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PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino Fundamental e Médio
RIO NEGRO 2010
1 – OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1.1 GERAL
DESENVOLVER o processo de formação humana, pautada na
mediação entre o educando, seus saberes, experiências acumuladas e o
conhecimento historicamente elaborado, agregando elementos e valores que
levem a emancipação e a afirmação cultural de jovens, adultos e idosos que
não puderam concluir a educação formal na idade própria.
1.2- ESPECÍFICOS
Garantir o acesso, a permanência e o sucesso no retorno à
escolarização básica;
Respeitar o tempo, os limites e as possibilidades de cada educando,
como forma de garantir sua permanência e sucesso;
Fornecer subsídios para que os alunos da EJA se tornem sujeitos mais
ativos, críticos, criativos e reconheça que a democracia é tanto uma
atitude ética perante a comunidade, quanto política;
Desenvolver metodologias que oportunizem ao educando o acesso aos
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
Levar o educando a compreender a dinamicidade das mudanças sociais
e consequentemente enfrentar problemas novos, construindo soluções
originais, agindo com responsabilidade individual e coletiva de forma
solidária;
Desmistificar entre os educandos e a comunidade escolar, a divisão
social e técnica do trabalho, entendida como extremos entre o trabalho
manual e intelectual, ou seja, conceitos opressores estabelecidos por
ideologias presentes nos modos de organização do sistema produtivo;
Superar da EJA, a cultura do “aligeiramento” da escolarização;
Buscar dar significado ao conhecimento escolar para os jovens, adultos
e idosos, tomando como ponto de partida a experiência dos alunos, ou
seja, o saber popular, originário na cultura vivida;
Definir critérios para seleção dos conteúdos essenciais bem como,
desenvolver práticas educativas que tornem os conteúdos escolares
significativos, articulando as situações relacionadas na prática escolar
com a prática social.
2 PERFIL DO EDUCANDO
O educador da educação de jovens e Adultos é um sujeito que em
algum momento do seu processo de escolarização afastou-se da escola devido
a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais. É um sujeito que
necessita ser compreendido e para isso tornar-se necessário conhecer sua
história, sua cultura, seus costumes e suas experiências de vida, valorizando-
as.Para isso a EJA deve contemplar ações pedagógicas que levem em
consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não concluiu seus
estudos na idade própria.
Nessa perspectiva, CEEBJA de Rio Negro levantou dados, junto aos
educandos regularmente matriculados. A análise e sistematização da pesquisa
resultou na caracterização das especificidades elencadas a seguir:
Perfil dos educandos matriculados no Ensino Fundamental:
Entre os matriculados, 42% tem mais de 30 anos de idade e 36%
com idade entre 15 a 20 anos. Os adultos entre 21 a 30 anos somam
22%. Os dados demonstram que existe uma distinção entre a faixa
etária atendida entre jovens de 15 à 20 anos e os adultos de mais de 30
anos, estes são os maiores grupos presentes na escola. Dos alunos que
cursaram o ensino fundamental 53% são mulheres e 47% são homens.
A pesquisa aponta que a 5ªsérie do ensino fundamental, é o
período de escolarização que leva os alunos pararem de estudar, por
que simplesmente desistiram ou por que reprovaram nessa série
somando 46%. Na 6ª e 7ª série o numero também é relevante, sendo
18% e 20% respectivamente. Os demais abandonaram a escola no 1º
segmento do ensino fundamental na 8ª série. Outro dado relevante é
que 45% nunca reprovaram no ensino regular, mas 35% reprovaram
duas vezes e 20% reprovaram pelo menos uma vez.
A maioria dos educandos que abandonaram os estudos porque
precisavam trabalhar na idade própria a escolarização, são mulheres e
somam 29% dos fatores de abandono 26% colocaram a dificuldade de
acompanhar as aulas, fazer os trabalhos ou outras avaliações
desenvolvidas pela escola, os outros 45% se dividem em outras razões:
porque não gostava ou acreditava que não estudar, casou ou teve filhos,
a maioria mulheres; ou porque tinha dificuldade de acesso a escola.
Dos alunos de ensino fundamental, 51% não estão trabalhando,
colocando como as maiores dificuldades de ingresso no mercado de
trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e os mais jovens
colocam ainda a falta de experiência. 2% possuem o próprio negócio e
47% trabalham, sendo que 43% destes trabalham na informalidade, e
matade deles reprovam na escola em média três vezes, sendo excluídos
da escola. Trabalham com carteira assinada, 57% dos educandos,
dentre eles, a maioria mulheres.
Dentre os fatores que levaram os alunos a retornarem seus
estudos na EJA 39% colocam que foi a maturidade e própria experiencia
que levou-o a compreender a necessidade de concluir os estudos, 35%
a exigência do mercado de trabalho 21% por incentivo da família e 5%
declarar que a forma de atendimento da modalidade. Daqueles que
colocaram a maturidade em primeiro lugar, 36% tem mais de 30anos e o
mesmo percentual são jovens de 15 a 20 anos.Comprovasse que tanto
os mais jovens, quanto os mais idosos, acreditam que a maturidade
levou-os a compreender que a conclusão da educação básica é
importante e necessária. Destes, 53% reprovaram na escola regular,
sendo a maioria na 5ª série. Outro fator sinalizado em 2º lugar, foi pela
exigência do mercado de trabalho. Neste contexto, fica claro que os
jovens e os adultos com mais de 30 anos encontraram maiores
dificuldades no mercado de trabalho pela falta de conclusão dos
estudos. Destes também a maioria parou na 5ª série do ensino
fundamental.
A pesquisa demonstra que 55% dos alunos do ensino
fundamental nunca se afastaram da EJA, com maior número de
matriculas entre 2008 2010. Dentre eles, 32%são jovens de 15 à 20
anos e 41% com mais de 30 anos e 27% com idades intermediarias.
45% dizem já ter s afastado, a maioria com matriculas entre 2009 e
2010, também com mesmos números entre as distintas idades (15 a 21
anos e mais de 30). Justificaram o afastamento porque ingressaram no
mercado de trabalho e o horário não é compatível para poder continuar
estudando.
Quanto a forma de atendimento, 60% preferem a organização de
atendimento na forma coletiva 40% a organização individual.
Na opinião dos alunos do Ensino Fundamental, 56% acreditam
que a escola deve reorganizar os horários de entrada e saída dos
professores e alunos, 36% acham que devem ser relacionados aos
registros da carga horária de algumas disciplinas e 8% falam dos
materiais e apostilas para o acompanhamento dos conteúdos;
As estatísticas apuradas na secretaria da escola com o objetivo de
identificar o número real de alunos matriculados com freqüência ativa, os que
se afastaram e/ou os que concluíram seus estudos nos diferentes níveis de
ensino que a modalidade oferece, resultaram nos seguintes dados:
ENSINO FUNDAMENTAL/SEDE CEEBJA
335 Alunos matriculados em 2010
60% Sem aproveitamento de estudos
12% Com 25% de aproveitamento
16% Com 50% de aproveitamento
12% Com 75% de aproveitamento
42% Afastaram-se do CEEBJA
1% Concluíram este nível em 2010, sendo a maioria,
concluíram algumas disciplinas no EXAME SUPLETIVO
57,8% Alunos com freqüência
ENSINO MÉDIO/SEDE CEEBJA
405 Alunos matriculados em 2010
74% Sem aproveitamento de estudos
19% Com 25% de aproveitamento
7% Com 50% de aproveitamento
44% Afastaram-se do CEEBJA
50% Alunos com freqüência
19% Concluíram pelo menos duas disciplinas no EXAME
SUPLETIVO
6% Concluíram a educação básica em 2010
ENSINO FUNDAMENTAL/APEDS – CEEBJA
66 Alunos matriculados em 2010
79% Matriculas ativas
21% Afastaram-se e retornaram em 2010
10% Afastaram-se do CEEBJA
ENSINO MÉDIO/APEDS – CEEBJA
64 Alunos matriculados em 2010
85% Matriculas ativas
9% Afastaram-se e retornaram em 2010
6% Afastaram-se do CEEBJA
TOTAL DE MATRICULADOS EM 2010: 870 ALUNOS
TOTAL DE AFASTADOS EM 2010: 324 ALUNOS
TOTAL DE ALUNOS FREQUENTANDO: 546 ALUNOS
3 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta
de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a
seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes
oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante ações didático pedagógicas
coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta
Educação de Jovens e Adultos –Presencial, que contempla o total de carga
horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e
Médio, com avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos
presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais
como:
1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,
fotografias,ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a
sistematização e socialização dos conhecimentos;
4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos
educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos
plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá
disponibilizar o Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha
acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de
um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão
de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a
integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-
educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada
educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que
têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um
cronograma preestabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores
que não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às
condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados
mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram
reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua
matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção.
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo
próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos
saberes já apropriados.
4 NÍVEL DE ENSINO
4.1 Ensino Fundamental – Fase I
A oferta de Ensino Fundamental – Fase I atende jovens, adultos e
idosos não alfabetizados e/ou aqueles que não concluíram as séries iniciais do
ensino fundamental, com o objetivo de continuidade dos estudos e conclusão
da educação básica. Ocorrerá somente, em situações específicas que sejam
de competência exclusiva do Estado, como para educandos em privação de
liberdade ou em locais onde não haja esta oferta, em caráter excepcional.
A mediação pedagógica ocorrerá de maneira interdisciplinar, não
havendo nenhuma separação entre alfabetização e outras possibilidades de
intermediação, que possam constituir barreiras ao desenvolvimento
educacional do educando. Este será matriculado ao mesmo tempo em todas as
áreas.
4.2 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora
como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os
mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e
deles usufruírem. Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino
Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
4.2.3 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em
sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e
Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica.
5 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com
necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos
da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando
a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez
que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,
desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por
razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes
de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
3. superdotação/altas habilidades. É importante destacar que “especiais”
devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática
pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e
participação de todos os alunos.
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando
para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos
apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de
deficiências mas, também, de condições socioculturais diversas e econômicas
desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles
normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que
a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com
eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,
mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada
um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
A história educacional brasileira, é marcada pela exclusão de todas as
formas, desde a sua introdução até nossos dias. Dentro do entendimento de
que o saber está intimamente atrelado ao ser e conseqüentemente ao ter, e
com a finalidade de manutenção do estatus quo, percebe-se, a
intencionalidade histórica e cultural, de pessoas atreladas ao poder, em não
dar a devida atenção às questões educacionais em nosso país, em especial ao
que diz respeito à escola pública. As políticas educacionais, estão sempre na
contra mão da história, não há um planejamento responsável e adequado, que
dê conta de atender as necessidades imediatas, muito menos de cuidar em
preencher o imenso vazio que anos e anos de negligência criou, inclusive se
tratando da exclusão dos educandos da EJA da educação em período regular.
Há, em nossos índices a vergonhosa marca de mais de 14 milhões de
analfabetos, na sua maioria, pessoas adultas que poderiam dar uma imensa
contribuição ao país, desde que tivessem tido ao longo do tempo, o direito à
inclusão escolar em idade/série adequada, o que os tornaria mais capazes e
preparados e fatalmente, esse conhecimento, os teria incluído em todos os
demais bens do País Outra forma de exclusão, sutil e permanente, é a má
aplicabilidade dos recursos da educação, condenando milhões de alunos a
uma educação sem qualidade, sem compromisso com o futuro real de crianças
e adolescente. Há também, professores e escolas, cujas salas em
determinados momentos, se transformam em espaços e extrema exclusão, ou
por defasagem pedagógica, ou por atividades e/ou materiais que por si só,
excluem os que não sabem e/ou os que não têm e em conseqüência disso,
quando atingem idade mais avançada, procuram a modalidade EJA
Um Projeto Político Pedagógico elaborado dentro e no âmago de uma
escola pública, precisa, juntamente com toda a sua comunidade, fazer essa
leitura e levantar essas questões para poder fazer a justiça social necessária
no que tange a todas a formas de “exclusão” que permeiam o espaço escolar,
mesmo aqueles menos visíveis.
Entendemos portanto, a e procuramos operacionalisar a inclusão de
todos os alunos, não somente daqueles com necessidade educacionais
especiais físicas ou mentais, mas todo aluno diferente, com dificuldades de
aprendizagem, respeitando a cultura, o trabalho e otempo de cada
educando,com a intenção da promoção de uma “sociedade igualitária” a SEED,
com base no princípio constitucional que determina a “educação como direito
de todos”
A equipe pedagógica vem trabalhando com os professores a questão do
direito à inclusão e o quanto isso beneficia aos alunos de forma geral, pois o
aluno incluído não se sente discriminado e os outros percebem e valorizam o
que ele tem de melhor, desenvolvendo o espírito de solidariedade e
cooperação, respeitando as diferenças de fato, além de ser direito legal,
previsto na CF/88 e na LDB/96. Importante ressaltar que só teremos uma
sociedade de fato e de direito “inclusiva”, quando nossas escolas e nossas
salas de aula, não forem altamente seletivas e excludentes.
6 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica
e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
7 FREQUÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de
100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino
Médio, sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75%
(setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por
cento), em sala de aula.
8 EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela
Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo
Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação
de Jovens e Adultos.
9 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa sobre a
organização e a realização do trabalho pedagógico desta Instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, para o
cumprimento da função social e específica da escola, que é o de ser uma
instituição, na medida em que a concebemos como local de organização de
relações sociais entre indivíduos de diferentes segmentos, inclusive como
organizador da diversidade, por mais ampla que ela se apresente.
A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes
pressupostos:
a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;
b) A Escola deve garantir o acesso a permanência e o permanente
desenvolvimento de todos que ingressarem no Ensino Público;
c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes
níveis e modalidades são metas da escola pública;
d) A construção contínua e permanente da educação pública com
qualidade, está diretamente vinculada a um projeto de homem e de sociedade;
e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são
elementos indissociáveis num projeto democrático de escola pública;
f) O trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é
organizado numa dimensão coletiva de forma a efetivar a gestão democrática da
Escola.
g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos
os sujeitos que constituem a comunidade escolar;
h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a
cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a intenção em todos os
aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho
escolar, no seu sentido mais amplo de trabalhar com e na diversidade.
O Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino é constituído segundo as
disposições contidas na Deliberação nº 16/99 do Conselho Estadual de Educação e foi
homologado em 12 de julho de 2005, pelo Ato Administrativo nº 301/05 do Núcleo
Regional de Educação o qual aprova o Regimento Escolar desta Escola.
10 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação
e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material,
os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos
didáticos.
11 BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca possui um acervo de mais de 13.700 livros. É um espaço
pedagógico destinado aos alunos e professores o qual muitas vezes é utilizado
por pessoas da comunidade, como local de pesquisa e busca de informações.
Há um sistema de empréstimos de livros para os alunos, cujo controle se dá
através da “carteirinha do aluno leitor, a qual cada aluno possui a sua, e os
professores procuram incentivá-los para o hábito da leitura. Há ainda um bom
acervo destinado à formação continuada do professor e livros de todas as
disciplinas, todos bastante atuais. Mantém também assinaturas de revistas e
jornais para que todos tenham a oportunidade de atualização. Uma vez por
semana todas as turmas fazem aula de leitura lazer e empréstimo de livros na
Biblioteca. Como o espaço físico da Biblioteca é reduzido e, muitas vezes,
ocupado simultaneamente por alunos do período contrário que vêm fazer
trabalhos de pesquisa, leitura ou jogos intelectivos.
12 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, as atividades
desenvolvidas no laboratório de informática contribuem para a formação do
educando e como orienta as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e
Adultos:
O tempo que um educando participa da EJA tem valor próprio e
significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter
enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que
na relação qualitativa com o conhecimento. Quanto aos conteúdos
específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.(DCE-EJA p 39)
Conforme normatização de uso dos laboratórios de informática nos
estabelecimentos estaduais de ensino público, a utilização desse ambiente
está direcionada a atividades pedagógicas, priorizando os professores em hora
atividade ou contraturno para pesquisas e produção de material pedagógico.
As atividades desenvolvidas com alunos são de responsabilidade do
professor proponente. O acesso dos alunos somente é permitido com o
acompanhamento do professor ou do responsável pelo setor e como finalidade
de aprendizagem, com destaque a pesquisa escolar, produção de atividades e
trabalhos escolares. O uso da internet restringe-se ao acesso de conteúdos
educacionais, informal ou institucional concernentes aos componentes
curriculares e assuntos relacionados à formação escolar.
Propõem-se como atividades a serem desenvolvidas, noções básicas
de utilização dos recursos disponíveis, pesquisas na rede, utilização de sites
educacionais que oferecem atividades online e outros materiais que contribuem
para uma melhor assimilação dos conteúdos, aproximando-os do mundo real e
das necessidades do mercado de trabalho.
4.4 LABORATÓRIO DE QUÍMICA FÍSICA E BIOLOGIA
O Laboratório de Química Física e Biologia, é um espaço
pedagógico, destinado aos experimentos das disciplinas citadas, um espaço
onde o professor aplica a teoria de forma a desvelar a dicotomia entre teoria e
prática que existe na escola e em especial nessas disciplinas. Esse espaço,
necessita de novos e atualizados instrumentos e equipamentos que
possibilitem a pesquisa inicial e a aplicabilidade na área da física, química e da
biologia. Também não há nos quadros de apoio da escola, a figura do
assistente de execução ou técnico para atender esse espaço tão importante e
necessário ao desenvolvimento dos alunos e à melhoria da qualidade da
educação.
O laboratório quando bem implementado tem um papel muito
importante para o processo de ensino aprendizagem do aluno. A invenções
tecnológicas, os fenômenos que estão relacionados diretamente às
descobertas científicas básicas em física, química e biologia são vivenciadas
pelos alunos e possibilitam melhor compreensão da teoria, colocando em
prática o que foi aprendido em sala de aula. A cozinha, o pátio, os espaços
contextualizados aos conteúdos também podem ser denominados laboratórios
para aprendizagem de jovens e adultos.
O ensino experimental, como elemento do processo de
compreensão dos conceitos e fenômenos da ciência, aplicado a educação de
jovens e adultos, agregam, não apenas os conteúdos específicos da disciplina,
mas abrangem a dimensão social e cultural do conhecimento, despertando a
criatividade e a curiosidade do educando, para que esse torne-se um
investigador, ampliando sua visão e consiga através de ações práticas
encontrar soluções para os desafios de seu dia a dia.
O laboratório torna-se um elo entre o mundo da teoria e o da prática,
onde é possível atribuir significados e potencializar o conhecimento teórico
sendo imprescindível para a completa formação do conhecimento.
(…) a realizar a atividade experimental, ressalta-se a importância da
contextualização do conteúdo específico de Ciências, bem como da
discussão da história da ciência, da divulgação científica e das
possíveis relações contextuais interdisciplinares e contextuais.
(Diretrizes de Ciências/EJA, p.120)
12 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar
o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da
diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de
ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de
construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se
uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma
sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como
direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade
educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e
objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral, de modo a que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Tendo
em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os
educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do
trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a
dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo
soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização
metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e
sócio-históricos. Sendo assim, para a concretização de uma prática
administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é
necessário que o processo ensino aprendizagem, na Educação de Jovens e
Adultos seja coerente com:
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores
que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica
pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,
tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –
promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do
educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção
humana ao longo da história. A compreensão de que o educando da EJA
relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a
sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho pelo homem, significa contemplar, na
organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida
humana. É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização
dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características. E ainda,
conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos,
bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de
reinserção nos processos educativos formais;
II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar
um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como
instrumentos de transformação de sua realidade social;
V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,
que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os
conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes
saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento. Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante
incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico
que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são
atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-
culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio
de formação e aprendizagem;
- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos
próprios educandos;
- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese
entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na
referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao
exercício da cidadania e do trabalho;
- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos,
criativos, críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos,
não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação
desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta,
dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com
necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta
pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
13 INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível
do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos
que nãotiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
14 MATRIZ CURRICULAR
14.1 Ensino Fundamental – Fase I
14.2 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Centro de Educação de Jovens e Adultos de Rio Negro
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: NRE: AM/SUL
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272
ARTES 54 64
LEM - INGLES 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO 10 12
Total de Horas Total de horas/aula
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
14.3 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Centro de Educação de Jovens e Adultos de Rio Negro
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: NRE: AM/SUL
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
E LITERATURA
174 208
ARTES 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
LEM - INGLES 106 128
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 160 192
Total de Horas Total de horas/aula
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
15 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma
modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo
compreende a escola como espaço sociocultural que propicia a valorização dos
diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como
sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido, ainda,
como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado
à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de
mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma
que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma
dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às
suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo
estruturador do conteúdo do ensino. Nesse enfoque, a organização do trabalho
pedagógico na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de
diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de uma
seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos
historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como
modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos
curriculares previstos por essas diretrizes. No entanto, cabe ressaltar que a
organização metodológica das práticas pedagógicas, dessa modalidade deve
considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de
Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular
tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à
transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações
etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente
ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação
Básica.
16 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
16.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual
se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,
diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em
função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da
aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos
educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza
uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá
orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os
seguintes princípios:
· investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter
informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
· contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
· sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do
educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
· abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no
tempo-escola do educando;
· permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos
conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do
trabalho pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão
desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada
disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro)
horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-
aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem
ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a
avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as
transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao
reingresso na educação formal, como durante o atual processo de
escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados,
tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários,
experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais,
atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o
grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. É
vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado
pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus
avanços e necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a
prática pedagógica.
16.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
a) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,
sempre com finalidade educativa;
b) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas)
a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na
presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina
de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo
ensinoaprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e
certificação.
c) a avaliação será realizada no processo de ensino e
aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a
10,0 (dez vírgula zero). Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima
exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a
Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco
por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva
e 100% (cem por cento) na organização individual;
d) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula
zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como
acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
e) para os educandos que cursarem 100% da carga horária da
disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula
zero);
f) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser
registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;
g) o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
16.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como
hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim,
principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
16.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com
êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no
Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de
matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos.
16.5 Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino
utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no
Regimento Escolar.
17 REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período
noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com
a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa
autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de
Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. O Relatório Final para registro de conclusão do Curso,
será emitido pelo estabelecimento de ensino a partir da conclusão das
disciplinas constantes na matriz curricular. Este Estabelecimento Escolar
poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para atendimento de
demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de Educação
e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a
oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por
exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades
indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em comunidades
de difícil acesso, dentre outros.
17.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento
no Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental –
Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em
concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres
n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e
Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº
01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.
17.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com
as seguintes ofertas :
a) organização coletiva para o Ensino Fundamental – Fase I, nas Áreas do
Conhecimento;
b) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para
matrícula na organização coletiva
17.2.1 Ensino Fundamental – Fase I e II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase I, Fase II e Ensino Médio considerar-se-
á, a oferta de 100% da carga horária total estabelecida.
17.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos:
a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela
mantenedora;
c) o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,
concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;
d) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio,
poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
e) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas
com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames
supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à
conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de
comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;
f) para os educandos que não participaram do processo de
escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de
escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus
conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento
Escolar;
g) será considerado desistente, na disciplina, o educando que se
ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu
retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,
aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde
que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da
matrícula inicial;
h) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de
matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na
disciplina, podendo participar do processo de reclassificação.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o
educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a
organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários,
calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas,
que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as
orientações metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os
seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:
· a organização dos cursos;
· o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário,
regimento escolar;
· a dinâmica de atendimento ao educando;
· a duração e a carga horária das disciplinas;
· os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
· o material de apoio didático;
· as sugestões bibliográficas para consulta;
· a avaliação;
· outras informações necessárias.
17.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um
dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede
Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
17 AVALIAÇÃO
a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;
b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e
também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de
ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do
professor, conforme descrito no regimento escolar;
d) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
e) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 –
SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga
horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na
organização individual;
f) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
g) a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das
avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0
(seis vírgula zero);
h) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
i) o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.
17.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como
hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a
apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim,
principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
17.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E
RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o
disposto na legislação vigente.
17.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que
oferta a Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do
Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações
pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da
SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional,
desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25
de setembro de 2008.
18 - RECURSOS HUMANOS
18.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio
pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de
Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da
fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos
jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de
EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação
e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
18.1.1 Direção
A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos
no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Compete ao
Diretor:
cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político-Pedagógico do Colégio, construído coletivamente e aprovado
pelo Conselho Escolar;
coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
implementar a proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
coordenar a elaboração do Plano de Ação do Estabelecimento de
Ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho
Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a
devida aprovação;
garantir o fluxo de informações no Estabelecimento de Ensino e deste,
com os órgãos da administração estadual;
encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho
Escolar;
deferir os requerimentos de matrícula;
elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de
acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação,
submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo
Regional de Educação para homologação;
acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente
e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de
conteúdo aos discentes, bem como da efetivação dos planos de ação
docente, (semestral), e suas possíveis implementações;
assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico-administrativa no âmbito escolar, garantindo a formação
continuada de todos os profissionais do Colégio.
propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de
ensino e abertura ou fechamento de cursos;
participar e analisar da/a elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional,
com vistas a uma alimentação saudável voltada para a
educação/reeducação alimentar;
presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
articular processos de integração do Colégio com a comunidade;
solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de
demanda de funcionários e professores do Estabelecimento, observando
as instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de
Valorização dos Trabalhadores em Educação Pró funcionário, no
horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da
carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme
orientação da Secretaria de Estado de Educação, contida no Plano de
Curso;
participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de
Ensino, juntamente com a comunidade escolar, observando a linha
filosófica e pedagógica do Projeto Político-Pedagógico do Colégio;
cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância
sanitária e epidemiológica;
viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas – CELEM, Projeto Escola Viva e outros;
disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação
Especial;
assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
Estabelecimento de Ensino;
zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
assegurar o cumprimento do sistema de avaliação e a oferta da
recuperação paralela a todos os alunos que apresentarem baixo
rendimento.
cumprir e fazer cumprir o disposto neste Regimento Escolar.
18.1.2 Professor Pedagogo
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Curriculares
definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em
consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria
de Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por professores
graduados em Pedagogia para:
coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino;
orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, que extrapole o espaço escolar, evidenciando a sua
perspectiva democrática;
participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar efetivamente, a função social
e a especificidade da educação escolar;
coordenar a construção coletiva e a efetivação das Propostas
Pedagógicas Curriculares, por disciplina, do Estabelecimento de
Ensino, a partir das políticas educacionais emanadas da Secretaria de
Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Estaduais e
Nacionais;
orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto
ao coletivo de professores do Estabelecimento de Ensino, zelando para
que ele atenda cada série e cada turma, nas suas especificidades;
promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico
visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de
ensino para todos;
participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do Estabelecimento de Ensino, que tenham como
finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico
escolar, como forma de garantir maior qualidade de educação para
todos;
organizar, junto à direção do Colégio, a realização dos Pré-Conselhos,
dos Conselhos de Classe e dos Pós-Conselhos, de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido no Estabelecimento de Ensino;
coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe, inclusive
as que requeiram a recuperação paralela e/ou as de recuperação de
estudos;
subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do Estabelecimento de Ensino, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
organizar a hora-atividade dos professores do Estabelecimento de
Ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo
trabalho pedagógico;
proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à
comunidade escolar, com vistas a desencadear ações capazes de
promover a aprendizagem de todos os alunos, bem como garantir a
efetiva qualidade da educação;
coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros
e demais materiais pedagógicos no Estabelecimento de Ensino,
fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC
– FNDE, SEED e outros que houverem;
coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros ou outros de uso
didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do
Estabelecimento de Ensino;
participar da organização pedagógica da biblioteca do Estabelecimento
de Ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,
fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física Biologia e de Informática e outros que houverem no
estabelecimento de ensino;
propiciar, de forma democrática, o desenvolvimento da
representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos
momentos e Órgãos Colegiados da escola;
coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
colaborar com a direção na distribuição das aulas aos docentes do
estabelecimento de ensino, conforme orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação;
coordenar, junto à direção do estabelecimento de ensino, o processo de
distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-
pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às
atividades a serem desenvolvidas no Estabelecimento de Ensino;
promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do Estabelecimento de Ensino;
acompanhar o processo de avaliação institucional do Estabelecimento
de Ensino;
participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos como: biblioteca, laboratórios de informática, física,
química, biologia, e outros;
orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos
de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e
adaptação, conforme legislação em vigor;
organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de
dias letivos, horas aulas/horas atividades e conteúdos aos discentes,
registrando e arquivando os devidos planejamentos e atividades que
comprovem a reposição;
orientar, acompanhar e visitar, periodicamente, os Livros Registro de
Classe;
organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do Estabelecimento de Ensino;
XXXIII. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, quando necessário, afim de
identificar possíveis necessidades educacionais especiais;
coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios
especializados da Educação Especial, se necessário;
acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família, com o intuito de promover ações para
o seu desenvolvimento integral;
XXXVI. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as
famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando
necessário;
XXXVII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente,
sempre que houver necessidade de encaminhamentos;
XXXVIII. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos
com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos,
adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão No Colégio,
em qualquer nível, quando necessário;
manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio
de informações e trocas de experiências, visando à articulação do
trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
18.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas –
Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de
Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo
Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela
mantenedora. Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas
Descentralizadas:
Coordenador Geral
- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo
NRE.
- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da
Ação.
- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da
direção dovEstabelecimento.
- Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações
Pedagógicas Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas
no Sistema.
- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
- Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações
Pedagógicas Descentralizadas.
- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas,
garantindo o atendimento aos educandos de todas as turmas.
- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem
executadas durante as horas-atividade dos professores.
- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o
intercâmbio de experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-
aprendizagem.
- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao
NRE, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da
escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
coordenação;
Coordenador Itinerante
- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos
educandos.
- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
- Observar e registrar a presença dos professores.
- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
- Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos
educandos.
- Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à
Coordenação Geral qualquer problema neste procedimento.
- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a
matrícula.
- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de
todas as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
responsabilidade.
- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade,
juntamente com os professores;
Coordenador de Exames Supletivos
- Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames
Supletivos;
- Tomar conhecimento do edital de exames.
- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas
no edital.
- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os
exames possam ser executados.
- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por
meio da emissão de Relatório de Inscritos.
- Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando
necessário, para execução dos exames.
- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as
provas em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o
caso.
- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas
especiais.
- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para
realização dos Exames.
- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a
realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos,
em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com
segurança e tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes
aos Exames.
- Divulgar as atas de resultado.
- Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On
Line.
18.1.4 Docentes
Aos docentes cabe também:
- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações
das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta
pedagógica deste Estabelecimento Escolar.
- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-
pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar uma
metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento
de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na
sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames
supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas
presenciais coletivas e individuais.
8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que
atuam nas áreas da secretaria, Administrativa biblioteca e laboratório de
Informática do Estabelecimento de Ensino.
Compete ao Secretário Escolar:
I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de
Ensino;
II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, que regem o
registro escolar do aluno e a vida legal do Estabelecimento de
Ensino;
III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos
demais técnicos administrativos;
IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação,
resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e
demais documentos;
VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência e conclusão de curso;
VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que
devem ser assinados;
IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar
o inativo, de forma a permitirem qualquer época, a verificação da
identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da
autenticidade dos documentos escolares;
X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação
escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da
vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência,
prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e
a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino,
conforme disposições do Regimento Escolar;
XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e
equipamentos da secretaria;
XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro
Registro de Classe com os resultados da freqüência e do
aproveitamento escolar dos alunos;
XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno
referente à documentação comprobatória, de adaptação,
aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,
reclassificação e regularização de vida escolar;
XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários,
encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em
formulário próprio;
XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e todas as reuniões, redigindo
as respectivas Atas;
XIX. conferir, registrar e/ou patrimonial materiais e equipamentos
recebidos;
XX. comunicar, imediatamente à direção, toda irregularidade que
venha ocorrer na secretaria da escola;
XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,
visando ao aprimoramento profissional de sua função;
XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino
extracurricular e plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna,
Atividades Complementares no Contra turno – ( Projetos Viva
Escola), quando ofertados no estabelecimento de ensino;
XXIII. auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados
os dados no Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros
Didáticos;
XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria
escolar, quando solicitado;
XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos
da comunidade escolar;
XXVIII. participar das atribuições decorrentes deste Regimento
Escolar e exercer as que são específicas à sua função, cumprindo
o que está nele determinado.
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos
Estabelecimentos de Ensino, sob a coordenação do secretário:
I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro Escolar do aluno referente à
documentação comprobatória, necessidades de adaptação,
aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando
informações e orientações;
III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente
estabelecida;
IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,
visando ao aprimoramento profissional de sua função;
V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando
informações sobre os mesmos a quem de direito;
VI. organizar, em colaboração com o secretário escolar, os serviços
do seu setor;
VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha
Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e
outros, garantindo sua idoneidade;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o
arquivo inativo do Colégio;
IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,
registrando a movimentação de expedientes;
X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e
patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;
XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar,
alimentando e atualizando o sistema informatizado;
XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação e
outros necessários ao bom funcionamento do setor;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos
da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar
e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo que atua na Biblioteca Escolar,
indicado pela direção do estabelecimento de ensino.
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,
assegurando organização e funcionamento;
II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o
empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;
III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura e outros,
previstos na Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento
de ensino;
IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos,
DVDs, entre outros;
V. encaminhar à direção do estabelecimento de ensino, sugestão de
atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos
usuários;
VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
VII. registrar o acervo bibliográfico, e dar baixa, sempre que
necessário;
VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e
equipamentos da biblioteca;
IX. organizar, acompanhar e orientar o manuseio de computadores e
rede de Internet pelos educandos, no âmbito da biblioteca
escolar;
X. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais,
zelando pela sua conservação e promovendo a sua manutenção;
XI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,
visando ao aprimoramento profissional de sua função;
XII. auxiliar na distribuição, utilização e recolhimento do livro didático;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos
da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar
e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no
laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de
Informática assessorando na sua organização e funcionamento;
II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de
manuseio dos materiais e equipamentos de informática;
III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e
materiais necessários para a realização de atividades práticas de
ensino no laboratório;
IV. assistir/assessorar aos professores e alunos durante a aula de
Informática no laboratório;
V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,
visando ao aprimoramento profissional de sua função;
VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e
equipamentos do laboratório de Informática;
VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, alunos, pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar
e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química,
Física e Biologia do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de
Química, Física e Biologia;
II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com
o corpo docente e discente, normas de segurança para o
manuseio de materiais e equipamentos;
III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos
para a realização de atividades práticas de ensino;
IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e
equipamentos do laboratório de química, física e biologia;
V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e
equipamentos do laboratório;
VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do
laboratório;
VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e
equipamentos de uso do laboratório, assim como, pela
preservação dos materiais de consumo;
VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,
ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,
visando ao aprimoramento profissional de sua função;
IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade,
incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório;
X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas,
equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de
consumo de uso do laboratório;
XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com
seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos
da comunidade escolar;
XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e
exercer as específicas da sua função.
19 – BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São
Paulo : Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,
.17 (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
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- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília,
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DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus,
1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros.
Nível deEscolarização da População. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e
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Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2005.
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KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os
que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos
Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a
nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender
e Aplicar a
Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
Proposta Pedagógica Curricular da Língua Portuguesa
1.Apresentação da Disciplina:
O objeto de estudo da Língua Portuguesa é a língua como possibilidade
de desenvolver as competências necessárias para a aprendizagem dos
conteúdos escolares, bem como a possibilidade de aumentar a consciência do
ser enquanto indivíduo em relação ao estar no mundo, ampliando a sua
capacidade de participação social, no exercício da cidadania.
Através do uso da língua é possível dominar o discurso nas diversas
situações de comunicação, para entender a lógica de organização que rege a
sociedade, bem como interpretar as sutilezas de seu funcionamento.
Perante a Constituição Federal todos os cidadãos têm os mesmos
direitos, no entanto há controvérsias entre o que a lei determina e a realidade
vivida pelo sujeito na sociedade.
No Brasil, o processo do ensino formal iniciou-se a partir da educação
imposta pelos jesuítas, que era voltada para a elite colonial e ao mesmo tempo
propunha “alfabetizar” como meio de catequizar os índios, elucidando a
linguagem como modo de pensar, sendo esta uma concepção filosófica
intelectualista, sendo que o latim foi a base para as primeiras práticas
pedagógicas. A escola mantida pelos jesuítas limitava-se ao ensino da leitura e
da escrita.
No período colonial a interação entre colonizados e colonizadores
resultou na constituição da Língua Geral (Tupi Guarani), utilizada em um
primeiro momento pelos portugueses, visando a dominação da nova terra. A
partir do século XVIII, novos propósitos colonialistas de Portugal unificaram e
padronizaram a língua.
Na tentativa de reverter este quadro em 1758 surge a Língua
Portuguesa como língua oficial do Brasil, pelo decreto do Marquês de Pombal.
Todo esse movimento de transição da hegemonia da Língua Portuguesa no
território brasileiro foi construído historicamente em um processo de construção
social ( BAGNO,2003, P.74).
A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos da escola brasileira
somente a partir das últimas décadas do século XIX, pois até 1.869 eram as
disciplinas clássicas, sobretudo o latim, que eram privilegiadas no currículo,
sendo que o ensino de Português era de pouca relevância.
Após a república, a industrialização influenciou a nova estrutura
curricular tendo como causa a formação profissional e as áreas humanísticas
não eram consideradas prioritárias. Isso fortaleceu o caráter utilitário da
educação e foi necessário rever o acesso dos indivíduos à escola, visando
atender as necessidades da industrialização.
Neste momento a educação deixou de ser elitista e se abriu para uma
câmada maior da população. Nesse contexto social se multiplicaram as escolas
públicas e a educação passou a ser hierarquizada e seletiva. Nesse momento,
por um decreto imperial, foi tirada a Retórica dos currículos escolares
assegurando o domínio da linguagem para as classes dominantes.
Dois fatos históricos, a Independência do Brasil e a Proclamação da
República, propiciaram o ensino da Literatura, contribuindo para aproximar a
Língua escrita do falar cotidiano, valorizado pelo Movimento do Romantismo.
Os Modernistas defendiam o rompimento das tradições européias,
privilegiando o nacionalismo, a valorização da cultura nacional.
Com a expansão da escolarização surgiu a necessidade de rever as
Propostas Pedagógicas do Ensino da Língua Portuguesa o que culminou com
a consolidação da Ditadura Militar, fortalecendo a concepção tecnicista de
educação baseada em exercícios de memorização, impondo uma formação
crítica e passiva.
A Lei 5692 voltou-se para a educação para o trabalho, pautando-se na
concepção de linguagem como meio de comunicação. Esse tipo de educação
privilegiava as classes letradas e afastava os alunos de classes menos
favorecidas e a disciplina de Língua Portuguesa passou a denominar-se
Comunicação e Expressão.
Com o rompimento do Regime Militar e a abertura política fortaleceu a
Pedagogia Histórico Crítica, que via o uso da língua como o ponto de partida e
chegada.
As novas Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa requerem um
novo posicionamento com relação às práticas de ensino. A DCE dá ênfase ao
ensino da língua viva, dialógica, em constante movimentação,
permanentemente reflexiva e produtiva, tendo como ponto central do trabalho
pedagógico a adoção das práticas de linguagem.
Nesse contexto social, a tarefa da escola é possibilitar a participação dos
alunos que utilizem a leitura, escrita e oralidade para inseri-los nas diferentes
esferas da sociedade letrada com inúmeros conflitos sociais, religiosos, raciais
e políticos de forma ativa, marcando a sua presença no contexto em que está
inserido.
2. Objetivos Gerais da Disciplina:
Utilizar a língua oral em diversas situações de uso, saber adequá-
la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções
implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de
um posicionamento diante deles;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por
meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus
objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando
que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade
de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a
expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar
acesso às ferramentas de expressão e compreensão de
processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para
adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
3. Conteúdos
Tomando como base as Diretrizes Curriculares Estaduais para a
Educação de Jovens e Adultos temos os eixos cultura, trabalho e tempo
como articuladores da ação pedagógica curricular e desta Proposta
Pedagógica Curricular.
O eixo principal é a cultura que norteará a ação pedagógica. Dela
emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. É
necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, socializando e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar,
estabelecendo relações a partir do conhecimento que a mesma tem, para a
construção e/ou ampliação de seus saberes.
O trabalho é outro eixo articulador e como o educando da EJA se
relaciona com o mundo do trabalho e por meio dele busca melhorar sua
qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade, há a
necessidade de contemplar na disciplina discussões relevantes sobre a função
do trabalho e suas relações com a produção de saberes.
Um terceiro eixo é o tempo que consiste em valorizar os diferentes
tempos necessários à aprendizagem do educando da EJA. Devem ser
considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
Por isso, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa na EJA é o
mesmo do ensino regular, nos níveis Fundamental e Médio, porém, com
encaminhamento metodológico diferenciado, considerando as especificidades
dos educandos da EJA. É possível tratar do mesmo conteúdo de formas e em
tempos diferenciados, tendo em vista as trajetórias e experiências de vida dos
educandos da EJA.
Dentro dos conteúdos básicos de Língua Portuguesa serão abordados,
também, a História e Cultura Afro Brasileira e Africana (Lei n 10.639/03),
História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana (Lei n 11.645/08), Política
Nacional de Educação Ambiental (Lei n 9795/99), História do Paraná (Lei n
13.381/01), Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Lei n11.343/06) e
Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST (Lei n 11.733/97 e 11.734/97).
Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura , o Conteúdo Estruturante
é o Discurso como prática social. A partir dele, apresentam-se os conteúdos
básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.
Discurso, aqui, é entendido como resultado da interação - oral ou escrita
- entre sujeitos. É toda a atividade comunicativa entre interlocutores.
O conteúdo básico é composto pelos gêneros discursivos que se
desenvolvem pelas práticas de leitura, oralidade, escrita e da análise
lingüística.
A tabela sugerida de gêneros contempla uma variedade de esferas
sociais, buscando atender a diferentes realidades. No entanto, cabe ao
professor selecionar os gêneros a serem trabalhados, não se prendendo à
quantidade, mas sim, preocupando-se com a qualidade do processo, com a
compreensão do uso do gênero e da sua esfera de circulação.
Os gêneros precisam ser retomados nas diferentes séries com níveis
maiores de complexidade, tendo em vista que a diferença significativa entre as
séries está no grau de aprofundamento e da abordagem metodológica.
LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos Práticas Discursivas Conteúdos Específicos
Para o trabalho das
práticas discursivas de
leitura, escrita, oralidade
e análise linguística
serão selecionados
gêneros discursivos,
presentes no cotidiano
do jovem, adulto e
idoso, conforme as
esferas sociais de
circulação sugeridas
pelas Diretrizes
Curriculares da
Educação Básica.
Anedotas, causos,
provérbios, quadrinhas,
trava-línguas, contos,
crônicas de ficção e
jornalística, fábulas,
poemas e Haicai,
histórias em quadrinhos,
lendas, narrativas, letras
de música, paródias,
romances, charge,
sinopses de filmes, tiras.
Gêneros Discursivos:
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;;
Finalidade;
Argumentos do
texto;
Contexto de
produção;
Intertextualidade;
Informações
explícitas e
implícitas;
Vozes sociais
presentes no texto;
Discurso ideológico
presente no texto;
Partículas conectivas
do texto;
Progressão
referencial no texto;
Repetição proposital
de palavras;
Léxico;
Ambigüidade;
Relação de causa e
consequência entre
as partes e
elementos do texto;
Discurso direto e
Leitura
Tema do texto;
interlocutores;
finalidade; idéia
principal;
informações
explícitas e
implícitas no
texto; ambiente
no qual circula o
gênero,
analisando as
intenções do
autor, as vozes
sociais e os
discursos
ideológicos
presentes no
texto.
Intertextualidade
relacionando o
tema com o
contexto dos
alunos da EJA,
como
possibilidade de
diferentes
sentidos e com
outros textos,
utilizando textos
Bilhetes, carta
pessoal, convite,
comunicados,
Curriculum Vitae, carta
de emprego, reclamação
e solicitação, ofício,
procuração,
requerimento, e-mail,
blog, autobiografia.
Anúncio de emprego,
classificados, entrevista
oral e escrita,
manchetes, notícia,
reportagens, anúncio
publicitário, cartazes,
comerciais de TV, folder,
slogan, homepage,
placas,
rótulos/embalagens.
Relatos históricos e
de experiências
científicas, resenhas,
resumos, textos
argumentativos,
verbetes de dicionário,
mapas.
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Marcas lingüísticas:
coesão,coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como
aspas, travessão
negrito);
Semântica:
- figuras de linguagem;
- ambigüidade;
- expressões que denotam
ironia e humor no texto.
verbais que se
relacionam com
não-verbais
(gráficos, fotos,
imagens, mapas,
entre outros.
Socialização dos
conhecimentos
de mundo que o
aluno da EJA
tem sobre o
texto.
Identificação e
reflexão sobre as
particularidades
(lexicais,
sintáticas e
textual) do texto
em registro
formal e do texto
em registro
informal.
Percepção dos
recursos
linguísticos
utilizados pelo
autor para
determinar causa
e consequência
entre as partes e
elementos do
texto, as
partículas
Receitas, bulas,
manual técnico, regras
de jogo, estatutos, leis,
regulamentos.
Fotos, músicas,
exposição oral, diálogo,
vídeo clip, vídeo
conferência, mesa
redonda, desenho
animado.
Escrita:
Contexto de
produção;
conectivas.
Identificação e
reflexão dos
sentidos de
palavras e/ou
expressões
figuradas e
expressões que
denotam ironia e
humor no texto.
Percepção da
progressão
referencial do
texto.
Discursos direto,
indireto e indireto
livre na
manifestação
das vozes que
falam no texto.
Escrita
Ampliação de
leituras sobre o
tema e o gênero
proposto para a
escrita .
Planejamento da
produção de
texto
observando:
delimitação do
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Intertextualidade;
Vozes sociais
presentes no texto;
Relação de causa e
consequência entre
as partes;
Elementos do texto;
Discurso direto e
indireto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Divisão do texto em
parágrafos;
Marcas lingüísticas:
coesão,coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos;
Processo de
formação das
palavras;
Vícios de linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância
verbal/nominal;
Regência verbal e
tema,
interlocutor,
gênero, a
finalidade, as
intenções, da
situação de
produção e
comunicação, o
contexto de uso
da linguagem
formal/informal e
da organização
das ideias.
Uso do discurso
direto e indireto e
demais aspectos
estruturais para
o gênero
propostos para a
escrita.
Uso adequado
dos aspectos
normativos da
língua:
ortografia,
concordância
verbal/nominal,
sujeito,
predicado,
complemento,
regência, vícios
de linguagem,
coesão,
nominal;
Papel sintático e
estilístico dos
pronomes na
organização,
retomadas e
sequenciação do
texto;
Partículas conectivas
do texto;
Progressão
referencial no texto;
Semântica
- operadores
argumentativos;
- ambigüidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- modalizadores;
- polissemia;
- expressões que denotam
ironia e humor no texto;
Oralidade:
Tema do texto;
Finalidade;
coerência,
classes
gramaticais,
recursos
gráficos,
pontuação.
Oralidade
O trabalho com os
gêneros orais têm como
Argumentos;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos;
Adequação do
discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações
linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
recursos semânticos;
Semântica;
Adequação da fala
ao contexto (uso de
conectivos, gírias,
repetições, etc.);
Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral e
escrito.
objetivo o
aprimoramento
linguístico e o nível de
argumentação. Dar-se-
á a partir da reflexão
da própria fala dos
alunos da EJA quanto
a fala de seus
interlocutores.
Adequação da
linguagem ao
contexto de uso.
Tema do texto
oral.
Elementos
composicionais,
informais,
formais e
estruturais dos
diversos gêneros
usados nas
diferentes
esferas sociais.
Unidade de
sentido do texto
oral e os
argumentos
utilizados.
O papel do
locutor e do
interlocutor na
prática da
oralidade.
Adequação do
discurso ao
interlocutor,
observando a
relação entre os
participantes,
dependendo do
gênero e
contexto.
Os
procedimentos e
as marcas
linguísticas
típicas da
conversação,
entre outros
discursos orais.
As diferenças lexicais,
sintáticas e discursivas
que caracterizam a fala
formal e informal.
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : Discurso enquanto prática social
Gêneros Discursivos Práticas Discursivas Conteúdos Específicos
Para o trabalho
das práticas
discursivas de
leitura, escrita,
oralidade e análise
lingüística, serão
selecionados
gêneros discursivos,
presentes no
cotidiano do jovem,
adulto e idoso,
conforme as esferas
sociais de circulação
sugeridas pelas
Diretrizes
Curriculares da
Educação Básica.
Anedotas,
causos, provérbios,
quadrinhas,
trava-línguas, contos,
crônicas de ficção e
jornalística, fábulas,
poemas e Haicai,
histórias em
quadrinhos, lendas,
narrativas, letras de
música, paródias,
Gêneros Discursivos:
Leitura:
Conteúdo Temático;
Interlocutor
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do
texto;
Contexto de
produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais
presentes no texto;
Discurso ideológico
presente no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Contexto de
produção da obra
literária;
Marcas Lingüísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no
texto, pontuação,
recursos gráficos
como aspas,
travessão, negrito.
Progressão
Leitura
Tema do texto;
interlocutores;
finalidade; idéia
principal;
informações
explícitas e
implícitas no texto;
ambiente no qual
circula o gênero,
analisando as
intenções do autor,
as vozes sociais e
os discursos
ideológicos
presentes no texto.
Intertextualidade
relacionando o
tema com o
contexto dos alunos
da EJA, como
possibilidade de
diferentes sentidos
e com outros
textos, utilizando
textos verbais que
se relacionam com
não-verbais
(gráficos, fotos,
imagens, mapas,
entre outros).
romances, charge,
sinopses de filmes,
tiras.
Bilhetes, carta
pessoal, convite,
comunicados,
Curriculum Vitae,
carta de emprego,
reclamação e
solicitação, ofício,
procuração,
requerimento, e-mail,
blog, autobiografia.
Anúncio de
emprego,
classificados,
entrevista oral e
escrita, manchetes,
notícia, reportagens,
anúncio publicitário,
cartazes, comerciais
de TV, folder, slogan,
homepage, placas,
rótulos/embalagens.
referencial
Partículas
conectivas do texto;
Relação de causa e
conseqüência entre
partes e elementos
do texto;
Semântica:
operadores
argumentativos,
modalizadores e
figuras de
linguagem.
Socialização dos
conhecimentos de
mundo que o aluno
da EJA tem sobre o
texto.
Identificação e
reflexão sobre as
particularidades
(lexicais, sintáticas
e textual) do texto
em registro formal e
do texto em registro
informal.
Percepção dos
recursos
linguísticos
utilizados pelo autor
para determinar
causa e
consequência entre
as partes e
elementos do texto,
as partículas
conectivas.
Identificação e
reflexão dos
sentidos de
palavras e/ou
expressões
figuradas e
expressões que
denotam ironia e
humor no texto.
Relatos históricos
e de experiências
científicas, resenhas,
resumos, textos
argumentativos,
verbetes de
dicionário, mapas.
Receitas, bulas,
manual técnico,
regras de jogo,
estatutos, leis,
regulamentos.
Fotos, músicas,
exposição oral,
diálogo, vídeo clip,
vídeo conferência,
mesa redonda,
desenho animado.
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Percepção da
progressão
referencial do texto.
Discursos direto,
indireto e indireto
livre na
manifestação das
vozes que falam no
texto;
Escrita
Ampliação de
leituras sobre o
tema e o gênero
proposto para a
escrita .
Planejamento da
produção de texto
observando:
delimitação do
tema, interlocutor,
gênero, a
finalidade, as
intenções, a
situação de
produção e
comunicação, o
contexto de uso da
linguagem
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de
produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais
presentes no texto;
Ideologia presente
no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Progressão
referencial;
Relação de causa e
conseqüência entre
as partes e
elementos do texto;
Semântica:
operadores,
argumentativos,
modalizadores,
figuras de
linguagem;
Marcas Lingüísticas:
coesão , coerência,
função das classes
gramaticais no
texto, conectores,
pontuação, recursos
gráficos ( aspas,
travessão,
formal/informal e a
organização das
ideias.
Uso do discurso
direto e indireto e
demais aspectos
estruturais para o
gênero propostos
para a escrita.
Uso adequado dos
aspectos
normativos da
língua: ortografia,
concordância
verbal/nominal,
sujeito, predicado,
complemento,
regência, vícios de
linguagem, coesão,
coerência, classes
gramaticais,
recursos gráficos,
pontuação.
Oralidade
O trabalho com os
gêneros orais tem como
objetivo o aprimoramento
linguístico e o nível de
argumentação. Dar-se-á
a partir da reflexão da
própria fala dos alunos da
negrito,etc);
Vícios de
linguagem;
Sintaxe de
concordância;
Sintaxe de regência;
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralingüísticos:
entonação,
expressões facial,
corporal e gestual,
pausas;
Adequação do
discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações
lingüísticas (lexicais,
semânticas,
prosódicas, entre
outras);
Marcas lingüísticas:
EJA quanto com a fala de
seus interlocutores.
Adequação da
linguagem ao
contexto de uso.
Tema do texto oral.
Elementos
composicionais,
informais, formais e
estruturais dos
diversos gêneros
usados nas
diferentes esferas
sociais.
Unidade de sentido
do texto oral e os
argumentos
utilizados.
O papel do locutor
e do interlocutor na
prática da
oralidade.
Adequação do
discurso ao
interlocutor,
observando a
relação entre os
participantes,
dependendo do
gênero e contexto.
Os procedimentos
e as marcas
linguísticas típicas
coesão, coerência,
gírias e repetição;
Elementos
Semânticos;
Adequação da fala
ao contexto (uso de
conectivos, gírias,
repetições,etc);
Diferenças e
semelhanças entre
o discurso oral e o
escrito.
da conversação,
entre outros
discursos orais.
As diferenças lexicais,
sintáticas e discursivas
que caracterizam a fala
formal e informal.
4. METODOLOGIA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como objetivo o compromisso com
a formação humana e o acesso à cultura geral, possibilitando aos alunos
aprimorar sua consciência crítica, adotar atitudes éticas e ter compromisso
político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.
É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos
educandos em relação à idade, ao nível de escolarização em que se
encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação
pela qual procuram a escola.
Por isso, é imprescindível a prática da avaliação diagnóstica, a qual
possibilita ao professor obter informações necessárias para desenvolver
atividades e gerar novos conhecimentos.
Tendo em vista essa diversidade, a Escola mantém características de
organização que atendem melhor à Educação de Jovens e Adultos, para:
- permitir aos alunos percorrerem trajetórias de aprendizagem não-
padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de
apropriação do conhecimento;
- organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do aluno, tanto
no que se refere à organização diária das aulas, como no total de dias
previstos na semana.
A matrícula do educando é feita por disciplina e pode se dar na
organização individual ou coletiva, atendendo alunos com e sem
aproveitamento de estudos. Na organização individual, haverá momentos de
trabalho coletivo dos alunos.
Para compreender o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos
(EJA) é necessário conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o
como sujeito com diferentes experiências de vida e que afastou-se da escola
devido a fatores diversos. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso no
mundo do trabalho, a evasão ou a repetência escolar. Assim, temos na
escolarização de EJA adolescentes, jovens, adultos e idosos.
A EJA atende, também, educandos com necessidades educativas
especiais, inserindo estes no conjunto de alunos da organização coletiva ou
individual, priorizando ações que possibilitem o acesso, a permanência e o
êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação individual
destes educandos.
Buscam-se alternativas e estratégias na prática pedagógica para que
todos os alunos participem e efetivamente aprendam os conteúdos propostos
na disciplina, recebendo apoios diferenciados. Há um tempo diferenciado de
aprendizagem e não um tempo único para todos. Os limites e possibilidades
de cada educando devem ser respeitados.
Uma das razões pelas quais os alunos da EJA retornam à escola é o
desejo de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do
mundo do trabalho. Cada um, porém, apresenta um tempo social e um tempo
escolar vivido, o que exige a reorganização curricular, dos tempos e espaços
escolares, para a busca de sua emancipação.
O tempo dos educandos da EJA é definido pelo período de
escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado,
tendo em vista a modalidade de ensino que considera a disponibilidade de
cada um para a dedicação aos estudos.
Esses educandos trazem uma bagagem de conhecimentos de outras
instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e
socialização dos saberes. Essas experiências de vida são significativas e são
consideradas no desenvolvimento do currículo escolar.
Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o
objetivo pretendido e o gênero. Ao escolher um gênero, nem sempre todas as
práticas serão abordadas.
Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a forma
composicional e o estilo. Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o
professor oportunizará ao aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu
valor ideológico, escolhendo conteúdos específicos, seja para a prática de
leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que explorem discursivamente o
texto.
A forma de composição dos gêneros será analisada pelos alunos no
intuito de compreenderem especificidades e similaridades das relações sociais
numa dada esfera comunicativa. Nessa análise, é preciso considerar o
interlocutor do texto, a situação de produção, a finalidade, o gênero ao qual
pertence, entre outros aspectos.
As marcas linguísticas também devem ser trabalhadas, para que o aluno
entenda os usos da língua e os sentidos que se estabelecem devido à escolha
de um ou de outro elemento lingüístico. Para isso serão explorados recursos
linguísticos e enunciativos do texto como modos verbais, pontuação, recursos
de referenciação entre outros.
O professor é quem fará a avaliação diagnóstica e durante todo o
processo, e que perceberá as fragilidades linguístico-discursivas do educando.
A partir disso selecionará os gêneros orais e escritos a serem trabalhados de
acordo com as necessidades, faixa etária, objetivos pretendidos, bem como os
conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise lingüística.
Prática da Oralidade
As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com
fluência em situações formais; adequar a linguagem de acordo com as
circunstâncias e praticar e aprender situações diversas que supõe o falar e o
ouvir. O reconhecimento das variantes linguísticas como legítimas, também é
importante.
No entanto, reconhecer a norma padrão, como variante de prestígio
social e de uso das classes dominantes, é fator para agregação social e
cultural e, assim, direito de todos os cidadãos, sendo função da escola
possibilitar o acesso a essa norma.
As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são variadas e
apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados,
depoimentos sobre situações significativas, dramatização, recado, explicação,
contação de histórias, declamação de poemas, troca de opiniões, debates,
seminários e outras atividades que oportunizem o desenvolvimento da
argumentação.
Esse trabalho deve ser consistente, orientando os alunos sobre o
contexto social de uso dos gêneros, a postura diante dos interlocutores, as
características textuais e organização da sequência da apresentação, os turnos
de fala e a interação entre os participantes.
Pode-se analisar a linguagem em outras esferas sociais, como
programas de televisão, de rádio, o discurso do poder em diferentes instâncias,
ou seja, nas mais diversas realizações da oralidade.
Prática da Escrita
As propostas de produção textual precisam se realizar de modo
interlocutivo, ou seja, relacionar-se às circunstâncias de sua produção. Assim,
o aluno deve ser levado a assumir-se como locutor e dessa forma, ter o que
dizer, razão para dizer, como dizer e interlocutores para quem dizer.
Inicialmente, é importante que tanto o professor como o aluno planejem
o que será produzido. É necessário ler vários textos do gênero solicitado para a
escrita; delimitar o tema da produção; definir o objetivo com que escreverá;
prever os possíveis interlocutores; analisar a situação em que o texto circulará
e organizar as ideias.
Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta
solicitada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, seus
argumentos e suas ideias.
Finalmente, o aluno deve reescrever o texto, refletindo se os objetivos
foram alcançados, analisando se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero, ao contexto de circulação, às condições de produção e aos
interlocutores. Deve, ainda, rever as normas de sintaxe, bem como a
pontuação, ortografia e paragrafação.
Tais atividades devem ser retomadas, analisadas e diagnosticadas
durante esse processo.
O refazer textual poderá ocorrer de forma individual ou em grupo,
considerando a intenção e as circunstâncias da produção.
Prática da Leitura
A leitura é um ato dialógico, interlocutivo. Por isso, o leitor deve ter um
papel ativo nesse processo. Para que isso ocorra, o professor precisa atuar
como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Ele
deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura,
desenvolvendo um sujeito crítico e atuante na sociedade.
Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de
aula, as experiências de leitura dos alunos, suas expectativas de leitura, para,
então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as
leituras dos educandos.
Para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o
texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Conforme variam
os gêneros, variam as finalidades pretendidas com a leitura, o suporte do
mesmo e variam também as estratégias a serem usadas.
Nas práticas de leitura os alunos deverão familiarizar-se com textos
produzidos em diversas esferas sociais: jornalística, artística, judiciária,
científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc.
Neste processo também é preciso considerar as linguagens não-verbais, a
leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e
virtuais, figuras, ou seja, contemplar os multiletramentos.
É necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão
de um texto os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento a situação comunicativa, dos gêneros e suas
esferas, dos interlocutores envolvidos, do suporte em que o gênero está
publicado e da intertextualidade.
Nesse trabalho, portanto, o professor deverá estar proporcionando a
reflexão dos gêneros lidos mediando o conhecimento do conteúdo temático, da
finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso e o
papel social que elas representam, das ideologias, da fonte, da
intertextualidade e dos argumentos elaborados, possibilitando assim, o
crescimento contínuo dos alunos ao longo da disciplina.
Literatura
No trabalho com a Literatura objetiva-se efetuar leituras compreensivas
e críticas, ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as
leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os
próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social, de acordo com Bordini e Aguiar (1993).
A Literatura será desenvolvida no Ensino Fundamental e no Ensino
Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação em
garantir o estudo das Escolas Literárias. Esse trabalho, no entanto, não ficará
preso à linha do tempo da historiografia, mas o professor fará a análise
contextualizada da obra, no momento de sua produção e de sua recepção
(historicidade). Para efetivar esse trabalho, o professor poderá usar os estudos
filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, estudos culturais, entre outros
que podem enriquecer o entendimento da obra literária.
O texto literário irá dialogar, também, com outras áreas, como por
exemplo: Literatura e arte; Literatura e Biologia; Literatura e História; entre
tantas.
O trabalho com a Literatura tanto no Ensino Fundamental quanto no
Ensino Médio deve partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é
ele quem atribui sentidos ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo
com seus conhecimentos prévios, lingüísticos, de mundo. Portanto, o professor
deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a
leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos educandos.
Inicialmente, o olhar para o texto literário deve ser de sensibilidade, de
identificação. O professor pode estimular o aluno a projetar-se na narrativa e
identificar-se com algum personagem. Depois, pode solicitar aos alunos que
falem o que entenderam da história lida. Essa fase é importante para que o
aluno se identifique como coautor do texto.
O professor deve também orientar o aluno no entendimento de que não
é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto
permite. As marcas linguísticas também devem ser consideradas na leitura
literária. É preciso mostrar ao aluno que nem sempre determinada leitura é o
que ele espera, suas certezas podem ser abaladas. Para isso, é importante o
professor trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos
alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que se distanciem do
senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa
ampliado.
Após isso, o professor orientará os alunos a questionamentos e uma
autoavaliação a partir dos textos oferecidos.
As leituras oportunizadas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas
possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das
aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.
Análise Linguística
A análise linguística é uma prática complementar às práticas de leitura,
oralidade e escrita, tendo em vista que possibilita a reflexão dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos.
Portanto, é necessário que o professor selecione o gênero que pretende
trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de
produção/ circulação, prepare atividades sobre a análise das marcas
linguísticas e enunciativas.
As atividades de análise linguística buscam sanar as falhas que o
professor diagnosticou na produção oral e/ou escrita dos alunos, podendo
enfocar, por exemplo, os recursos gráficos e seus efeitos de uso; a pontuação
como recurso sintático e estilístico; o papel sintático e estilístico dos pronomes
na organização, retomadas e sequenciação do texto; os procedimentos de
concordância verbal e nominal entre outros.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que proporcionem
aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, como atividades de revisão, de
reestruturação ou refacção, de análise coletiva de textos selecionados de
diversos gêneros.
Enfim, através de todos esses encaminhamentos, a disciplina de Língua
Portuguesa busca ampliar a leitura de mundo dos educandos, pela mediação
entre os conhecimentos e os indivíduos, oportunizando assim o acesso à
cultura e a elaboração de saberes pelos próprios sujeitos da prática educativa.
5. Avaliação
A avaliação em Língua Portuguesa deve ser um processo contínuo,
elucidando a qualidade e o desempenho do aluno durante todo o ano letivo.
Esta avaliação deve ser formativa, conforme a lei n.9394/96 das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
O professor deve utilizar a observação diária, juntamente com
instrumentos variados, selecionados de acordo com o conteúdo trabalhado e
seus objetivos. Cada aluno possui ritmos e processos de aprendizagem
diferenciados, cabendo ao professor realizar avaliação continuamente e de
forma diagnóstica. A intervenção pedagógica precisa acontecer o tempo todo,
buscando estratégias para que os alunos aprendam e participem ativamente
das aulas.
Dentro da Oralidade a avaliação formativa será em função da
adequação do discurso aos diferentes interlocutores. Podendo-se utilizar
seminários, debates, conversas, entrevistas, relatos de histórias e outros. Será
verificada a participação, analisando a clareza com a qual expõe suas idéias, a
fluência da fala, a argumentação que apresenta e defende seus pontos de
vista.
Já na Leitura, serão avaliadas as estratégias empregadas para a
compreensão do que lêem, quais os sentidos construídos, as relações
dialógicas, posicionamentos ideológicos e localizações das informações
explícitas e implícitas do texto. Verificar-se-ão se os alunos ativarão
conhecimentos prévios na compreensão de um texto e se conseguirão
compreender significados através do contexto.
Na Escrita, é necessário entender o aluno como em fase de processo de
aprendizagem, nunca como pronto e acabado. Será preciso adequar a
produção escrita às circunstâncias de sua produção, proposta e gênero
solicitado.
Na Análise Linguística, os elementos linguísticos usados nos diferentes
gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada
que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Assim,
o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem informal e formal,
a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de
recursos linguísticos e estilísticos, as relações semânticas entre as partes do
texto, etc.
A avaliação deve priorizar o uso da língua oral e escrita em práticas
sociais, favorecendo o letramento. O professor deve articular teoria e prática,
respeitando diferenças e promovendo ações pedagógicas de qualidade.
Referências Bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos. Curitiba : SEED, 2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Compreender a Matemática desde as suas origens até sua constituição
como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para
ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões. Os povos das antigas
civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a
Matemática. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por
volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados
como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a
respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas,
da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov [1987],
esse período demarcou o nascimento da Matemática.
Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu
somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização
grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados.
Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o
papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que,
para eles, instigaria o pensamento do homem.
A Matemática se inseriu no contexto educacional grego somente um
século V a.C., Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se
justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza
como na sociedade. a disciplina de Matemática tem uma base racional que
perdurou até o século XVII d.C. Nesse período, aconteceu a sistematização
das matemáticas estáticas, ou seja, desenvolveram-se a aritmética, a
geometria, a álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV, 1987).
Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma
clássica e enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava
reduzido a contar os números naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na
memorização e na repetição.Nessa época, no Egito, foi criada a biblioteca de
Alexandria.
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de
pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada
nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia.
O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o
pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do
século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma
exposição mais completa de seus conceitos.
Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino
teve caráter estritamente religioso.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas
com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.
Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das
atividades comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas
descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram-se às
atividades práticas.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste
conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis.
No Brasil, na metade do século XVI, a educação jesuítica contribuiu para
o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos
currículos da escola brasileira.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei
quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses
elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.
O século XVIII a pesquisa Matemática voltou-se, para as necessidades
do processo da industrialização.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da
Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria. No
século XIX as mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja,
no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse
período, houve uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos
métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a sistematização e
hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias não-
euclidianas.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi
discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas
pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina
escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das
transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.
O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu
num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional,
o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros
urbanos e as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a
Primeira Guerra Mundial.
Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a
precisão da linguagem matemática facilitariam o seu ensino. O método de
aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o
desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas.
Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de
1960 e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da
Matemática na década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático
resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas
atividades pedagógicas. A Matemática era vista como uma construção formada
por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas.
A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão
sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da
Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática
estavam na Etnomatemática.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e,
através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a
construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na
autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições
sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p. 76).
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que
possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em
desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos
pela memorização ou listas de exercícios.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada
em 20 de dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às
transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e
apresenta novas interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua
vigência, definiram-se aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas
compondo a parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas
da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à autonomia dada
às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico.
A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam
conteúdos da Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas
docentes tão somente para o desenvolvimento de competências e habilidades,
destacando o trabalho com os temas transversais, em prejuízo da discussão da
importância do conteúdo disciplinar e da apresentação de uma relação desses
conteúdos para aquele nível de ensino.
A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva
com professores que atuam em salas de aula, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino, com educadores dos Núcleos Regionais e das equipes
pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação. O resultado desse longo
trabalho conjunto passa a constituir estas Diretrizes Curriculares.
O objeto de estudo da disciplina ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem, conhecimento matemático , que envolve o estudo de processos
que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria
Matemática. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento
matemático, desenvolve valores e atitudes denatureza diversa, visando a sua
formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma
visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos,
construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do
aluno.
Para propiciar uma diversidade de situações, de modo a tornar os alunos
capazes de resolver problemas que mobilizem os diversos conteúdos
trabalhados no Ensino Médio, é necessário focalizar as idéias matemática sem
diferentes quadros (numérico, algébrico, funcional, geométrico, gráfico, etc.),
realizando a articulação com outras áreas do conhecimento e aplicações
sociais, como também com outros campos da Matemática.
É fundamental, nesse sentido, propor também problemas
relacionados ao contexto social do aluno que contemplem as idéias, conceitos,
procedimentos e situações envolvidos nessa etapa da escolaridade.
Espera - se que o educando, ao ter uma visão da Matemática, venha a
estruturar seus próprios pensamentos, tornar-se crítico, analítico e sistemático,
ao mesmo tempo em que se torne sensível, perspicaz, com visão geométrica
ao desenvolvimento de formular estimativas mentais (prever e prover)
principalmente no que diz respeito às necessidades do seu cotidiano.
2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-As finalidades do ensino de Matemática indicam, como objetivos, levar o aluno
a:
-Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual,
característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade
para resolver problemas;
-Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do
ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de
relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático
(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório,
probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para
interpretá-las e avaliá-las criticamente;
-Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como dedução, indução,
intuição, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos
matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;
-Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
-Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre
esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;
-Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de
soluções
-Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos
consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de
pensar dos colegas e aprendendo com eles.
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS/SERIAÇÃO E
ORGANIZAÇÃO
3.1 ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos e
Específicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Sistema de Numeração
Números Naturais:
>operações
fundamentais(adição,
subtração,
multiplicação e divisão);
>potenciação e radiciação;
>expressões numéricas;
>múltiplos e divisores;
>números primos;
>mínimo múltiplo comum;
Conheça os diferentes sistemas de
numeração;
Realize operações com números
naturais;
Expresse matematicamente, oral ou por
escrito, situações-problema que
envolvam as operações ;
Reconheça o MMC e MDC entre dois ou
mais números naturais;
Reconheça números racionais em
diferentes grau;
Realize operações com números
>máximo divisor comum;
>Números Fracionários;
- Números Inteiros:
>operações fundamentais;
>potenciação e radiciação;
>expressões numéricas;
>Números Fracionários;
- Números Decimais:
>operações fundamentais;
>potenciação e radiciação;
>expressões numéricas;
-Numeros Irracionais
>sistemas de equação do 1º
grau;
>monômios;
>polinômios;
>notação cientifíca;
>Produtos Notáveis
racionais
Reconheça números inteiros em
diferentes contextos;
Realize operações com números
inteiros;
Utilize e interprete a linguagem algébrica
Identifique monômios e polinômios e
efetue suas operações;
Utilize as regras de Produtos Notáveis
para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas;
Extraia uma raiz;
Opere com sistema de equações do 1º
grau; com uma / duas variáveis.
Identifique e resolva equações, sistemas
de equações e inequações do primeiro e
- Números Reais:
>operações fundamentais;
>potenciação e radiciação;
>Números Fracionários;
- Equações:
>equação do 1º grau;
>equação do 2º grau;
>Razão e proporção;
>Escalas;
>Regra de três simples
segundo grau;
Compreenda a razão como uma
comparação entre duas grandezas
numa ordem determinada e a proporção
como uma igualdade entre duas razões;
Reconheça sucessões de grandezas
direta e inversamente proporcionais;
Resolva situações-problema aplicando
regra de três simples.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
- Medidas de comprimento:
>medidas padrão;
>múltiplos e submúltiplos do
metro;
>comprimento da
circunferência;
>perímetro de figuras planas;
>perímetro de polígonos;
Identifique o metro como unidade-
padrão de comprimento;
Reconheça e compreenda os diversos
sistemas de medidas;
Opere com múltiplos e submúltiplos;
Calcule o perímetro, área e capacidade
usando unidades de medida ;
Realize cálculo de área e volume de
poliedros.
- Medidas de área
>medida convencionais;
>medidas não-convencionais;
>área de figuras planas;
>área do círculo;
- Medidas de volume:
>múltiplos e submúltiplos do
litro;
>metro cúbico;
>volume do cubo,
paralelepípedo e cilindro;
- Medidas de massa:
>medida padrão;
>múltiplos e submúltiplos do
grama;
- Medidas de tempo:
>milênio, século, ano, mês e
dia;
>horas e minutos;
- Medidas de ângulos:
>ângulo reto;
Realize transformações de unidades de
medida de tempo ;
Relacione a evolução do Sistema
Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais;
Reconheça e classifique ângulos
(reto,raso, agudo e obtuso);
Reconheça triângulos semelhantes;
Identifique e some os ângulos internos
de um triângulo e de polígonos
regulares;
Reconheça e aplique as relações
métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
Compreenda e utilize o conceito de
semelhança de triângulos para resolver
situações-problemas;
Conheça e aplique os critérios de
semelhança dos triângulos;
Aplique o Teorema de Tales em
situações- problemas
Utilize o Teorema de Pitágoras na
determinação das medidas dos lados de
um triângulo retângulo;
>ângulo raso;
>ângulo agudo;
>ângulo obtuso;
- Trigonometria:
>relações métricas no triângulo
retângulo;
>trigonometria no triângulo
retângulo;
GEOMETRIAS
-Geometria Plana:
>figuras planas;
>circunferência e círculo;
>congruência e semelhança de
figuras;
-Geometria Espacial:
>sólidos geométricos;
Reconheça os sólidos geométricos em
sua forma planificada e seus elementos.
Diferencie círculo e circunferência,
identificando seus elementos;
Reconheça os sólidos geométricos em
sua forma planificada e seus elementos.
Identifique corpos redondos;
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Estatística:
>pesquisa estatística;
>dados, tabelas;
>população, amostra;
>gráfico de barras;
Analise e interprete informações de
pesquisas estatísticas;
Leia, interprete, construa e analise
gráficos;
Represente uma mesma informação em
gráficos diferentes;
Utilize o conceito de amostra para
>gráfico de linhas;
>gráfico de setores;
>pictograma
>Porcentagem;
>juro simples;
>Noções de Análise
Combinatória:
>Noções de Probabilidade:
>Juros simples e composto
levantamento de dados
Calcule a média aritmética e a moda de
dados estatísticos;
Resolva problemas envolvendo cálculo
de juros simples ;
Interprete e identifique os diferentes
tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses
recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
Resolva situações-problema que
envolvam porcentagem e relacione-as
com os números na forma decimal e
fracionária;
Desenvolva o raciocínio combinatório
por meio de situações-problema que
envolvam contagens, aplicando o
princípio multiplicativo.
Descreva o espaço amostral a um
experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um
determinado o evento;
Resolva situações-problema que
envolvam cálculos de juros compostos.
3.2 ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
AVALIAÇÃO
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
Números reais
- Números naturais;
- Números Inteiros;
- Números racionais;
- Números irracionais;
- A reta real.
Razão e Proporção
- Noção de razão;
- Propriedades Fundamentais das
proporções;
- Cálculo termo desconhecido
numa proporção.
Regra de Três Simples e
Composta
– Grandezas diretamente
proporcionais;
– Grandezas inversamente
Amplie os
conhecimentos sobre
conjuntos numéricos e
aplique em diferentes
contextos;
Compreenda a razão
como uma comparação entre
duas grandezas numa ordem
determinada e a proporção
como uma igualdade entre
duas razões;
- Resolva situações-problema
aplicando regra de três
simples;
- Utilize a regra de três
composta em situações
problemas;
- Reconheça números
proporcionais.
Potenciação/ Radiciação
– Propriedades das
potências;
– Radiciação.
Equação do 1º Grau
- Sentenças;
- Equações;
- Resolução de uma equação do
1º grau
- Equações equivalentes.
Equação do 2º Grau
- Equações completas e
incompletas;
- Fórmula geral de resolução
- Números e raízes.
inteiros em diferentes
contextos;
- Realize operações com
números inteiros;
- Reconheça números
racionais em diferentes
contextos;
- Realize operações com
números racionais;
- Compreenda, identifique e
reconheça o número ð (pi)
como um número irracional
especial;
- Compreenda o objetivo da
notação científica e sua
aplicação;
- Compreenda os números
complexos e suas operações.
- Identifique monômios e
polinômios e efetue suas
operações;
- Utilize as regras de
Produtos Notáveis para
resolver problemas que
envolvam expressões
algébricas;
- Extraia uma raiz;
Opere com sistema de
equações do 1º grau; com
uma / duas variáveis.
Identifique e resolva
equações, sistemas de
equações e inequações;
- Resolva equações
biquadradas através das
equações do 2ºgrau.
GRANDEZAS E
MEDIDAS
Medida de Comprimento
- Leitura das medidas de
comprimento;
- Mudanças de Unidade;
– Perímetro de um polígono;
– Comprimento da
circunferência.
Medidas de área
- Múltiplos e sub-múltiplos do m²;
- Mudanças de Unidade;
Área das principais figuras
planas.
- Calcule o perímetro, usando
unidades de medida
padronizadas;
Perceba que as
unidades de medidas são
utilizadas para a
determinação de diferentes
grandezas e compreenda a
relações matemáticas
existentes nas suas
unidades;
- Identificar e relacionar os
elementos geométricos que
envolvem o cálculo de área e
perímetro de diferentes
figuras planas;
Medidas de Volume
- Múltiplos;
- Mudanças de Unidade;
- Volume dos sólidos
geométricos.
Medida de Ângulos
- Operações com medidas de
ângulos;
- Ângulos congruentes;
- Bissetriz de um ângulo;
- ângulo reto, agudo e obtuso;
- Retas perpendiculares.
Trigonometria
- Trigonometria no triângulo
retângulo;
- Relações trigonométricas em um
triângulo qualquer;
- Trigonometria na circunferência.
- Realize cálculo de área
- Realize calculo de volume
de poliedros
Reconheça e
classifique ângulos (retos,
agudos, obtusos);
Identifique ângulos
formados entre retas
paralelas.
- Compreenda e utilize o
conceito de semelhança de
triângulos para resolver
situação-problemas;
- Conheça e aplique os
critérios de semelhança dos
triângulos;
- Aplique o Teorema de Tales
em situação-problemas;
- Aplique a lei dos senos e a
lei dos cossenos de um
triângulo para determinar
elementos desconhecidos.
-Compreenda a Tangente
como a razão entre seno e
cosseno.
-- Conheça e aplique as
relações métricas e
trigonométricas no triângulo
retângulo;
- Utilize o Teorema de
Pitágoras na determinação
das medidas dos lados de um
triângulo retângulo.
FUNÇÕES
Função Afim
- Conceito de função afim;
- Domínio e imagem;
- Coeficiente da função afim;
- Zero e equação do 1º grau;
- Crescimento e decrescimento;
- Estudo do sinal;
- Gráfico de uma função afim.
Função Quadrática
- Identifique diferentes
funções e realize cálculos
envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos
sobre funções para resolver
situações e problemas;
- Realize análise gráfica de
diferentes funções;
- Reconheça uma função
afim e sua representação
gráfica, inclusive sua
declividade em
relação ao sinal da função;
- Conceito de função quadrática;
- Zeros e equação do 2º grau;
- Coordenadas do vértice da
parábola;
- Imagem;
- Construção da parábola.
- Estudo do sinal e inequações;
- Gráfico de uma função
quadrática.
Função Polinomial
- Conceito de função;
- Grau de uma função polinomial;
- Representação gráfica.
Função Exponencial
- Conceito de função exponencial;
- Gráfico da função exponencial.
Função Logarítmica
- Conceito da função logarítmica;
Gráfico de uma função
logarítmica.
Função Trigonométrica
- Razões trigonométricas;
- Função seno, cosseno e
tangente;
- Equações, identidade e
inequações trigonométricas;
- Transformações trigonométricas;
- Função periódica;
- Função trigonométrica inversa.
Função Modular
- Conceito da função modular;
- Gráfico de uma função modular.
Progressão Aritmética
- Seqüências numéricas;
- Conceito de P.A.;
- Termo geral de uma P.A.;
- Soma dos n termos de uma P.A.
Progressão Geométrica
- Conceito de P.G.;
- Termo geral de uma P.G.;
- Soma dos n termos de uma P.G.
-- Reconheça, nas
sequências numéricas,
particularidades que remetem
ao conceito das progressões
aritméticas e geométricas;
- Generalize cálculos para a
determinação de termos de
uma sequência numérica.
GEOMETRIAS
Geometria Plana
- Ponto, reta e plano;
- Paralelismo e
perpendicularismo;
- O espaço bidimencional;
- Ângulos;
- Amplie e aprofunde os
conhecimentos de geometria
Plana e Espacial;
-
- Figuras planas;
- Polígonos;
- Círculo e circunferência;
- Áreas de figuras planas;
- Congruência e semelhança de
figuras.
Geometria Espacial
- O espaço tridimendissional;
- Sólidos geométricos;
- Poliedros, prismas, pirâmides,
cilindros, cones, esferas, área e
volume.
Geometria Analítica
- Distância entre dois pontos;
- Equação da reta;
- Ângulo entre duas retas;
- Distância entre dois pontos;
- Área do triângulo;
- Equação da circunferência;
Determine posições e
medidas de elementos
geométricos através da
Geometria Analítica;
- Distância de um ponto a um
plano;
- Ângulo entre planos;
- Ângulo entre reta e plano;
- Secções Cônicas (conceito,
parábola, elipse e hipérbole).
Geometrias Não-Euclidianas
- Geometria Fractal;
- Noções de Geometria Elíptica;
Noções de Geometria
Hiperbólica.
- Perceba a necessidade das
geometrias não-Euclidianas
para a compreensão de
conceitos geométricos,
quando analisados em planos
diferentes do plano de
Euclides;
- Compreenda a necessidade
das geometrias não-
Euclidianas para o avanço
das teorias científicas;
- Conheça os conceitos
básicos da Geometria
Eliptica, Hiperbólica e
Fractal.
TRATAMENTO
DA
Analise Combinatória
- Principio fundamental da
-- Recolha, interprete e
analise dados, através de
cálculos, permitindo-lhe uma
INFORMAÇÃO
contagem;
- Fatorial de um número natural;
- Arranjo, permutação e
combinação;
- Número binomial e termo geral
do binômio.
Binômio de Newton
Probabilidade
- Estudo das Probabilidades;
- Probabilidade de um evento;
- União e intersecção de eventos;
- Probabilidade condicional.
Estatística
- Coleta de dados;
- População e amostra;
- Organização de dados na
tabela;
- Gráficos estatísticos;
- Distribuição de freqüências;
leitura crítica dos mesmos;
- Realize cálculos utilizando
Binômio de Newton;
- Compreenda a ideia de
probabilidade;
- Realize estimativas,
conjecturas à respeito de
dados e informações
estatísticas;
-- Perceba, através da leitura,
construção e interpretação de
gráficos, a transição da
álgebra para a representação
gráfica e vice-versa.
- Tabelas;
- Média, moda e mediana;
- Amplitude e variância;
- Analise de dados.
Matemática Financeira
- Porcentagem;
- Juro simples e composto.
- Compreenda a Matemática
Financeira aplicada ao
diversos ramos da
atividade humana.
4 METODOLOGIA
Os conteúdos de Matemática no Ensino Médio, deverão ser abordados
articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos
estruturantes.Os encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os
conteúdos propostos neste nível de ensino, visa desenvolver os conhecimentos
matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento
eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como
as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações
simbólicas, formais e técnicas.
É importante a utilização de recursos didáticos-pedagógicos e
tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Objetivando uma formação
científica geral.Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo
professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos a aplicação dos
conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das
ciências e da própria ciência matemática.Em relação às abordagens,
destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas, não
somente pertinentes à ciência matemática mas como nas demais ciências que,
em determinados momentos, fazem uso da matemática.
As atividades de ensino incorporam elementos estruturais e práticos,
resolução de problemas de dia - a – dia, uso da calculadora e de tabelas e
fórmulas estará comprometido com a construção, bem como a estruturação da
mesma, sua aplicação e não somente uma mera substituição de letras pro
números. O uso da calculadora corresponde à compreensão de elementos
matemáticos tais como são calculados com e sem máquina, e não somente a
manipulação da tabuada, ou simples cálculos de porcentagem. Os conteúdos
matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as expositivas, as de
vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no pátio ou
demais dependências do colégio.Os trabalhos serão realizados
individualmente, em duplas, trios ou equipes, podendo até ser realizadas com a
turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo trabalhado. Recursos
didáticos como livros, jogos com material de apoio , dicionário de matemática,
vídeos, televisão, calculadoras, informática, têm integrado a situações que
levem ao exercício da análise e de reflexão. Trabalhar o abstrato e material de
apoio. Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor.
Entendem-se, por Conteúdos Estruturantes, os saberes (conhecimentos
de grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os
campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e
fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se
historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da
disciplina escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais
para a compreensão do processo do ensino e da aprendizagem em
matemática.
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes
evocam outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando
relações e interdependências que, consequentemente, enriquecem os
processos pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que
se volta para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre
os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na
medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e,
quando situações de aprendizagem possibilitam, podem ser retomados e
aprofundados.
Existem investigações em Educação Matemática que abordam as
relações que podem ocorrer entre conteúdos matemáticos. Educadores
matemáticos se incubem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre
eles, Machado (1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada
disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim
do modo como se articulam”. O autor defende que abordar conteúdos
disciplinares com base numa organização linear, tanto nas relações
interdisciplinares quanto no interior das diversas disciplinas poderá incorrer em
práticas docentes que impossibilitam a produção de um ensino significativo.
Portanto, busca-se direcionar nesse documento, o trabalho docente de forma
que o mesmo se paute em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e
articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.
Este documento assume a postura metodológica que permite a
apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração
curricular, que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e
se expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao
mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes a
conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam
reforçadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções
de novas relações.
Nesse contexto, ao trabalhar os conteúdos Circunferências e Círculo,
ambos do conteúdo estruturante Geometria, o professor pode buscar na
Álgebra, mais precisamente nos conceitos de equações, elementos para
abordá-los. Para o conteúdo porcentagem, os conceitos da Álgebra também
serão elementos básicos. Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar
a Álgebra isoladamente dos demais conteúdos.
O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da
prática docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação
Matemática. Beatriz D’Ambrósio (1989) elege algumas propostas
metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina
Matemática. A autora destaca a Resolução de Problemas, a Modelagem
Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, e a História da Matemática.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Os conteúdos estruturantes quando trabalhados de forma
contextualizada levam o aluno a resolução de problemas, isto não ocorre de
forma imediata pois, muitas vezes é preciso levantar hipóteses e testá-las.
Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns e um
problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.
MODELAGEM MATEMÁTICA
É uma abordagem interdisciplinar que proporciona aos alunos uma visão para
indagou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras
áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas
ou do dia-a-dia.
MÍDIAS TECNOLÓGICAS
Paralelamente ao uso de lápis e caderno, quadro e giz, o professor (e a
escola) deve usar (dispor) as tecnologias para ampliar as possibilidades de
observação e investigação, potencializando formas de resolução de problemas
preparando o cidadão para uma inserção social de acordo com a realidade.
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A história da matemática não se trata simplesmente da tendência
histórica de, apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de
matemáticos famosos, mas sim, de vincular as descobertas matemáticas aos
fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas
que determinavam o pensamento e influenciavam no avanço científico de cada
época.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação Matemática compreende a integração do que o educando
aprende, com a aplicação da metodologia do professor, ou seja, um elo entre a
aprendizagem e o ensino.
Avaliar em Matemática compreende entender a maneira pela qual o
educando fica mais motivado a aprender, por conseguinte, o erro deve ser o
pacto de parada tanto do aluno como do professor. O aluno para verificar onde
tem dificuldade e procurar mais atenção aos cálculos propriamente ditos,
enquanto que para o professor, ele corresponde a uma nova adaptação de
metodologia de ensino, onde ele estuda e interpreta dados de seu próprio
trabalho.
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de
informação que o aluno domina não é coerente com a proposta da Educação
Matemática. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a
complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa em que medida o
aluno atribuiu significado ao que aprendeu e consegue materializá-la em
situações que exigem raciocínio matemático.
Além disso, uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa
de encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram
espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo
trabalhado e a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça, é
fundamental o diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas
questões relativas aos critérios utilizados para avaliar, na função da avaliação e
nas constantes retomadas avaliativas, se necessário.
Concorda-se com D’Ambrosio, que a “avaliação deve ser uma
orientação para o professor na condução de sua prática docente e jamais um
instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de
conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar
indivíduos para isto ou aquilo não são missão de educador” (2001, p. 78).
Assim, a avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como
fechamento de grandes etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades
lúdicas, atividades escritas, atividades orais, indicações de acompanhamento
escolar e comportamento em sala, e trabalhos pré-estabelecidos,
demonstrações, trabalhos em laboratório (feiras e amostras), possibilidades de
intervenções no cotidiano. Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e
individual, em sala de aula, através de observações sistemáticas, análise das
produções dos alunos a atividades específicas, deixando bem claro para os
alunos o quê se pretende avaliar, e qual a função da avaliação. O registro se
dará através do livro de chamada, e representará em que medida o aluno
atribui significado ao que aprendeu e em que medida consegue materializar
situações que exigem raciocínio matemático, abordando principalmente as de
relevância social. De forma processual, com objetivo diagnóstico, nos dará a
clareza necessária para reavaliarmos, permanentemente nossa prática
pedagógica, nossas metodologias, bem como: quais conteúdos, quando, a
quem e de que forma oferecermos a recuperação paralela, como mais uma
oportunidade aos educandos, de acesso aos conhecimentos matemáticos.
5- REFERÊNCIAS
D´AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates.
Rio Claro, n 2 ano ll, p. 15– 9, mar/1989.
D´AMBRÓSIO, U. BARROS, J. P. D. Computadores, escola e
sociedade. São Paulo: Scipione, 1988.
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LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola. Ed 166, outubro de 2003.
Disponível em: http:// novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_
out03/html/álgebra, acesso em 29 de maio de 2006.
LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no
currículo de matemática da escola básica. In: Anais do VIII
Encontro Nacional de Educação Matemática. Recife: UFPE, 2004,
p. 1- 30.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista
Quadrimestral da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pro -
posições. Campinas, n. 1(10), p. 25-34, mar/1993.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. Historia na educação matemática:
propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Câmara de Educação
Básica do Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares
para o Ensino Fundamental. Parecer CEB 94/98. Brasília. 1998.
PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil:
causas e conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1,
1993.
PONTE, J. P. et al. Didática da matemática. Lisboa: Ministério da
Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.
RIBNIKOV, K. Historia de las matemáticas. Moscou: Mir, 1997.
INGLES
Apresentação da Disciplina
O ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM) de acordo com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, propõe que os métodos de ensino
atendam às expectativas e as demandas sociais da atualidade.
O inglês é uma língua oficial em mais de quarenta países, seja como
primeira ou segunda língua. Seu ensino contribui para a formação e
desempenho, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhe conhecimentos
gerais que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais complexos
permitindo inserção e manutenção do jovem e adulto ao mercado de trabalho.
O ensino de inglês torna-se cada vez mais necessário no mundo globalizado,
onde intercâmbios internacionais de negócios, culturas e informações são mais
comuns e seus o seus acessos facilitados.
Desde 1930, no período forte da revolução industrial a língua inglesa
vem sendo ensinada no Brasil no Ensino Fundamental. A partir da Lei 5692/71,
que fixa Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, o inglês foi disciplina
adotada também no Ensino Médio.
Hoje, com a globalização permitindo o surgimento de produtos
internacionais no mercado e com a existência de novas tecnologias,
deparamos com incontável número de vocábulos da lingua inglesa fazendo
parte da nossa linguagem no dia a dia. Esta é a razão principal para que seu
ensino continue no currículo da educação escolar brasileira.
Conteúdos
A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante, o Discurso
prática social e ao mesmo tempo caracterizam aos gêneros (textuais, do texto,
discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados como conteúdos
Objetivos Gerais da Disciplina
XVII. Ampliar o contato com outras formas de conhecer e com outros
procedimentos interpretativos de construção da realidade.
XVIII. Promover intercâmbios social e cultural através do contexto de interação
verbal.
XIX. Contemplar relações com a cultura, sujeito e identidade.
XX. Oportunizar percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos.
XXI. Reconhecer o uso da língua em diversos propósitos comunicativos.
Conteúdos estruturantes/Conteúdos Básicos
Ensino Fundamental
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
Prática Social
Gêneros
discursivos e
seus elementos
composicionais
Adivinhas, piadas, álbum de família, anedotas,
bilhetes, músicas, filmes, provérbios, carta,
cartão, e-mail,convite, textos instrucionais,
curriculum vitae, autobiografia, notícia, contos,
crônicas, história em quadrinhos, artigos, debate,
pesquisas, cartazes, diálogos, anúncio,
caricatura, cartoon, charge, narrativas, poemas,
textos dramáticos, fotos, horóscopo, manchete,
tiras, reportagem, sinopse de filme, depoimento,
blog, MSN.
Leitura Tema do texto, interlocutor, finalidade, elementos
composicionais do gênero, repetição proposital
de palavras, marcas lingüísticas (coesão,
coerência, função das classes gramaticais
pontuação,recursos gráficos, leitura e
interpretação de textos com auxílio de gravuras e
dicionários)
Escrita Tema do texto, finalidade do texto, vozes sociais
presentes no texto, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos,
ortografia, concordância verbal/nominal. Redigir
textos simples com uso do dicionário. Oralidade Tema do texto, finalidade, papel do locutor e
interlocutor, elementos extralingüísticos
(entonação, pausas, gestos...), adequação do
discurso ao gênero, variações lingüísticas,
marcas lingüísticas, (coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos semânticos, adequação da
fala ao contexto, diferenças e semelhanças entre
o discurso oral e o escrito.)
Usar algumas expressões cotidianas para suprir
suas necessidades.
Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como
Prática Social
Gêneros
discursivos e
seus elementos
composicionais
Adivinhas, piadas, álbum de família, anedotas,
bilhetes, músicas, filmes, provérbios, carta, cartão, e-
mail,convite, textos instrucionais, curriculum vitae,
autobiografia, notícia, contos, crônicas, história em
quadrinhos, artigos, debate, pesquisas, cartazes,
diálogos, anúncio, caricatura, cartoon, charge,
narrativas, poemas, textos dramáticos, fotos,
horóscopo, manchete, tiras, reportagem, sinopse de
filme, depoimento, blog, MSN. Leitura Tema do texto, Interlocutor, finalidade, temporalidade
referência textual, discurso, direto e indireto. Uso de
termos técnicos para funções do cotidiano em
manuais de instruções e equipamentos. Palavras e
ou expressões que detonam ironia e humor no texto,
repetição proposital de palavras, marcas lingüísticas
(coesão, coerência, função das classes gramaticais
pontuação,recursos gráficos, leitura e interpretação
de textos com auxílio de gravuras e dicionários) Escrita Tema do texto, finalidade do texto, temporalidade,
referência textual, partícula conectivas do texto,
discurso direto e indireto, emprego do sentido
conotativo e denotativo, discurso direto e indireto,
marcas lingüísticas, coesão e coerência, função das
classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos,
ortografia, concordância verbal/nominal, redação de
textos simples com uso do dicionário. Oralidade Conteúdo temático, finalidade, papel do locutor e
interlocutor, elementos extralingüísticos (entonação,
pausas, gestos...), adequação do discurso ao gênero,
variações lingüísticas, marcas lingüísticas, (coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos,
adequação da fala ao contexto, diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e o escrito.), uso
de expressões cotidianas para suprir suas
necessidades.
4. Metodologia
A metodologia adotada nas aulas de Língua Estrangeira está embasada
na seguinte afirmação:
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do
papel das línguas nas sociedades, como mais do que meros instrumentos de
acesso à informação; as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,
expressar e transformar o modo de entender o mundo e de construir
significados. (DCE, 2008, p.63).
O professor deverá buscar os procedimentos necessários que satisfaçam
as necessidades do aluno levando em conta seu histórico e suas experiências
cotidianas e culturais.
Dessa forma, o ponto de partida da aula de LEM sempre será o texto,
sendo verbal ou não verbal. O texto é a principal ferramenta de ensino, pois
através dele o aluno é conduzido a vivenciar as variadas situações de fala e
escrita e compreensão de funções lingüísticas.
5. Avaliação
O processo avaliativo em Língua Estrangeira propõe um trabalho em
ambiente que sugira a participação ativa dos alunos, considerando o
engajamento discursivo em sala de aula através da interação verbal e de
diferentes gêneros textuais.
A avaliação deve observar o conhecimento como aprimoramento do saber
já existente ou apropriação do novo.
Tomando os gêneros discursivos presentes nas diferentes esferas sociais,
elencamos os conteúdos específicos na: Oralidade, Leitura e Escrita, a serem
avaliados:
Oralidade
Tema do texto;
finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos,...
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas;
Marcas lingüísticas: coesão coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Utilização dos discursos de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
Apresentação de idéias com clareza e a compreensão de argumentos
no discurso do outro;
Exposição objetiva de argumentos, com a organização da seqüência da
fala;
Respeito aos turnos de fala;
Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas
infanto juvenis, filmes,músicas, etc.
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Aceitabilidade do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
XII. Realização de leitura compreensiva do texto;
XIII. Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
XIV. Posicionamento argumentativo;
XV. Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
XVI. Identificação da idéia principal do texto;
XVII. Análise das intensões do autor;
XVIII. Identificação do tema;
XIX. Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do
contexto;
XX. Compreensão das diferenças decorridas do uso no sentido
conotativo e denotativo .
XXI. Reconhecimento de palavras e ou expressões que estabelecem a
referência textual;
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Informatividade;
Aceitabilidade do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão,), figuras
de linguagem;
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Expressão de idéias com clareza;
Elaboração de textos atendendo às situações de produção propostas
(gênero, interlocutor, finalidade;
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Uso de recursos textuais mínimos como: coesão e coerência, informal;
Uso de recursos textuais mínimos como: coesão e coerência,
informatividade;
Intertextualidade e a utilização adequada de recursos lingüísticos como:
pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de
Estado da Educação do Paraná. Governo do Estado do Paraná: 2010.
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASCOALIN, Ernesto. New our way.
4ª. Edição, Volumes: 1,2,3 e 4. Richmond Publishing. 2002.
BACKHTIN, Os Gêneros do discurso. In Estética da criação verbal.
São Paulo: Martins Fontes, 1952. P. 279-326.
ARTES
A arte está presente no mundo desde que o homem se fez homem,
sendo uma atividade fundamental ao ser humano. Foi por meio de seu
trabalho, enquanto produção de existência humana que houve a modificação
da natureza e foram criados produtos culturais diversos. A arte é uma das
realizações que o homem produziu no decorrer de sua existência. A arte como
parte essencial da experiência humana nos mostra como os seres humanos
mediante a imaginação, visão de homem, de mundo, de experiências,
sentimentos, conhecimentos e dá forma às suas ideias, produz, cria culturas e
cria arte.
Considerando a arte um processo de humanização, ela revela e produz
novas maneiras de ver e sentir, as quais são diferentes em cada momento
histórico e em cada cultura. Por isso, devemos de forma fundamental
considerar as determinações econômicas e sociais que interferem nas relações
entre homens, os objetos e outros homens, para compreender a relatividade do
valor estético e as diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e
que se relacionam com o modo de organização da sociedade.
Pela arte o ser humano se torna consciente de sua existência individual
e social, percebe e se interroga, e é levado a interpretar o mundo e a si
mesmo.
A arte representa o elo de ligação entre a vida cotidiana das pessoas e
dos símbolos correlacionados. O homem é por excelência um ser simbólico,
interpretando e ordenando o mundo por meio de representações.
As relações da arte com a sociedade são os principais enfoques dados
pelo ensino fundamental e médio, com ênfase na arte e ideologia, arte e seu
conhecimento, arte e trabalho criador tendo como referência o fato de serem as
três principais concepções no campo das teorias críticas de arte.
As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas
dimensões artísticas, filosófica e científica, e articula com políticas que
valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. O ensino da arte
deixa de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e
em constante transformação.
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são construídas
nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em
que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte
estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder
servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica;
transformar em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.
DIMENSÃO HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NO PARANÁ
No Paraná houve reflexos dos vários processos pelos quais passou o
ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos
imigrantes e, entre eles, artistas, vieram novas ideias e experiências culturais
diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a
importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As características
da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local
estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.
Entre os artistas e professores que participaram desse movimento
histórico destacaram-se, Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro,
Emma Koch, Ricardo Koch, Bento Mossurunga e outros considerados
precursores do ensino da Arte no Paraná.
Mariano de Lima, por sua vez, abriu espaço para o ensino artístico e
profissional, associando a técnica com a estética, num contexto histórico em
que o trabalho artesanal era substituído pela técnica industrial. A metodologia
de ensino de Mariano de Lima baseava-se em modelos5 do neoclassicismo e
filosofias do liberalismo e positivismo. Essa escola ofertava cursos, tanto para
profissionais liberais quanto para educadores, entre eles: Auxiliar de Línguas e
Ciências, Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústrias,
Propaganda e Biblioteca.
Em termos metodológicos, o artista Alfredo Andersen, por exemplo,
trouxe influências da Escola de Barbizon, que privilegiava estudos da natureza
trabalhados em estúdio e atividades ao ar livre, difundidos pelo movimento
impressionista que buscava o exercício na observação direta do ambiente
natural.
Das escolas formadas por iniciativas pioneiras, destaca-se também a
criada pelo artista Guido Viaro, em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio
Belmiro César. Sua proposta era de oferecer atividades livres e funcionava em
período alternativo às aulas dos alunos. Adotava correntes teóricas e
pedagógicas vindas da Europa e dos Estados Unidos fundamentadas na
liberdade de expressão.
Guido Viaro, que também trabalhou na Escola Profissional Feminina, no
Liceu Rio Branco e no Colégio Estadual do Paraná, apreciava as ideias de
teóricos como Herbert Read e Lowenfeld, que defendiam os aspectos
psicológicos na produção artística infantil e desenvolvimento do potencial
criador. Teve como parceira de trabalho a educadora Eny Caldeira, que
estudou com Maria Montessori e foi sensibilizada pelas questões relacionadas
à arte (OSINSKI,1998).
Em 1956, a antiga Escola de Arte de Viaro passa a denominar-se
Centro Juvenil de Artes Plásticas, ligado ao Departamento de Cultura da
Secretaria de Educação e Cultura do Paraná.
A artista Emma Koch, também influenciada por Lowenfeld, não restringiu
seu trabalho apenas à corrente da livre expressão, acreditava no uso de temas
e de histórias reais ou inventadas como forma de integração entre a arte e a
vida, entre o conhecimento específico e a experiência do aluno, de modo a
valorizar a reflexão e a crítica no ensino de Arte (OSINSKI, 1998).
Emma Koch, durante a gestão de Erasmo Piloto como Secretário de
Estado da Educação e Cultura do Paraná, participou da criação do
Departamento de Educação Artística nessa Secretaria e propôs a instituição de
clubes infantis de cultura e de assistência técnica às escolas primárias. Em
1957, participou da elaboração de uma concepção teórico-metodológica para a
Escola de Arte7 do Colégio Estadual do Paraná (CEP).
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários
a elas; na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro
Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo
de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico,
propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de
acontecer com o endurecimento do regime militar.
Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram
reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se
opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a
Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino
da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5a série) e do Ensino
Médio, na época denominados de 1o e 2o Graus, respectivamente.
Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e
cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se
obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o
desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o
trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente,
trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua
expressão.
No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de
conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística,
por sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola,
o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o
ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os
professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação
(NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma
prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais.
Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua
disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes
curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica
e científica e articula-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na
rede estadual do Paraná.
Um exemplo dessas políticas é a Instrução Secretarial n. 015/2006 que
estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as
disciplinas do Ensino Médio, proporcionando maior equidade entre elas, o que
resultou no aumento do número de aulas de Arte. Outro exemplo é a retomada
dos concursos públicos para professores, pois consolida cada vez mais o
quadro próprio do magistério com profissionais habilitados na disciplina de
atuação, o que favorece a continuidade e qualidade dos estudos teóricos e
pedagógicos propostos, principalmente para a Arte.
Além disso, os livros de literatura universal e os livros de fundamentos
teórico-metodológicos de todas as áreas de arte enviados às escolas da rede;
a produção e distribuição do Livro Didático Público de Arte; o acesso, nas
escolas, a equipamentos e recursos tecnológicos (computador, TV, portal,
canais televisivos); a diversificação das oportunidades de formação continuada
com os grupos de estudo autônomos e os simpósios e seus mini cursos
ampliam as possibilidades de estudar e estimulam os estudos do professor
pesquisador.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ressaltamos
ainda que foi sancionada pelo Presidente da República a lei8 que estabelece
no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Para o ensino desta disciplina significa uma
possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura europeia, ainda
presente em muitas escolas.
Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto,
que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica,
reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de
Arte.
Reconhecesse que os avanços recentes podem levar a uma
transformação no ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e
ações que permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de
modo que não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar dons
inatos ou a prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará
de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e
em constante transformação. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná).
O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento
mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e
de cultura. Portanto, passa a se reconhecer como sujeito do processo e a
confirmar saberes adquiridos para além da educação escolar, na própria vida.
Trata-se de uma consistente comprovação de que esta modalidade de ensino
pode permitir a construção e a apropriação de conhecimentos para o mundo do
trabalho e o exercício da cidadania, de modo que o educando ressignifique
suas experiências socioculturais.
A Educação de Jovens e Adultos tem um papel fundamental na
socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à
emancipação e à afirmação de sua identidade cultural.
O tempo que um educando participa da EJA tem valor próprio e
significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter
enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação
qualitativa com o conhecimento. Os conteúdos de Artes deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada
ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.
Com relação às perspectivas dos educandos e seus projetos de vida, a
disciplina de Artes poderá colaborar para que os alunos do EJA ampliem seus
conhecimentos de forma crítica, viabilizando a reflexão pela busca dos direitos
de melhoria de sua qualidade de vida contribuindo para que compreendam as
dicotomias e complexidades do mundo do trabalho contemporâneo, no
contexto mais amplo possível.
Os conteúdos desenvolvidos na área de Artes devem estimular a
autonomia intelectual do educando do EJA para que continue seus estudos,
independentemente da educação formal incentivando a busca constante pelo
conhecimento produzido pela humanidade, presente em outras fontes de
estudo ou pesquisa. Esta forma de estudo individual é necessária, quando se
trata da administração do tempo de permanência desse educando na escola e
importante na construção da autonomia.
A emancipação humana será decorrência da construção dessa
autonomia obtida pela educação escolar. O exercício de uma cidadania
democrática pelos educando EJA será o reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça Diretrizes EJA (Diretrizes da EJA)
OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTE
ARTES VISUAIS
PRODUZIR e Utilizar técnicas e procedimentos da linguagem visual;
CRITICAR e Argumentar sobre o próprio trabalho e o trabalho
coletivo, aceitando as diferenças artísticas, étnicas e de gênero;
CONHECER apreciando várias formas de objetos de arte,
reconhecendo seu preconceito a existência de manifestações de
arte em distintas culturas;
VALORIZAR a pesquisa, observando a preservação do acervo
cultural próprio e de outras culturas, do patrimônio e de bens
artísticos locais e regionais;
DANÇA
MOVIMENTAR Conhecimento as possibilidades de movimento
humano, respeitando e compreendendo seus limites físicos,
emocionais e intelectuais;
DESENVER a Integração do conhecimento corporal, intuitivo e
imaginário dos processos analíticos da dança;
CONHECER a história da dança e suas manifestações culturais em
seus diversos momentos de espaço, tempo e étnico culturais;
MÚSICA:
CONHECER a música em seu meio sócio-cultural, implicações no
contexto histórico-tempo/ espaço, as diferentes sociedades e
culturas em preconceito étnico ou de gênero;
RECONHECER Estilos, formas, letras, timbre em diferentes
composições;
REFLETIR, Discutir e analisar, aspectos que os jovens estabelecem
com a música, a crítica social denunciando o tempo em que vivem;
TEATRO:
IMPROVISAR E ATUAR, Verificar-se como o aluno expressa as
emoções através das linguagens corporais, gestos, movimento e
voz no jogo teatral;
IDENTIFICAR E CRIAR através dos elementos teatrais, verificar a
adaptação dos alunos a roteiros simples:
MANIFESTAR OPINIÕES E JULGAMENTOS: Como o aluno
manifesta-se sobre seu trabalho, dos colegas observando a clareza
dos critérios estéticos, artísticos, étnicos ou de gênero;
IDENTIFICAR nos diferentes momentos a história do teatro,
reconhecendo estilos e correntes teatrais;
VALORIZAR a importância dos registros e anotações, respeito a
memória cultural locais e das demais manifestações artísticas;
4.ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E AVALIAÇÃO
1- LEITURA: - ver interpretar e julgar as qualidades das imagens,
compreendendo os elementos e as relações estabelecidas.
A leitura não deve ser mecânica, mas, compreender o que está sendo
observado. Ler uma imagem e explorá-la em seus mais variados
significados, criando outras formas da interpretação de forma significativa,
contextualizando a história e fatos representados na época da imagem e
fatos nos dias de hoje
Felclmann coloca que aprender a linguagem da arte significa
desenvolver o conhecimento técnico, a crítica e a criação, assim como, as
dimensões sociais, culturais, criativas, psicológicas, antropológicas e
históricas do homem.
2 – DESCRIÇÃO:- possibilita a identificação do título do trabalho, o lugar, a
época em que a imagem foi criada, a linguagem plástica usada, o material
utilizado, o tipo de representação e a técnica utilizada pelo artista.
Considerar todos os elementos que compõe a estrutura da obra.
3 - ANÁLISE: discrimina as relações entre os elementos formais da
imagem, o que as formas criam em si, como elas se influenciam e como se
relacionam. Explorar e aprofundar o conhecimento de elementos visuais, a
partir de como a obra se estruturou, levando a observar que diferentes
estilos são explorados de maneira diferenciada, a este ou aquele elemento.
Ex: o elemento Luz é importante tanto no Barroco como no Impressionismo.
Interpretação: é nesse momento que se define o significado da
imagem, procurando dar sentido as observações visuais. Interpretar é
organizar as observações de modo significativo, ou seja, é conectar idéias que
explicam sensações e sentimentos que se tem frente a uma imagem.
O aluno que tem mais experiência artística consegue interpretar
com mais facilidade. Portanto, deve-se conhecer a realidade sócio - cultural
do aluno e iniciar partindo dos seus conhecimentos para estar
estabelecendo relações com os eruditos, através da história da arte, desta
forma estará ampliando a percepção, a intuição, inteligência, a imaginação,
crítica e combiná-los com os conceitos e as observações realizadas,
aprimorando-se da imagem num sentido próprio e especial.
HISTÓRIA DA ARTE:- ela deve ser trabalhada de forma
contextualizada, onde a arte é situada no tempo e no espaço. É possível
construir a história estabelecendo relações entre obras de arte e
manifestações culturais. A obra é identificada e compreendida no tempo e
no espaço, mas, vista com um olhar de hoje. Além disso a história da arte
possibilita a formação de uma cultura visual musical e cênica, pois,
estabeleceu relações entre estilos e obras, ampliando sua percepção sobre
os bens culturais produzidos pela humanidade e sua visão de mundo
FAZER ARTÍSTICO: - está baseado no processo criativo, isto é,
interpretação e representação pessoal de vivência nas linguagens
plásticas, musical ou cênica. Produzindo descobrirá as possibilidades e
limitações das linguagens expressivas, dos diferentes materiais e
instrumentos, além de exercitar a imaginação criadora articulando os
conhecimentos adquiridos.
EIXOS METODOLÓGICOS
- Leitura ( humanização dos objetos e dos sentidos);
- Saber estético:
- Trabalho artístico
- História da Arte
- Leitura
- Fazer Artístico;
- Pesquisa ( apreensão crítica da realidade e dos conhecimentos);
- Análise;
- Interação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é a forma de o professor se orientar, de diagnosticar o
aprendizado do aluno e o seu, de alterar métodos, se necessário buscando
novas alternativas, reforçando conteúdos, buscando novas metodologias,
adaptando-se assim, as necessidades básicas do aluno.
Ao avaliar o professor precisa considerar as histórias do processo
pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na
escola observando os trabalhos e seus registros.
A avaliação deve envolver os seguintes aspectos:
- Cognitivo: relacionado ao conhecimento.
Ao avaliar, o professor deve refletir sobre o que e como o aluno
apropriou-se dos conhecimentos e conceitos da área de Artes. Assim vale
ressaltar que a cognição deve estar atrelada as informações, apropriações e
reflexões sobre a produção artística, a história da arte, a estética e todo
conhecimento relacionado ä sua essência.
- Sensível: percepção.
- Cidadania: ética e valores subjetivos.
Ao avaliar será levado em conta o comprometimento, assiduidade, a
responsabilidade e a participação do aluno nas atividades individuais e em
grupos.
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO
Os instrumentos avaliativos estão relacionados ao que será avaliado com os
alunos:
- Poética ( atividade práticas / produção)
- Apresentações artísticas
- Avaliação crítica ( alunos fazem a avaliação de suas produções e/ou de obras
de imagens artísticas);
- Montagem de exposição:
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos Abordagem
metodológica
ARTES VISUAIS
- Ponto
- Linha
- Superfície
- Volume
- Luz
- Cor
ARTE E
TRABALHO
-Ponto: físico
gráfico
- Linha:
. Simples, vertical,
horizontal, inclinada,
curva, paralela,
quebrada, mista,
sinuosa;
. Planos e gravura;
- Cor: primárias,
secundárias e
terciárias;
- Volume: Figura e
fundo;
-O trabalho ao longo
do tempo.
- O trabalho
artesanal.
- O trabalho do
artista.
- Definição de pontos
. Pontilhismo nas
obras de Seurat;
. compreensão dos
elementos e as
relações
estabelecidas.
. Pontos gráficos;
- Composição com
pontos gráficos.
- Elemento linha em
obras de arte da Pré
história;
- Manifestações
artísticas nas obras do
povo egípcio;
- Classificação das
linhas nas obras de
Tarsila do Amaral;
-Cultura afro-brasileira
-Composição com
linhas;
- Mistura de cores;
- Pintura com guache;
- Claro e escuro, Luz e
ARTES VISUAIS
- Leitura de imagens:
ver, interpretar e julgar
as qualidades das
imagens.
- Identificar o título o
lugar e a época em
que a imagem foi
criada, a linguagem
plástica utilizada, o
material usado, o tipo
de representação e a
técnica utilizada pelo
artista.
- explorar e
aprofundar o
conhecimento dos
elementos visuais(
Ponto, linha,
superfície, volume, luz
e cor).
- Fazer artístico:
. Produção pessoal:
utilização de técnicas
e procedimentos da
TEATRO
- Personagem;
- Ação
- Espaço
MÚSICA
- Altura
- Duração
- Timbre
- Intensidade
- Densidade
- Representação
- Texto dramático
- Roteiro
- Espaço cênico
- Cenografia:
figurino, adereços,
mascaras,
caracterização e
maquiagem.
- Improvisação
-Ritmo
-Melodia
- Harmonia
- Gêneros:
- Instrumentos
musicais;
- Músicos brasileiros;
- folclore brasileiro.
Sombra;
Influência da cor, do
claro e escuro nas
obras de Monet,
Cezanne e Van Gogh
- formas geométricas
nas obras de
Kandinski
- Profundidade, na
obra “O morro” de
Cândido Portinari,
- Representação de
profundidade com
figura dada;
Obras de cenas de
caçadas ( cavernas)
Obras que
representam o
trabalho escravo,
artesão e operários.
Dramatizações reais
e imaginárias;
- Criação de roteiros;
- Usar o corpo e a voz;
- Improvisação com e
sem narrador.
- Sons naturais e
Culturais;
- Ritmo calmo e
linguagem visual;
. Crítica:
argumentação sobre o
próprio trabalho e o
trabalho coletivo,
aceitando as
diferenças artísticas,
étnicas e de gênero.
. Conhecer:
apreciando várias
formas de objetos de
arte, reconhecendo
seu preconceito a
existência de
manifestações de arte
em distintas culturas;
- MÚSICA
. Conhecer a música
em seu meio sócio
cultural,
implicações, no
contexto sócio-tempo/
espaço, as diferentes
sociedades e culturais
sem preconceito
étnico ou de gênero;
- Reconhecer estilos e
formas em diferentes
composições;
- Refletir, discutir e
analisar aspectos que
DANÇA
- Movimento
Corporal
- Tempo
- Espaço
-Dinâmica
-Aceleração
- Rotação
- Deslocamento
- Danças folclóricas e
de salão...
acelerado;
- Forte e fraco
- Curto e longo
- Instrumentos
musicais:
maracá,berimbau,pan
deiro,cuíca,gongo,
agogô, atabaque...
Músicos: Chiquinha
Gonzaga, Antô9nio
Carlos Jobim, Helena
Meireles, Heitor Villa-
Lobos...
- Arte Popular de
outros povos.
Folclore Brasileiro:
Ciranda,Cavalhada,
Congada, Bumba meu
boi, Fandango de
Tamancos...
- História da Dança;
- Dança Indígena;
- Manifestações
folclóricas;
- Por que dançamos;
- Movimentos;
interativos com balão;
- Fusão de ritmos;
os jovens
estabelecem com a
música, a crítica social
enunciando o tempo
em que vivem.
TEATRO
. Improvisar e atuar:
verificar como o aluno
expressa as emoções
através de linguagens
corporais, gestos
movimentos e voz no
jogo teatral.
- DANÇA
. Conhecer a história
da dança e suas
manifestações
culturais em seus
diversos momentos de
espaço, tempo e
étnico culturais.
. Conhecimento das
possibilidades de
movimento humano,
respeitando e
compreendendo seus
limites físicos,
emocionais e
intelectuais.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos específicos Abordagem
metodológica
ARTE
ELEMENTOS
FORMAIS:
Linha
- Superfície
- Volume
- Luz
- Cor
COMPOSIÇÃO:
Figurativa
Tridimencional
Profundidade
MOVIMENTOS e
PERÍODOS:
XXII. Expressioni
smo
XXIII. Arte na Pré
História
XXIV. Egito
Antigo
XXV. Idade
Média
XXVI. Renascime
nto
XXVII. Body Art
XXVIII. Reali
smo
XXIX. Modernism
o
Conceito de Arte
Figurativa
Abstrata
Bidimensinal
Tridimensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Gêneros:Paisage
m, retrato,
natureza morta...
. Planos e gravura;
5. Cor: primárias,
secundárias,
terciárias e
cores
quentes/frias
6. Luz e Sombra
- Volume: Figura e
fundo;
O que é Arte
Bienal
Por que estudar arte
- Definição das linhas, nas
obras do Expressionismo,
observando as obras de
Edvard Munch, Vicent Van
Gogh e Pablo Picasso.
. compreensão dos
elementos e as relações
estabelecidas.
- Elemento linha em obras
de arte da Pré história;
- Manifestações artísticas
nas obras do povo egípcio;
-Composição com linhas;
6. O Expressionismo das
Cores.
7. O Expressionismo das
formas.
8. A Pintura Abstrata.
9. A Pintura Figurativa.
10. Observar as linhas em
perspectiva na obra de
arte A Última ceia de
Leonardo da Vinci.
11. Tendencias realistas e
diferentes visões nas
obras do Surrealimo e
do Realismo.
Mistura de cores;
pintura das paredes das
ARTES VISUAIS
- Leitura de imagens:
ver, interpretar e
julgar as qualidades
das imagens.
- Identificar o título o
lugar e a época em
que a imagem foi
criada, a linguagem
plástica utilizada, o
material usado, o tipo
de representação e a
técnica utilizada pelo
artista.
- explorar e
aprofundar o
conhecimento dos
elementos visuais(
Ponto, linha,
superfície, volume,
luz e cor).
- Fazer artístico:
. Produção pessoal:
utilização de técnicas
e procedimentos da
linguagem visual;
. Crítica:
argumentação sobre
o próprio trabalho e o
trabalho coletivo,
aceitando as
diferenças artísticas,
étnicas e de gênero.
XXX. Surrealism
o
XXXI. Pop Art
MÚSICA
- Altura
- Duração
- Timbre
- Intensidade
- Densidade
-Ritmo
-Melodia
- Harmonia
- Gêneros: erudita,
folclórica, popular...
- Representação
- Texto dramático
- Roteiro
- Espaço cênico
cavernas aos muros das
cidades;
Graffiti no Egito Antigo.
A Parede na Idade
Média.
Graffiti X Pichação.
O corpo como suporte
de Arte ( Piercing e
Tatuagem, Inflamação e
Infecção da pele,
contaminação e
contágio
Arte Popular ou Pop Art
- Pintura com guache;
- Claro e escuro, Luz e
Sombra;
- Representação de
profundidade com figura
dada;
Conhecendo os Sons
Como é a paisagem
sonora
A forma invisível da
Música
. Conhecer:
apreciando várias
formas de objetos de
arte, reconhecendo
seu preconceito a
existência de
manifestações de
arte em distintas
culturas;
- MÚSICA
. Conhecer a música
em seu meio sócio
cultural,
implicações, no
contexto sócio-
tempo/ espaço, as
diferentes
sociedades e
culturais sem
preconceito étnico ou
de gênero;
- Reconhecer estilos
e formas em
diferentes
composições;
- Refletir, discutir e
analisar aspectos
que os jovens
estabelecem com a
música, a crítica
social enunciando o
tempo em que vivem.
TEATRO
5. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1.976.
READ, Herbert. Educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 1.977.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Rio de Janeiro:
Imago, 1.977.
TEATRO
- Personagem;
- Ação
- Espaço
DANÇA
- Movimento
Corporal
- Tempo
- Espaço
- Cenografia:
figurino, adereços,
mascaras,
caracterização e
maquiagem.
- Improvisação
-Dinâmica
-Aceleração
- Rotação
- Deslocamento
- Dramatizações reais e
imaginárias;
- Criação de roteiros;
- Usar o corpo e a voz;
- Improvisação com e sem
narrador.
Dançando na História.
Acertando o Passo.
Os elementos da
Dança: movimento
corporal, Espaço e o
tempo.
A Música determina a
Dança.
. Improvisar e atuar:
verificar como o
aluno expressa as
emoções através de
linguagens corporais,
gestos movimentos e
voz no jogo teatral.
- DANÇA
. Conhecer a história
da dança e suas
manifestações
culturais em seus
diversos momentos
de espaço, tempo e
étnico culturais.
. Conhecimento das
possibilidades de
movimento humano,
respeitando e
compreendendo seus
limites físicos,
emocionais e
intelectuais.
BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte e Educação no Brasil: das origens
ao modernismo. São Paulo: secretaria da Cultura, 1.978
PARRAMÓN José Mª. Como desenhar Figura Humana. Coleção Fazend
Aprender, 1973.
CANTELE Bruna Renata, Linguagem Visual, IBEP
DIRETRIZEZ CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ.
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
A história da geografia tem sua trajetória desde a antiguidade, quando o
homem almejava conhecer e registrar o espaço onde morava e desenvolvia
suas atividades básicas do cotidiano. A produção acadêmica em torno da
concepção da Geografia passou por diferentes momentos, gerando reflexos
distintos sobre o fazer geográfico. Essas reflexões ainda influenciam a prática
de ensino.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas
de organização. A observação da natureza ligada ao ciclo reprodutivo da
mesma, ciclo dos ventos, dinâmica das estações do ano, variações climáticas
entre outros fenômenos naturais permitiu que as sociedades se relacionassem
com a natureza e consequentemente modificassem - na em beneficio próprio.
Em um determinado momento a Geografia, se destacou por usar em
larga escala os modelos matemáticos, desenvolvendo diagramas, matrizes e
gráficos, o que é conhecida como Geografia Quantitativa. A análise e o
processo histórico não eram importantes, os conceitos foram impostos em um
plano cartesiano, no qual cada elemento tem sua devida “gaveta”, sem
estabelecer relações ou correlações com os demais. Trabalha – se com
resultados, mas os processos são omitidos, passou a negar as relações sociais
com a natureza e a diferenciação das paisagens, voltando – se apenas a
proporcionar uma análise quantitativa e dar subsídios ao planejamento e a
busca por novos recursos
Durante a década de 1970, surge a Geografia Critica. Esse movimento
de renovação do pensamento geográfico apresenta novas propostas para se
pensar a Geografia. Segundo ANDRADE (1992, p.116) “Os geógrafos
passaram a ter uma preocupação maior com a problemática social, de vez que
o desenvolvimento industrial passou a exercer grande impacto sobre a
sociedade, degradando e dilapidando os recursos naturais”.
Através dessa nova ótica, os geógrafos passam a fazer uma releitura do
espaço, não abandonando o estudo dos aspectos físicos ou naturais iniciados
pela Geografia Tradicional, nem as contribuições teóricas formuladas pela
Geografia Quantitativa, porém lhe dando uma interpretação dinâmica e
analisando a materialização do espaço geográfico por meio das relações
desenvolvidas pelo homem com a natureza.
No Brasil as primeiras tendências geográficas nasceram com a funda
cão da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do
Departamento de Geografia, quando a partir de 1940 a disciplina passou a ser
ensinada com forte influencia da Escola Francesa de Vidal de La Blach. Uma
Geografia marcada pela explicação objetiva e quantitativa da realidade. Essa
tendência e as correntes que dela desdobraram foram chamadas de Geografia
Tradicional. Os estudos eram articulados de forma fragmentada e os
procedimentos didáticos adotados promoviam principalmente a descrição e a
memorização dos elementos que compõem as paisagens sem esperar que o
aluno estabelecesse alguma relação.
Os pensamentos geográficos foram inseridos no currículo escolar
brasileiro no século XIX, com presença indireta nas escolas de primeiras letras.
Os primeiros conteúdos contemplados tinham como objetivo enfatizar a
descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais.
A institucionalização da Geografia no Brasil só foi consolidada a partir da
década de 1930. Com o objetivo de descrever o território brasileiro e servir aos
interesses do Estado, se fizeram necessários um levantamento de dados
demográficos e uma detalhada descrição dos recursos naturais do país.
No Brasil o percurso das mudanças desencadeadas no pôs – guerras
foram afetadas por tensões políticas dos anos de 1960, a qual trouxe
modificações no currículo e atrasou a chegada das abordagens teóricas
conceituais criticas na escola.
O aparecimento da Geografia Critica só foi consolidada a partir da
década de 1970. Sua influência foi primeiramente no âmbito universitário e teve
a decisiva participação nas disputas verificadas na AGB (Associação Dos
Geógrafos Brasileiros). Em 1978, essa Geografia é implantada a nível nacional.
A volta do exílio do professor Milton Santos foi um dos fatores que marcou o
inicio da Geografia Critica. A obra de Milton Santos “ POR UMA GEOGRAFIA
NOVA”. Atraiu para si a obtenção da comunidade acadêmica para essa
corrente de pensamento.
Diante das atuais propostas, a Geografia deriva de uma concepção
cientifica em que o Espaço Geográfico é tido como socialmente produzido em
espaço real, concreto, transformado e organizado pelos homens. Pressupõe o
conhecimento de como os homens em suas relações com outros homens e
com a natureza, pensam, produzem e organizam o espaço ao longo dos
tempos. A transmissão – assimilação dos saberes se dará na sua totalidade
considerando professor e alunos sujeitos que atuam numa mesma realidade
histórica.
A transformação do espaço geográfico ocorrido nos lugares que
participam das relações globais tem apresentado hoje, um ritmo mais
acelerado e impactante do que no passado.
A ciência geográfica tende a uma adequação às transformações do
mundo atual, preocupada com a justiça social e com uma nova compreensão
do espaço geográfica.
Diferentemente do que tradicionalmente se pensava o espaço geográfico
não é mais visto como palco ou terra onde a humanidade habita e interage,
mas sim com um espaço social, produto da ação humana sobre a natureza.
O estudo do espaço geográfico pressupõe a compreensão da dinâmica
da sociedade, que nele vive e o (re) produz constantemente, e da dinâmica da
natureza, fonte primeira de todo real e permanentemente apropriada e
modificada pela ação humana.
Tendo como objeto de estudo o Espaço Geográfico, os conteúdos
estruturantes são usados como ferramentas de organização para os
conhecimentos específicos a serem aplicados de forma a tratar
pedagogicamente as categorias de análises, se baseando nas amostragens de
conteúdos expressos nos livros didáticos, mas não tendo ele como única fonte.
Os conteúdos deverão ser tratados pedagogicamente de forma que o
professor tenha autonomia para dar maior ênfase a um dos conteúdos
estruturantes, mas sem deixar de contemplar os demais.
Atualmente na disciplina de geografia se faz necessário compreender e
interpretar a realidade social, econômica, política cultural e ambiental do
espaço geográfico de forma integrada, ou seja, considerar as dimensões
geográficas da realidade – economia, geopolítica, sócio ambiental, cultural e
demográfica – e como elas participam da constituição espacial em estudo.
Essas dimensões se traduzem nos conteúdos estruturastes da Geografia:
Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço
geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico; Dimensão
sócio - ambiental do espaço geográfico.
Portanto as discussões, debates, pesquisas, reflexão acerca destes
assuntos é que levaram ao aprofundamento e a aprendizagem dos conteúdos
específicos e dos conceitos de Geografia (sociedade, natureza, território,
região paisagem lugar), onde somente inter-relacionados se tornam
significativos e contribuem para a compreensão do espaço geográfico, evitando
assim abordagens separadas ou lineares, garantindo uma visão critica da
totalidade. Segundo as Diretrizes Curriculares (p. 14) se faz necessário “ a
formação de um aluno consciente das relações sócio - espaciais de seu tempo
capaz de construir progressivamente seu próprio conhecimento para melhor
agir no processo da construção do espaço”.
Através de orientações proporcionadas pela SEED, se verificou a
necessidade de acrescentar às diretrizes curriculares do ensino de geografia,
as seguintes legislações:
O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de
História do Paraná;
O cumprimento da Lei n. 11.645/08, inclui no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro - Brasileira
e Indígena seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das relações étnico - raciais e para o ensino de Geografia e
Cultura Afro - Brasileira e Africana.
O cumprimento da lei n. 9.795/99, incluiu no currículo oficial da rede de
Ensino a obrigatoriedade da Educação Ambiental.
A implantação destas leis propõe à educação trabalhar as relações étnico
-raciais e ambientais com o propósito, de promover um resgate, histórico,
étnico, cultural e ambiental, sob uma perspectiva de inclusão social. Estas
Diretrizes consideram a diversidade cultural nos locais de memória
paranaense, de modo que busquem contemplar as demandas.
Vincular o objeto da Geografia, seus conceitos referenciais,
conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais,
econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico numa reflexão
teórica crítica é a intenção, sendo necessário ter como perspectiva tanto os
períodos precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformação
futuros para a análise.
XXXII. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Reconhecer conceitos e categorias, tais como espaço geográfico, território,
paisagem, lugar, natureza, sociedade;
Compreender as diferentes formas como a ciência geográfica contribuí para
o conhecimento da história da Terra e da sociedade atual;
Conhecer e compreender as principais características do espaço
geográfico, de sua transformação e de seus elementos, no lugar onde
vivem e em espaços maiores, como o Brasil e o Mundo;
Compreender as relações existentes entre os lugares( e entre as pessoas
que neles vivem), em um mundo onde as distancias e os obstáculos físicos
vêem sendo superados pelo desenvolvimento tecnológico e científico;
Conhecer, entender as desigualdades os problemas sociais e relacioná-las
ao porque as conquistas políticas, econômicas e tecnológicas são
usufruídas por uma parcela restrita da humanidade, e como esses
problemas estão inseridos no espaço para que possa, então, assumir uma
postura consciente em relação à necessidade de transformações sociais;
Identificar a ação humana na natureza e suas conseqüências;
Compreender que todos fazem parte de uma sociedade que é
constantemente transformada e que em grande parte autores dessas
mudanças;
Compreender e valorizar todas as formas de trabalho humano, assim como
desenvolver uma postura critica na abordagem das relações de trabalho;
Conhecer e compreender os conceitos fundamentais da geografia e, por
meio do estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a
dinâmica dos lugares onde vivemos;
Identificar como a Geografia pode se inter-relacionar com as diferentes
áreas do conhecimento;
Adquirir conhecimentos sobre a linguagem cartográfica, a fim de
representar, interpretar e localizar elementos, processos e fenômenos
estudados pela Geografia;
Realizar procedimentos de pesquisa;
Analisar porque os países subdesenvolvidos não conseguem acompanhar a
evolução política, econômica e social dos países desenvolvidos, bem como
suas contradições e contrastes geográficos;
Estimular a reflexão sobre a importância da superfície terrestre para o ser
humano e sobre as inter-relações das camadas que constituem;
Desenvolver no aluno a crescente consciência da cidadania, entendida
como participação ativa, social e na gestão da sociedade e maior espírito
critico em relação á realidade mundial e à realidade brasileira;
3.CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
7. A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
8. A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
9. A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
10. A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
1. CONTEÚDOS BÁSICOS GEOGRAFIA
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
A circulação do capital, de mão-de-obra, das mercadorias e das
informações.
O comércio em suas implicações sócio - espaciais.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estáticos.
Movimentos migratórios e suas motivações.
A mobilidade populacional e as manifestações sócio - espaciais da
diversidade cultural.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios,
do território brasileiro e continente americano. (11.645/08) – Historia e
Cultura – Afro Brasileira e Indígena.
As diversas regionalizações do espaço geográfico, do espaço americano
e do espaço brasileiro.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
3.1.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ensino Fundamental com 48 encontros de Geografia com quatro horas
aula cada.
Espaço geográfico, lugar, paisagem, transformações naturais e
humanas;
1.1 Noções de espaço e tempo, cartográfica;
1.2 Compreensão da inclusão dos espaços do micro ao macro:
(escola, comunidade, município, estado, país, nação,
continentes...enfim até chegar no espaço global);
Orientação, localização, coordenada geográficas e fusos horários;
2.1 Relação entre a divisão física e histórica dos espaços que
estamos inseridos, como por exemplo: o continente, América do
Norte, Central e Sul, Anglo Saxônica, America Latina;
3. Tempo geológico, deriva continental, formação geológica e de relevo;
4. Biosfera, hidrografia, litosfera, atmosfera;
5. Clima e suas alterações e o aquecimento global;
6. Preservação ambiental;
7. Paisagem rural: questão agrária; aspecto social, de produção, de utilização e
extrativismo
8. Paisagem urbana: formação, divisão, uso e degradação do espaço;
9. Indústria e fontes alternativas de energia;
10. Território brasileiro: formação, transformação;
11. Regionalização do território brasileiro, divisão do IBGE;
12. População no Brasil: formação étnica e as migrações;
13. Pluralidade cultural brasileira e os direitos humanos ( estatuto do idoso,
menor e adolescente, cotas, etc);
14. Regiões brasileiras: norte: aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
15. Regiões brasileiras: nordeste: aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
16. Regiões brasileiras: centro-oeste: aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
17. Regiões brasileiras: sudeste: aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
18. Regiões brasileiras: sul: aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
19. Divisão Mundial – ordem bipolar;
20. Guerra Fria, regionalização;
21. Globalização, empresas nacionais, multinacionais e transnacionais;
22. Financiadores mundiais ( FMI, OMC, Banco Mundial, etc.
23. Continente Americano divisão sócio - cultural e natural;
24. América do norte: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
25. América central: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
26. América do sul: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e
econômicos;
27. América Andina: localização, população e economia;
28. América Platina: localização, população e economia;
29. Suriname e Guianas: histórico e relação com os países americanos;
30. Brasil na América do Sul, fronteiras e relações com os países vizinhos;
31. Blocos econômicos: localização, acordos comerciais e relações
internacionais;
Estado, território e Nação. As grandes guerras;
Dinâmica de regionalização das Guerras, a bomba atômica e o porquê
dos conflitos;
Terrorismo e conflitos mundiais;
Continente europeu, formação, aspectos naturais, econômicos e
ambientais;
Europa – Continente de conflitos e renovações – euro;
Ásia e seus contrastes;
Ásia, aspectos naturais, sociais e religiosos;
Ásia, aspectos econômicos;
África, quadro natural, social e econômico;
África e Brasil: ligação étnica e econômica ( lei 11 645-08);
Oceania, quadro sócio econômico e ambiental;
Austrália e Nova Zelândia;
Regiões polares, diferenças e semelhanças;
Base brasileira na Antártida, acordos;
Tratado de Kioto, e o aquecimento global;
Mudanças no ambiente, mudança de clima, mudança de vida;
Mercado de trabalho e empregabilidade;
3.1.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DO ENSINO MÉDIO
Ensino Médio com 32 encontros de Geografia com quatro horas aula
cada.
1. Espaço, lugar e paisagem, sua formação e sua transformação no tempo do
homem e no tempo da Geografia;
2. Representações do espaço;
3. Capitalismo, revoluções industriais e globalização da economia e da força do
trabalho;
4. Nova ordem mundial, desde a 1ª Guerra até os dias atuais;
5. Impactos da atividade humana sobre o meio ambiente e os problemas que
as mesmas causam à própria vida;
6. Planeta terra, seus movimentos e como interferem no meio;
7. Litosfera terrestre, formação, evolução e utilização;
8 Atmosfera terrestre, formação, evolução, camadas e degradação;
9. Hidrosfera terrestre, formação, transformação, utilização econômica;
10. Relação Clima e vegetação da Terra, características, diferença entre tempo
e clima;
11. Minerais e rochas, formação e utilização econômica;
12. Fontes de energia: renováveis, não renováveis. Sua aceitação no mercado
mundial;
13. Globalização, comércio mundial e telecomunicações;
14. Conceitos demográficos;
15. Estrutura populacional no mundo;
16. Crescimento demográfico e distribuição no território;
17. Conceitos de migrações e as questões sociais e econômicas que ás
envolvem;
18. Espaço geográfico brasileiro e sua regionalização ;
19. Globalização no Brasil;
20. Relevo brasileiro, formação e transformação;
21. Recursos minerais do Brasil, localização e utilização;
22. Clima, hidrografia, vegetação e domínios morfoclimáticos no Brasil;
23. Legislação ambiental brasileira, parques nacionais;
24. Setor primário da economia no Brasil. Agricultura, pecuária e extração;
25. Questões agrárias no Brasil;
26. Setor secundário da economia no Brasil. Atividades Industriais;
27.Fontes de energia utilizadas no Brasil e o impacto ambiental da indústria no
cenário nacional;
28. Setor terciário da economia no Brasil. Terceirização e subemprego;
29. Comércio, comunicações, transporte e turismo no Brasil;
30. Blocos econômicos. Em qual o Brasil está inserido;
31. Estrutura, distribuição espacial da população do Brasil;
32. Brasil, panorama geopolítico.
4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada na disciplina de geografia precisa trazer os
conteúdos sempre para a realidade e a vida cotidiana dos educandos, para
assim proporcionar interesse e compreensão, visto que estes, na maioria das
vezes sentem dificuldade em se projetar no espaço/território desconhecido.
As aulas devem ser dinâmicas e criativas, o professor necessita
proporcionar um ambiente de aprendizado e satisfação, isso pode ser atingido
através de debates, trabalhos em grupo (transmite mais segurança), vídeos,
manuseio de revistas, jornais e discussão de notícias que estão na mídia
(proporcionando uma compreensão e análise crítica, bem como o uso de mapa
e técnicas de revisão movimentadas). Enfim deve cativar o aluno, visto que
este tem uma jornada múltipla – trabalho, estudo, família, comunidade, lazer –
e este é o diferencia das crianças e adolescentes do Ensino regular.
Portanto, o estudo da geografia deve abrir horizontes, buscar criar
oportunidades que lhe propiciem uma vida digna e com qualidade, subsidiá-lo
na compreensão de sua posição na sociedade e desenvolver um espírito mais
humano, neste contexto, onde o capitalismo e a globalização, transformam as
relações humanas cada vez mais interpessoais.
Para tal, a Geografia deve abordar questões polêmicas, atuais e que
estão presentes no dia-a-dia do aluno, correlacionando-a com os aspectos
geográficos, não deixando assuntos teóricos terem maior ênfase que os
práticos. Os conteúdos realmente significativos e que merecem ser estudados
são aqueles que possuem uma aplicabilidade na vida das pessoas. Sem
memorização, é chegada a hora da compreensão e construção do saber,
transformando o conhecimento empírico em cientifico e trazer este aluno a
realidade atual que está inserido e de que forma sua ação como cidadão e ser
pensante e atuante pode fazer a diferença.
5. AVALIAÇÃO.
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e
abarca não somente o desempenho do aluno, mas também a do professor e a
estrutura d funcionamento da escola e do sistema de ensino. Desta maneira
leva o professor a refletir sobre sua proposta de ensino e serve como
instrumento pra nortear o trabalho docente. No que diz respeito á avaliação do
aluno, é imprescindível que seja continua, com o acompanhamento de suas
atividades no dia-a-dia.
A avaliação deverá ser continua permanente e cumulativa, mediante
análise de pesquisas, tarefas, trabalhos em grupos, apresentações debates e
demais atividades.
Todo o aluno, em qualquer série que esteja, será avaliado
continuamente, em sala de aula, pelo interesse na disciplina, pela resolução de
trabalhos, exercícios, pela participação individual ou coletiva, nas avaliações
escritas de tipos variados, com questões abertas e/ou questões de múltipla
escolha, também em argumentações orais, produções de textos, etc. Na
devolução de avaliações, procura-se refazê-las para que o aluno possa
esclarecer as duvidas referentes ao tema proposto e a responsabilidade em
respeitar as datas de entrega.
Desta forma á avaliação não se resume aos momentos predeterminados
(muitas vezes cercados de pressão e ameaça) das provas, sejam elas escritas,
testes ou trabalhos. Deve sim ser continua, envolvendo todas as atividades de
sala de aula. Usando os mais diferentes instrumentos avaliativos, como:
seminários, análise de filmes, debates, elaboração cartográfica, produção e
analises estatísticas, entre outros.
Sendo assim a avaliação consistirá em atingir também as habilidades,
organização de estudos, aplicação do aprendido, observação, uso de materiais
e instrumentos necessários à aprendizagem da matéria, como mapas e
gráficos, etc.) e atitudes (responsabilidade, relacionamento, etc.).
Para e isso ocorra é fundamental o ato de planejar que inclui a formulação
de objetivos claros, seleção de conteúdos adequados e a escolha de
estratégias de trabalho que facilitem a aprendizagem.
Critérios como responsabilidade, comprometimento, assiduidade e
participação fazem parte de uma avaliação continua que subsidia e interfere no
resultado de uma nota final juntamente com uma avaliação diagnóstica e
avaliação especifica, onde se percebe a evolução do seu aprendizado
cognitivo.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ANDRADE, Manoel Correia de. Ciência da Sociedade: Uma introdução à
analise do pensamento geográfico. São Paulo, Atlas: 1992.
VISENTINI, Jose William. Geografia Critica/ Jose William Visentini, Vânia
Vlach. SP: Atica, 2002;
MARINA. Lucia e Tercio. Geografia (manual do professor). SP, editora: Atica,
2005;
VISSENTINI, Jose William. Sociedade e Espaço (manual do professor). SP.
Editora: Atica, 2001;
BOLIGIAN, Levon(org). A Organização do Espaço Brasileiro: as grandes
regiões / Geografia Espaço e Vivencia(manual do professor). SP, Editora
:Atual, 2001;
MOREIRA. Igor. Construindo o Espaço do Homem.Vol. I, editora:Atica.2001;
SENE, Eustaquio de. A Geografia no dia-a-dia. Organização:Eustaquio Sene,
João Carlos Moreira. SP.Ed.Scipione,2000;
Geografia/vários autores.Curitiba:SEED/PR,2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ – SEED /PR, 2008.
Projeto Araribá: Geografia/Obra coletiva, 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2006
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. SOCIOLOGIA
Historicamente, a sociedade tem assumido, características capitalistas e
a busca da compreensão destas, entre outras coisas, tem sido a preocupação
da Sociologia para sua consolidação como ciência.
O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas
mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos
buscassem explicações para os fenômenos sociais com os quais conviviam.
As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente
alteradas pelas experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas,
a utilização da razão como formatadora da realidade. Sendo assim, várias
relações sociais cotidianas foram transformadas neste processo.
A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da
racionalidade, rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel
de “(...) prover os sujeitos de conteúdos especializados, eruditos, e de
disposições que os predisponham a ter condições – conduta de vida e
conhecimento especializados – necessárias para realizar suas funções de
perito na burocracia profissional” (SEED, 2006, p22).
Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem
sido a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e
questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e
poder institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou
menor exploração ou igualdade, possibilitando aos indivíduos compreender e
atuar de forma efetiva sobre a realidade que os cercam.
É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na
Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o
compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia
contribuirá no desempenho de tal tarefa, na medida em que propicia aos
educandos a possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o
mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.
Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da
realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a
desconstruir preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da
autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
Estudo do comportamento social das interações e organizações
humanas.
Analisar os símbolos culturais que os seres humanos criam e usam para
interagir e organizar a sociedade.
Explora as estruturas sociais que ditam a vida social.
Conhecer os processos sociais que levam as pessoas as ações mais
repugnantes.
Buscar entender as transformações que esses processos provocam na
cultura e estrutura social.
Estudo da sociedade, ou seja, estudo do comportamento humano em
função do meio e os processos que interligam os indivíduos em
associações, grupos e instituições.
3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1- O Surgimento da sociologia.
2- As teorias sociológicas na compreensão do presente.
3- A produção sociológica brasileira.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O processo de socialização e as instituições sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
4- Instituições familiares;
5- Instituições escolares;
6- Instituições religiosas;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Cultura e Indústria Cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
7- Conceitos antropológicos de cultura; diversidade cultural.
8- Cultura: criação ou apropriação?
9- Questões de gênero e outras minorias.
3.4. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Trabalho, produção e classes sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
10- Processo de trabalho e a desigualdade social.
11- Globalização.
3.5. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Poder, política e ideologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
12- Ideologia.
13- Formação do Estado Moderno.
3.6. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Direitos, cidadania e movimentos sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
14- Movimentos Sociais.
15- Movimento Agrário no Brasil.
16- Movimento Estudantil.
4. METODOLOGIA:
O ensino da Sociologia propõe que sejam redimensionados aspectos da
realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais.
É preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação
de Jovens e Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como
sujeitos do aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o
acesso à cultura geral. Sendo assim, os conteúdos específicos deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio - histórica, vinculado
ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnológicas, dentre outras.
Neste sentido, os conteúdos específicos da disciplina não precisam ser
trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao último
conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas
para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua
apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos
instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos
objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do
significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários),
sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas,
enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a
relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida
com um processo de técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os
instrumentos utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os
objetivos desejados no desenvolvimento do processo educativo, superando o
conteudismo, numa perspectiva marcada pela autonomia do educando.
Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham
as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão
crítica em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de
textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja
na pesquisa bibliográfica.
Enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva, a clareza dos objetivos que se pretendem atingir no sentido da
apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo educando.
REFERENCIAS
ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.
ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São
Paulo: Expressão popular, 2004.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia:pequena introdução ao estudo da
sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed.
Petrópolis: Vozes, 1981.
COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
COMTE, A . Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, A . Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.
GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e
novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.
Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do
Paraná – Sociologia. Curitiba, 2006.
MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Um breve histórico da disciplina
As práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram
fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos
séculos XVIII e XIX. Atribuía a educação física à tarefa de construir corpos
saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao
processo produtivo, tendo como referência o conhecimento técnico científico. A
educação física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir da
constituição de 1937, sendo então, utilizada com o objetivo de doutrinação,
dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o
patriotismo, a hierarquia e a ordem. Segundo as citações dos autores “Wallon e
Piaget”, colocam em evidência o papel da atividade corporal no
desenvolvimento das funções cognitivas (Wallon, 1942), afirma que o
pensamento nasce da ação para retornar a ela. (Piaget, 1976), sustenta que
mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta
problemas de sua vida cotidiana. A Educação Física, dentro de uma pedagogia
histórica crítica, tem uma função social a cumprir no espaço escolar A Educação
Física permite abordagens biológicas, antropológicas, sociológicas,
psicológicas e políticas, das práticas corporais, justamente por possibilitar um
trabalho interdisciplinar, não compartimentalizando a disciplina em si só, nem
fragmentando a visão de homem. Dar um novo significado ás aulas é um
exercício necessário que requer uma amplitude das possibilidades de
intervenção, superando a dimensão meramente motriz, por uma dimensão
histórica. Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar
confundindo-se com a educação física.
Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque
entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta
legitimação da disciplina na escola. Os fundamentos da psicomotricidade, por
buscar uma suposta legitimação da disciplina na escola. Considerando o
momento histórico que passa a educação física, na construção e sistematização
de uma proposta que vise o desenvolvimento da pessoa de maneira integral e
baseada na corporalidade, devemos buscar alternativas viáveis para a
construção de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas, atendendo as
necessidades, expectativas, possibilidades e intencionalidades da comunidade
escolar.
Segundo as diretrizes curriculares a educação física é a área de
conhecimento que introduz e integra com a finalidade de lazer, de expressão de
sentimentos, afeto e melhoria de saúde. Sabemos que alguns problemas
relacionados com a aprendizagem estão interligados com a área da educação
física, onde podemos dizer que se habilidades perceptivo-motoras não forem
bem desenvolvidas todas as demais podem ficar comprometidas.
É também necessário superar aquela visão tecnicista ainda presente em
algumas ações pedagógicas e direcioná-las para uma ação centrada na reflexão
e superação da realidade. Essa prática visa a melhoria de vida e tem como tema
central a corporalidade. Devemos lembrar que o movimento é fundamental para
o ser humano, pois através da relação entre corpo, mundo e mente. É de
fundamental importância que o educador possibilite ao educando vivenciar o
processo de elaboração e reelaboração do conhecimento, da cultura corporal
como norte do trabalho, em especial no Ensino Médio, bem como que procure
evidenciar a estreita relação entre a formação histórica do ser humano, por
meio do trabalho, e as práticas corporais que dele decorrem. Também
importante que através da prática da Educação Física, se leve o educando à
reflexão de todas as formas de representações de mundo que o homem tem
produzido, como a dança, os jogos, as formas todas de lutas, a ginástica e todas
as modalidades de esportes.
Objetivos gerais da disciplina
A disciplina de educação física, como parte integrante do processo
educacional, tem o compromisso de estar articulada com o Projeto Político
Pedagógico da escola e comprometida com uma transformação social que
ultrapasse os limites da mesma.
Partindo do pressuposto de que o nosso corpo é ao mesmo tempo,
modo e meio de integração do indivíduo na realidade do mundo, ele é
necessariamente carregado de significado.
Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos, sobretudo o
olhar, exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem
como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa determinada
situação, num determinado contexto.
A Educação Física enquanto ciência tem no corpo em movimento as
suas diferentes formas de manifestações. Entendemos que o movimento
humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo
conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos
saberes sistematizados pela classe dominante sobre esta consciência corporal.
Portanto, é necessário como ponto de partida a concepção do corpo que
a sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se
situarem na contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o
conhecimento de seu corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o
tipo de sociedade onde este saber produzido, proporcionando-lhes condições
de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e consequentemente
reelaboração da consciência e cultura corporal.
A Educação Física, tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura
corporal, que nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...]
representa as formas culturais do movimentar-se humano historicamente
produzido pela humanidade [...]” apontando a ginástica, esporte, a dança, a
luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos estruturantes, que devem ser
abordados com os alunos de forma contextualizada na sua dimensão histórica,
cultural e social.
Esta tem como objetivos:
Integrar a Educação Física no processo pedagógico como elemento
fundamental para o processo de formação humana do aluno.
Propiciar através dos conteúdos da Educação Física, o maior número de
informações, experiências corporais, a fim de auxiliar o aluno a
expressar-se criticamente através das diferentes culturas corporais de
movimento.
Superar o caráter da Educação Física, como mera atividade de prática
pela prática, incorporando as noções básicas relacionadas à disciplina;
sua importância, seus conteúdos, cuidados na prática da atividade física,
mudanças fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, benefícios
desta prática.
Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência
por meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais.
Conteúdos estruturantes
Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à
apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades
corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram
estruturados de forma a garantir aprendizagens novas e significativas,
despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da
necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da
sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura
corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003
p. 34).
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e
práticas que contemplem:
- a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
- a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na
proposição das praticas educativas;
- ensino com base na investigação e na problematização do
conhecimento;
- as diferentes linguagens na medida em que se instituem como
significativas na formação do educando;
- as múltiplas interações entre os diferentes saberes;
- articulação entre teoria, prática e realidade social;
- atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação
do trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes,
jogos, ginástica, dança e lazer.
Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como
investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o
individual com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se
adquire, além de, pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de:
alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação e
preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições
mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde
como uma construção que requer uma dimensão histórico-política e social.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de
esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-
lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social,
tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os
valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da
solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o
outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a
criticá-lo, promovendo a sua resignificação, e sua adaptação a realidade que a
prática cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar
atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos
que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e
os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a
possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando
com as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo,
modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os
educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela
sua prática inadequada ou incorreta.
A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o
desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o
outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como manifestação de
vida, por meio de um processo continuo de integração e relacionamento
social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do
tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria,
socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que
serão adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e
social.
Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma
informativa, prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada
realidade. Os conteúdos esporte, jogos, dança, lazer e ginástica são comuns
ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o conteúdo saúde mantêm a
especificidade de cada ensino.
Conteúdos
Ensino Fundamental
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-
Metodológica
Avaliação
Esporte
Coletivos
Radicais
Recorte
histórico
delimitando
tempos e
espaços.
Organização de
festivais
esportivos.
Analise dos
diferentes
esportes no
Apropriação
acerca das
regras de
arbitragem,
preenchimento
de súmulas e
confecção de
diferentes tipos
de tabelas.
Reconhecer o
contexto social
contexto social
e econômico.
Pesquisar e
estudar as
regras oficiais e
sistemas
táticos.
Vivência prática
dos
fundamentos
das diversas
modalidades
esportivas.
Elaboração de
tabelas e
súmulas de
competições
esportivas.
e econômico
em que os
diferentes
esportes se
desenvolveram.
Jogos e
Brincadeiras
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
Organização e
criação de
gincanas e
RPG (Role-
Playing Game,
Jogo de
Interpretação
de
Personagem),
compreendendo
que é um jogo
de estratégia e
imaginação, em
que os alunos
Reconhecer a
importância da
organização
coletiva na
elaboração de
gincanas e
R.P.G.
Diferenciar os
jogos
cooperativos e
os jogos
competitivos a
partir dos
seguintes
interpretam
diferentes
personagens,
vivendo
aventuras e
superando
desafios.
Diferenciação
dos jogos
cooperativos e
competitivos.
elementos:
• Visão do jogo;
• Objetivo;
• O outro;
• Relação;
• Resultado;
•
Conseqüência;
• Motivação.
Dança
Danças
criativas
Danças
circulares
Recorte
histórico
delimitando
tempos e
espaços na
dança.
Organização de
festivais de
dança.
Elementos e
técnicas
constituintes da
dança.
Reconhecer a
importância das
diferentes
manifestações
presentes nas
danças e seu
contexto
histórico.
Conhecer os
diferentes
ritmos, passos,
posturas,
conduções,
formas de
deslocamento,
entre outros
elementos
presentes no
forró, vanerão e
nas danças de
origem africana.
Criar e
vivenciar
atividades de
dança, nas
quais sejam
apresentadas
as diferentes
criações
coreográficas
realizadas
pelos alunos.
Ginástica
Ginástica
rítmica
Ginástica geral
Estudar a
origem da
Ginástica:
trajetória até o
surgimento da
Educação
Física.
Construção de
coreografias.
Pesquisar sobre
a Ginástica e a
cultura de rua
(circo,
malabares e
acrobacias).
Análise sobre o
modismo
relacionado a
ginástica.
Vivência das
técnicas
Conhecer e
vivenciar as
técnicas da
ginásticas
ocidentais e
orientais.
Compreender a
relação
existente entre
a ginástica
artística e os
elementos
presentes no
circo, assim
como, a
influência da
ginástica na
busca pelo
corpo perfeito.
específicas das
ginásticas
desportivas.
Analisar a
interferência de
recursos
ergogênicos
(doping).
Lutas
Lutas com
instrumento
mediador
Capoeira
Pesquisar a
Origem e os
aspectos
históricos das
lutas.
Conhecer os
aspectos
históricos,
filosóficos e as
características
das diferentes
formas de lutas.
Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
S
CONTEÚDO
S BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGIC
A
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Individuais
Radicais
Recorte histórico
delimitando
tempos e
espaços.
Analisar a
possível relação
entre o Esporte
de rendimento X
qualidade de
vida.
Análise dos
diferentes
esportes no
contexto social e
econômico.
Estudar as
regras oficiais e
sistemas táticos.
Organização de
campeonatos,
torneios,
elaboração de
Súmulas e
montagem de
tabelas, de
Organizar e
vivenciar
atividades
esportivas,
trabalhando
com
construção de
tabelas,
arbitragens,
súmulas e as
diferentes
noções de
preenchimento.
Apropriação
acerca das
diferenças
entre esporte
da escola, o
esporte de
rendimento e a
relação entre
esporte e lazer.
Compreender a
função social
do esporte.
acordo com os
sistemas
diferenciados de
disputa
(eliminatória
simples, dupla,
entre outros).
Análise de jogos
esportivos e
confecção de
Scalt.
Provocar uma
reflexão acerca
do conhecimento
popular X
conhecimento
científico sobre o
fenômeno
Esporte.
Discutir e
analisar o
Esporte nos seus
diferenciados
aspectos:
• enquanto meio
de Lazer.
• sua função
social.
• sua relação
com a mídia.
• relação com a
ciência.
• doping e
Reconhecer a
influência da
mídia, da
ciência e da
indústria
cultural no
esporte.
Compreender
as questões
sobre o doping,
recursos
ergogênicos
utilizados e
questões
relacionadas a
nutrição.
recursos
ergogênicos e
esporte alto
rendimento.
• nutrição, saúde
e prática
esportiva.
Analisar a
apropriação do
Esporte pela
Indústria
Cultural.
Jogos e
brincadeiras
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
Analisar a
apropriação dos
Jogos pela
Indústria
Cultural.
Organização de
eventos.
Analisar os jogos
e brincadeiras e
suas
possibilidades de
fruição nos
espaços e
tempos de lazer.
Recorte histórico
delimitando
tempo e espaço.
Reconhecer a
apropriação
dos jogos pela
indústria
cultural,
buscando
alternativas de
superação.
Organizar
atividades e
dinâmicas de
grupos que
possibilitem
aproximação e
considerem
individualidade
s.
Dança
Danças
folclóricas
Conhecer os
diferentes
Danças de
salão
Danças de
rua
Possibilitar o
estudo sobre a
Dança
relacionada a
expressão
corporal e a
diversidade de
culturas.
Analisar e
vivenciar
atividades que
representem a
diversidade da
dança e seus
diferenciados
ritmos.
Compreender a
dança como
mais uma
possibilidade de
dramatização e
expressão
corporal.
Estimular a
interpretação e
criação
coreográfica.
Provocar a
reflexão acerca
da apropriação
da Dança pela
Indústria
Cultural.
passos,
posturas,
conduções,
formas de
deslocamento,
entre outros
Reconhecer e
aprofundar as
diferentes
formas de
ritmos e
expressões
culturais, por
meio da dança.
Discutir e
argumentar
sobre
apropriação
das danças
pela indústria
cultural.
Criação e
apresentação
de coreografias
Organização de
Festival de
Dança.
Ginástica
Ginástica
artística /
olímpica
Ginástica de
Condicio-
namento
Físico
Ginástica
geral
Analisar a função
social da
ginástica.
Apresentar e
vivenciar os
fundamentos da
ginástica.
Pesquisar a
interferência da
Ginástica no
mundo do
trabalho (ex.
laboral).
Estudar a
relação entre a
Ginástica X
sedentarismo e
qualidade de
vida.
Por meio de
pesquisas,
debates e
vivências
práticas, estudar
a relação da
ginástica com:
tecido muscular,
resistência
muscular,
Organizar
eventos de
ginástica, na
qual sejam
apresentadas
as diferentes
criações
coreográficas
ou seqüência
de movimentos
ginásticos
elaborados
pelos alunos.
Aprofundar e
compreender
as as questões
biológicas,
ergonômicas e
fisiológicas que
envolvem a
ginástica.
Compreender a
função social
da ginástica.
Discutir sobre a
influência da
mídia, da
ciência e da
indústria
diferença entre
resistência e
força; tipos de
força; fontes
energéticas,
freqüência
cardíaca, fonte
metabólica,
gasto energético,
composição
corporal, desvios
posturais, LER,
DORT,
compreensão
cultural acerca
do corpo,
apropriação da
Ginástica pela
Indústria Cultural
entre outros.
Analisar os
diferentes
métodos de
avaliação e
estilos de testes
físicos, assim
como a
sistematização e
planejamento de
treinos.
Organização de
festival de
ginástica.
cultural na
ginástica.
Compreender e
aprofundar a
relação entre a
ginástica e
trabalho.
Lutas
Lutas com
aproximação
Lutas que
mantêm à
distancia
Lutas com
instrumento
mediador
Capoeira
Pesquisar,
estudar e
vivenciar o
histórico,
filosofia,
características
das diferentes
artes marciais,
técnicas, táticas/
estratégias,
apropriação da
Luta pela
Indústria
Cultural, entre
outros.
Analisar e
discutir a
diferença entre
Lutas x Artes
Marciais.
Estudar o
histórico da
capoeira, a
diferença de
classificação e
estilos da
capoeira
enquanto
jogo/luta/dança,
musicalização e
ritmo, ginga,
confecção de
instrumentos,
Conhecer os
aspectos
históricos,
filosóficos e as
características
das diferentes
manifestações
das lutas.
Compreender a
diferença entre
lutas e artes
marciais, assim
como a
apropriação
das lutas pela
indústria
cultural.
Apropriar-se
dos
conhecimentos
acerca da
capoeira como:
diferenciação
da mesma
enquanto
jogo/dança/luta
, seus
instrumentos
musicais e
movimentos
básicos.
Conhecer os
diferentes
movimentação,
roda etc.
ritmos, golpes,
posturas,
conduções,
formas de
deslocamento,
entre outros.
Organizar um
festival de
demonstração,
no qual os
alunos
apresentem os
diferentes tipos
de golpes.
Metodologia
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso
(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações
do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à
escolarização mesma por fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses
educandos possuem uma gama de conhecimentos adquiridos em outras
instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e
socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere,
exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sócio-
cultural dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos freqüentadores dessa
modalidade de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do
trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação
Física seja compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos.
Desse modo, a aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas
que estejam direcionadas para e sobre o movimento, focalizando
preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes
favoráveis à realização de atividades físicas e ao aprofundamento do
entendimento de conceitos relacionados a essas atividades.
Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na
constatação da incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação
Física com adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e
Adultos. Se nos apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que
enfatizam atividades como as “bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao
fundo do mar” do voleibol como referências absolutas das possibilidades de
movimento corporal humano e como tipos de conteúdo e de aprendizagem
presentes na Educação Física, de fato sua adequabilidade será mínima.
Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do
professor que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é
potencializar as possibilidades de participação ativa de pessoas com
demandas educacionais específicas, em programas com foco na atividade
física/movimento corporal humano. Outrossim, há que se considerar que a
sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de
escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção,
carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a
consolidação da participação da Educação Física nessa modalidade de ensino.
Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo
orientador para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com
jovens e adultos:
- Quem são os alunos da EJA?
- Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses
alunos?
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física
deverá valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas
manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a
corporalidade “entendida como a expressão criativa e consciente do
conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas” (PARANA,
2005), considerando os três eixos norteadores do trabalho com a EJA que
são a cultura, o trabalho e o tempo.
Seqüênciação
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se
manifestem na prática pedagógica do educador, expressando idéias e ações
relacionadas a: seqüenciação (organização do conteúdo em função do
tempo escolar), comprometimento na condução do processo ensino-
aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do
trabalho pedagógico (critérios de acompanhamento das conseqüências do
processo ensino-aprendizagem).
A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa
importante possibilidade de contato dos educandos com a diversidade da
cultura corporal de movimento, sem perder de vista o papel da EJA, que
segundo KUENZER (apud PARANÁ, 2005, p. 28),
deve estar voltado para uma formação na qual os educandos-
trabalhadores possam aprender permanentemente; refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva;
participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma
solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez.
O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA
necessita de um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e
experiências anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá
planejar o trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o
trabalho com a cultura local, buscando a origem de suas práticas,
transformações e diferenças em cada região.
Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em
conta as características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de
ensino, seja de caráter presencial ou semi-presencial. Os conteúdos que
apresentamos – constituintes da cultura corporal de movimento – devem ser
selecionados em função do projeto pedagógico elaborado pela escola,
considerando os interesses dos alunos observados nas interações iniciais com
o educador .
Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação
Física (BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio da Inclusão que tem como
meta a participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do
grupo, buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre
indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultando na valorização
exacerbada no desempenho e da eficiência, e conseqüentemente na exclusão
do educando .
O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem
na escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os
conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da
aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as possibilidades de
aprendizagem que se estabelece nas dimensões afetivas, cognitivas, motoras
e sócio-culturais dos alunos.
Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de
movimento, não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço
conjunto de professores e alunos através de situações concretas e
significativas. A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola
sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa autonomia significa a
possibilidade de construção pelo educando dos seus conceitos, atitudes e
procedimentos, ao invés de simples reprodução e memorização de
conhecimentos.
Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma
aprendizagem significativa, entendida como a aproximação entre o
conhecimento do educando e o construído ao longo do tempo, não perdendo
de vista que os mesmos estão inseridos numa cultura e expressam uma
aprendizagem social regida por uma organização política e social.
O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o
educando compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do
conhecimento do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de
suas necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições
de adquirir e criar novas formas de expressão.
A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da
avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da
aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e
sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os
alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este
pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:
o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a
partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação
que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho
em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto
de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos
resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos
alunos, aos colegas educadores e aos pais.
Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço
para uma nova visão que procura ser mais processual, abrangente e
qualitativa. Não deve ser um processo exclusivamente técnico que avalia a
práxis pedagógica, mas que pretende atender a necessidade dos educandos
considerando seu perfil e a função social da EJA, com o reconhecimento de
suas experiências e a valorização de sua história de vida. Isso torna-se
essencial para que o educador reconheça as potencialidades dos educandos
e os ajude a desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o
conhecimento na busca de oportunidades de inserção no mundo do trabalho
e na sociedade.
A avaliação deverá portanto compreender formas tais como: a
linguagem corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de
trabalhos, de seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando
um amplo conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e
objetivos que se quer alcançar. Devemos levar em consideração que
educando idosos, ou com menos habilidades, os com necessidades
especiais e o grau de desenvolvimento que possuem, bem como as suas
experiências anteriores.
Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os
educandos. Nesse sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do
desenvolvimento progressivo do aluno, respeitando suas individualidades.
Desse modo a avaliação não pode ser um mecanismo apenas para
classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu
replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja
coerente e representativa é fundamental que a relação entre os
componentes curriculares se apóie em um diálogo constante.
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura
corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-
conhecimento e uma análise possível das etapas já vencidas no sentido de
alcançar os objetivos propostos.
Avaliação
A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador
entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de
construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de
atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos
conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos
e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de
tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os
alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à
necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes
instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como
forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta de
apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,
revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento
estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,
seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além
dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados
aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o
significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do
aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de
conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula (Observação Constante
do Aluno feita pelo Professor), considerando sua aplicação e conseqüência
pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e
coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades
envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho no
conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da
concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um
ser uno e único e de que ambos, professor e aluno assumirão
responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
BIBLIOGRAFIA
DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para
a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DARIDO, S. C. Os conteúdos da educação física escolar: influências,
tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física
Escolar, Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), p. 05-25, 2001.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Livraria
Unijuí Editora, 1994.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: educação física.
Curitiba, 2008.
SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da educação física.
São Paulo: Cortez, 1992.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho
pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 5.
ed. São Paulo: Editora Libertad, 1989.
DISCIPLINA DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física (do grego physis, natureza) é a ciência que se propõe a
descrever e compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza. Ela
não é um conjunto de conhecimentos completos e imutáveis; ao contrário, ela é
algo que cresce e também se modifica. Constantemente surgem novos campos
de estudo e fenômenos que aparentavam ser independentes, sem qualquer
relação entre si, passam a revelar-se como aspectos diferentes de um único
fenômeno mais geral.
Originalmente, chamavam-se “físicos” todos aqueles que se dedicavam
ao estudo da natureza. Mais tarde, com o desenvolvimento do conhecimento, o
campo de atuação subdividiu-se em várias partes, que se tornaram capítulos
separados da Ciência. Temos assim, a Astronomia, a Biologia, a Química, etc.
É difícil definir com precisão o campo de atuação da Física, porque ela
não tem contornos bem delimitados e se encontra em constante evolução. Há
algum tempo dizia-se que a Física estudava os fenômenos da natureza não-
viva, nos quais não houvesse grande participação dos aspectos químicos nem
astronômicos. Esta porém, é uma definição muito aproximada e um pouco
simplista. O que caracteriza a Física não são tanto seus conteúdos, mas sim o
método científico no qual ela se fundamenta. O método experimental se baseia
nas observações e nas experiências e permite formular as leis físicas,
habitualmente expressas por fórmulas matemáticas.
Busca-se atualmente construir um ensino de Física centrado em
conteúdos e metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão
sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto
da pura racionalidade científica. Entende-se então que a Física deve educar
para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico,
capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e
compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento para o estudo e
o entendimento do universo e dos fenômenos que o cerca. Mas também, que
percebam a não-neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais dessa ciência, seu comprometimento e
envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.
Assim sendo, o ensino da Física deve contemplar os seguintes objetivos:
DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Física
em continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino
fundamental;
PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Física com os
conteúdos das demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão
mais ampla, no educando, do meio no qual está inserindo e dos fenômenos
que nele ocorrem;
APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos físicos em
situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação,
justificando-os frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;
INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os
problemas que envolvam os conhecimentos de Física, de forma crítica,
científica e criativa;
DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por
meio de trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados
nos temas transversais propostos pela atual LDB;
DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos
educandos para:
a) a compreensão dos fenômenos do universo;
b) o seu crescimento como cidadão consciente e participativo;
c) a resolução de problemas no contexto de seu cotidiano e
d) ao preparo para o ingresso no curso superior e/ou no mercado de trabalho.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os três conteúdos: MECÃNICA (Movimento), TERMODINÂMICA e
ELETROMAGNETISMO foram escolhidos como estruturantes porque indicam
campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos
pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais
abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história da Física
enquanto campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo,
e o entendimento, pelos professores, de que o ensino médio deve estar voltado
à formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da
natureza, das populações e das relações humanas, procurando enfatizar de
modo específico a história e cultura afro-brasileira e africana, conforme prevê a
Lei 10.639/03.
Além disso, os conteúdos desenvolvidos no âmbito do estudo do
Movimento, da Termodinâmica e do Eletromagnetismo permitem o
aprofundamento, as contextualizações e as relações interdisciplinares, os
avanços da Física dos últimos anos, a tecnologia disso decorrente e as
perspectivas para o futuro.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRIMEIRA SÉRIE
MECÂNICA
Estática, Cinemática e Dinâmica
Trabalho e Energia
Conservação da quantidade de movimento
SEGUNDA SÉRIE
TERMOLOGIA
Termometria
Dilatometria
Calorimetria
Transmissão de calor
Gases Perfeitos
Termodinâmica
ÓPTICA
Óptica física e óptica geométrica
ONDULATÓRIA
Ondas mecânicas e eletromagnéticas
TERCEIRA SÉRIE
ELETROMAGNETISMO
Eletrostática
Eletrodinâmica
Magnetismo
TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Por se tratar de um curso de Ensino Médio, serão desenvolvidos com os
alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no decorrer de seu
processo de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com aqueles
desenvolvidos nas demais disciplinas do curso e com os conhecimentos
trazidos pelo educando através de sua escolaridade anterior e de sua própria
experiência de vida.
O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao
cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de
conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
Alterações são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de
cada tópico proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das
características particulares tanto do curso quanto da turma e/ou de cada
educando.
As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que
possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados,
tais como os recursos tecnológicos (apresentações em PowerPoint,
simulações), recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.),
além do material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor;
Portal Dia-a-dia da Educação; PCNs e o Plano Político Pedagógico (PPP) do
Colégio. Também dentro das possibilidades de recursos físicos, materiais e de
calendário, serão desenvolvidas atividades práticas e projetos de pesquisa,
além de promover a participação dos alunos em eventos relativos à disciplina,
tais como as Feiras de Tecnologia e de Ciências e Matemática, propostas no
calendário escolar.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S
(Ciência, Tecnologia e Sociedade).
Todos os conteúdos serão retomados de forma cíclica, de modo a
evidenciar que os conhecimentos adquiridos durante os estudos não são
terminais, mas voltam a ser utilizados quando se tratam de outros conceitos a
serem estudados, bem como, ora exigem a extrapolação para novos conceitos,
e ora facilitam e simplificam os conceitos já estudados.
Dentre os vários conceitos que é mister de se rever de forma cíclica,
pode-se relatar o caso da energia mecânica, do conteúdo estruturante
Movimento, passa a ser importante e caminho para a compreensão da Energia
Térmica, como relacionada ao movimento de átomos e partículas, importante
fundamentação para a Termodinâmica e, necessário também para entender a
produção da energia elétrica, tratada no Eletromagnetismo, quer pela via das
usinas hidrelétricas (conversão da energia mecânica em elétrica) quer nas
usinas térmicas, sejam elas termelétricas ou nucleares. Essa conceituação da
energia prove fundamentação suficiente para interpretar, a partir daí a forma
como o Universo, e em especial o modo pelo qual o Sol, sofrendo reações de
fusão, tem sua massa modificada e a liberação da Luz e da energia térmica
que sustentam a vida no planeta.
A seguir se apresentam os Mapas Conceituais da disciplina, por meio dos
quais se poderá vislumbrar os conceitos mais significativos.
Fig. 1 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante MOVIMENTO.
Observa-se deste mapa que, grande parte da formulação da Estática e
da Cinemática foram deixadas de lado, visto o tema Movimento, dentro do
aspecto dinâmico ser de maio valia, visto que aspectos como a conservação e
produção da energia serem mais relevantes.
Fig. 2 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante TERMODINÂMICA.
Foi através do desenvolvimento da Termodinâmica que a humanidade
passou a conhecer e utilizar de modo mais significativo a Energia como forma
de produção. O conceito de energia térmica e escalas absolutas foram
desenvolvidos muito mais tarde, em relação à Revolução Industrial, e, hoje é
sinônimo de preocupação: as fontes não renováveis se estão exaurindo, e o
consumo de energia – na forma térmica, para impulsionar veículos e mesmo
industrias – está aumentando, exigindo uma postura de uso racional e que dê
sustentabilidade ao meio ambiente.
O mapa da página seguinte é o do Eletromagnetismo. Neste se pode
observar a descrição e as relações das quatro Leis de Maxwell, que são uma
simplificação extraordinária e abrangente de todos os conceitos a serem
estudados, nesta área.
Fig. 3 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante ELETROMAGNETISMO.
Novamente, a produção da Eletricidade, agora como tema específico,
passa a ser o tema central de estudo, mas novamente relacionado com a
Energia Mecânica, pois, é à partir dela que a grande maioria da energia elétrica
no Brasil é produzida.
Além do tema Energia que é comum aos três conteúdos, também se
pode associar os movimentos de fluídos, pois eles poderão servir de modelo
conceitual para clarear as idéias relacionadas aos fluxos: fluxo de calor – e por
conseqüência sua transmissão – e o fluxo de cargas e campos, extremamente
importante para se entender a produção da energia elétrica.
O tema Luz, também pode ser articulado aos três conteúdos
estruturantes, segundo as formas que se pretenda associar: suas
características principalmente se associadas ao movimento da luz, em termos
de trajetórias e velocidade, e também quanto aos conceitos de energia. É
interessante, porém bastante complicado, tratar de aspectos físicos da luz,
especialmente segundo à formulação proposta por Maxwell.
Formulação Matemática
Sendo a Matemática uma ferramenta importante na expressão
quantitativa dos fenômenos que se pretende abordar, é necessário,
inicialmente ter em mente que ela é apenas uma ferramenta, e como tal, não
pode suplantar a beleza que cerca o fenômeno físico.
Inicialmente, ao tratar dos assuntos, é de valia começar formulado e/ou
descrevendo os fenômenos utilizando os recursos de linguagem verbal, gráfica,
demonstrativa e experimental que se tenha. Em seguida, trata-se das relações
de dependência entre as variáveis e o fenômeno, propondo-as em forma de
proporcionalidade: direta e inversamente proporcional.
Uma vez estabelecidas essas relações se pode passar à composição
das equações que venham a auxiliar na expressão quantitativa entre as
variáveis e o fenômeno, de forma que, dadas os valores das mesmas, se possa
expressar o valor da energia, força, temperatura ou intensidade de corrente
adequadamente.
Experimentação
A experimentação é forma de como se investiga e questiona a natureza
quanto à fenômenos que se pode observar. Ela é sempre uma parte de um
método, e não o método em si mesmo: experimentar pela experimentação é
perda de tempo. Ela deve estar relacionada com algum problema.
Mesmo que a comunidade já conheça a resposta ao problema, ainda se
podem criar questões que levem os estudantes a formular as hipóteses que
respondem a esses questionamentos e verificar experimentalmente qual das
hipóteses é a verdadeira em relação à problematização inicial.
Atividades desta forma podem ser construídas tanto à partir de situações
vivenciais, como de problemas propostos em sala, pelo professor, se utilizando
das técnicas disponíveis para tanto. Assim por exemplo, pode-se questionar, se
de uma rampa inclinada, ao se soltar uma esfera, sabe-se que ela aumenta sua
velocidade. Se entretanto, a esfera for solta de uma altura duas vezes maior
que a anterior, a velocidade dobrará?
Essas atividades podem ser desenvolvidas em sala de aula, que pela
demonstração efetuada pelo professor, quer pela implementação dos alunos
em atividades práticas, ou serem propostas para serem realizadas em casa,
com materiais alternativos. Independente do meio utilizado, a entrega de um
relatório, quer individual, quer coletivo, será obrigatório, mas, é ainda de maior
valia, conversar sobre os acertos e os erros cometidos – principalmente sob o
aspecto da física – e as causa e/ou pré-conceitos que os originaram.
O uso de softwares de simulação pode também servir de meio para se
desenvolver atividades cujos materiais sejam de difícil acesso, ou seu
manuseio implique em riscos à saúde dos participantes.
Leituras de Textos Científicos
Sabe-se que a leitura e interpretação de textos contribui de forma
significativa na formulação de conceitos científicos. Pode também auxiliar na
reformulação do dia a dia, ao substituir pré-conceitos obsoletos, por novos,
historicamente construídos. Assim, deixa de ter sentido a expressão de “estar
com calor” quando se tem claro o que é calor, sua relação com a energia.
São textos interessantes a serem lidos e discutidos, os que tratam da
História da Ciência, nos quais se pode observar e abstrair as tramas
conceituais e as mudanças de paradigmas necessários para poder explicar os
novos fenômenos que se observa. Assim, entre outros, pode-se estudar, as
idéias aristotélicas quanto ao vácuo, aceitas na idade média e a formação de
vácuo em bombas, a partir de certa profundidade.
Também são interessantes textos que mostrem os físicos e os cientistas
como pessoas normais, não estereotipadas, como o fazem muitos livros, ao
proporem situações nas quais os “personagens” jamais teriam participado,
como por exemplo a queda da maçã na cabeça de Newton, a corrida nua de
Arquimedes ao descobrir o empuxo da coroa do rei, o empinar de “papagaios”
em dias de tormenta por Franklin.
De certa forma essa descontrução, auxilia numa reelaboração, no qual
se pode perceber a pessoa do cientista e físico, como pessoa, não mais como
um mito.
O trabalho com estes textos, e outros de divulgação científica, e também
de história e filosofia das ciências, pode resultar na confecção de novos textos,
que possam ser apresentados nos eventos internos do colégio.
AVALIAÇÃO
Esta será permanente e executada em todo o decorrer do processo,
abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por
meio de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação
e documentação de projetos de pesquisa e de participação do aluno em
eventos relacionados à disciplina no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-
se-á ainda a freqüência e a participação do aluno em outras atividades intra e
extra-classe.
A média bimestral será obtida pela média aritmética de todas as notas
atribuídas ao aluno, garantindo ao mesmo, a recuperação paralela bimestral
quando necessário a mesma se fizer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino
Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações (Im)
pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)
_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações
Curriculares. Física Junho/2005
_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos
Políticos e Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.
_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Física. 2006.
272 p.
_______. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Física
para a Educação básica. 2006. 45 p. Disponível em
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História constitui-se como uma área de pesquisa e produção de saber
que não possui uma verdade absoluta, mas está em constante transformação e
é escrita e reescrita.
Atualmente o estudo da História aponta para a formação do cidadão,
entendido como agente social, político, transformador de sua vivência a partir
do conhecimento estruturado pela intermediação do professor, buscando
satisfazer as expectativas de nossa comunidade escolar, a qual espera que a
aquisição do conhecimento possibilite aos alunos enfrentar os problemas ao
longo da vida, construindo um futuro melhor para seus filhos, mas pautados
pela ética.
Somente através da análise das contradições, mudanças e
permanências que marcam as relações sociais que envolvem os seres
humanos em diferentes momentos históricos é que podemos compreender e
transformar a sociedade, dos menores aos maiores grupos.
Sendo assim é necessário refletir sobre as várias correntes
historiográficas, pela qual a disciplina passou ao longo dos tempos, a fim de
rever o processo histórico que norteia a Disciplina de História.
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do
Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina
acadêmica.
Essas produções foram elaboradas sob influência da História do
Positivismo orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos
documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva
da valorização política dos heróis.
A tendência positivista reafirma-se no contexto do regime militar, a partir
de 1964, quando o ensino de História manteve seu caráter político, pautado no
estudo de fontes oficiais. Neste mesmo período histórico as disciplinas de
História e Geografia deram origem à disciplina de Estudos Sociais.
Somente, na segunda metade da década de 1980 e inicio dos anos 90, a
Disciplina de História passa a fazer parte de reformas na área educacional.
Passou a ser fundamentada pela pedagogia histórico - critica. .Essa proposta
de renovação tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no
materialismo histórico dialético, e indicava alguns elementos da Nova História,
tendência que influenciou grande parte as propostas de ensino de História no
país.
Com a LDB/96 a tendência e a proposta metodológica para a disciplina
passam novamente a serem rediscutidas, pois a lei permite a criação de uma
Proposta Curricular, sendo que esta deveria estar fundamentada, de acordo
com as novas demandas sociais para o ensino de História e pautada em
reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos no contexto paranaense, respeitando as leis.
• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil;
. o cumprimento da Lei n.9795/99, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da Educação Ambiental;
. o cumprimento da Lei n. 11343/06, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da política anti-drogas;
. o cumprimento da Lei n. 11733/97, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST.
Diante das novas reformulações, a disciplina de História de acordo com
as DCEs, tem por objetivo levar os alunos a compreenderem que os fatos
históricos são efeitos das relações de trabalho, poder e cultura, nas mais
diversas sociedades e tempos, mas também identificando as lutas das diversas
sociedades na construção/destruição de certas dominações; que a História não
é uma disciplina desvinculada das demais áreas do conhecimento e que ela
encontra-se em nosso cotidiano; não sendo só passado, mas a explicação da
nossa realidade que é fruto da evolução ou não das sociedades; que o
educando passe a buscar uma sociedade democrática, que realmente respeite
a realidade brasileira como multicultural e ainda que ele valorize a própria
individualidade, que será mais sujeito da história quanto mais for sujeito de seu
cotidiano, valorizando aquilo que os torna diferente dos outros grupos que
compõem a população.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato
de que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa
modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação
humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala, a partir dos
diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no
ensino de História.
Assim, compreende-se que o educando da EJA se relaciona com o
mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida
e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade significa contemplar, na
organização curricular, discussões relevantes sobre a função do trabalho e
suas relações com a produção de saberes.
Deve-se, ainda, considerar os saberes adquiridos na informalidade das
suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas
características, como aquelas típicas dos movimentos sociais, das
comunidades indígenas, dos educandos privados de liberdade, das
comunidades ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos
trabalhadores sazonais. Portanto, considerar o tempo também como um dos
eixos implica compreender suas variantes: o tempo escolar e o tempo
pedagógico.
Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas
exigências burocráticas. Já o tempo pedagógico tem sentidos de tempo vivido,
uma vez que enfoca o processo de formação e o autoconhecimento do
educando. Sendo assim, a organização do trabalho pedagógico, na escola,
necessita ser pensada em razão da articulação satisfatória entre o tempo
pedagógico e o tempo escolar.
Desse modo, o caráter coletivo da organização escolar permite maior
segurança ao educador da EJA que, em sua ação formadora, toma para si a
responsabilidades de adiantar-se ao tempo vivido pelo educando, criando
espaços interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a
compreensão de si mesmo, do outro e do mundo.
Por isso, é tão importante e, preciso que o ensino de História na EJA
seja dinâmico e que o educando perceba que a sua História não esta
sepultada, mas em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar
sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão
inseridos educandos e educadores. Há que se considerar que o passado
explica o presente, mas também o presente explica o passado. Nesse contexto
é preciso estimular o interminável diálogo entre o presente e o passado
levando em consideração as especificidades de cada contexto histórico.
Por fim, reconhecer que esses sujeitos são capazes de transformar a
natureza e escrever a sua própria História.
FORMAS DE ATENDIMENTO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Organização Coletiva
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um
cronograma preestabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores
que não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às
condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados
mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram
reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua
matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com
necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos
da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando
a situação em que se encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até
aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de
aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento
educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades
educativas especiais decorrentes de:
1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
3. superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para
remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Diante do processo de aprendizagem em História, somos sabedores que
esse processo ocorre em diversas situações, faz-se e aprende-se História em
diferentes momentos, por meios diversos e em lugares distintos, sendo que a
unidade escolar é um desses espaços.
Cabe então através das DCEs, para a disciplina de História nortear os
objetivos a fim de que possa contribuir no processo de construção do
conhecimento e através do encaminhamento metodológico ampliar e
aprofundar o interesse na dinâmica da História, de modo que se compreenda a
importância da disciplina nos contextos em que foi e que está sendo construída
historicamente.
Assim é primordial que o aluno compreenda:
a concepção de mundo e a visão de realidade que imperava nas diversas
épocas;
as relações sociais de produção, as relações de trabalho e as relações com
o mundo, que são responsáveis por impulsionar uma determinada época na
busca de alternativas;
as condições da época que permitiram determinadas ações;
as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do
conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas
ações.
a época em que se vive, situando-se diante dos problemas atuais, com
base numa visão de evolução econômica, política, social e cultural da
humanidade;
o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;
os conhecimentos adquiridos e os aplique à realidade brasileira, a fim de
melhor interpretá-la, e nela atuar;
idéias de forma clara e compreensível e as exponhas nas atividades e
avaliações propostas.
OS CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes de história são saberes e conhecimentos de
grande amplitude, fundamentais e significativos para a compreensão de seu
objetivo.
O trabalho com estes conteúdos no Ensino Fundamental, assume uma
dimensão mais ampla, pois enfoca as dimensões da vida humana, ou seja, a
dimensão política, a dimensão econômico-social, e a dimensão cultural. É
desenvolvido de forma cíclica, simultânea e contextualizado, através de
relações interdependentes e dinâmicas, movimento próprio da realidade social,
ou seja, uma vez tomados em conjunto, sustentam o tratamento dado aos
conteúdos específicos, possibilitando assim a compreensão da realidade nos
diversos contextos históricos, num processo de construção da consciência
histórica.
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRURANTES
CONTEÚDOS
BASICOS
CONTEÚDOS
ESPECIFICOS
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
5ª Série/6º Ano
- A experiência
humana no tempo
- Os sujeitos e
suas relações
com o outro no
tempo
- As culturas
locais e a cultura
comum
- O conhecimento
histórico: Introdução
aos Estudos
Históricos e Fontes
Históricas
- História e Memória:
história de vida e sua
identidade.
- Tempo cronológico e
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
6ª Série/7º Ano
- As relações de
propriedade
- A constituição
histórica do
mundo e do
campo e do
mundo da cidade
- As relações
entre o campo e a
cidade
- Conflitos e
resistências e
produção cultural
campo / cidade
7ª Série/8º Ano
tempo histórico: tempo
cronológico do aluno
X acontecimentos ou
fatos históricos local,
estadual, nacional e
mundial.
-Surgimento e
transformações dos
seres humanos:
Período Paleolítico,
Neolítico e Idade dos
Metais.
- História e Cultura
Afro: Diversidade da
população local e
regional
- Posse e propriedade
- A origem e a forma
da propriedade da
terra no Brasil
- Movimentos
populares e reforma
agrária
- Terra e propriedade
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
- História das
relações da
humanidade com
o trabalho
- O trabalho e a
vida em
sociedade
- O trabalho e as
contradições da
modernidade
- Os
trabalhadores e
as conquistas de
direito
8ª Série / 9º Ano
- A constituição
das instituições
sociais
- A formação do
Estado
- Sujeitos, guerras
e revoluções.
na Roma Antiga
- Sistema feudal
- Propriedade
capitalista
- Canudos e
Contestado: política,
miséria e misticismo.
- A propriedade da
terra na sociedade
indígena
- Trabalho na
Antiguidade:
Escravidão
- Trabalho na Idade
Média: As três ordens
do imaginário feudal
- Trabalho nas
sociedades pré-
colombianas: Maias,
Astecas, Incas, Índios
brasileiros.
- Trabalho escravo no
Brasil
-Trabalho na fábrica:
burguês X operários
- Dominação e
resistência no sistema
de fábrica: Revoltas
operárias e Formação
dos Sindicatos
- Direitos trabalhistas
na sociedade
capitalista
- Polis e democracia
na Antiguidade: A
democracia na Grécia
-A democracia
moderna: direitos de
participação na
escola, família,
associações, igrejas.
- Os imperialismos e
as relações entre os
povos: a dominação
da África e da Ásia
- Poder e participação
popular: sistemas
totalitários na Europa
- Guerras Mundiais: 1ª
e 2ª Guerras
- Globalização e
exclusão social no
século XXI
No Ensino Médio, os conteúdos estruturantes trabalho, poder e cultura
dão seqüência aos trabalhados no Ensino Fundamental, assumindo recortes
mais específicos e aprofundados e que apontam para a compreensão das
ações e das relações humanas, que constituem o processo histórico. Tais
conteúdos são articulados a partir das noções de espaço e tempo, pois
possibilitam a delimitação e a contextualização dos temas a serem
problematizados valorizando os diferentes locais e temporalidades históricas.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
1ª Série
- Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho
livre.
-Urbanização e
Industrialização
-Os sujeitos, as revoltas
e as guerras.
- Conceito de trabalho em
diferentes sociedades e
tempos: escravo, servil,
assalariado, formal e informal.
- Relações de dominação,
resistência e exclusão social:
A mulher no mundo do
trabalho, Dívida social/histórica
e as etnias no mundo do
trabalho.
- Desemprego X Qualificação:
Educação como direito.
- Sindicalismo e direito dos
trabalhadores
- Urbanização e
industrialização no Paraná:
Movimentos sociais e
Educação para o campo.
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Relações de
trabalho
Relações de poder
2ª Série
-O Estado e as relações
de poder
- Movimentos sociais,
políticos e culturais e as
guerras e revoluções.
- Cultura e religiosidade
3ª Série
-Movimentos sociais,
políticos e culturais e as
guerras e revoluções.
- O Estado e as relações
de poder
- O sistema de fábrica:
Revolução Industrial
- O poder teocrático na
sociedade medieval e na
sociedade contemporânea
- O poder das metrópoles
européias sobre as colônias na
expansão do capitalismo:
Dominação econômica e
cultural sobre o Brasil
- Os processos de
independência da América
colonial e contemporânea:
Movimentos das Diretas Já,
Movimento dos Caras-
Pintadas, Movimentos pela
igualdade de direitos, Dia da
Consciência Negra.
- Festas populares no Brasil e
a indústria cultural e de
consumo
- O nacionalismo nos estados
ocidentais: totalitarismo na
Europa: dominação e
permanência na sociedade
contemporânea
- As guerras como instrumento
de política econômica:
1ª e 2ª guerras mundiais: A
evolução tecnologia a favor da
Relações culturais
dominação e extermínio dos
seres humanos/ A
contextualização da 2ª Guerra
Mundial na comunidade local.
- Movimento de resistência no
contexto da ditadura no Brasil:
Brasil República, Ditadura
Militar no Brasil,
- Movimentos de resistência:
guerrilhas e movimento
estudantil
METODOLOGIA
A proposta metodológica da EJA, segundo as Diretrizes Curriculares
da Educação de Jovens e Adultos, deve considerar os três eixos
articuladores das práticas pedagógicas: a cultura, o trabalho e o tempo,
de forma inter-relacionada.
A cultura deve ser entendida como eixo principal de toda a ação
pedagógica, pois está intimamente relacionada ao trabalho e ao tempo, este
último entendido como tempo escolar e tempo pedagógico. Significa que os
educandos trazem na “bagagem”, conhecimentos construídos a partir do senso
comum e um saber popular, não-científico, constituído nas experiências do
cotidiano, nas relações com o outro e com o meio, que deve ser considerado
como ponto de partida das práticas pedagógicas, para que o conhecimento
escolar tenha sentido para os educandos da EJA.
Neste sentido, o trabalho dos educadores é buscar continuamente o
conhecimento que dialogue com o singular e o universal, o mediato e o
imediato, de forma dinâmica e histórica tornando a avaliação escolar também
um eixo articulador da prática, isto é, o processo avaliativo é parte integrante
da práxis pedagógica, pois este voltado a atender as necessidades dos
educandos, respeitando os tempos individuais e a cultura de cada educando.
Os educadores necessitam compreender que o educando da EJA se
relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua
qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade, o que
significa organizar um currículo que estabeleça relações quanto à função do
trabalho e a produção de saberes.
Ainda em relação aos eixos, a escola deve ter como princípio
metodológico o tempo, que consiste em valorizar os diferentes tempos
necessários a aprendizagem, ou seja, considerar os saberes adquiridos na
informalidade das suas vivências e do mundo de trabalho, em face de
diversidade de suas características, o que implica compreender suas variantes:
- o tempo escolar: estabelecido pelo calendário, por cronogramas
de atendimentos nas organizações individuais e coletivas, as cargas horárias
com direito ao aproveitamento de estudos formais já realizados.
o tempo pedagógico: tem sentido de tempo vivido, contando o
processo de formação e o autoconhecimento do educando. Tende a adequar a
qualidade do ensino e a aprendizagem, ao tempo escolar.
O educando EJA tem direito a seu próprio tempo para construção da
aprendizagem, para isso torna-se necessário estabelecer um equilíbrio entre o
tempo escolar e o tempo pedagógico, o que requer a organização de
conteúdos culturais relevantes que estejam articulados à realidade, integrando-
os aos diferentes saberes das áreas do conhecimento.
Os conteúdos básicos da disciplina de História foram estabelecidos de
acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais e seus respectivos conteúdos
estruturantes. Os conteúdos essenciais e os critérios de avaliação são
definidos no Plano de Trabalho Docente, desenvolvido a cada início de
atendimento, na organização coletiva, após avaliação diagnóstica, para que
cada docente construa o seu planejamento de acordo com a realidade do
grupo de educandos jovens, adultos e idosos.
Na organização individual, o Plano de Trabalho Docente, deve ter
uma estrutura flexível, pois contempla o ritmo próprio de cada educando,
considerando o processo de escolarização e os saberes já apropriados,
tornando a avaliação, a forma mais democrática de mediação pedagógica. Os
conteúdos específicos são organizados de forma abrangente, possibilitando
trajetórias de aprendizado individual, com base nos interesses do educando.
Conforme a matriz curricular do curso para a EJA, a carga horária total
da disciplina de História para o Ensino Fundamental é de 160 horas, 192
horas/aula, distribuídas em 48 encontros de 4 horas. Para o Ensino Médio, 106
horas, 128 horas/aula, distribuídas em 32 encontros de 4 horas.
Desse modo, os conteúdos específicos elencados nesta proposta,
estão articulados a realidade sócio-histórica, vinculados ao mundo do trabalho,
à ciência, às novas TICs, focados na relação qualitativa do conhecimento,
viabilizando um processo integrador entre os diferentes saberes das diferentes
áreas/disciplinas, considerando o tempo/espaço, a cultura, como garantia do
respeito a diversidade de educandos atendidos nessa modalidade de ensino.
O essencial é desvincular a História da concepção tradicional do ensino
da mesma, a qual se limitava a apresentá-la como uma sucessão cronológica
de fatos estanques e a exigir dos alunos a memorização de nomes e datas.
Para tal, deve-se romper com uma forma de ensino em que aluno se
encontre numa posição passiva de aprendizagem, num circulo vicioso de
reprodução do conhecimento histórico fechado, restrito a uma relação de
causas e conseqüências, segundo a qual a História é tão somente o
conhecimento do passado.
Desta forma, os alunos deverão perceber o significado da História, e
superar a visão de que ela é composta de “peças” recortadas segundo critérios
geográficos ou cronológicos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, no
Ensino Fundamental, os conteúdos temáticos devem priorizar as histórias
locais e do Brasil, estabelecendo relações e comparações com a historia
mundial. Já para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos,
ou seja, os conteúdos terão como finalidade a discussão e a busca de um tema
previamente proposto.
Assim, para que o aluno compreenda como acontece à construção do
conhecimento histórico, o professor pode trabalhar por meio:
do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
da fundamentação do conteúdo;
da problematização do conteúdo,
essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas
produzidas pelos sujeitos.
O uso de fontes históricas nas aulas de História deve favorecer o
pensamento histórico e desenvolver a autonomia intelectual adequada,
que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de
uma consciência histórica.
AVALIAÇÃO
Ao avaliarmos é importante considerarmos o conhecimento prévio, o
potencial já consolidado do aluno e / ou em desenvolvimento, as hipóteses e os
domínios dos alunos e relacioná-las com as mudanças que ocorrem no
processo de ensino aprendizagem. Cabe ao professor identificar a evolução ou,
o desenvolvimento do educando a partir da construção do conhecimento e a
conseqüente apreensão de conteúdos. Noções, conceitos, procedimentos e
atitudes são conquistas dos estudantes que devem ser avaliadas de forma
contínua e cumulativa.
Buscar-se-á, através de uma avaliação transdisciplinar a análise como
um conjunto, um todo se privilegiando assim a formação do SER INTEGRAL.
A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador
(aqui entendido como o gerenciador da informação) avaliar o seu próprio
desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e outras
possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não
mais um ser passivo diante dos conteúdos, mas um agente (e por isso
construtor) do conhecimento.
Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e
instrumentos diversificados, cria condições para que os alunos preocupem-se
mais com a aplicação dos conhecimentos do que com a memorização.
Observa-se ainda a socialização, a participação, o interesse do educando e o
crescimento do mesmo na aquisição de conhecimentos associada a todas as
necessidades que ele apresente.
A avaliação buscará identificar as possíveis falhas no processo ensino-
aprendizagem, buscando saneá-las, sempre objetivando a criticidade no aluno,
a contextualização histórica, não apenas sendo utilizada para classificar o
aluno, mas para motivá-lo a buscar o seu crescimento como indivíduo que vive
em uma sociedade e que é fruto dela, podendo interferir nela, ou ao menos
conhecê-la melhor.
Ao longo do Ensino Fundamental serão observados os seguintes
aspectos:
- se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;
- se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das
diferentes dimensões e contextos históricos propostos ao nível de ensino
fundamental;
- se empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos;
- se compreendem a história como prática social, da qual participam como
sujeitos de seu tempo;
- se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural;
- se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no
método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais
o pesquisador produz a narrativa histórica;
- se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e
econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos,
- se compreendem que a produção do conhecimento histórico pode validar,
refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.
Ao longo do Ensino Médio serão considerados os seguintes aspectos:
- a apropriação de conceitos históricos;
- a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos
estruturantes);
- o aprendizado dos conteúdos específicos.
A avaliação diagnóstica, como recurso pedagógico, será realizada ao
ingresso do educando na referida disciplina, principalmente no que se refere ao
ingresso de aluno com aproveitamento de carga horária de outro
estabelecimento de ensino, ou para aqueles que não tem aproveitamento de
carga horária, tanto no atendimento individual quanto no coletivo.
As estratégias utilizadas serão:
A relação com a atualidade e conseqüente contextualização com as
outras áreas do conhecimento.
Apresentação de trabalhos;
Aulas dialogadas e ou expositivas;
Debates dirigidos;
Dramatizações;
Elaboração de relatórios;
Exercícios individuais e/ou em grupo.
Gráficos;
Gravuras;
Livros e Revistas entre outros.
Mapas
Pesquisas;
Vídeos;
REFERÊNCIAS
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