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Cipreste 1.00 € II série nº 14 Mensal 22 de Novembro de 2010 Director: Rui Miranda Fundado em 1997 | Entrevista P ORÇAMENTOS GRÁTIS Tel.: 278 421 236 Restaurante * Residencial Avenida almoços jantares casamentos batizados festas Av. D. Nuno Álvares Pereira Macedo de Cavaleiros quartos equipados: aquecimento central ar condicionado - wc privativo - televisão “O nosso objectivo é a angariação de fundos monetários, que têm como finalidade a aquisi- ção de material audio-visual e informático para a sala de convívio, e a instalação de um ginásio desportivo no futuro quartel.” A concelhia do PS de Macedo de Cavaleiros apresentou umas queixa no ministério público dirigida à autarquia macedense por alegadas irregularidades numa obra que deveria levar água às al- deias do norte do concelho: Vilarinho de Agrochão, Lamalonga, Fornos de Ledra, Vila Nova da Rainha e Argana. Segundo o PS a obra deveria ter sido realizada em 2008, a autarquia deu-a por concluída, recebeu a comparticipa- ção comunitária mas não fez a obra. A autarquia diz que a obra está re- alizada. O cipreste foi ver, no terreno, o que se passa. Reportagem |P 3 Já há ligação do IP2 e IP4 à Zona Industrial O que os empresários tanto pediam, o que os políticos tanto prometeram, já existe. Agora é possível ir à zona industrial sem ir ao pontão de Lamas ou passar no meio da Amendoei- ra. Fomos saber o que os empresários tem a dizer. Destaque |P 2 Análises clínicas do hospital foram fechadas depois das 16.00 horas, mas concelho de administração já recuou da decisão Macedo |P 6 PS faz queixa da autarquia ao Ministério Público EDITORIAL Nº 12 - Mensal - 18 de Novembro de 2010 - Director: Helder Fernandes Distribuíção gratuíta Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros N o dia 14 de Outubro, terminou a época de rega de 2010, bem como o serviço dos colaboradores contra- tados para a referida época, este ano houve menos dias de rega do que o ano passado fruto das primeiras águas que caíram e evitaram a necessidade de disponibilizar água por mais dias. Este segundo ano de responsabilidade desta direcção ficou marcado por uma maior intervenção da ABMC para o ano cor- rer dentro do que é normal, houve a necessidade de por em funcionamento a viatura da Associação para pontualmente ser- vir e apoiar os serviços, mas a sua utilização revelou-se ser ab- solutamente necessária até ao final da época de rega, havendo necessidade da ABMC custear despesas que não lhe compe- tia, mas as contingências orçamentais do Estado levaram-nos a decidir pela necessidade de apoiar mais do que era a nossa responsabilidade acordada e contratualizada com os serviços da DGADR para bem dos serviços prestados pelo Aproveita- mento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros e dos utilizado- res do regadio. Com as dificuldades orçamentais com que se depara o Estado, a ABMC assumiu a sua responsabilidade, mas fica a preocupação crescente para o próximo ano, daí a necessidade de preparar a ano de 2011 com antecipação para tentar evitar surpresas. A disponibilidade de água do AHMC é essencial para o de- senvolvimento de culturas agrícolas, que de outra forma poriam em causa o seu desenvolvimento e instalação, fruto de estar disponível em quantidade e qualidade, mas está dependente do esforço financeiro do Estado visto a sua exploração ser deficitá- ria (receitas - custos) = saldo negativo. O saldo só seria positivo se tivéssemos a agricultura de acordo com as expectativas que levaram o Estado a investir na criação da infra-estrutura, mas o desenvolvimento da acti- vidade agrícola tem sofrido revés que deve fazer repensar os responsáveis políticos para as consequências do abandono da TERRA. A nós (ABMC) cabe-nos defender a continuação do regadio, mas cabe a cada utilizador do regadio assumir a sua respon- sabilidade e tornar-se sócio da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, para uma maior representatividade e força desta Associação na defesa do Aproveitamento Hidroagrí- cola de Macedo de Cavaleiros. A direcção Cogumelo tem grande valor económico mas está subaproveitado P odence voltou a re- ceber curso de inicia- ção micologica. Com menos adesão mas o mesmo entusiasmo. A organização a cargo da Associação Terras do Roquelho, mostrou interesse na criação de um Centro de Estudo e Desenvolvimento do Cogume- lo, mas não há verbas. Ainda. Edroso recebeu a VIII Feira da Castanha Ovelha Churra Badana cresceu 20% num ano A caça é actualmente a melhor possibilidade de desenvolvi- mento na região, visto que to- dos os outros sectores passam por dificuldades. João Alves pág. 5

Cipreste 14, Nov 2010

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Jornal cipreste nº14, 22 de Novembro de 2010

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Page 1: Cipreste 14, Nov 2010

| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 1

Cipreste1.00 €II série nº 14 Mensal22 de Novembro de 2010Director: Rui MirandaFundado em 1997

| Entrevista P

ORÇAMENTOS GRÁTIS

Tel.: 278 421 236

Restaurante * Residencial

Avenida almoçosjantares

casamentosbatizados

festasAv. D. Nuno Álvares PereiraMacedo de Cavaleiros

quartos equipados: aquecimento centralar condicionado - wc privativo - televisão

“O nosso objectivo é a angariação de fundos monetários, que têm como finalidade a aquisi-ção de material audio-visual e informático para a sala de convívio, e a instalação de um ginásio desportivo no futuro quartel.”

A concelhia do PS de Macedo de Cavaleiros apresentou umas queixa no ministério público dirigida à autarquia macedense por alegadas irregularidades numa obra que deveria levar água às al-deias do norte do concelho: Vilarinho de Agrochão, Lamalonga, Fornos de Ledra, Vila Nova da Rainha e Argana.

Segundo o PS a obra deveria ter sido realizada em 2008, a autarquia deu-a por concluída, recebeu a comparticipa-ção comunitária mas não fez a obra.

A autarquia diz que a obra está re-alizada.

O cipreste foi ver, no terreno, o que se passa. Reportagem |P 3

Já há ligação do IP2 e IP4 à Zona Industrial

O que os empresários tanto pediam, o que os políticos tanto prometeram, já existe. Agora é possível ir à zona industrial sem ir ao pontão

de Lamas ou passar no meio da Amendoei-ra. Fomos saber o que os empresários tem a

dizer. Destaque |P 2

Análises clínicas do hospital foram fechadas depois das 16.00 horas, mas concelho de administração já recuou da decisão

Macedo |P 6

PS faz queixa da autarquia ao Ministério Público

EDITORIAL

AZIBO RURALNº 12 - Mensal - 18 de Novembro de 2010 - Director: Helder Fernandes Distribuíção gratuítaAssociação de Beneficiários

de Macedo de Cavaleiros

No dia 14 de Outubro, terminou a época de rega de 2010, bem como o serviço dos colaboradores contra-tados para a referida época, este ano houve menos

dias de rega do que o ano passado fruto das primeiras águas que caíram e evitaram a necessidade de disponibilizar água por mais dias.

Este segundo ano de responsabilidade desta direcção ficou marcado por uma maior intervenção da ABMC para o ano cor-rer dentro do que é normal, houve a necessidade de por em funcionamento a viatura da Associação para pontualmente ser-vir e apoiar os serviços, mas a sua utilização revelou-se ser ab-solutamente necessária até ao final da época de rega, havendo necessidade da ABMC custear despesas que não lhe compe-tia, mas as contingências orçamentais do Estado levaram-nos a decidir pela necessidade de apoiar mais do que era a nossa responsabilidade acordada e contratualizada com os serviços da DGADR para bem dos serviços prestados pelo Aproveita-mento Hidroagrícola de Macedo de Cavaleiros e dos utilizado-res do regadio.

Com as dificuldades orçamentais com que se depara o Estado, a ABMC assumiu a sua responsabilidade, mas fica a preocupação crescente para o próximo ano, daí a necessidade de preparar a ano de 2011 com antecipação para tentar evitar surpresas.

A disponibilidade de água do AHMC é essencial para o de-senvolvimento de culturas agrícolas, que de outra forma poriam em causa o seu desenvolvimento e instalação, fruto de estar disponível em quantidade e qualidade, mas está dependente do esforço financeiro do Estado visto a sua exploração ser deficitá-ria (receitas - custos) = saldo negativo.

O saldo só seria positivo se tivéssemos a agricultura de acordo com as expectativas que levaram o Estado a investir na criação da infra-estrutura, mas o desenvolvimento da acti-vidade agrícola tem sofrido revés que deve fazer repensar os responsáveis políticos para as consequências do abandono da TERRA.

A nós (ABMC) cabe-nos defender a continuação do regadio, mas cabe a cada utilizador do regadio assumir a sua respon-sabilidade e tornar-se sócio da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, para uma maior representatividade e força desta Associação na defesa do Aproveitamento Hidroagrí-cola de Macedo de Cavaleiros.

A direcção

Cogumelo tem grande valor económico mas está subaproveitado

Podence voltou a re-ceber curso de inicia-ção micologica. Com

menos adesão mas o mesmo entusiasmo. A organização a

cargo da Associação Terras do Roquelho, mostrou interesse na criação de um Centro de Estudo e Desenvolvimento do Cogume-lo, mas não há verbas. Ainda.

Edroso recebeu a VIII Feira da Castanha

Ovelha Churra Badana cresceu 20% num ano

A caça é actualmente a melhor possibilidade de desenvolvi-mento na região, visto que to-dos os outros sectores passam por dificuldades. João Alves pág. 5

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Destaque

Destaque

Rita MartinsSócio-gerente Sodinorte

Ainda não temos os benefícios, mas esperamos vir a ter com o acesso directo. Para nós que trabalhamos com reboques e camiões TIR de grande dimensão, era complicado chegarem cá os fornecedores e fazer a dis-tribuição, pois não podem passar por estradas peque-nas. Melhorou muito o acesso para quem vem de Bra-gança, bem como para quem vem do Porto. As pessoas sabiam onde estávamos, mas não sabiam como vir ter aqui, apesar de estarmos mesmo ao lado do IP4.

Muita gente comprou aqui lotes com a promessa de ligação directa ao IP4, e acabou por não construir. Aliás, quando viemos para a zona industrial não havia nada, as pessoas tinham que requisitar a instalação de água e luz, e a pavimentação em frente à nossa empresa foi feita por nós.

Mas tenho a certeza de que com este novo acesso teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir um café, algo que não se justificava por haver tão pouca gente aqui sediada.

Eu sou daquelas pessoas que acha que devemos pagar o que usamos, e não me importo que a A4 traga portagens. Os benefícios da auto-estrada superam os custos, se tiver por exemplo que ir ao Porto, pois a des-locação é muito mais rápida.

Este novo acesso à zona industrial deveria estar melhor sinalizado, mas de resto está bem, ainda que estejam sempre a alterar a configuração nas obras. l

Discurso directo

António MoraisAntónio GomesJorge Martins(na foto)SóciosBasmorais

Instalamo-nos aqui em 2007, e tínhamos já estas instalações em 2002, porque na altura nos prometeram que ia ter este nó, e só agora se concretizou. Era algo que já podiam ter feito há muito tempo, este pedaço de estrada. Não precisava de ser aqui, mas algo mais direc-to, que desse acesso à zona industrial. Foram adiando todos os anos.

Trouxe-nos muitos prejuízos o facto de não termos este nó há mais anos atrás, mas ainda bem que está fei-to e esperemos que os prejuízos reais se consigam re-cuperar agora. Antes da rotunda, o cliente passava aqui, e não sabia como chegar a nós, agora não, é directo.

Houve sérios riscos da empresa fechar, pois além da falta de mão-de-obra qualificada na região, para o nosso ramo, a falta do nó dificultou imenso o trabalho da em-presa, por causa dos camiões com semi-reboques, vo-lumosos. É complicado vir pela Amendoeira, bem como entrar em Romeu, pois as curvas demoram muito tem-po. Em termos de fornecedores, clientes e distribuição, é mais rápido agora ir a Vila Real e a Bragança.

Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a configuração final, que isto é provisório, e a obra conclu-ída ainda vai ser melhor.

É uma obra muito boa para nós, mas não concordo se tiverem portagens aqui na A4, isso é mau porque não há alternativas viáveis. l

Hugo BorgesOperador Central ResponsávelBrivel

Tínhamos muitas dificuldades em ter acesso à IP4, e agora com este acesso ficamos praticamente directos. Tínhamos que fazer o desvio pela nacional, tínhamos que ir a Vale Pradinhos para poder entrar aqui, e não po-díamos entrar pela Amendoeira pois os nossos camiões não conseguiam passar por lá.

A nossa dificuldade principal era os inertes que vêm da nossa sede em Vila Real, bem como o betão. Ou seja, era complicado chegar cá os materiais, e os for-necedores, bem como proceder à distribuição do betão. Tinha que ser pelo Romeu, e depois pela nacional, para chegar aqui. Agora não, é muito mais fácil, entram direc-tamente na zona industrial.

Na minha opinião, acho que vai melhorar a zona in-dustrial, pois vai ficar muito bem localizada, já estava mas vai ficar ainda melhor. Vai ter acesso para o IP2, para a A4 e vai ser muito bom.

Agora, quanto às portagens na A4, eu acho que te-mos que começar a mentalizar-nos que estes benefícios têm de ser pagos, e antes por mais do que por menos. Para mim como individuo a circular no meu carro é mau, mas a empresa com certeza prefere ter o acesso e pa-gar alguma coisa, do que ter aí os camiões a circular em curva e contra-curva. Nós já estamos aqui há 6 anos, e todos os anos prometiam este nó, mas fomos tendo a noção que apenas ia acontecer quando fizessem a auto-estrada. l

Nova rotunda cria acesso directo do IP4 à Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros

Empresas apreciam nó de ligação ao IP4

Acesso directo à Zona IndustrialApós quase uma década, está finalmente pronta a entrada principal da Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros.A obra, que foi adjudicada às obras da auto-estrada do Norte, a A4, cria um nó de acesso directo às vias rápidas. Para já liga apenas ao IP4, mas de futuro vai ser acesso directo à A4 e ao IP2.Para o concelho, para os empresários instalados na zona há vários anos, e finda uma longa espera, a obra é uma mais valia, e peca apenas por tardia.O Cipreste foi à Zona Industrial e registou os testemunhos de empresas ali sediadas, procurando saber os beneficios para as empresas e para a zona industrial.

“Isto vai dar, penso eu, um ser muito grande à região. A obra peca só pelo tardio. Julgo que esta não vai ser a configu-ração final, que isto é provisório, e a obra concluída ainda vai ser melhor.” António Morais

“Tenho a certeza de que com este novo acesso teremos cá mais empresas. Até a possibilidade de abrir um café, algo que não se justificava por haver tão pouca gente aqui sediada.” Rita Martins

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Reportagem

O PS de Macedo de Cavaleiros, liderado por Rui Vaz, inter-

pôs no ministério público uma queixa contra a autarquia ma-cedense, liderada por Beraldino Pinto. O motivo alegado pelo PS local prende-se com a exe-cução da obra que deverá levar água da rede publica, vinda do concelho de Vinhais, num ponto de ligação perto da Ervedosa, à parte norte do concelho, con-cretamente Às aldeias de Vila-rinho de Agrochão, Lamalonga, Vila Nova da Rainha, Fornos de Ledra e Argana.

Versão do PS

Esta obra tem o nome de “Sistema Integrado de Adução de Água à Zona Norte do Mu-nicípio – Vilarinho de Agrochão/Fornos de Ledra”. Segundo o PS, “Na sessão da Assembleia Municipal, realizada a 19-02-2008, o Sr. Presidente da Câ-mara informa que a referida empreitada se encontra adjudi-cada” e que “na sessão da As-

sembleia Municipal, realizada a 19-12-2008, o Sr. Presidente da Câmara informa que a referida empreitada se encontra con-cluída” sendo que “o montante pago na gerência - ano de 2008 - foi €130 958,63, referente a trabalhos normais, ou seja, a totalidade dos trabalhos que foram adjudicados, pois cor-respondem ao valor inicial do contrato.” Acontece que, ainda segundo a versão apresentada pelo PS, “a realidade é bem di-ferente, a verdade é que, à pre-sente data, (Outubro de 2010) a empreitada não se encontra executada, ainda que paga na íntegra.

Para o PS houve a produ-ção de documentos falsos que visavam provar a conclusão da obra com o objectivo de receber a comparticipação comunitária, o que terá motivado a apresen-tação da queixa ao ministério público.

Versão da junta de fre-guesia

À nossa reportagem o ac-tual presidente da Junta de freguesia de Vilarinho de Agro-chão, Manuel Mico, confirmou que a obra foi interrompida em 2008 e se encontra agora em execução. Mas, segundo Ma-nuel Mico, polémicas à parte, o mais importante é que estas populações vão finalmente ter acesso a água.

Recorde-se que estas al-deias têm tido bastante dificul-dade no abastecimento de água na rede pública nos anos mais secos. Ainda em 2009, com um verão invulgarmente seco, foi necessário que algumas destas aldeias, nomeadamente Lama-longa, fossem abastecidas de água por parte dos bombeiros de Torre de D. Chama, que tive-ram dias com necessidade de vários abastecimentos.

O Cipreste tentou contactar o Armindo Vaz, presidente da Junta de Freguesia de Vilari-nho da Junta em 2008, à nossa reportagem disse não estar ao par da obra já que esta era da responsabilidade do município.

Versão da autarquia

Contactamos a autarquia macedense, sobre este assun-to, que em comunicado infor-mou o seguinte:

Encontra-se em execução o troço entre o Ponto de Entre-ga que a ATMAD vai executar na conduta do Subsistema de Lomba e Aguieiras, e o reser-vatório do sistema de abaste-cimento de água às freguesias de Vilarinho de Agrochão e La-malonga.

Esta obra é complementar à do Sistema Integrado de Adu-ção de Água à Zona Norte do Município – Vilarinho de Agro-chão/Fornos de Ledra, execu-tada em 2008, financiada ao abrigo de uma candidatura à medida 1.9 da O.N.2.

Ambas entrarão em serviço simultaneamente, logo que o ponto de entrega esteja execu-tado pela ATMAD.

Factos

Versões à parte, o Cipres-te sabe que a obra, que tem a designação “Sistema Integra-do de Adução de Água à Zona Norte do Município – Vilarinho de Agrochão/Fornos de Ledra”, foi adjudicada em 2008 e a em-presa Nordinfra – Infra-estrutu-ras do Nordeste Lda, foi para o terreno executar obra. Esta terá tido solicitações para fazer ou-tros trabalhos para a autarquia e deixou de trabalhar na obra, referida, que não ficou conclu-ída. A obra foi dada pela autar-quia como concluída, ainda em 2008, tendo recebido a compar-ticipação comunitária pela obra. Mas apenas uma pequena par-te da obra está realizada. Com o levantamento da polémica as máquinas, da mesma empresa, voltaram para o terreno e, a 29 de Setembro de 2010, recome-çaram os trabalhos interrompi-dos em 2008.

O Cipreste sabe que os tra-balhos executados agora, em 2010, fazem parte do caderno de encargos relativo à obra ad-judicada em 2008. n

PS interpôs queixa no ministério público contra a autarquia macedense

Águas Turvas

Novembro 2010Outubro 2010

O PS diz que a autarquia não concluiu uma obra dada como concluída em 2008. E por isso apresentou queixa ao minis-tério público. Era a obra que levaria água a Vilarinho de Agrochão, Lamalonga, Vila Nova da Rainha, Fornos de Ledra e Argana. A autarquia diz que já está feita. Desde 29 de Setembro que há máquinas do terreno a concluir a obra.

Tudo indica que desta vez as populações vão ser servidas.

Reportagem

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4 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Ideias & debateEDITORIAL

CipresteDirector: Rui Miranda Redacção: Paulo Nunes dos Santos; Sofia LedesmaColaboraram nesta edição: Hélder Morais; Manuel Cardoso; Pedro Faria, Raquel Mourão; Ilustração: Fiachra LennonPaginação: Edições Imaginarium, Lda.Publicidade: Eduardo BreaImpressão: Casa de Trabalho - Bragança; Tiragem: 1.000 ex.Sede: Edificio Translande Loja, 49 Apartado 82 - 5340 219 Macedo de cavaleiros Telf. /Fax 278 431 421e-mail: [email protected] Internet: www.jornalcipreste.comPropriedade e editor: Rui Jorge Miranda da Silva; Macedo de CavaleirosRegistado no ICS com o n.º 125688

Já que estamos todos tão embalados e empenhados em interpretar e buli-nar ao sabor da crise, vou continuar

a falar dela. Isto porque esta semana li uma notícia que me deliciou até à medula do pen-samento: “Crise pode melhorar saúde mental dos portugueses”.

Na ressonância imediata do impacto desta descoberta fabulosa a minha tentação foi de-duzir: pois… agora ninguém vai ter tanto tem-po para depressões. Mas a teoria não é bem essa. O que se passa é que, de acordo com a psicóloga Maria Júlia Valério, da Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental, “a crise económica pode ser uma oportunidade para promover a adopção de comportamentos mais ecológicos e éticos, que conduzam à melhoria da saúde mental dos portugueses”.

Confesso que a esta altura da incursão pelo corpo da notícia o meu entusiasmo esmo-receu: ora bem, isto vai requerer algum esfor-ço… mas nada de desanimar. Afinal, quando queremos, nós, os portugueses, somos esfor-çados.

E a verdade é que, tal como esta psicólo-ga, também penso que a crise pode – e deve, acrescento eu – levar-nos a reflectir sobre “os valores e práticas que orientaram a socieda-de nos últimos anos, nomeadamente [sobre] o falhanço do economicismo e de uma socie-dade materialista em que se é aquilo que se exibe”.

De facto, este apelo à consciencialização cívica é algo que tenho recorrentemente re-ferenciado como uma oportunidade de cres-cimento do povo que somos. Mas o processo não é automático, e como disse atrás, requer um esforço. Um esforço, sobretudo, de inclu-são das nossas atitudes e comportamentos ao longo do tempo no processo de responsa-bilização colectiva, uma assunção sensata e construtiva que só nos fica bem, e só pode dignificar-nos. Ou seja, não vamos a lado ne-nhum enquanto teimarmos em sacudir a água do capote, porque a sociedade que temos é produto dos indivíduos que somos – ou que temos sido.

Acresce que, além desta consciencializa-ção moral, ou aliada à mesma (que será a opção ideal), a escassez económica propicia, segundo Maria Júlia Valério, “práticas mais ecológicas como a reutilização e a rentabili-zação dos recursos existentes”, sendo esta,

também por esta via, “uma oportunidade eco-lógica no sentido de deixarmos de consumir desenfreadamente”. Claro que, mais do que voluntário, falamos de um procedimento de-rivado da necessidade. Todavia, acredito que estamos presos numa corrente sem margens que só pode levar-nos a um lugar: a uma so-ciedade mais madura e elevada. l

A crise e a saúde mental dos portugueses

Virgínia do Carmon

De facto, este apelo à consciencialização cívica é algo que tenho recor-rentemente referenciado como uma oportunidade de crescimento do povo que somos. Mas o proces-so não é automático, e como disse atrás, requer um esforço. Um esforço, sobretudo, de inclusão das nossas atitudes e comportamentos ao lon-go do tempo no proces-so de responsabilização colectiva, uma assunção sensata e construtiva que só nos fica bem, e só pode dignificar-nos. Ou seja, não vamos a lado nenhum enquanto teimarmos em sacudir a água do capote, porque a sociedade que temos é produto dos indivíduos que somos – ou que te-mos sido.

N ão há melhor para um jornalista que poder dar uma boa notícia. A ligação directa entre o, ainda, IP4 e a Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros

é recebida com duplo prazer, por um lado é uma reivindicação macedense que tem mais que uma década, por outro o momento é oportuno porque não preciso de fazer um editorial sobre a polémica e as mentiras que envolvem o caso da água de Vi-larinho de Agrochão.

A ligação ainda é provisória, mas existe, já não é necessário ir ao pontão de Lamas e voltar para trás ou ir pelo meio da Amendoeira.

Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial.

A reivindicação é antiga falava-se na ligação, ou sua ausência, ainda no tempo de Luís Vaz, foi estandarte de campanhas politicas e movimentou muita tinta.

Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tan-tas vezes, o principal motivo pelo abandono de projectos de instalação na Zona Industrial. Agora isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido empresarial, a capacidade de investir em criação de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter opções económicas competitivas e sustentáveis. Ou se por outro lado vai haver outros bodes-expia-tórios, como a crise, a mão-de-obra, a interioridade ou qualquer outro fácil argumento.

O peso deste nó, desta ligação, é enorme. Sob ele recai o sucesso de uma Zona Industrial, mas o nó é apenas um pequeno ingrediente, o principal é mesmo a capacidade de ter soluções competiti-vas para o mercado. Que assentem no que há de melhor na nossa região, no nosso local, e que o possam potenciar.

Rui Miranda

“Embora provisória, pessoas e bens, já podem ir directamente do IP2 ou IP4 à Zona Industrial.

Foi bode expiatório pois a ele se atribuiu, tantas vezes, o principal motivo pelo abandono de projectos de instalação na Zona Industrial. Agora isso deixa de ser argumento. Agora é que iremos poder ver a verdadeira qualidade do nosso tecido empresarial, a capacidade de investir em criação de mais-valia na cadeia produtiva, de modo a ter opções económicas competitivas e sustentáveis.”

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 5Opinião

Hoje em dia discute-se a eco-nomia como quem discute o tempo, mas dou por mim a

sentir-me cada vez mais burra, incapaz de perceber os noticiários, os comentá-rios dos muitos economistas que falam em taxas e especulações e números sem fim. Tudo me parece uma lingua indecifrável e ponho em questão se os meus neurónios não terão hibernado nesta altura de crise.

E foi neste modo meio atónito e dor-mente que tropecei no “Manifesto dos Economistas Aterrados”, documento pu-blicado em França por quatro economis-tas, de facto, aterrados. Comecei logo por me identificar no título, com o medo que sinto do evoluir das coisas, deste mundo globalizado e indiferente que engole diariamente milhões de pobres, devora e tritura, para depois parir meia dúzia de banqueiros e financeiros, aque-las criaturas que parecem inchar com o crescimento da miseria alheia.

Bem, mas deixa-me ir com calma, antes que a raiva latente tome conta do meu discurso.

O que é afinal este manifesto e por-que está a dar tanto que falar? Porque, ao fim de décadas de discursos florea-

dos e elaborados por, e para, uma ex-clusiva elite com a capacidade para os entender e contestar, surge finalmente um conjunto de palavras que vão di-rectas ao assunto e são para todos. O manifesto é claro, de leitura simples e foca basicamente aquilo que é capaz de entender o bom senso de qualquer um. Claro está, para os que têm o bom sen-so deformado pela ganância e ambição desmesurada, tenho a certeza que as palavras são fracas e as ideias impossí-veis de aplicar.

Ora então estes quatro senhores fa-lam da crise e dívida na Europa, mas poderiam estar a falar do mundo, e ex-põem 10 falsas evidências e 22 medi-das para sair do beco sem saída. Ou seja, falam das mentiras que os se-nhores banqueiros e especuladores fi-nanceiros nos têm andado a contar, e a impôr, e propõem uma série de me-didas simples que comprovam a sua falsidade e as eliminam do nosso pa-norama. Porque sim, esta crise de que tanto se fala, tem sido alimentada por essas entidades do mundo financeiro, bancos e companhias Lda., que vêm os seus lucros sempre a crescer, sabe-se lá como. Afinal, quando a bolsa caiu em 1929, caiu tudo. Não se percebe como é que esta crise é tão má, este terramo-to abana tudo, rouba reformas, despede pessoas, tira abonos e subsidios, mas enriquece tanto os que há uns meses vieram soar o alarme e atirar gasolina à fogueira da crise.

As falsas evidências são mesmo evidentemente falsas, e sempre que torcemos o nariz às notícias do mundo financeiro e depois na nossa humildade de ignorância pensamos estar errados, estamos a cair na rede criada pelas mentiras perpetuadas por décadas de repetição.

Afinal os mercados financeiros não são eficientes, não favorecem o cresci-mento económico e não julgam de forma justa os estados. E a dívida pública de que tanto se fala, e que ameaça levar nações várias à banca rota, não resul-ta apenas do excesso de despesa, mas cresce pela necessidade de os gover-nos adquirirem empréstimos através de bancos intermediários, que compram juro baixinho e vendem juro gigante. A Europa é afinal muito pouco social, e a União em que todos depositávamos fé, engorda os grandes e esfomeia os

pequeninos. O euro não é a salvação, numa Europa que se auto-desvaloriza, e quem se ri disto tudo são os ingelses. E finalmente, a Grécia foi o bode expiató-rio das especulações, e a sua condição empolada para esconder problemas glo-bais do modelo europeu.

Quanto a medidas, passam, incrivel-mente, por responsabilizar quem gere o dinheiro, sejam gestores, associados, mercados, ou bancos, e impedi-los de fazerem uma auto-gestão que apenas defende os seus interesses. Não faz sentido nenhum que a PT, a EDP e ou-

tras empresas gigantes possam criar companhias fantasmas em paraísos fiscais e fugir aos impostos devidos so-bre o dinheiro que os contribuintes lhes deram. Nem tão pouco devemos acei-tar que donos e patrões giram o dinhei-ro como querem e bem lhes apetece, recebendo milhares, esbanjando em luxos e proveitos próprios, para paga-rem uma miséria aos trabalhadores e os despedirem quando a coisa não lhes convém.

É absurdo que quem decide o valor de um país inteiro, de instituições e ban-cos, seja pago para equilibrar a sua de-cisão, que é como quem dá luvas ao juiz para amaciar a sentença, e óbvio que a especulação tem que terminar.

Regular esta treta do mercado aberto é urgente, pois não faz sentido comprar os excedentes do rico a preço de ouro e não poder consumir o que se produz por causa de uma “cota” de mercado que nada tem a ver com a realidade.

E é urgente, imperativo mesmo, au-torizar o BCE a emprestar directamente o dinheiro aos estados, ou pelo menos limitar o lucro dos intermediários, para acabarmos com a, perdoem a expres-são, chulice dos bancos e a gula insaci-ável dos seus gestores e sócios.

Pronto, é isto, parece tão fácil. Agora só falta haver quem tenha a coragem de aplicar estas medidas. Pois, voltamos à estaca zero…

Eu cá não consigo deixar de lembrar aquele filme dos anos 80, “Ricos e Po-bres”, em que dois velhotes jogam com a vida de pessoas reais como se fossem fantoches, e os enriquecem e empobre-cem para seu belo prazer. Como a coisa anda, o dito já ganhou quase estatuto de documentário. l

“Manifesto dos Economistas Ater-rados”, é uma iniciativa de um grupo de economistas franceses de que se destacam André Orléan, Philippe Askenazy, Thomas Coutrot e Henri Sterdyniak, e foi publicado em Setem-bro de 2010. A tradução portuguesa do manifesto encontra-se publica-da na revista Courier Internacional, edição de Novembro de 2010, e está também disponível na internet pela revista electrónica “O Comuneiro”, no seguinte endereço: http://www.ocomuneiro.com/nr11_09_manifesto.html#_ftn0.

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Quanto a medidas, passam, incrivel-mente, por respon-sabilizar quem gere o dinheiro, sejam gestores, associa-dos, mercados, ou bancos, e impedi-los de fazerem uma auto-gestão que apenas defende os seus interesses. Não faz sentido nenhum que a PT, a EDP e outras empresas gi-gantes possam criar companhias fantas-mas em paraísos fiscais e fugir aos impostos devidos sobre o dinheiro que os contribuin-tes lhes deram.

Este mundo globa-

lizado e indiferente

que engole diaria-

mente milhões de

pobres, devora e

tritura, para depois

parir meia dúzia de

banqueiros e finan-

ceiros, aquelas cria-

turas que parecem

inchar com o cres-

cimento da miséria

alheia.

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6 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Macedo

Ladrões de carris safam-se com multaOs quatro homens apanhados pela GNR, em flagrante delito, quando furtavam carris no lugar do Lombo do Vale, em Castelões, não vão a julgamento, após acordo com a Refer a quem têm de pagar indemnização de 1500 euros e ainda uma multa de 1250 euros pelo ilícito, além da devolução do material roubado.

Hospital de Macedo em risco de perder análises clínicas

Uma administrativa entregou, no dia 12 de Novembro, sexta-

feira, de manhã, uma carta aos funcionários do laboratório de análises clínicas do hospital de Macedo de Cavaleiros, informan-do-os de que a partir desse mes-mo dia deixariam de trabalhar às 16 horas.

Esta medida apanhou se sur-presa quer os trabalhadores do serviço visado quer os profissio-nais de saúde dos outros servi-ços e cuja actividade profissional interage com o laboratório de analises clínicas.

Não foi preciso esperar mui-to para que as consequências desta medida se começassem a fazer sentir.

Antes convêm referir que o laboratório de análises do hospi-tal trabalha com todos o serviços e ou unidades do hospital, a re-cém criada unidade de cuidados paliativos ou de convalescença, o hospital de dia de oncologia, o bloco operatório, as unidades de internamento em medicina inter-na, otorrino e ortopedia e tam-bém como o serviço de urgência embora este serviço esteja sob a responsabilidade do Centro de

Saúde. Como a suspensão do ser-

viço aconteceu repentinamen-te, por decisão da direcção do Centro Hospitalar do Nordeste, CHNE, tutelado por Henrique Capelas, as suas implicações revelaram-se em todos os servi-ços do hospital, nomeadamente no bloco operatório que viu inter-venções cirúrgicas canceladas.

O facto de não estarem dis-poníveis análises ao sangue a partir de uma cerca hora, faz com que não seja possível realizar in-tervenções cirúrgicas em que o paciente corra o risco de neces-sitar de uma transfusão de san-gue. Durante alguns dias apenas se realizaram intervenções mais correntes, pouco evasivas ou de ambulatório.

No serviço de urgência hou-ve doentes directamente reenca-minhados para outras unidades do CHNE.

Nos próprios serviços de in-ternamento, medicina interna, otorrino ou ortopedia, pode ser necessário pedir análises fora do horário de “expediente”, nos dias imediatamente a seguir à medi-da tomada pela direcção, houve incerteza em relação aos proce-

dimentos a tomar já que, o corpo clínico não foi informado conve-nientemente. A solução passou a ser, e ainda é, a recolha da amostra sanguínea, chamar um motorista e encaminhar a amos-tra à unidade de Bragança onde é feita a análise que depois é co-municada ou disponibilizada ao médico que a solicitou através dos meios internos de informáti-ca, ou intranet

Mau estar interno

Viveu-se um clima de mau estar interno que foi motivado es-sencialmente pela decisão preci-pitada da direcção já que não ou-viu o corpo clínico, embora tenha um membro que o representa: Sampaio da Veiga.

A deciosão do encerramento do laboratório de análises veio a tornar-se desajustada e não consensual já que alguns dias depois o concelho de administra-ção voltou a repor o serviço até às 20 horas, mantendo os cortes no final da semana.

Uma das grandes apostas do CHNE é a realização de interven-ções cirúrgicas já que é uma das metas impostas pelos serviços

centrais do Estado. Ora mesmo com o serviço reposto até às 20 horas as intervenções cirúrgicas mais delicadas não se podem re-alizar durante o fim-de-semana, e há médicos a operar ao fim-de-semana no bloco operatório de Macedo que, embora recente, e ao que o Cipreste apurou, tem bons índices de produtividade.

Ao que a nossa reportagem apurou, o serviço foi reposto até às 22 horas e também ao sába-do.

Pelo que, de uma forma geral, já não há implicações na presta-ção dos cuidados de saúde por parte dos serviços da unidade de Macedo.

O que muda actualmente é o facto de deixarem de estar “de camada”, cobrindo as 24 horas por dia, os profissionais que trabalhavam no laboratório. Na prática, quando é necessária a realização de uma análise ao sangue, depois das 22 horas, a amostra é recolhida, é chamado um motorista e este transporta a amostra até Bragança sendo depois os dados disponibiliza-dos informaticamente. Até aqui, e neste horário, o procedimento era idêntico mas chamava-se o

técnico do laboratório, tendo este um período de 30 minutos para se apresentar, para depois fazer a análise requerida. Em termos de espera para o doente, e caso o motorista esteja disponível, o tempo de espera pode agora ser semelhante à situação anterior.

No caso das urgências, caso o paciente apresente sinais que indiciem alguma gravidade, e que seja necessário a recolha de uma amostra de sangue para análise, o procedimento não é efectuar a recolha e enviar a amostra mas sim enviar o doente.

O Cipreste tentou saber o que aconteceria se depois do motorista ter saído da unidade de Macedo, com uma amostra, em direcção a Bragança e antes de regressar, houver necessidade de recorrer novamente a esse serviço, qual é o procedimento a tomar? Há mais que um motorista? O doente tem que esperar para que o motorista regresse? Se só acontecer dali a uma hora em certos casos pode por em risco o paciente?

A nossa reportagem tentou explicações à direcção do Cen-tro Hospitalar do Nordeste mas este disse apenas que “não há comentários a fazer”. n

Manuel Pizarro, Secretá-rio de Estado Adjunto

da Saúde, inaugurou a Unida-de de Cuidados Continuados (UCC) do Hospital de Macedo de Cavaleiros. Esta unidade é a única no distrito a combinar as valências de convalescença e cuidados paliativos.

A UCC tem por objectivo minimizar o sofrimento dos

pacientes, especialmente os cuidados paliativos, onde as si-tuações terminais tornam mais difícil esta tarefa, sendo neces-sário equipamento e recursos humanos especializados para minorar a dor e conceder algu-ma tranquilidade e dignidade aos doentes na fase final da sua vida.

A unidade com 1800 metros

quadrados conta com oito ca-mas para cuidados paliativos e 18 para convalescença, e está incluída na rede nacional de cuidados paliativos. Numa re-gião em que o envelhecimento da população é acentuado, esta unidade não só é necessária como peca por ser a única.

Apesar de já se encontrar em funcionamento há um ano,

apenas agora se deram por terminadas as obras e se pro-cedeu à inauguração oficial, após um investimento de cerca de dois milhões de euros. Falta ainda assim, de acordo com os testemunhos das pessoas que lidam com estes doentes diaria-mente, pessoal especializado.

O secretário de Estado elo-giou o funcionamento da uni-

dade, mas não deixou de frisar que não está prevista a criação de mais camas para cuidados paliativos no distrito. Isto por-que o Ministério da Saúda con-sidera que a solução para a es-cassez e dificuldade de acesso aos cuidados paliativos passa por formar pessoal especializa-do para os fornecer no domicílio dos doentes. n

Cuidados Paliativos

Unidade única no distrito

Direcção retirou serviço depois das 16:00 h mas recuou na medida

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 7Macedo

As quatro escolas do primeiro ciclo do ensi-no básico de Macedo

de Cavaleiros foram desactiva-das mas as estruturas têm des-tino. Uma já esta ocupada, ou-tra está em remodelação para receber os novos inquilinos e as duas restantes têm futuras utilizações em vista.

A escola do Bairro de S. Francisco é a que menos sente a falta do reboliço das crianças, embora agora sejam adultos a utilizar aquele espaço. Cerci-mac - Cooperativa de Educa-ção e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Macedo de Ca-

valeiros, tem ali a funcionar cur-sos de formação para adultos.

A escola do Trinta também já tem uma utilização definida, vai ser ocupada pela Associa-ção Terras Quentes que deslo-calizará para ali os serviços que estão a funcionar no núcleo de Salselas da Albuferia do Azibo.

Neste momento estão a decorrer obras de adaptação à nova realidade da escola, no primeiro andar da estrutura irá funcionar o museu de arqueo-logia, quanto ao andar de cima este será reestruturado para poder receber a oficina de res-tauro. A mudança deverá acon-

tecer no principio de 2011.Com estas mudanças a As-

sociação Terras Quentes muda o seu centro de operações de Salselas para o centro urbano do concelho. A associação, que tem diversificado muito a sua acção desde a fundação, mantém uma forte componente na escavação arqueológica que se prevê que continue, principalmente no sítio da fraga dos Corvos, Vilar do Monte. Mestra altura, a necessi-dade de alojamento pode levar a um regresso a Salselas.

O destino das outras duas unidades de ensino: a escola do Toural e a escola da Praça da Ei-

ras, tem destino menos definido. O futuro das duas unidades pode passar pela instalação, também de unidades museológicas. A verificarem-se estas opções a escola da Praça das Eiras irá al-bergar uma unidade museológica de geologia, que estará ligada ao parque geológico de Morais en-quanto que a escola do Trinta irá receber o museu de história, de-dicado aquele que provavelmen-te é o mais ilustre macedense de sempre, embora ainda não tenha uma estátua na cidade: Martin Gonçalves de Macedo.

Recorde-se que Martin Gonçalves de Macedo, tem

sepultura à entrada da Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Ba-talha. A honra deve-a ao facto do escudeiro macedense, no 14 de Agosto de 1385, nos campos de S. Jorge, no desenrolar da Batalha Real, ter salvado a vida ao rei D. João I de Portugal.

O principal obstáculo parece ser a obtenção de financiamen-to para a implementação das unidades museológicas.

A acontecer, a cidade de Macedo ficaria com quatro uni-dades museológicas o que a colocaria em destaque no pa-norama da região. n

Todas as escolas primárias têm utilização prevista ou efectiva

Terras Quentes na escola do Trinta

Escola da Praça a mais antiga de Macedo pode vir a receber museu de geologia.

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8 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste | Publicidade

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 9Macedo

São necessários mais fisioterapeutas e os-teopatas para res-

ponder às necessidades dos idosos do concelho de Macedo de Cavaleiros. É esta a princi-pal conclusão do Fórum do pro-jecto “Envelhecer Activo” que decorreu no dia 4 de Outubro.

Este projecto leva às ins-tituições e aldeias do conce-lho de Macedo de Cavaleiros técnicos de várias áreas que realizam actividades com os idosos. A Câmara Municipal aproveitou a semana “Focus Week para o combate à pobre-za” para organizar um fórum de reflexão sobre o trabalho até agora realizado. O facto de es-tas deslocações às instituições serem voluntárias fazem com que os técnicos nem sempre consigam chegar a todo o lado,

sendo vários os utentes que nunca tiveram fisioterapia e osteopatia. Uma situação que a Câmara não pode colmatar, segundo Sílvia Garcia, vere-

adora da cultura. A vereadora defende ainda que estas inicia-tivas existem para fomentar o convívio local.

Neste momento existe ape-

nas uma fisioterapeuta, disponi-bilizada pelo centro de saúde.

A vereadora da cultura re-força a ideia de que este pro-jecto é feito da boa vontade dos voluntários e deve haver cada vez mais pessoas a par-ticiparem. Os utentes estão a ter actividades de educação fí-sica e musical, artes plásticas. O projecto “Envelhecer Activo” conta com o apoio de diversas instituições e associações e foi criado no início deste ano. Ape-sar das falhas apontadas pelos utentes, o balanço do trabalho feito até agora e debatido nes-te fórum é positivo na opinião de Sílvia Garcia. “O balanço é extremamente positivo. As pessoas gostariam de ter es-tes profissionais de saúde mais vezes mas é muito complicado para quem está do lado de cá.

É obvio que nós não podemos dar uma actividade com uma periodicidade semanal… Neste momento tem actividades men-sais e quinzenais, vamos ver de hoje para amanhã o que é que conseguimos fazer”

A Focus week para o com-bate à exclusão pretendeu ser uma semana dedicada à pobre-za e à exclusão social realizada no âmbito do ano europeu de combate a estes flagelos.

Para além deste fórum, a semana foi assinalada por mais actividades. Houve um dia de-dicado às pessoas de etnia cigana e outro aos problemas da toxicodependência. Em par-ceria com a GNR, foram ainda realizadas acções de sensibili-zação destinadas aos idosos, alertando-os para possíveis si-tuações de burla. n

Semana “Focus Week”

São necessários mais Fisioterapeutas e Osteopatas

Focus week deu espaço a idosos

O Centro Cultural de Macedo de Cavalei-ros acolheu no passa-

do dia 10 de Outubro o Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica. Uma iniciativa a cargo da Corporação de Bombeiros local e do INEM que reuniu médicos, enfermeiros, bombeiros e outros profissionais de forma a partilhar experiências e perceber as ne-cessidades da região ao nível da emergência médica. Um distrito grande e com vias de comunica-ção nem sempre nas melhores condições foram os principais obstáculos apontados pelos pro-fissionais de emergência médica. Uma situação que tem sido preo-cupação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no-meadamente através da Viatura de Emergência Médica (VMER), disponível em Bragança desde 2006 e do recentemente criado Heliporto em Macedo de Cava-leiros que coloca o Heli 3, um helicóptero mais pequeno que o habitual mas mais rápido, à dispo-sição do distrito. Desde que este serviço foi iniciado, em Abril deste ano, o Heli3 já foi solicitado 157 vezes. Luís Meira, director regio-nal do INEM, realça as vantagens do Heli3: "Efectivamente temos um meio rápido, que em muito pouco tempo consegue colocar uma equipa muito diferenciada no local”. O director considera, por isso, que o heli3 trouxe uma “me-lhoria significativa da capacidade de intervenção do distrito."

No entanto, para João Vences-lau, comandante dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros, o prin-cipal problema é outro:"Vivemos

num distrito com uma população envelhecida que ao ligar 112, tem alguma dificuldade em respon-der a todas as perguntas de um protocolo que está previamen-te definido e estabelecido pelo próprio Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). Nós temos que inverter esta situação porque há muita gente que vai para as urgências hospitalares que muitas vezes precisava de um socorro diferenciado e que não vai nestes meios porque tem essa tal dificuldade em ligar para

o 112. Há aqui um papel muito grande também a nível da cida-dania, a nível de educar, sensibi-lizar e fornecer informação à po-pulação", refere o comandante.

A iniciativa superou as ex-pectativas e é para repetir, refere Rómulo Pinto, responsável pela secção desportiva dos bombei-ros voluntários de Macedo de Cavaleiros e pela organização do evento. "Consideramos que um tema actual, de interesse e complexo como o de emergência médica, representaria um desafio

significativo para a nossa região", refere o responsável.

O evento contou com parti-cipantes de todo o país e não apenas ligados a corpos de bombeiros, segundo a organi-zação do evento também houve participações de civis, principal-mente estudantes das áreas de saúde. O número de participan-tes superou as expectativas e teve que ser limitado pela orga-nização, mesmo assim, estive-ram em Macedo de Cavaleiros, cerca de 260 pessoas entre par-

ticipantes e acompanhantes.No dia anterior à realização do

fórum, a Secção Desportiva dos Bombeiros de Macedo, organizou um curso sobre Suporte Prático de Vida mais DAE (Desfibrilador Automático Externo). Havia um li-mite de 18 inscrições que ficaram preenchidas uma semana após a divulgação do cartaz. A organi-zação abriu mais duas vagas e contou com 20 participantes. Esta adesão mostra o interesse dos bombeiros na actualização de co-nhecimentos profissionais. n

Primeiro Fórum Distrital de Emergência Médica

Cuidados de emergência em debate

Jorge Poço abordou o tema dos acidentes vasculares cerebrais

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10 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

O Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros é o

melhor do país a implementar o Programa Integrado de Educa-ção e Formação (PiEF).

Evitar o abandono escolar e fazer regressar alunos que já abandonaram o ensino é o objectivo do PIEF. Os profes-sores sinalizam os alunos em risco que passam a ser acom-panhados por técnicos de in-tervenção, psicólogos e edu-cadores sociais. Os resultados têm sido positivos, daí que o Agrupamento seja considera-do pelo Programa de Inclusão e Cidadania (PIEC) aquele que melhor implementou o programa no ano lectivo de 2009/2010. Paulo Dias explica o sucesso do agrupamento no combate ao insucesso esco-lar: “O empenho que os pro-fessores colocam no dia-a-dia no trabalho com estes alunos, mas sobretudo pelo facto de serem cursos que têm recurso a meios materiais e humanos acrescidos, o que permite dar um acompanhamento e não dar muito espaço para que os alunos percam o ritmo".

O Presidente do Agrupa-mento de Escolas de Macedo

realça ainda o facto de os téc-nicos se deslocarem onde for preciso para garantir o êxito do programa: “Estamos a falar de alunos que têm problemas com a escola, que têm problemas de retenção repetida, que têm pro-blemas de abandono escolar e

não havendo uma interacção muito próxima, muito constan-te e continuada, a tendência é para eles voltarem a abandonar a escola”.

Inserido no programa PIEF, o agrupamento está a desen-volver um novo projecto. “O

novo projecto envolve o em-preendedorismo e a criação de uma empresa por parte dos alu-nos. Estamos a pensar avançar com uma empresa que vá fazer a construção de instrumentos musicais”, revela Paulo Dias. O projecto está ainda em estudo

e terá de passar por uma fase de candidaturas. São precisos recursos humanos especiali-zados na construção de instru-mentos musicais. No entanto, Paulo Dias conta avançar com a iniciativa até ao final do ano lectivo. n

Na implementação do Programa Integrado de Educação e Formação

Agrupamento de Escolas de Macedo é melhor do país

Agrupamento escolar dá exemplo nacional

Um homem de 64 anos foi condenado a 6 anos

de prisão e ao pagamento de 5000 euros de indemnização, por abuso sexual de um rapaz de 12 anos.

Os factos remontam ao ano de 2008, quando a mãe do ra-paz descobriu os abusos, ao apanhar em flagrante o agressor com o menino na garagem de um vizinho. Após esta descober-ta, o menino acabou por confes-sar que já tinham ocorrido duas tentativas anteriores.

O agressor, Jaime Castelo, estava acusado de um crime de violação agravada, um de abuso sexual na forma consumada e dois de abuso sexual de forma tentada, e o tribunal deu como provado que abusava do ra-paz e que tal deixou marcas na criança, resultando numa pertur-bação psicológica que o deixou mais agressivo e desconfiado.

O arguido declarou-se cul-pado em apenas uma das acu-sações de abuso, aquela pela qual foi apanhado em flagrante,

e nega as outras. A mãe admitiu a sua satisfa-

ção pela pena incluir prisão efec-tiva, mas não deixou de mostrar revolta por serem apenas 6 anos, tempo que considera ser pouco em comparação aos da-nos e sofrimento que causou ao seu filho.

Condenado poderá ficar em liberdade

A defesa promete recorrer da sentença, portanto tudo indi-ca que o agressor aguarde em liberdade a conclusão do pro-cesso de recurso.

Caso semelhante é o da Casa Pia, onde os arguidos, apesar de também condenados a prisão efectiva, não cumprirão a pena enquanto decorre o seu processo de recurso. Isto acon-tece porque em Portugal, se a interposição de recurso ficar registado em acta no tribunal, a pena atribuída é suspensa até à última instância do novo pro-cesso. n

Tribunal de Macedo de Cavaleiros

Seis anos de prisão para pedófilo

Jaime Castelo está em liberdade

A ideia apenas agora vai ser posta em prá-

tica, mas já tem vindo a ser pensada há algum tempo. Finalmente concretiza-se o intercâmbio de alunos do Ins-tituto Piaget, neste caso o de Angola, e já se encontram 27 alunos angolanos de enfer-magem a efectuar o estágio em Trás-os-Montes.

A iniciativa partiu do Insti-tuto Piaget de Macedo de Ca-valeiros, e previa inicialmente a passagem dos alunos pelo hospital de Bragança, mas tal não se concretizou devido a problemas e atrasos na ob-tenção de vistos, e optou-se por repartir o estágio em dois meses, em três hospitais. As-sim, após 30 dias nos servi-ços do hospital de Vila Real, os alunos passarão os res-tantes 30 dias nos hospitais e centros de saúde de Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

A grande vantagem para os alunos estrangeiros é o contacto com novas metodo-logias e tecnologias, muitas vezes escassas ou inexisten-tes em Angola que poderá ter clínicas privadas bem equipa-das, mas tal não é a realidade nos hospitais públicos. n

Instituto Piaget

Angolanos fazem estágio em Portugal

Macedo

Fotografia: Eugénia Pires

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 11

Entrevista

Cipreste - Como é que surgiu a ideia de organizar o fórum?

Rómulo Pinto - A organiza-

ção do fórum foi uma ideia mais arrojada da Secção Desportiva dos Bombeiros, pois toda a gen-te achava que ía ser impossível estando nós no interior, onde os apoios são poucos. E foi mais por uma troca de experiências, de aquisição de conhecimentos de emergência relativos à nossa região, pois muitas pessoas des-conheciam os meios do INEM e foi preciso promovê-los…

É importante haver actuali-zação de conhecimentos de emergência médica para uma melhor prestração dos primei-ros socorros?

É bastante importante, é disso que se trata. Tivemos, por exem-plo, o Dr. Jorge Poço a falar de AVCs, da primeira abordagem a um doente de avc, do grau de força e dos procedimentos a fazer durante o transporte e no local, avaliar a tensão, os sinais vitais. E isso para um bombeiro é primordial.

Mas isso não faz parte da for-mação geral dos bombeiros?

Sim mas os conhecimentos dependem da reciclagem que fazem do seu curso, e cada bombeiro pode investir depois na sua evolução pessoal.

Qual o balanço do fórum?Muito positivo mesmo, e tive-

mos também sorte em ter o apoio do INEM ao longo do fórum.

Que tipo de apoio foi esse?Foi um apoio técnico. Os ora-

dores foram uma grande ajuda, ao explicarem o que cada meio do INEM faz, algo que não só os cidadãos desconhecem, mas também muitos bombeiros não percebem. É necessário saber o que cada meio faz especifica-mente e quando deve ser accio-nado.

É para continuar esta inicia-tiva?

Vamos ver, estamos em tem-pos de medidas de austeridade, mas se houver apoios é para continuar. Mas dá trabalho a or-ganizar.

Para além de dar trabalho é caro?

Tivemos sorte porque nós não tivemos custos com aos prelec-tores, a eles os nossos agradeci-

mentos. É claro que as lembran-ças e outros, no fim tudo tem o seu custo, mas as entidades locais e distritais, querem-nos apoiar, o município, a junta de freguesia, portanto vamos lutar para que volte a acontecer.

A secção desportiva está di-ferente de há uns meses para cá, o quê que mudou?

Bastante, posso lhe dizer que foi constituida a 15 Maio de 2007, há 3 anos atrás, embora a actual direcção esteja a exercer funções apenas a partir de Maio deste ano. O nosso objectivo é a anga-riação de fundos monetários, que têm como finalidade a aquisição de material audio-visual e infor-mático para a sala de convívio, e a instalação de um ginásio des-portivo no futuro quartel.

Para quando é a mudança para o novo quartel?

Andamos a trabalhar mas não sabemos quando é que vamos para lá.

Os bombeiros estão ansio-sos por irem para lá? Como é que os bombeiros vêm o quar-tel que foi construido para eles, algo por que andam a batalhar há mais de dez anos, e que depois aparece e está lá, diz Bombeiros Voluntários, mas continua por ocupar?

Cada vez que nós bombeiros passamos por ali, perguntamo-nos quando é que vamos para lá. Acho que todos os bombeiros de Macedo merecem um quartel digno. Passou-se a imagem de que os bombeiros não querem ir para o novo quartel, o que na realidade não é verdade. Nós, quando tiver o quartel pronto, ire-mos para lá. Com as condições todas iremos, e não antes. Nes-te momento, mudar-nos-iamos para um quartel vazio. Qualquer pessoa que passa pelo quar-tel antigo percebe que não tem condições, mas também o novo ainda não tem.

Mas vocês estão a preparar-se para a mudança, daí a cria-ção da secção desportiva.

Eu quando era jovem, e fui para o quartel, não havia con-dições para nos distrairmos. Nós trabalhamos como volun-tários, os únicos profissionais que existem são os motoristas e o operador da central, de resto os bombeiros funcionam com gente voluntária e temos que pensar em como vamos distrair-

nos, como é que conseguimos manter-nos dentro do quartel. Por acaso a internet sem fios também é um objectivo nosso, o café club já tem, e o ginásio tam-bém vai ser para nós nos destra-írmos, bem como uma sala do bombeiro digna, com dvd, cd e uma consola de jogos para eles estarem lá.

Mas então esses equipamen-tos não fazem parte do projec-to base do novo quartel?

Quanto ao ginásio, ele existe apenas como espaço, o equipa-mento não está incluído. Quan-to à sala dos bombeiros, existe também, mas nós não sabemos se a direcção tem a capacidade financeira para adquirir o mate-rial mencionado, portanto nós tomamos a iniciativa.

E como está a decorrer esse objectivo?

Sim, com muita ajuda, parti-cularmente dos nossos patroci-nadores.

Qualquer pessoa que vá à vossa página de internet pode ver os eventos organizados por vocês, o BTT, os lanches, os convívios, e nota-se uma certa camaradagem entre os bombeiros, especialmente nas fotografias…

A nossa direcção está aqui para unir e promover o conví-vio entre os bombeiros. Faltava essa parte também, de juntar, a união, algo que apenas agora foi conseguido. Também promove-mos algumas actividades para a população em geral e, na nossa opinião, já diminuimos a distân-cia dos bombeiros à população. Por exemplo, as pessoas julgam que em termos de incêndios flo-restais, o bombeiro Ganha por cada fogo, algo que não corres-ponde à realidade. O bombeiro tanto ganha por estar a trabalhar como por estar ali sentado, e que para nós é uma mais valia estar parado sem fazer nada. Mas nós não queremos estar parados. Queremos fazer actividades.

A nossa primeira actividade foi a Caminhada ao Santo Ambrósio e, cada vez que há um bombeiro lesionado do corpo activo, neste caso um motorista que estava em coma mas já recuperou, fa-zemos uma caminhada e vamos rezar. A segunda actividade foi um convivio de bombeiros e os seus familiares. Depois tivemos algo que nunca se tinha feito, a primeiro encontro Distrital dos

Bombeiros Mergulhadores, em que tentamos promover o mer-gulho criativo, o resgate, apro-veitando os recursos existentes na nossa zona, conseguimos reunir alguns mergulhadores de fora, do Porto e de Viseu, e de-mos assim um impulso à nossa região. De seguida fizemos a festa de São João, de forma a manter as tradições, envolvendo os bombeiros e a restante co-munidade. Posso lhe dizer que tinhamos cerca de 40 bombeiros a assar sardinha, e os restantes eram todos cidadãos comuns que quiseram ajudar, pagando coinco euros.

E é significativa a adesão dos bombeiros a estes even-tos?

Depende dos eventos, mas normalmente temos uma boa adesão. Nem toda a gente tem o mesmo gosto, e por isso ten-tamos diversificar e difinir priori-dades

Quais são os objectivos para o futuro?

Nós propusemo-nos, aquan-do do acto eleitoral, a fazer uma actividade por mês. Mas neste momento estamos a fazer duas, e já chegamos a fazer três.Isto dá muito trabalho e as pessoas também têm o seu trabalho e a família. De futuro, vamos realizar um magusto dia 28 de Novem-bro, um torneio de setas, um jan-tar de Natal, que vamos ser nós também a promover. E mais para a frente, um BTT e vamos expe-rimentar também um rali todo-o-terreno. Gostaria de referir que o mandato vai a meio, já foram cumpridas duas das actividades prometidas, falta apenas a insta-lação da internet sem fios no con-vívio do quartel, para que todos os bombeiros tenham acesso às novas tecnologias, assunto do qual estamos a tratar e em breve

teremos a questão resolvida.

Como são as relações com o comando e com a direcção?

São excelentes. Antes de me candidatar à secção desportiva pedi a ajuda de todos no coman-do, apesar de saber que nem todos se davam, propus um ob-jectivo e consegui o seu apoio.

O facto de haver atritos afecta o corpo de bombeiros?

Não, porque quem tem a ver directamente com os bombeiros em si é o quadro do comando.

Então a secção desportiva dos bombeiros é a prova de que com trabalho, e sem gran-des recursos, é possível dina-mizar as coisas.

É por isso que temos conse-guido andar e dignificar o nosso corpo de bombeiros, a nossa direcção, o nosso concelho. Já promovemos actividades com bastante impacto regional e nacional, como por exemplo o fórum que foi considerado num blog um dos melhores a nível nacional, o que para a cidade também é bom. E o encontro dos mergulhadores também teve um impacto significativo, nunca tinha sido organizado, e tivemos muita aderência. Mas digo sempre para darmos um passo de cada vez, e juntos trabalha-se com mais força. É com esfoço e união que vamos conseguir alcançar os nossos objectivos, que são comuns, tor-nando-nos assim numa grande família. Conseguimos valorizar e dinamizar a nossa secção e a associação, bem como a corpo-ração, e é agradável o trabalho que nós desempenhamos e os bombeiros voltaram a ser fa-lados pelos melhores motivos. E queria agradecer por me ter dado esta oportunidade de falar sobre a secção. n

Entrevista a Rómulo Pinto, Presidente da Secção Desportiva dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros

Diminuímos a distância dos bombeiros à população

“Cada vez que nós bombeiros passamos por ali [novo quartel], perguntamo-nos quando é que vamos para lá. Passou-se a imagem de que os bombeiros não querem ir para o novo quartel, o que na realidade não é verdade. Nós, quando tiver o quartel pronto, iremos para lá. Com as condições todas iremos, e não antes. Neste momento, mudar-nos-iamos para um quartel vazio. Qualquer pessoa que passa pelo quartel antigo percebe que não tem condições, mas também o novo ainda não tem.”

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12 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Regional

Concurso Acredita Portugal

Turismo no Tua chega ao pódio

Apesar da degradação evidente da linha do Tua, e da sua quase

certa desactivação como con-sequência da construção de uma barragem na foz do Tua, ainda há quem acredite na di-namização e aproveitamento de um dos mais belos trajectos ferroviários de Portugal.

E aparentemente ideias há muitas, como provou Daniel Conde, ao ganhar o terceiro prémio no concurso da Asso-ciação Acredita Portugal, com um projecto de dinamização turística do Vale do Tua a partir da linha turística. De entre mais de 700 projectos a concurso, o

júri votou no mérito e aplica-bilidade do projecto de Daniel Conde, que prevê a criação de um passeio turístico a começar no Douro Vinhateiro, passando pela Terra Quente transmon-tana, seguida da Terra Fria, para terminar na Puebla de Sanábria, na vizinha Espanha. Seria assim necessário não só preservar a linha do Tua como recuperar a linha até Bragan-ça, para completar a ligação a Espanha.

Este trajecto seria fei-to de comboio, e os turistas poderiam usufruir de várias paragens para visitarem as diferentes localidades, onde

teriam oportunidade de visitar o património histórico, natural, cultural e gastronómico. Deste modo, ficariam todas as ofertas turísticas da região em desta-que e ao alcance de um só passeio.

Este é o sonho de Daniel Conde, membro do ao Movi-mento Cívico pela Linha do Tua, que gostaria de ver o seu projecto aplicado e concretiza-do, apesar do eminente encer-ramento da linha do Tua. Ainda assim, não deixou de frisar que mesmo com a submersão par-cial da Linha, o projecto conti-nua viável, embora com meno-res potencialidades. n

Brragem do Sabor continua a gerar polémica

O Secretário de Es-tado do Ambiente, Humberto Rosa,

confirmou o envolvimento da Associação de Municipios do Baixo Sabor (AMBS) na gestão do Fundo Ambiental associado à barragem do Bai-xo Sabor. Assim, é dada aos municípios afectados pela construção da barragem uma possibilidade de participarem na gestão.

No início de Setembro, surgiu a possibilidade de o Fundo Ambiental ser gerido pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), algo que preocupou os municípios que viam assim os fundos a transitarem para Lisboa. Tal foi confirmado pela Ministrério do Ambiente o mês passado, ao entregar a ges-tão do fundo ao presidente do ICNB, em parceria com uma comissão estratégica de oito entidades, deixando assim de fora os organismos da região, com interesses próprios a de-fender quanto à aplicação do dinheiro.

Em resposta aos protestos da AMBS, realizou-se uma nova reunião para tentar con-vencer o Governo a recuar na decisão de entregar o fundo ao ICNB.

Novo acordo inclui municipios

A compensação da EDP pelo impacto ambiental na re-gião corresponde a 3% dos futuros lucros da barragem, e conta já com mais de um milhão de euros acumulado. São cerca de 500 mil euros por ano cujo destino irá agora contar com a opinião e interesse do AMBS, constituido pelos municipios de Alfandega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo.

Para Aires Ferreira, Pre-sidente da AMBS, trata-se de uma correcção ao despacho anterior, em que o presidente do ICNB continua o responsá-vel máximo, mas são criados os mecanismos para premitir uma gestão de proximidade dos fun-dos, nomeadamente ao alterar a composição do conselho es-tratégico e ao conceder-lhe po-derde decisão vinculativo.

No entanto, Humbero Rosa salienta que se trata apenas de um esclarecimento para acabar com as dúvidas levantadas pelo despacho anterior, que deixava de fora o Ministério da Cultura e os representantes da região, e garantiu a elaboração de novo contracto que permite a ges-tão de ptoximidade. n

Barragem do Sabor

Gestão local do Fundo Ambiental

Linha do Tua mantem o seu potencial turistico

O deputado comunista Agostinho Lopes apre-

sentou ao parlamento um pro-jecto eleaborado pelo PCP, que visa diminuir a sinistralidade dos acidentes com tractores nas zo-nas rurais. Este ano ocorreram cerca de 25 acidentes com 30 vítimas mortais na zona Norte e Centro do país, sendo o dis-trito de Bragança o detentor do maior número de casos.

A abordagem do projecto é pedagogica, e passa por uma tentativa de educar os agriculto-

res, sobre os perigos da estrada e na utilização das máquinas, sensibilizando assim para uma maior cautela e atenção. Os meios propostos para divulgar a informação passam por cam-panhas publicitárias nos vários orgãos de comunicação, bem como parcerias com as juntas de freguesia, médicos de famí-lia e paróquias, mais próximas ao agricultor.

Tem vindo a ser crescente o número de sinistros e inclui muitas vezes crianças e me-

nores. De facto, as vítimas são geralmente idosas acompanha-das de crianças. A maior predo-minancia no Norte deve-se pro-vavelmente às características mais acidentadas do terreno, bem como às condições atmos-féricas mais adversas, com o sol abrasador de verão e o gelo no inverno.

A proposta mereceu o con-senso no parlamento, e tudo indica a sua aprovação na vo-tação que deverá decorrer nas próximas semanas. n

Proposta ao parlamento

Acabar com os acidentes de tractor

Tua sem classificaçãoA classificação da Linha Ferroviária do Tua foi arquivado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueo-lógico (IGESPAR). Este troço ferroviário deixa de estar em vias de classificação, ficando sem efeito a zona geral de pro-tecção que iria abranger os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Mirandela, Alijó e Murça.

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 13

Pequenos electrodimésticosArtigos de decoração

LoiçasVidros e cristais

BrinquedosArtigos de papelaria

Artigos de limpesaCalçado

Vestuário Artigos de iluminação

BricolageFerramentas

a maior loja de utilidades da região

Estacionamento próprio

Via Sul - Macedo de Cavaleiros

Já abriu!

Publicidade

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14 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Economia

O apoio da autarquia macedense às as-sociações do con-

celho vai ser reduzido 20% em relação à subvenção recebida no ano anterior, salvo situações pontuais que justifiquem um investimento suplementar por parte da autarquia ou situações em que a prestação de um ser-viço de carácter social possa estar em causa.

Esta medida de contenção orçamental deve-se ao facto do Estado diminuir também as suas transferências para a au-tarquia. O que se reflecte numa contenção de despesas por parte da autarquia.

Os clubes de futebol vão ver os seus apoios reduzidos em apenas 10%. A responsável pelo pelouro da Cultura da autarquia macedense, Sílvia Garcia, justi-ficou esta diferença com o facto de os planos de actividade dos clubes de futebol serem reparti-dos por dois anos, estando ago-ra em vigor o plano de activida-des para o ano 2010 e 2011, e terem sido elaborados antes do anúncio das medidas de conten-ção. As outras associações do concelho elaboram planos de actividades anuais coincidentes com o ano civil e sentirão os cor-tes no ano de 2011.

Segundo Sílvia Garcia, as reduções de apoio não porão em causa as actividades das associações.

Vão ser abrangidas por esta medida todas as associações do concelho que tem planos de

actividades apoiados pela au-tarquia independentemente da sua acção ser de carácter des-portiva cultural ou social.

Questionada sobre se os cortes se estenderão à acção

da autarquia, Sílvia Garcia dis-se à nossa reportagem que os cortes ainda serão maiores no caso da autarquia, com visibili-dade por exemplo numa dimi-nuição do numero de espec-

táculos e/ou eventos culturais já na próxima agenda cultural. Sílvia Garcia justifica a diminui-ção de actividades pela autar-quia e não pelas associações pelo facto de estas trabalharem por voluntariado e terem outras formas de financiamento para além do financiamento da au-tarquia.

O cipreste falou com An-tónio Carneiro presidente da Associação dos Caretos de Po-dence, uma das mais activas e representativas do concelho, sobre a diminuição da verba do município, ao que este afirmou que a diminuição não põe em risco o cumprimento normal do plano de actividades, já que a associação procura outras for-mas de financiamento que pos-sibilitem a realização das suas actividades, relembrando que o apoio autárquico apenas cobre uma parte do orçamento da as-sociação.

Futebol não se manifesta

O impacto destas medidas será maior no caso dos clubes de futebol por estes terem uma dependência maior da autar-quia em termos de verbas. O Cipreste tentou contactar o pre-sidente do clube Atlético de Ma-cedo de Cavaleiros, Fernando Melo, mas este não se mostrou disponível para prestar declara-ções sobre o assunto. A mesma atitude teve o presidente do Morais Futebol Clube. n

Contenção de despesa obriga autarquia a diminuir apoio a associações

Associações com menos 20%

Foi pequena a adesão de participantes no IV

Concurso Nacional de Ovinos de Raça Churra Badana, que decorreu no dia 31 de Outu-bro em Macedo de Cavaleiros. O mau tempo pode ter sido o principal motivo da fraca ade-são. Apenas há cerca de 30 produtores destes animais, em todo o país.

O evento foi organizado pela Associação Nacional de Criadores de Raça Churra Ba-dana com a colaboração do Município de Macedo de Ca-valeiros e decorreu no Parque municipal de exposições.

A raça é considerada em perigo de extinção, apenas tem cerca de 3500 efectivos inscritos. Contudo houve um significativo aumento destes animais que em 2009 apenas registavam 2.911 Animais ins-critos no Livro Genealógico e 20 Criadores.

Apesar da adesão a orga-nização considerou à comuni-cação social que os objectivos foram cumpridos.

Os vencedores foram Amândio Rodrigues Sá, do Brinço, na categoria de fêmeas e machos de um ano e Amílcar Fernandes Galhardo, de Ta-lhas, na categoria de carneiros e ovelhas. n

Concurso Nacional

Churra Badana cresceu 20%

Ovelha Churra Badana

Sexta Fase da MODCOMEncontram-se abertas, de 22 de Novembro a 3 de Janeiro, a sexta fase do Sistema de Incentivos a Projectos de Moder-nização do Comércio (MODCOM), e poderão candidatar-se as entidades que apresentaram candidaturas à 5ª fase e cum-pram um dos três requisitos: tenham sido consideradas elegíveis não apoiadas, com pontuação final igual ou superior a 47, ou com uma execução não superior a 40% do investimento total.

Manifestações culturais das associações não deverão estar em risco

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“Escola Iniciativa” é o nome do concurso dirigi-do aos alunos do ensino

básico do Agrupamento de Es-colas de Macedo de Cavaleiros e pretende promover um espírito empreendedor nos alunos atra-vés de um desafio surpresa.O concurso surge no seguimento da acção “Empreendedorismo e Inovação” que começou no anterior ano lectivo. Os estu-dantes vão organizar e planear eventos ou viagens. Aqueles que organizarem melhor a ac-ção podem vê-la passar do pa-pel à realidade.

“Quando se candidatam ain-da não sabem qual é o desafio. Os desafios vão estar ligados à organização de eventos. Um dos desafios é a organização de uma visita em que os alunos vão ter de se organizar, plani-ficar a visita, custos, dormidas, paragens...”, adianta Paulo Dias.

As equipas podem ser

constituídas por toda a turma, tendo um número mínimo de 6 elementos no 1º e 2º ciclos e máximo de 6 no 3º ciclo. É uma forma de garantir que todos podem ter acesso ao prémio, refere o presidente do Agrupa-mento, uma vez que se fosse alargado a grupos maiores po-deria a verba em questão não conseguir cobrir os gastos a todos os elementos. No entanto pode haver alguma flexibilidade e se necessário os alunos terão de pagar a diferença.

As inscrições já terminaram, agora os alunos vão conhecer o desafio que vão ter pela fren-te. Paulo Dias realça ainda o facto de o projecto desenvolver o trabalho em equipa.“A ideia é que, ao terem o grupo forma-do, eles percebam que estão a trabalhar como as próprias em-presas trabalham. Um vai tra-balhar uma área, outro vai tra-balhar outra e, no conjunto vão fazer esse trabalho de grupo”,

salienta. Apesar de tudo, Paulo Dias, admite que nem sempre é fácil organizar actividades do género: “É sempre complica-do lançar um concurso destes para os jovens porque eles não sabem qual é o desafio e não têm bem a noção da dimen-são que este concurso pode ter”. Mas os resultados de anos anteriores são positivos e incentivam a organizar mais concursos. “No ano passado um grupo de alunos chegou mesmo a ir aos Picos da Eu-ropa ao ficar em primeiro lugar a nível da Península Ibérica”, acrescenta o presidente.

O concurso “Escola Inicia-tiva” promete promover o em-preendedorismo nos estudan-tes de Macedo de Cavaleiros. A iniciativa está a cargo da Câ-mara Municipal, santa Casa da Mesiricórdia, Agrupamento de Escolas e Projecto EmpreEn-du e ao todo vão ser atribuídos 4500 euros em prémios. n

Economia

Sou dono de uma empre-sa metalúrgica e sinto

necessidade de investir na formação dos meus fun-cionários do departamento de produção. Existe algum

apoio a que possa recorrer?

RESPOSTA

No que diz respeito à va-lorização do conhecimento e formação da população, exis-te um Programa Operacional do QREN específico: o POPH – Programa Operacional Po-tencial Humano, que tem como prioridades estratégicas:

Superar o défice es- 9trutural de qualificações da população portuguesa, con-sagrando o nível secundário como referencial mínimo de qualificação;

Promover o conheci- 9mento científico, a inovação e a modernização do tecido pro-dutivo;

Estimular a criação e 9a qualidade de emprego, pro-movendo o empreendedorismo

e os mecanismos de apoio à transição para a vida activa;

Promover a igualda- 9de de oportunidades, através de estratégias integradas de base territorial para a inserção social de pessoas vulneráveis à exclusão social e combate à desigualdade de género.

A actividade do POPH estru-tura-se em 10 eixos prioritários:

1. Qualificação inicial – visa elevar a qualificação dos jovens, promovendo a sua em-pregabilidade e a adequação das suas qualificações;

2. Adaptabilidade e aprendizagem ao longo da vida – visa o reforço da qualificação e da adaptabilidade da popula-ção adulta activa;

3. Gestão e aperfeiçoa-mento profissional – visa o de-senvolvimento de um conjunto de formações associadas a processos de modernização or-ganizacional, reestruturações e reconversões produtivas que contemplem a promoção da ca-pacidade de inovação, gestão e modernização das empresas e administração pública;

4. Formação avançada – visa reforçar a capacidade

científica e tecnológica na-cional através da formação e integração profissional de RH altamente qualificados e alar-gar a base de recrutamento do ensino superior;

5. Apoio ao empreen-dedorismo e à transição para a vida activa – visa promover o nível, a qualidade e a mobi-lidade do emprego, através do incentivo ao espírito empresa-rial, à integração no mercado de trabalho, à transição de jo-vens para a vida activa e à mo-bilidade;

6. Cidadania, inclusão e desenvolvimento social – visa criar condições de maior equi-dade social no acesso a direi-tos de participação cívica, à qualificação e educação e ao mercado de trabalho;

7. Igualdade de género – visa a integração da pers-pectiva de género nas estraté-gias de educação e formação, a igualdade de oportunidades no acesso e na participação no mercado de trabalho, a conci-liação entre a vida profissional e familiar e a prevenção da vio-lência de género;

8. Algarve – engloba a

adaptação das acções dos ei-xos anteriores à região do Al-garve;

9. Lisboa – engloba a adaptação das acções dos ei-xos anteriores à região de Lis-boa;

10. Assistência técni-ca – destina-se a suportar um conjunto de actividades asso-ciadas à gestão, acompanha-mento e controlo interno, ava-liação e informação do POPH.

O tipo de apoio de que ne-cessita pode ser enquadrado nas Acções 3.1.1 – Programa de Formação Acção PME ou 3.2 – Formação para a Inova-ção e Gestão, ambas perten-centes ao Eixo Prioritário 3.

A acção 3.1.1 engloba a criação de um plano de for-mação integrado, mediante a

verificação das necessidades formativas dos funcionários da empresa (incluindo os seus dirigentes) e desenvolvimento de acções de formação que permitam ultrapassar essas li-mitações e adequar as capaci-dades dos funcionários às exi-gências do próprio sector.

A acção 3.2 inclui o desen-volvimento de acções de for-mação de reciclagem, de actu-alização e de aperfeiçoamento dos conhecimentos dos funcio-nários, não visando, por isso, a concretização de um plano de formação que englobe toda a organização, mas apenas al-guns funcionários.

Os apoios concretos dis-ponibilizados por estas acções serão explicitados no próximo consultório. n

Consultório de Fundos Comunitários

POPH

Concurso “Escola Iniciativa”

Prémios de 4500 euros

Concurso Escola Iniciativa

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16 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Cultura

Ler enquanto toma um café. É o objectivo da iniciativa “Pausa para

a Leitura”. A partir do dia 5 de Novembro dois cafés de Mace-do de Cavaleiros passaram a ter livros em cima das mesas

que qualquer pessoa pode pe-gar e ler. A ideia já existe nou-tros locais do país e do mun-do. Em Macedo surge através da Associação Potrica. Luís Pereira, um dos dirigentes da associação refere quais são os

objectivos da iniciativa: “Levar até junto das pessoas autores, literatura e queríamos privi-legiar os autores da região, dando-lhes primazia. Autores de Macedo de Cavaleiros, de Mirandela, de Bragança, entre outros”.

A interculturalidade e o con-tacto com autores até então desconhecidos é promovida através desta actividade desig-nada “crossing book”.

“Qualquer pessoa poderá levar o livro do café e depositá-lo noutro. É natural que regres-sem a Macedo outros livros. É uma troca constante que permite uma viagem de livros pelo mundo fora”, explica Luís Pereira.

Os livros estão identifica-dos com um marcador onde se explica a actividade desig-nada “Pausa para a leitura”. A iniciativa conta com o apoio do

Instituto do Livro e das Bibliote-cas, Biblioteca de Macedo de Cavaleiros e de algumas edi-toras. Mais livros são sempre bem-vindos. “Neste momento já reunimos centenas de livros que nos permitem esta primei-ra fase. Continuamos a pedir livros, porque envolve apenas a doação”, acrescenta Luís Pe-reira.

A Associação Potrica pre-tende levar ainda a actividade a Mirandela, Torre de Moncorvo e Bragança.

Baús de Leitura

Livros disponíveis para lei-tura não são novidade em al-guns cafés macedenses, que aderiram à iniciativa “Baús de Leitura” promovida pela Biblio-teca de Macedo de Cavaleiros, que tem em circulação quase 1000 livros em diversos pon-

tos do concelho. Cada Baú da Leitura tem cerca de 20 livros, que a biblioteca municipal leva ao encontro do público que de uma maneira em geral não fre-quenta a biblioteca. À iniciativa aderiram oito cafés de Mace-do de Cavaleiros, bem como o Centro de Saúde, Hospital e Unidade de Serviços Continu-ados, Centro Social D. Abílio Vaz das Neves e Cercimac. Os baús da leitura estão presentes também nos jardins-de-infância e nas escolas de primeiro ciclo.

Também aqui os livros po-dem ser levados para casa e lidos no ambiente que mais aprouver ao leitor, basta que providenciem isso com o res-ponsável do local onde está o baú. Mas há uma grande dife-rença em relação ao crossing book: os livros têm que voltar sempre ao baú. É assim uma biblioteca. n

Macedo de Cavaleiros

“Crossing Book”

Sou e Sinto

Virgínia do Carmo publica novo livro

“Sou e Sinto” é o nome do mais recente livro da autora macedense Virgínia do Car-mo. Apresentado no dia 22 de Outubro no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, o livro reúne textos de poesia onde o imaterial é o mais importante.

A autora releva o carácter intimista do novo livro: “É de facto aquilo que eu sou e que eu sinto. Não necessariamente

o aquilo que eu sinto mas mui-tas vezes aquilo que eu sinto através dos outros. A maneira como o mundo me toca através dos outros. A maneira como os afectos dos outros me atingem, a maneira como os vejo, como os interpreto, como eu os sinto também. É um livro algo intimis-ta. Não é uma poesia ligada à matéria nem muito à terra, nem nada disso. É uma poesia mais

de afectos, de sensibilidade, é intimista…”.

A maior parte dos textos es-tão publicados no blogue da au-tora “ Lugar dos sentidos”(http://olugardossentidos.blogspot.com). Desde que foi criado há um ano e meio, o blogue teve cerca de 7 mil visitas. A interac-tividade que a ferramenta elec-trónica permite incentiva a es-critora a escrever mais. “ Sem

dúvida que sim, porque senti-mos que alguém do outro lado nos lê. Embora não se escreva para sermos lidos porque este é o meu segundo livro e eu nunca deixei de escrever.”Há um in-centivo e um estímulo quando sentimos que aquilo que nós escrevemos tem eco no sentido e na percepção das outras pes-soas, é interessante”, confessa a autora. O livro “Sou e Sinto”

já tinha sido apresentado em Lisboa, no dia 18 de Setembro. Conta com um prefácio da es-critora Mel de Carvalho e teve uma tiragem de 500 exempla-res. A editora “Temas originais” está a distribuí-lo em todo o país. Virgínia do Carmo reve-lou ainda à comunicação social que, brevemente, pondera vir a publicar um livro de Contos. n

II Encontro de Grupos CoraisDecorre no dia 27 de Novembro, o II Encontro de Grupos Corais, às 21.45h no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros. A organização é da Associação Cultural Macedense, e estarão presentes o Grupo Coral Macedense, da Associação Cultural, que lança o seu primeiro CD, o Coro Infantil de Miranda do Douro e o Grupo de Cantares da Casa do Professor de Macedo de Cavaleiros.

Sou e Sinto

Às vezes acordo durante a noite com a sensação das tuas mãos na minha pele, espalhadas, imensas, cobrindo-me todo o corpo com essa meiga melodia de carícias que se aprendem com o toque... Às vezes sinto que vestem as minhas, e que me pou-sam no colo, como se quisessem pertencer-me.

Às vezes ocupam-me os olhos, e percorrem-me o pen-samento, comasas de seda a roçarem a memória... Às vezes, as tuas mãos voltam...- Como se soubessem da falta que me fazem...-

in Sou e Sinto

Livros e café, uma combinação proposta pela Potrica

fotografia: jchacim.blogspot.com

Virginia do Carmo na apresentação do Sou e Sinto

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| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 17

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada neste Cartório Notarial, no dia onze de Novembro de dois mil e dez, com início a folhas vinte e quatro do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Vin-te e nove, ISIDRO JOSÉ FERREIRA (N.I.F. 154 796 310), solteiro, maior, natural da freguesia de Romeu, concelho de Mirandela, onde reside no lugar de Vimieiro, declarou: Que, com ex-clusão de outrem, é dono e legítimo possuidor dos seguintes imóveis, sitos na freguesia de Romeu, concelho de Mirandela, a que atribui o valor global de CEM EUROS.

UM: Prédio rústico composto por lameiro de feno, com a área de duzentos e oitenta metros quadrados, sito no lugar de Carvalhinho, a con-frontar de Norte com Justino dos Anjos Lopes, de Sul com António Maria Guerra, de Nascente com Ribeira e de Poente com Valentim César Pires, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Mirandela, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 1242, com o valor patri-monial de2,09€, a que atribui o valor de CIN-

QUENTA EUROS.DOIS: Prédio rústico composto por terra com

oliveiras, com a área de mil setecentos e oitenta metros quadrados, sito no lugar de Ameixoeira, a confrontar de Norte com José Bernardo, de Sul com Justino Lopes, de Nascente com Flo-rinda da Anunciação e de Poente com José Ber-nardo Lopes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Mirandela, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 977, com o valor patrimonial de 14,22€, a que atribui o vaior de CINQUENTA EUROS.

Que os identificados imóveis vieram à pos-se e domínio do justificante, por compra verbal que fez a António Jacinto Lopes e mulher Maria de Lurdes Abreu de Vasconcelos, já falecidos, residentes que foram no Porto, compra essa não reduzida a escritura pública e que ocorreu entre os interessados no ano de mil novecentos e oitenta e seis.

Que desde essa data e até hoje, seja, há mais de vinte anos, é o justificante que, sem oposição de quem quer que seja, possui os mencionados prédios, os utiliza, cultivando-os, limpando-os, colhendo os respectivos frutos, usando e fruindo de todas as utilidades pro-porcionadas pelos mesmos, considerando-se e sendo considerado como seu único dono, na convicção de que não lesa quaisquer direitos de outrem, tendo a sua actuação e posse sido de boa fé, sem violência, sem interrupção e à vista da generalidade das pessoas que vivem na fre-guesia onde se situam os prédios.

Que essa posse em nome próprio, pacífi-

ca, contínua e pública, desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição dos mencionados prédios por usucapião, que expressamente in-voca, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo predial, dado o modo de aquisição não poder ser provado pelos meios extrajudiciais normais

Mirandela, onze de Novembro de dois mil e dez.

O/A Colaborador/a (Assinatura ilegível)Conta registada sob o n° 2192.

A Arte e o Modo de Abordar o

seu ChefeGeorges Perec

Jogo de palavras com o conteúdo de uma frase planeada por um funcioná-rio que pretende pedir um aumento ao seu chefe. As variantes são hilariantes e imperdíveis.

“É o nosso dinheiro. São os nossos impostos. Saiba como o Estado os tem vindo a gas-tar.” Carlos Moreno, Juíz Conb-selheiro do Tribunal de Contas expõe os gastos do estado.

ouvir

ver

ler

Depois do sucesso nos “Amália Hoje”, Paulo Praça regressa com o novo álbum “Dobro dos Sentidos”, cujo primeiro single “Um Amor Alheio” já estreou. O novo disco conta com alguns con-vidados especiais, como Rui Reininho e Mónica Ferraz (Mesa). De sublinhar ainda a autoria das letras, a cargo do escritor Valter Hugo Mãe. n

Dobro dos SentidosPaulo Praça

Blues & The CityVários

Colectânea, em três cds do melhor dos Blues, pas-sando por todos os grandes nomes, e outros tantos algo desconhecidos. Boa quali-dade de som, especialmente nos temas mais antigos, pos-tomamente remasterizadfos em formato digital. Bem pre-sente a alma e a sonoridade típica dos Blues, melancólica e cheia de ritmo.n

PredadoresRobert Rodriguez

NJão seja masoquista nem se martirize. Atente mais às coisas positivas da sua vida e verá que o mau ficará relativi-zado e mais suportável.

Capricórnio

22 de Dezembro 19 de Janeiro

Capacidade de comunicação incrementada, portanto qpro-veite para marcar reuniões, ir ou simplesmente ter a conver-sa que tem vindo a adiar.

Aquário

20 de Janeiro 18 de Fevereiro

No seu caso o amor está em alta. É uma boa altura para se aprofundar uma ligação exis-tente, ou para começar uma nova relação.

Peixes

19 de Fevereiro 20 de Março

Altura para expressar livremen-te e mostrar o seu verdadeiro eu. Mais energia e vitalidade, irão fazê-lo sentir necessidade de reconhecimento.

Carneiro

21 de Março 20 de Abril

Sentirá o apelo do prático, das coisas mundanas e tenderá a concentrar-se nas tarefas do quotidiano e do trabalho.

Touro

21 de Abril 20 de Maio

Aproveite esta sua fase mais descontraída e aproxime-se das crianças, pois a sua jovia-lidade é um óptimo escape à rotina.

Gémeos

21 de Maio20 de Junho

Sentirá maior equilíbrio entre os seus, família e amigos pró-ximos. É natural que alguém o procure para ajudar em assun-tos financeiros.

Caranguejo

21 de Junho 22 de Julho

As forças do subconsciente parecem afectar actitudes e emoções. Tente aceitar esta fase mais conturbada e peça desculpa aos que afectar.

Leão

23 de Julho 22 de Agosto

Mais energia mental, significa uma maior capacidade intelec-tual e criatividade acentuada. Mas lembre-se de descansar o corpo.

Virgem

23 de Agosto22 de Setembro

A segurança financeira assu-me um papel importante na sua vida, mas lembre-se de pedir ajuda nas situações de maior aperto.

Balança

23 de Setembro 22 de Outubro

Uma maior capacidade de pre-monição e adivinhação pode-rão criara situações de medo e conflito, trazendo ansiedade e tristeza.

Escorpião

23 de Outubro 21 de Novembro

Analise o seu passado, atitu-des e decisões de forma cal-ma e analítica. Vai ver que tal exercício lhe trará uma tran-quilidade interior.

Sagitário

22 de Novembro 21 de Dezembro

horóscopo

A história de um amor desecontrado, que taravessa uma década e dois continen-tes, contada no ritmo rápido e envolvente de Zambujal.

Como o Estado Gasta o Nosso

DinheiroCarlos Moreno

Robert Rodriguez apre-senta Predadores, um novo e arrojado capítulo na saga ‘Predador’. Adrien Brody en-cabeça o elenco como Roy-ce, um mercenário que, relu-tantemente, lidera um grupo de soldados de elite numa misteriosa missão num pla-neta alienígena.

À exepção de um médi-co caído em desgraça, todos são assassinos impiedosos – mercenários, gangsters, criminosos e membros de esquadrões de morte – “pre-dadores” humanos.

Mas quando começam a ser sistematicamente caçados e eliminados por um inimaginavelmente cruel alienígena, torna-se claro que agora eles são as presas. n

Dama de EspadasMário Zambujal

JORNAL CIPRESTE N.º 1418 DE Novembro de 2010

CARTÓRIO NOTARIAL

da Notária Lic. Cecília Vaz Ribeiro

Rua de Santo AntónioMirandela

JORNAL CIPRESTE N.º 1418 DE Novembro de 2010

CARTÓRIO NOTARIAL DE

ALFÂNDEGA DA FÉ

Justificação

referida freguesia de Vilarchão, onde residem na Rua Vale de Nabais, n°18, declararam que, com exclusão de outrém, os seus representa-dos são donos e legítimos possuidores de:

N°1 - Prédio rústico, terra de centeio, vinha e oliveiras, no sítio de Rodela, freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com a área de dois mil seiscentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, nascente com Belmiro da Pureza Borges, sul e poente com José António Borges, inscrito na matriz sob o artigo 248, com o valor patrimonial igual ao atribuído de dezoito euros e setenta cêntimos;

N°2 - Prédio rústico, terra com oliveiras e sobreiros, no sítio de Sobralhal, freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com a área de mil metros quadrados, a confrontar do norte com Henrique José Marcelino, nascen-te e sul com Amador Inocêncio e poente com herdeiros de Belmiro Pureza Borges, inscrito na matriz sob o artigo 2168, com o valor pa-trimonial igual ao atribuído de oito euros e oito cêntimos;

N°3 - Prédio rústico, terra para centeio com oliveiras e amendoeiras, no sítio de Sobralhal, freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, com a área de dois mil e setecentos metros quadrados, a confrontar do norte com Amador Inocêncio, nascente com Alexandre Nascimento Pereira, sul com Maria Patrocínio Martins e poente com Ismael Santos Borges, inscrito na matriz sob o artigo 2172, com o valor patrimonial igual ao atribuído de vinte e sete eu-

ros e trinta e oito cêntimos;Que estes prédios não se encontram descri-

tos na Conservatória do Registo Predial de Al-fândega da Fé. Que tais prédios vieram à posse dos seus representados, por doação verbal que lhes foi feita, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por seu pai e sogro Amador Pires, já falecido, residente que foi na dita fre-guesia deVilarchão, não tendo nunca sido cele-brada a competente escritura. Que, assim, os seus representados possuem os referidos pré-dios, há mais de vinte anos, em nome próprio, de boa fé, na convicção de serem os únicos donos e plenamente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrém, à vista de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o início dessa pos-se, a qual sempre exerceram sem interrupção, cultivando-os, plantando-os, colhendo-lhe os frutos, pagando as respectivas contribuições, tudo como fazem os verdadeiros donos, sendo por isso uma posse de boa fé, pacífica, contí-nua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião, não tendo todavia, dado o modo de aquisição, documento que lhes permita fa-zer prova do seu direito de propriedade perfeita. Está conforme o original, na parte transcrita.

Cartório Notarial de Alfândega da Fé, 23 de Setembro de dois mil e dez

A Ajudante, Maria Luísa Fonseca Lopes Le-gomha

Conta: Art0204.4 23€Registado sob o nº: (não mencionado)

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de justificação, lavrada neste Cartório na data de hoje, exarada a folhas trinta e seis, do Livro de Notas para Escrituras Diversas nú-mero cento e vinte e sete- "D", HUMBERTO JOSÉ PIRES, casado, natural da freguesia de Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, onde reside na Rua do Curral Grande, n°3, na quali-dade de PROCURADOR de LUCINDA DO CÉU PIRES, NIF.212227688 e marido VALDEMAR JOSÉ ROQUE, NIF. 178063126, casados no re-gime da comunhão de adquiridos, naturais da

Cultura

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18 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Cavalgaduras... Excelente artigo de Clara Ferreira Alves:

«Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adqui-riram, que usem dinheiros pú-blicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoal-mente face a um público acríti-co, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui ca-sas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção eco-nómica - aos seus altos fun-cionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e pas-saram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a activi-dade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os po-dres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora con-tínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles par-tilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para ga-rantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em por-tuguês significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a ac-ção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.

Os portugueses, na sua in-finita e pacata desordem exis-tencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal

alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vive-mos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agi-tação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às úl-timas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de ante-mão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-go-tas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituá-mo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importan-tes são "abafadas", como se vi-vêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coi-sas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos com-putadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notí-cias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Ope-ração Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao-caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da cor-rupção dos árbitros à corrup-ção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí al-guém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e de-

vidamente punidos?Vale e Azevedo pagou por

todos?Quem se lembra dos doen-

tes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático? Quem se lembra das crianças assassinadas na Ma-deira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, aca-bou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autar-ca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que ti-vemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos de-senvolvimentos vão do esca-broso ao incrível, alguém acre-dita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contri-buindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe acon-teceu? E todas as crianças de-saparecidas antes delas, quem as procurou? E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negó-cios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portu-gal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Mar-tins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem im-

portância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negli-gência? Exerce medicina? E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é ape-nas cega, é surda, muda, coxa e marreca. Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arqui-vados nas gavetas das nossas

consciências e condenados ao-esquecimento.

Ninguém quer saber a ver-dade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem sa-beremos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas fica-ram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segre-dos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e repu-tações, de dinheiros e negocia-ções que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa.»

A solta na nethttp://noticias.sapo.pt/cartoon/

http://portugalglobal.blogspot.com/2009/03/nao-admira-que-num-pais-assim-emerjam.html

http://andremendes.wordpress.com/2009/10/28/premio-nobel-da-coragem/

Prémio Nobel da Coragem

Page 19: Cipreste 14, Nov 2010

| Cipreste | 25 de Novembro de 2010 | 19Agora nunca se sabe quando as obras estão, ou não estão, ou estão a fazer o que já está feito!

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… Portugal padece de um grande mal: o mal dos “direitos adquiridos” (Miguel Sousa Tavares)

… Corremos o risco de até 2013 andarmos no vale dos aflitos e depois passarmos para o desfiladeiro da tragédia (José Gomes Ferreira, comentador de economia, da SIC)

… Num concelho onde falta tanta coisa há obras que dois anos depois de finalizadas, se voltam a fazer?

… Pedro Gaspar, ao volante de um Datsun 1200 Sedan, na ganhou a prova Troféus Históricos de Borgonha, na França?

... A Associação Terras Quentes e o Museu de Arqueologia vêm para Macedo? Não Sabia? Então é porque ainda não leu a página 14 do Cipreste!

… A autarquia macedense ultrapassou o limite legal estabe-lecido para o endividamento em 1.638.013,80€ (Diário da Repú-blica, Despacho nº 15198/2010)

Vou ver se a central de camionagemjá está feita

Se calhar deviam ter protecção para andar no telhado da câmara. Mas há pelo menos um que não cai de certeza…

Há meses que é um tijolo que fecha esta tampa de caixa de electricidade. Estarão a por à prova a curiosidade de alguma criança? Fica na rua que liga o edifício Maria da Fonte aos prédios do DyD.

http://noticias.sapo.pt/cartoon/

.... havia aqui um sudoku, mas a cimeira da NATO não brinca...

Page 20: Cipreste 14, Nov 2010

20 | 25 de Novembro de 2010 | Cipreste |

Outrora visto como um exemplo de su-cesso a seguir, a Irlanda está agora à beira do abismo. O frágil Governo de coligação entre Fianna Fail e o Green Party tem em mãos uma crise económica sem precedentes que põem em causa a soberania do país e a estabilidade financeira da Zona Euro. A his-toria é simples, a banca arrisca e faz grandes empréstimos para investimentos questioná-veis, os reguladores ignoram os excessos dos financiadores e os contribuintes acabam por pagar a conta.

Edward Doran, de 20 anos de idade, trabalha e estuda arduamente. Mas até ao final do mês o seu futuro será decidido por forças que vão além do seu controlo e que, aparentemente, vão também para além do controlo do seu governo. É que a Irlanda está á beira da banca rota. Alguns economistas acreditam que já lá está.

As últimas semanas não têm sido fáceis. A espe-culação sobre a necessidade de recorrer ao Fundo europeu de estabilização financeira para enfrentar a grave crise económica, que abala a nação desde 2008, empurrou os custos de empréstimo a um nível histórico, criando uma desconfiança dos investidores na retoma do país. Esta quarta-feira os títulos da dí-vida soberana com maturidade a 10 anos atingiram um máximo de 8,25%.

Até agora as manifestações de trabalhadores e de estudantes têm sido pacíficas. Muitos deles di-zem-se até chocados com as imagens televisivas da violência provocada pelos seus colegas ingleses nas ruas de Londres. No entanto, afirmam que o mesmo poderá brevemente ocorrer em Dublin.

O economista Morgan Kelly prevê um aumento maciço de hipotecas e uma rebelião popular violen-ta. Os primeiros sinais já são visíveis, afirma Kelly

numa entrevista a um canal de televisão nacional. “A ansiedade e falta de esperança da população está a dar origem ao desespero e á cólera que transforma-rão a política Irlandesa num tipo de “Tea Party” como o dos Estados Unidos, dando origem a uma nova extrema-direita anti-Europa”.

Mark, de 26 anos, licenciado em marketing, está convicto que o Governo é o culpado pela situação actual do país, por financiar os bancos que “empres-tavam quantias ridículas de dinheiro a amigos para investir em imobiliário”. Acrescenta ainda que “os es-tudantes não deveriam de ter de pagar pelos erros do governo e dos amigos banqueiros”. Mark acredita que “vai levar anos para resolver esta confusão”. “O futuro da minha geração está a ser destruído”, con-clui.

Morgan Kelly veio já afirmar que os cortes na função publica são “um mero exercício de futilidade” quando comparados aos 50 mil milhões aprovados para financiar a banca. “Qual é a lógica em redistri-buir gastos, se o iceberg das perdas bancarias nos vai levar ao fundo de qualquer das maneiras?” O economista conclui com convicção que “nos próxi-mos seis a sete anos, cada centavo de imposto pago por cidadãos irlandeses será para cobrir os gastos da banca”. n

LegendaEm CimaFritem os Banqueiros!

Em Cima e à DireitaDesemprego fora de controle.É tempo de agir!

Mundo

MundoIrlanda um caso de sucesso à beira do abismo

No dia 7 de Setembro o Governo vai apresentar um orça-mento com a mais severas reduções na historia irlandesa. Os detalhes estão ainda por revelar, mas as figuras são as-sustadoras:

- A Irlanda tem de facturar 15 mil milhões de euros até 2014;- No próximo ano tem de poupar 6 mil milhões de euros;- A despesa pública vai baixar em 4.5 mil milhões de euros em 2011;- O aumento de impostos tem de gerar 1.5 mil milhões de euros nos próximos 12 meses.

Texto e Imagem Paulo Nunes dos Santos

Reportagem publicada na edição impressa do jornal Expresso no dia 20/11/2010

A República da Irlanda é um estado soberano e ocupa cerca de 5/6 da ilha da Irlanda, dado que extremo Norte da ilha, a Irlanda do Norte, pertence ao Reino Unido.Desde 2008 que o país atravessa uma crise económica que começou com o colapso do seu mercado imobiliário, arrastando os bancos e investimentos dele dependentes.