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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS SÃO PAULO
MESTRADO PROFISSIONAL EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
SÔNIA ELZI ALVES DOS SANTOS SENA PEREIRA
RELIGIOSIDADE E ESTILO DE VIDA DE PACIENTES DIABÉTICOS QUE RESIDEM EM CACHOEIRA-BA
São Paulo
2018
SÔNIA ELZI ALVES DOS SANTOS SENA PEREIRA
RELIGIOSIDADE E ESTILO DE VIDA DE PACIENTES DIABÉTICOS
QUE RESIDEM EM CACHOEIRA-BA
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário Adventista de São Paulo,
Programa de Mestrado em Promoção da
Saúde, sob orientação da Prof.ª Drª Gina
Andrade Abdala.
São Paulo
2018
Dissertação apresentada ao Centro Universitário Adventista de São Paulo - Programa de Mestrado em Promoção da Saúde aprovada em ___/___/___.
_________________________________________
Profa. Dra Gina Andrade Abdala
__________________________________________
Profa. Dra. Marlise de Oliveira Pimentel Lima
__________________________________________
Profa. Dra. Maria Cecília Leite de Moraes
Dedicatória A Deus, aos meus familiares, em especial
à minha mãe por sempre me incentivar a estudar e me qualificar.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS por me manter, me suster nesta tão árdua
etapa de minha vida, onde literalmente me trouxe até aqui, e pelo amor dispensado
a mim e minha família.
Ao meu esposo Carlos Jorge pela compreensão em minha ausência, apoio e
companheirismo, aos meus pais e irmãos pelas incansáveis orações. As amigas
Cleire Marquesin e Renata Paulina, por terem me hospedado durante todo o curso
do mestrado.
Às amigas Paula Paulina, Márcia Damasceno e Nélia Oliveira Silva pelo
incentivo e colaboração.
À Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) por me disponibilizar o tempo para
o estudo, pela cooperação e apoio para realização deste curso.
Agradeço também a minha orientadora profa. Doutora Gina Andrade Abdala,
pelo incentivo, apoio, dedicação e paciência em todo o processo de construção
deste trabalho.
Aos pacientes, por disporem de tempo e aceitarem participar deste estudo,
bem como à equipe de saúde da clínica-escola da FADBA pela colaboração.
A todos que, de alguma forma, colaboraram para realização deste estudo e
para minha qualificação profissional: Muito Obrigada!
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos”
Salmos 119: 115
RESUMO
Introdução: Diversos estudos apontam para uma associação positiva entre
religiosidade/espiritualidade e estilo de vida, buscando evidenciar seus efeitos sobre
a saúde e a cura de doenças, bem como na redução da mortalidade. Objetivo:
Analisar associação entre religiosidade e estilo de vida de portadores de Diabetes
Mellitus tipo 2. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal,
abordagem quantitativa em uma amostra de 21 diabéticos cadastrados no programa
HiperDia da Unidade Saúde da Família, parceira da Clínica-Escola da Faculdade
Adventista da Bahia. Foram utilizados os questionários de estilo de vida
FANTASTICO, o instrumento de religiosidade DUKE-DUREL e um formulário
sociodemográfico e de saúde. Os dados foram analisados por meio de uma
estatística descritiva e analítica, utilizando a Correlação de Spearman no programa
Statistical Package for Social Science. Resultados: Os portadores de diabetes
apresentaram uma média de idade de 62,6 (dp = 13,36), com 76,2% do sexo
feminino, 71,4% de cor parda referida e 61,9% sem instrução e/ou com fundamental
incompleto. Nesse grupo, 71,5% vão aos cultos religiosos até uma vez por semana e
85,7% realizam suas práticas religiosas diariamente. O estilo de vida está “muito
bom” para a maioria deles (61,5%), porém a dimensão “atividades” esteve abaixo da
média (3,25; dp = 2,60). Na correlação entre as dimensões da religiosidade e o
escore total do estilo de vida, foi detectado que a Religiosidade Organizacional (RO)
esteve estatisticamente associada ao estilo de vida desses diabéticos (r = 0,608; p =
0,027). Conclusão: O estilo de vida dos participantes, segundo o escore total do
questionário FANTASTICO foi evidenciado como sendo “muito bom” para a maioria
deles, muito embora a dimensão “atividades” estivesse abaixo do normal. Observou-
se também que, quanto maior a frequência aos cultos religiosos, melhor o estilo de
vida deles. Recomenda-se que os profissionais de saúde considerem a importância
da dimensão religiosa para que o estilo de vida desses pacientes possa ser
melhorado.
Palavras-chave: Religiosidade. Estilo de vida. Diabetes Mellitus tipo 2.
ABSTRACT
Introduction: Several studies point to a positive association between religiosity /
spirituality and lifestyle, seeking to highlight their effects on health, cure of diseases
as well as reduction of mortality. Objective: To analyze the association between
religiosity and lifestyle of patients with diabetes. Method: This is a descriptive, cross-
sectional, quantitative approach in a sample of 21 diabetics enrolled in the HIPERDIA
of the School Clinic of the Adventist Faculty of Bahia (FADBA). The FANTASTICO
lifestyle questionnaires, the DUKE-DUREL religious instrument and a socio-
demographic and health form were used. The data were analyzed through
descriptive and analytical statistics using the correlation of Spearman, by the
Statistical Package for Social Science program. Results: The patients with diabetes
had a mean age of 62.6 (dp = 13.36), with 76.2% female, 71.4% brown and 61.9%
without education and / or with incomplete junior high school. In this group, 71.5% go
to religious services up to once a week and 85.7% carry out their religious practices
daily. Lifestyle was “very good” for most of them (61.5%), but the "activities"
dimension was below average (3.25; dp = 2.60). In the correlation between the
dimensions of religiosity and the total lifestyle score, it was found that only
Organizational Religiosity (OR) was statistically associated with the lifestyle of these
diabetics (r = 0.608, p = 0.027). Conclusion: The participants' lifestyle according to
the FANTASTICO questionnaire total score was evidenced as being “very good” for
most of them, even though the "activities" subscale was below normal. It was also
observed that the more frequent to the religious cults, the better their lifestyle. It is
recommended that health professionals consider the importance of the religious
dimension so that the lifestyle of these patients can be improved.
Key words: Religiosity. Lifestyle. Diabetes Mellitus type 2.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Dados sociodemográficos e de saúde dos pacientes diabéticos
residentes em Cachoeira-Bahia. (N=21) 2017.......................................................
31
Tabela 2 – Frequência absoluta e relativa das variáveis de Religiosidade (n=
21). Cachoeira – BA, 2017.................................................................
34
Tabela 3 – Classificação do escore final do estilo de vida FANTASTICO,
Cachoeira, BA, 2017.............................................................................................
35
Tabela 4 – Análise descritiva das dimensões do FANTASTICO e escore total,
Cachoeira, Bahia, 2017.........................................................................................
37
Tabela 5 – Correlação de Spearman entre as dimensões da Religiosidade e o
escore total do estilo de vida. Cachoeira, BA, 2017..............................................
38
LISTA DE ABREVIATURAS
AACE American Association of Clinical Endocrinologists
ASD Adventista do sétimo Dia
ADA American Diabetes Association
CSEF Canadian Society Exercice Physiology
CEP Comitê de Ética e Pesquisa
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DM Diabetes Mellitus
DM2 Diabetes Mellitus Tipo 2
FADBA Faculdade Adventista da Bahia
HIPERDIA Programa de acompanhamento para Hipertensos e Diabetes
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDF International Diabetes Federation
OMS Organização Mundial de Saúde
OPAS Organização Pan-Americana de saúde
RO Religiosidade Organizacional
RNO Religiosidade Não Organizacional
RI Religiosidade Intrínseca
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes
SISNEP Sistema Nacional de Ética em Pesquisa SPSS Statistical Package for Social Sciense
SUS Sistema Único de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UNASP Centro Universitário Adventista de São Paulo
WHOQOL-BREEF Quality of Life of the World Health Organization
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12
1.1 Contextualização .................................................................................................. 12
1.2 Justificativa ........................................................................................................... 13
1.2.1 Relevância pessoal............................................................................................. 14
1.2.2 Relevância social................................................................................................ 14
1.2.3 Relação com a Linha de Pesquisa do Curso................................................... 15
1.3 Objetivos ................................................................................................................ 16
1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 16
1.4 Problema da Pesquisa........................................................................................... 16
1.5 Hipótese................................................................................................................. 16
2 METODOLOGIA ........................................................................................................ 17
2.1 Casuística .............................................................................................................. 17
2.2 Materiais ................................................................................................................ 18
2.3 Método.................................................................................................................... 18
2.3.1 Instrumento para coleta de dados ................................................................... 18
2.3.2 Coleta de dados ................................................................................................. 19
2.3.3 Análise dos dados ............................................................................................. 20
2.3.4 Aspectos éticos da pesquisa............................................................................. 20
3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 21
3.1 Revisão da bibliografia fundamental................................................................... 21
3.1.1 Religiosidade/Espiritualidade e Instrumentos de Avaliação ......................... 21
3.2 Estilo de Vida e Diabetes Mellitus tipo 2 e R/E .................................................. 27
3.3 Resultados e discussão ....................................................................................... 31
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 40
5 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
APÊNDICES ................................................................................................................. 46
ANEXOS ....................................................................................................................... 57
12
1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização
Medicina, saúde e religiosidade têm sido relacionadas de uma forma ou de
outra, em todos os grupos populacionais desde o início da história registrada.
Contudo, nos últimos tempos esse sistema de cura foi desmembrado e essa
separação ocorreu em grande parte nos países economicamente desenvolvidos. Já
nos países em desenvolvimento, existe pouca ou nenhuma separação. A história da
religião, medicina e cuidados de saúde em países desenvolvidos do Ocidente, no
entanto, é fascinante. Os primeiros hospitais do Ocidente para o cuidado dos
doentes na população em geral foram construídos por organizações religiosas e
cuidados por ordens religiosas (KOENIG, 2012).
A espiritualidade e religiosidade também têm influência significante na
qualidade e estilo de vida em idosos e/ou em uma população geral (ABDALA et al.,
2015; CRES et al., 2015). Está relacionada também com menos depressão, menor
ansiedade e melhor qualidade de vida em diabéticos (YAZLA et al., 2017).
Em um estudo com pacientes portadores de câncer, observou-se que as
formas de religiosidade particular como a meditação, oração e o estudo de textos
religiosos, bem como a frequente ida à igreja, estão associadas a um melhor
desempenho físico e menores sintomas de depressão, contribuindo para o bem-
estar do paciente (CAPLAN et al., 2013).
Considerando que a maioria dos estudos relata relações significativas entre
Religiosidade/Espiritualidade (R/E) e melhor saúde e considerando ainda que esse
campo de pesquisa está crescendo rapidamente e se movendo a partir da periferia
para a corrente principal dos cuidados de saúde (KOENIG, 2012), o presente estudo
pretende investigar associação entre R/E e estilo de vida de portadores de diabetes
tipo 2, contribuindo, portanto, para agregar às pesquisas existentes, os resultados
obtidos no desdobramento desse assunto.
13
1.2 Justificativa
A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença de importância mundial que se tornou
um problema de saúde pública dada a forma crescente do aparecimento de novos
casos. É uma das principais doenças crônicas, que atinge populações de países em
todos os estágios de desenvolvimento. O número de pessoas convivendo com a
doença quadruplicou, acompanhado de dois fatores agravantes: obesidade e
sobrepeso (WHO, 2016).
A incidência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) aumentou no mundo atual,
como resultado da interação genética, além do envolvimento de uma soma dos
fatores de risco, como: aumento da expectativa de vida, industrialização, maior taxa
de urbanização, maior consumo de dietas hipercalóricas, mudanças de estilo de
vida, inatividade física, obesidade e maior sobrevida de pessoas com doenças
crônicas (BRASIL, 2011).
Segundo o Manual do Ministério da Saúde (BRASIL, 2013), mudanças de
estilo de vida reduziram em 58% a incidência de diabetes em 3 anos. Essas
mudanças propõem discreta redução de peso (5-10% do peso), manutenção do
peso perdido, aumento da ingestão de fibras, restrição energética moderada,
restrição de gorduras, especialmente as saturadas e aumento de atividade física
regular.
Além da importância das mudanças no estilo de vida, sabe-se que a R/E tem
demonstrado relevante impacto sobre a saúde física e mental, bem como controle
glicêmico, no autocuidado, em menor depressão e melhor qualidade de vida dos
pacientes portadores de DM2 (HOW, MING, CHIN, 2011; HEIDARI et al., 2017;
YAZLA et al., 2017). Recomenda-se, portanto, que o enfoque da religiosidade no
cuidado de pessoas com diabetes seja reforçado, buscando o desenvolvimento de
aspectos importantes, como: felicidade, autoestima, otimismo, esperança e fé.
Dessa forma, torna-se fundamental a aproximação dos profissionais de saúde com o
tema, focando a R/E na elaboração do plano de cuidado do paciente (LUENGO,
MENDONÇA, 2014).
14
1.2.1 Relevância Pessoal
A minha prática profissional tem sido exercida há alguns anos em uma
unidade de saúde da família onde atendo e convivo com pacientes portadores de
diabetes. Percebo a dificuldade deles para adotar e/ou manter um estilo de vida
adequado, devido a alguns fatores, dos quais pode-se citar: dieta restritiva e
dificuldade em adotá-la, desmotivação em manter uma prática regular de atividade
física e uso inadequado da medicação.
Entendo também que alguns obstáculos favoreçam a ocorrência das
situações mencionadas, pois esses pacientes são usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS) e o mesmo não supre satisfatoriamente as necessidades dos
pacientes, tanto pela falta de insumos na unidade, bem como pela não aproximação
e conhecimento do profissional de saúde com o tema religiosidade e com os
recursos naturais deixados por Deus. Reunindo todos estes fatores, percebe-se que
o conhecimento dos oito recursos da natureza que são: Temperança, Nutrição, Luz
Solar, Água, Exercício Físico, Repouso, Ar Puro e Confiança no poder de Deus,
sendo este último recurso citado, relacionado diretamente com o tema desenvolvido
neste estudo. Desta forma será de grande auxílio e motivação para o profissional de
saúde, a fim de que possa apoiar e auxiliar os pacientes portadores de diabetes no
processo de entendimento de que uma mudança no estilo de vida poderá lhes
proporcionar melhor qualidade de vida.
1.2.2 Relevância Social
A DM2 tem alcançado números exorbitantes e em proporções alarmantes,
chegando a ser considerada por estudiosos como uma epidemia. Em abril de 2016,
a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou seu primeiro relatório global sobre
diabetes e informou que desde 1980, o número de pessoas vivendo com diabetes
quadriplicou e alcançou 422 milhões de pessoas em 2014, especialmente em países
em desenvolvimento (OPAS/OMS, 2016).
15
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2015-2016) estimou para a
primeira década do século XXI que haveria 239 milhões de indivíduos diabéticos em
todo o mundo. No Brasil, no final da década de 1980, estimou-se em 7,6% a
prevalência de DM na população adulta, dados de 2010 apontam taxas mais
elevadas em torno de 15%. Para 2014 estimou-se 11,9 milhões de pessoas, na faixa
etária de 20-79 anos convivendo com o diabetes podendo alcançar 19,2 milhões em
2035. As Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2013-2014) informam
que isso se dará em decorrência, principalmente, da longevidade progressiva das
populações e das transformações socioculturais ocasionadas pela urbanização.
Dessa forma, entende-se que este estudo contribuirá de maneira positiva e relevante
para a sociedade no que diz respeito às propostas de mudanças no estilo de vida
dos diabéticos por meio de uma intervenção educativa cujo foco seja a promoção da
saúde.
1.2.3 Relação com a Linha de Pesquisa do Curso
O estudo propõe analisar a relação entre religiosidade e o estilo de vida de
portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, para que estes conheçam a importância de
adotar os recursos da natureza em seu cotidiano, de forma a melhorar a qualidade
de vida dos portadores dessa doença. Assim, será possível descrever alternativas
para os pacientes trilharem novos caminhos através desses conhecimentos.
A proposta deste estudo está relacionada com a linha de pesquisa “Qualidade
e Estilo de Vida na Promoção da saúde”, pertencente ao curso de mestrado
Promoção da Saúde, com o intuito de abordar aspectos da educação em saúde que
visam melhorar a qualidade de vida de um grupo de portadores de DM2.
16
1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo geral
Analisar associação entre religiosidade e estilo de vida de portadores de
Diabetes Mellitus tipo 2.
1.3.2 Objetivos específicos
• Identificar o perfil do estilo de vida dos portadores de diabetes de uma
unidade da Estratégia Saúde da Família;
• Descrever o perfil de religiosidade dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo
2, participantes da pesquisa;
• Investigar associação entre religiosidade e estilo de vida desses pacientes.
1.4 Problema da Pesquisa
Diante do exposto sobre a relação entre a religiosidade e o estilo de vida, este
estudo tem como problemática a seguinte questão: existe associação entre
religiosidade e estilo de vida dos portadores de DM2 de uma USF do povoado de
Capoeiruçu no município de Cachoeira – BA?
1.5 Hipótese
Hipotetiza-se que existe uma associação positiva entre religiosidade e estilo
de vida de pacientes portadores de DM2, ou seja, quanto maior envolvimento com a
sua religião, melhor será o estilo de vida desses indivíduos.
17
2 METODOLOGIA
Este estudo faz parte do projeto intitulado “Interferência do Estilo de Vida no
desenvolvimento das complicações do Diabetes tipo 2”, vinculado ao grupo de
pesquisa Religiosidade e Espiritualidade na Integralidade da Saúde (REIS) do
Programa de Mestrado Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de
São Paulo, certificado pelo CNPq. O estudo foi dividido em cinco partes e cada
pesquisadora desenvolveu um tema específico, usando a mesma intervenção
(APÊNDICE A).
2.1 Casuística
A instituição proponente foi o Centro Universitário de São Paulo- UNASP/SP,
porém o estudo foi realizado na USF, parceira da Clínica-escola Adventista com
autorização da mesma (ANEXO D), no povoado de Capoeiruçú, pertencente ao
município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. A população constituiu-se de 37
portadores de DM2, segundo o cadastro do HIPERDIA (Programa de
Acompanhamento do Hipertenso e Diabético), porém o estudo foi realizado com
uma amostra de 21 pacientes devido perdas de alguns instrumentos de coleta por
conta de informações insuficientes.
Foram convidados a participar do estudo todos os indivíduos portadores de
DM2, cadastrados na USF de Capoeiruçú. Critérios de inclusão: estar com 18 anos
ou mais, em acompanhamento clínico na USF, com tempo de doença superior a 3
anos e não apresentar níveis glicêmicos descompensados. Para a Associação
Americana de Diabetes (ADA), os níveis glicêmicos do paciente diabético devem
estar entre 80-130mg/dl pré-prandial e <180mg/dl pós-prandial. A Federação
Internacional de Diabetes (IDF) preconiza <115 pré-prandial a<160mg/dl pós-
prandial, segundo a Associação Americana de Endocrinologista Clínicos (AACE), os
parâmetros devem estar entre <110mg/dl pré-prandial e <140mg/dl pós-prandial e,
por fim, concordando com a ADA, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
recomenda <100mg/dl pré-prandial a <160mg/dl pós-prandial (SBD, 2015-2016).
18
Ressalta-se que só foram incluídos os que aceitaram espontaneamente participar da
pesquisa.
2.2 Materiais
Para o acompanhamento dos níveis pressóricos foram utilizados:
esfignomanômetro e estetoscópio, balança para verificação do peso e altura,
(Mercur) e fita métrica para verificar circunferência abdominal.
Para a verificação da glicemia capilar em pacientes na posição sentada,
foram utilizados os seguintes objetos: utilizado o aparelho Accu-Chek Performa,
marca Roche, tiras, lancetas e lancetador Accu-Chek, marca Roche, luvas, algodão
e álcool a 70%. Para coleta de dados, o formulário sociodemográfico, o questionário
de Estilo de Vida FANTASTICO e o índice de Religiosidade DUKE-DUREL.
2.3 Método
Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de corte transversal e
abordagem quantitativa. O estudo exploratório auxilia o pesquisador a solucionar
e/ou aumentar sua expectativa em função do problema determinado. Centra na
objetividade, clareza, influenciado pelo positivismo, compreendida com base nos
dados sólidos e na matemática, recorrendo a instrumentos padronizados e neutros
(SILVEIRA, CÓRDOVA, 2009). Segundo Gil (2010), na pesquisa descritiva, os fatos
são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados.
2.3.1 Instrumentos para coleta de dados
Foram utilizados os questionários de estilo de vida FANTASTICO (ANEXO A),
composto de nove dimensões que envolveu: família e amigos; atividades; nutrição;
cigarros e drogas; álcool; sono, cinto de segurança, estresse e sexo seguro; tipo de
19
comportamento; introspecção e trabalho. Esse questionário foi validado no Brasil por
Rodriguez-Añez, Reis e Petroski (2008) e Silva, Brito e Amado (2014). Já o
instrumento de religiosidade, DUKE-DUREL (ANEXO B), é composto por cinco itens
que captam três das dimensões de religiosidade que mais se relacionam com os
desfechos de saúde: Religiosidade Organizacional (RO), Religiosidade Não
Organizacional (RNO) e Religiosidade Intrínseca (RI). Os primeiros dois itens
abordam RO e RNO. Foram extraídos de grandes estudos epidemiológicos,
realizados nos Estados Unidos e se mostraram relacionados aos indicadores de
saúde física, mental e suporte social. Os outros três itens referem-se a RI e melhor
se relacionam com a pontuação total nessa escala, com suporte social e desfechos
em saúde (KOENIG et al., 1998). Na análise de resultados do DUKE-DUREL, as
pontuações nas três dimensões (RO, RNO e RI) devem ser analisadas
separadamente e os escores das três não devem ser somados em um escore total
(KOENIG, 2012). O instrumento foi validado por Taunay et al. (2012).
Foi utilizado também um formulário contendo dados sociodemográficos e de
saúde dos participantes em que foram utilizados somente as informações
pertinentes a este estudo como: o peso, cor da pele referida, escolaridade, religião,
se é ou não praticante, se faz acompanhamento médico, como controla a glicemia e
se esquece de tomar os medicamentos (APÊNDICE C).
2.3.2 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada com o auxílio de mestrandas do UNASP/SP,
que faziam parte da equipe de pesquisa. Foram incluídos os pacientes portadores
de DM2, cadastrados e acompanhados na Unidade de Saúde da Família alocada na
Clínica-Escola Adventista – localizada no município de Cachoeira, no estado da
Bahia. Os pacientes foram abordados na unidade de saúde na quinta feira, dia do
atendimento do programa HIPERDIA. Nesse primeiro momento foram convidados a
participar do estudo. Os que aceitaram, assinaram o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE D). Em seguida então foram aplicados os
instrumentos de coleta.
20
2.3.3 Análise dos dados
A análise de dados foi realizada por meio do SPSS versão 24.0, com
resultados estatísticos descritivos e analíticos da religiosidade e o estilo de vida dos
pacientes diabéticos. Como a distribuição dos dados quantitativos foi anormal, o
teste de correlação de Spearman foi executado (DANCEY, REIDY, 2013).
2.3.4 Aspectos éticos da pesquisa
Este projeto de pesquisa está de acordo com a resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012) e da declaração de Helsink (WORLD
MEDICAL ASSOCIATION, 2013). Os dados coletados e as respostas foram tratados
e atribuídos ao grupo, garantindo o anonimato dos participantes. Os dados obtidos
na pesquisa foram mantidos sob proteção, codificados e sem identificação nominal
dos participantes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa,
cadastrado no SISNEP (Sistema Nacional de Ética em Pesquisa) com o número
1.542.117 (APÊNDICE D) e autorizado também pela Secretaria Municipal de Saúde
de Cachoeira/BA (ANEXO D). Os participantes do estudo assinaram um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B).
21
3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Revisão da bibliografia fundamental 3.1.1 Religiosidade/Espiritualidade e Instrumentos de Avaliação
Da Idade Média até a Revolução Francesa, os médicos, muitas vezes,
pertenciam ao clero. Por centenas de anos, de fato, as instituições religiosas foram
responsáveis pelo licenciamento médico para a prática da medicina. Nas colônias
americanas, em particular, muitos clérigos foram também médicos, muitas vezes
como um segundo trabalho que ajudava a completar o seu magro rendimento no
trabalho da Igreja. Os cuidados destinados àqueles com problemas de saúde mental
no Ocidente também tiveram suas raízes dentro de mosteiros e comunidades
religiosas (KOENIG, 2012).
Para uma melhor compreensão, se faz necessária uma definição dos termos
religiosidade e espiritualidade. Assim, segundo Koenig, King e Carson (2012),
Religião é um conjunto de práticas, maneiras de viver e rituais em um conjunto de
pessoas em comum que os leva a pensar em um ser superior que pode ser Deus ou
outro nome de acordo com a cultura. As religiões costumam ter também
comportamentos, cerimônias comuns em um grupo social que aproximam as
pessoas entre si, e estas de Deus facilitando a convivência em comunidade.
Espiritualidade envolve uma busca pessoal, íntima, além de uma devoção e
rendição a Deus.
Lucchetti et al. (2012) investigaram a espiritualidade relacionada com a saúde
em escolas médicas brasileiras, chegando à conclusão de que poucas escolas
brasileiras em seus cursos tratam do tema relação espiritualidade e saúde. Os
autores afirmam ainda que a maioria dos ensinamentos sobre o tema não são
padronizados. Relataram, porém, como elemento encorajador, que mais de 50% dos
diretores médicos sentem que a relação entre espiritualidade e saúde seja um
aspecto importante na assistência ao paciente e que os alunos devem ter
consciência desse fato.
22
Sens (2016) em um estudo semelhante com 30 médicos, constatou que 70%
deles não tiveram enfoque na espiritualidade e saúde em sua formação acadêmica e
nem treinamento sobre o tema no ambiente de trabalho.
Morton, Lee e Martin (2016), em seus estudos sobre o estilo de vida dos
Adventistas do Sétimo Dia (ASD), concluíram que o envolvimento religioso e a
frequência ao culto têm impacto positivo sobre a saúde e a mortalidade, sendo um
fenômeno psicossocial multifacetado que influencia o comportamento de saúde.
Voltando o olhar para a enfermagem, Garcia e Koenig (2013) afirmam que
existe inconsistência e confusão nos conceitos de espiritualidade, uma definição que
se concentra no envolvimento religioso. Por isso propõem e fornecem uma medida
mais consistente e uniforme dos resultados desta para o cuidar do paciente, a
saúde, bem como a pesquisa em enfermagem.
Numerosos instrumentos foram desenvolvidos para avaliar a R/E e medir sua
associação com os resultados relacionados à saúde. Em revisão de literatura,
Lucchetti, Lucchetti e Vallada (2013) identificaram os instrumentos que vêm sendo
usados nas pesquisas em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil, os quais são
descritos a seguir:
A) Francis Scale of Attitude Towards Christianity - Escala de Francis de
atitude em relação ao cristianismo. É um instrumento de 24 questões, com respostas
afetivas para com Deus, Jesus, Bíblia, oração e igreja. Cada item é avaliado numa
escala de cinco pontos, variando entre concordo fortemente a discordo totalmente.
Tendo como vantagem: a medição complexa de resposta afetiva em relação ao
cristianismo e como desvantagem: a não adequação para outras religiões, além de
ser extenso e não ter procedimento de teste e reteste ou adaptação para cultura
brasileira.
B) Strayhorn Religious Scale - Escala de religiosidade Strayhorn. É uma
escala com nove itens sem referências a práticas denominacionais exclusivas.
Avalia práticas comuns da igreja, tais como: atendimento, serviços, crenças e
práticas relacionadas a um relacionamento pessoal com Deus (consciência de um
propósito religioso). Suas vantagens: simples, rápido e fácil de aplicar. A
desvantagem é que a versão em português não tem nenhum procedimento de teste
e reteste. Avalia religiosidade em oposição à espiritualidade, não separa a
religiosidade organizacional, não organizacional e intrínseca. A escala original
possui 12 questões, mas a versão em português tem nove questões. Durante a
23
adaptação transcultural, os autores criaram uma versão modificada, associando
Strayhorn, Weidman e escala religiosa Larson com escala Moschella, contendo 25
itens, a qual nomearam de escala Gonçalves, Ferraz e Giglio.
C) Moschella Religious Scale – Escala de religiosidade Moschella. É uma
escala de 35 itens que avalia o envolvimento religioso (religiosidade e assistência
religiosa), luta religiosa, enfrentamento religioso, entre outros. Tem como vantagem
ser um instrumento amplo que abrange algumas questões importantes como luta e
enfrentamento religioso. Desvantagens: a escala foi adaptada para uso em
pacientes com câncer. A versão em português não tem nenhum procedimento de
teste e reteste, não foi validada para consistência ou habilidade concorrente e
discriminativa.
D) Private and Social Religious Practice Scale – Escala prática de
Religiosidade Privada e Social. É um instrumento com 10 itens que avalia a
frequência da oração, a prática religiosa, apreciação de programas religiosos na
televisão, a leitura de literatura religiosa, participação em cultos e reuniões
religiosas, assim como religiosidade na última década e amigos religiosos.
Vantagens: simples, rápido e fácil de aplicar e tem vários itens qualitativos, como:
Por que você reza? Por que sua religiosidade aumentou na última década?
Desvantagens: não mede religiosidade intrínseca, mas apenas privada e práticas
religiosas sociais. Além disso, alguns itens são confusos.
E) Intrinsic Religious Motivation Scale - Escala Intrínseca de Motivação
religiosa. É uma escala de 12 itens a partir da qual se avalia dois aspectos diferentes
da religiosidade: o intrínseco e o extrínseco. A pontuação varia de 12 a 60 e as mais
elevadas indicam religiosidade mais extrínseca. Vantagens: ser breve e separar
religiosidade intrínseca e extrínseca usando o mesmo questionário. Desvantagem: a
escala é complexa para indivíduos menos informados, separa somente religiosidade
intrínseca e extrínseca, porém não mede a religiosidade organizacional e não
organizacional do indivíduo.
F) Spiritual/Religious Coping Scale SR-COPE – Escala de
Religiosidade/Espiritualidade e Enfrentamento. A escala possui 87 itens com
subescalas que se destinam a fornecer aos pesquisadores uma ferramenta para
medir as inúmeras manifestações de enfrentamento religioso, para ajudar os
profissionais com melhor integração religiosa e dimensões espirituais nos
tratamentos. Vantagens: fornece uma análise detalhada do coping espiritual e
24
religioso (incluindo o enfrentamento negativo) com boas qualidades psicométricas.
Desvantagens: ser um instrumento muito extenso, difícil de ser usado em estudos
epidemiológicos e em população de baixa renda.
G) Pinto and Pais-Ribeiro’s Spirituality Scale - Escala de Espiritualidade de
Pinto e Pais-Ribeiro. É um instrumento constituído por 5 itens centrados em duas
dimensões: a primeira está associada com a crença e a segunda, associada à
esperança e ao otimismo. As respostas são dadas em uma escala de quatro
alternativas (desde não concordo até concordo totalmente). Vantagens: o
instrumento é simples e fácil de usar, aplica-se rapidamente e foi criado
originalmente em português. Desvantagem: três dos cinco itens do instrumento
(esperança, mudança de vida e valor) têm sido relacionados com envolvimento
religioso, mas não com espiritualidade, contudo eles não são facetas
religiosas/espirituais, são psicológicas. Não tem um procedimento de teste e reteste
nem validação concorrente discriminativa.
H) Brief Santa Clara Strength of Religious Faith – Escala Breve de Força e
Luta Religiosa Santa Clara. Consiste em um questionário de cinco itens para medir a
força da fé religiosa em uma escala de quatro pontos, sem considerar a formação
religiosa do entrevistado. Vantagens: é simples, fácil de administrar e pontuar. É
amplamente utilizado em todo mundo. Desvantagens: a versão em português carece
de teste e reteste e não existe uma versão adaptada à cultura brasileira.
I) FACIT-sp - É composto por 12 itens e três subdomínios de bem-estar
espiritual, facilitando assim a exploração em profundidade dos componentes que os
constituem. Vantagens: foi projetado um questionário para autoadministração. É
amplamente usado em todo o mundo. Desvantagens: a versão em português carece
de procedimento de teste e reteste, análise de consistência interna e validação
concorrente e discriminativa. Algumas facetas incluídas no estudo como “Eu me
sinto calmo”, “minha vida tem sido produtiva” têm sido associadas com envolvimento
psicológico e não propriamente denotam religiosidade/espiritualidade.
J) Spiritual Well-Being Scale - Escala de Bem-estar Espiritual. É uma escala
de autoadministração composta de 20 itens para medir o bem-estar espiritual em
ambos os sentidos religiosos. Duas subescalas estão incluídas (RWB) e (EWB), 10
itens incluem referência a Deus e 10 não fazem nenhuma referência a Ele. A fim de
controlar os problemas de resposta, metade dos itens de cada subescala foi redigida
com significados positivos e metade com significados negativos. No Brasil, a escala
25
foi traduzida e adaptada para o uso entre os estudantes universitários demonstrando
uma consistência interna de 0,92. No teste e reteste, análises de validade
concorrentes ou discriminativas foram realizadas. Vantagens: é um breve
instrumento e foi usada mundialmente em estudos. Desvantagens: cada pergunta na
subescala (RWB) inclui a palavra Deus. A versão em português não tem nenhum
procedimento de teste e reteste ou validações concorrentes discriminativas.
K) Spirituality Self-Rating Scale – Escala de autoavaliação Espiritual. É uma
escala que reflete a orientação do indivíduo para espiritualidade, ou seja, considera
questões relativas à dimensão espiritual/religiosa importante e como aplicar em suas
vidas. A escala é composta por seis declarações, apresenta opções de respostas
que vão desde concordar totalmente a discordar totalmente. Vantagens: é simples,
rápida e fácil de aplicar. O instrumento não inclui secularismo ou medição de
qualidade de vida, mas apenas questões espirituais. Desvantagens: a versão em
português não possui nenhum teste e reteste ou validade concorrente.
L) Aquino’s Religiousness/Spiritualy Attitude Scale – Escala de Atitude
Religiosa/Espiritual de Aquino. É um instrumento de 15 itens que avalia a atitude
religiosa. Os participantes respondem usando uma escala de cinco pontos: 1= nunca
e 5= sempre. Vantagens: criada originalmente em português, é complexa, mas não
é extensa. Desvantagens: não tem procedimento de teste e reteste, avalia
religiosidade mais que espiritualidade. Não separa religiosidade organizacional, não
organizacional e intrínseca.
M) Duke religion Index - Índice de Religião de Duke Durel. É uma medida de
cinco itens de envolvimento religioso que produz três subescalas: 1 - comportamento
religioso organizacional; 2 - comportamento religioso não organizacional; 3 -
motivação religiosa intrínseca. As opções de resposta são em cinco ou seis pontos.
Vantagens: simples e fácil (validado em uma população de baixa renda), rápido de
aplicar, abrange três dimensões religiosas, é amplamente utilizada em todo mundo e
apresenta boas qualidades psicométricas, além de boa análise concorrente e
confiabilidade. Tem procedimento de teste e reteste (coeficiente de correlação
intraclasse >0,90). Desvantagem: não avalia espiritualidade.
N) WHOQOL-SRPB. Contém 32 questões abrangendo oito facetas da
espiritualidade: religião, crenças pessoais ligadas à saúde e qualidade de vida, com
pontuações finais variando de 4 a 20. Vantagens: amplamente estudado e validado
no Brasil e com boas qualidades psicométricas, além de ser utilizado em todo
26
mundo. Desvantagens: Complexo e extenso; algumas das facetas incluídas no
instrumento (significado da vida, admiração, inteireza, integração, esperança,
otimismo) têm sido associadas com envolvimento psicológico, mas por si só não
denotam religiosidade/espiritualidade. Além disso, o instrumento foi projetado
principalmente para avaliar qualidade de vida e crenças não espirituais.
O) Self-reported Religiosity - Religiosidade Autorreferida. Conhecido também
por religiosidade subjetiva. Pede aos entrevistados para avaliarem a importância da
religião para eles com possíveis respostas de muito importante, pouco importante e
nada importante. Vantagens: é simples e fácil de medir, em especial para pessoas
de menor escolaridade e em estudos epidemiológicos; ademais é concebido para
medir a religiosidade intrínseca. Desvantagens: difícil de medir questão complexa
como religiosidade. Como não é uma escala, apenas a tradução e adaptação
transcultural estão sendo avaliadas.
P) WHOQOL-100 - O instrumento contém quatro questões (domínio,
espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais). As opções de respostas são em
uma escala de cinco pontos de “nada” para uma “quantidade extrema”. Vantagens:
instrumento curto e fácil de preencher, oferecendo boa qualidade psicométrica.
Desvantagens: algumas facetas inclusas no instrumento como, sentido da vida e
otimismo têm sido associadas com envolvimento religioso, mas em si mesmo não
denotam espiritualidade/religiosidade. O instrumento foi projetado principalmente
para avaliar qualidade de vida e não espiritualidade.
Q) Brief Spiritual/Religious Coping Scale - Escala Breve de Enfrentamento
Espiritual/Religioso. É uma escala que contém 49 itens divididos em duas
dimensões: CRE (coping religiosidade/espiritualidade) positivo que contém 34 itens
e 7 fatores; CRE negativo que contém 15 itens e 4 fatores, 4 índices gerais e 11
fatoriais com resultados de 1 a 5 para uso do CRE. Vantagens: é mais curto e
complexo, dispõe de uma análise detalhada da E/R e boa qualidade psicométrica.
Desvantagens: é um instrumento extenso e difícil de usar em populações de baixa
renda e em estudos epidemiológicos.
R) Inspirit-R - The Index of Core Spiritual Experience. O Índice de Experiência
Espiritual é um questionário de sete itens e é projetado para identificar experiências
mais intensas e concretas relacionadas com a existência de Deus ou de um ser
superior. O sétimo ponto consiste em uma lista de 12 tipos de experiência religiosa e
os participantes são convidados, se eles tiveram algumas dessas experiências,
27
convencendo-os assim que Deus existe, o que resulta numa classificação de 1 a 4.
Vantagens: ajuda a quantificar alguns aspectos percebidos de espiritualidade, é um
breve instrumento. Desvantagens: a versão em português carece de um teste e
reteste, análise de consistência interna e validação discriminativa simultânea.
S) Daily Spiritual Experience Scale (DSES) – Escala Diária de Experiência
Espiritual. Contém 16 itens, desenhada para avaliar experiências comuns que
possam ter ligação com o transcendente na vida diária. Inclui construções como:
admiração, gratidão, compaixão, senso de conexão com o amor transcendente e
compassivo. A escala inclui também medidas de sensibilização,
discernimento/inspiração e um sentido de profundidade. Vantagens: é mais aceita
entre os pesquisadores não religiosos e respondentes do que muitas outras escalas,
em parte devido à seção substancial de questões não explicitamente religiosas.
Também é breve e rápida de aplicar e é amplamente utilizada em todo mundo.
Desvantagens: algumas das facetas inclusas no instrumento (sinto profunda paz e
harmonia interior, sinto carinho abnegado pelo outro) têm sido associadas ao
envolvimento psicológico, mas por si só não denotam espiritualidade/religiosidade. A
versão em português não tem nenhum procedimento de teste e reteste ou
validações concorrentes e discriminativas.
T) Intrinsic Religiosity Inventory - Inventário de Religiosidade Intrínseca. É
uma escala de 10 itens, em que cada instrução é seguida por cinco respostas
possíveis, onde 1= nunca e 5= sempre. Avalia religiosidade intrínseca. Vantagens:
instrumento simples, fácil e rápido de aplicar; foi criado originalmente em português.
Desvantagens: não avalia a espiritualidade e nem a religiosidade organizacional e
não organizacional.
3.2 Estilo de vida, Diabetes Mellitus tipo 2 e a R/E
A sociedade mudou e com ela os hábitos de vida; entre eles, os alimentares,
caracterizados pelo elevado número de dietas inadequadas, por reduzida prática de
exercícios físicos e aumento da ocorrência de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT), como obesidade, Diabetes Mellitus (DM), Resistência
Insulínica (RI) e Síndrome metabólica. O consumo exagerado de alimentos
28
compostos de gorduras saturadas trans, sal e açúcar é a causa de pelo menos 14
milhões de mortes, ou seja, 40% de todas as mortes anuais por DCNT. O
sedentarismo entra nessa estatística, somando 3 milhões (8%) de todas as mortes
por DCNT e, por fim, completando esse cenário está o consumo de álcool com 2,3
milhões de morte ao ano, 60% das quais dentro do quadro de DCNT (OPAS/OMS,
2016).
No entanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em
2015 e 2016, a adoção de um estilo de vida adequado, com prática regular de
atividade física e dieta balanceada, é praticamente duas vezes mais efetiva que o
tratamento farmacológico na DM, comprovando assim o impacto do estilo de vida na
saúde e uma provável interação com a suscetibilidade genética para a diabetes.
O comportamento, hábitos e estilo de vida contribuem para uma vida
saudável ou não, pois os hábitos estão entre os atos mais difíceis de mudar, visto
que o estilo é, em grande parte, o resultado da soma total de hábitos pessoais, ou
seja, um determinante de saúde para o indivíduo (CARULLA et al., 2013).
Os componentes ou fatores do estilo de vida afetam o risco de doenças em
geral, em especial as cardiovasculares. Isso foi evidenciado em estudo feito com um
grupo de pacientes, a partir do qual foi observada uma redução da mortalidade e
morbidade após a modificação do estilo de vida. Os autores concluíram também que
os programas de promoção à saúde beneficiaram e contribuíram para esses
resultados (BAUMANN et al., 2015).
No Brasil, o envelhecimento populacional, associado ao aumento da
frequência de excesso de peso, estilo de vida sedentário e modificações no padrão
alimentar, como consumo de açúcares e refrigerantes em detrimento das frutas
verduras e legumes, tem sido apontado como possíveis fatores envolvidos no
incremento da ocorrência do diabetes nos últimos anos. Porém, vale ressaltar que
houve um declínio das DCNT no Brasil, se constituindo um grande avanço, mas
deve-se atentar para o crescimento da obesidade, que é um fator importante com
características de uma epidemia no país (BRASIL, 2011).
A DM é definida como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta
de insulina e/ou incapacidade da mesma exercer adequadamente seus efeitos,
envolvendo processos patogênicos específicos, resistência à ação da insulina e
distúrbios de secreção, bem como um defeito na regulação da produção hepática da
glicose. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo de
29
lipídios e proteínas associada a complicações e disfunções de vários órgãos.
Segundo a Organização Mundial de saúde (OMS) e a Associação Americana de
Diabetes (ADA), a DM deve ser classificada como DM tipo 1 (DM1), DM2, outros
tipos específicos de DM e DM gestacional (SBD, 2015-2016).
Segundo o Caderno da Atenção Básica do Ministério da Saúde (BRASIL,
2013), a DM é de início insidioso e de sintomas mais brandos, geralmente
manifestados em adultos, com história familiar e excesso de peso. Ocorre também
um estado de resistência à insulina, associado a um defeito em sua secreção, no
qual 90-95% dos casos são DM tipo 2, geralmente diagnosticados após os 40 anos
de idade.
Para Freitas e Garcia (2012), a prevalência da diabetes associada à
hipertensão é crescente no Brasil. Elevou-se de 2,9% em 1998 para 4,3% em 2008
e para a hipertensão associada a diabetes elevou-se de 1,7% para 2,8% no mesmo
período.
Em muitos países das Américas, a prevalência da DM2 tem se elevado
vertiginosamente e espera-se um incremento maior. De acordo com o relatório da
Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS, 2016) sobre dieta, nutrição e
prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), o consumo alimentar
habitual constitui um dos principais fatores determinantes passíveis de modificação
para DCNT. Cerca de 422 milhões de pessoas adultas da população mundial
estavam com diabetes em 2014. Nas Américas a estimativa é que 109 milhões de
pessoas convivam com a doença até 2040.
Para amenizar as complicações da DM2 e melhorar a qualidade de vida,
estudos comprovam que indivíduos envolvidos de alguma forma com religião e
espiritualidade recebem interferência positiva no estilo e qualidade de vida.
Szaflarski (2013) afirma que a religião é um fenômeno multidimensional que melhora
a saúde e a qualidade de vida, e que a espiritualidade ajuda as pessoas a enfrentar
e lidar com situações de stress e discriminação.
Para os portadores de DM2, os pesquisadores têm percebido também, o
quanto a R/E pode influenciar positivamente nos desfechos do controle glicêmico, no
autocuidado, menos depressão e ansiedade e melhor qualidade de vida desses
pacientes (HOW, MING, CHIN, 2011; HEIDARI et al., 2017; YAZLA et al., 2017).
Luengo e Mendonça (2014) acreditam que a discussão da relação entre fé,
espiritualidade, doenças, cura, saúde e ética deve avançar à medida que
30
prosseguem os avanços científicos e biotecnológicos. Consideram também, que, ao
se fazer a ponte entre os cuidados de saúde e a espiritualidade, o profissional de
saúde deve utilizar, sempre que possível, as fontes de referências do próprio
paciente, no sentido de atuarem eticamente em favor tanto do respeito e da
autonomia quanto da beneficência deste.
3.3 Resultados e discussão
A média de idade dos portadores de diabetes neste estudo foi de 62,6 (dp =
13,36), sendo 76,2% do sexo feminino, 71,4% de cor parda e 61,9% sem instrução
e/ou com o nível fundamental incompleto. Dos participantes, 66,7% professa ser de
religião adventista; 23,8% declara ser católico e 9,5% é batista. Somando
evangélicos e católicos, chegou-se a um total de 95,2% dos que afirmam ser
praticantes, ou seja, frequentam a igreja assiduamente. Embora a maior parte
(81,0%) tenha declarado que realiza acompanhamento médico sistemático, uma
parcela importante (26,3%) informou que esquece quase sempre de fazer o uso da
medicação regularmente e 5,3% sempre esquecem do uso da mesma, somando um
total de 31,6% que não usam a medicação adequadamente (Tabela 1).
31
Tabela 1 – Dados sociodemográficos e de saúde dos pacientes diabéticos residentes de Cachoeira-Bahia (N=21), em 2017.
Variáveis Categoria N % Sexo (n=21) Feminino 16 76,2 Masculino 5 23,8 Cor da pele referida (n=21). Branca 9,5
Parda 71,4 Preta 14,3 Amarela 4,8
Escolaridade (n= 21) Sem instrução/Fund. Incompleto 13 61,9
Fund. Completo/Ens.Médio Incompleto
4 19,0
Ens. Médio completo/Superior Incompleto
3 14,3
Superior complete 1 4,8 Religião (n=21) Adventista 14 66,7
Batista 2 9,5 Católica 5 23,8
Praticante (n=21) Sim 20 95,2
Não 1 4,8 Acompanhamento médico sistemático (n=21)
Sim 17 81,0 Não 1 4,8 Nem sempre 3 14,3
Como controla glicemia (n=21)
Hipoglicemiantes orais 18 85,7 Insulina 3 14,3
Esquece de tomar medicação (n=19)
Sempre 1 5,3 Quase sempre 5 26,3 Nunca 13 68,4
Fonte: elaborado pela autora.
Os dados acima revelam que a maioria dos sujeitos se autodeclararam
pardos e/ou negros. Ratificando essa informação, Chiu et al. (2010) afirmam em seu
estudo que, comparando o risco para doenças cardiovasculares entre grupos
étnicos, a prevalência do diabetes é mais elevada entre os negros do que em outros
grupos populacionais. Sobre o risco de glicemia instável, Teixeira et al. (2017)
confirmam que ser de etnia negra era considerado um dos fatores de risco para
alterações na hemoglobina glicada dos pacientes. Além disso, alguns estudos
realizados com indivíduos de ascendência africana confirmam que há, nesse grupo,
maior prevalência de doenças crônicas e pior estado de saúde auto referida
(OLIVEIRA et al., 2014), o que também ratifica que a taxa de complicações da DM
varia entre as populações.
32
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2014), a DM
tem maior prevalência na população negra, a taxa de mortalidade por Diabetes
Mellitus aumentou entre 2000 e 2012, sendo na população preta 34,1/100
mil/habitantes, na população parda 29,1/100 mil/habitantes e 22,7/100 mil/habitantes
na população branca. Portanto, as maiores taxas de mortalidade por diabetes
ocorreram em negros.
Este estudo também aponta, conforme consta na tabela 1, baixo grau de
instrução dos pacientes diabéticos, confirmando os dados do IBGE (2014), em que o
grau de escolaridade aos pertencentes à etnia negra (pardos e negros) revelou-se
mais baixo do que os indivíduos declarados brancos. Entre as mulheres negras, o
número é duas vezes maior em comparação com as brancas.
Estudos mostram que existe uma dificuldade nos pacientes de aderirem
adequadamente ao tratamento, como foi evidenciado nesta pesquisa, através do
registro de que 26,3% se esquecem de fazer uso da medicação regularmente. Em
um estudo realizado com homens portadores de hipertensão e diabetes, a
dificuldade para adesão ao tratamento esteve relacionada basicamente aos
seguintes fatores: importância maior com o trabalho do que a saúde; resistência a
procura dos serviços de saúde, fazendo-os apenas em situações graves; suspensão
da medicação devido o uso do álcool e tabaco e por fim, o uso das medicações que
exigem adequar os horários com a demanda do contidiano (Yoshida e Andrade,
2016).
Segundo Pontieri e Bachion (2010), a falta de adesão ao tratamento é devido
à abordagem inadequada do profissional de saúde com o paciente portador de
diabetes. Autores afirmam que o profissional deixa lacuna onde caberia diálogo,
orientação e construção do conhecimento (MENEIRS et al., 2017).
Além disso, a falta de escolaridade também vai afetar no autocuidado e pode
exercer forte influência na tomada de decisões para hábitos saudáveis e
consecutivamente no estilo de vida do diabético (SANTOS, PORTELLA, 2016;
FARIAS et al., 2016).
Estudo realizado com 154 pacientes diabéticos em um hospital do Iran
demonstrou que existe correlação positiva estatisticamente significante entre
práticas religiosas e o autocuidado desses pacientes (p < 0,05). Os autores sugerem
que os profissionais de saúde deveriam estar cientes do papel que a religião exerce
na vida desses portadores de DM2 (HEIDARI et al., 2017).
33
Quanto à caracterização da religiosidade, observou-se que na Religiosidade
Organizacional (RO), os sujeitos pesquisados declararam, em sua maioria (42,9%),
frequentar a igreja mais de uma vez por semana. 28,6% relataram que frequentam
os cultos uma vez por semana.
Analisando a Religiosidade Não Organizacional (RNO), foi constatado que
somente três pessoas (14,3%) dedicam seu tempo a atividades religiosas mais de
uma vez por dia, mas 15 dessas pessoas (71,4%) dedicam parte de seu tempo
diariamente às atividades religiosas, enquanto 14,3%, duas ou mais vezes por
semana (Tabela 2).
No que se refere à religiosidade intrínseca (RI), foi questionado na primeira
pergunta sobre sentir a presença de Deus ou Espírito Santo na vida, constatando
que a maior parte dos participantes, em sua totalidade, (90,5%) afirmaram que sim,
(totalmente verdade sentirem a presença de Deus e o Espírito Santo) e 4,8%
afirmaram que “em geral” é verdade que sentem a presença de Deus e o Espírito
Santo em suas vidas; 4,8% proferem que “em geral isso não representa verdade
para eles” (Tabela 2). Juntando, portanto, as duas primeiras opções de resposta,
observou-se que a maioria (95,3%) sente a presença de Deus e o Espírito Santo em
suas vidas.
Na segunda questão sobre “se as crenças religiosas estão por trás de minha
maneira de viver”, 81% responderam ser “totalmente verdade”, 14,3% responderam
que “em geral é verdade” e 4,8% afirmaram que isso “não se configura verdade para
eles” (Tabela 2).
Na terceira questão: “se esforça para viver a religião em todos os aspectos de
sua vida?”; 66,7% afirmaram ser “totalmente verdade”, 23,8% declararam que “em
geral é verdade”; 4,8% não estavam certos disso e 4,8% afirmaram que “em geral
não é verdade” (Tabela 2).
34
Tabela 2 – Frequência absoluta e relativa das variáveis de Religiosidade (n= 21). Cachoeira – BA, 2017.
Variáveis Categoria N % RO Mais que 1 x p/ semana 9 42,9
1x p/ semana 6 28,6 2 a 3 x p/ mês 3 14,3 Algumas vezes por ano 2 9,5 1 x p/ ano ou menos 1 4,8
RNO Mais que 1 x ao dia 3 14,3
Diariamente 15 71,4 2 ou mais x p/ semana 3 14,3
RI 1 Totalmente verdade para mim 19 90,5
Em geral é verdade 1 4,8 Em geral não é verdade 1 4,8
RI 2 Totalmente verdade para mim 17 81,0
Em geral é verdade 3 14,3 Em geral não é verdade 1 4,8
RI 3 Totalmente verdade para mim 14 66,7
Em geral é verdade 5 23,8 Não estou certo 1 4,8 Em geral não é verdade 1 4,8
Fonte: elaborado pela autora. Legenda: RO= Religiosidade Organizacional, RNO= Religiosidade não Organizacional RI= Religiosidade Intrínseca, RI 1= Sente a presença de Deus ou do Espírito Santo?; RI 2= As minhas crenças estão por trás de minha maneira de viver?; RI 3= Eu me esforço para viver a minha religião em todos aspectos da vida?
Em um estudo com 212 pacientes com DM2 em uma clínica universitária na
Malásia, os autores encontraram uma associação positiva entre religiosidade e o
controle da diabetes, ou seja, aqueles pacientes com maior envolvimento religioso,
principalmente os muçulmanos, também possuíam melhor controle glicêmico de
curto prazo (HOW, MING, CHIN, 2011).
Segundo Silva et al (2016), em seu estudo sobre espiritualidade e
religiosidade em pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS), no
qual foram estudados 65 pacientes, a religiosidade organizacional (RO), entre outros
domínios, resultou em maior média entre os entrevistados, confirmando os
resultados da tabela 2. Concluíram também que tanto a religião como a
espiritualidade devem fazer parte da elaboração do plano terapêutico do paciente e
que ambas têm influência importante na recuperação desse.
Dados semelhantes foram encontrados também para 364 pacientes
portadores de DM2, com idade média de 61,8 em que 67,0% deles também eram
35
muito religiosos (religiosidade organizacional e senso de importância) (RIVERA-
HERNANDEZ, 2015).
Para outra amostra de 132 portadores de DM2 americanos, de origem
africana, com idade média de 52, os resultados de religiosidade também foram
semelhantes, em que 83% acreditavam em Deus, 69,7% tinham envolvimento
religioso particular e 82% consideravam a religiosidade importante para resolver os
problemas cotidianos (WATKINS et al., 2014).
Em sua pesquisa intitulada “Estratégias para o enfrentamento religioso e
espiritual em pessoas vivendo com HIV/AIDS”, Pinho et al (2017) analisaram 52
indivíduos, usando o índice de religiosidade Duke Durel. Os resultados foram bem
expressivos ao constatarem que a amostra apresentou altas taxas de RO, RNO e
RI. Concluíram então que é relevante encorajar atividades religiosas no
enfrentamento de doenças graves.
Em outro estudo interessante, feito com indivíduos usuários de álcool e
tabaco, ficou evidenciado que a RO e RI são fatores de proteção em relação ao
consumo de álcool e tabaco, ou seja, quanto maior o escore para religiosidade
organizacional e intrínseca, menor o consumo dessas substâncias (QUEIROZ et al.,
2015).
Como alguns questionários (n= 8) apresentaram respostas em branco, foram
computados os que estavam completos (n= 13). Para estes, a classificação do estilo
de vida, segundo o FANTASTICO, foi muito bom (61,5%; n = 8), seguido de bom
(30,8%; n = 4) e excelente (7,7%, n = 1) (Tabela 3).
Tabela 3 – Classificação do escore final do estilo de vida FANTASTICO, Cachoeira, BA, 2017.
Classificação N %
Bom 4 30,8
Muito bom 8 61,5
Excelente 1 7,7
Total 13 100,0
Fonte: elaborado pela autora.
Resultados semelhantes aos desta pesquisa foram encontrados no estudo de
Paez et al (2008). Para eles, o escore maior também foi na classificação muito bom
(55%), seguido de bom (27%) e excelente (13%). Nesse estudo, descreveu-se o
36
estilo de vida de pacientes hipertensos atendidos em uma unidade de saúde da
família, onde participaram 273 pacientes selecionados aleatoriamente. O estudo de
Meira, Abdala e Teixeira (2015) avaliou o perfil do estilo de vida de uma população
jovem que frequenta um shopping center e que participaram de uma “Feira de
Saúde”. Utilizaram o questionário FANTASTICO, para o qual o estilo de vida
apresentou um escore total de “Muito Bom”.
Em outro estudo, realizado na Colômbia, os resultados foram classificados da
seguinte maneira: necessita melhorar 9,2%; regular 31,3%; bom 53,7% e excelente
5,8%. O estudo avaliou o estilo de vida de estudantes de uma universidade pública
colombiana. Dele participaram 380 alunos (GAZQUEZ, HERNANDEZ, LOPES,
2016). Observou-se, portanto, que o escore maior foi na classificação bom, diferente
dos resultados acima citados.
Confirmando os resultados (Tabela 3), Silva, Brito e Amado (2014) publicaram
um estudo em que foi aplicado o questionário FANTASTICO para traduzir e validar
uma versão chilena, em 707 alunos do curso superior, entre 18 e 20 anos, da área
de saúde em Portugal. Os resultados foram: regular (4,1%); bom (13,3%); muito bom
(61,4) e excelente (21,2%).
Segundo o Canadian Society Exercise Physiology (CSEF, 2003), o
questionário Estilo de vida FANTASTICO foi inserido no plano Canadense para
avaliar aptidão, atividade física e estilo de vida, com o objetivo de oferecer maior
consistência e abrangência do protocolo mensurando os elementos principais do
estilo de vida para uma saúde satisfatória. Algumas pesquisas relatam e concluem
que este instrumento é adequado, tem validade de conteúdo e bom nível de
consistência para avaliar o estilo de vida em pessoas saudáveis, bem como em
portadores de hipertensão e diabetes tipo 2 (RODRIGUEZ et al., 2003).
Ao classificar o estilo de vida FANTASTICO pelas dimensões, encontrou-se
que na dimensão “atividade” (sou vigorosamente ou moderadamente ativo) (n=20), a
média foi de 3,25. Com relação à atividade física, o estudo de Gazquez, Hernandez,
Lopez (2016) declara que somente 24,7% dos entrevistados praticam atividade física
vigorosa e que um em cada cinco alunos participam de grupos esportivos
comprovando resultado acima. Santos et al. (2014), ao investigar o estilo de vida
relacionado à saúde de estudantes universitários, observou que no domínio
atividade física relatada pelos estudantes ingressantes, bem como pelos concluintes,
foram abaixo da média, mesmo sendo jovens, validando o presente estudo.
37
A adoção de um estilo de vida adequado, com prática regular de atividade
física e dieta balanceada, é praticamente duas vezes mais efetiva que o tratamento
farmacológico na DM (SDB, 2015-2016).
Tabela 4 - Análise descritiva das dimensões do FANTASTICO e escore total, Cachoeira, Bahia, 2017
Variáveis/ Dimensões Média Desvio padrão Mínimo Máximo
Família/amigos (N=19) 6,63 1,73 2 8
Atividade (N=20) 3,25 2,60 0 8
Nutrição (N=20) 8,20 2,44 3 12
Cigarro e droga (N=21) 14,81 1,54 10 16
Álcool (N=20) 11,8 0,60 10 12
Sono/cinto/estresse/sexo (N=16) 14,13 4,69 2 18
Comportamento (N=21) 4,29 2,55 0 8
Introspecção (N=21) 7,62 2,01 4 12
Satisfação Trabalho (N=21) 3,19 1,17 0 4
FANTASTICO total 73,54 7,27 58 86
Fonte: elaborado pela autora.
As médias mais altas foram para os domínios “cigarro e drogas” (uso de
drogas, cigarro, bebidas cafeinadas e abuso de remédios) (n=21), média de 14,81 e
“sono/cinto/estresse e sexo” (dormir bem, usar cinto de segurança, lidar com stress,
lazer e praticar sexo seguro) (n=16) e média de 14,13 e em seguida para uso de
“álcool” (n=20) e média 11,8.
Entende-se que esses resultados com médias mais altas sejam porque a
maioria dos sujeitos declararam ser evangélicos (76,2%) demonstrando que o
envolvimento religioso influencia na decisão de comportamentos saudáveis (BAIG et
al., 2015).
38
Com relação à dimensão cigarro e drogas, Silva et al. (2006) registram em
seu estudo, realizado com 926 alunos de uma faculdade do interior de São Paulo,
que os estudantes com maior renda familiar e sem religião podem ser considerados
com maior risco para o consumo de drogas. Semelhantemente Tassini et al. (2017)
concluíram que para esstes domínios, os resultados dos estudantes pesquisados
apresentaram piores pontuações entre os campos. O estudo de Tempestti,
Cappelen, Alfaro (2013) realizado com adolescentes na faixa etária entre 14-19
anos, que estudavam em escolas públicas, evidenciou que eles estão mais expostos
a doenças cardiovasculares, devido ao maior consumo de álcool, tabaco e atividade
física inadequada.
No que se refere ao domínio sono/cinto/estresse e sexo, questão em que a
média foi de 14,13, retrata que os entrevistados conseguem quase sempre dormir
bem, usam o cinto de segurança, controlam o estresse e praticam sexo seguro.
Guasquez, Hernandez, Lopez (2016) mostram em sua pesquisa que 30% dos
estudantes de enfermagem dormem bem e que 40,8% controlam o estresse do dia a
dia. Sobre sexo, relatam que 88,4 se preocupam com o autocuidado e cuidado com
o parceiro.
Na correlação entre as dimensões da religiosidade e o escore total do estilo
de vida, encontrou-se que a Religiosidade Organizacional (RO) esteve
estatisticamente associada ao estilo de vida desses diabéticos (r = 0,608; p = 0,027),
ou seja, quanto maior frequência aos cultos religiosos, melhor o estilo de vida
desses diabéticos (Tabela 5).
Tabela 5 – Correlação de Spearman entre as dimensões da Religiosidade e o escore total do estilo de vida. Cachoeira, BA, 2017.
RO RNO RI 1 RI 2 RI 3
Estilo de Vida 0,608 -0,037 0,194 -0,024 0,352
Valor de p 0,027* 0,903 0,526 0,937 0,238
Fonte: elaborado pela autora.
Confirmando o resultado da tabela acima, Silva et al. (2016) em seu estudo
sobre religiosidade e espiritualidade em pacientes portadores de HAS (Hipertensão
Arterial Sistêmica), em que participaram 65 pacientes atendidos no centro de
atendimento a doenças crônicas, observaram que o domínio “religiosidade
39
organizacional” que apresentava duas questões sobre serviços religiosos (rituais,
missas, cultos e celebrações) e participação em outras atividades da igreja, resultou
em maiores médias do estilo de vida entre os entrevistados.
Em outro estudo semelhante, Rocha e Ciosak (2016), ao investigar pacientes
portadores de doenças crônicas, afirmaram que aqueles que frequentavam
regularmente as missas, cultos e outros serviços religiosos também possuíam
melhor estilo de vida.
A fé é um instrumento de cura para pacientes diabéticos porque traz
esperança e força para enfrentar as dificuldades. Líderes religiosos afirmam que
uma pessoa com fé tem um melhor enfrentamento da sua doença do que aquela
que não possui fé (RIVERA-HERNANDEZ, 2015).
Para Santos e Abdala (2014), em seu estudo sobre religiosidade e qualidade
de vida em idosos, no qual avaliaram a relação destes com a religiosidade
organizacional (RO), não organizacional (RNO) e intrínseca (RI), concluíram que
houve uma associação positiva nas três dimensões.
Por fazer parte de um estudo maior, baseado em uma intervenção que utilizou
Oficinas de Espiritualidade em Saúde para orientar a adoção de hábitos saudáveis
relacionados aos oito remédios naturais, o número de participantes foi limitado (n =
21), não permitindo estabelecer uma relação de causalidade em uma amostra que
não foi representativa da cidade de Cachoeira – BA.
40
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria (76,2%) dos portadores de diabetes pesquisados nesse estudo era
do sexo feminino, de cor parda (71,4%), com baixo grau de instrução (61,9%), são
evangélicos (76,2%) e frequentam os cultos regularmente até uma vez por semana
(71,5%).
O estilo de vida dos participantes, segundo o escore total do questionário
FANTASTICO foi evidenciado como sendo “Muito bom” para a maioria deles
(61,5%), porém a dimensão “atividades” esteve abaixo da média, significando uma
dificuldade em realizar atividade física regularmente. A maioria declarou se abster do
álcool, fumo e drogas, reforçando, dessa forma, o compromisso com a religião, pois
a maioria confirmou ser praticante da sua religião (95,2%).
Ao associar as dimensões da religiosidade com o escore total do estilo de
vida de acordo com o FANTASTICO, encontrou-se que a RO (frequência aos cultos)
esteve associada positivamente ao estilo de vida dos diabéticos, ou seja, quanto
maior a frequência aos cultos, melhor o estilo de vida deles.
Considera-se então que os objetivos deste estudo foram alcançados de
acordo com a hipótese apresentada. Mais pesquisas, baseadas em investigações
aplicadas a um universo maior de participantes, serão necessárias para preencher
as lacunas que ficaram, decorrentes das limitações deste trabalho.
41
5 REFERÊNCIAS ABDALA, G. A.; KIMURA, M.; KOENIG, H. G.; REINERT, K. G.; HORTON, K. Religiosity and Quality of Life in Adults: Literature Review. LifeStyle Journal, v. 2, n. 2, p. 25-51, 2015. BAUMANN, M; TCHICAYA, A; VANDERPOOL, K; OLRENTZ, N; BIHAN, E. L. Life Satisfaction, Cardiovascular risk factors, unhealthy behaviors and socioeconomic inequality, 5 years after coronary angiography. BMC Public Health. v. 15, p. 668, jul. 2015. BAIG, A. A.; BENITEZ, A.; LOCKLI, C. A.; GAO, Y.; LEE, S. M.; QUIN, M. T. et al. Picture Good Health: a church-based self-management intervention among Latino Adults with diabetes. J Gen Intern Med, v. 30, n. 10, p. 1481-90, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: CNS, 2012. Disponível em: <www.dicio.com/método>. Acesso em: 26 maio 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Crônicas Não transmissíveis: Estratégias de Controle e Desafios para os Sistemas de Saúde. Brasília. 2011. Disponível em: <https://www.google.com.br>. Acesso em: 27 fev. 2017. BRASIL. Ministério da saúde. Caderno de Atenção Básica. Estratégias para o Cuidado de pessoas com Doenças Crônicas. Diabetes Mellitus. Brasília. 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 27 fev. 2017. CAPLAN, L. S; SAWYER, P; HOLT, C; ALLMAN, R.M. Religiosity and Function Among Community-Dwelling Older Adult Survivors of Cancer. J. Relig. Spiritual Aging. v. 25, n. 4, p. 311-325, 2013. CARULLA, L.S; ALONSO, F; GOMEZ, R; WALSH, C. O; ALMERANA, J; RUIZ, M; ABELLÁN, M. J. Basics Concepts in the Taxonomy of health-Related Behaviors, Habits and Lifestyle. J. Environ Res Public Health. v. 10, n. 5, p. 1963-1976, 2013. CHIU, M; AUSTIN, P.C; MANUEL, D. G. Comparison of Cardiovascular risk profiles among ethnic using population health surveys between 1996 and 2007. CMAJ. 2010; 182: E 301-10. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20403888. Acesso em 01 out 2017. CRES, M. R.; ABDALA, G. A.; MEIRA, M. D. D.; TEIXEIRA, C. A.; NINAHUAMAN, M. F. M. L.; MORAES, M. C. L. Religiosidade e Estilo de Vida de uma População Adulta. Rev Bras Promoç Saúde, v. 28, n. 2, p. 240-250, 2015. CSEF- Canadian Society Exercise Physiology. The Canadian Physical Activity, Fitness and Lifestyle Appraisal. CSEP’ Guide to health active living. 2nd. Ed. Otawa. CSEF, 2003.
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47
APÊNDICES
48
APÊNDICE A
Figura 1 – Desenho metodológico do estudo sobre Religiosidade, Estilo de Vida, Qualidade de Vida de Diabéticos que moram em Cachoeira- Bahia. São Paulo, 2017.
Fonte: Meira, Abdala e Teixeira (2014).
49
APÊNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Apresentação e objetivo do estudo
O estudo “Religiosidade e Estilo de Vida de Pacientes Diabéticos em Cachoeira –
BA tem como objetivo analisar se existe associação entre religiosidade e o estilo de
vida do pacientes portadores de diabetes”.
Instituição envolvida no estudo e pesquisadores
O estudo está sob a responsabilidade do Centro Universitário Adventista de São
Paulo (UNASP), e será realizado com pacientes cadastrados no programa de
Hiperdia na Unidade de Saúde da Família da Clínica-escola da Faculdade
Adventista da Bahia (FADBA), sob a orientação da Professora Doutora Gina
Andrade Abdala, docente do curso de Mestrado em Promoção da Saúde do Centro
Universitário Adventista de São Paulo (UNASP/SP) e Sônia Elzi Alves dos Santos
Sena Pereira orientanda e discente do mestrado.
Participação no estudo
Sua colaboração é voluntária. A sua participação na pesquisa ocorrerá da seguinte
forma: você responderá a três questionários que serão aplicados pelas
pesquisadoras.
É preciso que você saiba que os dados coletados não serão tratados
individualmente e a sua privacidade será respeitada, ou seja, nome ou qualquer
outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, identificá-lo, será mantido em
sigilo. Você também não receberá pagamento pela sua participação no estudo e
nem haverá custos.
Em qualquer etapa, você poderá esclarecer dúvidas a respeito do estudo, retirar seu
consentimento em participar. Você pode entrar em contato com a pesquisadora:
Sônia Elzi Alves dos Santos Sena Pereira (Cel 75-991988646).
O Comitê de Ética em Pesquisa do UNASP pode ser contatado pelo telefone (11)
2128-6230.
Diante do exposto, eu concordo em participar da pesquisa, e sei que terei uma cópia
deste termo que será assinada em duas vias, ficando a outra com o pesquisador.
Cachoeira - Bahia ____/____/______
50
Nome do (a) participante: _____________________________________
Assinatura: ______________________________________________
Nome e assinatura da pesquisadora: Sônia Elzi Alves dos Santos Sena Pereira
Assinatura: ______________________________________________
51
APÊNDICE C
DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE
1. Código de Identificação _________2. Idade _______ 3. Sexo ( ) M ( ) F
2.Cor da pele referida ( ) Branca ( ) Parda ( ) Preta ( ) indígena ( ) amarela ( )
Ignorada
3. Grau de escolaridade:
( ) sem escolaridade (não sabe ler e escrever)
( ) baixa escolaridade (<9 anos de estudo)
( ) média escolaridade (< 12 a 9 anos completo de estudos)
( ) alta escolaridade (> = 12 anos de estudo)
4. Profissão___________________________
5. Renda mensal (salário mínimo) ( ) um ( ) dois ( ) três ( ) mais de três
6. Religião referida _______________________Praticante_ Sim ( ) Não ( )
7. Peso ______Kg
8. Altura _________ 9. IMC____________
10. Glicemia 1ª________Mg/dl Glicemia 2ª________Mg/dl
11. PAS: _____ PAD: ______
12. Há quanto tempo é Diabético:_______________
13. Faz acompanhamento médico sistemático? Sim ( ) Não ( ) Nem sempre ( )
14. Controle glicêmico (tratamento)
( )Antidiabéticos orais ( ) metformina ( )glibenclamida ( ) Outros
( )Insulina
( )Dieta e exercícios físicos
15. Deixa de usar ou esquece de tomar os medicamentos prescritos?
Sempre ( ) Quase Sempre ( ) Quase nunca ( ) Nunca ( )
13. Comorbidades:
( ) HAS
( ) IAM prévio
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( ) IRC
( ) NEFROPATIA
( ) RETINOPATIA
( ) NEUROPATIA PERIFÉRICA
( ) OUTRA:________________________
16. Você já passou por internação hospitalar por conta do diabetes?
Sim ( ) Não ( ).
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APÊNDICE D
AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO PAULO - CEP/ UNASP
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ANEXOS
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ANEXO A
QUESTIONÁRIO DE ESTILO DE VIDA FANTASTICO
1. Famí lia e amigos
1 2 3 4 5
1 Tenho alguém para conversar as coisas que são importantes
para mim
Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Quase sempre
2 Dou e recebo afeto Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Quase sempre
2. Atividade
3 Sou vigorosamente ativo pelo menos
durante 30 minutos por dia (corrida, bicicleta, etc.)
Menos de 1 vez por semana
1-2 vezes por semana
3 vezes por semana
4 vezes por semana
5 ou mais vezes por semana
4 Sou moderadamente ativo (jardinagem,
caminhada, trabalho de casa)
Menos de 1 vez por semana
1-2 vezes por semana
3 vezes por semana
4 vezes por semana
5 ou mais vezes por semana
3. Nutrição
5 Como uma dieta balanceada (ver
explicação*) Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita
frequência Quase sempre
6 Frequentemente como em excesso (1)
açúcar, (2) sal, (3) gordura animal, (4)
bobagens e salgadinhos
Quatro itens Três itens Dois itens Um item Nenhum
7 Estou no intervalo de ____ quilos acima do meu peso considerado
saudável
Mais de 8 kg 8 kg 6 kg 4 kg 2 kg
4. Cigarro e drogas
8 Fumo cigarros Mais de 10 por dia
1 a 10 por dia
Nenhum nos últimos 6 meses
Nenhum no ano passado
Nenhum nos últimos
anos
9 Uso drogas como maconha e cocaína
Algumas vezes Nunca
10 Abuso de remédios ou exagero
Quase diariamente
Com relativa
frequência Ocasionalmente Quase nunca Nunca
11 Ingiro bebidas que contém cafeína (café,
chá ou colas)
Mais de 10 vezes por dia
7 a 10 vezes por dia
3 a 6 vezes por dia
1 a 2 vezes por dia
Nunca
5. Á lcool
12 Minha ingestão média por semana de álcool é
____doses (ver explicação**)
Mais de 20 13 a 20 11 a 12 8 a 10 0 a 7
13 Bebo mais de quatro doses em uma
ocasião Quase
diariamente Com
relativa frequência
Ocasionalmente Quase nunca Nunca
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14 Dirijo após beber Algumas vezes Nunca
Continuação
6. Sono, cinto de
segurança estresse e
sexo seguro
15 Durmo bem e me sinto descansado
Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Quase sempre
16 Uso cinto de segurança
Nunca Raramente Algumas vezes A maioria das vezes
Sempre
17 Sou capaz de lidar com o estresse do
meu dia a dia Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita
frequência Quase sempre
18 Relaxo e desfruto do meu tempo de lazer
Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Quase sempre
19 Pratico sexo seguro (ver explicação***)
Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Sempre
7. Tipo de comportam
ento
20 Aparento estar com pressa
Quase sempre
Com relativa
frequência Algumas vezes Raramente Quase
nunca
21 Sinto-me com raiva e hostil
Quase sempre
Com relativa
frequência Algumas vezes Raramente Quase
nunca
8. Introspecção
22 Penso de forma positiva e otimista
Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita frequência
Quase sempre
23 Sinto-me tenso e desapontado
Quase sempre
Com relativa
frequência Algumas vezes Raramente Quase
nunca
24 Sinto-me triste e deprimido
Quase sempre
Com relativa
frequência Algumas vezes Raramente Quase
nunca
9. Trabalho 25 Estou satisfeito com meu trabalho ou
função Quase nunca Raramente Algumas vezes Com muita
frequência Quase sempre
Fonte: Rodriguez Añez, Reis, Petroski (2008) e Silva, Brito e Amado (2014). *Explicação: Dieta balanceada – é aquela que a pessoa (com 4 anos e mais) come: - Grãos e cereais integrais e produtos enriquecidos (5 -12 porções), - Vegetais verde-escuros e alaranjados (5 -10 porções), - Derivados do leite com baixo teor de gordura (2 - 4 copos), - Carnes magras, aves e peixes, assim como ervilhas, feijão e lentilha (2 - 3 porções), - Outros alimentos (ricos em gorduras, calorias usadas com moderação, 2 - 3 porções). Obs.: para a maioria das pessoas a quantidade ideal é ficar no número intermediário. **Álcool - 1 dose = 1 lata de cerveja (340 ml) ou 1 copo de vinho (142 ml) ou 1 curto (42 ml); ***Sexo seguro - Refere-se ao uso de métodos de prevenção de infecção e concepção.
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ANEXO B
AUTORIZAÇÃO DA PESQUISA
Faculdade Adventista da Bahia – FADBA ÁREA DE SAÚDE
Mantida pela Instituição Adventista Nordeste Brasileira de Educação e Assistência Social Rodovia BR 101, Km 201, Estrada de Capoeiruçu, s/n C. Postal, 18
Cachoeira – BA CEP: 44300-000 Tel. (75)3425-8018
60
ANEXO C
ÍNDICE DE RELIGIOSIDADE DUKE – DUREL
(1) Com que frequência você vai a uma igreja, templo ou outro encontro religioso?
1. Mais do que uma vez por semana 2. Uma vez por semana 3. Duas a três vezes por mês 4. Algumas vezes por ano 5. Uma vez por ano ou menos 6. Nunca
(2) Com que frequência você dedica seu tempo a atividades religiosas individuais como preces, rezas, meditações, leitura da Bíblia ou de outros textos religiosos? 1. Mais que uma vez ao dia 2. Diariamente 3. Duas ou mais vezes por semana 4. Poucas vezes por mês 5. Raramente ou nunca
(3) Em minha vida, eu sinto a presença de Deus (ou do Espírito Santo) 1. Totalmente verdade para mim 2. Em geral é verdade 3. Não estou certo 4. Em geral não é verdade 5. Não é verdade
(4) As minhas crenças religiosas estão realmente por trás de toda a minha maneira de viver 1. Totalmente verdade para mim 2. Em geral é verdade 3. Não estou certo 4. Em geral não é verdade 5. Não é verdade
(5) Eu me esforço muito para viver a minha religião em todos os aspectos da vida 1. Totalmente verdade para mim 2. Em geral é verdade 3. Não estou certo 4. Em geral não é verdade 5. Não é verdade
Fonte- Taunay et al. (2012).
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ANEXO D
AUTORIZAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE