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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MARIA IVANA SOARES DAS CHAGAS
EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO: INVESTIGAÇÃO DAS
EMPRESAS DOS ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE
CEARENSE
FORTALEZA 2013
2
MARIA IVANA SOARES DAS CHAGAS
EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO: INVESTIGAÇÃO DAS
EMPRESAS DOS ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE
CEARENSE
Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Administração do Centro Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Graduação.
Orientador: Prof. Filipe Lima Queiroz
FORTALEZA 2013
3
MARIA IVANA SOARES DAS CHAGAS
EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO: INVESTIGAÇÃO DAS
EMPRESAS DOS ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE
CEARENSE
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________ Professor Filipe Lima Queiroz
_________________________________________________
Professora Ms. Phryne Azulay Benayon
_________________________________________________ Professor Ms. Ricardo Alves Moreira
_________________________________________________
Professor Ms. Ricardo Cesar de Oliveira Borges
Monografia como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado em Administração, outorgado pela Faculdade Cearense – FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: ____/ ____/____
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por permitir minha força, coragem e
principalmente saúde durante esta longa caminhada, em que tive que dividir meu
tempo em o trabalho, faculdade, monografia, lar e família.
Agradeço também a todos os professores que me acompanharam
durante a graduação, em especial ao Prof. Filipe Lima Queiroz, meu orientador,
responsável pela realização deste trabalho.
Ricardo Cesar? Claro que você não ficou de fora. Agradeço-lhe bastante
pela paciência e empenho. Tens minha admiração e respeito por ser um grande
profissional, professor e coordenador do curso de administração.
Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, aos meus
pais (Ivan e Fátima) que foram fundamentais na minha formação humana e o meu
amado (Renan) que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, sempre
me apoiando nos momentos de dificuldades.
As amigas, em especial: Darlene Gomes a “Guitinha”, Dayana Magna,
Erivânia Araújo e Nathália Marcelle. Obrigada pelo incentivo e pelo apoio constante
em todas as etapas de nossa jornada.
7
RESUMO
O estudo a seguir está fundamentado a respeito do empreendedorismo e plano de negócio como forma de apoio aos estudantes de administração da Faculdade Cearense, com atuação empreendedora. O empreendedorismo é uma nova abordagem de negócio voltado para uma administração mais flexível e criativa em prol da permanência e competitividade da empresa no mercado. O plano de negócio é uma ferramenta de gestão e planejamento utilizada por administradores como forma de plano que possibilita um roteiro para criar uma empresa ou gerenciar um negócio já existente com mais segurança. O intuito de analisar o comportamento dos acadêmicos em suas empresas, levando em consideração o conhecimento administrativo adquirido na faculdade, levou a escolha do Plano de negócio como objeto de estudo, para atingir o objetivo geral de analisar a importância e aplicabilidade do Plano de Negócio pelos estudantes do 8º semestre do curso de administração 2013.1 da Faculdade Cearense - FAC, para gerenciamento do próprio negócio. Para atender o objetivo pretendido realizaram-se quatro estudos de investigação com abordagem qualitativa por meio de questionário direcionado ao assunto. O resultado mostrou que os alunos de administração, como empreendedores, dispõem de conhecimento administrativo, e principalmente, reconhecem a importância do planejamento, porém, não utilizam completamente na própria empresa e deixam a desejar quanto à aplicação da ferramenta plano de negócio.
Palavras Chaves: Empreendedorismo; plano de negócio; administração.
8
ABSTRACT
The following study is based about entrepreneurship and business plan in support of the management students of the Faculty of Ceará, with entrepreneurial activity. Entrepreneurship is a new business approach toward an administration more flexible and creative for the sake of permanence and competitiveness of the company in the market and the business plan is a planning and management tool, used by administrators as a way to plan that provides a roadmap to create a company or managing an existing business more safely. The aim of analyzing the behavior of academics in their companies, taking into account the administrative knowledge acquired in college, took the choice of the business plan as an object of study, to achieve the overall goal of analyzing the importance and applicability of the Business Plan by students of 8th semester of the College administration 2013.1 Ceará - FAC, for management of the business itself. To meet the intended goal held up four research studies with qualitative approach by means of a questionnaire given to the subject. The results showed that students of administration, as entrepreneurs, have administrative knowledge, and especially recognize the importance of planning, however, did not fully utilize the company itself and unsatisfying for the application of the tool business plan. Key words: Entrepreneurship, business plan; administration.
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
FAC FACULDADE CEARENSE
PN PLANO DE NEGÓCIO
P&D PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
RH RECURSOS HUMANOS
SEBRAE SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
TCC TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO
10
SUMÁRIO
1 Introdução ......................................................................................................................... 11
2 Referencial teórico ............................................................................................................ 14
2.1 Administração e Organização ..................................................................................... 14
2.2 Funções organizacionais ............................................................................................ 17
3 Administrador x Empreendedor x Empreendedorismo ...................................................... 19
4 Plano de Negócio ............................................................................................................. 26
5 Metodologia ...................................................................................................................... 35
6. Análise dos resultados ..................................................................................................... 40
7 Conclusões ....................................................................................................................... 48
8 Considerações Finais ....................................................................................................... 51
9 Referências ...................................................................................................................... 52
Apêndice .............................................................................................................................. 56
11
1 Introdução
O empreendedorismo tem sido um conceito muito difundido no Brasil. Na
atualidade, o tema se intensificou. O motivo desta atenção ao assunto deve-se à
globalização, que por sua vez, possibilita muitas oportunidades de empreender em
várias áreas e setores.
As oportunidades de negócio em escala induzem muitas pessoas a criar
seu próprio meio de vida. Entretanto, além do forte incentivo gerado pela
globalização, o que leva o empreendedorismo a ser um dos temas mais abordados
na atualidade é seu papel importante para o desenvolvimento econômico e social. A
explicação da importância dada deve-se ao fato de que pessoas empreendedoras
tendem a desenvolver seus negócios e consequentemente gerar riquezas para
economia local.
Com toda intensificação na discussão do tema, descrever o
empreendedorismo vai além de uma definição isolada sobre o que é ser um
empreendedor. Porém, para entendê-lo, faz-se necessário aprender sobre o
candidato a empresário.
“Ao contrário da maioria das pessoas, o empreendedor é otimista e
persistente. Vê nas ameaças grandes oportunidades e a partir delas criam, ousam e
trabalham para construir o sucesso com suas próprias mãos”. (CONSULTA
BIBLIOTECA INTERATIVA SEBRAE. Empreendedorismo: perfil empreendedor).
Diversas qualidades identificam o perfil do empreendedor que o leva ao
sucesso e consequentemente o da empresa. “Saber conviver com o risco e tirar
proveito das oportunidades, são as características mais presentes da atividade
empresarial, o que define realmente o perfil do empreendedor” (CONSULTA
BIBLIOTECA INTERATIVA SEBRAE. Empreendedorismo: perfil empreendedor).
Diante disto, pode-se entender sobre o empreendedorismo como sendo
“o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação
de ideias em oportunidades e a perfeita implementação destas oportunidades leva à
criação de negócios de sucesso” (DORNELAS, 2008, p. 22).
É válido ressaltar a importância da administração como base neste
contexto, pois esta ciência tanto possibilita uma visão gerencial das organizações,
12
quanto orienta o empreendedor a administrar seu próprio negócio com parâmetro no
planejamento.
Assim como o empreendedorismo, a administração nas organizações
está sofrendo grandes transformações continuamente. A competitividade entre as
empresas é fortemente percebida e para estar dentro deste contexto de
competitividade precisa cada vez mais se manter eficiente, precisa estar atenta com
o sentido de otimização, fazer mais com menos recursos, bem como inovar
constantemente.
Diante deste fato, as organizações passam a não mais buscar apenas
trabalhadores especializados ou simplesmente gerentes. As empresas almejam
profissionais multifuncionais e contam com o sistema de ensino superior, que está
fortemente orientado para a formação de profissionais para trabalharem nas
organizações dentro deste propósito, na perspectiva de resultados positivos e
contribuintes de fato para seu desenvolvimento e crescimento.
Os estudantes aprendem várias disciplinas ligadas à administração geral.
Uma parcela do grupo de acadêmicos da área decide abrir o próprio negócio. Esse
pequeno grupo obviamente deve ganhar destaque frente aos demais que abrem
empresa sem instrução alguma.
É curioso que dentro do grupo dos acadêmicos que montam empresas,
seja antes ou depois do curso, perceptivelmente há casos que não se utilizam
absolutamente do ensino que tiveram, porém, essa afirmativa será comprovada ou
não nas investigações que serão apresentadas no decorrer desta monografia.
É possível concluir que nestes casos não haja evolução nos índices de
sobrevivência destas empresas. No entanto, Dornelas (2008) atesta que diante do
crescente aumento da concorrência e da busca pela melhoria contínua, facilitada
pelas melhores condições de se empreender no Brasil, que proporciona maior
estabilidade econômica e maior preparo de empreendedores no que diz respeito ao
acesso à informação e a possibilidades de capacitação, é que se tem uma maior
probabilidade de encontrar negócios em sobrevivência rumo ao sucesso.
O ato de planejar direciona o empreendedor a empreender com
“sucesso”, por isso, foi escolhido o plano de negócio (PN) como objeto de estudo
para ajudar a responder a problematização do trabalho: Quais funções
13
organizacionais contidas no Plano de Negócio os alunos utilizam na própria
empresa? Qual o impacto percebido?
Esta monografia tem como objetivo geral analisar a importância e
aplicabilidade do Plano de Negócio pelos estudantes do 8º semestre do curso de
administração 2013.1 da Faculdade Cearense - FAC no gerenciamento do próprio
negócio, reconhecidos aqui como empreendedores.
O Plano de Negócio é uma ferramenta de gestão e planejamento,
utilizado para traçar os objetivos da empresa e traçar quais passos devem ser dados
para alcançar esses objetivos, diminuindo riscos e incertezas e consequentemente
propiciar segurança para quem quer iniciar uma empresa ou mesmo ampliar ou
promover inovações em seu negócio.
Este instrumento abrange análises específicas do negócio a fim de traçar
um plano para cada função organizacional. Assim, o trabalho de conclusão de curso
(TCC) conterá as definições dessas funções e sua forma de plano.
Os objetivos específicos do trabalho tratam de: verificar o resultado
alcançado pelos estudantes a partir da aplicação da ferramenta plano de negócio;
analisar a influência e importância da administração para o estudante
empreendedor; e identificar o ranking das funções organizacionais mais utilizadas.
A partir da elaboração do PN por parte dos estudantes, será avaliado o
aprendizado dos mesmos perante a utilização do instrumento. Este estudo justifica-
se pela relevância de proporcionar uma contribuição positiva à vida acadêmica no
que diz respeito a um dos assuntos mais discutidos na atualidade, pois conscientiza
o aluno empreendedor a utilizar-se das práticas administrativas, assim como do
planejamento para gerenciar o próprio negócio.
Contudo, este trabalho também contribui positivamente com a Instituição
Faculdade Cearense (FAC) e demais interessados no assunto para compreensão da
importância e influência que o curso de administração passa para o acadêmico a
partir dos resultados percebidos.
14
2 Referencial teórico
O referencial teórico deste trabalho está fundamentado em torno do
Empreendedorismo e Plano de Negócio. Com três capítulos, primeiramente
abordará conceitos de Administração em seu âmbito geral e contemporâneo, sem
citar suas teorias e evolução, apresentando apenas sua base no empreendedorismo
a partir do ato de planejamento.
Em sequência, explicações sobre Organização contemplando: recursos,
objetivos, processo de transformação e divisão do trabalho, além de explanar
sucintamente a respeito das funções organizacionais, que será importante entendê-
las para fundamento no assunto final, Plano de Negócio.
Antecedendo as explicações sobre plano de negócio, a abordagem será
orientada sobre o administrador x empreendedor x empreendedorismo, tema central
do referencial teórico, com a visão de autores especialistas no tema.
2.1 Administração e Organização
Para início deste estudo é importante entender sobre administração, uma
palavra que pode elencar vários assuntos e destes várias vertentes e teorias,
ratificando que este TCC refere-se a um campo do conhecimento que serve de
bases teóricas para o surgimento do empreendedorismo como complemento
fundamental para administração, que juntos se desenvolvem rumo ao sucesso a
partir da etapa de planejamento.
Nos dias atuais a administração é frequentemente usada como sinônimo
de administração de empresas, apesar de - como ciência - analisar e sistematizar as
práticas usadas para gerenciar o âmbito pessoal e social.
Esta ciência trata dos processos de planejamento, organização, direção e
controle (CHIAVENATO, 2003, p. 02). Sampaio (2006, p.16) acrescenta que a teoria
também trata da supervisão, além dos processos citados por Chiavenato.
Um passo importante na criação de um negócio é seu planejamento,
15
preponderante para promover mudanças em um empreendimento já existente. De
forma simplificada, Ferreira apud Maximiano (2004, p. 33) define administração
como:
[Do latim administratione.] I. Ação de administrar. II. Gestão de negócios públicos ou particulares. III. Governo, regência. IV. Conjunto de princípios normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado. V. Práticas desses princípios, normas e funções. VI. Função de administrador, gestão, gerência. VII. Pessoal que administra, direção.
Administrar é tomar decisões assertivas sobre a alocação de recursos
conforme sua disponibilidade através do direcionamento dado as pessoas
envolvidas em prol do mesmo objetivo.
O ato de administrar “possui a obrigação de conquistar o menor custo e a
maior quantidade de produção, além de manter a qualidade e a segurança,
contribuindo para a harmonia do ambiente de trabalho” (SAMPAIO, 2006, p. 16).
Em outra definição, Maximiano (2004) atesta que administração é
associada ao processo de tomar decisões sobre recursos e objetivos, significando
um processo dinâmico de tomar decisões sobre a utilização dos recursos, para
possibilitar a realização de objetivos.
Segundo Ferreira (2001) administração significa um conjunto de
princípios, de normas e funções que tem por fim orientar a estrutura e
funcionamento de uma organização (empresa, órgão público etc.). Encontrou-se
ainda Chiavenato (2003) explicando a administração a partir do conhecimento de
suas tarefas:
Interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento [...] de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação e garantir a competitividade altamente concorrencial e complexo (CHIAVENATO, 2003, P. 11).
Em grande parte dos conceitos apresentados, a palavra organização está
presente e possui mais de um significado. Em consulta ao site Administradores,
organização significa “a união de pessoas, ideias, ideologias, e recursos para atingir
16
objetivos. Em outro sentido, trata da forma como essa organização será
racionalizada, seus métodos e estruturação para agir”.
Lacombe; Heilborn (2003, p 13.) melhor diferencia os sentidos de
organização com a frase: “Organização é um grupo de pessoas que se constitui de
forma organizada para atingir objetivos comuns”.
Maximiano (2004) defende organização como sendo um sistema de
recursos (humanos, materiais, financeiros, informações, espaço e tempo) que
procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos) a partir do
planejamento. Além disso, a organização tem dois outros elementos importantes:
processos de transformação e divisão do trabalho.
A administração tem um vínculo inacabado com a organização ou
empresa, pois define e ajusta os recursos disponíveis para que objetivos sejam
alcançados por esta mesma organização, por isso, sua caminhada junto a empresa
nunca acaba.
Cada recurso atua de diferente forma e, assim, tem sua contribuição na
atuação de um negócio, pois são meios para se chegar ao objetivo final, eles se
subdividem em recursos físicos ou materiais, financeiros, humanos, mercadológicos
e administrativos. Alguns exemplos são: pessoas, materiais, espaço, instalações,
máquinas, móveis e equipamentos, além dos recursos intangíveis como: tempo e
conhecimento.
Quando se fala em processo de transformação, Maximiano (2004, p. 27)
define como “um conjunto ou sequências de atividades interligadas, com começo,
meio e fim, que utiliza recursos, como trabalho humano e equipamentos para
fornecer produtos e serviços.
Para o processo de transformação acontecer, a organização utiliza-se da
divisão do trabalho, cuja cada pessoa ou grupo têm funções a desempenhar. Dessa
forma, as pessoas tornam-se especialistas no que fazem assim como as empresas
especializadas em determinados objetivos.
“A Divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações
individuais por meio da especialização. Quando se juntam as tarefas especializadas,
realizam-se produtos e serviços que ninguém conseguiria fazer sozinho”
(MAXIMIANO, 2004, p. 28).
17
Elencando esta primeira fase da administração e [sua] organização com o
empreendedorismo, percebe-se a grande importância, pois muitos indivíduos
atualmente têm interesse em criar seu próprio negócio. Este fato tem fundamento na
necessidade que o indivíduo está passando ou por ver uma oportunidade,
acreditando que possa dar certo.
No entanto, a concorrência cotidianamente aumenta. O mercado está
cada vez mais exigente. Para progredir no negócio, o candidato a empresário tem
que se destacar. Para isto, a administração o servirá de apoio em suas tomadas de
decisão para o quesito de definição do seu(s) objetivo(s), identificação dos recursos
necessários ao seu propósito, de que forma funcionará seu processo de
transformação e como melhor alocar a mão de obra para ter uma divisão de trabalho
otimista e equitativa para funcionamento da empresa.
Além disto, a fase do “planejar” é um momento primordial para por em
prática as funções organizacionais do negócio.
2.2 Funções organizacionais
Para perfeito funcionamento de uma empresa, ela precisa atuar de forma
setorial, ao passo que cada setor componha o objetivo final do negócio. Cada
departamento também possui seu objetivo, porém, suas atividades por mais que
sejam distintas interagem entre si.
Chiavenato (2003, p. 210) ressalta que a “departamentalização por
funções é o critério mais utilizado para organizar atividades empresariais. Todavia,
as funções básicas de uma empresa podem diferir conforme a empresa ou o
negócio”.
Maximiano (2004, p. 27), conceitua as funções organizacionais como
“tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que a
organização consiga realizar seus objetivos. Todas as organizações têm
aproximadamente as mesmas funções”.
Maximiano ainda cita as principais funções: produção (ou operações),
marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e recursos humanos.
18
Contrapondo, em termos, com Lacombe e Heilborn (2003) que citam as principais
funções nas empresas, sendo: produção, comercialização, finanças e administração.
Lacombe; Heilborn (2003) menciona a função de comercialização com
referência no marketing e utiliza a função de administração, tendo como uma
consequência a gestão de recursos humanos.
Já para Bernardi (2008), diminui mais ainda a relação e, resumidamente,
apresenta as funções como: marketing, operações e por último, administração. Este
último contempla a direção e planejamento, finanças, controles e recursos humanos.
Maximiano (2004, p. 27) diz que a coordenação de todas essas funções
especializadas que foi citada por ele, é o papel da administração geral. De maneira
sucinta, segue a definição para cada função:
Operações: Trata da execução de tarefas por pessoas, de maneira organizada
com a finalidade de garantir o produto oferecido pela empresa, seja ele um bem ou
serviço. As Operações, na concepção de BERNARDI (2008), direcionam a execução
e a operação dos bens e serviços.
Marketing: Diz respeito à maneira como a empresa se relaciona com o mercado.
Segundo Cobra (2009), o Marketing é um processo social usado pelas pessoas e/ou
grupos como um meio de obter aquilo que necessitam e que desejam com a criação,
a oferta e a livre negociação de produtos e serviços envolvendo valores.
Bernardi (2008) direciona marketing às relações com o mercado e com o
cliente e que suas funções são basicamente captar, manter e fidelizar clientes.
Finanças: Em uma empresa, o gerenciamento financeiro, assim como os demais
departamentos, têm papel preponderante, cuida da obtenção, utilização e aplicação
dos recursos financeiros (capital, fluxo de caixa, investimentos, aplicações,
empréstimos, financiamento, etc.) em prol da saúde financeira no negócio.
Recursos Humanos: A função do Recursos Humanos (RH) é desenvolver o
patrimônio humano da empresa de forma que atraia e mantenha talentos, pois “são
as pessoas que fazem o negócio [...]. O esforço em equipe proporciona
19
responsabilidade solidária e transforma o trabalho em uma atividade social, não
meramente técnica ou operacional” (CHIAVENATO, 2008, p. 161).
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Para um empreendedor, dominar as
funções organizacionais significa grande vantagem competitiva, pois o empresário
que está a frente do negócio deve ter uma visão geral de todo funcionamento da
empresa e, por isso, o conhecimento de cada segmento.
3 Administrador x Empreendedor x Empreendedorismo
“As pessoas que administram qualquer conjunto de recursos são
administradores, gerentes ou gestores” (MAXIMIANO, 2004, p. 36).
Maximiano (2004, p. 37) resume que todos administram, seja em que
escala de utilização de recursos estiver, para atingir objetivos. Em uma organização,
“os administradores ou gerentes são as pessoas responsáveis pelo desempenho de
outras pessoas”.
O administrador é quem gerencia as funções organizacionais a partir do
planejamento, coordenação/organização, execução e controle para atingir os
objetivos estabelecidos pela organização, com a função também de liderança.
Conforme pesquisa realizada em material didático: Planejamento
Administrativo - Prof. Arnaldo Santos, o ato de planejar possui uma interrelação com
os demais gerenciamentos de maneira interativa e interdependente. No ato de
organizar os recursos para que funcionem simultaneamente, o planejamento fornece
estimativas para uni-los com maior eficácia.
Gerenciar os recursos com controle, significa resultado eficaz do
planejamento realizado. O mesmo ocorre com o ato de executar. Para o
administrador, que exerce a função de liderança, o planejamento determina a
combinação de fatores, forças, recursos e relações necessárias para liderar e
motivar empregados, sugerindo uma maneira de pôr os elementos em ação.
Maximiano (2004, p. 38) mostra que, na realidade, um gerente em ação
não segue a sequência lógica estabelecida, porém, exerce atividades de tomadas de
20
decisões, de processar informações e de relacionar-se com pessoas.
Bernardi (2008), assim como Lacombe, Heilborn (2003) afirmam que com
a Revolução Industrial, surgiu a empresa “moderna”, acrescentando, diferentemente
de Maximiano (2004, p. 90), o fator tecnológico.
Seguindo o primeiro pensamento, o de “modernismo das empresas”, o
modo burocrático como as organizações agiam, onde a mão-de-obra era vista
simplesmente como um objeto de produção, fez com que fossem percebendo que
precisavam mudar suas atitudes para dar lugar a um modelo de comportamento
mais flexível e principalmente a passar por inovações constantes a partir da
criatividade e de riscos (LACOMBE; HEILBORN, 2003).
Bernardi (2008, p. 37) aprofunda mais o assunto afirmando que uma
empresa moderna deve “estruturar-se e aprender a conviver com a mudança, com o
caos, com a variedade, com a diversidade, com os conflitos e paradoxos e todos os
dilemas consequentes, necessita de novas abordagens, sobretudo percepção,
intuição e flexibilidade”.
Bernardi (2008) explica o real interesse da ideia, sob o ponto de vista dos
objetivos e finalidades da empresa, ou seja, produção e maximização de lucros, a
racionalidade, a eficiência, a produção em massa, a padronização e a divisão do
trabalho, aliadas ao forte controle social, adequavam o modelo certo.
Aos poucos, as organizações aperfeiçoaram esta ideia e acreditaram
ainda mais na capacidade de cada indivíduo a partir dos resultados alcançados.
Assim, as empresas buscavam um novo tipo de gerente que conduzisse a equipe de
forma eficaz, gerente este com características empreendedoras.
Maximiano (2004) colabora que inovação, risco e criatividade são
competências associadas aos empreendedores, pessoas que estão dispostas a
aplicar seus recursos em um novo negócio, sem ter garantias de sucesso e retorno.
Há um tempo atrás o empreendedor era designado apenas como um
empresário e este, segundo Mendes (2009, p. 3), “era uma pessoa que firmava
relação contratual com o governo para execução de determinado serviço ou
fornecimento de mercadorias”.
Com a intensificação do empreendedorismo na década de 90, “visto como
um engenho que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico”
21
(CHIAVENATO, 2008, p. 05), o empresário administrador aderiu ao perfil
empreendedor, porém, nem todo empresário consegue ser um empreendedor,
“peça” fundamental no empreendedorismo, pois é ele que cria o negócio, está à
frente de todas as decisões e tem poder para utilizar os recursos disponíveis de
forma criativa e inovadora, tornando um empreendimento de sucesso ou fracasso.
A intenção deste assunto não é de esquecer o papel do administrador e
sua importância no gerenciamento das organizações, mas de implementá-lo com a
capacidade empreendedora e dar ênfase ao resultado final. Um profissional que
trabalha eficazmente em seu negócio, munido de ideias de sucesso.
A administração empreendedora exige administração diferente da que existe. Mas, como a existente, ela requer administração sistemática, organizada e deliberada. Embora as regras básicas sejam as mesmas, para qualquer organização empreendedora, e empresa em atividade, a instituição de serviço público e as novas iniciativas de riscos apresentam desafios diferentes, têm problemas diferentes e precisam se resguardar de tendências degenerativas diferentes. E há necessidade também de que todos os empreendedores enfrentem com determinação decisões sobre seus próprios papéis e seus próprios compromissos (PETER DRUCKER APUD MENDES, 2009, p. 207).
De acordo com Peter Drucker apud Mendes (2009, p. 206), “há quem diga
que o bom empreendedor não administra e, da mesma forma, aquele que administra
tem dificuldades para empreender”. O autor concorda com este pensamento e ainda
apresenta concepções que comprovam a afirmativa:
“o empreendedor é o visionário, [...], o catalisador de mudanças. Sua mente vive voltada para o futuro, nunca para o passado, pois está sempre lidando com o desconhecido, criando e testando todas as possibilidades. O administrador, no entanto, possui personalidade administrativa pragmática, voltada para a coordenação, o planejamento e o controle. Sem ele, a organização sistemática das práticas empreendedoras se tornaria mais difícil, mais sujeita a riscos” (MENDES, 2009, p. 206).
A concepção afirmativa continua na obra e com referências antagônicas
sobre empreendedor e administrador onde segundo Michael Gerber apud Mendes,
(2009) o empreendedor vive no futuro, almeja controle, tem sucesso,
invariavelmente vê oportunidade nos acontecimentos. O administrador vive no
passado, almeja ordem, se agarra compulsivamente ao status quo e invariavelmente
só vê problemas.
22
Apesar da diferença apresentada, reforça Gerber apud Mendes (2009, p.
206) que “é a tensão entre a visão do empreendedor e o pragmatismo do
administrador que cria a síntese da qual todos os trabalhos nascem”.
De acordo com Peter Drucker apud Mendes (2009, p. 207) “o sucesso do
empreendimento depende de uma administração empreendedora e esta, por sua
vez, é decorrente de práticas e diretrizes distintas”.
“A administração empreendedora pode ser alcançada por qualquer
empresa” (MENDES, 2009, p. 208). A relação apresentada na obra de Mendes
(2009) se faz para resumir que:
“Em qualquer empreendimento, o desempenho depende da qualidade da administração, [...], para obter o melhor desempenho possível, o empreendedor precisa evoluir do estágio empreendedor (criação) para o do administrador, [...] que nada mais é do que um processo de tomar decisões sobre o uso de recursos para permitir a realização dos objetivos que estão fundamentados no plano de negócio (MENDES, 2009, p. 208).
Segundo Sebrae/ES em seu Manual do Empresário (2005, p. 3), “O
empreendedorismo é um motor importante do crescimento econômico e da criação
de empregos”, pois “o empreendedor [...] realiza uma ideia ou projeto pessoal
assumindo riscos e responsabilidades e inovando constantemente” (CHIAVENATO,
2008, p. 01), é um “indivíduo criativo capaz de transformar um simples obstáculo em
oportunidade de negócio” (MENDES, 2009, p. 13).
Hisrich; Peters e Shepherd (2009, p. 29) afirmam que o empreendedor
deve ser entendido dentro de uma perspectiva empresarial, administrativa e pessoal,
pois assim haverá uma análise de forma peculiar, que juntas se completam:
No entanto, “para o economista, empreendedor é aquele que combina recursos, trabalho, materiais e outros atrativos para tornar seu valor maior do que era antes; também é aquele que introduz mudanças, inovações e uma nova ordem. Para um psicólogo, esta pessoa é impulsionada por certas forças – a necessidade de obter ou conseguir algo, de experimentar, de realizar ou talvez de escapar à autoridade de outros. Para alguns homens de negócio, um empreendedor é interpretado como uma ameaça, um concorrente agressivo, enquanto para outros, o mesmo empreendedor pode ser um aliado, uma fonte de suprimento, um cliente ou alguém que gera riqueza para outros [...] (HISRICH; PETERS E SHEPHERD, 2009, p. 29).
De acordo com os conceitos sobre empreendedor, pode-se entender a
respeito do empreendedorismo como sendo “o envolvimento de pessoas e processo
23
que, em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita
implementação destas oportunidades, leva a criação de negócios de sucesso.”
(Dornelas, 2008, p. 22).
Hisrich; Peters e Shepherd (2009) abordam empreendedorismo como um
método eficiente de ligar ciência e mercado, pois criam novas empresas e levam
novos produtos e serviços ao mercado.
Para Peter Drucker apud Chiavenato (2008), inovação é a principal
função do empreendedorismo, seja em um novo negócio, como em uma
organização já existente ou ainda em uma instituição pública de serviços.
Desta forma, o empreendedorismo se destaca e a cada dia surgem novos
negócios, deixando uma competitividade acirrada entre as empresas e obrigando-as
a melhorarem em todos os sentidos sempre.
Bernardi (2008, p. 63) afirma que “um empreendimento surge da
observação, da percepção e análise de atividades, tendências e desenvolvimentos,
na cultura, na sociedade, nos hábitos sociais e de consumo”.
Há ainda a concepção de que “um empreendimento, por vezes, nasce de
habilidades, gostos e outras características pessoais, até mesmo por pessoas que
não tiveram experiência com o ramo, inovando ou criando novas formas de negócio”
(BERNARDI, 2008, p. 63).
Dornelas (2008, p. 24) simplesmente afirma que “a decisão de tornar-se
empreendedor pode ocorrer aparentemente por acaso”, porém, nas palavras
seguintes ele melhor explica que, essa decisão também ocorre devido a fatores
externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais, ou a um somatório de todos
esses fatores.
Diante das formas apresentadas para tornar-se um empreendedor ou
criar um empreendimento, Bernardi (2008) apresenta também vários tipos de
empreendedor a partir de suas origens:
O empreendedor nato: que desde cedo demonstra traços de
personalidade empreendedora.
O herdeiro: pode até não possuir características empreendedoras,
mas, por afinidade e/ou vocação, dá continuidade ao empreendimento
24
em que se encontra desde cedo em treinamento, seja ele familiar ou
não.
O funcionário de empresa: Decide abrir um negócio próprio para
tornar-se patrão de si próprio.
Excelentes técnicos: Com características de empreendedores,
dispõem de conhecimento, de know-how sobre o produto ou serviço e,
por possuírem experiência no ramo, abrem sua própria empresa.
Vendedores: Entusiasmados pela dinâmica de suas funções
quotidianas, como conhecem o mercado e tem experiência no ramo,
decidem iniciar um negócio próprio.
Opção ao desemprego: Uma modalidade de empreendimento
arriscada. Se a opção for aguardar outra possibilidade de emprego,
diminui ou elimina qualquer chance de sucesso do empreendimento.
Desenvolvimento paralelo: O funcionário resolve estruturar-se entre
amigos ou familiares compactando uma sociedade e desenvolve um
negócio derivado de sua experiência ou não, ou associa-se a outro
ramo de atividades.
Aposentadoria: Com experiência adquirida, e devido à idade precoce
com que o mercado marginaliza as pessoas, inicia um negócio próprio.
Dornelas (2008, p. 22) também afirma oito tipos possíveis de
empreendedores, mas os nomeia por: “empreendedor nato (mitológico), que
aprende (inesperado), serial (que cria novos negócios), corporativo, social, por
necessidade, herdeiro (sucessão familiar) e o “normal” (planejado)”.
Independente da origem ou tipo, há características de personalidade
empreendedora que podem diferenciar um empreendedor bem sucedido. “O
empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do
administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características
sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa”
(DORNELAS, 2008, p. 17).
25
Sucintamente, Mendes (2009), define a característica pessoal de um
empreendedor como “um ser ousado, sujeito a erros e acertos, alegrias e tristezas,
críticas e elogios, comparações, decepções, inveja e perseguição [...], mas é um ser
criativo, dinâmico, perspicaz, otimista em todos os sentidos”.
Conforme Dornelas, os empreendedores:
São visionários, sabem tomar decisões, sabem explorar ao máximo as
oportunidades, são determinados e dinâmicos, são dedicados, são otimistas
e apaixonados pelo que fazem, são independentes e constroem seu próprio
destino, ficam ricos, são líderes e formadores de equipes, são bem
relacionados (networking), são organizados, planejam, [...], possuem
conhecimento, assumem riscos calculados, criam valor para sociedade
(DORNELAS, 2007, p. 05).
Sampaio (2006, p. 27) contribui apresentando os hábitos de um
empreendedor de sucesso:
possuem os seguintes hábitos: agradabilidade; aplicam-se constantemente
no pós-venda; apresentam comportamentos flexíveis e assertivos;
assumem seus próprios erros com simplicidade; desprendimento em vencer
adversidades/barreiras/obstáculos; diligência vinte e quatro horas por dia;
gosto pelo combate ao desperdício; enxergam o todo e os detalhes ao
mesmo tempo; possuem visão panorâmica; são proativos; trabalham
focando sempre o essencial; deixando o emergencial para segundo plano e
o acidental para terceiro plano; trabalham com aplicabilidade do conceito de
produtividade em tudo que fazem; vestem a camisa do cliente.
O empreendedor de sucesso não só realiza inovações em seu próprio
negócio como compartilha suas qualidades em empresas já existentes, fato este ao
se tratar de um empreendedor coorporativo ou intra-empreendedor. O de sucesso
faz o empreendedorismo acontecer dentro de uma estrutura já existente.
O importante neste contexto é entender que o empreendedor possui suas
qualidades específicas mas que necessita do conhecimento administrativo e de suas
práticas como apoio para a gestão empreendedora, pois o processo de
planejamento antes de colocar em prática qualquer ideia torna uma maior
26
possibilidade do negócio dar certo.
Não basta simplesmente tomar decisões, mas tomar as decisões certas e
isso só é possível mediante o estímulo de analisar situações, projetando possíveis
resultados com base em documentações e históricos. Se possível, seja na
perspectiva de uma gestão empreendedora nova ou já existente.
4 Plano de Negócio
O processo de iniciar um negócio envolve, segundo Mendes (2009,
p.172), quatro fases distintas e dependentes uma da outra, que demandam
diferentes comportamentos, habilidades e formas de atuação do empreendedor:
identificar e avaliar uma oportunidade; desenvolver um plano de negócio; determinar
os recursos necessários; e administrar o empreendimento são etapas para manter a
organização em funcionamento.
Até a metade da década passada, a ideia de plano de negócio era
inconsistente entre os pequenos e médios empreendedores do Brasil, enquanto o
planejamento estratégico já era seguido à risca por grandes empresas brasileiras,
estimuladas pelo exemplo das empresas multinacionais (MENDES, 2009, p.172).
Essa prática de utilizar o plano de negócio se expandiu para os pequenos
negócios e hoje é uma ferramenta muito utilizada. Manter vivo um negócio ativo é
uma tarefa complexa, afirma Mendes (2009). Completa seu pensamento
acrescentando que o processo que se inicia após a identificação e avaliação da
oportunidade é o planejamento, uma ferramenta usada para administrar as relações
com o futuro do negócio.
Para Masiero (2007), o planejamento visa descobrir novas oportunidades,
antecipar e evitar problemas; desenvolver ações, além de compreender as
incertezas e os riscos das várias opções que se oferecem.
“O processo de planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo de tomar decisões [...] o planejamento é uma dimensão das competências intelectuais [...]. A partir do conceito básico, o planejamento pode ser definido de várias maneiras: Planejar é definir objetivos ou resultados a serem alcançados, [...], É definir um objetivo, avaliar as alternativas para realizá-lo e escolher
um curso específico de ação (MAXIMIANO, 2004, p. 138).
27
No geral, as empresas de pequeno porte duram apenas 02 (dois) anos
por falta de um bom planejamento, segundo Sistema Brasileiro de Apoio as Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE) para mortalidade destas.
Ocorre que os empreendedores muitas vezes negligenciam o estágio do
planejamento. Dornelas (2008, p. 02) explica que “esses nem sempre possuem
conceitos de gestão de negócios, atuando geralmente de forma empírica e sem
planejamento”.
Hisrich; Peters e Shepherd (2009) completam que muitos
empreendedores passam por dificuldades para criar novos empreendimentos.
Faltam-lhes habilidades administrativas.
“Para ser bem-sucedido, o empreendedor precisa planejar o seu negócio
[...]. Planejar significa estudar antecipadamente a ação que será realizada ou
colocada em prática e quais objetivos que se pretende alcançar” (CHIAVENATO,
2008, p. 131).
Um planejamento, segundo Chiavenato (2008, p.132), “é uma relação
entre coisas a fazer e o tempo disponível para realizá-las”, podendo ser resumida
como o lado racial da ação. Tem como propósito prever, programar, coordenar
situações rumo ao sucesso, se bem conduzidas. Seu resultado tem forma de plano.
Maximiano (2004) afirma que os planos são classificados em diferentes
critérios e um dos mais relevantes para os administradores é o de permanência.
Sendo assim, têm-se os planos permanentes e os planos singulares ou temporários.
Como o próprio nome induz, o planejamento permanente é aquele que foi feito para
durar com perspectivas de longo prazo, enquanto que o temporário é elaborado para
solucionar um pequeno problema, implantar uma ideia, mas com intenções em curto
prazo.
Os planos são usados em diferentes níveis, dependendo da abrangência
e do impacto que têm sobre a organização. São classificados em Plano estratégico,
Planos funcionais ou administrativos e Planos operacionais. O PN compreende cada
plano mas geralmente organizado conforme as funções organizacionais.
O planejamento estratégico pode ser identificado como permanente.
Relaciona-se com objetivos de longo prazo e tem um tipo de classificação de plano
28
crucial para empresa, pois define onde a organização deseja chegar e os meios para
conseguir chegar onde se pretende.
De acordo com Salim et al. (2005) Apud Nogueira; Almeida, o Plano de
Negócio consiste na concepção e análise de cenários futuros para um
empreendimento, seguido do estabelecimento de caminhos e objetivos, culminando
com a definição das ações que possibilitem alcançar tais objetivos e metas para o
empreendimento.
O planejamento funcional ou administrativo tem haver com os objetivos de
curto ou médio prazo. Trata de estratégias ligadas à determinada área da empresa e
não a organização como um todo. Já o planejamento operacional, como o próprio
nome indica, significa um plano para o segmento operacional em que é considerado
como uma formalização, pois trata de metodologia de desenvolvimento e
implementações de novas ações no setor. Os dois últimos planejamentos podem ser
caracterizados por planos temporários.
O Plano de Negócio (PN) compreende as classificações de planejamento
em forma de um documento que descreve todos os elementos internos e externos e
as estratégicas que serão relevantes para iniciar um novo empreendimento ou
promover inovações em um negócio já existente, no qual descreve por escrito os
objetivos do negócio, mostrando os passos a serem seguidos para que esses
objetivos possam ser alcançados, minimizando os erros no papel para que não
venha cometê-los na prática.
O PN é a ferramenta fundamental de um empreendedor que aborda a
tomada de decisão de curto e longo prazo para os três primeiros anos de
funcionamento de um empreendimento. Este documento pode ser elaborado de
forma permanente ou temporário. Fato é que independente de sua característica, o
mesmo precisa ser revisado constantemente.
De acordo com consulta em site do SEBRAE, o Plano de Negócio é
considerado um instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto
e de atividades do empreendedor. Isso proporciona segurança para os
empreendedores iniciarem um negócio com maior suporte e maiores condições de
êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações para um empreendimento atuante
29
no mercado.
O Plano de Negócio é um documento único e personalizado, pois cada
negócio conta com o seu próprio conjunto de condições e situações e pode ser feito
por qualquer pessoa determinada a criá-lo. Baron; Shane (2007) descrevem
algumas perguntas-chaves que os empreendedores devem fazer a si mesmo antes
de investir em um novo empreendimento:
Qual a ideia básica para o novo produto ou serviço? Por que esse novo produto ou serviço é útil ou atraente? e para quem? Como a ideia [...] será realizada? Qual o plano geral para produção [...], comercialização, [...] concorrência? Quem são os empreendedores? Eles têm o conhecimento, experiência e habilidades exigidas para o desenvolvimento dessa ideia [...]? Se o plano for projetado para levantamento de fundos, quanto é preciso dispor, qual tipo de financiamento necessário [...], como os empreendedores terão retorno sobre seu investimento? (BARON; SHANE, 2007, p. 188).
Além das perguntas-chave, os autores (BARON; SHANE, 2007),
descrevem também dicas básicas para garantir que o leitor queira mais do que uma
olhada superficial, primeiro a ideia central deve ter uma boa qualidade seguida de
empreendedores competentes para colocá-las em prática. Em seguida, o plano deve
ser organizado e preparado com o formato comercial adequado, ser sucinto e
persuasivo.
BARON; SHANE (2007) ainda citam sobre os sete pecados capitais dos
planos de negócio de novos empreendimentos. Segundo os autores, ao cometer um
ou mais erros, é provável que ele seja rejeitado por investidores em potencial, não
importando outras qualidades que possam apresentar.
30
FIGURA 1 - OS SETE PECADOS CAPITAIS DOS PLANOS DE NEGÓCIO PARA
NOVOS EMPREENDIMENTOS
(BARON; SHANE, 2007)
No momento da criação do plano, Baron; Shane (2007) relatam que o
empreendedor deve atentar-se a fazer um resumo executivo, descrever o histórico,
produto ou objetivo, analisar o mercado, o desenvolvimento, produção e localização,
a equipe gerencial, planos e projeções financeiras e riscos críticos desenvolvendo o
que pode dar errado.
O documento, segundo Rosa (2007), é dividido em várias etapas, tais
como: Sumário Executivo, Análise de Mercado, Plano de Marketing, Plano
Operacional, Plano Financeiro, Construção do Cenário, Avaliação Estratégica,
Avaliação do Plano de Negócio.
São vários os autores que discutem sobre o plano de negócio, porém,
O PN provavelmente será rejeitado se houver um destes fatores
o plano é muito pretencioso.
[...] Não tem uma aparência
profissional.
Não há definição clara
das qualificações da
equipe administrativa.
As projeções financeiras são imoderadas e
irracionalmente otimistas.
Não está claro por que alguém
iria querer comprar o produto ou
serviço.
Não está claro como está em
termo de produção.
O resumo executivo é
muito longo e não vai direto
ao ponto.
31
cada um contribui no assunto dando uma particularidade no plano, muitas vezes
apenas substituem palavras que dão o mesmo sentido, outrora, constroem uma
estrutura diferenciada ao planejamento.
Para Chiavenato (2008), o plano de negócio está subdividido em sete
partes: Sumário executivo, análise completa e detalhada do setor, Natureza jurídica
e estrutura organizacional da empresa, simulação de relatórios financeiros, plano
estratégico, plano operacional e apêndice.
O PN pode ser elaborado de diferentes formas conforme observado nas
obras citadas. Chiavenato (2008) apresenta além de seu modelo, um esquema
simplificado para o plano de negócio segundo Sebrae:
1 – Ramo de atividade:
Por que escolheu este negócio? 2 – Mercado consumidor:
Quem são seus clientes?
O que tem valor para o clientes? 3 – Mercado fornecedor:
Quem são os fornecedores de insumos ou serviços? 4 – Mercado concorrente:
Quem são os concorrentes? 5 – Produtos/serviços a serem ofertados:
Quais são as características dos produtos/serviços e como agregar valor a eles?
Quais são os seus usos menos evidentes?
Quais suas vantagens e desvantagens? 6 – Localização:
Quais os critérios para avaliação do local ou ponto?
A importância da localização para o negócio? 7 –Processo operacional:
Como a empresa vai operar etapa por etapa?
Como fabricar e como vender?
Como fazer o serviço?
Qual trabalho Será feito? Quem o fará? Com que material? E equipamento?
Quem tem experiência no ramo?
Como fazem os concorrentes? 8 – Previsão de produção, vendas ou de serviços?
Qual a necessidade e procura do mercado?
Qual a capacidade de produção?
Qual a disponibilidade de matéria-prima e insumos básicos?
Qual o volume de produção/vendas/serviços planejado? 9 – Análise financeira:
Estimativa de receita na empresa?
Capital inicial necessário?
Gastos com materiais?
Gastos com pessoal de produção?
Gastos gerais de produção?
Despesas administrativas?
Despesas de vendas?
Marge de lucro desejada?
32
Cada fase do plano de negócio é muito importante e precisa ser criado
com muita atenção. O empreendedor deve entender o que significa cada etapa.
Sumário Executivo
Baron; Shane (2007) contam que a finalidade do resumo executivo é
“estimular o interesse da outra pessoa, para deixá-la interessada o suficiente para
querer saber mais”.
Rosa (2007) relaciona sumário executivo com um breve resumo do Plano
de Negócio. Não se pode considerar uma introdução ao planejamento, mas de um
sumário contendo os principais pontos do projeto, tais como: dados do
empreendimento e dos empreendedores (experiências profissionais e atribuições),
Missão da empresa, Setores de atividade, Forma Jurídica, Enquadramento tributário,
Capital social e Fonte de Recursos.
Chiavenato (2008) aborda em tópicos o assunto que deve constar no
sumário executivo (natureza e aspectos do negócio incluindo a missão e a visão do
mesmo; as necessidades que a empresa atenderá no mercado, incluindo o papel da
responsabilidade social; comportamento do mercado perante o produto /serviço
oferecido; breves relatos sobre os empreendedores e os recursos financeiros
necessários ao empreendimento).
Análise de Mercado
A análise de mercado examina mercados em potencial para a oferta
proposta da empresa. Baron; Shane (2007) pregam que projeções de mercado são
sempre incertas, mas é preciso que o empreendedor descreva por que as pessoas
desejarão comprar ou usar seu produto. Para o autor, esta etapa inclui também
análises do marketing do negócio.
Chiavenato (2008) chama esta etapa de análise completa e detalhada do
setor e nela está inserida a análise de marketing. Inclui também as variáveis
33
econômicas, sociais demográficas e políticas que influenciam no mercado; a citação
das oportunidades encontradas no mercado e identificação dos fornecedores de
entrada (matérias-primas, dinheiro e crédito, tecnologia, mão-de-obra etc.).
Para o Rosa (2007) esta é uma das etapas mais importantes, pois sem
ela não há estudo sobre os clientes e sem clientes não há negócios. Os clientes não
compram apenas produtos e sim soluções para algo que precisam ou desejam.
Podem-se identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Para isso é
necessário identificar algumas características: 1º) Identificar as características gerais
dos clientes; 2º) Identificar os interesses e comportamentos dos clientes; 3º)
Identificar o que leva essas pessoas a comprar e 4º) Identificar onde estão os seus
clientes (ROSA, 2007).
Plano de Marketing
Nesta fase, descrevem-se os principais itens:
1º Produtos que serão fabricados, vendidos ou os serviços que serão prestados,
explicando detalhes como: as linhas de produtos, tamanhos, modelos, cores,
embalagem ou no caso de serviço o que especificamente será oferecido ao cliente,
vantagem e a garantia de utilizar os produtos/serviços. Se possível, apresentar fotos;
2º Planejar o preço onde terá uma relação sobre o que o consumidor está disposto a
pagar com os valores praticados em mercado;
3º Estratégias promocionais apresentando formas de lembrar os clientes que seu
produto existe e até convencê-los;
4º Estrutura de comercialização compreendendo os canais de distribuição;
5º Localização do negócio analisando o fácil acesso pensando na geração do
volume de vendas, lembrando que a localização está relacionada ao ramo de
atividade (ROSA, 2007).
34
Plano Operacional
Definição de como será a distribuição dos setores, recurso e das pessoas
no espaço disponível na empresa. Um bom layout (arranjo físico) traz uma série de
benefícios tais como: aumento na produtividade, diminuição de desperdício,
melhoria na comunicação, dentre outras. Nesta etapa deve-se abordar, além do
layout, a capacidade produtiva, os processos operacionais assim como a
necessidade de pessoal (ROSA, 2007).
Plano Financeiro
Uma fase a ser planejada de forma cautelosa. É necessário determinar o
total de recursos (Investimentos fixos, Capital de giro, Investimentos pré-
operacionais) a ser investido para que a empresa comece a funcionar. Deve-se
ainda estimar o faturamento mensal da empresa e até o prazo de retorno do
investimento (ROSA, 2007).
Construção de Cenário
Projeções futuras de situações diversas que a empresa poderá enfrentar,
isto é, preparar o cenário onde o negócio obtenha resultados negativos ou positivos.
Prevendo isto, será traçado ações para preveni-las frente às adversidades ou então
para potencializar situações favoráveis (ROSA, 2007).
Avaliação do Plano de Negócio
Esta fase final induz o empreendedor a avaliar novamente cada uma das
informações colocadas e lembrar que o Plano de Negócio tem por objetivo ajudá-lo a
responder uma pergunta lançada no início do manual: “Vale apena abrir, manter ou
35
ampliar o meu negócio?”. Após avaliação, é possível verificar a necessidade de
realizar ações corretivas e preventivas. (ROSA, 2007).
5 Metodologia
A metodologia pode ser entendida como métodos em busca de alcançar
determinado fim. Neste contexto, diz respeito à forma como a pergunta central,
chamada de problematização, será respondida. Segundo Vergara (2009, p. 3),
“Método é o caminho, uma forma, uma lógica de pensamento”.
Para Prodanov; Freitas (2013, p. 14) “A Metodologia é a aplicação de
procedimentos e técnicas que devem ser observadas para construção do
conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos
âmbitos da sociedade”.
Após entendimento do que significa a metodologia do trabalho, os
próximos tópicos tratarão de explicar os métodos utilizados para alcançar êxito
quanto aos objetivos deste estudo.
5.1 Natureza
A pesquisa se faz com abordagem qualitativa, em que instiga relatos por
parte dos pesquisados de forma fiel e verídica ao facilitar a análise sobre o assunto
pretendido com ênfase em obter resultados que esclareçam a problemática inicial do
trabalho.
Esta natureza não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, pois o
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento-chave. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente.
O processo e seu significado são os focos principais de abordagem (PRODANOV;
FREITAS, 2013).
36
5.2 Tipologia
A metodologia tipológica desta monografia tem como procedimento
técnico a pesquisa bibliográfica para levantamento de conteúdo sobre o assunto
desejado: empreendedorismo e plano de negócio, com utilização de obras
reconhecidas e sites renomados.
A pesquisa bibliográfica significa utilizar-se de material já publicado,
constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos
científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico,
internet, cujo objetivo é colocar o pesquisador em contato direto com todo material já
escrito sobre o assunto da pesquisa (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Para obtenção de resposta à problemática, a pesquisa foi realizada de
forma descritiva “quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos
observados sem interferir neles. [...] utiliza-se de técnicas específicas, dentre as
quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação”
(PRODANOV; FREITAS, 2013 p. 52).
As técnicas utilizadas são teste seguido do questionário, além da
observação por parte da pesquisadora que analisou relatos extras. A pesquisa
descritiva tem por base a investigação realizada com quatro empreendedores,
estudantes de administração do 8º semestre no período 2013.1.
A investigação consiste em coletar e analisar informações sobre
determinada condição a fim de estudar seus aspectos para esclarecer resultado(s)
(PRODANOV; FREITAS, 2013).
5.3 Instrumento
Para obtenção das informações sobre a investigação, foi utilizado como
instrumento o questionário. De acordo com Gil (2010, p. 121), pode-se definir
questionário como “a técnica de investigação composta por um conjunto de
questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações
sobre conhecimentos [...]”.
37
Quanto à forma deste instrumento escolhido, compõe-se de perguntas
abertas e fechadas em que, respectivamente, permitirá a livre expressão do
respondente e dará questões de múltipla escolha para ser marcada a opção que
melhor interpreta a resposta do candidato (GIL, 2010).
Vale ressaltar que os participantes da investigação não terão suas
identidades reveladas em parte alguma deste trabalho, apenas serão identificados
como caso A, B, C e D. Esta condição se fez para facilitar o acesso as informações
propostas pelo questionário, tido pelos respondentes como informações pessoais e,
ainda, devido ao sentimento de vergonha por parte do empreendedor no momento
em que houver respostas negativas.
Antes da aplicação efetiva dos questionários, fez-se necessária a
aplicação do pré-teste, que tem por finalidade evidenciar possíveis falhas tais como:
complexidade das questões, desnecessidade das questões etc. O mesmo deve
assegurar que o instrumento está bem elaborado em termos de clareza e precisão.
(GIL, 2010).
Sendo assim, também foi determinado que o pré-teste realizado com o
total de quatro empreendedores estudantes, se confirmado a sua eficácia, o mesmo
seria automaticamente utilizado como instrumento definitivo e passaria para as
etapas finais, sendo elas: organização dos dados, análises e conclusões do
conteúdo.
Caso contrário, se o pré-teste não apresentasse a eficácia esperada,
devido a falhas contidas, erro de digitação, difícil entendimento nas perguntas, o
mesmo seria reformulado e posto novamente para teste até confirmar sua qualidade
para o uso e consequentemente seguir para as etapas finais de organização, análise
e conclusão do estudo.
Após a primeira experiência, foi visto que o instrumento era passível de
poucas alterações, por isso, ao ser definitivamente corrigido, pode ser aplicado com
segurança.
3.4 Coleta de dados
38
Primária: através de questionário próprio para obtenção de resultados
exclusivos e secundários ao utilizar-se de pesquisa bibliográfica na obtenção de
conteúdo a respeito do tema.
3.5 Tratamento dos dados
Para obtenção de resultado, as investigações transcritas em questionário
passaram por uma análise de conteúdo. Este tratamento de dados é considerado
uma técnica que visa entender o que está sendo dito sobre determinado tema
(VERGARA, 2010, p.07).
Este modelo condiz com a tipologia deste estudo quanto aos fins
descritivos, pois confirma ou não hipóteses ou suposições pré-estabelecidas.
(VERGARA, 2010, p.07).
Vergara (2010) atesta que a análise de conteúdo compreende três etapas
básicas: pré-análise, fase da seleção de material e procedimentos. Exploração do
material, referindo-se a implementação dos procedimentos e tratamento dos dados
e interpretação, que tratam da geração de inferências e dos resultados de
investigação, podendo nesta última, suposições serem confirmadas ou não.
Os dados obtidos através do instrumento de pesquisa foram postos de
forma intacta no programa Microsoft Word 2007 para organização e melhor
entendimento do material.
5.5 Operacionalização
O trabalho teve sua partida ao inicializar os estudos sobre o tema de
forma secundária em pesquisas bibliográficas. Após o primeiro passo, foi decido a
metodologia da pesquisa para melhor obtenção de resultado(s).
Após a escolha dos métodos utilizados, em que um deles foi realizar a
investigação com quatro estudantes empreendedores do curso de administração,
ficou definido que a operacionalização da pesquisa iniciaria com a realização do pré-
teste.
39
O pré-teste foi iniciado, conforme já explanado, seguindo uma abordagem
pessoal, onde a própria pesquisadora fez a apresentação do trabalho em geral e da
utilização do instrumento. Após isso, foi concebido ao respondente um tempo
individual para melhor expressar sua resposta de forma escrita, com sinceridade e
veracidade nos relatos. Foi permitido o prazo máximo de 01 (um) dia para o
empreendedor após a entrega do instrumento.
Da mesma forma aconteceu ao aplicar os demais questionários
definitivos. Por último, com a entrega do questionário por parte do respondente, a
pesquisadora utilizou-se do prazo de três dias para analisar o conteúdo, organizá-lo
e concluir os resultados.
5.6 Objeto de Estudo
O presente trabalho tem por base utilizar a Faculdade Cearense como o
universo geral da análise e como unidade de estudo para a realização da
investigação com quatro alunos empreendedores atuantes, cursando o 8º semestre
no Bacharelado em Administração no período 2013.1.
Para realização da análise, tem-se como objeto de estudo a ferramenta
do planejamento “Plano de Negócio”, que deu todo o norteamento para responder
de forma positiva ou negativa a problemática apresentada na pré-fase deste TCC.
5.7 Investigação
Este capítulo apresentará a análise sobre as investigações realizadas
com o público empreendedor do 8º semestre no curso de administração, expondo os
resultados obtidos em questionários com perguntas direcionadas a utilização do
plano de negócio na empresa do estudante, que, por sua vez, realizou o
planejamento proposto em sala de aula.
O documento foi criado para analisar diferentes casos, não interessando
suas identificações. No entanto, a análise foi realizada com quatro empreendimentos
de diferentes ramos de atuação identificados como: caso A, B, C e D ou caso 1, 2, 3
40
e 4 ou ainda primeiro, segundo, terceiro e quarto caso. respectivamente.
O caso A refere-se a uma empresa prestadora de serviços no segmento
de administração de condomínios, registrada no município de Maracanaú - Ce.
Encontra-se em fase inicial, de implantação quando ainda está se lançando no
mercado. A empreendedora responsável pretende abrir dois negócios em períodos
próximos.
O caso B trata-se de uma empresa prestadora de serviços no ramo de
criação de sites e hospedagem na cidade Fortaleza - CE. Também encontra-se em
fase inicial, já estando em funcionamento. O empreendedor responsável tem duas
ocupações. Além do seu empreendimento, trabalha para outra empresa com carteira
de trabalho assinada.
O caso C direciona uma empresa, que negocia produtos de beleza e
prestação de serviços de cabeleireiro, localizada no município de Maranguape – CE.
Pode-se dizer que a empresa já passou pela fase inicial e está em seu quinto ano de
atuação. A gestora ocupa-se integralmente neste empreendimento.
Por último, o caso D remete a uma empresa de prestação de serviço de
Assessoria em execução de projetos administrativos e de opinião pública localizada
no município de Maracanaú – CE. A empresa encontra-se em seu terceiro ano de
atuação no mercado e a diretora está constituindo uma nova empresa na mesma
cidade.
6. Análise dos resultados
Conforme primeira pergunta do questionário:
Questão 01: Em que ano tornou-se empreendedor (a)?
Observou-se, segundo as respostas, que os empreendimentos são novos
em seus mercados, atingindo no máximo, seu quinto ano de atuação. A
diferenciação está em torno de empresa em implantação e empresas atuantes.
A intenção deste início é identificar o grau de maturidade das empresas,
já que, em pesquisas, muito se fala em natalidade crescente de empresas motivadas
41
pelo empreendedorismo. É interessante entender que independente de seu estágio
de implantação ou durante suas atividades, ao utilizar o plano de negócio, o
resultado pode ou não ser o mesmo.
Em seguida, a segunda pergunta induz a uma resposta aberta onde a
respondente expressa sua realidade quanto à motivação por empreender
Questão 02 - A escolha por empreender foi motivada pelo fato de estar
cursando administração? Se não, descreva como a ideia de empreender
surgiu.
No caso A, a administração foi um fator motivador para empreender
aliada a experiência prática. Segundo o questionário do caso A, “Sim, como estudo
sobre administração de empresas, despertou em mim, a vontade de ser
administradora do meu próprio negócio. Além disso, o fato de eu ter conhecimento
teórico e prático possibilitou a minha escolha por empreender”.
Para o respondente B:
“A administração apenas aumentou o desejo de ser empresário, onde procuro colocar em pratica tudo que estou aprendendo na sala de aula. De fato, o campo é mais complicado e difícil do que o estudado. A cada dia é um novo desafio onde procuro superá-los”.
Com sua resposta, percebe-se que a administração não foi o fator
preponderante para sua motivação em abrir seu próprio negócio. Apenas foi um dos
motivos que o levou ao empreendedorismo.
O terceiro caso apresentou que a administração não significou o motivo
pelo qual a fez abrir sua empresa e sim a vontade de trocar de ramo de atuação, já
que a mesma era funcionária de uma empresa do ramo imobiliário. Seguida do
surgimento de algumas oportunidades, oportunidades estas não comentadas, em
suas palavras, “Não, a intenção de empreender surgiu pela chance de algumas
oportunidades seguido da vontade de trocar de ramo de atuação”.
Por último, o caso D afirma que a administração motivou em termos, pois
a partir de uma oportunidade que surgiu sentiu segurança em empreender por já ter
experiência e um embasamento teórico adquirido no curso.
42
A próxima pergunta está diretamente relacionada a saber como se deu a
origem do negócio. Com embasamento nos estudos contidos no referencial teórico,
buscou uma pergunta fechada, com múltiplas opções.
Questão 03: Assinale como surgiu a oportunidade de empreender:
As respostas mais assinaladas foram os itens “d” e “g” respectivamente:
Técnico especializado, possuidor de experiência (uma resposta) e conhecimento
sobre o produto/serviço e Desenvolvimento paralelo, uniu-se a amigo(s)/familiares
para formar uma sociedade (três respostas).
O resultado significa que o empreendimento surgiu devido ao
conhecimento técnico e prático além do apoio de amigos(s) e/ou familiares, aliado à
oportunidade existente no momento.
A pergunta seguinte deixa o(a) estudante empreendedor(a) livre para
expressar seu sentimento sobre a vantagem competitiva relacionada ao curso de
administração de empresas.
Questão 04: Você como empreendedor (a) percebe algum tipo de vantagem(s)
frente a concorrência, pelo fato de estar formando-se em administração? Se
sim, quais?
Diante desta abordagem, surgiram duas linhas de pensamento. De
maneira similar, 02 pessoas disseram que estudar administração de empresas gera
vantagem competitiva enquanto que as outras duas concordaram entre si que
estudar administração gera, em termos, uma vantagem competitiva, pois o que vale
é o conhecimento prático do dia-a-dia.
Avaliação realizada conforme expõem questionários: C (“Não vejo que
tenho uma vantagem competitiva só porque curso administração, pois nos estudos
só vejo teoria, o que também é importante, mas a vantagem competitiva está
relacionada à experiência no mercado na minha concepção”) e D (“No meu caso
não, por que as empresas concorrentes possuem o mesmo grau de instrução, me
vejo competitiva”).
43
Na pergunta de número 05 (cinco), instiga o estudante/empresário a
revelar se realiza outro tipo de ferramenta de planejamento de gestão
diferentemente do plano de negócio, instrumento estudado em sala de aula.
Questão 05: Costuma realizar algum tipo de planejamento diferentemente do
Plano de Negócio (PN)? Se sim, qual?
As respostas foram negativas para esta pergunta. Enquanto o caso A
afirmou claramente não ter realizado outro tipo de planejamento, o caso B e C
fizeram numa proposta em sala de aula a elaboração de um planejamento
estratégico do negócio. Plano, segundo contexto em referencial teórico, é um
complemento do PN.
No caso C, o planejamento é elaborado, mas de forma não-documental,
assim como o quarto caso afirmou com propriedade que utilizou-se de
planejamentos emergentes em alguns casos, planejamentos estes sem
comprovações, elaborados e aplicados conforme ocasiões especiais.
A sexta questão está voltada para o plano de negócio propriamente dito e
permite uma melhor análise sobre a elaboração do PN de fato, facilitando saber se o
instrumento de planejamento é total ou parcialmente elaborado e se aplicado ou não
em suas próprias empresas.
Por consequência, é possível identificar o ranking das funções mais
planejadas, pois a questão explora cada plano proposto por Rosa (2007):
Operações, Marketing, Recursos Humanos, Financeiro e Pesquisa e
desenvolvimento.
Questão 06: Marque e descreva as funções planejadas e as que foram ou não
postas em prática. Se não, informar o motivo:
A primeira respondente marcou que elaborou os planejamentos de:
operações, marketing, finanças e recursos humanos, porém, não planejou a função
pesquisa e desenvolvimento de sua empresa. Dos itens citados, apenas o plano
financeiro foi posto em prática de forma que foram implantadas planilhas para ajudar
44
no auxílio aos controles. Além disso, antes de seguir adiante, foi realizado diversos
orçamentos de compras e material inicial necessário.
O motivo dos demais planos não postos em prática deve-se ao fato de
que a empresa ainda está sendo lançada no mercado, assim, o momento não se fez
necessário ainda.
No segundo caso, as respostas foram mescladas. Nem todas as funções
foram planejadas como, por exemplo, operações e recursos humanos e em
consequência não foram postos em prática. Segundo o estudante, o motivo pelo não
planejamento foi: falta de tempo, por ter dois trabalhos, e não necessidade no
momento, respectivamente.
Já para as funções de marketing, finanças e pesquisa e desenvolvimento
não só foram planejadas como foram postas em prática, apesar do terceiro item ter
sido praticado apenas pela metade. Conforme o que planejou no item de marketing,
o empreendedor realizou a divulgação de sua empresa com panfletagem e
personalizou as pessoas que realizaram o serviço com blusas e crachás, dando
mais segurança ao seu público.
Além disso, utilizou-se de abordagens diretas aos clientes para oferecer e
explicar sobre seu produto/serviço. No item sobre o financeiro, o empreendedor
implantou um software específico para finanças. Porém, não foi totalmente ao
encontro do que foi planejado, pois o mesmo ainda não utiliza toda capacidade do
sistema.
A respeito do item pesquisa e desenvolvimento, o estudante respondeu
que colocou seu plano em prática parcialmente, pois conforme suas palavras: “faltou
dinheiro”. O respondente B planejou o estudo da concorrência e conseguiu apenas
utilizar-se da técnica do cliente oculto nas empresas de seus principais concorrentes
para obter informações valiosas.
No terceiro caso, vale ressaltar que a empresária somente utilizou o PN
quando solicitado em sala de aula, mas que constantemente elabora planejamentos
informais sem documentações comprobatórias. A mesma afirmou ter planejado:
operações, marketing e pesquisa e desenvolvimento. Conforme suas respectivas
explicações de como colocou em prática:
45
Com a saída da antiga gerente (da família – irmã), houve a necessidade de realocar mão de obra para o funcionamento da loja, assim como no novo layout elaborado onde o espaço aumentou e houve acréscimo dos serviços de cabeleireiro.
Foi realizado a divulgação da loja conforme planejado, isso só foi possível pela oportunidade de por em prática a um custo reduzido. A empresa proporcionou gratuitamente o atendimento à comunidade escolar contemplando cortes de cabelo, hidratação, manicure e pedicure entre outros, possibilitando o conhecimento do produto na prática. Nas empresas da mesma forma. Após isso, a loja ficou conhecida assim como seus produtos. Hoje as empresa utilizam nosso serviços como uma forma de agradar seus funcionários com dia de beleza.
Foi realizado, como planejado, uma pesquisa com o próprio consumidor, com amostragem de acordo com o universo de clientes que frequentam a loja diariamente. A intenção da pesquisa foi identificar a viabilidade de implantar um serviço na loja, além de saber a satisfação quanto a sua acomodação na loja. O resultado da pesquisa foi positivo para melhor organizar o layout da loja.
Reforça-se de que este último foi elaborado em sala de aula com a
proposta de realizar um planejamento estratégico.
Por último, o quarto caso, apenas o último item de pesquisa e
desenvolvimento não foi planejado, embora a empresa atue com este segmento.
Sua explicação para a falta deste plano foi:
Tudo aconteceu muito rápido e necessitou de estratégias emergentes com base na experiência e conhecimento teórico para colocar a empresa no mercado e, após isso, o planejamento continuou em falta. Porém há o interesse, pois a empresa quer acrescentar serviços e expandir a área de abrangência de atuação. O interesse também parte do ponto de vista de que se a mesma atua com execução de projetos em opinião pública porque não realizar sua própria pesquisa de mercado?
Dos planejamentos realizados, um não foi posto em prática: marketing.
Os recursos para tal planejamento não foram suficientes, por isso, a execução do
plano de divulgação e expansão da empresa não foram realizados.
Para os planos postos em prática, a empreendedora confirmou que as
atuações foram de acordo com o que foi planejado. No plano de operações,
registrou-se: “Atuação da equipe, metodologia do trabalho e comunicação interna
para os serviços extras de execução de projetos em opinião pública demandados na
região metropolitana”, e como resultado, “foi determinado o campo de atuação por
individuo, metodologia foi utilizada mediante comprovações e informações internas
registradas de forma documental”.
46
No plano financeiro, foi pensada a elaboração de controles como: fluxo de
caixa, previsão de impostos, pagamentos diversos e de folha, investimentos. O
plano foi colocado em prática e funciona conforme proposta, os controles foram
criados em excel e dão suporte na organização.
O planejamento do RH foi superficial, pois a empresa não dispõe de uma
grande estrutura. Apenas preocupou-se em analisar a “quantidade de pessoal que a
empresa comportaria e o valor de salário e/ou produção conforme for o serviço, de
acordo com mercado e cálculos financeiros, além das formas de acompanhamento”.
Sendo assim, “Recentemente o quadro de pessoas contratadas aumentou
como planejado. Fora realizada pesquisa interna para avaliar as ideias das pessoas
e como estão se sentindo”.
Na questão seguinte há uma intenção de saber como o PN evitou falhas
em cada função organizacional da empresa, de maneira que facilite o entendimento
sobre a percepção do empreendedor quanto aos benefícios de se utilizar a
ferramenta.
Questão 07: Como o PN evitou falhas nas áreas:
O caso A apresentou:
Operações: Mesmo sem pôr em prática, só com o planejamento percebi que estou no caminho certo. Outras ações, no entanto, vão aparecendo de acordo com as situações do dia-a-dia; Marketing: Como ainda não coloquei em prática, estou sentido dificuldade em colocar a empresa no mercado de fato e atrair mais clientes; Financeiro: Ajudou bastante, evitou muitas falhas, tanto pelo planejamento como para execução; Recursos Humanos: Ajudou um pouco em relação à especificação de qual mão de obra seria absorvida pela empresa, porém, o planejamento ainda não foi totalmente colocado em prática, pois a empresa ainda está se lançando no mercado. O
aumento de equipe será feito conforme necessidade; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Não tenho como avaliar ainda, porque a empresa
ainda está se fixando no mercado. No entanto, acredito que se tivesse elaborado pesquisa de para estudar a concorrência, o preço e o produto, por exemplo, estaria mais adiantada nos negócios.
Esta resposta corrobora que sem o PN algumas ações poderiam ter dado
errado. Mesmo quando ela não pratica, mas planeja, entende que está no caminho
certo.
No caso B:
47
Operações: Mesmo não tendo sido planejado, percebeu-se uma melhor organização pelo fato de ter realizado o planejamento financeiro. Evitou falhas na hora de precificar o serviço; Marketing: Mesmo com todo planejamento, percebi pouco retorno. Porém, com a ação realizada evitou falhas na hora de preparar o material e a organização do trabalho em campo; Financeiro: Evitou falhas quanto ao acompanhamento financeiro, pois agora tem como saber se o mês foi lucrativo ou não. Tornou o trabalho mais organizado e disciplinamento nos registros financeiros; Recursos Humanos: Não foi avaliado; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Com a pesquisa realizada, houve alteração de preço evitando que houvesse prejuízo à empresa além de alteração nos planos. Se não tivesse realizado o planejamento, talvez a empresa continuaria com a prática dos antigos preços. Agora falta pôr em prática a outra parte do planejamento, assim que tiver levantado uma quantia em dinheiro que é a organização das plataformas de serviço.
A segunda resposta remete uma situação com observações amenas. O
empresário enxerga uma melhora significativa na organização em consequência do
planejamento financeiro. No entanto, o mesmo não percebeu retorno com o plano
formulado.
O caso C relatou:
Operações: Evitou desorganização e tornou o trabalho mais eficiente resultando numa produção maior; Marketing: Tornou a empresa mais conhecida e com novos clientes, sem a ação a empresa estaria estagnada e defasada no mercado; Financeiro: Não foi avaliado porque não houve um planejamento bem elaborado, as coisas funcionam bem. Mas poderiam funcionar melhor; Recursos Humanos: Também não foi avaliado, porém, falta recursos técnicos da área para gerenciar melhor a equipe; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): Sem a pesquisa teria cometido falhas quanto ao layout e não saberia se agradaria o cliente, talvez teria uma grande desaprovação quanto ao novo layout e novos serviços.
A forma como esta resposta foi formulada conclui que mesmo a gestora
não planejando de forma documentada, mas planejando de forma verbal, percebeu
que o PN elaborado em sala de aula evitou muitas falhas em seu negócio.
No caso D, o PN evitou falhas na metodologia e nos processos no quesito
operações. Como não pôs em prática o quesito marketing, a falha ocorreu. A
empresa não é conhecida e possui poucos clientes.
No plano Financeiro, evitou que a gestora ficasse perdida nos negócios
ou até se prejudicasse judicialmente por falta de conhecimento na área. No plano de
RH evitou a seleção de pessoal desqualificado para o cargo e no plano P&D, como
não fora aplicado, a empresa não atua fortemente para atrair mais mercados.
48
Por fim, a última pergunta do instrumento de análise foi movido pela
necessidade de entender como está a situação atual das empresas após utilização
da ferramenta de planejamento.
Questão 08: Como define sua situação atual após elaboração do PN?
Para a gestora A, O PN trouxe inúmeros benefícios, os quais deram um
norte no momento inicial do negócio, a mesma afirma que nem tudo sai como
previsto, porém, justifica que os imprevistos ocorrem em concorrência com o próprio
PN, podendo ser atualizado a qualquer momento. Finaliza seu pensamento
colaborando que essa alteração é contínua de acordo com os acontecimentos do
mercado e das atividades da empresa.
Para o gestor B, A empresa é nova e o PN está em desenvolvimento,
porém, algumas técnicas que foram estabelecidas no PN e já implantadas no âmbito
do plano financeiro promoveram uma saúde inicial da empresa e uma melhor
organização nos processos.
A gestora C afirma que se sente mais segura na implantação de novas
ideias. Após realização do plano, a empresa já expandiu bastante, precisando
sempre melhorar. Mesmo não tendo realizado por completo o planejamento por “n”
motivos, vê uma melhora significativa com a prática do planejar.
De maneira sucinta e verdadeira, a gestora D descreve que sua empresa
poderia estar melhor se o plano fosse seguido à risca.
7 Conclusões
No propósito de responder à problemática deste estudo - sobre "Quais
funções organizacionais contidas no Plano de Negócio os alunos utilizam na própria
empresa? Qual o impacto percebido?" - pode mediante instrumento direcionado,
utilizado nas investigações, obter o resultado conforme análise interpretada pela
pesquisadora.
Em resposta ao problema, notou-se que as funções do plano de negócio
49
proposto por Rosa (2007), em que os alunos utilizam na própria empresa, são o
plano financeiro e o plano de marketing com prioridade.
Os empreendedores do estudo focam seus objetivos em controlar
parcialmente suas finanças e lançar suas empresas no mercado independente da
situação da empresa, com preocupação apenas na promoção da mesma, sem
importar-se com as pré-analises do mercado pertinentes a localização, clientes,
produto, preço, marca e concorrência.
O impacto percebido por estas empresas é que o PN permitiu uma melhor
organização nas funções propostas em plano, porém, observou-se que o
planejamento não foi totalmente transformado em ação, por isso, ainda deixa a
desejar, pois compromete a eficiência do plano estabelecido no documento.
Mesmo com sua utilização parcial, o PN inspirou mais segurança aos
empreendedores para implantar ideias inovadoras, mas a verdade é que poderiam
estar bem à frente do esperado.
Conforme o objetivo geral deste estudo, analisar a importância e
aplicabilidade do Plano de Negócio pelos estudantes do 8º semestre do curso de
administração 2013.1 da Faculdade Cearense - FAC para gerenciamento do próprio
negócio, foi concluído que a ferramenta de planejamento ainda é pouco aproveitada
nos empreendimentos estudados.
Diante de relatos dos pesquisados, ficou claro que, em alguns casos, o
plano de negócio só foi elaborado a partir dos conhecimentos aprendidos em sala de
aula, em que utilizou-se a criação do PN como forma avaliativa. O conhecimento
sobre a ferramenta inspirou sua criação e, por motivos desconhecidos de cada caso,
sua utilização não foi completa e muito menos continuada.
Sabe-se que o instrumento pode e deve ser revisto periodicamente para
ajustar o planejamento de cada etapa, caso necessário, porém, encontrou-se planos
estagnados. Há pouca importância e pouca aplicabilidade para este instrumento. No
entanto, o documento PN elaborado em cada caso, mesmo que parcialmente
planejado, serviu de apoio tanto para o empreendimento novo quanto para o já
existente.
Entretanto, diante de cada PN pertencente à cada investigação,
percebeu-se que os mesmo possuem pelo menos um pecado capital exposto em
50
referencial teórico no capítulo quatro, que indica que provavelmente o documento
seria rejeitado por um investidor.
O planejamento de cada função organizacional é de suma importância
para qualquer negócio e mesmo sabendo disso, os empreendedores deixam de dar
tanta atenção ao comportamento da organização mediante suas operações e no
recurso intelectual da empresa, as pessoas. Este último até se explica a não
prioridade, pelo fato de que nem todos os empreendimentos estudados possuem
recursos humanos, o que não justifica, pois esta função deve estar preparada para
mais cedo ou mais tarde necessitar de capital humano.
Além disso, deixar de focar a pré-análise do mercado utilizando-se da
P&D pode pôr todo negócio em risco de não dar certo.
O estudo buscou atingir três objetivos específicos. O primeiro deles foi
verificar o resultado alcançado pelos estudantes, a partir da aplicação da ferramenta
plano de negócio. A conclusão obtida é que nem tudo que foi planejado foi posto em
prática. Ainda há casos em que a prática se faz parcialmente. A verdade é que os
empreendimentos poderiam estar melhores, caso utilizassem mais a prática do
“planejar” e utilizasse esta ferramenta norteadora como base.
O segundo objetivo específico foi analisar a influência e importância da
administração para o estudante empreendedor e como resultado tem-se que a
administração é de grande importância para o empreendedor, pois alia o perfeito
gerenciamento do negócio com as ideias inovadoras. Porém não tem poder de
influência sobre a decisão de tornar-se um estudante de administração a um
empreendedor. Apenas concerne uma contribuição positiva, pois quando surge uma
oportunidade, o fato de possuir um conhecimento administrativo é um dos fatores
que levam o estudante a seguir carreira empreendedora.
O terceiro e último objetivo específico é identificar o ranking das funções
organizacionais mais utilizadas e o resultado para este item indiretamente, já
comentado anteriormente, mostra que o financeiro é a função mais planejada neste
estudo, seguida da função mercadológica ou marketing. Por último, não menos
importante, em sequência de prioridade está à função operacional, de Recursos
Humanos e Pesquisa e Desenvolvimento.
51
Para auxiliar em algumas análises, foi elaborado um esquema em forma
de quadro que permitiu resumir os resultados qualitativos de cada investigação.
QUADRO 1 - RESULTADO DA 6ª QUESTÃO REFERENTE À APLICAÇÃO DO
PLANO DE NEGÓCIO
8 Considerações Finais
A realização deste estudo se fez em um período de seis meses
compreendendo muito esforço e dedicação por parte dos envolvidos (pesquisadora
e orientador) e como qualquer trabalho acadêmico desta magnitude dispôs de
limitações que foram superadas uma a uma até resultar no objetivo esperado, a
finalização deste TCC.
Durante o período de confecção deste trabalho, houve limitações que
impactavam na agilidade do desenvolvimento do mesmo. Foi o quesito tempo ao ter
que dividi-lo entre trabalho, família, faculdade e seus exercícios e abdicar
temporariamente de lar, lazer e amigos, tendo até que utilizar algumas noites de
sono em prol do objetivo final, acarretando também em limitações físicas e
psicológicas.
No que tange as dificuldades encontradas, partiu da escolha do tema,
pois o assunto teria que provocar interesse e desejo de fazê-lo. Todo início foi
complicado já que ainda não se tinha percepção da metodologia. A busca por
Pla
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Planos
EC A EC B EC C EC D
Operações X X X X X X X X
Marketing X X X X X X X X
Financeiro X X X X X X X X
RH X X X X X X X X
P&D X X X X X X X X
52
material bibliográfico condizente com o assunto e disciplina foram difíceis no
começo.
Logo após o referencial teórico, ao iniciar a pesquisa, pensou-se na
realização de uma pesquisa de campo com natureza quantitativa, partindo da
identificação do universo por meio de uma primeira pesquisa com objetivo de
identificar quem seriam os estudantes empreendedores compreendidos no 8º
semestre de administração.
Logo após, foi percebido que não caberia uma pesquisa de campo pelo
fato de que o universo encontrado não seria representativo. Diante desta dificuldade
encontrada, ficou decidido a realização de um senso com todos os estudantes
empreendedores do 8º semestre, porém, ao iniciar a busca pelo público alvo, a
pesquisadora deparou-se com casos, até o momento, inesperados.
Três pessoas com perfil não aplicaram o plano de negócio com a própria
empresa e sim com empresa de terceiros, por isso, seus questionários foram
anulados. As respostas poderiam direcionar a resultados irreais. Sendo assim, o
estudo se fez apenas com quatro casos e por isso buscou dar mais qualidade para
que o objetivo pudesse ser alcançado.
Diante das limitações e dificuldades passadas, desenvolveram-se
sugestões para futuras pesquisas. Primeiramente é indicado que antes de iniciar o
estudo, realize uma busca pelo assunto além de averiguar a disponibilidade de
material bibliográfico. Ao decidir sobre o assunto ou continuação deste, elaborar um
cronograma de atividades e respeitar os prazos estipulados, seguindo-o a risca.
É necessário prever situações futuras que possam impedir a realização
da pesquisa como, por exemplo, o perfil do público alvo.
9 Referências
Livros
BERNARDI; Antonio. Manual de Empreendedorismo e Gestão: Fundamento,
Estratégias e Dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2008.
53
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão
abrangente da moderna administração das organizações. 7ª ed. ver e atual. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2003.
COBRA, Marcos. Administração de marketing no Brasil. 3ª Ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em
negócios. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades
do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
GIL, Antonio Carlos, 1946 - Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. Atlas. São Paulo: 2010. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. Atlas. São Paulo: 2010.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: O
minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rev. Ampliada. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001.
HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P.; SHEPHERD Dean A.
Empreendedorismo.Tradução Teresa Felix Sousa. 7ª ed. Porto Alegre: Bookman,
2009.
LACOMBE, Francisco José Masset, HEILBORN, Gilberto Luiz José Heiborn.
Administração: Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
MASIERO, Gilmar. Administração de empresas. São Paulo: Saraiva, 2007.
MAXIMIANO, Antonio. Introdução à Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MENDES, Jerônimo. Manual do Empreendedor: Como construir um
empreendimento de sucesso. São Paulo: Atlas, 2009.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho
científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho
acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Também disponível em:
http://tconline.feevale.br/tc/files/33d1s8pl42l/Ebook%20Metodologia%20do%20Traba
lho%20Cientifico.pdf. Acessado em 21 de maio de 2013 as 17:57 hs.
54
ROSA, Claudio Afrânio. Como elaborar um plano de negócio. Brasília: SEBRAE,
2007.
SAMPAIO; Getúlio Pinto. Teoria do sucesso: Empreendedorismo e Felicidade. São
Paulo: Nobel, 2006.
SEBRAE. O empreendedor e suas características: Manual do Empresário. Vitória:
SEBRAE/ES, 2005, 20 p.
VERGARA; Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em
Administração. 10 ª ed. editora atlas S.A. São Paulo - 2009
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. 4. ed. São
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Sites
www.sebrae.ce.gov.br. Acessado em 16 de maio de 2013 as 16:15
www.planodenegocios.com.br Acessado em 20 de março de 2013 as 14:35.
CONSULTA O PORTAL DOS ADMINISTRADORES. Organizações: conceitos e
classificações. Disponível
em:http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/organizacoes-conceito-e-
lassificacao/25629/Acessado em: 16 maio 2013 as 17:34.
CONSULTA BIBLIOTECA INTERATIVA SEBRAE. Empreendedorismo: perfil
empreendedor. Disponível
em:http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/
3CEEB6EBDE20889903256D520059A359/$File/NT00001BD2.pdf Acessado em
15/05/2013 as 15:41. Acessado em: 15 maio 2013 as 15:41.
CONSULTA EM MATERIAL DIDÁTICO: Planejamento completo. Documento
elaborado pela Profª Sulivan D. Fischer Salgado, revisado e ampliado pela Profa.
Patrícia Vendramini para fins didáticos em agosto de 2003.Disponível em:
55
http://material-estacio.tripod.com/arquivos/planej_completo.pdf . Acessado em 19
maio de 2013 as 20:40 utilizado na pág. 26.
CONSULTA EM MATERIAL DIDÁTICO: Planejamento administrativo. Documento
elaborado pelo Professor Arnaldo Santos. Disponível em:
http://fortium.edu.br/blog/arnaldo_silva/files/2011/02/NA1_PLAN-ADM_Conceitos-
PE.pdf. Acessado em 20 de maio de 2013 as 13:00.
CONSULTA EM ARTIGO: Plano de Negócios e Planejamento Estratégico:
Ferramentas que geram vantagem competitiva. Uma abordagem sobre o BSC
enquanto ferramenta estratégica aplicada à Escola do Design. De NOGUEIRA,
Carla; ALMEIDA, Márcia
Disponível em: http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_2710.pdf.
Acessado em: 05 de junho de 2013 as 23:41
57
APÊNDICE – QUESTIONÁRIO
01(Aberta) Em que ano tornou-se empreendedor (a)? ______
02 (Aberta) A escolha por empreender foi motivada pelo fato de estar cursando administração? Se
não, descreva como a ideia de empreender surgiu.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
03 – (Fechado e Aberto) Assinale como surgiu a oportunidade de empreender:
( ) herdou o negócio de familiares; ( ) Empreendedor nato, desde cedo esboçou habilidades para o negócio; ( ) Funcionário de empresa, motivou-se para tornar-se patrão de si próprio; ( ) Técnico especializado, possuidor de experiência e conhecimento sobre o produto/serviço; ( ) Opção ao desemprego; ( ) Desenvolvimento paralelo, uniu-se a amigo(s)/familiares para formar uma sociedade ( ) Outros __________________________________________________________________ 04 –(Aberta) Você como empreendedor (a) percebe algum tipo de vantagem(s) frente a
concorrência, pelo fato de estar formando-se em administração? Se sim, quais?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
05 – (Aberta e Fechada) Costuma realizar algum tipo de planejamento diferentemente do Plano de
Negócio (PN)? Se sim, qual?
5.1 Sim ___________________________________________ 5.2 Não
06 - (Fechada e Aberta) Marque e descreva as funções planejadas e as que foram ou não postas em
prática. Se não, informar o motivo:
FACULDADE CEARENSE
CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA CASO A
Prezado aluno, necessito de sua atenção para preencher este questionário, pois trata-se de um trabalho para conclusão de curso (TCC) com objetivo de realizar uma investigação para analisar a importância e aplicabilidade do plano de negócio em seu empreendimento assim como, verificar o impacto através do uso da ferramenta.
Desde já agradeço a colaboração e garanto o sigilo dos dados.
58
6.1 Operações: ( ) Foi planejado ( ) Não foi planejado
O quê? __________________________________________________________________
( ) Não foi posto em prática
Por quê? ________________________________________________________________
________________________________________________________________________
( ) Posto em prática
Como? __________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6.2 Marketing: ( ) Foi planejado ( ) Não foi planejado
O quê? __________________________________________________________________
( ) Não foi posto em prática
Por quê? _________________________________________________________________
________________________________________________________________________
( ) Posto em prática
Como? __________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6.3 Financeiro: ( ) Foi planejado ( ) Não foi planejado
O quê? __________________________________________________________________
( ) Não foi posto em prática
Por quê? _________________________________________________________________
________________________________________________________________________
( ) Posto em prática
Como? __________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6.4 Recursos Humanos: ( ) Foi planejado ( ) Não foi planejado
O quê? __________________________________________________________________
( ) Não foi posto em prática
Por quê? _________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
( ) Posto em prática
Como? __________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6.5 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D):
( ) Foi planejado ( ) Não foi planejado
O quê? __________________________________________________________________
( ) Não foi posto em prática
Por quê? _________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
( ) Posto em prática
59
Como? ___________________________________________________________________
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07 – (Aberta) Como o PN evitou falhas nas áreas:
6.1 Operações: ____________________________________________________________
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6.2 Marketing: ____________________________________________________________
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6.3 Financeiro:_____________________________________________________________
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6.4 Recursos Humanos______________________________________________________
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6.5 Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): ________________________________________
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08 – (Aberta) Como define sua situação atual após elaboração do PN?
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Fortaleza, 26 de maio de 2013.