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Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - Nº 12

Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - N º 12 · Em geral, as drogas também provocam alterações mentais, cardíacas e circulatórias. Enquanto os tranquilizantes dimi-nuem

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Centro BD de Educação em Diabetes - Ano XXIV - Nº 12

Publicação mensal do Centro BD de Educação em DiabetesCoodernação Geral: Márcia Camargo de Oliveira • Coordenação Técnica: Debora M. Camilo • Jornalista Responsável: Silvana Silva • Colaboradora:Iris Nunes • Projeto gráfico e DTP: [email protected] • Revisão Ortográfica: Solange Martinez • Capa: © Andresr - Dreamstime • As matériasdesta publicação podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Disque Centro BD de Educação em Diabetes - 0800 11 5097

Expediente

Editorial

A contagem regressiva já começou e é gratificante saber que a Revista BD Bom Dia - aolongo de quase três décadas - não apenas acompanhou, mas também contribuiu para odesenvolvimento de produtos e serviços que colaboraram para o tratamento do diabetes.

A Revista BD Bom Dia confirmou o que os seus idealizadores já imaginavam: ainformação é uma importante aliada no controle do diabetes. Através da informação,passado o primeiro impacto do diagnóstico, muitos descobrem que o portador de diabetesjá não tem uma vida cheia de limitações como no passado. O controle da glicemia vemsendo facilitado dia a dia por uma série de práticas que a Revista BD Bom Dia disseminaatravés das experiências de profissionais especializados e das histórias de sucesso daspróprias pessoas que têm diabetes.

De um jornal impresso em preto em branco chegamos ao ano 2000 no formato de umarevista tão colorida quanto a vida deve ser. E, apostando no alcance ilimitado da internet ena democratização da informação, tornamos a revista eletrônica permitindo o acesso aqualquer tempo e em qualquer lugar a todas as pessoas que buscam informações paraconviver melhor com o diabetes.

Mais que um simples aniversário, estamos comemorando 25 anos de avanços notratamento do diabetes.

Por isso, queremos manter nossos propósitos e compromissos com você, nosso leitor,que faz parte de nossa história e nos estimula cada vez mais a nos preparar para venceros próximos desafios.

Boa Leitura,

Márcia C. Oliveira.Coordenadora do Centro BD de Educação em Diabetes

Às vésperas do 25º aniversário,é hora de assumir novos desafios!

Vida Saudável

garantir horas de agitação, euforia e bem-estar. O usuário per-de a noção das próprias necessidades. Não come, não ingerelíquidos. O primeiro efeito é a desidratação, mas para quemtem diabetes, pode chegar a um quadro de descompensaçãoaguda: a cetoacidose. Segundo o médico do GREA, o porta-dor de diabetes, ainda que faça uso esporádico da droga, temcinco vezes mais chances de sofrer um evento desse tipo. Dr.João lembra a facilidade de conseguir o ecstasy nas raves,principalmente nas regiões sul e sudeste. O comprimido, apa-rentemente inofensivo, já levou muitos jovens à morte. As-sociado a energéticos, funciona como “gasolina na foguei-ra”. A combinação potencializa o efeito dos estimulantes.

Em geral, as drogas também provocam alterações mentais,cardíacas e circulatórias. Enquanto os tranquilizantes dimi-nuem a atividade mental, a pressão e os batimentos cardía-cos, os estimulantes agem exatamente ao contrário. Os aluci-nógenos provocam confusão mental. Para quem já tem pre-disposição a problemas cardíacos ou vasculares, como a ate-rosclerose, o risco de sofrer infarto, ou AVC (acidente vas-cular cerebral, também conhecido como derrame) é muitomaior e, nesse caso, pouco importa a idade do paciente.

Dr. João Maria Corrêa Filho destaca que a disciplina é umadas chaves do sucesso no controle do diabetes, principal-mente para os que fazem uso de insulina. Os estimulantesdificultam a organização necessária que o portador de dia-betes precisa ter para fazer uma alimentação saudável noshorários adequados. Além disso, quem tem diabetes precisamanter o equilíbrio para perceber facilmente qualquer alte-ração na sua glicemia. Se ele faz uso de uma substância queprovoca queda de pressão, ela pode “parecer” uma hipo. Osalucinógenos, ao contrário, podem desorientar e levar a pes-soa com diabetes a um quadro de hiperglicemia, sem que elase dê conta do que está acontecendo.

Assim, para qualquer pessoa, com diabetes ou não, o me-lhor a fazer é se manter longe das drogas. Quem busca rela-xamento, pode encontrá-lo em atividades culturais ou físi-cas. Lembre-se: uma vida saudável oferece muito mais quequalquer droga e não tem contra-indicações.

uma viagem que pode virar pesadelo!

QQuem procura drogas por curiosidade, aventura ou novassensações encontra, inevitavelmente, ameaças e problemas.Alguns muito mais sérios do que se imagina, principalmen-te quando o usuário também é portador de diabetes oudoenças cardiovasculares.

O psiquiatra Dr. João Maria Corrêa Filho, pesquisador doGrupo Interdisciplinar de Estudos Sobre Álcool e Drogas(GREA), da Universidade de São Paulo, explica que as drogasse dividem em três tipos: estimulantes, alucinógenas e de-pressoras. As estimulantes são representadas pelas anfeta-minas, cocaína, crack, ecstasy, maconha e LSD (ácido lisérgi-co). Em geral, elas deixam o consumidor eufórico, bem dis-posto, inibem o sono e diminuem o cansaço. A maconha, oLSD e o ecstasy são ainda alucinógenos que provocam delí-rios e deformam as percepções de sons, imagens e do pró-prio corpo. As drogas depressoras, ao contrário, tendem adeixar o usuário mais lento. Exceto o álcool que, em algunscasos, causa euforia e perda da capacidade crítica; drogastranquilizantes, inalantes, como o lança-perfume, e narcóti-cos (heroína, morfina e codeína) proporcionam sensação derelaxamento, sonolência e leveza.

Os efeitos das drogas, entretanto, não param aí. As mes-mas drogas afetam o comportamento, o controle e o própriometabolismo do indivíduo. Para o Dr. Corrêa Filho que é tam-bém médico assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospitaldas Clínicas da USP, os riscos são os mesmos para quem fazuso tanto ocasional como contínuo de drogas. A quantidadede droga, o tempo de consumo, o estado físico e o grau deresistência explicam as diferentes reações entre os usuários.

No caso dos portadores de diabetes as alterações que asdrogas alucinantes promovem são evidentes. O consumo decocaína, ecstasy, crack ou LSD, causa o aumento da glicemia,graças às alterações que provoca na produção de algunshormônios, em contrapartida, diminui também o apetite. Sema alimentação adequada essas drogas podem levar a pessoaa uma hipoglicemia. A maconha, contudo, produz efeito in-verso: provoca fome, a famosa “larica”. Nesse caso, o usuáriotende a comer qualquer coisa, diz o médico. A preferência épor massas e doces, altamente calóricos. Os alucinógenospodem provocar um quadro ainda mais grave. Eles podem

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Da redação

Vale a pena visitar o portal do Ministério da Saúde:http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=241

Entrevista

Há muito se tem falado que para se obter sucesso no trata-mento do diabetes é necessário ter uma alimentação saudá-vel, praticar exercícios físicos, utilizar as medicações prescri-tas pelo médico, monitorar a glicemia e claro, reunir o maiornúmero de informações possíveis sobre diabetes. Nesse que-sito, a internet vem a passos largos cumprindo essa função.

Web, net, navegar são algumas palavras que já fazemparte do dia a dia da maioria dos brasileiros. Segundo da-dos divulgados pelo Ibope Nielsen Online o acesso à internetem qualquer ambiente (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros), considerando os brasilei-ros de 16 anos ou mais de idade, chegou a 67,5 milhões depessoas no quarto trimestre de 2009.

Em apenas dois clics podemos chegar a lugares inimagi-náveis em questão de segundos. Podemos visitar o mais fa-moso museu, quem sabe conhecer o grande amor da vidae, entre tantas outras coisas, conhecer cada vez mais sobrediabetes. Sim, estamos falando desse fenômeno que nãopara de crescer: a internet.

As informações disponíveis na rede de internet possibilitaque o paciente consiga conversar com seu médico de for-ma mais aprofundada sobre a sua saúde. Não é vergonhaalguma questionar o médico sobre o tratamento e admitir

que busca outras fontes de informação, inclusive na Internet.Para a professora Rose Passos, 40 anos, a internet há

tempos faz parte da sua vida, inclusive no campo pessoal.Foi através da internet que Rose conheceu o seu grandeamor, como ela mesma adora falar, o seu marido RafaelLuis Bernardo de Sousa, o analista programador com dia-betes há 23 anos.

“Até conhecer o Rafael não tinha tido contato com o co-tidiano de quem tem diabetes. Eventualmente eu lia algosobre diabetes, claro que não com a mesma atenção quetenho desde que nos casamos”.

Rose conta que depois de três anos de casada seu maridoapresentou uma complicação do diabetes e aí ela começou aprocurar informações em muitos lugares. “Naveguei em di-versos sites, comecei a prestar atenção à Comunidade DB doOrkut, site em que havia uma troca de experiências muitogrande. Tive muitas respostas lá e meus questionamentos semultiplicaram também. Passei a fazer buscas constantes noGoogle procurando sites especializados em diabetes.

Como em qualquer situação a presença de um profissio-nal da saúde na tomada das decisões que modificam o rumodo tratamento é imprescindível. A internet por mais ricafonte de informação que seja jamais deve substituir a orien-

Por: Iris Nunes Rodrigues

A internet como coadjuvanteno tratamento do diabetes

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tação profissional ou causar uma falsa impressão de estarformando um autodidata em diabetes. O risco de compro-meter o tratamento é imenso.

Segundo Rose, saber filtrar as informações é muito impor-tante “è preciso confirmar as informações que estamos aces-sando na rede, buscar coerência dessas informações pelainternet mesmo, avaliar as experiências de outros internautase, principalmente, conversar com o médico sobre eventuaisalterações. Hoje muitos médicos sabem da importância dainternet como fonte de informação para o paciente e respei-tam isso sem se sentirem ofendidos ou intimidados. Mas épreciso sempre ter bom senso para não colocar o profissionalmédico numa posição de descrença dando maior valor à in-formação obtida na internet. Ambas precisam se somar”.

A busca incessante por informações e a troca de experiên-cias em diabetes nesses sites, rendeu para a professora Rosemais uma função, a de blogueira. Diariamente Rose escreveno blog ConVivendo com o diabetes, do portal comunidadediabetes. Perguntamos quais os sites, portais e comunidadesque ela indicava para os leitores da revista BD Bom Dia eprontamente Rose nos respondeu: “para quem está inician-do no mundo diabetes, a DB do Orkut certamente. A lingua-gem é fácil e todo mundo se identifica ali sem se sentir umextra terrestre. Nenhuma dúvida é banal. A Comunidade Dia-betes traz um universo de informações com linguagem sim-ples também. O Diabetes.org tem muitos estudos de umaforma mais técnica e é excelente também. Sugiro blogs so-bre diabetes. Em especial o meu: ConVivendo com o Diabe-tes, vou adorar receber os leitores da revista BD Bom Dia.Mas também gostaria de deixar um alerta: é muito impor-tante buscarmos informação e aprendermos sobre diabetesmas é fundamental usar o bom senso na hora de alterar qual-quer coisa no tratamento e, principalmente, a consciência deque não se deve fazer isso sem a devida orientação médica”,finaliza Rose.

Twitter, a nova mania da internetCriado em 2006 a cada dia que passa o twitter vem ga-

nhando mais e mais seguidores, ou melhor dizendo, twitteros.Mas afinal, o que é e para que serve esse tal de twitter?

O twitter é uma comunidade virtual focada em responderuma pergunta bem objetiva: “o que você está fazendoneste instante?”. Os participantes devem respondê-la comapenas 140 caracteres. Para tornar-se um twittero basta en-trar no site www.twitter.com e efetuar seu cadastro. Érápido e gratuito. Feito isso agora é hora de “seguir” seusamigos, astros nacionais, internacionais, sim é isso mesmo,se quiser saber o que o seu astro predileto está fazendonesse momento, descubra qual é o seu twitter, basta ir naferramenta de busca da página inicial do twitter e digitarquem você gostaria de “seguir” e adicioná-lo na sua listade amigos. Diferentemente de outras comunidades que pre-cisam do aceite para ser amigo, no twitter não aconteceisso. Além disso, você pode acompanhar seu time predile-to, ler as notícias dos principais jornais do país e do exterior,divulgar eventos e ficar por dentro das últimas novidadessobre o diabetes.

Entrevista

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Vale a pena navegar...

Revistas eletrônicas:www.bdbomdia.com

www.onetouchconvida.com.br

Associações:ADJ - www.adj.org.brANAD - www.anad.org.brAPAD - www.apad.org.brAPDJ - http://elogica.br.inter.net/elcy/aapdj.html

Blogs:www.vivercomdiabetes.wordpress.com/http://blog.diabetes.org.br/www.comunidadediabetes.com.br/blog_convivendo/index.php

Comunidades no Orkut:Diabetes BrasilDiabetesAssociação de Diabetes JuvenilDiabetes Tipo 1Tenho diabetes e sou feliz

Obs. Para acessar as comunidades é necessário ser membro do Orkut.Basta efetuar seu cadastro gratuitamente no site: www.orkut.com

Portais:www.diabetes.org.br

www.diabetesnoscuidamos.com.br

www.comunidadediabetes.com.br

Gente

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Pais relatam como foi o momento do diagnóstico do diabetes e o que fizeram para ajudarseus filhos a se adaptar e a conviver melhor com as novas mudanças em suas vidas

VDa redação

Vilma Aparecida da Silva Rodrigues, mãe de Fabrício, passou quatro meses sem saber o queo filho tinha. Recebeu diagnósticos de bronquite, sinusite, surdez e até problema mental. Àsvésperas de completar três anos o menino sofreu uma queda e ficou inconsciente. Levado aohospital, o exame revelou que a glicemia havia chegado a 615 mg/dL.

Helena Rodrigues da Silva viveu uma situação parecida com sua filha Isabela que, aos quatroanos, perdeu 10 kilos em 10 dias. Inicialmente, quando ela começou a emagrecer, atribuíram ossintomas a um quadro viral. Mas, após os exames, a médica foi clara: “é diabetes ou leucemia”.Achava que só adultos tinham diabetes, mas enfim recebeu o diagnóstico correto e, com otratamento, Isabela se recuperou.

O diagnóstico definitivo chega a dar um alívio aos pais, mas na sequência surge um novoobstáculo que, para alguns, pode parecer intransponível num primeiro momento: as aplicaçõesde insulina. O tratamento é iniciado imediatamente, não dando tempo para que os pais seadaptem à nova situação.

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A experiência de Suely Cerci, ao contrário das outras mães, não foi tão traumática. Por volta dos trêsanos, João Arthur teve o diabetes confirmado logo nos primeiros sintomas. A descoberta precoce evitouque o garoto chegasse a ser internado por conta da glicemia alterada. A primeira aplicação foi dada porum profissional da saúde, mas no dia seguinte o pai já assumia a função. “Compramos uma revistaespecializada em diabetes que trazia uma entrevista comuma endócrino dizendo: ‘Pais, parem de encarar ainsulina como um objeto de tortura. Se não fosse elaseus filhos não poderiam mais estar ao seu lado’. Aquilofoi um divisor de águas em nossa história”, conta Suely.

Vilma, mãe de Fabrício, conta que teve apenas um diapara aprender a fazer o teste de glicemia e a aplicaçãode insulina. Fabrício pedia para não fazer aquilo com ele.E a mãe ainda despreparada chorava. Foi preciso buscarapoio psicológico. Por sorte, o próprio hospital indicou aAssociação de Diabetes Juvenil-ADJ. Lá, Vilma encontrouas informações e o apoio que buscava.

Helena, mãe de Isabela, chegou a pensar que asaplicações de insulina pudessem ficar a cargo de umfarmacêutico, mas descobriu que isso seria inviável. Porisso tratou logo de aprender a fazer as aplicações e estabelecer uma rotina de horários para os testes deglicemia, as refeições e também para as aplicações de insulina.

Já Maria Helena Lievore Simas conta que dois meses antes de sua filha Lívia completar cinco anos, elapassou a perder peso, tomar água em excesso e urinar muito. Foi a avó quem suspeitou que pudesse serdiabetes. Durante uma visita médica, Maria Helena falou de suas suspeitas e mais tarde, o diagnóstico foiconfirmado. “Não vou mentir, no começo eu chorava demais, mas sempre longe dela. Perto, eu passavaforça, dizia que ela estava cada dia melhor. Digo que o diabetes não é uma doença, é somente umadisfunção do pâncreas. É como quem tem que usar óculos, ou aparelho nos dentes”, conta a mãe de Lívia.

Mais tranquila, Camila Carnaúba Molina contou com o apoio do esposo, médico ortopedista, quandoMaria Luísa começou a apresentar sintomas do diabetes. Aos dois anos e meio, a menina havia deixadode usar fraldas e, de repente, estava molhando a cama toda noite. A princípio imaginaram que pudesse seruma infecção urinária, mas o exame da glicemia foi claro. Ana Luísa tinha diabetes. Passou quatro diasinternada. Camila precisou aprender logo a fazer as aplicações e para isso, buscou apoio na ADJ. Passadosdois anos e meio, Camila garante que a alimentação da família é saudável e, no caso da filha, controladaatravés da contagem de carboidratos, aplicada também no lanche da escola. Camila é mãe de mais ummenino, Pedro, de oito anos. Segundo ela, não há competição entre os irmãos. Ambos fazem as mesmascoisas. Vão ao clube, fazem natação e brincam normalmente.

As histórias contadas aqui retratam bem os anseios e muitas vezes o estresse de quem tem um filhodiagnosticado com diabetes. Procurar e conseguir apoio social e psicológico é essencial para o bem-estar detodos os membros da família, porque o diagnóstico do diabetes muda bastante a rotina da família.

Pais, parem de encarara insulina como um

objeto de tortura. Se

não fosse ela seusfilhos não poderiam

mais estar ao seu lado.

A importância do apoio psicológico

AA psicóloga Rosana Manchon, membro do conselho consultivo da ADJ, afirma: “a adesão dacriança ao tratamento depende muito da postura da família em relação ao diabetes, logo após odiagnóstico. É preciso esclarecer os preconceitos para um bom convívio com o diabetes. Asuperproteção pode ser um sinal de culpa. Impedir o filho de participar de atividades próprias daidade pode prejudicar o desenvolvimento da criança, podendo gerar ansiedade, medo einsegurança. Os pais devem ajudar os filhos a resolver as dificuldades que vão surgindo, comnaturalidade, sem transformar o diabetes em um “bicho de sete cabeças” e, logo que possível, irtransferindo para a criança a responsabilidade pelo seu tratamento, facilitando, desta forma, oprocesso de independência inerente a todo ser humano”, conclui a psicóloga.

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Nutrição e Saúde

Por: Silvana Silva

sentes nos ingredientes das receitas. O arroz integralpode ser usado para fazer o doce e a massa do bolo demilho não precisa passar pela peneira, sugere ela.

O cravo, a canela e o gengibre presentes em boa par-te dos doces juninos trazem, segundo algumas pes-quisas, inúmeros benefícios para o organismo. A ca-nela, por exemplo, ajuda a controlar a glicemia, mas anutricionista diz que esses estudos ainda não são con-clusivos. Por isso, a presença deles não deve servir dedesculpa para abusos. Pular refeições pode ser aindamais arriscado. Nos dias de festa, a rotina não deve serquebrada. É preciso fazer o mesmo número de refei-ções, dando preferência a pratos mais leves. Assim,será mais fácil combater a gula diante da variedade depratos oferecida.

Por último, Paula Cristina, lembra que a comida não éa atração principal da festa. O foco deve estar nas brin-cadeiras e no encontro com os amigos. Aproveite paradançar quadrilha, forró... O que tocar. A dança vai aju-dar a desviar a atenção da mesa de guloseimas e aindacompensará possíveis exageros.

AAs festas juninas, hoje, já não têm o mesmo caráterfolclórico e religioso nas grandes cidades. Apesar disso,continua sendo uma boa oportunidade para reunir ami-gos e se divertir muito. Música, comida, vestimentas temtudo a ver com a temporada mais fria do ano. O proble-ma está na gula que a temporada desperta e na grandequantidade de calorias dos pratos típicos da época.

Para Paula Cristina Augusto da Costa, nutricionistado Centro de Diabetes da Universidade Federal de SãoPaulo (Unifesp), ninguém precisa trancar-se em casa nes-se período com medo de cometer abusos. Basta ter equi-líbrio, fazer trocas e correções adequadas. Segundo ela,nada é proibido, exceto o álcool que é desaconselhadonão só para os portadores de diabetes, mas principal-mente para quem tem outros problemas de saúde.

A alternativa para quem quer aproveitar a festa semexageros é procurar ou preparar as versões menos caló-ricas dos doces tradicionais, usando leite desnatado,adoçante e farinha integral. Dessa forma é possível cor-tar, em alguns casos, até 50% das calorias e do açúcar.Paula Cristina lembra ainda a importância das fibras pre-

Ingredientes:• 1 ½ litro de leite desnatado• 1 xícara (chá) de arroz lavado e escorrido• 1 embalagem de pó para preparo de sobremesa sabor leite

condensado Lowçucar Zero Açucar• 2 colheres (sopa) de Cappuccino Magro Gourmet• 1 embalagem de creme de leite light

Modo de preparo:Prepare o leite condensado seguindo as instruções da emba-lagem. Reserve. Em um recipiente fundo, coloque o arroz, oleite e deixe descansar por 30 minutos. Em seguida transfirapara uma panela e cozinhe em fogo baixo, mexendo semprepor aproximadamente 50 minutos ou até ficar macio. No fi-nal do cozimento a preparação deve estar cremosa. Adicioneo leite condensado e o cappuccino, mexa bem e deixe pormais 10 minutos ou até que o arroz esteja macio. Em seguidacoloque em um refratário e sirva quente ou gelado.

Rendimento: 27 porções de 60 gramas cada.

Arroz Doce com Cappuccino Diet

Receita e informações nutricionais cedidas pela Lowçucarhttp://www.lowcucar.com.br

Valor nutricional/porção de 60 g:Calorias: 87 kcalCarboidratos: 13 gProteínas: 4,9 gLipídeos: 1,8 g

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Autoaplicação

Descarte de maneira correta.Essa responsabilidade é sua!

Por: Márcia Camargo de Oliveira - Coordenadora do Centro BD de Educação em Diabetes (CBDED)

O em coletores específicos para descarte de material perfuro-cortante e contaminado. Tais coletores já são disponibilizadosna rede pública de saúde, em muitos municípios.

Caso você não tenha acesso a este produto, é possívelimprovisar algo, baseando-se nas características principaisdos coletores: recipiente inquebrável, com paredes rígidasresistentes à perfuração, boca larga e tampa. Veja algunsexemplos nas fotos abaixo.

Após coletar o material, reserve o recipiente em local quenão ofereça risco para a você e sua família.

Após preenchido, entregue na unidade básica de saúdemais próxima da sua residência para que seja realizado otratamento e o destino final adequados.

O descarte dos materiais usados para a realização dos tes-tes de glicemia (lancetas, tiras e algodão com sangue) epara a aplicação de insulina (seringas, agulhas para canetae frascos de insulina) merecem atenção especial. Estes ma-teriais podem causar sérios ferimentos e contaminação paravocê, seus familiares, animais de estimação, profissionaisque coletam e separam o lixo, assim como as pessoas quesobrevivem do que encontram nos lixões. O meio ambientetambém é agredido quando estes materiais não são des-cartados e tratados corretamente.

Para diminuir os riscos à saúde e ao meio ambiente, reco-menda-se que todos os materiais utilizados para realizar ostestes de glicemia e aplicação de insulina sejam descartados

Colaborar para proteger a saúde humana, a qualidade ambiental e preservar os recursosnaturais também é sua responsabilidade. Faça a sua parte!

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Para esclarecer dúvidas sobre descarte correto, outras dúvidas e receber material educativo,entre em contato com o Centro BD de Educação em Diabetes através do telefone 0800 11 5097.

Sugestões de recipientes para descarte. Descartador BD Sharps CollectorTM.