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PONTO DE PARTIDA CURADORIA DE HERBERT ROLIM 8º MOSTRA IFCE DE ARTES 8ª EXPOSIÇÃO DOS FORMANDOS DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ARTES PLÁSTICAS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CAERÁ - IFCE

Catálogo - Ponto de Partida

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Catálogo da exposição Ponto de Partida, de conslusão do curso de Tecnologia em Artes Plásticas, do IFCE, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Fortaleza, 2010. Galeria Antônio Bandeira. O catálogo divide espaço com a artista Sara NIna.

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PONTO DE PARTIDA

CURADORIA DE HERBERT ROLIM

8º MOSTRA IFCE DE ARTES

8ª EXPOSIÇÃO DOS FORMANDOS DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ARTES PLÁSTICAS DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO C A E R Á - I F C E

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REALIZAÇÃO:

APOIO

CearáCampus Fortaleza

INSTITUTO FEDERAL DEEDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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No ano de 2005 era inaugurada a exposição da primeira turma de formandos do curso de Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, que na época ainda se chamava CEFET. Naquela ocasião, a Galeria Antônio Bandeira recebia uma coletiva de jovens artistas. Dava-se um mergulho no escuro, pois não supúnhamos que aquele momento marcava o início de uma geração diferente de artistas, educadores, professores e agentes culturais que atuam nesta seara.

Cinco anos mais tarde, a Galeria Antônio Bandeira é incluída na Política de Editais da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através de sua também recém-criada Secretaria de Cultura, recebendo, novamente, uma exposição dos formandos do curso de Artes Visuais do IFCE, além da exposição individual da artista Sara Nina, “Lucíolas”, que também faz parte desta turma de recém-formados, mas acolhida na Galeria como projeto selecionado no I Edital de Ocupação da Galeria Antonio Bandeira. Dois momentos importantes foram registrados nessas exposições simultâneas.

Por isso, é imprescindível frisar o papel desempenhado pela atual direção da Galeria Antônio Bandeira, que compreendeu a importância de apoiar a exposição do IFCE, reforçando, deste modo, a acuidade que se deve dar à formação, no sentindo de manter sempre vivo o diálogo saudável com os centros de formação, sejam estes de nível superior ou não.

De igual modo, o diálogo do grupo com a artista Sara Nina foi muito enriquecedor, posto que houve uma reflexão sobre o estar duas vezes em um mesmo espaço, participando como artista inserida em um grupo e como artista que caminha lado a lado com este, trocando experiências e descobrindo novos caminhos.

Maíra OrtinsCoordenadora de Artes Visuais da Secultfor.

UMA PARCERIA QUE VEM DE LONGE

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Ao ser inserida na política de editais da Prefeitura Municipal de Fortaleza, a Galeria Antônio Bandeira consolida momentos importantes ao incentivo e a reflexão da produção em artes visuais. O objetivo do Edital de Ocupação é democratizar o acesso aos recursos e equipamentos públicos municipais,

estimulando a produção artística da cidade. Parte da política da Prefeitura de Fortaleza para as artes visuais, a ação também cumpre o papel cultural de aproximar a arte da população, franqueando o acesso à população artística e sugerindo um diálogo entre arte e público.

Nesse contexto, é com grande satisfação que a Galeria Antônio Bandeira, junto à Coordenação de Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR) inicia seu programa de exposições através do I Edital de Ocupação, com a mostra “Lucíolas” da artista Sara Nina.

Além desta exposição, recebemos também a mostra “Ponto de Partida” dos alunos concludentes do Curso Tecnológico de Artes Plásticas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE. Ao receber mais uma vez a exposição de formandos em sua programação, a Galeria fortalece esse diálogo com a instituição, possibilitando encontros entre os agentes culturais e ainda ampliando o círculo de trocas entre interlocutores de diversas áreas do conhecimento.

Ao trazer estas exposições, a Galeria Antônio Bandeira oferece ao público um estímulo à reflexão e à experimentação no campo das artes visuais, sobretudo uma contribuição efetiva a jovens artistas em sua diversidade visual.

Mariana RattsDiretora da Galeria Antônio Bandeira

UMA NOVA ETAPA PARA AGALERIA ANTÔNIO BANDEIRA

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PONTO DE PARTIDAHERBERT ROLIM

Com o título Ponto de Partida, esta exposição traz à público o resultado das pesquisas, construídas ao longo de práticas e reflexões, dos alunos concludentes do Curso Tecnológico de Artes Plásticas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE.Podemos dizer que todas as obras aqui expostas, artísticas ou monográficas, têm o mérito da pesquisa como traço em comum. Se as diferenciamos quanto às técnicas, procedimentos metodológicos e linhas de repertório, por outro lado, as aproximamos em relação ao interesse pelo exercício de sensibilização do olhar, conjugado a um saber teórico.

Composta de dois núcleos, Ponto de Partida, divide-se em pesquisa sobre arte e pesquisa em arte, ambas ligadas ao campo da criação, da imaginação, da invenção e do sonho, no entanto, sem perder de vista a organização do pensamento e a racionalização acadêmica.

No primeiro caso temos as investigações de Mônica Pinheiro que, a pretexto de se debruçar

sobre a influência construtivista na obra da artista plástica cearense Heloisa Juaçaba, sobremaneira na série Quadros Brancos, traça um breve, porém significativo, panorama histórico do construtivismo na arte brasileira e, notadamente, de sua penetração nas artes plásticas do C e a r á .

Ainda neste núcleo, ressaltamos a abordagem de

Raisa Christina, para quem o pensamento visual

se volta para os aspectos de caráter comportamental e, ao mesmo tempo, fílmico do longa-metragem de ficção Paranoid Park (Gus Van Sant, EUA, 2007), com base no perfil do jovem contemporâneo e como ele é tratado pela linguagem cinematográfica – percepção harmoniosa entre conteúdo e forma, vida e arte.

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Já no segundo núcleo, com maior número de trabalhos, nos deparamos com as obras dos seguintes artistas/pesquisadores:

Breno Macedo, com sua série de infogravuras Narrativas, propõe um pacto com o leitor a partir de

um jogo de cartas/imagens, por meio do qual poderá desvendar algumas estórias e criar outras, tornando-o cúmplice e co-autor de sua poética. Dá-se, nesta interação, um estreitamento entre texto visual e narrativa plástica: o espectador sai da condição contemplativa e passa a agir na conformação da obra e de seu sentido simbólico, assim como acontece com o livro de Italo Calvino O Castelo dos Destinos Cruzados, de onde bebeu na fonte.

Os desenhos de Diego de Santos chamam atenção pela expansão dos planos em direção a

tridimensionalidade, transformando-os em desenhos/objetos, sem perder de vista o traço autoral que os originou. Nesse deslocamento do campo de ação - do gesto gráfico à materialidade do desenho - o artista empresta vida a seus personagens, ou melhor, a seu(s) eu(s) lírico(s), com os quais nos identificamos como sujeitos.

Nas pinturas sobre MDF de Elisabeth Dreher, os gêneros paisagem e natureza morta se

confundem. Embora as pinceladas soltas, de contornos nítidos, se encaixem nos mecanismos do modernismo, o repertório, por sua vez, desvela questões atuais sobre meio ambiente.

O diálogo das artes visuais com a música é o tema bem humorado da pesquisa de Erik Castro, para

isso recorre à vertente da escultura contemporânea denominada Toy Art . Trata-se de uma abordagem à cultura pop, notadamente às celebridades do mundo rock and roll, utilizando-se do desenho caricatural, como meio de referência, no sentido de chegar à modelagem, técnica tradicional, assim como o gênero retrato, que aqui ganham um novo olhar.

Glau Holanda, por meio do objetual, fragmenta o corpo e parece nos dizer da “insustentável leveza

do ser” (Milan Kundera), ou melhor ainda, de “tudo o que é sólido desmancha no ar” (Karl Marx), numa articulação crítica entre forma e sentido simbólico, entre representação do corpo/objeto como objeto/arte e o esfacelamento do ser na sociedade materialista contemporânea.

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Para Jorge Monteiro, o desafio maior de sua pesquisa é buscar na imagem o texto

subjacente, ou seja, extrair da expressão visual sua potencialidade textual, sem que para tanto tenha de apelar para o discurso das palavras. É sob tal perspectiva que Jorge configura a narrativa literária de ficção científica Neuromancer, de William Gibson, tangenciando, assim, literatura e artes visuais.

Karla Iene, com o vídeo-arte Olhar Sonoro: uma Percepção sobre Sentidos no Cotidiano

Urbano, explora o campo sensorial a partir do conceito de “não-lugar”, segundo Marc Augé, inter-relacionando idéias de espaço e tempo com o sentido de lugar e seus sons praticados, criando camadas de discurso da geografia humana e da paisagem sonora.

Os diferentes estados de arte (performance, objeto e fotografia), com que Lucia Teles encaminha sua

pesquisa, nos remete ao pensamento de Walter Benjamin em A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica, quando diz que a obra de arte nunca foi tão reprodutível ou “imitada” como na contemporaneidade. É nesse sentido que Lucia vai buscar em Andy Worhol e Vick Muniz suas matrizes. Como estes, ela procura se valer dos motivos e conceitos da Arte Pop, manipulando objetos do cotidiano, para enfatizar os apelos publicitários e os produtos de consumo. É o caso de sua série Marmita Popular Brasileira.

Em Marildo Montenegro, o gênero retrato se apóia nos grafismo da tribo Kadiwéu. Se na tradição desta

cultura as índias eram responsáveis pelas pinturas do corpo e grafismos da cerâmica, aqui o processo se inverte e a figura feminina passa a ser motivo das pinturas deste artista, alterando, assim, os conceitos e os modos de visão do espaço e da composição da arte Kadiwéu.

“O mundo é...”, título da obra de Nathalia Forte, remete a indissolubilidade da memória e do fazer

artístico, no que estes têm de interioridade e revelação, de passado e presente, de “eu” e linguagem. Nesse sentido, a artista reproduz as reminiscências da infância, as descobertas inaugurais das sensações visuais, como meio de vinculação entre objeto (forma) e os primeiros atos de percepção do mundo em volta.

A máxima “A pintura é poesia muda e a poesia é uma pintura falante”, atribuída a

Simônides de Ceos (556 a.C -448 a.C), ilustra bem o trabalho de Samara Mabelli. Com apuro técnico (aquarela), uso de materiais pertinentes (papel

Casca de Ovo) e de procedimentos tradicionais (Kanji pictográfico) a artista retoma, em sua pesquisa prática, uma tradição milenar asiática em que texto e imagem se imbricam, criando poéticas interdisciplinares, para as quais não há limite de tempo entre passado e presente.

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Velázquez, o “pintor dos pintores”, é um dos artistas mais revisitados da História da Arte. De Picasso a

Waltércio Caldas encontramos referência a sua obra. Nesta exposição, os anões de Sara Goes é um

exemplo desta fonte inesgotável. Como citação explicita e pungente, por meio da fotografia, ela traz para os dias hoje os anões da corte espanhola do século XVII, retratados por Velázquez. Curiosamente, consegue a difícil tarefa de dar a estes personagens a mesma dignidade que o pintor espanhol imprimiu em suas telas, na contramão da exclusão social daqueles tempos, quando eram contratados como bobos da corte, e no que se fere a “persistência do estigma do corpo e do indivíduo”, no dizer da artista, presente na contemporaneidade.

Com a Série Lucílolas, Sara Nina explora as possibilidades da gravura e seus desdobramentos ao

experimentar técnicas variadas, que vão da impressão da linoleogravura sobre tecido de algodão ao uso dos bordados e patchworks. A escolha dos materiais tem uma ligação temática com o universo feminino, retratado pelo escritor José de Alencar no romance Lucíola, de onde Nina vai buscar referências para seu trabalho.

Para Silvia Maria, o princípio fundamental de sua pesquisa reside mais no prazer experimental do fazer

a obra do que propriamente na obra em si, razão pela qual ela revisita os pôsteres e gravuras do japonês Hosoda Eishi (1756-1829) a fim de relacionar os efeitos expressivos da gravura de acordo com os materiais utilizados. Assim sendo, para cada material (madeira dura, madeira mole, neolite, polietileno e MDF) utilizado, a artista tem uma observação a ser feita e um diferencial a acrescentar, sempre considerando sua fonte geradora.

Por fim, feitas as apresentações, destacamos a pertinência do nome Ponto de Partida para esta exposição. Nada mais oportuno do que chegar ao final da graduação como ponto zero, mediante o que se trilhou e de frente para a paisagem que se descortina com novos saberes a serem alcançados – um futuro promissor!

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Breno Macedo2010Infogravura 24 da série Narrativas17x25cmInfogravuraDa pesquisa: Experimentos gráficos em narrativas visuais. A construção de imagens com potencial narrativo.Orientador:Prof. Esp. Pacelli Cordeiro

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Diego de Santos2010Sem Título35 x 10 x 26 cmObjeto / Cartão Paraná, alfinetes, látex branco e caneta esferográfica.

Da pesquisa:Edificando experiências tridimensionais a partir do desenhoOrientador:Prof. Beethoven Gondim

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REHERD HTEBASILE

Elisabeth Dreher2010Natureza Hoje27 x 27 cmPintura acrílica sobre papelãoDa pesquisa:Paisagens sobrepostas: Um breve estudo sobre a paisagem-natureza e sua (degradação)devastação.Orientador: Prof. Esp. Pacelli Cordeiro

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Erik Castro2010Serj Tankain8 x 2 x 1,3 cm

Abbath Doom Oculta 6 x 3,5 x 2 cm

Kurt Cobain7,6 x 2,5 x 1 cm Escultura / Modelagem com resina Epóxi

Da pesquisa: Modelagem em epóxi: Customizando vultos do Rock.Orientador: Prof. Esp. Wendel

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Fátima Azevêdo2010Universo Particular I, II, III e IV0,59 x 0,42 cmInfogravura sobre PVCDa pesquisa: Universo particular - da Fotografia a InfogravuraOrientador: Prof. Me. Maximiano Arruda

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GLAU HOLANDA

Glau Holanda2009Corpo Frágil - I20 x 30 cmBonecas de plástico e cubo de vidroDa pesquisa:Corpo (des)montado: Editando poéticas visuais a partir de reflexões sobre padrões de beleza.

Orientador: Prof. Dr. Gilberto Machado

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Karla Iene, 2010Olhar Sonoro5 minutosVídeo-arteDa pesquisa:Olhar sonoro: uma percepção dos sentidos visual e auditivo em espaços do cotidiano urbano de Fortaleza (CE).Orientador: Prof. Me. Maximiano Arruda

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JORGE MONTEIRO

Jorge Monteiro2010Faces de Chiba City Blues22 x1 5 x 1,5 cmLivro do artista / caneta hidrocor sobre papelDa pesquisa: Ilustração Narrativa. Interpretações pessoais do livro Neuromancer.Orientador: Prof. Marcos Lopes

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LÚCIA TELLES

Lúcia Teles2010Pelé - Série Marmita Popular Brasileira50 x 70 cmRegistro Fotográfico de mosaico feito com arroz e feijãoDa pesquisa: Marmita Popular Brasileira. Registros fotográficos de experimentos plásticos.Orientador: Prof. Dr. Gilberto Machado

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Marildo Montenegro2010Perfil - I66 x 96 cmTécnica MistaDa pesquisa:Construção pictórica do perfil feminino: A poética do grafismo da tribo Kadiwéu.Orientador: Prof. Me. Sebastião de Paula

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MÔNICA PINHEIRO

Heloísa Juaçaba1982"Relevo"80 x 80 cmsuporte madeira/barbante/tinta à óleo

Mônica Pinheiro2009O construtivismo na obra de Heloísa Juaçaba

Orientador:Prof. Dr. Gilberto Machado

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Nathália Forte2010O Mundo Está Lá ForaDimensões variáveisObjetosDa pesquisa: O Mundo Está Lá Fora? Experimentos com Objetos e Memória.Orientador: Prof. Dr. Gilberto Machado

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cena do filme Paranoid Park (2007)Gus Van Sant

Raisa Christina2010Pesquisa: A metáfora do céu nubaldo - Uma reflexão sobre a juventude em Paranoid Park.Orientador: Prof. Dr. Fernando Lira

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Samara Mabelli2010Coração32x45cmLivro de Artista: Aquarela sobre papel Casca de OvoDa pesquisa:Imagem e significado: Experimentos visuais com ideogramas da língua japonesa.Orientador: Prof. Marcos Oliveira Lopes

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Sara Goes2010Retrato de um anão sentado no chão IFotografia60x67cmDa pesquisa: Um novo olhar sobre Velázquez. Relendo o retrato de Dom Sebastián de Morra através da fotografia.Orientador:Prof. Esp. Wendel Medeiros

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Silvia Maria2010Gueixa em LouroGravura em Madeira (Louro)41cm X 21cmDa pesquisa:Releitura: Ensaios em gravura.Orientador:Prof. Me. Sebastião de Paula

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APOIO

CearáCampus Fortaleza

INSTITUTO FEDERAL DEEDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZALuizianne Lins PREFEITA

SECRETARIA DE CULTURA DE FORTALEZA - SECULTFOR

SECRETÁRIAFátima Mesquita

Coordenadora de Artes VisuaisMaíra Ortins

Diretora da Galeria Antônio BandeiraMariana Ratts

Curadoria GeralHerbert Rolim

Assistente da curadoriaDiego de Santos

Design GráficoSara Goes e Diego de Santos

FotosArquivos pessoais

NHAACCCTÉFII

ACINCÉT AHCIF

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Curadoria GeralHerbert Rolim

Assistente da curadoriaDiego de Santos

Design GráficoSara Goes e Diego de Santos

EdiçãoSara Goes

FotosArquivos pessoais

Curadoria de «Lucíolas»Sebastião de Paula

«Cada época de uma civilização cria uma arte que lhe é própria e que jamais se verá renascer»

Wassily Kandisnsy

Curadoria GeralHerbert Rolim

Assistente da curadoriaDiego de Santos

Design GráficoSara Goes e Diego de Santos

EdiçãoSara Goes

FotosArquivos pessoais

Curadoria de «Lucíolas»Sebastião de Paula

«Cada época de uma civilização cria uma arte que lhe é própria e que jamais se verá renascer»

Wassily Kandisnsy

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Sana Nina2010Sem títuloDa série Lucíolas19 x 15 x 3,5 cm Linoleogravura impressa sobre tecido algodãozinho comintervenção em patchwork e bordado

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Sana Nina2010Sem títuloDa série Lucíolas150 x 30 cm5 linoleogravuras impressas sobre tecido algodãozinho comintervenção em patchwork e bordado

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Sana Nina2010Sem títuloDa série Lucíolas200 x 40 cmVaral com 5 linoleogravuras impressas sobre tecido algodãozinho comintervenção em patchwork e bordado

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Sana Nina2010Sem títuloDa série Lucíolas19 x 15 x 3,5 cm Linoleogravura impressa sobre tecido algodãozinho comintervenção em patchwork e bordado

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A produção de Sara encontra-se em consonância com as propostas estéticas da atualidade, onde as delimitações entre os segmentos artísticos têm desaparecido. A gravura rendeu-se a novas posturas, um diálogo com outras linguagens. As obras aqui expostas tiveram como base várias impressões de cada matriz da série, com interferências diferentes em cada uma delas,tornando-se desse modo peças únicas.A opção de apresentá-las em suportes variados, desde o formato tradicional com molduras e até mesmo na forma de varal, cria uma dinâmica na montagem, que pode também ser interpretada, como as diversas funções que a mulher ocupa na sociedade contemporânea. Além disso, o varal traz à tona a primeira forma de expor os cordéis em feiras livres, reforçando o diálogo Artes e Literatura.Esta não foi à primeira exposição desta série, parte dela já foi apresentada em Fortaleza, Brasília e Salvador em 2009. Portanto, a produção em destaque na Galeria Antonio Bandeira, nos dá oportunidade apreciar mais uma exibição da trajetória promissora desta jovem artista, que se lança nesse universo revoltoso das Artes Visuais.

Fortaleza, julho de 2010Sebastião de PaulaArtista e Professor de Arte.

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Gravura, uma linguagem sem fronteiras.A gravura tem

atuado na multiplicação de imagens, processo que se tornou uma de suas principais características. Sendo capaz de produzir várias cópias de uma mesma matriz. A inserção do múltiplo no universo artístico colocou em xeque a aura do objeto de arte único. Em contrapartida, promoveu um maior acesso do público tanto na fruição, como na aquisição de obras. Na atualidade encontramos manifestações desta linguagem tanto no campo popular como nos novos conceitos da gravura, que consistem no diálogo com os diversos segmentos das Artes Visuais, com as mídias e com a tecnologia. Essas interações têm contribuído para mudanças estéticas e conceituais, que encontraram ressonância em Fortaleza, com a implantação de novos equipamentos culturais e de cursos de Artes Visuais em instituições de ensino superior em 2000.

Sara Nina traz em seu currículo a formação no curso de Artes Visuais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), onde teve o seu primeiro contato com a gravura. A partir desse momento passou a desenvolver uma pesquisa iniciada em 2009, que uniu a linoleogravura e a Literatura, em uma série impressa em tecido de algodão, com interferências de bordados e patchwork, a qual nominou de Lucíolas, referência ao romance homônimo de José de Alencar.

Sara propõe uma reflexão sobre a história das mulheres e de suas trajetórias, simbolicamente representadas por corpos amputados, sem braços, e, muitas vezes impossibilitados de reagirem diante de um acentuado domínio masculino em vários setores da sociedade. Atitudes estas que ainda não são raras nos dias atuais, onde as mulheres continuam sendo subjugadas.

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Lucíolas Sara NinaCuradoria: Sebastião de Paula