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Vol. XIX • N° 335 • Montreal, 17 de setembro de 2015 Cont. na pág 14 Cont. na pág 14 Vítor Carvalho ADVOGADO Escritório Telef. e Fax. 244403805 2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓS Leiria - Estremadura (Portugal) Editorial Do mau o menos Por Carlos DE JESUS A s eleições legislativas, em Por- tugal, estão marcadas para o próximo dia 4 de outubro, dia de São Francisco, patro- no dos burros e outros animais… Passe a coincidência da data com o santo do dia e a falta de consideração que tal aproximação possa comportar, a ver- dade é que o leque de escolhas e a multitude de candidatos que se propõem governar o país, a grande maioria deles dá a impres- são de se estar positivamente nas tintas para o estado da nação e das preocupações da sua população. No boletim de voto, os 9 682 mi- lhões de eleitores recenseados (dentro e fora do país) terão de fazer uma cruz para escolherem o menos mau dos 16 partidos (na realidade três coligações e 13 partidos) que lhe namoram o voto. É preciso quase um curso de esteno- grafia avançada para nos guiar na floresta das siglas dos partidos em liça: CDU, PCP, PEV, PSD, CDS-PP, AGIR – coligação do MAS com o PTP – PS, BE, Livre/ Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!, PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP, PNR, PURP, PPM e PAN. Daí a conhecer- mos o programa e as intenções de cada um deles é quase tão difícil como decifrar um programa informático. Só para inicia- dos. Num país com uma tão grande pro- porção de analfabetos funcionais (aqueles que foram à escola mas que não são capa- zes de compreender o que leem) como é que se justifica que haja tantos partidos, tanta gente, tanto dinheiro e tanta energia a gastar para se imporem como preten- dentes a governar o país? Como é que o Manuel Puga com a esposa e os filhos. Foto LusoPresse. Ciclismo internacional no Quebeque Rui Costa falha título por pouco... Por Norberto AGUIAR Com muita chuva na maior parte do tempo que durou o Grande Prémio de Ciclismo de Montreal, Rui Costa, o grande campeão português da atualidade, falhou o primeiro lugar desta já sua conhecida competição – «cliente» nos últimos anos, com vitória em 2011 – por um triz, apenas dois segundos! Para quem, como nós, que seguimos sur place o decorrer da prova de 205,6 quilómetros nas ruas da Montanha Mont-Royal e suas ruas vizinhas, e vimos o nosso compatriota-atleta tranquilo no interior do pelotão na maior parte do tempo sem se preocupar muito com aquilo que se desenvolvia na linha da frente, este ter- ceiro lugar final tem algo de surpreendente, pois nada fazia prever este saboroso desenlace. Mas sabe-se que Rui Costa é um grande campeão, mesmo a nível mundial, onde neste 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud

Ciclismo internacional no Quebeque Rui Costa falha título ...lusopresse.com/2015/335/Textos corrigidos/WEB_LusoPresse_17sep2015.pdfVol. XIX • N° 335 • Montreal, 17 de setembro

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Vol. XIX • N° 335 • Montreal, 17 de setembro de 2015

Cont. na pág 14Cont. na pág 14

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Editorial

Do mau o menos• Por Carlos DE JESUS

As eleições legislativas, em Por-tugal, estão marcadas para o próximo dia4 de outubro, dia de São Francisco, patro-no dos burros e outros animais…

Passe a coincidência da data com osanto do dia e a falta de consideração quetal aproximação possa comportar, a ver-dade é que o leque de escolhas e a multitudede candidatos que se propõem governaro país, a grande maioria deles dá a impres-são de se estar positivamente nas tintaspara o estado da nação e das preocupaçõesda sua população.

No boletim de voto, os 9 682 mi-lhões de eleitores recenseados (dentro efora do país) terão de fazer uma cruz paraescolherem o menos mau dos 16 partidos(na realidade três coligações e 13 partidos)que lhe namoram o voto.

É preciso quase um curso de esteno-grafia avançada para nos guiar na florestadas siglas dos partidos em liça: CDU, PCP,PEV, PSD, CDS-PP, AGIR – coligaçãodo MAS com o PTP – PS, BE, Livre/Tempo de Avançar, JPP, Nós, Cidadãos!,PPV/CDC, MPT, PDR, PCTP/MRPP,PNR, PURP, PPM e PAN. Daí a conhecer-mos o programa e as intenções de cadaum deles é quase tão difícil como decifrarum programa informático. Só para inicia-dos.

Num país com uma tão grande pro-porção de analfabetos funcionais (aquelesque foram à escola mas que não são capa-zes de compreender o que leem) como éque se justifica que haja tantos partidos,tanta gente, tanto dinheiro e tanta energiaa gastar para se imporem como preten-dentes a governar o país? Como é que o

Manuel Puga com a esposa e os filhos. Foto LusoPresse.

Ciclismo internacional no Quebeque

Rui Costa falha título por pouco...• Por Norberto AGUIAR

Com muita chuva na maior parte dotempo que durou o Grande Prémio de Ciclismode Montreal, Rui Costa, o grande campeãoportuguês da atualidade, falhou o primeiro lugardesta já sua conhecida competição – «cliente»nos últimos anos, com vitória em 2011 – porum triz, apenas dois segundos!

Para quem, como nós, que seguimos sur

place o decorrer da prova de 205,6 quilómetrosnas ruas da Montanha Mont-Royal e suas ruasvizinhas, e vimos o nosso compatriota-atletatranquilo no interior do pelotão na maior partedo tempo sem se preocupar muito com aquiloque se desenvolvia na linha da frente, este ter-ceiro lugar final tem algo de surpreendente,pois nada fazia prever este saboroso desenlace.

Mas sabe-se que Rui Costa é um grandecampeão, mesmo a nível mundial, onde neste

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Anália Narciso• Lélia Pereira Nunes• Adelaide Vilela• Filipa Cardoso

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 7 e 8)

Fotos LusoPresse.

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

RETOMADA VIA DO BRILHO• Por Anália NARCISO

As Festas do Sagrado Coração de Je-sus, que tiveram lugar no fim de semana daFesta do Trabalho, tiveram brilho como já nãotinham há alguns anos a esta parte. Primeiroporque foram melhor organizadas, por quemtem dom, tempo e liderança para isso. Depoisporque a temperatura esteve magnífica, convi-dando as pessoas a saírem de casa para umbom convívio festivo, no parque da Igreja San-ta Cruz, sede das maiores festas portuguesasdo Quebeque: Senhor Santo Cristo dos Mila-gres, Nossa Senhora do Monte, as Festas doDivino Espírito Santo, etc.

Sendo uma tradição de origem ribeira-grandense, não admira pois que uma grandeparte dos «trabalhadores» das festas fosse ori-unda daquele concelho norte da ilha de SãoMiguel, com o Senhor Ildeberto Silva à cabeça.E como parece, este compatriota tem almapara este tipo de organização, daí que tenha re-cebido convite para «recuperar» uma tradiçãoque parecia em decadência. De resto, foi o pró-prio pároco que no decorrer da homilia se refe-riu à questão das festas e suas tradições: «Im-portámo-las, demos-lhe vida, agora é precisocontinuá-las...», numa velada referência a algumdesinteresse de parte da comunidade. O recadoficou dado. Agora tem a palavra a nossa gente,principalmente aquela que sempre esteve maisinclinada para o religioso...

Com participação invulgar de peregrinos,vista do nosso ponto de vista de participantesocasionais, as festas do Sagrado Coração deJesus foram agradáveis de seguir no domingo,onde houve procissão, arraial e, claro, a missarespetiva. Na homilia, foi celebrante o padreJosé Maria Cardoso, que depois acompanhoua procissão, tendo esta presença alargada deperegrinos, associações e entidades, talvez porestar um dia quente echeio de sol, ao con-trário de anos ante-riores. Já o arraial,com a presença detrês filarmónicas, asduas de Montreal euma de Cambridge,regalou a assistênciacom as melodias ins-trumentais apresen-tadas pelos músicosdas três bandas. Oparque da IgrejaSanta Cruz apresen-tou-se excelente-mente composto,com o público assazmuito atento e apre-ciador. Foi assim quechegada a hora de ter-minar o arraial, porrazões regulamen-tares, ninguém tinhavontade de arredar pédali... Normal, por is-so que as pessoas seforam deixando ficarnoite dentro.

As festas tam-

bém tiveram brilho no sábado, havendo arraial,agora com os artistas Allan Castro e EddySousa.

Aspetos da Festa do Sagrado Coraçãode Jesus em Santa Cruz. Foto LusoPresse.

L P

Festival Int. de Literatura

João Tordo presenteJoão Tordo, conhecido romancista da

literatura portuguesa, autor de oito romances,vencedor do prémio José Saramago 2009, es-tará presente pela segunda vez em Montreal, aprimeira em 2012, no quadro de uma residêncialiterária patrocinada pela Union des écrivaineset des écrivains québécois (UNEQ) e, agora,para participar no prestigiado FIL – FestivalInternacional de Literatura de Montreal, quedecorre de 24 de setembro a 4 de outubro, ondeprotagonizará dois eventos da maior impor-tância e destaque:

Exibição do filme «Le Portugal deMário de Carvalho, Lídia Jorge, Gon-çalo M. Tavares e Mia Couto», em por-tuguês, legendado em francês e comentado porJoão Tordo. Sábado, 3 de outubro, das11.30 às 13 horas, no Auditorium de laGrande Bibliothèque (475, boulevard De Mai-sonneuve Est, em Montreal);

«João Tordo, de Lisbonne à Mon-tréal», entrevista e debate, em fran-cês, conduzidos por Luís Aguilar eVitália Rodrigues, sobre o livro «Lis-bonne Mélodies» («O Ano Sabático»,em português), cujo enredo tem Lisboa eMontreal como pano de fundo. Domingo,4 de outubro, das 13 às 15 horas, naMaison des écrivains (3492, avenue Laval, emMontréal).

A participação de João Tordo no FestivalInternacional de Literatura de Montreal (FIL)integra-se no projeto Lisez l’Europe e está aser organizada pelos Estudos Lusófonos daUniversidade de Montreal e pelo Consulado-Geral de Portugal em Montreal, com o apoioe patrocínio do Camões, Instituto da Coope-ração e da Língua. Associam-se igualmente àiniciativa La maison des écrivains e a Bibli-othèque National du Québec.

Cont. na Pág. 14...

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A Agência de Viagens Confort informa:Novo na Comunidade

A partir de agora, Viagens Confort e Viagens Lisboa estão juntas

para melhor vos servir.Joaquim da Silva, da Viagens Confort,

e José Luís Alexandre, da Viagens Lisboa, estão, como sempre, ao vosso dispor para vos aconselhar na reserva da sua próxima viagem.

Titulaire d'un permis du Québec

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Retratos e abraços de viagem• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Caros leitores, quão gratificante é paramim reconhecer que estamos a tantas milhasde distância do nosso País. Vivemos nestagrande metrópole norte-americana, na bela ci-dade de Montreal, com uns largos milhares deportugueses, e gentes de outros destinos quefalam a língua de Camões, mas quantos nãoaproveitaram ainda os tempos livres para fa-zerem uma visita a Portugal? Não sabem oque aquele cantinho sagrado lhes pode propor-cionar em termos de qualidade de vida: belezasa perder de vista, clima ameno para passar umasférias de sonho e muitos espaços cómodosdo Norte ao Sul do País para uma inesquecívelaventura.

Os portugueses são acolhedores, simpáti-cos e bons profissionais, o que nos engrandececada vez mais. A nossa Nação é pequena emdimensão, em contrapartida é um adamastorem história e em cultura portuguesas. Depoisdos tempos em que se concluiu o bendito feito:“Por mares nunca dantes navegados”Portugal deixou uma herança de ouro em quatrocontinentes. Assim sendo, hoje são os emi-grantes a trilharem o caminho e a transmitiremaos filhos e netos os intrínsecos valores lusía-das. Estes, por seu turno, incentivarão outrosvindouros imitando o molde que dos mais ve-lhos herdarem. Vejamos, Vasco da Gama des-cobriu o caminho marítimo para a Índia, PedroAlves Cabral encontra o Brasil. Logo a Epo-peia Marítima seguiu na conquista de outroshorizontes. É um dever e uma prestação deserviços, a este Portugal no mundo, preservaro que é nosso, com orgulho e patriotismo. Amissão é linda, o que não consta é trazer a estaedição do Jornal uma aula de história. O nossodesejo é incentivar o leitor a estudar as suasorigens, uma garantia para que a língua e a cul-tura portuguesas continuem salvaguardadas nadiáspora. Não resisto: sabia que existiu na Tai-lândia uma igreja e um armazém comercial fun-dados pelos portugueses? No Sri Lanka háuma fortaleza igualmente construída por Por-tugal? Até há quem afirme que, desde que osnossos Navegantes estiveram em Malaca nosanos 1510, os canais permaneceram como fo-ram deixados. Tudo isto para não me perdernas ruínas da igreja de São Paulo, em Malaca.Ali esteve sepultado o corpo de São Franciscode Xavier antes de ser transladado para Goa.

No que respeita a este retrato de viagens,todos nós somos viajantes no tempo, porquesomos emigrantes e também aventureiros, ca-so contrário não teríamos saído do nosso paísde origem, viajando com vontade mas semprecom amor e saudades da nossa Terra.

E foi a saudade que me levou à minha al-deia natal, a S. Jorge da Beira, no passado mêsde maio! A minha mãe completou 90 anos eorganizamos para a matriarca um pequenoconvívio, no Lar onde está internada, na belaencosta da Serra do Açor. Defensor da línguade Camões na diáspora é o corpo diretivo daJunta de Freguesia de S. Jorge. Gente simplesmas de grandes tributos, pensaram em dignifi-car o nome dos poetas e organizaram um con-vívio muito bem-sucedido. Falar do meu povo,referir os meus conterrâneos, pensar em todosaqueles que vieram render-nos homenagem épouco. Neste capítulo devo referir o nome deJosé Branco, presidente da Junta, foi ele quem

tomou a iniciativa e resolveu oferecer uma placade homenagem a gentes da sua Terra, que se ti-vessem destacado nas letras. Analisei a sua pos-tura, como autarca, reparei que é um homemdado, íntegro, com ótimos padrões sociais ehumanos. O mais interessante é que nesse diadeu-se um caso inédito, conheci um primo di-reito. O José Ramos é filho do irmão mais ve-lho do meu paizinho que Deus tem. O primoZé, também escritor, veio para receber o seugalardão.

Não se pode esquecer a Covilhã, a capitalda Serra da Estrela. Logo, assistiu ao lançamen-to do meu livro e à festa de homenagem dospoetas, Jorge Torrão, Vereador da Cultura, daCâmara Municipal da cidade estrela. O Vereadoré de uma enorme simpatia, um homem bom,entusiasta, social e humano! Há pouco tempoque iniciou a sua carreira na política e já se de-dica a causas ligadas à língua e à cultura portu-guesas. Estou-lhe imensamente grata.

Antes de rumar até à princesa da serra –Terra mãe das Minas da Panasqueira – à minhafreguesia, deparei-me com um lançamento delivro que ficou para a história! A Filarmónicada Covilhã recebeu-nos e realizou uma apre-sentação com trato de qualidade, liderança emérito. Notamos que havia um grande númerode convivas na nova Sede da música. As emo-ções, essas falaram mais alto, não pude conteras lágrimas. Ora, o salão de festas da Sede aindacheirava a novo, fazia a sua estreia por essa al-tura. Já o próprio Carlos Pinto, ex-presidenteda Câmara, suspirava ansioso por ver tocar amúsica na sua cidade berço, naquelas instala-ções. Não aconteceu nos mandatos em quedirigiu a Câmara Municipal mas com certezaque estará feliz por saber que a Filarmónicatem casa nova. É um espaço com história emuito carinho, por se tratar de uma antiga esco-la primária, no Jardim de S. Francisco. Nestemomento, renovado e transformado o edifício,deu-se um passo de gigante para a que bela ci-dade beirã ganhasse mais um pólo de cultura,para que todos quantos saibam amar as artes,a música e as letras possam usufruir daquelemundo maravilha! Fui a primeira poetisa a es-trear aquelas belíssimas instalações. Quanta feli-cidade trouxe estampada no rosto ao regressara Montreal.

Neste dia tivemos o gosto e a alegria deouvir cantar um grupo de crianças muito bem

ensaiadas. O professor de música também par-ticipou no lançamento de “Laços e abraços”.São lindos a valer! É de realçar a presença de al-

do a respeitar os conselhos do médico, em re-lação a um exame médico a que se tinha sub-metido, fez o favor de me telefonar. Soubemosque recuperou e estamos felizes, agradecendoa Deus.

Ao saber que os nossos conterrâneos dolonge fazem perto para apoiarem a divulgaçãoda língua portuguesa, permite-nos continuarcom a nossa missão criativa prosseguindo emespírito de amizade, como cidadãos lusos nomundo. A nossa Câmara Municipal é líder emtodo o sentido da palavra, sabe prendar e pren-der os poetas, incentivando-os a regressar àsorigens.

De uma terra de antigos fidalgos fomospara Terra de reis, para a vizinha Espanha.

Ali, ao localizar os pontos mais belospara fotografar, a Ir. Fátima Rodrigues, a mi-nha fiel companheira viagem dava o clique finale contava com mais uma foto para a coleção.Depois, foi só deitar o olho ao Santo dosabraços, quando chegou a minha vez. Não foifácil subir de bengala naquelas escadas antiquís-simas e tão estreitas. Visitar Santiago de Com-postela foi sonho e uma realidade. A compa-nhia foi a melhor e a mais adequada, fui com aIr. Fátima Rodrigues, Ir. Maria Alves e Ir. RosaForte. É de facto uma cidade medieval com umplano deslumbrante, paisagístico e único, quetodo o peregrino ou turista pode desfrutar empaz. É uma cidade considerada como uma dasmais belas de Espanha.

Entre os braços do Santo senti saudadedas Irmãs do Convento de Santo António,em Caminha. Regressamos, tínhamos aindaduas horas de viagem pela frente. Como referi-mos, no passado mês de julho, o lançamentoorganizado no Convento, hoje venho contaro que vi e o que observei entre as mulheres“casadas” com Deus. Ora, enquanto eu me re-colhia nos meus aposentos ou na Igreja daquelamansão sagrada, as Irmãs trabalham do nascerao pôr-do-sol. Este é o meu testemunho sobreo labor, a resistência e as potencialidades de al-gumas das freiras ali residentes. Para além dasIrmãs, outras funcionárias trabalham no Con-vento, mas só as mulheres sem hábito podemreceber um salário. O Convento tem 40 freirasainda ativas e outras muito velhinhas, algumasdas quais acamadas, na enfermaria. Das quaren-ta todas trabalham como formiguinhas, umasna cozinha, outras na lavandaria, outras naquinta e há duas enfermeiras que se ocupam,de dia e de noite das doentes. Estas mulheressão verdadeiras “máquinas” de serviço. No en-tanto, ainda lhes sobra muito tempo para aoração. Na realidade, elas são uma das fontesde rendimento daquela casa de Deus. Aindanão lhes disse qual é o papel da pérola preciosa

Vereador e presidente da Câmara na homenagem aos poetas de S. Jorge da Beira.

guns professores da Universidade da Beira inte-rior, deu-nos muita satisfação. A Rádio Covada Beira esteve altamente representada pelojornalista Paulo Pinheiro. Da Lousada disserampresente: a diretora e o administrador do Exter-nato Senhora do Carmo, Maria da Assunção eAlbino Santos, e foram conhecer S. Jorge daBeira. O casal fez parte do grupo que almoçounas Instalações do Lar, convívio organizadopela secretária da Junta, a divina Júlia. Do Sar-doal veio, de igual modo, uma bela amiga deinfância, de Angola do Quissaquel, Maria As-sunção Martins.

A nossa Covilhã não passaria de mais umacidade do interior perdida num Portugal (quehá muito anda de gatas), se os que a têm gover-nado e orientado não tivessem projetado ofuturo com motivação e inteligência. Acredita-mos que homens e mulheres de grande vonta-de conseguiram tornar visível aquela pequenamas grande cidade. Hoje com uma Universi-dade talhada para grandes voos académicos,entre muitas áreas podemos destacar a medi-cina, que levou à cidade beirã muito sanguenovo. Recentemente instalaram também umaBase de Dados que dá mais valor e visibilidadeà região. Estamos convictos de que a Covilhãganhou nome a nível nacional e é reconhecidaà escala mundial. Cá por mim vivo com ela epor ela, e trago a bandeira da minha cidadesempre no coração. Uma palavra de apreço aoSr. Presidente, apesar de não ter estado no“Convívio da poesia” por ter sido obriga-

Lançamento do livro da nossa colaboradora Adelaide Vilela, no Montepio, Rutis- Porto.

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MANUEL PUGA EM CAMPANHA• Reportagem de Norberto AGUIAR

No Quebeque, Manuel Puga é o úni-co candidato às eleições para o ParlamentoCanadiano pelo Partido Conservador de Ste-phen Harper. A um mês do ato eleitoral, onosso compatriota acelera a cadência de manei-ra a chegar-se à frente, que é o mesmo que di-zer, estar, no momento decisivo, no lugar deeleito pelo círculo eleitoral de Thérèse-de-Blainville. E, pelos vistos, as possibilidadessão boas se, sobretudo, contar com o apoio,nas urnas, dos muitos portugueses que vivemna região, principalmente nas cidades de Ste-Thérèse e de Blainville. «Se os portugueses daregião pela qual me candidato soubessem opoder que eles podem ter no momento decisi-vo, creio que todos eles iam votar por mim nodia 19 de outubro», começou por nos dizer oempresário de hotelaria, natural da cidade deRibeira Grande, no momento em que lhe per-guntamos quais eram as possibilidades dosportugueses apoiarem a sua candidatura.

Foi no sábado passado que Manuel Puga,de acordo com a sua Assembleia política local,esteve reunido num lauto jantar nas instalaçõesdo seu airoso hotel Le Mirage, perdão DaysIn, com cerca de 150 convivas, todos certamen-te pedindo para que Manuel Puga chegue a de-putado. E nesse leque de personalidades, algunscertamente nem pertencem ao Partido Conser-

vador do Canadá... «Apoio o homem, não opartido. Acho que o Manuel tem condiçõespara representar esta população. Eu dou-lhe omeu voto», disse pessoa conhecida mas queprefere o anonimato, que só temos de respeitar.

Com pessoas de vários quadrantes, a sala,preparada com elegância, era maioritariamenteconstituída de quebequenses de «souche». Ha-

apoio das causas que defende ou em queparticipa.

Depois das fotos e abraços da praxe, foi avez de Manuel Puga falar. E, como já tínhamosvisto na sua primeira apresentação comocandidato às eleições de outubro próximo, fê-lo com emoção, sobretudo quando se referiu àesposa e filhos, assim como aos amigos ecolaboradores.

Politicamente o discurso foi breve. Masserviu para elogiar Stephen Harper, o homemque tem o melhor perfil para ser primeiro-ministro. Criticou Justin Trudeau e ThomasMulcair. Daquele, sobressaiu a legalização damarijuana. Do último, disse que não tem nemplano nem equipa para governar o Canadá.«Só podemos votar no homem que baixa osimpostos pensando nas famílias e que temmais experiência para assumir a liderança deum país. Esse homem é Stephen Harper!»

Visivelmente compenetrado na missãoque assumiu faz meses a esta parte, ManuelPuga sente-se, está decidido a bater-se até àúltima gota de suor na corrida a deputado pelacircunscrição de Thérèse-de-Blainville.

No serão, presente também esteve o líderconservador do Senado, ex-presidente daCâmara de St-Eustache, o advogado ClaudeCariganan.

via novos e velhos, homens e mulheres, todosarrogados no apoio ao candidato cinquente-nário e com obra feita no seu domínio. Issomesmo foi focalizado pelas pessoas que subi-ram ao palco para fazerem o elogio de ManuelPuga. Falou, primeiramente, o senador conser-vador Jean-Guy Dagenais, antigo alto funcio-nário da Sûreté du Québec. A sua alocuçãocentrou-se nas qualidades de Manuel Puga co-mo «Homem de desafios, de convicções. Ho-mem que diz as verdades», para mais adianteelogiar o trabalho de Manuel Puga no seu hotelque «... desde que ele aqui chegou sofreu gran-des transformações». O senador conservador,já a terminar a sua intervenção e antes de afirmarque Manuel Puga é o candidato ideal para re-presentar o seu Partido, haveria de criticar seve-ramente a candidata do Novo Partido Demo-crata local pela carta que lhe deixou na caixa docorreio a criticar a utilidade do Senado canadi-ano.

Outra intervenção calorosa visando Ma-nuel Puga, veio de Alexandre Poce, vereadormunicipal na Câmara de Blainville. Dizendo-se amigo do candidato desde há muito tempo,Alexandre Poce não se esqueceu dosmomentos em que procurou o português para

Os Senadores Jean-Claude Dagenais e Claude Carignan vieram para apoiar ocandidato Manuel Puga. Foto LusoPresse.

A Associação Portuguesa de Ste-Thérèsetambém marcou presença, na pessoa da suapresidente, Lúcia Carvalho.

O serão, que foi agradável e serviu paraangariar fundos para apoio da candidatura deManuel Puga, teve um repasto de exímiaqualidade, música para dançar, e um duo deartistas feminino/masculino que apresentoubelas baladas.

Momento do discurso. Foto LusoPresse.

Lúcia Carvalho, na qualidade de presidente da Associação Portuguesa de Ste-Thé-rèse, também esteve presente no apoio ao candidato lusitano. Acompanhou-a o es-poso Nuno. Foto LusoPresse.

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O perfil de Alzira Silva

A ex-diretora regional das Comu-nidades e ex-deputada regional Alzira Silvafoi a escolhida pelo secretário-geral do PS,António Costa, para liderar a lista de candi-datos a deputados do PS pelo círculo eleito-ral de Fora da Europa.

Natural da Horta, Alzira Silva é licenci-ada em Filologia Germânica pela Universi-dade Clássica de Lisboa e é Pós-Graduadaem Cultura e Comunicação e em RelaçõesInterculturais. Foi professora do ensino se-cundário e, mais tarde, jornalista da RTP-Açores.

Foi directora do Gabinete de Emigra-ção e Apoio às Comunidades Açorianas(1997-1998) e exerceu as funções de DiretoraRegional das Comunidades do Governodos Açores de maio de 1998 até janeiro de2009, tendo representado a Região Autóno-ma dos Açores na Comissão Interminis-terial paras as Migrações e ComunidadesPortuguesas (1997-2009) e no ConselhoConsultivo para os Assuntos da Imigração(2004-2009).

Entre outras funções que desempe-nhou, Alzira Silva foi também deputada naAssembleia Legislativa dos Açores, pelocírculo eleitoral do Faial.

O PS/Açores já se congratulou com aescolha salientando que a faialense “é umaprofunda conhecedora da realidade das co-munidades portuguesas que, por seu turno,conhecem bem o trabalho que ao longodos anos desenvolveu no reforço da proxi-midade, dos laços afetivos e culturais, entreos Açores e a diáspora”.

Os socialistas açorianos acrescentam,ainda, que “é uma escolha com grande signi-ficado, que reconhece e dá bem nota do va-lor que os Açores representam, tambémnesta matéria, para o todo nacional, nomea-damente através da história da relação comas suas comunidades espalhadas pela Améri-ca do Norte, Canadá, Estados Unidos, mastambém pelo Brasil ou pelas Bermudas”.

“Esta escolha honra os socialistas aço-rianos e representa mais um contributo nocaminho da vitória para mudar Portugal”,referem em comunicado.

In portal + CentralL P

CÍRCULO ELEITORAL FORA DA EUROPA…

ALZIRA SILVA QUER QUEBRAR HEGEMONIA DO PSD

Alzira Silva, que todos conhecem co-mo antiga diretora regional da Emigração dosAçores nos governos de Carlos César, estevede passagem por Montreal para promover asua candidatura às eleições legislativas portu-guesas que têm lugar no próximo dia 4 de outu-bro. Alzira Silva, como se compreende, con-corre pelas listas do Partido Socialista Portu-guês, pelo círculo eleitoral da emigração «Forada Europa».

No contacto que estabeleceu com a comu-nidade portuguesa de Montreal, Alzira Silvatambém se disponibilizou para falar à Comuni-cação Social Lusa. Foi assim que a candidata adeputada pelo nosso círculo eleitoral se des-locou às instalações do canal Ici Télévisionpara dialogar com os jornalistas da LusaQ TVe do LusoPresse.

Reforçar os laçosDepois de explicar que foi convidada pelo

candidato socialista a primeiro-ministro Antó-nio Costa, certamente pelas funções governa-mentais que desempenhou anteriormente, Al-zira Silva mostrou-se decidida a quebrar a hege-monia do PSD no que toca à eleição de deputa-dos pelo círculo eleitoral Fora da Europa – en-globa Américas, Ásia, África e Oceânia.

«Historicamente o PSD tem sempre ga-nho os dois lugares de deputados pelo círculoFora da Europa. Mas desta vez penso que ascoisas podem mudar. E para isso estou focali-zada numa campanha rigorosa de recolha deinformação e de dados junto dos emigrantesde maneira a poder corresponder aos seus an-seios no caso de ser eleita. Já estive na Américado Sul, estou agora no Canadá, vou depoisaos Estados Unidos e seguirei depois para aÁsia. Considero que só assim poderei merecero voto dos eleitores».

Como não podia deixar de ser, à baila veioo número irrisório de pessoas que podem votarneste nosso círculo e que a florense – é naturalda ilha das Flores, nos Açores – quer passar arepresentar.

«Nesse domínio, gostaria de dizer quequem não vota não tem voz. E 150 mil eleito-res, num leque de 5 milhões, são realmentemuito poucos. Mas garanto que se for eleitavou trabalhar para que haja mais pessoas comdireito a voto. Primeiramente promovendouma campanha de informação, que leve ao co-nhecimento de todos as vantagens de se teruma ligação forte e efetiva com Portugal. Re-duzir as barreiras burocráticas, que facilite con-tactos mais rápidos e eficazes. Auscultar aspessoas em dificuldade de forma que se possaagir em tempo oportuno. Estou-me a lembrardos Idosos...».

Boa conversadora, Alzira Silva, pelo seuconhecimento e experiência de anos de con-tacto com as gentes da diáspora não tinha difi-culdades em avançar com as ideias que tem pa-ra o seu possível consulado de deputada.

«Mas também quero intensificar inter-câmbios no domínio das Artes, do Empreen-dedorismo, dando assim espaço à iniciativa pri-vada para poder investir. Manter o movimentoassociativo ativo e criativo de maneira a reforçarum Portugal vivo e moderno no estrangeiro.

Só desta forma podemos intensificar os laçose criar raízes mais duradouras com a nossa diás-pora».

A juventude e a língua foram os assuntostratados a seguir.

«Temos que respeitar e estimular os jo-vens, que já nasceram cá. Há que facilitar opor-tunidades de estudo em Portugal, assinandoprotocolos com as universidades. A dupla naci-onalidade, o possuírem duas culturas distintastem de ser visto como uma vantagem. Hoje,os estudos sobre o desnacionalismo demons-tram que é benéfico. Num mundo globalizadohá que respeitar todos com abertura e inclusão.A internacionalização da língua é outro vectorimportante».

Como estávamos na língua, lógico quepuxássemos a conversa para o futuro das esco-las de português das comunidades na Américado Norte, que ao contrário do que se passa naEuropa, África do Sul, etc., vivem da carolicede uns quantos...

«Há nitidamente discriminação no pro-cesso, o que não é correto e por isso há queacabar com este estado de coisas. Um governosocialista tem intenções de acabar com essainjustiça de haver professores destacados parao ensino de português naquelas regiões e nãopara o Canadá, Estados Unidos e Bermuda».

O que não disse a nossa interlocutora écomo vai o seu partido, caso forme governo,implementar uma nova forma de ensino paraeste lado do Atlântico...

A visita de Alzira Silva a Montreal coinci-diu com a campanha para a eleição local doconselheiro para o Conselho Mundial das Co-munidades Portuguesas. Confrontada com aquestão, sua utilidade ou não, a candidata socia-

lista remeteu a sua opinião para aquilo que aComunidade quiser: – Se tem utilidade ou não,é a comunidade que terá de decidir. Agora, oque acho é que deve haver reflexão sobre o quepode estar mal, abrindo um diálogo sobre oque nos une, isto sem tibiezas.

Outras questões, como para quando o vo-to dos emigrantes para a Assembleia LegislativaRegional dos Açores, o exemplo também servepara a Madeira; porque não votar nas autárqui-cas, foram colocadas à antiga diretora regionaldas Comunidades Açorianas. À primeira ques-tão, Alzira Silva respondeu que aquela possibi-lidade só passa por um acordo entre os doismaiores partidos portugueses de maneira a quese modifique a Constituição. Enquanto assimnão for, nada feito. Já sobre o voto nas autár-quicas, só mesmo para quem tem residência lá(no concelho respetivo).

A entrevista não terminaria sem que Alzi-ra Silva, sempre respondendo ao solicitado,focalizasse a importância dos emigrantes es-tarem bem integrados no país de acolhimentosem, contudo, perderem os seus direitos emPortugal. Neste aspeto, a possível futura depu-tada quer trabalhar na questão que impede oscidadãos com dupla nacionalidade de concor-rerem a cargos políticos.

Alzira Silva: «Preocupo-me somente com o meu trabalho», diria depois de ter sidopedido para comparar as suas propostas com as dos seus adversários. Fotos Luso-Presse.

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Página 617 de setembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Mercado Público, balaio de memórias• Por Lélia Pereira NUNES*

O Mercado Público de Florianópolis é a vida, a alma da Ilha. Sempre foi assimdesde a construção da primeira Praça do Mercado em 1851 e, depois, do atual edifícioinaugurado a 5 de fevereiro de 1899 e ampliado em 1931. Daí passou a ser o nosso en-dereço oficial, o lugar de todos, democrático, onde a cidade se encontra e se identifica.Por tudo que significa, o Mercado é um dos ícones da Ilha de Santa Catarina e patrimôniocultural da nossa gente. Espelha a multiculturalidade e os sentimentos de pertença dosmoradores que, de forma consciente ou não, carregam no seu jeito de ser, de estar, debem viver e que nesta tessitura de renda fina configura a identidade cultural da cidade – acara de Florianópolis humorada e irreverente.

Sábado, perto do meio-dia, dei uma circulada pelo Mercado Público ainda impregnadopelo clima festivo que envolve a cidade, seu povo e a Ilha com a sua reabertura no últimodia 5 de agosto. Tudo transbordando como uma maré cheia de afetos e merecidos aplau-sos. Bonito e borbulhante. Espiei de um lado a outro. Encontrei amigos e vi muita caranova. Apreciei as novas peixarias em grande azáfama. O cheiro de ontem estava ali. Ode hoje começa a fluir... Sem mais nem menos, do passado assomaram imagens calei-doscópicas da memória, em movimentos coreografados, um balaio de recordações e desaudade levados pelo carrossel imparável do tempo.

Neste caminhar emocionado pelo Mercado reformado me veio a lembrança do in-cêndio que, há dez anos, no dia 19 de agosto de 2005, numa ensolarada manhã, rompeuna Ala Norte do centenário edifício. O fogo devorou tudo, devastando e transformando,rapidamente, em cinzas o sustento de muitas vidas. Um fumo negro manchou o céuazul da Ilha, deixou o manezinho arrepiado, abismado, sem entender o que acontecia nasua Florianópolis em plena manhã de sexta-feira. Silencioso, chorava. Nem secava as lá-grimas que teimavam lavar a sua face. Quem sabe na esperança de apagar o lume quequeimava o seu coração. Enquanto ardia em chamas o velho e querido Mercado, históriaseram contadas e recontadas. O tempo tratou de apagar o rastro amargo, o sabor de lágri-ma, o sentimento de perda, a alma enlutada. Do dia trágico, ficaram as lembranças.

Hoje é um novo amanhã e o templo do povo continua ali, elegante, sem vergar, in-dissociável e muito amado. Eis, nosso Mercado do século XXI. Um Balaio de povo, devida, de histórias, de memórias da nossa gente.

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Sob o mote “Natureza e divertimento no Carnaval”, a campanhacontempla a ligação entre os Açores, Boston e Toronto, e promete sera motivação extra para quem quer disfrutar desta época de folia na com-panhia de amigos ou familiares.

Os preços incluem voos de ida e volta durante o período de 29 de

janeiro e 28 de feve-reiro de 2016. Estacampanha está sujeitaa alterações sem avisoprévio e tem númerolimitado de lugares.

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Para o Conselho das Comunidades

Por Montreal e Otava votaram 87 pessoas!...

Prova que o regime atual do Conselhodas Comunidades não interessa às comuni-dades da diáspora foram os 87 votantes que sedignaram comparecer na mesa de votos deMontreal, que na de Otava não apareceu nin-guém! E não fora o trabalho de sapa dos doiscandidatos, certo é que ninguém lá iria (aoConsulado) votar... É desolador, mas é no quedá haver um Conselho que não funciona, pornão interessar à Comunidade para que foi cri-ado.

Num leque de cerca de 80 mil portugueses(Quebeque e grande região de Otava), haveruma eleição para um Conselho que se diz deconsulta do Governo Português e só aparecerum número de 87 votantes, prova que esse ti-po de Conselho tem de ser eliminado, sob pe-na de se continuar a esbanjar dinheiro quandose sabe que o país está em crise profunda, cheiode problemas.

A refundação desse instrumento governa-mental tem de ser feita com as comunidades,ouvindo-as. E quanto mais depressa melhorporque as comunidades começam a desesperarcom tanta incompetência e desperdício deenergias. Repare-se que este estado de coisasjá dura há demasiados anos.

Com 80 representantes a nível mundial –já foram cerca de 100! – a comunidade emigrantegostava de perceber quais são as directrizesque emanam do Governo português comoresultado do labor dos conselheiros que pos-sam trazer vantagens aos portugueses e luso-descendentes de cada aglomerado... Picardiaspolíticas e jogos de poder; eleições retardadaspor tempos indefinidos; reuniões marcadas edesmarcadas; políticos que chegam a não darcrédito ao Conselho e seus conselheiros, dissotudo tem acontecido durante o seu ciclo de vi-da, o que só agrava a funcionalidade duma re-presentação que devia ser séria, competente erigorosa.

Vêem aí as eleições legislativas em Portu-gal. Espera-se, por isso, que também venhagente com novas ideias para as comunidades,com a Coligação que está no poder ou comoutro partido, pouco importa. O que é impor-tante é que essa gente, toda in, dê a palavra aoemigrante, seja ele literado ou não, mas que te-nha ideias para uma melhor e maior aproxima-ção ao nosso país, que passa pela resolução

O curioso é que a região de Otava não apresen-tou nenhum candidato a este acto eleitoral.Pior ainda foi não aparecer nenhuma pessoapara votar no consulado de Otava, que faz parte

da Embaixada. Simplesmente bizarro!Dos oitenta e sete votantes, 52 alinha-

ram por Daniel Loureiro. Os restantes 35 pu-seram a cruz no boletim de voto de ManuelGuedes, um vereador municipal mais talhadopara ganhar eleições municipais...

E assim temos um conselheiro em Mon-treal na pessoa de Daniel Loureiro, um jovemque promete trabalhar de forma a provar quemereceu o apoio daqueles e daquelas que vota-

ram nele.Agora, em pleno período eleitoral em

Portugal, nada vai acontecer em relação à defi-nição do Conselho Mundial das ComunidadesPortuguesas. Mas espera-se que lá para novem-bro, se não for antes, seja marcada uma reuniãoem Lisboa para todos os conselheiros, maneirade darem o pontapé de saída num instrumentoque, isto em nossa opinião, está claramente,nos moldes actuais, em desuso.

dos problemas quelhes são inerentes.

E se assim nãofor, claro que casoscomo este dos 87votantes vão conti-nuar a agravar-se, le-vando as nossas co-munidades para umburaco sem fundo...de desligamentocom a terra-mãe.

Daniel Lourei-ro, o ganhante.

Já se disse quevotaram 87 pessoas,num leque de 1941eleitores. E todaselas em Montreal...

L P

Daniel Loureiro, onovo conselheiro.

CANDIDATOS PELO CÍRCULO

FORA DA EUROPA

ANTÓNIO COSTA. ALTERNATIVA DE CONFIANÇA. ALZIRA SILVA.

ÉÉÉÉ TTTEEMMMPPPOO DDEEÉ TEMPO DE

CONFIANÇA

1. ALZIRA MARIA SILVA60 anos.Jornalista.Reside nos Açores.

2. JORGE ROSMANINHO65 anos.Empresário Hotelaria.Reside em São Paulo/Brasil.

3. TIAGO PEREIRA38 anos.Engenheiro Civil.Reside em Macau.

4. NÉLIA ALVES-GUIMARÃES44 anos.Investigadora.Reside em Massachusetts/EUA.

“EMIGRAÇÃO FORA DA EUROPA É A VOSSA CAUSA, A VOSSA VIDA E TAMBÉM

A NOSSA CAUSA.”

Os cinco milhões de portugueses residentes no estrangeiro constituem uma

força e um orgulho para Portugal pela sua coragem, pela sua ação e pelo seu

conhecimento. É um dever construir o nosso país com todos os portugueses

residentes nos vários continentes, valorizá-los e apoiá-los.

Estamos juntos!Portugal está a sangrar de novo com as partidas da emigração. A nossa maior

riqueza é a nossa gente; não podemos permitir que parta sem esperança no

nosso país.

Portugal é o seu povo!Propomos uma política sólida, desburocratizada e clara, que vá ao encontro

das necessidades e expectativas dos portugueses dos vários continentes, com

sensibilidade, firmeza e sentido de partilha.

Queremos mais Portugal nas comunidades e mais comunidades em Portugal!O programa eleitoral do PS para as Comunidades é inovador, inclusivo e

conta com a participação de todos para construir comunidades mais amplas,

informadas, atentas, modernas e abertas a uma nova maneira de viver Portugal.

Honramos o vosso passado e estimulamos os vossos projetos nesta caminhada

rumo ao futuro.

Temos muito a fazer!Os candidatos do PS pelo Círculo Fora da Europa conhecem bem as comunidades

e já deram provas de trabalho, integridade, dedicação, dinamismo, rigor e

empenho na defesa dos interesses dos portugueses residentes nos vários

continentes.

A nossa missão é servir as comunidades!Precisamos, para atingir este objetivo, do seu apoio e do seu voto no PS para,

unidos nas nossas diferenças, construirmos um novo relacionamento de Portugal

com as suas comunidades e com todos os portugueses residentes fora da Europa.

Temos confiança no futuro e na sua participação, que vai fazer a diferença!

Nas eleições para a Assembleia da República, dia 4 de Outubro, vote no Partido

Socialista, vote PS!

Contamos consigo. E não esqueça…. O voto é mandado por correio!

PROGRAMA ELEITORAL DO PS

COMUNIDADESPORTUGUESAS

TOME NOTAA votação para os candidatos à Assembleia da Repúblicaé feita por correio e o voto deve ser enviado tão rápido quanto possível, até 3 de Outubro de 2015.

No envelope branco tem de enviar, obrigatoriamente, uma fotocópia do seu cartão de eleitor ou da certidão que comprove o seu recenseamento eleitoral.

Veja as instruções que recebeu com o boletim de voto.

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O vosso programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO vvvvvvvvvvoooooooooosssssssssssssssoooooooo ppppppppppprrrrrrrrooooooogggggggggrrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeelllllllllllleeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããoooooooooo eeeeeeeemmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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uuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiarsussus

Sexta-fefeiriraa SáSábado DDomiminngogg

PROGRAMA SEMANAL

3204 ,Jarry Est514-729-9494

8042, St-Michel514-376-2652

5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Em entrevista à PORT.COMJosé Cesário analisa últimos quatro anos de legislatura

Na contagem decrescente para as elei-ções legislativas, marcadas para o dia 4 de outu-bro, o Secretário de Estado das ComunidadesPortuguesas contou à Revista PORT.COM(Revista de Portugal e das Comunidades) oque mais se orgulha de ter alcançado durante alegislatura liderada por Pedro Passos Coelho.

José Cesário está prestes a terminar a 2.ªlegislatura enquanto Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas. Numa entrevistaem exclusivo à Revista PORT.COM, que seráum dos principais destaques de uma publicaçãointeiramente dedicada às próximas eleições le-gislativas, afirmou ter encontrado “uma cons-ciência cívica muito grande por parte dos portu-gueses e lusodescendentes” nas comunidades:“A principal questão que muitos me colocaramdurante os últimos quatro anos, foi o que po-deriam fazer para poder ajudar Portugal”.

O governante lembrou à RevistaPORT.COM o principal objetivo das váriasações tomadas desde 2011: “Eu disse há quatroanos que o nosso grande objetivo era promo-ver maior aproximação entre as pessoas queestão lá e as que estão cá em Portugal, e entreas instituições que estão dos dois lados”.

Para José Cesário, esta aproximação foipromovida de diferentes formas: “Acabámoscom o tabu que fazia com que obrigássemos oemigrante a ir até aos nossos serviços. Estes éque passaram a ir até junto das comunidades.Com as novas permanências consulares, passá-mos a estar em 150 cidades onde não estáva-mos”. Outra novidade recente, a que chama“caso de sucesso”, é a avaliação a que passarama estar sujeitos os que estão a aprender a línguaportuguesa, sejam crianças ou adultos.

Novamente cabeça de lista do PSD (agoraem coligação com o CDS) pelo círculo “Forada Europa”, Cesário concorre para ser eleitocomo deputado pela 8.ª legislatura consecutiva.Tanta experiência torna-o no interlocutor idealpara comentar o reduzido número de eleitoresnas comunidades, a elevada abstenção, as me-lhorias nos métodos de voto no estrangeiro,entre muitos outros temas.

Algumas questões colocadas a José Ce-sário nesta entrevista e que poderão ler na ínte-gra na edição especial eleições deste mês da re-vista PORT.COM, ou ainda no seu site:www.revistaport.com

PC – Nas eleições europeias de 2014 vo-taram apenas pouco mais de cinco mil dos cer-ca de 245 000 eleitores portugueses recenseadosno estrangeiro. Acredita que estes números pre-

ocupantes de abstenção serão ultrapassados naslegislativas?

JC – Estou convencido que vai votar mui-ta mais gente. Nas legislativas há um métodode votação que funciona melhor do que nasoutras eleições, permite quemesmo as comunidades queestão mais longe dos postosconsulares votem, por cor-respondência. Mas há sem-pre contingências que po-dem revelar-se entraves. Queeu me lembre já tivemos elei-ções legislativas em que hou-ve greve de correios em paí-ses como o Brasil e Áfricado Sul, o que originou ter vo-tado muito pouca gente. Setal não se verificar, eu achoque vai votar muito maisgente nestas eleições.

PC – Os portuguesesno estrangeiro sentem que de-sempenham um papel impor-tante na recuperação da eco-nomia portuguesa?

JC – Sempre desempe-nharam um papel importan-te e devem estar cientes disso.No início da década de 80, asremessas de emigrantes re-presentavam quase 10% doPIB. Este ano, as remessasaumentaram, mas repre-sentam muito menos, cercade 2% do PIB, mais de trêsmil milhões de euros. Mas

há contributos muito mais importantes, emespecial a divulgação do país, para além das ex-portações e do turismo têm tido um aspetovital para a recuperação económica do Portugal.O papel das comunidades para este desenvol-vimento, através da divulgação, tem sido muitogrande.

PC – De acordo com as visitas às comu-nidades durante os últimos quatro anos, comoavalia a ligação destas a Portugal?

JC – A ligação a Portugal e à língua temaumentado, claramente. E tem aumentado mui-to por via das novas gerações. Desde algunsanos que muitos lusodescendentes dedicamuma atenção especial a Portugal e à língua por-tuguesa, muito superior até à dos seus pais. Is-so dá uma dimensão completamente diferenteem termos culturais e à nossa presença nomundo.

José Cesário, secretário de Estado dasComunidades portuguesas.

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COM A BÊNÇÃO DA SENHORA DA APARECIDA• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Caros leitores:Apraz-me dizer-lhes que depois do mar

de viagens que já atravessamos ainda temos al-gumas histórias que sobem e descem, baloi-çando na onda do meu pensamento. Torna-seum desafio abrir o portal fronteiriço das letras,logo o ditado confirma a regra: “Quem correpor gosto não cansa”. Para aqui chegar não foifácil, de maneira nenhuma, mas quando há aalegria e felicidade esquece-se o tempo e o traba-lho dispensados por amor à causa.

Até aqui já marcamos pontos privandocom gente bela e bem formada. A nossa preo-cupação é se os professores que lerem este arti-go não gostam da nossa forma de articular oude comentar. E lá vamos nós – com a Ir. FátimaRodrigues – para o Externato Senhora do Car-mo. Depois, entre uma conversa e outra veio àbaila a lenda do ermitão da Senhora da Apareci-da: na voz e na ternura de Albino Santos, umadministrador com jeito para contador de len-das!

Parece que ao terminar o século XVIIIpasseava pelas terras da Lousada um pobre des-conhecido daquele povo. “Será estrangeiro, co-mentavam eles”? As criancinhas e os animaispodiam abeirar-se do ermitão sem receio. Eleamava e respeitava qualquer pessoa, até os ani-mais eram seus amigos e companheiros.

Existia naquela localidade uma mina seca,no monte da Conceição. E era naquele buracoou galeria que o homem dormia, descansava eorava. Reza a história que o mendigo trazia re-catada e bem guardada, num Oratório, a imagemda Virgem Maria e que a deixava ver quando pe-dia esmola.

Por várias vezes desapareceu mas voltavaao subterrâneo, como se tratasse da sua própriacasa. Mais tarde deixou de ser visto pelas redon-dezas. O povo estranhou aquela ausência e pai-rou a tristeza. Ora, como o seu paradeiro eradesconhecido acabaram por esquecer.

Ninguém mais ouviu falar do ermitão, atéque um dia aconteceu o imprevisto: as estrelascorriam velozes no céu, e julgou-se que elasquisessem descer à terra, para abraçar o chãoonde então se encontrava a mina. Caíram faíscas,ouviam-se trovões sem que o povo tivesse quesofrer com as tremendas tempestades. Cadavez mais o céu iluminava o monte. Intrigados,o povo e o Vigário resolveram ir à mina e nadaencontraram. Para espanto daquela gente, viramum aluimento de terra, e ao escavarem encon-traram uma panela e pedaços de carvão. Nomesmo sítio foi encontrada a pequena imagemda Virgem à qual deram o nome de Senhora daAparecida!

Concluíram então que o ermitão estaria alisoterrado com a imagem que o tinha acompa-nhado. Por mais misterioso que pareça, a Vir-gem não sofreu qualquer dano, tendo-se con-servado intacta tal como o mendigo a mostravaa quem lhe desse pão.

Reza a lenda que os sinos da aldeia tocarama repique, enquanto o povo chorava de emoçãoe saudade. A notícia espalhou-se do Norte aoSul de Portugal. A partir daquele dia o lugar tor-nou-se altar de peregrinação. Ainda hoje se faza romaria à Senhora da Aparecida. Os peregri-nos rumam à ermida da Santa e do ermitão queDeus não quis deixar escondidos no escuro damina.

A Romaria realiza-se na freguesia do Tor-no, povoação da Senhora Aparecida, nosdias 13, 14 e 15 de agosto em honra da Santapadroeira.

Caros leitores, foi ali perto da igreja da Se-nhora da Aparecida que demos um passo degigante ao entrar num Colégio de ensino parti-cular, de alto nível, cujo percurso académicoobedece às leis do Ministério da Educação. OExternato Senhora do Carmo funciona nor-malmente, durante o ano escolar, no nº. 341,de Vilar do Torno e Alentém, numa freguesiado Concelho de Lousada. Nesta simbiose depalavras e pensamentos fui acolhida principes-camente. Os professores e os alunos organiza-ram um excelente lançamento de livro divididoem duas partes: a primeira sessão foi para ospequeninos e para as crianças do ensino básico,de seguida tivemos a responsabilidade de parti-lhar palavras e emoções com os jovens adultos,docentes, diretores e funcionários.

A diretora e o administrador deste Estabe-lecimento de ensino, Maria da Assunção e Al-bino Santos falaram ao LusoPresse sobre odesabrochar deste projeto académico, de gran-de envergadura, mas de significativa importân-cia para ambos. Sonho realizado e medos ven-cidos, hoje vivem felizes ao referirem o dina-mismo cultural e artísticos que os professoresemprestam à Instituição, como mais-valia e

saber: “A nossa escola foi fundada em 1993,e logo apostamos na qualidade da educaçãodas crianças desde tenra idade. A instituiçãotem consciência da preocupação dos encarre-gados de educação ao confiarem-nos os seus fi-lhos. Oferecemos aos nossos educandos uma for-mação capaz e digna, para que cada um delespossa vencer todas as adversidades na vida.Tendo em conta a realidade do sistema educa-tivo português e a preparação para a vida ativa,o Externato dedica uma atenção especial àsáreas da Língua Materna, Matemática, Lín-guas Estrangeiras, Educação para os Valorese Educação Artística. O nosso Colégio possuias melhores instalações para o desenvolvimentointegral dos nossos estudantes: salas de aulaamplas, equipadas com os mais modernos re-cursos didáticos e pedagógicos, assim como ins-talações adaptadas ao contexto profissional decada oferta formativa. Nos últimos anos o Co-légio ganhou mais energia e satisfação com avinda do ensino pré-escola e creche infantil.Uma nota que nos apraz é que o nosso Colégiofoi criado numa região carenciada de ofertasformativas alternativas ao ensino público. To-dos os pais gostam de educar os seus filhos comsentido de responsabilidade e entrega. Os nossosrapazes frequentaram o nosso estabelecimentode ensino, o mais novo ainda estará connoscomais alguns anos. Há muito trabalho mas

compensa, ao sentirmos que a qualidade doserviço educativo prestado aos nossos filhos ouà comunidade é excelente e apreciada”.

Já sinto o coração magoado por estar lon-ge deles. Refira-se que voltei duas vezes ao Co-légio. Diga-se que foi ali que vivi os momentosmais intensos desta aventura poética, com pro-fessores e alunos notáveis! Foi muito gratoapreciar, trabalharam arduamente para que olivro “Laços e Abraços” fosse apresentadonum clima agradável, onde reinasse o prazer ea alegria do bem receber. E naquele universode saber tudo foi ensinado e preparado ao por-menor, tivemos música passando pelo encantodas letras poéticas transformadas em mil e umacriações. Até os protagonistas mais velhosprepararam um vídeo com mensagens e poesia,surpreendente! Parece que o filme elaboradopelos jovens tinha mão de grandes profissio-nais.

Da escola profissional, ao lado, saemgrandes chefes em gastronomia. Vão prepara-dos para ingressaram no mercado do trabalhoem Portugal ou no estrangeiro. Coisa curiosa,até o Chefe Cordeiro já lecionou naquele Co-légio. O Externato Senhora do Carmo é umvalor qualitativo não apenas para aquela regiãodo Norte, é uma Escola que engrandece o en-sino de Portugal. Cá por mim recebeu a Bênçãoda Senhora da Aparecida!

Se alguns dos portugueses do Canadá oudo Mundo procuram uma escola para os vos-sos filhos, aquela Instituição não tardará aconstruir uma residência para os que vêm defora e queiram estudar naquele belo recantono Norte de Portugal. Para artistas, artesãosou escritores já têm uma suite ao dispor, situadadentro da quinta onde se encontra o Colégio,para que possam pernoitar felizes e sossegados.

Retratos e abraços de viagens não termi-nam aqui, voltaremos com uma reportagemsobre Ponta Delgada, Açores.

Até lá, sejam felizes e sorriam todos osdias.

O Peregrino da Senhora da Aparecida.

Quadro pintado por alunos do Externato Senhora do Carmo para oferecer a AdelaideVilela. A Directora do Colégio, Maria da Assunção Santo e o Administrador, Albino Santospousam para o LusoPrese.

Alunos do colégio interpretando, de forma teatral, uma poesia de Adelaide Vilela,dedicada à mulher e mãe.

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Página 1117 de setembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Empreendedorismo...Concurso para emigrantes junta 80 candidaturas

LISBOA – O Concurso de IdeiasVEM, para incentivar o micro-empreendedo-rismo entre os emigrantes, recebeu 80 candida-turas, anunciou o Alto Comissariado para asMigrações (ACM), promotor desta iniciativapara emigrantes portugueses e lusodescen-dentes.

O concurso pretende, de acordo com oACM, “apoiar a estruturação e implementaçãode soluções empreendedoras por parte de por-tugueses e lusodescendentes que vivem além-fronteiras mas querem regressar, acompanhan-do-os em todas as fases de operacionalizaçãoindispensáveis para transformar um projetonum negócio em Portugal”.

“A primeira edição deste concurso insere-se num conjunto de medidas de apoio ao mi-cro-empreendedorismo e à criação do próprioemprego por parte de cidadãos residentes noestrangeiro, tal como consta do Plano Estraté-gico para as Migrações”, segundo o ACM.

Esta primeira edição do concurso decorreuentre 07 de julho e 07 de setembro (primeirafase), período em que foram recebidas 80 candi-daturas de 14 países diferentes, entre os quais,Brasil, França, Reino Unido, Alemanha,

Angola, Moçambique, Bélgica, Estados Uni-dos, Canadá, Singapura e China.

Vinte e quatro áreas de negócios estãoabrangidas nesta iniciativa, passando pela res-tauração, gastronomia, turismo, hotelaria, edu-cação, ambiente, agricultura, decoração, de-sign, mediação imobiliária, arquitetura, comér-cio, serviços, indústria, mecânica, consultoria,gestão, tecnologias de informação e comunica-ção, entre outras.

As 80 candidaturas receberão agora for-mação e apoio técnico através da plataformadigital dedicada à iniciativa.

O processo de seleção dos projetos denegócios será feito em seis fases e, na quintafase, 30 projetos selecionados (dentre os 80iniciais) participarão presencialmente, em Lis-boa, num “elevator pitch”, em que apresen-tarão a sua ideia perante o júri do concurso.

Esta quinta fase está a ser agendada parajaneiro de 2016.

Na sexta fase, que decorrerá no primeirotrimestre de 2016, serão escolhidos 20 projetosvencedores que receberão apoio financeiro (deaté 20 mil euros) e operacional para a respetivaimplementação.

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Governo da Madeira...Defende eleição de deputados pela emigração

FUNCHAL, Madeira - O secretário dosAssuntos Parlamentares da Madeira, SérgioMarques, afirmou, no Funchal, que a represen-tação política dos emigrantes na AssembleiaLegislativa Regional é uma “questão difícil deultrapassar”, mas garantiu que o executivo nãovai “baixar os braços”.

O governante explicou que a eleição dedeputados ao parlamento madeirense pelas co-munidades é uma “questão complicada”, quese depara com “óbices constitucionais e legais”que não são fáceis de ultrapassar.

“Esse será o tema onde teremos mais difi-culdade em avançar, mas não é por isso que va-mos baixar os braços”, assegurou Sérgio Mar-ques, durante a apresentação das conclusõesdo Encontro das Comunidades Madeirenses,que decorreu recentemente no Funchal.

O secretário regional destacou a preocu-pação dos vários representantes da diásporamadeirense com a “falta de confiança nas insti-tuições financeiras nacionais”, bem como comas tarifas cobradas pela TAP nas viagens comorigem nos países de acolhimento.

A situação de instabilidade na Venezuela,país que acolhe uma das maiores comunidadesde emigrantes madeirenses, foi também motivode debate, tendo os participantes recomendadoao Governo Regional que “acompanhe e estejaatento aos acontecimentos”.

No Encontro das Comunidades Madei-renses foi ainda decidido avançar com um pro-jeto designado “Madeira Global”, com vista aestreitar o relacionamento institucional entrea região autónoma e os emigrantes. Por outrolado, será criada uma Rede Internacional de Em-presários Madeirenses, procurando valorizar edinamizar as oportunidades de negócios.

A Universidade da Madeira é também cha-mada a interagir com as comunidades, atravésda criação de cursos de língua portuguesa paraluso-descendentes.

O executivo regional vai, por seu lado,implementar o Gabinete Regional de Apoioao Madeirense Emigrante, composto por umaequipa reduzida e com atendimento públicopresencial, por via telefónica ou on-line.

“Vamos agir em todas estas frentes paraque possamos concretizar estas conclusõesno prazo mais curto possível”, realçou SérgioMarques, sublinhando que a representatividadedos emigrantes será sempre feita com basenuma estrutura “aberta, ágil e pouco custosa”.

O número de emigrantes madeirenses estáatualmente estimado em cerca de um milhão(primeira e segunda gerações), sendo a sua pre-sença mais expressiva na Venezuela, Áfricado Sul, Austrália e Inglaterra.

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Página 1217 de setembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

No Festival de Cinema da Figueira da Foz“Cinzento e Negro” vence em cinco categorias

O filme “Cinzento e Negro”, produ-zido pela Fado Filmes e realizado por Luís Fi-lipe Rocha, foi o grande vencedor do Festivalde Cinema Figueira Filme Art (FFA), que decor-reu durante o fim de semana na Figueira daFoz.

Para além do prémio de melhor longa-metragem, “Cinzento e Negro” acumulou ain-da os prémios nas seguintes categorias: melhorargumento (Luís Filipe Rocha), melhor atrizprincipal (Joana Bárcia) e melhor fotografia(André Szankoski). O troféu de melhor realiza-ção foi atribuído, “ex-aequo” a Luis Filipe Ro-cha e Roly Santos por “Cinzento e Negro” e“Manos Unidas”, respetivamente.

“Cinzento e Negro”, uma coprodução daFado Filmes com a Luz Mágica Produções (Bra-sil), que contou com o apoio do ICA, do Go-verno Regional dos Açores, da ANCINE, daIbermedia, e ainda da Lisboa Film Commis-sion/Câmara Municipal de Lisboa, da CâmaraMunicipal da Horta e da SATA, tem exibiçãoagendada para o dia 19 de setembro no Faial,onde decorreram parte das filmagens.

Veja o trailer em www.fadofilmes.pt/gre-yandblack

Consulte as imagens e os anexos no linkhttp://we.tl/bSv3WHDl5V

Sobre o Festival de Cinema da Fi-gueira da Foz:

O Festival Internacional de Cinema da Fi-gueira da Foz teve a sua primeira edição em1972 e até 2002 foi o mais importante festivalde cinema em Portugal. Em 2014 foi criado oArt Film Festival Figueira para dar continuidadeao trabalho desenvolvido na promoção de cur-tas e longas-metragens com pouca divulgaçãonos circuitos comerciais nacionais.

Sobre a produtora Fado Filmes:Fundada por Luís Galvão Teles em 1997,

a produtora Fado Filmes soma 24 longas-me-tragens de ficção, 6 documentários e 7 curtas-metragens, sendo responsável por alguns dosmaiores sucessos do Cinema Português. Em19 anos de atividade Luís Galvão Teles produ-ziu mais de 40 obras, entre as quais algumasemblemáticas e bem conhecidas do público,como “Jaime” do realizador António-PedroVasconcelos, “Fados” de Carlos Saura e“Dot.com” e “Elas” do próprio Luís GalvãoTeles, que também tem desenvolvido atividadeenquanto realizador. A Fado Filmes tem acu-mulado múltiplos prémios e seleções oficiaisnos mais prestigiados festivais de Cinema domundo, nomeadamente Cannes, San Sebastiane Veneza. É também uma das produtoras na-cionais que mais fundos e apoios internacio-nais tem obtido, em virtude da maior partedos seus filmes serem coproduções internaci-onais. Para além das recentes obras, “Cinzentoe Negro” de Luís Filipe Rocha e “Gelo” deLuís & Gonçalo Galvão Teles, prestes a estrearcomercialmente, a produtora tem diversos pro-jetos em curso, como “O Grande Circo Místi-co” (pós-produção), opus maior do consagra-do realizador brasileiro Carlos Digeres, “Rosasde Ermera”, documentário de longa-metragemde Luís Filipe Rocha sobre a família de ZecaAfonso e “Refrigerantes e Canções de Amor”(ambos em pré-produção), de Luís Galvão Te-

les, uma comédia romântica escrita por NunoMarkl.

Sobre o realizador Luís Filipe Rocha:Luís Filipe Rocha nasceu em Lisboa em

1947. Licenciou-se em Direito pela Universi-dade de Lisboa. Passou pelo teatro como ator,dramaturgo e assistente de direção. Em 1975realizou algumas curtas-metragens para tele-visão e em 1976 dirigiu a média-metragem “Bar-ronhos – Quem Teve Medo do Poder Popu-lar”, um documentário que faz a reconstituiçãode um crime num bairro da lata, durante o verãoquente de 1975. Logo a seguir realiza o filme“A Fuga”, com a participação de Luís Alberto,o realizador assina o argumento em co-autoriacom Arnaldo Aboim, sobre um episódio verí-dico de um grupo de prisioneiros políticosque encetou a fuga do Forte de Peniche.

Em 1979, rodou “Cerromaior”, com basena emblemática obra de Manuel da Fonseca,que teve como protagonista o ator Carlos Pau-lo. Filme selecionado para o Festival de Cannes– Seleção Oficial “Un Certain Regard”.

Em 1983/84, realizou “Sinais de Vida”,um filme sobre a vida e obra de Jorge de Sena,com Luís Miguel Cintra, Costa Ferreira e ClaraJoana nos principais papéis. Em 1990 realiza“Amor e Dedinhos de Pé”, uma adaptação daobra do escritor macaense Henrique da SennaFernandes, com Joaquim de Almeida e a espa-nhola Ana Torrent nos principais papéis. Em1994 filma “Sinais de Fogo” (baseado na obrahomónima de Jorge de Sena), com Diogo In-fante como protagonista. Os argumentos dosdois filmes são partilhados com o brasileiroIzaías Almada.

“Adeus, Pai”, de 1996, com os atores JoséAfonso Pimentel e João Lagarto, foi a sua obracom maior impacto junto do público, commais de 100 000 espectadores em cinema e oum dos filmes com maior audiência na RTP.

“Camarate”, obra que data de 2000, temcomo protagonista Maria João Luís. Em 2002rodou “A Passagem da Noite”, com LeonorSeixas, um dos filmes portugueses mais premi-ados em festivais internacionais.

“A Outra Margem”, de 2007, com FilipeDuarte, Maria D’aires e Tomás Almeida, fezum percurso notável em festivais um poucopor todo o mundo, nomeadamente no Festivaldes Filmes du Monde, Montréal, onde obteveo prémio de melhor ator principal, para FilipeDuarte e Tomás Almeida (ex-aequo).

“Cinzento e Negro”, a 10ª longa-metra-gem de Luís Filipe Rocha, conta no elencoprincipal com Joana Bárcia (Maria), MiguelBorges (David), Filipe Duarte (Lucas) e MónicaCalle (Mariana), sendo também o regresso dorealizador aos Açores e ao Festival de Cinemasdo Mundo de Montreal.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

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Bilhete de Lisboa

Piri-Piri• Por Filipa CARDOSO

Desde que Miguel Esteves Cardoso(MEC) publicou o livro “A Causa das Coi-sas” e fundou, em 1988, com Paulo Portas,o semanário “O Independente”, leio regular-mente os seus artigos e crónicas e concordomuitas vezes com as suas opiniões seguindo,por vezes, as suas sugestões.

Num dos artigos do jornal Público,“Ponta da Língua”, fiquei entusiasmada, ecuriosa, em provar um piri-piri sugerido peloMEC, especialmente pelo nome SACANA– é picante sem ofensa, é tradição bem apura-da, este sacana faz bem a diferença, sem en-trar pela asneirada.

Provocar assim só pode ser Paladin.Há Sacana extra picante, com laranja,

com limão, e com ananás.Este piri-piri é produzido na Golegã pe-

lo grupo Mendes Gonçalves que em 2004

comprou a Paladin, que na altura só produziamostarda.

Hoje saem da fábrica dezenas de produ-tos entre vinagres, molhos e condimentos,para serem vendidos em cerca de 20 países.

Só em Marrocos já está à venda em maisde 3 000 lojas.

Seguir-se-á a Argélia, com os produtosjá rotulados em árabe.

Antes de se iniciar nestes países a Pala-din obteve as certificações Kosher e Halal.

O piri-piri éproduzido com ma-laguetas olho de pás-saro – pequenas, en-rugadas, feias, masmuito picantes – im-portadas de Moçam-bique.

Hoje comprei,finalmente, umaembalagem do Sa-cana e o resultadofoi ótimo, concor-do com o que vemescrito na embala-gem “É picantesem ofensa”... L P

Albano SáAlbano SáAlbano SáAlbano SáAlbano SáAntigo proprietário dos Aliments C. MartinsAntigo proprietário dos Aliments C. MartinsAntigo proprietário dos Aliments C. MartinsAntigo proprietário dos Aliments C. MartinsAntigo proprietário dos Aliments C. Martins

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Página 1317 de setembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Impacto de Montreal

As eliminatórias no saco?• Por Norberto AGUIAR

O Impacto de Montreal tem evoluí-do nestas últimas semanas. Primeiro foi coma chegada de Didier Drogba, um jogador queapesar dos seus 37 anos ainda está para as cur-vas e quem vai beneficiar disso é a sua novaequipa, o Impacto. Mas podia ter sido outraequipa qualquer, como o Fire de Chicago, quetendo preferência na contratação do marfinen-se, preferiu receber uma indemnização do Im-pacto. Foram 100 mil dólares sem mexer umapalha... O resultado disso é que a formação deMontreal continua segura na classificação, àespera de ficar no grupo das seis equipas apura-das na sua zona, única forma de poder discutiro cetro da Major League Soccer. Inversamente,o Fire continua a vegetar na cauda da classifica-ção, praticamente sem hipóteses de apura-mento.

O segundo ponto positivo deste período,em nossa opinião, foi o restabelecimento deJustin Mapp, que veio trazer um novo fôlegoao conjunto, agora de Mauro Biello – FrankKlopas tendo sido demitido... Mais Mapp, coma sua classe e visão de jogo, do que, por exem-plo, Vanegas, internacional costa-riquenho queou nos enganamos muito ou não terá estalecapara ser um titular indiscutível da equipa – foicontratado para isso.

Mandado embora o treinador principal,de resto, numa altura em que era de mantê-lo,pois a equipa acabava de receber reforços im-portantes que a levariam, como está a aconte-cer, para um patamar superior; agora temos oadjunto à frente do «barco»... Espera-se, parabem do clube, que a mudança não tenha efeitosnegativos, pois isso seria imperdoável numaaltura em que nada pode ser feito nem decididoao acaso...

Depois de dois jogos realizados, a verdadeé que os resultados têm sido positivos. Espera-se no entanto que sejam para continuar. Ga-nhar ao Fire, último classificado e nas circuns-

tâncias que o foram, através de uma grandeexibição de Drogba (marcou três golos), ondetudo deu certo ao atacante africano, não podeservir como um dado adquirido. Já o empate,na Califórnia, diante do campeão La Galaxy, aísim, já pode dar para pensar que, talvez, podeser que a recuperação de uma maior confiançapode estar a aparecer no seio dos montrealen-ses. Se assim for, chapéu para o novo treinador,uma solução que, quanto a nós, terá de sersempre transitória.

Fora da Liga de CampeõesSe no Campeonato da Major League Soc-

cer o Impacto parece ter enveredado pelo cami-nho certo, já não se poderá dizer o mesmo re-lativamente ao Campeonato do Canadá, ondeacabou de perder a final para o Whitecaps deVancouver, que pela primeira vez será o re-presentante do país na Liga dos Campeões dasua zona geográfica, a CONCACAF.

Com efeito, depois de eliminar o TorontoFC, a formação quebequense teve de se batercom a equipa do Whitecaps que, por sua vez,havia eliminado o Edmonton FC. No primeirojogo, em Montreal, o resultado deu um empatea dois golos. Uma semana depois, em Vancou-ver, os locais bateram o Impacto por duas bo-las a zero e assim arrebataram o cetro canadianoe o direito a disputar a Liga de Campeões de2015/2016.

Para uma equipa que tinha chegado à finalem abril passado, depois de um comporta-mento meritório, a perda do título canadianodeixou marcas assaz difíceis de sarar... Deveter sido a perda de representatividade na próxi-ma Liga de Campeões que, semanas depois,fez com que os altos dirigentes do Impactodecidissem mandar embora o treinador...

Setembro da recuperação?Depois de um mês de agosto algo difícil,

setembro parece querer dizer que as coisas irãomelhor para o Impacto no Campeonato daLiga. A vitória sobre o Chicago Fire (4-3) e o

O jovem americano Toia, chegado este ano ao Impacto, está dando conta do recado.

empate (0-0) no La Galaxy provam isso mes-mo. Mas atenção que vêem aí jogos difíceiscom o San José, Revolution, DC United, To-ronto FC, tudo equipas com pretensões e queestão na corrida à prova de fim de época. Seráo Impacto capaz de ultrapassar essas dificulda-des e acabar o Campeonato num dos lugares(primeiros seis) de acesso às eliminatórias?Próximos Jogos:

San José x ImpactoQuarta-feira, dia 16 de setembro, 22h30Impacto x Revolution (Estádio Saputo)Sábado, dia 19 de setembro, 20 horasImpacto x DC United (Estádio Saputo)Sábado, dia 26 de setembro, 17 horasOrlando x ImpactoSábado, dia 3 de outubro, 19h30.

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11° Festival Internacional do Filme Negro de Montreal

Com programação valiosaLUSOPRESSE – O 11° Festival Internacional do Filme Negro de Montreal tem

o seu início marcado para o dia 29 de setembro, com a apresentação do filme «Sweet Mickyfor President». Ainda no mesmo dia, haverá homenagem a Martin Luther King, com apresença de seu filho Martin Luther King III. O festival continuará até ao dia 4 de outu-bro, cujo dia de encerramento será dedicado a uma soirée Wrap-Party Jazz, a ter lugar noMonumento Nacional, na esquina do boulevard St-Laurent e René Lévesque.

Dedicado ao filme negro, este festival conta com películas vindas de um pouco portodo o mundo, mas este ano com forte presença de filmes americanos e haitianos. Um fil-me de origem brasileira também será apresentado. Trata-se do «Cidade de Deus» 10 anosdepois. O documentário conta a história dos jovens atores do filme premiadíssimo «Ci-dade de Deus» de Fernando Mireilles e Katia Lund, e como as suas vidas evoluíram depoisdo sucesso mundial que teve.

O festival também conta com uma série de palestras, todas preenchidas com pessoasde grande prestígio.

O Cinema Imperial e as salas do complexo Quartier Latin receberão praticamente atotalidade dos visionamentos.

Para informação mais detalhada, aqui fica a morada eletrónica:www.montrealblackfilm.com

Caras Portuguesas e Caros Portugueses,

Estive no Canadá, uma vez mais sem ter comunicado com todos portugueses, com todas as

suas associações, com todas as instituições que os servem. São muitos e eu tenho pouco

tempo como candidata do Partido Socialista pelo círculo Fora da Europa às próximas eleições

em Portugal para procurar todos.

Lamento partir assim, sem encontrar todos, mas outras comunidades também precisam dos

meus esclarecimentos. Por isso, não posso deixar de vos informar que podem seguir todas as

minhas propostas e o meu trabalho no facebook, para que melhor decidam o vosso voto:

https://www.facebook.com/alziramsilva?fref=ts.

Acreditem que votar é importante. É ter voz em Portugal e conquistar o respeito de todos. Não

devemos ficar em silêncio quando podemos escolher.

Posso também dizer-vos que quanto mais conheço as comunidades mais entendo o vosso

sentir, as vossas dificuldades, e melhor entendo que vos posso ser útil.

Obrigada pelo vosso carinho e pela vossa confiança.

Alzira Silva

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RUI COSTA...Cont. da pág 1

momento está creditado da nona posição, mer-cê das suas ótimas prestações em Itália, Françae Suíça, no decorrer destes últimos anos. Recor-de-se, ainda, que Rui Costa, no ano passado,correu em Montreal com a camisa arco-íris,símbolo de campeão mundial!

É por isso que este terceiro lugar, longedas nossas cogitações na maior parte do tempodeste Grande Prémio, para Rui Costa tornou-se muito normal esta classificação final, queainda podia ter sido melhor com um poucomais de sorte... pois dois segundos não sãonada!

Quem, ao invés, chegou a dar a sensaçãode que podia fazer uma «gracinha», foi BrunoPires, atleta da russa Tinkoff-Saxo. Isto porqueBruno Pires esteve metido em fuga durantevárias voltas do percurso juntamente com maissete ou oito corredores, chegando a dar a sensa-ção de que ele podia continuar assim até aofim. Talvez pelo esforço dispendido, BrunoPires, assim como todos os seus companhei-ros de fuga, acabou desistindo, fazendo piorque dois dias antes, nas ruas da cidade de Que-beque, quando chegou ao fim em 104°, a 2,47minutos do vencedor...

Já Rui Costa, que bem podia estar agora acomemorar mais uma vitória nesta corrida deMontreal, acabou, na prova de Quebeque, porficar na 24ª posição, mas apenas a oito segun-dos!

Resumindo, resultados nos antípodas paraos dois únicos portugueses que este ano de-mandaram às duas provas no Quebeque, comRui Costa na mó de cima, como era de esperar,talento oblige, e Bruno Pires a dececionar, sa-bendo-se que podia ter feito um pouco me-lhor...

No ano passado estiveram cá cinco portu-gueses.

Ryder Hesjadel desisteO melhor ciclista canadiano da atualidade,

Ryder Hesjedal, acabou desistindo, assim comotodos os companheiros de equipa, a Team Can-nondale - Garmin. Quem o substituiu comomelhor do país foi Mike Woods, em 23° lugar,a escassos 15 segundos de Tim Wellens (Lotto-Soudal), o belga de 24 anos vencedor.

Do Quebeque, as esperanças recaíam emHugo Houle, a correr pela francesa La Mon-diale. Lutador no início, Hugo Houle acaboudesistindo.

VencedoresPódio em Montreal:

1° – Tim Wellens (belga, da Lotto-Soudal),5:20:09

2° – Adam Yates (britânico, da Orica Gre-en), mesmo tempo

3° – Rui Costa (português, da Lampre-Merida), mais dois segundos.

...Bruno Pires (português, da Tinkoff-

Saxo), desistiu

Pódio em Quebeque:1° – Rigoberto Urans (colombiano, da

Etixx-Quick Step), 5:09:472° – Michael Matthews (australiano, da

Orica Green), mesmo tempo3° – Alexander Kristoff (norueguês, da

Team Katusha), mesmo tempo...24° – Rui Costa, a oito segundos

EDITORIAL...Cont. da pág. 1

comum do eleitor se vai entender, na boca daurna, para fazer a boa escolha, em alma e cons-ciência?

Não dá para entender. Ou será que estacaótica operação eleitoral é o resultado de havertanto desemprego em Portugal, e que muitagente, à falta de melhor, se decidiu enveredarpor uma carreira política para ganhar a vida?

No final vão ser eleitos 230 parlamentares.Mas, muito embora Portugal ser já hoje o paísda Europa Ocidental com o menor número dedeputados por habitante, a verdade é que umagrande maioria dos atuais (e dos vindouros,presume-se) está muito aquém das capacidadesque se exigem dum deputado.

Para já, há uma falta de ética sistémica nosistema parlamentar português. Já nem falamosda taxa elevada de absentismo. Falamos daque-les, numerosos, advogados por exemplo, pre-sentes na câmara legislativa, a tratarem dos seusnegócios pessoais ou, pior ainda, a procurarpor todos os meios de fazerem introduzir alte-rações aos projetos de lei em discussão, paraintroduzir um ‘buraco’ na lei que eles próprios,como juristas irão depois utilizar para favorecera sua própria clientela. Não pensem que exage-ramos. É um facto sobejamente conhecido,infelizmente.

A capacidade de acumularem postos é umdefeito gravíssimo do parlamentarismo lusita-no e, enquanto esta aberração não for corrigida,o conflito de interesses, a corrupção, a ineficáciadas leis será sempre o calcanhar de Aquiles dosistema democrático português.

Acrescente-se a esta inoperância legislativao facto de o governo do momento ter a faca eo queijo para nomear a seu belo prazer os diri-gentes da Rádio Difusão Portuguesa, o mesmoé dizer o controlo jornalístico da informaçãopública.

Enquanto não houver uma verdadeira se-paração dos poderes constitucionais em Portu-gal, o país estará sempre condenado a ser gover-nado pelos ambiciosos e oportunistas, quequalquer que seja a sua cor política, têm vindoa governar o país.

Será isto causa de abstenção? Provavel-mente. Mas a abstenção não faz senão que au-mentar as oportunidades para se deixar o cami-nho livre aos mais desonestos.

É preciso votar no menos mau.

A entrada é livre nos eventos pro-tagonizados por João Tordo e inscritosna programação do FIL (Festival delittérature de Montréal), cujo progra-ma completo pode ver-se nas seguin-tes hiperligações:

http://www.fil2015.festival-fil.qc.ca/leurope-des-ecrivains-en-images/

http://www.fil2015.festival-fil.qc.ca/rencontres-europeennes/

http://www.fil2015.festival-fil.qc.ca/À margem do FIL, João Tordo

participará na próxima sessão do Cír-culo de Leitura Europeu, em francês,onde discutirá com os participanteso livro «Lisbonne Mélodies». Segun-da-feira, 5 de outubro, das 18.30 às20.30 horas, no Carrefour des arts et des sci-ences da Universidade de Montreal, sito no3150 rue Jean-Brillant, salle C-3061. A seguir àsessão, o autor está disponível para a assinaturade autógrafos dos seus dois últimos livros: «OAno Sabático», «Lisbonne mélodies» e «Bio-grafia Involuntária dos Amantes».

O livro «Lisbonne mélodies» está à vendanas Librairie Gallimard, Librairie Olivieri e Li-brairie du Square.

A entrada é livre, perante inscrição, pelotelefone número (514) 499-0159 #105 ou pelocorreio eletrónico

[email protected] e a obri-gatoriedade de se ter lido o livro a discutir. Po-de obter-se informações adicionais na seguintehiperligação:

htt p://www.goethe .de/ins/ca/mon/pr j/lie/fil/fr14566648v.htm

JOÃO TORDO...Cont. da pág 2

Rui Costa depois de mais um brilhanteGrande Prémio de Montreal. Foto Luso-Presse.

...104° – Bruno Pires, a 2:47:00Em conclusão, diremos que Rui Costa,

um habitué deste Grande Prémio de Ciclismode Montreal, tem verdadeira inclinação paraobter excelentes resultados, como fazem fé osnúmeros a seguir.

A prova de Montreal, nos moldes atuais,começou em 2010. Rui Costa só veio em 2011e logo a ganhou. Em 2012 foi oitavo, em 2013terminou em sexto, em 2014 ficou em segundo,e este ano, como se viu, acabou em terceiro.

Não fora a chuva persistente, este GrandePrémio teria tido outra espetacularidade. Se re-cordamos 2014, então foi uma vaga de intensofrio que se abateu sobre Montreal.

Negativo ainda foi o grande número decorredores que desistiram no decorrer da prova.

Foto de Vitorino Coragem.

RETRATOS...Cont. da pág 3

que me levou até aquele santo lugar. Pois é, aIr. Fátima é a administrativa do Convento. An-tes de se reformar foi diretora e administradoraem várias Colégios em Portugal. Um dia aca-bou por se recolher ali para repouso, não con-seguiu. Há dois anos que é o motor de arranquena administração e na contabilidade, no Con-vento de Santo António, em Caminha. A Ir.Guilhermina, Madre Superiora, pode vivertranquila com os préstimos e os conhecimen-tos da Ir. Fátima. As duas se entendem às milmaravilhas.

Devo pedir perdão a Deus e às queridasfreiras também. Afinal também sou daquelasque ironicamente pensava: “as religiosas nãomudavam uma palha do chão, que bela vida”.Enganei-me redondamente. Hoje sinto-me fe-liz mas incomodada por ter sido servida, comose de uma princesa se tratasse, por aqueles an-jos de boa vontade. E, apesar de tudo, aquelesanjos preparam para a minha despedida cânti-cos como eu nunca tinham ouvido na vida.Que privilégio, quanto amor e carinho me dedi-caram: e quem assim tem amigas não vai a pépara o Céu!

Para o céu não voamos mas voltamos decarro para o Porto. Uma vez mais a Ir. Fátimame conduziu, na graça de Deus, para que a via-gem seguisse a bom ritmo. Visitamos a livrariaLello, a Ribeira, as Caves do Douro, a cidadelés a lés e até ouvimos fado entre tonéis. Deita-vam cá um cheirinho a vinho doce que até meapeteceu beber um copo, apesar de não ingerirálcool. Pena, ali o néctar dos desuses era deborla, estava em dia de graça. Oh! Só provamosuma gota. Por fim lanchámos na luxuosa paste-laria, Magestic Café. A noite foi passadano Hotel Paris, simplesmente fantástico! Re-comenda-se.

Referira-se ainda que fomos recebidos noGrande Monte Pio, Rutis, Atmosfera M, noPorto, onde nos esperavam momentos agra-dáveis num auditório de luxo, com uma acústicaperfeita. Desconhecíamos estas riquezas dePortugal. O edifico foi construído com espa-ços modernos com qualidade e comodidadesuperiores, de maneira que: congressistas, escri-tores e artistas vejam em cada uma daquelas sa-las uma valência que lhes permita ótimas reali-zações e melhores resultados. Recordando comcarinho, antes de entrarmos profundamentena poesia e na musicalidade, ouvimos commuita atenção a Dra. Marlene Pires uma dasresponsáveis pelos eventos – departamentode artes e cultura – dar-nos o mote de abertura.Foi brilhante a presença da Dra. Isabel Nunesque representa a parte multimédia. Estou-lhesmuito agradecida.

Destacamos agora a presença da profes-sora de inglês – Maria Luísa Magalhães Pinheiroe seus alunos vindos do Colégio de S. Gonçalo,em Amarante – uma instituição de mérito queconta com mais de dois mil alunos e onde a Ir.Fátima trabalhou durante 24 anos. Foi umatarde de sonho, de alegria, de harmonia e defesta entre os amigos da Ir. Fátima Rodrigues.

La está: quem tem uma amigafreira não vai a pé para o Céu.

Aconselhamos os nossos leitores a visita-rem Caminha. Passem pelo Convento de San-to António, onde a presença da Ir. Clara doMenino Jesus é evidente. Ela que foi mãe detodos os pobres daquela grande região, é hojeum anjo que vive eternamente nos Céus masvela por nós, em nome de Deus Pai.

Carpe Diem!

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O Chelsea em MontrealMourinho não deixou amigos

LUSOPRESSE – O Chelsea, no passa-do mês de julho, esteve de passagem por Mon-treal em transição para os Estados Unidos,onde foi jogar contra o Nova Iorque Red Bulle outras equipas. Em Montreal, os inglesesorientados por José Mourinho treinaram nocomplexo desportivo do Impacto de Mon-treal. Esses treinos foram quase feitos em se-gredo, por rigorosas medidas de segurança evontade do seu timoneiro, pouco dado a «ami-gos», como foi definido por alguns dos (pou-cos) jornalistas que puderam chegar à fala coma delegação europeia. Afinal, não estamos nu-ma terra onde a bola é pouco menos que qua-drada?...

Rimo-nos à grande foi quando, dias de-pois, o Chelsea, com todas as suas estrelas, foigoleado (4-2) pelos suplentes e reservas doNova Iorque Red Bull! Também Jesse Marsh,pudera!, riu da mesma maneira!

Victor Rodriguez entra na dançaLembram-se de Victor Rodriguez, jovem

jogador que durante épocas representou a ex-tinta equipa do Luso Stars? Pois foi esse mes-mo Victor Rodriguez que chegou à fala comJosé Mourinho algures em Montreal! A provadisso está na foto aqui publicada.

Victor Rodriguez, jogador que admirámospelas suas qualidades técnicas, que faziam dele,ao tempo, um dos melhores jogadores de fute-bol do Quebeque, foi quem nos abordou paradar largas ao seu contentamento por ter tido aoportunidade de falar com o famoso treinador,que passou pelo Real Madrid, a sua equipa emEspanha.

Na conversa com Mourinho, Victor Ro-driguez teve mesmo tempo de lhe dizer que ele

próprio, quando adolescente (em 1978), pas-sou por aquele clube, tendo ido prestar provascomo jovem jogador... Tudo isto nos foi ditopor um Victor Rodriguez eufórico, por ter fa-lado com o treinador mais em foco no mundo,goste-se ou não dele.

Prometemos ao Vítor, que tem um irmãoque foi colega de equipa do irmão (Luís Aguiar)do nosso chefe de redação Norberto Aguiar,publicar a foto dele com o atual treinador cam-peão de Inglaterra.

Promessa feita, promessa cumprida! L P

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Carlos de Jesus

Inês Faro

Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira