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INPE-11475-RPQ/776 O CLIMA DE NATAL Adauto Gouveia Motta INPE São José dos Campos 2004

Clima de Natal

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Livro sobre o clima da cidade de Natal, Brasil.

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  • INPE-11475-RPQ/776

    O CLIMA DE NATAL

    Adauto Gouveia Motta

    INPE So Jos dos Campos

    2004

  • i

    SUMRIO

    LISTA DE TABELAS ................................................................................................... ii

    LISTA DE FIGURAS .................................................................................................... iii

    LISTA DE GRFICOS ................................................................................................. iv

    INTRODUO ............................................................................................................. 1

    CAPITULO I Algumas consideraes sobre a atmosfera de Natal ............................ 4

    1.1 Implicaes de uma Atmosfera poluda ................................................................ 5

    1.2 Outras consideraes elucidativas ......................................................................... 8

    CAPTULO II NATAL: Um clima que nos delicia .................................................... 10

    CAPTULO III Tabelas representativas dos fenmenos ............................................. 13

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 113

    DESTAQUE I Mdias anuais de distribuio de chuvas no Estado do Rio Grande do Norte ..............................................................................................

    114

    DESTAQUE II Composio da Atmosfera ................................................................ 116

    DESTAQUE III A camada de oznio e a radiao UV-B solar .................................. 119

    APNDICE A Aspectos ambientais na precipitao da costa brasileira .................... 131

    APNDICE B Projetos abordando aspectos da atmosfera brasileira, envolvendo o INPE, NASA e universidades brasileiras, trs dos quais Natal teve participao efetiva ..........................................................................

    139

    APNDICE C A metodologia empregada para levantamento do clima mdio da cidade de Natal ..................................................................................

    164

    APNDICE D A massa de dados que deu origem transcrio para o processamento eletrnico deste trabalho ............................................

    173

  • ii

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 Direo do vento. 15

    TABELA 2 Intensidade do vento (em ns). 30

    TABELA 3 Visibilidade. 46

    TABELA 4 Nuvens. 56

    TABELA 5 Condies gerais do tempo. 85

    TABELA 6 Presso atmosfrica ao nvel da estao. 99

    TABELA 7 Temperatura. 103

    TABELA 8 Precipitao. 107

    TABELA 9 Umidade relativa. 111

    TABELA 10 Descrio bsica de fototipos de pele humana. 125

    TABELA 11 Faixa de tempo, em minutos, que pode causar queimaduras, com diferentes ndices de UV-B.

    126

  • iii

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1 Imagem do satlite LANDSAT 7. 10

    FIGURA 2 Esquema simplificado do ciclo da gua. 12

    FIGURA 3 - Formas que as nuvens podem assumir 54

    FIGURA 4 Mesorregies do Estado com nveis mdios de precipitao. 114

    FIGURA 5 Atmosfera com suas diversas regies e caractersticas. 118

    FIGURA 6 Camada de Oznio vista do espao. 119

    FIGURA 7 Espectro eletromagntico. 120

    FIGURA 8 Camada de Oznio. 122

    FIGURA 9 Progresso do buraco de oznio. 123

    FIGURA 10 Mdia anual de irradiao solar no Brasil. 125

    FIGURA 11 Trem de lanamento de radiossonda juntamente com sensor.

    128

    FIGURA 12 Localizao das instalaes do Laboratrio de Oznio. 129

    FIGURA 13 Mesoescale Convective Complex Triangle. 141

    FIGURA 14 reas de operao do projeto TRACE-A. 159

    FIGURA 15 Indicao das percentagens de focos de queimadas. 162

  • iv

    LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1 Direo do vento Janeiro 16

    GRFICO 2 Direo do vento Fevereiro. 17

    GRFICO 3 Direo do vento Maro 18

    GRFICO 4 Direo do vento Abril. 19

    GRFICO 5 Direo do vento Maio 20

    GRFICO 6 Direo do vento Junho. 21

    GRFICO 7 Direo do vento Julho 22

    GRFICO 8 Direo do vento Agosto. 22

    GRFICO 9 Direo do vento Setembro. 23

    GRFICO 10 Direo do vento Outubro. 24

    GRFICO 11 Direo do vento Novembro. 25

    GRFICO 12 Direo do vento Dezembro. 26

    GRFICO 13 Intensidade do vento Mdia Mensal. 31

    GRFICO 14 Intensidade do vento Velocidade e Direo. 32

    GRFICO 15 Intensidade do vento Janeiro. 33

    GRFICO 16 Intensidade do vento Fevereiro. 34

    GRFICO 17 Intensidade do vento Maro 35

    GRFICO 18 Intensidade do vento Abril. 36

    GRFICO 19 Intensidade do vento Maio 37

    GRFICO 20 Intensidade do vento Junho. 38

    GRFICO 21 Intensidade do vento Julho 39

    GRFICO 22 Intensidade do vento Agosto. 40

    GRFICO 23 Intensidade do vento Setembro. 41

    GRFICO 24 Intensidade do vento Outubro. 42

    GRFICO 25 Intensidade do vento Novembro. 43

    GRFICO 26 Intensidade do vento Dezembro. 44

    GRFICO 27 Visibilidade Janeiro e Fevereiro. 47

    GRFICO 28 Visibilidade Maro e Abril. 48

  • v

    GRFICO 29 Visibilidade Maio e Junho. 49

    GRFICO 30 Visibilidade Julho e Agosto. 50

    GRFICO 31 Visibilidade Setembro e Outubro. 51

    GRFICO 32 Visibilidade Novembro e Dezembro. 52

    GRFICO 33 Nuvens baixas. 57

    GRFICO 34 Nuvens baixas Janeiro. 58

    GRFICO 35 Nuvens baixas Fevereiro. 59

    GRFICO 36 Nuvens baixas Maro 60

    GRFICO 37 Nuvens baixas Abril. 61

    GRFICO 38 Nuvens baixas Maio 62

    GRFICO 39 Nuvens baixas Junho. 63

    GRFICO 40 Nuvens baixas Julho 64

    GRFICO 41 Nuvens baixas Agosto. 65

    GRFICO 42 Nuvens baixas Setembro. 66

    GRFICO 43 Nuvens baixas Outubro. 67

    GRFICO 44 Nuvens baixas Novembro. 68

    GRFICO 45 Nuvens baixas Dezembro. 69

    GRFICO 46 Todas as nuvens. 70

    GRFICO 47 Todas as nuvens Janeiro. 71

    GRFICO 48 Todas as nuvens Fevereiro. 72

    GRFICO 49 Todas as nuvens Maro 73

    GRFICO 50 Todas as nuvens Abril. 74

    GRFICO 51 Todas as nuvens Maio 75

    GRFICO 52 Todas as nuvens Junho. 76

    GRFICO 53 Todas as nuvens Julho 77

    GRFICO 54 Todas as nuvens Agosto. 78

    GRFICO 55 Todas as nuvens Setembro. 79

    GRFICO 56 Todas as nuvens - Outubro. 80

    GRFICO 57 Todas as nuvens Novembro. 81

  • vi

    GRFICO 58 Todas as nuvens Dezembro. 82

    GRFICO 59 Condies gerais do tempo Janeiro. 86

    GRFICO 60 Condies gerais do tempo Fevereiro. 87

    GRFICO 61 Condies gerais do tempo Maro 88

    GRFICO 62 Condies gerais do tempo Abril. 89

    GRFICO 63 Condies gerais do tempo Maio 90

    GRFICO 64 Condies gerais do tempo Junho. 91

    GRFICO 65 Condies gerais do tempo Julho 92

    GRFICO 66 Condies gerais do tempo Agosto. 93

    GRFICO 67 Condies gerais do tempo - Setembro. 94

    GRFICO 68 Condies gerais do tempo Outubro. 95

    GRFICO 69 Condies gerais do tempo Novembro. 96

    GRFICO 70 Condies gerais do tempo Dezembro. 97

    GRFICO 71 Presso atmosfrica ao nvel da estao. 100

    GRFICO 72 Temperatura do ar psicrmetro Bulbo seco e mido. 104

    GRFICO 73 Temperatura do ar psicrmetro Ponto de orvalho e registro extremos.

    105

    GRFICO 74 Soma de precipitao (por turno e mensal). 108

    GRFICO 75 Nmero de dias com precipitao (por turno e mensal). 109

    GRFICO 76 Umidade relativa. 112

  • INTRODUO A idia de compor uma publicao com dados confiveis sobre o clima de Natal, surgiu das constantes solicitaes vindas de pesquisadores nacionais e estrangeiros, visando programao ou adequao de pesquisa pretendida com as condies climticas no momento do lanamento de foguete, balo ou at medidas feitas a partir de equipamentos instalados em solo. Sempre ramos instados a fazer levantamento singular de dados mdios sobre temperatura, precipitao, presso, vento, etc., a fim de atender uma certa convocao para participar de eventos de medidas em um certo ms, hora... e a trabalheira era grande. Ocorreu-nos que, a Estao Meteorolgica instalada desde a II Guerra Mundial nas dependncias da Base Area de Natal, antigo CATRE, que fazia, e faz at hoje, a cada hora (nas horas cheias), dentro dos padres internacionais preconizados pela OMM (Organizao Mundial de Meteorologia), observaes meteorolgicas com todos os dados de observao de superfcie, seria exeqvel estabelecer mdias para cada fenmeno a ser observado em visualizao grfica, para melhor entendimento dos nmeros, e publicar tais informaes visando atender no s os pesquisadores interessados em informaes para seus estudos, mas tambm buscando uma divulgao ampla para os interessados de todos os naipes. Do ponto de vista estatstico, para um valor anual representativo do clima de Natal, precisaramos trabalhar bem menos dados do que foi feito, pois foram processados dez anos de observaes de superfcie, feitas hora-a-hora, nas vinte e quatro horas de cada dia. Isto, alm das observaes especiais registradas sempre que um fenmeno singular modificava a situao de utilizao da pista de pouso. O ciclo solar e suas influncias no clima como um todo, foi abstrado neste trabalho. Vale salientar que um simples boletim horrio de observao meteorolgica de superfcie composto de medidas feitas na instrumentao e mais s observaes visuais do observador, o qual foi devidamente treinado para ver os fatos registrveis. Para este estudo foram selecionados os fenmenos meteorolgicos mais significativos para aplicaes gerais e os mais solicitados para a maioria dos usos habituais, ou seja, foram selecionados os fenmenos: - VENTO - direo e intensidade; - VISIBILIDADE - em quilmetros; - DESCRIO GERAL DO TEMPO - isto , chuva, granizo, trovoada,

    etc. - NUVENS - em oitavos de cu, registrando as nuvens baixas, mdias e

    altas, bem como, o total de encobrimento do cu;

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    - PRESSO ATMOSFRICA - em milibares ao nvel da estao; - TEMPERATURA DO AR em graus C, compreendendo temperatura

    do bulbo seco e do mido (psicrmetro) e temperatura do ponto de orvalho;

    - PRECIPITAO - em milmetros e dcimos de milmetros; - UMIDADE RELATIVA em percentual. O volume de dados trabalhados foi assustador, s sendo possvel uma concluso vlida, graas a uma boa equipe de analistas de sistemas, um grupo de digitao qualificado e um computador de porte. Basta sintetizar: 10 (anos) x 365 (dias) x 24 (horas) x 35 (o nmero de informaes singulares contido em cada boletim meteorolgico horrio) = 3 milhes de informaes processadas. A validade e seriedade dos dados contidos neste trabalho so um fator de grande relevncia para a qualificao de seus resultados. Outros estudos podem apresentar nmeros um pouco diferentes. Entretanto, a forma como os dados deste estudo foram gerados um fator de garantia das informaes. O Ministrio da Aeronutica mantm uma escola (Escola de Especialistas de Aeronutica) aonde so formados os sargentos especializados em Meteorologia, aps dois anos de Curso. um pessoal que mantm coerncia e padronizao de informaes em cima de mesmos instrumentos, instrues e formulrios. Conseqentemente, os dados so essencialmente uniformes e de mesmo formato, com cada fenmeno registrado sempre na mesma posio do formulrio, o que permite tabulao e digitao dos mesmos com muita segurana. Outra observao a ser feita a de que a Estao Meteorolgica geradora destes dados est localizada nas dependncias da Base Area de Natal, ocupando a mesma localizao desde sua criao. Desprezveis diferenas podero ser notadas em relao a medidas feitas em outro local, mas nada que possa tirar as curvas dos seus desvios padres. Mesmo porque a Base Area de Natal hoje est contido na rea considerada a grande NATAL. Nos captulos I e II so apresentadas as razes do CLIMA DE NATAL se apresentar to ameno, sempre. No captulo III so mostradas as TABELAS e GRFICOS com os dados processados. Em seguida so apresentados 3 DESTAQUES:

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    - O primeiro mostrando as MDIAS ANUAIS DE DISTRIBUIO DE CHUVAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, para melhor entendimento da mdia de chuvas em Natal;

    - O segundo uma apresentao das diversas regies da atmosfera,

    visando situar o leitor quanto aos processos e fenmenos; - O terceiro uma anlise sobre A CAMADA DE OZNIO E A

    RADIAO UV-B SOLAR. O INPE de Natal dispe hoje do mais completo Laboratrio de Oznio instalado no Brasil, que opera h 24 anos, possuindo uma invejvel srie histrica de dados. A camada de oznio um assunto que assusta a todos. Alertas e recomendaes o mnimo que um rgo pblico como o INPE deve fazer.

    Como complementao deste trabalho segue-se quatro APNDICES: - O primeiro a reproduo do trabalho da Dra. Lycia Nordemann

    denominado IMPACTOS AMBIENTAIS NA PRECIPITAO DA COSTA BRASILEIRA, com anlise da situao do ar respirado em NATAL;

    - O segundo um resumo dos vrios projetos conduzidos no Brasil em

    convnio com a NASA; - O terceiro a apresentao da METODOLOGIA EMPREGADA PARA

    LEVANTAMENTO DO CLIMA MDIO DA CIDADE DE NATAL; - O quarto a apresentao do modelo de formulrio que o Ministrio da

    Aeronutica usa para registrar as OBSERVAES DE SUPERFCIE. Aqui vale ressaltar a participao competente dos Eng. Marcos Alberto da Silva (analista master) e Roberto Morais, bem como da Chefe de Secretaria, Marise Dlia Carvalho, do analista Romualdo Alves e do desenhista Antonio Medeiros Filho, todos dos quadros efetivos do INPE de Natal, sem as quais seria impossvel apresentar resultados to eloqentes. E aqui est o produto: O CLIMA DE NATAL.

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    Captulo I - ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE A ATMOSFERA DE NATAL

    Natal , na realidade, a nica cidade brasileira a possuir toda uma histria de pesquisas levantadas dentro de sua atmosfera, durante os ltimos 35 anos. Desde a instalao do Centro de Lanamentos da Barreira do Inferno (CLBI), rgo do Ministrio da Aeronutica, que so lanados foguetes com cargas-teis cientficas visando, atravs de vos suborbitais, fazer sondagens sobre Natal em busca da qualificao e quantificao de seus constituintes. O primeiro lanamento realizado em 15 de dezembro de 1965, inaugurou toda uma era de lanamentos de foguetes, que a partir do incio dos anos setenta, aos poucos foi escasseando em funo das novas tcnicas de sensores de alta qualificao embarcados em satlites, os quais fazendo medidas repetitivas de cada fenmeno indagado, tornaram as pesquisas mais abundantes e baratas. Com o advento do Centro de Lanamentos de Alcntara (CLA), no Maranho, os natalenses ficaram sem entender porque outro centro de lanamentos de foguetes e, at com uma justificvel ponta de cime, indagavam porque essa preterio ao orgulho da terra de chamar Natal de a capital espacial do Brasil. Em verdade, na instalao do CLA s um fator foi considerado a necessidade brasileira de um local para lanamento de foguetes de grande porte, visando colocar satlites em rbita. Foguetes para tal empreitada so de volume de explosivo muito grande. Como o CLBI, hoje em dia, est praticamente cercado pela cidade, fica impossvel a concentrao de uma grande massa de explosivos em plataformas de lanamentos to prximas do trnsito de pessoas. Muitos indagaro: e no houve planejamento para a construo do CLBI? Houve sim, o planejamento que as informaes da poca permitiam para uma atividade to dinmica como pesquisa espacial. Naqueles tempos, eu bem me lembro, Ponta Negra, por exemplo, era o local onde as famlias endinheiradas de Natal curtiam o seu veraneio. Ningum tinha residncia regular na hoje aprazvel Praia de Ponta Negra. O calamento, em paraleleppedo de uma s via que chegava at a entrada do CLBI foi concludo em 1967. Dali para as praias do sul era um matagal. A cancela da polcia sinalizando onde terminava Natal ficava ali na hoje esquina do Estdio Machado (complexo virio). Alm do mais, a instrumentao rastreadora montada no CLBI era muito acanhada para projetos mais ambiciosos. Ou seja, o CLBI foi instalado para lanar foguetes do tipo up-down de pequeno porte. E assim mesmo, para poder operar com garantia foguetes dali lanados, foi obrigado a aumentar o ngulo de visada da instrumentao de rastreio, colocando-a mais distante das plataformas de

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    lanamento. Da a necessidade que houve de desapropriar as terras que ficavam em frente ao terreno originalmente ocupado pelo CLBI, j do outro lado da hoje chamada rota do sol. Concluso: a proximidade a uma densidade populacional que aumentou vertiginosamente, castrou planos mais ambiciosos para o Centro de Lanamentos da Barreira do Inferno. A Misso Espacial Completa Brasileira (MECB) foi aprovada no apagar das luzes do regime militar e era uma misso ambiciosa que pretendia colocar em rbita um satlite brasileiro para coleta de dados. A MECB contemplava: o desenvolvimento e construo de um satlite para coleta de dados

    ambientais (SCD); o desenvolvimento e construo de um foguete capaz de orbitar

    satlites (Veculo Lanador de Satlites- VLS); o planejamento e construo de um campo de lanamento de foguetes

    em rea remota, de forma a tornar-se o local para lanamento de satlites.

    E ho de perguntar: por que no Maranho? O local vantajoso para lanamento de satlites com rbita equatorial (natural vocao brasileira), deve ser o mais prximo possvel do Equador. Concluso: os critrios para a escolha de Alcntara foram essencialmente tcnicos. 1.1 - IMPLICAES DE UMA ATMOSFERA POLUIDA. Vale a pena relatar, ligeiramente, sobre as implicaes de uma atmosfera poluda, suas causas e conseqncias, e sobre como se estuda a poluio da atmosfera. O meio ambiente est permanentemente sendo agredido pelo homem. A populao da Terra aumentando aceleradamente, exige maior quantidade de alimentos, mais bens de consumo e, destarte, mais indstrias, mais gua potvel, etc. Como conseqncia destas implicaes do homem moderno, os solos so exauridos, maiores quantidades de adubos e pesticidas so utilizadas, volume grandioso de lixo industrial e domstico produzido, rios, lagos e represas so ao mesmo tempo usados como fonte de abastecimento de gua potvel e esgotos. Os oceanos so, diariamente, invadidos por terminais de esgotos, e em nmero crescente as chamins poluem a atmosfera. Alis, considerando-se o bsico do sistema solo, gua e ar, essenciais a vida de todos os seres vivos e, particularmente do ser humano, a atmosfera, ou seja o ar, que est mais prejudicada pela ao predatria do prprio homem. Est claro que a referncia aqui so para s

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    aes do homem que danificam o meio ambiente, isto , aquelas que so denominadas de antropognicas ou antrpicas. Vale ressaltar que a atmosfera poluda tambm polui atravs da precipitao seca e mida, quando devolve para a superfcie da terra todo o material poluente nela injetado. Pode-se afirmar que todo o material poluente que lanado na atmosfera, volta aos solos, rios, lagos e oceanos atravs, principalmente, da precipitao por meio da chuva. a chamada roda hidrolgica. fcil concluir que uma regio poluda possui uma atmosfera poluda. E vice-versa. Conseqentemente, uma boa forma de diagnosticar se uma cidade ou regio est limpa ou poluda s estudar a sua atmosfera, o que poder ser feito tanto pelo estudo das guas de chuva, dos gases atmosfricos ou do material em suspenso no ar. Quando a chuva cai ela carrega consigo gases, espcies qumicas contidas nas nuvens e no ar, partculas slidas, ou seja, a chuva lava a atmosfera. o chamado washout, que equivale a dizer: guas de chuva retratam exatamente a qualidade da atmosfera. Normalmente, uma amostra de chuva de um certo local levada para o laboratrio para anlise qumica, identificando-se inicialmente o seu pH, para saber se esto cidas ou no, assim como dosando as espcies qumicas, tanto de origem natural quanto antropognica. As fontes de origem natural so aquelas que injetam material na atmosfera atravs de vrios mecanismos, tais como, vulces (que quando em erupo lanam cinzas e gases), oceanos (a mais importante de todas as fontes naturais) que atuam por meio das ondas e da evaporao, vegetao, mangues, etc. As fontes de origem antropognicas so aquelas geradas pelo homem, tais como, chamins de fbricas e usinas, descarga de veculos, etc. Sempre que ocorre alguma emisso de qualquer dos dois tipos, tambm so emitidas espcies qumicas como gs carbnico, xido de enxofre, xido de nitrognio, sdio, cloro, etc., alm de muitas outras. Medindo-se as espcies que so de origem essencialmente naturais (sdio, magnsio, cloro, etc.) e as que so tanto naturais quanto antropognicas (sulfatos, nitratos, gs carbnico, amnio, etc.) possvel detectar o que proveniente da natureza separadamente do que provm das atividades humanas. Pela quantidade e dosagem das espcies encontradas e da relao entre elas, que so chamadas de concentraes e razes inicas, possvel diagnosticar se a atmosfera est poluda ou no. Um trabalho visando estudar no s a poluio atmosfrica, como tambm a interao oceano/atmosfera, foi realizada pelo INPE, sob a coordenao da Dra. Lycia Maria Moreira -Nordemann e com financiamento da FINEP, tendo participado especialistas de vrias universidades brasileiras, tais como: Dra. Marlcia Santiago UFCe., Prof. Cleonice Souza - UFRN, Prof.

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    Clemiro Ferreira - UFBa., Prof. Emanoel da Silva - UFF, Prof. Antonio Magalhes - Caraguatatuba/SP e a Dra. Clarice Panitz - UFSC. Assim, durante um ano foram coletadas, sistematicamente, nas seis cidades da costa brasileira (abrangendo nordeste, sudeste e sul) amostras de guas de chuvas nas quais eram determinados o pH e realizadas anlises qumicas para se dosar sdio, clcio, potssio, magnsio, cloreto, nitrato, sulfato e amnio. As tcnicas utilizadas foram espectrometria de absoro atmica, cromatografia inica lquida e potenciometria. As concentraes de sulfato, nitrato e amnio foram utilizadas como indicadores de nveis de poluio. As outras espcies qumicas analisadas foram usadas como referncia, ou indicadores de contribuies da prpria natureza. Foram estudadas, tambm, a climatologia das seis cidades e seus valores de pluviometria, ventos, temperaturas, etc. O resultado da pesquisa mostra algumas evidncias: que o grau de poluio atmosfrica maior para as cidades mais industrializadas e mais densamente povoadas. Mas, algumas cidades possuem feies geoclimatolgicas bem caractersticas, que explicam um baixo ndice de qualidade da atmosfera, embora tais cidades no sejam elas prprias geradoras de poluio, como o caso de Caraguatatuba-SP. Como era de se esperar, Niteroi que apresenta os mais altos nveis de deteriorao da qualidade da atmosfera, seguida de Florianpolis. Fortaleza, j com um certo grau de industrializao, ainda possui uma atmosfera bastante razovel, embora sofra influncia da ZCIT (zona de convergncia intertropical), que traz contribuies dos nossos vizinhos do hemisfrio norte. De todas as seis cidades estudadas no litoral brasileiro, Natal a que possui uma atmosfera da mais alta qualidade, em termos de meio ambiente. Foram encontradas as mais baixas concentraes das espcies qumicas e a relao entre elas (razes inicas) revelam uma influncia essencialmente marinha, como era de se esperar numa regio costeira. Tanto para estudos geoqumicos atuais como base de referncia (padro) para a avaliao da contribuio ocenica na atmosfera, assim como para estudos de poluio do ar, os resultados obtidos em outras cidades do litoral podem ser confrontados com os de Natal, e a partir desta comparao possvel diagnosticar a qualidade da atmosfera para outras regies, observando-se no entanto os parmetros geoclimticos inerentes cada regio.

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    1.2 - OUTRAS CONSIDERAES ELUCIDATIVAS. Na dcada de oitenta a NASA montou um projeto a nvel mundial, chamado Global Tropospheric Experiment GTE (Estudo Global da Troposfera) visando essencialmente estudos localizados, em cada parte do globo onde houvesse situaes que pudessem suscitar dvidas quanto ao contedo troposfrico. No Brasil, contando com a participao ativa do INPE e algumas universidades brasileiras, foram conduzidos experimentos, entre os quais se destacam: GTE/ABLE - 2A - 1985 - estudos da troposfera na Amaznia, com o uso de bales cativos e bales livre lanados de vrios pontos da grande Amaznia; medidas feitas em pontos do solo com estaes de micrometeorologia; medidas qumicas dos rios, afluentes e pntanos, alm de medidas com instrumentos de solo em vrios pontos do territrio abrangido pelo experimento. Foi um levantamento sistemtico dos constituintes da atmosfera amaznica e suas inter-relaes com os rios e florestas. GTE-ABLE - 2B - 1987 - tambm na Amaznia, corroborando as medidas feitas anteriormente no Experimento GTE-ABLE-2A, mas com o uso de instrumentao mais sofisticada e de forma mais abrangente. Este Projeto envolveu, entre tcnicos, engenheiros e cientistas, um total de 60 norteamericanos (com alguns europeus) e 110 brasileiros. CITE-3 - 1992 O projeto que a NASA conduziu a partir de Natal, denominado CITE-3 (Chemical Instrumentation Test and Evaluation), como o nome bem diz, tinha como principal escopo, fazer avaliao do comportamento dos sensores (instrumentos) conduzidos a bordo de aeronave para medidas de concentraes ambientais de SO2, H2S, CS2, DMS e COS, dentro da troposfera, bem como, determinar, em um meio predominantemente marinho, a abundncia e distribuio das maiores espcies sulfricas, dentro de uma larga variedade de condies atmosfricas, incluindo altitude, nveis de fluxo solar, etc. Conseqentemente, foram levantados os nveis das espcies nomeadas usando um avio ELECTRA da NASA, o qual voou 96 horas em 16 vos com descrio detalhada no Apndice B. TRACEA 1993 O Projeto TRACE-A propunha a realizao de um grande experimento de campo na regio do Atlntico Sul, da costa brasileira at a costa africana, visando fazer medidas da qumica da troposfera. A idia bsica era que a regio do Atlntico Sul fosse investigada por pesquisadores

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    americanos a bordo de um avio DC-8, devidamente instrumentado. Na frica cientistas da Frana, Alemanha e frica teriam suas atividades com meios terrestres de medidas e as operaes no Brasil ficariam a cargo de cientistas brasileiros, incluindo medidas de superfcie, sondagens com bales e medidas de bordo de dois avies Bandeirantes instrumentados, que pertenciam ao INPE e FUNCEME. SCAR-B (Smoke/Sulfates, clouds and Radiation Brazil) que como bem diz levantou informao sobre fumaa, sulfatos, nuvens e radiao consistindo de uma srie de levantamentos de campo com a finalidade de estudar as alteraes da atmosfera proveniente da queima de combustveis fosseis e da biomassa (queimadas) com a conseqente influncia sobre o meio-ambiente e o clima. Os resultados obtidos esclareceram vrios pontos desconhecidos na regio das queimadas e permitiram extrapolar o uso de certos sensores em futuros satlites. Tambm permitiu uma melhor viso de como as queimadas contribuem para atenuar a radiao solar e, onde, exatamente seus efeitos so maiores. Entretanto, uma coisa certa, nenhum de tais projetos jamais pretendeu fazer avaliao localizada da atmosfera de Natal. A imprensa e a propaganda gerada pela Secretaria de Turismo do Estado costuma dizer que Natal possui o ar mais puro das Amricas, indicado por pesquisa da NASA. A pesquisa que intercomparou a qualidade do ar em seis cidades do litoral brasileiro (Fortaleza, Natal, Salvador, Niteri, Caraguatatuba e Florianpolis), como dito acima, foi conduzida por uma pesquisadora do INPE, Dra. Lycia Maria Moreira Nordemann, denominada IMPACTOS AMBIENTAIS NA PRECIPITAO DA COSTA BRASILEIRA (Apndice A) onde, analisando amostras de chuvas coletadas nas seis cidades estudadas, Natal apresentou uma atmosfera classificada como padro positivo. E, em termos das demais localidades analisadas, realmente Natal apresentou melhor qualidade de ar. As guas de chuva de Natal foram consideradas como tendo uma composio qumica isenta de poluio e representativa das guas de chuva da regio costeira do Brasil.

  • 10

    Captulo II - NATAL: UM CLIMA QUE NOS DELICIA A cidade do Natal est situada num dos pontos mais orientais na costa do Atlntico Sul, entre o mar e a margem direita do Rio Potengi. O clima quente e rido, exceto durante a estao chuvosa, quando torna-se quente e mido. Permanentemente, sopra uma brisa vinda do oceano, sempre de sudeste, dada a proximidade do Equador, com pequenas variaes, e predominante em toda a regio nordeste do Brasil. Os ventos mais fortes so caractersticos de agosto e setembro, sendo abril a poca dos mais fracos. A temperatura mdia de 26 centgrados. A estao chuvosa o resultado das chamadas ondas de Leste e ocorrem entre os meses de abril a julho, com predominncia em junho. So chuvas rpidas e moderadas, com durao de at 48 horas, com 18 a 24 horas de intervalos.

    Fig. 1 Imagem do satlite Landsat 7

    N

    VENTO

  • 11

    Figura 1 - uma imagem tirada pelo satlite Landsat 7, na qual se distingue nitidamente as particularidades que fazem o clima de Natal ser to ameno, em relao a outras cidades do Nordeste. Como Natal se encontra a uma latitude prxima de 6 Sul, ou seja, quase no Equador e, particularmente, com a linha litornea no sentido Norte-Sul, significa que os ventos so alsios, por efeito de arrasto da rotao da Terra e que so predominantes de 120, isto , trazem para o continente a brisa fresca do mar, numa situao toda particular: turbilhonando por sobre as dunas localizadas a Leste da Cidade, e que desta forma refrescam melhor a rea habitada, porque passam acima das edificaes. Na imagem v-se perfeitamente o trabalho que o vento faz nas dunas arrastando areia sempre na mesma direo. Outra particularidade que, ao nascer do sol a evaporao sobre o mar comea a formar uma srie de nuvens baixas do tipo cumulus e fracto-cumulus. Tais nuvens so tangidas para terra pelo vento alsio de sudeste, e passam a formar sombras por sobre a Cidade, como v-se na parte inferior da imagem Tais sombras aliviam a incidncia solar sobre as reas sombreadas e, conseqentemente, amenizam a intensidade da insolao. Outro fator que ameniza o clima de Natal o fato de que a maior incidncia de chuvas do Estado est localizada exatamente na rea onde Natal est contida. uma mdia de 1380 milmetros anuais de precipitao, o que significa que mais dias do ano esto totalmente encobertos por nuvens estratificadas, destarte, com chuvas e chuviscos ocasionais, mas com clima realmente agradvel.

  • 12

    Fig. 2 Esquema simplificado do ciclo da gua. Figura 2 - Mostra o esquema simplificado do ciclo da gua , atravs do qual Natal recebe diariamente nuvens vindas do mar, desde cedinho, e que formam reas de sombra , fator amenizador do clima.

    correntes subterrneas

    rio lago

    chuva evaporao do

    mar

    chuva

    evaporao de rios e de lagos

  • 13

    Captulo III - TABELAS REPRESENTATIVAS DOS FENMENOS. Para melhor compreenso dos diversos fenmenos meteorolgicos registrados diuturnamente, foram montadas tabelas com as mdias mensais, divididas em quatro turnos de seis horas, que caracterizam os quatro micro-climas que contm cada dia numa cidade equatorial como Natal. Ou seja, entre zero hora (meia-noite) e 6 horas da manh temos um tipo de clima. Entre 6 e 12 horas (meio-dia) o clima j sofre variaes sensveis em todos os seus fenmenos. Das 12 at as 18 temos novo micro-clima e, finalmente, entre 18 e meia-noite temos outro relevante estado de clima. Ho de perguntar: por que tal diviso do dia? Para o propsito que norteou o trabalho, ou seja, dar subsdios para os pesquisadores visando lanamentos de foguetes, bales e outras aplicaes afins, as variaes diuturnas so significativas. Um foguete cuja janela de lanamento s 16 horas, precisa de informaes mais prximas dessa hora. Para as aplicaes mais gerais, a mdia mensal satisfaz plenamente. Para no sair da ordem lgica dos boletins meteorolgicos com feio internacional, como preconizado pela OMM (Organizao Mundial de Meteorologia) foram usados na modelagem deste trabalho, as tabelas e grficos dos fenmenos, que seguem a seguinte ordem: VENTO - Direo e velocidade. VISIBILIDADE - Apontada em quilmetros e frao. CONDIES GERAIS DE TEMPO - isto , chuva, granizo,

    trovoada, etc. NUVENS - Em oitavos de cu, registrando as nuvens baixas, mdias

    e altas, bem como o total de nuvens no cu. PRESSO ATMOSFRICA - Em milibares ao nvel da estao. TEMPERATURA DO AR - Em graus Centgrados (C),

    compreendendo temperatura dos bulbo seco e do mido (psicmetro) e temperatura do ponto de orvalho.

    PRECIPITAO - Em milmetros e dcimos de milmetro. UMIDADE RELATIVA - Em percentual.

  • 14

    3.1 - TABELA DE DIREO DO VENTO Na primeira coluna da tabela de direo do vento temos os meses do ano. A segunda coluna est sub-dividida nos quatros turnos de seis horas, de cada dia, como dito acima. As demais colunas so uma diviso da rosa-dos-ventos em nacos de 30 e representa o nmero de dias com vento soprando de (em percentual). Por exemplo: para saber qual a direo do vento predominante no ms de setembro, s 16 horas. Indo tabela, no terceiro turno do ms de setembro o maior valor encontrado 32,6. Isto , no ms de setembro, s 18 horas, provavelmente a direo de vento predominante estar entre 110 e 130. Acompanhando a TABELA DE DIREO DO VENTO esto os grficos representativos do fenmeno, tendo, no eixo das ordenadas o nmero de dias com vento soprando de (em percentual), e no eixo das abscissas a direo do vento em decagraus. Examinando os doze grficos, observa-se, nitidamente, que a direo de vento predominante em Natal realmente de 120.

  • 15

    TABELA 1 DIREO DO VENTO

    N IL P RP /VT A N VS /FU M A RE /P O E N VU /N VO IS C C HV N VE TR V /RP G G R Z00 - 06 30,6 0 ,8 3 ,0 0 ,206 - 12 30,2 9 ,2 3 ,212 - 18 31,0 3 ,8 0 ,2 1 ,018 - 00 31,0 4 ,6 0 ,8 2 ,200 - 06 27,8 8 ,0 0 ,2 3 ,0 0 ,206 - 12 27,4 8 ,4 0 ,2 0 ,2 3 ,812 - 18 28,0 3 ,8 1 ,4 0 ,618 - 00 27,8 4 ,6 0 ,2 1 ,4 2 ,800 - 06 29,6 11,2 0 ,2 5 ,0 0 ,806 - 12 30,2 13,4 0 ,2 0 ,4 4 ,4 1 ,212 - 18 30,0 7 ,2 0 ,2 2 ,8 0 ,818 - 00 30,0 8 ,0 0 ,2 3 ,6 4 ,600 - 06 28,2 10,8 0 ,2 0 ,4 5 ,8 1 ,406 - 12 28,8 12,2 0 ,2 0 ,8 4 ,0 0 ,612 - 18 29,4 9 ,2 0 ,4 2 ,0 1 ,218 - 00 29,0 7 ,6 4 ,0 6 ,800 - 06 29,8 9 ,8 0 ,2 6 ,4 0 ,206 - 12 29,8 10,8 1 ,4 4 ,612 - 18 30,4 8 ,0 0 ,2 2 ,618 - 00 30,4 7 ,4 3 ,4 2 ,600 - 06 27,4 13,2 1 ,0 8 ,8 0 ,406 - 12 27,4 13,8 0 ,4 1 ,0 6 ,812 - 18 29,0 9 ,4 1 ,0 4 ,018 - 00 27,8 11,0 0 ,4 5 ,600 - 06 29,4 12,2 0 ,4 1 ,4 7 ,206 - 12 28,2 14,2 1 ,0 1 ,4 8 ,612 - 18 29,2 10,6 1 ,4 3 ,6 0 ,218 - 00 29,6 12,4 0 ,6 5 ,0 0 ,200 - 06 30,2 8 ,2 0 ,6 2 ,806 - 12 30,0 10,4 0 ,2 4 ,212 - 18 30,8 5 ,6 0 ,2 1 ,418 - 00 30,2 6 ,6 0 ,2 0 ,2 1 ,800 - 06 29,6 7 ,6 0 ,2 3 ,006 - 12 29,6 8 ,8 0 ,2 2 ,412 - 18 30,0 3 ,4 0 ,418 - 00 29,8 5 ,2 0 ,2 1 ,600 - 06 31,0 3 ,8 0 ,2 1 ,206 - 12 30,8 6 ,2 0 ,2 0 ,4 1 ,012 - 18 31,0 2 ,6 0 ,418 - 00 31,0 2 ,0 0 ,600 - 06 30,0 4 ,8 0 ,2 0 ,606 - 12 30,0 4 ,0 0 ,412 - 18 29,8 0 ,818 - 00 30,0 3 ,4 0 ,2 0 ,200 - 06 30,8 6 ,8 0 ,2 1 ,0 0 ,206 - 12 30,6 6 ,2 0 ,2 1 ,412 - 18 31,0 1 ,8 0 ,618 - 00 30,8 2 ,8 1 ,0 1 ,0

    M ai

    Fev

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    Jun

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    M S TU R N O N M ER O D E D IA S C O M :

    Jan

  • 16

    GRFICO 1 DIREO DO VENTO - JANEIRO

    JANEIRO

    0,0

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    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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  • 17

    GRFICO 2 DIREO DO VENTO FEVEREIRO

    FEVEREIRO

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    35/0102/04

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    11/1314/16

    17/1920/22

    23/2526/28

    29/3132/34

    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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  • 18

    GRFICO 3 DIREO DO VENTO - MARO

    MARO

    0,0

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    17/1920/22

    23/2526/28

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    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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    )

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  • 19

    GRFICO 4 DIREO DO VENTO - ABRIL

    ABRIL

    0,0

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    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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    GRFICO 5 DIREO DO VENTO - MAIO

    MAIO

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    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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    GRFICO 6 DIREO DO VENTO - JUNHO

    JUNHO

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    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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  • 22

    GRFICO 7 DIREO DO VENTO - JULHO

    JULHO

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    29/3132/34

    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

    N

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  • 23

    GRFICO 8 DIREO DO VENTO - AGOSTO

    AGOSTO

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    23/2526/28

    29/3132/34

    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

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  • 24

    GRFICO 9 DIREO DO VENTO - SETEMBRO

    SETEMBRO

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    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

    N

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  • 25

    GRFICO 10 DIREO DO VENTO - OUTUBRO

    OUTUBRO

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    05/0708/10

    11/1314/16

    17/1920/22

    23/2526/28

    29/3132/34

    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

    N

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 26

    GRFICO 11 DIREO DO VENTO - NOVEMBRO

    NOVEMBRO

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    17/1920/22

    23/2526/28

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    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

    NM

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    GRFICO 12 DIREO DO VENTO - DEZEMBRO

    DEZEMBRO

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    35/0102/04

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    11/1314/16

    17/1920/22

    23/2526/28

    29/3132/34

    CALMO

    DIREO DO VENTO EM DECAGRAUS

    NM

    ERO

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    DIAS

    CO

    M V

    ENTO

    SO

    PRAN

    DO D

    E (E

    M P

    ERCE

    NTUA

    L)

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 28

    3.2 - TABELA DE INTENSIDADE DO VENTO (em NS) O N uma medida de velocidade usada para embarcaes e que equivale a uma milha nutica, ou seja, 1852 metros por hora. Por exemplo, dizer que est soprando um vento de 20 NS, o mesmo que dizer que a velocidade do vento de 37 quilmetros por hora. A primeira coluna sempre a dos meses do ano e a segunda a dos quatro turnos de cada dia. Na terceira coluna tentou-se representar, dentro de cada ms dos dez anos analisados, ventos com velocidades ocasionais altas, pinados devido exatamente a sua extemporaneidade. Assim, no ms de julho tivemos, num certo ano, um vento soprando de 110 com velocidade de 65 ns. Isto que dizer, vento com velocidade de 120 quilmetros por hora. A idia de montar esta coluna chamada de maior intensidade foi exatamente a de apresentar os valores maiores de velocidade que um vento ocasional poder assumir, em cada ms. A quarta coluna representa o valor mdio mensal da intensidade do vento. Exemplo: no ms de julho a intensidade mdia da velocidade do vento de 7,2 ns, ou seja, 13,3 quilmetros por hora. A quinta coluna representa o nmero de dias com o vento soprando com (em NS), dividida em 6 sub-colunas sendo: a primeira vento calmo, a segunda vento de 01 a 05 ns, a terceira vento de 06 a 10 ns, a quarta vento de 11 a 15 ns, a quinta vento de 16 a 20 ns e a ltima vento com velocidade acima de 20 ns. Completando o exemplo anterior, sobre qual o vento predominante s 16 horas no ms de setembro. J vimos na tabela de direo do vento que a direo predominante est entre 110 e 130. Quanto velocidade, podemos ver que a maior probabilidade de encontrar vento soprando com velocidade entre 6 a 10 ns (27,7 dias no turno das 12-18 horas do ms de setembro), ou seja, velocidade entre 11,1 e 18,5 quilmetros por hora. Afinando para a mdia das mdias, podemos dizer que, provavelmente, o vento em Natal s 16 horas, em qualquer ms de setembro, ter grande probabilidade de ser um vento de 120 com 14,8 km/h. E mais ainda que, certamente, jamais ser vento calmo. A tabela de intensidade do vento acompanhada de GRFICOS REPRESENTATIVOS dos trs elementos levantados. No primeiro procurou-se representar o vento de maior intensidade que poder ocorrer

  • 29

    ocasionalmente, dentro de cada ms, apresentado em direo e velocidade. O segundo a curva representativa das mdias de intensidades de vento, dentro de cada ms. Os doze grficos seguintes so as representaes dos valores mdios de intensidade dos ventos ocorridos em cada ms do ano.

  • 30

    TABELA 2 INTENSIDADE DO VENTO (EM NS)

    MDIADIREO VELOCIDADE MENSAL

    (x10 GRAUS) (NS) (NS) CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >2000 - 06 23,8 21,8 16,206 - 12 19,2 25,6 29,2 10,012 - 18 1,4 9,0 30,0 18,2 0,418 - 00 9,0 25,0 5,6 14,6 25,6 28,2 1,0 0,200 - 06 21,2 17,2 10,606 - 12 17,0 21,4 25,8 8,412 - 18 2,4 9,8 27,6 13,6 0,618 - 00 10,0 16,0 5,1 15,8 23,4 22,6 1,400 - 06 24,8 25,6 11,4 0,206 - 12 15,0 27,8 28,8 5,812 - 18 3,8 11,8 30,4 14,0 0,8 0,218 - 00 11,0 22,0 5,0 18,6 28,2 23,0 1,000 - 06 23,0 22,0 12,8 0,606 - 12 17,6 26,8 25,0 3,4 0,212 - 18 6,8 18,2 28,6 9,4 0,6 0,218 - 00 11,0 22,0 4,5 23,0 25,2 18,6 0,400 - 06 20,0 26,0 16,2 0,6 0,406 - 12 11,4 23,8 30,0 9,4 0,412 - 18 4,6 14,8 30,6 11,8 0,418 - 00 20,0 16,0 5,4 18,8 27,8 20,4 1,200 - 06 16,2 25,2 19,4 0,8 0,206 - 12 9,0 24,0 27,8 10,6 1,412 - 18 4,2 15,6 27,6 14,6 2,018 - 00 20,0 62,0 5,8 14,8 25,6 23,0 1,6 0,4 0,200 - 06 10,4 24,2 23,8 1,4 0,206 - 12 5,6 19,6 29,6 15,0 3,0 0,412 - 18 2,4 9,4 28,4 21,2 5,2 0,418 - 00 11,0 65,0 7,2 9,2 22,0 27,8 5,4 0,8 0,200 - 06 10,4 27,4 23,4 1,206 - 12 5,4 18,8 30,0 19,0 2,612 - 18 0,4 6,6 27,2 25,0 5,6 0,218 - 00 17,0 30,0 7,4 6,4 24,6 28,0 5,000 - 06 8,6 24,8 22,4 1,406 - 12 4,6 19,6 29,2 17,6 2,212 - 18 5,0 27,6 23,8 6,218 - 00 19,0 20,0 7,4 8,4 24,8 27,6 4,200 - 06 17,4 26,6 18,6 1,0 0,206 - 12 10,0 23,6 30,4 14,8 1,012 - 18 0,2 8,8 29,8 21,4 2,618 - 00 14,0 23,0 6,5 10,2 24,2 27,4 2,6 0,2 0,200 - 06 18,8 25,4 17,4 0,606 - 12 12,4 20,0 29,6 15,4 1,212 - 18 0,4 5,4 29,8 22,6 2,218 - 00 13,0 20,0 6,5 12,6 25,0 25,4 1,600 - 06 22,2 24,6 16,4 0,606 - 12 14,8 20,2 30,8 13,8 0,612 - 18 0,6 7,0 30,8 23,4 1,418 - 00 12,0 18,0 6,2 14,4 25,4 26,0 1,4

    NMERO DE DIAS COM O VENTO SOPRANDO COM (EM NS)

    Dez

    Jun

    Jul

    Ago

    Set

    Out

    Nov

    MS TURNO

    Mar

    Abr

    Mai

    MAIOR INTENSIDADE

    Jan

    Fev

  • 31

    GRFICO 13

    INTENSIDADE DO VENTO

    MDIA MENSAL

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    MS

    INTE

    NSI

    DAD

    E D

    O V

    ENTO

    (EM

    N

    S)

  • 32

    GRFICO 14 INTENSIDADE DO VENTO

    MAIOR INTENSIDADE DO VENTO

    (VELOCIDADE x DIREO)

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    70,0

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    MS

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    (EM

    N

    S)

    N

    EW

    S

    NE

    SESW

    NW

  • 33

    GRFICO 15 INTENSIDADE DO VENTO JANEIRO

    JANEIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20NMERO DE DIAS COM O VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 34

    GRFICO 16 INTENSIDADE DO VENTO FEVEREIRO

    FEVEREIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20NMERO DE DIAS COM O VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 35

    GRFICO 17 INTENSIDADE DO VENTO MARO

    MARO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 36

    GRFICO 18 INTENSIDADE DO VENTO ABRIL

    ABRIL

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 37

    GRFICO 19 INTENSIDADE DO VENTO MAIO

    MAIO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 38

    GRFICO 20 INTENSIDADE DO VENTO JUNHO

    JUNHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 39

    GRFICO 21 INTENSIDADE DO VENTO JULHO

    JULHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 40

    GRFICO 22 INTENSIDADE DO VENTO AGOSTO

    AGOSTO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 41

    GRFICO 23 INTENSIDADE DO VENTO SETEMBRO

    SETEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 42

    GRFICO 24 INTENSIDADE DO VENTO OUTUBRO

    OUTUBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSID

    ADE

    DO V

    ENTO

    EM

    N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 43

    GRFICO 25 INTENSIDADE DO VENTO NOVEMBRO

    NOVEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSI

    DA

    DE

    DO

    VEN

    TO E

    M N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 44

    GRFICO 26 INTENSIDADE DO VENTO DEZEMBRO

    DEZEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    CALMO 01 a 05 06 a 10 11 a 15 16 a 20 >20

    NMERO DE DIAS COM VENTO SOPRANDO COM

    INTE

    NSI

    DA

    DE

    DO

    VEN

    TO E

    M N

    S

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 45

    3.3 - TABELA DE VISIBILIDADE VISIBILIDADE significa a distncia mxima que uma pessoa, a olho nu, consegue ver, isto , distinguir elementos dentro do seu campo visual. Em aviao um indicador realmente significativo, pois, dependendo da visibilidade uma aeronave poder ou no usar uma certa rea de pouso, claro est, na dependncia tambm das facilidades de navegao disponveis no local, tais como, VOR, ILS, etc. Na TABELA DE VISIBILIDADE as duas primeiras colunas so as comuns a todas as tabelas, isto , coluna de meses e coluna de turnos. A terceira coluna com denominao nmero de dias com visibilidade tem quatro sub-colunas: a primeira expressando visibilidade maior que 1 quilmetro, a segunda com valores entre 1 e 4 quilmetros, a terceira com visibilidade entre 5 a 10 quilmetros e a quarta com visibilidades maiores que 10 quilmetros. Exemplo: querendo saber qual a visibilidade provvel a ser encontrada no ms de setembro s 16 horas, s procurar no terceiro turno do ms de setembro que encontrar 30 dias com visibilidade maior que 10 quilmetros. A tabela de visibilidade tambm vem acompanhada de GRFICOS REPRESENTATIVOS dos valores ali consignados. So um total de 12 grficos, um para cada ms, onde se pode visualizar algumas obviedades: - Em Natal a predominncia de se ter visibilidades superiores a 10

    quilmetros; - Nos meses de maior incidncia de precipitao que aparecem algumas

    pequenas redues de visibilidade, exatamente por causa das chuvas. Quando dito que a visibilidade maior que 10 quilmetros, porque horizontalmente o alcance visual de qualquer pessoa em campo plano e aberto tem tal limitao.

  • 46

    TABELA 3 VISIBILIDADE

    Obs.: Valores expressos em kilmetros (km).

    1000 - 06 0,6 0,2 31,006 - 12 0,2 2,8 31,012 - 18 0,6 31,018 - 00 0,8 31,000 - 06 0,4 2,0 28,006 - 12 0,6 2,8 28,212 - 18 0,4 1,0 28,218 - 00 0,2 1,2 28,200 - 06 0,4 4,4 30,606 - 12 1,6 3,8 31,012 - 18 0,2 1,0 1,6 30,818 - 00 1,4 3,0 30,800 - 06 0,2 0,8 4,4 29,806 - 12 0,8 3,6 30,012 - 18 0,8 2,4 30,018 - 00 0,4 2,4 30,000 - 06 0,8 5,6 30,406 - 12 0,6 5,2 31,012 - 18 1,0 2,6 31,018 - 00 0,2 3,4 31,000 - 06 0,4 2,0 8,6 29,206 - 12 0,6 2,6 7,4 29,412 - 18 0,2 1,2 5,6 30,018 - 00 1,0 5,8 29,800 - 06 0,2 1,2 7,6 30,406 - 12 0,4 3,4 9,6 30,812 - 18 0,2 1,8 5,0 30,618 - 00 1,2 6,2 30,800 - 06 0,4 3,6 30,806 - 12 0,6 5,0 31,012 - 18 0,2 2,0 31,018 - 00 0,4 2,6 31,000 - 06 3,4 29,806 - 12 0,6 3,2 30,012 - 18 0,2 0,8 30,018 - 00 0,2 2,0 30,000 - 06 1,0 31,006 - 12 2,2 31,012 - 18 0,2 0,4 31,018 - 00 1,2 31,000 - 06 0,6 30,006 - 12 0,4 30,012 - 18 0,2 30,018 - 00 0,4 0,4 30,000 - 06 0,2 1,8 31,006 - 12 0,6 1,8 31,012 - 18 0,2 0,4 31,018 - 00 0,2 1,2 31,0

    Mai

    Fev

    Dez

    Jun

    Jul

    Ago

    Set

    Out

    Nov

    Mar

    Abr

    NMERO DE DIAS COM VISIBILIDADE

    Jan

    MS TURNO

  • 47

    GRFICO 27 VISIBILIDADE JANEIRO E FEVEREIRO

    JANEIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

    FEVEREIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

  • 48

    GRFICO 28 VISIBILIDADE MARO E ABRIL

    MARO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    D ISTN CIA EM KM

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

    ABRIL

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

  • 49

    GRFICO 29 VISIBILIDADE MAIO E JUNHO

    MAIO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

    JUNHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 1212 - 18 18 - 00

  • 50

    GRFICO 30 VISIBILIDADE JULHO E AGOSTO

    JULHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

    AGOSTO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

  • 51

    GRFICO 31 VISIBILIDADE SETEMBRO E OUTUBRO

    SETEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

    OUTUBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

  • 52

    GRFICO 32 VISIBILIDADE NOVEMBRO E DEZEMBRO

    NOVEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

    DEZEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    10

    DISTNCIA EM KM

    NM

    ERO

    DE

    DIAS

    CO

    M V

    ISIB

    ILID

    ADE

    00 - 06 06 - 12

    12 - 18 18 - 00

  • 53

    TABELA DE NUVENS NUVEM a expresso mais importante dos fenmenos fsicos que se produzem na camada gasosa que envolve o nosso planeta, cuja presena lhes confere a propriedade de testemunhas do tempo presente. Sua forma, seu maior ou menor desenvolvimento, sua altura, etc., so indicativos do estado da atmosfera e, apenas pela observao de sua constituio e classificao, possvel obter-se uma primeira avaliao de grau de estabilidade e agitao do ar, imprescindveis a um bom prognstico. As nuvens so compostas de gotculas de gua que se formam a partir do vapor de gua presente em correntes de ar que se elevam na atmosfera. Subindo o ar resfria provocando a condensao da gua em gotculas ou o congelamento em minsculos cristais. Assim sendo, uma nuvem pode definir-se como um conjunto de minsculas partculas de gua ou de gelo, ou de ambas simultaneamente, que se encontram em suspenso na atmosfera. So minsculas gotas e cristais provenientes da condensao e congelao do vapor dgua. Para que sua gnese se torne possvel, preciso chegar a um nvel de condensao desse vapor, o que se consegue com a queda da temperatura ou com a diminuio brusca da presso atmosfrica, o que pressupe um esfriamento, quando a umidade relativa aumenta at 100%. Uma segunda condio, anterior formao das gotculas, a existncia de ncleos de condensao que so corpsculos de natureza mineral ou orgnica, em torno dos quais se realiza a passagem do vapor dgua para gua lquida sob a forma de gotas. So fontes desses ncleos a poeira originada pela eroso orgnica, os fumos das combustes, naturais ou industriais, o plen e, em situao destacvel, os cristais de sal marinho existentes em todos os nveis da atmosfera, at mesmo em massas de ar situadas a enormes distncias do mar. O aspecto visvel das nuvens depende da natureza, dimenses, nmero e distribuio espacial das gotas ou dos cristais de gelo, da luz incidente e refletida, bem como, a altura da base da nuvem. Conjuntamente, todas conferem-lhes um alto ndice de variabilidade morfolgica, que nos permite definir uma classificao de formas e caractersticas peculiares que podem ser observadas em qualquer parte do globo. Da ter sido feita uma classificao internacional que agrupa as nuvens em trs nveis diferentes, de acordo com a altura de suas bases, com sub-divises por gneros, espcies e variedades.

  • 54

    Fig. 4 Formas que as nuvens podem assumir

    Figura 4 Mostra de maneira resumida, as diversas formas que as nuvens podem assumir em diferentes alturas da atmosfera. As observaes meteorolgicas que deram origem a este trabalho obedeceram a uma classificao internacional, observada pela OMM, com as nuvens classificadas em 10 tipos diferentes.

    Nvel do mar

    3,2 km

    6,4 km

    9,7 km

    13 km

    16 km

  • 55

    TABELA 4

    CLASSIFICAO DAS NUVENS

    CLASSIFICAO DAS NUVENS

    ALTAS MDIAS BAIXAS

    Cirros

    Cirros-cumulos

    Cirros-estratos

    Alto-cumulos

    Altos-estratos

    Nimbos-estratos

    Estrato-cumulos

    Estratos

    Fracto-cumulos

    NUVENS DE DESENVOLVIMENTO VERTICAL

    Cmulos e cumulos-nimbos

    A TABELA DE NUVENS foi montada, como todas as outras, com as duas primeiras colunas como definidoras do ms e dos turnos. A terceira coluna apresenta a mdia das nuvens baixas, em oitavos de cu, por turno e a mdia de cada ms. A quarta coluna apresenta as mdias de todas as nuvens, tanto por turno como a mdia mensal. A quinta coluna mostra o nmero de dias com total de nuvens baixas entre 0 a 3 oitavos de cu, 4 a 6 oitavos e entre 7 e 8 oitavos de cu. Finalmente, a sexta coluna apresenta o nmero de dias com total de todas as nuvens entre o a 3 oitavos, 4 a 6 oitavos e 7 a 8 0itavos de cu coberto. Por exemplo: um pesquisador quer saber qual a probabilidade de encobrimento de nuvens s 16 horas em um dia 17 de maio, para que ele possa lanar um balo estratosfrico. Indo tabela temos: terceiro turno do ms de maio a mdia de 3,5 0itavos de cu encoberto com nuvens baixas e provalvemente durante 21,6 dias do ms o total de todas as nuvens ser ente 4 a 6 0itavos de cu encoberto. A tabela de nuvens gerou os GRFICOS REPRESENTATIVOS do fenmeno, sendo um primeiro grfico representando as mdias por turno e a mdia diria das NUVENS BAIXAS, em oitavos de cu, seguido de doze grficos representando os nmeros de dias com total entre (0 a 3, 4 a 6 e 7 a 8 oitavos de cu) tal como est na tabela, um grfico para cada ms. Igualmente, foi montado um grfico para a mdia por turno e mensal para TODAS AS NUVENS, em oitavos de cu, seguido de doze grficos representando os nmeros de dias com total entre (0 a 3, 4 a 3 7 a 8 oitavos de cu), um grfico para cada ms.

  • 56

    TABELA 5 - NUVENS

    MDIA POR MDIA MDIA POR MDIATURNO DIRIA TURNO DIRIA 0 a 3 4 a 6 7 a 8 0 a 3 4 a 6 7 a 8

    00 - 06 4,0 4,6 19,2 27,0 1,4 15,2 25,0 12,606 - 12 4,4 5,9 19,6 30,8 2,6 8,6 25,4 19,612 - 18 3,9 5,1 20,4 27,4 1,8 12,4 25,4 14,618 - 00 3,4 4,3 24,6 22,6 0,8 17,4 22,4 12,000 - 06 4,0 4,7 17,4 24,8 1,0 14,0 22,8 11,606 - 12 4,3 5,7 18,6 28,0 2,6 7,6 22,6 16,612 - 18 3,6 5,2 24,4 25,8 1,2 10,8 21,0 14,618 - 00 3,4 4,7 23,8 20,8 0,4 14,8 21,0 14,600 - 06 4,0 5,2 19,8 27,8 1,0 13,6 23,4 15,806 - 12 4,2 6,1 21,8 31,0 1,8 7,8 23,0 21,812 - 18 3,9 5,6 23,8 29,2 1,4 10,4 22,8 18,218 - 00 3,5 5,0 25,8 24,6 0,6 13,8 21,6 16,400 - 06 4,0 5,0 19,8 26,0 1,2 13,2 22,8 14,806 - 12 4,0 5,8 23,2 29,0 3,2 9,2 23,6 20,612 - 18 3,8 5,6 23,4 27,2 1,4 10,0 22,0 18,218 - 00 3,4 5,0 25,6 22,2 0,4 14,8 20,4 17,800 - 06 3,9 4,7 20,4 24,8 1,8 16,2 20,8 14,206 - 12 3,7 5,6 26,0 29,6 1,4 13,0 24,6 20,212 - 18 3,5 5,2 25,0 27,6 0,6 13,4 21,6 16,618 - 00 3,4 4,5 25,2 21,4 1,0 16,0 23,2 15,800 - 06 4,2 5,0 17,6 25,6 2,2 13,8 21,2 16,606 - 12 4,0 5,6 23,0 29,2 2,4 12,0 21,8 18,612 - 18 3,9 5,4 23,8 28,4 1,8 11,2 23,2 18,418 - 00 3,6 4,7 23,6 22,4 0,2 16,0 19,6 16,200 - 06 4,0 4,9 17,0 23,8 1,0 14,4 19,8 18,006 - 12 4,0 5,7 24,6 30,0 2,2 11,2 22,4 22,012 - 18 3,9 5,4 23,6 28,0 1,6 12,4 21,8 20,418 - 00 3,8 4,7 22,6 23,2 1,8 18,0 19,4 18,000 - 06 3,7 3,8 22,8 22,6 0,4 21,2 19,6 9,406 - 12 4,0 4,8 23,6 29,2 2,0 18,0 27,0 14,612 - 18 3,6 4,3 25,2 27,4 1,4 20,6 27,0 11,018 - 00 3,3 3,3 25,6 19,6 0,4 24,0 19,2 9,600 - 06 3,9 3,8 19,6 24,2 1,0 20,0 22,8 7,206 - 12 4,4 4,9 17,2 29,0 4,4 14,8 27,8 11,812 - 18 3,8 3,8 24,8 26,6 1,8 22,0 26,2 6,818 - 00 3,2 2,8 25,8 20,0 0,6 26,4 21,0 5,000 - 06 3,7 3,8 23,0 25,8 1,0 21,6 26,2 6,206 - 12 4,6 5,1 15,2 30,4 3,8 11,8 29,2 12,812 - 18 3,9 4,1 24,8 29,6 1,8 21,0 29,4 8,018 - 00 3,2 3,0 29,0 22,8 0,0 27,8 24,2 4,000 - 06 3,8 3,8 21,8 25,8 0,6 20,4 26,6 5,406 - 12 4,6 5,1 14,4 29,8 3,6 10,2 28,0 9,612 - 18 3,9 4,4 23,0 28,4 1,4 18,6 27,6 6,618 - 00 3,2 3,3 27,4 22,4 0,4 24,8 23,8 5,600 - 06 3,8 4,1 20,0 27,8 0,6 17,6 27,0 7,606 - 12 4,5 5,4 18,8 31,0 2,2 10,2 27,4 14,012 - 18 3,8 4,7 23,8 28,8 0,8 15,4 27,6 11,018 - 00 3,2 3,6 27,2 21,4 0,2 23,4 22,8 9,2

    4,4

    4,0

    3,8

    4,0

    4,1

    5,1

    5,1

    TODAS AS NUVENSNMERO DE DIAS C/ TOTAL ENTRE:

    4,9

    TODAS AS NUVENS NUVENS BAIXASNMERO DE DIAS C/ TOTAL ENTRE:

    3,6

    3,9

    3,9

    5,0

    5,4

    5,3

    5,0

    3,8

    3,9

    3,8

    3,8

    3,6

    3,8

    Out

    Nov

    Dez

    3,8

    3,8

    Jun

    Jul

    Ago

    Set

    Fev

    Mar

    Abr

    Mai

    Jan 3,9

    MS TURNONUVENS BAIXAS

  • 57

    GRFICO 33 NUVENS BAIXAS

    NUVENS BAIXAS

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Ms

    Oita

    vos

    de c

    u

    Turno 00-06 Turno 06-12 Turno 12-18 Turno 18-00 Mdia diria

  • 58

    GRFICO 34 NUVENS BAIXAS JANEIRO

    JANEIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 59

    GRFICO 35 NUVENS BAIXAS FEVEREIRO

    FEVEREIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 60

    GRFICO 36 NUVENS BAIXAS MARO

    MARO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 61

    GRFICO 37 NUVENS BAIXAS ABRIL

    ABRIL

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 62

    GRFICO 38 NUVENS BAIXAS MAIO

    MAIO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8

    OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 63

    GRFICO 39 NUVENS BAIXAS JUNHO

    JUNHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 64

    GRFICO 40 NUVENS BAIXAS JULHO

    JULHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8

    OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 65

    GRFICO 41 NUVENS BAIXAS AGOSTO

    AGOSTO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 66

    GRFICO 42 NUVENS BAIXAS SETEMBRO

    SETEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

    OTA

    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 67

    GRFICO 43 NUVENS BAIXAS OUTUBRO

    OUTUBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

    E D

    IAS

    CO

    M T

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    L D

    E N

    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 68

    GRFICO 44 NUVENS BAIXAS NOVEMBRO

    NOVEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    UVE

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 69

    GRFICO 45 NUVENS BAIXAS DEZEMBRO

    DEZEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    L D

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    UVE

    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 70

    GRFICO 46 TODAS AS NUVENS

    TODAS AS NUVENS

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Ms

    Oita

    vos

    de c

    u

    Turno 00-06 Turno 06-12 Turno 12-18 Turno 18-00 Mdia diria

  • 71

    GRFICO 47 TODAS AS NUVENS - JANEIRO

    JANEIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8

    OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 72

    GRFICO 48 TODAS AS NUVENS FEVEREIRO

    FEVEREIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8

    OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    CO

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 73

    GRFICO 49 TODAS AS NUVENS - MARO

    MARO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 74

    GRFICO 50 TODAS AS NUVENS - ABRIL

    ABRIL

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    CO

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 75

    GRFICO 51 TODAS AS NUVENS - MAIO

    MAIO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    CO

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 76

    GRFICO 52 TODAS AS NUVENS - JUNHO

    JUNHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 77

    GRFICO 53 TODAS AS NUVENS - JULHO

    JULHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8

    OITAVOS DE CU

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 78

    GRFICO 54 TODAS AS NUVENS - AGOSTO

    AGOSTO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 79

    GRFICO 55 TODAS AS NUVENS SETEMBRO

    SETEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

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    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 80

    GRFICO 56 TODAS AS NUVENS OUTUBRO

    OUTUBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 81

    GRFICO 57 TODAS AS NUVENS NOVEMBRO

    NOVEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 82

    GRFICO 58 TODAS AS NUVENS DEZEMBRO

    DEZEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    0 a 3 4 a 6 7 a 8OITAVOS DE CU

    N

    MER

    O D

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    IAS

    CO

    M T

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    L D

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    NS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 83

    TABELA DE CONDIES GERAIS DO TEMPO Condies gerais do tempo significa a condio de tempo que havia no momento da observao, com caractersticas bem definidas e classificveis segundo uma tabela internacional. Na TABELA foi computado o nmero de dias que certo fenmeno ocorreu no horizonte visual do observador, sendo que neste trabalho os dados foram processados por turno, dentro de cada ms. As condies de tempo registrveis so: - NIL - Significa que nada registrvel ocorreu no

    momento da observao. - PRP VTA

    (PRECIPITAO VISTA)

    - Significa que do local onde se encontrava o observador foi visvel alguma forma de precipitao.

    - NVS ou FUM (NVOA SECA ou FUMAA)

    - Que so fenmenos obstrutores de visibilidade e de grande importncia em trfego areo.

    - ARE ou POE (AREIA ou POEIRA)

    Tambm fenmenos redutores de visibilidade.

    - NVU ou NVO (NVOA MIDA ou NEVOEIRO)

    a nebulosidade que se forma nas camadas inferiores da atmosfera e que fica em contato com a superfcie terrestre. So obstrutores de visibilidade, construindo fator restrito de trfego areo, e muito perigoso para o trnsito de veculos nas estradas, principalmente em regies serranas.

    - ISC (CHUVISCO) Que pode se apresentar de vrias formas registrveis nos boletins meteorolgicos: chuvisco leve contnuo (ISC LEV CNT), chuvisco leve intermitente (ISC LEV INT), chuvisco contnuo (ISC CNT), etc.

    - CHV (CHUVA) Tambm recebendo quase as mesmas variaes registrveis, como: chuva contnua (CHV CNT), chuva intermitente (CHV INT), etc.

    - TRV ou RPG (TROVOADA ou RELMPAGO)

    Que normalmente ocorre quando h chuva originada por nuvens de grande formao vertical, do tipo cumulonimbus.

    - GRZ GRANIZO)

  • 84

    Aqui cabe uma explicao mais ampla sobre o que seja chuva, neve e granizo, complementado a explicao anterior sobre nuvens. As camadas superiores das nuvens de formao vertical, tipo cumulunimbus ou altostratus, com temperaturas interior bem abaixo do ponto de congelamento, so contitudas principalmente por cristais de gelo. Como a temperatura mais elevada nas camadas intermedirias, os cristais de gelo que descem e sobem, circulando dentro da nuvem, colidem com gotculas de gelo resfriadas. Ocorrendo aderncia aos cristais de gelo, so formados cristais ainda maiores, pesados o suficiente para cair atravs das correntes ascendentes. Durante a queda os cristais colidem com partculas da nuvem e se avolumam mais. Se a temperatura do ar prximo ao solo estiver abaixo do ponto de congelamento os cristais caem como flocos de neve. Se a temperatura do ar estiver quente eles assumem a forma de chuva. Havendo correntes muito intensas na circulao interior da nuvem, os cristais de gelo podero subir e descer vrias vezes. Na medida que circulam, subindo e descendo em grande velocidade, eles continuam a ganhar volume, at seu peso se tornar suficiente para que se precipitem sob forma de granizo, isto , pequenas pedras de gelo. Claro est que em Natal jamais caiu ou cair neve, j que a temperatura do ar nunca registrou valores abaixo de zero. Mas, granizo j ocorreu, embora muito esporadicamente. E sempre uma ocorrncia rpida, e localizada em pequenas reas, sequer registrvel. A TABELA DE CONDIES GERAIS DO TEMPO foi montada, como as demais, com as duas primeiras colunas como definidoras do ms e dos quatro turnos. As dez colunas que se seguem so caracterizadoras das condies de tempo, como relacionadas acima, apresentando para cada turno o nmero de dias que o fenmeno ocorreu. Por exemplo: um pesquisador que saber quando houve maior ocorrncia de trovoada e relmpago dentro dos dez anos analisados. Na coluna de TRV/RPG encontrar que no turno de 18 s 24 horas do ms de abril foram registradas 6,8 ocorrncias. A tabela de condies gerais do tempo gerou os GRFICOS REPRESENTATIVOS dos fenmenos, um para cada ms do ano. O eixo das ordenadas est apresentando o nmero de dias que cada fenmeno ocorreu e no eixo das abscissas so abertas colunas para cada fenmeno

  • 85

    TABELA 5 CONDIES GERAIS DO TEMPO

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    00 - 06 30,6 0,8 3,0 0,206 - 12 30,2 9,2 3,212 - 18 31,0 3,8 0,2 1,018 - 00 31,0 4,6 0,8 2,200 - 06 27,8 8,0 0,2 3,0 0,206 - 12 27,4 8,4 0,2 0,2 3,812 - 18 28,0 3,8 1,4 0,618 - 00 27,8 4,6 0,2 1,4 2,800 - 06 29,6 11,2 0,2 5,0 0,806 - 12 30,2 13,4 0,2 0,4 4,4 1,212 - 18 30,0 7,2 0,2 2,8 0,818 - 00 30,0 8,0 0,2 3,6 4,600 - 06 28,2 10,8 0,2 0,4 5,8 1,406 - 12 28,8 12,2 0,2 0,8 4,0 0,612 - 18 29,4 9,2 0,4 2,0 1,218 - 00 29,0 7,6 4,0 6,800 - 06 29,8 9,8 0,2 6,4 0,206 - 12 29,8 10,8 1,4 4,612 - 18 30,4 8,0 0,2 2,618 - 00 30,4 7,4 3,4 2,600 - 06 27,4 13,2 1,0 8,8 0,406 - 12 27,4 13,8 0,4 1,0 6,812 - 18 29,0 9,4 1,0 4,018 - 00 27,8 11,0 0,4 5,600 - 06 29,4 12,2 0,4 1,4 7,206 - 12 28,2 14,2 1,0 1,4 8,612 - 18 29,2 10,6 1,4 3,6 0,218 - 00 29,6 12,4 0,6 5,0 0,200 - 06 30,2 8,2 0,6 2,806 - 12 30,0 10,4 0,2 4,212 - 18 30,8 5,6 0,2 1,418 - 00 30,2 6,6 0,2 0,2 1,800 - 06 29,6 7,6 0,2 3,006 - 12 29,6 8,8 0,2 2,412 - 18 30,0 3,4 0,418 - 00 29,8 5,2 0,2 1,600 - 06 31,0 3,8 0,2 1,206 - 12 30,8 6,2 0,2 0,4 1,012 - 18 31,0 2,6 0,418 - 00 31,0 2,0 0,600 - 06 30,0 4,8 0,2 0,606 - 12 30,0 4,0 0,412 - 18 29,8 0,818 - 00 30,0 3,4 0,2 0,200 - 06 30,8 6,8 0,2 1,0 0,206 - 12 30,6 6,2 0,2 1,412 - 18 31,0 1,8 0,618 - 00 30,8 2,8 1,0 1,0

    Mai

    Fev

    Dez

    Jun

    Jul

    Ago

    Set

    Out

    Nov

    Mar

    Abr

    MS TURNO NMERO DE DIAS COM:

    Jan

  • 86

    GRFICO 59 CONDIES GERAIS DO TEMPO JANEIRO

    JANEIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 87

    GRFICO 60 CONDIES GERAIS DO TEMPO FEVEREIRO

    FEVEREIRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 88

    GRFICO 61 CONDIES GERAIS DO TEMPO MARO

    MARO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 89

    GRFICO 62 CONDIES GERAIS DO TEMPO ABRIL

    ABRIL

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 90

    GRFICO 63 CONDIES GERAIS DO TEMPO MAIO

    MAIO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 91

    GRFICO 64 CONDIES GERAIS DO TEMPO JUNHO

    JUNHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 92

    GRFICO 65 CONDIES GERAIS DO TEMPO JULHO

    JULHO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 93

    GRFICO 66 CONDIES GERAIS DO TEMPO AGOSTO

    AGOSTO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 94

    GRFICO 67 CONDIES GERAIS DO TEMPO SETEMBRO

    SETEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 95

    GRFICO 68 CONDIES GERAIS DO TEMPO OUTUBRO

    OUTUBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 96

    GRFICO 69 CONDIES GERAIS DO TEMPO NOVEMBRO

    NOVEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 97

    GRFICO 70 CONDIES GERAIS DO TEMPO DEZEMBRO

    DEZEMBRO

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    30,0

    35,0

    NIL PRP/VTA NVS/FUM ARE/POE NVU/NVO ISC CHV NVE TRV/RPG GRZ

    NMERO DE DIAS COM

    DIAS

    00 - 06 06 - 12 12 - 18 18 - 00

  • 98

    TABELA DE PRESSO ATMOSFRICA A massa de ar que recobre a Terra tem peso e substncia, embora invisvel. Na superfcie exerce uma presso superior a 100.000 newtons por m2. Mas a unidade mais adotada para medir presso o milibar (mb), e a presso normal ao nvel do mar de 1.013 milibares. Em aviao uma informao importante, principalmente para aeronaves ainda no dotadas das recentes tcnicas de indicao de altitude. A informao da presso ao nvel da pista permite que o piloto possa coloc-la em seu altmetro, sendo que o mesmo dever indicar zero de altitude no instante que a avio coloca o trem de pouso na pista. Nos formulrios que originaram a massa de informaes geradora deste trabalho consta a seguinte informao: ALTITUDE DA CUBA DO BARMETRO 49 METROS (NMM). Isto que dizer que a estao de Natal se encontra a 49 metros do nvel mdio do mar. Por exemplo, se um avio encontra-se a 600 metros em relao ao solo sobrevoado, dizemos que a altura do avio de 600 metros. Mas os avies sempre voam baseado-se na presso do nvel mdio do mar, ou seja, altitude. No exemplo, se o solo estiver a 900 metros do nvel mdio do mar, ento o avio estar voando na altitude de 1.500 metros, isto , 600+900 metros. A tabela de presso atmosfrica (onde consta a informao que ao nvel da estao), tem na primeira coluna os meses do ano e na segunda os quatro turnos de cada dia. A terceira coluna apresenta a mdia por turno e a quarta coluna apresenta a mdia dos quatro turnos, ou seja, a mdia diria. A tabela de presso atmosfrica acompanhada de um GRFICO REPRESENTATIVO dos dados nela contidos. Ou seja, o eixo das abscissas dispe dos meses do ano e o das ordenadas indica os valores em milibares, dentro da amplitude que a Estao Meteorolgica de Natal sempre registrou.

  • 99

    TABELA 6 PRESSO ATMOSFRICA - AO NVEL DA ESTAO

    Obs.: Valores expressos em milibares (mB).

    MDIA POR MDIATURNO DIRIA

    00 - 06 1004,806 - 12 1005,912 - 18 1004,518 - 00 1005,400 - 06 1004,806 - 12 1005,812 - 18 1004,618 - 00 1005,300 - 06 1004,406 - 12 1005,412 - 18 1004,018 - 00 1005,000 - 06 1004,606 - 12 1005,712 - 18 1004,018 - 00 1005,300 - 06 1005,806 - 12 1006,812 - 18 1005,218 - 00 1006,300 - 06 1006,906 - 12 1007,812 - 18 1006,518 - 00 1007,500 - 06 1008,306 - 12 1009,112 - 18 1007,818 - 00 1008,800 - 06 1008,306 - 12 1009,312 - 18 1007,818 - 00 1008,600 - 06 1007,806 - 12 1008,912 - 18 1007,218 - 00 1008,300 - 06 1005,906 - 12 1007,312 - 18 1005,518 - 00 1006,600 - 06 1005,106 - 12 1006,412 - 18 1004,818 - 00 1005,800 - 06 1004,706 - 12 1005,912 - 18 1004,518 - 00 1005,4

    1005,1

    1006,0

    1007,1

    1008,5

    1006,3

    1005,5

    1008,5

    1008,0

    Mar

    Abr

    Mai

    1005,1

    1005,1

    1004,7

    1004,9

    Dez

    Jun

    Jul

    Ago

    Set

    Out

    Nov

    Jan

    MS TURNO

    Fev

  • 100

    GRFICO 71

    PRESSO ATMOSFRICA AO NVEL DA ESTAO

    GRFICO DE PRESSO ATMOSFRICAAO NVEL DA ESTAO

    1003,0

    1004,0

    1005,0

    1006,0

    1007,0

    1008,0

    1009,0

    1010,0

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Ms

    Mili

    bare

    s

    Turno 00-06 Turno 06-12 Turno 12-18 Turno 18-00 Mdia diria

  • 101

    TABELA DE TEMPERATURA As estaes meteorolgicas sempre dispem de um instrumento chamado PSICRMETRO, que a juno de dois termmetros, sendo que um deles tem o bulbo revestido com uma camisa de algodo. Ento, dito que no psicrmetro feita a leitura de dois termmetros: o de bulbo seco e o de bulbo molhado. O termmetro de bulbo seco que indica a temperatura do ar. O termmetro de bulbo molhado indica a temperatura de saturao do ar. Da relao das duas temperaturas, do bulbo seco e do bulbo mido, vem a importante informao da temperatura do ponto de orvalho. Antes da leitura do psicrmetro, o bulbo mido (com a camisinha de algodo) dever ser embebido em gua. Faz-se a leitura do termmetro de bulbo seco, ou seja, a temperatura do ar. Em seguida feito um movimento de rotao do psicrmetro, com certa velocidade para que um volume maior de ar passe pelo bulbo umedecido, aps o que faz-se a leitura do termmetro de bulbo molhado. Claro est que o valor encontrado no mido sempre inferior ao do seco. Melhor explicando: a atmosfera pode conter um certo volume de umidade, sob a forma de vapor dgua, que sobe por condensao de fontes aqferas, como oceanos, lagos, rios e outras. Tal volume tem um limite chamado de saturao, aps o que o vapor comea a se condensar sob a forma de mnimas gotas de gua. As nuvens so apenas quantidades enormes de gotculas de gua e cristais de gelo, que flutuam no ar. A temperatura do ar a responsvel pela saturao. O ar quente tem mais vapor dgua que o ar frio. Assim sendo, quando a temperatura cai o ar fica mais mido... at atingir o ponto de orvalho, situao que permite a condensao do vapor. Quando tal ocorrncia acima do solo, formam-se nuvens. Se as gotas condensadas forem grandes e pesadas ocorrer precipitao. Em assim sendo, a tabela de temperatura obedece mesma sistemtica das tabelas anteriores, ou seja, a primeira coluna representa os meses do ano e a segunda os quatro tu