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Patrcia Garcia-Pereira, Eva Monteiro,
Filipa Vala e Cristina Lus, 2012
: Albano Soares, Alvaro Oporto,AQUAWEB avaliao da qualidade da gua
atravs de uma plataforma web (PTDC/
AAC- AMB/105297/2008; financiado por
fundos nacionais, FCT/MCTES-PIDDAC;
co-financiado pelo FEDER atravs do
COMPETE programa operacional factores
de competitividade POFC), Bruno Pinho,
Bruno Pinto, Dinis Cortes, Edgardo Gonzlez
Carducii, Eduardo J. Castro, Ernestino
Maravalhas, Eva Monteiro, Joo Valente,Jorge Gomes, Isidro Martinez, Lus Miranda,
Maria Joo Feio, Michele Ferreti,
Nelson Fonseca, Maria Joo Verdasca,
Patrcia Garcia-Pereira, Paulo Rocha Monteiro,
Paulo Ribeiro, Paulo Rodrigues, Paulo Simes,
Pierre Tillier, Rui Andrade, Sandra Antunes.
: Ernestino Maravalhas
: TVM Designers
: Marta Fonseca: Grfica Maiadouro, S.A.
: 978-972-95047-3-0
: 374 099/14
: 3000 exemplares
2. edio
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P G-PE M
F VC L
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N O TA D E A B E R T U R A
e dar maior visibilidade a actividades
cientficas e culturais em curso e de valorizar e rentabilizar os melhores
recursos nacionais de divulgao cientfica, o programa O Mundo na Escola
elegeu a exposio Insetos em Ordem, como uma das mais importantes inicia-
tivas de divulgao da Biologia realizadas nos ltimos anos em Portugal.
A exposio foi desenvolvida no Ano Internacional da Biodiversidade
2010, no contexto do programa Bioeventos, por uma parceria constituda noseio da Universidade de Lisboa pelo Centro de Biologia Ambiental, o TAGIS
Centro de Conservao das Borboletas de Portugal e o Museu Nacional de His-
tria Natural e da Cincia, onde foi exibida entre maio de 2010 e maio de 2011.
Ideia original, totalmente desenvolvida em Portugal, a exposio, que
explora o mundo dos insetos, consegue transmitir de uma forma ldica atra-
vs de um jogo de pista assumido como um divertimento, a metodologia da
chave dicotmica da observao cientfica de identificao dos organismos,
transmitindo a satisfao nica de uma descoberta cientfica.
Promoveu-se, pois, um plano de itinerncia que durou dois anos letivos,visitando dez distritos diferentes, permitindo um acesso alargado a muitas
crianas e jovens pelo pas. Foi complementado com este livro de campo, que
no chegou a ser publicado durante a primeira exibio, o qual constitui um
documento de trabalho que, esperamos, seja amplamente utilizado nas
escolas bsicas ajudando a entender o papel fulcral dos insetos no funciona-
mento dos ecossistemas terrestres e contribuindo para a sensibilizao
sobre a biodiversidade.
Estamos certos que esta exposio, em que o visitante bilogo por uma
hora, vai ajudar a motivar nos caminhos da cincia, no s crianas e jovens,
mas tambm pais e professores, revelando quo extraordinrios so os inse-
tos, esses fantsticos animais de seis patas sem os quais o nosso mundo
seria muito diferente...
A EDiretora de O Mundo na EscolaProfessora Catedrtica da Faculdade de Cinciasda Universidade de Lisboa
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P R E F C I O
pode trazer-nos sentimentos to diversos como de
assombro, de fascnio ou mesmo de surpresa. Totalizando em todo o mundo
pelo menos cinco milhes de espcies atuais e representando mais de trs
quartos de todos os animais conhecidos, os insetos so os macrorganismos
predominantes do nosso planeta em termos de biodiversidade. Esta supre-
macia, porm, no se resume apenas diversidade especfica. Tambm a
biomassa colossal: s as formigas, que integram apenas parte dos insetos,devem pesar aproximadamente o mesmo que os sete mil milhes de seres
humanos atuais. Por outro lado, o seu impacte ecolgico igualmente
impressionante. O desaparecimento dos insetos conduziria extino da
grande maioria das angiosprmicas (plantas com flor) por bloqueamento da
polinizao e da disperso de sementes, o mesmo acontecendo com os ver-
tebrados terrestres, pela consequente interrupo do fluxo de matria e
energia nas respectivas cadeias e teias trficas. Em sntese, o nosso planeta
retrocederia a um primitivo cenrio paleozoico.
Contudo e surpreendemente, apesar do seu papel fulcral no funciona-mento dos ecossistemas terrestres, incluindo os de gua doce, os insetos
continuam ainda hoje muito mal conhecidos. Dos cinco milhes de espcies
que se julga existirem atualmente, a maioria das quais habitando as flores-
tas tropicais hmidas, apenas so conhecidas pouco mais de um milho.
Mesmo no nosso pas, se bem que situado em rea geogrfica onde o conhe-
cimento da biodiversidade em geral est avanado, das 30 000 que devem
existir, calcula-se que apenas 20 000 devero estar catalogadas. Falta assim
descobrir e referenciar neste territrio ainda cerca de 10 000 espcies, muitas
das quais certamente ainda desconhecidas e novas para a Cincia ou mesmo
endmicas, i.e., exclusiva ou parcialmente lusitnicas. seguramente injusto,
por outro lado, conotar os insetos com organismos prejudiciais, quando, na
verdade, as pragas resumem-se a pouco mais de dez centenas de espcies.
Na sua esmagadora maioria os insetos so organismos inequvoca e incon-
tornavelmente teis pelos diversos papis ecolgicos que desempenham
nos ecossistemas terrestres.
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Por tudo isto, dar a conhecer ao nosso pblico, especialmente o mais
jovem, uma panormica geral da diversidade destes pequenos animais mas
seguramente gigantes em nmero e nas funes de que so responsveis ,
tarefa urgente e crucial. Urgente, porque muitas espcies de insetos estohoje a extinguir-se a um ritmo sem precedentes, sem mesmo terem sido des-
critos para a Cincia. E crucial, porque deles depende o correto funciona-
mento dos ecossistemas terrestres e, qui mesmo, a nossa prpria sobrevi-
vncia. Vejam-se os incalculveis servios que estas maravilhosas criaturas
nos prestam, nomeadamente na propagao das plantas, incluindo na poli-
nizao e na disperso de sementes, na manuteno da composio e estru-
tura das comunidades vegetais, na decomposio e reciclagem de nutrientes
ou na manuteno das teias trficas que permitem a existncia de muitas
comunidades animais. E todos estes servios so-nos oferecidos a custosnulos. Considerando apenas as abelhas domsticas, se estas fossem recom-
pensadas pelo seu trabalho na polinizao dos pomares e de outras plantas
cultivadas, teramos de lhes pagar como fatura anual cerca de cento e cin-
quenta mil milhes de euros, a que seria ainda necessrio adicionar vrias
centenas de milhes de euros pelos lucros adicionais com a produo de mel.
Os promotores da presente exposio esto de parabns por nos ofere-
cerem esta perspetiva geral dum mundo assombroso e fascinante, to pr-
ximo de ns, mas ainda to desconhecido. Que este livro contribua para que
os visitantes possam melhor conhecer e apreciar estes fascinantes peque-nos gigantes the little things that run the world, na expresso acertada
de Edward Wilson. E, finalmente, que cada um dos visitantes, atravs da
experincia tida nesta exposio com a identificao das ordens dos insetos,
possa, ainda e sobretudo, descobrir e vivenciar outro mundo igualmente fas-
cinante que o da descoberta cientfica.
J. A. QProfessor Catedrtico aposentado da Faculdade
de Cincias da Universidade de Lisboa;Investigador do Centro de Biologia Ambiental
E R N E S T I N O M A R A V A L H A S
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N D I C E
Exposio Insetos em Ordem 15
Como utilizar este livro 18
Chave para a identificao das Ordens 20
Efmeras 32
Bichas-cadela 34
Baratas 35
Louva-a-deus 36
Liblulas e libelinhas 39
Gafanhotos, saltes e grilos 45
Cigarras e cigarrinhas 49
Percevejos 51
Bichos-pau 53
Besouros 55
Moscas e mosquitos 65
Moscas-escorpio e moscas-baloio 70
Crispas, libeloides e formigas-leo 72
Frignios 74
Formigas, abelhas e vespas 76
Borboletas 85
Bibliografia consultada 106
Agradecimentos 107
ndice remissivo de espcies e grupos taxonmicos 108
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Exposio Insetos em Ordem
teve origem num projeto de edu-
cao ambiental realizado em 2007 pela Sociedade Portuguesa de Entomolo-
gia em parceria com o Tagis Centro de Conservao das Borboletas de Por-
tugal. O projeto decorria no mbito de um programa de ensino experimental
das cincias para escolas do ensino bsico e secundrio, da responsabilidade
da Cincia Viva (www.cienciaviva.pt). O principal objetivo do projeto era pro-
mover o conhecimento sobre a diversidade de insetos atravs da criao de
uma coleo cientfica nas escolas. Assim, aos professores inscritos na ini-
ciativa era enviado material entomolgico e um manual de apoio para proce-
derem identificao de insetos nas aulas.
Durante o trabalho de adaptao da chave de identificao de insetos
para alunos do 2. ciclo surgiu a ideia de transmitir o conhecimento sobre a
diversidade de insetos de uma forma mais visual, intuitiva e ldica, como se
fosse um jogo. Durante o processo de transformao da forma de comunicar
a informao, a chave dicotmica ganhou uma dimenso espacial. O percurso
Exposio Insetosem Ordem no AntigoPicadeiro do Colgiodos Nobres, MuseuNacional de HistriaNatural e da Cincia.
BRUNOPINTO
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dicotmico, ditado, a cada passo, por uma deciso que tomada consoante o
exemplar que se est a identificar, e que num livro, corresponde a mudanas
de pginas, foi transformado num percurso definido no espao, terminando
com a identificao da ordem a que o inseto pertence. Em concluso, passou--se de um livro a uma exposio cientfica, capaz de transmitir, a qualquer
pessoa, o segredo da identificao biolgica: um processo que decorre por
etapas baseadas na identificao de presena / ausncia de caractersticas
por observao cuidadosa de um exemplar.
O intenso trabalho de campo realizado nos anos seguintes por investiga-
dores do Tagis e do Museu Nacional de Histria Natural e da Cincia para a
criao da Rede de Estaes da Biodiversidade, permitiu consolidar conheci-
mentos e compilar informao, imagens e exemplares sobre a diversidade
de insetos da nossa fauna. As Estaes da Biodiversidade (http://www.
facebook.com/EstacoesDaBiodiversidade) so mais de uma dezena, de norte
a sul do pas, e podem ser definidas como percursos pedestres com painis
informativos sobre plantas e insetos comuns (mais informaes em http://
bioeventos2010.ul.pt).
A exposio Insetos em Ordemfoi produzida pelo Museu Nacional de His-
tria Natural e da Cincia (MUHNAC), pelo Centro de Biologia Ambiental
(CBA), ambas instituies da Universidade de Lisboa e abriu pela primeira vez
Anncio publicadono jornal Expresso
(maio, 2010).
Crtica publicadana conceituadarevistaScience(outubro, 2010).
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ao pblico a 28 de maio de 2010 no Antigo Picadeiro do Colgio dos Nobres no
MUHNAC em Lisboa. Foi uma das iniciativas do programa de comemoraes
do Ano Internacional da Biodiversidade, Bioeventos 2010, e teve o Banco Esp-
rito Santo como mecenas exclusivo. Pelo interesse manifestado pelo pblico,
professores e outros agentes que trabalham na rea da educao e sensibili-
zao ambiental, e com o apoio do programa O Mundo na Escola, decidiu-se
compilar em livro os contedos da mostra expositiva, possibilitando que a
informao cientfica presente na exposio Insetos em Ordemfique dispon-
vel para todos.
Exposio Insetosem Ordemno MuseuNacional de HistriaNatural e da Cincia.
BRUNOPINTO
BRUNOPINTO
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Como utilizar este livro
O objectivo deste livro dar a conhecer a diversidade de insetos atravs
da experincia de identificao. Pretende-se que seja uma ferramenta til
para conseguir identificar um inseto, quer este seja observado na natureza,
em fotografia ou numa coleo.
Para iniciar a experincia de identificao tem que ter a certeza absoluta
que est perante um inseto. Estes animais so artrpodes que se distinguem
dos demais invertebrados (como as aranhas ou os crustceos) especialmente
pelas seguintes caractersticas: diviso do corpo em trs partes cabea,trax e abdmen, presena de seis patas e, na maioria das espcies, um ou
dois pares de asas (nenhum outro invertebrado tem asas). Na cabea tm
duas antenas, olhos compostos e a boca, que muito importante para distin-
guir os diferentes grupos. No trax encontram-se as patas e as asas (quando
existem), e no abdmen os rgos reprodutores.
A ordenao dos seres vivos faz-se atravs de grupos, que se organizam
por ordem decrescente de semelhana e parentesco evolutivo: a unidade
bsica da classificao de seres vivos a Espcie; espcies parecidas formam
um Gnero. Depois destes dois nveis, segue-se o agrupamento de Gnerosparecidos numa Famlia, o agrupamento de Famlias parecidas numa Ordem,
depois a Classe, o Filo e por ltimo o Reino. No caso da classe Insecta, a cate-
goria da Ordem rene grupos de animais com caractersticas morfolgicas
muito bem definidas, que permitem o agrupamento de grandes tipos de inse-
tos: as borboletas, as liblulas, os gafanhotos ou os besouros pertencem a
ordens diferentes.
A ttulo de exemplo, o nome cientfico da liblula que se encontra na ima-
gem da pgina da direita Anax imperator. Esta espcie pertence ao gnero
Anax, famlia Aeshnidae, ordem Odonata, classe Insecta, filo Arthopoda
e reino Animalia.
A diversidade de insetos imensa. S em Portugal devero existir 30 000
espcies, das quais cerca de um tero esto ainda por descobrir. Perante
tanta diversidade, a classificao torna-se um processo difcil, e nem mesmo
os cientistas esto sempre todos de acordo sobre a melhor forma de o fazer.
Por exemplo, no h consenso quanto ao nmero de ordens. Alguns cientis-
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tas distribuem todos os insetos do mundo em 25 ordens, enquanto outros
chegam a considerar 35.
A chave de identificao que se apresenta de seguida permite identificar
16 ordens de insetos. Para utilizar corretamente a chave, dever observar
atentamente as patas, as antenas, as asas, os apndices e a boca do seuexemplar. Prev-se que esta chave seja adequada para identificar as ordens
da maioria dos insetos comuns visveis a olho nu em Portugal, o que repre-
senta milhares de espcies.
Aps a identificao da ordem do exemplar, pode consultar as caracte-
rsticas, particularidades e curiosidades do grupo e ainda imagens e comen-
trios sobre algumas das espcies mais comuns.
Finalmente, se quiser contribuir para aumentar o conhecimento sobre
a biodiversidade existente em Portugal, que a melhor forma de conservar
o nosso patrimnio natural, saia para a rua e procure registar em fotografia
a diversidade de insetos que encontra. Experimente identificar a ordem a
que pertencem os exemplares que fotografou e envie as suas observaes
pessoais para www.biodiversity4all.org. Desta forma estar a contribuir
para enriquecer uma base de dados utilizada tanto por profissionais, como
por amadores da Biodiversidade.
Boas identificaes e divirta-se!
1 - CABEA2 TRAX3 ABDMEN4 PATAS5 ASAS
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Chave para a identificao das Ordens
1
Asas anteriores
de aspeto robusto,
duro e sem as
nervuras das asas
visveis; se as
nervuras forem
visveis, o inseto
tem um par de
patas diferente
dos outros;
inseto sem asas
14
Asas anteriores
delicadas,
membranosase com nervuras
bem visveis
2
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1
1
2
1
1
2
Um par de asas
(anteriores1) 3
Dois pares de asas(anteriores1e posteriores2)
4
3
Antenas formadas
por trs segmentos1
ou menos
Moscas
(. 67)
Antenas formadas
por mais de trs segmentos1Mosquitos
(. 65)
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1
2
1
2
1
1
4
Antenas1
curtas(menores ou iguais
cabea2)
5
Antenas1
compridas(maiores do que a cabea2)
8
5
Asas anteriores1
ovais 6
Asas anteriores1
triangulares
Efmeras
(. 32)
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1
2
1
2
1
2
6
Boca com grandes
mandbulas17
Boca em forma
de estilete2
(ou agulha)
Cigarras(. 49)
7
Asas anteriores1
mais estreitas
que as posteriores2
Liblulas
(. 42)
Asas anteriores1
e posteriores2
semelhantes
Libelinhas
(. 40)
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1
2
8
Asas sem revestimento,translcidas (deixam
passar a luz)
9
Asas revestidas,
opacas (que dificultam
a passagem da luz)
12
9
Asas com poucas
nervuras1, quase sem
nervuras transversais
10
Asas com aspeto de rede2,
pela presena de muitas
nervuras transversais
e longitudinais
11
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1
2
1
2
10
Estrangulamento entreo trax1e o abdmen2
(com cintura)
Abelhas e vespas(. 78)
Sem estrangulamento
entre o trax1e o abdmen2
(sem cintura)
Vespas porta-serra
(. 76)
11
Cabea sem
prolongamento
Crisopas, libeloides
e formigas-leo
(. 72)
Parte da frente
da cabea prolongada
num focinho
Moscas-escorpio
e moscas-baloio
(. 70)
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1
12
Asas cobertas
por escamas 13
Asas cobertas porpelos (sem escamas)
Frignios(. 74)
13
Antenas em forma
de maa1, ou seja,
que terminam
numa dilatao
arredondada
Borboletas diurnas
(. 86)
Antenas de vrias
formas, mas nunca
em forma de maa1
Borboletas noturnas
(. 99)
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1
1
1
2
1
14
Terceiro1par de patascom forma e tamanho
semelhantes aos restantes
16
Terceiro1par
de patas comprido
e adaptado ao salto
15
15
Antenas1compridas,
com tamanho superior
ao do corpo
Grilos e saltes
(. 48)
Antenas1de tamanho
claramente inferior
ao do corpo
Gafanhotos
(. 46)
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1
16
Com asas1 18
Sem asas 17
17
Forma do corpo
semelhante
a um pau
Bichos-pau
(. 53)
Corpo sem aspeto
de pau
Formigas
(. 78)
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1
1
1
18
Abdmen sem apndices,ou, quando os tem, no so
em forma de pina119
Abdmen a terminarem pinas1
Bichas-cadela(. 34)
19
Final do abdmen
com apndices1
(cercos)
20
Final do abdmen
sem apndices 21
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1
1
1
20
Trs pares de patas
com aspeto semelhante
Baratas
(. 35)
Primeiro par de patas1
mais largo e espinhosodo que os restantes
e com aspeto de garras
Louva-a-deus(. 36)
21
Boca em forma de estilete1
(ou agulha) 22
Boca com mandbulas1
visveis
Besouros
(. 55)
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1
12
3
22
Asas anteriores1divididas
em duas reas: mais perto
da cabea, a asa tem um aspetorobusto e forte2;
na extremidade, a asa
mais delicada, translcida
e tem as nervuras visveis3
Percevejos
(. 51)
Asas anteriores1com o mesmoaspeto em toda a sua extenso
Cigarrinhas(. 49)
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Efmeras
EPHEMEROPTERA
significa que vive um dia (ephemera)
As efmeras distinguem-se pelas antenas curtas, pela presena deduas ou trs longas caudas no final do abdmen e por um ou doispares de asas muito delicadas. Quando esto presentes, as asas ante-riores so sempre muito maiores do que as posteriores. Na Europa h
cerca de 200 espcies, mas a maior diversidade encontra-se nos tr-
Efmera
Ephemera glaucops
Espcie com trscaudas. As efmeras
quando esto emrepouso mantm asasas na posio vertical.
FRANKPENNEKAMP
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picos. As efmeras europeias so mais pequenas e encontram-se nor-malmente na proximidade de gua doce.
AS EFMERAS VIVEM MESMO S 1 DIA?
A vida de uma efmera passa por vrias metamorfoses ou mudas,
desde o ovo at ao adulto. Ao estdio que precede o adulto chama-se ninfa.
As ninfas so aquticas, respiram atravs de brnquias e alimentam-se
vorazmente: so geralmente herbvoras e comem restos de plantas e algas.
Esta fase da vida das efmeras particularmente longa e pode durar at
dois anos, mas o estado adulto muito breve as efmeras adultas vivem
apenas um dia ou somente algumas horas. Nesse curto espao de tempo,
encontram um parceiro, reproduzem-se e morrem, sem se alimentarem.
Os machos adultos formam grupos que atraem fmeas. Depois da cpula, as
fmeas voltam gua, onde depositam os ovos e o ciclo recomea.
Macho de umaefmera, em que bem visvel o longoprimeiro par depatas, que serve parasegurar a fmeadurante a cpula.
FRAN
KPENNEKAMP
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-
Bichas-cadela
DERMAPTERA
significa que tem as asas (ptera) semelhantes a pele (derma)
So insetos alongados, com antenas longas e finas. No trax encontram--se dois pares de asas, sendo as anteriores curtas e duras e designa-das por tgminas. As asas posteriores so grandes e membranosas.Quando esto em repouso, as asas posteriores ficam dobradas de umaforma complicada debaixo das tgminas. O abdmen possui bastante
mobilidade e tem um par de segmentos terminais modificados emforma de pinas. Nos machos adultos estas pinas so fortemente cur-
vadas. As pinas tm vrias funes: podem ser usadas para abrir asasas, para capturar presas e tambm como arma de defesa contra pre-dadores. Os Dermaptera so uma ordem relativamente pequena, comcerca de 1800 espcies no mundo inteiro.
PERIGOSOS OU INOFENSIVOS?
As pinas dos machos tm um aspeto muito ofensivo, pelo que suscita-
ram na frtil imaginao humana diversas histrias e supersties. Uma
velha crena fez destes animais pequenos monstros. Diz a lenda que as
bichas-cadela procuram ativamente entrar nas orelhas das pessoas para
perfurar os tmpanos e depositar os seus ovos no crebro. No h qualquer
fundamento cientfico nesta crena e a verdade que as bichas-cadela so
totalmente inofensivas.
BRUNOPINHO
BRUNOPINHO
Bicha-cadela-comum
Forficula auricularia
O macho (esquerda)
tem as pinas maiorese curvas; a fmea (direita)possui as pinas direitas.A espcie comumem Portugal, vive emambientes hmidose escuros de vrios tipos,como florestas, bosquesou jardins. Pode serencontrada nos troncosdas rvores, entreas folhas e debaixode pedras. So insetos
ativos principalmentedurante a noite.
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Baratas
BLATTODEA
significa que foge da luz (blatta)
As baratas tm um corpo oval, achatado e uma colorao escura.Caracterizam-se por terem um pronoto (primeiro segmento do trax)em forma de escudo e que cobre grande parte da cabea. Muitas esp-cies de baratas possuem dois pares de asas: as anteriores so duras eas posteriores so membranosas. A boca do tipo mastigador. A maio-
ria das espcies tem antenas longas e finas.
ANIMAIS INFES TANTES E PORTADORES DE DOENAS
As baratas so um grupo caracterstico dos trpicos, com cerca de 3500
espcies conhecidas no mundo. Na Europa so particularmente comuns trs
espcies tropicais que foram introduzidas pelos humanos. Como so animais
provenientes de zonas quentes e hmidas, nas regies temperadas encon-
tram condies ideais para viver no interior das casas, em armazns ou res-
taurantes, que so locais com abundncia de alimento e temperaturas mais
elevadas. So animais noturnos que se escondem durante o dia. Os danos quecausam aos humanos no esto tanto no facto de consumirem os alimentos,
mas sim no de os contaminarem com odores desagradveis e com microrga-
nismos que podem transmitir doenas.
Barata-americana
Periplaneta americana
(imagem da esquerda)Apesar do nome,esta barata tem origemafricana. uma espciemuito comum em todoo mundo.
Barata-oriental
Blatta orientalis(imagem da direita)A origem geogrficadesta espcie incertae atualmente ocorreem todo o mundo.
BRUNOPINHO
BRUNOPINHO
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--
Louva-a-deus
MANTODEA
significa que tem a forma de um profeta
Os louva-a-deus distinguem-se facilmente pelas patas anterioresespinhosas e desenvolvidas de maneira a poderem caar. O primeirosegmento do trax (pronoto) muito comprido e estreito. Algumasespcies possuem dois pares de asas perfeitamente funcionais, nou-tras apenas o macho consegue voar e existem mesmo espcies sem
asas. Existem cerca de 2300 espcies de louva-a-deus, que se encon-tram sobretudo nas regies tropicais. Na Europa so conhecidas dozeespcies e em Portugal foram registadas nove.
GRANDES PREDADORES
Para caar, estes insetos esperam, bem camuflados entre a vegetao,
com o trax levantado, adoptando a postura que lhes valeu o nome comum:
as patas anteriores esto dobradas e juntas, como se rezassem. Todas as
espcies desta ordem so carnvoras e a sua dieta constituda por outros
artrpodes, como por exemplo moscas, borboletas, gafanhotos, mas podem
tambm alimentar-se de pequenos vertebrados, especialmente lagartos e
micromamferos.
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
Louva-a-deus-
-do-corno
Empusa pennata
caracterstica destaespcie a protuberncialocalizada na cabea deforma cnica e dividida
em duas partes.O macho (imagemda esquerda) temlongas antenasem forma de pluma.A fmea (imagem dadireita) tem as antenasmais curtas.
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ACASALAMENTO CONTURBADO
O acasalamento do louva-a-deus comparado ao das aranhas, dado que
as fmeas so muito maiores do que os machos e muitas vezes acabam porcomer os parceiros. Mas este ato de canibalismo nem sempre acontece:
principalmente quando o alimento escasseia que as fmeas, de algumas
espcies, devoram a cabea do macho em pleno acasalamento. Assim,
ganham nutrientes e energia para a postura dos ovos e eliminam um poten-
cial competidor pelos recursos disponveis.
AS OOTECAS DE LOUVAADEUS
As fmeas depositam entre 10 e 400 ovos numa cpsula endurecida
(ooteca) que colocam no solo, numa superfcie plana, ou enrolada numa
folha. Em algumas espcies, as fmeas permanecem perto da cpsula e
protegem-na contra os predadores. Os embries passam a poca desfavor-
vel protegidos pela ooteca e eclodem na primavera seguinte sob a forma de
pequenas ninfas, parecidas com os adultos mas ainda sem asas. Ninfa o
nome dado aos estdios de desenvolvimento que precedem o adulto. Tal
como os adultos, as ninfas so caadoras temveis, correndo ou saltando
atrs de pequenos insetos e aranhas de todo o tipo.
RUIANDRADE
Louva-a-deus-
-de-asas-coloridas
Iris oratoria
Os machos destaespcie caracterizam-sepelas asas muitocompridas que,em repouso, cobrema totalidade doabdmen. Nas fmeasas asas so mais curtas.As asas posterioresde ambos os sexosso muito coloridase servem para estesinsetos afastaremos predadores.
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LOUVAADEUS SEM ASAS
Em Portugal existem apenas duas espcies em que os adultos no tm
asas. Uma delas, aApteromantis aptera, uma espcie endmica do centro e
sul da Pennsula Ibrica. Diz-se que uma espcie endmica quando a sua
distribuio geogrfica exclusiva de um local ou regio. Esta espcie foi
observada em Portugal na regio do Algarve (Grosso-Silva & Soares-Vieira,
2004). Esta tambm a nica espcie de louva-a-deus com estatuto de prote-
o a nvel europeu e mundial.
RUIANDRADE
Louva-a-deus-comum
Mantis religiosa
O louva-a-deus-comum uma das maioresespcies que ocorreem Portugal. As fmeasatingem perto de 8 cmde comprimento,os machos so maispequenos. Os ovos somuito vulnerveis, porisso as fmeas produzemuma cpsula (ooteca ,visvel na imagem)para os proteger.
ALVAROOPORTO
Louva-a-deus-ibrico
Apteromantis aptera
Esta espcie rarae ameaada umendemismo ibrico(s ocorre na PennsulaIbrica) e caracteriza-sepela ausncia de asase pelos olhos muitopontiagudos.
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Liblulas e libelinhas
ODONATA
significa que tem dentes (odonto)
A ordem Odonata divide-se em dois grupos: as libelinhas (subordemZygoptera) e as liblulas (subordem Anisoptera). As libelinhas e asliblulas tm uma excelente capacidade de viso, proporcionada pordois enormes olhos compostos. Poderosas mandbulas dotadas dedentes permitem-lhes comer animais duros, como os besouros.
Ao contrrio do que muitas vezes se pensa, as liblulas no tm fer-ro (e por isso no picam). Apesar de serem animais de aspeto bizarro,so muito teis pois alimentam-se de grande quantidade de moscase de mosquitos. As liblulas e as libelinhas so insetos inconfund-
veis: distinguem-se pelos longos e finos corpos e por terem dois paresde asas, nos quais se pode ver um complexo sistema de nervuras.As antenas so muito curtas. Em todo o mundo existem cerca de6000 espcies de Odonata. Na Europa vivem perto de 120 espcies,das quais 65 se encontram em Portugal.
J ALGUMA VEZ VIU UMA LIBLULA OU LIBELINHA
A AGARRAR OUTRA PELA CABEA?
Este comportamento singular est relacionado com
a forma como os Odonata se reproduzem. Os machos
tm na parte debaixo do abdmen (prximo do trax),
um rgo para onde transferem o esperma, a que se d
o nome de genitlia secundria. Depois de a fmea ter
escolhido o companheiro e de terem feito o voo nupcial,
o macho segura-a pela cabea utilizando pinas locali-
zadas na extremidade do abdmen. A cpula d-se
quando as fmeas dobram o abdmen para entrar em
contacto com a genitlia secundria dos machos,
ficando os dois animais numa posio em forma de
corao. Em muitas espcies a postura dos ovos d-se
ainda com o macho a agarrar a cabea da fmea, com-
portamento designado por tandem.
ALBANOSOARES
Tira-olhos-outonal
Aeshna mixta
Acasalamento. O machosegura a fmea pelacabea. A fmea dobrao abdmen para se unirao segundo segmentodo abdmen do macho(genitlia secundria),onde est concentradoo esperma.
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LIBELINHAS
SubordemZYGOPTERA
significa que tem asas (ptera) iguais (zygo)
As libelinhas tm dois pares de asas idnticos. Quando esto emrepouso mantm as asas na vertical, fechadas ou ligeiramente aber-tas. Os olhos compostos encontram-se numa posio oposta, criandouma estrutura que faz lembrar um pequeno martelo. As libelinhasso insetos delicados, com um voo gracioso e lento. Por serem pouco
velozes, caam as suas presas quando estas esto em repouso, geral-
mente sobre a vegetao.
So conhecidas em Portugal 23 espcies de libelinhas pertencentes
a quatro famlias diferentes.
FAMLIA CALOPTERYGIDAE
Esta famlia possui apenas um gnero na Europa Calopteryx represen-
tado em Portugal por trs espcies. Esta a nica famlia de libelinhas em
que as asas no tm um estrangulamento junto ao corpo.
FAMLIA LESTIDAE
Representada em Portugal pelos gneros Lestes(seis espcies) e Sympecma
(uma espcie).
FAMLIA PLATYCNEMIDIDAE
Existe apenas um gnero desta famlia na Europa Platycnemis e h
duas espcies no nosso pas. Esta famlia reconhece-se pela forma da cabea
particularmente larga e pelo facto do corpo no possuir colorao metlica.
FAMLIA COENAGRIONIDAE
a famlia de libelinhas com maior diversidade de espcies, algumas
delas difceis de identificar. Em Portugal so conhecidas 11 espcies.
p
Caloptrix-ocidental
Calopteryx xanthostoma
Famlia CalopterygidaeEspcie com umadistribuio exclusivado oeste da Europa(Pennsula Ibrica,Frana e Itlia).
p
Libelinha-hibernante
Sympecma fusca
Famlia LestidaeEspcie comum no centroe sul da Europa, mas queaparece igualmente noNorte de frica, chegandoat sia Central. Prefereguas paradas comabundante vegetaonas margens.
p
Libelinha laranja
Platycnemis acutipennisFamlia PlatycnemididaeEspcie endmica de Franae da Pennsula Ibrica.Prefere rios com guasbem oxigenadas e fluxorelativamente rpido,embora possa surgir emguas paradas. Os machosso muito vistosos, comum forte contraste entreos olhos azuis e o corpoalaranjado.
p
Libelinha vermelha
grande
Pyrrhosoma nymphula
Famlia CoenagrionidaeOcorre na Europae no Norte de frica.Libelinha com o corpoe os olhos vermelhose as patas pretas.
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ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
Esquerda: machos; direita: fmeas
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LIBLULAS
SubordemANISOPTERA
significa que tem asas (ptera) diferentes (aniso)
Quando esto em repouso, as liblulas mantm as asas abertas e nahorizontal. Tm msculos fortes que permitem um voo rpido e caarcom grande eficcia. Sendo animais fundamentalmente aquticos,precisam da gua para completar o seu ciclo de vida. Contudo, osadultos so avistados muitas vezes longe dos rios e ribeiros ondenasceram, devido sua grande capacidade de voo. fcil encontrar
liblulas nas clareiras de florestas a caar insetos, em locais aqueci-dos pelo sol.
Em Portugal so conhecidas 42 espcies de liblulas pertencentes a
cinco famlias.
FAMLIAAESHNIDAE
As liblulas desta famlia tm o corpo escuro com pequenas manchas
brilhantes; os olhos esto muito juntos, havendo uma grande rea de con-tacto. Em Portugal existem 10 espcies pertencentes a esta famlia.
Imperador-azul
Anax imperator
Famlia AeshnidaeEspcie comum emfrica e em grande parteda Europa e da sia.Em Portugal aparecepor toda a parte,embora prefira asgrandes massas de guaparadas com abundantevegetao nas margens.Distingue-se pelos olhosverde-azulados e pelotrax verde na partelateral. Com umaenvergadura quepode atingir cerca de
nove centmetros, uma das maioresliblulas europeias.Macho, esquerda;fmea, direita.
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
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FAMLIALIBELLULIDAE
Trata-se da famlia mais numerosa em Portugal, representada por 20
espcies. A principal caracterstica a forma alargada do abdmen. A cor dosadultos geralmente uniforme.
FAMLIAGOMPHIDAE
As espcies desta famlia tm os olhos bem separados, parecendo-se
mais com os das libelinhas. O corpo dos adultos amarelo (ou ocre) e muitasespcies possuem extensas marcas negras. So conhecidas sete espcies em
Portugal.
Gonfos comum
Gomphus pulchellus
Famlia GomphidaeMacho.Espcie comdistribuio restritaao oeste da Europa
onde comum.Aparece em riose ribeiras com poucacorrente. Nesta espcieso caractersticas asfinas linhas pretas emfundo amarelo na partelateral do trax.
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
Liblula de quatro
pintas
Libellula
quadrimaculata
Famlia LibellulidaeMacho.Espcie com ampladistribuio na Europae na Amrica do Norte.Prefere guas paradascom vegetao bemdesenvolvida.
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FAMLIA CORDULEGASTRIDAE
Os olhos das espcies desta famlia
tocam-se apenas num ponto. Apesar de exis-
tirem vrias espcies europeias, em Portugalaparece apenas Cordulegaster boltonii. muito
frequente e dispersa no norte e centro, sendo
pouco frequente e localizada a sul do Tejo.
FAMLIACORDULIIDAE
Esta famlia tpica das regies frias do
norte e centro da Europa e apenas ocorrem
duas espcies em Portugal, ambas protegidas
por lei (Anexos II e IV da Diretiva Habitats daUnio Europeia).
Macrmia
Macromia splendens
Famlia CorduliidaeMacho.Espcie com distribuio exclusiva do sudoeste europeu (Portugal,Espanha e sudoeste de Frana). O corpo negro e a face dorsaldo abdmen possui pequenas manchas amarelas em forma decorao. Espcie com ampla distribuio em Portugal mas restritaa rios com vegetao arbrea bem conservada.
Liblula esmeralda
Oxigastra curtisii
Famlia CorduliidaeMacho.A oxigastra encontra-se apenas no oesteda Europa. Reconhece-se pelos olhos verdesbrilhantes e pelas manchas amarelas daface dorsal que contrastam com a corescura (metalizada) do abdmen.
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
ALBANOSOARES
Liblula anelada
Cordulegaster boltonii
FamliaCordulegastridaeMacho. uma liblulade grande porte(envergadura atoito centmetros),
que se reconhecefacilmente pelo corponegro com manchastransversais amarelas.
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Gafanhotos, saltes e grilos
ORTHOPTERA
significa que tem asas (ptera) direitas (ortho)
Insetos com a cabea grande e o primeiro segmento do trax (pronoto)bem visvel e parecido com uma sela de montar. As patas traseirasso muito maiores do que as restantes e esto adaptadas para saltar.Os adultos possuem geralmente dois pares de asas, sendo as anterio-res duras ou coriceas. Conhecem-se mais de 15 000 espcies no
mundo, sendo as regies tropicais as mais ricas. Na Europa, a maiordiversidade de espcies encontra-se na regio Mediterrnica. Existemmais de 300 espcies na Pennsula Ibrica e cerca de 140 em Portugal.
INSETOS CANTORES
As espcies desta ordem produzem sinais acsticos especficos, com
uma determinada frequncia e amplitude. Os saltes (gafanhotos de ante-
nas compridas) e os grilos produzem som raspando uma asa contra a outra
(subordem Ensifera). Os gafanhotos (subordem Caelifera) produzem sonsatravs de movimentos rpidos das patas posteriores contra as asas.
Grilo-comum
Gryllus campestris
A partir da primavera, comum ouvir-seo som produzido pelosmachos para atrairas fmeas paraas suas tocas.
FRANKPENNEKAMP
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GAFANHOTOS
SubordemCAELIFERA
significa gravar em relevo (caelare)
A maioria das espcies de gafanhotos prefere prados e zonas abertascom clima quente e seco.
BONS IMITADORES DO LOCAL ONDE VIVEM
As cores e os padres dos gafanhotos no devem ser utilizadas para a
sua identificao, j que so caractersticas muito variveis. Indivduos da
mesma espcie, mas que vivem em locais diferentes, podem ter um aspetomuito distinto. Os gafanhotos tm a capacidade de mimetizar (imitar) as
cores dos habitats onde vivem, camuflando-se e evitando assim serem dete-
tados por predadores.
Gafanhoto-narigudo
Truxalis nasuta
um dos gafanhotos maiscuriosos da nossa fauna.Reconhece-se pela formaalongada do corpo(semelhante ao dos bichos--pau), a cabea alongadae plana, e as antenasachatadas.
Gafanhoto-de-cabea-cnica
Pyrgomorpha conica
A cabea deste gafanhoto temuma forma cnica muitoparticular. O seu corpo podeapresentar variaes na colorao.
FRAN
KPENNEKAMP
FRAN
KPENNEKAMP
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NINFAS SEMELHANTES AOS ADULTOS
O desenvolvimento dos insetos ocorre por fases (mudas). Nos insetos
em que a metamorfose incompleta (hemimetablicos, ou seja, que no
passam pela fase de pupa), chamam-se ninfas s fases que antecedem oestdio adulto como o caso dos gafanhotos. As ninfas so semelhantes
aos adultos, mas mais pequenas e sem asas, ou com asas vestigiais. Para
aumentar de tamanho, estes insetos passam por vrias mudas, em que lar-
gam o exoesqueleto antigo como se fosse um casaco que j no serve.
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
Ninfa (em cima)e exvia (exoesqueleto)de Chorthippusbinotatus.
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GRILOS E SALTES
SubordemENSIFERA
significa portador de espada (ensifer)
A maioria das espcies deste grupo prefere locais com vegetaodensa como bosques e matos, pelo que a sua conservao dependeda manuteno destes habitats.
UM OVIPOSITOR MUITO COMPRIDO
As fmeas tm um ovipositor comprido na extremidade do abdmen,
que usam para perfurar o substrato e fazer a postura de ovos em locais menosacessveis.
Grilo-de-sela-ibrico
Neocallicrania miegii
Os adultos das espciesdeste gnero no tmasas. O longo ovipositorna extremidade doabdmen das fmeas(imagem da esquerda)serve para colocaros ovos num ninhosubterrneo (imagemda direita).
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
Salto-de-cabea-cnica
Ruspolia nitidula
Espcie comum em Portugal, embora esteja protegidanoutros pases europeus, por ali ser rara e se encontrarem perigo de extino.
Salto-verde-maior
Tettigonia viridissima
Espcie predadora, muito til nos campos agrcolas e nos jardins,onde se alimenta de insetos prejudiciais s plantas. um dos maioresgafanhotos deste grupo, sendo comum em toda a Europa Ocidental.
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Cigarras e cigarrinhas
HOMOPTERA
significa que tem asas (ptera) iguais (homo)
As cigarras e as cigarrinhas formam um grupo de insetos muito hete-rogneo, com muitas formas e estilos de vida, mas que partilha umacaracterstica muito importante: a boca est transformada num longoestilete ou bico que serve para sugar lquidos. Em muitos casos, estebico est localizado numa posio muito inferior da cabea, quase aonvel das patas da frente. Todas as espcies de hompteros se alimen-
tam de plantas, constituindo em muitos casos pragas de culturasagrcolas. Estes insetos debilitam as plantas ao sugarem grandesquantidades de seiva e muitos injetam toxinas e microrganismos queso prejudiciais s plantas.
O CANTO DAS CIGARRAS TIL PARA IDENTIFICAR AS ESPCIES
Apesar de serem insetos comuns, as cigarras no so fceis de observar.
Os estdios imaturos vivem no solo e os adultos encontram-se frequente-
mente no topo das rvores. Por esta razo, mais fcil ouvir as cigarras do
que v-las. Geralmente cantam durante as horas mais quentes do dia. Cada
espcie produz um som especfico, pelo que esta caracterstica muito til
para as identificar. O estudo dos sons das cigarras j permitiu descrever
novas espcies para a Cincia, algumas das quais endmicas de Portugal
FRANKPENNEKAMP
ISIDROMARTINEZ
A cigarra-comum(Cicada orni)encontra-sepraticamente em todoo pas (imagem daesquerda). Os machos
cantam de junhoa outubro. No sulde Portugal existe acigarra-comum-do-sul(Cicada barbara), que muito parecida(imagem da direita).S se conseguemdistinguir as duasespcies atravsdo canto.
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(o que significa que s existem no nosso pas). As cigarras produzem sons
atravs de membranas especializadas os tmbalos. S os machos tm tm-
balos, produzindo sons que se podem propagar a longa distncia para atrair
as fmeas.
PLANTAS COM SALIVA?
Com certeza que j encontrou no campo plantas com zonas cobertas
por uma espuma branca, lembrando saliva. As responsveis por este fen-
meno so as ninfas (os estdios imaturos) das cigarrinhas da famlia Cerco-
pidae que, para se proteger, produzem a espuma com a seiva das plantas
que parasitam.
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
Cigarrinha-do-
-cuspo-de-sapo
Cercopissp.Se afastarcuidadosamentea espuma da plantaencontrar por baixouma ninfa, que pareceum adulto emminiatura (imagemda direita).
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Percevejos
HETEROPTERA
significa que tem asas (ptera) diferentes (hetero)
O nome desta ordem refere-se s caractersticas das asas anterioresdestes insetos, em que a parte superior dura e a parte inferior mem-branosa. De uma maneira geral, o corpo dos percevejos achatado e asasas esto dobradas sobre o corpo quando os animais esto emrepouso. semelhana das cigarras e das cigarrinhas, todas as esp-
cies desta ordem possuem a boca em forma de estilete. Muitas famliastm a capacidade de segregar substncias, que so libertadas por gln-dulas existentes nas patas posteriores e que produzem um cheirodesagradvel.
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
Percevejo-do-tojo
Piezodorus literatus
Os ovos dos percevejostm muitas vezes umaespcie de tampa queajuda as ninfas jovensa sarem.
RUIANDRADE
Percevejo-do-solo-
-comum
Spilostethus pandurus
Algumas ninfas depercevejos (imagemde cima) podem ter umaspeto bastante distintodos adultos (imagemde baixo).
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FRANKPENNEKAMP
Percevejo-assassino
Rhinocorissp.Alguns percevejosso predadores ativos,caando outros insetoscom o seu desenvolvidobico, que tambm servepara sugar as presas.
FRANKPENNEKAMP
Alfaiate
Gerris lacustris
H muitas espciesde heterpterosaquticos. O alfaiate
uma das espcies quea partir da primaverase encontra na maioriados cursos de gua edos charcos. As patasesto modificadas demodo a permitir aosanimais andar e saltarsobre a gua sem seafundarem. Os alfaiatesso predadoresde outros insetos.
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Bichos-pau
PHASMIDA
significa esprito ou apario (phasma)
Os bichos-pau so inconfundveis: so insetos esguios, com longaspatas, mandbulas fortes e um par de antenas compridas. Na Europano h nenhuma espcie com asas. As patas, todas idnticas,so constitudas por cinco segmentos. So animais herbvoros: asfortes mandbulas so necessrias para mastigar as plantas de que
se alimentam.
BONS IMITADORES
O nome cientfico desta Ordem chama a ateno para a capacidade de
mimetismo destes insetos: a sua forma e cor permitem -lhes tornarem-se
praticamente invisveis no seu habitat. Os bichos-pau confundem-se facil-
mente com os caules e pequenos ramos das plantas, escapando assim aos
predadores.
Consegue distinguiros insetos nestasimagens?
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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INSETOS COM REPRODUO SEXUADA E ASSEXUADA
raro observar um acasalamento de bichos-pau na natureza porque h
menos machos do que fmeas. Se um macho est presente, a reproduopode ser sexuada: neste caso o patrimnio gentico dos filhos uma mistura
do patrimnio gentico do pai e da me. No entanto, nestes insetos muito
comum as fmeas reproduzirem-se assexuadamente por partenognese:
as fmeas pem ovos sem acasalar e esses ovos do origem a filhas que
tm exatamente o mesmo patrimnio gentico da me, podendo considerar-
-se clones maternos.
FRANKPENNEKAMP
Bicho-pau-comum
Leptynia attenuata
Acasalamento.A fmea (verde) muito maior queo macho (castanho).
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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Besouros
COLEOPTERA
significa que tm asas (ptera) protetoras (coleo)
Os adultos desta ordem possuem normalmente dois pares de asas.As asas anteriores esto endurecidas, e no servem para voar, massim para proteger o abdmen. Quando esto pousados, o par de asasposterior e o abdmen no se vem, pois esto ocultos pelas asasendurecidas.
A DIVERSIDADE DOS BESOUROS ENORME
Os besouros so muito abundantes quer em nmero de indivduos, quer
em nmero de espcies. Estima-se que existam mais de 350 000 espcies em
todo o mundo. A sua diversidade manifesta-se na variedade de habitats que
podem colonizar e tambm na capacidade para explorar diferentes tipos de
recursos alimentares. Esta capacidade est relacionada com o grupo a que
pertencem e, por este motivo, sero apresentados tendo em conta as suas
preferncias alimentares.
EVAMONTEIRO
Pormenor da bocade um besouro. Diz-semastigadora porqueest adaptada aoconsumo de alimentosslidos, com grandesmandbulas queservem para cortare triturar os diferentestipos de alimentos.
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COISAS QUE DEVE SABER SOBRE BESOUROS
Todos os estdios de desenvolvimento dos besouros, desde as larvas aos
adultos, tm a boca adaptada para mastigar, com mandbulas bem desenvol-
vidas. Ao primeiro par de asas dos besouros d-se o nome de litros. A pre-sena dos litros foi determinante para o sucesso deste grupo, conferindo-
-lhe uma grande resistncia e capacidade de colonizar diversos meios.
BESOUROS QUE COMEM MADEIRA
As larvas de muitos besouros alimentam-se de madeira. Como brocasvivas perfeitamente adaptadas a furar a madeira, estes insetos abremtneis e galerias no interior de rvores, vivas ou mortas, e at emmadeira j transformada e tratada. Este grupo inclui algumas pragas,como a broca-do-pinheiro (Chalcophora mariana), o caruncho-da--madeira (Anobium punctatum) e algumas espcies emblemticas eprotegidas, como o besouro-longicrneo (Cerambix cerdo) ou a cabra--loura (Lucanus cervus).
BOSQUES ADULTOS, RVORES VELHAS E RVORES MORTAS:
VALORES A CONSERVAR
A cabra-loura (Lucanus cervus) depende da existncia de carvalhos velhos
e mortos, em avanado estado de decomposio. As larvas desenvolvem-se
no interior dos troncos durante um perodo de 4 a 6 anos. Quando chega a
altura da metamorfose para o estado adulto abandonam os troncos. Esta
Besouro preparadopara voar. Bem visvel
a diferena entreas asas anterioresendurecidas(designadas por litros)e as posterioresmembranosas.
ERNESTINOMARAVALHAS
ERNESTINOMARAVALHAS
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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espcie, outrora abundante, tem sofrido um declnio em vrios pases do
norte da Europa devido destruio dos seus habitats e gesto florestal, que
remove as rvores mais velhas e cadas. Esta espcie est, por isso, protegida
pelo Anexo II da Diretiva Habitats da Unio Europeia.
EDUARDOJ.CASTRO
PAULOSIMES
FRANKPENNEKAMP
Os buracos no troncodo velho carvalhoindicam a presenade larvas deLucanus cervus.
Cabra-loura
Lucanus cervus
Macho (direita) e fmea(esquerda). Os machosdesta espcie tm
as mandbulas muitodesenvolvidas,lembrando a armadurade um cervo ou veado.Voam ao incio da noiteem busca de fmeaspara acasalar.
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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BESOUROS PARASITAS
Os besouros parasitas mais conhecidos pertencem famlia Meloi-
dae. Na Europa, de uma forma geral, os estdios larvares so parasi-tas dos ninhos de abelhas solitrias. Na primavera as fmeas pemmilhares de ovos no cho, dos quais eclodem minsculas larvas dota-das de poderosas garras. As larvas de algumas espcies procuram ati-
vamente os ninhos que vo parasitar, outras arrastam-se at ao cimode uma flor e esperam pela boleia de uma abelha que as leva dire-tamente para o ninho. Uma vez no ninho comeam por se alimentardos ovos de abelha e depois passam s reservas de plen e de nctar.
Ninho subterrneode abelha-solitria alvode um duplo ataquede parasitas.
O bichinho laranja agarrado s asas da abelha uma larva de um besouro parasita,da famlia Meloidae. Esta larva apanhou boleia de uma abelha (Sphecodessp.),tambm ela parasita. A inteno da abelha parasita colocar um ovo no ninho de outraespcie de abelhas (Lasioglossumsp.). Neste caso, ser a larva de Meloidae que se iralimentar dos ovos das duas abelhas e das provises de plen.
Arrebenta-bois
Berberomeloe majalis
primeira vista pode
no parecer umbesouro, mas seolharmos com atenoveremos os dois litrosjunto ao trax, quenesta espcie somuito reduzidos.
RUIANDRADE
RUIA
NDRADE
FRANKPENNEKAMP
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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BESOUROS QUE COMEM PLANTAS
A maioria dos besouros alimenta-se de plantas nalguma das fases doseu ciclo de vida. Alguns podem ser vistos a comer folhas ou em cimade flores a alimentar-se de plen. Outros atacam as razes das plan-
tas ou as suas sementes. Aqui apresentam-se algumas das principaisfamlias que se podem alimentar de plantas.
Luzerna (Medicagosp.)atacada por larvasde colepteros dafamlia Chrysomelidae.
Besouro-verde-
-das-verrugas
Lytta vesicatoria
Nem todos os membrosda famlia Meloidaetm o primeiro parde asas reduzido.Esta famlia caracteriza--se por ter a cabeabem separadae ligeiramente maislarga do que o trax, eas antenas semelhantesa contas de um rosrio.
FRANKPENNEKAM
P
FRANKPENNEKAMP
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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FAMLIACURCULIONIDAE
Famlia com cerca de 50 000 espcies conhecidas em todo o mundo.
Os gorgulhos, besouros da famlia Curculionidae, reconhecem -se pela cabea
prolongada lembrando um focinho e pelas antenas em forma de cotovelo,mais largas na extremidade. As larvas destes besouros vivem no interior de
razes, caules ou sementes. Algumas espcies podem ser pragas, como o caso
do gorgulho-do-trigo (Sitophilus granarius), que come cereais armazenados.
FAMLIA CHRYSOMELIDAE
Famlia com cerca de 35 000 espcies
conhecidas em todo o mundo. Quase
todos estes besouros se alimentam de
folhas ou razes. Muitos so minsculos
e outros tm o corpo com cores metli-
cas. As antenas ligeiramente serradas e o
corpo oval e cncavo so caractersticos
desta famlia.
Besouro-das-
-folhas-lusitano
Exosoma lusitanica
Em pocas favorveispode ser muitoabundanteem prados floridos.
Gorgulho
Lixus sp.
Ocorre sobre folhase flores de plantasherbceas em parques,jardins e prados
floridos.
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FAMLIABRUCHIDAE
Os besouros desta famlia alimentam-se de sementes. O corpo tem um
aspeto aveludado e os litros so um pouco mais curtos que o habitual,
deixando o abdmen exposto.
FAMLIA CERAMBYCIDAE
Alm de madeira, as larvas dos besouros-longicrneos tambm conso-
mem as partes verdes dos caules de plantas herbceas, arbustivas e arb-
reas. Os representantes desta famlia so facilmente reconhecveis pelocorpo alongado e pelas longas antenas de segmentos compridos.
Besouro da famliaBruchidae.Estes pequenosbesouros encontram-semuitas vezes nas flores.
Besouro-
-longicrneo-
-oculado
Oberea oculata
As larvas destaespcie inconfundvelalimentam-sedos caules verdesde salgueiros.
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BESOUROS DECOMPOSITORES
Algumas famlias de besouros especializaram-se na decomposio
de matria orgnica. H os necrfagos, que comem animais mortos;os coprfagos, que comem excrementos de outros animais; e osdetritvoros, que se alimentam de matria vegetal em decomposio.Os seus gostos podem parecer um pouco estranhos, mas estes esca-ravelhos prestam um servio fundamental aos ecossistemas.
BESOUROS QUE COMEM C ADVERES
Os besouros-enterradores pertencem famlia Silphidae. O nome comumdestes insetos alude ao hbito de algumas espcies enterrarem pequenos
cadveres. Depois de enterrarem o cadver, as fmeas colocam os ovos em
cima dele, esperam que as larvas nasam e se alimentem da carne que arran-
cam da carcaa do morto.
EVAMONTEIRO
EVAMONTEIRO
Um nico excrementode vaca pode sustentar
vrios milhares delarvas de besouros,pertencentes a vriasespcies. Adulto nointerior de excrementode vaca (esquerda).Larvas de besouro(direita).
Besouro-enterrador
Thanatophilus rugosus
O nome cientfico destegnero significaaquele que atradopela morte. De facto,as larvas deste besouroalimentam-sede animais mortos.R
UIANDRADE
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BESOUROS QUE COMEM
EXCREMENTOS
So conhecidos como besouros-do-
-estrume e pertencem quase todos famlia Scarabaeidae. A cabea e o corpo
de muitas espcies desta famlia apre-
sentam esculturas em forma de corno ou
outras formas bizarras, que so mais
desenvolvidas nos machos. Estes fabri-
cam e transportam bolas de excremen-
tos para oferecer s fmeas, onde estas
iro depositar os ovos.
BESOUROS PREDADORES
Muitos besouros so ferozes predadores que caam ativamente peque-nos invertebrados como artrpodes ou moluscos terrestres.
BRUNOPINHO
Besouro-
-do-estrume
Bubas bison
Pirilampo
Lampyris noctiluca
Famlia LampyridaeOs pirilampos tm a rara capacidadede produzir luz. Os machos tm asase voam para perto das fmeas emresposta aos sinais luminosos destas.Os pirilampos adultos quase nose alimentam, mas as suas larvastm uma dieta rica em caracis.Na foto vemos uma larva a injetarsucos digestivos num caracol antesde o comer.
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Besouro-tigre
Cicindela lusitanica
Famlia CicindelidaeComo o seu nome indica
um feroz predadorque persegue em terrenoaberto as suas presas,normalmente pequenosartrpodes. considerados o insetocorredor mais rpidodo planeta, por isso,talvez um nome melhorfosse Besouro-chita...
Joaninha
Coccinella
septempunctata
Famlia CoccinellidaeEsta espcie talvezdispense apresentao!Larvas e adultos sovorazes predadoresdos pulges (OrdemHomoptera) e so muitoimportantes no seucontrolo biolgico.
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BESOUROS AQUTICOS
Os besouros tambm conquistaram o meio aqutico. Os besourosaquticos so quase todos predadores e esto representados na
Europa por cinco famlias. Adultos e larvas deslocam-se superfcieou na coluna de gua, alimentando-se de pequenos insetos que caemna gua ou de outros artrpodes aquticos.
Carocha
Carabus rugosusFamlia CarabidaeCiclo de vida: de larvaa besouro adulto.
Besouro-aqutico
Dytiscus sp.
Estes animais tmo corpo achatadoe hidrodinmico.A cabea, o corpoe as asas fazem umalinha contnua.As patas traseiras,muito peludas,so utilizadaspara nadar.
1 - ltimo estdio larvar
4 - Adulto ainda mole aps a ltima metamorfose
2 - Muda de lagarta para pr-crislida
5 - Adulto
3 - Crislida
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Moscas e mosquitos
DIPTERA
significa que tem duas (di) asas (ptera)
As moscas e mosquitos, tal como as melgas e os moscardos, perten-cem Ordem Diptera. Tm apenas duas asas membranosas, encon-trando-se as asas posteriores transformadas em balancetes, estrutu-ras caractersticas da ordem. A boca dos mosquitos do tipo sugadora,adaptada suco de lquidos. Os adultos de algumas espcies
alimentam-se de sangue e outros no se alimentam de todo. As lar-vas podem ser aquticas ou terrestres e neste caso podem alimentar--se de fungos e de matria orgnica em decomposio.
MOSQUITOS E MELGAS
SUBORDEMNEMATOCERA
Os insetos desta subordem so os mais antigos da Ordem Diptera.Reconhecem-se pelas antenas formadas por mais de trs segmentose pelo corpo esguio. Os mosquitos e as melgas, devido dependncia
da gua e da humidade parao desenvolvimento das suaslarvas, esto normalmenteassociados a habitats hmi-dos e sombrios, nas proximi-dades de cursos de gua.
Mosquito da famliaSciaridae. As longasantenas formadaspor vrios segmentosso caractersticas dasubordem Nematocera.R
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Tpula
Tipula sp.Esta espcie inofensiva e no se alimenta noestado adulto. As longas pernas, as asas estreitase compridas e o aspeto corcunda so caractersticos
da famlia Tipulidae a que per tencem.A larva ( direita) possui um aspeto vermiforme.
Culex sp.Fmea de mosquito da famliaCulicidae. As fmeas desta famliaso sugadoras de sangue.Utilizam este nutritivo alimentopara obter as protenas necessrias
para produzir ovos. As larvasdesenvolvem-se quase sempreem guas paradas, onde sealimentam de bactrias, algas,e mesmo de larvas de mosquitos.
Mosquito-da-casa-
-de-banho
Famlia Psychodidae comum encontrarpequenos mosquitosde aspeto peludonas paredes dascasas-de-banho.Os adultosso facilmentereconhecveis por teremas asas com numerosasnervuras paralelase cobertas de pelos.Este pequeno mosquitono tem mais de meiocentmetro.
EDGARDOGONZLEZCARDUCCI
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Mosquito (macho).Os machos de mosquito
distinguem-sedas fmeas porterem as antenasmuito plumosase desenvolvidas.Alm disso nuncapicam!
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MOSCAS, MOSCARDOS E MOSCAS DAS FLORES
SUBORDENSBRACHYCERA E CYCLORRAPHA
Estas duas subordens caracterizam-se pelas antenas, que nunca tmmais de 3 segmentos. Preste ateno s antenas para saber a quesubordem estes insetos pertencem:
Brachycera: se existir, o pelo sensorial encontra-se na ponta doltimo segmento da antena, ocupando uma posio terminal.
Cyclorrapha: pelo sensorial colocado sobre a parte dorsal doltimo segmento da antena.
p
Haematopota sp.Mosca da subordemBrachycera comantenas sem pelosensorial.
pp
Vermileo nigriventris
Mosca da subordem
Brachycera comantenas com pelosensorial terminal.
Rondania dispar
Mosca da subordemCyclorrapha comantenas com pelosensorial dorsal.
Pipunculus campestris
comum os olhos ocuparem a maior parteda cabea de uma mosca, mas no que diz respeitoao tamanho dos olhos nenhuma se comparaao das moscas da famlia Pipunculidae.Estas moscas so parasitides de cigarrinhas(Ordem Homoptera) e os grandes olhosso importantes para detectar potenciais presas.
RUIAND
RADE
RUIANDRADE
RUIAND
RADE
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ff
Trypetoptera
punctulata
Famlia SciomyzidaeEstas estranhas moscas
pertencem a um grupoem que as larvas sopredadoras de caracis(adultos ou ovos)e de lesmas.
f
Cephalodromia nitens
Famlia MythicomyiidaeDuas moscasminsculasalimentam-sede uma flor.
Mosca-predadora
Famlia AsilidaeAs moscas no so sterrveis para os humanos!Todas as moscas destafamlia so predadorasde outros insetos, capazesat de caar outros vorazespredadores, comoas liblulas, invertendoos papis habituais(normalmente soas liblulas que comemas moscas).
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Mosca-abelha
Lomatia belzebul
Famlia BombyliidaeUm dos muitos insetos que imitam abelhaspara escapar aos predadores. Algumas espciesde moscas desta famlia reproduzem ato zumbido das abelhas.
Varejeira
Luciliasp.
Famlia CalliphoridaeAs varejeiras so responsveis por vrias doenasde animais domsticos e mesmo de humanos.As fmeas depositam os ovos em carne, peixe, animaisem decomposio, feridas infectadas e excrementos.
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UMA MOSCA NA VANGUARDA DA GENTICA
As drosfilas ou moscas-da-fruta so insetos de pequeno tamanho
(alguns milmetros) que desde o incio do sculo XX esto ligadas Gentica.
Graas aos estudos realizados por Thomas Morgan, com populaes deDrosophila melanogastercriadas em laboratrio, foi possvel provar, em 1933,
que os genes se localizam nos cromossomas. Desde ento que a mosca-da-
-fruta se tornou um animal-modelo essencial nos estudos genticos.
RUIANDRADE
RUIANDRADE
Mosca-da-fruta
Drosophilasp.
Scathophaga stercoraria
Nas moscas, a cabea grandeem relao ao resto do corpo,sendo a maior parte delaocupada por enormes olhoscompostos. Esta espcie muito comum em Portugal.Os adultos so predadoresde outros insetos mas tambmse podem alimentar de plene de nc tar.
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Moscas-escorpio e moscas-baloio
MECOPTERA
significa que tem asas (ptera) longas (meco)
A forma da cabea destes insetos, projetada para baixo formando umfocinho com mandbulas na extremidade, torna-os inconfundveis.A maioria das espcies tem dois pares de asas membranosas, longase com manchas escuras. As patas so muito finas. As antenas solongas, com muitos segmentos. Os olhos so compostos e bem desen-
volvidos. Existem cerca de 500 espcies descritas das quais cerca de30 se encontram na Europa. A fauna portuguesa representada porduas famlias com apenas um sp. conhecido em cada uma delas: amosca-escorpio (Panorpasp., famlia Panorpidae) e a mosca-baloio(Bittacus italicus, famlia Bittacidae).
MOSCAS-ESCORPIO
Os machos das espcies desta famlia possuem uma dilatao, por vezesbolbosa, na extremidade do abdmen, semelhante dos escorpies, oque explica o seu nome comum. Os machos atraem as fmeas vibrandoas asas e oferecendo-lhes presas durante o acasalamento. As fmeasdepositam os ovos no cho e as larvas, quando eclodem, alimentam -sede folhas em decomposio, insetos mortos ou minhocas. A transforma-o da larva em pupa ocorre numa cavidade no solo. Os adultosalimentam-se de plen, nctar, pequenos insetos e aranhas. Preferemlocais com vegetao densa, em zonas sombrias e hmidas.
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MOSCAS-BALOIO
As moscas-baloio tm patas muito longas e finas para se pendura-rem nos galhos. So os nicos insetos predadores que capturam pre-
sas com as patas traseiras.
Mosca-escorpio
Panorpasp.O macho (esquerda) possui o abdmen levantado naparte terminal, lembrando um escorpio. As fmeasso parecidas, mas no tm esta estrutura (direita).Repare-se no longo bico situado na parte inferiorda cabea que caracteriza esta Ordem.
Mosca-baloio
Bittacus italicus
H pouca informaoem Portugal sobre estaespcie. Alguns autoresconsideram-na comum,enquanto outros achamque muito rara.Procure esta espcieem matos, bosquesou florestas e envieas fotografias parao websitewww.biodiversity4all.org.
NELSONFONSECA
PIERRETILLIER
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Crisopas, libeloides e formigas-leo
NEUROPTERA
significa que tem nervuras (neuro) nas asas (ptera)
Os insetos desta Ordem tm as asas membranosas com muitas ner-vuras longitudinais e transversais, formando uma rede de malhaapertada. As antenas so compridas e a boca tem poderosas mand-bulas adaptadas mastigao de materiais rijos. A maior parte dasespcies so predadoras em todas as fases do ciclo de vida. Em todoo mundo existem mais de 4500 espcies.
Neurptero-das-
-duas-penas
Nemoptera bipennis
Famlia NemopteridaeEm Portugal, esta a nica espcie destafamlia, facilmentereconhecvel pelasasas posterioresextremamentefinas, compridase ligeiramenteretorcidasna extremidade.
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Libeloide-comum
Libelloides longicornis
Famlia AscalaphidaeOs insetos desta famliatm hbitos diurnose voo rpido,conseguindo caaroutros insetos em voo.
Formiga-leo
Megistopus flavicornis
Familia MyrmeleontidaePodem ser confundidascom as liblulas, masas formigas-leotm as antenas maiscompridas.
CrisopaChrysopasp.Famlia ChrysopidaeAs crisopas so osinsetos mais fceisde observar nemprecisa de sair de casa.Tal como muitos outrosinsetos, noite soatrados pela luze podem visitaras lmpadas doscandeeiros.
So importantesaliados dos agricultorese jardineiros, uma vezque as suas larvasse alimentam depulges e de outrosinsetos herbvoros.
FRAN
KPENNEKAMP
ERNESTINOMARAVALHAS
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Frignios
TRICHOPTERA
significa que tem pelos (trichos) nas asas (ptera)
As asas dos frignios ou tricpteros possuem poucas nervuras trans-versais e esto cobertas por pelos. Quando o inseto est em repousomantm as asas sobre o corpo como se fossem um telhado. As ante-nas so finas e por vezes muito longas. Os frignios podem lembraralgumas borboletas. Distinguem-se destas pela presena de pelos a
revestir as asas e por terem mandbulas na boca. Os adultos sopouco conhecidos, tm cores e padres pouco vistosos, e voam habi-tualmente ao anoitecer. A diversidade mundial ronda as 13 000 esp-cies, mas em muitas regies o nmero real ainda desconhecido.As larvas de frignios so aquticas e os adultos vivem na proximi-dade de massas de gua doce. Os casulos construdos pelas larvasso fceis de encontrar em rios e ribeiros, por isto, esta a fase dociclo de vida dos tricpteros mais popular e conhecida.
OS FRIGNIOS SO EXCELENTES BIOINDICADORES
DA QUALIDADE DA GUA
O regime alimentar das larvas muito variado: podem alimentar-se de
algas e plantas, restos orgnicos, insetos e outros invertebrados. Vivem em
quase todos os tipos de ambientes aquticos, mas so muito sensveis
poluio. So fundamentais nas cadeias alimentares dos ecossistemas,
servindo de alimento a peixes, aves, anfbios e a larvas de outros insetos,
como as liblulas. As larvas so fceis de capturar e de identificar pelo tipo
de casulo que constroem que pode ser feito com areia ou restos de vegeta-
o. A presena de larvas de frignios num local um timo indicador do
estado de conservao de todo o ecossistema.
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Exemplos de frignios adultos.Repare-se na semelhana entrefrignios e borboletas.Os frignios tm pelos a cobriro corpo e as asas, enquantoas borboletas tm escamas.
Lepidostoma hirtum (esquerda)Thremma tellae (direita)Exemplos de larvas de frignios.A larva constri um casulopara se proteger. O casulo caracterstico de cada espcie,sendo por isso utilizado paraa sua identificao.
ERNESTINOMARAVALHAS
AQ
UAWEB
PATRCIAGARCIAPEREIRA
AQ
UAWEB
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Formigas, abelhas e vespas
HYMENOPTERA
significa que tem asas (ptera) mebranosas (hymen)
Os himenpteros caracterizam-se pela presena de dois pares de asasmembranosas com poucas nervuras, sendo as anteriores maiores doque as posteriores. Alguns himenpteros, como as formigas, podemno ter asas. A Ordem Hymenoptera a segunda maior com cerca de200 000 espcies conhecidas. Em Portugal esto registadas pouco mais
de 1000 espcies, provavelmente um nmero muito abaixo da reali-dade. Os himenpteros desempenham importantes funes nos ecos-sistemas como polinizadores e agentes de controlo biolgico das popu-laes de outros insetos.
VESPAS-PORTA-SERRASUBORDEMSYMPHYTA
As vespas-porta-serra distinguem-se dos restantes himenpteros porno terem um estreitamento entre o trax e o abdmen (a cintura de
vespa). O seu nome comum faz referncia ao ovipositor da fmea,em forma de serra, que serve para cortar os tecidos das plantas ondedeposita os ovos. Os adultos alimentam-se de plen.
Vespa-porta-serra
Rogogaster viridis
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DIFERENAS EN TRE LARVAS DE VESPAPORTASERRA E LAGARTAS
Na maioria dos casos as larvas destas vespas alimentam-se de plantas.
Algumas delas so muito parecidas com lagartas de borboletas. Para distingui--las necessrio contar o nmero de patas. Para alm dos trs pares de patas
verdadeiras, no trax, as larvas das vespas-porta-serra tm sempre pelo
menos seis pares de patas falsas, no abdmen. As lagartas de borboleta tm
no mximo cinco pares de patas falsas.
FRANKPENNEKAMP
Vespa-porta-serra
Macrophya montana
Acasalamento. esquerda, v-seo macho repare queno tem o tpicoestrangulamento entreo trax e o abdmen(a cintura de vespa).
RUIANDRADE
ERNESTINOMARAVALHAS
Larva de vespa-porta--serra. Depois dastrs patas verdadeirassituadas a seguir cabea (a agarrara folha na imagem)tem sete patasfalsas localizadasno abdmen.Na imagem da direitavemos uma lagartada borboleta cauda--de-andorinha(Papilio machaon),a agarrar a planta comas cinco falsas patas.
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FORMIGAS, ABELHAS, VESPAS,VESPAS PARASITAS E PARASITIDES
SUBORDEMAPOCRITA
A maior parte dos himenpteros, entre os quais as populares vespas,abelhas e formigas, pertencem a esta subordem. Este grupo caracte-riza-se por possuir um pronunciado estreitamento entre o trax e oabdmen a cinturinha de vespa. As larvas esto sempre rodeadasde comida e por isso no precisam de se mover, razo pela qual acabea reduzida e no possuem patas.
VESPAS PARASITAS E PARASITIDES
GRUPOPARASITICA
Quase todos os insetos deste grupo so parasitas de plantas ou de outros
insetos. As fmeas destas vespas possuem um ovipositor adaptado para per-
furar a parede do corpo do hospedeiro e nele depositar os seus ovos. Quando
eclodem, as larvas vo-se alimentando dos hospedeiros vivos, comendo-os,
literalmente, por dentro. Este grupo formado por pequenas vespas parasi-
tides, cujas larvas se desenvolvem no interior de outros insetos (os parasi-
tides conduzem sempre a sua vtima morte) e por vespas parasitas que sedesenvolvem nos tecidos das plantas (mas sem necessariamente as matar).
Os himenpteros parasitides so muito importantes na regulao das
populaes de outros insetos e por isso so imprescindveis para o controlo
de pragas.
FRANKPENNEKAMP
Os tpicos bugalhos dos carvalhosso formados por vespas parasitas.A vespa-das-galhas (Andricusquercustozae, famlia Cynipidae),deposita o ovo no interior derebentos de carvalho. Comoresposta a rvore forma um bugalho.No interior desenvolve-se, bemprotegida e alimentada, uma larvade vespa-das-galhas, para alm deuma infinidade de outros insetosque aproveitam o abrigoproporcionado pelo bugalho.
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FORMIGAS, ABELHAS, VESPAS
GRUPO ACULEATAO outro grupo da subordem Apocrita o Aculeata: as formigas, as abe-
lhas e as vespas que se caracterizam por ter o ovipositor transformado num
ferro. Muitas espcies tm veneno que usam para paralisar as presas ou
para se defenderem de predadores.
a este grupo que pertence a maior parte dos insetos sociais. Estes
organizam-se em colnias com diferentes castas de indivduos: a rainha,
com funes reprodutoras; as obreiras, fmeas estreis que cuidam e ali-
mentam as larvas e defendem a colnia; e os machos que fecundam a rai-
nha. As formigas, algumas abelhas e vespas (para alm das trmitas, que nopertencem a esta Ordem) so os nicos verdadeiros insetos sociais.
RUIANDRADE
Futura rainhado gneroMyrmica.
Em certas alturasdo ano, as colniasproduzem machose fmeas com asas,que abandonamas colnias parase reproduzirem.Os machos morrempouco tempo apso acasalamento;as fmeas perdemas asas e regressam terra para procurar
um stio apropriadoe fundar uma novacolnia.
FORMIGAS
As formigas pertencem numerosa
famlia Formicidae que conta com mais de
15 000 espcies em todo o mundo. Todas
elas so insetos sociais: formam grandes
colnias com castas especializadas em dife-
rentes funes. As castas incluem as fmeas
frteis (rainhas), os machos e as fmeas
estreis (obreiras e soldados).
RUIANDRADE
RUIANDRADE
p
Vespa parasitide dafamlia Ichneumonidae.pp
Lagarta deAcronictaruminisparasitada.O hospedeiro nestecaso era uma lagartade borboleta noturna(famlia Noctuidae) quefoi completamenteesvaziada pelas larvasda vespa.
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VESPAS SOCIAIS
Todas as vespas sociais pertencem famlia Vespidae. Na primavera,
a rainha j fecundada escolhe o local para instalar a nova colnia e comea
a recolher material de construo: pedaos de madeira que mastiga paraproduzir uma polpa semelhante ao papel. O ninho que ir abrigar a nova
colnia composto por vrias clulas e em cada uma delas depositado um
ovo. A rainha cria a primeira gerao de larvas, que se transformaro em
obreiras (fmeas) e substituiro a rainha nos trabalhos de construo e de
alimentao, para que esta se possa dedicar exclusivamente a por ovos. No
fim do vero, a rainha deposita ovos-macho e ovos-rainha que crescem em
clulas especiais e de maiores dimenses. No princpio do outono, os jovens
machos e as futuras rainhas atingem a maturidade e acasalam. Os machos
morrem pouco depois de acasalar e as obreiras tambm no sobrevivem aoinverno. Apenas as fmeas fecundadas, futuras rainhas, sobrevivem para ini-
ciar uma nova colnia no ano seguinte.
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RUIANDRADE
Vespa-do-papel
Polistessp.Vespa-do-papel a beber nctar deflores (esquerda). Apesar de passaremo tempo a caar para alimentar as lar vas,as vespas adultas alimentam-se a siprprias de lquidos aucarados comoo nctar. No ninho (imagem da direita)as obreiras alimentam as larvasda colnia com insetos caadosnas imediaes.
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ABELHAS
Nas abelhas podem observar-se vrios graus de comportamento social:
as abelhas solitrias; as que fazem ninhos comunitrios, mas onde no
existem tarefas nem castas diferenciadas (cada me abelha alimenta os
seus filhos); e as abelhas verdadeiramente sociais, como as abelhas-do-mel
(Apissp.) e os abelhes (Bombussp.).A espcieApis mellifera talvez o insetomais conhecido e estudado em todo o mundo. So tambm os mais queri-
dos (embora simultaneamente temidos) e praticamente os nicos que
gozam de algum reconhecimento pelos servios e produtos que oferecem
aos humanos.
Obreiras: so fmeasestreis quedesempenhamdiferentes funes nacolmeia ao longo dasua curta vida, comopor exemplo alimentaras larvas, construire reparar o ninho,armazenar plen e melpara que a colmeiatenha alimento parasobreviver duranteo inverno. Uma colmeiapode abrigar at 80 000obreiras.
Rainha das abelhas(ao centro da imageme muito maior do queas outras abelhas): a nica fmea frtilda colmeia. Pode viverat sete anos. permanentementeassistida pelas obreiraspara que se possadedicar exclusivamente reproduo.
Zanges: so abelhas macho e a suanica funo fecundar a rainha.No outono, quando as reservas dealimento escasseiam, so expulsosda colmeia e morrem.
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JOOVALENTE
RUIANDRADE
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VESPAS E ABELHAS SOLITRIAS
A maioria das espcies de vespas e de abelhas so solitrias. Aps o aca-
salamento cada fmea constri o seu prprio ninho e assegura, sozinha, o
completo desenvolvimento das larvas. As estratgias para garantir a sobrevi-
vncia da descendncia so vrias. H vespas que pem os ovos nos ninhos
de outras espcies; h vespas que colocam os ovos no interior de larvas para-
lisadas de outros insetos; e ainda abelhas solitrias que recolhem plen
incansavelmente para saciar o apetite dos descendentes.
PORQUE H TANTOS INSETOS PRETOS E AMARELOS?
Para alm do ferro e do veneno, as abelhas e vespas tm um sabor
desagradvel. As suas cores so um aviso que significa imprprio para
comer. Na natureza, a combinao de preto com amarelo, vermelho ou
laranja, geralmente sinal de perigo! Um predador inexperiente pode at
MICHELEFERRETTI
MICHELEFERRETTI
Colmeia: ninho com estrutura alveolar construdo pelasobreiras e feito de cera. Tem como funes abrigare proteger o enxame, permitir o crescimento das larvase servir de armazm de alimento para as pocasdesfavorveis do ano. formada por inmerasclulas hexagonais favos no interior das quais depositado um nico ovo.
Mel: suco doce produzido pelas abelhas e que resultada deposio do nctar das flores nos favos da colmeia. um produto aproveitado pelos humanos desdea Antiguidade. A alimentao das abelhas basede plen e do nctar das flores. Como as colmeiassobrevivem ao inverno, as abelhas tm que armazenarestes produtos durante a primavera e o vero e por issovoam incansavelmente de flor em flor durante esteperodo. O plen acumulado nas patas traseirase o nctar no bucho da abelha.
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provar alguns insetos txicos, mas rapidamente aprende a associar as
cores garridas a insetos no-comestveis. Este processo conhecido por
mimetismo Batesiano e d-se quando animais inofensivos copiam a forma
de animais txicos ou perigosos como o caso de muitos insetos inofen-sivos, mas cujas cores imitam as vespas e as abelhas.
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RUIANDRADE
Borboleta-abelha
Pyropteron affine
Repare que as asas deste inseto esto cobertas por escamas,caracterstica da ordem Lepidoptera (borboletas). Os himenpteros,como as abelhas, tm as asas translcidas (desprovidas de escamas).
Mosca-das-flores
Episyrphus balteatus
Este inseto s tem um par de asas, logo pertence Ordem Diptera.
Vespa-comum
Vespula germanica
A vespa que serve de modelo.
RUIANDRADE
RUIANDRADE
Escaravelho-vespa
Clytus arietis
Se nos abstrairmos da forma e da cor, observando apenas ascaractersticas morfolgicas, veremos que este inseto no tem
as asas membranosas. As asas anteriores esto endurecidas(litros), caracterstica da Ordem Coleoptera.
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TRUQUES PARA DISTINGUIR ENTRE ABELH AS E VESPAS
vista desarmada, as abelhas distinguem-se da maioria das vespasatravs do primeiro segmento do trax e das patas posteriores.
As abelhas tm:
o trax peludo;
as patas traseiras largas e cobertas de pelos de aspeto plumoso,
adaptados ao transporte de plen.
Enquanto as vespas tm:
o trax com poucos pelos;
o primeiro segmento do trax forma um colar volta do pescoo
que atinge a base das asas anteriores; todas as patas so robustas, finas e sem pelos.
Latibulus sp.Famlia IchneumonidaeE quando os parasitasimitam as presas?As cores desta vespaparasitide imitamas das vespas-do-papel(Polistes sp., famliaVespidae), o quelhes permite entrardisfaradas nos seusninhos e colocaros seus ovos nas larvasda colnia.
RUIANDRADE
Abelho
Bombussp.Pode ver-se o cesto-do-plen nas patas posteriores, carregado de plen, misturadocom nctar regurgitado as bolas laranja que aderem s patas traseiras.
Vespa da famlia Vespidae.
FRANKPENNEKAMP
FRANKPENNEKAMP
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
83/110
Borboletas
LEPIDOPTERA
significa que tem escamas (lepido) nas asas (ptera)
As borboletas so insetos muito caractersticos: possuem dois pares deasas membranosas, encontrando-se estas e o corpo cobertos por esca-mas. A boca da grande maioria das espcies formada por uma pro-bscide ou espirotromba, que um tubo que permite aos animaissugar lquidos (gua e nctar), como se fosse uma palhinha. A probs-
cide permanece enrolada em espiral por baixo da cabea quando o ani-mal no se alimenta. A diversidade de lepidpteros atualmente conhe-cida estimada entre 160 000 a 175 000 espcies. No entanto, pensa -seque o total de espcies poder chegar a meio milho.
Pormenor da asa daborboleta-do-medronheiro (Charaxes
jasius). So bem visveisas mltiplas escamas,
imbrincadas umas nasoutras, como telhasnum telhado.
Pandora (Argynnis pandora)com a probscide esticadapara sugar o nctar das flores.
Fritilria-mediterrnica
(Euphydryas desfontainii)com a probscide enrolada.
FRANKPENNEKAMP
JORGEGOMES
PEDROPIRES
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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BORBOLETAS DIURNAS
RHOPALOCERA
Significa que tem as antenas (cera) em forma de maa (rhopalo)
Tal como o nome comum indica, estes animais tm hbitos diurnos.O nome cientfico remete para a forma das antenas que so linearese terminam em forma de maa ou clava, ou seja, tm uma dilataona extremidade. A maioria das espcies no faz um casulo para pro-teger a pupa ou crislida. Outra caracterstica que distingue estegrupo a ausncia de qualquer sistema de ligao entre as asas ante-
riores e posteriores.
Os ropalceros ou borboletas diurnas so o grupo de insetos melhorconhecido. Na Europa h 420 espcies, especialmente concentradasna regio mediterrnica e nas zonas montanhosas (Alpes e Pirinus).A Pennsula Ibrica, com 239 espcies, dos locais mais ricos em bor-boletas. Em Portugal ocorrem 135 espcies.
Fritilria-escura
Melitaea athalia
ALBANOSOARES
7/25/2019 Catlogo Insetos Em Ordem
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UMA BORBOLETA AMEAADA DO SUL DE PORTUGAL
Fritilria-mediterrnica
Euphydryas desfontainiiEsta borboleta tem uma distribuio descontnua na regio mediterr-
nica ocidental, com populaes apenas no norte de frica, Pennsula Ibrica e
sul de Frana. Em Portugal s ocorre no barlavento Algarvio e no sudoeste
Alentejano. uma das espcies mais ameaadas do pas devido destruio
do seu habitat. A fritilria-mediterrnica encontra-se em pequenos prados
situados nas margens de linhas de gua, dominados pelo cardo-penteador
Dipsacus fullonum que a planta que serve de alimento s lagartas (ou planta
hospedeira). A extenso deste tipo de habitat tem vindo a diminuir devido,
principalmente, reconverso dos prados naturais em plantaes de euca-lipto e em reas agrcolas. urgente a implementao de um plano de p