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MINISTROS DE ESTADO DOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA (1889-2006) (Subsídios biográfico-genealógicos) Relação, biografia e notas genealógicas dos Ministros de Estado dos Presidentes da República, entre 1889, data da Proclamação da República, e e 2006, data da última eleição à Presidência da República. Mais um estudo para a seção Subsídios Genealógicos, procurando orientar aos que procuram maiores informações histórico-genealógicas das famílias brasileiras. Carlos Eduardo de Almeida Barata ÍNDICE POR SOBRENOME Alencar Araripe - ver Araripe, Tristão de Alencar Alvim - José Cesário de Faria Amaral - Joaquim Thomaz do, (Visconde de Cabo Frio) Araripe - Tristão de Alencar Barbalho Uchôa Cavalcânti - ver Cavalcanti, João Barbalho Uchôa Barbosa - Ruy Barbosa de Oliveira – ver Barbosa, Ruy Bocayuva – ver Ferreira de Souza, Quintino Antônio Botelho de Magalhães - ver Magalhães, Benjamin Constant Botelho de Campos Sales - ver Sales, Manoel Ferraz de Campos Cavalcânti - João Barbalho Uchôa Cesário Alvim - Ver Alvim, José Cesário de Faria. Falcão da Frota – ver Frota, Antônio Nicoláo Falcão da Ferreira de Sousa - Quintino Antônio (Quintino Bocayuva) Frota - Antônio Nicoláo Falcão da, General de-Divisão Glycério, General – ver Leite, Francisco Glycério de Cerqueira Leite - Francisco Glycério de Cerqueira Lobo - Aristides da Silveira Lucena - Henrique Pereira de (Barão de Lucena) Magalhães - Benjamin Constant Botelho de Peixoto - Floriano Vieira Ribeiro - Demétrio Nunes Sales - Manoel Ferraz de Campos Vidal - Fortunato Fóster Wandenkolk - Eduardo

Carlos Eduardo de Almeida Barata Eduardo de Almeida Barata ÍNDICE POR SOBRENOME Alencar Araripe - ver Araripe, Tristão de Alencar Alvim - José Cesário de Faria Amaral - Joaquim

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MINISTROS DE ESTADO DOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA (1889-2006)

(Subsídios biográfico-genealógicos)

Relação, biografia e notas genealógicas dos Ministros de Estado dos Presidentes da República, entre 1889, data da Proclamação da República, e e 2006, data da última eleição à Presidência da República. Mais um estudo para a seção Subsídios Genealógicos, procurando orientar aos que procuram maiores informações histórico-genealógicas das famílias brasileiras.

Carlos Eduardo de Almeida Barata

ÍNDICE POR SOBRENOME Alencar Araripe - ver Araripe, Tristão de Alencar Alvim - José Cesário de Faria Amaral - Joaquim Thomaz do, (Visconde de Cabo Frio) Araripe - Tristão de Alencar Barbalho Uchôa Cavalcânti - ver Cavalcanti, João Barbalho Uchôa Barbosa - Ruy Barbosa de Oliveira – ver Barbosa, Ruy Bocayuva – ver Ferreira de Souza, Quintino Antônio Botelho de Magalhães - ver Magalhães, Benjamin Constant Botelho de Campos Sales - ver Sales, Manoel Ferraz de Campos Cavalcânti - João Barbalho Uchôa Cesário Alvim - Ver Alvim, José Cesário de Faria. Falcão da Frota – ver Frota, Antônio Nicoláo Falcão da Ferreira de Sousa - Quintino Antônio (Quintino Bocayuva) Frota - Antônio Nicoláo Falcão da, General de-Divisão Glycério, General – ver Leite, Francisco Glycério de Cerqueira Leite - Francisco Glycério de Cerqueira Lobo - Aristides da Silveira Lucena - Henrique Pereira de (Barão de Lucena) Magalhães - Benjamin Constant Botelho de Peixoto - Floriano Vieira Ribeiro - Demétrio Nunes Sales - Manoel Ferraz de Campos Vidal - Fortunato Fóster Wandenkolk - Eduardo

Parte I

Ministros do 1.º Presidente da República Manuel Deodoro da Fonseca, Marechal Período: 15.11.1889 a 25.02.1891

Nascido em 05.08.1827, em Anadia (hoje, Marechal Deodoro), Alagoas, e falecido em 23.08.1892, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do tenente-coronel Manuel Mendes da Fonseca e de Rosa Maria Paulina de Barros Cavalcanti.

O Proclamador da República do Brasil e seu primeiro Presidente, aos 62 anos, tomando posse a 15.11.1889, perante a Câmara Municipal - exerceu seu mandato até 25.02.1891.

Praça – Sentou Praça a 25.02.1845. Participou da repressão à Revolução Praieira em 1848 2.º Tenente – Promovido a 2.º Tenente a 14.03.1849. Esteve presente ao ataque à cidade do Recife, a 02.02.1849, batendo-se na defesa do quartel da Soledade. Assistiu ao combate da barra de Natuba, em 31.12.1849, durante a revolução Praieira. 1.º Tenente – Promovido a 1.º Tenente a 30.04.1852. Capitão – Promovido a Capitão a 02.12.1856, no 4.º Batalhão do Corpo de Artilharia, 8.ª Companhia. Em 1857 servia de Ajudante do Batalhão de Engenheiros.

Participou da expedição enviada à região platina em 1864. Participou da Guerra do Paraguai. Integrando o 1.º Batalhão de Artilharia a Pé, embarcou para o Uruguai, chegando a Fray Bentos a 03.01.1865, e assistiu a capitulação de Montevidéu. Participou da ação na margem esquerda do rio Paraguai, em 04.1866.

Major – Promovido a Major em 22 08.1866. Tenente-Coronel – Promovido a Tenente-coronel, por atos de bravura, em 18.01.1868. Coronel – Promovido a Coronel, por atos de bravura, em 11.12.1868. Brigadeiro – Promovido a Brigadeiro em 14.10.1874, patente equivalente ao atual General de Brigada. Comandante das armas da Província do Rio Grande do Sul, em 1885. Exerceu este cargo juntamente com o de Vice-Presidente da Província. Presidente interino da Província do Rio Grande do Sul. Marechal-de-Campo – Promovido a Marechal de Campo em 30.08.1884. Por ocasião da denominada "Questão Militar" - confronto das classes armadas com o governo civil do Império - o Marechal Deodoro permitiu que a oficialidade da guarnição de Porto Alegre se manifestasse politicamente, o que era proibido pelo governo imperial. Considerando-se que houve a sua participação no movimento, foi chamado de volta ao Rio de Janeiro, onde foi recebido por seus colegas e pelos alunos da Escola Militar.

Ainda em 1887, foi eleito primeiro presidente do Clube Militar, cuja primeira Diretoria ficou assim constituída:

Presidente: Manoel Deodoro da Fonseca; Vice-Presidente: Custódio José de Melo; 1º Secretário: José Simeão de Oliveira; 2º Secretário: Marciano Augusto Botelho Magalhães; Comissão de Imprensa: José Marques Guimarães, Eduardo Wandenkolk e Antônio Sena Madureira.

Ficou à frente do Clube Militar até 1889. No decorrer dessa administração, foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso, em 1888, cargo que exerceu até meados de 1889, quando voltou para o Rio de Janeiro.

Tomou parte ativa nas questões militares que abalaram o regime monárquico nos seus últimos dias, comandando as tropas que cercaram o quartel-general onde estava reunido o gabinete Ouro Preto, o que fez com que lhe fosse atribuída a liderança do movimento que derrubou a monarquia, em 15 de novembro de 1889. Proclamada a República, foi feito chefe do governo provisório, mantendo-se nesse cargo até 24 de fevereiro de 1891, data da promulgação da primeira constituição republicana, a partir da qual foi eleito, a 25 do mesmo mês, presidente da República.

Marechal do Exército Generalíssimo – Aclamado em 15.01.1890, pelas tropas, Generalíssimo de Terra e Mar, tornando-se, assim, o único oficial-general de seis estrelas no Brasil. Reformou-se em 11.01.1892.

Comendador da Ordem do Cruzeiro em 1866. Grande Dignitário da Ordem da Rosa. Medalha de prata da Campanha do Uruguai

Sem geração do seu casamento, a 16.04.1860, em Cuiabá, Mato Grosso, com Mariana Cecília de Souza Meireles, nascida em 10.02.1826, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 09.04.1905, filha do capitão Feliciano de Souza Meireles e de Henriqueta Júlia Carneiro Leão.

GENEALOGIA: Ver Revista Brasil Geneaógico, Tomo I, N.º 1 – 1960, publicação do Colégio Brasileiro de Genealogia.

MINISTROS DE ESTADO

MINISTROS DA JUSTIÇA

RESUMO Ministros da Justiça Período

Ruy Barbosa de Oliveira 15.11.1889 a 18.11.1889 Manuel Ferraz de Campos Salles 18.11.1889 a 20.01.1891 Francisco Glycério de Cerqueira Leite 20.01.1891 a 21.01.1891 Henrique Pereira de Lucena 22.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro da Justiça (interino)

RUY BARBOSA, Conselheiro Período: 15.11.1889 a 18.11.1889

(tres dias)

ver 1.º Ministro da Fazenda

2.º Ministro da Justiça

MANOEL FERRAZ DE CAMPOS SALLES Período: 18.11.1889 a 20.01.1891

Dr. Manuel Ferraz de Campos Sales, nascido em 13.02.1841, em Campinas, província de São Paulo – batizado a 21.02., e falecido em 26.06.1913, em Guarujá, estado de São Paulo. Filho do tenente coronel Francisco de Paula Sales, fazendeiro em S. João do Rio Claro, e de Ana Ferraz de Campos – casamento responsável pela origem do duplo apelido: Campos Sales.

Bacharel em direito pela Faculdade de São Paulo, em 1863. Retornou à sua cidade natal onde abriu escritório de advocacia, ingressando na imprensa e na política. Filiou-se ao Partido Radical e, quatro anos depois de formado, foi eleito deputado provincial em São Paulo, na legislatura de 1867 e, novamente, na de 1881, já revelando suas idéias republicanas, com toda franqueza. Em 1868, juntamente com o deputado Jorge Miranda, apresentou um projeto de reforma da instrução pública.

Foi um dos primeiros elementos liberais a ingressar no Partido Republicano. Eleito vereador para a Câmara Municipal de Campinas, em 1872. Signatário do Manifesto do Congresso do Partido Republicano Paulista, em 1873. Fundador do jornal A Província de São Paulo, em 1875. Ainda, no regime monárquico, foi Deputado à Assembléia Geral Legislativa, pela Província de São Paulo, na 19.ª legislatura, de 11.02.1885 a 26.09.1885. Atuou no movimento de articulação de forças para a proclamação da República.

Proclamada a República, foi em seguida eleito Senador Federal, cargo que teve que resignar, por ter sido escolhido Presidente do Estado de São Paulo. Ministro da Justiça durante o governo provisório, de 18.11.1889 a 20.01.1891. Em 20.01.1891, todo o primeiro

gabinete da República renunciou. Em 22 de janeiro houve reforma ministerial. Quando morou na Europa, entre 1892 e 1893, atuou como colaborador do Correio Paulistano.

Senador Federal em 1891. Governador do Estado de São Paulo, de 1896 a 1898. Eleito em 01.03.1898, Presidente da República do Brasil, mandato que exerceu de 15.11.1898 a 17.10.1900, e de 08.11.1900 a 15.11.1902. Novamente Senador da República, novamente por São Paulo, de 1909 a 1912. Ministro Plenipotenciário do Brasil em Buenos Aires, Argentina, em 1912

Com geração do seu casamento, em 08.07.1865, em Campinas, província de São Paulo, com sua prima legítima Ana Gabriela Campos Salles, Sinh´Anna Marandová, nascida em 24.01.1850, em Campinas, província de São Paulo, e falecida em 31.07.1919, em São Paulo, SP. Filha do comendador José de Campos Sales e de Maria Barbosa de Camargo. Pais de:

I-1. Adélia de Campos Sales, nascida em 05.06.1866, em Campinas, província de São Paulo, onde faleceu em 18.06.1882. I-2. Vitor de Campos Sales, nascido em 16.09.1867, em Campinas, província de São Paulo, onde faleceu em 19.07.1869. I-3. José Maria de Campos Sales, nascido em 16.09.1869, em Campinas, província de São Paulo, e faleceu em 30.04.1890, no Rio de Janeiro - solteiro. I-4. Maria Luiza de Campos Sales, nascida em 09.04.1871, em Campinas, província de São Paulo, onde faleceu.. I-5. Helena de Campos Sales, nascida em 01.07.1872, em Campinas, província de São Paulo, e faleceu em 12.09.1949, em São Paulo - solteira. I-6. Manuel de Campos Sales, nascido em 29.09.1873, em Campinas, província de São Paulo, onde faleceu em 30.10.1875. I-7. Sofia de Campos Sales, I, nascida em 10.12.1874, em Campinas, província de São Paulo, onde faleceu em 31.10.1875. I-8. Leonor de Campos Sales, nascida em 06.12.1876, em Campinas, província de São Paulo, e faleceu em 05.06.1960, em São Paulo - solteira. I-9. Sofia de Campos Sales, II, nascida em 11.08.1879, em Campinas, província de São Paulo, e faleceu em 28.11.1935, no Rio de Janeiro. Casada, com geração. I-10. Paulo Ferraz de Campos Sales, nascido em 01.04.1882, em São Paulo, SP, onde faleceu em 16.05.1940. Casado, com geração.

GENEALOGIA: Ver Revista Brasil Genealógico, Tomo II, N.º 1 – 1963, publicação do Colégio Brasileiro de Genealogia.

INTERINOS NA PASTA DA JUSTIÇA:

3.º Ministro da Justiça (interino)

FRANCISCO GLYCÉRIO DE CERQUEIRA LEITE Período: 20.01.1891 a 21.01.1891

Nasceu em 15.08.1846, em Campinas, província de São Paulo, e faleceu em 12.04.1916, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do Tenente Antonio Benedito de Cerqueira Leite e de Maria Zelinda da Conceição. Neto paterno do Tenente-coronel Antonio Benedito de CerqueiraCesar e de Ana Jacinta (Leite) do Amaral – por onde se tem princípio a união dos dois sobrenomes: Cerqueira e Leite.

Político. Republicano e abolicionista. General honorário do Exército brasileiro

Foi tipógrafo, fotógrafo, escrevente de cartório, professor primário, solicitador e advogado provisionado em Campinas. Segundo Dunshee de Abranches, Francisco Glycerio “devia entrar na Faculdade, com Rio Branco e outros jovens que se matricularam em março de 1862, até que a morte de seu pai, ocorrida em outubro de 1861, deixando a família sem recursos, obrigou-o a regressar à terra natal. Ali foi tipógrafo, escrevente de Cartório, professor primário e, afinal, fez-se advogado, em cuja profissão mourejou até morrer”.

Desde jovem tomou contato com as idéias republicanas, participando do Grupo Republicano de Campinas. A partir da Convenção de Itu (abril de 1873), tomou a frente da propaganda e comandou os atos relacionados ao novo partido na Província de São Paulo.

Em 08.1888, ainda no período monárquico, seu nome foi apresentado pelo Partido Republicano á uma vaga no senado. Mesmo sendo o mais votado, quase o dobro do seu concorrente, não foi escolhido pelo Imperador.

Em 11.11.1889, às vésperas da Proclamação da República, reuniu-se em casa de Deodoro da Fonseca, com Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Aristides Lobo, Botelho de Magalhães e Solon. Em 15.11.1889 foi Proclamada a República e, com Quintino Bocaiúva e Aristides Lobo, foram os responsáveis pela escolha dos integrantes do primeiro governo provisório. Fora o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, todo aquele grupo que havia se reunido na casa de Deodoro assumiu uma pasta no novo ministério.

Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, nomeado em 31.01.1890 e exonerado em 22.01.1891 Ministro interino dos Negócios da Justiça, de 20.01.1891 a 21.01.1891 (acumulando a função de Ministro da Agricultura)

Deputado Federal - 1891 a 1893. Líder da Câmara. Chefe do Partido Republicano Paulista e o principal organizador do Partido Republicano Federal, em 1894 - a primeira tentativa de formar um partido nacional. Deputado Federal em dois mandatos: 1894 a 1896, e 1897 a 1899. Senador pelo estado de São Paulo, em tres mandatos: de 1902 a 1905; de 1906 a 1914; e, de 1915 a 1916. No exercício do mandato chegou a presidir o Senado.

Maçon - foi iniciado na Loja “Independência”, do Or\de Campinas, e pertenceu ao quarto da Loja Ordem II, do mesmo Or\ Grão Mestrado do Grande Oriente do Brasil em 01.02.1905. Distinguido com o título de Grão Mestre Honorário “adivitam”, do grande Oriente do Brasil, pelo decreto n.° 292, de 06.04.1905.

Casado em 1868, em Campinas, província de São Paulo, com Adelina Meloni, nascida em 1851, e falecida em 21.09.1920, no Rio de Janeiro. Pais de:

I-1 Clotilde Glycerio, nascida em 15.02.1870, em Campinas, província de São Paulo. Casada, com geração. I-2 Clovis Glycerio, nascido em 1877, e falecido em 30.12.1914, em São Paulo, engenheiro industrial. Casado, com geração. I-3. Henriqueta Glycerio I-4. Maria Zelinda Glycerio, casada.

4.º Ministro da Justiça (interino)

HENRIQUE PEREIRA DE LUCENA (Barão de Lucena)

Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

Henrique Pereira de Lucena, nascido em 27.05.1835, em terras dos engenhos Fortaleza e Boa Esperança, na então comarca de Limoeiro, atual município de Bom Jardim, província de Pernambuco, e falecido em 10.12.1913, em sua residência situada na rua São Clemente, nº 158, no Rio de Janeiro, RJ, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista. Filho do coronel Henrique Pereira de Lucena, um dos heróis da Revolução Praieira, e de Antônia Barbosa da Silva.

Passou ao Rio de Janeiro, para estudar os preparatórios, matriculando-se em 1847, no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em letras, pelo Colégio Pedro II, em 27.10.1853. Retornou a Pernambuco, onde fez o curso de Direito, tirando a carta de bacharel em ciências jurídicas e sociais, pela faculdade do Recife, Pernambuco, em 1858. Delegado de polícia do Recife e de Ouricurí, na província de Pernambuco.

Nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do temo de Goiana, por decreto de 04.12.1861, cargo a que foi reconduzido por decreto de 25.01.1866, do qual foi exonerado, a pedido, em 1868. Nomeado Juiz de Direito da comarca de Teixeira, na província da Paraíba, por Decreto de 08.05.1869. Nomeado Chefe de Polícia da província do Ceará, em 29.05.1869.

Juiz de Direito da comarca de Palmares, província de Pernambuco, por decreto de 18.09.1872; removido para a comarca de Jaboatão, província de Pernambuco, pelo decreto de 19.05.1874. Juiz de direito da Vara Cível de São Luiz do Maranhão, pelo decreto de 25.04.1885.

Deputado à Assembléia provincial e à Assembléia Geral, pela província de Pernambuco, na 20.ª legislatura, de 03.05.1886 a 17.06.1889. Presidente da Câmara no biênio 1888-1889, época em que votou e aprovou a Lei Áurea, de 13.05.1888.

Presidente das seguintes Províncias: Rio Grande do Norte, nomeado por carta de 31.05.1872, tomando posse a 01.07., e foi exonerado em 24.11.1872; Pernambuco, nomeado em 23.11.1872, posse em 25.11, sendo exonerado em 09.05.1875; da Bahia, nomeado em 13.12.1876, posse em 05.02., e foi exonerado em 24.02.1878; e do Rio

Grande do Sul, nomeado em 12.09.1885, posse em 28.10.1885, exercendo-o até 08.11.1886.

No novo regime republicano, designado, pelo decreto de 13.01.1890, para a Vara dos Feitos da Fazenda Nacional da então Capital Federal (Rio de Janeiro). Ministro do Supremo Tribunal Federal, em 12.11.1890, tomando posse em 28.02.1891, sendo aposentado pelo decreto de 15.03.1892. Governador do estado de Pernambuco, por decreto de 21.07.1890; e Ministro de Estado, no governo do marechal Deodoro da Fonseca, em duas pastas, interinamente, da Agricultura (22.01.1891 a 04.07.1891), e da Justiça (22.01.1891 a 25.02.1891). Foi Ministro efetivo da Fazenda no governo do marechal Floriano Peixoto, de [04.07.1891 a 23.11.1891].

Cavaleiro da Ordem da Rosa [14.03.1860]. Oficial da Ordem da Rosa [12.11.1860]. Cavaleiro da Ordem de Cristo [14.09.1866]. Condecorado com a Legião de Honra da França. Honras de Desembargador [20.02.1875] Agraciado pela Princesa Isabel, Regente do Império, com o título nobiliárquico de Barão com honras de grandeza de Lucena, em 16.05.1888.

Casado com Zélia Sofia Carneiro Campelo, nascida por volta de 1843 e falecida em 07.07.1927, no Rio de Janeiro, RJ, com 84 anos de idade - baronesa com honras de Grandeza de Lucena, por seu casamento. Filha de José Carneiro Rodrigues Campelo e de Arcelina Xavier Rodrigues Campelo. Pais de:

I-1. Maria Anunciada de Lucena I-2. Antonia Angelina de Lucena, casada, com geração. I-3. Henrique Pereira de Lucena, doutor, casado, com geração. I-4. Maria Sofia de Lucena, freira. I-5. Arcelina de Lucena, freira. I-6. Maria Eliza de Lucena, casada. I-7. José Pereira de Lucena, oficial da Marinha de Guerra. Casado, com geração. I-8. Eugenio Pereira de Lucena, casado, com geração. I-9. Zélia Sofia de Lucena I-10. Elvira Hermínia de Lucena I-11. Alberto Pereira de Lucena, oficial da Marinha de Guerra. Casado, com geração. I-12. Maria de Jesus de Lucena, faleceu menina. I-13. Oscar Pereira de Lucena, nascido em 09.04.1886, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, quando seu pai ali exercia o cargo de Presidente da Província. Foi bat. a 09.05, sendo seu padrinho, o marechal de campo Manuel Deodoro da Fonseca, de quem foi Ministro interino da Justiça e da Agricultura; e, por madrinha, Mariana Cecília de Souza Meireles, esposa de Deodoro. I-14. Ester Noemia de Lucena, freira. I-15. Mário Pereira de Lucena, doutor, casado, com geração.

MINISTROS DA MARINHA

RESUMO Ministros da Marinha Período

Eduardo Wandenkolk 15.11.1889 a 22.01.1891 Fortunato Fóster Vidal 22.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro da Marinha

EDUARDO WANDENKOLK Chefe de Divisão

Período: 15.11.1889 a 22.01.1891

Nasceu em 29.06.1838, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 03.09.1902. Era irmão de José Eduardo Wandenkolk, Capitão de Mar e Guerra reformado, em 1870, que alguns confundem como sendo seu pai. Filho do almirante João Maria Wandenkolk (30.08.1803, Queluz, Portugal - 28.02.1874, Niterói, RJ), barão de Araguari no Brasil, e de (cas. 1828, Montevidéu, Uruguai), Gregória Martina Gomensoro (Montevidéu, Uruguai - 17.08.1877, Niterói, RJ), falecida um ano antes da concessão do título nobiliárquico.

Militar de carreira. Oficial da Marinha. Aspirante a Guarda Marinha – Assentou praça de aspirante a guarda-marinha em 01.03.1853. Guarda Marinha – Promovido a Guarda Marinha em 29.11.1855. 2.º Tenente – Promovido a 2.º Tenente em 11.06.1858. 1.º Tenente – Promovido a 1.º Tenente em 02.12.1862. Serviu em operações de guerra, em especial durante toda a campanha do Paraguai. Capitão Tenente – Promovido a Capitão Tenente em 12.04.1868. Capitão de Fragata – Promovido a Capitão de Fragata em 17.11.1875. Capitão de Mar e Guerra – Promovido a Capitão de Mar e Guerra em 01.12.1882. Chefe de Divisão – Promovido a Chefe de Divisão em 03.12.1887. Em 15.11.1889, foi Proclamada a República. O chefe de Divisão Eduardo Wandenkolk foi convidado para integrar o novo ministério, sendo nomeado 1.º Ministro da Marinha na República, de 15.11.1889 a 22.01.1891. Em 20.01.1891, todo o primeiro gabinete da República renunciou. Em 22 de janeiro houve reforma ministerial. Contra-almirante – Promovido a Contra-almirante em 30.12.1889. Vice-almirante – Promovido a Vice-almirante em 15.01.1890. 2.º Ministro da Guerra (interino), na República, de 12.03.1890 a 19.04.1890 (acumulando a função de Ministro da Marinha). Eleito Senador Constituinte pelo Distrito Federal, de 15.11.1890 a 31.01.1900. Em 31.03.1892, juntamente com outras 12 altas patentes do Exército e da Armada, em virtude do afastamento do presidente Deodoro, assinou o manifesto em que era pedida a imediata eleição do novo presidente da República. Reformado por decreto de 07.04.1892. Reverteu ao quadro ativo por ter sido revogado o decreto de 7 de abril, pelo decreto de 30.10.1895. Presidente do Clube Naval, de 11/06/1893 a 11/06/1894. Almirante graduado – Promovido a Almirante graduado em 25.11.1898. Almirante – Promovido a Almirante em 27.09.1899. Novamente Presidente do Clube Naval, de 11/06/1900 a 11/06/1901

2.º Ministro da Marinha

FORTUNATO FÓSTER VIDAL Contra-Almirante

Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

Nasceu em 1832, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 1915. Filho de Manuel Pantaleão Vidal e de Ana Foster.

2.º Tenente – Tinha a patente de 2.º Tenente em 1854. Serviu no brigue-escuna Fidelidade, entre 1855 e 1856. 1.º Tenente – Promovido a 1.º Tenente em 1858. Entre 1858 e 1861, serviu na corveta Imperial Marinheiro. Secretário e Ajudante de Ordens do Comando da Estação da Bahia, em 1863. Em 1864 servia no vapor Parnaíba.Em 1864, servia na Corveta Beberibe. Capitão-Tenente - Promovido a Capitão Tenente em 1865. Secretário da Divisão Naval do 2.º Distrito. Entre 1866-1867 encontrava-se no Rio da Prata. Capitão de Fragata – Promovido a Capitão de Fragata em 1869. Comandante do vapor Princeza, entre 1871 e 1873. Comandante do encouraçado Barroso, entre 1874 e 1875. Chefe do Estado Maior da força naval estacionada no Paraguai e Mato Grosso, em 1875-1876. Capitão de Mar e Guerra – Promovido a Capitão de Mar e Guerra em 1878. Comandante da Galeota Imperial em 1878. Comandante do 3.º Distrito Naval, entre 1880 e 1881. Chefe de Divisão - `Promovido a Chefe de Divisão em 1883. Inspetor Intendente do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro de 10/06/1889 a 02/05/1890. Oficial da Marinha. Diretor do Clube Naval de 11/06/1889 a 11/06/1890. Contra-Almirante - 2.º Ministro da Marinha, na República, de 22.01.1891 a 25.02.1891.

Cavaleiro da Ordem de Cristo. Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Oficial da Ordem da Rosa. Agraciado com medalha pelo combate da esquadra na passagem do Tonelero, na Guerra do Paraguai – fita azul. Agraciado com a Medalha de Paissandu, com fita azul ferrete e encarnada em partes iguais.

MINISTROS DA GUERRA

RESUMO Ministro da Guerra Período

Benjamin Constant Botelho de Magalhães 15.11.1889 a 12.03.1890 Eduardo Wandenkolk 12.03.1890 a 19.04.1890 Floriano Vieira Peixoto 19.04.1890 a 22.01.1891 Antônio Nicolau Falcão da Frota 22.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro da Guerra

BENJAMIN CONSTANT BOTELHO DE MAGALHÃES Tenente-Coronel

Período: 15.11.1889 a 12.03.1890.

Nasceu em 18.10.1836, no Porto do Meyer, freguesia de São Lourenço, em Niterói, estado do Rio de Janeiro, e faleceu em 22.01.1891, na rua que hoje tem seu nome, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do tenente do Exército português Leopoldo Henrique Botelho de Magalhães e de Bernardina Joaquina da Silva Guimarães, brasileira, do Rio Grande do Sul.

Seu pai, Leopoldo Henrique, se estabeleceu em Niterói, onde abriu um colégio de primeiras letras e Latim, transferindo-se para Macaé, onde batizou seu filho Benjamin Constant, em a 26.03.1837. A família se transferiu, posteriormente, para Magé, onde Benjamin Constant aprendeu a ler com o Vigário da freguesia. Em seguida, mudaram para Petrópolis, onde a família abriu uma padaria, instalando também um colégio. Com o falecimento repentino de seu pai, em 1849, continuou a estudar e, aos 13 anos de idade, conseguiu por intermédio do conselheiro Antonio Pinto, ser admitido nas aulas dos frades beneditinos

Benjamin Constant era quinto neto de Jerónimo (Botelho) Correa de Mendonça, Senhor do Morgado de seu pai em Vila Real, e de Leonor de Magalhães – casal fundador do duplo sobrenome Botelho de Magalhães.

Grande republicano, positivista, militar e matemático.

Praça – A 28.02.1852 inscreveu-se nos exames de admissão da Escola Militar. Aprovado, assentou praça voluntariamente no 1.º Regimento de Cavalaria Ligeira, em 01.04.1852, com destino à Escola. Reprovado em novembro, perdeu o ano. Cadete – Em 17.05.1852 era cadete de 2.ª classe. Bacharel em ciências físicas e matemáticas pela mesma Escola. Lente de Mecânica racional da Escola Militar. Em 03.1854, se matriculou no 2.º ano do curso de Infantaria e Cavalaria, sendo aprovado. Nesta época iniciou a carreira de magistério, como explicador de Matemáticas em alguns colégios do Rio de Janeiro e nas escolas Central, Militar e Naval. Alferes-aluno – Promovido a Alferes-aluno em 14.04.1855 Alferes – Promovido a Alferes em 02.12.1856. Passou para o Corpo de Estado Maior de 1.ª classe. Em 1858, concluiu o curso de Engenharia Militar na Escola de Aplicação do Exército. Em 01.1859 matriculou-se na então Escola Central. 1.º Tenente – Promovido a 1.º Tenente do Estado Maior em 02.12.1860. Em fins de 1861 passou a servir no Observatório Astronômico. No mesmo ano de 1860 recebia o grau de bacharel em Ciencias Físicas e Matemáticas pela Escola Central, antiga Escola Militar. Em 01.1861 matriculou-se no curso de Engenharia Civil. Em 11.1861 entrou, como praticante, no Observatório Astronômico, onde se conservou até 1866. Em 08.1862 foi nomeado lente de matemáticas do Instituto de Meninos Cegos. Foi nesta função que conheceu sua futura esposa, filha do diretor do referido Instituto. Capitão – Promovido a Capitão em 22.01.1866. A 25.08.1866 foi nomeado para servir no 1.º Corpo de Exército em operações contra o Paraguai, e a 02.09. partiu para Montevidéu. No campo, foi assistente do Quartel Mestre General junto à 1.ª Divisão do 1.º Corpo de Exército, sob o comando do general Argolo. Encarregado dos Depósitos de Material Bélico, em Itapirú, em 11.1866. A partir de 12.1866 passou a servir como engenheiro, sendo encarregado de construir trincheiras e baterias avançadas em Tuiuti.. Por motivo de doença – febres palustres – foi obrigado a licenciar-se em fins de 1867. Sua esposa foi buscá-lo no Paraguai, em um transporte de guerra. Em 05.1867 foi n omeado diretor do Instituto de Meninos Cegos. Na mesma ocasião voltou à atividade no Observatório Astronômico, para onde foi nomeado ajudante interino, em 06.1868, cargo que deixou em 07.1871. Em fevereiro do ano seguinte entrou para a Escola Militar como coadjuvante do curso superior. Em 1875 entrou para a Escola Politécnica para reger uma cadeira do curso de Ciencias Físicas e Matemáticas. Major – Promovido a Major em 22.07.1875, por merecimento. Primeiro Diretor da Escola Normal fundada em 03.1880, sendo exonerado em 1883, a pedido. Assumiu novamente esta diretoria, em 14.07.1884, à frente da qual ficou até 20.05.1885. Tenente-coronel graduardo – Promovido a Tenente-coronel graduado em 20.05.1888. Tenente Coronel – Promovido a Tenente-Coronel do Estado Maior de Primeira Classe em 15.12.1888. Nomeado Catedrático da Escola Superior de Guerra. Em 23.03.1889 foi nomeado lente c atedrático da Escola Superior de Guerra, sendo-lhe conferido o grau de doutor em Matemáticas e Ciencias Físicas. Em 24.07.1889 jubilou-se no magistério. Em 11.11.1889, às vésperas da Proclamação da República, reuniu-se em casa de Deodoro da Fonseca, com Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Aristides Lobo, Francisco Glicério e Solon. Em 15.11.1889 foi Proclamada a República e, fora o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, todo àquele grupo que havia se reunido na casa de Deodoro assumiu uma pasta no novo ministério. Benjamin Constant ficou à frente da pasta da Guerra até 12.03.1890. General de Brigada – Promovido a General de Brigada em 15.01.1890. Foi, ainda, o 1.º Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, pasta criada em 19.04.1890, que deixou, a seu pedido, pouco antes de falecer.

Diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, sócio fundador da Associação de Socorro à Invalidez, e da Escola Normal Superior. Um dos mais ardorosos instituidores do regime republicano, cujas idéias defendeu dentro dos moldes positivistas que mais tarde se tornaram em dogmas, com o apoio de numerosos adeptos.

Fundador da Associação de Socorros à Invalidez. Agraciado com a Medalha geral da Guerra do Paraguai. Oficial da Ordem da Rosa. Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz.

Casado em 16.04.1863¸ no Rio de Janeiro, com Maria Joaquina Bittencourt da Costa, nascida em 1848, em São Paulo, e falecido em 1921, no Rio de Janeiro, filha de Cláudio Luiz da Costa, diretor do Instituto de Meninos Cegos. Pais de:

I-1. Aldina Botelho de Magalhães, nascida em 1864, e falecida em 1938. Casada, com geração. I-2. Adozinda da Costa Botelho de Magalhães, nascida em 1866, e falecida em 1942. Casada, com geração. I-3. Bernardina Constant Botelho de Magalhães, nascida em 1873, e falecida em 1928. Casada, com geração.

2.º Ministro da Guerra (interino)

EDUARDO WANDENKOLK Vice-Almirante

Período: 12.03.1890 a 19.04.1890

Ver 1.º Ministro da Marinha

3.º Ministro da Guerra

FLORIANO VIEIRA PEIXOTO Marechal

Período: 19.04.1890 a 22.01.1891.

Nasceu em 30.04.1839, no engenho Riacho Grande, povoado de Ipioca (hoje, Floriano Peixoto), Maceió, província de Alagoas. Falecido em 29.06.1895, na fazenda Paraíso, Estação da Divisa (hoje, Floriano), Barra Mansa, estado do Rio de Janeiro, sepultado no cemitério de São João Batista, na cidade do Rio de Janeiro.

Filho de Manuel Vieira de Araújo e de sua mulher Dona Anna Joaquina de Albuquerque. Batizado a 10.05.1839 pelo Padre José Guedes Alcoforado, na Capela de Cachoeira do

Meirim, da Freguesia de Nossa Senhora do Ó e Santo Antônio do Meirim, tendo por padrinhos o Major José Vieira de Araújo Peixoto e sua mulher Dona Anna Vieira de Araújo.*

* Conforme transcrição do assento de batismo, emitida pelo Pe. Antônio Gomes Coêlho, integrante da documentação de Floriano Peixoto existente no Arquivo Histórico do Exército, caixa 70, pasta 174. No documento em que requer a transcrição do assento, o próprio Floriano declara ser filho de Manuel e Anna Joaquina. Pesquisa da associada CBG Cássia Carauta de Albuquerque, sobrinha-bisneta do Marechal.

Praça – Ingressou na carreira das armas em 1857, assentando praça, como voluntário, no 1.º Batalhão de Artilharia a Pé. Ingressou na escola Militar, onde tirou o curso de artilharia e bacharelou-se em matemáticas e ciências físicas. 2.º Tenente – Promovido a 2.º Tenente em 02.12.1861. 1.º Tenente – Promovido a 1.º Tenente em 30.12.1863. Neste posto marchou para a campanha do Paraguai, em 02.1865. Pouco depois foi n omeado para comandar uma esquadrilha no rio Uruguai, onde distinguiu-se com bravura. Capitão – Efetivado no posto de Capitão em 22.01.1866, e pouco depois foi agraciado com a Ordem de Cristo. de volta à Pátria, requereu a retirada do sobrenome, que até então, usara, de Vieira, passando a assinar simplesmente Floriano Peixoto. Major – Efetivado no posto de Major em 20.02.1869. Fez a Campanha da Cordilheira. Tenente-coronel – Promovido a Tenente-coronel em 09.04.1870. Exerceu o cargo de inspetor de fortificações e obras militares da fronteira de Mato Grosso, em 1870. Coronel – Promovido a Coronel em 18.04.1874, por merecimento. Diretor do Arsenal de Guerra de Pernambuco. Brigadeiro – Promovido a Brigadeiro em 03.01.1883. Presidente e comandante das armas de Mato Grosso, em 1884. Marechal de Campo – Promovido a Marechal de Campoem 06.06.1889. Em 15.11.1889, exercendo o cargo de Ajudante-General do Exército, foi Proclamada a República. Tenente-general – Promovido a Tenente-general em 30.01.1890. Marechal – O decreto de 15.04.1890 alterou as denominações dos postos do Corpo do Estado Maior General do Exército. Pela alteração adotada a denominação do posto de tenente-general foi mudada pela de marechal do Exército. O quadro do Estado Maior General do Exército ficou reduzido a 4 marechais, passando Floriano Peixoto a ser um deles.

Senador pelo Estado de Alagoas, em 1890. Conselheiro de Guerra, em 14.02.1891. Presidente do Senado de 1891 a 1894. Foi escolhido primeiro Vice-Presidente da República, após a constitucionalização do País, e, com a renuncia de Deodoro, a 23.11.1891, assumiu a presidência da República, à frente da qual permaneceu até 15.11.1894. Ministro do Supremo Tribunal Militar, em 22.07.1893

Oficial da Ordem de São Bento de Aviz. Cavaleiro da Ordem de Cristo, em atenção aos serviços prestados como comandante do vapor Uruguai, durante a invasão das forças paraguaias. Agraciado com a Medalha Geral da Companhia com passador n.º 5, com a da Retomada de Uruguai, e com a de Mérito com os passadores da Dezembrada e da Campanha das Cordilheiras, as da República Argentina e do Uruguai ao Exército Aliado

Casado em 11.05.1872, no engenho Itamaracá, termo de Murici, Alagoas, com sua prima Josina Vieira Peixoto, nascida em 09.08.1857, em Maceió, Alagoas, e falecida em 05.11.1911, no Rio de Janeiro, filha do coronel José Vieira de Araújo Peixoto e de sua segunda esposa Teresa da Rosa. Pais de:

I-1. Ana Peixoto, nascida em 01.04.1874, em Murici (freg. N.S. da Graça), Alagoas, e falecida em 02.10.1931, no Rio de Janeiro, à rua Ladislau Neto, número 19. Casada, com geração. I-2. José Peixoto, nascido em 04.01.1876, em Murici, Alagoas, onde faleceu em 1953. Casado, com geração. I-3. Floriano Peixoto Filho, nascido em 29.11.1880, no Recife, Pernambuco, e falecido em 04.07.1917, no Rio de Janeiro, na rua Lucídio Lago número 46, sepultado no cemitério de São João Batista. Casado, com geração. I-4. Maria Teresa Peixoto, nascida em 27.12.1881, em Jaraguá, Alagoas, e falecida, de parto, em 19.08.1915, no Rio de Janeiro, sepultada no cemitério de São João Batista.

Casada, com geração. I-5. José Floriano Peixoto, nascido em 05.08.1885, em Maceió, Alagoas. Casado, com geração. I-6. Maria Amalia Peixoto, nascida em 04.09.1887, em Maceió, Alagoas, e falecida, em 30.07.1949, no Rio de Janeiro, sepultada no cemitério de São João Batista. Casada, com geração. I-7. Maria Josina Peixoto, nascida em 14.04.1891, em Barbacena, Minas Gerais. Casada, sem geração. I-8. Maria Anunciada Peixoto, nascida em 03.06.1893, no Palácio Itamarati, Rio de Janeiro, ao tempo em que esse imóvel do Estado era a residência oficial do Presidente da República. Casada, com geração.

GENEALOGIA: Ver Revista Brasil Genealógico, Tomo I, N.º 2 - 1961, publicação do Colégio Brasileiro de Genealogia.

4.º Ministro da Guerra

ANTÔNIO NICOLÁO FALCÃO DA FROTA General de Divisão

Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

Nasceu em 10.09.1834, em Desterro (hoje Florianópolis), província de Santa Catarina, e faleceu em 21.03.1900, em Pelotas, Rio Grande do Sul, filho do Capitão de Mar e Guerra José Falcão da Frota, oficial da marinha que veio de Portugal, e de Tomázia Vemos.

Praça – Sentou Praça a 18.10.1850, requerendo matrícula na Escola Militar, mas ainda como cadete teve que seguir para a campanha do sul, contra Rosas, batendo-se em Monte Caseros. Entrou para a Escola Militar de Porto Alegre, passando depois para a Escola Militar do Rio de Janeiro. Alferes-aluno – Alferes-aluno a 14.04.1855, do 3.º Regimento do Corpo de Artilharia. Alferes – Promovido a Alferes a 02.12.1856. Tenente – Promovido a Tenente a 02.12.1861. Fez a campanha do Paraguai. Caspitão – Promovido a Capitão a 01.06.1867. Major – Promovido a Major, por atos de bravura, a 20.02.1869. Tenente-coronel – Promovido a Tenente-coronel a 05.07.1871. Coronel – Promovido a Coronel a 22.06.1875. Brigadeiro – Graduado no posto de brigadeiro, em 15.05.1886. Foi efetivado em 18.08.1888. Em 15.11.1889 foi proclamada a República.

Marechal de-campo – Promovido a Marechal-de-campo a 30.01.1890. General de-divisão – Promovido a General de Divisão a 19.04.1890. Com esta patente tornou-se o 4.º Ministro da Guerra, de 22.01.1891 a 25.02.1891. Foi o último ministro da Guerra do governo provisório e o primeiro do governo constitucional da República.

Irmão do Marechal Júlio Anacleto Falcão da Frota [1836-1909], Senador e Presidente de Estado do Rio Grande do Sul - 11.02.1890 a 06.05.1890.

Casado com N.... Pais de:

I-1. Lavinia Falcão da Frota, nascida no Rio de Janeiro.

MINISTROS DOS ESTRANGEIROS

RESUMO Ministro dos Estrangeiros Período

Quintino Antônio Ferreira de Sousa 15.11.1889 a 23.01.1891 Joaquim Tomaz do Amaral 17.01.1890 a 22.02.1890 Eduardo Wandenkolk 22.02.1890 a 15.05.1890 Tristão de Alencar Araripe 23.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro dos Estrangeiros

QUINTINO ANTÔNIO FERREIRA DE SOUSA (Quintino Bocayuva)

Período: 15.11.1889 a 17.01.1891 e 13.05.1890 a 23.01.1891

Quintino Antonio Ferreira de Souza, nascido em 04.12.1836, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 11.07.1912, em sua residência - sepultado no Cemitério de Jacarepaguá. Filho de Quintino Ferreira de Souza e de Maria Candelária Moreno y Alagon. A família, após a proclamação da Independência, em 1822, adotou o apelido Bocayuva, que vem do tupi "mbokaya'ub", nome da palmeira Acrocomia sclerocarpa.

O «príncipe do jornalismo brasileiro». Jornalista. Escritor. Líder político. Órfão, desde cedo dedicou-se às letras e ao jornalismo. Freqüentou o curso de humanidades, anexo à faculdade de direito de São Paulo, mas, não podendo suportar a disciplina oficial nem limites de estudos convencionais, deixou esse curso e os da faculdade. Um dos principais integrantes da campanha republicana.

Na República, foi o primeiro Ministro das Relações Exteriores, de 15.11.1889 a 17.01.1890 e de 13.05.1890 a 23.01.1891. Entre 17.01. e 13.05., foi substituído por dois Ministros interinos. Foi, ainda, interinamente, Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Em 20.01.1891, todo o primeiro gabinete da República renunciou. Em 22 de janeiro houve reforma ministerial.

Ministro Plenipotenciário, em Missão especial na Argentina. Durante sua Missão na Argentina, assinou a 25 de Janeiro de 1890, em Montevidéu, juntamente com o 2º Plenipotenciário do Brasil, o barão de Alencar, um Tratado dividindo entre os dois Países o território em litígio limitado pelos rios Uruguai, Iguaçu, Jangada, Chapecó, Santo Antônio e Pepiry Guaçu, território que a Argentina considerava dependência do de Missiones. Este tratado foi assinado com o Ministro das Relações Exteriores da Argentina, Dr. Estanilau Zebalos, e com o 2º Plenipotenciário da mesma República, Enrique Moreno.

Senador à Constituinte [1890]. Foi eleito senador pelo estado do Rio de Janeiro para a Constituinte Federal de 1891, onde permaneceu até o ano de 1900, quando renunciou ao cargo para assumir a administração do estado. Presidente do Estado do Rio de Janeiro de 31.12.1900 a 30.12.1903. Novamente Senador pelo Rio de Janeiro, em 1904. Vice-Presidente do Senado, de 1909 a 1912, e, nesta qualidade, Presidente do Congresso Nacional, em 1909. General de Brigada honorário.

Deixou geração dos seus dois casamentos: o primeiro, a 01.12.1860, no Estado do Rio de Janeiro, na Ermida da fazenda da Cachoeira, Alto de Sant’Ana, em Paraíba do Sul, com Luiza Amélia de Almeida Costa, nascida em 1830, em Salvador, Baia, e falecida em 01.06.1885, no Rio de Janeiro, RJ, filha de Antônio Joaquim Rodrigues da Costa e de Francisca Joana de Almeida Torres; e a segunda, em 1892, com Ana Bianca Rossi, nascida em 1861, em Torino, Itália, e falecida em 15.02.1920, em Pindamonhangaba, SP, filha de Giulo Cesare Rossi e de Rosa Tatti. Pais de (1.º matrimônio):

I-1. Josefina Bocayuva, nascida em 17.09.1861. I-2. Quintino Bocayuva Filho, nascido em 03.01.1864. Casado, com geração I-3. Maria Emerita Bocayuva, nascida em 24.04.1865. Casada, com geração I-4. Felix de Souza Bocayuva, nascido em 10.09.1866. Casado, com geração I-5. Helena Bocayuva, nascida em 10.05.1868. Casada, com geração I-6. Maria Amélia Bocayuva, nascida em 18.03.1872. Casada, com geração I-7. Agenor Bocayuva, nascido em 1883.

(2.º matrimônio):

I-8. Evangelina Bocayuva, nascida em 18.04.1893. I-9. Everardo Bocayuva, nascido em 15.08.1894. I-10. Ada Bocayuva, nascida em 03.10.1897. Casada, com geração I-11. Rosa Bianca Bocayuva, nascida em 20.12.1899. Casada, com geração I-12. Waldemar Bocayuva, nascido em 30.10.1901. I-13. Oswaldo Bocayuva, nascido em 03.07.1904. I-14. Cora Bocayuva, nascida em 25.08.1905. Casada, com geração I-15. Edgard Bocayuva, nascido em 21.06.1907.

INTERINOS NA PASTA DOS ESTRANGEIROS:

2.º Ministro dos Estrangeiros (interino)

JOAQUIM THOMAZ DO AMARAL (Visconde de Cabo Frio)

Período: 17.01.1890 a 22.02.1890.

Nasceu em 16.08.1818, no Rio de Janeiro, RJ, onde faleceu em 15.01.1907. Filho do Major graduado do Real Corpo de Engenheiros, Antônio José do Amaral [1782-1840], e de Maria Benedicta Carneiro da Silva [1788-1851].

Conselheiro, Comendador e Diplomata.

Nomeado Comissário arbitro da comissão mista brasileira e inglesa, em Serra Leoa, a 14.10.1840; mandado empregar com uma gratificação na legação que segue à Grã-Bretanha a 04.10.1842; nomeado Adido de 1ª Classe na Grã-Bretanha, a 17.07.1845; nesta ocasião, serviu como encarregado de negócios interino de 15.03.1850 a 01.06.1851; promovido a Secretário na Grã-Bretanha a 11.11.1851; promovido a Secretário na França a 14.08.1854; promovido a 25.02.1855, a Encarregado de negócios em Buenos Aires, então Estado Argentino separado da Confederação desde 1852 até 1861 - nesta ocasião foi acreditado, também, junto ao Governo da Confederação Argentina, em ; removido para a República O. do Uruguai a 26.09.1856; promovido a Ministro Residente em missão especial, no Paraguai a 09.12.1858; Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário do Brasil, em missão especial na Confederação Argentina, por Decreto de 20.12.1867.

Diretor geral da secretaria dos negócios exteriores. Pouco depois da Proclamação da República, assumiu interinamente o Ministério dos Estrangeiros, de 17.01.1890 a 22.02.1890.

Comendador da Ordem da Rosa. Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, de Portugal. Comendador da ordem sueca da Estrela Polar. Cavaleiro da Legião de Honra. Grã-cruz das ordem belga de São Leopoldo. Grã-cruz das ordem espanhola de Isabel A Católica. Grã-cruz das ordem prussiana da Coroa. Grã-cruz das ordem da Coroa da Itália. Cavaleiro da Imperial Ordem do Duplo Dragão da China. Conselheiro do Imperador. Agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão (2.º) de Cabo Frio [Dec. 02.05.1874], elevado ao título de Visconde (2.º) de Cabo Frio [Dec. 02.05.1889].

Solteiro.

3.º Ministro dos Estrangeiros (interino)

EDUARDO WANDENKOLK Vice-Almirante

Período: 22.02.1890 a 15.05.1890.

Ver 1.º Ministro da Marinha

4.º Ministro dos Estrangeiros (interino)

TRISTÃO DE ALENCAR ARARIPE Período: 23.01.1891 a 25.02.1891.

Tristão de Alencar Araripe, nasceu em 07.10.1821, em Icó, província do Ceará, e falecido em 03.07.1908, no Rio de Janeiro, RJ, sendo sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Filho do Coronel Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, presidente da Confederação da República do Equador, e de Ana Porcina Ferreira de Lima ou Ana Triste - como passou a ser chamada após a morte de seu esposo.

Escritor, jurista, magistrado e estadista. Órfão de pais aos 3 anos de idade, estudou o curso de humanidades em sua província natal e no Seminário de São José no Rio de Janeiro.

Iniciou o curso de Direito na Faculdade de Olinda, que freqüentou durante dois anos, e terminou na Faculdade de São Paulo, onde recebeu o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 0411.1845.

Nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do termo da comarca de Fortaleza e vila de Aquiraz, por decreto de 12.03.1847. Oficial da Secretaria da Fazenda, em 1852. Juiz de Direito da comarca de Bragança, no Pará, por decreto de 01.02.1854; Chefe de Polícia do Espírito Santo, por decreto de 22.03.1856, sendo removido para a província de Pernambuco, no mesmo cargo de Chefe de Polícia, por decreto de 01.02.1858. Havendo pedido demissão, o Governo designou a Vara Especial do Comércio da cidade do Recife, em 1861, a fim de ter exercício do seu cargo.

Nomeado Desembargador da Relação da Bahia, por decreto de 23.03.1870. Por aviso de 06.10.1870, do Ministro da Justiça, em nome do Imperador, determinou-se que tivesse exercício na Relação da Corte. Foi removido dessa Relação para a de São Paulo, por decreto de 06.11.1873, e nomeado Presidente da mesma, em decreto do dia seguinte.

Nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça por decreto de 27.11.1886; tomou posse a 1º de dezembro do mesmo ano. Com a organização do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado Ministro desse tribunal, por decreto de 12.11.1890, havendo tomado posse em 28.02.1891. Foi aposentado por decreto de 25.01.1892.

No período republicano, convidado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, aceitou a pasta da Fazenda, exercendo-a de 22.01.1891 a 25.02.1891. Acumulou esta funão com a de Ministro de Estado dos Exteriores, que serviu interinamente de 23.01.1891 a 25.02.1891.

Em 1847, foi eleito Deputado à Assembléia Legislativa da província do Ceará, de que foi Presidente. Deputado à Assembléia Geral pelo Ceará, em quatro legislaturas, respectivamente: 14ª - de 11.05.1869 a 22.05.1872, 15ª - de 21.12.1872 a 10.09.1875, 16ª - de 01.02.1877 a 14.10.1877, e 20ª - de 03.05.1886 a 17.06.1889. Presidente da Província do Rio Grande do Sul, nomeado em 28.02.1876, posse a 04.07.1876, e exonerado por decreto de 28.05.1877. Presidente da Província do Pará, nomeado po decreto de 30.08.1885, posse em 05.10.1885, e foi exonerado por decreto de 16.03.1886.

Conselheiro do Império por decreto de 24.01.1874. Oficial da Ordem da Rosa. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e da Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro.

Casado com sua prima Argentina Franclin de Alencar Lima, filha de João Franklin de Lima e de Maria Brasilina de Alencar. Pais de:

I-1. Tristão de Alencar Araripe Júnior, nascido em 27.06.1848, em Fortaleza, Ceará, e falecido em 29.10.1911, no Rio de Janeiro. Consultor Geral da República, em Fortaleza, Ceará. Casado, com geração. I-2. Artur de Alencar Araripe, nascido por volta de 1850, e falecido em 25.07.1918, no Rio de Janeiro – Doutor. Engenheiro Ferroviário. Casado, com geração. I-3. Argentina de Alencar Araripe, nascida por volta de 1851. Casada, com geração. I-4. Desidéria de Alencar Araripe, casada. I-5. Ana de Alencar Araripe, Senhorinha. I-6. Maria de Alencar Araripe I-7. José de Alencar Araripe I-8. Argentina de Alencar Araripe, casada, com geração.

• MINISTROS DA FAZENDA

RESUMO Ministro da Fazenda Período

Ruy Barbosa 15.11.1889 a 21.01.1891 Tristão de Alencar Araripe 22.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro da Fazenda

RUY BARBOSA Período: 15.11.1889 a 21.01.1891

Dr. Ruy Barbosa de Oliveira - Jurisconsulto e político brasileiro. Diplomata. Polemista, orador parlamentar, filólogo e escritor. Nasceu em 05.11.1849, na rua dos Capitães, hoje rua Rui Barbosa, freguesia da Sé, na cidade do Salvador, província da Bahia, e faleceu em 01.03.1923, em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, filho do doutor João José Barbosa de Oliveira e de Maria Adélia Barbosa de Almeida. Por via da consangüinidade de seus pais, era bisneto (por pai) e terceiro neto (por mãe), ao mesmo tempo, do Sargento-Mor Antônio Barbosa de Oliveira, patriarca da família Oliveira Barbosa, da Bahia.

Fez seus primeiros estudos com o professor Antônio Gentil Ibirapitanga. Em 1861 estudava no Ginásio Baiano de Abílio César Borges, futuro Barão de Macaúbas. Concluiu o curso ginasial em 1864, porém, sem idade para entrar na Universidade, dedicou-se ao estudo do alemão. Em 1865 ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Algum tempo depois deixou esta Faculdade por uma injustiça de lentes, e acabou bacharelando-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, na turma de 1870.

Em 1871 começa a advogar e estréia no júri. Em 1873 assume a direção do Diário da Bahia.

Deputado Provincial da Bahia, eleito em 1876. Participou da elaboração da Reforma Eleitoral Saraiva. Ainda na monarquia, foi Deputado à Assembléia Geral pela Bahia, nas 17.ª e 18.ª legislaturas, respectivamente: de 15.12.1878 a 10.01.1881 e 17.01.1882 a 03.09.1884]. Como Deputado Geral, destacou-se na discussão sobre as eleições diretas [1881] e nos pareceres sobre a reforma do ensino [1882-1883]. Em 1881 promove a Reforma Geral do Ensino.

Defensor do federalismo. Em 09.06.1889, próximo do fim da monarquia, recusa o convite para integrar o Gabinete Ouro Preto - "Não posso ser membro de um Ministério que não tome por primeira reforma a Federação." Em 11.11.1889, às vésperas da Proclamação da República, reuniu-se em casa de Deodoro da Fonseca, com Quintino Bocaiúva, Botelho de Magalhães, Aristides Lobo, Francisco Glicério e Solon. Em 15.11.1889 foi Proclamada a República e, fora o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, todo àquele grupo que havia se reunido na casa de Deodoro assumiu uma pasta no novo ministério. Rui Barbosa saiu escolhido Ministro da Fazenda do Governo Provisório, pasta que exerceu de 15.11.1889 a 21.01.1891, acumulada com a pasta da Justiça, que assumiu interinamente, por três dias,

de 15.11.1889 a 18.11.1889, quando a assumiu Campos Sales. Ainda, em 15.11.1889, Barbosa redige o primeiro decreto do governo provisório.

Nomeado Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório da República, em 1891. Senador da República, pela Bahia, em quatro mandatos, o primeiro, de 1890 a 1892, tendo assinado a Constituição de 1891; e, o segundo, de 1892 a 1897

Em 09.1893, com o estopim da Revolta da Armada - movimento de rebelião promovido por unidades da Marinha do Brasil contra o governo do marechal Floriano Peixoto - refugia-se na Legação do Chile. Sob ameaça de morte, exila-se em Buenos Aires e, depois, em Lisboa e Londres, onde já se encontrava em 1895.

Em 1897 recusa convite feito por Manuel Vitorino, então vice-presidente do governo de Prudente de Morais para ser Ministro Plenipotenciário do Brasil na questão da Guiana. Elege-se novamente Senador da República, pela Bahia, no seu terceiro mandato, de 1906 a 1915. Vice-Presidente do Senado [1906-1909], e, nesta qualidade, Presidente do Congresso Nacional [1906].

Embaixador do Brasil na 2.ª Conferência da Paz em Haia, em 1907, onde consagrou-se mundialmente. A partir de 1908, e até 1910, inicia a Campanha Civilista. Candidato à Presidência da República [1905, 1913 e 1919]. Senador pela Bahia, no seu quarto mandato, de 1915 a 1921. Embaixador do Brasil nas festas do centenário da Argentina [1916]. Ministro da Corte Suprema de Justiça Internacional e do Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia. Representante do Brasil no I Conferência do Congresso de Tucumán, Argentina [1916].

No regime monárquico, foi conselheiro do Imperador. Tem as honras de general de brigada. Sócio vitalício do Imperial Instituto de Londres. Sucessor de Machado de Assis, na Academia Brasileira de Letras [1908], que presidiu até 1919.

Perpetuou em seus descendentes o seu nome de batismo, Rui, unido ao seu nome de família, Barbosa, originando-se, daí, a família Rui Barbosa. Deixou descendência de seu cas., em 1876, na Bahia, com Maria Augusta Viana Bandeira [1855, Salvador, BA - 1948, RJ], filha de Alfredo Ferreira Viana e de Maria Luisa Viana, patriarcas da família Ferreira Viana Bandeira, da Bahia. Pais de:

I-1. Alfredo Ruy Barbosa, nascido em 1879, e falecido em 1939. oficial da Marinha, bacharel em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro, e deputado federal pela Bahia. Casado, com geração. I-2. Maria Adelia Ruy Barbosa, casada, com geração. I-3. Francisca Ruy Barbosa, casada, com geração. I-4. João Ruy Barbosa, diplomata, bacharel em direirto pela Universidade do Rio de Janeiro. Conselheiro de embaixada. Casado, com geração. I-5. Maria Luiza Vitória Ruy Barbosa, nascida em Londres, Inglaterra. Casada, com geração.

2.º Ministro da Fazenda TRISTÃO DE ALENCAR ARARIPE Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

Ver 4.º Ministro dos Estrangeiros

• MINISTROS DO INTERIOR

RESUMO Ministro do Interior Período

Aristides da Silveira Lobo 15.11.1889 a 10.02.1890 José Cesário de Faria Alvim Filho 10.02.1890 a 22.01.1891

1.º Ministro do Interior

ARISTIDES DA SILVEIRA LOBO Período: 15.11.1889 a 10.02.1890

Nascido em 12.02.1838, no Engenho Tabocas, município de Cruz do Espírito Santo, província da Paraíba, e falecido em 27.03.1896, Barbacena, estado de Minas Gerais. Filho de Manuel Lobo de Miranda Henriques e de Ana Norberta da Silveira, filha do Tenente Coronel Francisco José da Silveira, um dos mártires paraibanos da Revolução de 1817.

Advogado, jornalista e servidor público. Maçon. Passou a infância em Alagoas, onde estudou e iniciou a sua vida pública. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, Pernambuco, em 1859.

No regime monárquico, foi eleito Deputado à Assembléia Geral por Alagoas, pelo partido liberal, a que se filiara, nas 12.ª e 13.ª legislaturas, respectivamente: de 01.01.1864 a 16.09.1866 e 22.05.1867 a 20.07.1868. Durante parte da sua vida parlamentar, ocupou o lugar de Promotor Público da Corte. Dissolvido em 1868 o parlamento participou do grupo

de liberais que se declararam republicanos, e foi um dos signatários do manifesto de 1870. Neste último ano assumiu a redação da República, propriedade do Clube Republicano. Por suas tendências republicanas não foi nomeado presidente de Pernambuco.

Em 11.11.1889, às vésperas da Proclamação da República, reuniu-se em casa de Deodoro da Fonseca, com Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Botelho de Magalhães, Francisco Glicério e Solon. Em 15.11.1889 foi Proclamada a República e, fora o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, todo àquele grupo que havia se reunido na casa de Deodoro assumiu uma pasta no novo ministério. Aristides Lobo ficou à frente da pasta do Interior até 10.02.1890.

Deputado Federal à Constituinte, de 1891 a 1893. Senador Federal de 1892 a 1896.

Dirigiu os jornais: A República, O Republicano, O Íris Acadêmico e O Diário Popular, de São Paulo.

2.º Ministro do Interior

JOSÉ CESÁRIO DE FARIA ALVIM FILHO Período: 10.02.1890 a 22.01.1891

Nascido em 07.06.1839, no Sítio Pinheiro, então Município de Mariana, depois distrito de Pinheiros Altos que, em 1868 passou a pertencer ao Município de Piranga, província de Minas Gerais, e falecido em 03.12.1903, no Rio de Janeiro, RJ, na rua Cosme Velho número 49-A – sepultado no cemitério de São João Batista. Filho do tenente-Coronel de Milícias José Cesário de Faria Alvim e de Teresa Januária Carneiro.

Administrador, jornalista e Servidor Público. Estudo secundário no Colégio do Cônego Roussin. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1862. No último ano de academia, aderiu ao Partido Liberal, que só viria a abandonar nas vésperas da instauração do regime republicano. Depois de formado, passou a advogar em Ouro Preto, onde também exerceu o cargo de secretário de Repartição de Polícia.

Foi eleito deputado à Assembléia Provincial por Minas Gerais, nos biênios 1864-1865 e 1866-1867. Em 1868 fundou no Rio de Janeiro, juntamente com Afonso Celso, o diário “A Reforma”. Deputado à Assembléia Geral Legislativa, por Minas Gerais, nas 13.º, 16.º, 17.º e 20.º legislaturas, respectivamente: 22.05.1867 a 20.07.1868, 01.02.1877 a 14.10.1877,

a 15.12.1878 a 10.05.1881, e 03.05.1886 a 17.06.1889. Presidente da Província do Rio de Janeiro, de 18.08.1884 a 25.08.1886.

Foi o primeiro Governador do Estado de Minas Gerais, tendo sido nomeado para o cargo, pelo Marechal Deodoro da Fonseca, em 15.11.1889, dia da Proclamação da República. Desempenhou o cargo de 25.11.1889 a 10.02.1890. Deixou o governo de Minas para aceitar o convite de Deodoro da Fonseca para ocupar o Ministério do Interior, que exerceu de 10.02.1890 a 22.01.1891. Em 20.01.1891, todo o primeiro gabinete da República renunciou. Em 22 de janeiro houve reforma ministerial.

Em setembro de 1890 foi eleito senador por Minas para o Congresso Constituinte Federal e para a primeira legislatura ordinária (1890-1893). Em 15.06.1891, renunciou à cadeira do senado, por ter sido eleito pelo Congresso Legislativo Mineiro primeiro Presidente Constitucional do Estado para o período de 1891-1894; porém renunciou em 02.1892.

Prefeito do Distrito Federal (então no Rio de Janeiro), de 31.12.1898 a 23.05.1899, tendo sido nomeado pelo presidente Campos Sales. Presidente do Lloyd Brasileiro e da Companhia Oeste de Minas, depois Viação Férrea Centro-Oeste.

Casado em 19.09.1868, no Rio de Janeiro, com Amélia Calado de Miranda, nascida em 22.08.1851, no Rio de Janeiro (Glória), e falecida em 30.04.1899, em Petrópolis - Rio de Janeiro. Acionista do Banco do Brasil em 1886, residente no Rio de Janeiro, com 100 ações. Filha de Francisco Teixeira de Miranda e de Amélia Salerma Calado – patriarcas da família Calado de Miranda. Pais de:

I-1. José Cesário de Faria Alvim Filho, engenheiro, casado. I-2. Guiomar Cesário de Faria Alvim, nascida em 26.07.1869, no Rio de Janeiro. Casado. I-3. Alvaro Cesário de Faria Alvim, nascido em 11.02.1873, no Rio de Janeiro (Glória). I-4. Silvia de Miranda Faria Alvim, nascido em 22.12.1876, no Rio de Janeiro (Glória), onde faleceu em 24.11.1918. Casada, com geração. I-5. Vitor Cesário de Faria Alvim, nascido em 03.08.1878, no Rio de Janeiro (Glória), onde faleceu em 26.06.1911 - sepultado no cemitério de São João Batista I-6. Francisco Cesário de Faria Alvim, nascido em 15.04.1880, no Rio de Janeiro (Glória), e faleceu em 06.04.1946, em Lisboa - Portugal - Advogado. Juiz de 1.ª Instância. Juiz de Direito e Desembargador no Rio de Janeiro (RJ). Casado, com geração. I-7. Ida Cesário Alvim, falecida em 18.09.1952. I-8. Mário Cesário Alvim, nascido em 26.03.1883, no Rio de Janeiro (Glória), onde faleceu em 17.12.1901. I-9. Décio Cesário Alvim, nascido em 1884, em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, e falecido em 21.06.1949. Magistrado, Procurador da Fazenda. Casado. I-10. Maria Elsa Cesário Alvim, falecida cerca de 1962. Casada.

3.º Ministro do Interior (cumulativamente com a pasta da Fazenda)

TRISTÃO DE ALENCAR ARARIPE Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

Ver 4.º Ministro dos Estrangeiros

• MINISTROS DA AGRICULTURA, COMÉRCIO E OBRAS PÚBLICAS

O Ministério da Agricultura foi criado no Império, pelo Decreto nº 1.067, de 28-7-1860, do Imperador Dom Pedro II, então denominado de Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

RESUMO Ministro da Agricultura, Com., O.P Período

Quintino Bocayuva 15.11.1889 a 07.12.1889 Demétrio Nunes Ribeiro 07.12.1889 a 31.01.1890

1.º Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

QUINTINO ANTÔNIO FERREIRA DE SOUSA (Quintino Bocayuva)

Período: 15.11.1889 a 07.12.1889

ver 1.º Ministro dos Estrangeiros

2.º Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

DEMÉTRIO NUNES RIBEIRO Período: 07.12.1889 a 31.01.1890

Nascido em 1850, no Rio Grande do Sul, e falecido em 1933, no Rio de Janeiro.

Professor, republicano. Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, na turma de 1877.

Engenheiro auxiliar das linhas telegráficas do Rio Grande do Sul e depois como engenheiro da Estrada de Ferro que liga Porto Alegre a Uruguaiana. Tendo aderido aos ideais republicanos, fundou o Clube Republicano de Porto Alegre. Depois de proclamada a república fez parte do governo provisório, ocupando a pasta da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, de 07.12.1889 a 31.01.1890.

Exerceu o mandato de Deputado Federal sendo Constituinte de 1891. A convite do presidente Epitácio Pessoa representou o Brasil, como chefe de delegação, na Confederação Internacional de Comunicações e Transportes, realizada na cidade de Bruxelas, em 1921.

Casado, com geração. Pai de Basileu Ribeiro que, do seu casamento com Madeleine Thomas Taillade, foi pai de Demetrio Ribeiro Neto [1916-2003], formado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade da República Oriental do Uruguai.

3.º Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

FRANCISCO GLYCÉRIO DE CERQUEIRA LEITE (General Glycério)

Período: 31.01.1890 a 22.01.1891 Em 20.01.1891, todo o primeiro gabinete da República renunciou. Em 22 de janeiro houve

reforma ministerial.

ver 3.º Ministro da Justiça (interino)

4.º Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

HENRIQUE PEREIRA DE LUCENA (Barão de Lucena - cumulativamente) Período: 22.01.1891 a 25.02.1891

ver 4.º Ministro da Justiça (interino)

• MINISTROS DA INSTRUÇÃO PÚBLICA, CORREIOS E TELÉGRAFOS

Criado a 19.04.1890.

RESUMO Ministro da Instrução Pública Período

Benjamin Constant Botelho de Magalhães 19.04.1890 a 20.01.1891 João Barbalho Uchôa Cavalcânti 21.01.1891 a 25.02.1891

1.º Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos

BENJAMIN CONSTANT BOTELHO DE MAGALHÃES (Tenente-Coronel)

Período: 19.04.1890 a 20.01.1891

ver 1.º Ministro da Guerra

2.º Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos

JOÃO BARBALHO UCHÔA CAVALCÂNTI (interinamente)

Período: 21.01.1891 a 25.02.1891

Nasceu em 13.06.1846, na casa-grande do engenho Coelhas, em Serinhaém, província de Pernambuco, e faleceu em 31.10.1909, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista. Filho do Senador do Império Dr. Alvaro Barbalho Uchôa Cavalcanti e D. Ana Maurício Wanderlei Cavalcanti.

Advogado, Jornalista, Servidor Público e Magistrado. Fez seus estudos preparatórios no Ginásio Pernambucano e, aos 11 anos, foi classificado como “estudante digníssimo”. No 2.º ano recebeu o primeiro prêmio das mãos do imperador D.Pedro II, então de passagem por Pernambuco. Estudou, ainda, no Colégio das Artes. Matriculou-se, em 1863, na Faculdade de Direito do Recife, recebendo o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1867. Dedicou-se à advocacia forense e aos estudos de Direito, entre 1868 e 1872. Nomeado Promotor Público do Recife, em 1872. Foi Curador-Geral de Órfãos. Na presidência do Barão de Lucena, foi nomeado Diretor-Geral da Instrução Pública da província de Pernambuco, em 1873, cargo que exerceu até 1889.

Deputado à Assembléia Provincial de Pernambuco, na legislatura 1874-1875, acumulando este mandato com o cargo de Diretor da Instrução.

Deixando a Diretoria de Instrução em 1889, dedicou-se ao jornalismo, fundando a Tribuna, onde defendia a causa da abolição da escravidão no Brasil. Eleito Deputado ao Congresso Constituinte em 1890.

Ministro da Instrução Pública, pasta que ocupou de 21.01.1891 a 25.02.1891.

Eleito Senador Federal em 18.12.1892, tomou assento a 06.03.1893, havendo exercido as funções de 1º Secretário do Senado.

Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, pelo decreto de 18.01.1897, tomou posse a 20.01.. Foi aposentado, por decreto de 16.04.1906, com vencimentos integrais em vista do Decreto Legislativo nº 1.407, de 8 de novembro anterior.

Nota: Imagem da página: http:// www. stf. gov. br/ institucional/ ministros/ republica. asp? cod_min =35

Casado por volta de 1879, com D. Idalina Regueira Costa, filha do desembargador José Nicolau Regueira Costa e de Josefa de Menezes Vasconcelos Drummond – descendentes de família de povoadores da cidade do Rio de Janeiro, no século XVI. Pais de:

I-1. Maurício João Barbalho Uchôa Cavalcanti, casado, com geração. I-2. Ida Barbalho Uchôa Cavalcanti, casada, com geração. I-3. Lina Barbalho Uchôa Cavalcanti, nascida em 17.11.1883, no Recife – Pernambuco, e falecida em 12.04.1945, no Rio de Janeiro. Casada, com geração. I-4. Eduardo Barbalho Uchôa Cavalcanti, faleceu solteiro. I-5. Frederico Barbalho Uchôa Cavalcanti, engenheiro Civil, formado na Escola Politécnica, turma de 1903 I-6. Idalina Barbalho Uchôa Cavalcanti, casada, com geração.

ÍNDICE POR NOME PRÓPRIO Antônio Nicoláo Falcão da Frota, General de-Divisão - Florianópolis-SC, 1834 - Pelotas-RS, 1900. Aristides da Silveira Lobo (Nome de guerra: Aristides Lobo) - Mamanguape - PB, 1838 - Barbacena - MG, 1896. Benjamin Constant Botelho de Magalhães (Nome de guerra: Benjamin Constant), Tenente-Coronel - Niterói - RJ, 1836 - Rio de Janeiro, RJ, 1891. Demétrio Nunes Ribeiro (Demétrio Ribeiro) - Rio Grande do Sul, 1850 - Rio de Janeiro (DF) - RJ, 1933. Eduardo Wandenkolk, Vice-Almirante - Rio de Janeiro, RJ, 1838 - Rio de Janeiro, RJ, 1902. Floriano Vieira Peixoto (Nome de guerra: Floriano Peixoto), Marechal - Ipioca (Floriano Peixoto) Maceió - AL, 1839 - Divisa (Floriano) Barra Mansa - RJ, 1885. Fortunato Fóster Vidal, Contra-Almirante, Rio de Janeiro, RJ, 1832 - Rio de Janeiro, RJ, 1915. Francisco Glycério de Cerqueira Leite (Nome de guerra: General Glycério), General - Campinas-SP, 1846 - Rio de Janeiro, RJ, 1916 Henrique Pereira de Lucena (Barão de Lucena), Ministro do Supremo - Bom Jardim-PE, 1835 - Rio de Janeiro, RJ, 1913 - Período: 22.01.1891 a 25.02.1891 João Barbalho Uchôa Cavalcânti (Nome de guerra: João Barbalho), Deputado - Serinhaém-PE, 1846 - Rio de Janeiro, RJ, 1909. Joaquim Thomaz do Amaral, (Visconde de Cabo Frio), Diplomata - Rio de Janeiro (DF)- RJ, 1818 - Rio de Janeiro (DF)- RJ, 1907 José Cesário de Faria Alvim (Nome de guerra: Cesário Alvim), Presidente de Província - Piranga - MG, 1839 - Rio de Janeiro (DF) - RJ, 1903. Manoel Ferraz de Campos Salles (Nome de guerra: Campos Sales), Senador - Campinas-SP, 1841 - guarujá (Santos)-SP, 1913. Quintino Antônio Ferreira de Sousa (Nome de guerra: Quintino Bocayuva) - Rio de Janeiro, RJ, 1836 - Rio de Janeiro, RJ, 1912. Ruy Barbosa de Oliveira (Nome de guerra: Ruy Barbosa), deputado - Salvador - BA, 1849 - Petrópolis - RJ, 1923. Tristão de Alencar Araripe (Nome de guerra: Tristão Araripe), Ministro do Supremo - Icó-CE, 1821 - Rio de Janeiro, RJ, 1908.

ÍNDICE POR SOBRENOME Alencar Araripe - ver Araripe, Tristão de Alencar Alvim - José Cesário de Faria Amaral - Joaquim Thomaz do, (Visconde de Cabo Frio) Araripe - Tristão de Alencar Barbalho Uchôa Cavalcânti - ver Cavalcanti, João Barbalho Uchôa Barbosa - Ruy Barbosa de Oliveira – ver Barbosa, Ruy Bocayuva – ver Ferreira de Souza, Quintino Antônio Botelho de Magalhães - ver Magalhães, Benjamin Constant Botelho de Campos Sales - ver Sales, Manoel Ferraz de Campos Cavalcânti - João Barbalho Uchôa Cesário Alvim - Ver Alvim, José Cesário de Faria. Falcão da Frota – ver Frota, Antônio Nicoláo Falcão da Ferreira de Sousa - Quintino Antônio (Quintino Bocayuva) Frota - Antônio Nicoláo Falcão da, General de-Divisão Glycério, General – ver Leite, Francisco Glycério de Cerqueira Leite - Francisco Glycério de Cerqueira Lobo - Aristides da Silveira Lucena - Henrique Pereira de (Barão de Lucena) Magalhães - Benjamin Constant Botelho de Peixoto - Floriano Vieira Ribeiro - Demétrio Nunes Sales - Manoel Ferraz de Campos Vidal - Fortunato Fóster Wandenkolk - Eduardo

ÍNDICE POR ORDEM DE NASCIMENTO

Nasc.º Ministro Pasta Período 1818

(72 anos) Joaquim Tomaz do Amaral Ministro dos Estrangeiros 17.01.1890 a 22.02.1890

1821 (70 anos)

Tristão de Alencar Araripe Ministro da Fazenda

Ministro dos Estrangeiros

22.01.1891 a 25.02.1891

23.01.1891 a 25.02.1891 1832

(59 anos) Fortunato Fóster Vidal Ministro da Marinha 22.01.1891 a 25.02.1891

1834 (57 anos)

Antônio Nicolau Falcão da Frota Ministro da Guerra 22.01.1891 a 25.02.1891

1835 (56 anos)

Henrique Pereira de Lucena Ministro da Justiça 22.01.1891 a 25.02.1891

1836 (53 anos)

Benjamin Constant Botelho de Magalhães

Ministro da Guerra

Ministro da Instrução Pública

15.11.1889 a 12.03.1890

19.04.1890 a 20.01.1891

1836 (53 anos)

Quintino Antônio Ferreira de Sousa (Bocayuva)

Ministro dos Estrangeiros

Ministro da Agricultura, Com., O.P

15.11.1889 a 23.01.1891

15.11.1889 a 07.12.1889

1838 (51 anos)

Aristides da Silveira Lobo Ministro do Interior 15.11.1889 a 10.02.1890

1838 (51 anos)

Eduardo Wandenkolk Ministro da Marinha 15.11.1889 a 22.01.1891

Ministro dos Estrangeiros

Ministro da Guerra

22.02.1890 a 15.05.1890

12.03.1890 a 19.04.1890 1839

(51 anos) Floriano Vieira Peixoto Ministro da Guerra 19.04.1890 a 22.01.1891

1839 (51 anos)

José Cesário de Faria Alvim Filho Ministro do Interior 10.02.1890 a 22.01.1891

1841 (48 anos)

Manuel Ferraz de Campos Salles Ministro da Justiça 18.11.1889 a 20.01.1891

1846 (45 anos)

Francisco Glycério de Cerqueira Leite Ministro da Justiça 20.01.1891 a 21.01.1891

1846 (45 anos)

João Barbalho Uchôa Cavalcânti Ministro da Instrução Pública

21.01.1891 a 25.02.1891

1849 (40 anos)

Ruy Barbosa de Oliveira Ministro da Justiça

Ministro da Fazenda

15.11.1889 a 18.11.1889

15.11.1889 a 21.01.1891 1850

(39 anos) Demétrio Nunes Ribeiro Ministro da Agricultura,

Com., O.P 07.12.1889 a 31.01.1890