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1 Centro Universitário Positivo UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas NCET Engenharia da Computação Charles Rafael Stein Piancini Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal Curitiba 2005

Charles Rafael Stein Piancini Sistema de Monitoramento de ... · Primeiramente agradeço a Deus, pois em todos os momentos que pensei em fraquejar sempre tive amigos a quem recorrer,

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Centro Universitário Positivo UnicenP

Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas NCET Engenharia da Computação

Charles Rafael Stein Piancini

Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal

Curitiba 2005

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Centro Universitário Positivo UnicenP

Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas NCET Engenharia da Computação

Charles Rafael Stein Piancini

Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal

Monografia apresentada à

disciplina de Projeto Final, como

requisito parcial à conclusão do Curso

de Engenharia da Computação.

Orientador: Prof. Alessandro Zimmer

Curitiba 2005

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TERMO DE APROVAÇÃO

Charles Rafael Stein Piancini

Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia

da Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca examinatória:

Prof. Alessandro Zimmer (orientador)

Prof. Jose Carlos da Cunha

Prof. Valfredo Pilla Junior

Curitiba, 07 de Novembro de 2005

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus, pois em todos os momentos que pensei em

fraquejar sempre tive amigos a quem recorrer, e estes nunca me faltaram com um

ombro amigo pra reclamar e rir das peças da vida.

Mas uma pessoa em especial foi capaz de me impulsionar do inicio ao fim desta

minha primeira grande jornada. Minha namorada e grande amiga, passou por maus

bocados ao meu lado, provas finas, trabalhos e outras aventuras que só quem já viveu

um curso de engenharia é capaz de descrever. Ao mesmo tempo que agradeço

gostaria de parabenizar esta grande mulher por também ter conseguido alcançar seus

objetivos, chegar ao final de um curso de graduação tão árduo. A ti dedico meu amor e

respeito, Paula Fonseca.

Agradeço a toda minha família pelo apoio e principalmente pela compreensão

que tiveram durante estes cinco anos, em especial aos meus irmãos Laércio e Ronize

e meus pais Derci e Ivaldir que me agüentam até os dias de hoje.

Também agradeço aos AMIGOS, todos eles. Desde os mais loucos até os

menos loucos. Ao professores que contribuíram com seus conhecimentos e amizades,

Cunha, Michosz, Valfredo, Zimmer e outros não menos importantes.

Obrigado a todos. Aos que por algum lapso de minha fraca memória não

estejam aqui mencionados, sintam-se lembrados.

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Sumário

Sumário ................................................................................................................................... i

Lista de Figuras .................................................................................................................. iii

Lista de Tabelas.................................................................................................................. iv

Lista de Siglas...................................................................................................................... v

Lista de Símbolos............................................................................................................... vi

Resumo ................................................................................................................................ vii

Abstract................................................................................................................................ vii

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1 1.1 Introdução ao tema do Projeto .............................................................................. 1 1.2 Motivação.................................................................................................................. 1 1.3 Situação do projeto no contexto geral em que está inserido ........................... 1 1.4 Metas a serem alcançadas .................................................................................... 1

2. DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 3 3. ESTUDO TEÓRICO................................................................................................... 4

3.1 Hipertermia ............................................................................................................... 4 3.1.1 Causas ............................................................................................................... 4 3.1.2 Manifestações clinicas..................................................................................... 6

3.2 Sensor de Temperatura ......................................................................................... 7 3.2.1 Características .................................................................................................. 7 3.2.2 Aplicações ......................................................................................................... 8 3.2.3 Sensores integrados ........................................................................................ 8

3.3 Conversor ADC........................................................................................................ 8 3.4 Protocolo de comunicação................................................................................... 10

3.4.1 Acesso ao Meio sem Fio ............................................................................... 10 3.4.2 IEEE 802.11 .................................................................................................... 11

3.5 Microcontrolador 8051 (Philips) .......................................................................... 17 3.6 LCD (Liquid Display Cristal)................................................................................. 18 3.7 Amplificador Operacional ..................................................................................... 19 3.8 Radio Freqüência .................................................................................................. 20

3.8.1 Módulos híbridos ............................................................................................ 21 3.8.2 Transmissor (Telecontrolli) ........................................................................... 22 3.8.3 Receptor (Telecontrolli) ................................................................................. 22

4. ESPECICAÇÃO ........................................................................................................ 23 4.1 Especificação do Hardware ................................................................................. 23

4.1.1 Módulo remoto da enfermeira (MRE) ......................................................... 24 4.1.2 Módulo remoto da paciente (MRP) ............................................................. 25 4.1.3 Módulo remoto do microcomputador (MPC).............................................. 26

4.2 Especificação do Software................................................................................... 26 4.2.1 Diagramas de casos de uso ......................................................................... 27 4.2.2 Diagrama de classes ..................................................................................... 27 4.2.3 Diagrama de seqüência ................................................................................ 28 4.2.4 Modelo entidade relacionamento (MER) .................................................... 29

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4.2.5 Interface com o usuário (PC) ....................................................................... 30 4.3 Especificação do Firmware.................................................................................. 31 4.4 Cronograma............................................................................................................ 34 4.5 Custos do projeto .................................................................................................. 34

5. IMPLEMENTAÇÃO .................................................................................................. 36 5.1 Hardware ................................................................................................................ 36 5.2 Firmware ................................................................................................................. 37 5.3 Software .................................................................................................................. 38

6. RESULTADOS.......................................................................................................... 40 7. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 42 8. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 43 9. ANEXO 1 (MÓDULO PACIENTE) ......................................................................... 44 10. ANEXO 2 (MÓDULO ENFERMEIRA)................................................................... 45 11. ANEXO 3 (MÓDULO PC) ....................................................................................... 46 12. ANEXO 4 (MÓDULO PACIENTE, SENSOR E FONTE DE ALIMENTAÇÃO ) 47 13. ANEXO 5 ARTIGO CIENTÍFICO........................................................................ 48 14. ANEXO 6 MANUAL TÉCNICO ........................................................................... 53 15. ANEXO 7 MANUAL DO USUÁRIO.................................................................... 60

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Lista de Figuras

Figura 1 - Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal .........................................3 Figura 2 - Função do ADC...........................................................................................................9 Figura 3 - ADC0804......................................................................................................................9 Figura 4 - Rede Intra-Estruturada [1].......................................................................................11 Figura 5 - ac-hoc [1] ...................................................................................................................11 Figura 6 - Espaço entre quadros [1] ........................................................................................12 Figura 7 - Componentes do 802.11 [1]....................................................................................13 Figura 8 - Terminal escondido [1] ............................................................................................14 Figura 9 - Terminal exposto [1].................................................................................................14 Figura 10 - Modo RTS/CTS [1] .................................................................................................15 Figura 11 - Simulação de colisão entre RTS [3] ....................................................................16 Figura 12 - Comunicação CSMA/CA .......................................................................................16 Figura 13 - Pinos do 8051 [10] .................................................................................................18 Figura 14 - Layout módulo LCD ...............................................................................................18 Figura 15 - Estrutura interna de um AmpOp [9].....................................................................19 Figura 16 - Módulo Híbrido da Telecontrolli RT4-433,92MHz .............................................22 Figura 17 - Módulo Híbrido da Telecontrolli RR3-433,92MHz ............................................22 Figura 18 - Diagrama em blocos módulo enfermeira............................................................24 Figura 19 - Diagrama em blocos do módulo paciente ..........................................................25 Figura 20 - Módulo do microcomputador ................................................................................26 Figura 21 - Diagrama de casos de uso ...................................................................................27 Figura 22 - Diagrama de classes .............................................................................................28 Figura 23 - Diagrama de seqüência ........................................................................................29 Figura 24 - Modelo Relacional ..................................................................................................29 Figura 25 - Tela principal de gerenciamento ..........................................................................30 Figura 26 - Tela de cadastro de pacientes .............................................................................30 Figura 27 - Interrupções para módulos da enfermeira e paciente ......................................32 Figura 28 - Interrupção exrterna_0 e programa principal módulo enfermeira ..................33 Figura 29 - Erro(°C) x Temeperatura(°C) [11]........................................................................36 Figura 30 - Protocolo de hand shake ......................................................................................37 Figura 31 - Formato do protocolo............................................................................................38 Figura 32 - Tela principal ...........................................................................................................39 Figura 33 - Tela de criação de gráficos...................................................................................39 Figura 34 Módulo enfermeira ................................................................................................40 Figura 35 Módulo paciente, 13ª temperatura referenciada ..............................................41

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Pinos do módulo LCD .............................................................................................19 Tabela 2 - Faixas de Freqüências [14]....................................................................................21 Tabela 3 - Componentes utilizados no hardware ..................................................................23 Tabela 4 - Cronograma ..............................................................................................................34 Tabela 5 - Custos de desenvolvimento do projeto ................................................................35 Tabela 6 - Identificadores do protocolo ...................................................................................38

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Lista de Siglas

MRP Módulo Remoto-Paciente

MRE Módulo Remoto-Enfermeira

MPC Módulo PC

PC

Personal Computer

RF Radio Freqüência

LCD

Liquid Cristal Display

uC Microcontrolador

DIFS Distributed Inter Frame Space

SIFS Short Inter Frame Space

CSMA/CD Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection

CSMA/CA Carrier Sense Multiple Access with Collision Avoidance

RTS Ready To Send

CTS

Clear To Send

ACK Acknowledgement

NAV Network Allocation Vector

AmpOp Amplificador Operacional

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Lista de Símbolos

Hz Hertz

µ - micro

m - mili

K Kilo

M Mega

Ohm

V Volt

A Ampére

bps

Bouds por segundo

vi

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Resumo

Esse projeto tem como foco detectar febres causadas por eventos não tóxicos

como, por exemplo, tumores cerebrais, insolação, infecções, mal convulsivo e

infecções tireoidianas. Tais eventos podem ser detectados através do

acompanhamento da temperatura corporal de um individuo.

Pensando-se nesse problema desenvolveu-se um sistema de monitoramento de

temperatura via rádio freqüência. O sistema é composto por 3 módulos: um é

responsável pela aquisição da temperatura, outro pelo monitoramento e outro pelo

armazenamento dos dados coletados.

Abstract

This project focus on detecting fevers caused by not toxic events, for example,

cerebral tumors, insolation, infections, badly convulsive and infections tireoidianas.

Such events can be detected through the accompaniment of the body temperature of

one individual.

Thinking about this problem a system of temperature monitoring was developed

using radio frequency. The system is composed of 3 modules: one is responsible for

the acquisition of the temperature, another one for the monitoring and another one for

the storage of the collected data.

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Introdução ao tema do Projeto

A hipertermina é um distúrbio causado pelo aumento de temperatura corpórea.

Esse aumento pode causar um grande prejuízo ao cérebro e a outros órgãos do corpo

humano.

1.2 Motivação

A criação desse projeto originou-se pela necessidade do monitoramento constante

da temperatura corpórea. Diante dessa situação pensou-se na obtenção de um sistema

computacional que realize tal tarefa, pois é necessária uma intervenção imediata

quando ocorre o aumento de temperatura, devido aos prejuízos que isso pode trazer ao

ser humano.

1.3 Situação do projeto no contexto geral em que está inserido

Uma aplicação desse projeto é no auxílio para a tomada de uma ação preventiva

em um hospital. Assim uma enfermeira poderá monitorar vários pacientes ao mesmo

tempo.

1.4 Metas a serem alcançadas

Construir um sistema com alto grau de confiabilidade que possa amostrar a

temperatura do paciente de uma forma rápida e transmitir essas medidas via rádio (RF)

a um micro computador com uma base de dados, estas informações serão utilizadas

para um diagnóstico imediato e futuras análises na forma de gráficos e tabelas. Após o

sistema ter detectado mudanças significativas na temperatura o dispositivo acoplado ao

paciente emitirá um sinal sonoro alertando-o, já a pessoa responsável por este

paciente será informada no seu Módulo-Enfermeira.

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A confiabilidade desse sistema será dada por uma inter relação entre os módulos

(protocolo de confirmação de recebimento de pacotes), se algum módulo ficar off-line o

sistema entrará em alerta e será necessário uma intervenção local deste módulo.

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2. DESCRIÇÃO

O sistema é responsável por aquisicionar, interpretar e transmitir as temperaturas

amostradas via rádio freqüência utilizando um protocolo de comunicação de dados.

Este foi dividido em 3 módulos:

Módulo Remoto-Paciente: responsável pela aquisição, tratamento e

transmissão do dado amostrado, este é enviado ao Módulo Remoto-Enfermeira

somente quando solicitado. Existe também o envio de pacotes de temperaturas

de tamanhos variáveis para o Módulo PC. Este módulo possui um Display de

Cristal Liquido(LCD) onde é exibido a última temperatura amostrado pelo

sistema;

Módulo Remoto-Enfermeira: é utilizado para o monitoramento do paciente, sua

principal função é solicitar consultas de temperaturas amostradas no Módulo

Remoto-Paciente. Possui um Display LCD e 3 botões para navegação no

mesmo;

Módulo PC: é responsável pela recepção dos dados amostrados e

armazenamento numa base de dados. Composto por um IBM PC interligado

por um barramento serial a uma unidade de recepção e transmissão via RF.

A figura 1 ilustra o sistema.

Figura 1 - Sistema de Monitoramento de Temperatura Corporal

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3. ESTUDO TEÓRICO

Neste capitulo apresenta-se alguns conceitos pesquisados e utilizados durante o

desenvolvimento deste projeto.

3.1 Hipertermia

Hipertermia é definida como sendo o aumento da temperatura corporal central

acima de 40°C, isto é, a variação de temperatura interna do corpo humano. (Adaptado

de [4]).

3.1.1 Causas

Causas Tóxicas: (extraído de [4])

Agentes anticolinérgicos;

Antihistamínicos;

Atropina e alcalóides relacionados;

Antidepressivos:

Inibidores da Monoamino oxidase (overdose e interações com

inibidores da recaptação da serotonina);

Antidepressivos tricíclicos;

Antipsicóticos:

Butirofenonas;

Lítio;

Loxapina;

Fenotiazínicos (principalmente flufenazina);

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Drogas de abuso:

Anfetaminas e compostos relacionados;

Cocaína;

Fenciclidina;

Síndrome de abstinência:

Barbitúricos;

Benzodiazepínicos;

Etanol;

Toxinas naturais:

Espécies Lactrodectus;

Estricnina:

Hormônios tireóideos:

Tiroxina (T4);

Tri-iodo-tironina (T3);

Ruptores da fosforilação oxidativa:

Ioxinil;

Nitrofenóis e pentaclorofenol;

Salicilatos;

Causas não Tóxicas: (extraído de [4])

Tumores cerebrais;

Insolação;

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Lesão cerebral hipóxica pode resultar em alteração da regulação térmica

Infecções (viral, bacteriana, ricketsiana, malária, etc);

Mal convulsivo (Status epilepticus);

Crise tireoidiana;

3.1.2 Manifestações clinicas

Verificada através da temperatura retal (temperatura oral e axilar não são

consideradas confiáveis). Clinicamente, o paciente pode apresentar sudorese profusa

devido a termorregulação ou, a pele pode estar seca devido a desidratação ou agentes

anticolinérgicos. (extraído de [4])

Hipertermia persistente resulta em várias e graves complicações agudas.

Hipovolemia, decorrente da sudorese e da vasodilatação, diminui o dédito cardíaco e

impede a termorregulação. Fadiga muscularocasiona hiperkalemia, mioglobinúria e

insuficiência renal aguda.

Lesão endotelial resulta em coagulopatia intravascular disseminada. Mas, o mais

importante é que a hipertermia persistente pode causar lesão cerebral aguda e

convulsões. Edema pulmonar não-cardiogênico (síndrome de angústia respiratória do

adulto) também pode ocorrer.

Morte é freqüentemente súbita e provavelmente resultante de arritmia cardíaca.

Inicialmente, os sinais e sintomas podem diferir de acordo com as drogas envolvidas.

Por exemplo, agentes anticolinérgicos estão geralmente associados com pele seca e

quente, enquanto agentes simpatomiméticos (anfetaminas, cocaína) mais

provavelmente resultem em palidez, pele úmida, tremores e convulsões. Várias

síndromes com hipertermia foram bem descritas:

(extraído de [4])

Hipertermia Maligna (HM)

Síndrome hereditária em que certos agentes

anestésicos causam contração generalizada de células musculares, resultando em

uma intensa produção de calor e acidose láctica aguda. São causas comuns:

Enflurano, Halotano, Isoflurano e Succinilcolina. (extraído de [4])

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Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM)

Síndrome caracterizada por confusão

mental, rigidez muscular, diaforese e hipertermia em pacientes recebendo potentes

drogas antipsicóticas. Pode ocorrer após uma dose inicial ou durante o tratamento

regular. Seu mecanismo parece estar relacionado com bloqueio de dopamina em

SNC. (extraído de [4])

Síndrome Serotoninérgica

Ocorre quando inibidores da recaptação da

serotonina (fluoxetina, paroxetina, venlafaxina, sertralina, triptofano,

dextrometorfano, meperidina) são administrados em pacientes que usam inibidores

da monoamino oxidase. Caracterizada por agitação, hiperatividade muscular e

hipertermia. (extraído de [4])

3.2 Sensor de Temperatura

São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza

física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta

grandeza. Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia neutra, são

chamados transdutores. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a

resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais

ou menos proporcional. Todo sensor tem características próprias que vão definir onde

pode-se aplicá-los e como utilizá-los. Isso é importante para que possa-se tirar o

máximo das suas leituras de acordo com nível de precisão que necessita-se.

3.2.1 Características

Linearidade: é o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza

física. Quando maior, mais fiel é a resposta do sensor ao estimulo, conferindo

mais precisão ao sistema. Os sensores não lineares são usados em faixas

limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores especiais que

corrigem o sinal.

Faixa de atenuação: é o intervalo de valores da grandeza em que pode ser

usado o sensor, sem destruição ou imprecisão da medida.

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3.2.2 Aplicações

O controle de temperatura é necessário em processos industriais ou comerciais,

como a refrigeração de alimentos e compostos químicos, formos de fusão (produção de

metais e ligas, destilação fracionada (produção de bebidas e derivados de petróleo)),

usinas nucleares e aquecedores, refrigeradores domésticos, fornos elétricos,

microondas, freezers e geladeiras. Contudo, ainda temos uma importante aplicação em

áreas da medicina.

3.2.3 Sensores integrados

Existem circuitos integrados destinados a ser sensores de temperatura, como o

LM 35 da National Semiconductor que oferecem alta precisão, possibilitando não fazer

qualquer ajuste no sinal de saída do mesmo. Esta precisão se deve ao fato de utilizar

intrinsecamente em sua construção circuitos linearizados. Sua faixa de operação está

entre -55ºC a 155ºC aproximadamente. Estes sensores além de possuir tamanhos

muito reduzidos são extremamente lineares com fator de escala de 10mV /ºC.

Outro sensor pesquisado foi o TMP100 e TMP101 da TI

Texas Instuments que

possui saída I2C (Interface Campability

2 Wire) e endereçamento para uC, possui

excelente precisão e é extremamente linear. Mas seu uso foi inviabilizado, pois o uC

utilizado neste projeto foi o 8051 que não possui comunicação I2C.

Sendo assim a escolha do sensor baseou-se nos seguintes critérios: linearidade,

faixa de funcionamento, disponibilidade do sensor no mercado e compatibilidade com

o uC utilizado no projeto.

3.3 Conversor ADC

Depois que a temperatura do paciente estiver mensurada e linearizada é preciso

convertê-la para um sistema digital. Faz-se necessário a utilização de um conversor

analógico digital, que fará a conversão dos diversos níveis de tensão (sinal contínuo)

contidos no sinal para um formato binário (sinal digital) que será utilizado

posteriormente.

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A figura 3.3.0 representa a conversão de uma temperatura (sinal qualquer) em

uma escala de bytes que será envia para um uC.

Figura 2 - Função do ADC

Figura 3 - ADC0804

O conversor analógico digital que será adotado neste projeto é o ADC0808 da

National Semiconductor (figura 3) que possui as características descritas a seguir:

8 entradas de sinal;

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Seleção da entrada a ser convertida via endereço;

Definição de referência Negativa;

Definição de referência Positivo;

Sinais de comunicação com microcontroladores, como: Output Enable, End of

Conversion e Start.

3.4 Protocolo de comunicação

Conjunto de regras e convenções para troca de informações entre duas ou mais

entidades comunicantes.

Para que um módulo se comunique com o outro de forma que não haja perda de

informação é preciso elaborar um protocolo de comunicação. Como os pares de

transmissores e receptores trabalham na mesma freqüência, caso ocorram

transmissões simultâneas com certeza haverá perda de informação.

O protocolo desenvolvido é orientado a conexão, ou seja, apenas um dos pontos

da rede comunica-se num determinado instante (t). Nos próximos tópicos serão

ressaltados alguns conhecimentos básicos para elaboração deste projeto, assim como

algumas características de certos tipos de redes e protocolos utilizados para a

comunicação sem fio.

3.4.1 Acesso ao Meio sem Fio

O meio de transmissão via rádio possui diversas características que influenciam

na escolha de um protocolo de acesso ao meio adequado. Basicamente temos um

meio de transmissão único compartilhado entre diversas estações half-duplex,

caracterizado por um baixo delay de propagação em relação ao tempo de transmissão

de um pacote [1].

Diversos são os protocolos de acesso ao meio propostos na literatura, porém

podemos agrupá-los em 5 tipos, a saber:

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Alocação Fixa;

Acesso Aleatório;

Reservas;

Interrogação;

Híbridos/Adaptativos.

O primeiro protocolo de acesso aleatório proposto para este meio foi o ALOHA,

implantado na universidade do Hawaii no início da década de 70. Ainda nesta década

foram realizados estudos quanto a protocolos deste tipo (acesso aleatório) num

ambiente de comunicação via rádio [1].

3.4.2 IEEE 802.11

Este foi o padrão proposto pelo IEEE para redes locais sem fio e baseia-se no

protocolo CSMA. Aqui menciona-se as principais características da camada MAC deste

padrão [1].

O padrão 802.11 opera em dois modos, infra-estruturado e ad-hoc. No modo

infra-estruturado temos regiões denominadas BSS (basic service set) que estão dentro

do alcance de uma estação rádio base denominada ponto de acesso (AP

Access

Point), e toda comunicação entre estações é feita através deste AP. O padrão prevê a

possibilidade dos APs se comunicarem através de uma rede cabeada, formando o

chamado sistema de distribuição (figura 4). No modo ad-hoc as estações comunicam-

se diretamente (figura 5), sem o intermédio de um AP [1].

Figura 4 - Rede Intra-Estruturada [1]

Figura 5 - ac-hoc [1]

O padrão proporciona dois tipos de serviço, assíncrono e time-bounded, através

de três métodos de acesso [1]:

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DFWMAC-DCF básico utilizando CSMA/CA;

DFWMAC-DCF com extensão RTS/CTS;

DFWMAC-PCF com pooling

A operação do DFWMAC (Distributed Foundation Wireless MAC) é baseada no CSMA, onde cada estação escuta o meio durante um intervalo de tempo antes de iniciar uma transmissão. A duração deste intervalo de tempo determina a prioridade de acesso ao meio, e no 802.11 são especificados três parâmetros de prioridade , SIFS, PIFS e DIFS, conforme mostrado na figura 6. Esta prioridade não está relacionada à diferenciação, serve apenas como um tipo de controle do protocolo [1].

Figura 6 - Espaço entre quadros [1]

Dos três métodos acima relacionados, somente serão abordados os dois

primeiros DFWMAC-DCF básico utilizando CSMA/CA e DFWMAC-DCF com extensão

RTS/CTS.

No modo básico quando uma estação possui dados a transmitir ela escuta o meio

por pelo menos DIFS, quando então inicia a transmissão se o meio tiver permanecido

livre por este intervalo de tempo. Nesta situação se diferentes estações começarem a

escutar o meio em instantes bem próximos ocorrerá uma colisão, portanto foi

implementado um mecanismo de backoff, onde ao detectar uma colisão (pelo não

recebimento de um ACK após algum intervalo de tempo) a estação escolhe um número

aleatório uniformemente distribuído entre 1 e o tamanho corrente da janela de

contenção, que será justamente o tempo de backoff. O que ocorre então é que

passado DIFS sem que tenha havido uma transmissão a estação inicia a contagem

deste intervalo de tempo aleatório, transmitindo seu pacote após decorrido este tempo.

Caso uma transmissão seja detectada antes deste momento, a estação suspende a

contagem do tempo, espera o meio ficar livre durante DIFS novamente e continua do

ponto em que havia parado. A cada colisão a janela de contenção é dobrada até que

atinja um valor máximo. A figura 7 mostra os principais componentes deste protocolo

[1].

DIFS

espera media

contenção próximo quadro SIFS

PIFS

DIFS

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13

Figura 7 - Componentes do 802.11 [1]

Quando uma estação precisa transmitir, assumem-se os seguintes passos a

seguir:

1) Escuta o meio até que ele permaneça livre durante DIFS, logo após isso

transmite o pacote e vai para o passo (2);

2) Aguarda um ACK que é enviado pelo receptor após SIFS (contando a partir do

fim do envio do pacote);

a) Caso não receba houve colisão. Dobra o valor da janela de contenção

atual (se permanecer abaixo da máxima) e vai para o passo (3);

b) Recebido o ACK se ainda existirem pacotes a serem transmitidos vai para

passo (3);

3) Escolhe aleatoriamente um valor de backoff dentro da janela de contenção

atual e continua escutando o meio;

a) Ao sentir o meio livre durante um intervalo de tempo igual a DIFS inicia (ou

continua) a contagem do tempo de backoff;

b) Se durante este backoff o meio é sentido ocupado pausa a contagem,

permanece escutando o canal e volta para passo (3-a);

c) Ao terminar o tempo de backoff transmite o pacote e vai para o passo (2)

[1].

DIFS

espera media

Janela de Backoff próximo quadro SIFS

PIFS

DIFS Janela de disputa

Fatia de tempo

Adiamento do Acesso

Incremento do Backoff, aguardado o meio ficar inativo

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Com a utilização do CSMA/CA no modo básico alguns problemas inerentes ao

meio de transmissão são conhecidos, tais como terminais escondidos e expostos. No

caso de terminais escondidos temos que uma estação A está transmitindo para B,

porém C também deseja transmitir para B mas está fora do alcance de A, fazendo com

que C não saiba que uma transmissão já se encontra em andamento e transmita seu

pacote, ocasionando uma colisão em B (figura 8). Já o problema de terminais expostos

ocorre quando uma estação C deixa de transmitir para D por detectar portadora no

canal (B, dentro do alcance de C, está transmitindo para A), quando na realidade esta

transmissão poderia ter sido realizada sem que houvesse colisão (D está fora do

alcance de B, assim como A fora do alcance de C), causando a diminuição da

eficiência no acesso ao meio (figura 9) [1].

Figura 8 - Terminal escondido [1]

Figura 9 - Terminal exposto [1]

Com o objetivo de minimizar o efeito de terminais escondidos o padrão possibilita

a utilização de uma extensão RTS/CTS, onde o meio é reservado exclusivamente a

uma estação através da troca de mensagens de controle (RTS/CTS). Neste método de

acesso, uma estação que deseja transmitir envia um RTS (request to send) ao

receptor, informando neste pacote o tempo necessário até o recebimento do ACK

correspondente, tempo este que é escutado por todas as estações na área de alcance

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do transmissor. O receptor, por sua vez, responde com um CTS (clear to send),

informando este mesmo tempo, agora escutado por todas as estações no alcance do

receptor. Ao final desta troca de RTS/CTS, todas as estações na área de alcance de

ambos os participantes desta negociação setam um NAV (network allocation vector) de

forma a só entrar em contenção pelo meio após decorrido este tempo, ou seja, durante

este intervalo de tempo (até o recebimento do ACK) o meio está reservado ao envio de

pacote do emissor que enviou o RTS. A figura 9 ilustra este procedimento, onde

colisões podem ocorrer apenas nos pacotes de RTS ou CTS [1].

Figura 10 - Modo RTS/CTS [1]

Na figura 10 é apresentado uma simulação que ilustra colisão no envio de um

RTS das estações 2 e 3, após um determinado tempo as estações detectam a perda

do pacote RTS e incrementam seus backOffs com um valor aleatório como indicado

acima, entretanto estas estão aguardando pelo tempo de backOff a estações 1 escutou

o canal por um tempo maior ou igual a DIFS, como não ouve transmissões porque 2 e

3 estão contando o backOff, 1 começa a transmitir um RTS e logo após o access point

transmite um CTS . As estações 2 e 3 detectam a transmissão de 1, e entram em

estado de NAV parando a contagem do backOff até que o access point transmita um

ACK ou SIFS seja esgotado.

ACK

dados

CTS

RTS

DIFS

SIFS SIFS

emissor

dados

DIFS

receptor

outras estações

SIFS

NAV (CTS)

NAV (RTS)

t

Adiamento do Acesso

disputa

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Com o ACK transmitido pelo access point, a contagem do backOff continua, então

a estação 3 termina sua contagem antes da estação 2 e envia um RTS para transmitir

o seu frame.

Figura 11 - Simulação de colisão entre RTS [3]

A figura 12 ilustra um período de tempo de comunicação entre duas estações,

onde as outras estações estão em estado de NAV aguardando a liberação do canal.

Figura 12 - Comunicação CSMA/CA

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17

3.5 Microcontrolador 8051 (Philips)

Neste tópico será descrita algumas funcionalidades do microcontrolador 8051 da

Philips Semiconductors, este será utilizado para o controle dos módulos do paciente e

enfermeira.

No MRE o 8051 está presente para realizar o gerenciamento do módulo e

interface com o usuário. O gerenciamento consiste em executar tarefas em tempos pré-

determinados e monitorar o canal serial deste módulo, já a interface com o usuário é

feita controlando um display LCD (descrição na próxima seção) e enviado dado a ele.

Outra interface é através de botões que acionam interrupções no uC, fazendo com que

seja gerado eventos visuais no LCD.

O MRP é similar ao MRE, mas não possui interação com botões. Características

técnicas quanto ao barramento, temporizadores e memórias são mencionadas a baixo.

Barramento interno e externo de 8bits;

Memória interna de programa de 64k registros com organização de 512x8;

Memória interna RAM(Random Access Memory) de 1k registros;

32 linhas de I/O(Input/Output) programáveis;

3 contadores/temporizadores de 16 bits;

UART full duplex(envia e recebe dados simultaneamente);

Clock externo de até 30MHz

A figura 13 menciona as características físicas e disposição dos pinos do

microcontrolador.

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Figura 13 - Pinos do 8051 [10]

3.6 LCD (Liquid Display Cristal)

Em sistemas microprocessados é comum o uso de módulos LCD para interfaces

de saída. Estes módulos fazem uso de um controlador próprio, isto é, através de

poucos pinos de controle e um barramento de dados de 8 ou 4 bits é possível controlá-

lo, facilitando sua integração com módulos microprocessados.

A tabela 1 mostra a descrição dos pinos do módulo LCD com 2 linhas por 16

colunas e a figura 14 apresenta o layout do módulo LCD utilizado. Neste projeto será

utilizado dois módulos LCD, um no MP e outro no MRE.

Figura 14 - Layout módulo LCD

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Tabela 1 - Pinos do módulo LCD

3.7 Amplificador Operacional

O amplificador operacional é um integrado, no interior do qual existem uma

quantidade bastante grande (mais de 30) componentes, envolvendo transistores,

diodos, etc. Uma visão simplificada do que existe no interior do operacional, segundo

uma divulgação da Texas Instruments , é apresentada a seguir [8].

Figura 15 - Estrutura interna de um AmpOp [9]

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As características principais de um amplificador operacional ideal são:

Ganho de tensão infinito;

Resistência de entrada infinita;

Resistência de saída nula;

Largura de banda infinita;

Tensão de offset de entrada nula;

Slew rate infinito;

Deriva térmica nula

Na prática os AmpOp não são ideais mas sim reais, o que implica que aquelas

características são aproximadas. No entanto, considerar os AmpOps ideais simplifica o

estudo das suas aplicações.

3.8 Radio Freqüência

Muitos sistemas de comunicação fazem a transmissão dos dados utilizando fios

de cobre (como par trançado, cabo coaxial), ou fibra ótica. Outros, entretanto,

transmitem os dados pelo ar, como é o caso da transmissão por raios infravermelhos,

lasers, microondas e rádio. Cada uma destas técnicas é adequada em certas

aplicações, que podem ser empregadas em LAN s e WAN s.

Existem várias características importantes que devem ser levadas em conta

quando utilizado um sistema de transmissão e recepção via rádio, as quais são:

Custo dos equipamentos: Os equipamentos de radiodifusão ainda são caros e

complexos;

Níveis de potência do sinal na transmissão;

Utilização de técnicas analógicas de modulação e multiplexação;

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Variedades de fontes de interferência e ruído;

Regulamentação pública: Os sistemas dependem da regulamentação pública

para a utilização do espectro de freqüências.

3.8.1 Módulos híbridos

Módulos Híbridos são circuitos completos do transmissor e do receptor já

montados com componentes SMD numa placa muito pequena, que pode ser encaixada

e soldada diretamente na placa principal. A montagem de Terminais Remotos,

sistemas de segurança sem fio, alarmes de carro e muitos outros equipamentos, ficam

sensivelmente facilitados com a utilização de módulos que operam na faixa de UHF.

Um dos maiores problemas do projeto e montagem de sistema sem fio está nas

etapas de alta freqüência, especificamente, do transmissor e do receptor. Para operar

em freqüências elevadas, evitar o congestionamento do espectro e ruídos, bem como

para atender as normas internacionais, caso o equipamento sejam industrializado, o

circuito se torna crítico, e eventualmente, de difícil implementação numa linha de

montagem.

Uma solução mais eficiente consiste no uso de módulos de transmissor e receptor

já prontos na forma de Módulos Híbridos . Como estes módulos são fabricados em

série por um processo muito preciso que inclui o ajuste de freqüência com uso do laser,

temos a garantia de que o sinal do receptor pode ser recebido pelo mesmo sem a

necessidade de ajustes.

A tabela 2 relaciona diferentes faixas de freqüência siglas pré-definidas

internacionalmente.

Tabela 2 - Faixas de Freqüências [14]

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3.8.2 Transmissor (Telecontrolli)

Neste projeto será utilizado um desses módulos híbridos, do fabricante

Telecontrolli. Operam nas freqüências de 315,418, 418MHz e 433,92MHz, que são as

freqüências padronizadas internacionalmente para este tipo de aplicação. O módulo

escolhido foi o RT4 trabalhando a 433,92MHz podendo operar com tensões de 2 a 14

Volts com um consumo típico de 4mA e com uma taxa máxima de transmissão de

dados de 4800bps. Dependendo da topografia local, da existência de obstáculos e

outros fatores que possam influenciar na transmissão e recepção, é possível ter

alcance de 20 à 50 metros. A Figura 16 ilustra o módulo Transmissor utilizado.

Figura 16 - Módulo Híbrido da Telecontrolli RT4-433,92MHz

3.8.3 Receptor (Telecontrolli)

Para que o receptor possa entender os dados transmitidos pelo RT4 optou-se

pelo módulo receptor super regenerative RR3, trabalhando na mesma freqüência de

433,92MHz. A taxa máxima de recepção de dados deste módulo é de 2000bps, a qual

é menor que a taxa que o transmissor RT4 é capaz de transmitir, fato este que limita a

comunicação entre os módulos a 1200bps (taxa pré-definida em PCs, facilitando a

comunicação entre os módulos). A Figura 17 a ilustração do módulo receptor.

Figura 17 - Módulo Híbrido da Telecontrolli RR3-433,92MHz

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4. ESPECICAÇÃO

Neste capítulo será apresentado diagramas e modelos de simulação separados

em forma de módulos, auxiliando no desenvolvimento e implementação do projeto.

Dividir o sistema em módulos facilita a etapa final do projeto que seria a parte de

manutenção e testes, também ajuda a solucionar problemas. Assim, neste capítulo

tem-se a especificação do hardware subdividida de acordo com as principais partes de

cada módulo do sistema, a especificação de software que também foi subdividida pelo

mesmo critério. Por fim, o estudo de viabilidade econômica de todo o sistema.

4.1 Especificação do Hardware

O hardware do sistema proposto foi dividido nos seguintes módulos: módulo

remoto da enfermeira (MRE), módulo remoto do paciente (MRP) e o módulo do

computador (MPC).

A tabela 3 lista os componentes utilizados no projeto dos módulos citados a cima.

Tabela 3 - Componentes utilizados no hardware

Componente Quantidade

Fabricante

Microprocessador da família 8051 (P89C51RD2)

2 Philips

Amplificador operacional OPA277 2 Texas Instruments

Conversor analógico digital ADC0808 1 National

Transmissor UHF RT4 (433,92MHz) 3 Telecontrolli

Receptor UHF RR3 (433,92MHZ) 3 Telecontrolli

Sensor de temperatura LM35 1 National

Módulo LCD 2 Desconhecido

Resistores em geral - -

Leds - -

Potenciômetros - -

Módulo conversor RS-232 (MAX232) 2 Texas Instruments

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Utilizou-se do software de captura de esquemáticos Capture da OrCAD (versão

9.1 Release) e para as simulações dos blocos foi utilizado o Proteus da LabCenter

(versão 6.8 sp3)

4.1.1 Módulo remoto da enfermeira (MRE)

Este módulo é utilizado com monitor do sistema, tem como principal função fazer

pedidos de temperatura ao módulo do paciente e emitir um alerta quando existir algum

problema com este. O diagrama blocos (figura 18) representa o MRE e seu fluxo de

dados juntamente com os controles de suas partes.

interfaceserial

RS-232

trasmissorRT4

receptorRR3

TX

RX

display LCD

antena

dados e instruções LCD

controle do LCD

antena

botõesinterrupções

TX

RX

8051

Figura 18 - Diagrama em blocos módulo enfermeira

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4.1.2 Módulo remoto da paciente (MRP)

Módulo de aquisição de dados, responsável por condicionar o sinal proveniente

do sensor de temperatura para uma etapa posterior. Nesta etapa faz-se a conversão do

sinal analógico para digital que logo é absorvido pelo microprocessador. Um display

LCD é utilizado para informar ao paciente sua temperatura atual.

Outra tarefa importante realizado pelo MRP é o envio de uma determinada

quantidade de amostras para o MPC. O diagrama blocos (figura 19) representa o MRP

e seu fluxo de dados juntamente com os controles de suas partes.

interfaceserial

RS-232

trasmissorRT4

receptorRR3

TX

RX

display LCD

antena

dados einstruções LCD

antena

TX

RX

conversorADC0808dados ADC

controle ADC

bufferAmpOp

ganho

sensor

sina

lam

plifi

cado

ganh

o de

corr

ente

con

dic

on

am

en

tod

o si

na

l

controle LCD

8051

Figura 19 - Diagrama em blocos do módulo paciente

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4.1.3 Módulo remoto do microcomputador (MPC)

Este módulo é extremamente simples, constituído apenas por um transmissor

RT4 e um receptor RR3. Tem como função interligar o microcomputador aos módulos

remotos. A figura 20 apresenta o diagrama em blocos do MPC.

interfaceserial

MAX-232IBM PC

trasmissorRT4

receptorRR3

antena antena

TX

RX

Figura 20 - Módulo do microcomputador

4.2 Especificação do Software

Utilizou-se de softwares de desenvolvimento e simulação para esta etapa do

projeto, são eles:

Builder C/C++ versão 6.0 da Borland, para o desenvolvimento da aplicação no

microcomputador e banco de dados;

Keil (IDE MicroVision2) versão 7.10 da Keil Softwares, utilizado para

programação em C ANSI do protocolo de controla dos módulos;

RIDE IDE versão 6.4 da Raisonance, também utilizado para programação em C

ANSI dos módulos do sistema.

O software está dividido em duas partes distintas. O aplicativo de cadastro de

pacientes e enfermeiras desenvolvido com técnicas de engenharia de software

utilizando orientação de objetos, e não menos importante o firmware que realizara o

controle dos módulos e interface com o usuário no hardware.

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4.2.1 Diagramas de casos de uso

A enfermeira ou o médico são os profissionais da área da saúde responsável pelo

tratamento ou monitoramento dos pacientes. Eles interage com o software através das

seguintes ações:

Cadastro de pacientes: este caso de uso permite ao médico/enfermeira registrar

em um banco de dados as informações do paciente.

Cadastro de Medido ou enfermeira: este caso de uso permite ao médico ou

enfermeira registrar em um banco de dados as suas próprias informações.

Solicita Histórico: neste caso de uso o médico ou a enfermeira realizam uma

busca por um gráfico onde consta amostras de temperaturas de um determinado

paciente.

Sistema de controle detemperatura

Enfermeira ou médico

Cad. de Pacientes

Cadastro de Médico

Solicita Histórico

consultas BD

«uses»

Figura 21 - Diagrama de casos de uso

4.2.2 Diagrama de classes

Neste tópico são apresentadas as classes que constituem o caso de uso

responsável pelo recebimento das temperaturas provenientes da porta serial e criação

de gráficos a partir do histórico dessas temperaturas.

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A figura 22 mostra-nos uma classe central denominada cSistema. Esta será

responsável por controlar toda a funcionalidade do caso de uso.

+inserir() : void+deletar() : bool+pesquisar() : bool+getNome() : String+setNome(in nome : String) : void+getTelefone() : String+setTelefone(in telefone : String) : void

-Nome : String-Telefone : String

cMedico

+getNome() : String+setNome(in Nome : String) : void+getTemperatura() : float+setTemepratura(in Temperatura : float) : void+setID() : int+getID(in ID : int) : void+inserir() : void+deletar() : void+historico() : void

-Nome : String-Temperaturas : float-ID : int

cPaciente

+geraHistotico() : bool+montaGrafico()+atualizaData() : void+atualizaHora() : void

-munPacientes : String-data : float-hora : float-paciente : cPaciente-medicos : cMedico

cSistema

*

1

*

1

Figura 22 - Diagrama de classes

4.2.3 Diagrama de seqüência

Através dos diagramas de seqüência, pode-se definir a troca de mensagens entre

as classes e chamada de métodos. A figura 23 ilustra essa idéia.

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Figura 23 - Diagrama de seqüência

4.2.4 Modelo entidade relacionamento (MER)

Enfermeira

PK IDEnfermeira

NomeTelefone

Paciente

PK IDPaciente

FK1 IDMedicoFK2 IDEnfermeira

NomeLocal

Historico

PK,FK1 IDPacientePK DataPK Hora

Temperatura

Medico

PK IDMedico

NomeTelefone

Figura 24 - Modelo Relacional

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4.2.5 Interface com o usuário (PC)

Figura 25 - Tela principal de gerenciamento

Figura 26 - Tela de cadastro de pacientes

Neste tópico é demonstrado algumas janelas do aplicativo desenvolvido para

gerenciamento e acompanhamento dos pacientes, a figura 25 mostra a interface do

módulo PC, na figura 26 é apresentado uma tele para cadastro de pacientes, existe

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também outras duas telas de cadastro que não são mencionadas, pois, tem a mesma

função da tela de cadastro de pacientes.

4.3 Especificação do Firmware

O firmware é um software dedicado exclusivamente a um hardware, isto é, tem

como função gerenciar os sistemas embarcados do hardware. O desenvolvimento é

todo no microcomputador, sendo descarregado para o microcontrolador após o termino

do seu desenvolvimento. O microcontrolador utilizado neste projeto foi descrito no

capitulo de estudo teórico (capitulo 3) o 8051 da Philips.

As figuras 27 e 28 idealizam o funcionamento do firmware dos módulos

enfermeira e paciente. Primeiramente são apresentadas as interrupções desse dois

módulos, elas são as mesmas para ambos os módulos, com uma única diferença, no

módulo do paciente na interrupção do timer_0 é adicionado uma função que faz a

leitura de uma temperara a cada evento de estouro de timer (overflow).

O fluxograma do firmware do paciente também é muito parecido com o firmware

da enfermeira, consiste em inicializar o display LCD e a interrupção do timer_0, as

interrupções externas são não são utilizadas, pois não há botões neste modulo. O loop

principal é o mesmo, mas ao invés de pedir uma temperatura, ele as envia.

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Interrupção

Serial

Recebeu dados ?

Sim

Salva Byte nobuffer principal

Habilita canalserial

Desabilitacanal serial

Não

Interrupção doTimer_0

buffer principalé RTS | CTS | ACK |

PROTOCOLO ?

Pacote épara min?

Não

Sim

retorna paraprograma principal

contador_Timer_0 = 0

contador_Timer_0 == 10

Não

Executapacote

Sim

incrementacontador_Tmer_0

Não

retorna paraprograma principal

Interrupçãoexterna_1

botãoMENU_PRINCIPAL

?

Não

Sim

aponta para oproximo item do

MENU_PRINCIPAL

verifica qual botãofoi apertado

aponta para oproximo item do

SUB_MENU

aponta pra oprimeiro item do

SUB_MENU

atualiza LCD comMENU_PLINCIPAL

eSUB_MENU

SUB_MENU == NULO?

aponta pra oprimeiro item do

SUB_MENU

Sim

MENU_PRINCIPAL ==NULO?

aponta pra oprimeiro item do

MENU_PRINCIPAL

Sim

NãoNão

retorna paraprograma principal

retorna paraprograma principal

seta flagBOTÃO_PRECSSIONADO

seta flagEVENTO_PACOTE

Sim

Figura 27 - Interrupções para módulos da enfermeira e paciente

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ProgramaPrincipal

Aguarda um tempopela resposta

Envia Solicitaçõade ID para Central

ID valido ?

Sim

ConfiguraSerial

ConfiguraInterrupções

externas

ConfiguraTimer_0

inicializa LCD

Não

loop infinito EVENTO_PACOTE?Sim

Sim

Interrupçãoexterna_0

Sim

Nãoretorna para

programa principal

BOTÃO_PRESSIONADO?

executa açãodo botão

Sim

Não

texto recebido?

dispara alarme

Não

Sim

imprime LCDconverte temperatura

pra texto

temperatura > limite

temperaturarecebida?

Não

Sim

Figura 28 - Interrupção exrterna_0 e programa principal módulo enfermeira

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4.4 Cronograma

O cronograma esperado ao longo do desenvolvimento do projeto esta relacionado

na tabela 4. Como o decorrer do projeto foi-se deparando com alguns problemas de

planejamento e implementação, o que causou atrasos de dias e até semanas. Com isto

os de entrega foram ficando cada vez mais curtos, mas na medida do possível

cumpridos.

Tabela 4 - Cronograma

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Estudo teórico X

Pesquisa e compra do hardware

X

Estrutura do software e Hardware

X X

Des. do Sistema X X X X X

Integração do hardware e software.

X X X

Simulações e testes para calibragem do sistema.

X X

Finalização da documentação do projeto.

X

4.5 Custos do projeto

O projeto teve como custos os principais itens descritos na tabela 5. Outros itens

não foram citados por não apresentarem custos significativos ao projeto, esta tabela

demonstra que o fator de peso para o desenvolvimento do Sistema Hipertermia foram

os módulos de radio freqüência e os processadores.

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Tabela 5 - Custos de desenvolvimento do projeto

Componentes e horas de desenvolvimento

Qtd

Preço

Unitário (R$) Total Unitário (RS)

Microprocessador da família 8051 (P89C51RD2) 2 60,00 120,00

Amplificador operacional OPA277 2 1,00 2,00

Conversor analógico digital ADC0808 1 20,00 20,00

Transmissor UHF RT4 (433,92MHz) 3 40,00 120,00

Receptor UHF RR3 (433,92MHZ) 3 40,00 120,00

Sensor de temperatura LM35 1 4,50 4,50

Módulo LCD 2 32,00 64,00

Placas padrão 2 11,00 22,00

Caixas plásticas 3 7,00 21,00

Baterias 5 9,00 45,00

Módulo conversor RS-232 (MAX232) 2 2,50 5,00

Horas de trabalho 350 9,00 3150,00

TOTAL de custos do projeto RS: 3693,50

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5. IMPLEMENTAÇÃO

5.1 Hardware

O dispositivo sensitivo utilizado neste projeto foi o LM35 da National que possui

uma boa resolução e atende a faixa de temperatura desejada. A figura 29 representa a

largura de banda do sensor, como a faixa de operação para esta aplicação é de 25 a

45°C é possível obter uma boa linearidade.

Figura 29 - Erro(°C) x Temeperatura(°C) [11]

Por questões de facilidade e praticidade o método utilizado para extrair a

temperatura foi o axilar, apesar de não ser a forma mais indicada clinicamente.

No módulo do paciente o sinal proveniente do sensor é injetado num buffer

(seguidor de tenção com OPA277) para garantir o nível do sinal. O estágio posterior é o

de amplificação, onde o valor de entrada é multiplicado por aproximadamente 10

vezes. Com o sinal já condicionado é feita a conversão do análogo para o digital

(ACD0808) e envia-se para o microcontrolador. Neste ponto a temperatura que era um

sinal analógico passa a ser um dado de 8 bits que será transmitido para o modulo PC

após atingir um número X de amostras. Também é possível a realização de pesquisas

por parte do módulo da enfermeira. Este módulo possui um Display de Cristal Liquido

(LCD) onde é exibida a última temperatura amostrada pelo sistema.

O módulo da enfermeira é utilizado apenas para monitorar as condições do

paciente, fazendo pedidos via RF de acordo com a sua vontade. Internamente tem a

estrutura muito parecida com a do módulo do paciente, mas com uma diferença, não

possui a parte do sensor e conversor AD. No lugar disto apresenta-se 3 botões que são

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responsáveis pela interface com a enfermeira, este módulo também possui um LCD

que apresenta menus e exibe temperaturas.

Já o módulo PC é composto simplesmente por um par de transmissor/receptor RF

e um barramento acoplado a um IBM-PC.

5.2 Firmware

Os pares de transmissores e receptores trabalham na mesma freqüência

(433,92MHz). Transmissões simultâneas são comuns de acontecerem e com certeza

haverá perda de informação, ou seja, apenas um dos pontos da rede pode comunicar-

se num determinado slot de tempo (t), garantindo assim a não interferência no sinal

recebido. Então foi construído um protocolo de acesso ao meio tomando como base o

padrão descrito pela IEEE 802.11. A figura 30 apresenta o formato do pacote de hand

shake, isto é, como os módulos vão estabelecer conexão uns com os outros antes de

transmitir qualquer dado.

Figura 30 - Protocolo de hand shake

Já a figura 31 descreve o formato do protoco para transferência de dados. Uma

string constante é adicionada no inicio e fim da cada tipo de pacote enviado, este

procedimento foi adotado para facilitar a percepção dos diferentes tipos de pacote pelo

microcontrolador, abaixo uma tabela contendo a característica de cada pacote (tabela

4).

rts ou cts ou

ack

origem

destino

fim 1 byte 1 byte ~~~~ ~~~~

String de inicio de hand shak (RTS e CTS) 3 byes;

Recebimento de protocolo(ACK) 3 bytes.

String de fim de hand shak (FIM) 3 byes.

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Figura 31 - Formato do protocolo

Tabela 6 - Identificadores do protocolo Identificadores

função Função no destinatário

rts Indicar inicio de pacote RTS Retornar um CTS

cts Indicar início de pacote CTS Setar estado do sistema com CTS

ack Indicar início de pacote ACK Setar estado do sistema com ACK

pro Indicar início de pacote

PROTOCOLO Executar uma função do protocolo

fim Indicar fim de pacote nenhuma

5.3 Software

O software desenvolvido para esse projeto foi desenvolvido utilizando-se da

linguagem de programação C/C++ provida pela plataforma da Borland, o banco de

dados escolhido foi o PARADOX 7.0 também da Borland. Os métodos utilizados no seu

desenvolvimento foram, diagramas de classes, diagramas em bloco, diagrama de

casos de uso e modelo entidade relacionamento (MER).

A interface final é simples e intuitiva, pode ser feito cadastro de pacientes,

medicos e enfermeiras. Também é possível gerar e salvar gráficos com diferentes

intervalos de tempo. A figura 6 demonstra a tela principal da aplicação e a figura 7 a

tela de criação de gráficos.

origem destino tipo

1 byte 1 byte 1 byte 1 byte

tamanho dados

~ de 0 a 255 bytes ~ pro

3 bytes

fim

3 bytes

checksum

1 byte ~ ~ ~ ~ ~ ~

String de início do pacote

String de fim do pacote

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Figura 32 - Tela principal

Figura 33 - Tela de criação de gráficos

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6. RESULTADOS

Os módulos desenvolvidos apresentaram um bom desempenho, com exceção do

receptor RR3 do fabricante Telecontrolli, que quando testado no protoboard obteve o

funcionamento esperado. Ao integrá-lo com o resto no circuito não ofereceu o mesmo

rendimento, recebendo constantemente caracteres estranhos no seu terminal de saída.

Uma solução adotada foi a elaboração e substituição da placa padrão por outra

criada no software de captura de esquemáticos OrCad, foi utilizado um processo no

qual as trilhas do circuito foram dispostas em curvas.

A figura 34 mostra o módulo da enfermeira recebendo uma temperatura

proveniente do módulo do paciente, e a figura 35 apresenta no display LCD uma

temperatura amostrada, o número 13 entre parênteses indica a 13ª amostra

armazenada para transmissão ao módulo PC

Figura 34 Módulo enfermeira

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Figura 35 Módulo paciente, 13ª temperatura referenciada

A velocidade de comunicação entre os módulos teve que ser diminuída para que

o sistema funcionasse plenamente, e mesmo assim o numero de perdas foi bastante

grande, mas graças ao protocolo e a adaptação do algoritmo CSMA foi possível deixar

todos os módulos comunicantes em todas as direções, mesmo que lento.

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7. CONCLUSÃO

Foi possível chegar nos resultados esperados, contudo os módulos de RF

revelaram ser muito sensíveis. O sistema como um todo não foi devidamente testado

em situações reais, mas atingiu as metas esperadas para as simulações.

Como se trata de um protótipo fica claro a necessidade de melhorias na

comunicação e na velocidade da rede. Melhorar a qualidade do sensor, pois alem de

ter que ser linear o sensor precisa apresentar reprodutibilidade.

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8. BIBLIOGRAFIA

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[2] WWW Prof, Dr Amine Berqia http://w3.ualg.pt/~bamine/Wi-Fi.ppt#9 Data de acesso: 11/08/2005

[3] WWW http://lerci.tagus.ist.utl.pt/applets.htm Data de Acesso: 10/08/2005

[4] (J. Henry) Informação fornecida por J. Henry (UK) DataBack http://www.intox.org/databank/documents/treat/treatp/trt17_p.htm

[5] TANENBAUN, Andrew S. Redes De Computadores . Rio de Janeiro. Campus. 1994

[6] JÚNIOR, V. P. S Aplicações Práticas do Microcontrolador 8051 7ª Edição. São Paulo: Érica, 2000.

[7] ANATEL, PDFF Plano de Destinação de faixas de Freqüência. http://sistemas.anatel.gov.br/pdff/, Data de acesso: 03/07/2005

[8] WWW UNICAMP, http://www.ifi.unicamp.br/~kleinke/f540/e_amp1.htm Data de acesso: 27/08/2005

[9] WWW

Texas Instruments, http://www.ti.com Data de acesso: 03/07/2005

[10] WWW

Philips Semiconductors, http://www.semiconductors.philips.com/ Data de acesso: 04/07/2005

[11] WWW

National, http://www.national.com/ Data de acesso: 12/06/2005

[12] PERTENCE, Antonio. Amplificadores operacionais e Filtros ativos: teria, projetos, aplicações e laboratório. São Paulo. Makron Books. 1996

[13] WWW

Telecontrolli. http://www.telecontrolli.com Data de acesso: 06/05/2005

[14] WWW Aero Tecnologia. http://www.aerotecnologia.com.br/ Data de acesso: 12/10/2005

[15] FOROUZAN, Behrouz A. Data communications and networking . Boston, Mass. McGraw-Hill , 2004

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9. ANEXO 1 (MÓDULO PACIENTE)

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10. ANEXO 2 (MÓDULO ENFERMEIRA)

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11. ANEXO 3 (MÓDULO PC)

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12. ANEXO 4 (MÓDULO PACIENTE, SENSOR E FONTE DE ALIMENTAÇÃO )

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13. ANEXO 5

ARTIGO CIENTÍFICO

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14. ANEXO 6

MANUAL TÉCNICO

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15. ANEXO 7

MANUAL DO USUÁRIO

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