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Choque em Choque em PediatriaPediatria
Versão Original:Versão Original:
Lou DeNicola, M.D.Lou DeNicola, M.D.Professor, Pediatric Critical CareProfessor, Pediatric Critical CareUniversity of Florida/JacksonvilleUniversity of Florida/Jacksonville
Linda Siegel, M.D.Linda Siegel, M.D.Assistant Professor, Pediatric Assistant Professor, Pediatric
Critical CareCritical CareMount Sinai School of MedicineMount Sinai School of Medicine Versão Portuguesa:Versão Portuguesa:
Sofia Sarafana, MDSofia Sarafana, MDGabriela Pereira, MDGabriela Pereira, MDUnidade de Cuidados Unidade de Cuidados
Intensivos Pediátricos - H. Intensivos Pediátricos - H. D. Estefânia Lisboa - D. Estefânia Lisboa - PortugalPortugal
IntroduçãoIntrodução O choque é uma síndrome resultante do O choque é uma síndrome resultante do
fornecimento insuficiente de oxigénio aos fornecimento insuficiente de oxigénio aos tecidos para satisfazer as necessidades tecidos para satisfazer as necessidades metabólicas metabólicas
Distribuição ODistribuição O22 < Necessidades O < Necessidades O22
Quando não tratado, evolui para acidose Quando não tratado, evolui para acidose metabólica, disfunção orgânica e morte metabólica, disfunção orgânica e morte
Distribuição de OxigénioDistribuição de Oxigénio
Distribuição de Oxigénio = Débito Cardíaco x Distribuição de Oxigénio = Débito Cardíaco x Conteúdo Arterial de OxigénioConteúdo Arterial de Oxigénio
(DO(DO22 = DC x CaO = DC x CaO22))
Débito cardíaco = Frequência Cardíaca x Volume Débito cardíaco = Frequência Cardíaca x Volume Sistólico Sistólico (DC = FC x VS) (DC = FC x VS)
– VS é determinado pela pré-carga, pós-carga e VS é determinado pela pré-carga, pós-carga e contractilidade contractilidade
Conteúdo Arterial de Oxigénio = Conteúdo de Conteúdo Arterial de Oxigénio = Conteúdo de Oxigénio dos GV + Oxigénio Dissolvido no Plasma Oxigénio dos GV + Oxigénio Dissolvido no Plasma
(CaO(CaO22 = Hb X Sat O = Hb X Sat O22 X 1,34 + (0,003 X PaO X 1,34 + (0,003 X PaO22))))
Figura 1. FACTORES QUE AFECTAM A DISTRIBUIÇÃO DE OXIGENIO
DO2
CaO2
DC
VS
FC
Oxigenação
Hb
Gradiente alveolo-capilar
DPG Equilíbrio Ácido-Base
Bloqueadores Competidores Temperatura
Fármacos Sistema de condução
Compliance Ventricular
VDE
DV
VSE Contractilidade
Pressão Venosa Central (PVC) Volume Venoso Tónus Venoso
Póscarga Bloqueadores Temperatura Competidores Fármacos Tónus Autonómico
Metabolismo Iões
Equilíbrio Ácido-Base Temperatura
Fármacos Toxinas
Influenciada por
Influenciada por
Influenciada por
Influenciada por
Estadios do ChoqueEstadios do Choque
CompensadoCompensado– As funções dos órgãos vitais estão As funções dos órgãos vitais estão
mantidas, a tensão arterial mantidas, a tensão arterial (TA)(TA) permanece normal.permanece normal.
Não compensado Não compensado – A perfusão microvascular torna-se A perfusão microvascular torna-se
residual. Ocorre deterioração da residual. Ocorre deterioração da função celular e dos órgãos. função celular e dos órgãos. Desenvolve-se hipotensão.Desenvolve-se hipotensão.
IrreversívelIrreversível
Mecanismos Mecanismos CompensatóriosCompensatórios
BaroreceptoresBaroreceptores– Localizados no arco aórtico e no seio carotídeo, Localizados no arco aórtico e no seio carotídeo,
são activados pelo aumento da TA média são activados pelo aumento da TA média (TAM)(TAM) e e estimulam o centro cardio-inibitório, promovendo a estimulam o centro cardio-inibitório, promovendo a vasodilatação, e a diminuição da TA, FC e DC. vasodilatação, e a diminuição da TA, FC e DC.
A hipotensão irá interromper este estímulo, A hipotensão irá interromper este estímulo, resultando em vasoconstrição e aumento da TA, FC resultando em vasoconstrição e aumento da TA, FC e DC.e DC.
QuimioreceptoresQuimioreceptores– Detectam a acidose celular promovendo a Detectam a acidose celular promovendo a
vasoconstrição e o estímulo respiratório.vasoconstrição e o estímulo respiratório.
Mecanismos Mecanismos Compensatórios Compensatórios (cont.)(cont.)
Sistema Renina-angiotensinaSistema Renina-angiotensina– A diminuição da perfusão renal leva à secreção de A diminuição da perfusão renal leva à secreção de
renina. renina. A renina é convertida em angiotensina II, provocando A renina é convertida em angiotensina II, provocando
vasoconstrição e libertação de aldosterona. A vasoconstrição e libertação de aldosterona. A aldosterona promove a reabsorção de água e sódio.aldosterona promove a reabsorção de água e sódio.
Resposta HumoralResposta Humoral– A secreção de catecolaminas causa aumento da A secreção de catecolaminas causa aumento da
contractilidade e vasoconstrição.contractilidade e vasoconstrição.
AutotransfusãoAutotransfusão – Reabsorção do liquido intersticial.Reabsorção do liquido intersticial.
Apresentação ClínicaApresentação Clínica
O diagnóstico precoce requer O diagnóstico precoce requer
um alto índice de suspeição um alto índice de suspeição
O diagnóstico é clínico, baseado O diagnóstico é clínico, baseado nos sinais de perfusão tecidualnos sinais de perfusão tecidual
A hipotensão é um sinal tardio A hipotensão é um sinal tardio
Resposta Hemodinâmica à Resposta Hemodinâmica à HemorragiaHemorragia
25% 50%
% Perdas Plasmáticas
% de controlo
100
Resistência Vascular
Débito Cardíaco
Tensão Arterial
Avaliação Inicial: Avaliação Inicial: Exame ObjectivoExame Objectivo
Neurológico:Neurológico: Flutuação do estado de Flutuação do estado de consciência, fontanela deprimida.consciência, fontanela deprimida.
Pele e extremidades:Pele e extremidades: Pele fria, pálida, Pele fria, pálida, marmoreada, cianose, prolongamento do marmoreada, cianose, prolongamento do tempo de repreenchimento capilar, pulsos tempo de repreenchimento capilar, pulsos débeis, hipotonia.débeis, hipotonia.
Cardio-pulmonar:Cardio-pulmonar: taquipneia, taquicardia. taquipneia, taquicardia.
RenalRenal:: oligúria, oligúria, urina concentrada.urina concentrada.
Avaliação inicial: Avaliação inicial: AnamneseAnamnese
Antecedentes pessoaisAntecedentes pessoais– Patologia cardíacaPatologia cardíaca– Cirurgias anterioresCirurgias anteriores– Terapêutica com corticóidesTerapêutica com corticóides– Outros problemas médicosOutros problemas médicos
História sucinta da doença actualHistória sucinta da doença actual– ExposiçõesExposições– Forma de inícioForma de início
Diagnóstico Diferencial do Diagnóstico Diferencial do Choque Choque II
HipovolémicoHipovolémico– HemorragiaHemorragia– Perda de Perda de
Soro/Plasma Soro/Plasma – FármacosFármacos
DistributivoDistributivo– AnafilácticoAnafiláctico– NeurogénicoNeurogénico– SépticoSéptico
CardiogénicoCardiogénico– Falência do miocárdioFalência do miocárdio– DisritmiaDisritmia– Cardiopatia Congénita Cardiopatia Congénita
(ducto-dependente)(ducto-dependente) ObstrutivoObstrutivo
– Pneumotórax, Pneumotórax, Tamponamento, Tamponamento, DissecçãoDissecção
DissociativoDissociativo– Calor, CO,Calor, CO, CianetoCianeto– EndócrinoEndócrino
A classificação etiológica precisa pode ser A classificação etiológica precisa pode ser proteladaprotelada
O tratamento imediato é essencialO tratamento imediato é essencial
Habitualmente ocorre hipovolémia absoluta ou Habitualmente ocorre hipovolémia absoluta ou relativarelativa
A dimensão da silhueta cardíaca na radiografia A dimensão da silhueta cardíaca na radiografia
de tórax pode ser um indicador para avaliar a de tórax pode ser um indicador para avaliar a necessidade de reposição de volume necessidade de reposição de volume
Diagnóstico Diferencial do Diagnóstico Diferencial do Choque IIChoque II
Choque no Recém NascidoChoque no Recém NascidoIncluir no diagnóstico diferencial:Incluir no diagnóstico diferencial:
Hiperplasia congénita da supra-renalHiperplasia congénita da supra-renal Erros congénitos do metabolismo Erros congénitos do metabolismo Patologia cardíaca com obstáculo esquerdo:Patologia cardíaca com obstáculo esquerdo:
– Estenose aórticaEstenose aórtica– Síndrome do coração esquerdo hipoplásicoSíndrome do coração esquerdo hipoplásico– Coarctação da aortaCoarctação da aorta– Interrupção do arco aórticoInterrupção do arco aórtico
Prognóstico do Choque em Prognóstico do Choque em PediatriaPediatriaChang 1999Chang 1999
22 Crianças em Choque
11 Séptico 7 Hipovolémico 4 Cardiogénico
82% Mortes 0% Mortes 75% Mortes
Tratamento - GeralTratamento - Geral
Objectivo: aumentar o Objectivo: aumentar o fornecimento de oxigénio e fornecimento de oxigénio e diminuir o seu consumo:diminuir o seu consumo:– Oxigénio Oxigénio – HidrataçãoHidratação– Controlo da temperaturaControlo da temperatura– AntibióticosAntibióticos– Corrigir alterações metabólicas Corrigir alterações metabólicas – InotrópicosInotrópicos
A - Via AéreaA - Via Aérea– Se não protegida ou incapacidade de a manter, Se não protegida ou incapacidade de a manter,
entubar.entubar.
B - RespiraçãoB - Respiração– Começar sempre com oxigénio a 100%Começar sempre com oxigénio a 100%– Monitorização - saturação OMonitorização - saturação O22
C - CC - Circulaçãoirculação– Estabelecer rapidamente acessos IV Estabelecer rapidamente acessos IV – Monitorização cardio-respiratória e medições Monitorização cardio-respiratória e medições
frequentes da TAfrequentes da TA
Tratamento – Geral Tratamento – Geral (cont.)(cont.)
Avaliação Laboratorial:Avaliação Laboratorial:– HemogramaHemograma– Glicemia Glicemia – IonogramaIonograma– LeucogramaLeucograma– TP/aPTTTP/aPTT– Tipagem de sangueTipagem de sangue– CulturasCulturas
Tratamento – Geral Tratamento – Geral (cont.)(cont.)
TratamentoTratamentoExpansão de VolumeExpansão de Volume
Optimizar a pré-carga Optimizar a pré-carga Soro Fisiológico ou Lactato de RingerSoro Fisiológico ou Lactato de Ringer Excepto em falência miocárdica, fazer bólus de Excepto em falência miocárdica, fazer bólus de
1010--20 cc/kg a correr em 2-10 minutos20 cc/kg a correr em 2-10 minutos Após administração de 40-60 cc/kg reavaliar e Após administração de 40-60 cc/kg reavaliar e
considerar: perda mantida de fluidos, patologia considerar: perda mantida de fluidos, patologia supra-renal, isquémia intestinal, choque supra-renal, isquémia intestinal, choque obstrutivo.obstrutivo. Fazer radiografia de tórax. Fazer radiografia de tórax. Considerar uso de colóides.Considerar uso de colóides.
Prosseguir a expansão de volume de acordo Prosseguir a expansão de volume de acordo com a resposta obtida, parâmetros com a resposta obtida, parâmetros laboratoriais, se possível pressão venosa laboratoriais, se possível pressão venosa central e radiografia de tóraxcentral e radiografia de tórax
Expansão de VolumeExpansão de Volume na fase inicial na fase inicial do Choque Sépticodo Choque Séptico
Revisão RetrospectivaRevisão Retrospectiva de 34 doentes de 34 doentes pediátricos com choque séptico + culturas, de pediátricos com choque séptico + culturas, de 1982 a 1989.1982 a 1989.
A hipovolémia foi determinada pela pressão A hipovolémia foi determinada pela pressão capilar pulmonar e/ou hipotensão.capilar pulmonar e/ou hipotensão.
Na totalidade, os doentes receberam 33 cc/kg à Na totalidade, os doentes receberam 33 cc/kg à 1 hora e 95 cc/kg às 6 horas de evolução.1 hora e 95 cc/kg às 6 horas de evolução.
Três grupos:Três grupos:– 1: receberam menos de 20 cc/kg na 1ª hora1: receberam menos de 20 cc/kg na 1ª hora– 2: receberam 20-40 cc/kg na 1ª hora2: receberam 20-40 cc/kg na 1ª hora– 3: receberam mais de 40 cc/kg na 1ª hora3: receberam mais de 40 cc/kg na 1ª hora
Não se encontraram diferenças no ARDS entre os Não se encontraram diferenças no ARDS entre os três grupostrês grupos
Carcillo, et al, JAMA, 1991Carcillo, et al, JAMA, 1991
Grupo Grupo 11(n = 14)(n = 14)
Grupo Grupo 22(n = 11)(n = 11)
Grupo Grupo 33(n = 9)(n = 9)
Hipovolémia Hipovolémia às 6 horas às 6 horas
-mortes-mortes
66
66
22
22
0 0
00
Sem Sem hipovolémia às hipovolémia às 6 horas 6 horas
-mortes-mortes
88
22
99
55
9 9
11
Total de Total de mortesmortes
88 77 11
Expansão de VolumeExpansão de Volume na fase inicial na fase inicial do Choque Sépticodo Choque Séptico
Tratamento – Inotrópicos ITratamento – Inotrópicos I Na ausência de história sugestiva de Na ausência de história sugestiva de
perda de fluidos, a existência de perda de fluidos, a existência de antecedentes de doença cardíaca, antecedentes de doença cardíaca, hepatomegalia, fervores, cardiomegalia e hepatomegalia, fervores, cardiomegalia e insucesso em melhorar a perfusão insucesso em melhorar a perfusão (apesar de oxigenação, ventilação, (apesar de oxigenação, ventilação, frequência cardíaca e expansão de frequência cardíaca e expansão de volume adequados) sugerem um volume adequados) sugerem um componente cardiogénico ou distributivo. componente cardiogénico ou distributivo.
Os objectivos da terapêutica e os critérios Os objectivos da terapêutica e os critérios de monitorização devem ser de monitorização devem ser estabelecidos antes da introdução de estabelecidos antes da introdução de inotrópicos.inotrópicos.
AdrenalinaAdrenalina– 0,05-1,5 0,05-1,5 μμg/kg/ming/kg/min– Aumenta FC, VS, Aumenta FC, VS,
contractilidadecontractilidade– Objectivo: TA Objectivo: TA
adequada; taquicardia adequada; taquicardia aceitávelaceitável
NoradrenalinaNoradrenalina– 0,05-1,0 0,05-1,0 μμg/kg/ming/kg/min– Aumenta VSAumenta VS– Objectivo: TA Objectivo: TA
adequadaadequada
DopaminaDopamina– 2-20 2-20 μμg/kg/ming/kg/min– Doses baixas, Doses baixas,
melhora a circulação melhora a circulação renal, esplâncnica e renal, esplâncnica e aumenta a aumenta a contractilidadecontractilidade
– Doses elevadas Doses elevadas aumenta a FC e VSaumenta a FC e VS
– Objectivo: Melhorar a Objectivo: Melhorar a perfusão, TA, diureseperfusão, TA, diurese
Tratamento – Inotrópicos IITratamento – Inotrópicos II
DobutaminaDobutamina– 1-20 1-20 μμg/kg/ming/kg/min– Aumenta a Aumenta a
contractilidade, contractilidade, pode reduzir o VS e pode reduzir o VS e a resistência a resistência vascular periférica vascular periférica (RVP)(RVP)
– Objectivo: Melhorar Objectivo: Melhorar a perfusão, pode a perfusão, pode diminuir a TAdiminuir a TA
Prostaglandina E-Prostaglandina E-11– 0,05-0,1 0,05-0,1 μμg/kg/ming/kg/min– Mantém o canal Mantém o canal
arterial patentearterial patente
Tratamento – Inotrópicos Tratamento – Inotrópicos IIIIII
Choque HipovolémicoChoque Hipovolémico
Tipo de choque mais frequente em todo o Tipo de choque mais frequente em todo o mundomundo
Provoca a diminuição do volume sanguíneo Provoca a diminuição do volume sanguíneo circulante, leva a diminuição da pré-carga e circulante, leva a diminuição da pré-carga e do volume sistólico, tendo como do volume sistólico, tendo como consequência a diminuição do débito consequência a diminuição do débito cardíaco. cardíaco.
Etiologia: Hemorragia, perdas renais e/ou Etiologia: Hemorragia, perdas renais e/ou GI, síndromes de aumento da GI, síndromes de aumento da permeabilidade capilarpermeabilidade capilar
Anamnese: história de Anamnese: história de vómitos/diarreia ou vómitos/diarreia ou traumatismo/hemorragiatraumatismo/hemorragia
Sinais de desidratação: mucosas, Sinais de desidratação: mucosas, lágrimas, turgor cutâneolágrimas, turgor cutâneo
Hipotensão, taquicardia sem sinais Hipotensão, taquicardia sem sinais de insuficiência cardíaca de insuficiência cardíaca congestivacongestiva
Choque HipovolémicoChoque Hipovolémico
Causa mais comum de choque nos Estados Causa mais comum de choque nos Estados Unidos Unidos
(devido a traumatismos)(devido a traumatismos) Habitualmente a história é sugestiva Habitualmente a história é sugestiva
(na criança vítima de maus tratos a história pode (na criança vítima de maus tratos a história pode ser enganadora) ser enganadora)
O local da hemorragia pode ser óbvio ou O local da hemorragia pode ser óbvio ou oculto (fígado, baço, intracraniano, GI)oculto (fígado, baço, intracraniano, GI)
Hipotensão, taquicardia e palidezHipotensão, taquicardia e palidez
Choque HemorrágicoChoque Hemorrágico
Choque Hipovolémico/Hemorrágico: Choque Hipovolémico/Hemorrágico: TratamentoTratamento
Começar sempre com ABCComeçar sempre com ABC Repor rapidamente o volume sanguíneo Repor rapidamente o volume sanguíneo
circulante: cristalóide/colóidecirculante: cristalóide/colóide No choque hemorrágico administrar No choque hemorrágico administrar
derivados de sangue assim que possível derivados de sangue assim que possível (Tipagem na 1ª colheita de sangue)(Tipagem na 1ª colheita de sangue)
Repor as perdas de fluidos/sangue e Repor as perdas de fluidos/sangue e tratar a causa subjacentetratar a causa subjacente
SIRS/Sepsis/ChoqueSIRS/Sepsis/Choque SépticoSéptico
LibertaçãoLibertação de mediadoresde mediadores::
exógenos & endógenosexógenos & endógenos
Má distribuiçãoMá distribuição
do fluxo do fluxo sanguíneosanguíneo
Disfunção Disfunção
CardíacaCardíaca
Desequilíbrio Desequilíbrio entre o entre o
fornecimento fornecimento de O2 e o seu de O2 e o seu
consumo consumo
Alterações do Alterações do
metabolismometabolismo
Consequência da libertação de mediadores na Consequência da libertação de mediadores na síndrome de resposta inflamatória sistémica (SIRS), síndrome de resposta inflamatória sistémica (SIRS),
sepsis, e choque séptico sepsis, e choque séptico
Choque SépticoChoque Séptico
Choque Septico: “Choque Choque Septico: “Choque Quente”Quente”
Inicial, compensado, fase hiperdinâmicaInicial, compensado, fase hiperdinâmica
Sinais ClínicosSinais Clínicos– Extremidades quentes com pulsos Extremidades quentes com pulsos
hiperdinâmicos, taquicardia, taquipneia, hiperdinâmicos, taquicardia, taquipneia, confusão.confusão.
Parâmetros fisiológicos:Parâmetros fisiológicos: aumento da PA aumento da PA diferencial, aumento do débito cardíaco e diferencial, aumento do débito cardíaco e saturação venosa mista, diminuição da saturação venosa mista, diminuição da resistência vascular periférica. resistência vascular periférica.
Evidencia bioquímica:Evidencia bioquímica:– Hipocapnia, lactato elevado, hiperglicemiaHipocapnia, lactato elevado, hiperglicemia
Tardio, não compensado, com diminuição do Tardio, não compensado, com diminuição do débito cardíaco.débito cardíaco.
Sinais clínicosSinais clínicos– Cianose, pele fria e húmida, pulsos rápidos e débeis, Cianose, pele fria e húmida, pulsos rápidos e débeis,
respiração superficial.respiração superficial.
Parâmetros FisiológicosParâmetros Fisiológicos– Diminuição da saturação venosa mista, débito cardíaco e Diminuição da saturação venosa mista, débito cardíaco e
PVC, aumento da RVP, trombocitopenia, oligúria, disfunção PVC, aumento da RVP, trombocitopenia, oligúria, disfunção miocárdica, aumento da permeabilidade capilarmiocárdica, aumento da permeabilidade capilar
Anomalias bioquímicas Anomalias bioquímicas – Acidose metabólica, hipoxia, coagulopatia, hipoglicemia.Acidose metabólica, hipoxia, coagulopatia, hipoglicemia.
Choque Séptico: “Choque Choque Séptico: “Choque Frio”Frio”
O “choque frio”, se não tratado, progride O “choque frio”, se não tratado, progride rapidamente para falência multiorgânica ou para a rapidamente para falência multiorgânica ou para a morte.morte.
Falência multiorgânica: Coma, ARDS, Insuficiência Falência multiorgânica: Coma, ARDS, Insuficiência cardíaca congestiva, Insuficiência renal, Íleus ou cardíaca congestiva, Insuficiência renal, Íleus ou Hemorragia GI, CIDHemorragia GI, CID
Quanto maior o número de órgãos/sistemas Quanto maior o número de órgãos/sistemas envolvidos, pior o prognóstico. envolvidos, pior o prognóstico.
Terapêutica: ABC, hidrataçãoTerapêutica: ABC, hidratação Antibióticos adequados, tratamento da causa Antibióticos adequados, tratamento da causa
subjacente.subjacente.
Choque SépticoChoque Séptico
Choque CardiogénicoChoque Cardiogénico
Etiologia:Etiologia:– DisritmiaDisritmia– InfecçãoInfecção– MetabólicaMetabólica– ObstrutivaObstrutiva– Intoxicação drogas/fármacosIntoxicação drogas/fármacos– Cardiopatia congénita Cardiopatia congénita – TraumatismoTraumatismo
Diferente dos outros tipos de Diferente dos outros tipos de choque:choque:– HistóriaHistória– Exame Objectivo:Exame Objectivo:
HepatomegaliaHepatomegaliaRitmo de galopeRitmo de galopeSoproSoproFervoresFervores
– Radiografia: Radiografia: Silhueta cardíaca alargada, congestão Silhueta cardíaca alargada, congestão
venosa pulmonarvenosa pulmonar
Choque Cardiogénico Choque Cardiogénico (cont.)(cont.)
Tratamento:Tratamento:– Melhorar o débito cardíaco:Melhorar o débito cardíaco:
Corrigir as disritmiasCorrigir as disritmias Optimizar a pré-cargaOptimizar a pré-carga Melhorar a contractilidadeMelhorar a contractilidade Reduzir a pós-cargaReduzir a pós-carga
– Minimizar o trabalho cardíaco:Minimizar o trabalho cardíaco: Manter a temperatura normalManter a temperatura normal SedaçãoSedação Entubação e ventilação mecânicaEntubação e ventilação mecânica Corrigir a anemiaCorrigir a anemia
Choque Cardiogénico Choque Cardiogénico (cont.)(cont.)
Choque DistributivoChoque Distributivo Resulta de anomalia do tónus vascular que Resulta de anomalia do tónus vascular que
provoca acumulação de sangue na provoca acumulação de sangue na periferia com hipovolemia relativa.periferia com hipovolemia relativa.
EtiologiaEtiologia- AnafilaxiaAnafilaxia- Toxicidade de fármacosToxicidade de fármacos- Lesão neurológicaLesão neurológica- Sepsis precoceSepsis precoce
TratamentoTratamento– HidrataçãoHidratação– Tratar a causa subjacenteTratar a causa subjacente
Choque Obstrutivo Choque Obstrutivo
Obstrução mecânica à ejecção ventricular Obstrução mecânica à ejecção ventricular Etiologia: doença cardíaca congestiva, Etiologia: doença cardíaca congestiva,
tromboembolismo maciço, pneumotórax tromboembolismo maciço, pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíacohipertensivo, tamponamento cardíaco
Débito cardíaco inadequado com pré-Débito cardíaco inadequado com pré-carga e contratilidade adequadascarga e contratilidade adequadas
Tamponamento: PA diferencial diminuída Tamponamento: PA diferencial diminuída e/ou actividade eléctrica sem pulsoe/ou actividade eléctrica sem pulso
Tratar a causa subjacenteTratar a causa subjacente
Choque Dissociativo Choque Dissociativo
A molécula da Hemoglobina não liberta A molécula da Hemoglobina não liberta oxigénio para os tecidos oxigénio para os tecidos
Etiologia: intoxicação pelo monóxido de Etiologia: intoxicação pelo monóxido de carbono, metahemoglobinemia, carbono, metahemoglobinemia, dishemoglobinemiasdishemoglobinemias
A perfusão tecidual é adequada, mas a A perfusão tecidual é adequada, mas a libertação do oxigénio para os tecidos é libertação do oxigénio para os tecidos é anormalanormal
O reconhecimento e tratamento precoces O reconhecimento e tratamento precoces são fundamentais são fundamentais
Variáveis Hemodinâmicas Variáveis Hemodinâmicas nos Diferentes Tipos de nos Diferentes Tipos de
ChoqueChoque
ou ou Séptico: TardioSéptico: Tardio
ou ou Séptico: PrecoceSéptico: Precoce
ou ou ou ou ou ou DistributivoDistributivo ou ou ObstrutivoObstrutivo ou ou CardiogénicoCardiogénico ou ou HipovolémicoHipovolémico
PVCPVCPCP*PCP*TAMTAMRVPRVPDCDC
* PCP: pressão capilar pulmonar
Comentários finaisComentários finais Reconhecer o choque compensado precocemente – Reconhecer o choque compensado precocemente –
ter um índice de suspeição elevado, lembre-se que a ter um índice de suspeição elevado, lembre-se que a taquicardia é o primeiro sinal. A hipotensão é um taquicardia é o primeiro sinal. A hipotensão é um sinal tardio e de mau prognóstico. sinal tardio e de mau prognóstico.
Conseguir uma acesso rápido – se necessário usar Conseguir uma acesso rápido – se necessário usar via IOvia IO
Administrar, de forma rápida, uma quantidade Administrar, de forma rápida, uma quantidade adequada de cristalóides/colóides. Lembre-se das adequada de cristalóides/colóides. Lembre-se das perdas mantidas. perdas mantidas.
Corrigir as alterações electrolíticas e a glicemia Corrigir as alterações electrolíticas e a glicemia rapidamente rapidamente
Se o doente não responder como previsto, alargar o Se o doente não responder como previsto, alargar o diagnóstico diferencial, pensar noutros tipos de diagnóstico diferencial, pensar noutros tipos de choque. choque.