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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ ISADORA OLIVEIRA DA SILVA RENATA TEIXEIRA BITTENCOURT YARA MARIA ALMEIDA SILVA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA MALÁRIA SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO NA REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA Ribeirão Preto 2018

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ€¦ · A malária é uma doença potencialmente fatal causada por parasitas do gênero Plasmodium. Estima-se que em 2016 ocorreram 216 milhões

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

ISADORA OLIVEIRA DA SILVA

RENATA TEIXEIRA BITTENCOURT

YARA MARIA ALMEIDA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA MALÁRIA SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E

SEXO NA REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA

Ribeirão Preto

2018

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ISADORA OLIVEIRA DA SILVA

RENATA TEIXEIRA BITTENCOURT

YARA MARIA ALMEIDA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA MALÁRIA SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E

SEXO NA REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA

Trabalho de Conclusão de curso de

Enfermagem do Centro Universitário

Barão de Mauá para obtenção do título de

bacharel.

Orientador: Profa. Dra. Soraya Duarte

Varella

Ribeirão Preto

2018

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Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a

fonte.

Bibliotecária Responsável: Iandra M. H. Fernandes CRB8 9878

D641

Distribuição espacial da malária segundo faixa etária e

sexo na região extra-amazônica/ Isadora Oliveira da Silva;

Renata Teixeira Bittencourt; Yara Maria Almeida Silva -

Ribeirão Preto, 2018.

35p.il

Trabalho de conclusão do curso de Enfermagem do

Centro Universitário Barão de Mauá

Orientador: Dra. Soraya Duarte Varella

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ISADORA OLIVEIRA DA SILVA

RENATA TEIXEIRA BITTENCOURT YARA MARIA ALMEIDA SILVA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA MALÁRIA SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO NA REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA

Trabalho de Conclusão de curso de Enfermagem do Centro Universitário Barão de Mauá para obtenção do título de bacharel. Orientador: Profa. Dra. Soraya Duarte Varella

Data aprovação: 06/12/2018 BANCA EXAMINADORA ______________________________________________ Prof. Dr. Raquel Gabrielli Biffi Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto. ______________________________________________ Prof. Dr. Soraya Duarte Varella Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto ______________________________________________ Prof. MSc. Tânia Aparecida Cancian Masella Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão Preto

Ribeirão Preto 2018

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Dedicamos este trabalho a nossa orientadora, Prof.ª. Dra. Soraya Duarte Varella que

se dedicou fortemente para atingirmos nossos ideais, dedicamos a nossa vitória com

a mais profunda gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Agradecer é admitir que houve um momento em que se precisou de alguém;

é reconhecer que o homem jamais poderá lograr para si o dom de ser

autossuficiente.

Ninguém e nada cresce sozinho; sempre é preciso um olhar de apoio, uma palavra

de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de amor.

“Aquelas pessoas que quando deveriam ser simplesmente professores, foram

mestres. Que quando deveriam ser mestres, foram amigos e em sua amizade nos

compreenderam e nos incentivou a seguir nosso caminho.”

Em especial a nossa orientadora, Profa. Dra. Soraya Duarte Varella, pelo

incentivo e atenção dedicada a nós na realização deste trabalho.

Agradecemos a Deus pelo dom da vida, renovado a cada provação que se

apresenta que se concretizam, como este que se torna realidade.

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Durante este trabalho......

As dificuldades não foram poucas......

Os desafios foram muitos....

Os obstáculos, muitas vezes, pareciam intransponíveis...

Muitas vezes nos sentimos sós, e assim, o estivemos...

O desânimo quis contagiar, porém, a garra e a tenacidade foram

mais fortes, sobrepondo esse sentimento,

fazendo-nos seguir a caminhada, apesar

da sinuosidade do caminho.

Agora, olhamos para trás, a sensação de dever cumprido se faz

presente e podemos constatar que as

noites de sono perdidas; o cansaço dos

encontros; os longos tempos de leitura,

digitação, discussão, a ansiedade em

querer fazer e a angústia de muitas vezes

não conseguir, por problemas estruturais;

não foram em vão.

“Foi o tempo que perdeste com a tua

rosa, que fez a tua rosa tão importante”

(Antonie Saint Exupèry)

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RESUMO

A malária é uma doença potencialmente fatal causada por parasitas do

gênero Plasmodium. Estima-se que em 2016 ocorreram 216 milhões de casos de

malária em todo o mundo. A respectiva pesquisa descritiva teve como objetivo

evidenciar o impacto da malária na região amazônica nos anos de 2015, 2016 e

2017 com as variáveis epidemiológicas sexo, faixa etária e tipo de Plasmodium. A

coleta de dados foi realizada através de dados extraídos da DATA SUS sobre a

distribuição da malária nos anos de 2015 a 2017 na região extra-amazônica,

segundo a unidade federativa, o sexo, faixa etária e a espécie de Plasmodium.

Pode-se observar que a malária está amplamente instalada em vários estados

brasileiros, sendo a região sudeste a com maior prevalência e nela, destaca-se o

estado de São Paulo com maior número de casos notificados de malária. De modo

geral, as maiorias dos casos notificados de malária foram em indivíduos do sexo

masculino com idade entre 20 a 59 anos, sendo o P. vivax o mais prevalente dentre

as notificações. Apesar do número de casos de malária na região extra-amazônica

ter apresentado uma diminuição durante os anos analisados, deve-se ressaltar que

é na região extra-amazônica onde mais ocorrem óbitos por essa protozoose.

Existem atualmente várias políticas públicas de controle da malária, porém ainda

não se tem em vista a erradicação da mesma. Nesse sentido, estudos que

acompanhem a distribuição espacial dos casos de malária no Brasil são

instrumentos de avaliação de tais políticas..

Palavras chaves: Malária. Distribuição espacial. Distribuição temporal.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9

1.1 PROBLEMÁTICA ............................................................................................ 13

1.2. Justificativa ................................................................................................... 14

1.3. OBJETIVOS ................................................................................................... 15

1.3.1. Objetivo geral ............................................................................................ 15

1.3.2. Objetivos específicos ................................................................................ 15

2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 16

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 17

4. CONCLUSÃO .................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32

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1. INTRODUÇÃO

A malária é conhecida como: impaludismo, febre palustre, febre intermitente,

febre terçã benigna, febre terçã maligna, febre quartã, febre palúdica, maleita,

sezão, tremedeira, batedeira, mãe das febres ou, simplesmente, febre. (OMS,2017)

É uma doença potencialmente fatal causada por parasitas que são do gênero

Plasmodium que se multiplicam nas hemácias, podendo causar anemia. Esses

parasitas são transmitidos às pessoas pela fêmea infectada do mosquito Anopheles,

por transfusão de sangue ou, mais dificilmente, por compartilhamento de agulhas e

seringas infectadas.

Todas as espécies de vetor de maior importância da malária picam ao anoitecer e ao

amanhecer. A intensidade da transmissão depende de fatores relacionados ao

parasito, vetor, hospedeiro humano e ambiente. (FUNASA, 2000).

As fêmeas do mosquito Anopheles depositam seus ovos na água, que

eclodem em larvas e se desenvolvem até alcançar o estado de mosquitos adultos.

As fêmeas buscam uma refeição de sangue para nutrir seus ovos. Cada espécie de

mosquitos Anopheles têm seu habitat aquático de preferência; por exemplo: alguns

preferem pequenos acúmulos de água doce, como poças que são abundantes

durante a estação chuvosa em países tropicais. (OPAS, 2016)

A transmissão é mais intensa em lugares onde o tempo de vida do mosquito é

mais longo, de modo que o parasito tenha tempo para completar seu ciclo de

desenvolvimento no interior do mosquito, “que prefere picar humanos a outros

animais. A longa vida e o hábito das espécies de vetores africanos de picar

humanos é a principal razão pela qual quase 90% dos casos de malária do mundo

se encontram na África.” (FUNASA, 2000).

A transmissão depende também de condições climáticas, que podem afetar o

número e a sobrevivência dos mosquitos, tais como padrões de quedas de

temperatura e umidade. Em vários locais, a transmissão é sazonal, com pico durante

e depois da estação de chuvas. Epidemias de malária podem ocorrer onde o clima e

outras condições favorecem repentinamente a transmissão em áreas onde pessoas

ou uma população têm pouca ou nenhuma imunidade à doença. Os surtos também

podem acontecer quando pessoas com baixa imunidade vão para áreas com intensa

transmissão (como no caso de mobilidade por trabalho ou de refugiados).

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A imunidade humana é outro fator importante, especialmente entre adultos

em áreas com moderada ou intensa transmissão. A imunidade é parcial e

desenvolvida após anos de exposição e, portanto, nunca é oferecida uma proteção

completa, reduz o risco que a infecção por malária causa de forma grave. Por esse

motivo, a maioria das mortes em decorrência da malária na África ocorre em

crianças pequenas, enquanto nas áreas com menor transmissão e baixa imunidade,

todas as faixas etárias estão em risco. (OPAS, 2016).

Existem quatro espécies de Plasmodium, sendo que três delas P. falciparum,

P.vivax e P. malariae circulam no Brasil e o P. ovale é encontrado apenas no

continente africano. O parasita mais agressivo é o P. falciparum, sendo responsável

por muitas mortes. (TAUIL et al., 1985)

O Plasmodium falciparum é o parasita da malária mais prevalente na África

Subsaariana, sendo responsáveis 99% dos casos estimados de malária em 2016.

Fora da África, P. vivax é o parasita predominante na Região das Américas da OMS,

representando 64% dos casos de malária, e está acima de 30% na região sul-

americana. (OPAS, 2016).

A malária apresenta-se com um quadro febril agudo. Em um indivíduo não

imune, os primeiros sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios e vômito, aparecem

usualmente entre 10 e 15 dias após a infecção. Se não dada à devida atenção e for

tratada rapidamente com medicamentos eficazes pode evoluir para formas graves

chegando à morte.

Crianças com a forma grave da doença frequentemente desenvolvem um ou

mais dos seguintes sintomas: anemia grave, dificuldade para respirar em relação à

acidose metabólica ou malária cerebral. Em adultos, é frequente que vários órgãos

sejam afetados.

Em áreas endêmicas, pessoas podem desenvolver imunidade parcial, permitindo

que as infecções assintomáticas ocorram. (OPAS, 2016).

Estima-se que em 2016 ocorreram 216 milhões de casos de malária em todo

o mundo, um número menor de casos comparado aos 237 milhões e 211 milhões de

casos, respectivamente em 2010 e em 2015. (OMS, 2017).

Cerca de 90% dos casos de malária em 2016 ocorram na África. Entre os 91

países que notificaram casos de malária em 2016, os países da região da

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Subsaariana e da Índia possuem a maior parte dos casos globais da malária.

(BRASIL, 2017).

No Brasil, a área endêmica compreende a região amazônica brasileira,

incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima,

Tocantins, Mato Grosso e Maranhão, totalizando 808 municípios. Esta região é

responsável por 99% dos casos autóctones do país. Fora da região amazônica, mais

de 80% dos casos registrados são importados dos estados pertencentes a

municípios localizados na região amazônica brasileira, de outros países amazônicos,

do continente africano, ou do Paraguai. Entretanto, existe transmissão residual de

malária no Piauí, no Paraná e em áreas de Mata Atlântica nos estados de São

Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. (OMS, 2017).

Desde 2000, tem havido uma redução de mais de 50% no número de casos

de malária no Brasil, Porém em 2016 o Brasil registrou 117.832 casos da doença na

região amazônica, em 2017, o número chegou a 174.522 casos, valor que

representa um aumento de 48%, desses 74 mil casos ocorreram no estado do

Amazonas, seguido por 33 mil casos no Pará e 32 mil casos no Acre. (OPAS, 2016)

A letalidade por malária na região amazônica é baixa (2/100.000 hab.),

enquanto no restante do país chega a ser 100 vezes maior. A mortalidade nas áreas

extra-amazônica ocorre, na maior parte das vezes, em pessoas que foram

infectadas em outros países ou em estados da região amazônica e não receberam o

diagnóstico e tratamento adequados e em tempo oportuno. Essa situação decorre

da dificuldade de suspeitar de uma doença relativamente rara nessas áreas e da

desinformação dos viajantes a respeito dos riscos e maneiras de contrair a doença.

(SANTELLI et al., 2016).

A Organização Mundial da Saúde (2017), estima que por ano ocorram cerca

de 660 mil mortes por malária, principalmente em crianças menores de 5 anos e

mulheres grávidas. Outros grupos populacionais que correm um risco

consideravelmente maior de contrair malária são representados pelas as pessoas

que vivem com HIV/AIDS e pelos migrantes não imunes e populações móveis.

(ONUBR, 2018).

A prevenção é realizada a partir do controle vetorial, que visa prevenir e

reduzir a transmissão da malária. Se a cobertura das intervenções de controle do

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vetor dentro de uma área específica é suficientemente alta, a medida de proteção

será conferida a toda a comunidade.

A OMS recomenda proteção para todas as pessoas em risco de contrair a

doença com um bom controle vetorial. O uso de mosquiteiros impregnados com

inseticidas com ação residual (usados nos programas de saúde pública) previne ao

longo de três anos que o mosquito ultrapasse essa barreira, permitindo assim, um

bom controle vetorial no interior das casas. Na prevenção da malária também é

essencial a educação continuada em promoção de saúde (SUÁREZ-MUTIS;

COURA, 2007).

Na maioria dos locais, a OMS (2016) recomenda a distribuição desse tipo de

mosquiteiro para todas as populações em risco de contrair a malária. O melhor

método custo-efetivo de alcançar a meta é fornecer o material de forma gratuita,

onde todas as pessoas tenham acesso a ele e com as mesmas condições.

Entretanto ao mesmo tempo, é preciso utilizar estratégias de comunicação eficazes

para conscientizar e educar todas as pessoas que se encontram em risco sobre a

importância de dormir todas as noites sobre mosquiteiros e sobre os cuidados com o

mesmo para que esse se mantenha em bom estado. Outro meio é a borrifação

residual intradomiciliar que são eficazes em uma ampla gama de circunstâncias, a

borrifação de interiores com inseticidas de ação residual é uma potente intervenção

que reduz em pouco tempo a transmissão da malária. Sua eficácia máxima é obtida

quando são borrifadas pelo menos 80% das casas nas áreas escolhidas. Essa

intervenção é eficaz por 3-6 meses, dependendo do tempo de ação residual dos

inseticidas utilizados e do tipo de superfície borrifada. Em alguns locais é preciso

repetir a operação diversas vezes para proteger a população durante toda a

temporada de transmissão da malária. (OMS, 2016)

Há também como forma de profilaxia as drogas antimaláricas que são

medicamentos antimaláricos que podem ser utilizados para prevenir a doença. Para

viajantes, a malária pode ser prevenida por meio de fármacos profiláticos que detém

a infecção em seu estágio hemático. Para mulheres grávidas que residem em áreas

onde a transmissão é moderada ou alta, a OMS recomenda o tratamento profilático

intermitente como sulfadoxina-pirimetamina em cada consulta pré-natal programada

a partir do primeiro trimestre.

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Outro meio de prevenção de modo coletivo é o saneamento básico, drenagem

de eliminação de água, aterro, limpeza de margens e melhora de moradia.

Segundo a OPAS (2016), foram investidos US$ 2,7 bilhões no mundo, no ano

de 2016, para controle da malária. Este valor de investimento ficou abaixo do

esperado que era de US$ 6,5 bilhões exigidos até 2020 para atingir as metas de

2030 da estratégia contra a malária. Em 2016, governos de países endêmicos

proveram US$ 800 milhões, representando 31% do financiamento total

(OPAS,2016).

Segundo o Ministério da Saúde (2016), houve um investimento de R$ 11,9

milhões na luta contra a malária em nove estados, que concentram 99% dos

registros da doença: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará,

Rondônia, Roraima e Tocantins. Os responsáveis pela aquisição de insumos e

equipamentos como veículos, barcos, microscópios e computadores é da Secretaria

de Saúde de cada estado, assim como a distribuição aos seus respectivos

municípios (BRASIL, 2016).

1.1 PROBLEMÁTICA

O número de casos da malária está localizado quase que totalmente na

região amazônica, em determinadas localidades e não necessariamente em

municípios, ocorrendo uma distribuição não homogênea. Essas localidades são

sedes de projetos econômicos, que tem um fluxo migratório potencialmente

importante para o desenvolvimento social e econômico, acarretando um fluxo

intenso e condições precárias. Acredita – se que a transmissão da malária é desde a

época de Carlos Chagas, é feita pelos hábitos tanto das pessoas como dos vetores

que na maior parte do tempo ficam em casa, nas regiões migratórias a dificuldade é

maior, pois onde se localizam essas pessoas não há residências deixando expostas

aos mosquitos e dificultando controle e colocação de inseticidas que é a principal

arma de erradicação. (TAUIL et al., 1985).

O território onde existem condições de transmissão da doença é grande com

cerca de 6,9 milhões de km² dos 8,5 milhões existentes no país. Exceto Rio Grande

do Sul, Distrito Federal e Fernando de Noronha que não são totalmente maláricos

pelo fato de não ter condições de transmissão. Já nas outras regiões a transmissão

é passível pelo fato da grande entrada de pessoas, principalmente no Rio de Janeiro

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e São Paulo, chegando a ter focos de transmissão epidemiológicos importantes nas

regiões do Rio Paranapanema e fronteira do Mato Grosso decorrente de pessoas

vindas da região amazônica. (TAUIL et al., 1985).

Apesar dos números de casos da região extra-amazônica ser bem inferior aos

encontrados na região amazônica o número de óbitos por malária na região é bem

maior na região extra- amazônica. Assim pergunta-se qual a distribuição espacial da

malária na região extra-amazônica segunda e faixearia nos anos de 2015, 2016 e

2017?

1.2. Justificativa

Este trabalho propõe a investigação descritiva documental compilada sobre

dados recentes coletados no DATA-SUS, dentre os anos de 2015 a 2017 da

incidência da malária na região extra-amazônica brasileira. Apesar de ser

considerada uma região não endêmica para malária, observa-se uma a alta

proporção de casos severos de malária e a maior taxa de mortalidade quando

comparada à região endêmica. Justificando-se, assim, reconhecer em quais

variáveis de sexo, faixa etária e regiões de notificações os casos e ou/surtos são

mais frequentes.

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1.3. OBJETIVOS

1.3.1. Objetivo geral

Demonstrar a distribuição espacial da malária, entre 2015 e 2017, na região

extra-amazônica.

1.3.2. Objetivos específicos

Descrever a ocorrência da malária segundo o sexo, faixa etária e a unidade

federativa da notificação do caso.

Determinar a espécie de Plasmodium mais prevalente.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo do tipo documental descritivo sobre a ocorrência de

casos confirmados de malária na região extra-amazônica brasileira, segundo as

variáveis epidemiológicas de pessoa: faixa etária e sexo; de espaço: unidade

federativa e a espécie de Plasmodium.

Os dados foram obtidos pelo sistema de informação de saúde DATASUS do

Ministério da Saúde, pesquisando os casos confirmados segundo as variáveis já

citadas, entre anos de 2015 a 2017.

Essa coleta de dados ocorreu no período de março a outubro de 2018.

A análise dos resultados foi feita pela estatística descritiva das variáveis de

pessoa, espaço e tempo, além da espécie mais prevalente de Plasmodium.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre os anos de 2015 e 2017, foram notificados na região extra-amazônica

brasileira 1492 casos confirmados de malária.

No ano de 2015 foram notificados 517 casos da malária nos estados da

região extra-amazônica brasileira, desses casos, 132 (aproximadamente 25,5%)

ocorreram no estado de São Paulo, enquanto que em Alagoas foram identificados

apenas 03 casos (aproximadamente 0,6%). Dentre 517 casos notificados em 2015,

172 foram do P. falciparum, 296 P. vivax e os demais estão distribuídos entre P.

ovale e P. malariae..

A Tabela 1 demonstra todos os casos confirmados no ano de 2015 dentro de

todos os estados da região extra-amazônica brasileira.

Tabela 1- Casos confirmados de malária nos estados da região extra-amazônica

brasileira em 2015, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

Nordeste 73

Pernambuco 11

Piauí 13

Alagoas 3

Paraíba 10

Ceará 9

Rio Grande do Norte 8

Bahia 15

Sergipe 4

Centro-oeste 82

Goiás 52

Distrito Federal 24

Mato Grosso do Sul 6

Sudeste 300

São Paulo 132

Rio de Janeiro 73

Espirito Santo 58

Minas Gerais 37

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Continuação da tabela (Tabela 1)

Tabela 1- Casos confirmados de malária nos estados da região extra-amazônica

brasileira em 2015. Ribeirão Preto 2018.

Sul 62

Paraná 27

Santa Catarina 19

Rio Grande do Sul 16

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net). 2015

A variável epidemiológica por região de casos confirmados está alocada com

grandes confirmações de Malária, dentre elas podemos destacar as regiões Sudeste

e Sul destaca-se pelo maior (300) e pelo menor (62) número casos confirmados,

respectivamente. Em relação a variáveis epidemiológicas pessoas foram observadas

413 casos no sexo masculino e 104 no feminino. A maior ocorrência em homens se

manteve em todos os estados quando analisados individualmente. (TABELA 2)

Tabela 2 - Casos confirmados de malária, segundo o sexo, nos estados da região

extra-amazônica brasileira em 2015, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

segundo o sexo

Masculino Feminino

Nordeste 59 14

Pernambuco 8 3

Piauí 11 2

Alagoas 3 0

Paraíba 10 0

Ceará 6 3

Rio Grande do Norte 8 0

Bahia 11 4

Sergipe 2 2

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Continuação da tabela (Tabela 2)

Tabela 2 - Casos confirmados de malária, segundo o sexo, nos estados da região

extra-amazônica brasileira em 2015, Ribeirão Preto 2018.

Centro-oeste 61 21

Goiás 40 12

Distrito Federal 16 8

Mato Grosso do Sul 5 1

Sudeste 245 55

São Paulo 106 26

Rio de Janeiro 59 14

Espirito Santo 49 9

Minas Gerais 31 6

Sul 48 14

Paraná 20 7

Santa Catarina 15 4

Rio Grande do Sul 13 3

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net.2015

De acordo com o DATA-SUS, em relação a variável epidemiológica de

pessoa/idade (faixa etária) observou-se 5 casos confirmados em menores de 1 ano

de idade. Nas faixas etárias de 40-59 anos, observou-se o maior número de casos

confirmados, representado cerca de 40% do total de casos. Nos estados de

Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e

no Distrito Federal, foram notificados mais casos entre 20 e 49 anos de idade.

(TABELA 3)

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Tabela 3- Casos confirmados de malária, segundo a faixa etária, nos estados da

região extra-amazônica brasileira em 2015, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Faixa etária (ano)

<1 1-4

5-9

10-14

15-19

20-39

40-59

60-64

65-69

70-79

80 +

Total 4 7 5 9 18 22 208 27 11 6 0

Norte 0 2 1 0 1 34 30 2 0 3 73

Piauí 0 0 0 0 0 5 7 0 0 1

Ceará 0 1 1 0 0 2 4 1 0 0 0

Rio Grande do Norte

0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 0

Paraíba 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 0

Pernambuco 0 0 0 0 7 2 0 0 2 0

Alagoas 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0

Sergipe 0 1 0 0 0 1 2 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 0 1 9 4 1 0 0 0

Sudeste 1 4 3 4 11 135 118 15 7 2 300

Minas Gerais 0 0 0 1 0 16 16 2 1 1 0

Espirito Santo 0 0 1 1 2 20 27 2 4 1 0

Rio de Janeiro 1 1 2 1 4 34 27 2 1 0 0

São Paulo 0 3 0 1 5 65 48 9 1 0 0

Sul 2 0 1 2 5 19 23 6 3 1 62

Paraná 2 0 1 2 1 4 11 3 2 1 0

Santa Catarina 0 0 0 0 2 7 8 1 1 0 0

Rio Grande do Sul

0 0 0 0 2 8 4 2 0 0 0

Centro-oeste 1 1 0 3 1 34 37 4 1 0 82

Distrito federal 1 1 0 1 0 11 7 3 0 0 0

Mato Grosso do Sul

0 0 0 0 0 4 2 0 0 0 0

Goiás 0 0 0 2 1 19 28 1 1 0 0 Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net.2015

No ano de 2016 foram notificados 501 casos da malária nos estados da

região extra-amazônica brasileira, desses 137 (aproximadamente 27%) apareceram

no estado de São Paulo, enquanto na Paraíba foram notificados apenas três casos

(aproximadamente 0,6%). Dentre 501 casos notificados de malária, 108 foram

causados por P. falciparum, 281 por P. vivax, os demais estão distribuídos entre P.

malariae e P. ovale.

A Tabela 4 demonstra todos os casos notificados no ano de 2016 na região

extra-amazônica brasileira.

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21

Tabela 4- Casos confirmados de malária nos estados da região extra-amazônica

brasileira em 2016, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

Nordeste 90

Piauí 23

Bahia 20

Pernambuco 18

Ceará 15

Sergipe 5

Rio Grande do Norte 4

Paraíba 3

Alagoas 2

Centro-oeste 79

Goiás 46

Distrito Federal 28

Mato Grosso do Sul 5

Sudeste 291

São Paulo 137

Minas Gerais 56

Rio de Janeiro 50

Espirito Santo 48

Sul 41

Paraná 16

Santa Catarina 16

Rio Grande do Sul 9

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net).2016

A região Sudeste aparece em primeiro lugar com 291 casos confirmados, já a

região sul é a última no ranking dos estados da região extra-amazônica com 41

casos confirmados em 2016. Destaque para o estado de São Paulo com 137 casos

confirmados e Alagoas com apenas 3. (TABELA 4).

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22

A distribuição de casos confirmados em 2016 segundo o sexo, também

demonstrou um número maior de casos no sexo masculino, assim como o ocorrido

em 2015. Entre os 501 casos confirmados, foram observados 340 no sexo

masculino e 131 no feminino. A maior ocorrência em homens se manteve em todos

os estados quando analisados individualmente, assim como observado em 2015.

(TABELA 5).

Tabela 5 - Casos confirmados de malária, segundo o sexo, nos estados da região

extra-amazônica brasileira em 2016, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

segundo o sexo

Masculino Feminino

Nordeste 75 15

Pernambuco 13 5

Piauí 18 5

Alagoas 2 0

Paraíba 2 1

Ceará 14 1

Rio Grande do Norte 4 0

Bahia 17 3

Sergipe 5 0

Centro-oeste 57 22

Goiás 37 9

Distrito Federal 15 13

Mato Grosso do Sul 5 0

Sudeste 207 84

São Paulo 91 46

Rio de Janeiro 33 17

Espirito Santo 35 13

Minas Gerais 48 8

Sul 31 10

Paraná 14 2

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23

Continuação da tabela (Tabela 5)

Tabela 5 - Casos confirmados de malária, segundo o sexo, nos estados da região

extra-amazônica brasileira em 2016, Ribeirão Preto 2018.

Santa Catarina 12 4

Rio Grande do Sul 5 4

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net.2016.

No que diz respeito à faixa etária foram observados 256 casos entre pessoas

com 20-39 anos, desses 78 foram notificados no estado de São Paulo. Na faixa

etária menor de um 1 foram notificados 5 casos, sendo 2 confirmados no estado de

São Paulo, 2 no Distrito Federal e 1 caso na Paraíba. (TABELA 6).

Tabela 6- Casos confirmados de malária, segundo a faixa etária, nos estados da

região extra-amazônica brasileira em 2016, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Faixa etária (ano)

<1 1-4

5-9

10-14

15-19

20-39

40-59

60-64

65-69

70-79

80 +

Total 5 9 8 4 15 256 160 17 13 8 6

Nordeste 1 2 0 0 4 53 26 2 1 0 1

Piauí 0 0 0 0 2 15 4 1 0 0 1

Ceará 0 0 0 0 0 8 6 1 0 0 0

Rio Grande do Norte

0 0 0 0 1 2 1 0 0 0 0

Paraíba 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0

Pernambuco 0 2 0 0 0 14 2 0 0 0 0

Alagoas 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0

Sergipe 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 0 1 13 6 0 0 0 0

Sudeste 2 6 5 3 6 141 99 13 8 3 5

Minas Gerais 0 0 0 0 1 27 27 1 0 0 0

Espirito Santo 0 0 0 2 1 13 21 7 3 0 1

Rio de Janeiro 0 0 1 1 2 23 16 1 2 1 3

São Paulo 2 6 4 0 2 78 35 4 3 2 1

Sul 0 0 0 0 2 22 10 2 3 2 0

Paraná 0 0 0 0 0 7 4 0 3 2 0

Santa Catarina 0 0 0 0 2 9 3 2 0 0 0

Rio Grande do Sul

0 0 0 0 0 6 3 0 0 0 0

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24

Continuação da Tabela 6

Tabela 6- Casos confirmados de malária, segundo a faixa etária, nos estados da

região extra-amazônica brasileira em 2016, Ribeirão Preto 2018.

Centro-oeste

2 1 3 1 3 40 25 0 1 3 0

Distrito federal

2 0 3 1 3 9 8 0 0 2 0

Mato Grosso do Sul

0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0

Goiás 0 1 0 0 0 26 17 0 1 1 0

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net. 2016.

No ano de 2017 foram notificados 474 casos da malária nos estados da

região extra-amazônica brasileira, dentre esses 123 casos de malária foram

notificados no estado de São Paulo (cerca de 26%), enquanto em Sergipe foi

confirmado apenas 1 caso (cerca de 0,2%), A região Sudeste apareceu em primeiro

lugar com 277 casos confirmados, enquanto que a região sul apresentou o menor

número (n= 57) de casos. Dentre 474 casos notificados de malária, 118 foram pelo

P. falciparum, 318 por P. vivax, os demais foram causados por P. malarie e P. ovale.

(TABELA 7).

Tabela 7- Casos confirmados de malária nos estados da região extra-amazônica

brasileira em 2017, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

Nordeste 68

Piauí 19

Paraíba 2

Ceará 11

Rio Grande do Norte 11

Bahia 9

Pernambuco 9

Alagoas 6

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25

(Continuação Tabela 7)

Tabela 7- Casos confirmados de malária nos estados da região extra-amazônica

brasileira em 2017, Ribeirão Preto 2018.

.

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net).2017

Do total de 474 casos notificados no ano de 2017 ao SINAN, observou-se que

375 são de indivíduos do sexo masculino, em relação a casos femininos ocorreram

99 casos. A maior predominância de casos confirmados de malária ocorreu em

pessoas do sexo masculino ocorreu em todas as regiões, quando analisados

individualmente. Com destaque para região Sudeste com um total de 220 casos do

sexo masculino e 57 femininos.

Sergipe 1

Centro-oeste 72

Distrito Federal 31

Goiás 28

Mato Grosso do Sul 13

Sudeste 277

São Paulo 123

Minas Gerais 66

Espirito Santo 48

Rio de Janeiro 40

Sul 57

Paraná 24

Santa Catarina 21

Rio Grande do Sul 12

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26

Tabela 8 - Casos confirmados de malária, segundo o sexo, nos estados da região

extra-amazônica brasileira em 2017, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Casos confirmados

segundo o sexo

Masculino Feminino

Nordeste 57 11

Pernambuco 6 3

Piauí 18 1

Alagoas 6 0

Paraíba 2 0

Ceará 6 5

Rio Grande do Norte 10 1

Bahia 8 1

Sergipe 1 0

Centro-oeste 56 16

Goiás 22 6

Distrito Federal 22 9

Mato Grosso do Sul 12 1

Sudeste 220 57

São Paulo 98 25

Rio de Janeiro 34 6

Espirito Santo 40 8

Minas Gerais 48 18

Sul 42 15

Paraná 18 6

Santa Catarina 13 8

Rio Grande do Sul 11 1

Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net.2017.

.

Para o ano de 2017, observou-se, assim como nos anos anteriores

analisados, uma predominância de casos conformados de malária em indevidos na

faixa etária entre 20-39 anos com um total 209 casos confirmados, desse total só em

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27

São Paulo foram notificados 123 casos. Enquanto que em crianças com idade

menor de um 1 ano foram encontrados 3 casos, sendo 1 caso para cada um dos

seguintes estados: Piauí, São Paulo e Rio de Janeiro. (TABELA 9)

Tabela 9- Casos confirmados de malária, segundo a faixa etária, nos estados da

região extra-amazônica brasileira em 2017, Ribeirão Preto 2018.

Região/Estado Faixa etária (ano)

<1 1-4

5-9

10-14

15-19

20-39

40-59

60-64

65-69

70-79

80 +

Total 3 8 7 10 16 209 175 21 12 13 0

Norte 1 1 1 1 3 35 19 1 2 4 0

Piauí 1 0 0 0 2 9 6 0 0 1 0

Ceará 0 0 0 1 0 7 0 0 2 1 0

Rio Grande do Norte

0 0 0 0 0 7 3 1 0 0 0

Paraíba 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0

Pernambuco 0 0 1 0 1 3 2 0 0 2 0

Alagoas 0 1 0 0 0 5 0 0 0 0 0

Sergipe 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

Bahia 0 0 0 0 0 4 5 0 0 0 0

Sudeste 2 3 5 5 7 141 107 10 9 7 0

Minas Gerais 0 1 2 2 4 30 23 1 3 0 0

Espirito Santo 0 0 0 2 0 15 19 6 6 0 0

Rio de Janeiro 1 0 0 0 2 15 20 0 0 2 0

São Paulo 1 3 3 1 1 61 45 3 0 5 0

Sul 0 1 0 0 3 25 20 6 1 1 0

Paraná 0 1 0 0 3 7 9 2 1 1 0

Santa Catarina

0 0 0 0 0 12 6 3 0 0 0

Rio Grande do Sul

0 0 0 0 0 6 5 1 0 0 0

Centro-oeste 0 2 1 4 5 28 29 4 0 1 0

Distrito federal 0 0 0 2 2 3 5 1 0 0 0

Mato Grosso do Sul

0 1 0 0 1 14 10 1 0 1 0

Goiás 0 1 1 2 0 11 14 2 0 0 0 Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação -

Sinan Net. 2017.

O presente estudo demonstrou um total de 1492 casos notificados de malária,

também, foi possível demonstrar uma diminuição de aproximadamente 8,4% no

número de casos confirmados de malária na região extra-amazônica brasileira entre

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28

os anos analisados. Essa diminuição foi gradativa, sendo notificados 517, 501 e 474

casos de malária para os anos de 2015, 2016 e 2017, respectivamente. No estudo

de Lorenz et al. (2018), foram notificados ao SINAN, 6092 casos de malária na

região extra-amazônica brasileira, sendo 862 casos de malária em 2007 e cerca de

431 em 2014. Levando em consideração apenas os dados demonstrados em 2014 e

comparando aos resultados do presente estudo observa-se que houve um aumento

de aproximadamente 20%, 16% e 10% para os anos de 2015, 2016 e 2017,

respectivamente. Porém, segundo Ferreira e Castro (2016), nos últimos 35 anos o

número de casos no Brasil diminuiu significativamente e a dimensão geográfica da

transmissão da doença tem encolhido, além de ter havido um notável progresso

rumo ao controle da doença no país.

De acordo com Ferreira (2016), o Brasil foi um dos países que atingiram uma

das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), que era de reduzir

o total de casos de malária em 75%. (FERREIRA; CASTRO, 2016)

Essa diminuição relaciona-se com a existência de vários programas que

envolvem a Malária, entre eles, destaca-se o Programa Nacional de Controle a

Malária (PNCM), que foi implantado em 2003 pela Fundação Nacional da Saúde, e

transferida no mesmo ano para a Secretaria da Vigilância em Saúde do Ministério da

Saúde. (SAÚDE, 2003).

O PNCM tem como objetivo diminuir ocorrências de grande magnitude da

malária, para diminuição dos números de casos por internação e óbitos. Em

municípios que já foram interrompidos a transmissão, manter o controle e a

prevenção de forma que a abrangência chegue nas regiões extra-amazônicas.

(SAÚDE, 2003).

Dentre eles destaca-se também o Pacto pela vida que é um compromisso

firmado entre os gestores do SUS em relação às prioridades que apresentam

impacto sobre a saúde da população brasileira. Essas prioridades estão

estabelecidas por meio de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais,

cabendo aos estados, Regiões, municípios acordarem as ações necessárias para o

alcance de metas e dos objetivos propostos. Uma das prioridades pactuadas é: o

fortalecimento da capacidade de resposta. As doenças emergentes e endêmicas,

com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza. Para malária o

objetivo era de reduzir 15% a incidência parasitária anual, na região da Amazônia

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29

Legal, em 2006. (LOBO; LIMA; OLIVEIRA, 2015).

Para Virgínio (2015), apesar da maioria dos casos de malária ocorrerem na

região da Amazônia legal, a região extra-amazônica também merece atenção dos

profissionais de saúde, pois abriga 87% da população brasileira e além disso

apresenta condições para a transmissão da doença: há presença do vetor

(mosquitos do gênero Anopheles) e do agente etiológico (parasitas do

gênero Plasmodium). Além do mais, observa-se que na região extra-amazônica, o

quadro febril inespecífico pode ser confundido com outras doenças febris, levando

ao diagnóstico e tratamentos tardios, causando agravamento da doença e morte.

(TOLEDO, 2015)

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde

demonstram que apesar da transmissão da malária no Brasil está basicamente

restrita à região amazônica, a letalidade é 100 vezes maior na região extra-

amazônica. (BREVES, 2007).

No presente estudo, não foi avaliado se os casos notificados eram

autóctones ou alóctones, no entanto, alguns estudos demonstram que a maioria dos

casos de malária notificados na região extra-amazônica são alóctones (MACHADO

et al., 2003; COSSA et al., 2007). Por exemplo, no estudo de Lorenz et al. (2018),

dos mais de 6000 casos notificados, 90% foi considerado importado da região

Amazônica ou do exterior, principalmente Índia e África. (LORENZ et al., 2015)

Segundo Mioto, Galhardi e Amarante (2012), o grande fluxo migratório da

Região Amazônica para outros estados brasileiros, tem causado surtos de malária

nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul,

Espírito Santo e Bahia. Nesses estados cerca de 55% dos casos são provenientes

da Amazônia Legal e, aproximadamente 9% dos casos provenientes de países

vizinhos da América do Sul (Guiana Francesa, Paraguai e Suriname) e a África. Na

transmissão, destacam-se, os municípios localizados às margens do lago da usina

hidrelétrica de Itaipu, as áreas cobertas pela Mata Atlântica nos estados do Espírito

Santo. (MIOTO; GALHARD; AMARANTE, 2012)

Nas pesquisas de Suárez-Mutis e Coura (2017) e de Santos et al. (2009) foi

observado, assim como no presente estudo, um número maior de casos notificados

de malária em indivíduos do sexo masculino. De acordo com Parisi, Araújo e Castro

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30

(2012), essa maior ocorrência de malária no sexo masculino, pode estar associada

ao tipo de exposição ocupacional (garimpo, construção de estradas e barragens,

exploração vegetal, serviços agropecuários, etc.) e a localização dessas atividades

que são realizadas próximas à rios e florestas preservadas. (SUÁREZ-MUTIS;

COURA, 2007; PARISE; ARAÚJO; CASTRO, 2012)

No presente estudo, de uma maneira geral, foi observado um maior número de

casos notificados de malária nas faixas etárias de 20 e 39 anos e de 40-59 anos,

entre os anos de 2015 e 2017. Já Suárez-Mutis e Coura (2017), relataram maior

predominância de casos em menores de 15 anos. Santos et al. (2009), observaram

o maior número de casos nas faixas entre 15 e 49 anos, sendo a mais atingida a de

30 a 39 anos. Nessas faixas etárias, as pessoas buscam insistentemente por uma

condição que satisfaça sua situação econômica e aquelas que ainda não possuem

um trabalho estável se arriscam em ambientes desconhecidos, sem pensar nas

consequências, expondo-se assim, aos fatores de risco para a transmissão da

malária. (SUÁREZ-MUTIS; COURA, 2007)

Suárez-Mutis e Coura (2017),fizeram um estudo entre 1992 e 2004 e

relataram que 41,1% dos casos diagnosticados de malária corresponderam à

infecção pelo P. falciparum, 57,8% ao P. vivax e 1% à infecção mista. Depois da

epidemia de 1998 o P. vivax passou a ser a espécie parasitária predominante

(75,2%), essa predominância continua nos dias atuais e, esse fato foi demonstrado

no presente estudo. (SUÁREZ-MUTIS; COURA, 2007)

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31

4. CONCLUSÃO

A Malária está presente nos estados brasileiros da região extra-amazônica,

conforme os dados obtidos do DATA-SUS.

De um modo geral, nos anos analisados, a região sudeste apresentou o maior

número de casos notificados de malária, e nela o estado com maior prevalência foi

São Paulo. Por outro lado, a região com menos casos notificados foi a região sul.

Em relação às variáveis relativas à pessoa (faixa etária e sexo), de um modo

geral, os homens são mais acometidos por malária do que as mulheres, e as faixas

etárias onde se concentra o maior número de casos é a de 20 a 39 e de 40-59 anos.

Em todos estados brasileiros da região extra-amazônica, o Plasmodium vivax

foi o mais prevalente.

Nos últimos anos o número de casos no Brasil diminuiu significativamente e a

dimensão geográfica da transmissão da doença tem encolhido, provavelmente essa

diminuição está associada aos programas de combate à malária como o Programa

Nacional de Controle a Malária (PNCM) que tem como objetivo de diminuição de

números de casos por óbito e de manter o controle da malária através de

prevenções que se estendam até as regiões extra-amazônicas e o Pacto pela vida

que visa à diminuição das incidências parasitaria da malária em 15% na região

Amazônia legal.

Portanto como em outros estudos é possível concluir que a malária ainda é

uma questão de saúde pública e, portanto, sua distribuição espacial deve ser

acompanhada no sentido de avaliar os programas de controle de erradicação da

doença.

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REFERÊNCIAS

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