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‘‘Estuda o elementar: para aqueles cuja hora chegou não é nunca demasiado tarde. Estuda o abc. Não basta, mas estuda. Não te canses. Começa. Tens de saber tudo. Estás chamado a ser um dirigente. Freqüente a escola, desamparad o! Persegue o saber, morto de frio! Empunha o livro, faminto! É uma arma! Estás chamado á ser um dirigente. Não temas perguntar, companheiro! Não te deixes convencer! Compreende tudo por ti mesmo. O que não sabes por ti, não o sabes. Confere a conta. tens de pagá-la.  Aponta com teu d edo a cada coisa e pergunta: ‘Que é isto? e como é?’ Estás chamado a ser um dirigente’’ Louvor ao Estudo Bertolt Brecht 

Cartilha Reconquistar a Ubes 2013

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‘‘Estuda o elementar: para aquelescuja hora chegou

não é nunca demasiado tarde.Estuda o abc. Não basta, mas estuda.

Não te canses. Começa. Tens de saber tudo.

Estás chamado a ser um dirigente.

Freqüente a escola, desamparado!Persegue o saber, morto de frio!

Empunha o livro, faminto! É uma arma!Estás chamado á ser um dirigente.

Não temas perguntar, companheiro!Não te deixes convencer!

Compreende tudo por ti mesmo.

O que não sabes por ti,não o sabes.

Confere a conta.tens de pagá-la.

 Aponta com teu dedo a cada coisae pergunta: ‘Que é isto? e como é?’Estás chamado a ser um dirigente’’

Louvor ao Estudo

Bertolt Brecht 

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VEM AI O 40º CONO 40º Congresso da UBES acontece num ano enum momento muito especial. 2013 já ficoumarcado na história como o ano em que o

povo brasileiro, que nunca deixou de lutar ejamais esteve dormindo, voltou a gritar comoa muito não fazia. Um grito por mais direitos,por mais educação, mais saúde e melhorescondições de trabalho.Diferente daqueles que diziam que ajuventude de hoje é apática com a política, osprotestos demostraram que a juventudequer participar da vida política do país, querdebater, reivindicar e ser sujeito dastransformações sociais.

Este congresso que reunirá milhares deestudantes de todos os cantos do país deveráter muito debate e garantir que a chama daluta pelas transformações mantenha-seacesa e com ainda mais vigor.

Somos estudantes de todos os cantos do país de escolas públicas eprivadas, que se organizam no movimento estudantil. Defendemospara a educação um ensino de qualidade e emancipador e uma escolademocrática e popular.Nos organizamos por meio da Reconquistar a UBES, uma tese domovimento estudantil secundarista, impulsionada por jovens da Articulação de Esquerda, tendência interna do PT. No movimentoestudantil lutamos uma UBES de todos e todas os estudantes,combativa e de luta.

Quem somos?

 R E CO NQ U I S TA R !

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 Acreditamos que a UBES precisaestar junto aos estudantes, a frente

das lutas pela educação e ao lado dosmovimentos sociais da classetrabalhadora pela transformação dasociedade.Infelizmente hoje a UBES não estácumprindo seu papel, pois seestivesse, certamente muitasc o n q u i s t a s j á t e r i a m s i d oalcançadas. Poucos grêmios estãoem funcionamento e a maioria dosestudantes apenas sabe da entidade

em época de Congresso ou pela

Carteirinha Estudantil. Nossaentidade tem se preocupado maiscom os gabinetes do que com as lutasnas ruas.É preciso mudar esta realidade. AUBES precisa voltar a protagonizaras grandes lutas dos estudantessecundaristas. Precisa ser uma forçaa mais na organização de base, quesome força aos movimentos sociaispor um projeto democrático e

popular de educação no Brasil.Por estas razões, a Reconquistar seapresenta como uma tese deoposição a atual direção majoritáriada UBES, que a mais de uma décadamonopoliza a entidade, afastando-ados estudantes. Vamos entrar nestad i s p u t a p a r a t r a n s f o r m a r oMovimento Estudantil brasileiro eReconquistar a UBES para a luta epara os estudantes.

Por que RECONQUISTAR?

GRESSO DA UBES!

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“ Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca lutaLevanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve,você pode, você deve, pode crer” Até Quando - Gabriel O Pensador

As mobilizaçoes de Junho expressaram anecessidade de acelerar a velocidade dasmudanças iniciadas pelo Governo Lula. Nos

utimos anos a qualidade de vida melhorou,o salario aumentou e as pessoas estao tendomais acesso ao emprego, moradia e aeducaçao. No entanto, mudanças maisprofundas precisam ser feitas, poiscontinuamos sendo um dos paıses maisdesiguais do mundo.

No s , trabalhad ores e f i lhos detrabalhadores que melhoramos de vidanos ultimos dez anos, agora queremosmais. Queremos ter direito a saude dequalidade, pu blica, com um SUSeficiente; queremos transporte gratuitoe de qualidade; queremos comidasaudavel, sem agrotoxicos e produzidapela agricultura familiar. Enfim,queremos um Brasil mais justo e menosdesigual.

Um paıs do tamanho do Brasil naopode mais admitir que milhoes vivamsem-terra, enquanto alguns detemlatifundios. Ou que nas cidades, outrosmilhoes vivam nas ruas, sem teto,enquanto ha predios e casas vazias.Por isso, precisamos ter ReformaAgraria e Urbana. Assim como ReformaTributaria, para que aqueles que ganhammais, paguem mais impostos e nao ocontrario.

Criando o Grêmio...Passo 1. A primeira coisa a fazer e juntar a turma que esta a fim de criar aentidade. Formar uma comissao Pro-Gremio para discutir como este devefuncionar e coisas como: Qual deve ser o seu nome; quais cargos devemexistir; qual a funçao de cada um deles; como devem se organizar; quantotempo a gestao deve durar, etc.

Passo 2. Depois que o Estatuto estiver pronto, ele precisa ser aprovado. Isto deve

acontecer por meio de uma Assembléia Geral. É muito simples: Com cópias doestatuto impressas, ou uma versão onlinedisponível, a comissão convoca a assembléia para determinada data e local.

Passo 3. Com a fundaçao e preciso fazer um documento para registrar tudo isso.Este documento e chamado de Ata de Fundaçao, que tem um modelo. Depois deaprovado o Estatuto e feita a Ata de Fundaçao, e hora de começar osprocedimentos para a eleiçao!

Passo 4.  Tudo Pronto? E hora de criar a Comissao Eleitoral. Essa sera aresponsavel por realizar toda a eleiçao, elaborando o regimento eleitoral, oedital de convocaçao com todos os prazos, produzir as urnas, cedulas,providenciar as listas de votaçao e apurar os votos.

Passo 5. A Comissao Eleitoral deve divulgar um edital convocando as eleiçoes etambem um regimento eleitoral. No regimento deverao constar todos osdireitos e obrigaçoes da comissao e das chapas inscritas, bem como todos osprocedimentos eleitorais como recursos e as regras da campanha.

Passo 6.  Seguindo o edital e o regimento, os estudantes interessados emdisputar a eleiçao devem se organizar para inscrever suas chapas. Encerrado oprazo, a Comissao Eleitoral homologara as inscriçoes, abrindo neste instante operıo  do de campanha!

Passo 7. No dia da eleiçao, a Comissao devera providenciar as urnas, cedulas,listas de votaçao e toda questao logıs  tica. Encerrada a votaçao, a ComissaoEleitoral devera recolher as urnas e listas de votaçao para iniciar a apuraçao dosvotos. Com o fim da apuraçao, a comissao proclamara a chapa vencedora eelaborara uma Ata de Eleiçao, discriminando o resultado final do processo.

Passo 8.  Eleita a chapa, e hora de tomar posse! A Comissao Eleitoralempossara a chapa vencedora para que, a partir de entao, tenha inıc  io a novagestao do Gremio. Tambem e necessaria a elaboraçao de uma Ata de Posse,para que se comprove a data de inıc  io da gestao e quem sao os seus membros.

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  movimento estudantil e uma das

Om a i s d i n a m i c a s r e d e s d eorganizaçao social que existe. Aocontrario de outros movimentos sociais,s e u p r o c e s s o d e r e n o v a ç a o eextremamente rapido, o que faz com queo tempo de contato e participaçao sejamuito curto.Na escola a existencia e o funcionamentodo Gremio estudantil e algo decisivoneste processo de contato e participaçao

dos estudantes com o MovimentoEstudantil. Especialmente porquecostuma ser pelo Gremio que asprimeiras experien cias culturais,esportivas e polıt   icas chegam a escolapor meio da produçao dos propriosestudantes.E princ ipalm ente: E o Gremio oinstrumento coletivo de luta dosestudantes na escola. E atraves dele queas mobilizaçoes, reivindicaçoes e

enfrentamentos diarios sao realizados.Isso porque o espaço do Gremio e capazde reunir todos, o pessoal dos esportes,da cultura, da informatica, bem como agalera do rock, do funk, do sertanejo,enfim, de toda aquela turma que tem oseu grupo, seu movimento, que no dia adia nao se relacionam diretamente, masque precisam estar juntos na hora defazer as lutas.

Afinal de contas, as lutas do Gremioprecisam ser por todos. E a defesa docolega injustiçado pela direçao; e aexigencia para que o bebedouro tenhaagua gelada; e a cobrança pela

qualidade da merenda ou pelo preçojusto da cantina; e o enfrentamento aop r o f e s s o r c a r r a s c o q u e v i v eperseguindo a turma; enfim, saoquestoes relativas ao conjunto daescola e ao mesmo tempo, a cadaestudante em particular. Nessesentido, consideramos crucial aexistencia de um gremio em cadaescola e acreditamos que esta e umatarefa da UBES, pois sao os gremios que

garantem a força da entidade no dia adia de cada escola e em cada sala deaula.

Mas para tanto, a UBES deve construiruma rede democratica e participativade organizaçao das entidades, quepermita o dialogo e o acesso dosGremios uns com os outras, nas

cidades e nos Estados.Precisamos fortalecer a base doMovimento Estudantil brasileiro, comentidades legitimas e representativas,que sejam a real expressao da vontadedos estudantes. Queremos um Gremioem cada escola e uma entidadeestudantil em cada cidade. Queremosum Movimento Estudantil de luta ecombativo, cada vez mais.

Um Grêmio em cada escola!   Para mudar o Brasil e preciso mudar tambem a polıt   ica.Nao basta mais apenas eleger representantes, queremoster mais voz e vez nas decisoes. Queremos maismulheres no Congresso, mais jovens, negros e ın  diostambem.Queremos polıticos comprometidos com asnecessidades do povo e nao dos empresarios. Tambemnao adimitimos um sistema eleitoral onde quem se elegee quem tem recebe muita grana dos empresarios para

bancar sua campana, e depois servem aos interessemdestes e nao do povo.

Nao podemos admitir que meia duzia defamıl  ias controlem a mıd  ia. A rede globonao representa a realidade da populaçaobrasileira. E urgente a democratizaçao dos

m e i o s d e c o m u n i c a ç a o , c o m aregulamentaçao da grande imprensa, of o r t a l e c i m e n t o d a s r a d i o s e T v scomunitarias e a implantaçao do programanacional de banda larga.

Uma peça chave para estas mudanças, são os movimentos sociais, ouseja, o povo organizado. Entidades como a UBES precisam se mobilizar,organizar os estudantes e fazer lutas para avançarmos em todas estas

questões.

Que a UBES oriente os Grêmios a realizarem fóruns de debate ecoleta de assinaturas para a ‘‘Lei da Mídia Democrática’’,contribuindo com a campanha #ParaExpressaraLiberdade’’.

Que a UBES realize uma campanha de conscientização dosestudantes sobre a Reforma Política, defendendo o financiamentopúblico das campanhas, o voto em lista fechada e ampliação daparticipação da juventude.

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REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO HUMANA

  Por uma educaçao que leve aos estudantes e familiares acompreensao do processo de exploraçao capitalista naconcepçao da luta de classes , permitindo entender as razoesda falta de saneamento, saude, habitaçao, educaçao etc.

 O currıc  ulo seja pensado dentro da concepçao politecnica,contrapondo a fragmentaçao e descontextualizaçao do ensino.  O currıc  ulo deve se articular por meio de teorias e praticas.  O currıc  ulo do ensino medio deve expressar a educaçaounitaria e universal superando a dualidade entre formaçaogeral e formaçao tecnica, assegurando a apropriaçao deconhecimentos cientıf   icos , filosoficos, artıs  tico e polıt   ico.   Por um modelo de avaliaçao que supere a meritocracia e aclassificaçao do estudante por desempenho (nota).

  Pela continuidade da implementaçao da escola em tempointegral.   Pela utilizaçao das mıd  ias digitais no processo deaprendizagem.   Assegurar a valorizaçao da cultura popular, da arte e dahistoria da regiao.   Maior integraçao da escola com a comunidade em que estainserida

 A União Brasileira dos Estudantes Secundaristasé a entidade nacional de representação dosestudantes de ensino fundamental, médio etécnico. Com 65 anos de muita história, aentidade foi protagonista de inúmeras lutas, dacampanha pelo Petróleo, no enfrentamento aditadura militar e no combate ao sucateamentoda educação na era do presidente FernandoHenrique.Mas esta história infelizmente tem mudado.Nossa entidade, que deveria continuar a frentedas lutas pela educação, tem estado engessada e

distante dos estudantes. Reflexo disso foram àsmobilizações de junho, nas quais a UBES nãoconseguiu dialogar com os milhares deestudantes secundaristas que foram as ruas.

Reconquistar a UBES para a luta a para os estudantes!‘‘Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar,mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou

projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenasfalar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes’’. Paulo

Freire

Podemos citar ao menos três fatores quejustificam este enfraquecimento:

Fazem mais de 20 anos que a UBES e dirigida pela UJS, Juventude do PCdoB.Este setor tem se preocupado mais em garantir o seu poder do que emrepresentar os interesses dos estudantes.

A UBES tem priorizado a luta institucional em detrimento da organizaçao dosestudantes e das mobilizaçoes de rua, haja vista a desorganizaçao dosgremios e das entidades municipais secundaristas.

A estrutura verticalizada da entidade que a distancia de todos aqueles quequerem construir a entidade.

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Queremos mudar! Queremos mudar aescola antes que ela nos mude,

porque sabemos que se isso acontecer,sera para nos fazer viver no mundo comoele esta, e nao e isso o que queremos.

Porque tambem queremos mudar omundo! Nao somos daqueles que queremum outro mundo, porque ja temos onosso e e este em que estamos. Masqueremos ele de um jeito diferente.Queremos o mundo de um jeito queninguem mais seja explorado, oprimidoou injustiçado. Um mundo de pessoaslivres, sem grades, cercas ou muros queaprisionem o corpo ou a mente.Sabemos que para isso, entre muitasoutras coisas, precisamos mudar aescola. E temos a total certeza que

enquanto estudantes essa tarefa ehistoricamente nossa.Ja nao gostamos da escola como ela esta enem daquilo que ela faz com a maioriadas pessoas, domesticando-as para viverde um jeito padrao.E por isso que queremos outra escola!Uma escola que ensine a aprender e apensar, nao a obedecer. Uma escola quepermita nossa criatividade, nossai n v e n t i v i d a d e e q u e n o s d e i x eexperimentar. Para nos, ja chega dessacultura punitiva, queremos aprendercom prazer do mesmo jei to quequeremos errar com prazer.Queremos pensar nossos conteudos,pensar nossas avaliaçoes e participar datomadas de todas as decisoes, porque saodecisoes sobre as nossas vidas.Sabemos que tem muita coisa errada naescola e na sociedade, mas se ficarmosa p e n a s r e c l a m a n d o a s c o i s a scontinuarao como estao. Se algo for feitosozinho pouco ira mudar, porem se nosorganizarmos, reunirmos todos aquelesque de alguma outra forma estaoinsatisfeitos, ai sai sim teremos voz eforça para construir a escola e o mundoque queremos!

Até Quando - Gabriel O Pensador‘‘Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente’’.Nosso Projeto de Educação

QUALIDADE DE ENSINO – ACESSO E PERMANÊNCIA

Pela aprovaçao do PNE garantindo 10% do PIB para a educaçaopublica.

Pela melhoria da Infraestrutura na escola, classes, cadeiras,

laboratorios de informatica. Por mais espaços de lazer, esporte e cultura na escola.

Pela garantia assistencia estudantil para estudante de baixa renda(Transporte, moradia, apoio pedagogico, saude e inclusao digital)

Pelo pagamento do piso do magisterio para os professores, e pelagarantia de condiçoes de trabalho.

Mais espaços de lazer e esporte e lazer na escola

Pela qualidade na merenda escolar, ampliando o percentual queprovem da agricultura familiar.

DEMOCRACIA

  Para que as regras escolares sejam construıd  ascoletivamente e aprovadas em assembleias escolares com aparticipaçao de toda a comunidade escalar.   Eleiçoes para diretor com voto estudantil e Universal   Orçamento participativo para decidir a aplicaçao dosrecursos na escola.  Transparencia da execuçao dos recursos   As decisoes na escola sejam com a participaçao de toda acomunidade escolar

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No Brasil a educaçao sempre foi restrita auma parcela da populaçao. Os ricostiveram a oportunidade de estudar,frequentar a escola e chegar facilmente auniversidade, enquanto aos pobresapenas foi permitido saber o basico paraservir aos ricos no mercado de trabalho.Podemos dizer que a escola reproduz ascontradiçoes e as desigualdades queexistem na sociedade, a desigualdade declasse, de genero, de raça, cor e tantasoutras, tudo por meio de uma educaçaoque e utilizada pela classe dominante (osricos) a favor dos seus interesses. Umaeducaçao que ensina a obedecer e nao acontestar, tampando nossos olhos para arealidade ao inves de nos fazer enxergar aexploraçao e os problemas que existem

no mundo.Queremos outra educaçao, que para nosso e possıv el por meio de outra escola,

uma Escola Democratica e Popular. Estatem que ter uma educaçao igual para todomundo, onde existam as mesmascondiçoes de acesso e permanencia, uma

educaçao humana e emancipadora quenos faça enxergar o mundo do jeito queele e.

Primeiro  devemos explicar o que e uma Escola democratica, afinal, nao estamosfalando apenas da eleiçao de diretores. Quando dizemos escola democratica, nosreferimos a uma escola que tenha espaços de participaçao, onde todos aqueles quefazem a escola existir, ou seja, os professores, estudantes, os pais, a comunidade, opessoal da secretaria, da direçao, da coordenaçao e outros, decidam juntos sobre ofuncionamento da escola.Em segundo lugar, devemos explicar o que e uma Escola Popular. Esta e aquela queesta a serviço do povo, dos trabalhadores, garantindo que todos tenham acesso aescola, e nao apenas aqueles que podem pagar. E uma vez estando na escola, que oconhecimento produzido e transmitido seja aquele que permita ao povo se libertar, enao aquele que ensina o povo a obedecer cegamente, sem refletir e sem questionar omundo.Para nós, a Escola Democrática e Popular deve ser compreendida como umelemento determinante nas transformações da sociedade, nas atuais e futurasgerações. Ela deve ser uma das bases que sustente a nova sociedade quequeremos, sem desigualdades, sem injustiças e sem opressões.

EDUCAÇÃO

O que é a Escola Democrática e Popular?

 

Sem falar no programa Escola Aberta,que ampliou a relaçao de varias

comunidades com a escola e maisrecentemente vem sendo expandidocom o ensino integral.Achamos super valido o ProgramaMais Educaçao, que busca trazer maiscultura, mais esporte e a arte, de formaque mude a cara do ambiente escolar.Mas mesmo com todos estes avançosa i n d a n a o t e m o s u m a e s c o l aDemocratica e Popular de fato.Primeiro porque o analfabetismo euma realidade em nosso paıs  , aindatemos escolas em pessimas estruturas,faltam professores, salas de aula,falt am c ondiç o es d e ac esso epermanencia. Para seguir mudandotudo isso e necessario ampliar oinvestimento. O Estado tem quegarantir 10 % do PIB (Que e o total detodo o dinheiro que o paıs  junta noano) para a Educaçao Publica.

AVANÇOS E LIMITES DOS ÚLTIMOS ANOSAcreditamos que nos u ltimos anostivemos algumas mudanças e algunsavanços na democratizaçao da educaçao.Sem duvida mais pessoas estao tendo aoportunidade de estudar, mais jovensestao frequentando a escola e os ın  dices deanalfabetismo diminuıram. Algumas

razoes para estas mudanças foram aspolıt   icas do Governo Federal, de Lula e deDilma a partir de 2003. Por exemplo, noensino basico, o governo criou o Fundeb( F u n d o d e M a n u t e n ç a o eDesenvolvimento da Educaçao Basica eValori zaça o dos Profi ssion ais daEducaçao) que e a principal fonte definanciamento da educaçao basicabrasileira, um programa que mudoucompletamente a realidade das escolas noBrasil, que hoje ainda estao com muitosproblemas, mas que antes, sem o FUNDEB,tinha lugares que nem escola havia.

Temos que reconhecer tambem aamp lia ça o d o e nsi no t e cni co etecnologico por meio do Pronatec e dacriaçao de centenas de InstitutosFederais. No caso do Pronatec, ainda quea gente considere um programacontraditorio, porque a maioria dos

cursos e vinculado ao sistema ‘S’ (SENAI,SESI...), ele deu oportunidade de acessoao ensino t ecnico a mi lhares deadolescentes e jovens. Outra grandeconquista que consideramos foi oPrograma de aquisiçao de Alimentos -PAA, onde boa parte dos alimentos damerenda escolar provem da agriculturafamiliar.