocalizado na parte frontal da câmera, está o shutter, o botão que apertamospara fotografar.

Figura 31.8

Parte traseira da câmera.

A figura 8 mostra as partes traseira, lateral e inferior da câmera. Ao lado doviewfinder existem dois LEDs indicadores. O LED verde é usadoprincipalmente para indicar que o objeto está focalizado, e o vermelho indicaque o flash está carregado. Abaixo do viewfinder existe um seletorColor/Mono. Com ele escolhemos se as fotos devem ser feitas a cores ou empreto e branco.

Na parte inferior existe um encaixe para tripé. É útil para manter a câmerafixa sobre uma base, para fazer por exemplo, fotos a curta distância, ou fotosnas quais a câmera precisa ficar absolutamente parada. O tripé pode seradquirido com facilidade em lojas de material fotográfico. Temos tambémum conector para o carregador de bateria. Através dele a bateria da câmerapode ser carregada, sem que seja necessário acoplar a câmera na estação. Omais importante de tudo nesta parte inferior é o conector de dados, usado noencaixe com a estação. Fica protegido por uma pequena tampa que é aberta

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automaticamente quando a câmera é acoplada na estação. Na parte direitada figura vemos a tampa do compartimento para a instalação dos cartõesPCMCIA para expansão de memória.

Na figura 9 vemos em detalhe a estação da câmera. Existe uma pequenaporta da qual sai um conector para acoplamento na câmera, sempre quecolocamos a alavanca de travamento voltada para a direita. Temos ainda umconector para o carregador de bateria e um conector Centronics, idêntico aode uma impressora. Usamos um cabo de impressora comum para ligar aestação ao PC através deste conector.

Figura 31.9

Camera station.

Operação

A figura 10 mostra como é feita a ligação da câmera com o PC. Usamos umcabo paralelo comum para ligar a estação à porta paralela. Observe que nãoé permitida a ligação simultânea da interface paralela na estação e naimpressora, como ocorre com diversos outros dispositivos paralelos (umexemplo típico é o ZIP Drive). Se for preciso usar a impressora e a estação(não simultaneamente) sem precisar conectar ou desconectar cabos, é precisousar uma caixa comutadora. O uso da estação pode entretanto ser feito emconjunto com outros dispositivos paralelos que permitam conexões múltiplas,como um scanner paralelo ou um ZIP Drive. Por exemplo, no caso doscanner paralelo, ligamos o scanner ao PC e a estação ao scanner, noconector reservado para a ligação da impressora.

Figura 31.10

Ligação com o PC.

Para transferir fotos para o PC, a estação deve estar conectada pela interfaceparalela. A seguir, colocamos a câmera sobre a estação e movemos a

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alavanca para a direita, como mostra a figura 11. A câmera deve permanecerdesligada. Podemos agora conectar na estação o carregador de bateria, eligar este carregador na rede elétrica. Não acople a câmera na estaçãoestando ligada, nem com o carregador de bateria ligado na rede elétrica. Acâmera deve permanecer desligada, e o carregador é ligado apenas depoisque a câmera está travada na estação.

Figura 31.11

Câmera acoplada na estação.

Figura 31.12

Para fotografar.

A figura 12 ilustra os itens a serem checados e os passos a serem tomadospara fotografar.

1. A bateria deve estar inserida e carregada.2. Ligar a câmera. Será aberta a porta protetora da lente.3. O display acenderá, indicando o número de fotos que cabem na memória.4. O seletor de modo deve estar na posição “A”.5. Indicar o modo a ser usado: cor ou preto/branco.6. Usar o viewfinder para visualizar a imagem a ser fotografada.7. Pressionar apenas levemente o botão Shutter. A câmera ajustará o foco e acenderá o LED verde.8. O LED verde acenderá, indicando que o objeto está focalizado. Agora podemos apertar o shutter por completo.

O display indicará “BUSY” durante alguns segundos enquanto o LED verdeficará piscando, indicando que a foto está sendo processada. Depois disso acâmera estará pronta para fazer a próxima foto.

Para instalar uma expansão de memória basta proceder como mostra afigura 13. A câmera deve estar desligada.

1. Abrir o compartimento.2. Encaixar o cartão e fechar o compartimento.3. Existe ainda um botão para ejetar o cartão, caso desejemos.

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Figura 31.13

Instalando uma expansão de memória.

Softwares que acompanham a câmera

Assim como ocorre com todas as câmeras digitais, a PowerShot 600 éacompanhada de dois conjuntos de softwares:

Twain Data Source Editores gráficos e gerenciadores de álbuns

O Twain Data Source (ou Twain Driver) e seu programa de controle sãoespecíficos para esta câmera, ou seja, não podem ser usados com outrosmodelos de câmeras. Esta regra é válida para qualquer modelo de câmeradigital ou scanner. Os demais softwares são genéricos, independentes domodelo de câmera. A PowerShot 600 é acompanhada do softwarePhotoImpact e diversos utilitários. Pode ser usado para criar e gerenciarálbuns, editar fotos, e diversas outras operações. É um software bastantesofisticado, e é fornecido em um CD-ROM que acompanha a câmera.

O Twain Data Source desta câmera pode ser executado a partir de qualquereditor gráfico que seja Twain compatível (inclusive o PhotoImpact que aacompanha). Basta usar o comando File/Scan ou File/Acquire. Podemos vê-loem execução na figura 14.

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Figura 31.14

Programa de controle do driver TWAIN daPowerShot 600.

Começamos clicando o ícone da câmera, e será apresentada uma série dethumbnails das fotos armazenadas. O próximo passo é selecionar a foto, ouas fotos a serem transferidas.

Depois que as fotos desejadas estão selecionadas, clicamos sobre o botãoAcquire. As fotos serão transferidas para o PC e aparecerão como arquivosabertos pelo programa que comandou a execução do driver da câmera.Note que muitos programas não são capazes de transferir várias imagenssimultaneamente. Nesse caso, os métodos de selecionamento de múltiplasfotos não funcionarão. Programas gerenciadores de álbuns digitais, como oque acompanha o PhotoImpact, são capazes de transferir múltiplas imagens.

Entre os utilitários fornecidos, temos o PhotoImpact Album, mostrado nafigura 15. Este programa é capaz de obter um grupo de fotos da câmera (oumesmo de um CD-ROM ou disco rígido) e formar álbuns. Os álbunsfuncionam como índices gráficos para acesso fácil às figuras.

O PhotoImpact propriamente dito não se destina à criação e gerenciamentode álbuns, e sim, à edição das fotos. Possui diversos comandos bastantesofisticados encontrados em editores mais famosos, como o PhotoShop.

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Figura 31.15

O programa gerenciador de álbunsdigitais que acompanha a PowerShot600.

Assim como ocorre com os scanners, podemos utilizar qualquer programagráfico para comandar a aquisição de imagens de uma câmera digital. Bastausar o comando File/Scan ou File/Acquire. Isto ativará o Twain Data Sourceda câmera, que fará a aquisição e a transferência da imagem para oprograma gráfico usado.

Exemplo: Olympus D340-RA Olympus, tradicional fabricante de câmeras fotográficas, também produzatualmente diversos modelos digitais. Para que você fique ainda maisfamiliarizado com câmeras digitais, apresentaremos agora como exemplo, acâmera Olympus D340R. Esta câmera produz fotos com resolução de até1280x960. Utiliza um mini-disco de expansão de memória, com 4 MB, 8 MBou 16 MB (figura 17). Na verdade não se trata de um disco magnético, e sim,um circuito de memória permanente, tipo Flash ROM.

Figura 31.16

Câmera Olympus D340-R.

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Figura 31.17

Expansão de memória por minidiscoFlash.

Na sua parte traseira existe um visor LCD (figura 18), que funciona comoviewfinder e também serve para visualizar as fotos armazenadas na suamemória.

Figura 31.18

Visor LCD.

Na parte superior da câmera existe um display de cristal líquido paraindicação de informações diversas e alguns botões de controle, além doshutter (figura 19).

Figura 31.19

Parte superior da câmera.

Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-19

A conexão desta câmera ao computador é feita através de uma interfaceserial, utilizando um cabo apropriado que a acompanha. É tambémfornecido um cabo para conexão com um aparelho de TV padrão NTSC. Acâmera é capaz de gerar imagens de vídeo com as fotos armazenadas.Podemos desta forma fazer um slide show das fotos armazenadas, ou atémesmo gravar em uma fita de videocassete com a seqüência de fotos. Éportanto acompanhada de um cabo de vídeo para esta conexão. Também éfornecido um adaptador DC, alça e capa de proteção.

Figura 31.20

A câmera D-340R e os cabos que aacompanham: um cabo serial e um cabode vídeo.

As figuras 21 e 22 mostram os diversos detalhes e controles desta câmera.

Figura 31.21

Parte frontal da câmera.

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Figura 31.22

Parte traseira da câmera.

A câmera é acompanhada do software Camedia Master, usado para fazer atransferência das imagens. A instalação deste software também faz ainstalação do driver TWAIN. É perguntado ao usuário se a instalação deveser feita no modo Typical, Compact ou Custom. Na opção Custom podemosselecionar os módulos a serem instalados (figura 23).

Figura 31.23

Selecionando os componentes a sereminstalados.

Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-21

Figura 31.24

O software Camedia Master.

Terminada a instalação podemos reiniciar o computador. O softwareCamedia Master é mostrado na figura 24. Trata-se de um gerenciador deálbuns, com a função adicional de transferir as imagens da câmera paraarquivos no PC.

Mantendo a câmera conectada ao computador através de uma das suasinterfaces seriais, usamos o comando Edit/Options. Na guia download (figura25) podemos definir a interface serial a ser usada e a taxa de transmissão.

Figura 31.25

Opções da câmera.

Com o comando Camera / Camera Settings temos o quadro da figura 26,com várias outras opções de funcionamento da câmera. Podemos selecionara câmera a ser usada (este programa pode operar com outros modelos decâmera), acertar a data e a hora no relógio interno da câmera, definir o

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brilho do visor LCD e definir parâmetros de auto desligamento paraeconomia das baterias.

Figura 31.26

Configurações da câmera.

A forma mais simples de transferir as imagens da câmera para o PC é atravésdo comando Camera / Download all images. Será apresentado o quadro dafigura 27 para que possamos indicar o drive e o diretório para o qual as fotosserão transferidas.

Figura 31.27

Indicando o destino das fotos.

Uma outra forma de selecionar as imagens é através de seleção individual.Devemos inicialmente clicar sobre o ícone da câmera na parte esquerda da

Capítulo 31 – Câmeras digitais 31-23

janela do programa. Será feita a transferência dos thumbnails das fotosarmazenadas. Podemos agora clicar nas fotos a serem transferidas, mantendoa tecla Control pressionada. Depois de fazer a seleção usamos o comandoCamera / Download Selected Images (figura 28).

Figura 31.28

Transferindo as fotos selecionadas.

ConclusãoVocê tem agora conhecimentos suficientes para encontrar uma boa câmeradigital adequada às suas necessidades, bem como operá-la e utilizar seusoftware. Consulte agora os modelos disponíveis nas lojas e busque maisinformações técnicas nos sites dos fabricantes. Seja qual for o modeloescolhido, você não terá dificuldades em fazer a instalação e a utilização. Sequiser fotos impressas, providencie uma boa impressora colorida. Se quiserarmazenar as fotos de forma permanente, providencie também um meio dearmazenamento de alta capacidade, como um ZIP Drive ou um gravador deCD-R.

//////////// FIM /////////////////