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Profa. Dra. : Servic;:o Publico Federal EECA •• UFG Universidade Federal de Goias [.scola de . II " "h I HU.l) AOl Escola de Engenharia Civil e Ambiental EngenhMia Civil • • e Ambient;)1 NOME DO ALUNO: - Ricardo Batista Freire TITULO DO TRABALHO: ANALISE ERGONOMICA DA ILUMINA<::AO DE AMBIENTES INTERNOS DE TRABALHO- ESTUDOS DE CASOS Artigo apresentado como Trabalho de Conclusao de Curso do Curso de Especializac;:ao em Engenharia de Seguranc;:a do Trabalho da Universidade Federal de Goias. Banca Examinadora: 12t( . Jf) a ge Jesus Ribeiro - EMCIUFG (Orientadora) '0 Gonc;:alves Junior - EMCIUFG Atesto que as revis5es solicitadas foram feitas: Ci?pfu t 49 Profa. Dra. Cacilda Jesus Ribeiro (orientadora) Em: 11:1 I fJO/ UNiVERSIDADE FEDER!\l fs!r!a de fngenhari3Eldricd l MEC3nica e 1'\\, l'sr, Qd 85, CE " t';,,':;./Il fl _,Jr p'vT UOI'\J",/,·'t"I'·., ('j'Z ' j', . I '..I", ... V V ... \ .. H;; vl: Jt tU \!'" un u ..

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Profa. Dra.

: Servic;:o Publico Federal EECA •• UFGUniversidade Federal de Goias [.scola de . II " "h IHU.l)AOl

Escola de Engenharia Civil e Ambiental EngenhMia Civil • • m)(:~."Hlf~~ e Ambient;)1

NOME DO ALUNO:

- Ricardo Batista Freire

TITULO DO TRABALHO: ANALISE ERGONOMICA DA ILUMINA<::AO DE

AMBIENTES INTERNOS DE TRABALHO- ESTUDOS DE CASOS

Artigo apresentado como Trabalho de Conclusao de Curso do Curso de Especializac;:ao

em Engenharia de Seguranc;:a do Trabalho da Universidade Federal de Goias.

Banca Examinadora: ~~-IC~e 12t(.Jf)

a ge Jesus Ribeiro - EMCIUFG (Orientadora)

'0 Gonc;:alves Junior - EMCIUFG

Atesto que as revis5es solicitadas foram feitas:

Ci?pfut49 Profa. Dra. Cacilda d~ Jesus Ribeiro (orientadora)

Em: / ~ 11:1 IfJO/ t · UNiVERSIDADE FEDER!\l D~ C~L~,5 fs!r!a de fngenhari3Eldricdl MEC3nica ed· (ornpti\~c"~;~C

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ANÁLISE ERGONÔMICA DA ILUMINAÇÃO DE AMBIENTES INTERNOS DE TRABALHO – ESTUDOS DE CASOS

Case Studies on Ergonomic Analysis of Indoor Workplace Environments

Ricardo Batista Freire1

PALAVRAS CHAVE:

Ergonomia; Iluminação; NR17; NBR 5413; Segurança do Trabalho;

KEYWORDS:

Ergonomics;

Lighting;

NR17;

NBR 5413;

Workplace safety.

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise ergonômica em diferentes ambientes internos de trabalho tendo como foco a iluminação desses ambientes, verificando suas conformidades com as normas técnicas da ABNT e a NR 17, apresentando propostas de melhorias na área de segurança e saúde do trabalho.

ABSTRACT: This study intends to realize lighting ergonomic analysis for some indoor workplaces, verifying their compliance to brazilian technical standards and Brazil’s workplace ergonomics standard - NR 17, proposing improvements with regards to occupational health and safety.

* Contato com os autores:

1 e-mail: [email protected] (R. B. Freire ) Engenheiro Eletricista, graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Federal de Goiás (UFG), [email protected] (62-98158-2038)

ISSN: 2179-0612 © 2017 REEC - Todos os direitos reservados.

Espaço restrito aos editores de layout

da REEC.

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R. B. FREIRE; REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil Vol XX- nºX ( 2017)

1. INTRODUÇÃO

Uma iluminação insuficiente interfere nos níveis de desempenho do indivíduo. Ela pode resultar na diminuição do ritmo de trabalho, na menor percepção de detalhes, aumento de erros ao executar determinados trabalhos e elevação dos índices de acidentes do trabalho (TAVARES, 2006).

A iluminação inadequada em ambientes de trabalho pode ocasionar desconforto, distração visual, irritação, cefaléias, imprecisão na realização de tarefas e acidentes de trabalho quando o trabalhador não consegue enxergar nem a sinalização nem as máquinas em movimento, por exemplo.

Um ambiente bem iluminado apresenta: adequada visualização do ambiente seja por meio de iluminação natural, artificial ou a combinação das duas; na circulação segura de indivíduos nesse ambiente; e apresenta as condições adequadas para a realização de tarefas visuais, com precisão e segurança, sem desconforto e fadiga (ABNT, 2013).

A Ergonomia, disciplina científica que possibilita a adaptação do trabalho ao homem, auxilia na consecução das condições ideais de conforto visual, nesse caso, para ambientes de trabalho, por meio da compatibilização das tarefas a quem as realiza.

Tendo em vista os fatos supracitados, este trabalho buscará realizar, através de estudos de casos realizados em distintos ambientes de trabalho, a adequação ergonômica desses ambientes sob a perspectiva da iluminação. Verificando seu atendimento às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e à norma regulamentadora 17 – Ergonomia (NR 17) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), propondo sugestões de adequação e melhoria quando necessário.

2. OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é realizar uma análise ergonômica em relação à iluminação em diferentes ambientes internos de trabalho, identificando as conformidades em relação às normas técnicas da ABNT e à NR 17, apresentando propostas de melhorias na área de segurança e saúde do trabalho.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para Iida e Buarque (2016), a iluminação de ambientes de trabalho segue os seguintes princípios: a) O nível de iluminamento deve ser adequado ao tipo de tarefa realizada: O nível de acuidade de

tarefas pode não ser o mesmo para todas as tarefas realizadas em ambiente de trabalho, o contraste também deve ser levado em consideração para esse planejamento.

b) A luz natural deve ser aproveitada sempre que possível: Além de proporcionar economia de energia elétrica, essa medida pode auxiliar na redução da fadiga visual se bem implementada.

c) A Combinação entre iluminação geral e local: Reiterando o primeiro princípio, nos pontos onde há necessidade de maior precisão, maior exigência visual, devem conter um ponto de luz local adicional.

d) Deve-se evitar transições bruscas de níveis de iluminamento em ambientes contíguos, a fim de evitar a fadiga visual causada pela adaptação entre transição entre um ambiente claro e um escuro ou vice-versa.

e) Redução da luz ambiental para a operação de instrumentos luminosos: Na operação de computadores ou instrumentos que apresentem interface luminosa, deve se buscar a diminuição da intensidade luminosa artificial ou fazer uso de cortinas, películas em vidros, para escurecer o ambiente e proporcionar maior contraste na realização da tarefa.

f) Eliminação/redução de ofuscamentos: Fazendo uma distribuição da quantidade de fontes luminosas em um ambiente ao invés de fazer uso de um único ponto, fazer uso de luminárias

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ou anteparos, criando obstáculos entre a fonte e os olhos, evitar superfícies refletoras, entre outros. Ofuscamento consiste na redução da eficiência visual por conta da presença de fontes de grande luminância no campo visual.

g) Eliminação/ redução de sombras: As sombras podem produzir desconforto pela transição claro/escuro, podem ser mitigadas com a utilização de múltiplas fontes luminosas.

h) Combinação das luzes com as cores dos objetos: A utilização de luz artificial pode alterar a percepção da real cor de um objeto, podendo resultar em acidente fazendo com que um operador confunda uma botoeira de parada de emergência por exemplo. Paredes, tetos e outras superfícies devem ser pintadas em cores claras e foscas, a fim de reduzir a absorção de luz e evitar reflexos.

A iluminação inadequada, seja por insuficiência ou excesso de iluminamento, pode produzir alterações fisiológicas nos indivíduos a ela expostos. Iida e Buarque (2016) apud Grandjean1

1 GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 338p.

(1998) apontam que a iluminação deficiente e a conseqüente fadiga visual são responsáveis por 20% de todos os acidentes. Entre as alterações associadas a uma iluminação inadequada, e que podem levar a acidentes de trabalho, tem-se: a fadiga visual, caracterizada pela irritação e lacrimejo ocular, que em graus mais avançados podem levar a cefaléias, náuseas e irritabilidade (IIDA; BUARQUE, 2016); o ofuscamento que pode resultar em uma incapacidade visual temporária; e a dificuldade de discernimento de algum objeto ou elemento de risco por conta de uma iluminação ruim. Os requisitos de projeto de iluminação para ambientes internos de trabalho encontram-se presentes em ABNT (2013). É importante ressaltar que as normas técnicas refletem um consenso técnico sobre determinado assunto, no país ou região o(s) qual(is) a adota(m), e seu uso só se faz obrigatório através de lei (em sentido amplo: Lei, portarias, instrução normativa de órgão público, etc). A NR 17 em seu texto ainda aponta como referência para valores de iluminância a norma ABNT (1992, item 17.5.3.3), que foi substituída pela ABNT (2013), fato esse que levou o Ministério do Trabalho e Emprego a expedir, através da Coordenação-Geral de Normas e Programas, a Nota técnica nº 224/2014/CGNOR/DSST/SIT. Nessa nota técnica a coordenação aponta que a introdução de novos requisitos de avaliação de qualidade para sistemas de iluminação, o índice de ofuscamento unificado (UGR) e índice de reprodução de cor (Ra), em ABNT (2013) deixam claro que a nova norma está voltada para projetos de iluminância, não deixando claro de que forma deve ser utilizada para atender os requisitos da NR 17. Enquanto o índice de reprodução de cor pode ser avaliado através de comparações com especificações presentes em catálogos de fabricantes, o UGR por sua vez, é o parâmetro que deveria ser fornecido por fabricantes de luminárias, más que ainda não é fornecido pela maioria dos fabricantes do país, visto que a ABNT (2013) não é de cumprimento obrigatório, ao contrário da NR 17. Diante disso, o MTE demandou à FUNDACENTRO que seja elaborada Norma de Higiene Ocupacional sobre o assunto e, até sua elaboração, para o atendimento ao item 17.5.3.3 da NR 17 devem ser observados os valores de iluminância da ABNT (1992) e os métodos de avaliação presentes na ABNT (1985), razão pela qual esse trabalho fará uso dessas normas técnicas que se encontram canceladas e substituídas pelo entidade de normalização, para análise ergonômica da iluminação dos ambientes de trabalho.

A quantidade de luz que incide sobre um plano de trabalho ou um objeto, ou iluminância, tem seus valores mínimos a serem observados em locais de trabalho, determinados pela norma ABNT (1992). Na tabela a seguir, por exemplo, temos valores de iluminâncias por classe de tarefas visuais presentes nessa norma.

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TABELA 1: Iluminância por classe de tarefa visual

Classe Iluminância (lux) Tipo de Atividade

A Iluminação Geral para áreas usadas interruptamente ou

com tarefas visuais simples

20 - 30 – 50 Áreas públicas com arredores escuros

50 - 75 – 100 Orientação simples para permanência

curta

100 - 150 – 200 Recintos não usados para trabalho

contínuo; depósitos

200 - 300 – 500

Tarefas com requisitos visuais limitados,

trabalho bruto de maquinaria, auditórios

B Iluminação geral para área de trabalho

500 - 750 – 1000 Tarefas com requisitos visuais

normais, trabalho médio de maquinaria, escritórios

1000 - 1500 – 2000

Tarefas com requisitos especiais, gravação

manual, inspeção, indústria de roupas.

C Iluminação adicional para tarefas visais difíceis

2000 - 3000 – 5000

Tarefas visuais exatas e prolongadas, eletrônica

de tamanho pequeno

5000 - 7500 – 10000

Tarefas visuais muito exatas, montagem de

microeletrônica 10000 - 15000 –

20000 Tarefas visuais muito especiais,

cirurgia FONTE: ABNT NBR 5413/1992 - Iluminância de Interiores

A ABNT (1992) estabelece valores de iluminância média mínimas para iluminação artificial em

interiores de estabelecimentos. Ela leva em consideração, além das classes de tarefas visuais, conforme disposto no Quadro 1, fatores como a característica da tarefa e do observador,e o tipo do local e/ou da atividade.

Por sua vez, o modo pelo qual se faz a verificação da iluminância de interiores é estabelecido em ABNT (1985). A norma estabelece formas de medir a iluminância média sobre um plano horizontal, proveniente da iluminação geral; o instrumento a ser usado (luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência); as condições gerais da medição; e os métodos de verificação da medição em função da área e da disposição dos aparelhos de iluminação.

4. METODOLOGIA E MATERIAIS

A metodologia do trabalho consiste na visita aos locais de trabalho para medição dos níveis de iluminamento, tanto da iluminação geral quanto da iluminação local. As medições foram feitas com luxímetro no plano horizontal a 80 cm do solo nos pontos determinados de acordo com a disposição das luminárias na área de trabalho, em concordância com a ABNT (1985).

Os métodos de determinação de valores de iluminância média presentes na ABNT (1985) se aplicam a tipos de áreas com distintas configurações de luminárias, de acordo com a normativa, esses

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métodos de verificação apresentam erro de no máximo 10% sobre os valores que seriam obtidos pela divisão da área total em áreas de (50x50) cm, fazendo-se uma medição em cada área e calculando-se a média aritmética.

Os ambientes de trabalho que integram esse estudo se adéquam a dois tipos de áreas presentes nessa norma. O primeiro tipo é uma área retangular iluminada com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras ABNT (1985, p.1 item 4.1). No qual são feitas medições em dezoito pontos, os quais: r1, r2, r3, r4, r5, r6, r7 e r8 correspondem a pontos de medição em uma área típica central e sua média aritmética determina R; q1, q2 , q3 e q4 correspondem a pontos de medição pertencentes a duas meias áreas típicas em cada lado do recinto, e de sua média aritmética resulta Q; t1, t2, t3 e t4, pontos também integrantes de duas meias áreas típicas dos quais a média aritmética resulta em T; e p1 e p2, que são pontos de medição em dois cantos típicos do ambiente, e de sua média aritmética obtemos P.

FIGURA 1: Exemplo de pontos de medição em campo de trabalho retângular, iluminado com fontes de luz em padrão

regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras.

FONTE: ABNT (1985, p.3).

Através dos valores de R, Q, T e P, obtém-se o valor da Iluminância média (em lux) do ambiente por meio de [1]:

Iluminância média = R × (N − 1) × (M − 1) + Q × (N − 1) + T × (M − 1) + P

N × M Eq. [1]

FONTE: ABNT (1985, p.2)

Onde: N é o número de luminárias por fila e M é o número de filas. Já o segundo tipo de ambiente, apresenta uma linha única de luminárias individuais. Nesse recinto, são feitas medições em dez pontos: q1, q2, q3, q4, q5, q6, q7 e q8 e de sua média aritmética obtém-se Q; e p1 e p2 com quais se calcula a média aritmética para determinar P.

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FIGURA 2: Exemplo de pontos de medição em área regular com linha única de luminárias individuais.

FONTE: ABNT (1985, p. 3).

Obtidos os valores de Q e P, calcula-se a iluminância média do ambiente através da Eq.[2].

Iluminância Média = Q × (N − 1) + P

N Eq. [2]

FONTE: ABNT (1985, p.2).

Onde: N é o número de luminárias. A partir dos valores medidos de iluminância média dos ambientes de trabalho, realizou-se a

comparação desse valor obtido com os valores de referência presentes na ABNT (1992), considerando as atividades realizadas no ambiente entre outros fatores.

Através da comparação entre os valores de iluminância média verificados para cada ambiente e o valor médio de iluminância de referência constante em ABNT (1992), será feita a verificação de conformidade da iluminação dos estabelecimentos. Além da distinção, aos ambientes inadequadamente iluminados será(ão) atribuída(s) a(s) causa(s) que levaram a essa não conformidade (e.g.: iluminamento insuficiente, presença de ofuscamento, etc.). E consequentemente, propostas de correção/melhoria aos ambientes não conformes.

Durante as medições foram utilizados um luxímetro calibrado junto ao padrão com identificação PTO-0626 e que, apresenta incerteza expandida na ordem de 7,4 lux para valores de 0 a 500 lux e 9,4 lux para valores entre 500 e 1000 lux. O fator de abrangência k escolhido foi k=2, produzindo um intervalo de confiança de 95 por cento. Também foi utilizada uma trena para determinação dos pontos de medição bem como as dimensões dos recintos.

5. CARACTERIZAÇÃO DOS AMBIENTES E MEDIÇÕES

Os ambientes estudados nos itens 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 integram uma instituição de ensino superior, que não será identificada. Os recintos dos itens 5.1 e 5.2 localizam-se em edificações antigas e passaram por reformas a fim de atender requisitos modernos de ocupação para esse tipo de ambiente. Os recintos em 5.3 e 5.4 localizam-se em uma edificação de construção recente, que foi liberada para uso no ano de 2016. Já o ambiente de trabalho em 5.5 faz parte de uma edificação pública antiga, que também não será identificada, e que sofreu reformas ao longo dos anos para atender requisitos contemporâneos de ocupação humana.

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5.1. LABORATÓRIO DE ENSINO

Caracterização do ambiente: Recinto retangular com duas filas de luminárias com três aparelhos de iluminação por fila. As luminárias são de sobrepor com corpo refletor, comportando duas lâmpadas do tipo fluorescente tubular de potência desconhecida. Dimensões do recinto: 6,86 m X 4,3 m X 2,6 m (Largura X Comprimento X Altura). Horário da medição, 16h em um dia com tempo ensolarado. O ambiente possui teto, paredes e piso em cores claras em bom estado de limpeza, planos de trabalho com mobiliários claros.

FIGURA 3: Luminárias do laboratório de ensino.

FONTE: Autoria própria, 2017.

TABELA 2: Valores de iluminâncias medidas nos pontos de interesse no Laboratório de Ensino e

Iluminância Média calculada conforme Eq.[1] (valores em lux). r1 r2 r3 r4 r5 r6 r7 r8 R

508 265 295 354 813 763 594 526 514,75

q1 q2 q3 q4 Q 199 180 418 354 287,75

t1 t2 t3 t4 T 208 237 280 285 252,5

p1 p2 P 119 162 140,5

Iluminância Média 333

FONTE: Autoria própria.

5.2. SALA DE AULA (EDIFICAÇÃO ANTIGA)

Caracterização do ambiente: Recinto retangular iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas fileiras com quatro luminárias por fila. São luminárias de sobrepor com corpo em material refletor, comportando duas lâmpadas fluorescentes tubulares de potência desconhecida. Dimensões do recinto: 8,03 m X 6,02 m X 3,6 m (Largura X Comprimento X Altura). As janelas do ambiente apresentam em seus vidros película de controle solar com nível de transparência

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desconhecida, paredes e teto em cores claras, em estado de limpeza regular. A medição foi realizada às 17 horas em dia ensolarado.

FIGURA 4: Luminárias e janelas da sala de aula (edificação antiga).

FONTE: Autoria própria, 2017.

TABELA 3: Valores de iluminâncias medidas nos pontos de interesse na Sala de Aula (Edificação Antiga) e

Iluminância Média calculada conforme Eq.[1] (valores em lux). r1 r2 r3 r4 r5 r6 r7 r8 R

261 248 233 254 297 280 274 270 264,63

q1 q2 q3 q4 Q 208 201 231 212 213

t1 t2 t3 t4 T 192 182 202 220 199

p1 p2 P 200 135 167,5

Iluminância Média 224,92 FONTE: Autoria própria.

5.3. SALA DE AULA ( NOVA EDIFICAÇÃO).

Particularidades do ambiente: Recinto retangular iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em três fileiras com quatro luminárias por fila. São luminárias de embutir em forro de gesso com corpo em material refletor, comportando duas lâmpadas fluorescentes tubulares de potência desconhecida. Dimensões do recinto: 8,4 m X 8,58 m X 3,35 m (Largura X Comprimento X Altura). As paredes e teto em cores claras e em bom estado de limpeza. Diferentemente dos demais ambientes, esse possui paredes em cor distinta dos demais, em verde claro enquanto os demais, brancas. O ambiente possui persianas nas janelas, que foram abertas durante a medição. A medição foi realizada às 18 horas e 30 minutos em dia com tempo aberto e com presença de luz natural (horário brasileiro de verão).

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FIGURA 5: Luminárias da sala de aula (edificação nova).

FONTE: Autoria própria, 2017.

TABELA 4: Valores de iluminâncias medidas nos pontos de interesse na Sala de Aula (Nova Edificação e

Iluminância Média calculada conforme Eq. [1] (valores em lux). r1 r2 r3 r4 r5 r6 r7 r8 R

265 258 285 295 323 345 349 342 307,75

q1 q2 q3 q4 Q 207 201 173,4 178,4 189,95

t1 t2 t3 t4 T 401 411 168,1 172,4 288,125

p1 p2 P 125 119,4 122,2

Iluminância Média 259,57 FONTE: Autoria própria.

5.4. SALA DOS VIGILANTES (EDIFICAÇÃO NOVA)

Caracterização do ambiente: Recinto retangular iluminado com linha única de luminárias individuais, simetricamente espaçadas no total de três luminárias. São luminárias de embutir em forro de gesso com corpo em material refletor, comportando duas lâmpadas fluorescentes tubulares de potência desconhecida. Dimensões do recinto: 6,0 m X 2,95 m X 3,25 m (Largura X Comprimento X Altura). As paredes e teto em cores claras, em bom estado de limpeza. A medição foi realizada às 19 horas e 10 minutos em dia de tempo aberto e com presença de luz natural (horário brasileiro de verão).

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FIGURA 6: Luminárias da sala dos vigilantes (edificação nova).

FONTE: Autoria própria, 2017.

TABELA 5: Valores de iluminâncias medidas nos pontos de interesse na Sala dos Vigilantes (Nova Edificação)

e iluminância Média calculada conforme Eq. [2] (valores em lux). q1 q2 q3 q4 q5 q6 q7 q8 Q

245 231 226 222 225 220 210 216 224,38

p1 p2 P

Iluminância Média 217 162,6 189,8 212,85

FONTE: Autoria própria.

5.5. CENTRO DE PROCESSAMENTO DE DADOS

Caracterização do ambiente: Ambiente retangular, iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas fileiras, com duas luminárias por fila. As luminárias são de sobrepor comportando duas lâmpadas fluorescentes tubulares de potência 32 Watts, a parte interna da luminária é em material refletor. Medição realizada no período noturno. Dimensões do local 4 m x 6 m x 3 m (Largura X Comprimento X Altura).

TABELA 6: Valores de iluminâncias medidas nos pontos de interesse no Centro de Processamento de Dados e Iluminância Média calculada conforme Eq.[1] (valores em lux).

r1 r2 r3 r4 r5 r6 r7 r8 R 254 249 242 249 287 283 280 282 263,43

q1 q2 q3 q4 Q 192 198 207 212 202,25

t1 t2 t3 t4 T 159 162 184 192 174,25

p1 p2 P 114 131 122,5

Iluminância Média 190,6 FONTE: Autoria própria.

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6. RESULTADOS E SUGESTÕES DE MELHORIAS

6.1. RESULTADOS

Os valores de referência de iluminância média, por tipo de atividade, encontram-se presentes em

ABNT (1992, p. 3 item 5.3). De acordo com ABNT (1992, p.3 item 5.2.4.1), para os ambientes 5.1, 5.2, e 5,3 os valores de referência foram obtidos em ABNT (1992, p. 4 item 5.3.13), para o laboratório o valor médio de iluminância de referência é de 500 lux, para as salas de aula o valor médio de referência é de 300 lux. O ambiente do item 5.4 não apresenta equivalente na norma e terá seu valor de iluminância média de referência obtida conforme Quadro 1 (Classe A, tipo de atividade: recintos não usados para trabalho contínuo), tendo em vista que o trabalho desenvolvido nesse ambiente, e seu valor é de 150 lux. O ambiente descrito no item 5.5 não se encontra explicitamente listado em ABNT (1992), entre os tipos de atividades listadas nesse item, a que mais se adéqua está presente em ABNT (1992, p.12 item 5.3.70) -Terminais de vídeo - Teclado, que apresenta valor de iluminância média de referência de 300 lux.

Comparando os valores de iluminância média verificados para os ambientes, e seus valores de referência Figura X, verifica-se que apenas o ambiente do item 5.4 atende satisfaz o valor médio de iluminância.

FIGURA 7: Gráfico comparativo entre os valores médios de iluminância medidos e valores de referência (ABNT, 1992),

para os cinco ambientes do item 5.

FONTE: Autoria própria.

Portanto, o nível de iluminamento verificado, nos ambientes 5.1, 5.2, 5.3 e 5,5, é insuficiente. E a

seguir serão apresentadas sugestões de adequação a esses ambientes.

6.2. SUGESTÃO DE MELHORIA: SUBSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PRESENTE

Uma possível forma de solucionar esse problema é através da substituição dos conjuntos luminária/lâmpadas por outros que produzam um fluxo luminoso maior.

0

100

200

300

400

500

600

5.1 5.2 5.3 5.4 5.5

Iluminância Média (lux)

Valor de Referência (lux)

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Essa é a solução mais cara, contudo, desde que executada adequadamente, solucionará o problema, pois o dimensionamento do novo sistema atentará para os requisitos mínimos necessários. Para tal, deve-se determinar o fluxo luminoso total do ambiente e em posse de folhas de dados de fabricantes de luminárias e lâmpadas determinar a melhor forma de suprir esse fluxo luminoso ao ambiente. A determinação do fluxo luminoso total do ambiente (Φ) (iluminância) se dá através da Eq.[3]:

Φ = A × EU × m

Eq. [3]

FONTE: Adaptado de COTRIM (2008, p.440).

Onde: Φ = fluxo luminoso total do ambiente; A = Área a ser iluminada (Área do ambiente); E é a iluminância média mínima recomendada pela ABNT (1992) para cada atividade; m é o coeficiente de manutenção, determinado pela nível de conservação o qual o ambiente estará submetido (i..e. limpeza e freqüência de manutenções), para o ambientes limpos e adequadamente mantidos, seu valor é 0,8; U = fator de utilização é obtido na folha de dados emitida pelos fabricantes de luminárias, é determinado de acordo com o fator K Eq.[4] e das reflexões do teto, parede e piso/local de trabalho;

K =C × L

H × (C + L) Eq. [4]

FONTE: Adaptado de COTRIM (2008, p.441).

Onde: C= comprimento do ambiente, L = largura do ambiente; H = altura entre o plano de trabalho e a luminária.

E finalmente, a determinação do fluxo luminoso por conjunto luminária/lâmpadas. Como a proposta de adequação do sistema de iluminação do ambiente será através da substituição dos conjuntos existentes por outros mais potentes, o número de pontos poderá ou não ser mantido. Deve-se então, buscar um novo conjunto que atenda a demanda do fluxo luminoso total, conforme Eq.[5]:

Φconjunto =Φn

Eq. [5]

FONTE: Adaptado de COTRIM (2008, p.440).

Onde: Φconjunto = é o fluxo luminoso unitário de cada conjunto luminária/lâmpadas; n = número de pontos de iluminação; e Φ = fluxo luminoso total do ambiente;

6.3. SUGESTÃO DE MELHORIA: SUPLEMENTAÇÃO DA ILUMINAÇÃO GERAL COM ILUMINAÇÃO LOCALIZADA

Nos ambientes em que for viável, a iluminação geral pode ser complementada pela iluminação localizada. A iluminação localizada consiste na presença de pontos de iluminamento sobre a tarefa, permitindo maior intensidade de luz nesses pontos do que no ambiente geral. Ela pode ter intensidade entre duas a três vezes maior que a do ambiente (IIDA; BUARQUE, 2016). Ambientes como os dos itens 5.1 e 5.5 poderiam fazer uso da iluminação local de modo a atingir os requisitos mínimos presentes em ABNT (1992), o primeiro sobre as bancadas onde são realizadas as atividades do laboratório e o último sobre os pontos de trabalho. O dimensionamento dessa iluminação localizada pode ser realizado de forma análoga à do item 6.2. É importante observar, no entanto, o posicionamento dessa iluminação localizada de modo a evitar a incidência da luz sobre os olhos, a fim de se evitar ofuscamentos. Para Iida e Buarque (2016, p. 435), os pontos de luz devem se situar 30° acima da linha de visão horizontal e atrás do trabalhador, ou ainda deve-

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se fazer uso de um anteparo junto à luminária para proteger a visão do usuário quando a instalação localizada resultar em incidência de luz direta sobre os olhos.

6.4. SUGESTÃO DE MELHORIA: MELHOR UTILIZAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NATURAL

Essa proposta é a mais difícil de realizar, pois a utilização de iluminação natural deve ser pensada na concepção da edificação e em edificações já instaladas, pode vir a demandar reformas. A orientação da edificação deve ser cuidadosamente estudada em cada latitude, para que os ambientes não recebam incidência de luz solar direta. No hemisfério sul, a entrada de luz natural se dá pela face sul (Iida; Buarque, 2016). Há de se atentar para os malefícios associados à má implementação da luz solar em ambientes de trabalho. As janelas e aberturas usadas para esse fim, quando mal planejadas podem introduzir fontes de calor, e a luz natural pode ainda provocar ofuscamentos e reflexos em superfícies refletoras (IIDA; BUARQUE, 2016, p.430).

As medições, para os itens 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, foram feitas durante o dia, com presença de luz natural. É possível perceber a contribuição que a luz natural exerce em algumas medições (e.g. valores de r5, r6, r7 e r8 no item 5.1), entretanto, mesmo nessa condição, a iluminância verificada em boa parte dos ambientes foi considerada insuficiente. Há de se ressaltar também que nesses ambientes há a realização de atividades no período noturno, em situações, provavelmente piores de iluminação.

FIGURA 8: Janelas presentes na sala de aula (edificação nova).

FONTE: Autoria própria, 2017.

A presença de película de proteção solar no ambiente do item 5.2 permite deduzir que em algum horário do dia há a incidência direta de luz solar, causando reflexos e/ou ofuscamentos dos usuários do ambiente.

7. CONCLUSÃO

A ergonomia é uma ciência recente. Sob o aspecto da iluminação de ambientes de trabalho, do seu nascimento em 1949 (IIDA; BUARQUE, 2016, p.7), para os dias de hoje, os valores recomendados para intensidades de luzes atualmente são dez vezes maiores (IIDA; BUARQUE, 2016, p. 423). No Brasil, ela ainda não é plenamente incorporada ao processo produtivo, muito menos de conhecimento da sociedade, empresários e políticos em geral (IIDA; BUARQUE, 2016, p. 15). Assim sendo, não é surpreendente que dos ambientes estudados nesse trabalho, 80% não satisfaçam os requisitos ergonômicos de iluminamento para ambientes de trabalho. É ainda mais

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preocupante que esses requisitos não atendidos, façam parte de uma norma de com vinte e cinco anos de publicação, e que foi considerada obsoleta e foi substituída pela entidade normatizadora, e que só é utilizada por que a norma que a substituiu não contemplou sua inserção no âmbito ergonômico nacional. A iluminação de ambientes de trabalho deve ser cuidadosamente planejada desde a construção da edificação de trabalho, buscando-se sempre fazer uso adequado da luz natural, ou ainda suplementando a iluminação geral com a localizada quando necessário. Nas edificações já estabelecidas é importante que os responsáveis (alta administração, profissionais de saúde e segurança do trabalho) estejam atentos sobre o atendimento dos valores médios mínimos listados em normas para o tipo de atividade desempenhada no local, e façam cumprir esses requisitos seja através da substituição do sistema de iluminação, pela suplementação, ou ainda pela realização de limpeza e conservação adequada desses ambientes.

8. AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Profa. Drª. Cacilda de Jesus Ribeiro pelo apoio, paciência e conhecimentos oferecidos para realização desse trabalho; à Coordenação do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho; e às empresas que permitiram a realização das medições em seus estabelecimentos.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5382 Verificação de Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1985.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5413 Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 Iluminação de ambientes de trabalho: Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, 2013.

BRASIL. Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia. Ministério do Trabalho. 1978. Disponível em http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-17-ergonomia. (Acesso em 13 de dezembro de 2017).

BRASIL – Ministério do Trabalho. Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. – 2 ed. – Brasília : MTE, SIT, 2002.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Nota Técnica Nº 224/2014/CGNOR/DSST/SIT. Brasília, 2014. Disponível em http://www.acm.org.br/acm/acamt/index.php/em-foco-novo/490-nota-tecnica-n-224-2014-cgnor-dsst-sit. (Acesso em 13 de dezembro de 2017).

COTRIM, A. A. M. B.; Instalações Elétricas. 5ª Edição. Revisão e adaptação técnica José Aquiles Baesso Gronomi e Hilton Moreno. São Paulo. Pearson Prentice Hall, 2009.

IIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. 3ª Edição. São Paulo: Edgar Blücher, 2016.

TAVARES, José da Cunha. Tópicos De Administração Aplicada À Segurança Do Trabalho. 5ª ed.rev. e ampl. – São Paulo: Editora Senac, São Paulo, 2006.