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Este manual destina-se aos utilizadores de Dreambox (ou receptor equivalente), que por alguma razão
querem dar utilidade a um PC mais antigo, poupando assim a Dreambox e melhorando o desempenho
da CCcam.
Vão ser abordados os seguintes pontos:
- Ubuntu 9.04 Linux Server
- CCcam
- Crontab
- Samba
- NFS
- Multiboot
Para a instalação do Ubuntu 9.04 Server Edition será necessário um PC com pelo menos 192 Mb de
RAM e 1 Gb de espaço em disco, ou seja, à partida qualquer máquina antiga irá servir. A escolha de
Linux Server em vez de Desktop deve-se ao facto de ser muito menos exigente em requisitos de
hardware e também bastante mais seguro.
(Não esquecer de ligar o cabo de rede entre o server e o router antes de iniciar a instalação)
Nota:
Qualquer comentário que contribua para a melhoria deste manual ou para o tornar mais explícito,
será benvindo.
Instalação do Ubuntu 9.04 Linux Server
Iniciar o PC com o CD de instalação.
Tecla F2 - Escolha da Língua Tecla F3 – Escolha do teclado
Tecla F4 – Instalar um Sistema Mínimo Instalar Servidor Ubuntu
Nome para o sistema Definições de Fuso Horário
Particionamento e Formatação do Disco
Dados do Utilizador
Escolha do software a instalar
sdfsfd Aqui vamos escolher:
- Basic Ubuntu Server
- OpenSSH Server
- Samba File Server
Se tudo correu bem, quando
o sistema arrancar a
imagem que se verá será
esta.
Agora fazemos login com o
utilizador criado durante a
instalação.
A próxima tarefa será
atribuir uma password ao
ROOT do sistema usando o
comando “sudo passwd”.
Primeiro digita-se a
password do utilizador
criado inicialmente e depois
a password pretendida.
Agora vamos fazer login
como ROOT. Para isso
digita-se o comando “su” e a
password do ROOT.
Como vamos precisar de usar o editor de texto VIM, aqui ficam os comandos que vamos utilizar:
“a” – Passa ao modo de edição.
“ESC” – Sai do modo de edição e passa à linha de comando do editor.
“:q” – Sai do editor VIM sem gravar (caso nada tenha sido alterado).
“:q!” – Sai do editor VIM sem gravar as alterações efectuadas.
“:x” – Sai do editor e grava as alterações.
Portanto, estando no modo de edição (após teclar “a”), para sair e gravar é necessário
teclar “ESC :x (Enter)”
O editor de texto VIM
O próximo passo será definir um IP estático. Vamos abrir o editor de texto VIM e definir o IP usando o
comando “vim /etc/network/interfaces”
Definir um IP estático (Fixo)
(Para editar, tecla-se em “a”)
Agora altera-se o texto de modo a ficar
como na imagem.
Em address coloca-se o IP pretendido.
A netmask geralmente fica como está.
Em gateway coloca-se o IP do nosso router.
(Para sair e gravar, tecla-se ESC :x (Enter))
Depois disto vamos
fazer reboot ao sistema
usando exactamente
esse comando.
Instalação da CCcam
Neste momento podemos desligar do nosso server o teclado (há que ter em conta que temos que
alterar a BIOS para que não dê erro por falta de teclado) e o monitor, pois não vamos precisar deles.
Em vez disso podemos usar o programa “PuTTY” que se encontra aqui:
http://tartarus.org/~simon/putty-snapshots/x86/putty.exe e aceder ao nosso server a partir de
qualquer computador que se encontre na nossa rede doméstica.
Vamos então abrir o programa “PuTTY”:
Agora vamos instalar o
“proftpd” digitando o comando
“apt-get install proftpd”
Em “Host Name” digitamos o IP do
nosso server e clicamos em “Open” e
obtemos o login no server como se
tivessemos lá ligado um teclado.
Fazemos login como ROOT.
Sempre que quisermos sair do
“PuTTY” basta fechar a janela ou
escrever “exit”.
Escolhemos a opção
“Modo Solitário”
Respondemos “Y”
Criamos a pasta “/var/etc”
com “mkdir /var/etc” e
damos permissões à pasta
“/usr/local/bin” com
“chmod 777 /usr/local/bin”
Agora precisamos de copiar para a
pasta “/usr/local/bin” o ficheiro
“CCcam.x86”. Isto pode fazer-se de
várias maneiras, mas talvez a mais fácil
para quem não esteja muito habituado
a Linux, seja usar um programa de FTP.
Com o mesmo programa copiamos
também o ficheiro “CCcam.cfg” para a
pasta “/var/etc”.
Para que a CCcam se inicie
automaticamente quando se
liga ou reinicia o server,
temos que alterar o ficheiro
“rc.local” com o comando
“vim /etc/rc.local”.
Depois inserimos a linha
“/usr/local/bin/CCcam.x86”
de forma a que o ficheiro
fique como na figura ao lado.
Neste momento podemos
iniciar a CCcam
manualmente digitando
“/usr/local/bin/CCcam.x86”
Podemos verificar o seu funcionamento digitando o comando “top”. Para sair, CTRL + C.
Neste momento temos o nosso server a correr CCcam.
Crontab
Dado que o server vai ficar ligado 24 horas por dia, e a CCcam utiliza muito a memória RAM e vai
ficando menos estável ou eficiente, podemos parametrizar o sistema para reiniciar a CCcam a uma
determinada hora e ao mesmo tempo, actualizar a “CCcam.cfg”. Assim ficamos com um processo
automático de actualização da “CCcam.cfg”, evitando assim estar a fazer “restarts” constantes, sempre
que alteramos este ficheiro. Ou seja, desta forma, vamos actualizando a “CCcam.cfg” sempre que
queremos, mas a mesma só entra no sistema à hora determinada. Para que isto seja fácil de usar,
vamos precisar de instalar o Samba, que será explicado mais à frente.
Esta linha significa que aos 0 minutos, 4 horas (neste caso, às 04:00 AM) será executado o script
“cccam.sh”.
Neste momento apenas fazemos o restart à CCcam. Ainda não estamos a abordar a actualização
automática da “CCcam.cfg” (isso será explicado a seguir).
Vamos então criar um script com o
nome “cccam.sh” para execução
deste processo. Podemos colocar o
script na pasta “/var/etc” (ficará na
mesma pasta onde se encontra a
“CCcam.cfg”). Usamos o comando
“vim /var/etc/cccam.sh” e
adicionamos o texto conforme a
imagem ao lado.
Para que o processo de reiniciar a
CCcam se execute a uma hora
determinada temos que usar o
comando “crontab –e”.
Aqui vamos inserir uma linha de
forma a que o texto fique como se
mostra na figura ao lado.
Samba
Para não termos que aceder ao server com o “PuTTY” para actualizar a “CCcam.cfg”, pois não é nada
cómodo alterar o ficheiro com o “VIM”, podemos fazê-lo pelo Windows usando o Bloco de Notas ou
algo idêntico. O Samba pode ser configurado para que se possa aceder a uma ou várias pastas do
server pelo Windows Explorer. Vamos então partilhar uma pasta do server para que tenhamos acesso
a ela pelo Windows.
Vamos criar por exemplo a
pasta “dreambox” com
“mkdir /dreambox” e dar
permissões de acesso à
pasta com “chmod 777
/dreambox”
Agora temos que editar o ficheiro “smb.conf”. Vamos manter o ficheiro original e criar um novo
usando os comandos na imagem abaixo.
De seguida, com o comando
“vim smb.conf” criamos um novo
“smb.conf” de forma a que fique
como se mostra ao lado.
Em workgroup colocamos o
nome da rede Windows.
A pasta “dreambox” irá aparecer
identificada com o nome
“pasta_linux”.
Além do ficheiro “CCcam.cfg” podemos também aproveitar o espaço em disco disponível no server
para guardar qualquer tipo de ficheiros.
Agora fazemos restart ao Samba com o comando “/etc/init.d/samba restart”
Depois disto, se abrirmos o
Windows Explorer, podemos
verificar que já aparece a referida
pasta em “Os meus locais na rede”.
Agora já podemos colocar nesta
pasta o ficheiro “CCcam.cfg” que
vamos alterar sempre que
quisermos.
Para que o ficheiro fique
activo automaticamente às
04:00 AM, basta alterar o
script “cccam.sh”
conforme a imagem ao
lado, usando o comando
“vim /var/etc/cccam.sh”
NFS
A Dreambox pode reproduzir MP3 e MPG. Vamos ver como fazer isso a partir do server.
Como já temos o Samba a funcionar,
criamos uma pasta (usando o
Windows Explorer) em “Os meus
locais na rede”, dentro da pasta
“pasta_linux” com o nome “media”.
Ao mesmo tempo colocamos dentro
da pasta “media” uma música em
MP3 (só para testar).
Agora iniciamos o NFS com “/etc/init.d/nfs-kernel-server start”
Para instalar o NFS digitamos “apt-get install nfs-kernel-server”. Depois editamos o ficheiro
“exports” com “vim /etc/exports”. Aí vamos acrescentar a seguinte linha:
“/dreambox/media *(rw,sync,no_root_squash)”
De seguida adicionamos o ponto de montagem na Dreambox (as imagens abaixo podem variar
consoante a imagem utilizada).
Se não existir este directório na
imagem usada na Dreambox,
pode utilizar-se outro.
Neste momento, se acedermos à
opção da imagem ao lado, já nos
aparece a música MP3 na pasta
“/var/mnt/hdd” ou noutra que
tenhamos definido.
Multiboot
A Dreambox 500 não tem memória suficiente para ter mais que uma imagem, mas podemos
aproveitar o facto de termos um server sempre ligado para colocarmos as imagens em Multiboot.
Atenção que nem todas as imagens são compatíveis com Multiboot, mas não há nada como testar.
Neste teste foi instalada na Dreambox a imagem Gemini Project 4.6.0 for DM500 e no server foi
instalada a Nabilosat DM500 DarkStar II. Para esta instalação foi utilizado o programa FlashWizard
PRO.
O primeiro passo será criar uma pasta no server com respectivas permissões, para as imagens em
Multiboot.
Criamos a pasta “multiboot” com
o comando “mkdir /multiboot” e
depois “chmod 777 /multiboot”
Agora abrimos o “FlashWizard Pro” e instalamos conforme a imagem seguinte, tendo em conta
que a imagem é instalada em NFS e não HDD. Em “PC Export” coloca-se o directório que criámos
no server “/multiboot”.