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CLIMATEMPO Meteorologia
Case elaborado por Elaine Michely Furtado Carozzi, sob a orientao do professor Alexandre Gracioso
Destinado exclusivamente ao estudo e discusso em classe, sendo proibida a sua utilizao ou reproduo em qualquer outra forma. Direitos reservados ESPM/EXAME.
www.espm.br [email protected]
(11) 50854625
Resumo
www.espm.br/publicaes
Este case descreve a atitude inovadora de um jovem empreendedor, Carlos Magno, que fundou a Climatempo e desempenhou um papel decisivo na expanso do mercado de servios meteorolgicos em nosso pas. O estudo tambm analisa o mercado em profundidade e prope questes em torno de dois problemas principais que a Climatempo enfrenta: a expanso do mercado e a competio de outros grupos, inclusive multinacionais.PALAVRASCHAVE: empreendedorismo; servios meteorolgicos; expanso de mercado
*Abstract
This case describes the innovative attitude of a young entrepreneur, Carlos Magno, who founded Climatempo and performed a decisive role in weather forecast services in our country. This study analyses the market as well as it reflects about two basic problems Climatempo faces: the market expansion and competition from other groups, including multinational companies.KEYWORDS: entrepreneurship, weather forecast services; market expansion
* Ana Lcia Moura Novais
Estrutura do Case
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IntroduoHistorico da ClimatempoO mercado de informao meteorolgica no Brasil
Principais concorrentes
Concluso e questes para discussoAnexos
Produo da informao meteorolgica nalise Distribuio Consumo (tipos de consumidores e necessidades)
Climatempo The Weather Channel Somar
www.espm.br/publicaes
1. INTRODUO
Este caso estuda o desafio de se diferenciar continu
amente em um setor no qual a matriaprima bsica
para se trabalhar exatamente a mesma: os dados
meteorolgicos. A Climatempo, empresa fundada em
1988, a maior empresa brasileira no setor e tem
apresentado grande crescimento nos ltimos anos.
Esse crescimento foi fomentado pela diferenciao
da concorrncia e pela introduo de novos servios
para nichos especficos. Porm, nesse setor, servios
podem ser facilmente imitados, portanto, a grande
questo que permanece como continuar inovando
nesse mercado.
Conhecer o seu pblicoalvo e se diferenciar so duas
das regras mais fundamentais do marketing. Como
muitas outras boas idias, tambm nesse caso mui
to mais fcil falar do que fazer. Porm, em poucos
segmentos parece ser to difcil se diferenciar, como
no de previso meteorolgica.
O fundador e presidente da Climatempo, Carlos Mag
no, vive esse problema diariamente. A empresa, que
atua no setor de meteorologia, tem como principal
desafio se diferenciar continuamente de suas concor
rentes, entre as quais est a The Weather Channel,
multinacional americana no fornecimento de servios
e informaes sobre o tempo. Atingir essa diferen
ciao, no entanto, no fcil, pois as informaes
utilizadas por todas as empresas do setor so rigoro
samente as mesmas, assim como os modelos utiliza
dos tambm so muito similares.
2. HISTRICO DA CLIMATEMPO
A Climatempo Assessoria e Consultoria Meteorolgica
surgiu em 1988. Fundada por Carlos Magno Nasci
mento e Ana Lcia de Macdo, a empresa era um
empreendimento indito no Brasil, fornecendo pre
viso de tempo para os meios de comunicao; seus
primeiros clientes foram a rdio Eldorado AM/FM de
So Paulo e o jornal O Estado de S. Paulo.
Com pouco tempo de mercado, a empresa conseguiu
ampliar sua carteira de clientes e o tipo de servios
prestados, consolidando sua qualidade e adquirindo o
reconhecimento do pblico em geral.
Atualmente, o servio reconhecido pelo seus ndices
de acerto de grande qualidade e pela utilidade em
diversos setores produtivos.
Com a Internet a Climatempo cresceu, expandiu suas
fronteiras e hoje enfrenta o desafio de se manter l
der no mercado de informaes meteorolgicas na
Amrica Latina.
3. O MERCADO DE INFORMAO METEO-ROLGICA NO BRASIL
H duas dcadas, vem acontecendo um grande de
senvolvimento na rea de meteorologia brasileira
como resultado de investimentos feitos pelo Minist
rio da Cincia e Tecnologia (MCT) e alguns Estados1.
Outra mudana foi no comportamento do pblico em
geral, at pouco tempo atrs, previso do tempo era
sinnimo de algo pouco confivel e que, em geral,
no dava muito certo. Hoje em dia, o brasileiro est
cada vez mais preocupado em abrir o jornal ou ligar a
televiso para checar a previso, que cada vez acerta
mais. Isso s foi possvel graas ao aumento da tec
nologia de captao de informaes meteorolgicas,
aos satlites e informtica. Grandes e pequenas
empresas, a maioria privada, fazem previses me
teorolgicas nacionais junto com o Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet), rgo oficial responsvel
por monitorar o tempo2. Embora o principal servi
o dessas empresas seja o fornecimento de boletins
de previses meteorolgicas, elas tambm atuam na
programao de vdeos diversos para meios de co
municao e desenvolvendo trabalho nas mais diver
sas reas de consultoria meteorolgica para empre
sas dos mais variados setores, de modo a atender s
necessidades crescentes do mercado.
Indstria, comrcio, mdia e agribusiness so algu
mas das reas de atuao desse segmento que ainda
muito recente no mercado e que, embora pouco
discutido economicamente, est em fase de expanso
e tende a se tornar chave fundamental para a toma
da de decises das empresas que atuam em setores
cuja sazonalidade caracterstica de seus produtos e
tambm para investidores, principalmente no merca
do de commodities agrcolas. O faturamento do setor,
segundo as empresas, j chega a R$ 100 milhes por
ano e tende a aumentar; a Climatempo dobrou o fa
1 Fonte: Edson Batista Teracine. 2 Fonte: Gazeta Mercantil, 8/jan/2002 Cu de brigadeiro para a meteorologia.
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turamento em 2001 e vai ampliar a programao do
seu canal prprio, a TV Climatempo.
O grande The Weather Channel pretende fazer do
Brasil seu principal mercado na Amrica Latina; e a
Somar, que fornece informaes meteorolgicas para
o Canal Rural, da Net, negocia com a RBS a ampliao
do contrato atual, que cobre apenas a regio Sul.
Com toda essa expanso de seus negcios, as empre
sas de consultoria e previses meteorolgicas vem
se obrigadas a segmentar o mercado de consumidores
de seus produtos/servios, para melhor atender s
expectativas e descobrir novos nichos. Outro desafio
desse mercado conseguir lucrar com os dados, pois
com a Internet a informao se tornou commodities
e muito mais facilmente acessvel; fazendo com que
essas empresas desenvolvessem produtos mais refi
nados e personalizados, de acordo com a necessidade
de cada cliente.
A principal barreira para a comercializao dos produ
tos , segundo Carlos Magno diretor da Climatempo,
a concorrncia no setor. Isso porque o mercado, em
bora esteja em crescimento, ainda muito pequeno3,
com um nmero limitado de empresas participantes;
alm disso, a informao bruta, ou seja, o produto
bsico usado pelas empresas o mesmo, o que torna
mais difcil se diferenciar nesse mercado.
Contudo, o mercado est evidentemente em expan
so, posto que a meteorologia vem sendo utilizada
cada vez mais para a tomada de decises nas estrat
gias e planejamentos operacionais de alguns setores
da economia, visando a um incremento da eficincia
em suas atividades.
A meteorologia no se limita a fazer previses de
tempo e clima. Os profissionais podem trabalhar com
pesquisa na rea de atmosfera e radiao solar, ou
fornecendo informaes importantes para a rea de
aviao e navegao. O campo est crescendo me
dida que o ndice de acertos aumenta, segundo Car
los Magno. Ele explica que a tecnologia permite aos
meteorologistas usarem equipamentos mais precisos
tanto na visualizao de imagens, como no processa
mento e na anlise de dados.
A cadeia de valor da indstria funciona conforme a fi
gura ao lado. A cada fase, as informaes so tra
balhadas de forma a atender s necessidades espec
ficas do consumidor final.
O setor de meteorologia pleiteia junto ao governo a
criao de uma agncia Nacional de Meteorologia que
regularizaria e coordenaria a atividade no Brasil. A
agncia teria como funo bsica desenvolver uma
poltica que orientasse a melhoria e a expanso das
redes de observaes meteorolgicas. A exemplo do
que ocorre nos EUA, a agncia nacional estabelece
ria diretrizes para o desenvolvimento da atividade no
pas, e instituiria uma poltica normativa que aten
desse s exigncias bsicas para instalao de equi
pamentos e redes meteorolgicas em todo o territ
rio nacional.
Atualmente, cada rgo federal elabora seus projetos
sem consultas aos servios estaduais de meteorolo
gia e viceversa. A obedincia aos padres e normas
de Organizao Meteorolgica Mundial tornase de
difcil aplicao, porque no existe um rgo de ho
mologao para os sistemas de observao meteoro
lgica a serem implantados.
Produo da informao meteorol