Chamanismo Mongol

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    Indique Objeto de estudo, interés e ponto de vista 3 Comentário introdução 3 Contexto informativo 4 1. Antecedentes históricos 4 Antecedentes do chamanismo siberianomongol 4 Etapas do chamanismo mongol e seu interacción com o budismo e outras religiões 4 Persecusiones 7 Ressurgimento e situación atual 7 O surgimento do budismo tibetano 8 Expansión do budismo tibetano para a Mongolia 9 2. CosmogonÃ-ás e procedimentos 9 Chamanismo siberianomongol 9 Bon, budismo tÃntrico e Kalachakra no Tibet 12 Um caso particular de sincretismo: o Choijin Lamba Luvsanhaidav 19 3. Os fenómenos de consciência inspirada según a psicologÃ-a de Silo 19 Trabalho dampo 23 1. Buryatia 25 Chamanismo siberiano buriato 25 Budismo tibetano lamaÃ-sta

    28 Interacción 30 Arquivos de textos sagrados 31 2. Mongolia 32 Chamanismo mongol 33

    Budismo tÃntrico tibetano 37 3. Conclusões 41 Quanto ao lucro de estados de consciência inspirada no chamanismo siberianomongol 41 Quanto ao lucro de estados de consciência inspirada no budismo tÃntrico tibetano Kalachakra

    42 Resumo 43 SÃ-ntesis 58 BibliografÃ-a 60

    Objeto de estudo: as manifestações de consciência inspirada no chamanismo siberianomongol e o budismo tibetano na Buryatia e Mongolia, e os procedimien tosse utilizados para obter tais estados. Interés: Conhecer tais manifestações e procedimentos no cntexto em que se desenvolveram e seu estado de situación atual. Ponto de vista: a investigación se realizó da perspectiva dos trabalhos de Escola e o aparelho conceptua da PsicologÃ-a siloÃ-sta, exposta no livro Aponte do Psi cologÃ-a de Silo, particularm

    no PsicologÃ-a IV. Comentário introdução Nos interessou de um começo a possibilidade deatar rastros de uma é piritualidad que leva milhares de añvos e comprovar se se mantémviva em determinadas regiões d o Ásia Central e a Siberia russa. Uma espiritualidade integrada tanto por prÃcticas religi ousa de ampla difusión social como por técnicascas mÃs especializadas que podrÃ-an ter chegado a produzir o contato com o Profundo; ou ao menos, no caso do chamanismo, est ados de transe com importantes fenómenos deconsciência inspirada. A interacción e forte sincretismo entre o chamanismo e o budismo tibetano nesta zona geogrÃfica tamb ién parecÃ-a uma caracterÃ-stica distintiva, hiatual, desta espiritualidade; pelo qual incluímos a ambas as correntes mÃ-sticoreligiosas no objeto de nosso estud io. A investigación de campo foi desenvolvida entre m

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    arço e setembro de 2010, a través de duas viagens que incluíram as cidades de: São Petburgo, UlanUde (na Rússia) e UlanBator (na Mongolia). Inicialmente, veremos um resumido contexto informativo dos fenómenos estudados , dividido em três partes: 1. Antecedentes históricos 2. CosmogonÃ-ás e procedimentos 3. Os fenómenos de consciência isegún a psicologÃ-a de Silo. Estes temas têm amplo desenvolvimento na bibliografÃ-a ci texto e retalho lada ao final. O trabalho de campo em sÃ- vai acompañado por mapas e otografÃ-ás, seguido por um resume n general e a sÃ-ntesis. Por outra parte, o material vídeo produzido durante as viagens complementa ao relato a través de oito links inseridos no transcurso do mesmo . Finalmente, a bibliografÃ-a utilizada, que serà incorporada à biblioteca do Cent ro de

    Estudos do Parque Carcarañà junto à presente produccióN.

    Contexto informativo 1. Antecedentes históricos Antecedentes do chamanismo siberianomongol O chamanismo como fenómeno mÃgicoreligioso, háse manifiestado em todo seu eplendo r na Ásia central e setentrional; embora não ignoramos que estes chamanismos, pelo menos em seu aspecto atual, não estÃn livres de influência exterior. Pelo contráro, tratase de um fenómeno que tem uma larga história. A este respeito, afirma o historiador das religiões Mircea Eliade: Estes cha manismos centralasiÃtico e siberiano têm o mérito de apresentarse como uma estrutura, na qual elementos que existem difusos no resto do mundo, ou seja: relacione especiaria os com os espÃ-ritus , capacidades extÃticas que permitem o vôo mÃgico, a ascensión ao Céu, o descida aos Infernos, oo do fogo, etc., revelamse já, na zona de que se trata, integrados em uma ideologÃ-aparticular e fazendo vÃlidas técnicas especÃ-ficas1. Particularmente, as influências d

    ismo, em sua forma de lamaÃ-smo tibetano, manifestamse fortemente entre os Buriatos e os Mongois. O budismo há trasmit ido em geral a contribución religiosa da Índia par o Ásia Central; mas a Índia não foi a primeira nem a única influencia importante, tamsignificativas as iranianas e mesopotÃbalance na formación das mitologÃ-ás e cosmologCentral e Siberia . Em opinión do Eliade: ...terá que representarse ao chamanismo asiÃtico como uma técnica arcaica do éxtasis cuja ideologÃ-a subjacente originária a crSer supre mo celeste com o qual podem sustentarse relações diretas por meio da ascen sión ao Céu foi continuamente transformada por uma larga série de contribuições exómatadas pela invasión do budismo. O conceito da morte mÃ-stica há estimule ou, ademÃs,elações cada vez mÃs seguidas com as almas dos antepassados e os espÃ-ritus , relações minaram em posesión 2. A fenomenologÃ-a do transe sofreu muitas alterações e degradaçõas em grande parte para uma conf usión em relação à natureza exata do éxtasis. Entretodas estas innovacione s e todas estas degradações não conseguiram abolir inclusive a

    possibilidade do verdader ou éxtasis chamÃnico, e pudemos encontrar aquÃ- e allÃ- exem experiências mÃ-sticas auténticas em forma de ascensión espiritual ao Céu, conseguidamanes e preparadas por métodos de meditación comparáveis aos dos grandes mÃ-sticos dte e do Ocidente. 3 Etapas do chamanismo mongol e seu interacción com o budismo e outras religiões

    O Prof. Otgony Pureev, historiador e investigador mongol, considera que a hist areja da religión chamÃnica mongola pode ser dividida nas seguintes etapas: Fundación: Matriarcado até o estabelecimento do primeiro estado indepen dente em território Mongol (3000 a.n.e. século III a.n.e.). Pico de desenvolvimento: durante a DinastÃ-a Huna (209 a.n.e. COexistência: com muitos outros grupos e seitas religiosas. Declinación: do chamanismo como religión major da Mongolia. A continuación, uma breve descre sortes etapas. 1 M.Eliade. O chamanismo e as técnicas arcaicas do éxtasis. PÃG. 23.

    O ressaltado é próprio. 3 M.Eliade. O chamanismo e as técnicas arcaicas do éxtasis. P. 4 século II d.n.e.)

    Fundación Apoiados em múltiples evidencia históricas, os académicos B. Renchin, S. n, H. Buyanbat, D. Surbadrah e M. Yonsog coincidem em afirmar que as crenças religi ousa e invocações curativas, como primeiras formas da religión chamÃnica mongola se  ginan em meados da era Matriarcal ou Idade de Pedra tardÃ-A. AsÃ- então, esta religióe ter emerso durante o perÃ-odo compreendido entre os 5 e 3 mil añvos antes de nues tr era. Em seu livro Chamanismo mongol, O.Pureev afirma: Pode considerarse que ochamani smo mongol foi baseado e desenvolvido como uma combinación dos conceitos de

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     totem 4 e Céu sagrado . Isto compreende o culto de diversos seres e fenómenos naturais tais como animais, novelo, pedras, vento e outros seres e forças. O qual clarame nte surge durante um perÃ-odo no qual a relación entre o homem e seu entorno naturalinmed iato foi aún muito estreita. Um predizer relacionado com a penetración por part de mentes mÃs avançadas nos segredos do espaço e o tempo, enquanto que as invocações ctivas foram outro tipo destes costumes tempranas dirigidos a interactuar com asf uerzas naturais. Neste sentido, os chamanes, como lÃ-deres da religión, foram aquellvos que podÃ-an penetrar os mistérios do espaço e o tempo e alcançar elevados níveis deciência. Eles levavam adiante seus ritos e costumes ajudando a outros a seu perara dor e o sofrimento, as dificuldades e as pérdidas, provendo as bases para a ordem social e o entendimento mútuo entre as pessoas. AsÃ-, a religión chamÃnica mongola senvolveu, desde sua emergência faz não menos de 5000 añvos, a través de uma estrec há ción com costumes e formas ideológicas de outras nações orientais. Em par ticular, aszas budistas da Índia jogaram um rol primitivo como pedra basal da formación do primeiro estado oficial Mongol. 5 Pico de desenvolvimento A religión chamÃnica jugó um rolordenador no estabelecimento da ordem público, l a protección, unificación e orientairitual da sociedade durante o perÃ-odo Huno. Foi então que o chamanismo alcanzó o pice seu desenvolvimento, convirtiéndose em relig ión oficial dos primeiros estados mongis. Todos os estratos sociais, dos Khanes, reis e aristócratas até a gente común, praavam o chamanismo. O chamanismo foi a fonte principal de educación, apo

    eu estatal e ideologÃ-a dos primeiros estados mongois. Em outras palavras, os chamanes regulavam a sociedade e seu interacción com a natureza e com outros povos. Um c omponente principal da ideologÃ-a chamÃnica neste sentido foi o respeito e reverência

    aci ao fogo do hogar6. Em opinión do cientÃ-fico buriato D.Banzarov: A divinización do, sem dúvida, llegó a Mongolia desde a Persia, a través das tribos turcas que pastoram nos lÃ-coloca noroccidentales da monarquÃ-a Persa. A deusa do fogo entre os mongois eva um nome turco: UT. Según as enseñanzas do Zend Avesta zoroastrista, o fogo primordial é fonte de vida, dá vida a toda creación; é a alma do ser humano, fonte de seu e gÃ-a e suas capacidades espirituais; también é considerado fonte de purificación, fÃ-ritual. Este último atributo, o fogo como purificador, resultó o mÃs difundido entre mongois. Não pode haver uma casa digna sem fogo, por isso a deusa UT é consi derada4 Tótem: objeto da natureza, geralmente um animal, que na mitologÃ-a de alg umas socieades se toma como emblema protetor da tribo ou do indivíduo, e às vezes como ascendente ou prog enitor. Dicionário da Real Academia Españonda. 22ª edicióN. 2010. 5 PurePurvee G.. Mongolian Shamanism. PÃG. 17 a 30. 6 Na yurta, tipo de moradia tradicional utilizado tanto nos estepes como nas cidades mongolas, o fogo do lar ocupa o

     centro do cÃ-rculo, justo debaixo do orifício superior de iluminación e vêem tilacióde baixam e sobem os espÃ-ritus do Céu. 5

    protetora de hogar.7 Esta predominância do chamanismo continuó no grande império do Geghis Khan, dur ante o século XIII, quando os chamanes exerceram uma grande influencia sobre as polÃ-ti cs e atividades do governo mongol. Genghis Khan guardava uma relación muito estreita com os chamanes e levava adelant e todo assunto de estado e acción militar em concordância com seus conselhos. O Khan e ra um fervoroso crente nas bases da concepción chamÃnica: os espÃ-ritus do Céu, e l Água e a Terra, o poder e aue dos espÃ-ritus ancestrais. Durante o perÃ-odo d e Genghis Khan, o chamÃn mÃs importanpróximo ao poder foi Tiv Tenger, quem foi elevado à fila do ChamÃn do Estado. MÃs tarde durante o reinado do Kublai Khan a influenc IA do chamanismo mongol sobre as instituições e oficiais do Estado comenzó a declina R. Embora por outra parte, em opiniÃ

     O.Pureev os chamanes mongois mantenÃ-an uma estreita relación com seus colegas siberinos do norte, o qual mÃs adiante creó uma oportunidade propícia para a renovación e rlitación de sua própria influência, assim que a situación polÃ-tica resultó favoráveue este tipo de relações é d e muito larga data, mas logo do século XIII temos evidênciomente da intercom unicación entre os chamanes da Mongolia, Tuba, Buryatia e Uighur. O corpo ideológico do chamanismo, como religión dominante durante o século XIII, é ado na História secreta dos Mongois ;, a qual foi escrita ao redor de 1240 e logotraduzida e editada em numerosos idiomas. Dita obra é a única escritura s agrada desta religión, sendo portanto, a fonte mÃs importante de sua história e seu fil osofÃ-a.8xistência. O lamaÃ-smo e outras religiões em relación com os khanes mongois Já a parti

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    lo II a.n.e. Mongolia comenzó a receber do sul a influem CIA do budismo. Como resultado, as crenças do chamanismo do norte coexistÃ-an com as do budismo. De acordo aos estudos do académico Suhbaatar, as primeiras provas da infl uencia do budismo sobrea Mongolia estÃn representadas por uma estátua em ouro do Buda, qu e foi levada a aimag Tuguhani da DinastÃ-a Huna pelos soldados de OuDava, o quinto imperador do Hão, em 140 a.n.e.. Os investigadores da Mongolia, a ExUnión Soviética e Alemanha, têm deserto numerosos monastérios, templos e Ã-dolos na Mongolia que provêem uma evidência fÃ-

    da difusión das enseñanzas budistas durante o perÃ-odo da dinastÃ-ao Uighur (744 a 8 pinión de diversos estudiosos deste fenómeno: ...quando o LamaÃ-smo comenzó a floresngolia não o habÃ-a feito aún no Tibet, aonde o chamanismo conti nuaba sendo a única mperante. Enquanto que, no século VII durante o reinado do Soronzongombo Khan, o lamaÃ-smo infiltró a literatura e cultura nacional do Tibet e seus dirigentes começaramutilizar polÃ-ticas lamaÃ-stas que incluÃ-an a disolución do chamanismo e a creación tano como religión de Estado. Isto también abrió uma oportunidade para a expansión amaÃ-smo a través de Mongolia.9 Por quanto o Tibet era uma región montañvas com uma ión nómade, a combinación do budismo hindú com as condições tibetanas facilitó a do Mo ngolia. Logo o lamaÃ-smo comenzó a adaptarse ao entorno nómade mongol ao norte ta da Seda, volviéndose familiar e respeitado pelos khanes mongois. Mas não sóo com odismo interactuaba o chamanismo mongol neste perÃ-odo históric O. 7 Dorzhi Banzarov. Fegra, ou o chamanismo entre os mongois. PÃG. 72. 8 A história secreta dos Mongois. Trad. G. Tumurchuluun. Ed.Monsudar. Ulanb ataar, 2004. 9 Purev O. Purvee G.. Mongolian Shamanism. PÃG. 42. 6

    Os Khanes do Império Mongol levaram adiante uma polÃ-tica expressa de tolerância religisa, respeitando también à cristandade Nestoriana e Católica, ao Islã e a outras religs em seu próprio território sob a religión estatal do chamanismo. Entretanto, não se ddiram a adotar alguma destas religiões estrangeiras. Eles eram tolerantes com outros cultos, enquanto o chamanismo continuava sendo a coluna vertebral do estado Mongol, já que nesse tempo era aún mÃs adequado para o estilo de vida nómade dos mongoeclinación De todos os modos, a difusión de diversas religiões como o LamaÃ-smo, o Crsmo e o Islã, enviando suas monges e sacerdotes a Mongolia, difundindo suas Escrituras, instalando lugares de culto, levando adiante atividades religiosas e popularizando seu vão eologÃ-a, teve um forte impacto sobre o chamanismo. Em particular, lambaos começaram a dif undir ativamente os asÃ- chamados Gurtem e Choijin ; estes lamas chamÃnicos começaram a superar aos chamanes tradicionais. Em opinión do O.Pureev, a ifusión deste fenómeno foi anterior a instauración do lamaÃ-smo na Mongolia e comenz

    uência das seitas vermelhas do budismo: O s Choijin e Gurtem aproveitaram os dotes naturais e o poder milagroso dos ch amanes para levar a cabo atividades budistas. Como resultado, o Chamanismo foi modif icado só na aparência, enquanto o conteúdo se manteve invariável no essencial. Como conseqüência da disolución de uma parte do chaismo dentro do budismo, o p amontoamento foi significativamente debilitado e comenzó a perder seu posición de privilegio dentr ou do estado mongol.10 como resultado os fatores mencionados, por volta do século XVI o chamanismo dez linó até o ponto em qe não logró já satisfazer as demandas e necessidades da sociedade m ongola, sendo incaaz de acautelar os conflitos internos e manter a cohesión nacional . O Altan Khan do Tumed (em 1577) e o Abutay Sayn Khan da Halha (em 1587) foram os prim eros emconverterse ao lamaÃ-smo em seus intentos por restabelecer a estabilidade social, por que os parecÃ-a mÃs refinado que o chamanismo. O primeiro Bogdo Khan (Santo Rei) Mongol, Geggeen Zanabazar (16351723), se inter esó no sobrenatural desde pequeñou, cre

    os espÃ-ritus do Céu, a água, a terra e seus ancestros. A combinación destas crenças tnais com a comprensión da filosofÃ-a e a prÃctica budista adquirida no Tibet, o permitG. Zanabazar estabelecer l

    ao Religión Budista Mongola, que já resultó mÃs apropriada para o estilo de vida e o ma de crenças mongol dos séculos XVIIXVIII. Adotando muitos aspectos do chamanismomongol e adaptÃndolos a seus principais rituais, o lamaÃ-smo también foi trocando signcativamente nesta regióN. Persecusiones O chamanismo e o lamaÃ-smo foram ambos persegudos pelo régimen soviético e prÃcticamente aniquilados durante a represión estaliniaañvos 30 do século XX , tanto na Buryatia russa como na República Popular da Mongolia

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    s monastérios dest ruídos ou convertidos em koljoses (granjas coletivas), lambaos fuzilados ou encerrados em campos de concentración, na mayorÃ-a dos casos sem retorno. o caso da Mongolia, a ré presión e destrucción não foi tão ampla, ficando em pé vário importantes e templos, aún quando algum deles convertido em museu (por ex. o Choijin Lamba M useum). Ressurgimento e situación atual O restabelecimento das atividades, tanto chamÃnicas como budistas, comenzó a p rtir de 10 Purev O. Purvee G.. Mongolian Shamanism. PÃG. 51.

    os añvos 90, com uma intensificación importante nesta última década. Después de mÃde persecusiones, se reinició a construcción de templos e monastérios lamaÃ-stas em tegión buryatomongola; o chamanismo volvió a surgir popularmente, muito especialmentena Mongolia, onde añou a añou aumenta a quantidade de novos chamanes, cada vez mÃs jÃem seu mayorÃ-a mulheres, ao menos na cidade. O surgimento do budismo tibetano Na zona dos contrafortes do Himalaya, no Nepal, produziuse o encontro e ntre os budistas superintelectuales e os bon chamÃnicos. Do qual surgió uma combinación muito espal, agregÃndose ao budismo muitos elementos mÃgicos. De allÃ- surgió o lamaÃ-smo tibetmonastérios se colocavam cilindros para quão pedidos traÃ-an os monges d esde os povoads da zona, quando baixavam com suas terrinas a procurar arroz. Eles creÃ-an q UE ospedidos não se cumplÃ-an se ficavam estÃticos em um papel, a não ser quando se movÃ-an. colocavam nestes cilindros que hacÃ-an girar em filas muito grandes. A llÃ-, ao entrarem movimento, é que se cumplÃ-an os pedidos. También dessa original combin ación é qum os monstros e mÃscaras, com olhos muito grandes e chifres, caracte rÃ-sticos daqueles lugares. AsÃ- como o monastério da Lhasa, que é o mÃs grande, há outros monastérios mteressantes de nomes complicados, localizadose em lugares inhóspitos, quase inacce

    si bles. Esta espécie de borbulha topogrÃfica, em lugares afastados da civilización , avoreció continuidade e o desenvolvimento destes conhecimentos e experiências tão inteesant é 11 . Em seu investigación de campo da Índia e os contrafortes do Himalaya, Fracis CO Granella resume o surgimento do tantrismo budista, asÃ- como seu expansión e trnsformación no Tibet a partir do século VII. Introduzimos a continuación os pÃr rafosa producción que consideramos mÃs ilustrativos em relação aos fenómenos mencionados12rimeiros budistas (theravada ou hinayana) contemplam a estrita aplicación da regraoriginal e os segundos (mahayana) apartaramse saliéndose mÃs da vÃ-a individual p ra verterse em um movimento de massas. Para o vulgo se necessitava um caminho menvos trabalhoso e mÃs amplo e flexível. A uma religión sem Deus se o agregó o Buda comidad e posteriormente 1000 Budas, deuses e semidioses que eram os bodhisatvas. Os mÃs venerados: Zakyamuni (o Buda, o sábio Zakya, fundador da doutrina), M aytreya(o Buda do futuro ordem universal), Vajrapani (o ultimo dos mil), Adi Buda (o cr

    iador do

    mundo) e Admithaba (o mÃ-stico). O modelo do Arhat é substituído pelo da f igura do bodisattva, seres que foram alcançando a perfección e, ao estar próximos ao nirva na, nãsavam voluntariamente e retornavam reencarnÃndose para ajudar a outros seres. O bodhisattva era um Buda em potência. Destaca como bodhisattva Avalokitesvara. Já com a Asoka se extendió o budismo ao Nepal e posteriormente ao Tibet. Posteriormente, apartir do século IV d.n.e. desenvolvese o Vajrayana ou budism ou tÃntrico (vehÃ-culo d diamante ou do raiotrueno) onde se incorpora claramente por vez PR imera a deidade feminina como sistema de representación em seu Ascesis. No Tibet se fala do século VII d.n.e. como a introducción do mahayana e do vaj vizinha. Padmasambava (tambiénconhecido como gurú rimpoche) vindo da Índia, reforça e n o século IX com forte influea do tantrismo. 11 Comentários de Silo ao autor. Mendoza, 2009. 12 Francisco Grane

    lla. Investigación de Campo RaÃ-cs da Disciplina Energética In dia e contrafortes malaya. PÃG. 2325.

    Os orÃ-gens do tantrismo como fenómeno ideológicoreligioso se remontam aos estrat vontigos e populares da religiosidade preariana, quer dizer, os cultos ao Shi vai e à Deusa. enunciase como um grande movimento panindio filosófico e religioso que se h ace sentir com força no século IV d.n.e. perfilamse um tantrismo hinduista e um budist A. Em seu expansión, o budismo interactuó com o tantrismo e sistematizó um sa ou sis tema de ascesis (Vajrayana) que posteriormente foi levado pelos missionários budista s pela rota da seda, a China e ao plateau tibetano. O Vajrayana, a s

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    ua vez interactúo com e l chamanismo Bon do Tibet, conformÃndose uma particular corrente budista tÃntrica ti betana de forte corte chamÃnico bon, que é o que hoje conhecemos como budismo tibetano. As principais seitas tibetanas podem as agrupar em 4 grandes lÃ-neas ou corrient é: 1) Nyigma, a mÃs antiga, diretamente relacionada com a Pamasambhava a mediados d o século VIII. 2) Kargyu, relacionada ao mistico índio Naropa e seu discipulo Marpa (añou 1040 apro x). 3) Sakya, relacionada à lama Khongyal (añ1050 aprox). 4) Gelug, relacionada à lama TsongKhapa (añou 1400 aprox), posteriormente a de l vos Dalai Lamba. As três primeiras som as chamadas seitas vermelhas e a última, dos bonés amaril os. Há um correlato seqüencial, uma continuidade biogrÃfica histàdestas três corr ientes, o shivaismo, o tantrismo e o budismo tÃntrico, na búsqueda eencontro da expr esión do profundo. Expansión do budismo tibetano para a Mongolia O bdismo tÃntrico tibetano ou lamaÃ-smo, com forte componente chamÃnico por seu interacciÃm a religión Bon, chega a Mongolia pela Rota da Seda, onde inte ractúa com o chamaniso siberianomongol. Por sua parte o chamanismo, a partir do século X VI, habÃ-a começad seu declinación nesta región; e este novo lamaÃ-smo sincrético, ao dar melhor respossidades da sociedade mongola desse perÃ-odo, termina estableciéndose como religÃ-ón o estado Mongol no século XVII. Em particular, em meados do século XVII, a escola budista tÃntrica Kalachakra s e expandió do Tibet para o território denominado pelos manhúes como a Mongolia In terior, onde os mongois construíram os primeiros monastérios ddicados a esta enseñanz A. Para mediados do século XVIII, o Kalachakra se extendió paa Mongolia Exteri

    or. E já durante o século XIX lamba tibetanos e mongois, nos monastérios da Mongol IAInterior e Exterior, transmitiram estas enseñanzas aos monges buriatomongois, calm

    ucos e tuvanos da Siberia. O investigador e prÃctico do tantrismo A.Berzin considera que: O entusiasmo de m ongoles e siberianos para a escola Kalachakra pode talvez explicarse pela identif icación que hacÃ-an de seus territórios com a mÃ-tica Sharço legendário desta escola. Tam bién vários buscadores russos a finais do século XIX eços do XX se viram atraÃ-dou s por estes conhecimentos. Por exemplo, Madame Blavatsky, fundadora da tradición esotér ica teosófica, otorgó grande atención ao Shambalà ntos allÃ- guardados.13 2 CosmogonÃ-ás e procedimentos CosmogonÃ-a do chamanismo siberngol O ser supremo dos mongois é Tangri, o Céu divino ; tanto a ordem cósmico CO mo o estino dos humanos, dependem de él. Todo soberano, ao receber sua investidura, convertese em enviado ou representante do Céu divino. Quando deixa de haver um s oberano, Tangri tende a fragmentarse. Os mongois reconhecem 99 tengris que, em suamajor parte, 13 Alexander Berzin. A iniciación na Kalachakra. PÃg, 4142.

    possuem funções e nomes precisos. Por outra parte, a estrutura do universo se concebe como articulada em três pl ânus céu, terra, inferno unidos entre sÃ- por um eixo cenl. Este eixo passa por uma abertur a , um buraco pelo que os deuses descendem à terra e os mortos às regiões subterrÃneas. También a alma do chamÃn pode elevarse a trae buraco ou descender, no curso de suas viagens celestes ou infernais. Os três mundos se c omunican entre sÃ- a través do axis mundi. Em sua obra professora História dadéias e crenças religiosas, M.Eliade escrib e: O eixo do mundo se representa de maneira concreta, umas vezes mediante os postes que sosti enen a moradia e outras como estacas isoladas, chamadas colunas do mundo . Quando a for MA da moradia sofre modificações (como o passo da choça de teto cónico a yu rta), a función mÃ-ticoreloste se transfere à abertura superior pela que s ale a fumaça. Este simbolismo se acha muito difundido. Subjazelhe a crença na possibilidade de uma comunicación diretacom o Céu. No plano macrocósmico, esta comunicación està representada por um eixo (co

     montaña, Ãrbol, etc.); no plano microcósmico é significada pelo poste central da morou pela abertura superior da loja, o que quer dizer que toda moradia humana se projeta sobre o centro do mundo e que todo altar, loja ou casa oferece a possibilidade de uma ruptura de nível e por isso meu smo a de comunicarse com os deuses ou inclusive, no caso dos chamanes, de subir ao céu. As imÃgens mÃ-ticas do centro do mudo mÃs difundidas (já durante a préhistória) são a montaña cósmica e o Ãrbol do mundque mongois, buriatos e calmucos conheçam esse centro do mundo pelo nome do Sumbur, Sumur ou Sumer, trasluce claramente a influência a Índia (Meru = a montaña mÃ-tica).to ao Ãrbol do mund ou, està testemunhado em toda a Ásia e desempeña um papel importanno chamanismo. Cosmológicamente, o Ãrbol do mundo se eleva no centro da terra, em seu

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    aban donó muito em breve suas criações e se retiró ao Céu. Às vezes nem sequer acabóutro Ser divino, seu «Hijo» ou seu representante, que se encarrega do trabalho. Mas iclusive quando o Deus supremo desapareceu completamente d o culto e està «olvidado»,  lembrança sobrevive, disfarçado, degradado nos mitos e os contos do «ParaÃ-so» pri mas iniciações e nos relatos dos chamanes e mediquemen, no simbolismo religioso (ossÃ-mbol vos do Centro do Mundo, do vôo mÃgico e da ascensión, os sÃ-mbolos celestes e tc.) e em certos tipos de mitos cosmogónicos. HabrÃ-a muito que dizer sobre o problemado esquecimento de um Ser Supremo a nível «consciente» da vida religiosa coletiva e dua sobrevivência larvada ao nível do «inconsciente», ou a nível do sÃ-mbolo, ou, enfixperiências extÃticas de alguns privilegiados. Mas a discusión deste problema nos alejrÃ-a muito de nosso propósito. Digamos únicamente que a sobrevivência de um Ser Supreolos ou em experiências extÃti cs individuais não deixa de ter conseqüências na históriigiosa da humanidade arcaica. Basta a vê cs uma experiência semelhante ou a meditaciónprolongada sobre um dos sÃ-mbolos celestes para que uma forte pessoa lidad religiosa redescubra ao Ser Supremo. Graças a tais experiências ou reflexões, em certos casos a totalid ad da comunidade renova radicalmente sua vida religiosa. Na Mircea Eliade. Mito e realidade. Cap. VI. 18 Mircea Eliade. História das crenças e as idéias religiosas. T. III. PÃG. 3 132.

    por transmisión hereditária da profesión chamÃnica; c) por decisión pessoal ou, mÃs pela vontade do clã. Mas, independentemente do método de selecc ión, um chamÃn não é do como tal a não ser después de ter recebido uma dobro instrucción: a) de ordem extÃ(sueñvos, visões, tranque, etc.) e b) de ordem tradicional (técnica s chamÃnicas, nom función dos espÃ-ritus, mitologÃ-a e genealogÃ-a do clã, linguagem secreta, etc.). Es

    strucción, da que se encarregam certos espÃ-ritus e o s velhos professores chamanes, cnstituem a iniciación.19 Não sóo é de carÃcter espiritual o rol do chamÃn nos povos cicos, suas funções são múltiples tanto na vida social como cultural destas sociedades,tando a cargo muitas vezes de garantir a continuidade históricocultural das mesmas c omo relatores de suas tradições. Em particular, os chamanes desempeñan um papel ese cial na defesa da integridade psÃ-quica e fÃ-seca da comunidade, lutando contra os d eonios e as enfermidades que a acossam. Os elementos guerreiros, que tanta importância têm em certos tipos de chaman ismo asiÃtico (couraça, lança, espada, etc.), explicase pela necessidade de lutar com tra os demônios, verdadeiros inimigos da humanidade. De maneira geral se pode dizer que o chamÃn defende a vida, a saúde, a fecundidade, o mundo da luz ; contra a muer lhe, as enfermidades, a esterilidade, a desgraça e o mundo das trevas . DifÃ-cil nos resulta imaginar tudo o que este campeón possignificar para uma sociedade arcaica. Soube NE, acima de tudo, a certeza de que

    os humanos não estÃn solos em um mundo extrañou, cercados pelos demônios e as forças d . Além dos deuses e os seres sobrenaturais aos que se dirigem preces e se oferecem sacrifícios, existem uns especialistas do s agrado , uns homens capazes de ver os espÃ-ritus, de subir ao céu e entrevistarse com os dava ouse, de descender aos infernos e lutar contra os demônios, a enfermidade e a muert e.20 Mas también como inspirados e inspiradores da arte popular em suas distintas expr esiones. As aventuras dos chamanes no outro mundo, as provas às que é sometid ou durante suas descidas extÃticos aos infernos e em suas ascensões celestes recordam a s aventuras dos personagens dos contos populares e dos héroes que povoam l a literatura épica. É muito prováue muitos tema , motivos, personagens, imÃgens e estereótipos da literatura épica seja, em última instância, de origem extÃtico, no sentido

    que se tomaram em préstamo dos chamanes quando estes narravam suas viagens e aven t

    uras nos mundos sobrehumanos. É igualmente provável que a euforia preextÃtica constituíra uma das fontes da poesÃ-a lÃ-rica. Quando se dispõe a entrar em transe o chamÃn toambor, chama a seus espÃ-ritus auxiliar, fala uma linguagem secreta ou a linguagem dos animais , imita l vos gritos de éstos e sobre tudo o canto dos pÃjaros. Termina por alcançar um estado segundo , em que entram em jogo a creación linguÃ-stica e os ritmda poesÃ-a lÃ-rica. Tem que se ter también em conta o carÃcter dramÃtico da sesión chnstitui um espectÃculo inigualável no mundo da experiência cotidiana.21 CosmogonÃ-ao Bobudismo tÃntrico e Kalachakra no Tibet Não consideraremos em nosso estudo aos cultos mÃs antigos rastreables no T ibet, próprios da denominada pelos especialistas religión dos homens . Nos limitar mos aos boncorreio, quem junto ao budismo hindú são os

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    tores do budismo tÃntrico tib etano. Já desde antigo se encontram rastros de diferentes classes de boncorreio: adivinhos, exorcistas, magos, ritualistas; embora nãocontaram todos eles a não ser a partir do século X I de uma 19 Mircea Eliade. História das crenças e as idéias religiosas. T. III. PÃG. 3 2. 20 Idem. PÃG. 41 21 Idem. PÃG. 43.

    organización unificada e articulada. Os andaimes destinados a apanhar aos demônios eo tambor chamÃnico que permite aos magos subir até o céu são os instrumentos caracterÃ-s dos rituais bon; embora también os distingue o turbante de lã que, según a tradiciÃvÃ-a para oc ultar as orelhas de asno do Shenrabnembo, fundador legendário do Bon. Os chamanes boncorreio protegÃ-an aos soberanos e aos chefes dos clãs, guiavam às almasdos defuntos no mÃs allÃ, eram capazes de evocar aos mortos e exorciz arlos, desempeñado um importante papel nos funerais, sobre tudo nos reais.

    Quanto a mitologÃ-ás, os autores boncorreio tardÃ-lhes narram asÃ- seu «historia sagrdador do Bon habrÃ-a sido Shenrabnembo (o «homemsacerdoteshen excelente»). Seu nanto e seu biografÃ-a seguem o modelo do Sakyamuni e Padmasambhava. Shenrab decidió naser em um paÃ-s ocidental (Zhangshung ou o IrÃn). Um raio de luz branca pênis tró em foe flecha (imagem do sêmen virile) no crÃneo de seu pai, enquanto que ou tro raio deluz vermelha (representante do elemento feminino, o sangue) entró na cabeça de sua mãe Según outra versión mÃs antiga, foi o mesmo Shenrab o que descendió do palácio celea forma das cinco cores (quer dizer, como um arco íris). Metamorfoseado em pÃjaro, se posó sobre a cabeça de sua futura mãe; dois raios, um branco e outro vermelho, bro tron de seus genitais e penetraram a través do crÃneo no corpo da mulher. Uma vez lle

    gado à terra, Shenrab fez frente ao prÃ-ncipe dos demônios, persiguió e dominó medianoderes mÃgicos a quantos demônios pôde encontrar; éstos, em objeto de sumisión, entrehe os objetos e as fórmulas que contenÃ-an a essência de seus poderes, de fo rma que oemônios se convertem em guardiães da doutrina e das técnicas do Bon, o que equivale a izer que Shenrab reveló aos boncorreio as preces que deberÃ-an dirigir aos deuses e o meios mÃgicos para exorcizar aos demônios. Después de instaurar o B on no Tibet e Chia, Shenrab se retiró do mundo, se entregó às prÃcticas ascéticas e, a l igual a Budanirvana. Mas dejó um filho que, durante três añvos, propagó a susta ncia da doutrinaracterÃ-stico do Bon seu carÃcter sincretista, processo que assume e desenvolve em adiante o lamaÃ-smo tibetano. No que respeita ao budismo original, já dos começos o Buda s propus ou ir mÃs allà dos lhes plante filosóficos e as técnicas mÃ-sticas de seu éprar o hombr e de suas limitações e lhe abrir passo para o Absoluto, o Nirvana23 .

    O Nirvana, o que não nasceu composto, o que é irredutível, transcendente, mÃs allà de t experiência humana, sóo pode ser visto com o "olho dos Santos", quer dizer , com um Ãano transcendente que não participa do mundo fenoménico impermanente. Para o budismo, o problema consiste em mostrar o caminho e os meios para obter esse "órgano" transcendente que possa revelar ao incondicionado e asÃ-, experimentar a verdade, a realidade última, o Absoluto. Sóo é possível sair do ciclo de reencarnações, superar o sof a morte, ultrapassando o nível da experiência humana profana, alcançando o Nirvana. Para o budismo a salvación é possível morrendo para a vida profana e renascendo em uma ida transcendente, pelo qual são tão freqüentes em seus textos sagrados os sim bolismos da morte, o renascimento e a iniciacióN. No Samaññaphala Sutta do DighaNikaya (oss largos do Buda) o simbolismo da serpente que se despoja de seu pé l velha apresenta de um modo eloqüente a possibilidade para o monge que medita de criar um novocorpo mental .24 22 Mircea Eliade. História das crenças e as idéias religiosas. T. III

    . PÃG. 3 39340. 23 A entrada ao Profundo na Buda MonografÃ-a do autor 2009. 24 TheLong Discourses of the Buddha. A translation of the Digha Nikaya by Mauri c Walshe. DN 2: Samaññaphala Sutta The Fruits of the Contemplative Life.

    No que faz ao tantrismo hindú citaremos aquÃ- diversos extratos do capÃ-tulo VI da obrMircea Eliade Ioga, imortalidade e liberdade , que a nosso entender descrevem con singular lucidez e precisión os aspectos essenciais desta potente corrente mÃ-sti c25. O qual, mÃs allà das transformações e incorporações experimentadas por esta esc chem seu comprido caminho geogrÃfico e temporário, nos ayudarà a compreender logo as modalid ades e procedimentos observados no budismo tibetano da Buryatia e Mongolia.

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    Do século II de nossa era, duas divindades femininas penetram o budismo: Prajnaparamita, que encarna a SabidurÃ-a suprema, e Tara, a Grande Deusa da In dia nativa. No hinduísmo, a Sakti, a "força cósmica", é promovida à fila de Mãe div ina, que sustentiverso e a todos seus habitantes, quão mesmo às múltiples manife staciones dos deusesreconhecese allÃ-, por um lado, essa "religión da Mãe", que reinar a antigamente sobrma Ãréu egeuafroasiÃtica muito grande e que fora em todo tempo a forma principal de devoción entre as numerosas populações autóctonas da Índia. Mas también reconhecemos de redescobrimento religioso do mistério de l a Mulher, pois toda mulher se converte na encarnación da Sakti. Quando um grande perigo ameaça aos alicerces do Cosmos,os deuses apelam a l ao Sakti para conjurálo. Um célebre mito relata cómo nació a Geusa. Um demônio monstros ou, Mahisa, ameaçava ao Universo e à existência mesma dos deues. Brahma e o panteón inteiro dirigiram um pedido de ajuda para o Visnú e Siva. Cheis de cólera, todos os deuses emitiram juntos seus energÃ-ás em forma de um fogo que sa suas bocas. Esses fueg vos, ao combinarse, formaram uma nuvem Ã-gnea que finalmente tomó a forma de uma Deusa de dezoito braços. E foi esta deusa, a SaktÃ-, a que consismagar ao monstro Mahisa salvando ao mesmo tempo ao mundo. Não terá que perder de vista nunca esta primacÃ-a da Sakti em última instância, a Mu jer e a Mãe divina no tant e em todos os movimentos derivados. É a través d e este atalho que desembocó no hind a grande corrente subterrÃnea do espiritualis mo autóctono e popular. Filosóficamento redescobrimento da Deusa tem relación c on a condición carnal do EspÃ-ritu no kalia. Em efeito, os autores apresentam a d octrina tÃntrica como uma nova revelación daVerdade atemporal, destinada ao homem de é

    a "idade sombrÃ-a" em que o espÃ-ritu està profundamente velado pela carne. Os especial

    as do tantrismo hindú consideram que os Veda e a tradición brahmÃnem CA são inadequadra os "tempos modernos": o homem já não dispõe da espontane idad e vigor espirituais de que gozava nos começos do ciclo, é incapaz de chega r 25 Mircea Eliade. Ioga, imortalidade e liberdade. Cap. VI.

    diretamente à Verdade; élhe necessário pois "remontar a corrente" e para é ou partir ds experiências fundamentais e especÃ-ficas de seu condición vencida, quer dizer, de l smas fontes de sua vida. Hei aquÃ- por qué causa o "rito vivente" desempeña um papel ivo no sadhana tÃntrico; por qué razón o "corazón" e a "sexualidade" fazem as vezes os para alcançar a trascendencia. Para os budistas, do mesmo modo, o Vajrayana constitui uma nova revelación da doutrina do Buda, adaptada às possibilidades, bem reduzidas, do homem mode rno. No KalachÃkraTantra26 nos conta cómo o rei Suchandra27, acercÃndose à a Buda, o pid ió o Ioga capaz de salvar aos homens do kalitrampa. O Buda o

    reveló então que e l Cosmos se encontra no corpo mesmo do homem, o explicó a importâna sexual idad e o enseñó a controlar os ritmos temporários mediante a disciplina da riración, com o propósito de escapar ao império do Tempo. A carne, o Cosmos vivente, o empo , constituem três elementos fundamentais do sadhana tÃntrico. O atalho tÃntrico pressupõe um sadhana comprido e difÃ-cil, que recorda a dificuldades do opus alquÃ-mico."VacÃ-ou" (Sunya) não é simplesmente um bem se assemelha ao brahmÃn do Vedanta, é de esadamantina e é por isso amam vajra (= diamante). O ideal do tÃntrico budista é transformarse em um iamante". vezes as "nãoser"; mÃs que o ll "ser de d

    Para a metafÃ-seca tÃntrica, tanto hindú como budista, a realidade absoluta, o Urgrun encerra em sÃ- todas as dualidades e polaridades reunidas, reintegradas, em um é tadode absoluta Unidade. A Creación e o suceder que se desprende dela, representa o estalo da Unidade primitiva e a separación dos dois princípios (ShivaSakti); por c onsi

    guiente, experimentase um estado de dualidade (objetosujeto); e temos então o sufr imiento, a ilusión, a "escravidão". O objetivo do sadhana tÃntrico é a reunión dosR incipios polares na alma e o corpo próprios do discÃ-polo. No sadhana tÃntrico, a icoografÃ-a desempeña um papel essencial, embora difÃ-cil de finir em poucas palavras. Ass divinas são, certamente, "suporte" para a medit ación, mas não exatamente no mesmo sntido que os kasina budistas. A iconografÃ-a ré apresenta a um universo religioso , ao que se trata de penetrar e assimilar. Esta "penetración" e esta "asimilación" devem er entendidas na acepción imediata dos términos; ao medita r sobre um ícone, é necessrimeiro, "transportarse" ao nível cósmico rejam

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    ou pela divindade respectiva e seguidamente assimilála para sÃ-, incorporar a sÃ- a foeja degrau que "sustenta" a esse nível, que o cria , em certo modo. Este exercício espiritual com leva a saída do próprio universo mental e a penetración nos variados Uniersos domin ados pelas divindades. Entretanto, compreender o significado de um ícone, e separar s ou simbolismo não constitui aún o sadhana tÃntrÃ-CO. A operación verdclui várias etapas; a primeira consiste em "visualizar" uma imagem divina, em construila mentalmente, ou mÃs exatamente aún, projetála sobre uma esp ecie de tela inteior mediante um ato de imaginación criativa. Não é cuestión aquÃ- da anarquÃ-a e incoue no nível da experiência profana chamamos "imaginación"; não se trata de entregarsepontaneidade pura e receber, passiva mente, o conteúdo do que, em términos de psicologÃ-a ocidental, llamarÃ-amos o "subconscien lhe" individual ou coletivo; é necessário "rtar" às forças interiores, conse rvando sempre perfeita lucidez e domínio de sÃ- mesmo "visualización" de uma imagem divina é seguida de um exercício mÃs difÃ-cil: a 26 Kal, do sÃnscrito, significa a roda do tempo , o término tibetano é Dui njor e alude a cilicidad e impermanencia dos fenómenos. 27 Suchandra: soberano do mÃ-tico reino do Shamalà (em sÃnscrito Fonte da Felicida d ), diretamente associado à escola budista tÃntric Kalachakra. Según conta a lenda, estas enseñanzas dadas p or o Buda no século VI a.n foram conservadas intactas durante séculos no reino do ShambalÃ, praticadas correio r reis e súbditos, até que foram recuperadas pelo monge índio Tsilupa, quem foi em buca do Shambalà no século X. Professores índios, junto a tradutores tibetanos, levaramo Kalachakra ao Tibet entre os séculos XI e XII I.

    identificación com a divindade que a imagem representa. Um adágio tÃntrico diz qu e "nse pode venerar a um deus se a gente mesmo não for deus". Identificarse com a div

    indade , converterse a gente mesmo em deus, equivale a despertar as forças divinas que dormitam no h ombre. Não se trata de um exercício puramente mental. O mesmo resultado final açoitado p or a "visualización" não se traduz em términos de experiêncil, embora se trate em soma, de um dogma mahayÃnico: o descobrimento do vacÃ-ou universal, da irrealidade onto lógica do Universo e de seus "deuses". Mas no tantrismo budista, realizar experimen talmente o sunya não é já uma operación intelectual, não é a ación de uma "idéia"; é a experiência da "verdade". O VacÃ-ou é "realizado" mediante a forma de cascata dos Universos; s e os cria a partir de um signo grÃfico e os destrói después de havêlos povoado de d ioses. Essas cosmogonÃ-ás e essas teogonÃ-ás em r no próprio corazón do discÃ-polo: é por meio de imÃgens como él descobre a vacuidad. MÃndala Um rito particular da liturgia tÃntrica é a construcción do mÃndala. Esta paa significa literalmente "cÃ-rculo"; as traduções tibetanas a traduzem tanto por "centr" como por "o que rodeia". Este esquema iconogrÃfico é suscetível de infinitas variant

    es; certos mÃndala ost entan a aparência de um labirinto, outros, a de um palácio, com suas muralhas, sua torre s, seus jardins; os desenhos de flores alternam com as estruturas cristalogrÃficas, e às vezes cre emos reconhecer ao diamante e à flor do lóus. Tal como o yantra, o mÃndala é de uma vez uma imagem do Universo e uma teofanÃ-a: la creación cósmica é, em efeito, uma manifestación da divindade; mas o mÃndala serve"receptÃculo" aos deuses. Na Índia védica os deuses descendÃ-an no ao tar, o que provantinuidade entre a liturgia tÃntrica e o culto tradicional. Ao PR incipio, todo altar ou lugar sagrado era considerado como um lugar privilegiado, separado em forma mÃgi CA do resto do território: nesse espaço qualitativamente diferente, o sagradose m anifiesta mediante uma ruptura de nível que permitÃ-a comunicación entre as três  cósmic ás: céu, terra, región subterrÃnea. Agora bem, esta concepción teve grande d allà das fronteiras da Ind IA e

    aún do Ásia: é uma valorización do espaço sagrado como Centro do Mundo, e por l ou taar de comunicación entre o Céu e os Infernos, a que fundó o simbolismo das cidades re, dos templos, das cidades comuns e por extensión, de toda morada humana. O tantrismo emprega este simbolismo arcaico, incluyéndolo em novos contextos. O cÃ-rculo exterir do mÃndala consiste em uma "barreira de fogo" que por um lado, impede o acesso aos noiniciados, mas por outro lado simboliza o conhecimento metafÃ-seco que "queima" à ignorância. Seguidamente vem um "cinturón de diamante"; e o diaman te é o sÃ-mbolosciência suprema, a boddhi, a iluminacióN. Imediatamente, no i nterior do "cinturón diamante" està inscrito um cÃ-rculo ao redor do qual estÃn representemlhes oito cemitér, que simbolizam os oito aspectos da consciência desintegrada ; o motivo iconogrÃfic

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    o dos cemitérios està registrado sobre tudo nos mÃndala dedicados às divindades terrífi. Segue um cinturón de folhas, que significa o renascimento espiritual. No centro deste último cÃ-rculo se encontra o mÃndala propriamente dito, chamado también "palácia), quer dizer o lugar onde estÃn colocadas as imÃgens dos deuses.

    Na parte exterior da construcción se abrem quatro portas cardeais, defend idas porimÃgens aterradoras, chamadas "os guardiães das portas". Seu actuación é dobl e: por uado, os "guardiães" defendem à consciência contra as forças desagregamlhes do subconscente e por outro lado, têm misión ofensiva: para dominar ao mundo fluam ou e misterioso do subconsciente, a consciência deve levar a luta até o campo próprio do inimigo, e por conseguinte, adotar o aspecto violento e terrível que convém às forças combativasPor outra parte, até as divindades que se encontram no interior do mÃndala têm às vezesaspecto terrorÃ-fico; são as divindades que encontrarà o homem después de sua morte, nado de bardo. Os "guardiães das portas" e as divindades terríveis destacam o carÃcteriniciÃtico da penetración em um mÃndala. Toda iniciación pressupõe o passo de um modo a outro, mas essa mudança de régimen ontológico é precedido correio r uma série mÃs grande de "provas" que o candidato deve levar a cabo com éxito. Ao constituir a cidade um "Centro do Mundo", como o templo ou o palácio, se l a defendÃ-a mediante murose labirintos, tanto contra os invasores como contra as forças maléficas, contra os "espÃ-ritus do deserto", que tratam de arrastar às formas aos estejam ou de amorfismo de onde saíssem. Encarada desde este Ãngulo, a función do mÃndala como a do labirinto sebro, pelo menos: por um lado, a inserción de um mÃndala desenhado e n o estou acostumado a equivale a uma iniciación; do outro, o mÃndala "defende" ao discÃ-polo contra t  força destrutiva e ao mesmo tempo o ajuda a concentrarse, a encontrar seu próprio

    "c ntro". O terreno sobre o que serà desenhado o mÃndala deve ser liso, sem pedras nem hierb ás; està homologado, em efeito, ao plano transcendente, o qual indica já o simbolismo é paciotemporal do mÃndala: é cuestión de levar a discÃ-polo a um plano idealscósmico". Sabemos que o "terreno plano" é a imagem do ParaÃ-sou ou de qualquer outro no transcendente; as variações orogrÃficas, pelo contrário, significam a creación , a ción das Formas e do Tempo. Podemos ver, pois, no mÃndala a uma imagem do ParaÃ-s O. Ombolismo paradisÃ-aco do mÃndala surge igualmente de outro elemento: a expulsión dos dos. desencardese de demônios o terreno invocando à Deusa da Tier ra, quão mesma forainvocada pela Buda durante a noite da Bodhgaya. Em outras palavras, repetese ogesto exemplar do Buda e o terreno se transforma mÃgicamente em Terra de diamant e ,

    sendo o diamante, como já vimos, sÃ-mbolo de incorruptibilidad, da realidade ab soluta

    . Tudo isto implica a abolición do Tempo e da História, e a volta in illo t empore, imediatamente exemplar da Iluminación do Buda. E sabemos que a abolición do Tempo é um

    sÃ-ndrome paradisÃ-aco. A penetración no mÃndala se assemelha a toda "parte para o Cenomo o mÃnda a é uma imago mundi, seu centro corresponde ao ponto infinitesimal atravessado perpendicularmente pelo axis mundi: ao aproximarse de él, o discÃ-polo se aproima do "Centro do Mundo". Por outra parte, uma vez dentro do mÃndala, o discÃ-polo seencontra em um espaço sagrado, fora do Tempo; os deuses já descenderam" às vasilhas e à insígnias. Uma série de meditações, para as que està já preparado, ajudam ao discÃ-polntrar aos deuses em seu próprio corazón; assiste então, em forma de visión, a emergemde todas as divindades que se lançam de seu corazón, enchem o espaço cósmico e se reaem novamente em él. Em outras palavras, "realiza" o processo eterno da creación e desrucción periódiga dos mundos, o qual lhe permite penetrar nos ritmos do G ran Tempo c

    co e compreender sua vacuidade. Mantras Dos tempos védicos se teve conhecimento dovalor dos "sons mÃ-sticos". Do Yajurveda, OM, o manirà por excelência, goza de prestíginiversal: o há IDE ntificado com brahmÃn, com Vedação, com todos os grandes deuses; Patnjali o considerava como uma expresión da Isvara. Certos manirà tÃntricos se encontramjá nos Brâmane. Mas e s principalmente o tantrismo, budista ou sivaÃ-lha, que elevó osrà e os dharani à dignidade de vehÃ-culos de salvación (mantrayana). A eficiência ilimos mantra é devida ao feito de que são (ou ao menos podem chegar a ser, mediante uma recitación correta) os "objetos" que eles representa N. Cada deus, por exemplo, ecada grau de santidade possuem um bijamantra, um "som mÃ-stico" qu e é seu "semente",seu "suporte", quer dizer seu mesmo ser. Ao repetir, conforme às regl ás estabelecid

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    as, este bijamantra, o praticante se apropria de sua essência ontológica, assimila asÃ- meu smo, em forma concreta e imediata, ao deus, ao estado de santidade, etc. Sedá o caso, às vezes, de que uma metafÃ-seca inteira esté concentrada em um mantra. As  estrofes do volumoso tratado mahayana Astasahasrikaprajnaparamita hão s ido resumidas em algumas estrofes, que constituem o Prajnaparamttahrdayastttra; este pequeñou texto se reduziu aos poucos artigos da Prajnaparamttadharani, a qu e a seu

    vez foi concentrada em uma Prajnaparamitamantra; finalmente, esse mantra foi réducido a seu "semente", o urucummantrapram. Em forma tal que era possível dominar toda a metafÃ-seca prajnaparamita murmurando a sÃ-laba pram. Entretanto, não é cuesti "resumo" da prajnaparamita, mas sim da asimi lación direta e global da "Verdade do VacÃ-ou universal" (sunyata) sob a forma de uma "Deusa". Pois o Cosmos inteiro, com todos seus deuses, seus planos e seus modos de ser, se m anifiesta em um certonúmero de mantra: o Universo é sonoro, do mesmo modo que é cromÃtic ou, formal, substaal, etc. O Cosmos, tal como se revela na concepción tÃntrica, e s uma vasta malha deforças mÃgicas; e as mesmas forças podem ser despertadas ou organizem ás no corpo human, mediante as técnicas da fisiologÃ-a mÃ-stica.28 28 Mircea Eliade. Ioga, imortalidadeberdade. Cap. VI.

    Um caso particular de sincretismo: o Choijin Lamba Luvsanhaidav Choijin e gurtem são dentro do budismo tibetano dois tipos de lamas chamÃnicos, você mbién denominadosamanes religiosos que, com algumas diferencia de procedimentos e profundidade no transe, cumplÃ-an ambos a función de profetizar, fortalecer ao est ado e a religión,tar aos inimigos e demônios que ameaçavam aos mesmos. Em 1874 llegó a Mongolia a oitav

     reencarnación do Bogdo Jebtsundamba, Agvaanluvsan (18701924), e o fez acompañado deseus pais e irmãos; él era tibetano, nascido na Lhasa e se convirtió no 8vo. Bogdo Kh Santo Rei do estado Mongol e mÃxima autoridade religiosa, entre 1911 e 1921. Seuirmão menor, Luvsanhaidav (1872191 8) foi designado OrÃculo de Estado (Toriin Choijin), pelo qual os lÃ-deres religiosos mongo lhes convidaram ao Choijin Setev do Tibet para fazerse carrego de seu formacióN. Sob seu t utela, Luvsanhaidav aprendió a enrar em transe, sendo poseÃ-dou por três divindades tÃntrica s: Naichin Choijin, Dorzhshgden e Zamura. Según nos conta o antropólogotipo mongol B.Dulam: Para o ritual de possión, Luvsanhaid av fechava todas as portas e cortinas do templo principal e encendÃ-agrande quantidade de velas. Vários lamas auxiliares começavam então a ler mantras de invocación às div inidades que baixavam a possuilo. Os funcionários do estado e lÃ-derligiosos participa ban das sessões para escutar as profecÃ-ás que, a través do Choijina, trasmitÃ-an os dava ouse. Em estado de transe o Choijin Lambase volvÃ-a extremament

     poderoso e realizava inclusive numerosas proezas fÃ-seca, como dobrar espadas de açoaté as voltar um nó, l amer metais quentes, expelir fogo do interior de seu corpo, saltar do piso ao t jogo, voar, etc. Muitas vezes os lamba auxiliares debÃ-an atar seus braços e pernas às colunas do salóN. Inicialmente, Luvsanhaidav comenzó a treinar uma loja mongola ( yurta ). Já convertido no OrÃculo de Estado, foi construído um temperomonasterio especial denominado ForgivenessPromoting Tempere (Templo onde se promove o Perdón), que contava com diferentes pavilhões para funções especÃ-ficas: eem transe, m editación, orações. Durante os añvos 30, quando a grande mayorÃ-a dos mo templos foram destruídos na Mongolia, este tempero llamativamente se manteve em pé. contase que o templo foi salvado de seu destrucción pelo lÃ-der comunista Choibalsane sua esposa, porque eles creÃ-an no Luvsanhaidav. Em 1941 se reabrió como museu, passndo a denominarse Choijin Lamba Museum. Atualmente, considerase aún que os deuses e espÃ-ritus do lhe

    mplo continúan vivos, e portanto, ativos. Freqüentemente chegam lamas, inclusive dê dadia e o Tibet, a visitar o templo, meditar e orar em seu interior.29 3 Os fenómenos de consciência inspirada según a psicologÃ-a de Silo Revisaremos agora alguns concei fundamentais de Silo sobre a psicologÃ-a de l ou Profundo que nos ayudarÃn a interpretar as prÃcticas, registros e estados de maneira que não s encontramos nas correntes mÃ-sticoreligiosas objeto desta investigacióN. A consciência inspirada é uma estrutuobal, capaz de obter intuições in mediatas da realidad.30 Na MÃ-stica encontramos vasto campos de inspiracióN. Devemos señbeiral que quando falamos de "mÃ-stica" em geral, os considerando fenómenos psÃ-quicos de "experiência do sagrado" em suas diversas prof

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    idades e expressões. Existe uma copiosa literatura que dá conta dos sueñvos, as visões semisueñou, e as intuições vigÃ-licas dos personagens referenciales de religiões, seirupos mÃ-sticos. A bundan, ademÃs, os estados anormais e os casos extraordinários de exeriências do seja grau 29 Bumochir Dulam, Oyuntungalag Ayushiin. The Transmissionand Source of Prophec e in Contemporary Mongolia. 30 Silo. Aponte do PsicologÃ-A. PsicologÃ-a IV. PÃG. 323.

    que podemos tipificar como Ãxtasis ou seja, situações mentais em que o sujeito qu eda bsorto, deslumbrado dentro de sÃ- e suspenso; como Arrebatamento, pela agitación emot va e motriz incontrolável, em que o sujeito se sente transportado, levado fora desÃ- a outras paisagens mentais, a outros tempos e espaços; por último, como Reconhecimo em que o sujeito crie compreendêlo tudo em um instante. Neste ponto estamos considerando à consciência inspirada em sua experiência de quão sagrado varÃ-a em seu modostar frente ao fenómeno extraordinário, embora por extensión se atribuíram también eionamentos mentais aos raptos do poeta ou do músico, casos em que "o sag rado" pode não estar presente.31 A consciência inspirada, ou melhor aún, a consciência disposta bter inspiración s e mostra na FilosofÃ-a, na Ciência, na Arte, e también na vida cotcom ejemp os variados e sugestivos. Entretanto, é na MÃ-stica especialmente onde a búsda de inspi ración tem feito surgir prÃcticas e sistemas psicológicos que tiveram e tsigual nível de desenvolvimento. Reconhecemos às técnicas de transe como pertencentes  arqueologÃ-a da inspiración mÃ-stica. AsÃ-, ao transe o encontramos nas formas mÃs angi a e a religióN. Para provocálo, os povos apelaram a preparación de bebidas de vegis mÃs ou menos tóxicos e a aspiración de fumaças e vapores. Outras técnicas mÃs ela sentido de permitir ao sujeito controlar e fazer progredir seu e xperiencia mÃ-stic

    a, foramse depurando com o passar do tempo. As danças rituais, as cere monias repetitivas e exaustivas, os jejuns, as orações, os exercícios de concentra ción e meditaiveram considerável evolución.32 A sibila do Cumas, não querendo ser tomada pela terrí inspiración se desespe ra e retorciéndose, grita: ÂJá vem, já vem o deus! . E ao deu lhe custa pouco baj ar desde seu bosquecillo sagrado até o antro profundo, aondese apodera da profet iça. Neste caso e em diferentes culturas, a entrada ao transe ocorre por interiorización do eu e por uma exaltación emotiva em que està copresenteimagem de um deus, ou de uma força, ou de um espÃ-ritu, que toma e suplanta a personalidade humana. Nos casos de transe, o s ujeto fica a disposición dessa inspiración quelhe permite captar realidades e exercitar p oderes desconhecidos para él na vida cotidiana33. Entretanto, lemos freqüentemente que o s ujeto faz resistência e até luta com um espÃ-ritu ou um deus tratando de evitar o arr ebato em

    umas convulsões que fazem recordar à epilepsia, mas isso é parte de um rit ual que afirma o poder da entidade que dobra a vontade normal. Na Centroamérica, o culto do Vudú haitiano nos permite compreender técnicas de transe que se realizam com danças apoas com pótopos produzidos em apóie a um peixe tóxico. No Brasil, a Macumba nos mostratras variantes mÃ-sticas do transe conseguidas medeiamlhe danças e apoiadas com uma bebida alcohólica e tabaco. Não todos os casos de transe são tão vistosos como os citad Algumas técnicas i ndias, as dos "yantras", permitem chegar ao transe por interiorización de triÃngulos cada v ez mÃs pequeñvos em uma figura geométrica complexa que mente, termina em um ponto central. También, na técnica dos "mantrams", por repeticiàum som profund ou que o sujeito vai profiriendo, chegase ao ensimismamiento. Nessas contemplações v isuales ou auditivas, muitos praticantes ocidentais não têm éxitque não se preparam afectivamente limitÃndose a repetir figuras ou sons sem interiorizarlos com a f uerza emotiva ou devocional que se requer para que a representac

    ión cenestésica acompañe aos 31 Silo. Aponte do PsicologÃ-A. PsicologÃ-a IV. PÃG. 32329330. 33 O chamanismo e as técnicas do éxtasis, M. Eliade, F.C.E. Madrid, 2001 O ator passa revista, entre outras matérias, às distintas formas de transe chamÃnico no Ása Central e Setentrional; no Tib et e China; nos antigos Indoeuropeus; na Norteamérica e Suramérica; no Sudeste asiÃtico e no OceanÃ-A.

    estreitamento da atención34 . Estes exercícios se repetem tantas vezes como se a necessário até que o praticante experimente a sustitución de sua personalidade e a inspiraión se faça plena. O deslocamento do eu e a sustitución por outras entidades podem seerifiquelhes nos cultos mencionados e até nas mÃs recentes correntes EspÃ-desafia. Nes

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     de Estudos de Misticismo e Esoterismo, comenzó todo isto. O batepapo se deu em 21 de abril de 201 0, sob o tìtulo de: As quatro vÃ-ás de acesso ao Profundo na Escola dilo . Pajomov nos abrió os contatos seguintes no listrado, asÃ- como os contatos com oUlanUde. Andrey Terentev: editor da revista Budismo na Rússia e de livros especializados em budismo, ampliamente conhecido no mundo budista russo. Buda Badmaev:abade do Datsan (temperomonasterio budista) de São Petersburgo, considerado primeiro monastério budista do Ocidente, baseado em 1915; quem nos recomendó com qué lambaonhecedor e prÃctico do tantrismo tibetano, conectar no UlanUde.

    No UlanUde, capital da Buryatia, república que integra hoje a Federación Russa e ubicada na zona sudeste da Siberia, pudemos avançar em três lÃ-neas de investigación: 1. ticas do chamanismo siberiano buriato. 2. as prÃcticas religiosas e mÃ-sticas do budismo tibetano lamaÃ-sta, mÃs pontualmente da escola tÃntrica Kalachakra. 3. os intercâmbisobre ambos tema com os especialistas do Centro Buriato de l a Academia de Ciências da Rússia (ACR), especialmente da sección budistatibetanom ongola do centro, e o material escrito ao que pudemos acessar. No UlanBator estivemos em duas oportunidades: em abril e em agosto de 2010, zinco ou e trinta dÃ-ás respectivamente, nos quais recolhemos o material de campo (textos, fotogr afÃ-ás e vídeos) que se inclui nesta poducción, tanto em relação ao chamanismo mongol CO mo do budismo tÃntrico tibetano.

    1. Buryatia 100 km ao sudeste do Lago Baikal, lugar sagrado para os habitantes de toda est a región buriatomongola, encontrase UlanUde, importante centro de referência tanto p ra o chamanismo siberiano como para o budismo tibetano. A diferençado resto da Rússia a presença aquÃ- da igreja ortodoxa russa é mÃ-n ima, por não ter ob

    camente, o cristianismo, imporse sobre as fortes crie ncias chamÃnicas dos habitantes desta zona. Coisa que sÃ- logró o budismo, embora não eliminando ao chamanismo, aser integrando muitos de seus elementos. AsÃ-, a corrien lhe predominante hoje aquÃ- é udismo tibetano gelugpa ou seita dos gorros amarelo s . Chamanismo siberiano buriato Na cidade do UlanUde visitamos em várias oportunidades o centro religioso chamÃnico Tengeri (versión buriata do mongol tengri espÃ-ritus do Céu), localizadose  bairro afastado mas dentro dos lÃ-coloca da cidade, considerado o centro mÃs ativo da región, com autorización oficial para funcionar públicamente. No centro Tengeri nceicipamos de duas sessões chamÃnicas, uma com entrada em tra

    clÃseca a través dos bubnas ou tambores chamÃnicos e outra a través de campainhas e m budista tibetanos. As sessões coletivas eram levadas adiante conjuntamente por vários chamanes com a presença ativa de habitantes, buriatos e russos, interessados em

     pedir a ajuda dos espÃ-ritus a través deles. No caso da entrada em transe clÃseca a tdos tambores chamÃnicos, os chamanes começam com uma invocación conjunta dos espÃ-rituseus antepassados, invitÃndolos a baixar a seus altares; logo depois de um intervalo, vão entrando um a um em transe para dar ajuda aos devotos. Neste passo, o tambor se converte no vehÃ-culo , a través do qual o espÃ-ritu chega até o chamÃn e o posseo 1 A cerimônia com entrada em transe a través de campainhas vajraghanta38 e o mantra Om mani badme hum é uma clara adquisición do lamaÃ-smo, em que se invoca não aos e de antepassados, a não ser a divindades tÃntricas. Ver vídeo 2 38 As campainhas vajraghanta representam o princípio feminino da Perfección da SabidurÃ-a (prajnaparamita)e realiza a vacuidade, são propriamente o som da vacuidade . Robert Beer. Th e Handbook of Tibetan Buddhist Symbols. PÃG. 9295.

    Neste caso, logo depois da introducción coletiva dos chamanes e da entrada e n tran

    se individual, onde vão acercÃndose um a um os crentes a pedir conselho ou ajuda, fazse uma oferenda coletiva às divindades, a céu aberto, de leite, agüita (vodca) , bolchas e doces. Para finalmente fechar a sesión com um agradecimento coletivo, dentro d e a sala novamente, às divindades que chegaram a ajudar. É notável a devoción dos ctes, especialmente ao momento da entrada em transe e chegada dos espÃ-ritus, ao aproximarse de consultar e no agradecimento final. Na terceira oportunidade participamos da cerimônia de iniciación de um novo c hamÃN. Durante a iniciación, o novo cha buriato corpulento com aspecto de lutado r peso pesado, hacÃ-às oferendas aos espÃ-ritdo céu junto a seu professor, ao redor d e três Ãlamos jóvem plantados especialmente p a oportunidade; com vários jadakis (pañuelos de seda sagrados) cor azul céu atadas a

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    eus ramos. Em um momento determinado, o novo chamÃn entrega ceremonialmente a seuprofessor um pequeñou terrina com vodca colocÃndolo sobre o tambor e, seguindo amboscom os cÃnticos, o professor invoca aos espÃ-ritus e arroja a terrina para o céu. Entoncs começam a procurar dónde cayó a terrina... até que o encontram dentro de um jada k ramo de um dos Ãrboles. E com uma alegrÃ-a transbordante, como um niñou, o iniciem oumeça a correr em cÃ-rculo ao redor dos Ãrboles: a terrina não habÃ-a caÃ-dou ao chão ,  aceito a oferenda. Ao qual o novo chamÃn agradeció sentidamente. Ver vídeo 3 A cerimô se completó com o sacrifício ritual de um cordeiro, realizado pelos auxiliares com extrema delicadeza e según um procedimento estabelecido desde antigo, para lu ego ser preparado e posto à mesa de celebración entre os chamanes e familiares do in iciado.

    Budismo tibetano lamaÃ-sta Notavelmente similares som as cerimônias chamanas de oferendas à terra e ao fogo com as cerimônias lamaÃ-stas; especialmente a de fechamento do riual anual Kalachakra, chamada Yinsreg , com oferendas también a través do fogo às2 divindades do mÃndala. Este ritual cumpre com uma función protetora: afastar aos maus espÃ-ritus , dar prote cción, força e bemestar aos crentes. Ambas as cerimônias, ca e lamaÃ-sta, procuram cumprir a mesma función; uma amostra mÃs do sincretismo lhe rem. Seguindo uma antiga tradición, o dÃ-a 15 do 3er. mês lunar em todos os datsanes do et, Mongolia e Buriatia começa o Jural Duinjor , ritual anual dedicado a divinidad tÃntrica Kalachakra. A primeira semana é a construcción do mÃndala, com pó de pedrasago sagr ado Baikal, teñidas de diferentes cores. Constróemna entre 4 monges ao mesmo tiemp ou, que cada dÃ-a da mañAna cedo fazem suas visualizações e cÃnticos com mantrconverterse eles na divindade Kalachakra; e logo até a noite trabalham na constru

    cción do mÃndala, um desde cada lado do mesmo, enquanto outros lamas continúa n com oticos e orações.

    A segunda semana são as orações e meditações centrais do ritual, represe ntÃndose os modentro do mÃndala e convidando às divindades a descender, realizÃndol é com devoción dos tipos de oferendas e louvores. E finalmente, a última semana, o ritual Yinsreg de oferendas ao fogo e a destrucc ión do mÃndala. Logo depois de elogiar às divindades s lamba se despedem delas, as inv itan a voltar para seus habitÃculos celestes e destroem ritualmente o mÃndala. Os restos de p olvo sagrado do mÃndala são divididos em duas metades: uma delas se distribui em peq ueñás porções entre os crentes, com o fim transmitir a carga positiva a suas v idas; e a outra metade se entrega em oferenda ao Deus da Água, no rÃ-ou próximo, para que irradiem seu benéfica influencia a todumanidade. Com este ritual de destrucción do mÃndala termina o perÃ-odo anual de cerim

     Duin jor,y tem o significado profundo do desapego, de recordar que todo o manifestado é impermanente e insustancial, a vacuidade de todos os fenómenos. Ver vídeo 4 N Buriatia, da quantidade de monastérios existentes, só um deles: o Dui njor Datsan do UlanUde, està plenamente dedicado ao tantrismo Kalachakra e conta com uma faculta d Duinjor que forma a novos lamba nesta escola, até faz algún tempo secreta e h oy abriéndose mÃs ampliamente a iniciações numerosas e rituais públicos.

    Tanto o monastério mÃs grande da Buriatia: o Ivolguinsky Datsan, como os demÃs datsanes da región, estÃn em troca centradas na formación filosófica e no cult ou religioso do budismo tibetano gelugpa. Ver vídeo 5 Interacción É muito evidente a interacción  chamanismo e lamaÃ-smo, que compartilham muitas alegorÃ-ás e aspectos cerimoniosos. pose ver os lamba, igual aos chamane s, fazendo oferendas ao fogo, oferecendo leite, vodca, doces e bolachas a seus div inidades, atendendo consultas e adivinhand

    o o futuro a través de suas contas de rosário. AsÃ- como aos chamanes invocando às dives tÃntricas a través de campainhas e de mant ras budistas. podese corroborar perceptualmente a afirmación dos estudiosos buri atos, que ao chegar o lamaÃ-smo a estas teras foi incorporando numerosos elementos do cha manismo local de modo de atrair a población a seu culto. Sutilizando e superando algumas prÃcticas, como por exemplo as oferendas de cereal é, leite, bolachas, em lugar dos sacrifícios animais (e antigamente humanos) r ealizados nas sessões chamÃnicas. También ambos sofreram em seu momeno a represión estaliniana, e a presión do i glesia ortodoxa russa aún hoje, por issodverte uma certa cumplicidade tÃcita e respet ou mútuo.

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    Arquivos de textos sagrados Tanto o chamanismo como o lamaismo foram perseguidos e prÃcticamente aniquilado s durante a represión estaliniana dos añvos 30 do século do. Ao produzila d estrucción de monastérios e templos, a literatura tibetana foi recuperada principalmente p or os cientÃ-ficos da Academia de Ciências da Rússia (ACR) e lguns poucos lamas sobreviventes. A parte recuperada pelos cientÃ-ficos se encontrahoje guardada no Arquivo da sección budistatibetanomongola do Centro cientÃ-fico burato da o CR. São ao redor de 40.000 unidades que incluem os textos sagrados do Ganzhur (recopilación de enseñanzas do Buda), Danzhur (comentários de diferentes lamba aditos do Buda) e outros escritos de lamas tibetanos. Em geral, são textos em tibetano e mongol antigo, com edições de diferentes momentos e orÃ-gens, mÃs algumas unidadebibliogrÃficas em russo. Destes textos é Ã-nfima a parte que foi traduzida a ou tros idomas, já que nos monastérios budistas do Tibet, Mongolia e Buryatia, a em señanza, a ptica mÃ-stica e os serviços religiosos seguem sendo em tibetano ou mongol. Outro tesouro do gênio tibetano guardado no Museu Nacional da Buryatia é o Atl ás de Medicina Tibetana, tratado do século XVII com um conjunto de 76 lÃminas, cada uma delas uma obra de arte em sÃ- mesma, que compendia os amplos conhecimentos desenvolvido s pelo budismo tibetano nesta temÃtica. Aún hoje, a medicina tibetana se aplica ativa mente emtoda a región buriata, sendo uma das atividades mÃs importantes em numerosos monastéris da zona. incorporaramse inclusive numerosas ervas autóctonas nos procedimentos curativos, graças à estreita colaboración entre os monastérios e a Academia de Ciênciassia.

    No caso ible. destacase um gra, ou o chamanismo A. Recordemos

    do chamanismo é muito pouca a literatura existente, confiável e acces texto escritoem 1846 pelo cientÃ-fico buriato Dorji Banzarov: A fé NE

    nos mongois , que se encontra na Biblioteca Nacional do Buryati que, anteriormente a seu incorporación a Federación Russa, esta región era

    denominada BuryatMongolia. 2. Mongolia Já ao longo da rota desde o UlanUde até o UlanBator, a capital mongola, não s vamos encontrando com numerosos lugares de culto, denominados em mongol Oboo , onde os crentes realizam seus pedidos por considerálos lugares sagrados nos que habit an espiritus capazes de ajudar ao cumprimento dos pedidos. Geralmente estÃn ubi cados perto dos caminhos, de modo que qualquer viajante possa aproximarse, fazer seu p dido ou oferenda e com isso limpar a viagem de infortúnios. Antigamente se hacÃ-an sacrifícios animais para obter a benevol

    nza dos espÃ-r itus do oboo. A partir da expansión do budismo nestas terras, as oferenas passaram a ser grãos, leite, veio, doces ou moedas, como nos serviços religiososbudistas em geral. Os Oboo podem ser monólitos de madeira esculpida circundados por colunas, también de madeira as colunas do mundo que comunicam a terra com o Céu e quantidade do Jadakis ou pañuelos sagrados, atados a eles, habitualmente cor azulcéu mas que

    podem ser ademÃs vermelhos, brancos, amarelos e verdes quando vão em jogo. También o Ooo pode ser simplesmente um cúmulo mÃs ou menos numeroso de pedras do lugar com um pequeñou mÃstil ao centro, que cumpre a mesma función de eixo do mundo , aonde vão atad jadakis . Estes pañuelos fomos vendo cada vez mÃs freqüentemente, não sóo em oboos, también no Ãrboles, pontes, novelo, pedras e qualquer lugar aonde possa ser pacote um pañcheiro. E idénticamente em lugares de c ulto chamÃnico ou budista.

    No caso da Mongolia o sincretismo entre ambos cultos já é total.

    Chamanismo mongol

    AquÃ- nos encontramos com um fenómeno que vem crescendo rapidamente dos añvos 90. Na lia añou a añou aumenta a quantidade de novos chamanes, e cada vez mÃs jóvem. Particde sessões com chamanes e chamanas de 2426 añvos, mas también nos comentaram de chams de 13 e 14 añvos, que os chamanistas mongois considera n como primeiros representantes de uma nova civilizacióN. É chamativo o gosto dos jóvem por fazerse chamanes o

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    er amigos chamanes.

    Os chamanistas mongois consideram que estamos em um momento histórico chave, cua ndo os grandes espÃ-ritus volverÃn à Terra para ajudar ao nascimento de uma nova civilizaióN. E que esta vez, según foi anunciado recentemente a uma jovem chama na: os grande espÃ-ritus vendrÃn do AtlÃntico ... Según eles explicam, os tengris espÃ-ritus do Céam mÃs chamanes para atuar neste plano, fortalecer o chamanismo debilitado después das persecusi ones, ajudar a sua gente e à humanidade toda a superar este momento crÃ-tico e dar um seja lto histórico. Os mongois consideram que os chamanes têm uma funciónito importante que cum plir, como conectivas com os grandes espÃ-ritus, neste momento. AsÃ- como a tiveram em outros perÃ-odos muito significativos da história mongola e easiÃtica: a dinastÃ-a dos Hunos e o império do Genghis Khan, quando o chamanismo se desmpeñó como religión estatal com grande incidência em todos os Ãmbitos da vida do impioso, cultur ao, polÃ-tico, militar. Aún hoje se vá aos chamanes cumprindo róis variadessoais e sociais: cur ando, dando conselhos, diagnósticos e predições, cuidando e guindo aos niñvos.... Em e ste último rol, foi muito interessante assistir a sesión de hamana muito jovem, em um bairro periférico do UlanBator, com sua mãe como auxiliare toda a família acercÃndose a perguntar, pedir conselho, ajuda ou curación; claro, nã jovem irmana que ela era na vida cotidiana, a não ser a seus espÃ-ritus ancestros: um avô de várias gerações a trÃs ou uma rainha, también de outro tempo, que encarnavam nernativamente ao entrar e n transe.

    Muito chamativo también o bom humor lhe reinem durante toda a sesión, dentro e fora d transe. Este bom humor é caracterÃ-stico das sessões chamÃnicas mongolas em gen eral,

    sa que não vimos na Buryatia. Ver vídeo 6 Uma experiência muito interessante foi participar da cerimônia de iniciación de um novo chamÃn, onde pudemos comprovar a grande sinificación e carga devocional posta em jogo, tanto pelo iniciado como pelos chamanes pressente, os familiares e m uy especialmente o auxiliar do novo iniciado. A cerimônia, que transcorre duramlhe toda a noite até o mediodÃ-a seguinte, desenvolvesecoletivamente, fazendo todos mu cha força para que o novo possa conectar por primeira vez com seu espÃ-ritu e recebêlo, entrando asÃ- em transe.

    escrevese especialmente para esta situación uma canción que recorda ao iniciado o noe, ubicación e caracterÃ-sticas do espÃ-ritu ancestro que o escolheu para ser c hamÃn,ación que é subministrada pelo velho professor chamÃn que dá a iniciacióN. Esta cancia capella pelo auxiliar do iniciado e seus familiares present é, durante todo o tempo em que o novo chamÃn està girando e tocando seu tambor, tentando e ntrar pela p

    rimeira vez em contato com seu espÃ-ritu ancestro. Previamente se hão completem ou váris passos de purificación e preparación: do iniciado, de seus atributos e do Ãmbito. fconmocionante ver o iniciado, tanto pedindo aos espÃ-ritus do Céu ai uda para obter ocontato , como agradeciéndoles logo depois de havêlo obtido. AsÃ- como seu estado de moción emotiva, durante o primeiro transe, ao aproximálos familiares um a um e lhesfazer a imposición de mãos. Ver vídeo 7 Nos quedó claro então que, ao menos no caso qrvamos, a iniciación de um novo chamÃn não é uma formalidade externa, a não ser um verro e comprido trabalho, i ndividual e coletivo, para obter o transe e posesión porparte do espÃ-ritu ancestro. Já nos chamanes mÃs experimentados, a entrada em transe é to mÃs rÃpeça. Foi también de muito interés participar nós ativamente das sessões. O nificativo foi com o Ariane e uma amiga chamanamensageira. No momento de lhe enviar a chamana (seu espÃ-ritu em realidade), uma quebra de onda de bemestar a través e ou n terrina com refresco que ela soprava brandamente, Ariane teve um forte re

    gistro de cone xión com a Força e se sintió lançada para o Profundo, com todos os regs próprios do caso, e uma duración psicológica de vários minutos... Aún quando vistonão duró mÃs que um instante.

    Según Bumochir Dulam, um jovem antropólogotipo e chamanista, professor da universidad estatal da Mongolia e condutor de um programa de TV sobre chamanismo, com o que se deu uma boa sintonÃ-a, nos últimos tempos estÃn aparecendo não sóo espÃ-ritus mua não ser también não terrestres. Os primeiros põem aos próprios chamanes an lhe a necade de aumentar suas capacidades de contato ; os segundos têm aberto novas incógnitas aos estudiosos mongois, haciéndoles revisar seu L. mapeo do mundo espiritua

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    Bumochir remarcó a necessidade atual da meditación e de uma nova ética para subir o os chamanes, permitiéndoles conectar com espÃ-ritus mÃs poderosos. Na visión chamanisola, quanto mÃs ás estimulantes durante o transe já não requer de substâncias e sÃ- l ade ajuda aos demÃs . Silo39 . baixo é um espÃ-ritu, mÃs requer de álcool e sustanci e mexigências éticas ; quando mÃs alto e poderoso, de capacidades de concentración, medi de uma Neste ponto encontram de grande interés a Mensagem de réu

    Outra coincidência interessante encontrada com os chamanes mongois no modo de vero espiritual é a correspondência de seu conceito de espÃ-ritu com o conceito siloÃ-sta uÃ-a interno . Eles estÃn convencidos por exemplo que quanto mÃs antigo, mÃs longínquo mpo seja um espÃ-ritu, mÃs capitalista é. Muitos de seus comentários neste sintam ou, framnos presente o pÃrrafo de Humanizar a Terra, onde Silo afirma: Quanto mÃs fortemente se fizeram as chamadas, desde mÃs longe acudiram estes guÃ-ás que traj eron a melhr señao. Por isso soube que os guÃ-ás mÃs profundos som os mÃs poderosos. Entretanto,  uma grande necessidade pode despertar os de sua letargia milenario . Como asÃ- también o capÃ-tulo referido aos modelos de vida: ...existem profundos modelos qu e dormemno interior da espécie humana esperando seu momento oportuno. 40 Budismo tÃntrico tibetano Os signos mÃs significativos de contato com o Profundo por vÃ-a tÃntrica budista o s encontramos na escola denominada Kalachakra. A esta escola pertenceram l vos lamas mÃs interessantes e inspirados da Mongolia. Um muito bom exemplo é Geggeen Zanabazar, o primeiro Bogdo Khan, que convirtió a Mongolia em um estado budista durante o século XVII. O sÃ-mbolo estatal mongol Soyo ngo , diseñado pelo Zanabazar, é umalización do sÃ-mbolo da Kalachakra. AdemÃs de chefe de estado, polÃ-tico, militar e re

    , foi um grande artista. Tanto as mÃndalas em pañou como os Budas e Taras em bronze,são produções de uma profunda beleza

    . 39 Silo. A Mensagem de Silo. Ulrica Edições. Rosário, 2008. 40 Silo. Obras Completas

    . Vol. 1. Humanizar a Terra. PÃG. 9395.

    Outro caso de grande interés é o Choijin Lamba Luvsanhaidav, um lama chamÃnico ou chamreligioso que fora OrÃculo de Estado de seu irmão, o 8vo. Bogdo Khan do Mongoli a começos do século XX (ver pÃG. 19 desta producción). O temperomonasterio onde actuó en8 e 1918 foi cuidadosamente conservado até hoje na forma de mus eo. O Museu Choijin Lamba, com seus diferentes templos: de entrada em transe, meditac ión, culto, etc. contém as figuras, alegorÃ-ás e Ãmbitos mÃs sugestivos de todo o encontrado nesta regtro do meio budista tibetano.

    É notável a energÃ-a que pode perceberse, por exemplo, ao entrar em pequeñou templo ditación tÃntrica utilizado pelo Choijin Lamba (Yadam Tempere). Luvsanhaidav entrava em transe no templo principal de seu monastério e logo s alÃ-a comunicar a funcionários  líderes religiosos as profecÃ-ás transmitidas pelas d ivinidades. Choijin Lamba era poeÃ-dou não por um espÃ-ritu ancestro, como os chamanes em geral; mas sim por três divin tÃntricas budistas, según contam, de grande poder: Naichin Choij in, Dorzhshugden eZamura.

    A grande intensidade do transe, que ademÃs de capacidade profética lhe outorgava umaeno rme força fÃ-seca, levavao habitualmente a perder o conhecimento sobre o final da sesióN. Então era transladado por seus auxiliares ao templo de meditación, onde ao rp erar a consciência, entrava em meditación tÃntrica Kalachakra. A modalidade de seu t

    abalho mÃ-stico era, tal como no tantrismo budista em gera l e na escola Kalachakraem particular, transformar as forças mÃs densas em energÃ-ás CAD a vez mÃs sutis, elevÃaté chegar à completa iluminación e o Nirvana.

    Os seis templos se localizados neste pequeñou monastério têm um segundo piso ao que nãacesso. Ao consultar aos guÃ-ás do museu qué habÃ-a allÃ-, explicaramnos que: nada, vvisión budista, o vacÃ-ou, nomanifestadoo, ocupa um lugar muito releva nte e complemntar do existente ou manifestado. Por isso, todos os templos em est e monastério incluem o manifestado na planta baixa e o nomanifestado, o vacÃ-ou , na planta alta. 3. Conclusões Quanto ao lucro de estados de consciência inspirada no chamanismo sib

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    eriano mongol Do observado nestas viagens, especialmente no último deles a Mongolia, p odemos concluir que o estado de consciência experiente pelos chamanes é de transe , pelo deslocamento e sustitución do eu por parte de uma entidade espiritual; com difer entes intensidades de inspiración no éxtasis e o arrebatamento, e com diferents capacidade s; em suas próprias palavras, según as capacidades do espÃ-ritu que toma esión , sejam ancestros, espÃ-ritus não humanos ou divindades. Motiva este contato complano espiritual l a crença bÃseca na possibilidade de uma comunicación direta com o C doadora de atribut vos supranormales.

    Na tradición chamÃnica é o tambor o vehÃ-culo a través do qual o espÃ-ritu chega há oi. O retumbar rÃ-tmico do tambor facilita a concentración do chamÃn e n seu propósitosconexión de todo outro estÃ-mulo, até chegar ao transe e ser poseÃ-dou p or o espÃ-riviamente habÃ-a sido invocado e convidado a baixar aos fogos do alt ar ; do altar ao tambor, e de allÃ- ao chamÃn, tomando posesión de seu corpo. A saída do transe se com también com um bater do tambor e, em alguns cs vos, com saltos curtos e gestos dedesprendimento do espÃ-ritu. É evidente a importância da forte carrega devocional por prte do chamÃn em l ograr o contato com seus espÃ-ritus , tão principais como auxiliares para a realización de suas tarefas durante o transe: predicción, curación, ajuda, esta relación devocional com seus espÃ-ritus, parecenos claramente correspondente CO no que Silo denominou relación com o guÃ-a interno ; claro que no caso dos chama nes é istrada não somente em términos de presença, diÃlogotipo e acompañamiento, a não ser até a posesión .

    De estados de inspiración mÃs allà do transe e a sustitución do eu, avançando para l

    suspensión e supresión do eu, não conseguimos identificar indicadores suficient é; emnos comentaram algum deles a respeito de experiências nas que a pérdi dá de consciênciotal e é necessário que o auxiliar os ajude logo a voltar para este plano. Em todo caso, não parecem contar com técnicas suficientes para obter manejo do ac cesso ao Profundo. Quanto ao lucro de estados de consciência inspirada no budismo tÃntrico tibet ânus Kalachakra A técnica utilizada consiste na concentración progressiva na represeción de l a divindade dobro (Kalachakra e seu consorte), aumento progressivo da carga afect iva e posterior fusión e conversión na divindade, sempre acompañado da repeo s mantras respectivos, para continuar logo até a experiência da vacuidade univ ersal, o Nirvana. A descripción do Buda Lamba dedicado a prÃctica e enseñanza do tantrisKalac