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    Abertura

    Olá!

    Vamos começar agora o 2° capítulo da disciplina de Projeto Residencial. Porém, antesde iniciarmos, vamos relembrar o que vimos no capítulo 1?

    Relembrando:

    No Capítulo 1 vimos como conhecer o nosso cliente, quais perguntas devemos fazer naentrevista com o cliente e como definir o perfil das necessidades do cliente.

    Agora, iniciando o Capítulo 2, abordaremos os seguintes assuntos:

    2.1. Setorização da residência2.2. Ergonomia e antropometria

    Objetivos do Capítulo 2:

    1. Conhecer os setores de uma residência.2. Compreender a necessidade de setorização.

    3. Aplicar a ergonomia ao projeto de interiores residenciais.4. Compreender e aplicar a antropometria ao projeto de interiores residenciais.

    Você está ciente dos objetivos propostos para este capítulo? Então vamos em frente.

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    2.1. Setorização da residência

    Uma residência é constituída por uma série de espaços limitados pelas paredes, pisos eforros, dentro dos quais habitamos. Para facilitar a circulação e a utilização dosespaços, os ambientes de uma residência são agrupados em setores conforme suas

    funções específicas. Desta forma temos:- Setor social;- Setor de serviços;- Setor íntimo.

    Todas as residências possuem estes três setores. Tanto as casas populares como asgrandes mansões possuem os três setores. O que difere em cada situação é o númeroe o tamanho de ambientes pertencente a cada setor.

    Vamos ver quais são os ambientes que compõem cada setor:

    O setor social é composto pelos ambientes sociais da casa, ou seja, os ambientesonde, além da família, os visitantes também têm acesso:

    - Hall de entrada;- Sala de estar ou living;- Sala de jantar;- Home theater;- Lavabo.

    O setor de serviços é composto pelos ambientes de serviço, ou seja, aqueles ambientesonde se realizam os trabalhos da casa:

    - Cozinha;- Copa;- Lavanderia;- Banheiros;- Dependências dos empregados.

    Os banheiros estão considerados na área de serviços pois têm as mesmas

    características hidrosanitárias da cozinha e da lavanderia. E também uma necessidadede higienização específica. Por isso é colocado neste setor. Porém, na maioria doscasos, eles ficam mais próximos ao setor íntimo da casa.

    E finalmente o setor íntimo, composto pelos ambientes de acesso restrito aosintegrantes da família e àqueles convidados mais íntimos:

    - Dormitório do casal;- Closet;- Dormitório dos filhos (crianças, adolescentes ou jovens);- Home Office.

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    O Home Office é um ambiente integrado às residências mais modernas e possui usosbastante distintos. Ele pode estar num setor íntimo, quando é usado para estudos dosfilhos ou algum trabalho extra dos pais. Mas quando ele é o local de trabalho de um dosintegrantes da família e recebe visitantes de fora, deve estar localizado no setor socialda casa.

    Estes são ambientes modernos, resultado das constantes inovações tecnológicas queas residências, como também a sociedade, teve que assimilar. Desta forma, aconfiguração de uma residência moderna não é tão rígida como era no tempo dosnossos avós.

    Hoje em dia é muito comum alguns visitantes terem acesso ao setor íntimo daresidência, como os amigos dos filhos adolescentes, por exemplo. É difícil haver umquarto exclusivo para hóspedes nas casas atuais, especialmente as de classe média.Porém, caso haja, este quarto também deve fazer parte do setor íntimo da casa.

    Em outros casos, o Home Office fica no setor íntimo, num corredor mais largo, porexemplo, mas é utilizado para o atendimento de clientes. Esta é outra situação atualtendo em vista o grande número de pessoas que trabalha em casa, em ambientesvirtuais, e que precisa atender alguma pessoa eventualmente.

    Porém, de maneira geral, o agrupamento dos ambientes em setores segundo suafunção constitui uma necessidade, uma condição básica para um bom planejamento.

    Os ambientes agrupados em setores facilitam o dia a dia e o bom funcionamento dacasa. Vamos ver um exemplo?

    Um designer de interiores foi atender um cliente que ia comprar uma casa queprecisava de uma grande reforma. A casa era antiga e o proprietário era pedreiro e foiaumentando a casa aos poucos, conforme a necessidade e sem planejamento. Ocliente, Sr. Edson, ia comprar a casa por um preço muito baixo e queria ter uma idéiade quanto gastaria com a reforma, pois sua intenção era reformá-la e vendê-la. Ou seja,seu objetivo era investir e lucrar. Vejam a planta da casa.

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    dona de casa teria que circular da cozinha no segundo pavimento para a lavanderia noterceiro pavimento, o que deveria ser bem cansativo...E imagine a dificuldade em receber uma visita com crianças, nas salas do pavimentoinferior. Se uma criança ou um visitante quiser ir ao banheiro tem que subir as escadase ir ao banheiro próximo aos quartos.

    O designer de interiores então pediu a um Engenheiro Civil, que fosse dar uma olhadana casa. Ele concluiu que a reforma não valeria a pena, pois haviam problemasestruturais na casa. A sugestão do engenheiro era: demolir, e o cliente então, não ficoucom a casa.

    Lembre-se portanto que o cliente veio consultar o designer de interiores antes decomprar a casa. Aliás, este é um procedimento que a maioria das pessoas deveria fazere não faz.

    Uma reforma daquele porte teria que ser feita com o acompanhamento técnico de umEngenheiro Civil. Temos que ter muita responsabilidade na condução do nosso trabalhoe isso envolve saber quando precisaremos do apoio de outro profissional. Desta forma,deve-se mostrar ao cliente as limitações do profissional designer e assim conquistar suaconfiança para um próximo trabalho.

    Mas voltando ao nosso assunto. Vocês perceberam quantos problemas a falta deplanejamento e a falta de setorização pode oferecer?

    Atividade 1: Vá ao próximo tópico para fazer o download.

    2.2. Ergonomia e antropometria

    No desenvolvimento de um projeto de design de interiores devemos sempre consideraros fatores ergonômicos do planejamento.

    Ergonomia é a adaptação do trabalho ao homem. No projeto de interiores, a ergonomia

    é aplicada especialmente no planejamento dos fluxos dos ambientes, nas áreas decirculação, no projeto de mobiliário e no planejamento do conforto do usuário, seja eletérmico, acústico, tátil, visual, etc.

    A planta abaixo é de uma casa onde moram os pais e dois filhos. Veja como foiconstruída a parte da sala e da cozinha. Imagine o fluxo das pessoas. Quem entra nacasa pela porta da sala e precisa ir até um dos quartos tem que passar pela cozinhanecessariamente. A suíte do casal é encostada na sala. Ou seja, se os filhos ficarem jogando videogame até tarde, o barulho vai incomodar o sono do casal. E o escritórionos fundos: se for um local de estudo dos filhos, fica muito distante e, pior, praticamentedentro da lavanderia. A cozinha tem 3 portas, o que dificulta o planejamento dos

    armários. Ou seja, nesta planta a ergonomia não foi aplicada para facilitar os fluxos daspessoas que moram nesta casa.

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    Exercício 1: O que você pode fazer para melhorar esta casa? Pense no fluxo de cada integrante dafamília e redesenhe a planta com as alterações necessárias.

    Vejamos mais alguns exemplos de aplicação da ergonomia em projetos de interiores.

    A cozinha mostrada na planta abaixo é de uma residência onde moram o casal e 2filhos, sendo uma moça, já na faculdade, e um garotinho de 8 anos. Perceba que hávárias portas para locais distintos da casa, produzindo fluxos diversos e a necessidadede áreas de circulação distintas.

    Agora veja a planta com o mobiliário e as áreas de circulação.

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    Exemplo:

    A cama mostrada na foto abaixo é de um garotinho de 3 anos, que sempre dormiu numberço. A mãe informou que ele gosta dos brinquedos por perto e que tem medo deescuro. Informou também que ele rola de um lado para outro dentro do berço, durante osono. Perguntei se ele costumava subir nos móveis e ela disse que não. Por isso forammantidos os nichos para brinquedos próximo a cama, mas foi colocada uma graderemovível na mesma, para que o garoto não caia durante o sono. Num dos nichos háuma lâmpada que pode ser acesa e apagada tanto no interruptor perto da porta, comoem outro interruptor no painel da cama.

    A pedido da mãe, o móvel deveria ter um visual adulto, para que somente a decoraçãofosse trocada quando o menino crescesse. Assim, com o passar do tempo, a colcha, obandô da persiana e os brinquedos nos nichos, podem ser substituídos, conferindooutro visual ao quarto. O colchão possui dimensões padrão para solteiro e há aindauma bicama, para receber os futuros amigos.

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    A preocupação com a segurança também faz parte da ergonomia. E essa questão setorna ainda mais importante quando se trata de usuários especiais, como crianças,idosos ou deficientes. Aliás, para projetos destinados a portadores de necessidadesespeciais vocês devem consultar sempre as orientações da NBR 9050 que é a NormaBrasileira que trata da Acessibilidade em Edificações, Mobiliário, Espaços eEquipamentos Urbanos.

    Esta norma orienta a execução de projetos comerciais e tem muitas informaçõesimportantes para projetos residenciais. Dê uma boa olhada nesta norma e mantenha-apor perto, caso precise consultá-la, pois você não sabe qual o perfil do cliente que vocêprecisará atender amanhã.

    Download:NBR 9050.pdf

    Enfim, a ergonomia é importantíssima para o projeto de interiores e seu uso deveconsiderar sempre os seguintes aspectos:

    - É um estudo baseado no ser humano;- Procura adaptar equipamentos, produtos, móveis, ambientes, ao homem, e não vice-versa;

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    Sabendo da importância da antropometria, temos que conhecer alguns princípios para aaplicação das medidas dos usuários. Os princípios de aplicação de medidasantropométricas são os seguintes:

    1 º Princípio: PROJETOS PARA O TIPO MÉDIOSão projetos destinados a uma ampla parcela da população, mesmo que fique umpouco desconfortável para os indivíduos extremos. Um banco de praça é um bomexemplo de aplicação deste princípio.

    2º Princípio: PROJETOS PARA INDIVÍDUOS EXTREMOSSão projetos direcionados a pessoas muito altas, ou muito baixas, ou obesas. Ou seja,são projetos que devem atender ao público em geral, mas também considerar estesextremos. Por exemplo: uma catraca de acesso a um local público deve considerar alargura do corpo dos obesos. Ou a saída de emergência de um cinema, deveconsiderar a altura dos jogadores de basquete.

    3º Princípio: PROJETOS PARA FAIXAS DA POPULAÇÃOEste princípio separa a população em faixas com dimensões semelhantes e os projetosque o utilizam oferecem opções para as diversas faixas. É o caso de roupas e calçados,por exemplo.

    4º Princípio: PROJETO PARA O INDIVÍDUOEste é o projeto feito especificamente para um indivíduo. É o caso dos alfaiates, porexemplo, que produzem as peças exclusivas. Também é o caso das prótesesortopédicas, que devem ser feitas especialmente para cada usuário.

    Nos projetos de interiores, devemos orientar o uso da antropometria conforme o perfildo cliente. A maioria das situações permitirão o uso do 1° princípio. Porém, o designerdeve ficar atento às situações em que deverá aplicar os princípios mais específicos,dependendo do perfil do usuário.

    Exemplo:

    Lembram da história da Karin e do Renato, no capítulo 1. O caso do sofá para elesdeitarem para assistir televisão é um exemplo de aplicação do 3°princípio, pois ambos

    têm alturas diferentes, porém são colocados na mesma faixa da população, que possuiestatura acima da média.

    Fixando:

    Antes de fecharmos o capítulo 2, vamos testar seus conhecimentos e seu aprendizadoaté aqui? A seguir, estão disponibilizadas 2 atividades. Lembre-se da importância derealizar os exercícios propostos sem consultar o gabarito. Faça isso somente após aconclusão dos mesmos, para conferir suas respostas.

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    Atividade 2: As dimensões consideradas padrão para os diversos tipos de mobiliário não foram

    determinadas aleatoriamente. Elas possuem como referência o corpo humano. Destaforma, vamos identificar quais as partes do corpo humano serviram de referência paradeterminar as dimensões básicas de uma cadeira?

    Altura do assento:Largura do assento:Profundidade do assento:Altura do encosto:Curvatura e/ou inclinação do encosto:

    O gabarito desta atividade você pode visualizar no próximo tópico.

    Atividade 3: 

    Vá ao próximo tópico para fazer o download da atividade e seu gabarito.

    Resumo:

    Você viu neste capítulo que as residências são divididas em setores, conforme asfunções de cada ambiente. Percebeu também a importância desta setorização parafacilitar o dia a dia das pessoas que habitam o local.

    Relembrou que ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao serhumano e compreendeu a sua importância para o projeto de interiores residencial.Também conheceu a antropometria, ciência que estuda as dimensões do corpo

    humano e verificou que existem 4 princípios de aplicação dos dados antropométricos.

    Desta forma, finalizamos o capítulo 2 da disciplina de Projetos Residenciais. Você podeacessar as informações disponibilizadas nesta aula quantas vezes necessitar. Leia,releia, não fique com dúvidas.

    No próximo capítulo aprofundaremos os estudos de cada ambiente de uma residência,iniciando pelo Setor Social. Aguardo você lá!