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PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino Fundamental e Médio RIO NEGRO 2010

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

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PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino Fundamental e Médio

RIO NEGRO 2010

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1 – OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

1.1 GERAL

DESENVOLVER o processo de formação humana, pautada na

mediação entre o educando, seus saberes, experiências acumuladas e o

conhecimento historicamente elaborado, agregando elementos e valores que

levem a emancipação e a afirmação cultural de jovens, adultos e idosos que

não puderam concluir a educação formal na idade própria.

1.2- ESPECÍFICOS

Garantir o acesso, a permanência e o sucesso no retorno à

escolarização básica;

Respeitar o tempo, os limites e as possibilidades de cada educando,

como forma de garantir sua permanência e sucesso;

Fornecer subsídios para que os alunos da EJA se tornem sujeitos mais

ativos, críticos, criativos e reconheça que a democracia é tanto uma

atitude ética perante a comunidade, quanto política;

Desenvolver metodologias que oportunizem ao educando o acesso aos

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

Levar o educando a compreender a dinamicidade das mudanças sociais

e consequentemente enfrentar problemas novos, construindo soluções

originais, agindo com responsabilidade individual e coletiva de forma

solidária;

Desmistificar entre os educandos e a comunidade escolar, a divisão

social e técnica do trabalho, entendida como extremos entre o trabalho

manual e intelectual, ou seja, conceitos opressores estabelecidos por

ideologias presentes nos modos de organização do sistema produtivo;

Superar da EJA, a cultura do “aligeiramento” da escolarização;

Buscar dar significado ao conhecimento escolar para os jovens, adultos

e idosos, tomando como ponto de partida a experiência dos alunos, ou

seja, o saber popular, originário na cultura vivida;

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Definir critérios para seleção dos conteúdos essenciais bem como,

desenvolver práticas educativas que tornem os conteúdos escolares

significativos, articulando as situações relacionadas na prática escolar

com a prática social.

2 PERFIL DO EDUCANDO

O educador da educação de jovens e Adultos é um sujeito que em

algum momento do seu processo de escolarização afastou-se da escola devido

a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais. É um sujeito que

necessita ser compreendido e para isso tornar-se necessário conhecer sua

história, sua cultura, seus costumes e suas experiências de vida, valorizando-

as.Para isso a EJA deve contemplar ações pedagógicas que levem em

consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não concluiu seus

estudos na idade própria.

Nessa perspectiva, CEEBJA de Rio Negro levantou dados, junto aos

educandos regularmente matriculados. A análise e sistematização da pesquisa

resultou na caracterização das especificidades elencadas a seguir:

Perfil dos educandos matriculados no Ensino Fundamental:

Entre os matriculados, 42% tem mais de 30 anos de idade e 36%

com idade entre 15 a 20 anos. Os adultos entre 21 a 30 anos somam

22%. Os dados demonstram que existe uma distinção entre a faixa

etária atendida entre jovens de 15 à 20 anos e os adultos de mais de 30

anos, estes são os maiores grupos presentes na escola. Dos alunos que

cursaram o ensino fundamental 53% são mulheres e 47% são homens.

A pesquisa aponta que a 5ªsérie do ensino fundamental, é o

período de escolarização que leva os alunos pararem de estudar, por

que simplesmente desistiram ou por que reprovaram nessa série

somando 46%. Na 6ª e 7ª série o numero também é relevante, sendo

18% e 20% respectivamente. Os demais abandonaram a escola no 1º

segmento do ensino fundamental na 8ª série. Outro dado relevante é

que 45% nunca reprovaram no ensino regular, mas 35% reprovaram

duas vezes e 20% reprovaram pelo menos uma vez.

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A maioria dos educandos que abandonaram os estudos porque

precisavam trabalhar na idade própria a escolarização, são mulheres e

somam 29% dos fatores de abandono 26% colocaram a dificuldade de

acompanhar as aulas, fazer os trabalhos ou outras avaliações

desenvolvidas pela escola, os outros 45% se dividem em outras razões:

porque não gostava ou acreditava que não estudar, casou ou teve filhos,

a maioria mulheres; ou porque tinha dificuldade de acesso a escola.

Dos alunos de ensino fundamental, 51% não estão trabalhando,

colocando como as maiores dificuldades de ingresso no mercado de

trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e os mais jovens

colocam ainda a falta de experiência. 2% possuem o próprio negócio e

47% trabalham, sendo que 43% destes trabalham na informalidade, e

matade deles reprovam na escola em média três vezes, sendo excluídos

da escola. Trabalham com carteira assinada, 57% dos educandos,

dentre eles, a maioria mulheres.

Dentre os fatores que levaram os alunos a retornarem seus

estudos na EJA 39% colocam que foi a maturidade e própria experiencia

que levou-o a compreender a necessidade de concluir os estudos, 35%

a exigência do mercado de trabalho 21% por incentivo da família e 5%

declarar que a forma de atendimento da modalidade. Daqueles que

colocaram a maturidade em primeiro lugar, 36% tem mais de 30anos e o

mesmo percentual são jovens de 15 a 20 anos.Comprovasse que tanto

os mais jovens, quanto os mais idosos, acreditam que a maturidade

levou-os a compreender que a conclusão da educação básica é

importante e necessária. Destes, 53% reprovaram na escola regular,

sendo a maioria na 5ª série. Outro fator sinalizado em 2º lugar, foi pela

exigência do mercado de trabalho. Neste contexto, fica claro que os

jovens e os adultos com mais de 30 anos encontraram maiores

dificuldades no mercado de trabalho pela falta de conclusão dos

estudos. Destes também a maioria parou na 5ª série do ensino

fundamental.

A pesquisa demonstra que 55% dos alunos do ensino

fundamental nunca se afastaram da EJA, com maior número de

matriculas entre 2008 2010. Dentre eles, 32%são jovens de 15 à 20

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anos e 41% com mais de 30 anos e 27% com idades intermediarias.

45% dizem já ter s afastado, a maioria com matriculas entre 2009 e

2010, também com mesmos números entre as distintas idades (15 a 21

anos e mais de 30). Justificaram o afastamento porque ingressaram no

mercado de trabalho e o horário não é compatível para poder continuar

estudando.

Quanto a forma de atendimento, 60% preferem a organização de

atendimento na forma coletiva 40% a organização individual.

Na opinião dos alunos do Ensino Fundamental, 56% acreditam

que a escola deve reorganizar os horários de entrada e saída dos

professores e alunos, 36% acham que devem ser relacionados aos

registros da carga horária de algumas disciplinas e 8% falam dos

materiais e apostilas para o acompanhamento dos conteúdos;

As estatísticas apuradas na secretaria da escola com o objetivo de

identificar o número real de alunos matriculados com freqüência ativa, os que

se afastaram e/ou os que concluíram seus estudos nos diferentes níveis de

ensino que a modalidade oferece, resultaram nos seguintes dados:

ENSINO FUNDAMENTAL/SEDE CEEBJA

335 Alunos matriculados em 2010

60% Sem aproveitamento de estudos

12% Com 25% de aproveitamento

16% Com 50% de aproveitamento

12% Com 75% de aproveitamento

42% Afastaram-se do CEEBJA

1% Concluíram este nível em 2010, sendo a maioria,

concluíram algumas disciplinas no EXAME SUPLETIVO

57,8% Alunos com freqüência

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ENSINO MÉDIO/SEDE CEEBJA

405 Alunos matriculados em 2010

74% Sem aproveitamento de estudos

19% Com 25% de aproveitamento

7% Com 50% de aproveitamento

44% Afastaram-se do CEEBJA

50% Alunos com freqüência

19% Concluíram pelo menos duas disciplinas no EXAME

SUPLETIVO

6% Concluíram a educação básica em 2010

ENSINO FUNDAMENTAL/APEDS – CEEBJA

66 Alunos matriculados em 2010

79% Matriculas ativas

21% Afastaram-se e retornaram em 2010

10% Afastaram-se do CEEBJA

ENSINO MÉDIO/APEDS – CEEBJA

64 Alunos matriculados em 2010

85% Matriculas ativas

9% Afastaram-se e retornaram em 2010

6% Afastaram-se do CEEBJA

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TOTAL DE MATRICULADOS EM 2010: 870 ALUNOS

TOTAL DE AFASTADOS EM 2010: 324 ALUNOS

TOTAL DE ALUNOS FREQUENTANDO: 546 ALUNOS

3 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta

de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a

seus estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes

oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses,

condições de vida e de trabalho, mediante ações didático pedagógicas

coletivas e/ou individuais. Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta

Educação de Jovens e Adultos –Presencial, que contempla o total de carga

horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e

Médio, com avaliação no processo. Os cursos são caracterizados por estudos

presenciais desenvolvidos de modo a viabilizar processos pedagógicos, tais

como:

1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,

fotografias,ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a

sistematização e socialização dos conhecimentos;

4. vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos

educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos

plano de estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá

disponibilizar o Guia de Estudos aos educandos, a fim de que este tenha

acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de

um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão

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de início e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a

integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o

encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-

educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada

educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que

têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um

cronograma preestabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores

que não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às

condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados

mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram

reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua

matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção.

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo

próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos

saberes já apropriados.

4 NÍVEL DE ENSINO

4.1 Ensino Fundamental – Fase I

A oferta de Ensino Fundamental – Fase I atende jovens, adultos e

idosos não alfabetizados e/ou aqueles que não concluíram as séries iniciais do

ensino fundamental, com o objetivo de continuidade dos estudos e conclusão

da educação básica. Ocorrerá somente, em situações específicas que sejam

de competência exclusiva do Estado, como para educandos em privação de

liberdade ou em locais onde não haja esta oferta, em caráter excepcional.

A mediação pedagógica ocorrerá de maneira interdisciplinar, não

havendo nenhuma separação entre alfabetização e outras possibilidades de

intermediação, que possam constituir barreiras ao desenvolvimento

educacional do educando. Este será matriculado ao mesmo tempo em todas as

áreas.

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4.2 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora

como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os

mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e

deles usufruírem. Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino

Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

4.2.3 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em

sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e

Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação Básica.

5 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com

necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos

da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o

acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando

a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez

que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,

desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por

razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a

legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos

educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes

de:

1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

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3. superdotação/altas habilidades. É importante destacar que “especiais”

devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática

pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e

participação de todos os alunos.

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando

para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos

apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de

deficiências mas, também, de condições socioculturais diversas e econômicas

desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles

normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que

a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com

eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,

mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada

um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

A história educacional brasileira, é marcada pela exclusão de todas as

formas, desde a sua introdução até nossos dias. Dentro do entendimento de

que o saber está intimamente atrelado ao ser e conseqüentemente ao ter, e

com a finalidade de manutenção do estatus quo, percebe-se, a

intencionalidade histórica e cultural, de pessoas atreladas ao poder, em não

dar a devida atenção às questões educacionais em nosso país, em especial ao

que diz respeito à escola pública. As políticas educacionais, estão sempre na

contra mão da história, não há um planejamento responsável e adequado, que

dê conta de atender as necessidades imediatas, muito menos de cuidar em

preencher o imenso vazio que anos e anos de negligência criou, inclusive se

tratando da exclusão dos educandos da EJA da educação em período regular.

Há, em nossos índices a vergonhosa marca de mais de 14 milhões de

analfabetos, na sua maioria, pessoas adultas que poderiam dar uma imensa

contribuição ao país, desde que tivessem tido ao longo do tempo, o direito à

inclusão escolar em idade/série adequada, o que os tornaria mais capazes e

preparados e fatalmente, esse conhecimento, os teria incluído em todos os

demais bens do País Outra forma de exclusão, sutil e permanente, é a má

aplicabilidade dos recursos da educação, condenando milhões de alunos a

uma educação sem qualidade, sem compromisso com o futuro real de crianças

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e adolescente. Há também, professores e escolas, cujas salas em

determinados momentos, se transformam em espaços e extrema exclusão, ou

por defasagem pedagógica, ou por atividades e/ou materiais que por si só,

excluem os que não sabem e/ou os que não têm e em conseqüência disso,

quando atingem idade mais avançada, procuram a modalidade EJA

Um Projeto Político Pedagógico elaborado dentro e no âmago de uma

escola pública, precisa, juntamente com toda a sua comunidade, fazer essa

leitura e levantar essas questões para poder fazer a justiça social necessária

no que tange a todas a formas de “exclusão” que permeiam o espaço escolar,

mesmo aqueles menos visíveis.

Entendemos portanto, a e procuramos operacionalisar a inclusão de

todos os alunos, não somente daqueles com necessidade educacionais

especiais físicas ou mentais, mas todo aluno diferente, com dificuldades de

aprendizagem, respeitando a cultura, o trabalho e otempo de cada

educando,com a intenção da promoção de uma “sociedade igualitária” a SEED,

com base no princípio constitucional que determina a “educação como direito

de todos”

A equipe pedagógica vem trabalhando com os professores a questão do

direito à inclusão e o quanto isso beneficia aos alunos de forma geral, pois o

aluno incluído não se sente discriminado e os outros percebem e valorizam o

que ele tem de melhor, desenvolvendo o espírito de solidariedade e

cooperação, respeitando as diferenças de fato, além de ser direito legal,

previsto na CF/88 e na LDB/96. Importante ressaltar que só teremos uma

sociedade de fato e de direito “inclusiva”, quando nossas escolas e nossas

salas de aula, não forem altamente seletivas e excludentes.

6 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas

descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a

grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de

escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica

e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios

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7 FREQUÊNCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de

100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino

Médio, sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75%

(setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por

cento), em sala de aula.

8 EXAMES SUPLETIVOS

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao

disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela

Secretaria de Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo

Departamento de Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação

de Jovens e Adultos.

9 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da

Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa sobre a

organização e a realização do trabalho pedagógico desta Instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, para o

cumprimento da função social e específica da escola, que é o de ser uma

instituição, na medida em que a concebemos como local de organização de

relações sociais entre indivíduos de diferentes segmentos, inclusive como

organizador da diversidade, por mais ampla que ela se apresente.

A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes

pressupostos:

a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;

b) A Escola deve garantir o acesso a permanência e o permanente

desenvolvimento de todos que ingressarem no Ensino Público;

c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes

níveis e modalidades são metas da escola pública;

d) A construção contínua e permanente da educação pública com

qualidade, está diretamente vinculada a um projeto de homem e de sociedade;

e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são

elementos indissociáveis num projeto democrático de escola pública;

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f) O trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é

organizado numa dimensão coletiva de forma a efetivar a gestão democrática da

Escola.

g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos

os sujeitos que constituem a comunidade escolar;

h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a

cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a intenção em todos os

aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho

escolar, no seu sentido mais amplo de trabalhar com e na diversidade.

O Conselho Escolar deste Estabelecimento de Ensino é constituído segundo as

disposições contidas na Deliberação nº 16/99 do Conselho Estadual de Educação e foi

homologado em 12 de julho de 2005, pelo Ato Administrativo nº 301/05 do Núcleo

Regional de Educação o qual aprova o Regimento Escolar desta Escola.

10 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação

e Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, como material de apoio. Além desse material,

os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros recursos

didáticos.

11 BIBLIOTECA ESCOLAR

A biblioteca possui um acervo de mais de 13.700 livros. É um espaço

pedagógico destinado aos alunos e professores o qual muitas vezes é utilizado

por pessoas da comunidade, como local de pesquisa e busca de informações.

Há um sistema de empréstimos de livros para os alunos, cujo controle se dá

através da “carteirinha do aluno leitor, a qual cada aluno possui a sua, e os

professores procuram incentivá-los para o hábito da leitura. Há ainda um bom

acervo destinado à formação continuada do professor e livros de todas as

disciplinas, todos bastante atuais. Mantém também assinaturas de revistas e

jornais para que todos tenham a oportunidade de atualização. Uma vez por

semana todas as turmas fazem aula de leitura lazer e empréstimo de livros na

Biblioteca. Como o espaço físico da Biblioteca é reduzido e, muitas vezes,

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ocupado simultaneamente por alunos do período contrário que vêm fazer

trabalhos de pesquisa, leitura ou jogos intelectivos.

12 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser

respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, as atividades

desenvolvidas no laboratório de informática contribuem para a formação do

educando e como orienta as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e

Adultos:

O tempo que um educando participa da EJA tem valor próprio e

significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter

enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que

na relação qualitativa com o conhecimento. Quanto aos conteúdos

específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada ao mundo do

trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.(DCE-EJA p 39)

Conforme normatização de uso dos laboratórios de informática nos

estabelecimentos estaduais de ensino público, a utilização desse ambiente

está direcionada a atividades pedagógicas, priorizando os professores em hora

atividade ou contraturno para pesquisas e produção de material pedagógico.

As atividades desenvolvidas com alunos são de responsabilidade do

professor proponente. O acesso dos alunos somente é permitido com o

acompanhamento do professor ou do responsável pelo setor e como finalidade

de aprendizagem, com destaque a pesquisa escolar, produção de atividades e

trabalhos escolares. O uso da internet restringe-se ao acesso de conteúdos

educacionais, informal ou institucional concernentes aos componentes

curriculares e assuntos relacionados à formação escolar.

Propõem-se como atividades a serem desenvolvidas, noções básicas

de utilização dos recursos disponíveis, pesquisas na rede, utilização de sites

educacionais que oferecem atividades online e outros materiais que contribuem

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para uma melhor assimilação dos conteúdos, aproximando-os do mundo real e

das necessidades do mercado de trabalho.

4.4 LABORATÓRIO DE QUÍMICA FÍSICA E BIOLOGIA

O Laboratório de Química Física e Biologia, é um espaço

pedagógico, destinado aos experimentos das disciplinas citadas, um espaço

onde o professor aplica a teoria de forma a desvelar a dicotomia entre teoria e

prática que existe na escola e em especial nessas disciplinas. Esse espaço,

necessita de novos e atualizados instrumentos e equipamentos que

possibilitem a pesquisa inicial e a aplicabilidade na área da física, química e da

biologia. Também não há nos quadros de apoio da escola, a figura do

assistente de execução ou técnico para atender esse espaço tão importante e

necessário ao desenvolvimento dos alunos e à melhoria da qualidade da

educação.

O laboratório quando bem implementado tem um papel muito

importante para o processo de ensino aprendizagem do aluno. A invenções

tecnológicas, os fenômenos que estão relacionados diretamente às

descobertas científicas básicas em física, química e biologia são vivenciadas

pelos alunos e possibilitam melhor compreensão da teoria, colocando em

prática o que foi aprendido em sala de aula. A cozinha, o pátio, os espaços

contextualizados aos conteúdos também podem ser denominados laboratórios

para aprendizagem de jovens e adultos.

O ensino experimental, como elemento do processo de

compreensão dos conceitos e fenômenos da ciência, aplicado a educação de

jovens e adultos, agregam, não apenas os conteúdos específicos da disciplina,

mas abrangem a dimensão social e cultural do conhecimento, despertando a

criatividade e a curiosidade do educando, para que esse torne-se um

investigador, ampliando sua visão e consiga através de ações práticas

encontrar soluções para os desafios de seu dia a dia.

O laboratório torna-se um elo entre o mundo da teoria e o da prática,

onde é possível atribuir significados e potencializar o conhecimento teórico

sendo imprescindível para a completa formação do conhecimento.

Page 16: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

(…) a realizar a atividade experimental, ressalta-se a importância da

contextualização do conteúdo específico de Ciências, bem como da

discussão da história da ciência, da divulgação científica e das

possíveis relações contextuais interdisciplinares e contextuais.

(Diretrizes de Ciências/EJA, p.120)

12 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o

reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar

o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da

diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de

ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de

construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se

uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma

sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como

direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade

educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e

objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura

geral, de modo a que os educandos venham a participar política e

produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso

político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. Tendo

em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os

educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do

trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a

dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo

soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização

metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e

sócio-históricos. Sendo assim, para a concretização de uma prática

administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é

necessário que o processo ensino aprendizagem, na Educação de Jovens e

Adultos seja coerente com:

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a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores

que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica

pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,

tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –

promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do

educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção

humana ao longo da história. A compreensão de que o educando da EJA

relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a

sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho pelo homem, significa contemplar, na

organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida

humana. É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização

dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,

considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características. E ainda,

conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e

Adultos no Estado do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos,

bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de

reinserção nos processos educativos formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar

um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de

informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do

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trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da

atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os

saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como

instrumentos de transformação de sua realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,

que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os

conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o

educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes

saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do

conhecimento. Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante

incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico

que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são

atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-

culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio

de formação e aprendizagem;

- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos

próprios educandos;

- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese

entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na

referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao

exercício da cidadania e do trabalho;

- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos,

criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos,

não refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação

desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta,

dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com

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necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta

pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

13 INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível

do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos

que nãotiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.

14 MATRIZ CURRICULAR

14.1 Ensino Fundamental – Fase I

14.2 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Centro de Educação de Jovens e Adultos de Rio Negro

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: NRE: AM/SUL

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272

ARTES 54 64

LEM - INGLES 160 192

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272

CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192

GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO 10 12

Total de Horas Total de horas/aula

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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14.3 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Centro de Educação de Jovens e Adultos de Rio Negro

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: NRE: AM/SUL

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA

E LITERATURA

174 208

ARTES 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

LEM - INGLES 106 128

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 160 192

Total de Horas Total de horas/aula

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

15 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma

modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo

compreende a escola como espaço sociocultural que propicia a valorização dos

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diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como

sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido, ainda,

como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado

à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de

mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma

que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma

dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às

suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo

estruturador do conteúdo do ensino. Nesse enfoque, a organização do trabalho

pedagógico na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de

diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de uma

seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos

historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como

modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos

curriculares previstos por essas diretrizes. No entanto, cabe ressaltar que a

organização metodológica das práticas pedagógicas, dessa modalidade deve

considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de

Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular

tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à

transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações

etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente

ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação

Básica.

16 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

16.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual

se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,

diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em

função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da

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aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza

uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá

orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os

seguintes princípios:

· investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter

informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

· contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

· sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do

educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

· abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no

tempo-escola do educando;

· permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos

conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do

trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão

desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada

disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro)

horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-

aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem

ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a

avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as

transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao

reingresso na educação formal, como durante o atual processo de

escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados,

tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários,

experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais,

atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o

grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos. É

vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

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oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado

pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus

avanços e necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a

prática pedagógica.

16.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

a) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados,

sempre com finalidade educativa;

b) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas)

a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais

escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o

processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na

presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina

de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do processo

ensinoaprendizagem não terão registro de nota para fins de promoção e

certificação.

c) a avaliação será realizada no processo de ensino e

aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a

10,0 (dez vírgula zero). Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima

exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a

Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva

e 100% (cem por cento) na organização individual;

d) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula

zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à

recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como

acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

e) para os educandos que cursarem 100% da carga horária da

disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula

zero);

f) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser

registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a

regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;

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g) o educando portador de necessidades educativas especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

16.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como

hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da

aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a

apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,

independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim,

principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

16.4 Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com

êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no

Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de

matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos.

16.5 Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino

utilizará o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no

Regimento Escolar.

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17 REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período

noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com

a demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa

autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de

Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão

registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná. O Relatório Final para registro de conclusão do Curso,

será emitido pelo estabelecimento de ensino a partir da conclusão das

disciplinas constantes na matriz curricular. Este Estabelecimento Escolar

poderá executar ações pedagógicas descentralizadas para atendimento de

demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de Educação

e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a

oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por

exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades

indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em comunidades

de difícil acesso, dentre outros.

17.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento

no Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental –

Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em

concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres

n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e

Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº

01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.

17.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com

as seguintes ofertas :

a) organização coletiva para o Ensino Fundamental – Fase I, nas Áreas do

Conhecimento;

b) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e

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Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para

matrícula na organização coletiva

17.2.1 Ensino Fundamental – Fase I e II e Ensino Médio

No Ensino Fundamental – Fase I, Fase II e Ensino Médio considerar-se-

á, a oferta de 100% da carga horária total estabelecida.

17.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e

Adultos:

a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

b) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela

mantenedora;

c) o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,

concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;

d) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio,

poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

e) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas

com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames

supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à

conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de

comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;

f) para os educandos que não participaram do processo de

escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de

escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus

conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento

Escolar;

g) será considerado desistente, na disciplina, o educando que se

ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu

retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,

aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos, desde

que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da

matrícula inicial;

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h) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de

matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na

disciplina, podendo participar do processo de reclassificação.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o

educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a

organização dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários,

calendário, regimento escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas,

que os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as

orientações metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os

seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:

· a organização dos cursos;

· o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário,

regimento escolar;

· a dinâmica de atendimento ao educando;

· a duração e a carga horária das disciplinas;

· os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

· o material de apoio didático;

· as sugestões bibliográficas para consulta;

· a avaliação;

· outras informações necessárias.

17.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um

dos recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede

Pública do Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

17 AVALIAÇÃO

a) avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

b) as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e

também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de

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ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do

professor, conforme descrito no regimento escolar;

d) a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

e) para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis

vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 –

SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga

horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na

organização individual;

f) o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada

registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao

processo de apropriação dos conhecimentos;

g) a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das

avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0

(seis vírgula zero);

h) os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

i) o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado

não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.

17.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como

hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da

aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará

concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, considerando a

apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,

independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando. Assim,

principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição

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dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

17.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E

RECLASSIFICAÇÃO

Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e

reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o

disposto na legislação vigente.

17.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que

oferta a Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do

Paraná, do Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações

pedagógicas descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da

SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional,

desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25

de setembro de 2008.

18 - RECURSOS HUMANOS

18.1 Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio

pedagógico neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de

Jovens e Adultos, exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da

fundamentação teórica e da função social da EJA, do perfil de seus educandos

jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de

EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à Educação

e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

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18.1.1 Direção

A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos

no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Compete ao

Diretor:

cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da

posse;

coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

Político-Pedagógico do Colégio, construído coletivamente e aprovado

pelo Conselho Escolar;

coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

implementar a proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

coordenar a elaboração do Plano de Ação do Estabelecimento de

Ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho

Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a

devida aprovação;

garantir o fluxo de informações no Estabelecimento de Ensino e deste,

com os órgãos da administração estadual;

encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

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ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho

Escolar;

deferir os requerimentos de matrícula;

elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de

acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação,

submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo

Regional de Educação para homologação;

acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente

e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de

conteúdo aos discentes, bem como da efetivação dos planos de ação

docente, (semestral), e suas possíveis implementações;

assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico-administrativa no âmbito escolar, garantindo a formação

continuada de todos os profissionais do Colégio.

propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

participar e analisar da/a elaboração dos Regulamentos Internos e

encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,

quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente

relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional,

com vistas a uma alimentação saudável voltada para a

educação/reeducação alimentar;

presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

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equipe auxiliar operacional;

articular processos de integração do Colégio com a comunidade;

solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de

demanda de funcionários e professores do Estabelecimento, observando

as instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de

Valorização dos Trabalhadores em Educação Pró funcionário, no

horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da

carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme

orientação da Secretaria de Estado de Educação, contida no Plano de

Curso;

participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de

Ensino, juntamente com a comunidade escolar, observando a linha

filosófica e pedagógica do Projeto Político-Pedagógico do Colégio;

cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância

sanitária e epidemiológica;

viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas – CELEM, Projeto Escola Viva e outros;

disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e

Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação

Especial;

assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

Estabelecimento de Ensino;

zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade

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escolar;

assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

assegurar o cumprimento do sistema de avaliação e a oferta da

recuperação paralela a todos os alunos que apresentarem baixo

rendimento.

cumprir e fazer cumprir o disposto neste Regimento Escolar.

18.1.2 Professor Pedagogo

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação, no Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Curriculares

definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em

consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria

de Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por professores

graduados em Pedagogia para:

coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino;

orientar a comunidade escolar na construção de um processo

pedagógico, que extrapole o espaço escolar, evidenciando a sua

perspectiva democrática;

participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho

pedagógico escolar, no sentido de realizar efetivamente, a função social

e a especificidade da educação escolar;

coordenar a construção coletiva e a efetivação das Propostas

Pedagógicas Curriculares, por disciplina, do Estabelecimento de

Ensino, a partir das políticas educacionais emanadas da Secretaria de

Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Estaduais e

Nacionais;

orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do Estabelecimento de Ensino, zelando para

que ele atenda cada série e cada turma, nas suas especificidades;

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promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de

ensino para todos;

participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do Estabelecimento de Ensino, que tenham como

finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico

escolar, como forma de garantir maior qualidade de educação para

todos;

organizar, junto à direção do Colégio, a realização dos Pré-Conselhos,

dos Conselhos de Classe e dos Pós-Conselhos, de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico

desenvolvido no Estabelecimento de Ensino;

coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe, inclusive

as que requeiram a recuperação paralela e/ou as de recuperação de

estudos;

subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores do Estabelecimento de Ensino, promovendo estudos

sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

organizar a hora-atividade dos professores do Estabelecimento de

Ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo

trabalho pedagógico;

proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a desencadear ações capazes de

promover a aprendizagem de todos os alunos, bem como garantir a

efetiva qualidade da educação;

coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

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participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões

acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros

e demais materiais pedagógicos no Estabelecimento de Ensino,

fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC

– FNDE, SEED e outros que houverem;

coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e

seleção de materiais, equipamentos e/ou livros ou outros de uso

didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do

Estabelecimento de Ensino;

participar da organização pedagógica da biblioteca do Estabelecimento

de Ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,

fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física Biologia e de Informática e outros que houverem no

estabelecimento de ensino;

propiciar, de forma democrática, o desenvolvimento da

representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos

momentos e Órgãos Colegiados da escola;

coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

colaborar com a direção na distribuição das aulas aos docentes do

estabelecimento de ensino, conforme orientações emanadas da

Secretaria de Estado da Educação;

coordenar, junto à direção do estabelecimento de ensino, o processo de

distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-

pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às

atividades a serem desenvolvidas no Estabelecimento de Ensino;

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promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do Estabelecimento de Ensino;

acompanhar o processo de avaliação institucional do Estabelecimento

de Ensino;

participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços

pedagógicos como: biblioteca, laboratórios de informática, física,

química, biologia, e outros;

orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos

didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos

de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e

adaptação, conforme legislação em vigor;

organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de

dias letivos, horas aulas/horas atividades e conteúdos aos discentes,

registrando e arquivando os devidos planejamentos e atividades que

comprovem a reposição;

orientar, acompanhar e visitar, periodicamente, os Livros Registro de

Classe;

organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do Estabelecimento de Ensino;

XXXIII. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, quando necessário, afim de

identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no

Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de

aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios

especializados da Educação Especial, se necessário;

acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos,

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realizando contato com a família, com o intuito de promover ações para

o seu desenvolvimento integral;

XXXVI. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as

famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando

necessário;

XXXVII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente,

sempre que houver necessidade de encaminhamentos;

XXXVIII. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos

com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos,

adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão No Colégio,

em qualquer nível, quando necessário;

manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados

de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio

de informações e trocas de experiências, visando à articulação do

trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

18.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas –

Coordenação Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de

Exames Supletivos, têm como finalidade a execução dessas ações pelo

Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e regulamentadas pela

mantenedora. Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas

Descentralizadas:

Coordenador Geral

- Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

- Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo

NRE.

- Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da

Ação.

- Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da

direção dovEstabelecimento.

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- Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações

Pedagógicas Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

- Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas

no Sistema.

- Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

- Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.

- Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações

Pedagógicas Descentralizadas.

- Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

- Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas,

garantindo o atendimento aos educandos de todas as turmas.

- Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem

executadas durante as horas-atividade dos professores.

- Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o

intercâmbio de experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-

aprendizagem.

- Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em

comunidades que necessitam de escolarização.

- Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

- Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao

NRE, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da

escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua

coordenação;

Coordenador Itinerante

- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

- Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos

educandos.

- Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

- Observar e registrar a presença dos professores.

- Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

- Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

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- Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos

educandos.

- Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.

- Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à

Coordenação Geral qualquer problema neste procedimento.

- Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a

matrícula.

- Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de

todas as turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua

responsabilidade.

- Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade,

juntamente com os professores;

Coordenador de Exames Supletivos

- Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames

Supletivos;

- Tomar conhecimento do edital de exames.

- Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas

no edital.

- Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os

exames possam ser executados.

- Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

- Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por

meio da emissão de Relatório de Inscritos.

- Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando

necessário, para execução dos exames.

- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as

provas em Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o

caso.

- Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas

especiais.

- Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para

realização dos Exames.

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- Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

- Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a

realização dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos,

em especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

- Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com

segurança e tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes

aos Exames.

- Divulgar as atas de resultado.

- Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On

Line.

18.1.4 Docentes

Aos docentes cabe também:

- Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações

das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta

pedagógica deste Estabelecimento Escolar.

- Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

- Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-

pedagógicos disponíveis, tornando-os meios para implementar uma

metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento

de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na

sede e nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames

supletivos. Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas

presenciais coletivas e individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que

atuam nas áreas da secretaria, Administrativa biblioteca e laboratório de

Informática do Estabelecimento de Ensino.

Compete ao Secretário Escolar:

I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de

Ensino;

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II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, que regem o

registro escolar do aluno e a vida legal do Estabelecimento de

Ensino;

III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos

demais técnicos administrativos;

IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação,

resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e

demais documentos;

VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência e conclusão de curso;

VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que

devem ser assinados;

IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar

o inativo, de forma a permitirem qualquer época, a verificação da

identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da

autenticidade dos documentos escolares;

X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação

escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da

vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência,

prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e

a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino,

conforme disposições do Regimento Escolar;

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XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e

equipamentos da secretaria;

XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro

Registro de Classe com os resultados da freqüência e do

aproveitamento escolar dos alunos;

XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno

referente à documentação comprobatória, de adaptação,

aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,

reclassificação e regularização de vida escolar;

XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários,

encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em

formulário próprio;

XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e todas as reuniões, redigindo

as respectivas Atas;

XIX. conferir, registrar e/ou patrimonial materiais e equipamentos

recebidos;

XX. comunicar, imediatamente à direção, toda irregularidade que

venha ocorrer na secretaria da escola;

XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,

visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino

extracurricular e plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna,

Atividades Complementares no Contra turno – ( Projetos Viva

Escola), quando ofertados no estabelecimento de ensino;

XXIII. auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados

os dados no Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros

Didáticos;

XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria

escolar, quando solicitado;

Page 43: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos

da comunidade escolar;

XXVIII. participar das atribuições decorrentes deste Regimento

Escolar e exercer as que são específicas à sua função, cumprindo

o que está nele determinado.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

Estabelecimentos de Ensino, sob a coordenação do secretário:

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro Escolar do aluno referente à

documentação comprobatória, necessidades de adaptação,

aproveitamento de estudos, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando

informações e orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente

estabelecida;

IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,

visando ao aprimoramento profissional de sua função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando

informações sobre os mesmos a quem de direito;

VI. organizar, em colaboração com o secretário escolar, os serviços

do seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha

Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e

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outros, garantindo sua idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o

arquivo inativo do Colégio;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,

registrando a movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e

patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar,

alimentando e atualizando o sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação e

outros necessários ao bom funcionamento do setor;

XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos

da comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar

e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo que atua na Biblioteca Escolar,

indicado pela direção do estabelecimento de ensino.

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,

assegurando organização e funcionamento;

II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o

empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;

III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura e outros,

previstos na Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento

de ensino;

IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos,

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DVDs, entre outros;

V. encaminhar à direção do estabelecimento de ensino, sugestão de

atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos

usuários;

VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

VII. registrar o acervo bibliográfico, e dar baixa, sempre que

necessário;

VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e

equipamentos da biblioteca;

IX. organizar, acompanhar e orientar o manuseio de computadores e

rede de Internet pelos educandos, no âmbito da biblioteca

escolar;

X. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais,

zelando pela sua conservação e promovendo a sua manutenção;

XI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,

visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XII. auxiliar na distribuição, utilização e recolhimento do livro didático;

XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos

da comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar

e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no

laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de

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Informática assessorando na sua organização e funcionamento;

II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de

manuseio dos materiais e equipamentos de informática;

III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e

materiais necessários para a realização de atividades práticas de

ensino no laboratório;

IV. assistir/assessorar aos professores e alunos durante a aula de

Informática no laboratório;

V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,

visando ao aprimoramento profissional de sua função;

VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e

equipamentos do laboratório de Informática;

VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, alunos, pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar

e aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química,

Física e Biologia do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de

Química, Física e Biologia;

II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com

o corpo docente e discente, normas de segurança para o

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manuseio de materiais e equipamentos;

III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos

para a realização de atividades práticas de ensino;

IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e

equipamentos do laboratório de química, física e biologia;

V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e

equipamentos do laboratório;

VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do

laboratório;

VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e

equipamentos de uso do laboratório, assim como, pela

preservação dos materiais de consumo;

VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado,

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção,

visando ao aprimoramento profissional de sua função;

IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade,

incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório;

X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas,

equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de

consumo de uso do laboratório;

XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos

da comunidade escolar;

XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e

exercer as específicas da sua função.

Page 48: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

19 – BIBLIOGRAFIA

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- Deliberação 011/99 – CEE.

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

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- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

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Decreto 2494/98 da Presidência da República.

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SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a

nova LDBEN.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender

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Page 50: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Proposta Pedagógica Curricular da Língua Portuguesa

1.Apresentação da Disciplina:

O objeto de estudo da Língua Portuguesa é a língua como possibilidade

de desenvolver as competências necessárias para a aprendizagem dos

conteúdos escolares, bem como a possibilidade de aumentar a consciência do

ser enquanto indivíduo em relação ao estar no mundo, ampliando a sua

capacidade de participação social, no exercício da cidadania.

Através do uso da língua é possível dominar o discurso nas diversas

situações de comunicação, para entender a lógica de organização que rege a

sociedade, bem como interpretar as sutilezas de seu funcionamento.

Perante a Constituição Federal todos os cidadãos têm os mesmos

direitos, no entanto há controvérsias entre o que a lei determina e a realidade

vivida pelo sujeito na sociedade.

No Brasil, o processo do ensino formal iniciou-se a partir da educação

imposta pelos jesuítas, que era voltada para a elite colonial e ao mesmo tempo

propunha “alfabetizar” como meio de catequizar os índios, elucidando a

linguagem como modo de pensar, sendo esta uma concepção filosófica

intelectualista, sendo que o latim foi a base para as primeiras práticas

pedagógicas. A escola mantida pelos jesuítas limitava-se ao ensino da leitura e

da escrita.

No período colonial a interação entre colonizados e colonizadores

resultou na constituição da Língua Geral (Tupi Guarani), utilizada em um

primeiro momento pelos portugueses, visando a dominação da nova terra. A

partir do século XVIII, novos propósitos colonialistas de Portugal unificaram e

padronizaram a língua.

Na tentativa de reverter este quadro em 1758 surge a Língua

Portuguesa como língua oficial do Brasil, pelo decreto do Marquês de Pombal.

Todo esse movimento de transição da hegemonia da Língua Portuguesa no

Page 51: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

território brasileiro foi construído historicamente em um processo de construção

social ( BAGNO,2003, P.74).

A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos da escola brasileira

somente a partir das últimas décadas do século XIX, pois até 1.869 eram as

disciplinas clássicas, sobretudo o latim, que eram privilegiadas no currículo,

sendo que o ensino de Português era de pouca relevância.

Após a república, a industrialização influenciou a nova estrutura

curricular tendo como causa a formação profissional e as áreas humanísticas

não eram consideradas prioritárias. Isso fortaleceu o caráter utilitário da

educação e foi necessário rever o acesso dos indivíduos à escola, visando

atender as necessidades da industrialização.

Neste momento a educação deixou de ser elitista e se abriu para uma

câmada maior da população. Nesse contexto social se multiplicaram as escolas

públicas e a educação passou a ser hierarquizada e seletiva. Nesse momento,

por um decreto imperial, foi tirada a Retórica dos currículos escolares

assegurando o domínio da linguagem para as classes dominantes.

Dois fatos históricos, a Independência do Brasil e a Proclamação da

República, propiciaram o ensino da Literatura, contribuindo para aproximar a

Língua escrita do falar cotidiano, valorizado pelo Movimento do Romantismo.

Os Modernistas defendiam o rompimento das tradições européias,

privilegiando o nacionalismo, a valorização da cultura nacional.

Com a expansão da escolarização surgiu a necessidade de rever as

Propostas Pedagógicas do Ensino da Língua Portuguesa o que culminou com

a consolidação da Ditadura Militar, fortalecendo a concepção tecnicista de

educação baseada em exercícios de memorização, impondo uma formação

crítica e passiva.

A Lei 5692 voltou-se para a educação para o trabalho, pautando-se na

concepção de linguagem como meio de comunicação. Esse tipo de educação

privilegiava as classes letradas e afastava os alunos de classes menos

Page 52: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

favorecidas e a disciplina de Língua Portuguesa passou a denominar-se

Comunicação e Expressão.

Com o rompimento do Regime Militar e a abertura política fortaleceu a

Pedagogia Histórico Crítica, que via o uso da língua como o ponto de partida e

chegada.

As novas Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa requerem um

novo posicionamento com relação às práticas de ensino. A DCE dá ênfase ao

ensino da língua viva, dialógica, em constante movimentação,

permanentemente reflexiva e produtiva, tendo como ponto central do trabalho

pedagógico a adoção das práticas de linguagem.

Nesse contexto social, a tarefa da escola é possibilitar a participação dos

alunos que utilizem a leitura, escrita e oralidade para inseri-los nas diferentes

esferas da sociedade letrada com inúmeros conflitos sociais, religiosos, raciais

e políticos de forma ativa, marcando a sua presença no contexto em que está

inserido.

2. Objetivos Gerais da Disciplina:

Utilizar a língua oral em diversas situações de uso, saber adequá-

la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções

implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de

um posicionamento diante deles;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por

meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus

objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando

que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade

de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a

expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar

acesso às ferramentas de expressão e compreensão de

Page 53: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para

adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

3. Conteúdos

Tomando como base as Diretrizes Curriculares Estaduais para a

Educação de Jovens e Adultos temos os eixos cultura, trabalho e tempo

como articuladores da ação pedagógica curricular e desta Proposta

Pedagógica Curricular.

O eixo principal é a cultura que norteará a ação pedagógica. Dela

emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. É

necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, socializando e

sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar,

estabelecendo relações a partir do conhecimento que a mesma tem, para a

construção e/ou ampliação de seus saberes.

O trabalho é outro eixo articulador e como o educando da EJA se

relaciona com o mundo do trabalho e por meio dele busca melhorar sua

qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade, há a

necessidade de contemplar na disciplina discussões relevantes sobre a função

do trabalho e suas relações com a produção de saberes.

Um terceiro eixo é o tempo que consiste em valorizar os diferentes

tempos necessários à aprendizagem do educando da EJA. Devem ser

considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

Por isso, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa na EJA é o

mesmo do ensino regular, nos níveis Fundamental e Médio, porém, com

encaminhamento metodológico diferenciado, considerando as especificidades

dos educandos da EJA. É possível tratar do mesmo conteúdo de formas e em

tempos diferenciados, tendo em vista as trajetórias e experiências de vida dos

educandos da EJA.

Page 54: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Dentro dos conteúdos básicos de Língua Portuguesa serão abordados,

também, a História e Cultura Afro Brasileira e Africana (Lei n 10.639/03),

História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana (Lei n 11.645/08), Política

Nacional de Educação Ambiental (Lei n 9795/99), História do Paraná (Lei n

13.381/01), Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Lei n11.343/06) e

Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST (Lei n 11.733/97 e 11.734/97).

Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura , o Conteúdo Estruturante

é o Discurso como prática social. A partir dele, apresentam-se os conteúdos

básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.

Discurso, aqui, é entendido como resultado da interação - oral ou escrita

- entre sujeitos. É toda a atividade comunicativa entre interlocutores.

O conteúdo básico é composto pelos gêneros discursivos que se

desenvolvem pelas práticas de leitura, oralidade, escrita e da análise

lingüística.

A tabela sugerida de gêneros contempla uma variedade de esferas

sociais, buscando atender a diferentes realidades. No entanto, cabe ao

professor selecionar os gêneros a serem trabalhados, não se prendendo à

quantidade, mas sim, preocupando-se com a qualidade do processo, com a

compreensão do uso do gênero e da sua esfera de circulação.

Os gêneros precisam ser retomados nas diferentes séries com níveis

maiores de complexidade, tendo em vista que a diferença significativa entre as

séries está no grau de aprofundamento e da abordagem metodológica.

LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

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Gêneros Discursivos Práticas Discursivas Conteúdos Específicos

Para o trabalho das

práticas discursivas de

leitura, escrita, oralidade

e análise linguística

serão selecionados

gêneros discursivos,

presentes no cotidiano

do jovem, adulto e

idoso, conforme as

esferas sociais de

circulação sugeridas

pelas Diretrizes

Curriculares da

Educação Básica.

Anedotas, causos,

provérbios, quadrinhas,

trava-línguas, contos,

crônicas de ficção e

jornalística, fábulas,

poemas e Haicai,

histórias em quadrinhos,

lendas, narrativas, letras

de música, paródias,

romances, charge,

sinopses de filmes, tiras.

Gêneros Discursivos:

Leitura:

Tema do texto;

Interlocutor;;

Finalidade;

Argumentos do

texto;

Contexto de

produção;

Intertextualidade;

Informações

explícitas e

implícitas;

Vozes sociais

presentes no texto;

Discurso ideológico

presente no texto;

Partículas conectivas

do texto;

Progressão

referencial no texto;

Repetição proposital

de palavras;

Léxico;

Ambigüidade;

Relação de causa e

consequência entre

as partes e

elementos do texto;

Discurso direto e

Leitura

Tema do texto;

interlocutores;

finalidade; idéia

principal;

informações

explícitas e

implícitas no

texto; ambiente

no qual circula o

gênero,

analisando as

intenções do

autor, as vozes

sociais e os

discursos

ideológicos

presentes no

texto.

Intertextualidade

relacionando o

tema com o

contexto dos

alunos da EJA,

como

possibilidade de

diferentes

sentidos e com

outros textos,

utilizando textos

Page 56: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Bilhetes, carta

pessoal, convite,

comunicados,

Curriculum Vitae, carta

de emprego, reclamação

e solicitação, ofício,

procuração,

requerimento, e-mail,

blog, autobiografia.

Anúncio de emprego,

classificados, entrevista

oral e escrita,

manchetes, notícia,

reportagens, anúncio

publicitário, cartazes,

comerciais de TV, folder,

slogan, homepage,

placas,

rótulos/embalagens.

Relatos históricos e

de experiências

científicas, resenhas,

resumos, textos

argumentativos,

verbetes de dicionário,

mapas.

indireto;

Elementos

composicionais do

gênero;

Marcas lingüísticas:

coesão,coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como

aspas, travessão

negrito);

Semântica:

- figuras de linguagem;

- ambigüidade;

- expressões que denotam

ironia e humor no texto.

verbais que se

relacionam com

não-verbais

(gráficos, fotos,

imagens, mapas,

entre outros.

Socialização dos

conhecimentos

de mundo que o

aluno da EJA

tem sobre o

texto.

Identificação e

reflexão sobre as

particularidades

(lexicais,

sintáticas e

textual) do texto

em registro

formal e do texto

em registro

informal.

Percepção dos

recursos

linguísticos

utilizados pelo

autor para

determinar causa

e consequência

entre as partes e

elementos do

texto, as

partículas

Page 57: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Receitas, bulas,

manual técnico, regras

de jogo, estatutos, leis,

regulamentos.

Fotos, músicas,

exposição oral, diálogo,

vídeo clip, vídeo

conferência, mesa

redonda, desenho

animado.

Escrita:

Contexto de

produção;

conectivas.

Identificação e

reflexão dos

sentidos de

palavras e/ou

expressões

figuradas e

expressões que

denotam ironia e

humor no texto.

Percepção da

progressão

referencial do

texto.

Discursos direto,

indireto e indireto

livre na

manifestação

das vozes que

falam no texto.

Escrita

Ampliação de

leituras sobre o

tema e o gênero

proposto para a

escrita .

Planejamento da

produção de

texto

observando:

delimitação do

Page 58: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Intertextualidade;

Vozes sociais

presentes no texto;

Relação de causa e

consequência entre

as partes;

Elementos do texto;

Discurso direto e

indireto;

Elementos

composicionais do

gênero;

Divisão do texto em

parágrafos;

Marcas lingüísticas:

coesão,coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos;

Processo de

formação das

palavras;

Vícios de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância

verbal/nominal;

Regência verbal e

tema,

interlocutor,

gênero, a

finalidade, as

intenções, da

situação de

produção e

comunicação, o

contexto de uso

da linguagem

formal/informal e

da organização

das ideias.

Uso do discurso

direto e indireto e

demais aspectos

estruturais para

o gênero

propostos para a

escrita.

Uso adequado

dos aspectos

normativos da

língua:

ortografia,

concordância

verbal/nominal,

sujeito,

predicado,

complemento,

regência, vícios

de linguagem,

coesão,

Page 59: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

nominal;

Papel sintático e

estilístico dos

pronomes na

organização,

retomadas e

sequenciação do

texto;

Partículas conectivas

do texto;

Progressão

referencial no texto;

Semântica

- operadores

argumentativos;

- ambigüidade;

- significado das palavras;

- sentido figurado;

- modalizadores;

- polissemia;

- expressões que denotam

ironia e humor no texto;

Oralidade:

Tema do texto;

Finalidade;

coerência,

classes

gramaticais,

recursos

gráficos,

pontuação.

Oralidade

O trabalho com os

gêneros orais têm como

Page 60: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Argumentos;

Papel do locutor e

interlocutor;

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos;

Adequação do

discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações

linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição,

recursos semânticos;

Semântica;

Adequação da fala

ao contexto (uso de

conectivos, gírias,

repetições, etc.);

Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e

escrito.

objetivo o

aprimoramento

linguístico e o nível de

argumentação. Dar-se-

á a partir da reflexão

da própria fala dos

alunos da EJA quanto

a fala de seus

interlocutores.

Adequação da

linguagem ao

contexto de uso.

Tema do texto

oral.

Elementos

composicionais,

informais,

formais e

estruturais dos

diversos gêneros

usados nas

diferentes

esferas sociais.

Unidade de

sentido do texto

oral e os

argumentos

utilizados.

O papel do

locutor e do

interlocutor na

prática da

oralidade.

Page 61: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Adequação do

discurso ao

interlocutor,

observando a

relação entre os

participantes,

dependendo do

gênero e

contexto.

Os

procedimentos e

as marcas

linguísticas

típicas da

conversação,

entre outros

discursos orais.

As diferenças lexicais,

sintáticas e discursivas

que caracterizam a fala

formal e informal.

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : Discurso enquanto prática social

Page 62: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Gêneros Discursivos Práticas Discursivas Conteúdos Específicos

Para o trabalho

das práticas

discursivas de

leitura, escrita,

oralidade e análise

lingüística, serão

selecionados

gêneros discursivos,

presentes no

cotidiano do jovem,

adulto e idoso,

conforme as esferas

sociais de circulação

sugeridas pelas

Diretrizes

Curriculares da

Educação Básica.

Anedotas,

causos, provérbios,

quadrinhas,

trava-línguas, contos,

crônicas de ficção e

jornalística, fábulas,

poemas e Haicai,

histórias em

quadrinhos, lendas,

narrativas, letras de

música, paródias,

Gêneros Discursivos:

Leitura:

Conteúdo Temático;

Interlocutor

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumentos do

texto;

Contexto de

produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais

presentes no texto;

Discurso ideológico

presente no texto;

Elementos

composicionais do

gênero;

Contexto de

produção da obra

literária;

Marcas Lingüísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos

como aspas,

travessão, negrito.

Progressão

Leitura

Tema do texto;

interlocutores;

finalidade; idéia

principal;

informações

explícitas e

implícitas no texto;

ambiente no qual

circula o gênero,

analisando as

intenções do autor,

as vozes sociais e

os discursos

ideológicos

presentes no texto.

Intertextualidade

relacionando o

tema com o

contexto dos alunos

da EJA, como

possibilidade de

diferentes sentidos

e com outros

textos, utilizando

textos verbais que

se relacionam com

não-verbais

(gráficos, fotos,

imagens, mapas,

entre outros).

Page 63: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

romances, charge,

sinopses de filmes,

tiras.

Bilhetes, carta

pessoal, convite,

comunicados,

Curriculum Vitae,

carta de emprego,

reclamação e

solicitação, ofício,

procuração,

requerimento, e-mail,

blog, autobiografia.

Anúncio de

emprego,

classificados,

entrevista oral e

escrita, manchetes,

notícia, reportagens,

anúncio publicitário,

cartazes, comerciais

de TV, folder, slogan,

homepage, placas,

rótulos/embalagens.

referencial

Partículas

conectivas do texto;

Relação de causa e

conseqüência entre

partes e elementos

do texto;

Semântica:

operadores

argumentativos,

modalizadores e

figuras de

linguagem.

Socialização dos

conhecimentos de

mundo que o aluno

da EJA tem sobre o

texto.

Identificação e

reflexão sobre as

particularidades

(lexicais, sintáticas

e textual) do texto

em registro formal e

do texto em registro

informal.

Percepção dos

recursos

linguísticos

utilizados pelo autor

para determinar

causa e

consequência entre

as partes e

elementos do texto,

as partículas

conectivas.

Identificação e

reflexão dos

sentidos de

palavras e/ou

expressões

figuradas e

expressões que

denotam ironia e

humor no texto.

Page 64: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Relatos históricos

e de experiências

científicas, resenhas,

resumos, textos

argumentativos,

verbetes de

dicionário, mapas.

Receitas, bulas,

manual técnico,

regras de jogo,

estatutos, leis,

regulamentos.

Fotos, músicas,

exposição oral,

diálogo, vídeo clip,

vídeo conferência,

mesa redonda,

desenho animado.

Escrita

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Percepção da

progressão

referencial do texto.

Discursos direto,

indireto e indireto

livre na

manifestação das

vozes que falam no

texto;

Escrita

Ampliação de

leituras sobre o

tema e o gênero

proposto para a

escrita .

Planejamento da

produção de texto

observando:

delimitação do

tema, interlocutor,

gênero, a

finalidade, as

intenções, a

situação de

produção e

comunicação, o

contexto de uso da

linguagem

Page 65: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Intencionalidade;

Informatividade;

Contexto de

produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

Vozes sociais

presentes no texto;

Ideologia presente

no texto;

Elementos

composicionais do

gênero;

Progressão

referencial;

Relação de causa e

conseqüência entre

as partes e

elementos do texto;

Semântica:

operadores,

argumentativos,

modalizadores,

figuras de

linguagem;

Marcas Lingüísticas:

coesão , coerência,

função das classes

gramaticais no

texto, conectores,

pontuação, recursos

gráficos ( aspas,

travessão,

formal/informal e a

organização das

ideias.

Uso do discurso

direto e indireto e

demais aspectos

estruturais para o

gênero propostos

para a escrita.

Uso adequado dos

aspectos

normativos da

língua: ortografia,

concordância

verbal/nominal,

sujeito, predicado,

complemento,

regência, vícios de

linguagem, coesão,

coerência, classes

gramaticais,

recursos gráficos,

pontuação.

Oralidade

O trabalho com os

gêneros orais tem como

objetivo o aprimoramento

linguístico e o nível de

argumentação. Dar-se-á

a partir da reflexão da

própria fala dos alunos da

Page 66: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

negrito,etc);

Vícios de

linguagem;

Sintaxe de

concordância;

Sintaxe de regência;

Oralidade

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e

interlocutor;

Elementos

extralingüísticos:

entonação,

expressões facial,

corporal e gestual,

pausas;

Adequação do

discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações

lingüísticas (lexicais,

semânticas,

prosódicas, entre

outras);

Marcas lingüísticas:

EJA quanto com a fala de

seus interlocutores.

Adequação da

linguagem ao

contexto de uso.

Tema do texto oral.

Elementos

composicionais,

informais, formais e

estruturais dos

diversos gêneros

usados nas

diferentes esferas

sociais.

Unidade de sentido

do texto oral e os

argumentos

utilizados.

O papel do locutor

e do interlocutor na

prática da

oralidade.

Adequação do

discurso ao

interlocutor,

observando a

relação entre os

participantes,

dependendo do

gênero e contexto.

Os procedimentos

e as marcas

linguísticas típicas

Page 67: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

coesão, coerência,

gírias e repetição;

Elementos

Semânticos;

Adequação da fala

ao contexto (uso de

conectivos, gírias,

repetições,etc);

Diferenças e

semelhanças entre

o discurso oral e o

escrito.

da conversação,

entre outros

discursos orais.

As diferenças lexicais,

sintáticas e discursivas

que caracterizam a fala

formal e informal.

4. METODOLOGIA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como objetivo o compromisso com

a formação humana e o acesso à cultura geral, possibilitando aos alunos

aprimorar sua consciência crítica, adotar atitudes éticas e ter compromisso

político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.

É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos

educandos em relação à idade, ao nível de escolarização em que se

encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação

pela qual procuram a escola.

Por isso, é imprescindível a prática da avaliação diagnóstica, a qual

possibilita ao professor obter informações necessárias para desenvolver

atividades e gerar novos conhecimentos.

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Tendo em vista essa diversidade, a Escola mantém características de

organização que atendem melhor à Educação de Jovens e Adultos, para:

- permitir aos alunos percorrerem trajetórias de aprendizagem não-

padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de

apropriação do conhecimento;

- organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do aluno, tanto

no que se refere à organização diária das aulas, como no total de dias

previstos na semana.

A matrícula do educando é feita por disciplina e pode se dar na

organização individual ou coletiva, atendendo alunos com e sem

aproveitamento de estudos. Na organização individual, haverá momentos de

trabalho coletivo dos alunos.

Para compreender o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos

(EJA) é necessário conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o

como sujeito com diferentes experiências de vida e que afastou-se da escola

devido a fatores diversos. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso no

mundo do trabalho, a evasão ou a repetência escolar. Assim, temos na

escolarização de EJA adolescentes, jovens, adultos e idosos.

A EJA atende, também, educandos com necessidades educativas

especiais, inserindo estes no conjunto de alunos da organização coletiva ou

individual, priorizando ações que possibilitem o acesso, a permanência e o

êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação individual

destes educandos.

Buscam-se alternativas e estratégias na prática pedagógica para que

todos os alunos participem e efetivamente aprendam os conteúdos propostos

na disciplina, recebendo apoios diferenciados. Há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos. Os limites e possibilidades

de cada educando devem ser respeitados.

Uma das razões pelas quais os alunos da EJA retornam à escola é o

desejo de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do

Page 69: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

mundo do trabalho. Cada um, porém, apresenta um tempo social e um tempo

escolar vivido, o que exige a reorganização curricular, dos tempos e espaços

escolares, para a busca de sua emancipação.

O tempo dos educandos da EJA é definido pelo período de

escolarização e por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado,

tendo em vista a modalidade de ensino que considera a disponibilidade de

cada um para a dedicação aos estudos.

Esses educandos trazem uma bagagem de conhecimentos de outras

instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e

socialização dos saberes. Essas experiências de vida são significativas e são

consideradas no desenvolvimento do currículo escolar.

Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o

objetivo pretendido e o gênero. Ao escolher um gênero, nem sempre todas as

práticas serão abordadas.

Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a forma

composicional e o estilo. Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o

professor oportunizará ao aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu

valor ideológico, escolhendo conteúdos específicos, seja para a prática de

leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que explorem discursivamente o

texto.

A forma de composição dos gêneros será analisada pelos alunos no

intuito de compreenderem especificidades e similaridades das relações sociais

numa dada esfera comunicativa. Nessa análise, é preciso considerar o

interlocutor do texto, a situação de produção, a finalidade, o gênero ao qual

pertence, entre outros aspectos.

As marcas linguísticas também devem ser trabalhadas, para que o aluno

entenda os usos da língua e os sentidos que se estabelecem devido à escolha

de um ou de outro elemento lingüístico. Para isso serão explorados recursos

linguísticos e enunciativos do texto como modos verbais, pontuação, recursos

de referenciação entre outros.

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O professor é quem fará a avaliação diagnóstica e durante todo o

processo, e que perceberá as fragilidades linguístico-discursivas do educando.

A partir disso selecionará os gêneros orais e escritos a serem trabalhados de

acordo com as necessidades, faixa etária, objetivos pretendidos, bem como os

conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise lingüística.

Prática da Oralidade

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com

fluência em situações formais; adequar a linguagem de acordo com as

circunstâncias e praticar e aprender situações diversas que supõe o falar e o

ouvir. O reconhecimento das variantes linguísticas como legítimas, também é

importante.

No entanto, reconhecer a norma padrão, como variante de prestígio

social e de uso das classes dominantes, é fator para agregação social e

cultural e, assim, direito de todos os cidadãos, sendo função da escola

possibilitar o acesso a essa norma.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são variadas e

apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados,

depoimentos sobre situações significativas, dramatização, recado, explicação,

contação de histórias, declamação de poemas, troca de opiniões, debates,

seminários e outras atividades que oportunizem o desenvolvimento da

argumentação.

Esse trabalho deve ser consistente, orientando os alunos sobre o

contexto social de uso dos gêneros, a postura diante dos interlocutores, as

características textuais e organização da sequência da apresentação, os turnos

de fala e a interação entre os participantes.

Pode-se analisar a linguagem em outras esferas sociais, como

programas de televisão, de rádio, o discurso do poder em diferentes instâncias,

ou seja, nas mais diversas realizações da oralidade.

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Prática da Escrita

As propostas de produção textual precisam se realizar de modo

interlocutivo, ou seja, relacionar-se às circunstâncias de sua produção. Assim,

o aluno deve ser levado a assumir-se como locutor e dessa forma, ter o que

dizer, razão para dizer, como dizer e interlocutores para quem dizer.

Inicialmente, é importante que tanto o professor como o aluno planejem

o que será produzido. É necessário ler vários textos do gênero solicitado para a

escrita; delimitar o tema da produção; definir o objetivo com que escreverá;

prever os possíveis interlocutores; analisar a situação em que o texto circulará

e organizar as ideias.

Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta

solicitada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, seus

argumentos e suas ideias.

Finalmente, o aluno deve reescrever o texto, refletindo se os objetivos

foram alcançados, analisando se o texto está claro, se atende à finalidade, ao

gênero, ao contexto de circulação, às condições de produção e aos

interlocutores. Deve, ainda, rever as normas de sintaxe, bem como a

pontuação, ortografia e paragrafação.

Tais atividades devem ser retomadas, analisadas e diagnosticadas

durante esse processo.

O refazer textual poderá ocorrer de forma individual ou em grupo,

considerando a intenção e as circunstâncias da produção.

Prática da Leitura

A leitura é um ato dialógico, interlocutivo. Por isso, o leitor deve ter um

papel ativo nesse processo. Para que isso ocorra, o professor precisa atuar

como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Ele

deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura,

desenvolvendo um sujeito crítico e atuante na sociedade.

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Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de

aula, as experiências de leitura dos alunos, suas expectativas de leitura, para,

então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as

leituras dos educandos.

Para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o

texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Conforme variam

os gêneros, variam as finalidades pretendidas com a leitura, o suporte do

mesmo e variam também as estratégias a serem usadas.

Nas práticas de leitura os alunos deverão familiarizar-se com textos

produzidos em diversas esferas sociais: jornalística, artística, judiciária,

científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc.

Neste processo também é preciso considerar as linguagens não-verbais, a

leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e

virtuais, figuras, ou seja, contemplar os multiletramentos.

É necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão

de um texto os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

linguísticos, o conhecimento a situação comunicativa, dos gêneros e suas

esferas, dos interlocutores envolvidos, do suporte em que o gênero está

publicado e da intertextualidade.

Nesse trabalho, portanto, o professor deverá estar proporcionando a

reflexão dos gêneros lidos mediando o conhecimento do conteúdo temático, da

finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso e o

papel social que elas representam, das ideologias, da fonte, da

intertextualidade e dos argumentos elaborados, possibilitando assim, o

crescimento contínuo dos alunos ao longo da disciplina.

Literatura

No trabalho com a Literatura objetiva-se efetuar leituras compreensivas

e críticas, ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as

leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os

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próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da

comunidade familiar e social, de acordo com Bordini e Aguiar (1993).

A Literatura será desenvolvida no Ensino Fundamental e no Ensino

Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação em

garantir o estudo das Escolas Literárias. Esse trabalho, no entanto, não ficará

preso à linha do tempo da historiografia, mas o professor fará a análise

contextualizada da obra, no momento de sua produção e de sua recepção

(historicidade). Para efetivar esse trabalho, o professor poderá usar os estudos

filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, estudos culturais, entre outros

que podem enriquecer o entendimento da obra literária.

O texto literário irá dialogar, também, com outras áreas, como por

exemplo: Literatura e arte; Literatura e Biologia; Literatura e História; entre

tantas.

O trabalho com a Literatura tanto no Ensino Fundamental quanto no

Ensino Médio deve partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é

ele quem atribui sentidos ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo

com seus conhecimentos prévios, lingüísticos, de mundo. Portanto, o professor

deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a

leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos educandos.

Inicialmente, o olhar para o texto literário deve ser de sensibilidade, de

identificação. O professor pode estimular o aluno a projetar-se na narrativa e

identificar-se com algum personagem. Depois, pode solicitar aos alunos que

falem o que entenderam da história lida. Essa fase é importante para que o

aluno se identifique como coautor do texto.

O professor deve também orientar o aluno no entendimento de que não

é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto

permite. As marcas linguísticas também devem ser consideradas na leitura

literária. É preciso mostrar ao aluno que nem sempre determinada leitura é o

que ele espera, suas certezas podem ser abaladas. Para isso, é importante o

professor trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos

alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que se distanciem do

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senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa

ampliado.

Após isso, o professor orientará os alunos a questionamentos e uma

autoavaliação a partir dos textos oferecidos.

As leituras oportunizadas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas

possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das

aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.

Análise Linguística

A análise linguística é uma prática complementar às práticas de leitura,

oralidade e escrita, tendo em vista que possibilita a reflexão dos recursos

linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos.

Portanto, é necessário que o professor selecione o gênero que pretende

trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de

produção/ circulação, prepare atividades sobre a análise das marcas

linguísticas e enunciativas.

As atividades de análise linguística buscam sanar as falhas que o

professor diagnosticou na produção oral e/ou escrita dos alunos, podendo

enfocar, por exemplo, os recursos gráficos e seus efeitos de uso; a pontuação

como recurso sintático e estilístico; o papel sintático e estilístico dos pronomes

na organização, retomadas e sequenciação do texto; os procedimentos de

concordância verbal e nominal entre outros.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que proporcionem

aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, como atividades de revisão, de

reestruturação ou refacção, de análise coletiva de textos selecionados de

diversos gêneros.

Enfim, através de todos esses encaminhamentos, a disciplina de Língua

Portuguesa busca ampliar a leitura de mundo dos educandos, pela mediação

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entre os conhecimentos e os indivíduos, oportunizando assim o acesso à

cultura e a elaboração de saberes pelos próprios sujeitos da prática educativa.

5. Avaliação

A avaliação em Língua Portuguesa deve ser um processo contínuo,

elucidando a qualidade e o desempenho do aluno durante todo o ano letivo.

Esta avaliação deve ser formativa, conforme a lei n.9394/96 das Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

O professor deve utilizar a observação diária, juntamente com

instrumentos variados, selecionados de acordo com o conteúdo trabalhado e

seus objetivos. Cada aluno possui ritmos e processos de aprendizagem

diferenciados, cabendo ao professor realizar avaliação continuamente e de

forma diagnóstica. A intervenção pedagógica precisa acontecer o tempo todo,

buscando estratégias para que os alunos aprendam e participem ativamente

das aulas.

Dentro da Oralidade a avaliação formativa será em função da

adequação do discurso aos diferentes interlocutores. Podendo-se utilizar

seminários, debates, conversas, entrevistas, relatos de histórias e outros. Será

verificada a participação, analisando a clareza com a qual expõe suas idéias, a

fluência da fala, a argumentação que apresenta e defende seus pontos de

vista.

Já na Leitura, serão avaliadas as estratégias empregadas para a

compreensão do que lêem, quais os sentidos construídos, as relações

dialógicas, posicionamentos ideológicos e localizações das informações

explícitas e implícitas do texto. Verificar-se-ão se os alunos ativarão

conhecimentos prévios na compreensão de um texto e se conseguirão

compreender significados através do contexto.

Na Escrita, é necessário entender o aluno como em fase de processo de

aprendizagem, nunca como pronto e acabado. Será preciso adequar a

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produção escrita às circunstâncias de sua produção, proposta e gênero

solicitado.

Na Análise Linguística, os elementos linguísticos usados nos diferentes

gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada

que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Assim,

o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem informal e formal,

a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de

recursos linguísticos e estilísticos, as relações semânticas entre as partes do

texto, etc.

A avaliação deve priorizar o uso da língua oral e escrita em práticas

sociais, favorecendo o letramento. O professor deve articular teoria e prática,

respeitando diferenças e promovendo ações pedagógicas de qualidade.

Referências Bibliográficas

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação de Jovens e Adultos. Curitiba : SEED, 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Compreender a Matemática desde as suas origens até sua constituição

como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para

ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões. Os povos das antigas

civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a

Matemática. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por

volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados

como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a

respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas,

da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov [1987],

esse período demarcou o nascimento da Matemática.

Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu

somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização

grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados.

Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o

papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que,

para eles, instigaria o pensamento do homem.

A Matemática se inseriu no contexto educacional grego somente um

século V a.C., Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se

justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza

como na sociedade. a disciplina de Matemática tem uma base racional que

perdurou até o século XVII d.C. Nesse período, aconteceu a sistematização

das matemáticas estáticas, ou seja, desenvolveram-se a aritmética, a

geometria, a álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV, 1987).

Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma

clássica e enciclopédica e o ensino de Matemática desse período estava

reduzido a contar os números naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na

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memorização e na repetição.Nessa época, no Egito, foi criada a biblioteca de

Alexandria.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de

pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada

nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia.

O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o

pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do

século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma

exposição mais completa de seus conceitos.

Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino

teve caráter estritamente religioso.

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas

com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.

Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das

atividades comerciais e, mais tarde, industriais possibilitaram novas

descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram-se às

atividades práticas.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste

conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis.

No Brasil, na metade do século XVI, a educação jesuítica contribuiu para

o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos

currículos da escola brasileira.

No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei

quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses

elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.

O século XVIII a pesquisa Matemática voltou-se, para as necessidades

do processo da industrialização.

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Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da

Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria. No

século XIX as mudanças ocorreram nos fundamentos da Matemática, ou seja,

no sistema de teorias e problemas históricos, lógicos e filosóficos. Nesse

período, houve uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos

métodos lógicos e demonstrações matemáticas e, também, a sistematização e

hierarquização das diversas geometrias, entre elas as geometrias não-

euclidianas.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi

discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas

pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina

escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das

transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.

O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu

num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional,

o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros

urbanos e as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a

Primeira Guerra Mundial.

Com o Movimento da Matemática Moderna, acreditava-se que o rigor e a

precisão da linguagem matemática facilitariam o seu ensino. O método de

aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o

desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas.

Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de

1960 e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da

Matemática na década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático

resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas

atividades pedagógicas. A Matemática era vista como uma construção formada

por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas.

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A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão

sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da

Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática

estavam na Etnomatemática.

A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e,

através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a

construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na

autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições

sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p. 76).

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que

possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias

matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,

analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em

desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos

pela memorização ou listas de exercícios.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada

em 20 de dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às

transformações do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e

apresenta novas interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua

vigência, definiram-se aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas

compondo a parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas

da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à autonomia dada

às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico.

A partir de 1998, o Ministério da Educação distribuiu os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN), que para o Ensino Fundamental apresentavam

conteúdos da Matemática. Porém, para o Ensino Médio, orientavam as práticas

docentes tão somente para o desenvolvimento de competências e habilidades,

destacando o trabalho com os temas transversais, em prejuízo da discussão da

importância do conteúdo disciplinar e da apresentação de uma relação desses

conteúdos para aquele nível de ensino.

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A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva

com professores que atuam em salas de aula, nos diferentes níveis e

modalidades de ensino, com educadores dos Núcleos Regionais e das equipes

pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação. O resultado desse longo

trabalho conjunto passa a constituir estas Diretrizes Curriculares.

O objeto de estudo da disciplina ainda está em construção, porém, está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem, conhecimento matemático , que envolve o estudo de processos

que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria

Matemática. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento

matemático, desenvolve valores e atitudes denatureza diversa, visando a sua

formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma

visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos,

construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do

aluno.

Para propiciar uma diversidade de situações, de modo a tornar os alunos

capazes de resolver problemas que mobilizem os diversos conteúdos

trabalhados no Ensino Médio, é necessário focalizar as idéias matemática sem

diferentes quadros (numérico, algébrico, funcional, geométrico, gráfico, etc.),

realizando a articulação com outras áreas do conhecimento e aplicações

sociais, como também com outros campos da Matemática.

É fundamental, nesse sentido, propor também problemas

relacionados ao contexto social do aluno que contemplem as idéias, conceitos,

procedimentos e situações envolvidos nessa etapa da escolaridade.

Espera - se que o educando, ao ter uma visão da Matemática, venha a

estruturar seus próprios pensamentos, tornar-se crítico, analítico e sistemático,

ao mesmo tempo em que se torne sensível, perspicaz, com visão geométrica

ao desenvolvimento de formular estimativas mentais (prever e prover)

principalmente no que diz respeito às necessidades do seu cotidiano.

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2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

-As finalidades do ensino de Matemática indicam, como objetivos, levar o aluno

a:

-Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual,

característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a

curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade

para resolver problemas;

-Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do

ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de

relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático

(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório,

probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para

interpretá-las e avaliá-las criticamente;

-Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,

desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como dedução, indução,

intuição, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos

matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;

-Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar

resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da

linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações

matemáticas;

-Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre

esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

-Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de

soluções

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-Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos

consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de

pensar dos colegas e aprendendo com eles.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS/SERIAÇÃO E

ORGANIZAÇÃO

3.1 ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos e

Específicos

Avaliação

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Sistema de Numeração

Números Naturais:

>operações

fundamentais(adição,

subtração,

multiplicação e divisão);

>potenciação e radiciação;

>expressões numéricas;

>múltiplos e divisores;

>números primos;

>mínimo múltiplo comum;

Conheça os diferentes sistemas de

numeração;

Realize operações com números

naturais;

Expresse matematicamente, oral ou por

escrito, situações-problema que

envolvam as operações ;

Reconheça o MMC e MDC entre dois ou

mais números naturais;

Reconheça números racionais em

diferentes grau;

Realize operações com números

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>máximo divisor comum;

>Números Fracionários;

- Números Inteiros:

>operações fundamentais;

>potenciação e radiciação;

>expressões numéricas;

>Números Fracionários;

- Números Decimais:

>operações fundamentais;

>potenciação e radiciação;

>expressões numéricas;

-Numeros Irracionais

>sistemas de equação do 1º

grau;

>monômios;

>polinômios;

>notação cientifíca;

>Produtos Notáveis

racionais

Reconheça números inteiros em

diferentes contextos;

Realize operações com números

inteiros;

Utilize e interprete a linguagem algébrica

Identifique monômios e polinômios e

efetue suas operações;

Utilize as regras de Produtos Notáveis

para resolver problemas que envolvam

expressões algébricas;

Extraia uma raiz;

Opere com sistema de equações do 1º

grau; com uma / duas variáveis.

Identifique e resolva equações, sistemas

de equações e inequações do primeiro e

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- Números Reais:

>operações fundamentais;

>potenciação e radiciação;

>Números Fracionários;

- Equações:

>equação do 1º grau;

>equação do 2º grau;

>Razão e proporção;

>Escalas;

>Regra de três simples

segundo grau;

Compreenda a razão como uma

comparação entre duas grandezas

numa ordem determinada e a proporção

como uma igualdade entre duas razões;

Reconheça sucessões de grandezas

direta e inversamente proporcionais;

Resolva situações-problema aplicando

regra de três simples.

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

- Medidas de comprimento:

>medidas padrão;

>múltiplos e submúltiplos do

metro;

>comprimento da

circunferência;

>perímetro de figuras planas;

>perímetro de polígonos;

Identifique o metro como unidade-

padrão de comprimento;

Reconheça e compreenda os diversos

sistemas de medidas;

Opere com múltiplos e submúltiplos;

Calcule o perímetro, área e capacidade

usando unidades de medida ;

Realize cálculo de área e volume de

poliedros.

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- Medidas de área

>medida convencionais;

>medidas não-convencionais;

>área de figuras planas;

>área do círculo;

- Medidas de volume:

>múltiplos e submúltiplos do

litro;

>metro cúbico;

>volume do cubo,

paralelepípedo e cilindro;

- Medidas de massa:

>medida padrão;

>múltiplos e submúltiplos do

grama;

- Medidas de tempo:

>milênio, século, ano, mês e

dia;

>horas e minutos;

- Medidas de ângulos:

>ângulo reto;

Realize transformações de unidades de

medida de tempo ;

Relacione a evolução do Sistema

Monetário Brasileiro com os demais

sistemas mundiais;

Reconheça e classifique ângulos

(reto,raso, agudo e obtuso);

Reconheça triângulos semelhantes;

Identifique e some os ângulos internos

de um triângulo e de polígonos

regulares;

Reconheça e aplique as relações

métricas e trigonométricas no triângulo

retângulo;

Compreenda e utilize o conceito de

semelhança de triângulos para resolver

situações-problemas;

Conheça e aplique os critérios de

semelhança dos triângulos;

Aplique o Teorema de Tales em

situações- problemas

Utilize o Teorema de Pitágoras na

determinação das medidas dos lados de

um triângulo retângulo;

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>ângulo raso;

>ângulo agudo;

>ângulo obtuso;

- Trigonometria:

>relações métricas no triângulo

retângulo;

>trigonometria no triângulo

retângulo;

GEOMETRIAS

-Geometria Plana:

>figuras planas;

>circunferência e círculo;

>congruência e semelhança de

figuras;

-Geometria Espacial:

>sólidos geométricos;

Reconheça os sólidos geométricos em

sua forma planificada e seus elementos.

Diferencie círculo e circunferência,

identificando seus elementos;

Reconheça os sólidos geométricos em

sua forma planificada e seus elementos.

Identifique corpos redondos;

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Estatística:

>pesquisa estatística;

>dados, tabelas;

>população, amostra;

>gráfico de barras;

Analise e interprete informações de

pesquisas estatísticas;

Leia, interprete, construa e analise

gráficos;

Represente uma mesma informação em

gráficos diferentes;

Utilize o conceito de amostra para

Page 88: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

>gráfico de linhas;

>gráfico de setores;

>pictograma

>Porcentagem;

>juro simples;

>Noções de Análise

Combinatória:

>Noções de Probabilidade:

>Juros simples e composto

levantamento de dados

Calcule a média aritmética e a moda de

dados estatísticos;

Resolva problemas envolvendo cálculo

de juros simples ;

Interprete e identifique os diferentes

tipos de gráficos e compilação de dados,

sendo capaz de fazer a leitura desses

recursos nas diversas formas em que se

apresentam;

Resolva situações-problema que

envolvam porcentagem e relacione-as

com os números na forma decimal e

fracionária;

Desenvolva o raciocínio combinatório

por meio de situações-problema que

envolvam contagens, aplicando o

princípio multiplicativo.

Descreva o espaço amostral a um

experimento aleatório;

Calcule as chances de ocorrência de um

determinado o evento;

Resolva situações-problema que

envolvam cálculos de juros compostos.

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3.2 ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

AVALIAÇÃO

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números reais

- Números naturais;

- Números Inteiros;

- Números racionais;

- Números irracionais;

- A reta real.

Razão e Proporção

- Noção de razão;

- Propriedades Fundamentais das

proporções;

- Cálculo termo desconhecido

numa proporção.

Regra de Três Simples e

Composta

– Grandezas diretamente

proporcionais;

– Grandezas inversamente

Amplie os

conhecimentos sobre

conjuntos numéricos e

aplique em diferentes

contextos;

Compreenda a razão

como uma comparação entre

duas grandezas numa ordem

determinada e a proporção

como uma igualdade entre

duas razões;

- Resolva situações-problema

aplicando regra de três

simples;

- Utilize a regra de três

composta em situações

problemas;

- Reconheça números

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proporcionais.

Potenciação/ Radiciação

– Propriedades das

potências;

– Radiciação.

Equação do 1º Grau

- Sentenças;

- Equações;

- Resolução de uma equação do

1º grau

- Equações equivalentes.

Equação do 2º Grau

- Equações completas e

incompletas;

- Fórmula geral de resolução

- Números e raízes.

inteiros em diferentes

contextos;

- Realize operações com

números inteiros;

- Reconheça números

racionais em diferentes

contextos;

- Realize operações com

números racionais;

- Compreenda, identifique e

reconheça o número ð (pi)

como um número irracional

especial;

- Compreenda o objetivo da

notação científica e sua

aplicação;

- Compreenda os números

complexos e suas operações.

- Identifique monômios e

polinômios e efetue suas

operações;

- Utilize as regras de

Produtos Notáveis para

resolver problemas que

envolvam expressões

algébricas;

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- Extraia uma raiz;

Opere com sistema de

equações do 1º grau; com

uma / duas variáveis.

Identifique e resolva

equações, sistemas de

equações e inequações;

- Resolva equações

biquadradas através das

equações do 2ºgrau.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medida de Comprimento

- Leitura das medidas de

comprimento;

- Mudanças de Unidade;

– Perímetro de um polígono;

– Comprimento da

circunferência.

Medidas de área

- Múltiplos e sub-múltiplos do m²;

- Mudanças de Unidade;

Área das principais figuras

planas.

- Calcule o perímetro, usando

unidades de medida

padronizadas;

Perceba que as

unidades de medidas são

utilizadas para a

determinação de diferentes

grandezas e compreenda a

relações matemáticas

existentes nas suas

unidades;

- Identificar e relacionar os

elementos geométricos que

envolvem o cálculo de área e

perímetro de diferentes

figuras planas;

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Medidas de Volume

- Múltiplos;

- Mudanças de Unidade;

- Volume dos sólidos

geométricos.

Medida de Ângulos

- Operações com medidas de

ângulos;

- Ângulos congruentes;

- Bissetriz de um ângulo;

- ângulo reto, agudo e obtuso;

- Retas perpendiculares.

Trigonometria

- Trigonometria no triângulo

retângulo;

- Relações trigonométricas em um

triângulo qualquer;

- Trigonometria na circunferência.

- Realize cálculo de área

- Realize calculo de volume

de poliedros

Reconheça e

classifique ângulos (retos,

agudos, obtusos);

Identifique ângulos

formados entre retas

paralelas.

- Compreenda e utilize o

conceito de semelhança de

triângulos para resolver

situação-problemas;

- Conheça e aplique os

critérios de semelhança dos

triângulos;

- Aplique o Teorema de Tales

em situação-problemas;

- Aplique a lei dos senos e a

lei dos cossenos de um

Page 93: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

triângulo para determinar

elementos desconhecidos.

-Compreenda a Tangente

como a razão entre seno e

cosseno.

-- Conheça e aplique as

relações métricas e

trigonométricas no triângulo

retângulo;

- Utilize o Teorema de

Pitágoras na determinação

das medidas dos lados de um

triângulo retângulo.

FUNÇÕES

Função Afim

- Conceito de função afim;

- Domínio e imagem;

- Coeficiente da função afim;

- Zero e equação do 1º grau;

- Crescimento e decrescimento;

- Estudo do sinal;

- Gráfico de uma função afim.

Função Quadrática

- Identifique diferentes

funções e realize cálculos

envolvendo-as;

- Aplique os conhecimentos

sobre funções para resolver

situações e problemas;

- Realize análise gráfica de

diferentes funções;

- Reconheça uma função

afim e sua representação

gráfica, inclusive sua

declividade em

relação ao sinal da função;

Page 94: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

- Conceito de função quadrática;

- Zeros e equação do 2º grau;

- Coordenadas do vértice da

parábola;

- Imagem;

- Construção da parábola.

- Estudo do sinal e inequações;

- Gráfico de uma função

quadrática.

Função Polinomial

- Conceito de função;

- Grau de uma função polinomial;

- Representação gráfica.

Função Exponencial

- Conceito de função exponencial;

- Gráfico da função exponencial.

Função Logarítmica

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- Conceito da função logarítmica;

Gráfico de uma função

logarítmica.

Função Trigonométrica

- Razões trigonométricas;

- Função seno, cosseno e

tangente;

- Equações, identidade e

inequações trigonométricas;

- Transformações trigonométricas;

- Função periódica;

- Função trigonométrica inversa.

Função Modular

- Conceito da função modular;

- Gráfico de uma função modular.

Progressão Aritmética

- Seqüências numéricas;

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- Conceito de P.A.;

- Termo geral de uma P.A.;

- Soma dos n termos de uma P.A.

Progressão Geométrica

- Conceito de P.G.;

- Termo geral de uma P.G.;

- Soma dos n termos de uma P.G.

-- Reconheça, nas

sequências numéricas,

particularidades que remetem

ao conceito das progressões

aritméticas e geométricas;

- Generalize cálculos para a

determinação de termos de

uma sequência numérica.

GEOMETRIAS

Geometria Plana

- Ponto, reta e plano;

- Paralelismo e

perpendicularismo;

- O espaço bidimencional;

- Ângulos;

- Amplie e aprofunde os

conhecimentos de geometria

Plana e Espacial;

-

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- Figuras planas;

- Polígonos;

- Círculo e circunferência;

- Áreas de figuras planas;

- Congruência e semelhança de

figuras.

Geometria Espacial

- O espaço tridimendissional;

- Sólidos geométricos;

- Poliedros, prismas, pirâmides,

cilindros, cones, esferas, área e

volume.

Geometria Analítica

- Distância entre dois pontos;

- Equação da reta;

- Ângulo entre duas retas;

- Distância entre dois pontos;

- Área do triângulo;

- Equação da circunferência;

Determine posições e

medidas de elementos

geométricos através da

Geometria Analítica;

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- Distância de um ponto a um

plano;

- Ângulo entre planos;

- Ângulo entre reta e plano;

- Secções Cônicas (conceito,

parábola, elipse e hipérbole).

Geometrias Não-Euclidianas

- Geometria Fractal;

- Noções de Geometria Elíptica;

Noções de Geometria

Hiperbólica.

- Perceba a necessidade das

geometrias não-Euclidianas

para a compreensão de

conceitos geométricos,

quando analisados em planos

diferentes do plano de

Euclides;

- Compreenda a necessidade

das geometrias não-

Euclidianas para o avanço

das teorias científicas;

- Conheça os conceitos

básicos da Geometria

Eliptica, Hiperbólica e

Fractal.

TRATAMENTO

DA

Analise Combinatória

- Principio fundamental da

-- Recolha, interprete e

analise dados, através de

cálculos, permitindo-lhe uma

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INFORMAÇÃO

contagem;

- Fatorial de um número natural;

- Arranjo, permutação e

combinação;

- Número binomial e termo geral

do binômio.

Binômio de Newton

Probabilidade

- Estudo das Probabilidades;

- Probabilidade de um evento;

- União e intersecção de eventos;

- Probabilidade condicional.

Estatística

- Coleta de dados;

- População e amostra;

- Organização de dados na

tabela;

- Gráficos estatísticos;

- Distribuição de freqüências;

leitura crítica dos mesmos;

- Realize cálculos utilizando

Binômio de Newton;

- Compreenda a ideia de

probabilidade;

- Realize estimativas,

conjecturas à respeito de

dados e informações

estatísticas;

-- Perceba, através da leitura,

construção e interpretação de

gráficos, a transição da

álgebra para a representação

gráfica e vice-versa.

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- Tabelas;

- Média, moda e mediana;

- Amplitude e variância;

- Analise de dados.

Matemática Financeira

- Porcentagem;

- Juro simples e composto.

- Compreenda a Matemática

Financeira aplicada ao

diversos ramos da

atividade humana.

4 METODOLOGIA

Os conteúdos de Matemática no Ensino Médio, deverão ser abordados

articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino

fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos

estruturantes.Os encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os

conteúdos propostos neste nível de ensino, visa desenvolver os conhecimentos

matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento

eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como

as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações

simbólicas, formais e técnicas.

É importante a utilização de recursos didáticos-pedagógicos e

tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Objetivando uma formação

científica geral.Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo

professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos a aplicação dos

conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das

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ciências e da própria ciência matemática.Em relação às abordagens,

destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas, não

somente pertinentes à ciência matemática mas como nas demais ciências que,

em determinados momentos, fazem uso da matemática.

As atividades de ensino incorporam elementos estruturais e práticos,

resolução de problemas de dia - a – dia, uso da calculadora e de tabelas e

fórmulas estará comprometido com a construção, bem como a estruturação da

mesma, sua aplicação e não somente uma mera substituição de letras pro

números. O uso da calculadora corresponde à compreensão de elementos

matemáticos tais como são calculados com e sem máquina, e não somente a

manipulação da tabuada, ou simples cálculos de porcentagem. Os conteúdos

matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as expositivas, as de

vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no pátio ou

demais dependências do colégio.Os trabalhos serão realizados

individualmente, em duplas, trios ou equipes, podendo até ser realizadas com a

turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo trabalhado. Recursos

didáticos como livros, jogos com material de apoio , dicionário de matemática,

vídeos, televisão, calculadoras, informática, têm integrado a situações que

levem ao exercício da análise e de reflexão. Trabalhar o abstrato e material de

apoio. Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor.

Entendem-se, por Conteúdos Estruturantes, os saberes (conhecimentos

de grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e organizam os

campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e

fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se

historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são

selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referência e da

disciplina escolar. Estes campos de estudo são considerados fundamentais

para a compreensão do processo do ensino e da aprendizagem em

matemática.

Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes

evocam outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos, priorizando

relações e interdependências que, consequentemente, enriquecem os

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processos pelos quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que

se volta para os conteúdos estruturantes não é hermético. A articulação entre

os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na

medida em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e,

quando situações de aprendizagem possibilitam, podem ser retomados e

aprofundados.

Existem investigações em Educação Matemática que abordam as

relações que podem ocorrer entre conteúdos matemáticos. Educadores

matemáticos se incubem de realizar estudos que tratam desse assunto. Dentre

eles, Machado (1993, p. 28), escreve que: “(...) o significado curricular de cada

disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim

do modo como se articulam”. O autor defende que abordar conteúdos

disciplinares com base numa organização linear, tanto nas relações

interdisciplinares quanto no interior das diversas disciplinas poderá incorrer em

práticas docentes que impossibilitam a produção de um ensino significativo.

Portanto, busca-se direcionar nesse documento, o trabalho docente de forma

que o mesmo se paute em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e

articulações entre os conceitos de cada conteúdo específico.

Este documento assume a postura metodológica que permite a

apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração

curricular, que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e

se expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao

mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes a

conteúdos estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam

reforçadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções

de novas relações.

Nesse contexto, ao trabalhar os conteúdos Circunferências e Círculo,

ambos do conteúdo estruturante Geometria, o professor pode buscar na

Álgebra, mais precisamente nos conceitos de equações, elementos para

abordá-los. Para o conteúdo porcentagem, os conceitos da Álgebra também

serão elementos básicos. Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar

a Álgebra isoladamente dos demais conteúdos.

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O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por

educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da

prática docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação

Matemática. Beatriz D’Ambrósio (1989) elege algumas propostas

metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina

Matemática. A autora destaca a Resolução de Problemas, a Modelagem

Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, e a História da Matemática.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Os conteúdos estruturantes quando trabalhados de forma

contextualizada levam o aluno a resolução de problemas, isto não ocorre de

forma imediata pois, muitas vezes é preciso levantar hipóteses e testá-las.

Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício para alguns e um

problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

MODELAGEM MATEMÁTICA

É uma abordagem interdisciplinar que proporciona aos alunos uma visão para

indagou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras

áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas

ou do dia-a-dia.

MÍDIAS TECNOLÓGICAS

Paralelamente ao uso de lápis e caderno, quadro e giz, o professor (e a

escola) deve usar (dispor) as tecnologias para ampliar as possibilidades de

observação e investigação, potencializando formas de resolução de problemas

preparando o cidadão para uma inserção social de acordo com a realidade.

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HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A história da matemática não se trata simplesmente da tendência

histórica de, apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de

matemáticos famosos, mas sim, de vincular as descobertas matemáticas aos

fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas

que determinavam o pensamento e influenciavam no avanço científico de cada

época.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação Matemática compreende a integração do que o educando

aprende, com a aplicação da metodologia do professor, ou seja, um elo entre a

aprendizagem e o ensino.

Avaliar em Matemática compreende entender a maneira pela qual o

educando fica mais motivado a aprender, por conseguinte, o erro deve ser o

pacto de parada tanto do aluno como do professor. O aluno para verificar onde

tem dificuldade e procurar mais atenção aos cálculos propriamente ditos,

enquanto que para o professor, ele corresponde a uma nova adaptação de

metodologia de ensino, onde ele estuda e interpreta dados de seu próprio

trabalho.

Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de

informação que o aluno domina não é coerente com a proposta da Educação

Matemática. Para ser completo, esse momento precisa abarcar toda a

complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa em que medida o

aluno atribuiu significado ao que aprendeu e consegue materializá-la em

situações que exigem raciocínio matemático.

Além disso, uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa

de encaminhamentos metodológicos que perpassem uma aula, que abram

espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo

trabalhado e a compreensão por parte do aluno. E para que isso aconteça, é

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fundamental o diálogo entre professores e alunos, na tomada de decisões, nas

questões relativas aos critérios utilizados para avaliar, na função da avaliação e

nas constantes retomadas avaliativas, se necessário.

Concorda-se com D’Ambrosio, que a “avaliação deve ser uma

orientação para o professor na condução de sua prática docente e jamais um

instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de

conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar

indivíduos para isto ou aquilo não são missão de educador” (2001, p. 78).

Assim, a avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como

fechamento de grandes etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades

lúdicas, atividades escritas, atividades orais, indicações de acompanhamento

escolar e comportamento em sala, e trabalhos pré-estabelecidos,

demonstrações, trabalhos em laboratório (feiras e amostras), possibilidades de

intervenções no cotidiano. Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e

individual, em sala de aula, através de observações sistemáticas, análise das

produções dos alunos a atividades específicas, deixando bem claro para os

alunos o quê se pretende avaliar, e qual a função da avaliação. O registro se

dará através do livro de chamada, e representará em que medida o aluno

atribui significado ao que aprendeu e em que medida consegue materializar

situações que exigem raciocínio matemático, abordando principalmente as de

relevância social. De forma processual, com objetivo diagnóstico, nos dará a

clareza necessária para reavaliarmos, permanentemente nossa prática

pedagógica, nossas metodologias, bem como: quais conteúdos, quando, a

quem e de que forma oferecermos a recuperação paralela, como mais uma

oportunidade aos educandos, de acesso aos conhecimentos matemáticos.

5- REFERÊNCIAS

D´AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates.

Rio Claro, n 2 ano ll, p. 15– 9, mar/1989.

Page 106: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

D´AMBRÓSIO, U. BARROS, J. P. D. Computadores, escola e

sociedade. São Paulo: Scipione, 1988.

IMENES & LELI. Matemática para todos. São Paulo: Scipione, 2005.

LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola. Ed 166, outubro de 2003.

Disponível em: http:// novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_

out03/html/álgebra, acesso em 29 de maio de 2006.

LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no

currículo de matemática da escola básica. In: Anais do VIII

Encontro Nacional de Educação Matemática. Recife: UFPE, 2004,

p. 1- 30.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São

Paulo: Cortez, 2002.

MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista

Quadrimestral da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pro -

posições. Campinas, n. 1(10), p. 25-34, mar/1993.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. Historia na educação matemática:

propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Câmara de Educação

Básica do Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares

para o Ensino Fundamental. Parecer CEB 94/98. Brasília. 1998.

PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil:

causas e conseqüências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1,

1993.

PONTE, J. P. et al. Didática da matemática. Lisboa: Ministério da

Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.

RIBNIKOV, K. Historia de las matemáticas. Moscou: Mir, 1997.

Page 107: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

INGLES

Apresentação da Disciplina

O ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM) de acordo com as

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, propõe que os métodos de ensino

atendam às expectativas e as demandas sociais da atualidade.

O inglês é uma língua oficial em mais de quarenta países, seja como

primeira ou segunda língua. Seu ensino contribui para a formação e

desempenho, social, cultural e afetivo do aluno, dando-lhe conhecimentos

gerais que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais complexos

permitindo inserção e manutenção do jovem e adulto ao mercado de trabalho.

O ensino de inglês torna-se cada vez mais necessário no mundo globalizado,

onde intercâmbios internacionais de negócios, culturas e informações são mais

comuns e seus o seus acessos facilitados.

Desde 1930, no período forte da revolução industrial a língua inglesa

vem sendo ensinada no Brasil no Ensino Fundamental. A partir da Lei 5692/71,

que fixa Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, o inglês foi disciplina

adotada também no Ensino Médio.

Hoje, com a globalização permitindo o surgimento de produtos

internacionais no mercado e com a existência de novas tecnologias,

deparamos com incontável número de vocábulos da lingua inglesa fazendo

parte da nossa linguagem no dia a dia. Esta é a razão principal para que seu

ensino continue no currículo da educação escolar brasileira.

Conteúdos

A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante, o Discurso

prática social e ao mesmo tempo caracterizam aos gêneros (textuais, do texto,

discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados como conteúdos

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Objetivos Gerais da Disciplina

XVII. Ampliar o contato com outras formas de conhecer e com outros

procedimentos interpretativos de construção da realidade.

XVIII. Promover intercâmbios social e cultural através do contexto de interação

verbal.

XIX. Contemplar relações com a cultura, sujeito e identidade.

XX. Oportunizar percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos.

XXI. Reconhecer o uso da língua em diversos propósitos comunicativos.

Conteúdos estruturantes/Conteúdos Básicos

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Ensino Fundamental

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

Prática Social

Gêneros

discursivos e

seus elementos

composicionais

Adivinhas, piadas, álbum de família, anedotas,

bilhetes, músicas, filmes, provérbios, carta,

cartão, e-mail,convite, textos instrucionais,

curriculum vitae, autobiografia, notícia, contos,

crônicas, história em quadrinhos, artigos, debate,

pesquisas, cartazes, diálogos, anúncio,

caricatura, cartoon, charge, narrativas, poemas,

textos dramáticos, fotos, horóscopo, manchete,

tiras, reportagem, sinopse de filme, depoimento,

blog, MSN.

Leitura Tema do texto, interlocutor, finalidade, elementos

composicionais do gênero, repetição proposital

de palavras, marcas lingüísticas (coesão,

coerência, função das classes gramaticais

pontuação,recursos gráficos, leitura e

interpretação de textos com auxílio de gravuras e

dicionários)

Escrita Tema do texto, finalidade do texto, vozes sociais

presentes no texto, função das classes

gramaticais, pontuação, recursos gráficos,

ortografia, concordância verbal/nominal. Redigir

textos simples com uso do dicionário. Oralidade Tema do texto, finalidade, papel do locutor e

interlocutor, elementos extralingüísticos

(entonação, pausas, gestos...), adequação do

discurso ao gênero, variações lingüísticas,

marcas lingüísticas, (coesão, coerência, gírias,

repetição, recursos semânticos, adequação da

fala ao contexto, diferenças e semelhanças entre

o discurso oral e o escrito.)

Usar algumas expressões cotidianas para suprir

suas necessidades.

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Ensino Médio

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Discurso como

Prática Social

Gêneros

discursivos e

seus elementos

composicionais

Adivinhas, piadas, álbum de família, anedotas,

bilhetes, músicas, filmes, provérbios, carta, cartão, e-

mail,convite, textos instrucionais, curriculum vitae,

autobiografia, notícia, contos, crônicas, história em

quadrinhos, artigos, debate, pesquisas, cartazes,

diálogos, anúncio, caricatura, cartoon, charge,

narrativas, poemas, textos dramáticos, fotos,

horóscopo, manchete, tiras, reportagem, sinopse de

filme, depoimento, blog, MSN. Leitura Tema do texto, Interlocutor, finalidade, temporalidade

referência textual, discurso, direto e indireto. Uso de

termos técnicos para funções do cotidiano em

manuais de instruções e equipamentos. Palavras e

ou expressões que detonam ironia e humor no texto,

repetição proposital de palavras, marcas lingüísticas

(coesão, coerência, função das classes gramaticais

pontuação,recursos gráficos, leitura e interpretação

de textos com auxílio de gravuras e dicionários) Escrita Tema do texto, finalidade do texto, temporalidade,

referência textual, partícula conectivas do texto,

discurso direto e indireto, emprego do sentido

conotativo e denotativo, discurso direto e indireto,

marcas lingüísticas, coesão e coerência, função das

classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos,

ortografia, concordância verbal/nominal, redação de

textos simples com uso do dicionário. Oralidade Conteúdo temático, finalidade, papel do locutor e

interlocutor, elementos extralingüísticos (entonação,

pausas, gestos...), adequação do discurso ao gênero,

variações lingüísticas, marcas lingüísticas, (coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos,

adequação da fala ao contexto, diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito.), uso

de expressões cotidianas para suprir suas

necessidades.

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4. Metodologia

A metodologia adotada nas aulas de Língua Estrangeira está embasada

na seguinte afirmação:

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do

papel das línguas nas sociedades, como mais do que meros instrumentos de

acesso à informação; as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar o modo de entender o mundo e de construir

significados. (DCE, 2008, p.63).

O professor deverá buscar os procedimentos necessários que satisfaçam

as necessidades do aluno levando em conta seu histórico e suas experiências

cotidianas e culturais.

Dessa forma, o ponto de partida da aula de LEM sempre será o texto,

sendo verbal ou não verbal. O texto é a principal ferramenta de ensino, pois

através dele o aluno é conduzido a vivenciar as variadas situações de fala e

escrita e compreensão de funções lingüísticas.

5. Avaliação

O processo avaliativo em Língua Estrangeira propõe um trabalho em

ambiente que sugira a participação ativa dos alunos, considerando o

engajamento discursivo em sala de aula através da interação verbal e de

diferentes gêneros textuais.

A avaliação deve observar o conhecimento como aprimoramento do saber

já existente ou apropriação do novo.

Tomando os gêneros discursivos presentes nas diferentes esferas sociais,

elencamos os conteúdos específicos na: Oralidade, Leitura e Escrita, a serem

avaliados:

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Oralidade

Tema do texto;

finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos,...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas;

Marcas lingüísticas: coesão coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Utilização dos discursos de acordo com a situação de produção

(formal/informal);

Apresentação de idéias com clareza e a compreensão de argumentos

no discurso do outro;

Exposição objetiva de argumentos, com a organização da seqüência da

fala;

Respeito aos turnos de fala;

Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas

infanto juvenis, filmes,músicas, etc.

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

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Finalidade do texto;

Informatividade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Aceitabilidade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

XII. Realização de leitura compreensiva do texto;

XIII. Localização de informações explícitas e implícitas no texto;

XIV. Posicionamento argumentativo;

XV. Percepção do ambiente no qual circula o gênero;

XVI. Identificação da idéia principal do texto;

XVII. Análise das intensões do autor;

XVIII. Identificação do tema;

XIX. Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do

contexto;

XX. Compreensão das diferenças decorridas do uso no sentido

conotativo e denotativo .

XXI. Reconhecimento de palavras e ou expressões que estabelecem a

referência textual;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informatividade;

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Aceitabilidade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão,), figuras

de linguagem;

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

Expressão de idéias com clareza;

Elaboração de textos atendendo às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade;

Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

Uso de recursos textuais mínimos como: coesão e coerência, informal;

Uso de recursos textuais mínimos como: coesão e coerência,

informatividade;

Intertextualidade e a utilização adequada de recursos lingüísticos como:

pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de

Estado da Educação do Paraná. Governo do Estado do Paraná: 2010.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASCOALIN, Ernesto. New our way.

4ª. Edição, Volumes: 1,2,3 e 4. Richmond Publishing. 2002.

BACKHTIN, Os Gêneros do discurso. In Estética da criação verbal.

São Paulo: Martins Fontes, 1952. P. 279-326.

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ARTES

A arte está presente no mundo desde que o homem se fez homem,

sendo uma atividade fundamental ao ser humano. Foi por meio de seu

trabalho, enquanto produção de existência humana que houve a modificação

da natureza e foram criados produtos culturais diversos. A arte é uma das

realizações que o homem produziu no decorrer de sua existência. A arte como

parte essencial da experiência humana nos mostra como os seres humanos

mediante a imaginação, visão de homem, de mundo, de experiências,

sentimentos, conhecimentos e dá forma às suas ideias, produz, cria culturas e

cria arte.

Considerando a arte um processo de humanização, ela revela e produz

novas maneiras de ver e sentir, as quais são diferentes em cada momento

histórico e em cada cultura. Por isso, devemos de forma fundamental

considerar as determinações econômicas e sociais que interferem nas relações

entre homens, os objetos e outros homens, para compreender a relatividade do

valor estético e as diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e

que se relacionam com o modo de organização da sociedade.

Pela arte o ser humano se torna consciente de sua existência individual

e social, percebe e se interroga, e é levado a interpretar o mundo e a si

mesmo.

A arte representa o elo de ligação entre a vida cotidiana das pessoas e

dos símbolos correlacionados. O homem é por excelência um ser simbólico,

interpretando e ordenando o mundo por meio de representações.

As relações da arte com a sociedade são os principais enfoques dados

pelo ensino fundamental e médio, com ênfase na arte e ideologia, arte e seu

conhecimento, arte e trabalho criador tendo como referência o fato de serem as

três principais concepções no campo das teorias críticas de arte.

As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas

dimensões artísticas, filosófica e científica, e articula com políticas que

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valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. O ensino da arte

deixa de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e

em constante transformação.

As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são construídas

nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em

que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte

estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder

servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica;

transformar em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.

DIMENSÃO HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NO PARANÁ

No Paraná houve reflexos dos vários processos pelos quais passou o

ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos

imigrantes e, entre eles, artistas, vieram novas ideias e experiências culturais

diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a

importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As características

da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local

estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.

Entre os artistas e professores que participaram desse movimento

histórico destacaram-se, Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro,

Emma Koch, Ricardo Koch, Bento Mossurunga e outros considerados

precursores do ensino da Arte no Paraná.

Mariano de Lima, por sua vez, abriu espaço para o ensino artístico e

profissional, associando a técnica com a estética, num contexto histórico em

que o trabalho artesanal era substituído pela técnica industrial. A metodologia

de ensino de Mariano de Lima baseava-se em modelos5 do neoclassicismo e

filosofias do liberalismo e positivismo. Essa escola ofertava cursos, tanto para

profissionais liberais quanto para educadores, entre eles: Auxiliar de Línguas e

Ciências, Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústrias,

Propaganda e Biblioteca.

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Em termos metodológicos, o artista Alfredo Andersen, por exemplo,

trouxe influências da Escola de Barbizon, que privilegiava estudos da natureza

trabalhados em estúdio e atividades ao ar livre, difundidos pelo movimento

impressionista que buscava o exercício na observação direta do ambiente

natural.

Das escolas formadas por iniciativas pioneiras, destaca-se também a

criada pelo artista Guido Viaro, em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio

Belmiro César. Sua proposta era de oferecer atividades livres e funcionava em

período alternativo às aulas dos alunos. Adotava correntes teóricas e

pedagógicas vindas da Europa e dos Estados Unidos fundamentadas na

liberdade de expressão.

Guido Viaro, que também trabalhou na Escola Profissional Feminina, no

Liceu Rio Branco e no Colégio Estadual do Paraná, apreciava as ideias de

teóricos como Herbert Read e Lowenfeld, que defendiam os aspectos

psicológicos na produção artística infantil e desenvolvimento do potencial

criador. Teve como parceira de trabalho a educadora Eny Caldeira, que

estudou com Maria Montessori e foi sensibilizada pelas questões relacionadas

à arte (OSINSKI,1998).

Em 1956, a antiga Escola de Arte de Viaro passa a denominar-se

Centro Juvenil de Artes Plásticas, ligado ao Departamento de Cultura da

Secretaria de Educação e Cultura do Paraná.

A artista Emma Koch, também influenciada por Lowenfeld, não restringiu

seu trabalho apenas à corrente da livre expressão, acreditava no uso de temas

e de histórias reais ou inventadas como forma de integração entre a arte e a

vida, entre o conhecimento específico e a experiência do aluno, de modo a

valorizar a reflexão e a crítica no ensino de Arte (OSINSKI, 1998).

Emma Koch, durante a gestão de Erasmo Piloto como Secretário de

Estado da Educação e Cultura do Paraná, participou da criação do

Departamento de Educação Artística nessa Secretaria e propôs a instituição de

clubes infantis de cultura e de assistência técnica às escolas primárias. Em

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1957, participou da elaboração de uma concepção teórico-metodológica para a

Escola de Arte7 do Colégio Estadual do Paraná (CEP).

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se

intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários

a elas; na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro

Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo

de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico,

propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de

acontecer com o endurecimento do regime militar.

Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram

reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se

opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a

Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino

da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5a série) e do Ensino

Médio, na época denominados de 1o e 2o Graus, respectivamente.

Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e

cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se

obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o

desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o

trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente,

trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua

expressão.

No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de

conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística,

por sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola,

o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o

ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os

professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação

(NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma

prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais.

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Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua

disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes

curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica

e científica e articula-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na

rede estadual do Paraná.

Um exemplo dessas políticas é a Instrução Secretarial n. 015/2006 que

estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as

disciplinas do Ensino Médio, proporcionando maior equidade entre elas, o que

resultou no aumento do número de aulas de Arte. Outro exemplo é a retomada

dos concursos públicos para professores, pois consolida cada vez mais o

quadro próprio do magistério com profissionais habilitados na disciplina de

atuação, o que favorece a continuidade e qualidade dos estudos teóricos e

pedagógicos propostos, principalmente para a Arte.

Além disso, os livros de literatura universal e os livros de fundamentos

teórico-metodológicos de todas as áreas de arte enviados às escolas da rede;

a produção e distribuição do Livro Didático Público de Arte; o acesso, nas

escolas, a equipamentos e recursos tecnológicos (computador, TV, portal,

canais televisivos); a diversificação das oportunidades de formação continuada

com os grupos de estudo autônomos e os simpósios e seus mini cursos

ampliam as possibilidades de estudar e estimulam os estudos do professor

pesquisador.

Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ressaltamos

ainda que foi sancionada pelo Presidente da República a lei8 que estabelece

no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Para o ensino desta disciplina significa uma

possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura europeia, ainda

presente em muitas escolas.

Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto,

que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica,

reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de

Arte.

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Reconhecesse que os avanços recentes podem levar a uma

transformação no ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e

ações que permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de

modo que não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar dons

inatos ou a prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará

de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e

em constante transformação. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Paraná).

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e

de cultura. Portanto, passa a se reconhecer como sujeito do processo e a

confirmar saberes adquiridos para além da educação escolar, na própria vida.

Trata-se de uma consistente comprovação de que esta modalidade de ensino

pode permitir a construção e a apropriação de conhecimentos para o mundo do

trabalho e o exercício da cidadania, de modo que o educando ressignifique

suas experiências socioculturais.

A Educação de Jovens e Adultos tem um papel fundamental na

socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à

emancipação e à afirmação de sua identidade cultural.

O tempo que um educando participa da EJA tem valor próprio e

significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter

enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação

qualitativa com o conhecimento. Os conteúdos de Artes deverão estar

articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada

ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.

Com relação às perspectivas dos educandos e seus projetos de vida, a

disciplina de Artes poderá colaborar para que os alunos do EJA ampliem seus

conhecimentos de forma crítica, viabilizando a reflexão pela busca dos direitos

de melhoria de sua qualidade de vida contribuindo para que compreendam as

dicotomias e complexidades do mundo do trabalho contemporâneo, no

contexto mais amplo possível.

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Os conteúdos desenvolvidos na área de Artes devem estimular a

autonomia intelectual do educando do EJA para que continue seus estudos,

independentemente da educação formal incentivando a busca constante pelo

conhecimento produzido pela humanidade, presente em outras fontes de

estudo ou pesquisa. Esta forma de estudo individual é necessária, quando se

trata da administração do tempo de permanência desse educando na escola e

importante na construção da autonomia.

A emancipação humana será decorrência da construção dessa

autonomia obtida pela educação escolar. O exercício de uma cidadania

democrática pelos educando EJA será o reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça Diretrizes EJA (Diretrizes da EJA)

OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTE

ARTES VISUAIS

PRODUZIR e Utilizar técnicas e procedimentos da linguagem visual;

CRITICAR e Argumentar sobre o próprio trabalho e o trabalho

coletivo, aceitando as diferenças artísticas, étnicas e de gênero;

CONHECER apreciando várias formas de objetos de arte,

reconhecendo seu preconceito a existência de manifestações de

arte em distintas culturas;

VALORIZAR a pesquisa, observando a preservação do acervo

cultural próprio e de outras culturas, do patrimônio e de bens

artísticos locais e regionais;

DANÇA

MOVIMENTAR Conhecimento as possibilidades de movimento

humano, respeitando e compreendendo seus limites físicos,

emocionais e intelectuais;

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DESENVER a Integração do conhecimento corporal, intuitivo e

imaginário dos processos analíticos da dança;

CONHECER a história da dança e suas manifestações culturais em

seus diversos momentos de espaço, tempo e étnico culturais;

MÚSICA:

CONHECER a música em seu meio sócio-cultural, implicações no

contexto histórico-tempo/ espaço, as diferentes sociedades e

culturas em preconceito étnico ou de gênero;

RECONHECER Estilos, formas, letras, timbre em diferentes

composições;

REFLETIR, Discutir e analisar, aspectos que os jovens estabelecem

com a música, a crítica social denunciando o tempo em que vivem;

TEATRO:

IMPROVISAR E ATUAR, Verificar-se como o aluno expressa as

emoções através das linguagens corporais, gestos, movimento e

voz no jogo teatral;

IDENTIFICAR E CRIAR através dos elementos teatrais, verificar a

adaptação dos alunos a roteiros simples:

MANIFESTAR OPINIÕES E JULGAMENTOS: Como o aluno

manifesta-se sobre seu trabalho, dos colegas observando a clareza

dos critérios estéticos, artísticos, étnicos ou de gênero;

IDENTIFICAR nos diferentes momentos a história do teatro,

reconhecendo estilos e correntes teatrais;

VALORIZAR a importância dos registros e anotações, respeito a

memória cultural locais e das demais manifestações artísticas;

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4.ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E AVALIAÇÃO

1- LEITURA: - ver interpretar e julgar as qualidades das imagens,

compreendendo os elementos e as relações estabelecidas.

A leitura não deve ser mecânica, mas, compreender o que está sendo

observado. Ler uma imagem e explorá-la em seus mais variados

significados, criando outras formas da interpretação de forma significativa,

contextualizando a história e fatos representados na época da imagem e

fatos nos dias de hoje

Felclmann coloca que aprender a linguagem da arte significa

desenvolver o conhecimento técnico, a crítica e a criação, assim como, as

dimensões sociais, culturais, criativas, psicológicas, antropológicas e

históricas do homem.

2 – DESCRIÇÃO:- possibilita a identificação do título do trabalho, o lugar, a

época em que a imagem foi criada, a linguagem plástica usada, o material

utilizado, o tipo de representação e a técnica utilizada pelo artista.

Considerar todos os elementos que compõe a estrutura da obra.

3 - ANÁLISE: discrimina as relações entre os elementos formais da

imagem, o que as formas criam em si, como elas se influenciam e como se

relacionam. Explorar e aprofundar o conhecimento de elementos visuais, a

partir de como a obra se estruturou, levando a observar que diferentes

estilos são explorados de maneira diferenciada, a este ou aquele elemento.

Ex: o elemento Luz é importante tanto no Barroco como no Impressionismo.

Interpretação: é nesse momento que se define o significado da

imagem, procurando dar sentido as observações visuais. Interpretar é

organizar as observações de modo significativo, ou seja, é conectar idéias que

explicam sensações e sentimentos que se tem frente a uma imagem.

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O aluno que tem mais experiência artística consegue interpretar

com mais facilidade. Portanto, deve-se conhecer a realidade sócio - cultural

do aluno e iniciar partindo dos seus conhecimentos para estar

estabelecendo relações com os eruditos, através da história da arte, desta

forma estará ampliando a percepção, a intuição, inteligência, a imaginação,

crítica e combiná-los com os conceitos e as observações realizadas,

aprimorando-se da imagem num sentido próprio e especial.

HISTÓRIA DA ARTE:- ela deve ser trabalhada de forma

contextualizada, onde a arte é situada no tempo e no espaço. É possível

construir a história estabelecendo relações entre obras de arte e

manifestações culturais. A obra é identificada e compreendida no tempo e

no espaço, mas, vista com um olhar de hoje. Além disso a história da arte

possibilita a formação de uma cultura visual musical e cênica, pois,

estabeleceu relações entre estilos e obras, ampliando sua percepção sobre

os bens culturais produzidos pela humanidade e sua visão de mundo

FAZER ARTÍSTICO: - está baseado no processo criativo, isto é,

interpretação e representação pessoal de vivência nas linguagens

plásticas, musical ou cênica. Produzindo descobrirá as possibilidades e

limitações das linguagens expressivas, dos diferentes materiais e

instrumentos, além de exercitar a imaginação criadora articulando os

conhecimentos adquiridos.

EIXOS METODOLÓGICOS

- Leitura ( humanização dos objetos e dos sentidos);

- Saber estético:

- Trabalho artístico

- História da Arte

- Leitura

- Fazer Artístico;

- Pesquisa ( apreensão crítica da realidade e dos conhecimentos);

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- Análise;

- Interação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é a forma de o professor se orientar, de diagnosticar o

aprendizado do aluno e o seu, de alterar métodos, se necessário buscando

novas alternativas, reforçando conteúdos, buscando novas metodologias,

adaptando-se assim, as necessidades básicas do aluno.

Ao avaliar o professor precisa considerar as histórias do processo

pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na

escola observando os trabalhos e seus registros.

A avaliação deve envolver os seguintes aspectos:

- Cognitivo: relacionado ao conhecimento.

Ao avaliar, o professor deve refletir sobre o que e como o aluno

apropriou-se dos conhecimentos e conceitos da área de Artes. Assim vale

ressaltar que a cognição deve estar atrelada as informações, apropriações e

reflexões sobre a produção artística, a história da arte, a estética e todo

conhecimento relacionado ä sua essência.

- Sensível: percepção.

- Cidadania: ética e valores subjetivos.

Ao avaliar será levado em conta o comprometimento, assiduidade, a

responsabilidade e a participação do aluno nas atividades individuais e em

grupos.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO

Os instrumentos avaliativos estão relacionados ao que será avaliado com os

alunos:

- Poética ( atividade práticas / produção)

- Apresentações artísticas

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- Avaliação crítica ( alunos fazem a avaliação de suas produções e/ou de obras

de imagens artísticas);

- Montagem de exposição:

ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos específicos Abordagem

metodológica

ARTES VISUAIS

- Ponto

- Linha

- Superfície

- Volume

- Luz

- Cor

ARTE E

TRABALHO

-Ponto: físico

gráfico

- Linha:

. Simples, vertical,

horizontal, inclinada,

curva, paralela,

quebrada, mista,

sinuosa;

. Planos e gravura;

- Cor: primárias,

secundárias e

terciárias;

- Volume: Figura e

fundo;

-O trabalho ao longo

do tempo.

- O trabalho

artesanal.

- O trabalho do

artista.

- Definição de pontos

. Pontilhismo nas

obras de Seurat;

. compreensão dos

elementos e as

relações

estabelecidas.

. Pontos gráficos;

- Composição com

pontos gráficos.

- Elemento linha em

obras de arte da Pré

história;

- Manifestações

artísticas nas obras do

povo egípcio;

- Classificação das

linhas nas obras de

Tarsila do Amaral;

-Cultura afro-brasileira

-Composição com

linhas;

- Mistura de cores;

- Pintura com guache;

- Claro e escuro, Luz e

ARTES VISUAIS

- Leitura de imagens:

ver, interpretar e julgar

as qualidades das

imagens.

- Identificar o título o

lugar e a época em

que a imagem foi

criada, a linguagem

plástica utilizada, o

material usado, o tipo

de representação e a

técnica utilizada pelo

artista.

- explorar e

aprofundar o

conhecimento dos

elementos visuais(

Ponto, linha,

superfície, volume, luz

e cor).

- Fazer artístico:

. Produção pessoal:

utilização de técnicas

e procedimentos da

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TEATRO

- Personagem;

- Ação

- Espaço

MÚSICA

- Altura

- Duração

- Timbre

- Intensidade

- Densidade

- Representação

- Texto dramático

- Roteiro

- Espaço cênico

- Cenografia:

figurino, adereços,

mascaras,

caracterização e

maquiagem.

- Improvisação

-Ritmo

-Melodia

- Harmonia

- Gêneros:

- Instrumentos

musicais;

- Músicos brasileiros;

- folclore brasileiro.

Sombra;

Influência da cor, do

claro e escuro nas

obras de Monet,

Cezanne e Van Gogh

- formas geométricas

nas obras de

Kandinski

- Profundidade, na

obra “O morro” de

Cândido Portinari,

- Representação de

profundidade com

figura dada;

Obras de cenas de

caçadas ( cavernas)

Obras que

representam o

trabalho escravo,

artesão e operários.

Dramatizações reais

e imaginárias;

- Criação de roteiros;

- Usar o corpo e a voz;

- Improvisação com e

sem narrador.

- Sons naturais e

Culturais;

- Ritmo calmo e

linguagem visual;

. Crítica:

argumentação sobre o

próprio trabalho e o

trabalho coletivo,

aceitando as

diferenças artísticas,

étnicas e de gênero.

. Conhecer:

apreciando várias

formas de objetos de

arte, reconhecendo

seu preconceito a

existência de

manifestações de arte

em distintas culturas;

- MÚSICA

. Conhecer a música

em seu meio sócio

cultural,

implicações, no

contexto sócio-tempo/

espaço, as diferentes

sociedades e culturais

sem preconceito

étnico ou de gênero;

- Reconhecer estilos e

formas em diferentes

composições;

- Refletir, discutir e

analisar aspectos que

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DANÇA

- Movimento

Corporal

- Tempo

- Espaço

-Dinâmica

-Aceleração

- Rotação

- Deslocamento

- Danças folclóricas e

de salão...

acelerado;

- Forte e fraco

- Curto e longo

- Instrumentos

musicais:

maracá,berimbau,pan

deiro,cuíca,gongo,

agogô, atabaque...

Músicos: Chiquinha

Gonzaga, Antô9nio

Carlos Jobim, Helena

Meireles, Heitor Villa-

Lobos...

- Arte Popular de

outros povos.

Folclore Brasileiro:

Ciranda,Cavalhada,

Congada, Bumba meu

boi, Fandango de

Tamancos...

- História da Dança;

- Dança Indígena;

- Manifestações

folclóricas;

- Por que dançamos;

- Movimentos;

interativos com balão;

- Fusão de ritmos;

os jovens

estabelecem com a

música, a crítica social

enunciando o tempo

em que vivem.

TEATRO

. Improvisar e atuar:

verificar como o aluno

expressa as emoções

através de linguagens

corporais, gestos

movimentos e voz no

jogo teatral.

- DANÇA

. Conhecer a história

da dança e suas

manifestações

culturais em seus

diversos momentos de

espaço, tempo e

étnico culturais.

. Conhecimento das

possibilidades de

movimento humano,

respeitando e

compreendendo seus

limites físicos,

emocionais e

intelectuais.

ENSINO MÉDIO

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Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos específicos Abordagem

metodológica

ARTE

ELEMENTOS

FORMAIS:

Linha

- Superfície

- Volume

- Luz

- Cor

COMPOSIÇÃO:

Figurativa

Tridimencional

Profundidade

MOVIMENTOS e

PERÍODOS:

XXII. Expressioni

smo

XXIII. Arte na Pré

História

XXIV. Egito

Antigo

XXV. Idade

Média

XXVI. Renascime

nto

XXVII. Body Art

XXVIII. Reali

smo

XXIX. Modernism

o

Conceito de Arte

Figurativa

Abstrata

Bidimensinal

Tridimensional

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Gêneros:Paisage

m, retrato,

natureza morta...

. Planos e gravura;

5. Cor: primárias,

secundárias,

terciárias e

cores

quentes/frias

6. Luz e Sombra

- Volume: Figura e

fundo;

O que é Arte

Bienal

Por que estudar arte

- Definição das linhas, nas

obras do Expressionismo,

observando as obras de

Edvard Munch, Vicent Van

Gogh e Pablo Picasso.

. compreensão dos

elementos e as relações

estabelecidas.

- Elemento linha em obras

de arte da Pré história;

- Manifestações artísticas

nas obras do povo egípcio;

-Composição com linhas;

6. O Expressionismo das

Cores.

7. O Expressionismo das

formas.

8. A Pintura Abstrata.

9. A Pintura Figurativa.

10. Observar as linhas em

perspectiva na obra de

arte A Última ceia de

Leonardo da Vinci.

11. Tendencias realistas e

diferentes visões nas

obras do Surrealimo e

do Realismo.

Mistura de cores;

pintura das paredes das

ARTES VISUAIS

- Leitura de imagens:

ver, interpretar e

julgar as qualidades

das imagens.

- Identificar o título o

lugar e a época em

que a imagem foi

criada, a linguagem

plástica utilizada, o

material usado, o tipo

de representação e a

técnica utilizada pelo

artista.

- explorar e

aprofundar o

conhecimento dos

elementos visuais(

Ponto, linha,

superfície, volume,

luz e cor).

- Fazer artístico:

. Produção pessoal:

utilização de técnicas

e procedimentos da

linguagem visual;

. Crítica:

argumentação sobre

o próprio trabalho e o

trabalho coletivo,

aceitando as

diferenças artísticas,

étnicas e de gênero.

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XXX. Surrealism

o

XXXI. Pop Art

MÚSICA

- Altura

- Duração

- Timbre

- Intensidade

- Densidade

-Ritmo

-Melodia

- Harmonia

- Gêneros: erudita,

folclórica, popular...

- Representação

- Texto dramático

- Roteiro

- Espaço cênico

cavernas aos muros das

cidades;

Graffiti no Egito Antigo.

A Parede na Idade

Média.

Graffiti X Pichação.

O corpo como suporte

de Arte ( Piercing e

Tatuagem, Inflamação e

Infecção da pele,

contaminação e

contágio

Arte Popular ou Pop Art

- Pintura com guache;

- Claro e escuro, Luz e

Sombra;

- Representação de

profundidade com figura

dada;

Conhecendo os Sons

Como é a paisagem

sonora

A forma invisível da

Música

. Conhecer:

apreciando várias

formas de objetos de

arte, reconhecendo

seu preconceito a

existência de

manifestações de

arte em distintas

culturas;

- MÚSICA

. Conhecer a música

em seu meio sócio

cultural,

implicações, no

contexto sócio-

tempo/ espaço, as

diferentes

sociedades e

culturais sem

preconceito étnico ou

de gênero;

- Reconhecer estilos

e formas em

diferentes

composições;

- Refletir, discutir e

analisar aspectos

que os jovens

estabelecem com a

música, a crítica

social enunciando o

tempo em que vivem.

TEATRO

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5. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1.976.

READ, Herbert. Educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 1.977.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Rio de Janeiro:

Imago, 1.977.

TEATRO

- Personagem;

- Ação

- Espaço

DANÇA

- Movimento

Corporal

- Tempo

- Espaço

- Cenografia:

figurino, adereços,

mascaras,

caracterização e

maquiagem.

- Improvisação

-Dinâmica

-Aceleração

- Rotação

- Deslocamento

- Dramatizações reais e

imaginárias;

- Criação de roteiros;

- Usar o corpo e a voz;

- Improvisação com e sem

narrador.

Dançando na História.

Acertando o Passo.

Os elementos da

Dança: movimento

corporal, Espaço e o

tempo.

A Música determina a

Dança.

. Improvisar e atuar:

verificar como o

aluno expressa as

emoções através de

linguagens corporais,

gestos movimentos e

voz no jogo teatral.

- DANÇA

. Conhecer a história

da dança e suas

manifestações

culturais em seus

diversos momentos

de espaço, tempo e

étnico culturais.

. Conhecimento das

possibilidades de

movimento humano,

respeitando e

compreendendo seus

limites físicos,

emocionais e

intelectuais.

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BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte e Educação no Brasil: das origens

ao modernismo. São Paulo: secretaria da Cultura, 1.978

PARRAMÓN José Mª. Como desenhar Figura Humana. Coleção Fazend

Aprender, 1973.

CANTELE Bruna Renata, Linguagem Visual, IBEP

DIRETRIZEZ CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ.

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

A história da geografia tem sua trajetória desde a antiguidade, quando o

homem almejava conhecer e registrar o espaço onde morava e desenvolvia

suas atividades básicas do cotidiano. A produção acadêmica em torno da

concepção da Geografia passou por diferentes momentos, gerando reflexos

distintos sobre o fazer geográfico. Essas reflexões ainda influenciam a prática

de ensino.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas

de organização. A observação da natureza ligada ao ciclo reprodutivo da

mesma, ciclo dos ventos, dinâmica das estações do ano, variações climáticas

entre outros fenômenos naturais permitiu que as sociedades se relacionassem

com a natureza e consequentemente modificassem - na em beneficio próprio.

Em um determinado momento a Geografia, se destacou por usar em

larga escala os modelos matemáticos, desenvolvendo diagramas, matrizes e

gráficos, o que é conhecida como Geografia Quantitativa. A análise e o

processo histórico não eram importantes, os conceitos foram impostos em um

plano cartesiano, no qual cada elemento tem sua devida “gaveta”, sem

estabelecer relações ou correlações com os demais. Trabalha – se com

resultados, mas os processos são omitidos, passou a negar as relações sociais

com a natureza e a diferenciação das paisagens, voltando – se apenas a

proporcionar uma análise quantitativa e dar subsídios ao planejamento e a

busca por novos recursos

Durante a década de 1970, surge a Geografia Critica. Esse movimento

de renovação do pensamento geográfico apresenta novas propostas para se

pensar a Geografia. Segundo ANDRADE (1992, p.116) “Os geógrafos

passaram a ter uma preocupação maior com a problemática social, de vez que

o desenvolvimento industrial passou a exercer grande impacto sobre a

sociedade, degradando e dilapidando os recursos naturais”.

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Através dessa nova ótica, os geógrafos passam a fazer uma releitura do

espaço, não abandonando o estudo dos aspectos físicos ou naturais iniciados

pela Geografia Tradicional, nem as contribuições teóricas formuladas pela

Geografia Quantitativa, porém lhe dando uma interpretação dinâmica e

analisando a materialização do espaço geográfico por meio das relações

desenvolvidas pelo homem com a natureza.

No Brasil as primeiras tendências geográficas nasceram com a funda

cão da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do

Departamento de Geografia, quando a partir de 1940 a disciplina passou a ser

ensinada com forte influencia da Escola Francesa de Vidal de La Blach. Uma

Geografia marcada pela explicação objetiva e quantitativa da realidade. Essa

tendência e as correntes que dela desdobraram foram chamadas de Geografia

Tradicional. Os estudos eram articulados de forma fragmentada e os

procedimentos didáticos adotados promoviam principalmente a descrição e a

memorização dos elementos que compõem as paisagens sem esperar que o

aluno estabelecesse alguma relação.

Os pensamentos geográficos foram inseridos no currículo escolar

brasileiro no século XIX, com presença indireta nas escolas de primeiras letras.

Os primeiros conteúdos contemplados tinham como objetivo enfatizar a

descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais.

A institucionalização da Geografia no Brasil só foi consolidada a partir da

década de 1930. Com o objetivo de descrever o território brasileiro e servir aos

interesses do Estado, se fizeram necessários um levantamento de dados

demográficos e uma detalhada descrição dos recursos naturais do país.

No Brasil o percurso das mudanças desencadeadas no pôs – guerras

foram afetadas por tensões políticas dos anos de 1960, a qual trouxe

modificações no currículo e atrasou a chegada das abordagens teóricas

conceituais criticas na escola.

O aparecimento da Geografia Critica só foi consolidada a partir da

década de 1970. Sua influência foi primeiramente no âmbito universitário e teve

a decisiva participação nas disputas verificadas na AGB (Associação Dos

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Geógrafos Brasileiros). Em 1978, essa Geografia é implantada a nível nacional.

A volta do exílio do professor Milton Santos foi um dos fatores que marcou o

inicio da Geografia Critica. A obra de Milton Santos “ POR UMA GEOGRAFIA

NOVA”. Atraiu para si a obtenção da comunidade acadêmica para essa

corrente de pensamento.

Diante das atuais propostas, a Geografia deriva de uma concepção

cientifica em que o Espaço Geográfico é tido como socialmente produzido em

espaço real, concreto, transformado e organizado pelos homens. Pressupõe o

conhecimento de como os homens em suas relações com outros homens e

com a natureza, pensam, produzem e organizam o espaço ao longo dos

tempos. A transmissão – assimilação dos saberes se dará na sua totalidade

considerando professor e alunos sujeitos que atuam numa mesma realidade

histórica.

A transformação do espaço geográfico ocorrido nos lugares que

participam das relações globais tem apresentado hoje, um ritmo mais

acelerado e impactante do que no passado.

A ciência geográfica tende a uma adequação às transformações do

mundo atual, preocupada com a justiça social e com uma nova compreensão

do espaço geográfica.

Diferentemente do que tradicionalmente se pensava o espaço geográfico

não é mais visto como palco ou terra onde a humanidade habita e interage,

mas sim com um espaço social, produto da ação humana sobre a natureza.

O estudo do espaço geográfico pressupõe a compreensão da dinâmica

da sociedade, que nele vive e o (re) produz constantemente, e da dinâmica da

natureza, fonte primeira de todo real e permanentemente apropriada e

modificada pela ação humana.

Tendo como objeto de estudo o Espaço Geográfico, os conteúdos

estruturantes são usados como ferramentas de organização para os

conhecimentos específicos a serem aplicados de forma a tratar

pedagogicamente as categorias de análises, se baseando nas amostragens de

conteúdos expressos nos livros didáticos, mas não tendo ele como única fonte.

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Os conteúdos deverão ser tratados pedagogicamente de forma que o

professor tenha autonomia para dar maior ênfase a um dos conteúdos

estruturantes, mas sem deixar de contemplar os demais.

Atualmente na disciplina de geografia se faz necessário compreender e

interpretar a realidade social, econômica, política cultural e ambiental do

espaço geográfico de forma integrada, ou seja, considerar as dimensões

geográficas da realidade – economia, geopolítica, sócio ambiental, cultural e

demográfica – e como elas participam da constituição espacial em estudo.

Essas dimensões se traduzem nos conteúdos estruturastes da Geografia:

Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço

geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico; Dimensão

sócio - ambiental do espaço geográfico.

Portanto as discussões, debates, pesquisas, reflexão acerca destes

assuntos é que levaram ao aprofundamento e a aprendizagem dos conteúdos

específicos e dos conceitos de Geografia (sociedade, natureza, território,

região paisagem lugar), onde somente inter-relacionados se tornam

significativos e contribuem para a compreensão do espaço geográfico, evitando

assim abordagens separadas ou lineares, garantindo uma visão critica da

totalidade. Segundo as Diretrizes Curriculares (p. 14) se faz necessário “ a

formação de um aluno consciente das relações sócio - espaciais de seu tempo

capaz de construir progressivamente seu próprio conhecimento para melhor

agir no processo da construção do espaço”.

Através de orientações proporcionadas pela SEED, se verificou a

necessidade de acrescentar às diretrizes curriculares do ensino de geografia,

as seguintes legislações:

O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de

História do Paraná;

O cumprimento da Lei n. 11.645/08, inclui no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro - Brasileira

e Indígena seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das relações étnico - raciais e para o ensino de Geografia e

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Cultura Afro - Brasileira e Africana.

O cumprimento da lei n. 9.795/99, incluiu no currículo oficial da rede de

Ensino a obrigatoriedade da Educação Ambiental.

A implantação destas leis propõe à educação trabalhar as relações étnico

-raciais e ambientais com o propósito, de promover um resgate, histórico,

étnico, cultural e ambiental, sob uma perspectiva de inclusão social. Estas

Diretrizes consideram a diversidade cultural nos locais de memória

paranaense, de modo que busquem contemplar as demandas.

Vincular o objeto da Geografia, seus conceitos referenciais,

conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais,

econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico numa reflexão

teórica crítica é a intenção, sendo necessário ter como perspectiva tanto os

períodos precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformação

futuros para a análise.

XXXII. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

Reconhecer conceitos e categorias, tais como espaço geográfico, território,

paisagem, lugar, natureza, sociedade;

Compreender as diferentes formas como a ciência geográfica contribuí para

o conhecimento da história da Terra e da sociedade atual;

Conhecer e compreender as principais características do espaço

geográfico, de sua transformação e de seus elementos, no lugar onde

vivem e em espaços maiores, como o Brasil e o Mundo;

Compreender as relações existentes entre os lugares( e entre as pessoas

que neles vivem), em um mundo onde as distancias e os obstáculos físicos

vêem sendo superados pelo desenvolvimento tecnológico e científico;

Conhecer, entender as desigualdades os problemas sociais e relacioná-las

ao porque as conquistas políticas, econômicas e tecnológicas são

usufruídas por uma parcela restrita da humanidade, e como esses

problemas estão inseridos no espaço para que possa, então, assumir uma

postura consciente em relação à necessidade de transformações sociais;

Identificar a ação humana na natureza e suas conseqüências;

Page 138: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Compreender que todos fazem parte de uma sociedade que é

constantemente transformada e que em grande parte autores dessas

mudanças;

Compreender e valorizar todas as formas de trabalho humano, assim como

desenvolver uma postura critica na abordagem das relações de trabalho;

Conhecer e compreender os conceitos fundamentais da geografia e, por

meio do estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a

dinâmica dos lugares onde vivemos;

Identificar como a Geografia pode se inter-relacionar com as diferentes

áreas do conhecimento;

Adquirir conhecimentos sobre a linguagem cartográfica, a fim de

representar, interpretar e localizar elementos, processos e fenômenos

estudados pela Geografia;

Realizar procedimentos de pesquisa;

Analisar porque os países subdesenvolvidos não conseguem acompanhar a

evolução política, econômica e social dos países desenvolvidos, bem como

suas contradições e contrastes geográficos;

Estimular a reflexão sobre a importância da superfície terrestre para o ser

humano e sobre as inter-relações das camadas que constituem;

Desenvolver no aluno a crescente consciência da cidadania, entendida

como participação ativa, social e na gestão da sociedade e maior espírito

critico em relação á realidade mundial e à realidade brasileira;

3.CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

7. A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

8. A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

9. A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

10. A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

1. CONTEÚDOS BÁSICOS GEOGRAFIA

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Page 139: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

A circulação do capital, de mão-de-obra, das mercadorias e das

informações.

O comércio em suas implicações sócio - espaciais.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estáticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações sócio - espaciais da

diversidade cultural.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios,

do território brasileiro e continente americano. (11.645/08) – Historia e

Cultura – Afro Brasileira e Indígena.

As diversas regionalizações do espaço geográfico, do espaço americano

e do espaço brasileiro.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

3.1.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ensino Fundamental com 48 encontros de Geografia com quatro horas

aula cada.

Espaço geográfico, lugar, paisagem, transformações naturais e

humanas;

Page 140: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

1.1 Noções de espaço e tempo, cartográfica;

1.2 Compreensão da inclusão dos espaços do micro ao macro:

(escola, comunidade, município, estado, país, nação,

continentes...enfim até chegar no espaço global);

Orientação, localização, coordenada geográficas e fusos horários;

2.1 Relação entre a divisão física e histórica dos espaços que

estamos inseridos, como por exemplo: o continente, América do

Norte, Central e Sul, Anglo Saxônica, America Latina;

3. Tempo geológico, deriva continental, formação geológica e de relevo;

4. Biosfera, hidrografia, litosfera, atmosfera;

5. Clima e suas alterações e o aquecimento global;

6. Preservação ambiental;

7. Paisagem rural: questão agrária; aspecto social, de produção, de utilização e

extrativismo

8. Paisagem urbana: formação, divisão, uso e degradação do espaço;

9. Indústria e fontes alternativas de energia;

10. Território brasileiro: formação, transformação;

11. Regionalização do território brasileiro, divisão do IBGE;

12. População no Brasil: formação étnica e as migrações;

13. Pluralidade cultural brasileira e os direitos humanos ( estatuto do idoso,

menor e adolescente, cotas, etc);

14. Regiões brasileiras: norte: aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

15. Regiões brasileiras: nordeste: aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

16. Regiões brasileiras: centro-oeste: aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

Page 141: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

17. Regiões brasileiras: sudeste: aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

18. Regiões brasileiras: sul: aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

19. Divisão Mundial – ordem bipolar;

20. Guerra Fria, regionalização;

21. Globalização, empresas nacionais, multinacionais e transnacionais;

22. Financiadores mundiais ( FMI, OMC, Banco Mundial, etc.

23. Continente Americano divisão sócio - cultural e natural;

24. América do norte: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

25. América central: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

26. América do sul: localização, aspectos naturais, históricos, sociais e

econômicos;

27. América Andina: localização, população e economia;

28. América Platina: localização, população e economia;

29. Suriname e Guianas: histórico e relação com os países americanos;

30. Brasil na América do Sul, fronteiras e relações com os países vizinhos;

31. Blocos econômicos: localização, acordos comerciais e relações

internacionais;

Estado, território e Nação. As grandes guerras;

Dinâmica de regionalização das Guerras, a bomba atômica e o porquê

dos conflitos;

Terrorismo e conflitos mundiais;

Continente europeu, formação, aspectos naturais, econômicos e

Page 142: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

ambientais;

Europa – Continente de conflitos e renovações – euro;

Ásia e seus contrastes;

Ásia, aspectos naturais, sociais e religiosos;

Ásia, aspectos econômicos;

África, quadro natural, social e econômico;

África e Brasil: ligação étnica e econômica ( lei 11 645-08);

Oceania, quadro sócio econômico e ambiental;

Austrália e Nova Zelândia;

Regiões polares, diferenças e semelhanças;

Base brasileira na Antártida, acordos;

Tratado de Kioto, e o aquecimento global;

Mudanças no ambiente, mudança de clima, mudança de vida;

Mercado de trabalho e empregabilidade;

3.1.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DO ENSINO MÉDIO

Ensino Médio com 32 encontros de Geografia com quatro horas aula

cada.

1. Espaço, lugar e paisagem, sua formação e sua transformação no tempo do

homem e no tempo da Geografia;

2. Representações do espaço;

3. Capitalismo, revoluções industriais e globalização da economia e da força do

trabalho;

4. Nova ordem mundial, desde a 1ª Guerra até os dias atuais;

5. Impactos da atividade humana sobre o meio ambiente e os problemas que

as mesmas causam à própria vida;

6. Planeta terra, seus movimentos e como interferem no meio;

7. Litosfera terrestre, formação, evolução e utilização;

8 Atmosfera terrestre, formação, evolução, camadas e degradação;

Page 143: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

9. Hidrosfera terrestre, formação, transformação, utilização econômica;

10. Relação Clima e vegetação da Terra, características, diferença entre tempo

e clima;

11. Minerais e rochas, formação e utilização econômica;

12. Fontes de energia: renováveis, não renováveis. Sua aceitação no mercado

mundial;

13. Globalização, comércio mundial e telecomunicações;

14. Conceitos demográficos;

15. Estrutura populacional no mundo;

16. Crescimento demográfico e distribuição no território;

17. Conceitos de migrações e as questões sociais e econômicas que ás

envolvem;

18. Espaço geográfico brasileiro e sua regionalização ;

19. Globalização no Brasil;

20. Relevo brasileiro, formação e transformação;

21. Recursos minerais do Brasil, localização e utilização;

22. Clima, hidrografia, vegetação e domínios morfoclimáticos no Brasil;

23. Legislação ambiental brasileira, parques nacionais;

24. Setor primário da economia no Brasil. Agricultura, pecuária e extração;

25. Questões agrárias no Brasil;

26. Setor secundário da economia no Brasil. Atividades Industriais;

27.Fontes de energia utilizadas no Brasil e o impacto ambiental da indústria no

cenário nacional;

28. Setor terciário da economia no Brasil. Terceirização e subemprego;

Page 144: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

29. Comércio, comunicações, transporte e turismo no Brasil;

30. Blocos econômicos. Em qual o Brasil está inserido;

31. Estrutura, distribuição espacial da população do Brasil;

32. Brasil, panorama geopolítico.

4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada na disciplina de geografia precisa trazer os

conteúdos sempre para a realidade e a vida cotidiana dos educandos, para

assim proporcionar interesse e compreensão, visto que estes, na maioria das

vezes sentem dificuldade em se projetar no espaço/território desconhecido.

As aulas devem ser dinâmicas e criativas, o professor necessita

proporcionar um ambiente de aprendizado e satisfação, isso pode ser atingido

através de debates, trabalhos em grupo (transmite mais segurança), vídeos,

manuseio de revistas, jornais e discussão de notícias que estão na mídia

(proporcionando uma compreensão e análise crítica, bem como o uso de mapa

e técnicas de revisão movimentadas). Enfim deve cativar o aluno, visto que

este tem uma jornada múltipla – trabalho, estudo, família, comunidade, lazer –

e este é o diferencia das crianças e adolescentes do Ensino regular.

Portanto, o estudo da geografia deve abrir horizontes, buscar criar

oportunidades que lhe propiciem uma vida digna e com qualidade, subsidiá-lo

na compreensão de sua posição na sociedade e desenvolver um espírito mais

humano, neste contexto, onde o capitalismo e a globalização, transformam as

relações humanas cada vez mais interpessoais.

Para tal, a Geografia deve abordar questões polêmicas, atuais e que

estão presentes no dia-a-dia do aluno, correlacionando-a com os aspectos

geográficos, não deixando assuntos teóricos terem maior ênfase que os

práticos. Os conteúdos realmente significativos e que merecem ser estudados

são aqueles que possuem uma aplicabilidade na vida das pessoas. Sem

memorização, é chegada a hora da compreensão e construção do saber,

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transformando o conhecimento empírico em cientifico e trazer este aluno a

realidade atual que está inserido e de que forma sua ação como cidadão e ser

pensante e atuante pode fazer a diferença.

5. AVALIAÇÃO.

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e

abarca não somente o desempenho do aluno, mas também a do professor e a

estrutura d funcionamento da escola e do sistema de ensino. Desta maneira

leva o professor a refletir sobre sua proposta de ensino e serve como

instrumento pra nortear o trabalho docente. No que diz respeito á avaliação do

aluno, é imprescindível que seja continua, com o acompanhamento de suas

atividades no dia-a-dia.

A avaliação deverá ser continua permanente e cumulativa, mediante

análise de pesquisas, tarefas, trabalhos em grupos, apresentações debates e

demais atividades.

Todo o aluno, em qualquer série que esteja, será avaliado

continuamente, em sala de aula, pelo interesse na disciplina, pela resolução de

trabalhos, exercícios, pela participação individual ou coletiva, nas avaliações

escritas de tipos variados, com questões abertas e/ou questões de múltipla

escolha, também em argumentações orais, produções de textos, etc. Na

devolução de avaliações, procura-se refazê-las para que o aluno possa

esclarecer as duvidas referentes ao tema proposto e a responsabilidade em

respeitar as datas de entrega.

Desta forma á avaliação não se resume aos momentos predeterminados

(muitas vezes cercados de pressão e ameaça) das provas, sejam elas escritas,

testes ou trabalhos. Deve sim ser continua, envolvendo todas as atividades de

sala de aula. Usando os mais diferentes instrumentos avaliativos, como:

seminários, análise de filmes, debates, elaboração cartográfica, produção e

analises estatísticas, entre outros.

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Sendo assim a avaliação consistirá em atingir também as habilidades,

organização de estudos, aplicação do aprendido, observação, uso de materiais

e instrumentos necessários à aprendizagem da matéria, como mapas e

gráficos, etc.) e atitudes (responsabilidade, relacionamento, etc.).

Para e isso ocorra é fundamental o ato de planejar que inclui a formulação

de objetivos claros, seleção de conteúdos adequados e a escolha de

estratégias de trabalho que facilitem a aprendizagem.

Critérios como responsabilidade, comprometimento, assiduidade e

participação fazem parte de uma avaliação continua que subsidia e interfere no

resultado de uma nota final juntamente com uma avaliação diagnóstica e

avaliação especifica, onde se percebe a evolução do seu aprendizado

cognitivo.

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

ANDRADE, Manoel Correia de. Ciência da Sociedade: Uma introdução à

analise do pensamento geográfico. São Paulo, Atlas: 1992.

VISENTINI, Jose William. Geografia Critica/ Jose William Visentini, Vânia

Vlach. SP: Atica, 2002;

MARINA. Lucia e Tercio. Geografia (manual do professor). SP, editora: Atica,

2005;

VISSENTINI, Jose William. Sociedade e Espaço (manual do professor). SP.

Editora: Atica, 2001;

BOLIGIAN, Levon(org). A Organização do Espaço Brasileiro: as grandes

regiões / Geografia Espaço e Vivencia(manual do professor). SP, Editora

:Atual, 2001;

MOREIRA. Igor. Construindo o Espaço do Homem.Vol. I, editora:Atica.2001;

SENE, Eustaquio de. A Geografia no dia-a-dia. Organização:Eustaquio Sene,

João Carlos Moreira. SP.Ed.Scipione,2000;

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Geografia/vários autores.Curitiba:SEED/PR,2006.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ – SEED /PR, 2008.

Projeto Araribá: Geografia/Obra coletiva, 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2006

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. SOCIOLOGIA

Historicamente, a sociedade tem assumido, características capitalistas e

a busca da compreensão destas, entre outras coisas, tem sido a preocupação

da Sociologia para sua consolidação como ciência.

O período de conformação do capitalismo foi marcado por profundas

mudanças na organização social que fizeram com que seus contemporâneos

buscassem explicações para os fenômenos sociais com os quais conviviam.

As antigas formas organizativas do mundo foram sucessivamente

alteradas pelas experiências da Modernidade que propõe, entre outras coisas,

a utilização da razão como formatadora da realidade. Sendo assim, várias

relações sociais cotidianas foram transformadas neste processo.

A sociedade estaria marcada, então, pelo desenvolvimento da

racionalidade, rumando a “burocratização”. Caberia, pois, a educação o papel

de “(...) prover os sujeitos de conteúdos especializados, eruditos, e de

disposições que os predisponham a ter condições – conduta de vida e

conhecimento especializados – necessárias para realizar suas funções de

perito na burocracia profissional” (SEED, 2006, p22).

Desde então, a preocupação com a sociedade e as relações sociais tem

sido a principal preocupação desta ciência, ou seja, entender, explicar e

questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e

poder institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou

menor exploração ou igualdade, possibilitando aos indivíduos compreender e

atuar de forma efetiva sobre a realidade que os cercam.

É neste contexto que se faz necessária a introdução desta disciplina na

Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que a mesma tem o

compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral, a Sociologia

contribuirá no desempenho de tal tarefa, na medida em que propicia aos

educandos a possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o

mesmo vive e sua atuação sobre a mesma.

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Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição,

classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da

realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e

explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a

desconstruir preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da

autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA:

Estudo do comportamento social das interações e organizações

humanas.

Analisar os símbolos culturais que os seres humanos criam e usam para

interagir e organizar a sociedade.

Explora as estruturas sociais que ditam a vida social.

Conhecer os processos sociais que levam as pessoas as ações mais

repugnantes.

Buscar entender as transformações que esses processos provocam na

cultura e estrutura social.

Estudo da sociedade, ou seja, estudo do comportamento humano em

função do meio e os processos que interligam os indivíduos em

associações, grupos e instituições.

3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1- O Surgimento da sociologia.

2- As teorias sociológicas na compreensão do presente.

3- A produção sociológica brasileira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

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O processo de socialização e as instituições sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

4- Instituições familiares;

5- Instituições escolares;

6- Instituições religiosas;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Cultura e Indústria Cultural.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

7- Conceitos antropológicos de cultura; diversidade cultural.

8- Cultura: criação ou apropriação?

9- Questões de gênero e outras minorias.

3.4. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Trabalho, produção e classes sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

10- Processo de trabalho e a desigualdade social.

11- Globalização.

3.5. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Poder, política e ideologia

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

12- Ideologia.

13- Formação do Estado Moderno.

3.6. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Direitos, cidadania e movimentos sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

14- Movimentos Sociais.

15- Movimento Agrário no Brasil.

16- Movimento Estudantil.

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4. METODOLOGIA:

O ensino da Sociologia propõe que sejam redimensionados aspectos da

realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais.

É preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação

de Jovens e Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como

sujeitos do aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o

acesso à cultura geral. Sendo assim, os conteúdos específicos deverão estar

articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio - histórica, vinculado

ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnológicas, dentre outras.

Neste sentido, os conteúdos específicos da disciplina não precisam ser

trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao último

conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas

para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua

apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos

instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos

objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do

significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários),

sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas,

enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a

relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir

coletivamente novos saberes.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida

com um processo de técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os

instrumentos utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os

objetivos desejados no desenvolvimento do processo educativo, superando o

conteudismo, numa perspectiva marcada pela autonomia do educando.

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Sendo assim, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham

as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão

crítica em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de

textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja

na pesquisa bibliográfica.

Enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como

perspectiva, a clareza dos objetivos que se pretendem atingir no sentido da

apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo educando.

REFERENCIAS

ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.

ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São

Paulo: Expressão popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia:pequena introdução ao estudo da

sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed.

Petrópolis: Vozes, 1981.

COELHO, T. O que é indústria cultural. 15ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.

COMTE, A . Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

GIDDENS, A . Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.

GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e

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novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.

Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do

Paraná – Sociologia. Curitiba, 2006.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Um breve histórico da disciplina

As práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram

fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos

séculos XVIII e XIX. Atribuía a educação física à tarefa de construir corpos

saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao

processo produtivo, tendo como referência o conhecimento técnico científico. A

educação física se consolidou especificamente no contexto escolar, a partir da

constituição de 1937, sendo então, utilizada com o objetivo de doutrinação,

dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o

patriotismo, a hierarquia e a ordem. Segundo as citações dos autores “Wallon e

Piaget”, colocam em evidência o papel da atividade corporal no

desenvolvimento das funções cognitivas (Wallon, 1942), afirma que o

pensamento nasce da ação para retornar a ela. (Piaget, 1976), sustenta que

mediante a atividade corporal a criança pensa, aprende, cria e enfrenta

problemas de sua vida cotidiana. A Educação Física, dentro de uma pedagogia

histórica crítica, tem uma função social a cumprir no espaço escolar A Educação

Física permite abordagens biológicas, antropológicas, sociológicas,

psicológicas e políticas, das práticas corporais, justamente por possibilitar um

trabalho interdisciplinar, não compartimentalizando a disciplina em si só, nem

fragmentando a visão de homem. Dar um novo significado ás aulas é um

exercício necessário que requer uma amplitude das possibilidades de

intervenção, superando a dimensão meramente motriz, por uma dimensão

histórica. Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar

confundindo-se com a educação física.

Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque

entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta

legitimação da disciplina na escola. Os fundamentos da psicomotricidade, por

buscar uma suposta legitimação da disciplina na escola. Considerando o

momento histórico que passa a educação física, na construção e sistematização

de uma proposta que vise o desenvolvimento da pessoa de maneira integral e

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baseada na corporalidade, devemos buscar alternativas viáveis para a

construção de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas, atendendo as

necessidades, expectativas, possibilidades e intencionalidades da comunidade

escolar.

Segundo as diretrizes curriculares a educação física é a área de

conhecimento que introduz e integra com a finalidade de lazer, de expressão de

sentimentos, afeto e melhoria de saúde. Sabemos que alguns problemas

relacionados com a aprendizagem estão interligados com a área da educação

física, onde podemos dizer que se habilidades perceptivo-motoras não forem

bem desenvolvidas todas as demais podem ficar comprometidas.

É também necessário superar aquela visão tecnicista ainda presente em

algumas ações pedagógicas e direcioná-las para uma ação centrada na reflexão

e superação da realidade. Essa prática visa a melhoria de vida e tem como tema

central a corporalidade. Devemos lembrar que o movimento é fundamental para

o ser humano, pois através da relação entre corpo, mundo e mente. É de

fundamental importância que o educador possibilite ao educando vivenciar o

processo de elaboração e reelaboração do conhecimento, da cultura corporal

como norte do trabalho, em especial no Ensino Médio, bem como que procure

evidenciar a estreita relação entre a formação histórica do ser humano, por

meio do trabalho, e as práticas corporais que dele decorrem. Também

importante que através da prática da Educação Física, se leve o educando à

reflexão de todas as formas de representações de mundo que o homem tem

produzido, como a dança, os jogos, as formas todas de lutas, a ginástica e todas

as modalidades de esportes.

Objetivos gerais da disciplina

A disciplina de educação física, como parte integrante do processo

educacional, tem o compromisso de estar articulada com o Projeto Político

Pedagógico da escola e comprometida com uma transformação social que

ultrapasse os limites da mesma.

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Partindo do pressuposto de que o nosso corpo é ao mesmo tempo,

modo e meio de integração do indivíduo na realidade do mundo, ele é

necessariamente carregado de significado.

Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos, sobretudo o

olhar, exprimem melhor do que as palavras, as tendências e pulsões, bem

como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa determinada

situação, num determinado contexto.

A Educação Física enquanto ciência tem no corpo em movimento as

suas diferentes formas de manifestações. Entendemos que o movimento

humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo

conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos

saberes sistematizados pela classe dominante sobre esta consciência corporal.

Portanto, é necessário como ponto de partida a concepção do corpo que

a sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se

situarem na contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o

conhecimento de seu corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o

tipo de sociedade onde este saber produzido, proporcionando-lhes condições

de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e consequentemente

reelaboração da consciência e cultura corporal.

A Educação Física, tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura

corporal, que nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...]

representa as formas culturais do movimentar-se humano historicamente

produzido pela humanidade [...]” apontando a ginástica, esporte, a dança, a

luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos estruturantes, que devem ser

abordados com os alunos de forma contextualizada na sua dimensão histórica,

cultural e social.

Esta tem como objetivos:

Integrar a Educação Física no processo pedagógico como elemento

fundamental para o processo de formação humana do aluno.

Propiciar através dos conteúdos da Educação Física, o maior número de

informações, experiências corporais, a fim de auxiliar o aluno a

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expressar-se criticamente através das diferentes culturas corporais de

movimento.

Superar o caráter da Educação Física, como mera atividade de prática

pela prática, incorporando as noções básicas relacionadas à disciplina;

sua importância, seus conteúdos, cuidados na prática da atividade física,

mudanças fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, benefícios

desta prática.

Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência

por meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais.

Conteúdos estruturantes

Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à

apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades

corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram

estruturados de forma a garantir aprendizagens novas e significativas,

despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da

necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da

sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura

corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003

p. 34).

Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e

práticas que contemplem:

- a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

- a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na

proposição das praticas educativas;

- ensino com base na investigação e na problematização do

conhecimento;

- as diferentes linguagens na medida em que se instituem como

significativas na formação do educando;

- as múltiplas interações entre os diferentes saberes;

- articulação entre teoria, prática e realidade social;

- atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

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Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação

do trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes,

jogos, ginástica, dança e lazer.

Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como

investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o

individual com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se

adquire, além de, pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de:

alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação e

preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições

mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde

como uma construção que requer uma dimensão histórico-política e social.

O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de

esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-

lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social,

tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os

valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da

solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o

outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a

criticá-lo, promovendo a sua resignificação, e sua adaptação a realidade que a

prática cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo.

Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar

atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos

que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e

os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a

possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.

O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando

com as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo,

modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os

educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela

sua prática inadequada ou incorreta.

A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o

desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o

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outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como manifestação de

vida, por meio de um processo continuo de integração e relacionamento

social.

O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do

tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria,

socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que

serão adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e

social.

Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma

informativa, prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada

realidade. Os conteúdos esporte, jogos, dança, lazer e ginástica são comuns

ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o conteúdo saúde mantêm a

especificidade de cada ensino.

Conteúdos

Ensino Fundamental

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-

Metodológica

Avaliação

Esporte

Coletivos

Radicais

Recorte

histórico

delimitando

tempos e

espaços.

Organização de

festivais

esportivos.

Analise dos

diferentes

esportes no

Apropriação

acerca das

regras de

arbitragem,

preenchimento

de súmulas e

confecção de

diferentes tipos

de tabelas.

Reconhecer o

contexto social

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contexto social

e econômico.

Pesquisar e

estudar as

regras oficiais e

sistemas

táticos.

Vivência prática

dos

fundamentos

das diversas

modalidades

esportivas.

Elaboração de

tabelas e

súmulas de

competições

esportivas.

e econômico

em que os

diferentes

esportes se

desenvolveram.

Jogos e

Brincadeiras

Jogos de

tabuleiro

Jogos

dramáticos

Jogos

cooperativos

Organização e

criação de

gincanas e

RPG (Role-

Playing Game,

Jogo de

Interpretação

de

Personagem),

compreendendo

que é um jogo

de estratégia e

imaginação, em

que os alunos

Reconhecer a

importância da

organização

coletiva na

elaboração de

gincanas e

R.P.G.

Diferenciar os

jogos

cooperativos e

os jogos

competitivos a

partir dos

seguintes

Page 161: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

interpretam

diferentes

personagens,

vivendo

aventuras e

superando

desafios.

Diferenciação

dos jogos

cooperativos e

competitivos.

elementos:

• Visão do jogo;

• Objetivo;

• O outro;

• Relação;

• Resultado;

Conseqüência;

• Motivação.

Dança

Danças

criativas

Danças

circulares

Recorte

histórico

delimitando

tempos e

espaços na

dança.

Organização de

festivais de

dança.

Elementos e

técnicas

constituintes da

dança.

Reconhecer a

importância das

diferentes

manifestações

presentes nas

danças e seu

contexto

histórico.

Conhecer os

diferentes

ritmos, passos,

posturas,

conduções,

formas de

deslocamento,

entre outros

elementos

presentes no

forró, vanerão e

nas danças de

origem africana.

Page 162: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Criar e

vivenciar

atividades de

dança, nas

quais sejam

apresentadas

as diferentes

criações

coreográficas

realizadas

pelos alunos.

Ginástica

Ginástica

rítmica

Ginástica geral

Estudar a

origem da

Ginástica:

trajetória até o

surgimento da

Educação

Física.

Construção de

coreografias.

Pesquisar sobre

a Ginástica e a

cultura de rua

(circo,

malabares e

acrobacias).

Análise sobre o

modismo

relacionado a

ginástica.

Vivência das

técnicas

Conhecer e

vivenciar as

técnicas da

ginásticas

ocidentais e

orientais.

Compreender a

relação

existente entre

a ginástica

artística e os

elementos

presentes no

circo, assim

como, a

influência da

ginástica na

busca pelo

corpo perfeito.

Page 163: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

específicas das

ginásticas

desportivas.

Analisar a

interferência de

recursos

ergogênicos

(doping).

Lutas

Lutas com

instrumento

mediador

Capoeira

Pesquisar a

Origem e os

aspectos

históricos das

lutas.

Conhecer os

aspectos

históricos,

filosóficos e as

características

das diferentes

formas de lutas.

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Ensino Médio

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTE

S

CONTEÚDO

S BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGIC

A

AVALIAÇÃO

Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Recorte histórico

delimitando

tempos e

espaços.

Analisar a

possível relação

entre o Esporte

de rendimento X

qualidade de

vida.

Análise dos

diferentes

esportes no

contexto social e

econômico.

Estudar as

regras oficiais e

sistemas táticos.

Organização de

campeonatos,

torneios,

elaboração de

Súmulas e

montagem de

tabelas, de

Organizar e

vivenciar

atividades

esportivas,

trabalhando

com

construção de

tabelas,

arbitragens,

súmulas e as

diferentes

noções de

preenchimento.

Apropriação

acerca das

diferenças

entre esporte

da escola, o

esporte de

rendimento e a

relação entre

esporte e lazer.

Compreender a

função social

do esporte.

Page 165: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

acordo com os

sistemas

diferenciados de

disputa

(eliminatória

simples, dupla,

entre outros).

Análise de jogos

esportivos e

confecção de

Scalt.

Provocar uma

reflexão acerca

do conhecimento

popular X

conhecimento

científico sobre o

fenômeno

Esporte.

Discutir e

analisar o

Esporte nos seus

diferenciados

aspectos:

• enquanto meio

de Lazer.

• sua função

social.

• sua relação

com a mídia.

• relação com a

ciência.

• doping e

Reconhecer a

influência da

mídia, da

ciência e da

indústria

cultural no

esporte.

Compreender

as questões

sobre o doping,

recursos

ergogênicos

utilizados e

questões

relacionadas a

nutrição.

Page 166: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

recursos

ergogênicos e

esporte alto

rendimento.

• nutrição, saúde

e prática

esportiva.

Analisar a

apropriação do

Esporte pela

Indústria

Cultural.

Jogos e

brincadeiras

Jogos de

tabuleiro

Jogos

dramáticos

Jogos

cooperativos

Analisar a

apropriação dos

Jogos pela

Indústria

Cultural.

Organização de

eventos.

Analisar os jogos

e brincadeiras e

suas

possibilidades de

fruição nos

espaços e

tempos de lazer.

Recorte histórico

delimitando

tempo e espaço.

Reconhecer a

apropriação

dos jogos pela

indústria

cultural,

buscando

alternativas de

superação.

Organizar

atividades e

dinâmicas de

grupos que

possibilitem

aproximação e

considerem

individualidade

s.

Dança

Danças

folclóricas

Conhecer os

diferentes

Page 167: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Danças de

salão

Danças de

rua

Possibilitar o

estudo sobre a

Dança

relacionada a

expressão

corporal e a

diversidade de

culturas.

Analisar e

vivenciar

atividades que

representem a

diversidade da

dança e seus

diferenciados

ritmos.

Compreender a

dança como

mais uma

possibilidade de

dramatização e

expressão

corporal.

Estimular a

interpretação e

criação

coreográfica.

Provocar a

reflexão acerca

da apropriação

da Dança pela

Indústria

Cultural.

passos,

posturas,

conduções,

formas de

deslocamento,

entre outros

Reconhecer e

aprofundar as

diferentes

formas de

ritmos e

expressões

culturais, por

meio da dança.

Discutir e

argumentar

sobre

apropriação

das danças

pela indústria

cultural.

Criação e

apresentação

de coreografias

Page 168: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Organização de

Festival de

Dança.

Ginástica

Ginástica

artística /

olímpica

Ginástica de

Condicio-

namento

Físico

Ginástica

geral

Analisar a função

social da

ginástica.

Apresentar e

vivenciar os

fundamentos da

ginástica.

Pesquisar a

interferência da

Ginástica no

mundo do

trabalho (ex.

laboral).

Estudar a

relação entre a

Ginástica X

sedentarismo e

qualidade de

vida.

Por meio de

pesquisas,

debates e

vivências

práticas, estudar

a relação da

ginástica com:

tecido muscular,

resistência

muscular,

Organizar

eventos de

ginástica, na

qual sejam

apresentadas

as diferentes

criações

coreográficas

ou seqüência

de movimentos

ginásticos

elaborados

pelos alunos.

Aprofundar e

compreender

as as questões

biológicas,

ergonômicas e

fisiológicas que

envolvem a

ginástica.

Compreender a

função social

da ginástica.

Discutir sobre a

influência da

mídia, da

ciência e da

indústria

Page 169: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

diferença entre

resistência e

força; tipos de

força; fontes

energéticas,

freqüência

cardíaca, fonte

metabólica,

gasto energético,

composição

corporal, desvios

posturais, LER,

DORT,

compreensão

cultural acerca

do corpo,

apropriação da

Ginástica pela

Indústria Cultural

entre outros.

Analisar os

diferentes

métodos de

avaliação e

estilos de testes

físicos, assim

como a

sistematização e

planejamento de

treinos.

Organização de

festival de

ginástica.

cultural na

ginástica.

Compreender e

aprofundar a

relação entre a

ginástica e

trabalho.

Page 170: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

Lutas

Lutas com

aproximação

Lutas que

mantêm à

distancia

Lutas com

instrumento

mediador

Capoeira

Pesquisar,

estudar e

vivenciar o

histórico,

filosofia,

características

das diferentes

artes marciais,

técnicas, táticas/

estratégias,

apropriação da

Luta pela

Indústria

Cultural, entre

outros.

Analisar e

discutir a

diferença entre

Lutas x Artes

Marciais.

Estudar o

histórico da

capoeira, a

diferença de

classificação e

estilos da

capoeira

enquanto

jogo/luta/dança,

musicalização e

ritmo, ginga,

confecção de

instrumentos,

Conhecer os

aspectos

históricos,

filosóficos e as

características

das diferentes

manifestações

das lutas.

Compreender a

diferença entre

lutas e artes

marciais, assim

como a

apropriação

das lutas pela

indústria

cultural.

Apropriar-se

dos

conhecimentos

acerca da

capoeira como:

diferenciação

da mesma

enquanto

jogo/dança/luta

, seus

instrumentos

musicais e

movimentos

básicos.

Conhecer os

diferentes

Page 171: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

movimentação,

roda etc.

ritmos, golpes,

posturas,

conduções,

formas de

deslocamento,

entre outros.

Organizar um

festival de

demonstração,

no qual os

alunos

apresentem os

diferentes tipos

de golpes.

Metodologia

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso

(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações

do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à

escolarização mesma por fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses

educandos possuem uma gama de conhecimentos adquiridos em outras

instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e

socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere,

exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sócio-

cultural dos mesmos.

Se considerarmos que os educandos freqüentadores dessa

modalidade de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do

trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação

Física seja compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos.

Desse modo, a aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas

que estejam direcionadas para e sobre o movimento, focalizando

preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes

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favoráveis à realização de atividades físicas e ao aprofundamento do

entendimento de conceitos relacionados a essas atividades.

Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na

constatação da incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação

Física com adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e

Adultos. Se nos apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que

enfatizam atividades como as “bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao

fundo do mar” do voleibol como referências absolutas das possibilidades de

movimento corporal humano e como tipos de conteúdo e de aprendizagem

presentes na Educação Física, de fato sua adequabilidade será mínima.

Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do

professor que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é

potencializar as possibilidades de participação ativa de pessoas com

demandas educacionais específicas, em programas com foco na atividade

física/movimento corporal humano. Outrossim, há que se considerar que a

sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de

escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção,

carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a

consolidação da participação da Educação Física nessa modalidade de ensino.

Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo

orientador para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com

jovens e adultos:

- Quem são os alunos da EJA?

- Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses

alunos?

Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física

deverá valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas

manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a

corporalidade “entendida como a expressão criativa e consciente do

conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas” (PARANA,

2005), considerando os três eixos norteadores do trabalho com a EJA que

são a cultura, o trabalho e o tempo.

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Seqüênciação

É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se

manifestem na prática pedagógica do educador, expressando idéias e ações

relacionadas a: seqüenciação (organização do conteúdo em função do

tempo escolar), comprometimento na condução do processo ensino-

aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do

trabalho pedagógico (critérios de acompanhamento das conseqüências do

processo ensino-aprendizagem).

A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa

importante possibilidade de contato dos educandos com a diversidade da

cultura corporal de movimento, sem perder de vista o papel da EJA, que

segundo KUENZER (apud PARANÁ, 2005, p. 28),

deve estar voltado para uma formação na qual os educandos-

trabalhadores possam aprender permanentemente; refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva;

participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma

solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;

enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez.

O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA

necessita de um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e

experiências anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá

planejar o trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o

trabalho com a cultura local, buscando a origem de suas práticas,

transformações e diferenças em cada região.

Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em

conta as características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de

ensino, seja de caráter presencial ou semi-presencial. Os conteúdos que

apresentamos – constituintes da cultura corporal de movimento – devem ser

selecionados em função do projeto pedagógico elaborado pela escola,

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considerando os interesses dos alunos observados nas interações iniciais com

o educador .

Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação

Física (BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio da Inclusão que tem como

meta a participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do

grupo, buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre

indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultando na valorização

exacerbada no desempenho e da eficiência, e conseqüentemente na exclusão

do educando .

O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem

na escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os

conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da

aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as possibilidades de

aprendizagem que se estabelece nas dimensões afetivas, cognitivas, motoras

e sócio-culturais dos alunos.

Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de

movimento, não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço

conjunto de professores e alunos através de situações concretas e

significativas. A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola

sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa autonomia significa a

possibilidade de construção pelo educando dos seus conceitos, atitudes e

procedimentos, ao invés de simples reprodução e memorização de

conhecimentos.

Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma

aprendizagem significativa, entendida como a aproximação entre o

conhecimento do educando e o construído ao longo do tempo, não perdendo

de vista que os mesmos estão inseridos numa cultura e expressam uma

aprendizagem social regida por uma organização política e social.

O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o

educando compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do

conhecimento do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de

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suas necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições

de adquirir e criar novas formas de expressão.

A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da

avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da

aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e

sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os

alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este

pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:

o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a

partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação

que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho

em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto

de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos

resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos

alunos, aos colegas educadores e aos pais.

Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço

para uma nova visão que procura ser mais processual, abrangente e

qualitativa. Não deve ser um processo exclusivamente técnico que avalia a

práxis pedagógica, mas que pretende atender a necessidade dos educandos

considerando seu perfil e a função social da EJA, com o reconhecimento de

suas experiências e a valorização de sua história de vida. Isso torna-se

essencial para que o educador reconheça as potencialidades dos educandos

e os ajude a desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o

conhecimento na busca de oportunidades de inserção no mundo do trabalho

e na sociedade.

A avaliação deverá portanto compreender formas tais como: a

linguagem corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de

trabalhos, de seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando

um amplo conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e

objetivos que se quer alcançar. Devemos levar em consideração que

educando idosos, ou com menos habilidades, os com necessidades

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especiais e o grau de desenvolvimento que possuem, bem como as suas

experiências anteriores.

Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as

diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os

educandos. Nesse sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do

desenvolvimento progressivo do aluno, respeitando suas individualidades.

Desse modo a avaliação não pode ser um mecanismo apenas para

classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,

tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu

replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja

coerente e representativa é fundamental que a relação entre os

componentes curriculares se apóie em um diálogo constante.

É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura

corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-

conhecimento e uma análise possível das etapas já vencidas no sentido de

alcançar os objetivos propostos.

Avaliação

A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador

entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de

construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de

atuações que tenha função de diagnosticar, de perceber o domínio dos

conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos

e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de

tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os

alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à

necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes

instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como

forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta de

apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,

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revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento

estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas

realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,

seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além

dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados

aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o

significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do

aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de

conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula (Observação Constante

do Aluno feita pelo Professor), considerando sua aplicação e conseqüência

pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e

coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades

envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho no

conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da

concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um

ser uno e único e de que ambos, professor e aluno assumirão

responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa

conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

BIBLIOGRAFIA

DARIDO, S. C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para

a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DARIDO, S. C. Os conteúdos da educação física escolar: influências,

tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física

Escolar, Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), p. 05-25, 2001.

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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,

1996.

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Livraria

Unijuí Editora, 1994.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: educação física.

Curitiba, 2008.

SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino da educação física.

São Paulo: Cortez, 1992.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho

pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 5.

ed. São Paulo: Editora Libertad, 1989.

Page 179: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

DISCIPLINA DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física (do grego physis, natureza) é a ciência que se propõe a

descrever e compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza. Ela

não é um conjunto de conhecimentos completos e imutáveis; ao contrário, ela é

algo que cresce e também se modifica. Constantemente surgem novos campos

de estudo e fenômenos que aparentavam ser independentes, sem qualquer

relação entre si, passam a revelar-se como aspectos diferentes de um único

fenômeno mais geral.

Originalmente, chamavam-se “físicos” todos aqueles que se dedicavam

ao estudo da natureza. Mais tarde, com o desenvolvimento do conhecimento, o

campo de atuação subdividiu-se em várias partes, que se tornaram capítulos

separados da Ciência. Temos assim, a Astronomia, a Biologia, a Química, etc.

É difícil definir com precisão o campo de atuação da Física, porque ela

não tem contornos bem delimitados e se encontra em constante evolução. Há

algum tempo dizia-se que a Física estudava os fenômenos da natureza não-

viva, nos quais não houvesse grande participação dos aspectos químicos nem

astronômicos. Esta porém, é uma definição muito aproximada e um pouco

simplista. O que caracteriza a Física não são tanto seus conteúdos, mas sim o

método científico no qual ela se fundamenta. O método experimental se baseia

nas observações e nas experiências e permite formular as leis físicas,

habitualmente expressas por fórmulas matemáticas.

Busca-se atualmente construir um ensino de Física centrado em

conteúdos e metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão

sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto

da pura racionalidade científica. Entende-se então que a Física deve educar

para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico,

capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e

compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento para o estudo e

o entendimento do universo e dos fenômenos que o cerca. Mas também, que

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percebam a não-neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais dessa ciência, seu comprometimento e

envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.

Assim sendo, o ensino da Física deve contemplar os seguintes objetivos:

DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Física

em continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino

fundamental;

PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Física com os

conteúdos das demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão

mais ampla, no educando, do meio no qual está inserindo e dos fenômenos

que nele ocorrem;

APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos físicos em

situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação,

justificando-os frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;

INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os

problemas que envolvam os conhecimentos de Física, de forma crítica,

científica e criativa;

DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por

meio de trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados

nos temas transversais propostos pela atual LDB;

DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos

educandos para:

a) a compreensão dos fenômenos do universo;

b) o seu crescimento como cidadão consciente e participativo;

c) a resolução de problemas no contexto de seu cotidiano e

d) ao preparo para o ingresso no curso superior e/ou no mercado de trabalho.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os três conteúdos: MECÃNICA (Movimento), TERMODINÂMICA e

ELETROMAGNETISMO foram escolhidos como estruturantes porque indicam

campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos

pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais

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abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história da Física

enquanto campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo,

e o entendimento, pelos professores, de que o ensino médio deve estar voltado

à formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da

natureza, das populações e das relações humanas, procurando enfatizar de

modo específico a história e cultura afro-brasileira e africana, conforme prevê a

Lei 10.639/03.

Além disso, os conteúdos desenvolvidos no âmbito do estudo do

Movimento, da Termodinâmica e do Eletromagnetismo permitem o

aprofundamento, as contextualizações e as relações interdisciplinares, os

avanços da Física dos últimos anos, a tecnologia disso decorrente e as

perspectivas para o futuro.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

PRIMEIRA SÉRIE

MECÂNICA

Estática, Cinemática e Dinâmica

Trabalho e Energia

Conservação da quantidade de movimento

SEGUNDA SÉRIE

TERMOLOGIA

Termometria

Dilatometria

Calorimetria

Transmissão de calor

Gases Perfeitos

Termodinâmica

ÓPTICA

Óptica física e óptica geométrica

ONDULATÓRIA

Ondas mecânicas e eletromagnéticas

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TERCEIRA SÉRIE

ELETROMAGNETISMO

Eletrostática

Eletrodinâmica

Magnetismo

TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Por se tratar de um curso de Ensino Médio, serão desenvolvidos com os

alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no decorrer de seu

processo de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com aqueles

desenvolvidos nas demais disciplinas do curso e com os conhecimentos

trazidos pelo educando através de sua escolaridade anterior e de sua própria

experiência de vida.

O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao

cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de

conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Alterações são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de

cada tópico proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das

características particulares tanto do curso quanto da turma e/ou de cada

educando.

As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que

possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados,

tais como os recursos tecnológicos (apresentações em PowerPoint,

simulações), recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.),

além do material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor;

Portal Dia-a-dia da Educação; PCNs e o Plano Político Pedagógico (PPP) do

Colégio. Também dentro das possibilidades de recursos físicos, materiais e de

calendário, serão desenvolvidas atividades práticas e projetos de pesquisa,

além de promover a participação dos alunos em eventos relativos à disciplina,

tais como as Feiras de Tecnologia e de Ciências e Matemática, propostas no

calendário escolar.

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Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos

referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S

(Ciência, Tecnologia e Sociedade).

Todos os conteúdos serão retomados de forma cíclica, de modo a

evidenciar que os conhecimentos adquiridos durante os estudos não são

terminais, mas voltam a ser utilizados quando se tratam de outros conceitos a

serem estudados, bem como, ora exigem a extrapolação para novos conceitos,

e ora facilitam e simplificam os conceitos já estudados.

Dentre os vários conceitos que é mister de se rever de forma cíclica,

pode-se relatar o caso da energia mecânica, do conteúdo estruturante

Movimento, passa a ser importante e caminho para a compreensão da Energia

Térmica, como relacionada ao movimento de átomos e partículas, importante

fundamentação para a Termodinâmica e, necessário também para entender a

produção da energia elétrica, tratada no Eletromagnetismo, quer pela via das

usinas hidrelétricas (conversão da energia mecânica em elétrica) quer nas

usinas térmicas, sejam elas termelétricas ou nucleares. Essa conceituação da

energia prove fundamentação suficiente para interpretar, a partir daí a forma

como o Universo, e em especial o modo pelo qual o Sol, sofrendo reações de

fusão, tem sua massa modificada e a liberação da Luz e da energia térmica

que sustentam a vida no planeta.

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A seguir se apresentam os Mapas Conceituais da disciplina, por meio dos

quais se poderá vislumbrar os conceitos mais significativos.

Fig. 1 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante MOVIMENTO.

Observa-se deste mapa que, grande parte da formulação da Estática e

da Cinemática foram deixadas de lado, visto o tema Movimento, dentro do

aspecto dinâmico ser de maio valia, visto que aspectos como a conservação e

produção da energia serem mais relevantes.

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Fig. 2 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante TERMODINÂMICA.

Foi através do desenvolvimento da Termodinâmica que a humanidade

passou a conhecer e utilizar de modo mais significativo a Energia como forma

de produção. O conceito de energia térmica e escalas absolutas foram

desenvolvidos muito mais tarde, em relação à Revolução Industrial, e, hoje é

sinônimo de preocupação: as fontes não renováveis se estão exaurindo, e o

consumo de energia – na forma térmica, para impulsionar veículos e mesmo

industrias – está aumentando, exigindo uma postura de uso racional e que dê

sustentabilidade ao meio ambiente.

O mapa da página seguinte é o do Eletromagnetismo. Neste se pode

observar a descrição e as relações das quatro Leis de Maxwell, que são uma

simplificação extraordinária e abrangente de todos os conceitos a serem

estudados, nesta área.

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Fig. 3 – Mapa Conceitual do conteúdo estruturante ELETROMAGNETISMO.

Novamente, a produção da Eletricidade, agora como tema específico,

passa a ser o tema central de estudo, mas novamente relacionado com a

Energia Mecânica, pois, é à partir dela que a grande maioria da energia elétrica

no Brasil é produzida.

Além do tema Energia que é comum aos três conteúdos, também se

pode associar os movimentos de fluídos, pois eles poderão servir de modelo

conceitual para clarear as idéias relacionadas aos fluxos: fluxo de calor – e por

conseqüência sua transmissão – e o fluxo de cargas e campos, extremamente

importante para se entender a produção da energia elétrica.

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O tema Luz, também pode ser articulado aos três conteúdos

estruturantes, segundo as formas que se pretenda associar: suas

características principalmente se associadas ao movimento da luz, em termos

de trajetórias e velocidade, e também quanto aos conceitos de energia. É

interessante, porém bastante complicado, tratar de aspectos físicos da luz,

especialmente segundo à formulação proposta por Maxwell.

Formulação Matemática

Sendo a Matemática uma ferramenta importante na expressão

quantitativa dos fenômenos que se pretende abordar, é necessário,

inicialmente ter em mente que ela é apenas uma ferramenta, e como tal, não

pode suplantar a beleza que cerca o fenômeno físico.

Inicialmente, ao tratar dos assuntos, é de valia começar formulado e/ou

descrevendo os fenômenos utilizando os recursos de linguagem verbal, gráfica,

demonstrativa e experimental que se tenha. Em seguida, trata-se das relações

de dependência entre as variáveis e o fenômeno, propondo-as em forma de

proporcionalidade: direta e inversamente proporcional.

Uma vez estabelecidas essas relações se pode passar à composição

das equações que venham a auxiliar na expressão quantitativa entre as

variáveis e o fenômeno, de forma que, dadas os valores das mesmas, se possa

expressar o valor da energia, força, temperatura ou intensidade de corrente

adequadamente.

Experimentação

A experimentação é forma de como se investiga e questiona a natureza

quanto à fenômenos que se pode observar. Ela é sempre uma parte de um

método, e não o método em si mesmo: experimentar pela experimentação é

perda de tempo. Ela deve estar relacionada com algum problema.

Mesmo que a comunidade já conheça a resposta ao problema, ainda se

podem criar questões que levem os estudantes a formular as hipóteses que

respondem a esses questionamentos e verificar experimentalmente qual das

hipóteses é a verdadeira em relação à problematização inicial.

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Atividades desta forma podem ser construídas tanto à partir de situações

vivenciais, como de problemas propostos em sala, pelo professor, se utilizando

das técnicas disponíveis para tanto. Assim por exemplo, pode-se questionar, se

de uma rampa inclinada, ao se soltar uma esfera, sabe-se que ela aumenta sua

velocidade. Se entretanto, a esfera for solta de uma altura duas vezes maior

que a anterior, a velocidade dobrará?

Essas atividades podem ser desenvolvidas em sala de aula, que pela

demonstração efetuada pelo professor, quer pela implementação dos alunos

em atividades práticas, ou serem propostas para serem realizadas em casa,

com materiais alternativos. Independente do meio utilizado, a entrega de um

relatório, quer individual, quer coletivo, será obrigatório, mas, é ainda de maior

valia, conversar sobre os acertos e os erros cometidos – principalmente sob o

aspecto da física – e as causa e/ou pré-conceitos que os originaram.

O uso de softwares de simulação pode também servir de meio para se

desenvolver atividades cujos materiais sejam de difícil acesso, ou seu

manuseio implique em riscos à saúde dos participantes.

Leituras de Textos Científicos

Sabe-se que a leitura e interpretação de textos contribui de forma

significativa na formulação de conceitos científicos. Pode também auxiliar na

reformulação do dia a dia, ao substituir pré-conceitos obsoletos, por novos,

historicamente construídos. Assim, deixa de ter sentido a expressão de “estar

com calor” quando se tem claro o que é calor, sua relação com a energia.

São textos interessantes a serem lidos e discutidos, os que tratam da

História da Ciência, nos quais se pode observar e abstrair as tramas

conceituais e as mudanças de paradigmas necessários para poder explicar os

novos fenômenos que se observa. Assim, entre outros, pode-se estudar, as

idéias aristotélicas quanto ao vácuo, aceitas na idade média e a formação de

vácuo em bombas, a partir de certa profundidade.

Também são interessantes textos que mostrem os físicos e os cientistas

como pessoas normais, não estereotipadas, como o fazem muitos livros, ao

proporem situações nas quais os “personagens” jamais teriam participado,

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como por exemplo a queda da maçã na cabeça de Newton, a corrida nua de

Arquimedes ao descobrir o empuxo da coroa do rei, o empinar de “papagaios”

em dias de tormenta por Franklin.

De certa forma essa descontrução, auxilia numa reelaboração, no qual

se pode perceber a pessoa do cientista e físico, como pessoa, não mais como

um mito.

O trabalho com estes textos, e outros de divulgação científica, e também

de história e filosofia das ciências, pode resultar na confecção de novos textos,

que possam ser apresentados nos eventos internos do colégio.

AVALIAÇÃO

Esta será permanente e executada em todo o decorrer do processo,

abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por

meio de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação

e documentação de projetos de pesquisa e de participação do aluno em

eventos relacionados à disciplina no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-

se-á ainda a freqüência e a participação do aluno em outras atividades intra e

extra-classe.

A média bimestral será obtida pela média aritmética de todas as notas

atribuídas ao aluno, garantindo ao mesmo, a recuperação paralela bimestral

quando necessário a mesma se fizer.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino

Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações (Im)

pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)

_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações

Curriculares. Física Junho/2005

Page 190: CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Ensino … · não puderam concluir a educação formal na idade própria. ... trabalho a falta de estudos, capacitação profissional, e

_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação

Profissional. Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos

Políticos e Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.

_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Física. 2006.

272 p.

_______. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Física

para a Educação básica. 2006. 45 p. Disponível em

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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DISCIPLINA DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História constitui-se como uma área de pesquisa e produção de saber

que não possui uma verdade absoluta, mas está em constante transformação e

é escrita e reescrita.

Atualmente o estudo da História aponta para a formação do cidadão,

entendido como agente social, político, transformador de sua vivência a partir

do conhecimento estruturado pela intermediação do professor, buscando

satisfazer as expectativas de nossa comunidade escolar, a qual espera que a

aquisição do conhecimento possibilite aos alunos enfrentar os problemas ao

longo da vida, construindo um futuro melhor para seus filhos, mas pautados

pela ética.

Somente através da análise das contradições, mudanças e

permanências que marcam as relações sociais que envolvem os seres

humanos em diferentes momentos históricos é que podemos compreender e

transformar a sociedade, dos menores aos maiores grupos.

Sendo assim é necessário refletir sobre as várias correntes

historiográficas, pela qual a disciplina passou ao longo dos tempos, a fim de

rever o processo histórico que norteia a Disciplina de História.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do

Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina

acadêmica.

Essas produções foram elaboradas sob influência da História do

Positivismo orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos

documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva

da valorização política dos heróis.

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A tendência positivista reafirma-se no contexto do regime militar, a partir

de 1964, quando o ensino de História manteve seu caráter político, pautado no

estudo de fontes oficiais. Neste mesmo período histórico as disciplinas de

História e Geografia deram origem à disciplina de Estudos Sociais.

Somente, na segunda metade da década de 1980 e inicio dos anos 90, a

Disciplina de História passa a fazer parte de reformas na área educacional.

Passou a ser fundamentada pela pedagogia histórico - critica. .Essa proposta

de renovação tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no

materialismo histórico dialético, e indicava alguns elementos da Nova História,

tendência que influenciou grande parte as propostas de ensino de História no

país.

Com a LDB/96 a tendência e a proposta metodológica para a disciplina

passam novamente a serem rediscutidas, pois a lei permite a criação de uma

Proposta Curricular, sendo que esta deveria estar fundamentada, de acordo

com as novas demandas sociais para o ensino de História e pautada em

reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram

produzidos no contexto paranaense, respeitando as leis.

• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil;

. o cumprimento da Lei n.9795/99, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da Educação Ambiental;

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. o cumprimento da Lei n. 11343/06, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da política anti-drogas;

. o cumprimento da Lei n. 11733/97, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DST.

Diante das novas reformulações, a disciplina de História de acordo com

as DCEs, tem por objetivo levar os alunos a compreenderem que os fatos

históricos são efeitos das relações de trabalho, poder e cultura, nas mais

diversas sociedades e tempos, mas também identificando as lutas das diversas

sociedades na construção/destruição de certas dominações; que a História não

é uma disciplina desvinculada das demais áreas do conhecimento e que ela

encontra-se em nosso cotidiano; não sendo só passado, mas a explicação da

nossa realidade que é fruto da evolução ou não das sociedades; que o

educando passe a buscar uma sociedade democrática, que realmente respeite

a realidade brasileira como multicultural e ainda que ele valorize a própria

individualidade, que será mais sujeito da história quanto mais for sujeito de seu

cotidiano, valorizando aquilo que os torna diferente dos outros grupos que

compõem a população.

Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato

de que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa

modalidade tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação

humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala, a partir dos

diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no

ensino de História.

Assim, compreende-se que o educando da EJA se relaciona com o

mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida

e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade significa contemplar, na

organização curricular, discussões relevantes sobre a função do trabalho e

suas relações com a produção de saberes.

Deve-se, ainda, considerar os saberes adquiridos na informalidade das

suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas

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características, como aquelas típicas dos movimentos sociais, das

comunidades indígenas, dos educandos privados de liberdade, das

comunidades ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos

trabalhadores sazonais. Portanto, considerar o tempo também como um dos

eixos implica compreender suas variantes: o tempo escolar e o tempo

pedagógico.

Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas

exigências burocráticas. Já o tempo pedagógico tem sentidos de tempo vivido,

uma vez que enfoca o processo de formação e o autoconhecimento do

educando. Sendo assim, a organização do trabalho pedagógico, na escola,

necessita ser pensada em razão da articulação satisfatória entre o tempo

pedagógico e o tempo escolar.

Desse modo, o caráter coletivo da organização escolar permite maior

segurança ao educador da EJA que, em sua ação formadora, toma para si a

responsabilidades de adiantar-se ao tempo vivido pelo educando, criando

espaços interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a

compreensão de si mesmo, do outro e do mundo.

Por isso, é tão importante e, preciso que o ensino de História na EJA

seja dinâmico e que o educando perceba que a sua História não esta

sepultada, mas em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar

sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão

inseridos educandos e educadores. Há que se considerar que o passado

explica o presente, mas também o presente explica o passado. Nesse contexto

é preciso estimular o interminável diálogo entre o presente e o passado

levando em consideração as especificidades de cada contexto histórico.

Por fim, reconhecer que esses sujeitos são capazes de transformar a

natureza e escrever a sua própria História.

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FORMAS DE ATENDIMENTO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Organização Coletiva

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm

possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um

cronograma preestabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores

que não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às

condições de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados

mediante classificação, aproveitamento de estudos ou que foram

reclassificados ou desistentes quando não há, no momento em que sua

matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua inserção.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com

necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos

da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o

acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando

a situação em que se encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até

aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de

aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento

educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades

educativas especiais decorrentes de:

1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

3. superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as

alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para

remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Diante do processo de aprendizagem em História, somos sabedores que

esse processo ocorre em diversas situações, faz-se e aprende-se História em

diferentes momentos, por meios diversos e em lugares distintos, sendo que a

unidade escolar é um desses espaços.

Cabe então através das DCEs, para a disciplina de História nortear os

objetivos a fim de que possa contribuir no processo de construção do

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conhecimento e através do encaminhamento metodológico ampliar e

aprofundar o interesse na dinâmica da História, de modo que se compreenda a

importância da disciplina nos contextos em que foi e que está sendo construída

historicamente.

Assim é primordial que o aluno compreenda:

a concepção de mundo e a visão de realidade que imperava nas diversas

épocas;

as relações sociais de produção, as relações de trabalho e as relações com

o mundo, que são responsáveis por impulsionar uma determinada época na

busca de alternativas;

as condições da época que permitiram determinadas ações;

as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do

conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas

ações.

a época em que se vive, situando-se diante dos problemas atuais, com

base numa visão de evolução econômica, política, social e cultural da

humanidade;

o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;

os conhecimentos adquiridos e os aplique à realidade brasileira, a fim de

melhor interpretá-la, e nela atuar;

idéias de forma clara e compreensível e as exponhas nas atividades e

avaliações propostas.

OS CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Os conteúdos estruturantes de história são saberes e conhecimentos de

grande amplitude, fundamentais e significativos para a compreensão de seu

objetivo.

O trabalho com estes conteúdos no Ensino Fundamental, assume uma

dimensão mais ampla, pois enfoca as dimensões da vida humana, ou seja, a

dimensão política, a dimensão econômico-social, e a dimensão cultural. É

desenvolvido de forma cíclica, simultânea e contextualizado, através de

relações interdependentes e dinâmicas, movimento próprio da realidade social,

ou seja, uma vez tomados em conjunto, sustentam o tratamento dado aos

conteúdos específicos, possibilitando assim a compreensão da realidade nos

diversos contextos históricos, num processo de construção da consciência

histórica.

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRURANTES

CONTEÚDOS

BASICOS

CONTEÚDOS

ESPECIFICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

5ª Série/6º Ano

- A experiência

humana no tempo

- Os sujeitos e

suas relações

com o outro no

tempo

- As culturas

locais e a cultura

comum

- O conhecimento

histórico: Introdução

aos Estudos

Históricos e Fontes

Históricas

- História e Memória:

história de vida e sua

identidade.

- Tempo cronológico e

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Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

6ª Série/7º Ano

- As relações de

propriedade

- A constituição

histórica do

mundo e do

campo e do

mundo da cidade

- As relações

entre o campo e a

cidade

- Conflitos e

resistências e

produção cultural

campo / cidade

7ª Série/8º Ano

tempo histórico: tempo

cronológico do aluno

X acontecimentos ou

fatos históricos local,

estadual, nacional e

mundial.

-Surgimento e

transformações dos

seres humanos:

Período Paleolítico,

Neolítico e Idade dos

Metais.

- História e Cultura

Afro: Diversidade da

população local e

regional

- Posse e propriedade

- A origem e a forma

da propriedade da

terra no Brasil

- Movimentos

populares e reforma

agrária

- Terra e propriedade

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Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

- História das

relações da

humanidade com

o trabalho

- O trabalho e a

vida em

sociedade

- O trabalho e as

contradições da

modernidade

- Os

trabalhadores e

as conquistas de

direito

8ª Série / 9º Ano

- A constituição

das instituições

sociais

- A formação do

Estado

- Sujeitos, guerras

e revoluções.

na Roma Antiga

- Sistema feudal

- Propriedade

capitalista

- Canudos e

Contestado: política,

miséria e misticismo.

- A propriedade da

terra na sociedade

indígena

- Trabalho na

Antiguidade:

Escravidão

- Trabalho na Idade

Média: As três ordens

do imaginário feudal

- Trabalho nas

sociedades pré-

colombianas: Maias,

Astecas, Incas, Índios

brasileiros.

- Trabalho escravo no

Brasil

-Trabalho na fábrica:

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burguês X operários

- Dominação e

resistência no sistema

de fábrica: Revoltas

operárias e Formação

dos Sindicatos

- Direitos trabalhistas

na sociedade

capitalista

- Polis e democracia

na Antiguidade: A

democracia na Grécia

-A democracia

moderna: direitos de

participação na

escola, família,

associações, igrejas.

- Os imperialismos e

as relações entre os

povos: a dominação

da África e da Ásia

- Poder e participação

popular: sistemas

totalitários na Europa

- Guerras Mundiais: 1ª

e 2ª Guerras

- Globalização e

exclusão social no

século XXI

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No Ensino Médio, os conteúdos estruturantes trabalho, poder e cultura

dão seqüência aos trabalhados no Ensino Fundamental, assumindo recortes

mais específicos e aprofundados e que apontam para a compreensão das

ações e das relações humanas, que constituem o processo histórico. Tais

conteúdos são articulados a partir das noções de espaço e tempo, pois

possibilitam a delimitação e a contextualização dos temas a serem

problematizados valorizando os diferentes locais e temporalidades históricas.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de

trabalho

Relações de poder

Relações culturais

1ª Série

- Trabalho escravo, servil,

assalariado e o trabalho

livre.

-Urbanização e

Industrialização

-Os sujeitos, as revoltas

e as guerras.

- Conceito de trabalho em

diferentes sociedades e

tempos: escravo, servil,

assalariado, formal e informal.

- Relações de dominação,

resistência e exclusão social:

A mulher no mundo do

trabalho, Dívida social/histórica

e as etnias no mundo do

trabalho.

- Desemprego X Qualificação:

Educação como direito.

- Sindicalismo e direito dos

trabalhadores

- Urbanização e

industrialização no Paraná:

Movimentos sociais e

Educação para o campo.

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Relações de

trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Relações de

trabalho

Relações de poder

2ª Série

-O Estado e as relações

de poder

- Movimentos sociais,

políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

- Cultura e religiosidade

3ª Série

-Movimentos sociais,

políticos e culturais e as

guerras e revoluções.

- O Estado e as relações

de poder

- O sistema de fábrica:

Revolução Industrial

- O poder teocrático na

sociedade medieval e na

sociedade contemporânea

- O poder das metrópoles

européias sobre as colônias na

expansão do capitalismo:

Dominação econômica e

cultural sobre o Brasil

- Os processos de

independência da América

colonial e contemporânea:

Movimentos das Diretas Já,

Movimento dos Caras-

Pintadas, Movimentos pela

igualdade de direitos, Dia da

Consciência Negra.

- Festas populares no Brasil e

a indústria cultural e de

consumo

- O nacionalismo nos estados

ocidentais: totalitarismo na

Europa: dominação e

permanência na sociedade

contemporânea

- As guerras como instrumento

de política econômica:

1ª e 2ª guerras mundiais: A

evolução tecnologia a favor da

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Relações culturais

dominação e extermínio dos

seres humanos/ A

contextualização da 2ª Guerra

Mundial na comunidade local.

- Movimento de resistência no

contexto da ditadura no Brasil:

Brasil República, Ditadura

Militar no Brasil,

- Movimentos de resistência:

guerrilhas e movimento

estudantil

METODOLOGIA

A proposta metodológica da EJA, segundo as Diretrizes Curriculares

da Educação de Jovens e Adultos, deve considerar os três eixos

articuladores das práticas pedagógicas: a cultura, o trabalho e o tempo,

de forma inter-relacionada.

A cultura deve ser entendida como eixo principal de toda a ação

pedagógica, pois está intimamente relacionada ao trabalho e ao tempo, este

último entendido como tempo escolar e tempo pedagógico. Significa que os

educandos trazem na “bagagem”, conhecimentos construídos a partir do senso

comum e um saber popular, não-científico, constituído nas experiências do

cotidiano, nas relações com o outro e com o meio, que deve ser considerado

como ponto de partida das práticas pedagógicas, para que o conhecimento

escolar tenha sentido para os educandos da EJA.

Neste sentido, o trabalho dos educadores é buscar continuamente o

conhecimento que dialogue com o singular e o universal, o mediato e o

imediato, de forma dinâmica e histórica tornando a avaliação escolar também

um eixo articulador da prática, isto é, o processo avaliativo é parte integrante

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da práxis pedagógica, pois este voltado a atender as necessidades dos

educandos, respeitando os tempos individuais e a cultura de cada educando.

Os educadores necessitam compreender que o educando da EJA se

relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua

qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade, o que

significa organizar um currículo que estabeleça relações quanto à função do

trabalho e a produção de saberes.

Ainda em relação aos eixos, a escola deve ter como princípio

metodológico o tempo, que consiste em valorizar os diferentes tempos

necessários a aprendizagem, ou seja, considerar os saberes adquiridos na

informalidade das suas vivências e do mundo de trabalho, em face de

diversidade de suas características, o que implica compreender suas variantes:

- o tempo escolar: estabelecido pelo calendário, por cronogramas

de atendimentos nas organizações individuais e coletivas, as cargas horárias

com direito ao aproveitamento de estudos formais já realizados.

o tempo pedagógico: tem sentido de tempo vivido, contando o

processo de formação e o autoconhecimento do educando. Tende a adequar a

qualidade do ensino e a aprendizagem, ao tempo escolar.

O educando EJA tem direito a seu próprio tempo para construção da

aprendizagem, para isso torna-se necessário estabelecer um equilíbrio entre o

tempo escolar e o tempo pedagógico, o que requer a organização de

conteúdos culturais relevantes que estejam articulados à realidade, integrando-

os aos diferentes saberes das áreas do conhecimento.

Os conteúdos básicos da disciplina de História foram estabelecidos de

acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais e seus respectivos conteúdos

estruturantes. Os conteúdos essenciais e os critérios de avaliação são

definidos no Plano de Trabalho Docente, desenvolvido a cada início de

atendimento, na organização coletiva, após avaliação diagnóstica, para que

cada docente construa o seu planejamento de acordo com a realidade do

grupo de educandos jovens, adultos e idosos.

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Na organização individual, o Plano de Trabalho Docente, deve ter

uma estrutura flexível, pois contempla o ritmo próprio de cada educando,

considerando o processo de escolarização e os saberes já apropriados,

tornando a avaliação, a forma mais democrática de mediação pedagógica. Os

conteúdos específicos são organizados de forma abrangente, possibilitando

trajetórias de aprendizado individual, com base nos interesses do educando.

Conforme a matriz curricular do curso para a EJA, a carga horária total

da disciplina de História para o Ensino Fundamental é de 160 horas, 192

horas/aula, distribuídas em 48 encontros de 4 horas. Para o Ensino Médio, 106

horas, 128 horas/aula, distribuídas em 32 encontros de 4 horas.

Desse modo, os conteúdos específicos elencados nesta proposta,

estão articulados a realidade sócio-histórica, vinculados ao mundo do trabalho,

à ciência, às novas TICs, focados na relação qualitativa do conhecimento,

viabilizando um processo integrador entre os diferentes saberes das diferentes

áreas/disciplinas, considerando o tempo/espaço, a cultura, como garantia do

respeito a diversidade de educandos atendidos nessa modalidade de ensino.

O essencial é desvincular a História da concepção tradicional do ensino

da mesma, a qual se limitava a apresentá-la como uma sucessão cronológica

de fatos estanques e a exigir dos alunos a memorização de nomes e datas.

Para tal, deve-se romper com uma forma de ensino em que aluno se

encontre numa posição passiva de aprendizagem, num circulo vicioso de

reprodução do conhecimento histórico fechado, restrito a uma relação de

causas e conseqüências, segundo a qual a História é tão somente o

conhecimento do passado.

Desta forma, os alunos deverão perceber o significado da História, e

superar a visão de que ela é composta de “peças” recortadas segundo critérios

geográficos ou cronológicos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, no

Ensino Fundamental, os conteúdos temáticos devem priorizar as histórias

locais e do Brasil, estabelecendo relações e comparações com a historia

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mundial. Já para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos,

ou seja, os conteúdos terão como finalidade a discussão e a busca de um tema

previamente proposto.

Assim, para que o aluno compreenda como acontece à construção do

conhecimento histórico, o professor pode trabalhar por meio:

do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

da fundamentação do conteúdo;

da problematização do conteúdo,

essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas

produzidas pelos sujeitos.

O uso de fontes históricas nas aulas de História deve favorecer o

pensamento histórico e desenvolver a autonomia intelectual adequada,

que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de

uma consciência histórica.

AVALIAÇÃO

Ao avaliarmos é importante considerarmos o conhecimento prévio, o

potencial já consolidado do aluno e / ou em desenvolvimento, as hipóteses e os

domínios dos alunos e relacioná-las com as mudanças que ocorrem no

processo de ensino aprendizagem. Cabe ao professor identificar a evolução ou,

o desenvolvimento do educando a partir da construção do conhecimento e a

conseqüente apreensão de conteúdos. Noções, conceitos, procedimentos e

atitudes são conquistas dos estudantes que devem ser avaliadas de forma

contínua e cumulativa.

Buscar-se-á, através de uma avaliação transdisciplinar a análise como

um conjunto, um todo se privilegiando assim a formação do SER INTEGRAL.

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A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador

(aqui entendido como o gerenciador da informação) avaliar o seu próprio

desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e outras

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não

mais um ser passivo diante dos conteúdos, mas um agente (e por isso

construtor) do conhecimento.

Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e

instrumentos diversificados, cria condições para que os alunos preocupem-se

mais com a aplicação dos conhecimentos do que com a memorização.

Observa-se ainda a socialização, a participação, o interesse do educando e o

crescimento do mesmo na aquisição de conhecimentos associada a todas as

necessidades que ele apresente.

A avaliação buscará identificar as possíveis falhas no processo ensino-

aprendizagem, buscando saneá-las, sempre objetivando a criticidade no aluno,

a contextualização histórica, não apenas sendo utilizada para classificar o

aluno, mas para motivá-lo a buscar o seu crescimento como indivíduo que vive

em uma sociedade e que é fruto dela, podendo interferir nela, ou ao menos

conhecê-la melhor.

Ao longo do Ensino Fundamental serão observados os seguintes

aspectos:

- se os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados;

- se o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das

diferentes dimensões e contextos históricos propostos ao nível de ensino

fundamental;

- se empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos;

- se compreendem a história como prática social, da qual participam como

sujeitos de seu tempo;

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- se analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das dimensões

econômico-social, política e cultural;

- se compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no

método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais

o pesquisador produz a narrativa histórica;

- se explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos,

- se compreendem que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

Ao longo do Ensino Médio serão considerados os seguintes aspectos:

- a apropriação de conceitos históricos;

- a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos

estruturantes);

- o aprendizado dos conteúdos específicos.

A avaliação diagnóstica, como recurso pedagógico, será realizada ao

ingresso do educando na referida disciplina, principalmente no que se refere ao

ingresso de aluno com aproveitamento de carga horária de outro

estabelecimento de ensino, ou para aqueles que não tem aproveitamento de

carga horária, tanto no atendimento individual quanto no coletivo.

As estratégias utilizadas serão:

A relação com a atualidade e conseqüente contextualização com as

outras áreas do conhecimento.

Apresentação de trabalhos;

Aulas dialogadas e ou expositivas;

Debates dirigidos;

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Dramatizações;

Elaboração de relatórios;

Exercícios individuais e/ou em grupo.

Gráficos;

Gravuras;

Livros e Revistas entre outros.

Mapas

Pesquisas;

Vídeos;

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