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INFORMAÇÃO MENSAL SOBRE CINEMA DA ÍNDIA • Nº 1 • JULHO DE 2013 Nesta edição: A história de Bollywood pgs.2/3 A história do cinema na Índia pg.4 Indústria regional de cinema pg.5 Em destaque pg.6 Prémios IIFA 2013 pg.7 Indian Idol Junior pg.8 Estrelas de A a Z pg.9 Passatempos pg.10

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2013 | 1 Cine Challo News

INFORMAÇÃO MENSAL SOBRE CINEMA DA ÍNDIA • Nº 1 • JULHO DE 2013

Nesta edição:

A história de Bollywoodpgs.2/3

A história do cinema na Índiapg.4

Indústria regional de cinemapg.5

Em destaquepg.6

Prémios IIFA 2013pg.7

Indian Idol Juniorpg.8

Estrelas de A a Zpg.9

Passatempospg.10

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BollywoodA EVOLUÇÃO E OS MEANDROS DO CINEMA INDIANO

De Hollywood a Bombaim......nasce BollywoodBollywood é o nome dado

à indústria de cinema de língua hindi, a maior in-

dústria de cinema indiana, em termos de lucros e popularidade a nível nacional e internacio-nal. O nome Bollywood surge da fusão de Bombaim (antigo nome da atual Mumbai, cidade onde se concentra a referida in-dústria), e de Hollywood (nome dado à indústria cinematográ-fica americana). Contudo este nome é usado por vezes de for-ma errada para designar todo o cinema indiano.

HistóriaDadasaheb Phalke realizou, em 1913 o primeiro filme mudo fei-to na Índia, intitulado Raja Ha-rishchandra. Por volta da década

de 1930, esta indústria produzia cerca de 200 filmes por ano. O primeiro filme sonoro indiano foi Alam Ara (1931), de Ardeshir Irani, que foi um grande sucesso. Existia claramente um grande mercado para os filmes sonoros e musicais, por isso Bollywood e todas as outras indústrias re-gionais passaram rapidamente a produzir filmes sonoros.As décadas de 1930 e 1940 foram épocas tumultuosas. A Índia foi afetada pela Grande Depressão, pela Segunda Guerra Mundial, pelo movimento de indepen-

dência da Índia e pela violência da partição da Índia. A maioria dos filmes indianos da altura tinham como tema base a eva-são, mas existiram alguns reali-zadores que abordaram assun- tos sociais, ou que usaram a luta pela independência da Ín-dia como pano de fundo para os seus enredos. No final da década de 1950 foram lança-dos os primeiros filmes a cores, contudo a maioria dos filmes continuaram a ser produzidos a preto e branco até meados da década de 60. Por esta épo-ca os musicais românticos e os melodramas eram a imagem de marca do cinema hindi. Alguns atores de sucesso dessa época foram Dev Anand, Dilip Kumar e Raj Kapoor e as atrizes Nargis,

Meena Kumari, Nutan e Madhu-bala. Por volta do fim da década de 60 e início dos anos 70, surge a época dos filmes românticos e de acção estrelando artistas como Rajesh Khana e Dharmen-dra. A meio da década de 70, os filmes românticos deram lugar a filmes violentos sobre crimi-nosos e bandidos. Amitabh Ba-chchan é uma estrela conhecida pelos seus papéis de “jovem furioso” e dominou esta época junto com outros atores como Mithun Chakraborty e Anil Ka-poor. As atrizes mais solicitadas

desta época eram Hema Malini, Jaya Bachchan e Rekha.A meio da década de 90, a ten-dência voltou para os romances musicais centrados na família com o filmes como Hum Aapke Hain (1994) e Dilwale Dulhania Le Jayenge (1995). Surgiu uma nova geração de estrelas com atores tais como Aamir Khan, Salman Khan e Shahrukh Khan e atrizes tais como Sridevi, Ma-dhuri Dixit, Karisma Kapoor e Kajol. Por esta altura atores como Govinda e Akshay Kumar e atrizes como Raveena Tandon começaram a fazer sucesso os filmes de acção e comédias. Esta década também marcou o cinema artístico que conseguiu igualmente algum sucesso nas bilheteiras e fez surgir uma nova

geração de atores aclamados pela crítica, tais como Nana Pa-tekar, Ajay Devgan, Manisha Koi-rala, Tabu e Urmila Matondkar.A partir de 2000 Bollywood viu aumentar a sua popularidade no mundo. Isto levou a indústria a atingir novas alturas em termos de qualidade técnica e inovação. A abertura de novos mercados no exterior e surgimento dos cinemas estilo multiplex nas grandes cidades, levou a um maior sucesso de bilheteiras na Índia e no exterior, com filmes tais como Devdas, Kal Ho Naa

Ho, Veer-Zaara, Dhoom 2, Khabi Alvida Naa Kehna e Om Shanti Om que lançaram uma nova ge-ração de estrelas tais como Saif Ali Khan, Hrithik Roshan, Abhi-shek Bachchan, Aishwarya Rai, Preity Zinta e Rani Mukherji e ao mesmo tempo mantiveram a popularidade dos atores da dé-cada anterior.

Convenções de géneroOs filmes de Bollywood, assim como a maior parte dos filmes indianos, são na maior parte musicais. Espera-se sempre que contenham algumas melo-dias cativantes sob a forma de números de canto e dança. O sucesso de um filme depende muito da qualidade dos seus nú-meros musicais. Geralmente as

músicas costumam ser lançadas antes do filme para aumentar o interesse do público no filme.O público indiano espera fazer o seu dinheiro valer aquando de uma ida ao cinema. Músicas e danças, triângulos amorosos, comédia e ação são todos mis-turados num espetáculo de três horas de duração com intervalo. Esse tipo de filmes é chamado de masala, que é o nome dado a uma mistura de especiarias da

O projeto”Cine Challo News” surge como consequên-cia da paixão de um grupo de pessoas apaixonadas pelo cinema indiano, que começou inicialmente pela criação de um site (Cine Challo) dedicado a esta te-mática.No site, para além de poder ter acesso a filmes de várias épocas da cinematografia indiana, podem também baixar-se os respetivos links que incluem as legendas traduzidas, conhecer um a um, os atores e atrizes de Bollywood e do cinema regional indiano de maior sucesso.Todo esse trabalho é efetuado por uma equipa for-mada por algumas amigas, voluntárias não profissio-nais, que sem qualquer remuneração, dedicam o seu tempo livre ao site, às traduções rigorosas das legen-das feitas linha a linha, palavra a palavra, sem o uso de programas de tradução automática, sendo esse o grande e principal diferencial do site “Cine Challo”.O objetivo primordial é passar para os visitantes do site, o melhor a que estes têm direito. Pequenos pormeno-res marcam toda a diferença.Mas chegou-se à conclusão de que podia haver um complemento ao site, com outro tipo de in-formação, passatempos, etc. Projetou-se assim o “Cine Challo News”, uma publicação que é mais do que a tradicional newsletter e que não chega a ser um jornal ou revista cultural, que será colocada no site em formato PDF, bem como na nossa pá- gina do Facebook, onde poderá ser visto através da aplicação “Scribd for Pages”.Aqui daremos informação sobre filmes a sair bre-vemente, teremos em destaque o ator e atriz do mês, falaremos também mais aprofundadamen-te do cinema regional, seus atores e atrizes, e pou-co a pouco irão surgindo mais novidades, passa- tempos, sempre na expetativa de oferecer aos nos-sos visitantes a melhor informação sobre o mundo de Bollywood (e não só), sempre com o maior rigor e isen-ção possível.Esperamos sinceramente que os amantes de cinema indiano visitem o nosso site e que connosco partici-pem, não só deixando por lá os vossos comentários, cumprindo sempre as regras do mesmo, mas tam-bém participando no entretenimento presente no “Cine Challo News”.

Bem hajam!Bela Xavier

Editorial

Continua na pag. seguinte

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culinária indiana. Tal como os masalas da culinária, este tipo de filmes são uma mistura de muitas coisas.Os enredos de Bollywood tra-dicionalmente tendiam a ser melodramáticos. Frequente-mente empregavam ingredien-tes tais como amores impossí-veis, triângulos amorosos, laços familiares, sacrifício, políticos corruptos, sequestradores, ter-ríveis vilões, cortesãs com cora-ção de ouro, parentes há muito desaparecidos, irmãos separa-dos pelo destino, mudanças de sorte dramáticas e coincidên-cias convenientes. Ao mesmo tempo também existiam filmes indianos com objetivos mais artísticos e histórias mais so-fisticadas, tanto dentro como fora da tradição de Bollywood, no entanto estes geralmente perdiam nas bilheteiras para filmes com um maior apelo de massas. No entanto atualmen-te as convenções de Bollywood têm mudado. A grande diáspora de indianos nos países de lín-gua inglesa e a maior influência ocidental na própria Índia têm levado os filmes de Bollywood a se aproximarem dos modelos de Hollywood. Beijos deixaram de ser tabu em alguns filmes e os enredos mostram uma vida urbana com encontros ao estilo ocidental e cada vez menos se veem os casamentos por com-binação.

ElencoBollywood emprega pessoas de todas as partes da Índia e atrai milhares de aspirantes a ato-res. Modelos, atores televisivos, atores de teatro e até pessoas comuns vão para Mumbai na esperança de se tornarem estre-las. No entanto apenas poucos alcançam o sucesso.A popularidade na indústria do entretenimento é algo muito frágil e Bollywood não é exce-ção. A popularidade das estrelas pode subir ou cair rapidamente. Diretores competem para con-tratar as estrelas mais populares do dia, que acreditam ser uma garantia de sucesso para o filme (se bem que nem sempre isso aconteça).Apenas poucos atores não india-nos conseguiram deixar alguma marca em Bollywood, apesar de terem tentado várias vezes. Mas existem algumas exceções, como no exemplo do recente êxito Rang de Basanti, onde a atriz inglesa Alice Patten desem-penhou um dos papéis centrais. Outros filmes como Kisna, La-gaan, The Rising: Ballad of Man-gal Pandey e Marigold também contaram com a participação de atores e atrizes estrangeiros.Bollywood é por vezes muito dominada por clãs sendo que os familiares de pessoas que trabalham na indústria conse-guem com mais facilidade pa-

péis muito desejados ou apenas um lugar no elenco de um filme. Contudo as boas ligações dentro da indústria não são garantia de uma carreira longa. Por outro lado algumas das maiores estre-las tais como Dharmendra, Ami-tabh Bachchan e Shahrukh Khan alcançaram o sucesso apesar de terem uma total falta de ligações dentro da indústria. Som O som nos filmes de Bollywood raramente é gravado nos locais. Por isso o som é geralmente criado ou recriado inteiramen-te em estúdio, com os atores a recitar as suas falas ao mesmo tempo que as suas imagens apa-recem no ecrã do estúdio, e a introdução posterior de efeitos sonoros num processo conhe-cido como ADR. Este processo cria vários problemas, visto que o som destes filmes geralmente ocorre uma frame (imagens fi-xas de um produto audiovisual )ou duas antes dos movimentos labiais ou gestos. Além disso os atores têm que atuar duas ve-zes, uma vez no local e outra no estúdio, e assim o nível atingido no local torna-se muito difícil de ser recriado. Os filmes indianos comerciais também são conhe-cidos pela sua falta de som am-biente.A ubiquidade do ADR no cinema de Bollywood tornou-se pre-valecente nos início dos anos 60 com a chegada da câmara Arriflex 3, que requeria uma cobertura para abafar o ruído produzido pela câmara. Sendo que os realizadores de cine-ma indianos se preocupavam muito com a rapidez, nunca se davam ao trabalham de cobrir a câmara, e por isso devido ao ruído excessivo produzido pela câmara isso implicava que todo o trabalho de som tinha que ser feito em estúdio. Assim este procedimento tornou-se padrão nos filmes indianos.Esta tendência foi interrompida em 2001, depois de um hiato de 30 anos, com o filme Lagaan, no qual o ator e produtor Aamir Khan inistiu que o som fosse fei-to no local. Isto abriu um aceso

debate acerca da viabilidade económica de se produzir o som no local e depois disso muitos filmes de Bollywood passaram a produzir o som no local. Música e dança em BollywoodAs canções dos filmes de Bolly- wood são geralmente gravadas por um cantor profissional, e de- pois os atores fazem a sincro-nização labial com a letra da música (playback), geralmente ao mesmo tempo que dançam. Enquanto que a maior parte dos atores, especialmente nos nos-sos dias, são também excelentes dançarinos, apenas poucos são também cantores. Uma notável exceção foi Kishore Kumar que participou de grandes filmes da década de 50. Outros atores também conhecidos por serem tanto cantores como atores fo-ram K. L. Saigal, Suraiyya e Noor Jehan.Os chamados cantores de play-back costumam figurar nos cré-ditos de aberturas e têm a sua própria legião de fãs, que vão até mesmo a um filme menos interessante só para escutarem os seus cantores preferidos. Al-guns dos cantores mais famosos de Bollywood são Noor Jehan, Lata Mangeshkar, Asha Bhosle, Geeta Dutt, Shamshad Begum, Alka Yagnik, K. L. Saigal, Talat Mahmood, Mukesh, Mohamed Rafi, Manna Dey, Hemant Ku- mar, Kishore Kumar, Kumar Sa- nu, Udit Narayan e Sonu Nigam entre outros.Os compositores das músicas para filmes, são conhecidos co- mo directores musicais. As suas canções geralmente podem de-cretar o sucesso ou fracasso de um filme. Os remixes de músicas de filmes com ritmos modernos é uma ocorrência comum atual-mente, e os produtores até mes-mo lançam remixes de versões de algumas das canções dos seus filmes no próprio CD da tri-lha sonora do filme.As danças dos filmes de Bolly- wood, especialmente nos mais antigos, são modeladas de acor-do com os estilos clássicos da dança indiana, com as danças das cortesãs do norte da Índia e

com as danças tradicionais. Nos filmes modernos, os elementos da dança indiana são misturados com estilos de dança ocidentais. No entanto não é invulgar ver tantos números no estilo de dança ocidental e de pura dança clássica indiana no mesmo filme. O herói ou heroína geralmente executa a dança junto com um grupo de dançarinos de apoio. Muitas sequências de música e dança contêm várias mudanças instantâneas de local e de roupa entre os versos de uma canção. Se o herói e a heroína dançam sozinhos, lado a lado, geralmen-te são rodeados por belas paisa-gens ou por cenários arquiteto-nicamente grandiosos.As canções geralmente comen-tam a acção que está a ter lugar naquela parte do filme. Às vezes uma canção é incluída na acção do filme criando um pretexto para o personagem cantar ou então a canção pode ser a exte-riorização dos pensamentos de um personagem, ou pressagiar um evento que ainda não ocor-reu no filme.Os filmes de Bollywood sempre usaram o que agora se chama de “item number”. Nos filmes, um ator ou atriz que nada tem a ver com o enredo principal do filme, participa do mesmo executando um número mu-sical. Em filmes mais antigos o “item number” era executado por exemplo por uma cortesã que dançava para um cliente, ou como parte de um show de cabaret. A dançarina Helen ficou famosa pelos seus números de cabaret. Em filmes modernos os “item numbers” podem ser inseridos em cenas passadas numa boate, show ou em algu-ma celebração.Durante as últimas décadas os produtores de Bollywood têm lançado a trilha sonora dos fil-mes em cassete ou CD, mesmo antes do filme ser lançado, es-perando que as músicas possam atrair o público para os cinemas mais tarde. Muitas vezes a trilha sonora do filme se torna mais popular do que o filme. Nos úl-timos anos alguns produtores têm também lançado vídeos musicais, geralmente retirados de uma das canções do filme. Contudo alguns vídeos promo-cionais incluem canções que não estão incluídas no filme. Aquele que foi provavelmente o maior “item number” da história de Bollywood ocorreu na canção “Deewangi Deewangi” do filme “Om Shanti Om” na qual partici-param 30 atores convidados. Diálogos e letras de música Os diálogos são geralmente es- critos em hindi comum, de modo a que possa ser entendi-do pelo maior público possível. Alguns filmes contudo, têm usa- do dialetos regionais para in-vocar um cenário de aldeia, ou também por vezes é usado urdu antigo em filmes de época que retratam a era Mogol. Os filmes

contemporâneos também fa-zem bastante uso do inglês. De fato muitos guiões são escritos primeiro em inglês e depois tra-duzidos para hindi.Os directores musicais preferem trabalhar com determinados letristas, chegando mesmo em alguns casos a serem considera-dos como uma equipe. As letras musicais são geralmente acerca do amor. As letras de música de Bollywood especialmente nos filmes mais antigos usam muito vocabulário urdu. Outra fonte para as letras das canções de amor é a longa tradição poéti-ca hindu acerca dos amores de Krishna, Radha e das gopis. Mui-tas letras comparam o cantor a um devoto e o objeto da sua paixão a Krishna ou Radha. Finanças Os filmes de Bollywood são pro- duções de vários milhões de dólares, com os mais caros a custarem até cerca de 10 mi-lhões. No entanto estão em pau- ta projectos mais ambiciosos que pretendem ultrapassar em muito esse valor. Cenários, ves-tuário, efeitos especiais e cine-matografia estavam abaixo da média mundial até meio da dé-cada 90, com algumas notáveis exceções. Quando os filmes oci-dentais e a televisão começaram a ter uma maior distribuição na Índia, passou a existir a pressão para que os filmes de Bollywood atingissem os mesmos níveis de produção, particularmente em áreas como os efeitos especiais. Recentes filmes de Bollywood têm empregado técnicos inter-nacionais para melhorar em determinadas áreas, tal como aconteceu no filme Krrish (2006) no qual a acção foi coreografada por Tony Ching, de Hong Kong. A cada vez maior acessibilidade a profissionais de ação e efeitos especiais, agregada aos orça-mentos cada vez mais altos dos filmes, tem resultado numa ex-plosão na produção de filmes de acção e ficção científica.Filmes com sequências filmadas no exterior têm sido sucessos de bilheteira, assim as equipes de filmagem de Mumbai têm fil-mado cada vez mais em lugares como Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos, Europa continental e em muitos outros lugares, tal como também no Brasil onde em 2006 foi filmada parte da ac-ção do filme Dhoom 2, um dois maiores sucessos de sempre do cinema indiano.O financiamento dos filmes de Bollywood geralmente vem de distribuidores privados e de al-guns grandes estúdios. No pas-sado os bancos e instituições financeiras indianas estavam proibidos de emprestar dinheiro aos estúdios de cinema. Contu-do, esta proibição já foi levanta-da. Nos últimos anos algumas produções também têm recebi-do o apoio de grandes estúdios de Hollywood tal como no caso

do filme Saawariya (2007) que foi co-produzido pela Columbia Tristar e de Roadside Romeo (2008) co-produzido pela Walt Disney. Até ao passado recente algumas produções foram fi-nanciadas por fontes ilegais tais como a máfia de Mumbai. Por exemplo, em 2001, o Central Bu-reau of Investigation apreendeu todas as cópias do filme Chori Chori Chupke Chupke depois de se ter descoberto que o filme tinha sido financiado pelo sub-mundo do crime de Mumbai.

Publicidade Muitos artistas indianos costu-mavam ganhar a vida a pintar à mão letreiros e cartazes anun-ciando os novos filmes. Isto acontecia porque o trabalho manual ficava mais barato do que imprimir e distribuir publi-camente o material. Hoje em dia a maioria dos vários outdoors nas grandes cidades indianas são criados digitalmente. Os ve-lhos letreiros e cartazes são hoje colecionados como uma forma de arte popular.Lançar a música, ou os vídeos musicais antes do próprio filme também é considerada uma forma de publicidade. Uma boa melodia acredita-se que ajuda a levar o público até aos cinemas.Os publicitários de Bollywood também começaram a usar a Internet como um meio de anunciar seus filmes. A maior parte dos filmes com bom finan-ciamento têm os seus próprios sites na Internet, onde podem ser visualizados trailers, imagens do filme e informação acerca da história, elenco e equipe de pro-dução.Os filmes de Bollywood, como também acontece em Holly- wood, são muito usados como meio para publicitar outros pro-dutos. Prémios A cerimónia dos “Filmfare Awar-ds” é uma das mais antigas e proeminentes do cinema hindi e é chamada por vezes de “Ós-cares Indianos”. Os “Filmfare Awards” foram primeiro intro-duzidos em 1954, no mesmo ano dos “National Film Awards”. No entanto este último é um prémio decidido por um painel de jurados decidido pelo go-verno indiano enquanto que os “Filmefare Awards” são votados tanto pelo público como por um comité de especialistas. Desde 1973 que o governo pa-trocina os “National Film Awar-ds”, que são entregues pelo governo. Nesta cerimónia não são premiados apenas filmes de Bollywood, mas também filmes provenientes de outras indús-trias de cinema regionais e tam-bém filmes independentes. Esta cerimónia é anual e é presidida pelo Chefe de Estado da Índia.Além destas existem muitas ou-tras cerimónias de entrega de prémios tanto dentro como fora da Índia.

Continuação da pag. anterior

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A indústria cinematográfi-ca indiana é a maior do mundo em termos de

venda de bilhetes e de número de filmes produzidos (em 2011 foram produzidas 1255 longas metragens e 1771 curtas me-tragens). Os bilhetes de cinema na Índia estão entre os mais baratos do mundo. A indústria é sobretudo suportada por um vasto público. Em cada 3 meses um público tão grande quanto a população da Índia visita as salas de cinema. Os filmes indianos são populares em várias partes do mundo, especialmente em países com comunidades india-nas de tamanho significativo.

A introdução do cinema no país1896-1910 - O cinema foi in-troduzido na Índia a 7 de Julho de 1896. Começou com a apre-sentação de alguns filmes dos irmãos Lumière, no Hotel Wat-son em Bombaim (atual Mum-bai). No mesmo ano a Madras Photographic Strore publicitava as “fotografias animadas”. Em 1897 começaram em Bombaim projeções diárias de filmes reli-zadas pela empresa Clifton and Co.’s Meadows Street Photogra-phy Studio.Em 1898, Hiralal Sen começou a filmar cenas de produções tea-

trais no Classic Theatre de Cal-cutá (Kolkata, em Bengali). Co-meçou a fazer filmes como com-plemento de produções teatrais que eram mostrados como atra-ções durante os intervalos das apresentações teatrais, em pro-jeções privadas para as famílias da alta sociedade ou levados a lugares distantes onde os atores não podiam ir.Harischandra Sakharam Bhata-vdekar, conhecido como Save Dada, importou uma cine-ca-mara de Londres pelo preço de 21 guinéus e filmou o primeiro documentário indiano sobre um encontro de luta livre nos Hanging Gardens, em Bombaim, corria o ano de 1897. Em 1901, gravou o regresso de Ragunath P. Paranjpye, de Cambridge, que havia assegurado uma distinção em Matemática da Universida-de de Cambridge, e de M. M. Bhownuggree, o que foi consi-derado o primeiro filme noti-cioso indiano. Também filmou o Delhi Durbar de Lord Curzon (o vice-rei da Índia), que marcou a coroação de Eduardo VII em 1903.O potencial comercial do cine-ma também foi testado nesta época. O “Grand Kinetoscope Newsreels”, de F. B. Thanewala, foi um caso de sucesso. J. F. Ma- dan foi outro produtor de cine-

ma bem sucedido, que lançou vários filmes de êxito. Lançou também a Madan Theatres Li-mited, que se tornou a maior casa de produção, distribuição e exibição e o maior importador de filmes americanos depois da Primeira Guerra Mundial. Os seus filmes foram marcados por um alto grau de sofisticação técnica, facilitados pela utiliza-ção de experientes diretores es-trangeiros tais como Eugenio De Liguoro e Camille Legrand. Esta experiência foi complementada por grandes cenários e popu-lares histórias mitológicas que asseguravam bons lucros.As casas de cinema foram esta-belecidas em grandes cidades indianas desta época, tal como o Novelty Cinema de Bombaim e o Elphinstone Picture Palace em Calcutá (estabelecido por J. F. Madan em 1907). À parte destas, algumas projeções cine-matográficas eram organizadas em tendas. Outra forma popular de exibir filmes eram os cinemas itinerantes. Em 1904, Manek Se-thna fundou a Touring Cinema Co. em Bombaim e um ano mais tarde, Swamikannu Vincent, um projetista de vias-férreas, esta-beleceu um cinema itinerante que ia até pequenas cidades e aldeias do sul da Índia.1910-1920 - A primeira longa-

-metragem indiana foi uma narrativa de nome Pundalik, por N. G. Chi-tre e Dadasaheb Torne. Em 1913 foi produzido Raja Harishchandra, um filme de Dadasa-heb Phalke. Phalke as-sistiu a uma projeção de “A Vida de Cristo”, no American-India Ci-nema e sentiu-se inspi-rado a ele próprio fazer filmes. Estava conven-cido acerca da possibi-lidade de estabelecer uma indústria cinema-tográfica que focasse temas indianos. A esse respeito ele disse: “tal como se fazem filmes sobre a vida de Cris-to, nós podemos fazer filmes sobre Radha e Krishna”. O filme seria acerca do honesto rei que em nome dos seus princípios sacrificou o seu reino e a sua famí-lia perante os deuses, que impressionados com a sua honestidade restauram a antiga gló-ria deste rei. O filme foi um sucesso, e Phalke continuou a fazer fil-mes mitológicos até à chegada do cinema sonoro, época em que a sua popularidade co-meçou a diminuir.Em 1918 foi lançado

a primeira longa--metragem do Sul da Índia, “Keechaka Va-dham” de Rangaswa-my Nataraja Muda-liar. No ano seguinte ele fez o filme “Drau- padi Vastrapahara-nam”, que incluiu no elenco a atriz anglo--indiana Marian Hill no papel de Draupa-di.1920-1940 - Por volta de 1920 a produção de filmes na Índia já atingia os 27 filmes anuais. Em 1931 chegam-se a uns incríveis 207 filmes anuais. Nesta época surgiram muitas no-vas companhias de produção e novos ci-neastas.Os anos 30 trou-xeram muitas mu-danças à indústria cinematográfica, do ponto de vista téc-nico e estilístico. O fato mais importan-te ocorreu em 1931 quando foi lançado o primeiro filme so-noro indiano “Alam Ara”, do diretor Ar-deshir Irani. Este fil-me foi dublado em hindi e urdu e foi um grande êxito, iniciando uma revolução no cinema india-no. O seu sucesso fenomenal levou a muitas outras produções que incluíam diálogo, canto e dança. Também no sul da Índia a era dos filmes sonoros havia co-meçado, com os filmes “Bhakta Prahlad” em telugu e “Kalidass” em tamil, ambos também lança-dos no ano de 1931.Ao mesmo tempo a década de 1930 é também reconhecida como uma década de protesto social na história do cinema in-diano. Nesta época desenvolve-ram-se três centros cinemato-gráficos principais em Bombaim (Mumbai), Calcutá (Kolkata) e Madras (Chennai). Destes três, Bombaim fazia filmes com o ob-jetivo de uma distribuição mais a nível nacional enquanto que Madras e Calcutá eram conheci-das pelos seus filmes regionais.1940-1960 - A década de 1940 e até ao fim da década de 1950, viu a produção de filmes com um alto componente de vibran-tes sequências de música e dan-ça, e são considerada por muitos como a época mais memorável da história do cinema indiano. Esta época também viu surgir uma das imagens de marca do cinema indiano as canções em playback, um canto profissional executa a música enquanto que os atores e atrizes dançam e fin-gem cantar a música. Lata Man-geshkar, e a sua irmã Asha Bhon-

sle, Muhammed Rafi, Kishore Kumar foram os cantores que dominaram a indústria de cine-ma hindi.Os anos 50 foram uma época única no cinema indiano em que surgiram vários diretores talentosos. Em 1953 o diretor de cinema bengali, Ray lançou um dos seus clássicos “Pather Pan-chali”. O seu trabalho recebeu o reconhecimento Internacional com o prémio de Melhor Docu-mento Humano no Festival de Cannes, seguiram-se a este mui-tos outros prémios nacionais e internacionais.Além de Ray, Mrinal Sen, Ritwik Ghatak e outros receberam um grande reconhecimento inter-nacional pelos seus filmes. Eles são considerados os fundadores do Novo Cinema Indiano. En-quanto que, Satyajit Ray, Mrinal Sen, Aravindan, Ritwik Ghatak, Rituparna Ghosh estavam a ser pioneiros no cinema artístico indiano, por volta de mesma época, o cinema popular estava a abordar temas sociais, particu-larmente na indústria de cinema hindi, com cineastas tais como Bimal Roy, Raj Kapoor, Mehboob Khan, Guru Dutt etc. Muitos destes filmes quebraram recor-des nas bilheteiras tal como no caso de “Do Bigha Zamin”, de Bimal Roy, “Mother India”, de Mehboob, “Shree 420” e “Awa-ra”, de Raj Kapoor e “Pyasa”, de Guru Dutt.

1960-1980 - Nos anos 60 e 70, de muitos filmes com alto valor de produção. Os filmes em hin-di mais populares deste perío-do foram: “Pakeeza”, de Kamal Amrohi, “Bobby”, de Raj Kapoor, “Kabhi Kabhi”, “Amar Akbar An-thony”, “Hum Kisise Kum Na-hin”, e “Muqaddar ka Sikandar”. O filme mais popular de todos que marcou a história do cinema indiano foi “Sholay”, de Ramesh Sippy.1980-2000 - Nesta época no cinema comercial hindi, torna-ram-se habituais os musicais ro-mânticos. “Mr. India”, “Tezaab”, “Qayamat se Qayamat Tak”, “Main Pyar Kiya”, “Chandni”, “Jo Jeeta Wohi Sikander”, “Hum Hain Rahi Pyarke”, “Baazigar”, “Hum Apake Hai Kaun”, “Kran-tiveer”, “Raja”, “Dilwale Dulha-niya Le Jayenge”, “Rangeela” fo-ram alguns dos mais populares filmes hindi. Atualidade - Hoje em dia o ci-nema indiano, especialmente o cinema hindi, não só é popular na Índia mas também em zonas do Médio Oriente, Paquistão, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e em muitos outros luga-res onde existem grandes comu-nidades indianas. Filmes como “Lagaan”, “Salaam Bombay” e “Monsoon Wedding” têm feito o mercado internacional reparar definitivamente que a Índia está destinada a voos maiores no que diz respeito ao cinema.

A história do cinema na Índia

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A Índia é um país extenso onde são faladas muitas línguas. De acordo com

o censo de 1991 existem cerca de 10.400 línguas na Índia. Se forem agrupadas as línguas que estão fortemente relacionadas ou dialetos compreensíveis, chegaríamos a um número de 1.576 línguas, ou se consolidar-mos ainda mais chegaríamos ao número de 114 línguas princi-pais. Os produtores indianos já fizeram filmes em 30 das línguas mais faladas. Contudo, apenas os maiores grupos linguísticos como o hindi, tamil, telugu, ben-gali, marathi, kannada, e ma-layam são apoiados por fortes indústrias cinematográficas. As estatísticas oficiais categorizam os filmes indianos de acordo com a língua em que são distri-buídos.Existe um grande grau de mobi-lidade entre as indústrias regio-nais de cinema. Muitos que tra-balham em indústrias regionais de cinema, assim que veem o seu talento e popularidade estabele-cidos, passam a trabalhar a nível nacional ou até mesmo inter- nacional. Por exemplo, A. R. Rahman, um dos compositores indianos mais conhecidos do cinema indiano, começou a sua carreira no cinema tâmil, em Chennai, mas actualmente tam- bém trabalha no cinema hindi e internacionalmente em cidades como Londres e Nova Iorque. Similarmente alguns filmes que foram bem sucedidos numa língua foram muitas vezes du-blados em outras línguas ou até mesmo ganharam novas ver-sões em outras línguas.Tal como já referimos nesta edi-ção, noutro artigo, a indústria cinematográfica hindi, baseada em Mumbai (anteriormente co-nhecida como Bombay, ou Bom-baim), mais conhecida como Bollywood, é o maior ramo do cinema indiano. No entanto existem outros ra-mos que derivam de Bollywood, mas que não deixam de ser im-portantes por isso.

Cinema BengaliO cinema bengali refere-se à indústria cinematográfica de lín-gua bengali que se localiza na re-gião de Bengala, no sul da Ásia. Existem dois grandes centros cinematográficos nessa região: um em Kolkota (Calcutá), na Ín- dia e outro menos conhecido em Dhaka, no Bangladesh (cha-mada de Dhallywood). A indús-tria de cinema bengali há muito que é centrada em Tollygunge, um distrito de Kolkata, por isso a indústria de cinema bengali também é popularmente co-nhecida como Tollywood, mis-tura das palavras Hollywood e Tollygunge.A história do cinema bengali

começou na década de 1890, quando ocorreram a primeiras projeções de “bioscópio” nos teatros de Kolkata. Um década depois as primeiras sementes da indústria foram semeadas por Hiralal Sen. Ele estabeleceu a Royal Bioscope Company, que produzia cenas de produções teatrais populares. Muito tempo depois do trabalho de Sen, Dhi-rendra Nath Ganguly (conhecido como D.G) estabeleceu a Indo British Film Co, em 1918. Contu-do, o primeiro filme bengali, “Bi-llwamangal”, foi produzido em 1919, pela Madan Theatre. Bilat Ferat foi a primeira produção da Indo British Film Co em 1921. “Jamai Shashth”i, filme produ-zido pela Madan Theatre foi o primeiro filme sonoro bengali. Foi nesta época que Pramathesh Barua e Debaki Bose atingiram o pico da sua popularidade. Barua dirigiu vários filmes que exploraram novas dimensões no cinema indiano. Debaki Bose di-rigiu “Chandidas” em 1932. Este filme foi um marco no que diz respeito às técnicas de gravação do som.Uma longa história passou a ser construída, passando por mar-cos como Satyajit Ray, Mrinal Sen e Ritwik Ghatak e outros que ganharam fama e respeito internacional, assegurando o seu lugar na história do cinema. Indústria Cinematográficade Bengala OcidentalA contribuição da indústria de cinema bengali para o cinema indiano, é bastante significativa. Baseada em Tollygunge, uma área ao sul de Kolkata, no es-tado de Bengala Ocidental tem uma orientação mais inclinada para o cinema artístico do que os habituais filmes musicais pro-duzidos no resto da Índia. No passado a indústria de Bengala Ocidental gozou de um prestígio muito grande dentro do cinema indiano devido a produtores e diretores como Satyajit Ray, que recebeu um óscar honorário, e recebeu as condecorações civis mais elevadas da Índia e Fran-ça, o Bharat Ratna e a Legião de Honra respetivamente, e Mrinal Sen, que recebeu a distinção de Comandante da Ordre des Arts et des Lettres e a Ordem da Ami-zade, uma condecoração russa.Outros cineastas proeminentes da indústria bengali são Bimal Roy, Ritwik Ghatak, e Aparna Sen. A indústria bengali produ-ziu clássicos como “Pather Pan-chali”, “Devi”, “Jalsaghar”, “De-vdas”, “Neel Akasher Neechey”, “Meghe Dhaka Tara”, etc.O ator bengali mais conhecido até à data foi Uttam Kumar. Ele e Suchitra Sen eram conhecidos como o “par eterno” na década de 1950. Soumitra Chatterjee é um ator notável, tendo atuado

em vários filmes de Satyajit Ray, e foi considerado o rival de Ut-tam Kumar na década de 1960. Ele ficou conhecido pelo papel de Feluda no filme “Sonar Kella” e “Joy Baba Felunath”, escrito e dirigido por Ray.Contudo na década de 1980 a indústria de cinema bengali pas-sou por uma grande mudança, deixando um pouco de lado a sua abordagem emocional e ar-tística e aproximando-se mais da mais popular Bollywood. Nes- ta época vários atores e atri-zes gozaram de popularidade, incluindo Tapas Pal, Prasenjit Chatterjee, Chiranjit, Rituparna Sengupta e outros. Perto do fim da década de 1990, diretores como Rituparno Ghosh, Gautam Ghose, Aparna Sen, Sandip Ray entre outros, produziram filmes como “Unishe April”, “Titli”, “Mr. and Mrs. Iyer”, “Bombaiyer Bombete” que foram aclamados tanto pelos críticos como pelo público.A indústria bengali expandiu-se para um público que alcança agora 340 milhões em Bangla-desh, Bengala Ocidental, Tripura e Assam. No entanto esta indús-tria sofre de uma má rede de distribuição, o que faz com que, embora sejam produzidos em média 50 filmes por ano, apenas 30 cheguem aos cinemas. Cinema BangladeshiA indústria de cinema bangla-deshi tem a sua base em Dhaka. Em 2004, produzia aproximada-mente 100 filmes por ano.A maioria dos filmes bangla-deshis é puramente comercial. No entanto alguns diretores do Bangladesh conseguiram atin-gir a aclamação por parte dos críticos pelo seu trabalho no-tável. Exemplos disso são Zahir Raihan, Khan Ataur Rahman, Sa-lahuddin, Alamgir Kabir, Amjad Hussain, Moshiuddin Shaker, Sheikh Niyamat Ali, Humayun Ahmed, Morshedul Islam, Tan-vir Mokammel, Tareque Masud. Um dos primeiros filmes produ-zidos no Bangladesh depois da independência foi “Titash Ekti

Nadir Naam” em 1973, dirigido por Ritwik Ghatak.“Matir Moina”, do diretor Ma-sud, ganhou vários prémios inter- nacionais nos festivais de Endin-burgh, Palm Springs, Montreal, Cairo e Cannes. Outro filme acla-mado internacionalmente foi “Morshedul Islam”, com dois pré- mios no Festival Internacional de Mannheim-Heidelberg e em outros festivais internacionais.Os filmes bengalis costumam es- tar entre os favoritos do júri dos Prémios Nacionais de Cinema, quase todos os anos sem exce-ção.

Cinema kannadaA indústria de cinema kannada, é baseada em Karnataka, é tam-bém chamada de Sandalwood, visto que Karnataka é conhe-cida pela sua madeira de sân-dalo, contudo este termo não tem muita aceitação. A Gubbi Veerana Comapny e outros gru-pos estabeleceram-se primeiro como companhias teatrais, e mais tarde passaram a dominar o cinema kannada nos anos 60. O primeiro grande sucesso do cinema kannada foi uma adap-tação de uma peça de teatro da companhia Gubbi, escrita por G. V. Iyer. Os filmes kannada torna-ram-se muito populares depois de êxitos como “Jogi” (2005) e “Mungaru Male” (2007). Cinema malaiala A indústria de cinema malaiala, é baseada em Kerala, estado do Sul da Índia. Os filmes malaialas são conhecidos pela sua natu-reza artística e frequentemente figuram na entrega de prémios cinematográficos nacionais. Esta indústria também é conhecida como sendo a mais conservado-ra da Índia, apesar de ter passa-do por uma fase liberal nos anos 80. Cinema marataA indústria de cinema marata é uma das mais antigas da Índia. Teve a sua origem em Nasik e desenvolveu-se em Kolhapur e Pune, mas recentemente mu-

dou-se para Mumbai. Dadasaheb Phalke, reconhecido como um dos pais do cinema in-diano, foi um pioneiro dos filmes em marathi. Produziu o primeiro filme mudo indiano e mais tarde alguns sonoros em marathi. Em sua homenagem existe hoje um prémio muito desejado o Pré-mio Dadasaheb Phalke que é entregue anualmente em reco-nhecimento de alguma contri-buição excecional para ao cine-ma indiano.Os anos 40 e 50 foram a época clássica do cinema marathi, prin-cipalmente devido a algumas produções marcantes da agora extinta Prabhat Film Company em Kolhapur. Como uma deri-vação da Prabhat, V. Shantaram fundou os Rajkamal Studios em Pune, e produziu alguns exce-lentes filmes marathi no final da década de 50 e início da década de 60.Devido à ascensão do cinema hindi em Bollywood, a indús-tria de cinema marathi entrou em declínio nos anos 80 e 90. Mas recentemente começou a reviver com alguns filmes de qualidade como “Shwaas” (que ganhou a nomeação indiana oficial ao Óscar em 2004), “Pak Pak Pakaak” (que ganhou tro-féu Swarovski em Singapura, em 2005), “Uttaraayan”, “Aga Bai”, “Arecchaa”, “Shubhaman-gal Saavdhaan”, e “Saatchya Aat Gharaat”. Cinema tamil A indústria cinematográfica tamil (conhecido como Kolly- wood), é baseada na área de Kodambakkam na cidade de Chennai e é uma das maiores indústrias da Índia. Em termos de popularidade e lucros, a in-dústria de cinema tamil é a ter-ceira, ficando atrás apenas do cinema hindi e telugu. Os filmes tamil têm desfrutado de uma popularidade consistente entre a população de língua tamil na Índia, Sri Lanka, Singapura, Ma-lásia e Maurícia. Os filmes tamil também têm fama em países nos quais existem comunidades imigrantes tamil tal como nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e alguns países euro-peus.Várias personalidades desta in- dústria conseguiram atingir fa- ma nacional como no caso de Mani Ratnam, Selvaraghavan, A. R. Rahman, S. Shankar, Ravi K. Chandram e Jeeva. Muitas das atrizes de Bollywood fizeram a sua estreia em Kollywood, como por exemplo no caso de Aish-warya Rai que estreou no filme “Iruvar”, Priyanka Chopra que estreou em “Thamizhan”, Lara Dutta em “Arasatchi” e Sushmita Sen em “Ratchagan”. Também muitas atrizes fizeram filmes tamil enquanto lutavam pelo su-

cesso em Bollywood, como no caso de Kajol e da sua irmã Ta-nisha, assim como Amisha Patel.A indústria cinematográfica ta-mil representa 1% do PIB do estado de Tamil Nadu. Os custos de produção cresceram expo-nencialmente de apenas 4 mi-lhões de rupias em 1980 para 110 milhões em 2005, no caso de um típico filme recheado de estrelas. Tem também havido uma crescente presença de pa-lavras e frases inglesas nos diá-logos e músicas. Os filmes tam-bém são lançados simultanea-mente em duas ou três línguas regionais (seja usando legendas ou várias faixas de áudio), e tam-bém muitos filmes costumam ser dublados em telugu e hindi. Cinema telugu A indústria cinematográfica te-lugu é baseada na capital do estado de Andhra Pradesh, Hy-derabad e é a segunda maior in-dústria da Índia, logo depois do cinema hindi. Este estado tam-bém afirma ter o maior estúdio cinematográfico do mundo, o Ramoji Film City.Uma importante personalidade do cinema telugu foi Y. V. Rao (1903 – 1973), que foi ator e di-retor e dirigiu os filmes mudos “Pandava Nirvana” (1930), “Pan-dava Agnathavaas” (1930) e “Hari Maya” (1932). O primeiro filme sonoro telugu foi “Bhakta Prahlada”, dirigido por Hanuma-ppa Munioppa Reddy em 1931. Nos primeiros anos dos filmes sonoros telugu, estes eram qua-se todos histórias mitológicas, filmadas num palco. Em 1936, Krittiventi Nageswara Rao fez o filme “Premavijayam”, o primei-ro filme telugu não baseado em mitologia. Este filme inaugurou uma nova fase no cinema telu-gu, aumentando o leque de te-mas abordados. Alguns temas populares passaram a ser o sis-tema feudal zamindari (retrata-do no fime “Raitu Bidda”, 1939), a intocabilidade (abordado no filme “Maala Pilla”, 1938), e o casamento de viúvas.Na indústria telugu, diretores tal como Kasinaduni Viswanath, Ram Gopal Varma, Jandhyala, Krishna Vamsi e Singeetam Sree-nivasa Rao alcançaram um gran-de sucesso nas bilheteiras pro-duzindo filmes que misturam equilibradamente a arte e os elementos do cinema popular.Os filmes telugu são geralmente lançados nos estados indianos de Adhra Pradesh, Karnataka, Maharastra Oriental, Orissa e em algumas partes do Bengal Ocidental. Além disso também costumam ser lançados em paí-ses estrangeiros, como é o caso particular dos Estados Unidos, da América, Canadá, partes da Europa, África do Sul, Malásia e Singapura.

Indústrias regionais de cinema

“Devdas”, um dos clássicos produzidos pela indústria cinematográfica ben-gali

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6 | 2013 Cine Challo News

Em destaque

Anaganaga Oka Dheerudu (2011)

O filme que em português quer dizer “Era uma vez um guerreiro” é um filme de fantasia e aventura telugu, de 2011, dirigido pelo estreante, Prakash Kovelamudi. Co-produzido pela Disney World Cinema com o veterano diretor K. Raghavendra Rao com um orçamento de 27 crore, conta com a participação de Siddharth, Shruti Haasan, na sua estreia telugu, e Harshita como protagonistas e com Lakshmi Manchu fazendo a sua estreia num papel negativo. A trilha sonora é da responsabilidade de Salim-Sulaiman, composta em conjunto com MM Keeravani, Koti e Mickey J Meyer.

Sinopse - Numa terra em forma de lágrima chamada Sangarashtra, uma menina de 9 anos, com poderes curativos especiais tenta salvar sua terra natal da tirania de uma rainha mal-vada com a ajuda de um espadachim cego.Irendri (Lakshmi Prasanna) é uma feiticeira, que capta sarpa sakthi (o poder da serpente) e tenta aterrorizar as pessoas de Anga Rashtram. Então, um guru captura-a e não permite que ela jogue com a vida das pessoas destruindo-a. Mesmo antes de ela ser destruída como sakti sarpa, Irendri leva sua alma embora e a aprisiona num medalhão. Embora ela morra, sua alma (atma) vive no medalhão. Sua tataraneta Priya (Shruti Hassan) vive como uma cigana. Ela também possui alguns poderes mágicos, já que nasceu numa família de feiticeiros. Yodha (Siddharth) é sempre atraiu as garotas e se envolveu em romances sempre que houve oportunidade. Ele foi atingido pela beleza de Priya e apaixona-se por ela. Sudigun-dam (Ravibabu) é um tonto local e decide atacar os ciganos da aldeia. Yodha impede-o e derrota-o numa luta. Entretanto, Sudigundam faz outro ataque, derrota Yodha e incendeia toda a aldeia. A maneira como Yodha e a menina se unem para derrotar Irendri é o desenrolar do filme.

ElencoSiddharth Narayan como YodhaShruti Haasan como PriyaLakshmi Manchu como IrendriSubbaraya Sharma como LamaHarshita como MokshaRavi Babu como SudigundamBrahmanandam como JaffaVallabhaneni Ramji como DrukiTanikella Bharani como KakshiraAli como Jilebi Produção - A pré-produção para “Anaganaga O Dheerudu” começou em Junho de 2009 com o filme criando expectativas, uma vez que marcou a estreia das crianças Prakash Rao, Shruti Haasan e Lakshmi Manchu. O filme marcou o retorno de um género raramente filmado no cinema indiano, a aventura de fantasia. As filmagens começaram em Outubro de 2009, e tiveram lugar em toda a Índia, apesar de ter havido cenas gravadas na Turquia. Durante a fase de produção, a Disney concordou em co-produzir o filme com a insígnia de Raghavendra Rao, marcando assim a primeira produção do sul da Índia pela Disney. Lançamento - O filme foi lançado internacionalmente em 14 de Janeiro de 2011, durante o festival Sankranti. Foram feitas versões do filme em Tamil e Malayalam mas o seu lan-çamento foi colocado em espera por tempo indeterminado devido à falha inesperada da versão Telugu. O filme foi classificado como para maiores de 13 anos na América do Norte pela “violência e imagens assustadoras” tornando-se o sexto dos dez filmes com a marca Disney a receber tal classificação.

Este espaço é destinado a destacar em cada edição, um filme, quer seja hindi quer seja regional.Em cada edição, por ordem alfabética, vamos dar destaque intercaladamente, ora a um filme de Bollywood, ora a um do

cinema regional. Decidimos começar pela cinematografia regional, passando logo de seguida a Bollywood. Na próxima edição iremos falar do filme “1942: A love story”.

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EntretenimentoRealizou-se no dia 6 de Ju-

lho, a 14ª edição dos Pré-mios IIFA (International

Indian Film Academy), no “The Venetian Macao” e que foi apre-sentada pela dupla de atores Shahrukh Khan e Shahid Kapoor que levaram o seu estilo para o palco IIFA. As duas estrelas uni-ram forças para encantar o pú-blico com os seus comentários tendo levado os fãs a elevados níveis de riso. Shahrukh Khan já tinha apresentado, em 2005, os Prémios IIFA na pitoresca cidade de Amesterdão.Deepika Padukone, Madhuri Di- xit e Abhishek Bachchan tam-bém tiveram pequenas partici-pações, enquanto o ator, diretor e coreógrafo Prabhudeva atuou com Sridevi num número de dança.A edição deste ano voltou a ter lugar para a jóia da coroa da Co-tai Strip Resorts - The Venetian Macao-Resort-Hotel, tornando--se um dos poucos afortunados destinos que recebeu as come-morações IIFA já por duas vezes.

Sobre a IIFA Conceituada e produzida pela Wizcraft International Entertain-

ment Unip., Ltd. e apoiada pelos principais membros da fraterni-dade cinematográfica indiana, a IIFA é a academia de cinema sul- asiático mais conceituada. Além disso, o IIFA Awards é o maior evento de media da Índia. Com uma audiência de quase 600 milhões, está entre os eventos

anuais de entretenimento mais assistidos do mundo. Desde a realização da primeira edição, em 2000, no Millennium Dome, em Londres, nos últimos 13 anos assistiu-se ao cresci-mento da Indian Film Academy International (IIFA) que durante um fim-de-semana recheado

apresenta workshops, exposi-ções, mostras de cinema, fóruns globais de negócios e eventos esportivos, entre outras inicia-tivas. De todos os eventos realizados nesta altura, o destaque maior vai logicamente para os Prémios IIFA.

14ª Edição dos Prémios IIFA novamente realizada em Macau

Os vencedoresEste ano eram 22 as categorias candidatas aos Prémios IIFA. Aqui deixamos a lista dos vencedores.

Melhor Ator: Ranbir Kapoor for Barfi!Melhor Atriz: Vidya Balan for KahaaniMelhor Filme: Barfi!Melhor Diretor: Anurag Basu (Barfi!)Melhor História: Tani and Anurag Basu for Barfi!Melhor Ator Secundário: Anu Kapoor for Vicky DonorMelhor Atriz Secundária – Anushka Sharma for JTHJMelhor Debutante Feminina: Yami Gautam for Vicky DonorMelhor Debutante Masculino: Ayushmaan KhuranaMelhor Ator em Papel Cómico: Abhishek Bachchan for Bol Ba-chchanMelhor Ator em Papel Negativo: Rishi Kapoor from AgneepathEstrela Jodi do Ano: Deepika Padukone and Ranbir KapoorMelhor Diretor Debutante: Gauri Shinde for English VinglishMelhor Diretor Musical: Pritam for Barfi!Melhor Letra de Música: Amitabh Bhattacharya, “Mujhme Ka-hin” from AgneepathMelhor Cantor: Sonu Nigam for AgneepathMelhor Cantora: Shreya Ghoshal for Chikni ChameliPrémios EspeciaisIIFA FOREVER: Yash ChopraMaior Sucesso Indiano Alcançado Internacionalmente: Anupam KherContribuição para o Cinema Indiano: Javed AkhtarPrémio Humanitário: Shabana AzmiEstrela Digital do Ano: Shahrukh Khan

Shahid Kapoor e Shahrukh Khan foram os anfitriões da noite

Prabhudeva, que atuou com Sridevi e Madhuri Dixit proporcionaram grandes momentos de dança que deixaram a plateia completamente ao rubro

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8 | 2013 Cine Challo News

Começou mais uma edi-ção do popular programa de televisão “Indian Idol

Junior” que pela primeira vez abriu as portas para os jovens cantores com idades compreen-didas entre os 5 e os 16 anos em várias regiões do país. O “Indian Idol Junior” foi já considerado o maior show de talentos da Índia na área musical.

A cantora Shreya Ghoshal, jun-tamente com os diretores mu-sicais Vishal Dadlani e Shekhar Ravjiani, compõem o painel de jurados que vão julgar os jovens talentos.Na audição realizada em Kolka-ta a 23 e 24 de Março, Vishal Dadlani referiu que: “ O talento em Kolkata tem sido espetacu-lar. Esta é a primeira vez que as crianças fazem audições aqui. As pessoas vêm de Guwahati, Jam-shedpur, localidades que ficam a

Nordeste.”“As crianças são muito talen-tosas, elas aprenderam muito bem, são bem-educadas e hu-mildes e, claro, muito lindas”.Quando interrogado se os pa-râmetros para julgá-los se ba-seiam na técnicas e musicali- dade, Vishal disse: “A voz, a qualidade de voz, a projeção da mesma, técnicas, improvisação

e finalmente a habilidade de in- vocar e transmitir a emoção é a coisa mais importante para tra-zer a perfeição a uma música. Estamos ansiosos por ver a com-posição original que cada parti-cipante terá na sua voz.”“A criatividade vem de Kolkata por isso escolhemos esta cidade pela primeira vez para realizar a audição. As crianças são canto-res espetaculares. Vai ser difícil para nós para julgar essas crian-ças”, acrescentou Vishal Dadlani.

Shreya Ghoshal, Vishal Dadlani e Shekhar Ravjiani aconselham os concorrentes a não encararem o concurso como uma compe-tição. Os três juízes querem que as crianças se divirtam e apren-dam com o programa. Shreya disse: “Eu não esperava que fos-sem tão talentosos. Vamos pas-sar alguns meses no processo de torná-los em estrelas e estamos

confiantes que conseguiremos. Estas crianças tornaram-se nos-sa responsabilidade.” Shekhar acrescentou: “É uma grande plataforma para as crian-ças mostrarem o seu talento. Eles estão numa idade em que con- seguem absorver as coisas muito facilmente. Vamos tentar orien-tar e moldá-los.” Vishal con- cluiu: “As crianças são verdadei-ramente surpreendentes. Es- pero sinceramente que se di-virtam. Eu não quero que eles

sintam que estão numa compe-tição.”

Atores usam programapara ações promocionaisO cineasta Rakeysh Omprakash Mehra e o ator Farhan Akhtar fizeram, numa das últimas edi-ções do programa, os jovens participantes beberem um copo de leite cada um, uma ação de promoção ao filme “Bhaag Mi-lkha Bhaag”.O filme é um filme biográfico so-bre a vida do atleta Milkha Sin-gh, e Mehra disse que o leite foi relevante durante esta promo-ção, uma vez que, Milkha Singh costumava beber muito leite, tal como uma criança.“Milkha Singh gostava de lei-te desde a infância e havia um monte de vacas e búfalos em sua casa. Ele costumava beber muito leite que partilhava com os seus irmãos e irmãs. Ele era muito travesso,” concluiu Mehra.A apresentadora do programa, Mandira Bedi, e o cantor She- khar Ravjiani também beberam um copo cada um juntamente com as crianças.Mehra informou que o leite foi o motivo pelo qual Milkha correu a sua primeira corrida depois de se juntar ao exército.“Quando ele foi para o exército, ele correu a sua primeira corrida porque, como era regra geral, todos os que ficavam entre os 10 primeiros na corrida diaria-mente, recebiam um copo de leite, como parte de uma dieta especial. Então pensamos que não há nada melhor do que to-mar leite desde criança. E aqui há crianças, jovens “Ídolos India-nos”, disse.

Abriu-se uma exceçãona seleção dos concorrentesAs 11 magníficas crianças do “Indian Idol Junior” encantaram

Delhi com suas performances num show especial, que foi or-ganizado recentemente naquela cidade. Enquanto Sonakshi Anja-na impressionou a todos com a sua confiança e movimentos de dança, foi quando o concorrente Sankalp entrou no palco que o público aplaudiu mais alto.Os pais de todos os 11 con-correntes também estiveram presentes e foram, na verdade, muito mais animados do que seus filhos. Enquanto todos es-tavam torcendo constantemen-te, o pai de Anjana, Venkatesan, levantou-se da cadeira e dançou com o desempenho da filha.Mandira Bedi foi a âncora do show, e no final recebeu os ju-rados Shreya Ghoshal e Shekhar Ravjiani no palco. Ambos atua-ram e agradeceram à multidão, dizendo: “O público de Delhi é um dos melhores públicos para quem já atuámos.”De referir que desta vez os con-correntes são 11 e não 10 como habitualmente acontece em cada edição. Mas nas audições foi impossível passar desper-

cebida a pequenina Sugandha Amol Date, de apenas 8 anos. E quando o júri procedeu à esco-lha dos melhores concorrentes, verificaram que a menina tinha ficado de fora dos 10 escolhidos. Então numa iniciativa totalmen-te inovadora, a adicionaram ao grupo, ficando por isso a edição de 2013 do “Indian Idol Junior” com 11 concorrentes. Podemos afirmar que foi a atitude mais acertada pois a menina tem feito enorme sucesso no con-curso. Os atores Sonakshi Sinha e Ranveer Singh perderam-se de encanto com a voz e aspecto doce no programa de 6 de Julho. No decorrer da sua atuação, na bancada do júri Sonakshi, leva a mão à cara, num gesto de ternu-ra ao ouvir a concorrente cantar, e no final, enquanto faziam as suas apreciações, tanto a atriz como o seu colega Ranveer, lhe pedem por duas vezes para a menina repetir uma frase da canção e se perderam comple-tamente pela magia da sua voz celestial.

Bela Xavier

“INDIAN IDOL JUNIOR”

Nova edição com grande talentoem ponto pequeno

Vishal Dadlani, Shreya Ghoshal e Shekhar Ravjiani, são os três elementos do júri residente do programa

Sugandha Amol Date, a menina que causou sensação nas audições e se jun-tou à seleção dos 10 escolhidos

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2013 | 9 Cine Challo News

Estrelas de A a Z

Aamir KhanAamir Khan Hussain é ator de cinema indiano, diretor e produtor, nascido a 14 de Março de 1965, que se estabeleceu como um dos principais atores do cinema hindi.Iniciou a sua carreira como ator infantil no filme de seu tio, Nasir Hussain, intitulado “Yaadon Ki Baaraat”, em 1973. Onze anos depois aparece em “Holi” (1984) e teve o seu primeiro sucesso comercial com “Qayamat Se Qayamat Tak” (1988). Recebeu seu primeiro Prémio de Cinema Nacional como um Prémio Especial do Júri por seus papéis em filmes como “Qayamat Se Qayamat Tak” (1988) e “Raakh” (1989). Após oito indicações anteriores durante os anos de 1980 e 1990, Khan recebeu seu primeiro prémio Filmfare, o prémio indiano equivalente ao Óscar, de Melhor Ator pela sua performance no grande sucesso “Raja Hindustani” (1996) e, posteriormente, ganhou um segundo prémio de melhor ator pela sua atuação no filme indicado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, “Lagaan”, que também marcou a estreia de sua própria empresa de produção.Após uma pausa de quatro anos de atuação, Khan regressou às telas, no drama histórico “Mangal Pandey: The Rising” (2005), e mais tarde ganhou o Prémio Filmfare de Melhor Ator pela crítica pelo seu papel em “Rang De Basanti” (2006). No ano seguinte, fez sua estreia em direção com “Taare Zameen Par” (2007), pelo qual recebeu o Prémio Filmfare de Melhor Diretor. Este foi seguido pelo thriller “Ghajini” (2008), que se tornou o filme de maior bilheteria daquele ano, e a comédia “3 Idiots” (2009), que se tornou a maior bilheteria de Bollywood de todos os tempos, não ajustados pela inflação. O governo da Índia honrou-o com o Sri Padma em 2003 e a Padma Bhushan em 2010 pela sua contribuição para o mundo das artes. Em 30 de Novembro de 2011, Khan foi nomeado como embaixador nacional da UNICEF para promover a nutrição infantil. Aamir Khan faz parte da campanha do governo IEC, organizada para aumentar a consciencialização sobre a desnutrição.

Aishwarya Krishnaraj Rai-BachchanEsta atriz, cantora e modelo indiana, filha de Krishnaraj Rai, um engenheiro da Marinha, e Vrinda Rai, uma escritora, nasceu em Mangalore no dia 1 de Novembro de 1973 e é mais conhecida como Aishwarya Rai.Nascida numa família tradicional destacou-se desde muito jovem por sua grande beleza. Sua família mais tarde mudou-se para Mumbai. Rai tem um irmão, Aditya Rai, que é três anos mais velho que ela. Aditya é produtor de filmes, que ocasionalmente produz filmes em que Rai atua.Depois de alguns anos de trabalho como modelo enquanto estudava arquitetura, foi eleita Miss Mundo em 1994. Logo os maiores diretores indianos, como Yash Chopra, Subhash Gai e Sanjay Lella Bansalli, lhe entregaram grandes papéis que permitiram que ela se revelasse como atriz, aliando dança e mímica na mais pura tradição do cinema indiano.Em poucos anos, Aishwarya Rai tornou-se a nova estrela de Bollywood. Ela representa para todas as indianas, a imagem de uma mulher moderna e independente com uma carreira profissional de sucesso. A apresentação do filme “Devdas”, em Cannes em 2002, no qual encena o papel principal, foi uma revelação para o mundo inteiro e permitiu a esta jovem ultrapassar as fronteiras da Índia. Aishwarya Rai recebeu por este trabalho um Filmfare Award.Segundo a revista “Times”, que dedicou a ela uma capa, Aishwarya está entre as mulheres mais reconhecidas do cinema indiano.O festival de Cannes consagrou-a ao escolhê-la como membro do júri em 2003.Aishwarya Rai é a imagem da beleza indiana. Ela é o símbolo perfeito da diversidade da beleza, segundo a gigante da cosmética mundial L’Oréal, da qual se tornou embaixatriz mundial.É casada com o ator Abhishek Bachchan e é uma das mais bem pagas atrizes da Índia. No dia 16 de novembro de 2011, nasceu a primeira filha do casal. Depois de ter sido eleita Miss Mundo em 1994, em 2000 foi escolhida a mais bela Miss Mundo de todos os tempos.

Nesta rubrica pretendemos dar a conhecer, por ordem alfabética, um pouco das estrelas de Bollywood, ocupando sempre este espaço com um ator e uma atriz.

Falaremos da sua vida desde a infância até à atualidade, passando pelos prémios, carreira e outras atividades e causas às quais se dedicam.

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Nesta sopa de letras estão escritos os nomes de 14 filmes que deve encontrar. Os nomes estão escritos em todas as direções, de cima para baixo, de baixo para cima, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita e também na diagonal. Em baixo poder ver a lista dos nomes dos filmes que deve encontar.

1. Fanaa; 2. Mann; 3. Housefull; 4. Talaash; 5. Partner; 6. Adneepath; 7. Devdas; 8. Mother India; 9. Pardes; 10. Babul; 11. Rascals; 12. Barfi; 13. Heroine; 14. Aladin

O par romântico de Fanaa está em lados opostos. Pecisam de ajuda para se encontrarem.Que caminho deverá Rehan seguir para encontrar Zooni?

labirinto

Unir os NomesDescubra de que atores indianos são os olhos aqui representados e una o número da imagem aos nomes dos respetivos atores.

1

2

3

4

5

6

7

Shahid Kapoor

Aamir Khan

Abhishek BachchanRanveer Singh

Hrithik Roshan

Shahrukh Khan

Siddharth Narayan

1. Hrithik Roshan; 2. Shahrukh Khan; 3. Shahid Kapoor; 4. Ranveer Singh; 5. Abhishek Bachchan; 6. Aamir Khan; 7. Siddharth Narayan

Unir os NomesSolução: