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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO VERSÃO PRELIMINAR SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - 2010 COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · colégio estadual da colônia murici – ensino fundamental e médio colÉgio estadual da colÔnia murici ensino

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO

VERSÃO PRELIMINAR

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS ­ 2010

COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO

VERSÃO PRELIMINAR

Projeto apresentado ao Núcleo Regional da Educação – Área Metropolitana Sul, sob a orientação da Equipe de Ensino.

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – 2010

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

Sumário

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................... 8

2. ORGANOGRAMA ........................................................................................................................................ 9

3. IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................................................ 10

4. HISTÓRICO DO COLÉGIO......................................................................................................................... 17

4.1 FUNCIONAMENTO............................................................................................................................... 18

5. ATO SITUACIONAL..................................................................................................................................... 19

5.1 A SOCIEDADE E A ESCOLA...............................................................................................................19

5.2 O COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI COMO PARTE INTEGRANTE DA SOCIEDADE … 19

5.3 O COLÉGIO E O SEU FAZER PEDAGÓGICO....................................................................................20

5.4 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO............................................................................................22

5.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA...................................................................................................................... 24

5.6 PROFISSIONAIS E ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS...........................................................................26

5.7 A FORMAÇÃO INICIAL E O VÍNCULO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS.................................26

5.8 A ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL..................................................................................................27

5.9 O FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ESCOLA E DA APMF.....................................................28

5.10 O GRÊMIO ESTUDANTIL................................................................................................................... 28

5.11 A ESCOLA E A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS.......................................................................................28

5.12 FUNÇÃO DO COLEGIADO …........................................................................................................... 28

5.13 GESTÃO ESCOLAR E ÓRGÃOS DE APOIO.....................................................................................29

5.14 FORMAÇÃO CONTINUADA...............................................................................................................30

5.15 LEIS E NORMAS QUE REGULAMENTAM O NOSSO COLÉGIO......................................................30

6. ATO CONCEITUAL..................................................................................................................................... 32

6.1 FILOSOFIA DA NOSSA ESCOLA.........................................................................................................32

6.2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS QUE NORTEIAM NOSSO TRABALHO …............................................32

6.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO..........................36

6.4   O   FAZER   PEDAGÓGICO   DA   ESCOLA   NUMA   CONCEPÇÃO   DE   CURRÍCULO   COMO 

CONSTRUÇÃO E PRODUÇÃO DE SIGNIFICADO...................................................................................38

6.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO............................................................................................40

6.6 A GESTÃO ESCOLAR QUE PENSAMOS............................................................................................41

6.7 EQUIPE PEDAGÓGICA........................................................................................................................41

6.8 EQUIPE DOCENTE............................................................................................................................. 42

6.9 PESSOAL ADMINISTRATIVO..............................................................................................................42

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

6.10 FUNCIONÁRIOS DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL.................................................................42

7. ATO OPERACIONAL................................................................................................................................... 43

7.1 OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO......................................................................................43

7.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................................................43

7.3 PROPOSTAS DE TRABALHO..............................................................................................................44

7.4 CRONOGRAMA E SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA FORMAÇÃO PERMANENTE....................50

7.5 DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS PROFISSIONAIS.......................51

7.6 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR.............................................................................................51

7.7 RECUPERAÇÃO PARALELA...............................................................................................................52

7.8 PROMOÇÃO......................................................................................................................................... 53

7.9 CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................................. 53

7.10 RECLASSIFICAÇÃO........................................................................................................................... 53

7.11 PROGRESSÃO PARCIAL …...............................................................................................................55

8. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO ........................................................................... 55

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 56

INTRODUÇÃO …..................................................................................................................................... 57

     1. PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL …..................................................... 59

1.1 DISCIPLINA: ARTES............................................................................................................................ 59

1.1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA................................................................................................59

1.1.2 OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................................................60

1.1.3 CONTEÚDOS................................................................................................................................ 60

1.1.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA..................................................................................................64

1.1.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................... 65

1.1.6 REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 67

1.2 DISCIPLINA: CIÊNCIAS....................................................................................................................... 68

1.2.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................................................68

1.2.2 OBJETIVOS GERAIS …............................................................................................................... 70

1.2.3 CONTEÚDOS................................................................................................................................ 72

1.2.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA..................................................................................................76

1.2.5 AVALIAÇÃO ….............................................................................................................................. 77

1.2.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 79

1.3 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA.......................................................................................................80

1.3.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................................................80

1.3.2 OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................................... 82

1.3.3 CONTEÚDOS................................................................................................................................ 82

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

1.3.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA..................................................................................................91

1.3.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................... 92

1.3.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 98

1.4 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO......................................................................................................99

1.4.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................................................99

1.4.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................100

1.4.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 102

1.4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................105

1.4.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 107

1.4.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 109

1.5 DISCIPLINA: GEOGRAFIA.................................................................................................................110

1.5.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..............................................................................................110

1.5.2 OBJETIVOS GERAIS................................................................................................................... 112

1.5.3 CONTEÚDOS ............................................................................................................................. 113

1.5.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................115

1.5.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 116

1.5.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................ 119

1.6 DISCIPLINA: HISTÓRIA..................................................................................................................... 121

1.6.1 APRESENTAÇÃO  DA DISCIPLINA.............................................................................................121

1.6.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................123

1.6.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 124

1.6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................128

1.6.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 130

1.6.6 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................132

1.7 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................133

1.7.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..............................................................................................133

1.7.2 OBJETIVOS GERAIS:..................................................................................................................134

1.7.3 CONTEÚDOS    ..........................................................................................................................134

1.7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................140

1.7.5 AVALIAÇÃO.................................................................................................................................. 147

1.7.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................ 154

1.8 DISCIPLINA: MATEMÁTICA...............................................................................................................155

1.8.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................155

1.8.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................156

1.8.3 CONTEÚDOS …......................................................................................................................... 157

1.8.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................160

1.8.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 163

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

1.8.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 166

1.9 DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS..........................................................167

1.9.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................167

         1.9.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................168

1.9.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 169

1.9.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................175

1.9.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 175

1.9.6 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................178

2. PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO.............................................................................179

2.1 DISCIPLINA: ARTE............................................................................................................................. 179

2.1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..............................................................................................179

2.1.2 OBJETIVOS GERAIS................................................................................................................... 182

2.1.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 183

2.1.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA …........................................................................................... 185

2.1.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 187

2.1.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................194

2.2 DISCIPLINA: BIOLOGIA..................................................................................................................... 195

2.2.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................195

2.2.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................196

2.2.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 197

2.2.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................205

2.2.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................ 209

2.2.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 210

2.3 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA …................................................................................................. 211

         2.3.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA …........................................................................................ 211

         2.3.2 OBJETIVOS GERAIS …............................................................................................................. 216

         2.3.3 CONTEÚDOS …........................................................................................................................ 218

         2.3.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ….......................................................................................... 225

         2.3.5 AVALIAÇÃO …........................................................................................................................... 227

         2.3.6 REFERÊNCIAS …...................................................................................................................... 231

2.4 DISCIPLINA: FILOSOFIA...................................................................................................................233

2.4.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................233

2.4.2 OBJETIVOS................................................................................................................................ 234

2.4.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................. 235

2.4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA:..............................................................................................237

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

2.4.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................ 239

2.4.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 241

2.5 DISCIPLINA: FÍSICA..........................................................................................................................242

2.5.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................242

2.5.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................244

2.5.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................. 244

2.5.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................248

2.5.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 249

2.5.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 252

2.6 DISCIPLINA: GEOGRAFIA................................................................................................................253

2.6.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................253

2.6.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................254

2.6.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................. 256

2.6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................260

2.6.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................ 262

2.6.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 263

2.7 DISCIPLINA: HISTÓRIA..................................................................................................................... 264

2.7.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................264

2.7.2 OBJETIVOS GERAIS …............................................................................................................. 266

2.7.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 266

2.7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA................................................................................................269

2.7.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 270

2.7.6 REFERÊNCIAS............................................................................................................................ 274

2.8 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................275

2.8.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................275

2.8.2 OBJETIVO................................................................................................................................... 276

2.8.3 CONTEÚDOS.............................................................................................................................. 276

2.8.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................279

2.8.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................. 281

2.8.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 285

2.9 DISCIPLINA: MATEMÁTICA...............................................................................................................286

2.9.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.............................................................................................286

2.9.2 OBJETIVOS GERAIS..................................................................................................................288

2.9.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................. 289

2.9.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................291

2.9.5 AVALIAÇÃO................................................................................................................................ 293

2.9.6 REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 295

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Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio 

2.10 DISCIPLINA: QUÍMICA.....................................................................................................................296

2.10.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...........................................................................................296

2.10.2 OBJETIVOS GERAIS: ..............................................................................................................296

2.10.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................ 297

2.10.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA..............................................................................................298

2.10.5 AVALIAÇÃO............................................................................................................................... 298

2.10.6 REFERÊNCIAS.........................................................................................................................300

2.11 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA …......................................................................................................... 301

         2.11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA …...................................................................................... 301

 2.11.2 OBJETIVOS GERAIS .............................................................................................................. 307

2.11.3 CONTEÚDOS …...................................................................................................................... 308

2.11.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA...............................................................................................314

2.11.5 AVALIAÇÃO …........................................................................................................................... 315

2.11.6 REFERÊNCIAS..........................................................................................................................317

2.12 DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS.........................................................318

2.12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA............................................................................................318

2.12.2 OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................................319

2.12.3 CONTEÚDOS............................................................................................................................ 320

2.12.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA..............................................................................................324

2.12.5 AVALIAÇÃO............................................................................................................................... 325

2.12.6 REFERÊNCIAS.........................................................................................................................328

    2.13 DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL ................................................. 329

2.13.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA …...................................................................................... 329

         2.13.2 OBJETIVOS GERAIS …........................................................................................................... 331

         2.13.3 CONTEÚDOS …....................................................................................................................... 331

         2.13.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA …........................................................................................ 333

         2.13.5 AVALIAÇÃO ….......................................................................................................................... 333

         2.13.6 REFERÊNCIAS ….................................................................................................................... 336

     REFERÊNCIAS ….................................................................................................................................. 329

        

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           8  

1. APRESENTAÇÃO

O presente documento é o retrato do compromisso assumido pelo coletivo do Colégio Estadual 

da Colônia Murici. Ele traz a essência do nosso pensamento, dos nossos anseios e também das nossas 

dúvidas e preocupações.

 O que apresentamos nesse documento é o fio condutor que nos permite questionar o caminho, 

redirecioná­lo se preciso ou então comprovar  que aquilo que estamos fazendo vem dando certo.

O  ato  situacional  nos  possibilitou olhar  para  quem somos e como somos,  percebemos os 

nossos alunos, nossa comunidade, nosso fazer  pedagógico,  nossas atribuições e acima de  tudo como 

pensamos.  A  partir   daí   pudemos  estabelecer  um conceito  de  educação  que   originou   todas   as  outras 

concepções, o que denominamos de marco conceitual.

O momento mais complexo foi pensarmos como colocar em prática aquilo que acreditamos: o 

marco operacional. Cientes de que todas as nossas ações vêm marcadas por uma nítida intencionalidade, 

carregada de propósitos, visualizar o projeto político pedagógico possibilita antecipar a sua realização e os 

resultados que as nossas ações provocarão.

Esse   documento   serve   como   mola   propulsora   para   que   não   caiamos   no   espontaneísmo, 

correndo o risco de perdermos a especificidade da nossa ação educativa. 

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P E D A G O G O S

C O R P O D O C E N T E

B I B L I O T E C A

L A B O R A T Ó R I OQ u í m i c a , F í s i c a e B i o l o g i a

L A B O R A T Ó R I OD E I N F O R M Á T I C A

E Q U I P E P E D A G Ó G I C A

S E C R E T A R I A

M E C A N O G R A F I A

A U X I L I A R O P E R A C I O N A L

E Q U I P E A D M I N I S T R A T I V A

A P M F

G R Ê M I OE S T U D A N T I L

Ó R G Ã O S C O M P L E M E N T A R E S

D I R E Ç Ã O G E R A L

C O N S E L H O E S C O L A R

                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           9  

2. ORGANOGRAMA 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           10  

3. IDENTIFICAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SEED – SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ

ENDEREÇO:

AVENIDA ÁGUA VERDE, N° 2.140

CEP: 80.240­900

MUNICÍPIO: CURITIBA

FONE: (0XX41) 3340­1793

                          3340­1500

FUNDAÇÃO: 06 de janeiro de 1907 – ESCOLA PARTICULAR DA SAGRADA FAMÍLIA

DENOMINAÇÕES:

ATÉ 1956 ESCOLA ISOLADA SÃO JOSÉ E EDUCANDÁRIO SÃO JOSÉ

1.970                ESCOLA SÃO JOSÉ – ENSINO DE 1° GRAU

1.973                CASA ESCOLAR SÃO JOSÉ – ENSINO DE 1º GRAU

1.982                ESCOLA ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI – ENSINO DE 1º GRAU

2.000                COLÉGIO ESTADUAL DA COLÔNIA MURICI – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           11  

NOME: Colégio Estadual da Colônia Murici. Ensino Fundamental e Médio.

ENDEREÇO: Rua João Lipinski, nº 71,  CEP: 83.185­970

BAIRRO: Colônia Murici

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – PARANÁ

E – mail: [email protected]

FONE/FAX: (0XX41) 3635­1495

NÚMERO DE ALUNOS ATENDIDOS: 686

TURNO: Manhã e Tarde

APMF – CNPJ: 75.644.963/0001­27

NRE: CURITIBA – ÁREA METROPOLITANA SUL

DIRETORA: Ir. Inêz de Fátima Bacelar

RES.: N°235/06

ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: 224/08

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           12  

RECONHECIMENTO:

ATOS

OFICIAIS

ENSINO

FUNDAMENTAL

AUTORIZAÇÃO DE 

FUNCIONAMENTO

DO ESTABELECIMENTO

DECRETO Nº 3.735/82

DOE DE 25.02.1983

RECONHECIMENTO DO

ESTABELECIMENTO

RESOLUÇÃO Nº 2.607/88 

DOE DE 19.08.1988

RECONHECIMENTO

DO CURSO

RESOLUÇÃO Nº 

4209/07

DOE DE 08.10.2007

ATOS

OFICIAIS

ENSINO

MÉDIO

AUTORIZAÇÃO DE 

FUNCIONAMENTO

DO ESTABELECIMENTO

DECRETO Nº 3.735/82

DOE DE 25.02.1983

RECONHECIMENTO DO

ESTABELECIMENTO

RESOLUÇÃO Nº 2.607/88 

DOE DE 19.08.1988

RECONHECIMENTO

DO CURSO

RESOLUÇÃO Nº 

2412/05

DOE DE 06/09/2005

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           13  

3.1 QUADRO DOS PROFISSIONAIS E SUA FORMAÇÃO

DIREÇÃO

Ir. Inêz de Fátima Bacelar

Ensino Superior – Licenciatura em Pedagogia

Pós­Graduação – Especialização em Educação Infantil

                           ­ Especialização em Ciências Religiosas 

APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Salete Scarante Gaio Juliatto ­ Secretária

Ensino Superior – Normal SuperiorElaine Cristina Suacki – Assistente Administrativo

Ensino Superior em curso – Administração (incompleto)Miriam Vargas Dombroski – Assistente Administrativo

Ensino Médio CompletoDaniela Maria Beger – Assistente Administrativo

Ensino Superior em curso – Pedagogia (incompleto)

EQUIPE PEDAGÓGICA

Angela Elisabete Ferreira Moreno

Ensino Superior – Licenciatura em Pedagogia

Pós­Graduação – Especialização MBA em Gestão de Pessoas

                          ­ Especialização Lato Sensu em Educação Especial: DA, DF, DM, e DV

Célia Regina Sari Schulis

Ensino Superior – Licenciatura em Pedagogia

Clari Terezinha Kavilhuka

Ensino Superior – Licenciatura em Pedagogia

Pós­Graduação – Especialização em Gestão Escolar

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           14  

EQUIPE DOCENTE

Regina Célia Zen Jachinski

Ensino Superior ­ Licenciatura em Letras ­ Português

Pós­Graduação – Especialização em Magistério de 1º e 2º GrausEliane Regina Ravaglio

Ensino Superior – Licenciatura em Música

Pós­Graduação – Especialização em Metodologia do Ensino da ArteLena Márcia Francheto Mickus

Ensino Superior – Licenciatura em Matemática

Pós­Graduação – Especialização para Professores de MatemáticaLóris Cróccoli

Ensino Superior – Licenciatura em Filosofia

Pós­Graduação – Especialização em PsicopedagogiaRosa Maria Pampuch Pilatto

Ensino Superior – Licenciatura em Matemática

Pós­Graduação – Especialização em Magistério da Educação BásicaTerezinha Sueli Beserra Pereira de Melo

Ensino Superior – Licenciatura em Letras ­  Português/Inglês

Pós­Graduação – Especialização em Gestão EscolarLúcio Follador

Ensino Superior – Licenciatura em Educação Física

Pós­Graduação – Especialização em Fisiologia HumanaJoão Luis Pichorim

Ensino Superior – Licenciatura em Filosofia

                              Licenciatura em Teologia

Pós­Graduação – Especialização em Psicopedagogia Danieli Tomáz Milléo

Ensino Superior – Licenciatura em Ciências

Pós­Graduação – Especialização em Gestão e Planejamento AmbientalRoseli Teresinha Bortolan Grybosi

Ensino Superior – Licenciatura em História

Pós­Graduação – Especialização em Educação InfantilNeusa Zanicoski

Ensino Superior – Licenciatura em Letras e Língua Portuguesa

Pós­Graduação – Especialização em Comunicação Escrita e FaladaCaroline Guimarães dos Santos

Ensino Superior – Licenciatura em Matemática 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           15  

Max Leopoldo Wentzel

Ensino Superior – Licenciatura em Biologia

Pós­Graduação – Especialização em Educação

                             Especialização em Zoologia MarinhaAna Maria Bonasoli Ottersbach

Ensino Superior – Licenciatura em Matemática

Pós­Graduação – Especialização em Metodologia do Ensino de Matemática

Luciana Rurato Fernandes

Ensino Superior – Licenciatura em  Letras – Português/Inglês

Pós­ Graduação – Especialização em Educação Especial 

Joelma Aparecida de Oliveira

Ensino Superior – Licenciatura em Letras – Português/Espanhol

Letícia Cristina Pires

Ensino Superior – Licenciatura em História

Luciane Palaro das Chagas

Ensino Superior – Licenciatura em História

Neusa Monteiro Viebrantz

Ensino Superior – Licenciatura em Letras – Português/Inglês

Pós­Graduação – Metodologia do Ensino de Língua Inglesa

Nilce Ferreira Charneski Bassa

Ensino Superior – Licenciatura em Letras – Português

Pós­Graduação – Especialização em Psicopedagogia

Nilza Machado

Ensino Superior – Licenciatura em Matemática

Pós­Graduação – Metodologia do Ensino de Matemática

Rosilane Pereira

Ensino Superior – Licenciatura em Letras – Português

Pós­Graduação – Especialização em Educação Especial: DA, DF, DM e DV

Saulo Henrique de Souza

Ensino Superior – Licenciatura em Geografia

William da Veiga

Ensino Superior – Licenciatura em Física

Cristiane Vodonis

Ensino Superior – Licenciatura em Ciências Biológicas

Pós­Graduação – Especialização em Gestão e Engenharia Ambiental

                           ­ Especialização em Educação Especial 

Tathiana Raphaela Cidral

Ensino Superior – Engenharia Química

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           16  

Fernanda Mazetto BezerraEnsino Superior – Licenciatura em Educação Física

Generoso Fernando Ovidio dos SantosEnsino Superior – Licenciatura em Letras ­ Português/Inglês

Jesuane de Lucas FreitasEnsino Superior – Licenciatura em Letras – Português/EspanholPós­Graduação – Especialização na Modalidade “Formação para o Magistério Superior” em Linguística e EnsinoMestrado – Mestre em Linguística – Ramo de Linguística Geral e Portuguesa

Jandira FerreiraEnsino Superior – Licenciatura em Geografia

APOIO EM AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Cornélia Inêz Greboge Iachenski

Ensino MédioInês Mazza Beger

Ensino Fundamental Vera Lúcia Nogueira 

Ensino Médio (incompleto)Maria Odete Alves Batista

Ensino Fundamental Sandra Maria Nogueira Grebogi

Ensino Médio (incompleto)

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           17  

4. HISTÓRICO DO COLÉGIO

O   Colégio   Estadual   da   Colônia   Murici   –   Ensino   Fundamental   e   Médio   foi   fundado   pela 

Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família  de Maria,  em 06 de  janeiro de 1907, com a 

finalidade de atender a comunidade no que se refere à Educação Cultural e Religiosa, sendo autorizado o 

seu funcionamento em 1938. Em princípio, a Escola era particular, mas devido às condições financeiras 

precárias para mantê­la, optou­se pelo convênio com a Secretaria de Educação e Cultura em 1956, regido 

pela Lei n°4024.

Somente no ano de 1982, ficou oficialmente autorizada a funcionar de 5ª a 8ª série, com a 

Resolução n° 3735 de 08/12/82, e Reconhecimento do Curso Resolução n° 2607 de 19/08/82, recebendo o 

nome de Escola Estadual da Colônia Murici. O ensino de 1ª à 4ª série passou a ser da responsabilidade do 

Município de São José  dos Pinhais no ano de 1991, com a denominação Escola Municipal São José  ­ 

Ensino de 1º Grau.

Com o crescimento e desenvolvimento da comunidade, houve a necessidade de implantar o 

Ensino Médio na Colônia Murici. Em dezembro do ano de 1999, o curso foi autorizado, e então, a Escola 

Municipal São José, que funcionava neste Estabelecimento de Ensino, passou a atender as séries iniciais 

do Ensino Fundamental e a Educação Infantil na antiga Casa das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família, 

cedendo espaço para as novas turmas do Ensino Médio. A Escola passou a denominar­se Colégio Estadual 

da Colônia Murici  – Ensino Fundamental  e Médio,  com a Resolução nº 3.060/2001 de 30/01/2002 que 

reconheceu o Curso.

Atualmente,  o  Colégio  Estadual  da Colônia  Murici  está  atendendo doze   turmas do Ensino 

Fundamental, seis turmas do Ensino Médio e uma turma de Apoio Pedagógico pela manhã.

O   atendimento   do   Colégio   Estadual   da   Colônia   Murici   abrange   a   Colônia   Murici   e   as 

localidades vizinhas: Malhada, Avencal, Gamelas, Capão Grosso, Antinha, Cupim, Rio Pequeno, Costeira, 

Mergulhão, Papanduva da Serra, Catas Altas, Curralinho, Campestre, Cruz do Galo, Miringuava, Aciole, e 

alguns alunos do Barro Preto, Quississana, Jardim São Francisco e São José dos Pinhais.

Os   alunos,   em  sua   maioria,   são   de   descendência   polonesa,   e   possuem  um  nível   sócio­

econômico médio.  A escolaridade dos pais  destes alunos é  predominantemente o Ensino Fundamental 

incompleto.     

      

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           18  

4.1 FUNCIONAMENTO

O Colégio atua em dois turnos: manhã e tarde, oferecendo o Ensino Fundamental e Médio com 

os respectivos horários:

MANHÃ 07:30 hrs. às 11:45 hrs.8ª séries do Ensino Fundamental, Ensino Médio e uma 

turma de Apoio Pedagógico.

TARDE 13:00 hrs. às 17:10 hrs. 5ª a 7ª séries do Ensino Fundamental.

Atende atualmente 686 alunos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           19  

5. ATO SITUACIONAL

5.1 A SOCIEDADE E A ESCOLA

A ideia da globalização da economia foi delineando um novo tipo de sociedade, marcada pela 

competição desenfreada, pela detenção da riqueza nas mãos de uma minoria, pela violência gerada como 

consequência   da   miséria   e   também   pelo   uso   irracional   do   meio   ambiente.   Todos   esses   problemas 

aprofundaram as desigualdades sociais, criaram uma crise moral e ética  formando assim um panorama no 

qual os seres humanos se debatem para compreender e sobreviver. Por outro lado, o mundo globalizado 

tem nos ajudado a compreender melhor as diferenças existentes nas diferentes culturas e etnias do planeta.

Nesse contexto é que a escola assume um papel complexo, pois ao   mesmo tempo em que 

sofre   as   influências   da   sociedade,   se   torna   um   dos   instrumentos   de   transformação   dessa     mesma 

sociedade.

Ela  questiona  os  valores  existentes   tanto  quanto   reproduz  em sua  prática  esses  mesmos 

valores.   Reproduz   a   sociedade   quando   traz   em   seu   discurso   uma   preocupação   exagerada   com   as 

demandas materiais deixando em segundo plano os problemas da natureza humana, sua organização e 

estrutura que estão todas voltadas para resultados que aumentam as desigualdades sociais, culturais e 

econômicas. Seriação, reprovação, fragmentação dos conteúdos, tempo e espaço físico limitado, escola 

particular versus escola pública, vestibular, etc, todas são palavras que contribuem para essa desigualdade.

Por outro lado às ideias do ensino gratuito e de qualidade, avaliação diagnóstica e progressão 

continuada,   interdisciplinaridade  e   trans­disciplinaridade,  organização  diferenciada  do  ensino  quanto  ao 

tempo   e   espaço,   formação   de   cidadãos   conscientes,   inclusão,   permitem   que   a   escola   assuma   sua 

identidade como instrumento transformador da sociedade.

5.2   O   COLÉGIO   ESTADUAL  DA   COLÔNIA   MURICI   COMO   PARTE   INTEGRANTE   DA  SOCIEDADE 

(CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE)

O colégio como escola pública,  assume o seu papel atendendo uma comunidade bastante 

peculiar, localizada numa região rural, com uma cultura influenciada pelas raízes do povo polonês e pelo 

sentimento religioso bastante acentuado, que se solidifica na gestão das Irmãs da Sagrada Família.

Isso se explica porque a maioria das  famílias existentes é  de descendência polonesa,  tem 

como profissão a agricultura,  são em grande parte   formadas no  modelo   tradicional:  pai,  mãe e  filhos, 

possuem pequenas propriedades.  Há  ainda  um pequeno número   (10%) que  não estão dentro  desses 

padrões e são formadas, ora pela mãe e filhos, ora pelo pai e filhos ou avós. A escolaridade dos pais dos 

alunos não ultrapassa o ensino fundamental incompleto e uma pequena parcela possui curso superior (7%).

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           20  

A profissão predominante é a agricultura, com renda mensal de três salários mínimos aproximadamente, 

sendo   que   vivem   do   plantio   de   hortifrutigranjeiros.   Alguns   são   técnicos   e   operários   em   indústrias   e 

pequenas empresas, uma parcela mínima tem profissões ligadas ao trabalho intelectual.

Os   pais   depositam  na   escola   a   confiança   de   que   nesse   espaço   seus   filhos   receberão  a 

educação que necessitam (40%) e poderão ter sucesso em suas vidas (40%). Outros ainda acreditam na 

escola como acesso para o trabalho (7%). A participação dos pais é boa, acolhendo as ações do colégio, 

seus eventos e as necessidades da comunidade. Contribuem nos órgãos representativos como a APMF e 

Conselho de Escola.

Atualmente, além de atendermos a comunidade local, famílias de outras localidades buscam 

esta escola para seus filhos, na expectativa de que aqui o ambiente seja mais saudável, haja diferença na 

qualidade da organização e do ensino.

Os jovens e adolescentes variam a idade de onze a dezoito anos; geralmente auxiliam os pais 

na lavoura ou na manutenção das suas casas que, em grande parte, constituem­se em chácaras. A rotina é 

sempre muito estafante, o que acaba resultando em pouco tempo dedicado ao estudo, mesmo àqueles que 

não trabalham na lavoura, possuem uma carga horária de trabalho pesada, chegando muito tarde em suas 

casas e somente uma pequena parcela tem o tempo livre para estudo.

O lazer é restrito às festas promovidas pela igreja, pela escola e àqueles que acontecem nos 

finais de semana na praça local. O acesso à chamada cultura erudita é muito restrito. Percebe­se que a 

maior influência é da cultura de massa, limitada aos padrões das propagandas e à ideologia capitalista.

Resultante dessa realidade, nossos jovens e adolescentes, entram em choque com os valores 

que   recebem dos  familiares  e  da  escola,  com aqueles  valores  presentes  nos  meios  de  comunicação, 

acabando por reproduzir comportamentos voltados para o consumismo, para o pragmatismo da atualidade,  

a competição e, principalmente carregados de uma falta de perspectiva em relação às suas próprias vidas e 

a continuação dos seus estudos.

Acreditamos que  se encontra  aí  um dos  principais  desafios do Colégio  da Colônia  Murici, 

atrairmos os alunos para a construção de um conhecimento que servirá como um instrumento transformador 

das suas próprias vidas e para a formação de uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso que o aluno 

encontre significado naquilo que aprende, perceba a importância do aprender, do conhecer, encontrando 

sentido não apenas pelo conteúdo pedagógico que a escola passa, mas por aprendizados que não estão 

escritos até o momento no currículo formal e que vêm sendo vividos pelos jovens e adolescentes.

5.3 O COLÉGIO E O SEU FAZER PEDAGÓGICO

Possuímos   uma   organização   estabelecida   em   séries,     a   qual   contempla   um   sistema   de 

avaliação  baseado  em notas   e  em    tempos     rígidos,   como   é   o   caso  das  chamadas   horas­aula,  dos 

fechamentos do trimestre, dando a ideia de terminalidade.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           21  

Empreendemos todos os esforços, visando gerar oportunidades sistemáticas para que nossos 

alunos  sejam bem sucedidos  ao   final  de  cada ano  letivo.  A aprendizagem escolar,  no entanto,   requer 

condições específicas: isto significa que todos os alunos podem aprender, mas não em condições iguais.

Analisando   os   dados   estatísticos   dos   anos   anteriores   desta   escola,   constatamos   que   a 

reprovação vem acontecendo em torno de 6% no Ensino Fundamental e mais 7% são promovidos somente 

com os pré­requisitos mínimos da série. Quanto ao Ensino Médio, a reprovação fica em média em torno de 

5% no seu total de alunos matriculados.

Como responsáveis pela condição de aprendizagem em sala de aula,  nós,  os professores, 

devemos   estar   atentos   à   importância   da   interação,   assim   como   aos   fatores   que   influenciam   na 

aprendizagem e na capacidade de  render:  a  motivação,  o  significado e a vivência  do que está  sendo 

aprendido, a promoção da autoestima do aluno e o retorno sobre o seu desempenho. Nossa perspectiva em 

relação ao nosso trabalho educacional nesta Escola precisa progredir cada vez mais com situações que 

problematizam o conhecimento,   levando mais educandos a adquirirem o sucesso ao final  de cada ano 

letivo. 

O atual projeto pedagógico embora almeje uma escola menos fragmentada, ainda retrata essa 

organização, principalmente na divisão dos conteúdos por série, por disciplina e pela própria estrutura das 

escolas públicas estaduais.

O processo de avaliação tem ocorrido ao longo do trimestre, e é expresso em notas.

Uma situação sobre a qual temos refletido e tentado organizar de várias formas é a questão da 

recuperação paralela,  pois  sua efetivação  torna­se complicada  devido à  organização por  hora­aula,  ao 

número elevado de alunos, entre outros. Na recuperação, temos procurado proporcionar a revisão sobre os 

conteúdos estudados toda vez que se perceber uma não aprendizagem. 

A equipe que faz parte desta Escola tem uma preocupação em diminuir a distância que há 

entre o discurso e a prática docente.

Entendemos como avanço a constatação e a conscientização da necessidade de amenizar 

estes conflitos.

O   importante   é   que   todos   comunguem   e   insistam   que   ensinar   não   é   apenas   transferir 

conhecimento,   mas   que   é   preciso   constantemente   ser   testemunhado,   vivido,   para   que   os   alunos 

compreendam que este conhecimento faz parte de sua construção de cidadania.

Um momento dedicado à avaliação é o Pré­Conselho de Classe Participativo e o Conselho de 

Classe,   onde   sempre   nos   organizamos   previamente   com   uma   ficha   levantando   os   aspectos   da 

aprendizagem dos alunos, bem como o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. Esta ficha 

servirá como roteiro para reunião e consequente análise. 

A distribuição das turmas está estabelecida da seguinte forma: o Ensino Fundamental, com três 

turmas pela manhã (8ª séries) e nove turmas de quinta a sétima série funcionando à tarde; seis turmas no 

turno da manhã de Ensino Médio. 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           22  

Quanto à hora­atividade do professor, tentamos agrupá­la por disciplinas afins, contudo isso 

ainda não foi possível, tendo em vista que a escola tem um porte pequeno e os professores acabam sendo 

os   mesmos no Ensino Médio e no Ensino Fundamental.  O  tempo ocupado nesse horário está  sendo 

dedicado   em  grande   parte   para  a   elaboração   do   planejamento,   das   correções  das  avaliações   e   pré­

conselhos,   pois   esse   trabalho   é   exaustivo,   envolve   muito   tempo   e   vem   carregado   de   burocracia 

(preenchimento das chamadas, totalização das médias, etc.), sobrando pouco tempo destinado à formação 

continuada propriamente dita, o que é nossa preocupação.

5.4 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO

Aqui a procura por vagas é muito grande, porém temos dificuldade de conseguir licença para a 

construção de novas salas de aula – hoje existem dez salas, sendo uma delas o laboratório de Ciências, 

Física, Química e Biologia ­  tendo em vista que o terreno e a estrutura física pertencem à Arquidiocese de 

Curitiba e atende a demanda local.

Para atender ao maior número de alunos possíveis, também de outras localidades, as salas de 

aula são ocupadas por muitas carteiras.

As   carteiras   são   utilizadas   pelos   alunos   do   Ensino   Fundamental   e   do   Ensino   Médio, 

consideradas pelos alunos maiores como inadequadas para o seu tamanho.

Os banheiros dos alunos foram reformados, e atualmente correspondem às necessidades da 

comunidade escolar.

O laboratório de Química, Física e Biologia é bem utilizado, por haver pessoal preparado para 

esta função.

Com a vinda do Laboratório de Informática foi suprimida a Biblioteca, que hoje funciona em 

uma sala menor, dificultando os trabalhos de pesquisa.

O Colégio é considerado de pequeno porte, com um total de 686 alunos, distribuídos em 18 

turmas que compreendem o Ensino Fundamental e Médio, com aproximadamente 40 alunos em cada uma, 

divididas em dois turnos: manhã e tarde, e uma turma de Apoio Pedagógico com 15 alunos, e quando esses 

alunos superam as dificuldades de aprendizagem são substituídos por outros que precisam do apoio.   O 

espaço físico utilizado para  essas  aulas é da Paróquia, e está localizado ao lado da escola.

As aulas têm duração de 50 minutos, com recreio de 15 minutos. O tempo de recreio não 

agrada professores e alunos, que reclamam ser muito pouco para o lanche e outras pequenas atividades 

pertinentes ao momento.

Antes do início das aulas pela manhã e à tarde, quando a campainha soa pela segunda vez, os 

alunos organizam­se em filas,  por  série,  na área coberta  chamada pavilhão,  para  fazerem a oração e 

ouvirem uma pequena mensagem. Em seguida, as turmas deslocam­se para as salas de aula em silêncio, e 

logo o professor assume a sua tarefa do dia. Passados 50 minutos, é tocada a campainha, e os professores 

que não tiverem aulas geminadas mudam de turma e logo fecham a porta, para evitar que os alunos não 

fiquem muito tempo dispersos. O mesmo procedimento ocorre para as aulas seguintes.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           23  

Na organização do horário, procura­se atender, dentro do possível, o pedido dos professores 

que   querem   aulas   geminadas.   A   hora­atividade   de   cada   professor   é   contemplada,   de   acordo   com   a 

possibilidade de estar completo o horário de cada turma. Ainda precisamos reunir com mais frequência os 

professores por disciplina ou área, para facilitar as reuniões pedagógicas. Elas acontecem, muitas vezes, 

pelo esforço individual do professor que se encontra com seus pares nos Conselhos de Classe, ou dias 

dedicados à formação continuada.

As aulas são distribuídas entre os professores, observando­se as séries de atuação com mais 

afinidade, domínio de conteúdo e disponibilidade de cada um.

As reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe são previstos em calendários, efetivando­se 

no decorrer do ano letivo ou sempre que necessário.

O trabalho coletivo no cotidiano da Escola é a unidade de inter­relações da qual fazem parte: 

direção, alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica, administração, pais ou responsáveis.

É no dia­a­dia do trabalho coletivo que os projetos se concretizam, transformando as relações 

em ações de colaboração e companheirismo, na formação do indivíduo.

No Colégio Estadual da Colônia Murici,  durante a semana pedagógica, procura­se iniciar o 

processo de construção da unidade escolar. O primeiro encontro reúne todos os profissionais num mesmo 

horário, para que se conheçam, tomando ciência da filosofia da Escola, nas normas vigentes e do perfil do 

professor e funcionamento desta Instituição de Ensino.

Na segunda etapa, professores reúnem­se por área para o planejamento anual, do  trimestre, e 

as ações realizadas no primeiro dia de aula (acolhimento e dinâmica para os alunos). Após esta etapa, os 

professores informam aos alunos os conteúdos a serem trabalhados, as formas de avaliação e os critérios 

estabelecidos para o bom andamento dos trabalhos.

No   decorrer   do   ano   letivo,   acontecem   projetos   nas   diversas   disciplinas,   envolvendo   os 

componentes do Colégio, e a comunidade externa.

Num  período   de   três   dias   durante   o   ano   letivo,   por   fase,   realizamos   também   a   Semana 

Desportiva Cultural (jogos e oficinas), com objetivo de integrar e despertar o gosto pelas atividades físicas, e 

assim descobrir novos talentos dentro do esporte e nas outras áreas do conhecimento. São apresentadas 

diversas modalidades esportivas, onde o aluno faz sua inscrição na qual mais gosta ou na oficina que tem 

mais curiosidade. Esta é uma oportunidade que o Colégio oferece aos alunos, com a finalidade de torná­los 

mais cidadãos e participativos.

A  APMF e  o   Grêmio  participam da  Avaliação   Institucional  do  Colégio   e  nas   festividades, 

coordenando ações desenvolvidas, com aprovação do Conselho Escolar, o qual vem dando apoio a todas 

as necessidades da Instituição.

Os professores também podem contar com o trabalho da Biblioteca, a qual possui um bom 

acervo bibliográfico e serve de apoio para as pesquisas dos alunos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           24  

Durante o ano, várias atividades como: reuniões, festas, almoços, projetos, atividades culturais, 

são promovidas para integrar a família junto à Escola. Os pais são constantemente consultados para opinar 

e avaliar as decisões da Escola, como: uso do uniforme, passeios, formatura, aspectos positivos e negativos 

do Estabelecimento.  Também são convidados a participarem de palestras  educativas,  gincanas e  feira 

científica, promovidas pelo Colégio. O mesmo ocorre com professores, funcionários e alunos.

5.5 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Entendemos a educação inclusiva numa instituição escolar dinâmica voltada para a prática de 

cidadania que valorize e respeite as diferenças dos alunos dentro do seu processo individual de conhecer, 

aprender, reconhecer e construir a sua própria cultura.

O Projeto Político Pedagógico deste Colégio está aberto à proposta da declaração Mundial em 

Salamanca,   1994,   sobre   as   necessidades   educacionais   especiais:   acesso   e   qualidade   para   todos, 

independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, etc.

A educação de qualidade para  todos deve  levar em conta,  além das diferenças  individuais 

sempre presentes e a atenção, a diversidade, como também a construção e ampliação de valores, atitudes, 

conhecimentos,   determinados   métodos,   técnicas,   recursos   educativos   e   organização   específica   para 

atender as necessidades, conforme prevê o capítulo V da LDB.

Assim,   teoricamente amparados e  legalmente convidados a repensar a prática pedagógica, 

teremos como eixos a ética, a justiça e os direitos humanos, como tripé que sempre sustentou o nosso 

pensamento, mas nunca teve tanto peso e implicação como nos dias atuais.

Precisamos superar os males da contemporaneidade pela ultrapassagem de barreiras: físicas, 

psicológicas, espaciais, temporais, culturais e acima de tudo, garantir o acesso irrestrito de “Todos”, aos 

bens e às riquezas de toda sorte, entre eles o conhecimento.

Nesta  caminhada  educativa,  nossos  alunos  são  ensinados  a   respeitar  as  diferenças,  pela 

convivência entre eles, pelo exemplo dos profissionais que aqui trabalham, pelo ensino ministrado nas salas 

de   aula,   pelo   clima   sócio­afetivo   das   relações   estabelecidas   em   toda   a   comunidade   escolar. 

Consequentemente, a escola não exclui nenhum aluno de suas classes, de seus programas, de suas aulas 

e do convívio escolar mais amplo. Um aspecto importante, diz respeito à necessidade de flexibilização do 

currículo e estratégias diferenciadas de atendimento ao aluno com necessidades especiais.

Na inclusão propriamente dita, entendemos também que a escola, enquanto instituição, não 

pode ficar desamparada pelos órgãos constituídos socialmente para gerenciá­la, fazendo­se necessário que 

os profissionais atuantes, assumam em caráter e prioridade as  providências inerentes à inclusão, ou seja, a 

montagem de programas onde especialistas, desde o professor, intérprete, assistentes sociais, terapeutas e 

fisioterapeutas,   pedagogos,   psicopedagogos,   fonoaudiólogos,   psicólogos,   pediatras   e     neuro­pediatras 

sejam direcionados para a questão, visando a qualidade do atendimento  e com  sucesso.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           25  

Como afirma o documento da SEED sobre a política de inclusão.

A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que ela se reportam. 

Apenas a matrícula não garante a permanência do aluno na escola. A cultura escolar deverá permitir aos 

educandos um transcurso contínuo e progressivo no Estabelecimento de Ensino, com apresentação de 

resultados positivos de aprendizagem.

As dificuldades imprimem um ritmo; mas não impedem o desenvolvimento; colocam barreiras, 

mas   não   fecham   os   caminhos.   Temos   que   ser   sensíveis   para   incluir   de   forma   singular   cada   sujeito, 

promover situações de aprendizagem e estarmos capacitados para  trabalhar com as diferenças, com a 

diversidade em sala de aula (LDB).

A diversidade em sala de aula nos faz reportar às culturas que historicamente não têm sido 

respeitadas como é o caso da cultura afro­brasileira, da cultura indígena e da cultura do campo.

O Brasil   tem em sua   identidade  a  riqueza  da  diversidade  étnica  cultural.  É  composta  por 

imigrantes,   índios,  afrodescendentes,  sertanejos,  etc.  No  entanto,  desde sua  colonização até  hoje   têm 

existido preconceitos e exclusão social, o que deixa muitos brasileiros à margem, sem direito à vivência 

plena de sua cidadania.

Por  isso,  constatamos a necessidade de  implementação de políticas  de  reconhecimento e 

valorização das diversas culturas que hoje permeiam a nossa sociedade.  E também sob esta ótica, o nosso 

Colégio proporciona o ingresso e a permanência com qualidade de todos os alunos independentes da sua 

condição étnico­racial, crença ou posição política, garantindo­lhes uma educação que valorize, reconheça e 

promova o sucesso de todos.   Lutamos pela superação do racismo, especialmente dos negros, por ser a 

nossa comunidade escolar formada na sua maioria por descendentes Poloneses e Italianos e discretamente 

apresentam   preconceitos   para   com   os   colegas   afrodescendentes.   Mas   acreditamos   que   a   luta   pela 

superação do racismo e da discriminação racial é tarefa de todo e qualquer educador, e levamos a sério 

esta questão como Instituição Educativa inserida nesta comunidade. Ainda não podemos perder de vista a 

valorização da cultura dos nossos próprios alunos, pois a maioria sendo filhos de agricultores, às vezes 

rejeita as suas origens ou se envergonham dos seus costumes.

Diante deste  contexto,  garantimos atenção especial  aos afrodescendentes,  aos  índios,  e  à 

própria valorização da cultura do campo, dentro de toda as disciplinas, desenvolvemos trabalhos com a 

valorização da identidade, cultura e história desses brasileiros.

Hoje   também,  temos alguns alunos  que  são considerados especiais.  Fazemos adequação 

curricular constantemente e tem dado avanços nos resultados. Fazemos referência também a vários casos 

de  alunos  de  condições  limítrofes  na  aprendizagem,  os  quais   são  atendidos  de  maneira  diferenciada, 

através de apoio pedagógico no contra­turno e acompanhamento em Clínicas especializadas. Os resultados 

são satisfatórios, dentro das possibilidades de cada caso e conforme as especificidades de cada aluno.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           26  

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 capítulo V, art, 58, 59 e 60, atendemos 

os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, nos Ensino Fundamental e Médio. 

Porém,   ainda   não   temos   nenhuma   adaptação   na   rede   física   em   termos   de   rampas,   banheiros 

especiais e materiais pedagógicos adequados a estes alunos. 

Contudo,   a   nossa   maior   dificuldade   diz   respeito   à   necessidade   de   formação   pedagógica 

especializada para atender os alunos com necessidades especiais, pois sabemos historicamente que os 

cursos de graduação não tinham na grade curricular este módulo.   Outro aspecto bastante importante diz 

respeito   ao   excessivo   número   de   alunos   por   turma,   o   qual   acaba   impedindo   que   dispensemos   um 

atendimento de qualidade a esses alunos.

5.6 PROFISSIONAIS E ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS

Atualmente, contamos como órgão máximo de gestão o Conselho Escolar, o qual trabalha em 

conjunto com a APMF, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e há   também constituído o Grêmio 

Estudantil. A gestão da escola conta ainda como parte integrante a equipe pedagógica.

Os órgãos e segmentos representativos atuam cada um deles dentro da sua especificidade, 

num processo dialético muitas vezes complexo, levando­se em conta que cada um traz consigo antes de um 

projeto comum, os seus projetos pessoais, o que dificulta o entrecruzamento desses mesmos projetos, mas 

que por outro lado enriquece, pois gera no coletivo a necessidade da construção de um projeto comum.

A forma de gestão, normas e funções de cada um dos envolvidos estão descritas no regimento 

escolar e serão explicitadas neste documento.

5.7 A FORMAÇÃO INICIAL E O VÍNCULO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS

Contamos com quarenta e um profissionais, dentre eles,   trinta e dois são professores,  dos 

quais quatorze possuem contrato temporário pelo PSS, Programa Simplificado, e dezoito pertencem ao 

quadro próprio do magistério estadual. Do quadro próprio efetivo dos  funcionários, Agente Educacional II, 

temos apenas um, três são do contrato temporário pelo PSS, e cinco funcionários Agente Educacional I, 

sendo  um do quadro efetivo e quatro do contrato temporário PSS. 

A maioria dos profissionais tem permanecido em nosso Colégio em uma média de pelo menos 

seis anos, o que consideramos importante para o fortalecimento do trabalho. Algum tempo atrás, havia o 

problema da rotatividade, especialmente dos professores, devido às distâncias em relação ao centro da 

cidade.

Quanto à formação inicial, todos os professores têm curso superior completo, e dentre estes, 

vinte e um possuem cursos de pós­graduação. Na área pedagógica,  duas   profissionais possuem pós­

graduação. Quanto à equipe de Agente Educacional II, a secretária possui curso superior  e  está  cursando 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           27  

Profuncionário, enquanto que as outras duas auxiliares ainda estão em curso. Os Agentes Educacionais I, 

possuem o Ensino Fundamental completo, e alguns já concluíram o Ensino Médio.

5.8 A ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL

                 O Colégio Estadual da Colônia Murici compõe­se de três pavilhões com algumas árvores 

próximas e manilhas ajardinadas com flores, o que confere uma singular beleza.

Atualmente,  o  Colégio  conta  com dez  salas  de  aula,  uma  está   sendo  utilizada  para  o 

laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia. Conta também com uma sala dos professores destinada 

a hora­atividade, equipada com livros, revistas, armários individuais, escaninhos para os livros de chamada. 

Possui   também   mural   dos   aniversariantes,   quadro   de   avisos   e   uma   mesa   utilizada   para   lanche   dos 

professores.     Há     seis   salas   pequenas   que   abrigam   a   Equipe   Pedagógica,   Secretaria,   Direção, 

Almoxarifado, Depósito da Merenda Escolar, Cozinha; quatro banheiros   para uso dos alunos, sendo dois 

femininos e dois masculinos, e também dois para uso dos professores.

Na cozinha, estão um freezer onde são guardados os alimentos perecíveis; um liquidificador 

semi­industrial, uma batedeira industrial, um fogão industrial, uma mesa, armários e utensílios de cozinha; e 

na cantina uma geladeira pequena.  

Tem   uma   Biblioteca   com   mais   ou   menos   cinco   mil,   oitocentos   e   oitenta   livros   e   nove 

enciclopédias; e no mesmo espaço físico um Laboratório de Informática que possui cinco computadores 

“Paraná Digital” com 20 monitores   que estão a serviço da documentação e digitação de provas para os 

alunos,   preparação das atividades pedagógicas dos professores e acesso aos alunos para pesquisas e 

outros.   Têm   também   dois   aparelhos   de   televisão   e   nove   TVs­pendrive,   um   vídeo   cassete,   três 

retroprojetores, dois mimeógrafos a álcool (obsoleto),  três aparelhos de DVDs e quatro aparelhos de som 

para CDs, duas caixas acústicas,  uma copiadora Risograph, e uma copiadora Laser    “brother”;  circuito 

interno   com   seis   câmeras   e   alarme;   duas   impressoras   jato   de   tinta   e   três   impressoras   a   laser;   dez 

ventiladores de parede e três de teto.   

Possui uma quadra coberta de esportes para vôlei e basquete, e uma quadra de areia para 

futebol.

Existe um espaço grande ao ar livre – 4.800 m2.

Destes recursos, pode­se dizer que ainda há falta de espaço físico disponível para o melhor 

funcionamento do Colégio. Quanto aos recursos didáticos, são em bom número, com dificuldades quanto à 

manutenção dos mesmos.

Salienta­se ainda, que muitos dos materiais são adquiridos através de promoções da APMF 

deste Estabelecimento; e outros com verbas recebidas do Estado.

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5.9 O FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ESCOLA E DA APMF

Na Escola,  geralmente,  esses  dois  órgãos  funcionam em conjunto.  As  reuniões são  feitas 

trimestralmente. No início do ano, é feito o plano de ação da diretoria e um planejamento das ações que 

serão realizadas durante o ano, na escola. Os pais contribuem em todas as promoções, e acompanham o 

desenvolvimento  das  atividades por  meio das  reuniões.  Há  sempre  um apoio  muito  grande quanto ao 

direcionamento   da   Escola,   no   entanto,   pouco   interferem   nas   questões   relacionadas   aos   aspectos 

pedagógicos, talvez porque a maioria dos membros da comunidade ainda não tem incorporada essa prática 

de participação.

5.10 O GRÊMIO ESTUDANTIL

O grêmio tem procurado participar mais ativamente, organizando gincanas, aulas de teatro, 

auxiliando em outras atividades que a própria Escola promove. Buscam também participar dos encontros 

com outros grêmios, a fim de se inteirar da atuação desses grupos.

5.11 A ESCOLA E A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A Escola mantém um relacionamento privilegiado com a comunidade. Expõe suas ações com 

transparência, seriedade, e acima de tudo, com integridade.

Em resposta, os pais, em sua maioria, participam e colaboram quando solicitados.

Procura­se   trazer   a   família   para   reuniões,   e   quando   necessário,   os   pais   são   chamados 

individualmente na Escola, ou são feitas visitas domiciliares.

Há uma boa sintonia em relação a atividades extraclasses, como festas, gincanas, feiras ou 

outros eventos promovidos na Escola. No entanto, sente­se a necessidade de continuar a conscientização 

da família em relação à valorização do estudo e sua participação na vida escolar dos seus filhos.

5.12 FUNÇÃO DO COLEGIADO

                               Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a existência de espaços 

propícios para que novas relações sociais entre os diversos segmentos escolares possam acontecer. Para 

Bobbio (2000), “quando se quer saber se houve um desenvolvimento da democracia num determinado país,  

o certo é procurar saber se aumentou não o número dos que têm direito de participar das decisões que lhes  

dizem respeito, mas os espaços nos quais podem exercer esse direito”. Assim, o Conselho Escolar constitui 

um desses espaços, juntamente com o Conselho de Classe, o Grêmio Estudantil,  a  Associação  de  Pais e

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Mestres, entre tantos outros possíveis. Assim, a gestão deixa de ser o exercício de uma só pessoa e passa 

a ser uma gestão colegiada, na qual os segmentos escolares e a comunidade local se congregam para,  

juntos, construírem uma educação de qualidade e socialmente relevante.

5.13 GESTÃO ESCOLAR E ÓRGÃOS DE APOIO

A Direção é exercida por uma religiosa, por ser uma Entidade Confessional, conduzida pela 

Congregação   das   Irmãs   da   Sagrada   Família.   São   empreendidos   esforços   e   procura­se   dar   sempre 

prioridade ao aspecto pedagógico, realizando ações para que o espaço escolar se organize de forma que as 

atividades possam fluir com qualidade: acompanhamento das aulas, das reuniões, da elaboração do projeto 

pedagógico,   organização   das   entradas   e   saídas   dos   alunos,   atendimento   à   comunidade,   zelo   pelos 

horários, frequência dos professores e funcionários, organização da limpeza e provisão de materiais.

A equipe pedagógica é composta por duas profissionais, que atuam nos dois períodos (manhã 

e tarde).

Dentre as ações mais frequentes que são realizadas, está principalmente o acompanhamento 

do processo de ensino e aprendizagem, intervindo junto aos professores e alunos. Os horários destinados à 

hora­atividade do professor também são acompanhados, onde se costumam fazer orientações quanto ao 

planejamento, atividades extras e sugestões de encaminhamento. Outra atividade da equipe pedagógica é o 

atendimento   direcionado   aos   pais   ou   responsáveis,   e   aos   alunos,   quando   estes   procuram   o   setor 

pedagógico, ou quando são necessariamente chamados a comparecer no Estabelecimento.

A   organização   de   reuniões,   de   Pré­Conselhos,   Conselhos   de   Classe,   do   cronograma   de 

atividades   anuais   e   a   elaboração   do   Projeto   Pedagógico   também   fazem   parte   das   ações   da   equipe 

pedagógica.

Os professores têm a tarefa principal da docência, e consequentemente realizam tarefas como 

o planejamento anual por disciplina e o planejamento trimestral, além das atividades diárias. Também são 

funções da equipe docente as participações nos Conselhos de Classe, nas reuniões pedagógicas e na 

construção do Projeto Político Pedagógico.

A   principal   tarefa   dos   profissionais   administrativos   é   o   serviço   de   organização   da 

documentação escolar e o auxílio nas atividades referentes às matrículas dos alunos.

Dentro deste quadro também estão as funcionárias que organizam a biblioteca e realizam o seu 

atendimento.

As auxiliares operacionais são divididas em duas funções principais: a limpeza do ambiente 

escolar e a merenda dos alunos, todas auxiliam na orientação e disciplina dos alunos. 

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5.14 FORMAÇÃO CONTINUADA

Em nosso Colégio, a formação continuada se efetiva no decorrer do ano letivo, nos espaços de 

Reunião Pedagógica, Conselho de Classe, aos sábados quando necessário, e diariamente durante a hora­

atividade, por meio de leituras de livros do acervo bibliográfico dos professores, dos textos selecionados 

pela  coordenação pedagógica a  partir  das problematizações dos professores,   trocas de experiências e 

vídeos. Quando há oportunidade, participam também dos Congressos e Seminários ofertados pela SEED e 

empresas específicas desses eventos educacionais.

Para pensar em uma educação que promova o ser humano, é  preciso pensar numa prática 

pedagógica   coerente   com   essa   concepção   de   educação,   por   isso   é   preciso   repensar   a   proposta 

pedagógica,   o   aspecto   da   formação   continuada   dos   profissionais   que   atuam   na   Escola,   devendo   ser 

adequada ao momento histórico que estamos vivenciando. A competência dos profissionais da Educação é 

uma das condições principais da qualidade educativa. A formação dos professores vem se constituindo uma 

tarefa urgente, e não se pode   pensar em adquirir uma certa formação em determinado momento, pois 

percebemos que o mundo produz a cada instante uma infinidade de novas informações e desafios, que 

exigem uma permanente atualização   de todos os envolvidos nesse processo. Sua implementação deve 

partir  do pressuposto de que  todo o educador  precisa ser  um pesquisador de sua prática  pedagógica 

imediata, e ir até as raízes do conhecimento, construindo uma fundamentação teórica de qualidade.

Por   isso,   entendemos   que   a   formação   continuada   deve   acontecer   sempre   a   partir   das 

necessidades encontradas pelos profissionais, levantando as problematizações que suscitam reflexão, num 

movimento dialético entre teoria e prática. 

5.15 LEIS E NORMAS QUE REGULAMENTAM O NOSSO COLÉGIO

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96;

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio;

Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental e Médio;

Deliberação Estadual nº14/99 CEE;

Deliberação Estadual nº 16/99 CEE;

Deliberação Estadual nº 04/99 CEE;

Deliberação Estadual nº 02/96 CEE;

Deliberação Estadual nº 09/01 CEE;

Deliberação Estadual nº 12/01 CEE;

Deliberação Estadual nº 02/03 CEE;

Deliberação Estadual nº 07/99 CEE;

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Lei nº 10.050/92 – Fundo Rotativo;

Estatuto do Magistério do Paraná;

Regimento Escolar;

Regimento Interno do Colégio Estadual da Colônia Murici.

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6. ATO CONCEITUAL

6.1 FILOSOFIA DA NOSSA ESCOLA

Nossa   filosofia   consiste   em   promover   o   desenvolvimento   do   senso   crítico,   que   implica   o 

processo   de   superação   permanente   das   concepções   ingênuas,   superficiais   e   contraditórias   do   senso 

comum. Ela busca extrair o núcleo válido, ou seja, o bom senso do senso comum, e trabalha para dar­lhe 

expressão   elaborada,   com vistas   à   formação  de   uma   concepção  de  mundo  adequada  aos   interesses 

populares. Assim, ela está fundamentada no materialismo histórico dialético.

O Colégio Estadual da Colônia Murici, dirigido pelas Irmãs Franciscanas da Sagrada Família 

de Maria, fundamenta seus princípios educacionais nos valores: 

• Educar   para   a   humanização   e   a   personalização,   assumindo   sua   realidade,   vivendo 

dignamente sua identidade pessoal.

• Educar  para  a   justiça,  permitindo  que  em nosso  Colégio  se  desenvolva  a  consciência 

crítica   própria   da   verdadeira   educação,   procurando   resgatar   permanentemente   os 

princípios culturais e normas de integração social que possibilitem a criação de uma nova 

sociedade participativa e solidária.

• Educar para o serviço, abrindo espaços para que o educando seja sujeito do seu próprio 

desenvolvimento e coloque­se a serviço da comunidade exercendo a cidadania.

• Educar para a verdadeira liberdade, tendo por base os princípios da educação libertadora 

que contribuem para o desenvolvimento integral do homem.

• Educar para o Ecumenismo, respeitando as mais diversas crenças religiosas.

Para que isso se concretize, nosso Colégio deve adaptar­se a novas tecnologias e primar pela 

eficiência do ensino científico e cultural. Pelo desenvolvimento do senso crítico, valores humanos, cívicos, 

éticos, políticos, sociais e morais.

6.2 CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM NOSSO TRABALHO

Vivemos numa sociedade que se concretiza pela mobilidade, inovações constantes, pluralismo 

de valores, crenças, desigualdades e abalo das instituições tradicionais.

A desigualdade entre os homens determina, não apenas, as condições materiais da vida e de 

trabalho das pessoas, mas também a diferenciação no acesso à cultura, à educação.

Se quisermos  ter  uma orientação e parâmetros  seguros  para a  educação,  devemos voltar 

nossa atenção às nossas origens: a PESSOA HUMANA.

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Para   superação   desta   realidade   contraditória,   precisamos   pensar   numa   escola   onde   a 

educação seja vista como promotora da dignidade da pessoa humana e do seu desenvolvimento integral.

Não se pode conceber o processo educacional como algo isolado da história da sociedade. 

Buscamos   uma   sociedade   fundamentada   na   dignidade   da   pessoa   humana   e   que   tem   como   meta   a 

comunhão social;   tendo como caminho o processo de  libertação: reconhecendo e acolhendo o fraco, o 

pequeno,   o   excluído   como   sujeito   do   seu   processo   histórico,   do   seu   próprio   desenvolvimento   e   do 

desenvolvimento social, e portanto, queremos uma sociedade economicamente justa, socialmente equitativa 

e solidária, politicamente democrática, culturalmente plural e religiosamente ecumênica.

Sendo assim, a fundamentação da nossa proposta está  na Pedagogia Progressista, onde a 

escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um 

espaço que aponta a possibilidade de transformação social.

A  educação  possibilita  a   compreensão da   realidade  histórico­social   e  explicita  o  papel  do 

sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade. 

É  na  teoria  crítica,  a  qual  sustenta a   finalidade sócio­política  da educação,  que buscamos 

através da tendência Histórico­Crítica sustentar nosso trabalho.

Esta teoria tem seu marco teórico datado em 1979 aqui no Brasil, e sua prática pedagógica 

apresenta uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade (ação 

–   compreensão  –  ação).  É   dado  o  enfoque  no   conteúdo  como produção   histórico­social   de   todos  os 

homens, superando as visões não­críticas e crítico re­produtivistas da educação.

A escola é  vista como socializadora dos conhecimentos e saberes universais, onde a ação 

educativa  pressupõe  uma  articulação  entre  o  ato  político  e  o  ato  pedagógico,  ocorrendo  uma   grande 

interação   entre   professor,   aluno,   conhecimento   e   contexto   histórico­social.   É   um   lugar   de   conflitos   e 

contradições que pode ser utilizado pelas forças progressistas em prol das transformações sociais. A luta 

pedagógica é  um processo da luta social global.  Em termos específicos, a educação escolar tem como 

função   a   promoção   da   transmissão­compreensão   de   conteúdos   extraídos   do   saber   científico   e   o 

desenvolvimento do senso crítico do aluno, questionando os conteúdos ideológicos.

Através de Demerval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos de Freitas, Acácia 

Zenaida   Kauenzer,   José   Carlos   Libâneo,   Marx,   Gramsci,   G.   Snyders,   M.Manacorda,   Makarenko, 

Suchodolski, Vigotski, Lúria, Leontiev, Wallon e outros representantes teóricos desta tendência, realizamos 

constantes leituras e discussões para argumentar nosso trabalho.  

Portanto,   nossa   filosofia   está   baseada   no   Materialismo  Histórico­Dialético,  o  qual   tem  por 

princípios:

• Tudo  se   relaciona:   a   realidade   é   concebida   como   um   sistema   extraordinariamente 

complexo e interligado, onde tudo o que existe está relacionado com o todo.

• Tudo se  transforma: a  realidade é  concebida como um sistema aberto e dinâmico, em 

permanente movimentação.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           34  

• Mudanças qualitativas: as transformações podem assumir diferentes ritmos, passando por 

“períodos lentos”, nos quais se sucedem pequenas alterações quantitativas e por períodos 

de aceleração, que precipitam alterações qualitativas, modificações radicais.

• Luta dos contrários: o motor fundamental de todas as transformações históricas reside na 

luta incessante dos elementos contrários, a qual conduz a uma superação progressiva das 

contradições que obedece ao seguinte processo: tese (determinada afirmação), antítese 

(negação da tese) e a síntese (choque entre a tese e a antítese).

Os valores cultivados dentro desta teoria é a visão histórico­social do mundo, a solidariedade 

pelo   fim da opressão social,  a autonomia de consciência  e  o  senso crítico,  a  liberdade historicamente 

situada e a responsabilidade como compromisso social.

Os   conteúdos   trabalhados   são   os   culturais   universais,   incorporados   pela   humanidade 

(clássicos),   permanentemente   reavaliados   face   às   realidades   sociais.   Os   conteúdos   indispensáveis   à 

compreensão da prática social, são aqueles que revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam 

as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação desta realidade.

Há uma relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos. Professor 

e aluno são seres concretos (sócio­históricos), situados numa classe social que é a síntese de múltiplas 

determinações.

O professor é a autoridade competente, que direciona o processo pedagógico, interfere e cria 

condições necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.

As técnicas de ensino são realizadas através da discussão, debates, leituras, aula expositivo­

dialogada, trabalhos individuais, em grupo com elaboração de sínteses e integradoras.

Para   tanto,   optamos   por   um   currículo   onde   a   educação   básica   fundamental   e   média   se 

constitua a partir do estudo dos fundamentos científico­tecnológicos e histórico­sociais, tornando­se uma 

prática   informada   pela   teoria,   pela   história   da   ciência   e   pela   travessia   da   humanidade   na   luta   pelo 

conhecimento que nos permite usufruir os bens que conhecemos hoje.

O conhecimento, ou seja, o processo de aprendizagem, é a centralidade da organização da 

escola, é o objeto de trabalho da escola.

Com  relação  ao  espaço  do  currículo,   temos  a  organização  por  disciplina,   com  ênfase  no 

trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, onde o conhecimento é organizado na forma de conteúdo escolar.

A   avaliação   tem   função   diagnóstica   (permanente   e   contínua),   sendo   um   meio   de   obter 

informações   necessárias   sobre   o   desenvolvimento   da   prática   e   dos   processos   de   aprendizagem.   Ela 

pressupõe   tomada   de   decisão.   O   aluno   toma   conhecimento   dos   resultados   de   sua   aprendizagem   e 

organiza­se para as mudanças necessárias.

A avaliação da aprendizagem pelo aluno é um processo importantíssimo do ensino, uma vez 

que orienta e reforça o que o aluno aprende e deve aprender.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           35  

É necessário que se entenda e reforce que o objetivo da avaliação é o de verificar o que o 

aluno está aprendendo, com que nível de domínio e segurança, em que nível de complexidade. A fim de 

que o professor possa concluir a respeito da eficácia do seu processo de ensino, da necessidade de rever e 

reorientar ou reforçar a aprendizagem em desenvolvimento.

Em consequência,  a avaliação deve ser praticada continuamente,  pelo professor,  como um 

processo,   a   fim   de   que,   naturalmente,   pelo  feedback  obtido,   promova   adaptações   necessárias   na 

organização dos conteúdos e experiências vivenciadas pelos alunos nos desafios apresentados. Enfim, a 

avaliação deve ser uma prática interativa de intercomunicação, entre o professor e o aluno. Para tanto, é 

necessário que se leve em consideração algumas estratégias básicas:

• Reforçar positivamente a aprendizagem dos alunos;

• Considerar  a   tentativa  e  o  erro  do  aluno  como ponto  de  partida  do  processo  ensino­

aprendizagem;

• Adotar variadas estratégias e instrumentos de avaliação;

• Dar à avaliação contínua um tom natural, uma vez que ela é inerente ao processo ensino­

aprendizagem;

• Reforçar a aplicação de processos mentais na resolução de problemas;

• Adotar processos interativos de organização de questões, a fim de estimular o pensamento 

associativo e evitar a prática da fragmentação;

• Considerar a avaliação globalmente;

• Planejar como será feita a avaliação junto com o planejamento da aula;

• Incorporar imediatamente ao ensino, o feedback da avaliação;

• Contextualizar a avaliação da aprendizagem individual dos alunos, no conjunto do processo 

de ensino adotado.

Queremos uma escola  que  forme com base no conhecimento como um todo,  um cidadão 

crítico, ético, moral, inserido na sociedade, com poder de decisão e transformador da realidade.

Uma   escola   que   acolha   a   todos,   que   realize   a   inclusão,   porém   com   estrutura   física   e 

capacitação dos profissionais para trabalhar com as diversas realidades e com assessoramento constante 

de outros profissionais.

O   profissional   precisa   ser   dinâmico,   competente,   ético,   responsável,   comprometido 

politicamente, que realmente acredite em seus objetivos. Que seja adaptável e versátil no uso das novas 

tecnologias.  Que busque a educação permanente,  ou seja,  a   formação continuada.  O  investimento na 

qualificação docente deve garantir formação específica para a competência humana, política e técnica.

O funcionário deve ter seus direitos garantidos,  que seja acessível sua entrada através de 

concursos,   e   que   sua   função   seja   compatível   com   o   grau   de   instrução.   Que   estes   também   tenham 

reciclagem de conhecimento e garantia à formação continuada.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           36  

Queremos   formar  sujeitos   conscientes,   reflexivos,  participativos,  dignos,   éticos,  preparados 

para interagir na transformação da sociedade e comprometido com seus direitos e deveres.

Os saberes precisam ser articulados para que o próprio aluno desenvolva o seu conhecimento, 

tendo o professor como facilitador, já que a escola se tornou um lugar de busca, de companheirismo, de 

cultura, formadora de valores éticos.

Queremos que os saberes teóricos­práticos existam onde as nações partam para as reações e 

que todo conhecimento seja significativo, que tenha sentido para o indivíduo.

Uma escola bem estruturada, capaz de tornar possível os ideais de seus alunos, comunidade, 

direção, professores, funcionários, em todos os sentidos: valores, cidadania, cultura e conhecimento.

Queremos o respeito pelos diferentes grupos de culturas que constituem a nossa sociedade, já 

que esta é formada por diferentes etnias. O grande desafio da escola é reconhecer a diversidade como 

parte  inseparável da identidade nacional,   investindo na superação de qualquer tipo de discriminação. O 

trabalho com a pluralidade cultural se dá a cada instante e exige que a escola alimente a “Cultura de Paz”, 

baseada no respeito aos direitos humanos, princípios de dignidade e cidadania.

Desta forma, as relações de poder ocorrem dentro dos princípios da gestão democrática, onde 

há o compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da educação e com a 

relação   custo­benefício,   a   transparência,   a   ética   do   trabalho   envolvendo   pais,   alunos,   professores, 

funcionários e outras pessoas da comunidade na administração escolar.

O Conselho Escolar deve estar presente como mecanismo de participação da comunidade na 

Escola, com a função de orientar, opinar, decidir sobre tudo o que envolve a qualidade da Escola. Na gestão 

democrática,   é   preciso   lidar   com   os   conflitos   e   opiniões   diferentes,   prevalecendo   as   informações 

democratizadas, Conselho Escolar atuante, participação efetiva de alunos, família e comunidade escolar, 

parcerias locais e bom relacionamento da escola com os serviços públicos.    

                  

6.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Com base nas Diretrizes Curriculares, existe a grande necessidade de garantir, no interior de 

nossas escolas, o respeito para com as diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas, que 

permeiam  toda a sociedade,  a   fim de garantir  a  igualdade de direitos e  o  processo da construção da 

cidadania.

Para   que   isso   ocorra,   é   preciso   levar   em   conta   os   Princípios   Étnicos   da   Autonomia,   da 

Responsabilidade, da Solidariedade e do  Respeito ao  Bem Comum.  Considerar os Princípios Políticos dos

Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da Criticidade e do respeito à  Ordem Democrática. Estar 

atentos   aos   Princípios   Estéticos   da   Sensibilidade,  da   Criatividade   e   da  Diversidade   de  Manifestações 

Artísticas e Culturais.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           37  

Estes princípios deverão ser os fundamentos das práticas pedagógicas, assegurando a Ética 

da vida cidadã dos alunos.

Atualmente, o Currículo envolve o Currículo Formal, o Currículo em Ação, o Currículo Oculto (o 

não dito) que tanto os alunos, quanto os professores, trazem carregado de sentidos próprios, criando as 

formas de relacionamento, poder e convivência nas salas de aula.

Quanto à Base Nacional Comum: Articula os conhecimentos, envolvendo os aspectos da vida 

cidadã; faz a travessia, em vista da autonomia que busca resumir, na proposta pedagógica, a integração da 

Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.

Parte   Diversificada:   Envolve   conteúdos   complementares,   escolhidos   nos   Estabelecimentos 

Escolares, integrados à Base Nacional Comum, levando em consideração as características da região e 

locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

Nas Instituições de Ensino, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma Base 

Nacional   Comum,   de   modo   a   estabelecer   a   relação   entre   educação   com   a   vida   cidadã,   através   da 

articulação   entre   vários   dos   seus   aspectos,   como:   Saúde,   Sexualidade,   Vida   Familiar   e   Social,   Meio 

Ambiente,   Trabalho,   Ciência   e   Tecnologia,   Cultura   e   as   seguintes   Áreas   do   Conhecimento:   Língua 

Portuguesa,   Língua   Materna,   Matemática,   Ciências,   Geografia,   História,   Língua   Estrangeira,   Artes, 

Educação Física, Educação Religiosa.

Assim,   esta   articulação   permitirá   aos   professores   e   alunos   o   direito   de   terem   acesso   a 

conteúdos mínimos de conhecimentos e valores.

Para que se construa uma nova cultura pedagógica, faz­se necessário conceber o currículo 

como situado num tempo e num espaço, ultrapassando a ideia de mera transmissão dos conhecimentos 

organizados em disciplinas de forma linear, em série.

Por outro  lado, embora se considere que deva existir superação da visão sobre o currículo 

linear, sabe­se que ainda estamos atrelados a uma organização disciplinar, seriada e que principalmente a 

nossa formação profissional está voltada para essa forma de organização.

“Acreditamos que para ultrapassar essa ideia e essa estrutura, temos que ter claro o conceito  

de currículo como campo cultural, como campo de construção e produção de significação e sentido, como  

matéria­prima de criação, recriação e,  sobretudo, de contestação e  transgressão.”  (MOREIRA & SILVA,  

p.200).

Assim   sendo,   esse   currículo   só   poderá   se   materializar   se   houver   um   rompimento   da 

fragmentação das práticas escolares existentes,  através de um movimento articulado de  reflexão sobre 

essas práticas e sobre o próprio conhecimento produzido.

Aí   está   o   papel   da   escola,   onde   o   currículo   é   pensado   no   seu   significado   mais   amplo, 

articulando todos os envolvidos: de um lado a comunidade, e do outro, está o papel dos professores, como 

gestores do currículo, onde este se materializa nas diferentes especificidades, nas  várias possibilidades  de

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intercruzamento  de  práticas,  de  conhecimentos  e  de  sentidos.  Temos,  portanto,  de   repensar   todos  os 

profissionais   como   responsáveis   pela   gestão   da   aprendizagem   de   conhecimentos,   saberes,   valores   e 

sentidos, da mesma forma como nas relações sociais dos nossos espaços.

Para pensarmos o currículo nessa perspectiva, estabelecemos alguns princípios norteadores 

do trabalho:

1  ­ Democratização de acesso e permanência dos alunos. Esse princípio deve ser garantido, 

preservando a qualidade social no nosso ensino. Isso implica em políticas públicas e planejamento que 

garantam essa qualidade. Podemos exemplificar algumas dessas ações, como a garantia de um número 

adequado de alunos por turma, professores com direito à formação continuada dentro e fora da escola, 

salários dignos, condições materiais adequadas para o funcionamento da escola, etc.

Quanto às ações que  nos dizem  respeito  diretamente,  podemos citar  a  definição clara  do 

Projeto Pedagógico na Escola, como também de projetos didáticos que busquem a integração das áreas do 

conhecimento.

2 – Perceber a função social da escola. Significa reconhecer que fazemos parte de um contexto 

social mais amplo, e que por isso, estamos sujeitos a sermos influenciados por ele, o que poderá interferir 

no   sucesso   ou   no   fracasso   escolar,   nas   nossas   condições   concretas   de   trabalho   e   nos   sentidos   e 

significados que os nossos alunos constroem, dessa forma, poderemos lutar por um projeto coletivo.

3 – Efetivar o processo de formação continuada de profissionais em serviço.

4   –  Articular   os   saberes   dos   professores   que   são   construídos   no   seu   cotidiano   com   os  

conhecimentos específicos e pedagógicos.

5 – Construir saberes pedagógicos na perspectiva da relação teoria e prática. Portanto, levar 

em consideração a realidade do aluno, sua cultura, seus interesses, os desafios sociais para constituição 

dos saberes.

Sendo assim, o que propomos é  a  inversão da concepção  linear do currículo,  mantendo a 

cultura como foco principal da construção do currículo, estabelecendo uma relação entre os saberes dos 

alunos e saberes científicos.

6.4 O FAZER PEDAGÓGICO DA ESCOLA NUMA CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO COMO CONSTRUÇÃO 

E PRODUÇÃO DE SIGNIFICADO

Como   já   afirmamos   anteriormente,   o   enfoque   cultural   supõe   uma   mudança   nas   práticas 

pedagógicas, que não nos parece fácil, pois os ritos estabelecidos no cotidiano escolar estão sedimentados.

Frequentemente,   as   nossas   ações   refletem   uma   prática   mecanizada,   com   enfoque   apenas   científico, 

reproduzindo papéis, métodos e estilos habituais que não oportunizam a ação­reflexão­ação a qual produz à 

ação formadora.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           39  

Nossos   alunos   são   portadores   de   uma   cultura   própria,   que   traduz   seus   interesses, 

preocupações e expectativas. Para isso, precisamos entender as diferentes identidades que estão sendo 

construídas nos espaços fora da escola como as praças, os sons, os centros comerciais, as imagens e 

textos, a televisão e a eletrônica, a Internet e outros tantos que formam o contexto dos jovens. Entender  

ainda os seus valores, como eles enxergam o negro, o índio, os pobres, os homossexuais e qual medida da 

influência nesses valores pela televisão, pela imprensa, pela família, pelos amigos e pela religião.

Bem   sabemos   que   todos   esses   “mundos”   são   geradores   de   conflitos   no   espaço   escolar, 

resultando em agressividade, mal­estar, discordâncias, ausências de sentido, porque acabam entrando em 

choque com a cultura da escola. 

MOTA (2003) afirma que a  “cultura  escolar   impõe sobre os  indivíduos que vivem nela,  os  

estudantes e os docentes, uma maneira de pensar, sentir e atuar que perdura no tempo, sem inovação e  

possibilidades de critica teórica”.  A vida escolar se transforma numa barreira entre a cultura docente e a 

cultura juvenil.

Sendo   assim,   acreditamos   que   os   conteúdos   escolares   devem   abrir   um   diálogo   com   a 

realidade da vida cotidiana dos nossos alunos e que de outro lado, é preciso que a nossa prática docente 

seja   analisada,   levando­se   em   conta   a   sua   subjetividade,   o   seu   pensar   e   os   efeitos   que   têm   nos 

pensamentos, nos sentimentos e nas condutas dos jovens e adolescentes.

Dessa forma, as estratégias didáticas necessitam relacionar o conhecimento escolar com as 

aprendizagens de fora do contexto da escola. “É a maneira correta que tem o educador de, com o educando  

e não sobre ele, tentar a superação de uma maneira mais  ingênua por outra mais critica de interagir o  

mundo.” (FREIRE, 1999, p. 138).

Isso significa articular as várias dimensões afetivas, éticas, estéticas, políticas e pedagógicas 

da educação. A nossa prática deve levar em conta também o que ocorre fora da sala de aula, pois essas 

experiências vividas são expressões do pensamento dos jovens e adolescentes.

Nesse sentido, apontamos a pedagogia crítica como forma de direcionar o trabalho, pois ela 

incorpora a  experiência  do aluno  aos  conteúdos escolares.  Essa prática  da pedagogia  crítica  só  pode 

acontecer dentro de um tempo, um espaço e de um tema. Toda a prática docente deve se iniciar pela 

problematização,   que   busque   intencionalmente   influir   na   produção   de   significados,   hipotetizar   o 

conhecimento para ser relevante aos alunos. Enfatizar o seu contexto social, como o conhecimento surgiu, 

como um determinado conceito foi elaborado historicamente, qual era o pensamento dominante e como ele 

foi sendo apropriado. Contudo, não basta que o aluno compreenda a produção histórica como também 

participe dessa produção. Por isso,  são  necessários  os espaços  de  criação,  onde  o  aluno  participe  de

atividades que ele mesmo elabore (dança, teatro, jogos, apresentação de trabalhos, escrita de textos, etc), 

proporcionar  momentos  em  que  eles   façam  perguntas,  questionem  o  que  parece  natural,   pois  assim, 

perceberão “as coisas” como realmente o são.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           40  

Devemos oferecer um espaço de pesquisa, de construção e reconstrução do conhecimento 

(MOREIRA, p. 1999), desta maneira, conseguiremos despertar no aluno o espírito de busca, de ter prazer 

no aprender, no conhecer coisas diferentes. 

As experiências de aprendizagem precisam ser prazerosas e desafiadoras, rompendo com o já 

conhecido, num processo desconstrutivo (romper com a lógica linear) que emancipa, liberta e gera vida. É a 

negação dialética de uma certeza estabelecida.  O processo cognitivo não é apenas de natureza racional,  

abstraindo­se da corporeidade, da emoção, das relações sociais e da inserção histórica e cultural (MOTER, 

p 46, 2003). Nessa perspectiva, poderemos estabelecer um diálogo real com nossos alunos no processo de 

ensino e aprendizagem.

6.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO

A   primeira   questão   que   se   coloca   quando   pensamos   “avaliação   escolar”   é   relativa   aos 

princípios filosóficos que norteiam o Projeto Pedagógico, pois é a partir desses princípios que podemos 

estabelecer a função da escola, os conteúdos que devemos ensinar, a metodologia adequada, o que avaliar 

e como se avalia. Nesse sentido, a reflexão sobre avaliação ultrapassa os limites das relações no interior da 

Instituição Escolar, para buscar seus fundamentos na análise da vida dos homens em sociedade. "Uma 

criança nasce com as condições biológicas de falar, mas só desenvolverá a fala se aprender com os mais 

velhos da comunidade", diz Teresa Rego.

Entendemos que a Escola, em todos os aspectos do seu trabalho desenvolvido, tem como 

preocupação maior a compreensão e a apreensão de conceitos científicos que permitam ao aluno aprender 

as relações existentes na sociedade. Sob esta forma de ver a educação escolar, para que a avaliação tenha 

função relevante e significativa na aquisição de conhecimentos, é necessário entendê­la como instrumento 

de   análise   permanente   de   processo   pedagógico   que   possibilita   e   indica   ações   e   ajustes   no 

encaminhamento   do   trabalho,   a   fim   de   garantir   o   aprimoramento   constante   do   processo   ensino­

aprendizagem.  A LDB, em seu Art.24, Inciso V, diz “a verificação do rendimento escolar deverá obedecer 

aos seguintes critérios: avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos 

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais 

provas finais”.

Entendemos que a função da avaliação escolar vai muito além da constatação, da mensuração 

de conhecimentos estanques, da investigação sobre a memorização de conteúdos sem relevância social. 

Na   verdade,   a   avaliação   deve   acompanhar   e   orientar   todo   o   processo   pedagógico,   se   quisermos 

efetivamente que ele sirva aos propósitos da sociedade e da escola. Para Vygotsky, a formação se dá numa 

relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor ­ ou seja, o homem modifica o ambiente e o  

ambiente modifica o homem. Essa  relação  não  é  passível  de muita generalização; o que interessa para a

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           41  

teoria  de Vygotsky é  a   interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente,  a  chamada 

experiência   pessoalmente   significativa.   Para   tanto,   é   necessário   o   estabelecimento   de   critérios   claros 

decorrentes de conteúdos significativos, que orientem o professor no acompanhamento da apropriação pelo 

aluno dos conteúdos das áreas do conhecimento, para a intervenção e correção do processo, sempre que 

necessário.

Assim, a partir dos conteúdos estabelecidos, e tendo como referencial as informações obtidas 

sobre o grau de compreensão que o aluno possui desses conteúdos, o professor organizará o trabalho, de 

forma a garantir a superação do nível de conhecimento em que o aluno se encontra, e a continuidade do 

processo de aprendizagem. Segundo a teoria vygotskiana, toda relação do indivíduo com o mundo é feita 

por meio de  instrumentos  técnicos – como, por exemplo,  as  ferramentas agrícolas,  que  transformam a 

natureza – e da linguagem – que traz consigo conceitos consolidados da cultura à qual pertence o sujeito.

Diante do exposto, a avaliação nas diferentes áreas do conhecimento terá a função de obter 

informações relevantes do processo pedagógico, a fim de que as ações educativas atinjam objetivos a que 

se propõe.

6.6 A GESTÃO ESCOLAR QUE PENSAMOS

Entendemos a gestão escolar como um processo coletivo, não somente como o controle de 

recursos, coordenação de funcionários, mas um modelo de administração totalmente  integrado à  esfera 

pedagógica, ampliando a visão, preocupando­se com os recursos, os processos, as pessoas, o currículo, a 

metodologia, a disciplina, o crescimento do ser humano, tudo de maneira interligada; compreendendo ações 

conjuntas e articuladas ao processo global. 

Constituindo­se como objetivos da direção dessa escola,  queremos articular  e  dinamizar  o 

processo   educativo,   tendo   em   vista   uma   escola   que   combine   exigência   e   respeito,   compromisso   e 

sensibilidade.

Isso   implica  em  coordenar  e  garantir   a   viabilização  do  Projeto  Político  Pedagógico,   como 

também desencadear um processo de constante avaliação sobre o seu desenvolvimento, proporcionado um

espaço efetivo de crescimento humano, de diálogo, das diferenças e da flexibilidade da comunidade escolar.

Nessa   perspectiva,   apresentamos   como   princípios   da   gestão   escolar,   a   autonomia 

administrativa, jurídica, pedagógica e financeira, a participação de todos no projeto coletivo e a liberdade  de 

expressão e criação no trabalho.

6.7 EQUIPE PEDAGÓGICA

As  inovações são produtos  da  reflexão da   realidade   interna  da  escola,   referenciada  a um 

contexto social mais amplo. Diante disso, a Instituição define e assume uma identidade que se expressa por

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           42  

meio do Projeto Pedagógico, cabendo à Equipe Pedagógica articular e dinamizar a efetivação e construção 

do mesmo.

É   necessário   que   a   Equipe   Pedagógica   tenha   sempre   como   direção   do   seu   trabalho   a 

dimensão   pedagógica,   acompanhando   o   processo   de   ensino   e   aprendizagem,   propondo   ações   que 

garantam   sua   qualidade,   assessorando   os   professores   nos   momentos   de   planejamento   de   ensino, 

oportunizando estudos que contribuam para sua formação, mediando ações junto aos alunos, com vistas à 

melhoria da qualidade de sua aprendizagem e a sua própria formação humana.

O relacionamento entre a comunidade e a escola também deverá ser objeto do trabalho da 

Equipe Pedagógica, fortalecendo­o por meio de atividades organizadas e planejadas.

6.8 EQUIPE DOCENTE

Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa, para que contribua 

no   processo   educativo   de   maneira     transformadora,  promovendo   um ensino   de   qualidade  segundo   a 

proposta construída coletivamente.

O   professor,   como   gestor   da   sala   de   aula,   tem   como   direção   o   trabalho   voltado   para   a 

efetivação do processo de ensino e aprendizagem. Seu trabalho se inicia no momento do diagnóstico e do 

planejamento propriamente dito, passando da execução ao processo avaliativo, num movimento dinâmico.

6.9 PESSOAL ADMINISTRATIVO

É parte integrante e contribuinte na organização administrativa e pedagógica da escola, para 

que a documentação e demais ações burocráticas estejam formalizadas em tempo hábil.

Atender a comunidade escolar com gentileza e eficiência.

Organizar a biblioteca para facilitar e agilizar o atendimento e a pesquisa.

Incentivar os alunos a cumprirem suas obrigações como alunos e cidadãos inseridos numa 

sociedade.

6.10 FUNCIONÁRIOS DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL

Fazer parte do processo educativo, desempenhando suas funções com eficiência e dedicação, 

seguindo   as   normas   de   higiene,   contribuindo   para   o   ambiente   escolar   limpo   e   saudável,   é   uma   das 

principais tarefas destes profissionais.

Preparar e servir uma merenda nutritiva e saborosa.

Auxiliar no incentivo aos alunos para que cumpram suas obrigações como alunos e cidadãos. 

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7. ATO OPERACIONAL

Percebemos mudanças sociais e culturais que passam pela humanidade ao longo dos tempos. 

Portanto,  o saber não é  pronto e acabado; ele se  faz a cada momento da história,  assim como o ser 

humano. Desta forma, a reorganização do trabalho pedagógico escolar é necessária e deve estar voltada 

sempre à formação do educando.

7.1 OBJETIVO GERAL DO ESTABELECIMENTO

Proporcionar  à  Comunidade  Educativa  condições  para  um eficiente  ensino  científico,  auto 

realização, crescimento pessoal e profissional, compromisso com a justiça e a transformação da sociedade, 

num espírito familiar e de co­responsabilidade segundo os valores éticos.

7.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Promover um trabalho interdisciplinar, em que os conteúdos respondam às exigências 

de um conhecimento dinâmico e amplo, beneficiando o crescimento discente e docente;

•  Garantir a permanência do aluno na escola, principalmente àqueles que apresentam 

maiores  dificuldades  e  que  necessitam de  mais   tempo para  superá­las,  através  de  programas 

especiais;

• Oportunizar reflexões para o redimensionamento da prática pedagógica, que permita 

ao aluno ser sujeito da sua própria aprendizagem;

• Proporcionar ambiente  favorável  à  auto   realização,  desenvolvimento da consciência 

crítica e justa, para que cada um se torne agente transformador da sociedade;

• Mediar   o   cumprimento   dos   deveres   de   todos,   tendo   como   ponto   de   partida   a 

conscientização de que cada um conquiste seu espaço à medida que age de acordo com o bem 

comum;

• Enaltecer à vivência de valores de ordem superior, como qualidades inerentes a cada 

indivíduo, promovendo a cultura de paz;

• Respeitar   os   direitos   da   comunidade   escolar   (pais,   corpo   docente   e   discente,   e 

funcionários),   garantindo   a   harmonia   necessária   para   que   se   efetive   o   processo   educativo 

integralmente;

• Despertar   a   consciência   ecológica,   tendo   em   vista   que   somente   através   do 

desenvolvimento sustentável, o equilíbrio no planeta será mantido;

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• Compreender  a   si  mesmo e   à   natureza,   como  um  todo  dinâmico,  enquanto  parte 

integrante do mundo em que vive, sendo agente de transformações.

7.3 PROPOSTAS DE TRABALHO

• Meta 1: Gestão Democrática.

A   Gestão   Democrática   será   uma   prática   cotidiana   com   o   princípio     da   reflexão,   da 

compreensão e da transformação, revertendo relações autoritárias e verticais, em relações democráticas e 

horizontais.

O exercício da Gestão Democrática se dará  pela construção de um ambiente propício à 

participação da coletividade, levando­se em conta alguns princípios básicos.

Para que realmente se efetive a verdadeira Gestão Democrática, será importante a participação 

de todos os seguimentos da comunidade escolar, bem como dos outros mecanismos de ação coletiva no 

interior da Escola, como: APMF, Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, Representante de Turmas, etc... 

Estratégias de Ação:

•  Garantir acesso e permanência na Escola a todos e assumir o compromisso com o 

sucesso do aluno;

•      Ter compromisso com o desenvolvimento nas dimensões éticas e políticas na ação 

educativa;

•    Promover a efetivação lícita, transparente e flexível dos procedimentos administrativo­

financeiros, os quais devem ser adequados às necessidades do cumprimento da função da Escola;

• Estar atenta à  necessidade de formação continuada dos profissionais da educação, 

para a melhoria da ação pedagógica;

• Fazer a revisão permanente das práticas no cotidiano da Escola, de reflexão sobre elas 

e de compromisso com a democracia;

• Integrar Escola e Comunidade através de reuniões, debates e participação efetiva na 

vida escolar;

• Articular junto com a APMF a promoção de eventos culturais e de lazer;

• Manter os pais informados sobre o ensino ministrado e o sistema de avaliação de seus 

filhos;

• Ofertar à comunidade o espaço escolar para a realização de cursos e eventos que se 

fizerem necessários;

•  Estabelecer um clima de parceria com a Entidade mantenedora do Colégio, sabendo­

se que este vínculo é de uma importância para que a Escola progrida;

•   Realizar   tarefas   pertinentes   ao   setor   administrativo,   respeitando   os   prazos   e   as 

orientações da SEED ou dos órgãos competentes.

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• Meta 2: Dimensão Pedagógica. 

O Colégio vai primar pela forma de trabalho, fazendo com que o conteúdo não seja “um fim em 

si mesmo”, mas um meio para que aconteça a apropriação, o desenvolvimento e a superação da dificuldade 

apresentada.

Buscar o conhecimento  integrado pelo  trabalho  interdisciplinar e pela contextualização, que 

seja aplicável ao cotidiano do aluno.

Primar por um currículo vivo e interdisciplinar, que proporcione a oportunidade de conhecer, 

fazer,   relacionar,   aplicar   e   transformar.  Fazer   da  sala   de  aula  um  espaço  privilegiado  de   reflexão,   de 

situações   de   aprendizagem   viva   e   enriquecedoras.   Quanto   às   atividades,   deverão   propiciar   a 

problematização dos conteúdos e as metodologias utilizadas pelo professor, e na medida do possível, serão 

diversificadas  a   fim  de  ocasionar  o  desejo  de  aprender  por  parte  dos  alunos,   visando  uma  bagagem 

suficiente para participar  das avaliações em nível  nacional e estadual,  como o ENEM e outros.  Nossa 

clientela escolar, em anos anteriores, obtiveram êxito em suas participações, com aproveitamento de 60% 

em   acertos,   onde   foram   premiados   com   bolsas   de   estudos   parciais   e   algumas   integrais   nos   cursos 

superiores desejados.

Priorizar uma avaliação formativa e diagnóstica, que não seja classificatória e excludente. Ela 

deve   apontar   as   dificuldades   e   possibilitar   a   intervenção   pedagógica.   Uma   avaliação   contínua,   com 

observação das conquistas e dificuldades do aluno. Dessa forma, é  possível diagnosticar problemas no 

momento em que lhes ocorrem, e não apenas no final do trimestre. O foco deve ser a aprendizagem, e a 

nota   uma   consequência.   Para   sua   obtenção,   devem   ser   realizadas   várias   medidas   avaliativas,   como 

atividades, pesquisas, trabalhos, simpósios, apresentações, projetos. A prova, então, deixa de ser aquela 

que define, soberana, o destino do aluno, para tornar­se também, um instrumento de avaliação do trabalho 

do   professor,   se   os   objetivos   propostos   forem   atingidos.   Devem   ser   enfatizados   os   processos   de 

aprendizagens e os processos que o aluno faz em relação a ele mesmo.

Uma vez detectada alguma dificuldade, faz­se uso de recuperação simultânea, lembrando que 

se trata de recuperação dos conteúdos, devendo portanto, serem trabalhados novamente pelos professores, 

os conteúdos indispensáveis e significativos para aquela série, para não ser recuperação apenas de nota 

(trabalhos acadêmicos que copiam uns dos outros ou provas com resultados  ínfimos, porque não houve 

aprendizado).

A   avaliação,   dessa   forma,   se   torna   um   instrumento   de   análise   permanente   do   processo 

pedagógico,   possibilitando   e   indicando   ações   e   ajustes   no   encaminhamento   dos   trabalhos.   Quando 

constatado pelo Conselho de Classe Final  que o aluno não  tem  condições  de  avançar para  outra série, e

não atingiu os pré­requisitos mínimos, cabe a repetência, para que sejam revistos os conteúdos curriculares 

da série cursada.

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Estratégias de ação:

• Organizar e efetivar Projetos envolvendo aspectos significativos do conteúdo;

•  Realizar pesquisas de campo com embasamento teórico;

• Analisar as pesquisas já existentes;

• Visitar   lugares   que   permitam   ao   aluno   a   construção   do   conhecimento:   indústrias, 

museus, teatros, cinemas, entre outros;

• Propor aulas de laboratório: de Química, Física e Biologia;

• Viabilizar trabalhos em grupos na sala de aula, pesquisas de campo, exposição de 

Vídeos e DVDs para posterior discussão;

• Implantar estágios não obrigatórios em atendimento à Lei nº 11.788/08;

• Levantar as problematizações com os alunos, identificar o seu ambiente cultural e as 

suas reais necessidades de acesso ao conhecimento;

• Selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, de forma que o aluno possa 

participar do mundo social;

• Buscar a contemporaneidade, considerando a rapidez com que ocorrem as mudanças;

• Identificar, por meio de atividades, qual a influência dos aspectos de gênero, raça, cor, 

idade para os nossos alunos;

• Estabelecer   vínculos   afetivos   com   os   alunos,   aproveitando   os   momentos   de   festa 

escolar, situações não institucionais e nos próprios momentos de aula;

• Promover atividades criativas que suscitam a diversidade cultural;

• Atender e dar suporte didático à sala de apoio pedagógico no contra­turno, para os 

alunos de 5ª série.

• Realizar a Recuperação Paralela, com revisão de conteúdos trabalhados, resgatando 

os conceitos não incorporados, por meio de novas explicações e atividades para a totalidade da 

turma, trabalhos extras englobando os conteúdos não aprendidos para os alunos que apresentam 

baixo rendimento (nota abaixo da média).

• Meta 3: Salas de Apoio à Aprendizagem.

A Resolução  208/2004,   tendo  em vista  a   Lei  nº  9394/96   e  outras   Deliberações  do  CEE, 

considera que:

• Há a necessidade de dar continuidade ao processo de democratização e universalização 

do ensino, e dar garantia de acesso, permanência e sucesso na aprendizagem de todos os 

alunos;  É preciso  criar condições  para  o  desenvolvimento da  capacidade de aprender e

dominar plenamente a leitura, a escrita e o cálculo; É necessário ainda, primar por uma 

avaliação diagnóstica,  contínua e  cumulativa,  que sinalize  os avanços e as necessidades

diferenciadas de aprendizagem dos nossos alunos, com uma intervenção pedagógica que 

os ajude na superação da dificuldade apresentada.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           47  

Com bases  legais,  no corrente ano  letivo,   implementamos no Colégio Estadual  da Colônia 

Murici   a   sala   de   apoio   à   aprendizagem,   no   contra­turno,   direcionada   aos   alunos   das   5ª   séries   com 

dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Os professores que atendem estas áreas desenvolvem um trabalho com metodologias que 

realmente   atendam  às   necessidades   de   cada   um,   buscando   a   superação   do   baixo   desempenho   dos 

mesmos.

Os encaminhamentos para estas salas de apoio à aprendizagem, bem como a sua dispensa, 

acontecem da seguinte maneira: Os professores regentes de Língua Portuguesa e Matemática fazem um 

parecer descritivo, individualizado de cada aluno, sobre as dificuldades de aprendizagem que eles possuem. 

Em seguida, nós da Coordenação Pedagógica, apresentamos para os professores do Apoio e juntos com 

estes   construímos   e   articulamos   o   planejamento   trimestral   e   o   planejamento   de   atividades   a   serem 

desenvolvidas por eles em sala de aula.

A avaliação acontece levando­se em conta as dificuldades individuais dos alunos, e depois de 

realizada a intervenção pedagógica processual, o professor do apoio fornece por escrito as informações que 

possibilitam aos professores regentes a tomada de decisões quanto à permanência ou não deste(a) na sala 

de   apoio   à   aprendizagem.   Este   programa   tem   ajudado   muito   no   processo   ensino   aprendizagem,   e 

consequentemente, o aproveitamento anual dos alunos.

• Meta 4: Ações Pedagógicas

O progresso remeteu à  humanidade a uma situação dúbia. De um lado houve o avanço 

tecnológico, e de outro o avanço da miserabilidade.

Vivemos   um   período   de   transição.   A   velocidade   das   informações   é   assombrosa,   se 

comparada à capacidade que temos de assimilá­las. A atual realidade exige dos educadores competências 

para as quais eles não foram preparados em sua formação  inicial.  Não se  trata de mera mudança de 

programas, estratégias, mas de mudança de paradigmas da educação. É essencial a vinculação da escola 

com as questões sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e tratamento 

dos conteúdos, como também da própria organização escolar. 

                         Necessitamos urgentemente de uma sociedade verdadeiramente democrática.

                     Para a efetivação desses propósitos, faz­se necessário transformar a escola em um espaço 

privilegiado  de  análise,  discussão e  reflexão da   realidade  com o  objetivo  de  buscar  soluções para  os 

inúmeros problemas existentes neste século,  o que certamente exige o comprometimento, o envolvimento e

a participação de todos.

                        É inegável a necessidade de alimentarmos uma educação próxima dos educandos, capaz de  

aguçar a criatividade, de despertar o gênio inventivo de aperfeiçoar o temperamento e o caráter, bem como 

a capacidade de resistência e adaptação dos mesmos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           48  

                                 No contexto atual, é necessário levantar possibilidades e alternativas viáveis, articulando e 

colocando em ação conhecimentos, valores, democratizando o saber para construirmos a visão de mundo 

que levamos alguns séculos para a sedimentar, mas que já não mais atende às exigências do mundo atual.

                        Estamos certos de que projetos promovem mudanças fundamentais na cultura das escolas,  

pois   permitem   que   educadores   e   educandos   incorporem   novas   teorias   às   suas   crenças   e   vivências, 

transformam a  aprendizagem em um processo   flexível,  potencializador  das   inteligências  e  dos  valores 

humanos.

                        Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de 

                        aprendizagens com maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca é

                        absoluta – sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que aprende 

                        conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação. 

                                               (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – vol. 1, p.53).                     

• Meta 5: Formação Continuada.

Com relação à Formação Continuada, se dá por meio de um trabalho de reflexão crítica sobre a 

prática de construção permanente, de uma identidade pessoal e profissional, em interação mútua. É no 

cotidiano escolar que se consolida a formação. Por considerar que ninguém está definitivamente formado, a 

ação é um processo que deve ser constantemente revisto.

Este Colégio é  um espaço de permanente debate e reflexão. A hora­atividade é  destinada 

também para o aprofundamento de estudos, visando a melhoria da prática pedagógica dos docentes.

Nossa preocupação não está centrada somente nos recursos materiais, mas também aborda 

outras   dimensões   da   prática   pedagógica.   Por   isso,   fazem­se   necessárias   avaliações   processuais 

constantes, incluindo­se aí a Avaliação Institucional e a Avaliação de Desempenho dos Profissionais.

Estratégias de ação:

• Propiciar   momentos   para   que   cada   professor   possa   refletir   sobre   a   sua   prática 

pedagógica e enriquecê­la com informações, estudos, debates e leituras;

• Viabilizar   a   participação   dos   Professores   em   Cursos,   Encontros   e   Eventos 

Educacionais, Projeto Folhas, promovidos pela SEED e Empresas Privadas;

• Viabilizar   a   participação   no   O.A.C.   (Objeto   de   Aprendizagem   Colaborativo)   sob 

orientação da equipe do CRTE/NREamsul;

• Garantir a hora­atividade como espaço de formação e aprimoramento do professor;

• Capacitar   e   oferecer   material   bibliográfico   para   pesquisa   educacional,   inclusive   os 

livros da biblioteca do professor;

• Propiciar maior integração entre as equipes pedagógicas dos diferentes turnos através 

de encontros e reuniões periódicas;

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• Organizar os momentos de estudos previstos em calendário;

• Promover   estudos   e   efetivação,   na   prática   da   Proposta   Curricular   do   Ensino 

Fundamental e Médio.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           50  

7.4 CRONOGRAMA E SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA FORMAÇÃO PERMANENTE

Quando?

     

O que será proposto?

 

Quem são os responsáveis?

Mensalmente

− Leitura de livros para aprofundamento, 

de acordo com as necessidades 

levantadas.

− Uso das novas tecnologias.

Coordenação Pedagógica

e Professores.

Anualmente

­ Leitura e adequação do PPP

­ Concepções – Textos. 

 ­ Textos ligados à educação.

Direção e

Coordenação Pedagógica.

1º Trimestre

­ Vídeos Educativos

­ Textos sobre Avaliação no contexto 

escolar.

­ PPP: Acompanhamento e avaliação da 

caminhada. Troca de experiências.

Direção,

Coordenação Pedagógica

e  Professores.

2º e  3º Trimestre

 ­ Textos sobre a prática pedagógica no 

Paradigma Emergente.

   ­ Aprofundamento teórico sobre os temas 

sociais contemporâneos.

Coordenação Pedagógica

Anualmente

­ Textos sobre o Perfil do Profissional  da 

Educação do 3º Milênio.

­ DVDs de acordo com o momento.

Direção e

Coordenação Pedagógica

A   eficácia   desses   momentos   propostos   acontecerá   a   partir   do   compromisso   de   cada 

profissional com o projeto coletivo, buscando suas reais necessidades a partir da sua prática pedagógica.

     

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7.5 DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS PROFISSIONAIS

Docentes – Pedagogos – Funcionários

Os formulários para avaliação de desempenho dos profissionais serão elaborados com base 

nos seguintes critérios:

1) Conhecimento para o Trabalho: Tem conhecimentos técnicos e práticos em nível compatível 

com os requisitos necessários ao bom desempenho das funções;

2) Pontualidade: Cumpre o horário estabelecido para o desempenho de suas atividades;

3) Iniciativa: Sugere soluções criativas em situações rotineiras e inesperadas;

4)  Flexibilidade:  Tem adaptabilidade por   iniciativa própria,  procura compreender posições e 

pontos de vista diferente dos seus. Não perde a sua individualidade, e sabe como e quando ser flexível;

5) Produtividade: Realiza operações dentro do prazo e com qualidade;

6) Disciplina: Observa e procura constantemente agir de acordo com os valores e normas da 

Escola;

7) Ética: Sabe de seus compromissos e demonstra discrição sobre os assuntos com os quais 

trabalha. Pode se confiar em relação à seriedade com o qual desenvolve as suas atribuições;

8) Cuidados com materiais, equipamentos e ambiente: Utilizar adequadamente os materiais e 

equipamentos, mantendo organizado o ambiente de trabalho;

9)  Relação   Interpessoal:  Relaciona­se   com   a   chefia,   colegas   e   público   em   geral   com 

cordialidade, presteza e eficiência;

10) Formação continuada: Busca aperfeiçoamento profissional através de estudos, encontros, 

palestras, cursos, etc.

7.6 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

A avaliação para  os  alunos  é   trimestral,   preponderando  os  aspectos  qualitativos  sobre  os 

quantitativos.

Os resultados dos níveis obtidos são expressos em notas de zero (0) a dez (10).

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No decorrer de cada trimestre, o professor utilizará vários instrumentos de avaliação, tais como: 

registro diário, ficha de acompanhamento, testes e provas, trabalhos individuais e em grupo, orais e escritos,  

auto­avaliação.   Caso   não   seja   obtido   o   desempenho   satisfatório   a   cada   instrumento   adequado,   os 

conteúdos serão retomados e avaliados novamente. Prevalece, ao final do trimestre, o melhor desempenho.

A nota final é feita  através da média aritmética, obtida nos três trimestres. Assim, é aprovado o 

aluno que obtém, no mínimo, a nota 6.0 (seis).

A frequência mínima exigida é de 75% sobre a carga horária prevista, estabelecida em 800 

(oitocentas) horas, tanto de 5ª à 8ª séries quanto no Ensino Médio.

O prazo determinado para justificar a não realização das atividades, com vista à avaliação de 

rendimento, é de 24 horas, sobre os casos que exijam providência excepcional. Para revisão de provas, o 

prazo é igualmente de 24 horas, a contar da data da divulgação dos resultados.

7.7 RECUPERAÇÃO PARALELA

Os estudos de  recuperação ocorrerão de forma  imediata,  no decorrer do processo ensino­

aprendizagem, para os casos de baixo rendimento escolar, através de:

• Retomada do conteúdo anterior;

• Esclarecimento de dúvidas;

• Orientação sobre a avaliação na disciplina;

• Exercícios adicionais de compreensão e fixação;

• Atendimento individual, enquanto houver trabalhos em grupo ou realização de exercícios;

• Atividades de casa, correção e revisão em sala de aula;

• Orientações especiais sobre como estudar, feitas pelo professor ou serviços da Escola;

• Reorganização   de   situações   de   aprendizagem,   proporcionando   ao   aluno   uma   nova 

oportunidade de construir o seu conhecimento;

• Possibilidade de refazer os trabalhos avaliativos;

• Roteiro de estudo sob a supervisão do professor. 

Ao  longo  dessas  atividades,  novas  oportunidades de  avaliação serão oferecidas,  a   fim de 

verificar   se   os  objetivos   em  que   o  aluno   apresenta   dificuldades   foram  alcançados.  Os   objetivos   não­

atingidos continuarão sendo objeto de estudos nos trimestres seguintes,  não ultrapassando,  todavia, o final

 

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do 3º trimestre. (Parecer 140/97 do CEED).

É importante ressaltar também a necessidade que a Escola tem de promover uma recuperação 

paralela para alguns alunos, que necessitam de um atendimento mais individualizado e um tempo de estudo 

maior, porém isto não está sendo possível, pela falta de espaço físico. 

Neste Colégio, a Sala de Apoio tem sido uma ótima alternativa para auxiliar os alunos que 

apresentam baixo desempenho escolar.

7.8 PROMOÇÃO

Será considerado promovido o aluno que apresentar, ao término do período letivo, a frequência 

igual ou superior a 75% do total da carga horária anual, e média anual igual ou superior a 6.0 (seis). Os 

casos limítrofes serão analisados com cuidado e atenção especial.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar, ao término do período letivo, a frequência 

igual ou superior a 75% do total de carga horária anual, e a média anual inferior a 6.0 (seis). Neste caso, irá 

para análise do Conselho de Classe. O aluno com frequência inferior a 75% do total da carga horária anual 

será reprovado com qualquer média.  

  

7.9 CLASSIFICAÇÃO

A   Classificação   no   Ensino   Fundamental   e   Médio,   neste   Colégio,   é   o   procedimento   para 

posicionar o aluno na etapa de estudo compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos 

por meio formal ou informal.

A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem.

7.10 RECLASSIFICAÇÃO

A Reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento avalia o grau de experiência do 

aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a 

fim   de   encaminhá­lo   à   etapa   de   estudo   compatível   com   sua   experiência   e   desenvolvimento, 

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as  possibilidades de  avanço na aprendizagem do aluno,

 

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devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à Equipe Pedagógica para 

que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela Equipe Pedagógica, durante dois anos, 

quanto aos seus resultados de aprendizagem.  

7.11 PROGRESSÃO PARCIAL

             Nosso Estabelecimento de Ensino não oferta aos alunos matrícula com Progressão Parcial. Porém, 

as transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e os alunos 

cumprirão o seguinte plano especial de estudos:

• Registrar e estudar os conteúdos já aplicados das disciplinas em dependência;

• Realizar as provas das referidas disciplinas conforme calendário do Colégio;

• Realizar os trabalhos de pesquisas encaminhado pelos professores e entregá­los na data prevista.

8. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO

O  Projeto   Político   Pedagógico  da  Escola   deve  assumir   um  caráter   dinâmico   no   processo 

educativo. Este caráter dinâmico se dará  através da avaliação permanente de sua efetivação, a  fim de 

superar as inadequações que venham a ocorrer.

O   trabalho   do   Colégio   estará   sendo   constantemente   avaliado   pelos   Professores,   Grêmio 

Estudantil, Equipe Pedagógica, Equipe Administrativa, Auxiliares Operacionais e Pais, após cada ação com 

vistas à realimentação do Projeto Político Pedagógico.

Os pais e a comunidade acompanharão o trabalho da Escola através de entrevistas em forma 

de questionários, por meio de conversas com os professores e pedagogos devidamente registradas, acesso 

às atividades realizadas pelos filhos, e solicitação ao Conselho Escolar que sejam feitas reuniões extras 

quando houver necessidade.

Além das reuniões do Conselho Escolar, as próprias reuniões com os pais servirão para a 

discussão e reflexão sobre o Projeto Político Pedagógico, quando o corpo docente poderá perceber pontos 

positivos e negativos, e a partir deles, re­estruturar sua própria prática. Enfim, este projeto pretende evoluir 

gradativamente, e deve ter uma prática de constante investigação, aproveitando os momentos de reuniões 

Pedagógicas, Pré­Conselhos, Conselhos de Classe, Hora­Atividade e momentos informais, envolvendo todo

o   corpo   administrativo,   docente,   funcionários   e   alunos   nestas   reflexões,   subsidiando   assim,   o 

redirecionamento   da   prática   e   a   realimentação   do   Projeto   Político   Pedagógico,   onde   e   quando   for 

necessário.

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ESTE “REPENSAR” AJUDA O GRUPO COMO UM TODO,  EM TODOS OS SENTIDOS, 

INCLUSIVE O MODO DE PENSAR, O GERENCIAMENTO DO COLÉGIO E TUDO O QUE ESTÁ LIGADO 

À INSTITUIÇÃO: RECURSOS FINANCEIROS, ESTRATÉGIAS DE TRABALHO, DEMANDANDO AÇÕES 

MAIS RE­ELABORADAS DE TODOS OS ENVOLVIDOS.

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REFERÊNCIAS

CORDIOLLI,  Marcos.  Diversidade e Pertinência na Construção Curricular.   In:  Primeiras Reflexões 

para a Reformulação Curricular da Educação Básica no Estado do Paraná – 2004. 

BRASIL.  Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.  Parecer 04/98. Ministério da 

Educação e do Desporto ­ Conselho Nacional da Educação – Brasília, 1998. 

____________.  Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.  Parecer 15/98. Ministério da 

Educação e do Desporto ­ Conselho Nacional da Educação – Brasília, 1998.

FORQUIM,  Jean  Claude.  Escola  e  Cultura:  as bases sociais  e  epistemológicas do conhecimento 

escolar; tradição de Guairá Lopes Louro – Porto Alegre – Artes Médicas, 1993.

MOREIRA, Antonio Flávio & SILVA Tomaz Tadeu da.  Currículo, Cultura e Sociedade. 4ª ed. São Paulo: 

Vozes, 2000.

____________. Algumas Reflexões sobre a Escola e o Conhecimento Escolar. In: Primeiras Reflexões 

para a Reformulação Curricular da Educação Básica no Estado do Paraná – 2004. 

PARANÁ. Plano Estadual de Educação – REE. Julho, 2004.

PINTO,   Álvaro   Vieira.  Conceito   de   Educação;   Forma   e   conteúdo   da   educação   e   as   concepções 

ingênua e crítica da educação. In. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez, 1994. 

REVISTA DE EDUCAÇÃO. Linguagem, Cultura e Gestão. Brasília, AEC, n. 129, 2003.

____________.  Formação dos Profissionais da Educação – Múltiplos Olhares.  Brasília, AEC, V. 29; 

n.115, Abril 2000.

SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. 

VEIGA,   Ilma Passos.  Perspectivas para  a   reflexão em torno do  Projeto  Político  Pedagógico. 

Escola: espaço do Projeto Político. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 09­32.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           57  

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, ampliaram­se, sobre maneira, as discussões e as pesquisas sobre a ação 

docente e seus desdobramentos no cumprimento do papel que a sociedade tem esperado da escola.

No   Brasil,   nas   últimas   três   décadas,   podem   ser   evidenciados   três   momentos   políticos:   a 

ditadura militar, o movimento de democratização da sociedade e os movimentos de globalização da cultura 

e da economia.

Em   tempos   de   globalização   da   cultura   e   da   economia,   assim   como   do   desenvolvimento 

tecnológico,  as   informações  ultrapassam os  muros  escolares  e   invadem a  sala  de  aula,  exigindo  dos 

educadores respostas e posicionamentos. Consequentemente, isso tem demandado novos procedimentos 

de estudo e trabalho, que contemplem satisfatoriamente as novas expectativas de formação humana.

Também não se pode esquecer as questões colocadas para a instituição escolar, a partir de 

seu   reiterado   fracasso,   demonstrado   pelos   altos   índices   de   repetência   e   evasão,   que   permanecem 

inalterados nas últimas décadas.

Nesse contexto, o desafio da construção de uma proposta crítica de educação é colocado a 

todos os educadores.

Com  a  clareza  a   respeito  de  seu   trabalho   e  dos  novos  desafios,  educadores   do   Colégio 

Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio, vêm discutindo a necessidade de trazer para 

dentro do currículo os diferentes significados sobre a prática humana, social, política e cultural, a favor da 

formação de um sujeito mais completo e integral, isto é, uma formação mais pluralista do educando.

Nítido está a todos os educadores que o advento da economia globalizada e a forte influência 

dos avanços dos meios de comunicação e dos recursos de informática, aliados à mudança de paradigma da 

ciência,  não comportam um ensino que se caracterize por  um processo de educação continuada,  que 

deverá   acompanhá­lo.   O   desafio   imposto  aos  docentes   é   mudar   o   eixo  de  ensinar,   para   optar   pelos 

caminhos que levem ao aprender. Torna­se essencial que, professores e alunos, estejam num permanente 

processo de aprender a aprender.

Esta Proposta Curricular é a síntese dos esforços, estudos e trabalhos dos profissionais que 

atuam no  Colégio  Estadual  da  Colônia  Murici,   com o  objetivo  de  oferecer  um ensino  de  qualidade  e 

promover a cidadania a todos aqueles que estão envolvidos conosco neste processo.

Temos bem claro que a Proposta Pedagógica é uma maneira coletiva de decidir e agir diante 

do momento histórico em que se encontra a educação brasileira. 

O trabalho deve ser abrangente, tendo como missão: desenvolver um ser humano competente, 

crítico, sensível, humanamente preparado para tomar  decisões  baseadas no  conhecimento  científico, que

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           58  

seja  sujeito  de sua  história  pessoal,  e  que compreenda a necessidade de sua participação efetiva na 

transformação de nossa sociedade, a fim de que esta se torne cada vez mais humana, justa e feliz.

Esta visão de educação encontra seu espaço na construção de uma proposta de  trabalho 

pedagógico, que permita visualizar as ações e intervenções a serem realizadas antecipadamente, em vista 

de resultados positivos na aprendizagem para todos os alunos e comunidade, como um todo.

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1. PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1.1 DISCIPLINA: ARTES

1.1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Arte vem sendo produzida pelo ser humano desde que ele, pela primeira vez, realizou um 

registro gráfico em sua caverna, emitiu um som ou um gesto e a ele atribuiu significado. O ser humano é um 

ser simbólico e a Arte, patrimônio cultural da humanidade. Por meio da Arte, temos acesso aos sentimentos 

e aos pensamentos das comunidades de qualquer época, povo, cultura ou país. Produzindo arte, nós nos 

conhecemos melhor e nos damos a conhecer o outro.

 “(...), a sistematização do ensino da Arte na escola desempenha um papel social, na medida  

em que democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo enquanto fruidor de  

cultura e conhecedor da construção de sua própria nação.” (BARBOSA, 2002, p.14). 

A Arte deve ser entendida como conhecimento e linguagem. A Arte é  e traz conhecimento, 

aquele que é específico das linguagens artísticas (o estudo das cores, das formas, do ritmo, etc.) assim 

como conhecimento de história,  geografia,  sociologia,   filosofia,   religião,  política,  psicologia,  arqueologia, 

enfim, tudo o que faz parte do contexto em que a obra é criada. E a construção do conhecimento em Arte se 

efetiva na inter­relação de saberes que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da 

análise, da criação/produção e da contextualização histórica, abrangendo todos os aspectos do objeto de 

estudo, inclusive dentro da visão de mundo do próprio aluno.

A Arte é linguagem por tratar­se de um sistema de representação que utiliza principalmente 

signos não­verbais (cor, luz, sombra, som, silêncio, etc) com os quais o artista/aluno, com alguma intenção 

compõem uma obra, atribuindo significados a esses elementos. A Arte é criação e manifestação do poder 

criador do homem. Criar é transformar, e nesse processo, o sujeito também se recria. No ensino da Arte 

resgata­se o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a  importância de criar.  Desta 

forma, a Arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relação com a cultura por meio das 

manifestações expressas em bens materiais e imateriais. Sendo assim, a Arte e toda a produção artística e 

cultural  é  um modo pelo  qual  os sujeitos entendem e marcam a sua existência no mundo,  através da 

interligação dos conteúdos pessoais de cada sujeito, à produção cultural (local/regional/global).

O professor de Arte é, pois, um alfabetizador artístico/estético, o mediador entre arte e aluno. 

Seu objetivo maior será tornar seus alunos leitores e produtores de textos visuais, pictóricos, escultóricos, 

musicais,  cênicos,  gestuais,  assim como conhecedores de uma parcela da produção artística realizada 

desde   que   o   ser   humano   habitou   o   planeta;   procurando   indicar   caminhos   para   educar   artística   e 

esteticamente os alunos,  de forma  a  contemplar  sempre  o fazer  artístico,  o conhecimento  histórico  e  a

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apreciação estética.  Conforme MOREIRA (2003),  a escola  e o  professor  devem pautar  suas ações na 

formação geral, ampla, pois é isto que pode e deve oferecer. A escola não deve, portanto, ter a expectativa 

de formar cientistas ou artistas, mas contribuir com os seus saberes para que os estudantes possam ¨ler e 

se expressar por meio de uma linguagem com a qual tenham maior afinidade, o que só podem fazer se  

conhecerem as diferentes linguagens postas no mundo hoje¨. (MOREIRA, 2003, p.19).

O objetivo do estudo da Arte é o próprio universo da arte, e de acordo com os Parâmetros 

Curriculares Nacionais, são as artes visuais, o teatro, a música e a dança.

1.1.2 OBJETIVOS GERAIS

 → Ampliar o repertório cultural do aluno, a partir dos conhecimentos: estéticos (apreensão do 

objeto   artístico   em   seus   aspectos   sensíveis   e   cognitivos);   artístico   (o   fazer   e   o   processo   criativo); 

contextualizado (contexto histórico­político, econômico e sociocultural dos objetos artísticos e compreensão 

de seus conteúdos explícitos e implícitos, aprofundando a investigação desse objeto), aproximando o aluno 

do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações;

 Observar, conhecer e experimentar formas artísticas nas diferentes linguagens, bem como→  

materiais, elementos expressivos, informações e princípios que regem suas combinações, historicidades e 

diversidades;  

 → Desenvolver e fortalecer no aluno a sua capacidade criadora, apreendendo e expandindo o 

seu conhecimento artístico nas diferentes linguagens, valorizando e articulando o fazer e o conhecer com 

sensibilidade, imaginação, investigação, curiosidade e reflexão;

 Apreciar obras de arte, produções próprias e dos colegas, com prazer, empenho e respeito.→  

Construindo uma  relação de autoconfiança com a  produção artística pessoal  e  conhecimento estético, 

sabendo receber e elaborar críticas.

1.1.3 CONTEÚDOS

              Na disciplina de Artes os conteúdos estruturantes são: elementos básicos das linguagens artísticas; 

produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores. Preferencialmente, abordar os temas 

fazendo uma co­relação entre as diferentes linguagens, não havendo separação entre artes visuais, música, 

dança e teatro.

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 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:→

5ª SÉRIE

 Música: →

­ altura, duração, timbre e intensidade

­ ritmo

­ melodia

­ improvisação rítmica

­ leitura rítmica

­ percepção musical

             Artes visuais: 

­ ponto, linha, cor, textura, volume

­ bidimensional

­ figurativa

­ abstrata

­ simetria e assimetria

­ jogos e brincadeiras

­ reprodução e releitura de obras

­ folclore e arte popular

­ pintura, desenho, colagem,...

­ arte e meio ambiente: materiais recicláveis  

          Movimentos e períodos: 

­ Pré­história, Egito, Grécia, Africana e Oriental

         Teatro: 

­ personagem, ação, espaço, improvisação, criação cênica, mímica, roteiro, jogos teatrais

­ tragédia e comédia 

Dança: 

­ movimento corporal, tempo, espaço

­ formação níveis, deslocamento, improvisação, coreografia

­ danças circulares

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6ª SÉRIE

 Música: 

­ altura, duração, timbre, intensidade 

­ ritmo, melodia, gêneros diversos, técnicas vocal, instrumental, improvisação

          Artes visuais: 

­ ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz

­ proporção

­ tridimensional

­ figura e fundo

­ noções de história em quadrinhos

­ escultura e modelagem

­ gravura

­ desenho

­ pintura

­ mosaico

­ letras e números

­ isocromia, policromia e monocromia

Movimentos e períodos: 

­   arte indígena, arte popular brasileira e paranaense, Idade Média, Renascimento, Barroco. 

 Teatro:

­ personagem, ação, espaço

­ representação

­ jogos teatrais

­ mímica

­ improvisação

­ teatro de varetas

Dança:

­  movimento corporal, tempo, espaço

­ movimentos coreográficos de oito tempos

­ composições coreográficas

­ ação corporal articulada no tempo/ritmo e espaço

­ danças populares paranaenses e brasileiras – capoeira, samba de roda, umbigada, congada,  

brincadeiras de roda

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7ª SÉRIE

Música: 

­ altura, duração, timbre, intensidade

­ ritmo

­ melodia

­ harmonia

­ indústria cultural, eletrônica minimalista, rop, rock, tecno

Artes visuais: 

­ linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz

­ semelhanças

­ contrastes

­ ritmo visual

­ estilização

­ deformação

­ ampliação e redução de imagens

­ figura humana

­ perspectiva com um ponto de fuga

­ colagem

­ máscara e pintura corporal

Movimentos e períodos: 

­ Indústria Cultural, Impressionismo, Expressionismo

­ arte do Paraná

Teatro: 

­ personagem, ação, espaço

­ texto, roteiro, enredo

­ cenografia

­ sonoplastia

­ teatro de sombras

Dança:

­  movimento corporal, tempo, espaço

­ danças brasileiras regionais

­ percepção corporal

­ coreografia

­ hip hop, musicais, expressionismos, dança moderna

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8ª SÉRIE

Música: 

­ altura, duração, timbre, intensidade

­ ritmo, melodia, gêneros, música engajada, MPB, música contemporânea

Artes visuais: 

­ linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz

­ bidimensional

­ tridimensional

­ figura­fundo

­ ritmo visual

­ perspectiva

­ ilustração de texto

­ design e publicidade

­ caricatura, cartum e charge

­ informação visual

­ intervenções artísticas

­ fotografia, cinema, vídeo

Movimentos e períodos: 

­ arte do século XX

­ arte paranaense e brasileira

Teatro:

­ personagem, ação, espaço

­ improvisação, enredo, criação e encenação

­ direção, cenografia, sonoplastia, figurino

­ mímica

­ teatro do oprimido, teatro pobre, teatro do absurdo, teatro engajado

Dança: 

­ movimento corporal, tempo, espaço

­ improvisação, criação, desenvolvimento, coreografias

­ dança moderna, contemporânea, vanguardas e engajadas                  

1.1.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No Ensino Fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões em Arte, pois é na associação 

entre   a   Arte   e   a   Cultura   que   podem   se   dar   as   reflexões   sobre   as   diversidades   culturais   e   as 

produções/manifestações culturais que dela decorrem. E a aula de Arte deve ser um espaço no qual se 

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reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida para as problematizações. Deve 

propiciar aos alunos, leituras sobre os signos existentes na cultura de massa, para se discutir de que formas 

a   indústria   cultural   interfere  e   censura  as  produções/manifestações  culturais   com as  quais  os  sujeitos 

identificam­se.

O ensino da Arte será abordado tendo como princípio a compreensão da Arte como linguagem, 

como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não verbais, no 

processo de conhecimento do mundo, na constituição dos sujeitos através das interações sociais, que se 

transformam ao longo do processo histórico,  transformando a própria sociedade e suas ideologias, bem 

como as suas formas de comunicação e interação. Dessa forma, a apropriação dos conhecimentos se dará 

a   partir   da   realidade   cultural   do   aluno   e   sua   interação   com   as   produções/manifestações   artísticas 

abordadas, fazendo com que ele amplie sua visão de mundo e compreenda as constituições simbólicas dele 

mesmo e de outros sujeitos, pertencentes às mais diversas realidades culturais.

No encaminhamento desta disciplina, os alunos devem ter acesso às obras de música, teatro, 

dança e artes visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística. Trata­se de 

envolver a apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A 

tarefa do professor é  possibilitar o acesso, mediar o sentir e perceber com o conhecimento sobre Arte, 

mesmo que sua formação seja em apenas em uma das linguagens artísticas, o professor deve apresentar e 

trabalhar os aspectos de todas as linguagens, fazendo uso das novas tecnologias que estão ao alcance de 

todos, para que o aluno possa transcender aparências e aprender, pela Arte, aspectos da realidade humana 

em sua dimensão singular e social.

Portanto, é preciso que o ensino de Arte ofereça condições para que os alunos compreendam 

a Arte como área do conhecimento, como manifestação original do ser humano. Além de identificar, analisar 

e conhecer materiais e recursos expressivos, os alunos representem idéias e  sentimentos  por     intermédio 

das imagens plásticas, musicais, danças e cênicas. Que o aluno compreenda as Artes realizadas por outros 

povos e culturas, que realize leituras e releituras de obras nas diferentes linguagens, além de reconhecer e 

utilizar regras de organização dos elementos expressivos, conhecer profissões e profissionais ligados ao 

universo da arte, etc.

E deve ser contemplada a educação ambiental, segundo a lei nº 9.759 de 27/04/1999; a história 

do Paraná, segundo a lei nº 6.134 de 18/12/2001 e a inserção dos conteúdos de história e cultura afro­

brasileira, segundo a lei nº 10.639 de 09/01/2003.

1.1.5 AVALIAÇÃO

Partindo   do   princípio   fundamental   de   que   a   avaliação   é   um   processo   que   integra   a 

aprendizagem e o ensino, e que o resultado não é o único elemento a ser observado durante a avaliação, é 

necessário levar em conta o processo de construção do conhecimento e, para isso, a  avaliação  deverá  ser

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diagnóstica, envolvendo o conhecimento prévio do aluno, durante a situação de aprendizagem, quando o 

aluno interage com o conteúdo e analisando como ocorreu o processo de aprendizagem. A avaliação deve 

comparar  muito mais um aluno com ele  mesmo do que um aluno com outro,  de maneira a podermos 

verificar com mais eficiência o quanto ele avançou, bem como os modos de aprendizagem de cada aluno, 

pois sendo os alunos diferentes uns dos outros, cada qual tem uma preferência, uma forma de se expressar 

(oralmente, por meio de desenhos, pinturas, dramatizações, etc.) e de realizar as atividades.

A avaliação deve permitir ao aluno posicionar­se em relação aos trabalhos artísticos estudados 

e produzidos, saindo do lugar comum, dos gostos pessoais, desvinculando­se de uma prática pedagógica 

pragmática,   caracterizada   pela   produção   de   resultados,   bem   como   de   avaliações   que   valorizam   tão 

somente o resultado do espontaneísmo.

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1.1.6 REFERÊNCIAS

BARBOSA A.M.B. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2ª ed. São Paulo. SP: Cortez, 2005.

MOREIRA. Antonio Flávio Barbosa. Algumas reflexões sobre a escola e o conhecimento. 2003.

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.   Diretrizes Curriculares de Educação Artística para o 

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: 

Mercado das letras; 2003.

ROSSI, M.H.W. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.

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1.2 DISCIPLINA: CIÊNCIAS

1.2.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Ciência foi constituída a partir da evolução do pensamento do ser humano. O 

ensino e a aprendizagem propiciam uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades 

temporais, relacionando­as as práticas sociais, às quais estão diretamente vinculadas.

Desde antes da descoberta do fogo, o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua 

volta e aprender com eles. Já utilizava técnicas para apanhar alimentos, caçar com instrumentos de pedras. 

A descoberta do fogo foi um marco para a humanidade, que o utilizou para cozinhar os alimentos. Criou 

ainda, uma forma primitiva de experiências químicas para ajudar na transformação de uma substância em 

outra. Passou então, a cultivar a terra, criar animais, tornou­se mais atento à natureza, estabeleceu relações 

entre o movimento do céu e os ciclos vitais de animais e plantas.  Essas observações possibilitaram a 

aperfeiçoar técnicas, fabricar novos instrumentos, aprender a armazenar o excesso de suas produções, 

desenvolver noções de cálculo para construir novos espaços e criar calendários a partir dos movimentos 

celestes. O homem passou a formular teorias, crenças e valores e adotar no seu cotidiano o exercício do 

pensamento racional a filosofia. 

No decorrer da história, tais práticas fizeram­no mudar a forma de expressar seu conhecimento 

sobre o mundo e, desse modo, a ciência passou a ser determinada pela maneira como ele manifesta esse 

conhecimento. 

A alquimia merece destaque na história da Ciência, pois contribui com seus conhecimentos 

para a transição dos conhecimentos científicos da química, o químico francês Antoine Laurent Lavoisier, 

popularizou  a   ideia  do   flogisto.  A  partir   de  então,  a  nomenclatura  química  precisou  ser   revista.  Cada 

substância passou a ser cuidadosamente redefinida.

Os   avanços   científicos   determinaram   o   desenvolvimento   do   pensamento   científico   e   as 

relações sociais.  Com a Revolução Industrial no século XVIII  houve a  legitimação dessas relações e a 

determinação de diferentes níveis de domínio do conhecimento científico. Em consequência, houve uma 

busca pela energia e maior exploração do ambiente, intensificou­se os desmatamentos.

No século XIX, a Ciência foi consolidada. O homem passou a entender que pode interferir na 

natureza e buscar melhores condições de vida.

Houve   muitos   avanços  na  química   e   física:  a   classificação  periódica   foi   criada  por  Dmitri 

Mendeleiev, a eletricidade, eletrostática, magnetismo também se consolidaram. Charles Darwin mudou a 

visão do  homem em relação ao passado,  propôs  alternativas  ao  criacionismo.  Gregor   Joham Mendel, 

descobriu os princípios da hereditariedade, a base da genética.

No século XX, as contribuições da Ciência para a humanidade foram incontáveis: o primeiro 

voo de um avião, os avanços da química da  física,  da biologia,  o  lançamento do primeiro satélite  e o 

caminhar do homem na lua, foram feitos essenciais para o avanço da Ciência e do pensamento humano.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           69  

A   Ciência   é   uma   construção   humana,   tem   suas   aplicações,   é   falível,   intencional   e   está 

diretamente relacionada ao avanço da tecnologia e das relações sociais.  

Ciência é a designação usual no currículo escolar do Ensino Fundamental, da disciplina que 

reúne  os   conhecimentos  pertencentes  ao  domínio  das  Ciências   Físicas  e  Naturais,   que   por   sua  vez, 

compreendam a  Física,  a  Química,  a  Biologia,  as  Geociências  e  a  Astronomia.  Mas a  concepção  de 

Ciências vai bem mais além do que a simples reunião de conteúdos referentes a determinados campos do 

conhecimento científico. A aparentemente simples transformação destes conhecimentos em saber escolar 

implica   decisões   de   seleção,   organização   e   enfoque   necessariamente   subordinados   à   concepção   de 

Ciência, Educação e Meio Ambiente.

A  meta  do  ensino  de  Ciências  é   salientá­la   como um conhecimento  que  colabora  para  a 

compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como parte do universo e como 

indivíduo transformador. Assim, o trabalho a ser realizado com o ensino de Ciências deve propiciar aos 

alunos condições para que dominem os conhecimentos científicos básicos,  a partir  dos quais  poderão 

entender os fenômenos naturais e reconhecer a aplicação desses conhecimentos no seu cotidiano. Deve­se 

oportunizar   a   apropriação   do   conhecimento   científico   na   sua   totalidade,   ou   seja,   os   conteúdos 

desenvolvidos devem possibilitar os descobrimentos das relações existentes como vistas à superação dos 

problemas postos pela realidade contemporânea.

O ensino de Ciências está na concepção de desenvolvimento humano, apoiada na ideia de 

interação do homem com seu meio físico e social, entendendo­se a aquisição do conhecimento como um 

processo historicamente construído, tanto no plano coletivo, quanto no individual.

Dessa forma, a disciplina de Ciências não pode ser vista como uma bricolagem de aspectos 

relativos ao conhecimento científico,  mas sim,  como uma disciplina que possibilita espaços efetivos de 

discussão e  reflexão a  respeito  de  uma  identidade  científica,  ética,  cultural,  enfim,  uma disciplina  que 

instrumentalize o aluno para compreender e intervir no mundo de forma consciente.

Na atualidade, o desafio é de oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e 

conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, 

social e de produção científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das 

inter­relações e transformações manifestadas no meio (local, regional, global), bem como instigará reflexões 

e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por exemplo, a preservação do meio 

ambiente versus as necessidades oriundas da produção industrial; a ética versus a produção científica.

Em uma perspectiva de efetuar o ser humano e o seu corpo como um todo dinâmico, que 

interage com o meio ambiente em seu sentido mais amplo,  a área de Ciências pode contribuir  para a 

formação de integridade pessoal e da auto­estima, da postura, de respeito ao próprio corpo e ao dos outros, 

para   o   entendimento   da   saúde   como   um   valor   pessoal   e   social   e   também   para   a   compreensão   da 

sexualidade humana sem preconceitos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           70  

É também no estudo de Ciências Naturais que os fenômenos da natureza e as transformações 

produzidas  pelo  homem,  bem como as  diferentes  explicações sobre  o  mundo,  podem ser  expostas  e 

comparadas.   Dessa   forma,   o   aluno,   que   já   é   cidadão   hoje,   amplia   a   sua   possibilidade   presente   de 

participação social e viabiliza também a sua capacidade de plena participação social no futuro. 

A  necessidade  de  superação   da   visão   idealizada   do   ambiente,   como   reunião   de   seres  e 

fenômenos  naturais,   em que  a  humanidade e  suas   realizações estão excluídas,  assim como as  suas 

percepções fragmentárias e antropocêntricas, e da sua alienação do universo escolar, também oferece uma 

inestimável contribuição para essa iniciativa de revisão. Em contraposto, passa­se a pensar o ambiente 

como algo em permanente transformação, modelado tanto pelas forças físicas quanto pelas sociais. Por 

isso, deve ficar claro que o homem, ao recriar a realidade, não deixa de ser parte no ecossistema, mas lhe 

confere características especiais e adquire maior responsabilidade sobre ele.

Assim,   as   leituras   críticas   das   transformações   direcionadas   pelo   homem   sobre   o   meio 

ambiente,   sobre   sua   vida,   são   condições   para   uma   análise   articulada   dos   conteúdos   básicos, 

fundamentados nos elementos essenciais do ecossistema, integrados dinamicamente. O ensino de Ciências 

propicia   que   consideremos   essa   concepção,   contribuindo   para   a   reconstrução   da   relação   homem   x 

natureza, homem x homem. Para tanto, faz­se necessário possibilitar aos alunos uma leitura e compreensão 

da totalidade, isto é, um trabalho crítico do conteúdo, que possa levantar questionamentos e discussões 

sobre a prática social global, possibilitando­os a interferir em seu meio, na luta pela melhoria da qualidade  

de vida.

Nessa   perspectiva,   há   necessidade   de   uma   proposta   capaz   de   traduzir   corretamente,   no 

projeto pedagógico, as preocupações e diretrizes enunciadas; uma proposta derivada de uma particular 

concepção   de   Ciências,   que   preservando   a   especificidade   dessa   área   de   conhecimento,   contribua 

simultaneamente para desvelar as verdadeiras relações entre Ciências, Tecnologia, Homem, Sociedade e 

Ambiente.      

1.2.2 OBJETIVOS GERAIS

O objeto de estudo da disciplina, segundo as novas DCE's para 2010 é que haja a formação do 

conhecimento   científico   do   educando   mediante   o   enriquecimento   de   sua   cultura   científica,   dando 

oportunidade de interligar os conceitos cotidianos com conceitos científicos. 

Para esse processo ocorrer, é necessário ampliar a capacidade de compreensão, e vincular estas 

às situações do cotidiano, onde o aluno posicione­se em frente a fenômenos novos.

Objetivar no auxílio da problematização de situações que proporcionem ao aluno aceitar diferentes 

maneiras de compreender o mundo, despertando a valorização pela conservação da vida e natureza.

De um modo geral, é importante fazer com que o aluno colabore para a promoção do bem­estar 

físico, social e psíquico, e do bem­estar coletivo também.

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Para que esse processo se efetive, é  necessário a associação entre Ciência e Tecnologia, 

tornando­se cada vez mais presente no dia­a­dia, e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser 

humano.

Um dos objetivos importantes e relevantes da disciplina é fazer com que o aluno valorize o 

cuidado com o seu próprio corpo, como hábitos de alimentação, higiene e desenvolvimento da sexualidade.

Há  necessidade em fazer a compreensão e exemplificação com as necessidades humanas, 

contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico, sendo estes de caráter social, prático ou 

cultural.

O   conjunto   de   objetivos   para   o   ensino   de   Ciências   aponta   uma   intenção   geral:   criar 

oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao final do Ensino Fundamental, tenha adquirido um conjunto 

de conceitos,  procedimentos e atitudes que operem como  instrumentos para a  interpretação do mundo 

científico  e   tecnológico em que vivemos,  capacitando­o nas escolhas que  fará  como  indivíduo e como 

cidadão.  Nesse sentido,  o  ensino de Ciências deverá   ser  organizado de  forma a permitir  que o aluno 

desenvolva as seguintes capacidades:

• Identificar   o   conhecimento   científico   como   resultado   do   trabalho   de   gerações   de 

homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,  valorizando­o 

como instrumento para o exercício da cidadania competente;

• Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma precisa e 

sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo natural e tecnológico;

• Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal, social 

e   ambiental   como   bens   individuais   e   coletivos   que   devem   ser   conservados,   preservados   e 

potencializados;

• Identificar  os  elementos  do  ambiente,  percebendo­os  como parte  de  processos de 

relações, interações e transformações;

• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais, que têm um ritmo de 

renovação, havendo, portanto, um limite de retirada;

• Perceber a profunda  interdependência dos seres vivos e dos demais elementos do 

ambiente;

• Relacionar a capacidade de  interação com o ambiente e  com a sobrevivência  das 

espécies;

• Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade de vida;

• Relacionar  descobertas  e   invenções humanas com as  mudanças sociais,   políticas, 

ambientais e vice­versa.

• Compreender  a   tecnologia   como  recurso  para   resolver  as  necessidades  humanas, 

diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais  ao equilíbrio  da natureza e do ser 

humano;

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• Formular   perguntas   e   suposições   sobre   os   fenômenos   naturais,   desenvolvendo 

estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca e tratamento das informações;

• Desenvolver flexibilidade para reconsiderar suas ideias, reconhecendo e selecionando 

fatos e dados na re­elaboração de seus conhecimentos;

• Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização para a 

busca e organização de informações; autonomia e responsabilidade na realização de suas tarefas 

como estudante;

• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas respostas 

para desafios;

• Desenvolver   a   reflexão   sobre   as   relações   entre   ciência,   sociedade   e   tecnologia, 

considerando as questões éticas envolvidas;

• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

• Utilizar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do cotidiano;

• Coletar dados e buscar informações;

• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.

1.2.3 CONTEÚDOS

5ª SÉRIE   

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→

• Universo/Astronomia – Matéria e Energia – Biodiversidade – Sistemas biológicos.

 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:→

 ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA:→

• Conhecimentos   biológicos:   Histórico;   Estrelas;   Planetas   e   satélites;   Asteroides; 

Meteoritos; Cometas; Galáxias; Constelações; Sol; Efeitos da radiação do sol; Câncer de pele;

• Conhecimentos químicos: Átomos; Fotossíntese;

• Conhecimentos   físicos:   Gravidade;   Temperatura;   Telecomunicações   via   satélite   e 

internet; Movimentos de rotação e translação.

 INTER­RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE:→

• Conhecimentos   biológicos:   seres   vivos   e   o   ambiente;   Ecossistema;   Habitat;   Nicho 

ecológico; Teias e cadeias alimentares (produtores, consumidores e decompositores); Desequilíbrio 

ecológico;

• Conhecimentos químicos: Comunidade (transferência de matéria e energia);

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• Conhecimentos   físicos:   Populações   (taxas,   densidade   demográfica   e   fatores   que 

influenciam).

 SOLO NO ECOSSISTEMA:→

• Conhecimentos biológicos: Tipos de erosão; Rotação de culturas; Desmatamento; 

Doenças; Quilombo: referência de resistência à dominação e luta pela terra no Paraná;

• Conhecimentos  químicos:  Tipos  de  solo;   tipos  de  rochas;  Queimadas;  Substâncias 

tóxicas agrícolas; Legislação quanto ao uso de agrotóxico; Poluição do solo;

• Conhecimentos físicos: Tecnologia utilizada na preparação do solo;

• Histórico dos solos de cada região do Estado do Paraná, enfatizando a origem e clima.

               ÁGUA NO ECOSSISTEMA:→

• Conhecimentos biológicos: Concentração de água no planeta; Água e os seres vivos; 

Ciclo da água; Água potável; Saneamento básico; Poluição da água; Doenças transmissíveis pela 

água;

• Conhecimentos   químicos:   Composição   da   água,   Água   como   solvente   universal; 

Soluções e misturas;

• Conhecimentos físicos: Estados físicos da água; Mudanças de estados físicos da água; 

Pressão e temperatura.

 AR NO ECOSSISTEMA:→

• Conhecimentos biológicos: Existência do ar; Noções de matéria; Camadas 

atmosféricas; Poluição do ar; Pressão atmosférica; Camada de ozônio; Efeito estufa; Aquecimento 

global;

• Conhecimentos químicos: Elementos químicos;  símbolos;  Átomo e matéria;  Reação 

química; Combustão;

• Conhecimentos   físicos:   Meteorologia   e   previsão   do   tempo;   Massa   e   peso; 

Propriedades do ar; Formação dos ventos; Brisa terrestre e marítima; Tecnologia aeroespacial e 

aeronáutica.

6ª SÉRIE     

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→

• Universo/Astronomia – Matéria e Energia – Biodiversidade – Sistemas biológicas.

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 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:→

 BIODIVERSIDADE:→

• Conhecimentos   biológicos:   Origem   da   vida;   Classificação   dos   seres   vivos;   Cinco 

Reinos (Animália, Protista, Monera, Fungi e Plantae);

• Vírus ­ Características gerais; doenças transmissíveis por vírus;

• Reino Monera ­ Características gerais das bactérias; Bactérias que causam doenças; 

Imunologia: Vacinas e Soros; Análise sobre a saúde dos africanos;

• Reino   protista   ­   Características   gerais   dos   protozoários   e   das   algas;   doenças 

transmitidas por protozoários;

• Reino Fungi – Características gerais;  Importância econômica; Doenças geradas por 

fungos;

• Reino   Plantae   –   Criptógamas   (Talófitas,   Briófitas   e   Pteridófitas)   e   Fanerógamas 

(Angiospermas e Gimnospermas): Aspectos gerais; Estrutura morfológica e fisiológica; Reprodução;

• Reino Animália – Invertebrados:

• Filo Porífera; Filo Cnidária; Filo Platyhelmintos (platelmintos); Filo Nematoda (nematelmintos); Filo 

Annelida   (anelídeos);   Filo   Mollusca   (moluscos);   Filo   Echinodermata   (equinodermos)   e   Filo 

Arthropoda   (artrópodes):   Características   gerias;   Digestão;   Respiração;   Circulação;   Excreção; 

Reprodução; Influência das espécies na vida humana;

• Reino Animália – Vertebrados:

• Peixes;   Anfíbios;   Répteis;   Aves   e   Mamíferos:   Características   gerais;   Digestão;   Respiração; 

Circulação; Excreção e Reprodução;

• Espécies animais existentes no Estado, bem como o processo de extinção;

• Químicos: Osmose; Absorção; Fotossíntese; Respiração; Transpiração; Fermentação; 

Decomposição;

• Físicos: Fototropismo; Geotropismo; Movimento e locomoção.

7ª SÉRIE     

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→

• Universo/Astronomia – Matéria e Energia – Biodiversidade – Sistemas biológicos.

 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:→

 → CORPO HUMANO INTEGRADO:

• Conhecimentos biológicos: Organização do corpo humano – Células, Tecidos, Órgãos 

e Sistemas;

• Morfologia e fisiologia dos sistemas humanos – Digestório, Respiratório, Circulatório, 

Excretor, Nervoso, Endócrino, Ósseo, Muscular, Reprodutor e Imunológico;

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• Estrutura do esqueleto e ação dos músculos no homem – Articulações, Importância 

dos exercícios físicos;

• Importância dos alimentos – Fome, Doenças – Anorexia, Bulimia, Doenças do aparelho 

digestório;

• Doenças   sexualmente   transmissíveis   –   Contágio,   profilaxia,   implicação 

biopsicossociais,   idade,   gravidez,   má   formação   genética,   concepção,   crescimento   e 

desenvolvimento   do   ser   humano,   fecundação,   gestação,   parto,   doenças,   aleitamento   materno, 

métodos anticoncepcionais; DSTs: índice de incidência na África;

• Genética   –   DNA,   Hereditariedade,   Cromossomos,   Células­tronco;   estudo   das 

características biológicas; Doenças hereditárias comum em negros;

• Conhecimentos químicos: Composição química da célula;  Composição química dos 

alimentos, conservação dos alimentos, ações químicas da digestão, nutrição; Hábitos alimentares; 

Ação   química   dos   alimentos   (transformação);   Hemodiálise;   Reações   que   ocorrem   no   sistema 

nervoso e ação de substâncias químicas no organismo;

• Conhecimentos físicos: Dimensões das células; Neurotransmissores – impulso elétrico, 

caloria   e   quilocaloria;   digestão   mecânica   –   mastigação,   deglutição,   movimentos   peristálticos, 

pressão arterial; Inspiração e Expiração; Tecnologias envolvidas na manipulação genética; Correção 

de lesões ósseas e musculares.

8ª SÉRIE    

 → CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Universo/Astronomia – Matéria e Energia – Biodiversidade – Sistemas biológicos.

 → CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

 QUÍMICA:→

• História da química – Química no cotidiano;

• Matéria; Propriedades gerais da matéria; Substâncias e misturas;

• Elementos   químicos,   substância   química;   misturas   homogêneas   e   heterogêneas; 

Fracionamento;

• Átomo   –   História   do  átomo;  Partículas;   Elementos;   Número   atômico   e  número   de 

massa; Modelos Atômicos, íons;

• Tabela Periódica; Classificação dos elementos químicos; Simbologia;

• Ligações químicas; Teoria do Octeto; ligações iônicas, covalente e metálica;

• Funções químicas; Ácidos, bases, sais e óxidos;

• Reações químicas – Equações, Tipos de reações químicas, leis das reações químicas;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           76  

• Drogas: composição química;    tipos de drogas;  reações que as drogas causam no 

organismo; influências das drogas na sociedade (violência).

 FÍSICA:→

• História da física ­ Grandezas e transformações;

• Cinemática ­ movimento e queda dos corpos;

• Dinâmica ­ forças movimentos, elementos de uma força); Princípios da dinâmica (leis 

de Newton); 

• Trabalho e potência ­ trabalho, potência;

• Energia e máquinas ­ formas de energia, máquinas;

• Energia térmica ­ calor, temperatura, termometria, dilatação dos corpos, quantidade de 

calor, propagação do calor;

• Energia sonora ­ som;

• Energia luminosa ­ propagação de luz, fenômenos ópticos, velocidade e cor da luz;

• Eletricidade e magnetismo ­ fenômenos elétricos, eletrostática, magnetismo.

 BIOLOGIA:→

• Poluentes na atmosfera; Inversão térmica; Resíduos fecais; Fertilizantes; Agrotóxicos; 

Detergentes   não­biodegradáveis;   Petróleo;   Controle   de   emissão   radiativa;   Aquecimento   global; 

Camada de ozônio; Efeito estufa; A história do computador; Linguagem binária; Inteligência artificial; 

Contribuições dos povos africanos para os avanços da ciência e tecnologia.

1.2.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A   disciplina   de   Ciências,   tendo   como   objeto   de   estudo   os   Fenômenos   Naturais:   físicos, 

químicos e Biológicos, deve ser estudada a partir de conteúdos abordados de forma articulada, em uma 

perspectiva crítica  e  histórica,  considerando a necessidade de contextualização,  evitando a abordagem 

tradicional de repasse de conteúdos do livro didático.

A   Ciência   deve   ser   concebida   no   processo   Ensino­Aprendizagem,   como   uma   construção 

humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alterações e marcados por intensas relações de 

poder.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes, dos quais 

ramificam­se os conteúdos específicos a serem trabalhados, considerando a prática social do aluno.

Para   evitar   uma   abordagem   descontextualizada,   fragmentada   por   série,   os   conteúdos 

específicos serão trabalhados ao longo do Ensino Fundamental, respeitando­se o nível cognitivo de cada 

turma, a realidade local, a diversidade cultural e as diferentes formas de apropriação dos saberes pelos 

educandos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           77  

Os   encaminhamentos   metodológicos,   portanto,   devem   considerar   o   dinamismo   e   a 

provisoriedade  da  Ciência,   cujas  práticas  e   descobertas  estão  constantemente  sendo   substituídas   por 

outras   mais   modernas.   Assim,   os   conteúdos   específicos   devem   estar   relacionados   entre   si,   com   os 

conteúdos estruturantes, com outras disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.

O   professor   deve   provocar   discussões,   análises   e   reflexões,   valorizando   o   conhecimento 

empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente produzido.

O   laboratório   (desde   que   não   trabalhado   por   si   só),   aulas   práticas,   análise   de   gráficos, 

pesquisas e trabalhos de campo, entrevistas, problematizações, observações, visitas, projetos individuais e 

em   grupos,   palestras,   fóruns,   debates,   seminários,   conversações,   músicas,   desenhos,   maquetes, 

experimentos,   relatórios,  dramatizações,  histórias  em quadrinhos,   painéis,  murais,   exposições   e   feiras, 

dentre outros, são recursos didáticos que podem ser utilizados, evitando­se a forma reducionista de repasse 

de  livros didáticos.  Comparações de acontecimentos científicos ­  passado, presente e  futuro –  também 

devem estar entre as formas de convite para a aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias 

encontradas na escola como a utilização do laboratório de informática, televisão, DVD,  rádio, retroprojetor e 

data show.

Salientamos que os temas propostos devem ser flexíveis o suficiente para abrigar a curiosidade 

e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos conceitos evidenciem a importância da montagem 

do método científico, exigindo o desenvolvimento de atitudes/procedimentos para a solução e interpretações 

dos fenômenos envolvidos.      

1.2.5 AVALIAÇÃO

A avaliação é fundamental para a construção de uma escola democrática, uma vez que ajuda a 

desenvolver capacidades e habilidades de alunos, professores envolvidos no processo pedagógico, já que a 

convivência no coletivo é crescimento e amadurecimento.

Os resultados das avaliações devem servir como um dos elementos norteadores do trabalho 

docente, onde não só o aluno é avaliado, como também todo o processo.

A avaliação contínua pode verificar a produção constante do aluno e minimizar os traumas das 

provas trimestrais. É certo que é praticamente impossível verificar se todos os objetivos foram alcançados 

ao final de cada trimestre com uma simples avaliação escrita, pois eles são numerosos. Então, por que não 

avaliar também os resultados em sala de aula? A avaliação constante permite identificar falhas durante o 

processo e retornar determinado conteúdo, trabalhando­o de outra maneira. O desempenho do aluno deve 

ampliar­se de forma contínua e sistemática.

Este   processo   é   obtido   utilizando   vários   processos,   como   experimentações   práticas, 

apresentação de uma peça teatral,  a  análise  de  um  filme,  montagem  de  cartazes  e  quadros,  debates,

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entrevistas, interpretações de textos, e resolução de problemas com base na aplicação dos conceitos, entre 

outros, selecionados aqueles pertinentes aos temas de estudo.

Desta forma, o domínio e compreensão dos processos citados  acima, dão respaldo  para  uma

avaliação de todo o trabalho pedagógico, fazendo com que o professor possa reconhecer o caminho a ser 

percorrido em sua disciplina.

Ao   abordar   cada   conteúdo  específico,   o   professor  precisa  estabelecer   critérios   avaliativos 

claros, para tanto, precisa considerar uma série de fatores, dentre os quais pode­se destacar: a série que 

será avaliada; o nível cognitivo dos alunos; as diferentes formas de apropriação  dos  conteúdos  específicos

por   parte   dos   alunos;   o   planejamento   das   ações   pedagógicas.   Para   isto,   considera­se   como   critério 

avaliativo:

• O quanto o aluno compreende a necessária refação entre os conhecimentos físicos, 

químicos e biológicos para a explicação dos fenômenos naturais;

• O   quanto   o   aluno   se   apropriou   de   determinado   conteúdo   científico   e   o   grau   de 

compreensão em relação à realidade, e fazer este ter a capacidade de construir conceitos;

• O quanto o aluno consegue relacionar aspectos sociais, étnicos, éticos, econômicos, 

políticos e históricos relacionando a diversidade cultural envolvidos nos processos de determinados 

conteúdos;

• Ter   habilidades   básicas   de   raciocínio   que   devem   ser   considerados   do   ensino 

aprendizagem em relação à observação do mundo ao redor do aluno, análise de situações do dia­a­

dia com base nos conceitos compreendidos; 

• A experimentação é  o ponto de partida para compreensão de conceitos científicos 

dando oportunidade para veracidade dos mesmos;

• A caracterização de transformações naturais induzidas pelas atividades humanas em 

toda a biosfera;

• Reconhecer a necessidade de preservação do ambiente como um todo e também em 

particular na região em que se vive.

Enfim, que eles façam articulações entre os conceitos construídos para organizá­los em um 

corpo de conhecimentos sistematizados.

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1.2.6 REFERÊNCIAS

AMARAL, I. A. do. Ensino de Ciências e os Parâmetros Curriculares Nacionais. In:  Seminário Regional 

sobre Parâmetros Curriculares Nacionais.São Paulo, 16 e 17 de setembro de 1996.

AMARAL, I. A. do. Currículo de Ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação. In: 

BARRETO, E. S.  DE S. (Org.).  Os Currículos do Ensino Fundamental para as Escolas brasileiras. 

Coleção Formação de Professores. São Paulo: autores associados, 2000.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil S/A.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2004.

PARANÁ,   Secretaria   de   Estado   da   Educação.  Avaliação,   sociedade   e   escola:  fundamentos   para   a 

reflexão. 2. ed. Curitiba: SEED, 1986.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.  Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do 

Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.

PARANÁ,   Prefeitura   Municipal   de   Curitiba.   Secretaria   Municipal   de   Educação   de   Curitiba.  Diretrizes 

Curriculares para a educação municipal de Curitiba. Curitiba, vol. 3. 2006.

http://www.mma.gov.br/conama/ ­ 14/11/2007 ­ 14:30.

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1.3 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

1.3.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A   relação   entre   Educação   Física   e   educação   é   evidenciada   ao   longo   da   história,   através   da 

preocupação de  vários  educadores  e  pensadores,  em caráter  nacional  e   internacional,   em valorizar  a 

Educação Física no contexto geral de educação.

As Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica do Paraná  (SEED, 2009) 

comentam as várias transformações que a disciplina Educação Física absorveu em sua dimensão histórica.

A partir  de 1882, a Educação Física  tornou­se obrigatória  nos currículos escolares quando Rui 

Barbosa, no seu parecer sobre o projeto Reforma do Ensino Primário e várias instituições complementares 

da Instrução Pública, afirmou a importância da ginástica na formação do cidadão.

Nos séculos XVIII  e XIX as aulas de Educação Física sofreram forte  influência das instituições 

militares e da medicina. Foram importados da Europa vários métodos de ginástica e práticas de saúde para 

manter o organismo são e a eficácia da mecânica corporal. A Educação Física tinha então, a função de 

formar corpos saudáveis que melhor se adaptassem aos processos de produção do trabalho.

Na  década   de   30   houve  um  incentivo   às   práticas   esportivas   com   vistas   a   promover   políticas 

nacionalistas para o país. Ocorreu então a popularização do esporte com a criação de centros esportivos e 

a vinda de especialistas do exterior. A Educação Física passou então a ser sinônimo de esporte.

A partir de 1964 o esporte passou a ser tratado com mais ênfase no Brasil devido a acordos feitos 

entre o MEC e o Departamento de Educação Americana. Vários professores especializaram­se no exterior, 

especialmente   em   cursos   na   área   esportiva.   Foi   então   que   o   esporte   consolidou   sua   hegemonia   na 

Educação Física, através do método tecnicista, centrado na competição e no desempenho.

A Educação Física continuou como disciplina obrigatória na escola com a promulgação da Lei n. 

5.692/71,  tendo sua  legislação específica e  integrada como atividade curricular  obrigatória  em todos os 

cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Nesse   período,   sob   regime   militar,   a   Educação   Física   estava   ligada   à   aptidão   física,   sendo 

importante para aumentar a capacidade produtiva da classe trabalhadora, ao desenvolvimento do desporto,  

e com a intenção de tornar o país uma potência olímpica.

Procurando deixar a pedagogia tecnicista de lado e em busca de uma identidade para a Educação 

Física como área de estudo fundamental para a compreensão e entendimento do ser humano enquanto 

produtor da cultura, vários educadores apontaram então novos caminhos para a disciplina.

Uma das primeiras referências a ter destaque foi a psicomotricidade, centrada na educação pelo 

movimento, valorizando a formação integral do aluno.

Na década de 80, surgiram as tendências progressistas, destacando­se as seguintes abordagens:

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• Desenvolvimentista: com a ideia de que o movimento é o principal meio e fim de Educação Física. 

Constitui­se no ensino de habilidades motoras de acordo com uma sequência de desenvolvimento. 

Sua base teórica é, essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem;

•  Construtivista:   defende   a   formação   integral,   incluindo   as   dimensões   afetivas   e   cognitivas   ao 

movimento humano. Esta abordagem, embora preocupada com a cultura  infantil,  fundamenta­se 

também na psicologia do desenvolvimento.

Vinculadas  às  discussões  da  pedagogia  crítica  brasileira  e  às  análises  das  ciências  humanas, 

sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão as seguintes tendências:

− Crítico­superadora – baseia­se nos pressupostos da pedagogia histórico­critica desenvolvida por Demerval 

Saviani.  Nessa proposta,  o objeto da área de conhecimento da Educação Física é  a Cultura Corporal, 

concretizando­se nos seus diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a 

dança. O conhecimento é  sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma histórica e 

espiralada, considerando o grau de complexidade;

− Crítico­emancipatória – parte de uma concepção de movimento denominada de dialógica. O movimentar­

se humano é  entendido como uma das formas de comunicação com o mundo, sob uma visão crítica e 

independentemente do segmento social a que se pertença.

No início da década de 90, ocorreu a elaboração do Currículo Básico para o Estado do Paraná. Para 

a Educação Física,  o  Currículo  Básico  fundamentava­se na pedagogia  histórico­crítica,  denominada de 

Educação   Física   progressista,   revolucionária   e   crítica,   propondo   uma   prática   político­pegagógica   que 

contribuísse para superar as diferenças sociais.

No mesmo período, foi elaborado o documento intitulado Re­estruturação da Proposta Curricular do 

Ensino de Segundo Grau, também para a Educação Física. Assim como antes, a proposta foi fundamentada 

na  proposta  histórico­crítica  de  educação para   resgatar  o  compromisso  social  da ação pedagógica  da 

Educação Física, objetivando­se uma sociedade fundamentada em valores mais igualitários.

Esta  proposta  representou um marco para a disciplina,  destacando a  importância da dimensão 

social   da   Educação   Física,   possibilitando   a   consolidação   de   um   novo   entendimento   em   relação   ao 

movimento humano como expressão da identidade corporal,  como prática social e como uma forma do 

homem se   relacionar   com o  mundo,  apontando a produção histórica  e  cultural   dos  povos,   relativos   à 

ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondam às características 

regionais.

Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na década de 90, a disciplina 

da Educação Física sofreu um retrocesso nos seus avanços teóricos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais 

de Educação Física para o Ensino Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamen­

tadas em aspectos técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às dimensões cultu­

rais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseadas em concepções teóricas relativas ao 

corpo e ao movimento.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Física (SEED 2009), os Parâmetros Curricu­

lares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio constituíram uma proposta teórica 

incoerente. As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas valorizaram o individualismo e a adapta­

ção do sujeito à sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso a conhecimentos que possibilitem 

aos educandos a formação crítica.

Assim visto,  as  Diretrizes Curriculares de Educação Física  (SEED 2009)  procuram questionar a 

Educação Física que trata do corpo enquanto objeto de treinamento, sugerindo então uma Educação Física 

voltada à reflexão sobre o fazer corporal, objetivando a formação de um sujeito que reconheça o próprio 

corpo em movimento e a sua subjetividade.

1.3.2 OBJETIVOS GERAIS

Partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física deve garantir o 

acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historica­

mente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um 

ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo­se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, 

político, social e cultural (SEED 2009).

1.3.3 CONTEÚDOS

De acordo com as Diretrizes Curriculares, os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os co­

nhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos 

de  uma  disciplina  escolar,  considerados   fundamentais  para  compreender  seu  objeto  de  estudo/ensino. 

Constituem­se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

Pode­se enriquecer os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas, priori­

zando as particularidades de cada comunidade.

A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem que contempla os 

fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos, culturais, 

bem como elementos da subjetividade representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência 

com as diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes propostos para a 

Educação Física na Educação Básica são os seguintes:

 ESPORTE

Com relação ao esporte, a intenção é refletir com os alunos sobre  as  práticas  esportivas e adaptá­

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las à realidade escolar. Neste sentido, o esporte pode ser desenvolvido com abordagens voltadas para o  

lazer, para a melhoria ou manutenção da saúde, bem como para a integração dos indivíduos.

De acordo com as DCE para a Educação Física (SEED 2009), procura­se um entendimento crítico 

das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição 

técnica,   tática,   seus  elementos  básicos,  até   o   sentido  da  competição   esportiva,  a  expressão  social   e 

histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.

Portanto,  ao trabalhar com o esporte,  o professor deve trazê­lo para dentro da escola para ser 

praticado, debatido e contextualizado criticamente, procurando sempre a possibilidade de alternativas: ao 

lado das medalhas, a satisfação pessoal da prática de um esporte, ao lado do esporte trabalho, o esporte 

lazer.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Segundo as DCE para a Educação Física (SEED 2009), os jogos e as brincadeiras compõem um 

conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem 

a curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas atividades. 

Ao respeitarem combinados do jogo, os alunos aprendem a se mover entre a liberdade e os limites, 

os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para 

que o professor discuta as possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva. 

Os jogos e as brincadeiras também oportunizam o estudo da cultura local e regional onde estes são 

praticados, valorizando a manifestação corporal inerente ao local.

DANÇA

A dança caracteriza­se pelo  uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos,  ou 

improvisados. Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é  acompanhada ao som e 

compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potencializados por ela. A dança pode existir 

como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia.

Na   escola,   a   dança   pode   ser   vivenciada   através   de   suas   diversas   formas   enfatizando­se   a 

espontaneidade e a improvisação, e servindo­se da técnica como referencial para a criação de coreografias 

O trabalho com a dança também pode oferecer ao professor e seus alunos uma reflexão crítica 

sobre seus significados, oportunizando o estudo do contexto em que ela foi criada e da possibilidade de 

superação de modelos pré­estabelecidos. Além disso cria­se a possibilidade do rompimento com a técnica 

dos movimentos padronizados e mecanizados, propiciando a criação de coreografias de acordo com a 

possibilidade do aluno.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           84  

GINÁSTICA

O conteúdo Ginástica pode oferecer ao aluno o estudo das possibilidades e limites do corpo. Com 

este   conteúdo,   cria­se   a   possibilidade   de   vários   questionamentos   acerca   de   padrões   estéticos   e 

mecanizados do movimento humano. Além do culto exacerbado ao corpo e aos exercícios físicos, é possível 

também   a   reflexão   acerca   dos   modismos   que   atualmente   se   fazem   presentes   nas   diversas   práticas 

corporais.

Neste   conteúdo   estruturante,   há   também  a   possibilidade   do   estudo   da   importância   da   prática 

habitual de exercícios físicos como fator relacionado à manutenção e/ou promoção da saúde, bem como na 

redução da incidência de diversas doenças, principalmente as degenerativas, dentre as quais incluem­se o 

diabetes, a hipertensão e a obesidade. 

 LUTAS

As   lutas   constituem   sistemas   de   práticas   e   tradições   historicamente   produzidas   e   repletas   de 

simbologias e tradições.

Na escola, as lutas podem ser tratadas de forma que estas possibilitem a identificação de valores 

culturais conforme a época e o lugar onde as mesmas foram ou são praticadas.

As lutas devem ser abordadas de forma reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que 

somente desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e 

vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que possível, 

estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir desse conhecimento proporcionado na escola,  

o aluno pode de forma autônoma decidir pela sua prática, ou não, fora do ambiente escolar.

A seguir, os conteúdos da Educação Física que compõem o Ensino Fundamental foram divididos 

em estruturantes e básicos.

5ª SÉRIE 

→  ESPORTE

• Coletivos

• Individuais

→ JOGOS E BRINCADEIRAS

• Jogos e brincadeiras populares

• Brincadeiras e cantigas de roda

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

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→ DANÇA

• Danças folclóricas

• Danças de rua

• Danças criativas

→ GINÁSTICA

• Ginástica rítmica

• Ginástica circense

• Ginástica geral

→ LUTAS

• Lutas de aproximação

• Capoeira

6ª SÉRIE

→ ESPORTE

• Coletivos

• Individuais

→ JOGOS E BRINCADEIRAS

• Jogos e brincadeiras populares

• Brincadeiras e cantigas de roda

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

→ DANÇA

• Danças folclóricas

• Danças de rua

• Danças criativas

• Danças circulares

→ GINÁSTICA

• Ginástica rítmica

• Ginástica circense

• Ginástica geral

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           86  

→ LUTAS

• Lutas de aproximação

• Capoeira

7ª SÉRIE

→ ESPORTE

• Coletivos

• Radicais

→ JOGOS E BRINCADEIRAS

• Jogos e brincadeiras populares

• Jogos de tabuleiro

• Jogos dramáticos

• Jogos cooperativos

 → DANÇA

• Danças criativas

• Danças circulares

→ GINÁSTICA

• Ginástica rítmica

• Ginástica circense

• Ginástica geral

→ LUTAS

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

8ª SÉRIE

→ ESPORTE

• Coletivos

• Radicais

→ JOGOS E BRINCADEIRAS

• Jogos de tabuleiro

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           87  

• Jogos dramáticos

• Jogos cooperativos

→ DANÇA

• Danças criativas

• Danças circulares

→ GINÁSTICA

• Ginástica rítmica

• Ginástica geral

→ LUTAS

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Procurando   uma   nova   maneira   de   abordar   os   conteúdos   relacionados   à   Educação   Física,   as 

Diretrizes   Curriculares   de   Educação   Física  (SEED   2009)  propõem   o   trabalho   com   os   Elementos 

Articuladores. Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares, os Elementos Articuladores interligam­se e 

complementam os conteúdos estruturantes, na medida em que visam tratar as práticas corporais de forma 

reflexiva e contextualizada, favorecendo a compreensão destas práticas.

a) CULTURA CORPORAL E CORPO

De acordo com  SILVA, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005),  “o corpo é  uma construção 

social, uma vez que, por meio de sua individualidade e da sua experiência recebe o “modo de ser da vida”, a 

natureza e o tempo da cultura.

O corpo deve ser entendido em sua totalidade; o ser humano é o seu corpo que sente, pensa e age. 

Sob uma perspectiva de análise crítica, o corpo deve ser estudado através de seu referencial de beleza e 

saúde, do seu uso/abuso como ferramenta produtiva e objeto de consumo, bem como da visão ao longo da 

história que a humanidade criou em relação ao corpo.

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b) CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

Para  MARCASSA,   in  GONZÁLEZ   e   FENSTERSEIFER   (2005),  o   lúdico   é   uma   manifestação 

cultural inserida nas várias dimensões da vida humana. Não existe isoladamente, numa ou outra atividade,  

podendo aparecer nas mais diferentes situações.

O lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais, 

sejam elas na infância, na idade adulta ou na velhice.

Ao vivenciar e refletir sobre os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras, o aluno torna­

se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o real, e de refletir sobre os papéis assumidos nas 

relações em grupo. Reconhece e valoriza, também, as formas particulares que os brinquedos e as brinca­

deiras tomam em distintos contextos e diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos 

sociais.

c) CULTURA CORPORAL, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

GUEDES e GUEDES (1993), NAHAS e CORBIN (1992b), citados por MARQUES e GAYA (1999), 

sugerem que tão importante quanto envolver os educandos com atividades motoras relacionadas à saúde, 

durante as aulas de Educação Física, é fazer com que os mesmos incorporem conhecimentos necessários 

que os levem a uma prática motora efetiva além das aulas programadas, bem como à adoção de hábitos de 

vida que proporcionem uma vida com qualidade.

Cabe também mencionar que a qualidade de vida não depende apenas do indivíduo. Há  outros 

fatores aqui implícitos que também atuam sobre a questão. Segundo ASSUMPÇÃO et al (2002),  deve­se 

também interpretar a saúde e a qualidade de vida levando­se em questão o universo social em que os 

indivíduos estão inseridos.

De acordo com ASSUMPÇÃO et al (2002), e GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), a expressão 

qualidade de vida tem uma dimensão subjetiva, relacionada ao estilo de vida, e uma dimensão objetiva, esta 

ligada às condições de vida. Segundo os últimos autores, tem­se então a decisão individual de como se 

quer viver a vida, citando os hábitos e condutas pessoais, como exemplo. Do outro lado, há a questão das 

condições de vida, estas podendo ser aferidas segundo indicadores qualitativos, como o de inclusão social 

ou o índice de desenvolvimento humano (IDH).

Concluem ASSUMPÇÃO et al (2002) que a questão saúde, e por conseguinte, qualidade de vida, 

não pode ser debatida apenas biologicamente. Há que se levar também em conta os elementos sociais, 

econômicos, políticos e culturais se o objetivo é aprofundar mais a questão.

De acordo com as  Diretrizes, os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a 

uma responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de 

práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos.

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d) CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

Para MASCARENHAS, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), as diversas formas de conflito 

do viver em sociedade, dentre  elas as  formas de socialização e de construção de uma  identidade,  as 

estratégias de dominação e sua resistência se originam no modo como os indivíduos se relacionam no e 

pelo trabalho, em intercâmbio com a natureza.

Assim, o mundo do trabalho torna­se elemento articulador dos Conteúdos Estruturantes da Educa­

ção Física, na medida em que concentra as relações sociais de produção/assalariamento vigentes na socie­

dade, em geral, e na Educação Física, em específico. O professor poderá, como exemplo, debater com 

seus alunos as consequências da profissionalização e o assalariamento de diversos atletas, vinculados às 

diferentes práticas corporais.

e) CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

A desportivização deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais. Isso significa 

que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade um esporte, é colocá­la sob normas e regras padroniza­

das e subjugadas a federações e confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta, dei­

xando o aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.

Esta visão pode ser direcionada aos conteúdos específicos, apontados dentro dos Conteúdos Estru­

turantes, analisando então em que condições estes tornaram­se esportes institucionalizados e quais foram 

os impactos derivados desta transformação.

f) CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

Segundo FENSTERSTEIN, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), a técnica permeia a Educa­

ção Física na medida em que concebe o corpo como uma máquina e na sua subordinação ao sistema es­

portivo e os princípios que o determinam.

De acordo com as Diretrizes Curriculares, a técnica é fundamento central para pensar os diferentes 

conteúdos da Educação Física, fruto do rigor científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos 

mais eficientes para educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.

Porém, se o enfoque permanecer apenas na técnica e na tática, deixando de lado os outros princí­

pios do esporte, perde­se a capacidade de se relacionar e refletir sobre quaisquer manifestações corporais.

As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado cultural das di­

ferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar a importância do aprendizado das diferentes téc­

nicas e elementos táticos. Trata­se, sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito 

além dos elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre­se o risco de reduzir ainda mais as possibilidades 

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de superar as velhas concepções sobre o corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de ha­

bilidades motoras e no treinamento físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas.

g) CULTURA CORPORAL E LAZER

Segundo  MARCASSA e MASCARANHAS, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005),  são nos 

momentos de lazer que os jovens criam e reforçam seus laços de identidade social, que as crianças, através 

da atividade lúdica, interpretam e ressignificam o mundo que as cerca, que os adultos tecem suas relações 

sociais e renovam valores e comportamentos que fundamentam os princípios éticos, estéticos e políticos 

que regem a sociedade.

No trabalho pedagógico com o lazer, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de lazer 

em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais, e a maneira 

como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

h) CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

Aqui, propõe­se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas 

relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem revelar­se excelentes oportunidades de rela­

cionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, 

para que o outro seja considerado.

Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as experiências corpora­

is do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais têm riquíssimos acervos, muitas vezes esque­

cidos porque predominam os modelos urbanos de educação do corpo. Assim, torna­se pertinente valorizar 

as práticas corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas, tanto quanto 

nas escolas urbanas.

i) CULTURA CORPORAL E MÍDIA

Esse elemento articulador deve propiciar a discussão das práticas corporais transformadas em es­

petáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos meios de comunicação para promover e divul­

gar produtos. Para uma análise crítica dessa concepção das práticas corporais, diversos veículos de comu­

nicação podem servir de referência, quais sejam: programas esportivos de rádio e televisão, artigos de jor­

nais, revistas, filmes, documentários, entre outros.

Nesta seção, os conteúdos os conteúdos podem ser aprofundados, considerando as questões vei­

culadas pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e reflexão sobre: 

a supervalorização de modismo, estética,  beleza,  saúde,  consumo; os extremos  sobre  a questão  salarial

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dos atletas; os extremos de padrões de vida dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os 

esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA

Em 2003 foi lançada a lei federal nº 10.639, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 

Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino da cultura africana e afro­brasileira nas escolas 

públicas e privadas de todos os estados brasileiros.

LEI DE POLÍTICA AMBIENTAL

Em de 31 de agosto de 1981 foi lançada a Lei nº 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do 

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Esta   lei,   em   seu   Art.   1º/   5.   CF,   art.   225,   diz   que:  "Todos   têm   direito   ao   meio   ambiente  

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo­se  

ao   Poder   Público   e   à   coletividade   o   dever   de   defendê­lo   e   preservá­lo   para   as   presentes   e   futuras  

gerações."

Os   conteúdos   relacionados   à   História   e   Cultura   Afro­brasileira   e   Africana,   à   Lei   de   Política 

Ambiental,   e   à   História   do   Paraná   (Lei   Estadual   nº   13.381/01)   poderão   ser   desenvolvidos 

interdisciplinarmente,   como   por   exemplo,   através   de   projetos,   onde   poderão   ser   abordados   diversos 

assuntos, dentre os quais se destacam:

• Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos históricos.

• A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico­social, como elemento da cultura 

corporal.

• A contribuição do negro para a cultura física no Brasil.

• O racismo no futebol.

• A influência dos povos negros e indígenas nos jogos e brincadeiras populares do Brasil.

• O indivíduo e suas relações com o meio ambiente.

• Percepção ambiental.

• História dos esportes no Paraná.

• Personalidades esportivas do Paraná.

1.3.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na aprendizagem e no ensino da cultura  corporal  de  movimento,  trata­se  de  acompanhar  a

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           92  

experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de contextos significativos.

O professor e o aluno devem ser elementos ativos, atuando em uma relação de reciprocidade. 

O primeiro deve  buscar a  competência  técnica,  através  do  trabalho  com  o  conteúdo  numa  concepção

histórica, ao segundo deve ser permitido que reflita e re­elabore o conhecimento, tornando este significativo 

para sua realidade. 

De acordo com as DCE (SEED 2009), ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de 

Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como 

referência  acerca  do  conteúdo proposto,  ou  seja,  é  uma primeira   leitura  da   realidade.  Esse  momento 

caracteriza­se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. 

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor propõe um 

desafio remetendo­o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Por 

exemplo, levantar a seguinte questão sobre o jogo: todo jogo é  necessariamente competitivo? Será  que 

existe alguma maneira de jogar sem que exista um vencedor no final?

Posteriormente, o professor apresentará  aos alunos o conteúdo sistematizado, para que tenham 

condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão 

do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções 

pedagógicas necessárias, para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.

Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que criem outras  

variações de jogo, vivenciando­as. Neste momento, é  possível  também a efetivação de um diálogo que 

permite   ao   aluno   avaliar   o   processo   de   ensino/aprendizagem,   transformando­se   intelectual   e 

qualitativamente em relação à prática realizada.

1.3.5 AVALIAÇÃO

A avaliação é na verdade o caminho que permite ao aluno a aquisição do conhecimento, pois 

mediante a reflexão e acompanhamento contínuo, é que o professor diagnosticará a necessidade ou não de 

redimensionamento da sua prática.

Para MATTOS e NEIRA (2000), na avaliação, o professor deve atentar para o desenvolvimento do 

pensamento,  a  aquisição e  a  aplicação dos  conceitos  adquiridos  durante  as  aulas  para  a  solução de 

problemas apresentados pelo cotidiano, e à autonomia.

GIANNICHI,  citado por  RODRIGUES (2003)  esclarece que, para procedermos a uma avaliação, 

devem­se ter claro alguns princípios: esclarecer o que será avaliado inicialmente, selecionar as técnicas ou 

instrumentos de avaliação em função dos objetivos, considerar os pontos positivos e limitados das técnicas 

de   avaliação   empregadas,   levar   em  conta   uma   variedade   de   técnicas   para   assegurar   uma   avaliação 

compreensiva, e considerar a avaliação como meio e não fim.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           93  

Sendo   assim,  RODRIGUES   (2003)  comenta   que   a   avaliação   é   um   ato   que   se   realiza   para 

verificarmos em que estágio se encontra determinada aprendizagem, não sendo um ato estratificado ou 

momentâneo.

Em   linhas   gerais,   durante   o   desenvolvimento   dos   conteúdos   e   nos   processos   avaliativos,   o 

professor deve perceber se o aluno é capaz de:

 No Esporte

5ª SÉRIE

Espera­se que o aluno conheça dos esportes:

• O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;

• Sua relação com jogos populares.

• Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.

6ª SÉRIE

Espera­se que o aluno possa conhecer:

• A difusão e diferença de cada esporte, relacionando­as com as mudanças do contexto histórico bra­

sileiro.

• Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.

• Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.

7ª SÉRIE

• Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como espor­

te de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde.

• Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.

• Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.

8ª SÉRIE

• Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de diferentes 

tipos de tabelas.

• Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.

Nos Jogos e Brincadeiras

5ª SÉRIE

• Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, 

bem como, apropriar­se efetivamente das diferentes formas de jogar;

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• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com mate­

riais alternativos.

6ª SÉRIE

• Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro.

• Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e brinque­

dos.

• Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

7ª SÉRIE

• Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou criados, se­

jam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.

• Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.

8ª SÉRIE

• Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.

• Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:

1. Visão do jogo;

2. Objetivo;

3. O outro;

4. Relação;

5. Resultado;

6. Consequência;

7. Motivação.

Na Dança

5ª SÉRIE

• Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos,  religiosos,  entre outros) das dife­

rentes danças;

• Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes sequencias de movimentos.

6ª SÉRIE

• Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e Maracatu;

• Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           95  

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos musicais 

como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.

7ª SÉRIE

• Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros 

elementos que identificam as diferentes danças;

• Montar pequenas composições coreográficas.

8ª SÉRIE

• Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histó­

rico;

• Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros 

elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana;

• Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreo­

gráficas realizadas pelos alunos.

Na Ginástica

5ª SÉRIE

• Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais circenses;

• Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:

− Saltar;

− Equilibrar;

− Rolar/Girar;

− Trepar;

− Balançar/Embalar;

− Malabares.

6ª SÉRIE

• Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);

• Aprendizado dos movimentos e elementos da GR como:

­ Saltos;

­ Piruetas;

­ Equilíbrios.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           96  

7ª SÉRIE

• Manusear os diferentes elementos da GR como:

­ Corda;

­ Fita;

­ Bola;

­ Maças;

­ Arco.

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acroba­

cias de solo e equilíbrios em grupo.

8ª SÉRIE

• Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;

• Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo, as­

sim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

Nas Lutas

5ª SÉRIE

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes manifestações das lu­

tas, assim como alguns de seus movimentos característicos;

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e 

dos jogos de oposição.

6ª SÉRIE

• Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações 

das lutas de aproximação e da capoeira;

• Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as 

quedas, rolamentos e outros movimentos;

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e 

dos jogos de oposição.

7ª SÉRIE

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas;

• Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os sig­

nificados da roda;

• Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           97  

8ª SÉRIE

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas.

Como instrumentos de verificação da aprendizagem, pode­se utilizar:

• Prova dissertativa ­ Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, 

analisar e julgar. Tem como função verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair 

fatos, formular ideias e redigi­las;

• Seminários ­ Exposição oral para o público, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao 

assunto. Tem como função possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma 

eficaz;

• Trabalho em grupo ­ Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal, etc.) realizadas 

coletivamente. Tem como função desenvolver o espírito colaborativo e a socialização;

• Debate ­ Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico. 

Tem   como   função   aprender   a   defender   uma   opinião   fundamentando­a   em   argumentos 

convincentes;

• Relatório ­  Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos. Tem 

como função averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto;

• Auto­avaliação ­ Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo 

de aprendizagem. Tem como função fazer o aluno adquirir capacidade de analisar suas aptidões e 

atitudes, pontos fortes e fracos;

Observação   ­  Análise   do   desempenho   do   aluno   em   fatos   do   cotidiano   escolar   ou   em  situações 

planejadas. Tem como função seguir  o desenvolvimento do aluno e ter  informações sobre as áreas 

afetiva, cognitiva e psicomotora.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           98  

1.3.6 REFERÊNCIAS

ASSUMPÇÃO, L. O. T.; MORAIS, P. P.; FONTOURA, H. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Notas Introdutórias. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd52/saude.htm ­ (acesso em abril 2010).

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (SEED). Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do Estado do Paraná – Educação Física. Curitiba, 2009.

GONZÁLEZ, F. J.; FENSTERSEIFER, P. E.; Org.  Dicionário crítico de educação física. Ijuí : Ed. Unijuí, 2005.

LEI   DA   CULTURA   AFRICANA   E   AFRO­BRASILEIRA:  combate   A   discriminação   ou   aumento   da segregação? http://opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=9791 (acesso em outubro 2007)

MARQUES, A. T.; GAYA, A.  Atividade física, aptidão física e educação para a saúde: estudos na área pedagógica em Portugal e no Brasil. Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, 13(1): 83­102, jan./jun. 1999.

MATTOS, M. G.; NEIRA, M. G.  Educação física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo : Phorte Editora, 2000.

RODRIGUES, G. M. A avaliação na educação física escolar: caminhos e contextos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2(2): 11­21. 2003.

  

 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           99  

1.4 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

1.4.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

É tarefa da Escola fornecer instrumentos ao educando, favorecendo­lhe uma educação integral 

nos seguintes aspectos: físico, mental, emocional, intuitivo, espiritual, racional e social.   Segundo PCNs: 

(1997, p.29):  

Conhecer significa captar e expressar as dimensões da comunidade de forma cada vez mais  

ampla   e   integral.   Assim,   entendendo   a   educação   escolar   como   um   processo   de  

desenvolvimento   global   da   consciência   e   da   comunicação   entre   educador   e   educando,   à  

escola compete integrar dentro de uma visão de totalidade, os vários níveis de conhecimento: o  

sensorial, o intuitivo, o afetivo, o racional e o religioso. (PCNs, 1997, p.29).

A escola é  o  lugar que privilegia a construção do conhecimento, expandindo a criatividade, 

desenvolvendo a humanização,  vivenciando os valores universais,  promovendo o diálogo  inter­religioso, 

valorizando a vida e a educação para a paz. A LDB 9394/96­art.33  enfatiza a importância da disciplina do 

Ensino Religioso como parte integrante da formação  básica do cidadão.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, artigo 33, alterado em 

sua redação, Lei nº. 9475/97 estabelece que:

“Art.33 ­ O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do  

cidadão, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas do ensino fundamental, assegurando  

o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.” (LDB, art.  

33)

Conforme esta nova redação, o Ensino religioso insere­se em um novo paradigma, em cuja lei 

destacam­se os seguintes enfoques:

   É parte integrante da formação básica do cidadão. É um direito do aluno ter acesso ao→  

conhecimento sobre o fenômeno religioso. Cabe à escola a responsabilidade de oferecer a disciplina em 

horários normais;

 É assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil. O Ensino Religioso deve→  

ser ministrado respeitando a pluralidade religiosa presente na realidade sociocultural do aluno. A realidade 

do Brasil e constituída de uma pluralidade cultural religiosa imensa. Em sua origem, o Brasil foi berço das 

Tradições Indígenas. Com  a  colonização  europeia,  chegou o  Cristianismo  Católico,  depois  as Tradições

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           100 

Africanas,  e ao poucos com a vinda de  imigrante,  aqui se estabeleceram diversas Religiões,   Igrejas e 

Tradições Espirituais;

 Não são permitidas quaisquer formas de proselitismo.  Isto é não impor aos alunos práticas→  

religiosas desta ou daquela igreja ou religião. A adesão a alguma crença religiosa é de responsabilidade da 

família e das comunidades de fé. O Ensino Religioso é diferente da catequese, não pressupõe a adesão e 

muito menos a propagação de uma opção de fé, sua ação pedagógica está centrada em dois aspectos: o 

informativo,  que  se  atém ao  conhecimento  sobre  o   fenômeno   religioso  e  ao   formativo,  a  abertura  ao 

diferente e à vivência dos valores humanos;

 A Educação Religiosa nos sistemas de ensino. É trabalhada sistematicamente como área do→  

conhecimento, articulado às demais áreas, no horário normal das escolas. O Ensino Religioso possui seu 

próprio objeto de estudo, objetivos, metodologia, tratamento didático, avaliação e conteúdos específicos.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere­se como patrimônio da humanidade, e em 

conformidade com a legislação brasileira trata do assunto, o Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe 

promover aos  educandos a oportunidade de processo  de escolarização  fundamental  para  se   tornarem 

capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o abstrato religioso, de 

modo a colaborar com a formação da pessoa.

Assim,   o  Ensino  Religioso  permitirá   que  os  educandos  possam  refletir   entender   como  os 

grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. E, ainda, compreender  

suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e 

diferenças, para que no entendimento destes elementos, o educando possa elaborar o seu saber, passando 

a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.

1.4.2 OBJETIVOS GERAIS

• Analisar  e   compreender  o   sagrado  como o  cerne  da   experiência   religiosa  do   cotidiano  que   o 

contextualiza no universo cultural.

• Superar, pelo conhecimento, o preconceito, a ausência ou à presença de qualquer crença religiosa, 

caracterizando,   assim,   uma   forma   de   proselitismo,   bem   como   da   discriminação   de   algumas 

expressões do sagrado.

• Garantir  a  não admissão do uso do espaço/tempo escolar  para  legitimar uma manifestação do 

sagrado em detrimento de outra, uma vez a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, 

de expressão de ritos, símbolos, campanhas, celebração.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           101 

• Reconhecer as diversas manifestações do sagrado como sendo componentes do patrimônio cultural 

e as relações que estabelecem entre si.

• Provocar   no   indivíduo   a   necessidade   de   construção,   reflexão   e   socialização   do   conhecimento 

religioso que possibilite sua base de formação integral, de respeito e de convívio com o diferente.

• Analisar e compreender o sagrado por meio da observação, reflexão, informação e construção do 

conhecimento,   respeitando a diversidade religiosa e suas diferentes manifestações promovendo 

uma cultura de paz.

• Propiciar o conhecimento sobre o fenômeno religioso, analisando e compreendendo as diferentes 

manifestações do sagrado, a partir da realidade sociocultural do educando.

• Contribuir   com  a  construção  da  cidadania,   promovendo  o  diálogo   inter­religioso,  o   respeito   às 

diferenças,   a   superação   de   preconceitos   e   o   estabelecimento   de   relações   democráticas   e 

humanizadoras.

• Reconhecer o outro, refletindo e vivenciando o diálogo e o respeito às diferenças religiosas.

• Reconhecer a diversidade religiosa presente na realidade próxima, construindo o seu referencial de 

entendimento das diferenças.

• Identificar os símbolos religiosos, estabelecendo a relação de seus significados.

• Conhecer   alguns   espaços   sagrados   existentes   na   comunidade,   identificando   a   função   desses 

espaços.

• Refletir   sobre   a   alteridade   e   o   respeito   às   diferenças,   reconhecendo   o   direito   à   liberdade   de 

expressão religiosa do outro.

• Identificar as diferentes tradições religiosas, reconhecendo a importância da religião na vida das 

pessoas.

• Conhecer os textos sagrados, percebendo­os como referenciais de ensinamentos sobre a fé e a 

prática das tradições religiosas.

• Conhecer   as   principais   espiritualidades   de   algumas   tradições   religiosas,   identificando­as   como 

métodos e práticas de relação com o sagrado.

• Identificar ritos e rituais, reconhecendo a importância do seu significado cultural.

• Identificar espaços sagrados, analisando a sua função.

• Conhecer aspectos de ethos de algumas religiões e filosofias de vida, reconhecendo o outro em 

suas diferenças.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           102 

• Identificar as diferentes tradições, analisando­as como fato social e cultural.

• Conhecer os textos sagrados, compreendendo a sua linguagem mítico­simbólica.

• Identificar  símbolos religiosos,   ritos,   rituais  e espiritualidades,  reconhecendo sua  importância  na 

expressão do sagrado.

• Identificar espaços sagrados, analisando a sua função e simbologia.

• Conhecer as crenças sobre a vida além­morte, refletindo sobre as questões fundamentais da vida.

• Refletir sobre a prática dos valores despertando­os para a arte de bem viver.

1.4.3 CONTEÚDOS

5ª SÉRIE    

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→  

­ Paisagem Religiosa – Universo Simbólico Religioso – Textos Sagrados.

 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:    →

 → O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA:

­ Organizações religiosas;

­ Lugares sagrados;

­ Textos orais ou escritos;

­ Símbolos religiosos;

­ Orientações legais;

­ Diferenças entre aula de Religião e Ensino Religioso como disciplina escolar;

­ Filosofia do Colégio;

                     ­ Temas da Campanha da Fraternidade.

 → RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA:

­ Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           103 

­ Direito a professar a fé;

­ Direito à liberdade de reunião e associações pacíficas;

­ Direitos humanos e sua vinculação com o Sagrado;

­ Influências das celebrações Afros na cultura Brasileira e Paranaense.

 → LUGARES SAGRADOS:

­ Lugares na natureza;

­ Ética e respeito para com o nosso planeta;

­ Lugares e templos sagrados.

 → TEXTOS SAGRADOS ORAIS E ESCRITOS:

­ Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas;

­ O Sagrado na natureza.

 → ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS:

­   Sistemas   religiosos   de   modo   institucionalizado   expressando   as   diferentes   formas   de 

compreensão e de relação com o Sagrado;     

­ Os fundadores e líderes religiosos;

­ As estruturas hierárquicas.    

→ ATITUDES E VALORES:

­ Arte de saber conviver;

­ O sentido da valorização da vida;

­ A preservação para com o meio ambiente;

­ Deus se revela no amor e na justiça.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           104 

6ª SÉRIE    

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→  

­ Paisagem Religiosa – Universo Simbólico Religioso – Textos Sagrados.

 → CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

 → UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO:

­ Temporalidade Sagrada;

­ Festas religiosas;

­ Ritos;

­ Vida e Morte;

­ Dos gestos, sons, formas, cores e textos, ritos, mitos e cotidiano das diversas religiões;

­ Campanha da Fraternidade;

­ Religiões Africanas e suas influências em nosso contexto atual.

 → RITOS NAS CELEBRAÇÕES DAS TRADIÇÕES E MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS:

­ Os ritos de passagem;

­ Os mortuários;

­ Os propiciatórios (via­sacra, dança, ritual fúnebre, etc).

 → FESTAS RELIGIOSAS COMO EVENTOS ORGANIZADOS PELOS DIFERENTES 

GRUPOS RELIGIOSOS:

­ Confraternização;

­ Rememoração dos símbolos;

­ Períodos ou datas importantes das peregrinações;

­ Festas familiares;

­ Festas nos templos;

­ Datas comemorativas (Islâmica, Indígena, Afro­brasileira, Judaica e Cristã).

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           105 

 → VIDA E MORTE COMO RESPOSTAS ELABORADAS PARA A VIDA ALÉM DA MORTE:

­ O sentido da vida e morte nas tradições religiosas;

­ Comunicação com o Transcendente;

­ A tradição da Ressurreição, Re­encarnação e Ancestrabilidade.

 → ATITUDES E VALORES:

­ Deus se revela no amor e na justiça;

­ Valores humanos e religiosidade defendendo a vida, a dignidade humana, a vida do nosso 

planeta e a sua subsistência.

1.4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, conceito discutido nos fundamentos 

teórico­metodológicos  a  partir  da qual  serão  tratados  todos  os  outros  conteúdos.  Deve  considerar  sua 

aproximação com as demais áreas do conhecimento (Geografia e Artes), porém o significado atribuído a 

esses espaços Sagrados de cada religião específica,  cujo   foco é  o  Sagrado,  serão aprofundados nas 

próprias aulas de Ensino Religioso.

Visando  o   processo   de   formação   dos   educandos,  o   Ensino  Religioso   indica,   a  partir   dos 

conteúdos   estruturantes   “Paisagem  Religiosa,   Símbolos   e   Textos   Sagrados”,   o   conjunto   de   conteúdos 

específicos a serem observados pelo professor na 5ª e na 6ª séries do Ensino Fundamental.

O trabalho com os conteúdos específicos   devem ser orientados a partir  de manifestações 

religiosas ou expressões do Sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para que depois 

sejam trabalhados os conteúdos relativos a manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da 

humanidade.

É importante que se estabeleça articulação com os demais aspectos da cidadania e com outras 

áreas do conhecimento, permitindo a interação entre professor e alunos no processo ensino/aprendizagem.

Através da metodologia da observação, reflexão e informação busca­se decodificar, ou seja, 

descrever e interpretar os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso. Assim, o Ensino Religioso 

promove a releitura do fenômeno religioso, ajudando o aluno a compreender melhor a realidade na qual vive 

e situar­se conscientemente nela, comprometendo­se com a sua transformação.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           106 

   “O método fenomenológico procura descrever e interpretar os fenômenos, os processos e as  

coisas pelo que elas são, sem preconceitos. Mais do que um método, é uma atitude.” (GADOTTI, 2003,  

p.160).

A metodologia deve ser dinâmica, que propicie o diálogo e a análise crítica; portanto, podemos 

pensar em alguns passos neste sentido:

  Sensibilização:→   Criar   um ambiente   favorável   ao   desenvolvimento     dos   conteúdos   e  ao 

diálogo, possibilitando assim, a vivência da afetividade, a interação e a humanização;

  Observação­reflexão­informação→ :   são   passos   que   se   entrelaçam,   interligam­se,   numa 

dinâmica, num movimento circular,   tendo a  intencionalidade de analisar,o  fenômeno religioso,  de  forma 

progressiva, ampliando a visão do aluno, desfazendo preconceitos e percebendo a diversidade religiosa e 

as diferentes maneiras de busca pela transcendência. O professor entra com esclarecimentos e provoca a 

partilha de experiência entre os alunos, a pesquisa, a leitura, a interpretação e produção de textos, fotos, 

ilustrações, confecção de cartazes, álbuns, acesso a filmes e à Internet , entre outros;

  O   compromisso   de   vivência:  → por   meio   de   proposição   de   atitudes   éticas   a   serem 

experienciadas  pelos alunos em seu convívio social, partindo dos temas abordados em sala de aula.

O professor precisa organizar seu material didático: aparelho de som, livros sobre religiões do 

mundo, cópias de textos, filmes, papel sulfite, caneta, giz de cera, cartolinas, papel bobina, etc.

Prever antecipadamente a colaboração de cada educando na indicação e no fornecimento de 

símbolos,  origem histórica,   livros  sagrados,   ritos  e  mitos  de  sua   tradição  religiosa,  gradativamente,  de 

acordo com os conteúdos trabalhados.

Para   que   o   Ensino   Religioso   contribua   efetivamente   com   o   processo   de   formação   dos 

educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes: paisagem religiosa, símbolos e textos 

sagrados, o conjunto de conteúdos escolares a serem observados pelo professor na 5ª e na 6ª série no 

Ensino Fundamental.

Tendo   em  vista   a   diversidade   de   conteúdos   e   o   necessário   processo   de   pesquisa   a   ser 

realizado pelo professor na identificação e de referenciais teóricos que subsidiem o planejamento de suas 

aulas,   recomenda­se  que  a  seleção priorize  as  produções de  pesquisadores  daquela  manifestação do 

sagrado e, se necessário consultem produções oriundas da própria manifestação que se pretende tratar.

Este ponto será  muito  importante,  tendo em vista que as produções de cunho confessional 

visam  à   legitimação   de   uma   manifestação   religiosa   e,   em  muitos   casos,   à   desqualificação   de   outras 

manifestações utilizadas como estratégias de valorização da doutrina e de manutenção ou de atrair novos 

adeptos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           107 

1.4.5 AVALIAÇÃO

A   avaliação   é   parte   integrante   do   processo   ensino­aprendizagem   e   tem   como   função 

diagnosticar e orientar a intervenção pedagógica. Ela permeia os objetivos e a prática didática. Não haverá 

reprovação, bem como não prevê  registro de notas ou conceitos na documentação escolar,  por ser de 

caráter facultativo a matrícula do aluno nesta disciplina.

A avaliação nesta disciplina é processual, faz parte do processo ensino­aprendizagem. A partir 

desse pressuposto a avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual é possível 

verificar e  interpretar os dados da aprendizagem, bem como, acompanhar e aperfeiçoar o processo de 

construção do conhecimento.

Cabe ao professor  a  adoção de  práticas  avaliativas  que  permitam o  acompanhamento  do 

processo de apropriação de conhecimentos pelo  aluno,   levando em conta os objetivos propostos e  os 

conteúdos trabalhados.

Para  dar  conta  desse  objetivo,  o  professor  deve  pensar  e  organizar   instrumentos  que   lhe 

forneça nas várias situações subsídios para o reconhecimento e a identificação, do quanto o aluno absorveu 

o conhecimento proposto na disciplina de Ensino Religioso e das possíveis lacunas para a intervenção no 

processo de apropriação dos conteúdos planejados.  A avaliação deve possibilitar que o professor perceba 

qual o grau de respeito  que alunos expressam para com os colegas de sala, que tem opções religiosas 

diferentes da sua. Averiguar se eles conseguem identificar e reconhecer o fenômeno religioso como parte 

da   cultura   e   da   identidade   de   cada   grupo   social,   e   que   possui   conceitos   adequados   às   diferentes 

manifestações do sagrado.

Também é necessário que o professor adote formas de registros formais de avaliações para 

que os alunos e os seus pais identifiquem os progressos alcançados na disciplina.  E, consequentemente, 

identifiquem que em cada religiosidade está presente a diversidade cultural e que possibilite ao docente a 

articulação com os outros componentes curriculares.

Portanto, propõe­se que o aluno se auto­avalie e seja avaliado para tomar consciência sobre o 

que já aprendeu, ou seja, sobre os avanços atingidos na aprendizagem e saber onde deve investir mais 

esforços para melhorar e superar as dificuldades.

E finalmente, a avaliação permite ao professor conhecer o progresso do aluno, revendo e re­

elaborando a sua prática pedagógica.

                     CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Verificar se o estudante:

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           108 

• Respeita a si mesmo e ao outro nas diferenças religiosas;

• Reconhece a diversidade religiosa em situações do cotidiano, no contexto onde vive;

• Identifica os símbolos religiosos, estabelecendo seus significados a partir do contexto 

sócio­cultural;

• Reconhece os espaços sagrados e identifica a sua função na vida das pessoas;

• Reconhece o outro, vivenciando o respeito às diferenças religiosas no convívio social;

• Identifica a diversidade religiosa, demonstrando abertura ao diálogo com pessoas de 

outras crenças religiosas;

• Reconhece os textos sagrados, percebendo­os como referenciais de ensinamentos de 

fé e de prática das tradições religiosas;

• Conhece   as   espiritualidades   de   algumas   tradições   religiosas,   analisando­as   como 

métodos e práticas que permitem a relação com o sagrado;

• Identifica ritos e rituais de algumas tradições religiosas, reconhecendo a importância do 

seu significado na vida dos adeptos;

• Identifica os espaços sagrados, reconhecendo a sua função e significado;

• Conhece aspectos do Ethos de algumas religiões e filosofias de vida, demonstrando 

atitudes de respeito às diferenças;

• Identifica   as  diferentes   tradições,  analisando­as  como  fato  ou   fenômeno   produzido 

pelas sociedades humanas;

• Reconhece os textos sagrados de algumas tradições religiosas, compreendendo sua 

linguagem míticos­simbólica;

• Identifica   símbolos   religiosos,   espiritualidades,   ritos   e   rituais,   reconhecendo   a 

importância destes na expressão do sagrado;

• Identifica os espaços sagrados e descreve a sua função;

• Conhece as crenças na vida além morte, segundo algumas religiões e filosofias de 

vida, compreendendo a importância da busca do sentido de vida;

• Reconhece a importância dos valores humanos e éticos para o exercício da cidadania. 

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1.4.6 REFERÊNCIAS

ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o ensino religioso. Curitiba, 2002

BOWKER, J. Para entender as religiões. São Paulo, 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394. Diário Oficial da União, de 23 de 

dezembro de 1996.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: ed. Paulina, 1989.

ELIADE, Mircea, O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

_______Tratado de história das religões. 2ª edição, São Paulo: Martins Fontes, 1998.

GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas, 8. ed. São Paulo: Ática, 2003.

GIL FILHO, Sylvio F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do 

fato religioso. Ra’ e  Ga  O Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, v.3 n3, p 91­1230,1999.

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.   Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso.  Curitiba: 

SEED, 2009.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           110 

1.5 DISCIPLINA: GEOGRAFIA

1.5.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A   Geografia   é   uma   ciência   que   estuda   a   organização   do   espaço   geográfico   e   suas 

transformações exercidas pelo homem, em diferentes momentos históricos.

Segundo CAVALCANTI,

(...)  entre  o homem e o  lugar  existe uma dialética,  um constante movimento,  se o espaço  

contribui para a formação do ser humano, este por sua vez, com sua intervenção, com seus  

gestos,  com seu  trabalho,  com suas atividades,  transforma constantemente o espaço. Não  

importa se refere a um indivíduo ou a uma sociedade ou nação. Em qualquer caso, o espaço e  

as próprias percepções e concepções sobre ele são construídas na pratica social. Portanto, a  

consciência   do   espaço,   ou   da   geografia   do   mundo,   deve   ser   construída   no   decurso   da  

formação humana, incluindo aí a formação escolar. Nesse sentido, o ensino de Geografia deve  

visar ao desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de sua  

especialidade. Isso porque se tem a convicção de que a prática da cidadania, sobretudo nessa  

virada de século,   requer uma consciência  espacial.  A  finalidade de ensinar  geografia  para  

crianças,  adolescentes  e   jovens,  deve  ser   justamente de  os  ajudar  a   formar   raciocínios  e  

concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço. (CAVALCANTI, 2003, p.4).

Com os avanços tecnológicos da comunicação e  informação, a reorganização estrutural  de 

produção e de mercado, a fragmentação territorial de alguns países influenciou a natureza, as culturas e as 

relações sócios espaciais.  Tudo  isso  trouxe para o  campo de estudo de Geografia  as questões sócio­

ambientalistas e culturais de maneira crítica.

Segundo   as   DCEs,   as   questões   ambientais   e   culturais   estiveram   inseridas   no   temário 

geográfico desde a institucionalização da Geografia, e foram abordadas várias perspectivas teóricas, das 

descritivas às críticas. 

Assim, o ensino da Geografia deve acompanhar os avanços atuais, propiciando ao aluno o 

acompanhamento dessas mudanças, oportunizando e possibilitando­o a pensar o homem como um todo, 

em sua dimensão humana e social, aberto ao imprevisto e ao novo, com força ou poder para resistir e 

intervir   na   realidade   da   qual   é   participante.   Com   a   mundialização   do   capitalismo   e   a   difusão   do 

industrialismo   pelos   quatro   cantos   do   planeta,   as   paisagens   passaram   a   mudar   rapidamente.   Essa 

velocidade e os impactos gerados em todos os âmbitos, praticamente impuseram uma forte mudança nos 

rumos da ciência geográfica e em seu papel social, bem como em sua função acadêmica, cabendo a esta 

ciência, concebida como estudo da organização do espaço geográfico pela sociedade humana, evidenciar a 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           111 

sua contribuição na formação dos educandos e cidadãos mais atuantes na transformação da realidade em 

que vivemos. Pois, devemos ter em mente que a dimensão geográfica, extrapola os limites da sala de aula e 

encontra­se presente no dia­a­dia dos alunos. Nessa perspectiva, a análise e a compreensão do espaço 

geográfico que o circunda e as transformações que se dão pela atuação social, resultam consequências das 

mais variadas dimensões, em diferentes tempos. 

Quando pensamos em Geografia,   temos que   ter  em mente  que  seu  ensino  vai  além das 

fronteiras da sala de aula: ele está presente no dia­a­dia dos alunos.

É   necessário   conhecer,   analisar   e   compreender  a   realidade   geográfica.   Referimos­nos   ao 

espaço   geográfico,   onde   o   homem   vive   em   sociedade,   desenvolve   suas   ações   e   delas   resultam   as 

consequências nas mais variadas proporções e em diferentes momentos. 

“Relacionar   o   cotidiano   e   lugar,   é   envolver   as   relações   próximas,   ordinárias   singulares   a 

mundialidade. A vida cotidiana mais íntima, ao mesmo tempo situa seu lugar na sociedade global” (DANIANI  

In CARLOS, 1999, p.164).

Para que possamos compreender o mundo que nos rodeia é necessário uma pluralidade de 

abordagens da realidade. Podendo ser de caráter econômico, político, cultural e até mesmo psicológico. Se 

pensarmos nas regiões do Brasil, o norte e o sul, utilizam seus recursos ambientais de maneiras diferentes, 

pois os interesses e as necessidades não são as mesmas.

Quando   dizemos   que   a   sociedade   organiza   seus   espaços   segundo   seus   interesses   e 

necessidades, estamos afirmando que ela não é neutra. No caso da sociedade capitalista, seus espaços 

são organizados visando lucros, atendendo aos interesses da elite – classe dominante.

A natureza também é  objeto de estudo da Geografia.  É   fundamental  concebê­la como um 

conjunto de elementos interdependentes: solo, fauna, flora, hidrografia, minerais... O homem modifica essa 

natureza   segundo   suas   interações   e   explorações.   A   natureza   não   é   apenas   fonte   de   recursos   que 

asseguram a sobrevivência humana, ela também tem um significado cultural.

Nessa perspectiva, é   fundamental dar ênfase a questão ecológica­cultural,  encaminhando­a 

para   a   dimensão   em  que   a   tolerância   e   solidariedade   estejam   cada   vez   mais   presentes,   fazendo­se 

necessário levar o educando a conhecer os documentos elaborados por pessoas comprometidas com a 

questão da sustentabilidade do planeta, onde conste o nível da destruição natural provocada pela ação 

humana, e os procedimentos que documentos como a Agenda 21, o Protocolo de Kyoto e as Conferências 

sobre Meio Ambiente apresentam para diminuir os  impactos ambientais no planeta, sendo essas ações 

embasadas pela Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio 

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, reformulação e ampliação.

Tendo a Geografia como objeto de estudo o espaço geográfico e as transformações realizadas 

pelos seres humanos,  faz­se necessário ser contempladas todas as formas de contribuição,  tais como: 

cultura, miscigenação, caminhos percorridos, inter­relações espaciais,  entre outros, dos homens e mulheres 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           112 

que independentemente da raça, cor, credo, fizeram parte da construção da sociedade atual. Essa disciplina 

propõe   contemplar   a   contribuição   dos   Afro­descendentes   para   a   construção   da   sociedade   e   espaço 

mundial, embasados na Lei nº 10639/03 “História e Cultura Afro­brasileira e Africana”.

Com o aumento da população na sociedade moderna surge e  intensifica várias  formas de 

preconceito. Um dos exemplos é  a xenofobia. Mas temos outras formas de preconceito, onde deixamos 

aflorar  a  falta de compreensão às novas identidades. É  papel da escola contemporânea abordar e dar 

ênfase a esses temas que circundam a nossa sociedade incluindo temas como as novas identidades no 

currículo.

As sociedades modernas estão passando por  um período onde afloram problemas sociais 

antigos, mas que vão ficando evidente na atualidade.

Muitas vezes não queremos reconhecer esses problemas sociais, até que eles afetam a nossa 

família. Problemas sociais, tais como gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, que 

muitas vezes deixamos de abordar na escola, nossos educandos convivem com todos esses problemas.  

Portanto,  faz­se necessário abordar temas como esses no currículo, pois mesmo não sendo problemas 

genuínos da escola, estão presente na sociedade em que nossos educandos estão inseridos.      

    

1.5.2 OBJETIVOS GERAIS

 Promover a educação ambiental como um processo individual e coletivo de aquisição de→  

conhecimentos e atitudes, que possam contribuir para a compreensão dos fenômenos ambientais;

  Despertar   a   participação   da   população   na   melhoria   da   qualidade   de   um   ambiente→  

sustentável;

  Formular   questões,   diagnosticar   e   propor   soluções   para   problemas   reais   a   partir   de→  

elementos   da   Geografia,   colocando   em   prática   conceitos,   expressando­se   verbalmente   acerca   dos 

fenômenos geológicos;

 Possibilitar o aluno ao domínio do vocabulário geográfico, utilizando diferentes linguagens,→  

como a cartografia;

 Capacitar  o     domínio   de  conceitos   e   explicações   geográficas,   relacionando­os  com os→  

conhecimentos de outras disciplinas;

 Posicionar   o aluno diante de situações reais, transformando o estudo da Geografia num→  

exercício de cidadania;

  Demonstrar   atitudes   adequadas   em   cada   contexto   de   aprendizagem   da   Geografia,→  

respeitando o trabalho coletivo e sua própria individualidade;

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 Apropriar­se de conhecimentos gerais  da Geografia local e mundial;→

  Situar   o   aluno   diante   das   transformações   que   ocorrem   em   nível   local   e   mundial   –→  

econômica, política, social, tecnológica e informacional.

1.5.3 CONTEÚDOS 

5ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

• A formação, localização e exploração dos recursos naturais;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização 

do  espaço geográfico;

• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A mobilidade populacional e as manifestações sócios espaciais da diversidade cultural;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

•  Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

6ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;

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• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico;

• A circulação de mão­de­obra, das mercadorias e das informações.

DIMENSÃO POLÍTICA DE ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A mobilidade populacional e as manifestações sócios espaciais da diversidade cultural;

• A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos;

• Movimentos migratórios e suas motivações.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

  7ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• O comércio em suas implicações sócios espaciais.

DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A circulação de mão­de­obra, do capital, das mercadorias e informações;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           115 

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.

8ª SÉRIE

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A revolução técnico­científico­informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

• A distribuição das  atividades produtivas,  a   transformação da  paisagem e  a  (re)organização do 

espaço geográfico;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;

• A mobilidade populacional e as manifestações sócios espaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• O comércio mundial e as implicações sócios espaciais;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

• A formação, localização, exploração dos recursos naturais.          

1.5.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Estabelecer relações entre os conteúdos e a realidade dos alunos é garantir uma educação de 

qualidade. Para  que  os  alunos  observem,  analisam  e  compreendam  o  espaço  é  preciso  proporcionar

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           116 

oportunidades e instrumentos que garantam a compreensão do espaço com o processo histórico desigual e 

contraditório. Processo esse que se dá nas relações complexas em determinado lugar e momento.

Na Geografia procura­se valorizar as atitudes e procedimentos que os alunos podem adquirir 

estudando   o   seu   cotidiano.   Ao   observar,   descrever,   problematizar,   discutir,   comparar,   representar   e 

compreender o espaço geográfico, sua influência cultural, social, política e ética. São ações fundamentais 

para a prática de ensino aprendizagem, para que no ato de conhecer seja pleno de significado.

Para o estudo dos diversos temas estruturantes de Geografia, serão utilizados os já conhecidos 

princípios   do   estudo   geográfico:   a   observação   e   a   descrição,   as   interações   e   as   explicações,   a 

territorialidade, a extensão e a analogia, que são importantes procedimentos de aprendizagem.

Propõe­se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, de 

maneira  que a  teoria,  a  prática  e a  realidade estejam  interligadas,  em coerência  com os  fundamentos 

teóricos propostos.

Os conceitos fundamentais da Geografia serão apresentados de uma perspectiva crítica.

Todos os conteúdos serão abordados do  local  para o global,  portanto  o  local   refere­se ao 

Paraná. Serão abordados a inter­relações espaciais da população e suas etnias, incluindo­se a cultura afro­

brasileira e indígena.

Somados a estes procedimentos, colocamos o uso dos recursos didáticos, tais como o trabalho 

com diferentes fontes documentais, imagens, música, estudo do meio, leitura de textos mais complexos e 

reflexivos, dramatizações, pesquisa à  máquina fotográfica,  Internet, representação cartográfica, etc, será 

amplamente utilizado para o estudo da Geografia, para que sejam atingidos os objetivos de maneira mais 

completa e agradável possível, destes anos de escolaridade. 

Propõe­se utilizar como recursos didáticos e tecnológicos: textos, notícias de jornais e revistas, 

textos da internet, mapas, vídeos, sites, entre outros.

1.5.5 AVALIAÇÃO

Avaliar a ação é  uma atividade necessária e permanente na escola, devendo ser entendida 

como parte integrante do processo de ensino aprendizagem.

Ela   também   é   considerada   como   reflexão   da   prática   pedagógica,   tendo   como   objetivo   a 

transformação do conhecimento teórico em reflexivo questionador.

O processo  avaliativo  deverá   proporcionar  não  somente  um  instrumento  para  perceber   se 

houve aprendizagem, mas terá a função de ser contínuo e diagnóstico. E, em relação à mesma, reconhecer,

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           117 

identificar as dificuldades do aluno e os possíveis desacertos da própria prática do docente. Detectados os 

problemas   novos   encaminhamentos   pedagógicos,   terão   que   ser   considerados.   Cada   instrumento   de 

avaliação utilizado pelo professor deverá ter clareza nos objetivos que quer atingir e o que realmente deseja  

que seus alunos aprendam.

Diante   disso,   o   processo   de   avaliação   terá   que   estar   articulado   com   os   conteúdos 

estruturantes, os conceitos geográficos, a relação sociedade­natureza e as relações de poder do seu meio e 

do mundo.

Assim,   como   instrumentos   de   avaliação,   podemos   considerar:   leituras,   interpretações, 

produção   de   textos   geográficos,   leituras   de   mapas,   pesquisas   bibliográficas,   observações   em   campo, 

construções de maquetes, entre outros. 

A avaliação deve ser contínua, que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou 

seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Deve também ser diagnóstica, formativa, somativa, 

registrada   de   maneira   criteriosa   e   organizada.   Vários   instrumentos   devem   ser   utilizados,   conforme   o 

conteúdo e objetivo de ensino. Portanto propõe­se alguns critérios para avaliar o educando:

• Compreende as características,  a  interdependência e a dinâmica dos elementos  formadores da 

paisagem nos diferentes continentes.

• Compreende que os problemas sociais,  políticos,  ambientais  são resultados das mudanças nas 

relações políticas internacionais e a atual ordem mundial.

• Utiliza, diferentes contextos, conceitos tais como: formação sócios espacial, território, região, nação, 

paisagem e lugar.

• Domina  a   linguagem cartográfica  e   compreende que  o  mundo  é   construído  a  partir   de  ações 

humanas e que nem sempre as decisões emergem do consenso numa sociedade.

• Faz uso adequado da noção de inclusão de espaços no processo de construção dos conceitos e 

categorias   do   espaço   geográfico,   como:   município,   estado,   região,   país,   continente,   fronteira, 

território, paisagem, lugar e região, por meio de leitura e interpretação de diferentes representações 

espaciais.

• Entende os diferentes critérios de regionalização do espaço brasileiro, comparando as diferentes 

representações: regiões naturais, geoeconômicas e as definidas pelo IBGE.

• Reconhece os elementos que dão identidade às paisagens urbanas e rurais, percebendo o grau de 

interferência da ação antrópica no ambiente e suas consequências.

• Estabelece   relações   entre   a   circulação   e   comunicação   dos   espaços   compreendendo   a   sua 

importância da função social.

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• Identifica as diferentes manifestações do tempo natural na paisagem e sua importância na leitura 

dos fenômenos geográficos.

• Entende   que   a   organização   do   espaço   resulta   da   interação   entre   as   pessoas,   estabelecendo 

relações entre a distribuição da população e o crescimento demográfico.

• Utiliza adequadamente conceitos e categorias do espaço geográfico, tais como: território, paisagem, 

lugar e  região, bem como conceitua e reconhece os elementos caracterizadores das diferentes 

paisagens mundiais.

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1.5.6 REFERÊNCIAS

BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Alabi.  Geografia Homem e Espaço: a natureza, o homem e a 

organização do espaço. São Paulo: Saraiva, 2002.

_______________.  Geografia   Homem   e   Espaço:   a   organização   do   espaço   brasileiro.  São   Paulo: 

Saraiva, 2002.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999.

DANIANI, A. L. O lugar e a produção do cotidiano. In: CARLOS, A. A. (Org.). São Paulo: Contexto, 1999.

FILME – Mississipi em chamas.

FILME – Stalin.

FILME – Vidas secas.

GARCIA, Hélio Carlos. Geografia: espaço geográfico e fenômenos naturais. São Paulo: Scipione, 2002.

GIRARDI, Gisele. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo: FTD, 2005.

MOREIRA, Igor. Geografia – Construindo o Espaço: construindo o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 

2002.

PARANÁ.  Secretaria  de  Estado  da  Educação.    Diretrizes  Curriculares  de  Geografia  para  o  Ensino 

Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           120 

VESENTINI,  J.  William;  VLACH, Vânia.  Geografia  Crítica:  O espaço natural  e  a ação humana.  São 

Paulo: Ática, 2004.

________________. Geografia Crítica: O espaço social e o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2004.

http//www.ibge.gov.Br

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1.6 DISCIPLINA: HISTÓRIA

1.6.1 APRESENTAÇÃO  DA DISCIPLINA

Conforme as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental, recusa­se, em História, uma 

concepção como verdade pronta e  definitiva  a  ser  depositada nos alunos,  e que produz uma verdade 

histórica definitiva conforme determinada corrente de pensamento. Por isso, recusa­se todo dogmatismo e 

ortodoxia, ou mesmas concepções generalizantes.

A   História   deve   ser   concebida   como   conhecimento   em   constante   construção,   sempre 

possibilitando novas interpretações e significados, pois a História também tem uma história, pode ser objeto 

de   questionamentos,   dúvidas,   contestações   e   reconstruções.   As   atividades   devem   ser   elaboradas, 

permitindo ao aluno ser sujeito do processo de construção do conhecimento. Como é impossível estudar 

toda a história, deve­se fazer alguns recortes que sempre atendem finalidades educativas e ideológicas, 

mas   sem   perder   a   tentativa   de   visão   do   todo,   dos   relacionamentos   entre   os   acontecimentos,   suas 

continuidades e rupturas compreendendo fenômenos de amplo efeito. 

Entender que a História sempre legitima as ações ou instituições das relações de poder, e 

possibilita a compreensão de que é  um conhecimento construindo posicionamentos e visões de mundo, 

ajuda a discutir com os alunos o processo de legitimação, podendo gerar discussões e mudanças.

Levar  o  aluno  a  perceber  que  História  é   fundamental  e   vital,  e   inerente  a   todos  para  se 

orientarem no  tempo,  é   relacionar   também história  e  cotidiano,  partindo  de sua   realidade,  de modo a 

possibilitar condições para que o aluno domine conceitos fundamentais para a análise da realidade social. A 

História tem papel fundamental na construção de uma identidade individual e social, favorecendo o respeito 

à   tolerância  e à  diversidade cultural,  para o aluno se posicionar pela  liberdade e contra a opressão e 

exploração, na luta pelo bem­estar mútuo e pela igualdade na sociedade.

O estudo de História pode servir para facilitar a compreensão do presente através da análise 

do passado, para ajudar a construir um futuro melhor. Permite analisar as tensões temporais, estudando as 

causas e  consequências  dos   fatos  históricos,  construindo  esquemas de  diferenças e  semelhanças,  as 

mudanças e continuidade na sociedade, a complexidade dos problemas sociais.

Assim,  teremos alunos como sujeitos da história, capazes de agir  na sua própria realidade 

social   complexa   e   desafiadora.   O   ensino   de   História   na   educação   básica   pode   se   beneficiar   com   a 

valorização   e   diversificação   dos   documentos   (imagens,   textos,   canções,   objetos   arqueológicos, 

monumentos, entre outros) na construção do conhecimento histórico.

      Numa  abordagem  cultural,  começando  pela  realidade  local,  possibilitam  aos  alunos  e

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           122 

professores tratarem os documentos através das problematizações mais complexas em relação à história 

tradicional,  o  que  desenvolve uma consciência  histórica  que   leva em conta  a  diversidade das  práticas 

culturais.  Deve ter espaço para aparecer outros atores sociais, não reduzindo a história apenas ao aspecto 

econômico, como na expressão de Sérgio Buarque de Holanda “fazer falar a multidão de figurantes mudos”. 

Que tipo de História se pretende?   Na História tradicional, valoriza­se a política e economia 

numa   perspectiva   linear,   factual,   personificada   em   heróis,   excluindo   os   outros   sujeitos   e   não 

problematizando a construção do processo histórico. A História é tida como verdade a ser transmitida pelo 

professor   que   se   configura   numa   consciência   histórica   exemplar.   Ao   contrário,   numa   perspectiva   de 

consciência histórica crítica, permite perceber diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, 

constituídos   nas   experiências   dos   sujeitos.     Assim,   abrem­se   inúmeras   possibilidades   de   reflexão   e 

superação   de   uma   visão   unilateral   dos   fatos   históricos,   tornado­os   mais   abrangentes   e   permitindo   a 

constituição da consciência histórica genética, ou seja, da relação passado­presente­futuro, articulando a 

compreensão das permanências e das transformações dos modelos culturais, e compreensão da vida social 

em sua complexidade (pensar historicamente). Assim, valoriza­se a diversificação de documentos como 

imagens, canções, textos, objetos arqueológicos, entre outros.

Rompendo com o ensino tradicional de História, ressalta­se a importância de inserir o sujeito 

comum na História a partir do estudo de espaços e de relações sociais, pautadas pelas relações de poder 

(dimensão política). Não reduzindo ao viés economicista, mas relacionando e articulando com a dimensão 

cultural,   visando dar  voz  aos  excluídos ou  “História   vista  de baixo”,   uma vez  que  documentos  oficiais 

privilegiaram   o   olhar   dos   vencedores,   ampliando   as   possibilidades   de   explicação   do   passado,   e   a 

construção de novas interpretações históricas na escola (dimensão econômico­social e cultural). valorizando 

a possibilidade de luta e transformação social. Propõe­se uma nova forma de trabalhar a dimensão política.

               A dimensão econômico­social valoriza as fontes orais para resgatar o passado dos sujeitos 

comuns para dar voz aos “povos sem história”, os iletrados, vencidos e marginais.

Com a  dimensão  da  cultura,  permite­se  conhecer  os  conjuntos  de  significados  que  o  ser 

humano confere a sua realidade, e contrapõe com novas leituras e interpretações do passado e valoriza 

várias   fontes   e   métodos   de   pesquisa,   buscando   construir   uma   consciência   histórica   que   possibilite 

compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.

O   professor   pode   problematizar   o   ensino   de   História,   refletindo   a   respeito   do   tipo   de 

consciência histórica que tem sido formada, a partir  das diferentes concepções e práticas presentes na 

escola, construindo junto aos alunos uma consciência da realidade contemporânea e as  implicações do 

passado em sua constituição.   Por isso, a proposta de História tem como referencial básico a História do 

Brasil.  A partir  de problemáticas  levantadas pela  realidade regional  e nacional,  e suas  relações com o 

contexto   mundial,   a   proposta   articula   os   conteúdos   complementares,   tendo   em   vista   uma   melhor 

compreensão da história brasileira.

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Não  esquecer  a  obrigatoriedade  da  temática  história  e  cultura Afro­brasileira, valorizando a

riqueza   de   nossa   diversidade   étnico­racial   e   cultural,   assumindo   o   compromisso   de   eliminar   as 

desigualdades raciais e afirmação dos direitos humanos básicos e fundamentais da população, bem como o 

respeito à diversidade religiosa dos alunos e comunidade.

1.6.2 OBJETIVOS GERAIS

  Contribuir   para   desenvolver   a   capacidade   de   pensar   historicamente   e   perceber   a→  

historicidade de todas as coisas;

 Valorização da identidade étnica e cultural do aluno;→

 Construir   conscientemente  o  conhecimento  histórico,  que  possibilite  a   compreensão  da→  

realidade social e sua possível transformação;

 Preparar os alunos para a vida adulta com plena consciência cidadã, com clareza de sua→  

postura política e ideológica;

 Compreender os fenômenos produzidos por sujeitos concretos coletivos e seus contextos→  

históricos e agentes transformadores;

 Despertar para a cultura em geral,  propiciando os elementos para o pensar criticamente→  

histórico, que não são naturais e definitivos, mas um agir consciente e participativo;

 Buscar a produção do conhecimento humano sob a  forma da consciência histórica dos→  

sujeitos, produção que é provisória porque existem várias interpretações e explicações para um mesmo fato.

“Meu objetivo é compreender e explicar por que as coisas deram no que deram e como elas se  

relacionam entre si. Trata­se de comentar, ampliar (e corrigir) nossas próprias memórias.” (HOBSBAWN, 

2003).

“A destruição do passado, ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência  

pessoal à das gerações passadas, é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do  

final   do   século   XX.   Quase   todos   os   jovens   de   hoje   crescem   numa   espécie   de   presente  

contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por  

isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem, tornam­se mais importantes  

que nunca no fim do segundo milênio.” (HOBSBAWN, 2003).

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Os cuidados com a história = “Fazer emergir o plural, a memória daqueles que tradicionalmente  

não têm direito à história,  unindo os  fios do  presente  e  do passado,  num processo  ativo  de

desalienação. Mas também, pode inconsciente ou deliberadamente, operar o contrário, apenas  

perpetuando mitos e estereótipos da memória dominante.” (FONSECA, 2003).

“Benjamin  quando nos  apresenta  o  anjo  da  História,  diz  que  sua   função  é   ‘deter­se  para  

acordar os mortos e juntar seus fragmentos’.” (OLIVEIRA). 

“Nosso papel, qualquer que seja o tipo de História que façamos, pode ser simplesmente o de  

fornecer exemplos de reflexão crítica”. (ROCHE, 2002).

1.6.3 CONTEÚDOS

 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:→  

• RELAÇÕES DE TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E RELAÇÕES CULTURAIS

5ª SÉRIE

          OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS→

                       A EXPERIÊNCIA HUMANA NO TEMPO→

                       OS SUJEITOS E SUAS RELAÇÕES COM O OUTRO TEMPO→

                       AS CULTURAS LOCAIS E A CULTURA COMUM→

  AS DIVERSAS SOCIEDADES HUMANAS NO TEMPO: DAS ORIGENS DA HUMANIDADE→  

COM AS DIFERENTES TRAJETÓRIAS E CULTURAS:

• Referência: ocupação do território nacional pelos grupos indígenas;

• Origem da vida e do ser humano;

• Povos e culturas da África e Ásia;

• Povos e culturas da América;

• Povos e culturas  da  Europa:  o  mundo grego  e  sua  cultura;  o  mundo  romano e  o  

cristianismo;

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• Grupos indígenas no Brasil;

• Grupos indígenas paranaense (kaingang, guarani, xetá, xokleng);

• As primeiras experiências humanas;

• O sentido da guerra para as primeiras civilizações;

• A vida cotidiana dos diferentes povos;

• As sociedades tributárias e teocráticas e a  luta dos povos oprimidos (nos diferentes 

impérios);

• A vida e as origens do universo;

• Diferentes medidas do tempo;

• História da sexualidade e papel das mulheres nas sociedades antigas;

• O nascimento da filosofia;

• As grandes religiões da humanidade e suas influências no mundo.

6ª SÉRIE   

  A   CONSTITUIÇÃO   HISTÓRICA   DO   MUNDO   RURAL   E   URBANO.   A   FORMAÇÃO   DA→  

PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

• O Feudalismo na Europa ocidental;

• A sociedade medieval e a cristandade;

• Grandes navegações e expansão marítima e comercial;

• A conquista da América e destruição dos povos indígenas pelos europeus;

• O absolutismo e o sistema mercantil; a colonização do Brasil;

• O renascimento cultural e científico e as reformas religiosas;

• A colonização do Brasil e a exploração da África e seus povos;

• O sistema colonial e a escravidão;

• Conflitos,   dominação   e   resistência   dos   povos   da   América.   Os   movimentos   de 

contestação colonial;

• A colonização do Paraná   ;

• Movimentos de independência na América espanhola e Brasil;

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• Mitos e grandes navegações;

• O massacre dos povos indígenas e sua riqueza cultural;

• As guerras medievais e a inquisição;

• Construção da memória pela Igreja Católica;

•  Igreja, família e sexualidade;

•  Expansão e consolidação do território;

•  Expansão do território paranaense;

•  Consolidação dos estados nacionais europeus e reforma pombalina.

7 ª SÉRIE         

→  O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA –  AS RELAÇÕES DA 

HUMANIDADE COM O TRABALHO, AS LUTAS E CONQUISTAS

•  Movimentos revolucionários no velho continente

• A revolução industrial

• A expansão Imperialista (o neocolonialismo do século XIX);

• O Brasil no século XIX. Terra e propriedade ­ Religiosidade e política; Terra, política e 

protesto no Brasil; a sociedade brasileira;   

• Formação do Estado Nacional;

• As grandes potências no século XIX (E.U.A, Itália e Alemanha, Japão);

• Consequências da segunda Revolução Industrial e o uso das novas fontes de energia;

• Emancipação política do Paraná   ;

• O processo de abolição da escravidão; trabalho livre;

• Diáspora africana   ;

• O processo de independência das Américas e no Brasil;

• Revolução industrial e relações de trabalho;

• Primeira guerra mundial.

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8ª SÉRIE  

  RELAÇÕES   DE   DOMINAÇÃO   E   RESISTÊNCIA:   A   FORMAÇÃO   DO   ESTADO   E   DAS→  

INSTITUIÇÕES SOCIAIS

 A FORMAÇÃO DO ESTADO REPUBLICANO E MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA               →

• Repensando a nacionalidade Brasileira: desde a crise do capitalismo ao mundo dos 

cidadãos e excluídos;

• A eclosão de movimentos sociais no período 1900 a 1920 no mundo e no Brasil; os 

primeiros anos da República;

• O poder do estado e a crise mundial capitalista entre 1920 a 1945;

• A guerra fria e o mundo bipolarizado e as consequências na América e no Brasil;

• O mundo globalizado e os desafios atuais;

• Panorama pós­primeira guerra mundial: estado socialista, crise 29, regime totalitário;

• Globalização e exclusão;

• Estado e corrupção;

• Movimentos populares e cidadania;

• Movimento operário e cidadania;

• A americanização do Brasil;

• Educação, trabalho e marginalização no Brasil;

• O Brasil atual e seus desafios;   

• Revoluções e conflitos no mundo atual;

• Riqueza e miséria no mundo e no Brasil;

• Vida cotidiana e cultura do consumo;

• Autoritarismo e democracia;

• O papel dos “Mass media” na sociedade atual.

• A semana de 22 e o repensar da nacionalidade;

• A “Revolução de 30” e  o “período Vargas”;

• Populismo no Brasil e na América Latina;

• Construção do Paraná moderno;

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• O regime militar no Paraná    e no Brasil;

• Movimentos de contestação no Brasil;

• O Paraná no contexto atual   ;

• A redemocratização no Brasil e América Latina;

• O Brasil no contexto atual.

• A Segunda Guerra mundial;

• Independência das colônias afro­asiáticas;

• Os regimes militares na América latina;

• Movimentos de contestação no mundo;

• Fim da bipolarização mundial;

• África    e América Latina no contexto atual;

• Questões mundiais contemporâneas.

1.6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A proposta das Diretrizes Curriculares (2006) tem como referencial a história do Brasil,  e a 

partir de problemáticas da realidade regional e nacional e suas relações com o contexto mundial, articulando 

os conteúdos específicos para uma melhor compreensão da história brasileira.

O ensino de História não pode se prender a uma concepção tradicional,  linear e positivista, 

onde os acontecimentos são uma sucessão cronológica de fatos com memorização de nomes e datas ou 

questionários. É necessário romper com uma forma de ensino em que o aluno se encontra numa posição 

passiva  de  aprendizagem,  apenas mecânica  e   repetitiva.  Precisamos despertar  novas  problemáticas  e 

temáticas de estudo, sensibilizados por questões ligadas à história social, econômica, cultural, cotidiano e 

abordagens que enfatizam a problematização do social,  que desenvolvam nos estudantes domínios de 

pesquisa histórica no espaço escolar e atitudes críticas de desmistificação das ideologias dominantes da 

sociedade de consumo e dos meios de comunicação de massa. Que os alunos se  tornem críticos em 

relação aos livros didáticos com simplificação dos textos, conteúdos ideológicos, testes e exercícios sem 

exigência de raciocínio. Assim, favorecer a formação do estudante como cidadão para assumir formas de 

participação social, política, e ter atitudes críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os limites 

e as possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade histórica na qual se 

insere. 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           129 

No Ensino Fundamental, é preciso despertar nos alunos a vontade para aprender, estimulando 

sua criatividade para adquirir  um conhecimento histórico básico e noção de tempo histórico, bem como 

dominar certos temas e conceitos.

Outro  esforço  importante  seria  tecer  as  articulações  entre  a  micro e a macro­história, para

compreensão do processo histórico do singular para o geral, recuperando os espaços privados dos conflitos 

diários, e percebendo as várias mentalidades, compreendendo assim os vários parâmetros para o tempo e 

os ritmos de duração desde acontecimentos breves, os de média duração que se dão as conjunturas com 

tendências políticas e econômicas, que se inserem nos processos de longa duração com permanências ou 

mudanças no ritmo das estruturas. Abordar conteúdos sob novos métodos de produção de conhecimento 

histórico, incluindo vários recortes temporais, diferentes documentos, formas de problematização em relação 

ao passado, superando a ideia de história como verdade absoluta. Justifica­se a importância de se tratar 

processo de construção do conhecimento histórico.

A metodologia  do ensino de História  parte  da  realidade social,  privilegiando a pesquisa,  o 

diálogo e o resgate de memórias esquecidas, silenciadas, passando de uma história­narração, descrição 

dos fatos de forma linear e harmoniosa, sem considerar as contradições, os conflitos e as descontinuidades 

próprias   do   processo   histórico,   para   uma  história­problema   em  que   os   sujeitos   se   reconhecem  como 

agentes   do   processo   histórico,   percebendo   relações   entre   acontecimentos   da   realidade   e   a   História; 

considerando   simultaneidade,   continuidades,   descontinuidades,   rupturas,   permanências,   mudanças,   e 

transformações, propiciando o reconhecimento da ligação indissolúvel e necessária entre o presente e o 

passado no conhecimento histórico. A História deverá possibilitar ao aluno comparar o seu cotidiano com 

outros cotidianos vividos em diferentes tempos e espaços, gerando a construção gradativa do conceito de 

tempo e espaço.

A partir de problemáticas contemporâneas, que envolvem a constituição da cidadania, pode­se 

selecionar conteúdos significativos que gerem posturas investigativas do professor e do aluno, utilizando­se 

do método da pesquisa historiográfica,   re­elaborada em situações de sala de aula. As explicações dos 

conceitos   fundamentais   devem   ser   de   maneira   simples   e   objetiva,   orientados   para   uma   prática 

interdisciplinar.

Os elementos metodológicos e pedagógicos fundamentais são os exercícios ou atividades de 

pesquisa e investigação através de documentos históricos nas mais diversas formas, principalmente textos e 

imagens,  conciliando a história   integrada com programa cronológico para evitar  as  fragmentações, e a 

história temática, superando a visão linear e factual. Claro, sempre buscando romper com uma visão de 

história essencialmente eurocêntrica e herdeira do quadripartismo histórico, que divide em quatro grandes 

conjuntos o tempo histórico, muitas vezes sem significado para a história dos outros povos não­europeus.

É necessário propiciar aos alunos situações de aprendizagem,  através de  temas  significativos

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determinantes na vida dos alunos e de sua comunidade, com assuntos que queiram e precisam conhecer e 

construir.

A história não é  o passado, mas um olhar sobre o passado, por  isso,  a relação passado­

presente deve ser  trabalhada com a ideia de simultaneidade,  interagindo com métodos e conteúdos de 

outras disciplinas.

Conforme  muitos  historiadores,  “os   trabalhos   com documentos,   sejam  imagens  visuais  ou  

textos escritos, possibilitam tratar a História como representação, e investigar diferentes fontes sobre um  

tema,   possibilitando   “imitar”   o   próprio   trabalho   dos   pesquisadores.   Permite   “incorporar”   uma   postura  

investigadora   no   sujeito   que   aprende,   abrindo   as   janelas   para   o   mundo   e   soltando   os   pombos   da  

imaginação.” (conforme ANDRADE, 1995, citando o romance “O Ateneu” de Raul Pompeia).

Com  os   documentos,   o   aluno   precisa   fazer   suas   próprias   análises   e   sínteses,   sem   a 

influência da leitura do professor ou do historiador, servindo ao professor para descobrir os conhecimentos 

prévios do aluno e sua maneira de interpretação.

Construção do conhecimento histórico, eis o desafio: Conciliando interpretação de documentos, 

pesquisas  através  de  estudos  e   leituras,  explicações  que  geram sínteses,  diálogo  em sala  de  aula  e 

debates, vontade do professor consciente de sua responsabilidade, interesse e participação dos alunos. A 

produção  do  conhecimento  histórico  e   sua  apropriação   é   processual.   Por   isso   é   necessário  que  seja 

constantemente retomado com vários questionamentos e reflexão, problematizando também o livro didático 

ou textos, para que identifiquem seus limites e possibilidades.

1.6.5 AVALIAÇÃO

A avaliação terá função diagnóstica e será feita a partir de critérios que são decorrentes da 

forma pela qual o ser humano aprende a realidade e de como age sobre ela. 

A avaliação deve verificar a aprendizagem a partir daquilo que é básico e fundamental. Deve 

priorizar que o aluno entenda a unidade e diversidade do social nos aspectos das transformações e relações 

compreendidas nas dimensões espaciais e temporais. Deve estar a serviço da aprendizagem de todos os 

alunos.

Quer verificar se o aluno desenvolve suas capacidades de análise e sínteses, participação nas 

discussões e atividades, compreensão e correta interpretação nos exercícios ou atividades investigativas. 

Se o aluno consegue  interpretar  os documentos históricos de  textos e  imagens construindo assim sua 

consciência Histórica. Se consegue produzir narrativas históricas coerentes dando conta do tema proposto, 

re­elaborando novas sínteses quando necessário, para “recuperar” o conteúdo. Enfim, se o aluno consegue 

realizar a re­elaboração de sua visão de mundo através do  questionamento e  domínio  da  realidade social.

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Deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos e não como coisa externa a esse 

processo, recusando­se as práticas que priorizam classificação e autoritarismo.

Conforme LUCKESI (2002), 

“A   avaliação   deverá   ser   assumida   como   um   instrumento   de   compreensão   do   estágio   de  

aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista  tomar  decisões  suficientes e  satisfatórias  para

que possa avançar no seu processo de aprendizagem.” E “para que a avaliação sirva à democratização do  

ensino é preciso modificar sua utilização classificatória para diagnóstica.”

“Para um verdadeiro processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um 

educando, mas sim a sua aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser  

diagnóstica,   permitindo  a   tomada  de  decisões   para   a   melhoria;   e   consequentemente,   ser  

inclusiva, enquanto não descarta, não exclui, mas sim convida para a melhoria. Dentro dessa  

perspectiva,   o   que   caracteriza   o   ato   de   avaliar   é   ele   ser   um   ato   de   investigar   e,  

consequentemente,   de   intervir.   Desse   modo,   neste   contexto,   o   pecado   da   escola,   ao  

acompanhar  a  aprendizagem do educando,   é  examiná­lo  em vez  de avaliá­lo.”   (LUCKESI,  

2000).    

A   avaliação   deve   ser   um   fenômeno   compartilhado,   de   modo   contínuo,   processual   e 

diversificado, para análise crítica das práticas que podem ser retomadas, e planejadas novas situações 

diferenciadas de avaliação. Devem servir para analisar se os conceitos históricos estão sendo apropriados, 

se o conceito de tempo está sendo construindo, se os alunos empregam os conceitos históricos de suas 

análises em diferentes conjunturas. Devem ser planejadas diferenciadas formas de avaliação. Os critérios a 

serem   observados   são:se   os   conteúdos   são   apropriados,   se   o   conceito   de   tempo   foi   elaborado,   se 

empregam conceitos históricos para analisar as diferentes conjunturas históricas, se compreendem que o 

conhecimento histórico é produzido com base na problematização das fontes, se explicitam o respeito à 

diversidade étnico­racial e religioso, se o aluno consegue analisar o passado a partir de questionamentos 

feitos no presente pela análise de documentos históricos. 

Enfim,

  “...deseja­se que ao final do trabalho na disciplina de história, os alunos sejam capazes de  

identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como  

que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de modo a se fazerem também sujeitos da própria  

história.” (DIRETRIZES CURRICULARES, 2006).

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1.6.6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.  Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF, 

1998.

___________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico­Raciais e para 

o Ensino da História e Cultura Afro­Brasileira e Africana. Brasília, 2004.

FONSECA, Selma Guimarães. Didática e prática de ensino de História. SP, Papirus,  2003.

HOBSBAWN, Eric. A Era dos extremos. O breve século XX (1914­1991). Companhia das letras, 2003.

LLOYD, Cristopher. As Estruturas da História. SP, Zahar, 1995.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. SP, Cortez, 14ª Ed, 2002.

OLIVEIRA,  Maria  da  Conceição  Carneiro  de;  FERRAREZI,  Carla  Miucci;  SANTOS,  Andrea  Paula  dos. 

História em Projetos. SP: Ática, 2006.

PARANÁ.  Assembléia  Legislativa  do   Estado  do  Paraná.  Diversidade  Religiosa  e  Direitos  Humanos. 

Curitiba, 2005.

__________.   Secretaria  de  Estado   de  Educação.  Diretrizes  curriculares  de  História  para  o   Ensino 

Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

__________. Currículo básico para a escola pública do Paraná.  Curitiba, SEED, 1990.

PAZZINATO, Alceu. & SENISE, Maria Helena. História Moderna e Contemporânea. Editora Ática, 2002.

RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documentos – Imagem e Texto. SP, FTD, 2ª Ed.

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1.7 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

1.7.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente,   o   processo   de   ensino   de   Língua   Portuguesa   no   Brasil,   iniciou­se   com   a 

educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo 

tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequisar” os indígenas.

Evidenciava­se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o acesso à educação 

letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que os colégios fossem destinados aos filhos da 

elite colonial; tratava­se de uma educação “claramente reprodutivista”.

Quanto   ao   ensino   de   Língua   Portuguesa,   limitava­se   nessa   época,   às   escolas   de   “ler   e 

escrever”, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e 

retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

“A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma­base do ensino, 

entre outras medidas que visavam à modernização do sistema educacional... A Língua Portuguesa passa, 

então, a fazer parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim, seguindo os moldes do ensino de latim”. 

(LUZ­FREITAS, 2004, s/p)

“Somente nas últimas décadas do século XIX a disciplina de Língua Portuguesa passou a 

integrar   os   currículos   escolares   brasileiros.   Até   1869,   o   currículo   privilegiava   as   disciplinas   clássicas, 

sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância.” (LUZ­FREITAS, 2004)

Ainda no final do século XIX, a escola se abria a camadas cada vez maiores da população. Em 

1871, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, data em que foi criado, no Brasil, por 

decreto imperial, o cargo de Professor de Português. Nesse período, o Latim começou a perder prestígio 

com a valorização da língua Nacional.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, 

quando se iniciou, no Brasil um processo de expansão do ensino primário público, a ampliação de vagas e a 

eliminação dos exames de admissão (FREDERICO e OSAKABE, 2004)

“... Com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a frequentar a escola em número 

significativo, falantes de variedades do português muito distantes do modelo tradicionalmente cultivado pela  

escola. Passou a haver um profundo choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes...”  

(FARACO, 1997, p.57)

No rigor do regime militar, não  se  tolerava  uma  prática  pedagógica que visasse  despertar  o 

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espírito crítico e criador dos alunos. A leitura literária era compreendida como subversiva, pois levava o 

sujeito à reflexão e à compreensão de si mesmo e do mundo. 

As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década 

de 70 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas nos meios 

acadêmicos.   Essas   primeiras   leituras   contribuíram   para   fazer   frente   à   pedagogia   tecnicista,   cedendo 

espaços a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade 

fundamental de análise.

É  preciso que a escola  seja  um espaço que promova, por  meio de uma gama de  textos com 

diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – 

sejam de leitura, oralidade e escrita.

O letramento vai além da alfabetização: esta é uma atividade mecânica, que garante ao sujeito o 

conhecimento do código linguístico (codificação e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), 

refere­se ao indivíduo  que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a 

leitura  e   a   escrita,   posiciona­se   e   interage   com  as  exigências   da   sociedade   referente   às   práticas   de 

linguagem, demarcando a sua voz no contexto social.

O domínio da linguagem escrita se dá a partir de uma perspectiva da diversidade linguística, 

em particular da oposição entre a fala e a escrita. Levando em consideração a gramática da oralidade, há 

que se entender as distinções fundamentais da convenção da escrita em relação à fala, a diversidade das 

linguagens   sociais   cotidianas   e   os   aspectos   específicos   que   a   linguagem   padrão   assume   em   sua 

modalidade escrita.

A utilização da língua efetua­se em forma de enunciado (...) cada esfera de utilização da língua  

elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos gênero  

do discurso... A riqueza e a variedade do gênero de   discurso são infinitas, pois a variedade  

virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade elabora seus tipos  

relativamente   estáveis   de   enunciado,   sendo   isso   que   denominamos   gêneros   do   discurso.  

(BAKHTIN, 1997). 

Os alunos precisam desenvolver a competência linguística para interagir na prática social, ou 

seja, o domínio da oralidade, leitura e escrita, que permite ao indivíduo adquirir uma condição resultante das 

mudanças nos aspectos linguísticos, cognitivo, social e político. Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos 

que alicerçam a discussão sobre o ensino da Língua e  Literatura requerem  novos posicionamentos em 

relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos 

professores na construção de alternativas. (DCE).

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Cabe ao educador:  orientar  o  aprimoramento  linguístico  do aluno pelo  uso  da  reflexão da 

linguagem, fazendo com que leia, escreva e fale com eficácia, sabendo assumir a palavra, produzir textos 

coerentes, adequados as diversas situações sociais e aos assuntos tratados.

As relações entre oralidade e escrita devem ser vistas como um constante dinamismo entre as 

práticas sociais e produção de discursos,  analisando contrastes e semelhanças entre os processos de 

produção discursiva e as características da organização dos diferentes discursos orais e escritos.

Produzir   linguagem   significa   produzir   discursos   pluriculturais,   se   valendo   da   existência   do 

plurilinguístico, isto é, a experiência linguística do aluno, se expande da linguagem usual no seu meio para 

as diferentes variedades sociais,  com ênfase à   variedade padrão atual.  A  reflexão sobre variedades é 

essencial para a superação do preconceito linguístico.

1.7.2 OBJETIVOS GERAIS:

→ Produzir  e compreender grande número de textos,   reconhecendo o discurso  intencional, 

analisando o conteúdo, a estrutura e o discurso. Deve ser dado ao aluno a oportunidade de “descobrir” a 

expressão escrita como forma de comunicação, de interlocução;

 Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá­la a cada contexto→  

e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano, desenvolvendo as 

habilidades de expressão oral: falar e ouvir;

 Refletir  sobre os  textos produzidos,   lidos ou ouvidos,   reconhecendo o gênero e  tipo de→  

textos;

 Valorizar  a   literatura  popular  paranaense,  dando ao  aluno  oportunidade  de  conhecer  o→  

folclore e as tradições de seu estado; e a afro­brasileira e indígena como componentes da cultura brasileira, 

conscientizando­os  da  herança  deixada  por   eles,   como  sujeitos   participantes  da  construção   da   nossa 

sociedade.

1.7.3 CONTEÚDOS    

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

5ª SÉRIE/6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS: Adivinhas;  bilhetes;  cantigas de  roda; cartão;  convites; autobiografia; contos;

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fábulas;  histórias em quadrinhos:  narrativas  de  aventura,  narrativas  de   terror;  cartazes;  anúncio;  bulas; 

diário; desenho animado, etc.

∗ Textos diversos que abordem a cultura Afro­brasileira e indígena;

∗ Textos e obras literárias de autores paranaenses.

 LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

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• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

6ª SÉRIE/7º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS:  Bulas; placas; torpedos; regras de jogo; caricatura; músicas; fotos; verbetes; 

cartazes; charge; cartum; paródia; folder; slogan, outodoor, etc.

∗ Textos diversos que abordem a cultura Afro­brasileira e indígena;

∗ Textos e obras literárias de autores paranaenses.

 LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

 ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           138 

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

 ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica.

7ª SÉRIE/8º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS:  Diário; cordel; narrativa de suspense; teatro; novela; reportagem; artigos de 

opinião;   notícias;   crônicas;   contos;   poemas;   receitas;   letras   de   música;   charges;   tiras;   propagandas; 

entrevistas; anúncios/classificados; relatórios

∗ Textos diversos que abordem a cultura Afro­brasileira e indígena;

∗ Textos e obras literárias de autores paranaenses.

 LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           139 

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

­ operadores argumentativos;

­ ambiguidade;

­ sentido figurado;

­ expressões que denotam ironia e humor no texto.

 ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

• Semântica;

­ operadores argumentativos;

­ ambiguidade das palavras;

­ significado das palavras;

­ sentido figurado;

­ expressões que denotam ironia e humor no texto.

 ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           140 

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª SÉRIE/9º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS: Relatórios, biografia, autobiografia, crônicas, debates, carta do leitor, carta ao 

leitor, poesias, paródias, resumos, textos dramáticos, artigos de opinião, depoimentos.

∗ Textos diversos que abordem a cultura Afro­brasileira, africana e indígena;

∗ Obras literárias de autores paranaenses.

 LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica:

­ operadores argumentativos;

­ polissemia;

­ expressões que denotam ironia e humor no texto.

 ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           141 

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica;

­ operadores argumentativos;

­ modalizadores;

­ polissemia.

 ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.  

           

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           142 

1.7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A linguagem é um instrumento indispensável para a aquisição e transmissão de conhecimentos 

em qualquer área do saber. A linguagem é, em última análise, parte integrante da vida dos indivíduos, pois, 

se  por  um  lado  o  domínio  dela   favorece  o  desenvolvimento  do  conhecimento  do  mundo,  por  outro   é 

condição para o exercício da cidadania.

A   metodologia   deve   privilegiar  a   reflexão   dos   alunos   sobre   a   heterogeneidade   linguística, 

analisando suas variantes, já que o falante se apropria da  linguagem  e dos  conhecimentos  em  interações

sociais.   Dessa   forma,   a   leitura   e   a   produção   de   textos   envolvem   a   diversidade   de   tipos   e   gêneros, 

garantindo  a coesão e a  coerência,  habituando­se  à   correção e à   refacção.  Em relação aos  aspectos 

formais  de   língua   (gramática  e  ortografia),   o  ensino  deverá   instrumentalizar  o  aluno,   fixando  o  que   é 

essencial e aproximando­o do que é mais usual, ou seja, priorizando a reflexão sobre a língua para a melhor 

compreensão de suas leituras, para a elaboração de textos claros e de corretos e para expressão oral 

eficiente, em detrimento da abordagem tradicional da gramática que valorizava a nomenclatura.

Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que circulam 

socialmente,   identificando neles  o  não dito,  o  pressuposto,   instrumentalizando­o para  assumir­se  como 

sujeito   cuja   palavra  manifesta,  no   contexto   de   seu   momento   histórico   e   das   interações   aí   realizadas, 

autonomia e singularidade discursiva.

Para BAKHTIN (1992), o enunciado, seja ele constituído de uma palavra, uma frase ou uma 

sequencia de frases – é a unidade de base da língua, é próprio discurso, já é em prática discursiva, como 

espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.

As outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o  

vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as  

formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem) percebendo seu  

chão   comum   (são   todas   práticas   sociais,   discursivas)   e   sua   especificidade   (seu   diferente  

suporte  tecnológico,  seus diferentes modos de composição e de geração de significados).”  

(FARACO, 2002).

Em síntese, o ensino da língua abordará a leitura, a produção de texto e os estudos gramaticais 

sob uma mesma perspectiva de língua, como instrumento de comunicação, de ação e de interação social. 

Nesse sentido, o enfoque, a metodologia e as estratégias de Língua Portuguesa, voltam­se essencialmente 

para um trabalho  integrado de  leitura,  produção de  textos e  reflexão sobre a   língua,  desenvolvida sob 

perspectiva textual e enunciativa.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           143 

ABORDAGEM  TEÓRICO­METODOLÓGICA

5ª SÉRIE/6º ANO

 LEITURA→

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar   textos  verbais  diversos que  dialoguem com não­verbais,  como gráficos,   fotos,   imagens, 

mapas, e outros;

• Relacionar o tema com o contexto atual;

• Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

 ESCRITA→

• Planejar   a   produção   textual   a   partir:   da   delimitação   do   tema,   do   interlocutor,   do   gênero,   da 

finalidade;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhar a produção do texto;

• Encaminhar a re­escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o 

gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os 

personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.);

• Analisar se a produção textual está  coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à 

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduzir,   na   re­escrita,   a   uma   reflexão   dos   elementos   discursivos,   textuais,   estruturais   e 

normativos.

 ORALIDADE→

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           144 

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal 

e informal;

• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando­se dos recursos extralinguísticos, 

como entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, 

programas infanto­juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

6ª SÉRIE/7º ANO

 LEITURA→

• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico;

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar discussões sobre: tema e intenções;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar   textos  verbais  diversos que  dialoguem com não­verbais,  como gráficos,   fotos,   imagens, 

mapas, e outros;

• Relacionar o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) 

e com outros textos;

• Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. 

 ESCRITA→

• Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema do interlocutor, do gênero, da finalidade;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhar a produção do texto;

• Encaminhar a re­escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o 

gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há  o narrador, quem são os 

personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.);

• Analisar se a produção textual está  coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à 

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           145 

• Conduzir,   na   re­escrita,   a   uma   reflexão   dos   elementos   discursivos,   textuais,   estruturais   e 

normativos.

 ORALIDADE→

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal 

e informal;

• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando­se dos recursos extralinguísticos, 

como entonação, pausas, expressão facial e outros.

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, 

programas infanto­juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

7ª SÉRIE/8º ANO

 LEITURA→  

• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar discussões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, 

informatividade, situacionalidade;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar   textos  verbais  diversos que  dialoguem com não­verbais,  como gráficos,   fotos,   imagens, 

mapas, e outros;

• Relacionar o tema com o contexto atual;

• Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigar a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de 

expressões que denotam ironia e humor;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           146 

• Promover a percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes 

e elementos do texto.

   

 ESCRITA→

• Planejar   a   produção   textual   a   partir:   da   delimitação   do   tema,   do   interlocutor,   do   gênero,   da 

finalidade;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhar a produção do texto;

• Analisar se a produção textual está  coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à 

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; 

• Estimular o uso de figuras de linguagem no texto;

• Incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Proporcionar   o   entendimento   do   papel   sintático   e   estilístico   dos   pronomes   na   organização, 

retomadas e sequenciação do texto;

• Encaminhar a re­escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o 

gênero (por exemplo:  se  for uma notícia,  observar  se o  fato relatado é   relevante,  se apresenta 

dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. Jornal), se traz vozes de autoridade, 

etc.);

• Conduzir,   na   re­escrita,   a   uma   reflexão   dos   elementos   discursivos,   textuais,   estruturais   e 

normativos.

 ORALIDADE→

• Organizar   apresentações   de   textos   produzidos   pelos   alunos   levando   em   consideração   a: 

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Propor   reflexões   sobre   os   argumentos   utilizados   nas   exposições   orais   dos   alunos,   e   sobre   a 

utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal 

e informal;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           147 

• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando­se dos recursos extralinguísticos, 

como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Propiciar   análise   e   comparação   dos   recursos   veiculados   em   diferentes   fontes   como   jornais, 

emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.,  a fim de perceber a  ideologia dos discursos dessas 

esferas;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, 

programas infanto­juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE/9º ANO

 LEITURA→  

• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar   discussões   sobre:   tema,   finalidade,   intenções,   intertextualidade,   aceitabilidade, 

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Proporcionar análises para estabelecer a referência textual;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar   textos  verbais  diversos que  dialoguem com não­verbais,  como gráficos,   fotos,   imagens, 

mapas, e outros;

• Relacionar o tema com o contexto atual;

• Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigar o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado;

• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;

• Incentive  a  percepção dos   recursos  utilizados para  determinar   causa  e consequência  entre  as 

partes e elementos do texto;

• Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas.

 ESCRITA→

• Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, da finalidade, intenções,

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           148 

 intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhar a produção do texto;

• Analisar se a produção textual está  coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à 

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; 

• Estimular o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de 

expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto;

• Incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;

• Proporcionar   o   entendimento   do   papel   sintático   e   estilístico   dos   pronomes   na   organização, 

retomadas e sequenciação do texto;

• Encaminhar a re­escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o 

gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há 

relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.);

• Conduzir,   na   re­escrita,   a   uma   reflexão   dos   elementos   discursivos,   textuais,   estruturais   e 

normativos.

 ORALIDADE→

• Organizar   apresentações   de   textos   produzidos   pelos   alunos   levando   em   consideração   a: 

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Propor   reflexões   sobre   os   argumentos   utilizados   nas   exposições   orais   dos   alunos,   e   sobre   a 

utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal 

e informal;

• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando­se dos recursos extralinguísticos, 

como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, 

programas infanto­juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           149 

1.7.5 AVALIAÇÃO

Considerando as características e condições de contexto de produção, ou seja, que saibam 

adequar os recursos expressivos, a variedade de línguas e o estilo às diferentes situações comunicativas, 

sabendo coordenar satisfatoriamente o que se fala ou escreve.

Realizada geralmente no final de um programa ou de um determinado período de tempo, o 

professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados como: avaliações formais, trabalhos em 

grupos e   individuais,  produções  textuais,  apresentações orais,  etc,    selecionados de acordo  com cada 

conteúdo e/ou objetivo, visando a aprendizagem da forma mais adequada para o aluno. Para o professor, 

sobre sua prática educativa, e um instrumento que para o aluno passa tomar consciência de seu progresso, 

dificuldades e possibilidades. Não podemos apresentar aos educandos a avaliação como uma punição, 

mais sim, como uma forma de demonstrar seu aprendizado.

A avaliação deverá ser norteada através de alguns critérios:

5ª SÉRIE/6º ANO

 LEITURA→

     Espera­se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione­se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

 ESCRITA→

     Espera­se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/re­elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:

­ às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

­ à continuidade temática;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           150 

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,  pronome, 

numeral, substantivo, etc.

 ORALIDADE →

     Espera­se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

• Respeite os turnos de fala.

6ª SÉRIE/7º ANO

 LEITURA→

      Espera­se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione­se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

 ESCRITA→

      Espera­se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

­ às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           151 

­ à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,  pronome, 

substantivo, etc.

 ORALIDADE →

      Espera­se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos  dos  colegas de classe  em suas apresentações e/ou  nos  gêneros orais 

trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

7ª SÉRIE/8º ANO

 LEITURA→

      Espera­se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione­se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           152 

• Compreenda   as   diferenças   decorridas   do   uso   de   palavras   e/ou   expressões   no   sentido 

conotativo e denotativo; 

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Conheça   e   utilize   os   recursos   para   determinar   causa   e   consequência   entre   as   partes   e 

elementos do texto.

 ESCRITA→

      Espera­se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

­ às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

­ à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,  pronome, 

substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do 

texto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como 

os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

 ORALIDADE →

      Espera­se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           153 

• Utilize   conscientemente   expressões   faciais   corporais   e   gestuais,   pausas   e   entonação   nas 

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise   recursos   da   oralidade   em   cenas   de   desenhos,   programas   infanto­juvenis,   entrevistas, 

reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE/9º ANO

 LEITURA→

      Espera­se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione­se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda   as   diferenças   decorridas   do   uso   de   palavras   e/ou   expressões   no   sentido 

conotativo e denotativo; 

• Conheça   e   utilize   os   recursos   para   determinar   causa   e   consequência   entre   as   partes   e 

elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

 ESCRITA→

      Espera­se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo:

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           154 

­ às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

­ à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,  pronome, 

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como 

os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

 ORALIDADE →

      Espera­se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize   conscientemente   expressões   faciais   corporais   e   gestuais,   pausas   e   entonação   nas 

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise   recursos   da   oralidade   em   cenas   de   desenhos,   programas   infanto­juvenis,   entrevistas, 

reportagem, entre outros.

A   avaliação   pode   se   resumir   nos   seguintes   fatores:   trabalhos   individuais,   em   duplas   ou 

equipes, testes individuais, participação nas atividades da turma, produção de textos, realizações de tarefas, 

observação dos alunos no desenvolvimento do curso, e práticas orais, preparando assim, o aluno para um 

futuro mercado de trabalho, onde o trabalho em equipe é a característica principal do mesmo.   

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           155 

1.7.6 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, N.L. Gramática Metódica da língua Portuguesa. 38ª ed. São Paulo: Saraiva, 1992.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes: Edições (tradução feita a partir 

do francês), 1997.

BEOZZO, José Oscar. Situação do Negro na Sociedade Brasileira.

Brasil Paraná – Turístico, Ecológico e Cultural – Editare.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.  Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos do 

Ensino Fundamental – Língua portuguesa. Brasília , MEC/SEF, 1998.

CAVALLEIRO,   Eliane   (org).  Racismo  e   anti­racismo  na  educação:   repensando   nossa  escola.  São 

Paulo: Summus, 2001. 

FARACO & MOURA. Língua e Literatura.

HENNIG, G. Metodologia de Ensino de ciências. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.   Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o 

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999.

KOCH, Ivan. Tradicionalismo e folclore na Cultura Alimentar Paranaense.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           156 

1.8 DISCIPLINA: MATEMÁTICA

1.8.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao considerar a Matemática como uma das áreas que compõem o currículo  da escola  do 

Ensino Fundamental constata­se que ela está presente na vida das pessoas. 

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem primitivo,  de 

quantificar,  contar  e   realizar   trocas.  De  fato,  ao  longo  do  processo  de  desenvolvimento histórico,  esse 

conhecimento foi  sendo desenvolvido a partir  das necessidades de sobrevivência,   fazendo com que os 

homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou dos objetos 

por eles manipulados.

A   humanidade,   em   seu   processo   de   transformação,   foi   produzindo   os   conceitos,   leis   e 

aplicações   matemáticas   que   compõem   a   matemática   como   ciência   universal,   um   bem   cultural   da 

humanidade. Sendo organizada por meios de signos, a Matemática torna ­se uma linguagem e instrumento 

importante para resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais dentro de cada contexto. 

Esses   conhecimentos   são   considerados   como   instrumentos   de   compreensão   e   intervenção   para   a 

transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e 

culturais. 

Através   do   conhecimento   matemático,   o   homem  quantifica,   geometriza,   mede   e   organiza 

informações. Assim sendo, é impossível não reconhecer o valor educativo desta ciência como indispensável 

para   a   resolução  e  compreensão   de  diversas  situações   do   cotidiano,   desde   uma  simples   compra   de 

supermercado até o mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.

A   educação   matemática   entendida   desse   modo   tem   como   meta   a   incorporação   do 

conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. O acesso a 

esses conhecimentos em suas respectivas séries é  direito do aluno, na etapa de escolarização que se 

encontra é imprescindível para sua formação. Assim a alfabetização matemática, como processo educativo, 

tem como  função  desenvolver  a   consciência   crítica,  provocando  alterações  de  concepções  e  atitudes, 

permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.

Há necessidade de que o professor se preocupe em discutir/trabalhar com os seus alunos o 

valor científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e 

a prática   (concreta,  plena de atividades explicativas do cotidiano).  Para  isso cabe ao professor  buscar 

diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos seus alunos conceitos 

fundamentais e  conhecimentos  matemáticos  que  lhes  proporcionem  uma  melhor  compreensão  da  sua

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           157 

realidade e da realidade do outro. Segundo PAIS (2001):

O aluno deve ser estimulado a realizar um trabalho voltado para uma iniciação à “investigação  

científica”.  Assim, aprender a valorizar o raciocínio  lógico e argumentativo  torna­se um dos  

objetivos da educação matemática, ou seja, despertar no aluno o hábito de fazer uso de seu  

raciocínio  e  cultivar  o  gosto pela  resolução de problemas.  Não se  trata de problemas que  

exigem  o simples exercício da repetição e do automatismo. É preciso buscar problemas que  

permitam mais de uma solução, que valorizem a criatividade e admitam estratégias pessoais  

de pesquisa. Essa valorização do uso pedagógico do problema fundamenta­se no pressuposto  

de que seja possível o aluno sentir­se motivado pela busca do conhecimento. Seguindo essa  

ideia,   o   trabalho   com   a   resolução   de   problemas   amplia   os   valores   educativos   do   saber  

matemático e o desenvolvimento dessa competência contribui na capacitação do aluno para  

melhor enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. (PAIS, 2001).    

É papel da escola sistematizar o conhecimento matemático ajudando o aluno a refletir sobre a 

vida, revendo a história para compreender o presente e pensar o futuro.

1.8.2 OBJETIVOS GERAIS

Ao longo do Ensino Fundamental espera­se que o aluno consiga:

  Desenvolver   a   capacidade   de   analisar,   comparar,   conceituar,   representar,   abstrair   e→  

generalizar, bem como um pensamento reflexivo que permita a elaboração de conjecturas, a descoberta de 

soluções e a capacidade de concluir;

 Habituar­se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação;→

 Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática associando­a com a→  

linguagem usual;

 Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que→  

vive;

 Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que proporcione a→  

construção de seu aprendizado;

 Associar a Matemática a outras áreas do conhecimento;→

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           158 

  Análise   dos   dados  e   gráficos   de   pesquisas   realizadas,   com  relação   à   composição   da→  

população no Brasil e no Paraná;

 Realização de pesquisas com os alunos, relacionadas à população negra e a relação com o→  

mercado de trabalho no bairro;

 Abordar questões relacionadas ao meio ambiente, às consequências do “progresso” e a→  

destruição irresponsável. O manejo adequado, responsável e orientado;

 Construir uma imagem da Matemática como algo agradável e prazeroso, desmistificando o→  

mito da “genialidade”.  

            

1.8.3 CONTEÚDOS

5ª SÉRIE      

          NÚMEROS E  ÁLGEBRA:→

• Sistema de numeração;

• Números naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

          TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:→

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

 GEOMETRIA:→

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial. 

 GRANDEZAS E MEDIDAS →

• Medida de massa, capacidade, comprimento e tempo;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           159 

• Medidas de área e volume;

• Medida de Ângulo;

• Sistema monetário.

6ª SÉRIE   

           NÚMEROS E ÁLGEBRA:→

• Números inteiros;

• Números racionais;

• Regra de três simples;

• Razão e Proporção;  

• Equações e Inequações de 1º grau.

           TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:→

• Pesquisa estatística;

• Média aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

            GEOMETRIA:→

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Não­Euclidiana.

            MEDIDAS E GRANDEZAS:→

• Medidas de ângulos;

• Medidas de temperatura.

7ª SÉRIE  

 NÚMEROS E ÁLGEBRA:→

• Números irracionais e racionais;

• Potências;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           160 

• Monômios e polinômios;

• Produtos notáveis;

• Sistema de equações do 1º grau.

 GEOMETRIA:→

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometria Não­Euclidiana.

 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:→

• Gráfico e informação;

• População e amostra.

            MEDIDAS E GRANDEZAS:→

• Medida de comprimento;

• Medida de área;

• Medidas de ângulos;

• Medidas de volume.

   

8ª SÉRIE

 → NÚMERO E  ÁLGEBRA:

• Números reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações irracionais;

• Equações biquadradas;

• Regra de três compostas.

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 GEOMETRIA:→

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometria Não­Euclidiana.

 FUNÇÕES:→

• Noção intuitiva de função afim;

• Noção intuitiva de função quadrática.

 → MEDIDAS E GRANDEZAS:

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo. 

            TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:→

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Composto.

1.8.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações “reais” que 

possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse 

saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.

A educação matemática, segundo PAIS (2001):

Deve se iniciar pela vivência do aluno, mas isso não significa que ela deva ser reduzida, ao  

saber cotidiano. No caso da Matemática, consiste em partir do conhecimento dos números, das  

medidas e da geometria, contextualizados em situações próximas do aluno. O desafio didático  

consiste em estruturar condições para que ocorra uma evolução desta situação inicial rumo aos  

conceitos previstos.  Uma  forma de dar  sentido ao plano existencial  do aluno  é  através do 

compromisso com o contexto por ele vivenciado, fazendo com que aquilo que ele  estuda tenha

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           162 

um   significado   autêntico   e   por   isso   deve   estar   próximo   a   sua   realidade.   O   objetivo   da  

aprendizagem escolar não é o mesmo do saber cotidiano. O saber escolar serve, em particular,  

para modificar o estatuto dos saberes que o aluno já aprendeu nas situações do mundo­da­

vida. (PAIS, 2001).

A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para o conhecimento matemático, 

anteriormente fragmentado, seja agora visto em sua totalidade. Daí,  a necessidade do desenvolvimento 

conjunto   e   articulado   das   questões   relativas   aos   números   e   a   geometria,   o   papel   que   as   medidas 

desempenham ao permitir  uma maior aproximação entre a Matemática e a realidade e com relação ao 

tratamento da informação, fazer com que o aluno venha a construir procedimentos para coletar, organizar, 

comunicar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente em seu dia­

a­dia. De acordo com BICUDO (2004):

(...) as grandes informações de ordem científica e tecnológica que vêm ocorrendo na sociedade  

moderna,  sobretudo nos sistemas de  informação e comunicação,  garantem ao homem um 

volume   incalculável   de   informações   dos  mais   variados   tipos,   com  facilidade   e   rapidez  no  

acesso a elas e, principalmente, possibilidades concretas de manipulação dessas informações.  

Daí o crescente interesse pelo processo de ensino e aprendizagem da Estatística nas últimas 

décadas do século passado. Esse interesse é justificável, pois através do desenvolvimento do  

raciocínio   estatístico   tem­se   uma   maneira   própria   de   organizar   e   analisar   informações,  

possibilitando a compreensão de sua estrutura e interpretações adequadas. (BICUDO, 2004).

É  necessário  ter sempre presente que embora os conteúdos estruturantes  tenham as suas 

especificidades, eles não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter­relação entre números, 

operações   e   álgebra,   geometria,   medidas   e   tratamento   da   informação   que   as   ideias   matemáticas   e 

vocabulário matemático ganham significado.

  Números,   operações   e   álgebra:   Através   de   uma   abordagem   por   meio   de   noções   de→  

classificação e seriação,  que permitem ao  aluno estabelecer   relações entre  agrupamentos,  perceber  a 

inclusão de classes,  compreender as bases de contagem,  a  sucessão de números,  a  conservação de 

quantidades,   onde   o   aluno   possa   registrar   estes   saberes   por   meio   da   linguagem   matemática.   A 

decomposição de um número, com o arranjo aditivo e multiplicativo, a separação em ordens e classes, a 

leitura e a escrita de números com o seu valor posicional associado aos recursos de memorização das 

tabuadas facilitam e agilizam os processos mentais de cálculo.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           163 

Propõe­se o estudo dos números no campo da aritmética,  na resolução de problemas e a 

investigação de situações concretas, assim como o trabalho com as operações, ressaltando a importância 

de   compreender   as   várias   ideias   envolvidas   numa   mesma   operação,   as   relações   existentes   entre   as 

operações   (adição;   subtração;   multiplicação;   divisão;   adição   e   subtração;   multiplicação   e   divisão; 

multiplicação   e   adição;   divisão   e   subtração...)   e   os   conteúdos   específicos   (operações   inversas; 

proporcionalidade...).

Os   conjuntos   numéricos   se   ampliam   para   o   pensamento   algébrico,   quando   estimulado   o 

raciocínio, proporcionando estabelecer relações entre operações com números e operações lineares. Na 

passagem da aritmética para a álgebra, acontece a ampliação das possibilidades de argumentar e resolver 

problemas.

 Medidas: Analisar historicamente a necessidade de medir e de um sistema padrão, devido→  

às relações sociais e econômicas. Estender os conceitos de medir, percebendo a ligação entre número e 

geometria,  explorando e  trabalhando situações problema no cotidiano, estendendo para situações mais 

abrangentes, surgindo a necessidade e o uso de números grandes e pequenos, conduzindo ao uso de 

potências e das frações (números decimais).

No trabalho com as unidades de tempo, perceber que as unidades “padrão” são de suma 

importância para: ordenar fatos e acontecimentos; duração dos intervalos temporais. Da mesma forma, o 

uso e a aplicação do sistema monetário e sua influência.

 Geometria:  Analisar situações vivenciadas pelos alunos, com objetos conhecidos (bolas,→  

caixas,  etc),  para produzir  definições  (formas,  semelhanças e diferenças),  de modo a situar,  analisar  e 

perceber para, então, representar, concluindo as propriedades dos objetos. Portanto, ao resolver problemas, 

é necessário olhar, avaliar, interpretar, discutir, questionar e compreender limites e valores estabelecidos,  

vivenciar a riqueza das experiências nos pensamentos e atitudes.

Associar as figuras planas aos sólidos que as originaram. Induzir à visão espacial dos objetos, 

sem prejuízo da diferenciação entre  sólido  e  plano,  entre  objeto  e   representação.  Ao utilizar  materiais 

(caixas, montar e desmontar; tangran; massa de modelar) o aluno explora e reconhece o espaço e localiza­

se no plano. Conceitos como a congruência e semelhança de figuras são fundamentais.

 Tratamento da Informação: Coletar, organizar, interpretar e analisar dados são informações→  

que estão presentes no dia­a­dia das pessoas, uma vez que estão nos diferentes meios de comunicação e 

vêm acompanhadas de listas de dados, tabelas e gráficos.

Sendo   assim,   é   fundamental   conhecer   fundamentos   básicos   que   permitam   a   leitura   e   a 

interpretação de tabelas, gráficos e dados estatísticos, bem como a construção destes a partir de textos, 

percebendo as regularidades e irregularidades no contexto científico­social.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           164 

Os   conceitos   são   apresentados,   discutidos,   construídos   e   reconstruídos,   influenciando   na 

formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias, 

dando subsídios para que o aluno possa construir  seus próprios  instrumentos para resolver problemas, 

estar preparado para receber estes problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, 

projetar e transcender o seu conhecimento. Para isso, o professor deve levar em consideração no seu plano 

de   trabalho   as   diversas   tendências   metodológicas,   como   resolução   de   problemas,   etno   matemática, 

modelagem matemática, uso de mídias tecnológicas e a História da Matemática.

1.8.5 AVALIAÇÃO

Na tarefa de avaliar é preciso identificar: para que avaliar, como e o que avaliar. Assim, ela não 

pode ser nem classificatória, nem punitiva, pois seu objetivo não se esgota na constatação de pontos fracos 

e   fortes  de  todo o ambiente escolar.  Ensejar  ações  futuras,  sinalizar  para  novas conquistas.  Assim,  a 

avaliação existe para melhorar a cada dia a prática educacional, devendo ser coletiva e democrática, onde 

todos participam direta ou indiretamente do processo educativo.

É importante que o professor insista para que os alunos explicitem os procedimentos adotados 

e que expliquem de forma oral e/ou escrita as suas afirmações, na solução de situações propostas, sendo, 

dessa forma, o professor um mediador no processo pedagógico, pois é com as tentativas e erros do aluno 

que se constrói a aprendizagem e a avaliação.

Através da observação, intervenção, revisão, busca­se os diversos métodos, inclusive por meio 

de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computadores e calculadoras.

Sendo   assim,   o   professor   deve   considerar   na   avaliação   os   registros   escritos   e   as 

manifestações orais dos alunos, as diferentes formas de raciocínio e de cálculo, as ideias e os caminhos 

para a resolução, devendo­se levar em conta: os porquês deste ou daquele caminho usado; os conceitos 

aplicados; conduzir o aluno ao raciocínio com base no que os alunos relatam, aprofundar os conceitos não 

apreendidos; se o processo é mecânico ou há o uso da lógica.

A avaliação existe para melhorar a cada dia a prática educacional, devendo incluir a complexa 

relação do aluno com o conhecimento e o raciocínio matemático.

Ela   deve   servir   como   instrumento   de   diagnóstico   do   processo   de   ensino­aprendizagem, 

oferecendo elementos para  uma revisão de  postura de  todos  os componentes desse  processo   (aluno­

professor­conteúdo­metodologia­instrumento de avaliação),  privilegiando as relações entre os conteúdos: 

números, operações e álgebra; medidas; geometria; tratamento da informação.

A avaliação, cujos instrumentos serão provas, trabalhos em classe e extraclasse, trabalhos em 

grupo, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente,  o  desenvolvimento  do  aluno,  servirá

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           165 

como um diagnóstico do processo, que irá  nortear os novos rumos do trabalho e será  um suporte para 

verificar a necessidade de uma nova metodologia ou de um processo de recuperação, buscando as causas 

do fracasso e/ou as possíveis falhas e distorções observadas ao longo do processo.

Para tanto, alguns critérios devem ser considerados pelo professor para que a avaliação ocorra 

de maneira eficiente e produtiva:

• Conhecer os diferentes sistemas de numeração;

• Identificar os conjuntos numéricos, comparando e reconhecendo seus elementos;

• Realizar as operações fundamentais com números naturais, inteiros, racionais e reais;

• Expressar matematicamente, oral ou por escrito, situações problema que envolvam as operações;

• Compreender os princípios aditivo e multiplicativo como propriedade da igualdade e desigualdade;

• Compreender a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a 

proporção como uma igualdade entre duas razões;

• Reconhecer sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;

• Compreender o conceito de incógnita;

• Compreender o objetivo da notação científica e sua aplicação;

• Compreender, identificar e reconhecer o número  como um número irracional;

• Identificar monômios e polinômios e efetua suas operações;

• Utilizar regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas;

• Operar com expoente fracionário, bem como aplicar suas propriedades;

• Extrair raiz;

• Identificar uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;

• Determinar as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;

• Identificar e resolver equações irracionais e biquadradas;

• Utilizar a regra de três em situações­problema;

• Reconhecer e compreender os diversos sistemas de medidas;

• Calcular perímetro, área e volume de figuras, usando unidades de medida padronizadas;

• Reconhecer e classificar ângulos, bem como fazer uso do transferidor e esquadros para medi­los;

• Identificar ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal;

• Relacionar o sistema monetário brasileiro com os demais sistemas mundiais;

• Calcular o comprimento da circunferência e polígonos;

• Calcular área de polígonos e círculo;

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• Conhecer e aplicar as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

• Utilizar o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;

• Reconhecer sólidos geométricos em sua forma espacial e planificada, identificando seus elementos;

• Reconhecer   triângulos semelhantes,   identificar  e  somar  seus  ângulos   internos e  dos  polígonos 

regulares;

• Reconhecer o sistema de coordenadas cartesianas, marcar pontos, identificar pares ordenados;

• Reconhecer semelhança entre figuras;

• Compreender e aplicar os critérios de semelhança de triângulos;

• Aplicar o Teorema de Tales em situações­problema;

• Compreender noções topológicas, reconhecer fractais;

• Identificar, interpretar e construir os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, bem como 

fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;

• Resolver problemas que envolvam porcentagem e juros;

• Calcular média aritmética e moda de dados estatísticos;

• Desenvolver o raciocínio combinatório por meio de situações­problema que envolvam contagem, 

aplicando o princípio multiplicativo;

• Descrever espaço amostral de um experimento aleatório;

• Calcular as chances de ocorrência de um determinado evento;

• Expressar a dependência de uma variável em relação a outra;

• Reconhecer   função   afim   e   quadrática   e   suas   representações   gráficas,   bem   como   analisar 

graficamente essas funções.

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1.8.6 REFERÊNCIAS

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e outro. Educação Matemática: Pesquisa em Movimento. São Paulo: 

Cortez, 2004.

__________.Pesquisa   em   Educação   Matemática:   Concepções   &   Perspectivas.  São   Paulo: 

UNESP,1999.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª ed. São Paulo, 2002. 

PAIS,Luiz Carlos. Didática da Matemática: uma análise da influência francesa. Belo Horizonte:Autêntica, 

2001. (Coleção Tendências em Educação Matemática).

PARANÁ.  Secretaria  de Estado da Educação.  Diretrizes Curriculares  de  Matemática para  o  Ensino 

Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

___________. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

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1.9 DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

1.9.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“(...)   ao  aprender  uma  língua estrangeira   (...)  eu adquiro  procedimentos  de  construção de  

significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna. (...) quantas mais línguas  

eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e  

transformá­lo.” (JORDÃO, 2004, p. 164).

Ao   ensinar   uma   Língua   Estrangeira,   não   estamos   simplesmente   ensinando   um   código 

linguístico transparente e neutro, dissociado dos processos de construção de identidades, dos contextos de 

atuação   de   nossos   alunos.   Estamos   sim,   ensinando­os   a   perceber   possibilidades   de   construção   de 

significados, a elaborar procedimentos interpretativos e a construir sentidos do e no mundo.   

A Língua Estrangeira não é apenas uma matéria, e sim, um artefato de cultura. E é isso que 

nós, educadores, devemos transmitir para nossos educandos, e essa transmissão poderá ocorrer através de 

gestos, gravuras, fotos, simulação, ou seja, tudo aquilo que possa facilitar a compreensão.

A dificuldade de conscientizá­los disso é  uma  tarefa difícil,  pois   já  existe um conceito pré­

estabelecido em relação à Língua Estrangeira, tanto pelos alunos quanto por aqueles que desenvolvem o 

currículo escolar (sempre optando pelo modo gramatical).

Para   que   possamos   fugir   desse   pré­conceito,   devemos   propor   fazer   da   aula   da   Língua 

Estrangeira  um espaço para que o aluno  reconheça e compreenda a diversidade cultural,   levando­o a 

interagir com o conteúdo, fazendo­o questionar sobre a importância da Língua Estrangeira, tanto para sua 

comunidade, quanto para seu crescimento cultural, intelectual, profissional e pessoal. 

A   língua   estrangeira   também   pode   ser   propiciadora   da   construção   das   identidades   dos 

educandos como cidadãos, ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas 

línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama  internacional,   favorecendo  ligações entre a 

comunidade local e mundial.

Embora   a   aprendizagem  de   língua   estrangeira   também  possa   servir   como  um  meio   para 

progressão no trabalho e estudos posteriores, ela pode ser vista principalmente como constituidora das 

identidades dos educandos como agentes críticos e transformadores, o que implica na superação da visão 

da língua apenas como meio para se atingir fins comunicativos. 

Deve­se entendê­la não só como um instrumento de informação, mas sim como um transporte 

para o conhecimento, não limitando os alunos a sua comunidade e sim colocá­los em contato com outras 

formas de ser e de conhecer, com outras representações de mundo. É  importante ainda, possibilitar ao 

educando um entendimento da língua estrangeira em situações diversas, fazê­lo entender os significados 

para um bom entendimento, isso faz com que o aluno tenha consciência  do  que  ele  está  aprendendo  em

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           169 

sala, dando o devido valor ao seu aprendizado.

Decorre daí a  importância para a formação da cidadania, sendo a cidadania constituída de 

atitudes, sentimentos, e predisposições para o agir. A aprendizagem sobre a vida cidadã acontece a todo o 

momento, no interior da escola e da sala de aula, através de práticas de participação, ou seja, baseada em 

um ensino que não esteja centrado no professor. A aula de Língua Estrangeira pode ser um espaço para 

desenvolvimento de atitudes cidadãs quando inclui tarefas que envolvam colaboração, temas do cotidiano 

que requerem diferentes pontos de vista, avaliação crítica das diversas fontes de informação, participação 

ativa dos alunos na interpretação de textos, e na exploração de modos alternativos de resolver problemas. 

Assim,   estamos   possibilitando   aos   educandos   vivenciar   temas   polêmicos,   históricos,   políticos,   sociais, 

fazendo com que tomem consciência da realidade em que vivem ao entrar em contato com vários discursos. 

Com  isso,  o  aluno  está  aprendendo  não  somente  uma   língua  estrangeira,  mas  sim,   interagindo  e  se 

informando sobre o mundo. 

Envolver o aluno na matéria é um ponto de extrema importância, pois dessa forma ele/ela estará 

participando do seu próprio aprendizado, tendo responsabilidades ao envolver­se com as práticas escolares, 

quebrando assim o mito de que a Língua Estrangeira é uma prática inútil. 

Salienta­se que o número de alunos em sala de aula é um fator a ser estudado, pois para um 

bom desenvolvimento do trabalho, a redução desse número de alunos é um dos pontos principais.

“Todo sujeito que fala uma língua dada é qualquer momento capaz de emitir espontaneamente  

ou de perceber e compreender um número infinito de frases que, na maior parte, nunca pronunciou nem  

ouviu antes.” (apud, GENOUVRIER & PEITARD, 1985, p.199).

                     1.9.2 OBJETIVOS GERAIS

 Instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a Língua Estrangeira em situações→  

de comunicação oral e escrita;

 Propiciar ao educando a chance de fazer uso da língua que está aprendendo em situações→  

significativas;

  Proporcionar   consciência   sobre   a   Língua   Estrangeira   e   sua   possibilidade   na   interação→  

humana;

 Propiciar a compreensão e reconhecimento da diversidade cultural;→

 Compreender a presença de Língua Estrangeira na sociedade brasileira e a diversidade→  

linguística nacional;

 Compreender textos diversos (orais e/ou escritos), apropriados para sua faixa etária;→

 Reconhecer as condições de produção e interpretação de textos de diferentes gêneros;→

 Produzir mini textos (orais e/ou escritos) para situações de comunicação relevantes ao seu→  

contexto;

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  Engajar­se   em   situações   de   comunicação   que   possibilitem   falar   sobre   si   mesmo   e→  

compreender pontos de vista de seus interlocutores;

 Refletir sobre os temas do cotidiano referente aos assuntos a serem abordados (apropriados→  

a cada faixa etária), com o objetivo de formar a consciência crítica e despertar a cidadania do aluno.

1.9.3 CONTEÚDOS

 CONTEÚDO ESTRUTURANTE:→

­ Discurso como prática social (por meio da leitura, da oralidade e da escrita).

 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS→

­ Diversos gêneros discursivos, além de elementos linguístico­discursivos.

5ª SÉRIE

→  LEITURA (READING)

•  Identificação do tema, do argumento principal;

•  Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

• Leitura de história;

• Compreensão de texto afro­brasileiro e africano;

• Livros: didáticos e literários;

• Vocabulário;

• Contexto histórico e cultural;

• Tipologia textual.

→  ORALIDADE (SPEAKING)

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diversos países;

• Seleção de discursos de outros como: entrevistas, descrição de pessoas, hábitos, rotinas e lugares;

• Leitura de textos sobre o meio ambiente.

→  ESCRITA (WRITING)

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;

• Clareza de ideias;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           171 

• Produção de mini texto: narrativa, descritivo e informativo;

• Discussão sobre o tema a ser produzido: o meio ambiente;

• Histórias em quadrinhos;

• Bilhetes;

• Cartas.    

                    

→OUVIR (LISTENING)

• Musicalidade;

• Diálogos;

• Leituras de cartas.

→ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Coesão e coerência;

• Função   dos   pronomes,   artigos,   numerais,   adjetivos,   palavras   interrogativas,   substantivos, 

preposições, verbos, concordância verbal e nominal, e outras categorias como elementos do texto;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário: profissões, famílias, animais e meios de transporte;

• Uso do verbo “to be” (formas afirmativas, interrogativas e negativas);

• Presente Simples (formas afirmativas, interrogativas e negativas);

• Pronomes pessoais e possessivos;

• Pronome de tratamento;

• Numerais;

• Adjetivos;

• Cores;

• Artigos;

• Substantivos;

• Preposições;

• Presente contínuo;

• Alfabeto.

6ª SÉRIE

→LEITURA (READING)

• Identificação do tema, do argumento principal; 

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

• Linguagem não­verbal;

• Compreensão de texto afro­brasileiro e africano;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           172 

• Livros didáticos, literários, contos, crônicas, piadas e poemas;

• Tipologia textual.     

 

→ORALIDADE (SPEAKING)

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto: midiáticos;

• Particularidade de pronúncia da língua estudada em diferentes países;

• Finalidade de texto oral: música, provérbios;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Narrativas.

→ESCRITA (WRITING)

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;

• Paragrafação;

• Clareza de ideias;

• Interpretação de textos: narrativos, cartas;

• Tipologia textual: descritivo;

• Mudança climática;

• História do Paraná;

• Cultura afro­brasileira e africana. 

              

→ANÁLISE LINGUÍSTICA:

• Coesão e coerência;

• Função   dos   pronomes,   artigos,   numerais,   adjetivos,   palavras   interrogativas   (wh   –   questions), 

substantivos (uncountable and countable nouns); 

• Preposições;

• Comparativos;

• Verbos (Presente simples, passado simples).

7ª SÉRIE

→LEITURA (READING)

• Identificação do tema, do argumento principal do secundário;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

• Linguagem não­verbal;

• Valorização e o respeito a outras culturas;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           173 

• Reportagem; slogan, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog;

• Texto publicitário, literários, narrativos, internet, etc;

• Interpretação de textos, músicas, contos, histórias diversas, dramatização.

→ORALIDADE (SPEAKING)

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

→ESCRITA (WRITING)

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;

• Clareza de ideias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

• Textos descritivos, literários, publicitários, informativos;

• Verbos regulares e irregulares.      

→ANÁLISE LINGUÍSTICA   

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, substantivos contáveis e incontáveis;

• Falsos cognatos, conjunções e outras categorias como elementos do texto;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

 

8ª SÉRIE

→LEITURA (READING)

• Identificação do tema, do argumento principal e do secundário;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte;

• Intencionalidade e intertextualidade do texto;

• Linguagem não­verbal;

• Realização de leitura não linear dos diversos textos;

• Compreensão de textos diversos;

• Músicas;

• Contexto histórico e Cultura Afro­brasileira;

• Crônicas;

• Lendas;

• Poemas;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           174 

• Classificados;

• Entrevistas;

• Charges;

• Tiras;

• Palestras.

→ORALIDADE (SPEAKING)

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Particularidade de pronúncia da língua estudada em diferentes países;

• Finalidade do texto oral;     

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Prática oral do idioma;

• Diálogos;

• Músicas;

• Dramatização;

• Jogos;

• Mímicas;

• Pronúncia;

• Adivinhação;

• Análise de texto;

• Piadas;

• Folhetos

• Lendas;

• Fábulas;

• Reportagem.

→ESCRITA (WRITING)

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;

• Paragrafação;

• Clareza de ideias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

• Interpretação de texto;

• Entrevista;

• Vocabulário;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           175 

• Contexto histórico e cultural;

• Compreensão de texto;

• Crônica;

• Lendas;

• Poemas;   

• Debates;

• Folhetos;

• Biografia;

• Artigos de opinião.

→ANÁLISE LINGUÍSTICA

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos;

• Adjetivos;

• Numerais;

• Preposições;

• Advérbios;

• Locuções Adverbiais;

• Conjunções;

• Verbos;

• Palavras interrogativas;

• Substantivos (contáveis e incontáveis);

• Falsos cognatos;

• Discurso direto e indireto;

• Voz passiva;

• Verbos modais;

• Concordância verbal e nominal;

• Orações Condicionais;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Caso genitivo;

• Grau comparativo e superlativo;

• Sufixo e prefixo. 

Os elementos acima descritos referem­se ao  inter­discurso e ao intra­discurso, nos quais o 

sentido da enunciação se cruzam com outros dizeres que residem na memória dos sujeitos e que, portanto,  

constroem sentidos. As formas linguísticas serão tratadas de modo contextualizado. 

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1.9.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O envolvimento do aluno na matéria e a abordagem de temas do cotidiano são os fatores que 

vão definir o procedimento metodológico, pois estão interligados. com isso, as práticas discursivas (leitura, 

oralidade e escrita) serão baseadas nesses fatores, salientando que o aluno é parte integrante do processo 

e   deve   ser   considerado   como   agente   ativo   da   aprendizagem.   sendo   assim,   o   ensino   não   pode   ser 

considerado apenas  transmissão de conhecimento,  e sim um acontecimento nas  interações sociais.  de 

acordo  com esta  perspectiva,  os  alunos  poderão ser  envolvidos  em  tarefas  diversificadas,  que  exijam 

negociação de significados; onde poderá ser privilegiada uma ou mais das habilidades linguísticas (ler, falar, 

ouvir, escrever). lembrando que as formas linguísticas serão tratadas de modo contextualizado. em todas as 

turmas serão utilizadas as expressões escrita e oral/auditiva,  sendo:  leitura de  textos;  compreensão de 

textos;   produção   de   mini   textos,   diálogos;   entrevistas;   apresentações;   músicas;   poesias;   debates; 

argumentações; narração de fatos; anúncios e propagandas.

Durante o trabalho prático, os alunos aprenderão a analisar e se interessar pela leitura de livros 

com   textos   simplificados   (informativos,   históricos,   publicitários,   literários,   instrucionais,   argumentativos, 

humorísticos, correspondência informal e outros), bem como se habituar à consulta de dicionários. Assim, 

durante todo o processo de ensino, a busca por abordagens metodológicas deve privilegiar e facilitar a 

aprendizagem e o desenvolvimento, buscando, de forma crítica, o domínio dos conteúdos selecionados para 

tal.

1.9.5 AVALIAÇÃO

“O objetivo da avaliação é intervir para melhorar.” (LUCKESI).

De forma contínua a avaliação deverá ser responsável por desenvolver no aluno uma atitude 

crítica de seu aprendizado. Ela não começa e nem termina na sala de aula, é um processo diário, em que  o 

professor ajuda­o a construir seu próprio aprendizado. O aluno tem papel fundamental nisso, terá que ser 

participativo, terá que ter consciência de construir sua aprendizagem, o que ainda precisa construir e o que 

precisa melhorar.

A avaliação é uma ação pela qual o professor acompanha a construção do conhecimento do 

aluno, sendo contínua e sistemática afim de possibilitar o direcionamento da prática de sala de aula, com 

vistas à consecução dos objetivos propostos. A principal função é ser agente integradora nos processos de 

ensino e aprendizagem, devendo subsidiar o professor em seu trabalho, para que ele possa estabelecer os 

critérios técnicos de suas ações, não de forma aleatória, mas com uma postura que se fundamenta no 

conjunto de princípios ético­político. A avaliação possibilita à escola a identificação de pontos críticos e a 

definição de prioridades nas ações educacionais; ao aluno, uma tomada de consciência de suas conquistas,

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           177 

das dificuldades encontradas e de possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de 

aprender.   De  acordo  com  essa   concepção,   dependendo   de  quem  avalia   esse  processo,   tem  funções 

diferenciadas, cabendo ao professor avaliar o currículo e a mediação, possibilitando mudanças no processo 

de ensino; avaliar o aluno e a aprendizagem, permitindo o redirecionamento na forma de mediação aluno­

conhecimento. E ao aluno, ante­avaliar sua aprendizagem para ir melhor se situando no tempo em relação a 

sua evolução, verificando seus avanços e ganhos, e percebendo suas dificuldades perdidas no processo; 

tomar consciência, em termo de metacognição, desenvolvendo um trabalho de reflexão sobre seu processo 

de construção do saber; realizar um trabalho de síntese do conhecimento e habilitar­se ao uma cultura 

escolar  centrada  nas  avaliações escritas.  É   certo  que  é   praticamente   impossível  verificar  se   todos  os 

objetivos foram alcançados ao final de cada bimestre com uma simples avaliação escrita, pois eles são 

numerosos. Então, por que não avaliar também os resultados de cada estratégia desenvolvida em sala de 

aula? A avaliação constante permite identificar falhas durante o processo e retornar determinado conteúdo, 

trabalhando­o de outra maneira.

Quais os critérios de avaliação? Participação total do aluno no seu desenvolvimento escolar; 

diálogos,   debates,   transformar   e   trazer   o   cotidiano   do   aluno   para   a   sala   de   aula,   questionando­o, 

respondendo­o, realização de trabalhos em grupos/equipes e  individuais, participação nas atividades da 

turma,   interpretação   de   textos,   produção   de   textos,   realização   de   tarefas,   observação   dos   alunos   no 

desenvolvimento das aulas e práticas orais.

Lembrando que o trabalho em equipe, além de ser um método de avaliação, proporciona ao 

educando uma aprendizagem, onde aprende a ouvir, discutir, debater, obter uma auto­crítica, a se relacionar 

com o próximo, preparando assim o aluno para um futuro mercado de trabalho, onde o trabalho em equipe é 

a característica principal.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os critérios decorrem dos conteúdos, isto é, uma vez selecionados os conteúdos essenciais 

que   serão   sistematizados   cabe   ao   professor   definir   os   critérios   que   serão   utilizados   para   avaliar   o 

conhecimento do aluno.

Visando os seguintes critérios:

→ LEITURA (READING)

• Emite opiniões a respeito do que leu;

• Responde e comenta sobre o texto estudado;

• Identifica diferenças entre os variados gêneros textuais;

• Localiza informações explícitas no texto.   

   

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      → ORALIDADE (SPEAKING)

• Estabelece diálogo coerente utilizando a pronúncia e a entonação do idioma em estudo;

• Expressa o idioma estrangeiro de forma simples;

• Utiliza a linguagem oral associada ou não à linguagem corporal, com o processo de interlocução 

como objetivo de ser bem compreendido;

• Lê  em voz alta  utilizando­se da pronúncia  e  entonação correta  do   idioma em estudo para  ser 

compreendido;

• Compreende o objetivo e a intencionalidade do autor no texto escrito.

 → ESCRITA (WRITING)

• Apresenta clareza de ideias;

• Adequa o conhecimento adquirido à norma padrão;

• Percebe que a pronúncia e a escrita de palavras da língua estrangeira são diferentes em relação à 

língua materna;

• Escreve frases ou pequenos parágrafos relatando a respeito de seu cotidiano, ainda que baseado 

em modelos, de forma que os textos apresentem coerência e sequencia lógica;

• Compreende o objetivo e a intencionalidade do autor no texto escrito;

• Escreve textos com o objetivo de ser bem compreendido no processo de interlocução.

→ OUVIR (LISTENING)

• Seleciona entrevista, cena de desenhos, recortes de filmes;

• Identifica a existência de palavras, frases e expressões provenientes de outros idiomas usados no 

cotidiano;

• Compreende que o significado das palavras pode variar conforme o contexto em que são utilizados;

• Amplia o vocabulário.

              

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           179 

1.9.6 REFERÊNCIAS

GENOUVRIER, Emile & PEYTARD, Jean. Linguística e ensino do português. Coimbra, 1985.

JORDÃO, C. M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.

LIBERATO, W. English in formation.  São Paulo: FTD, 2005.

LUCKESI, C.C.  Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MARQUES, A. New Password: Read and Learn. São Paulo: Ática, 2002. 

PARANÁ.  Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental.  Secretaria de 

Estado da Educação. Superintendência de Educação\Departamento de Ensino de 1º grau. Curitiba, 2009.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           180 

2. PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

2.1 DISCIPLINA: ARTE

2.1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Arte passou por várias discussões a respeito de sua dimensão histórica, desde o 

período Colonial até a atualidade, passando do culto à beleza clássica, com a reprodução de cópias de 

obras consagradas,  ao currículo  centrado nas  técnicas e artes manuais;  ao direcionamento centrado  à 

produção. Chegando ao enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade da Escola Nova, com a 

Metodologia Triangular do fazer crítico, a apreciação e o conhecimento histórico.

Conseguindo a obrigatoriedade do Ensino da Arte nas escolas de Educação Básica, e a busca 

efetiva de uma transformação neste Ensino como área de conhecimento, (não meramente como meio de 

destaque de dons  inatos,  mas sim, a Arte como construção do conhecimento), que se efetiva na inter­

relação   de   saberes   concretizados   na   experiência   estética,   por   meio   da   percepção,   da   análise   e   da 

criação/produção e contextualização histórica. 

Considerando   a   Arte   como   fruto   da   percepção,   da   necessidade   de   expressão   e   da 

manifestação da capacidade criadora humana, foram produzidas novas maneiras de ver e sentir, que são 

diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.

E neste consenso, o Currículo do Ensino Médio deve ser organizado de forma com que o aluno 

tenha acesso ao conhecimento sistematizado da Arte, tendo a possibilidade de fazer as relações com o 

conhecimento de outras áreas, abrangendo o conhecimento em Arte produzido pela humanidade.

É importante considerar que nos conceitos sobre cultura esteja presente o fator de constante 

transformação. Cada cultura possui a sua lógica. A esse respeito, SANTOS afirma que:

Cultura diz respeito à humanidade como um todo, e ao mesmo tempo a cada um dos povos,  

nações, sociedades e grupos humanos. (...) Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a  

qual   devemos   procurar   conhecer   para   que   façam   sentidas   as   suas   práticas,   costumes,  

concepções e as transformações pelas quais estas passam. (...) Entendido assim, o estudo da  

cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e  

dignidade nas relações humanas. (SANTOS, 1987, p. 8­9).

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           181 

Nosso   país   é   marcado   por   diferenças   regionais,   diversas   formas   de   organização   social, 

econômica e cultural.

Desta   forma,   pode­se   considerar   que   a   área   de   Arte   possui   inúmeras   possibilidades   de 

desencadear  o  processo  de autoconhecimento,  o  qual  pode referir­se  a  diferentes   linguagens como:  a 

música, a dança enquanto movimento estético, o teatro, a plástica, com condições de propiciar um elevado 

nível de percepção, bem como estimular a imaginação e respeitar o potencial criativo de cada ser humano.

A Arte não é mera cópia da natureza ou dos objetos culturais. Ela expressa uma determinada 

visão de pessoas e de realidade. Através dela, a pessoa exterioriza­se, se conhece, dá­se a conhecer, 

socializa­se, enfim, faz a sua história.

A Arte deve ser considerada como integrada a cultura de um povo, pois retrata elementos do 

meio visual e expressa sentimentos. Desta forma, a Arte não é algo isolado das atividades humanas. Ela 

está presente em tudo o que faz parte de nossa vida. Trata­se de uma manifestação individual de retorno ao 

coletivo, porém, pretende­se mencionar a Arte que capacita o homem para entender a realidade e ajudar a 

transformá­la.

A   princípio,   os   conteúdos   selecionados   pelo   professor   podem   estar   relacionados   com   a 

realidade do aluno e com a realidade local. Nesta seleção, o professor poderá considerar os artistas, as 

produções  artísticas   e  os  bens  artísticos   culturais   da   região,   bem  como  outras   produções  de   caráter 

universal.

Naturalmente,   cada   pessoa   possui   raízes   culturais   ligadas   à   herança,   à   memória   étnica,  

constituídas por  estruturas,   funções  e  símbolos,   transmitidas  de  geração  em geração,  por  

longos e sutis processos de socialização. É óbvio também que cada indivíduo, antes de poder  

decidir sua própria proposta de vida, se encontra imerso na imanência de sua comunidade, nas  

coordenadas que configuram o pensar, o sentir e o agir legítimo em seu grupo humano. Mas  

cada vez se torna mais evidente que a herança social que cada indivíduo recebe, desde seus  

primeiros   momentos   de   desenvolvimento,   já   não   se   encontra   constituída   primordial   nem 

prioritariamente  por   sua   cultura   local.  Os   influxos   locais,   ainda   importantes,   se  encontram  

substancialmente mediatizados pelos interesses, expectativas, símbolos e modelos de vida que  

se transmitem através dos meios telemáticos. (GOMES, 2001, p. 13).

No processo de ensino de Arte, trabalha­se, sobretudo, com as linguagens não­verbais, ou 

seja, aquelas que não são constituídas de palavras, Como linguagens não verbais temos formas, volumes, 

planos, cores, luzes, gráficos, movimentos, sons, olhares, gestos, acontecimentos. Como verbais temos as 

palavras, porém, ambas as linguagens caminham paralelamente.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           182 

É   através   das   linguagens   verbais   e   não   verbais   que   fazemos   a   leitura   do   mundo. 

Considerando­se que o ponto de partida para muitos exercícios, de diversas disciplinas, são atividades 

ligadas à expressão plástica, cênico ou musical, pode­se descobrir que as atividades de Arte aguçam a 

percepção, propiciando o despertar da imaginação criadora.

Um outro ponto ao qual faz­se necessário ressaltar, refere­se à ênfase que atualmente têm­se 

dado às atividades interdisciplinares. Através desta, os professores das diversas disciplinas poderão utilizar 

como   estímulo   diversas   atividades   de   Arte   e   vice­versa.   Desta   forma,   o   trabalho   desenvolvido   pelos 

educadores   torna­se   mais   abrangente   e   produtivo,   tanto   nas   atividades   de   Artes,   quanto   de   outras 

disciplinas, beneficiando o processo de sensibilização desencadeado. 

No   âmbito  da   Arte   e   da   dimensão   estética,   a   produção  sócio­cultural   do   gosto   pode   ser 

trabalhada em diversos momentos, durante as aulas de Dança, Teatro, Música, Artes Visuais.

Os professores  de  Arte  podem planejar  experimentos  e  debates  que  ajudem os  alunos  a 

posicionar­se com sensibilidades de critérios éticos, diante de um conjunto de circunstâncias, por vezes 

contraditórias,   que   existem   na   vida   das   pessoas.   São   situações   relacionadas   a:   responsabilidades 

referentes à conservação e à degradação de patrimônios artísticos existentes nos locais em que as pessoas 

moram, trabalham, divertem­se, estudam ou em outras regiões; diálogo ou autoritarismo na condução de 

trabalho e comunicação em Arte; manifestação de respeito ou desrespeito sobre as produções artísticas de 

diferentes grupos étnicos, religiosos, culturais.

Já  o meio ambiente apresenta­se como fonte de conhecimento para a criação artística. Por 

intermédio das imagens, formas, cores, sons e gestualidades presentes no ambiente natural e simbólico, 

estabelece­se uma relação “ativa­receptiva” favorável à produção artística e recepção estética. O caráter 

ativo­receptivo desse encontro cria um universo particular de interação entre indivíduo, natureza e cultura, 

no qual pode­se estabelecer um diálogo estético e artístico onde as respostas também se dão por meio de 

ações no ambiente e na produção artística.

As produções artísticas podem contribuir para as dimensões de compreensão que se têm da 

sexualidade  humana,  quando  documentam ações de  homens  e  mulheres  em diferentes  momentos  da 

história  e  em culturas  diversas.  A   representação  da   figura  humana  em diversos  momentos  históricos, 

existentes nas mais variadas formas: pintura, gravuras, esculturas, canções de heróis e heroínas, cinema, 

peças de teatro.  Por meio da apreciação dessas obras,  os alunos podem refletir  e expressar­se sobre 

diferenças sexuais, diferenças de atitudes, valores e inter­relações humanas. Ressalta­se a possibilidade de 

pensar criticamente sobre as imagens corporais que estão presentes na mídia (televisão, rádio, imprensa, 

Internet). Desta maneira, a experiência com a Arte propicia o exercício contínuo da descoberta, aguça a 

curiosidade, abrindo espaço para fluir o pensamento.

O tema da pluralidade cultural tem relevância especial no Ensino da Arte, pois permite ao aluno

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           183 

lidar com as diversidades da arte na vida. Na sala de aula,  inter­relacionam­se indivíduos de diferentes 

culturas   que   podem   ser   identificados   pela   etnia,   gênero,   idade,   localização   geográfica,   classe   social, 

ocupação educacional, religião.

A  escola   constitui   um espaço   privilegiado   para   o   desenvolvimento  de   uma   educação  que 

dialogue com o particular e o universal. Logo, a disciplina de Arte deve manter este diálogo, estabelecendo 

relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a imagem, com os sons, com os gestos, com 

os   movimentos,   e   nessa   perspectiva,   educar   os   alunos   esteticamente,   ensinando­os   a   ver,   a   ouvir 

criticamente,  a   interpretar  a  realidade,  a   fim de ampliar  as suas possibilidades de  fruição e expressão 

artística. 

2.1.2 OBJETIVOS GERAIS

O Ensino da Arte no Ensino Médio deve levar o aluno à:

 Compreender e utilizar a Arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoal ou→  

coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao 

realizar e fruir produções artísticas;

  Identificar,   relacionar   e   compreender   as   diferentes   funções   da   Arte,   reconhecendo   e→  

compreendendo a  variedade  dos  produtos  artísticos  e  concepções  estéticas  presentes  na  história  das 

diferentes culturas e etnias;  

 Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da Arte, analisando,→  

refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem 

material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas;

 Apreciar produtos de Arte, em suas várias áreas, desenvolvendo tanto a fruição quanto a→  

análise estética, conhecendo, refletindo e compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados 

em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, 

científico e tecnológico, dentre outros;

 Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da Arte, em suas múltiplas→  

áreas   –   utilizadas   por   diferentes   grupos   sociais   e   étnicos,   interagindo   com   o   patrimônio   nacional   e 

internacional, que deve ser conhecido e compreendido em sua dimensão sócio­histórica;

A  Arte,   como  conhecimento  humano  sensivelmente  cognitivo,   é   necessária  na  história  da 

aprendizagem cultural dos jovens de nosso país, humanizando­os e ajudando­os a humanizar o mundo 

contemporâneo.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           184 

2.1.3 CONTEÚDOS

Os conteúdos preferencialmente, devem ser trabalhados co­relacionando artes visuais, música, 

teatro e dança, não se detendo apenas em história da arte. Os conteúdos estruturantes são elementos 

formais, composição,  movimentos e períodos.

               MÚSICA:→

1ª SÉRIE

• Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade;

• Composição:   ritmo,  melodia,  harmonia,  gêneros  (erudito,  popular),  apreciação da música vocal, 

instrumental e eletrônica, improvisação rítmica, composição rítmica e melódica;

• Movimentos e períodos: música popular brasileira, música paranaense, música oriental e africana.

2ª SÉRIE

• Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade;

• Composição:   leitura,   composição   e   improvisação   rítmica   e   melódica;   classificação   das   vozes, 

classificação dos instrumentos musicais, paródia, técnica vocal, instrumental, eletrônica, informática 

e mista;

• Movimentos e períodos: indústria cultural, engajada, vanguarda latino­americano, música ocidental.

              ARTES VISUAIS:         →

1ª SÉRIE

• Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz;

• Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, perspectiva;

 ­ técnica: pintura, desenho, modelagem, fotografia, performance;

 ­ gêneros: paisagem, natureza­morta, história em quadrinhos;  

• Movimentos e períodos: arte ocidental, arte oriental, africana, brasileira, paranaense e popular;

• Arte até o século XIX.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           185 

2ª SÉRIE

• Elementos formais: ponto, linha, forma, textura, volume, cor, luz;

• Composição: semelhanças, contrastes, ritmo visual, simetria, bidimensional, figurativo e abstrato;

­ técnica: instalação, performance, fotografia, gravura, esculturas, desenho e pintura.

­ gêneros: designer, informática;

• Movimentos e períodos: arte de vanguardas, indústria cultural, arte engajada, arte contemporânea, 

arte digital, arte latino­americana;

• Arte a partir do século XX.

               TEATRO:→

1ª SÉRIE

• Elementos formais: personagem, expressão corporal, vocal, gestual e facial, improvisação, ação e 

espaço;

­ técnica: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, improvisação, roteiro;

­ gêneros: tragédia, comédia, drama e épico, dramaturgia, caracterização, figurino, sonoplastia;

• Movimentos e períodos: teatro greco­romano, teatro medieval, teatro renascentista, teatro brasileiro, 

teatro paranaense, teatro popular, indústria cultural.

2ª SÉRIE

• Elementos formais: personagem, ação e espaço;

• Composição: roteiro, encenação, leitura dramática, criação de texto;

­ gêneros: representação nas mídias, caracterização, cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, 

direção;

• Movimentos e períodos:  teatro engajado,  teatro do oprimido,  teatro pobre,   teatro de vanguarda, 

teatro latino­americano, teatro realista, teatro simbolista.

              DANÇA:→

1ª SÉRIE

• Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço;

• Composição:   eixo,   dinâmica,   aceleração,   ponto   de   apoio,   salto   e   queda,   rotações,   formação, 

improvisação;

• Gêneros: étnicas, folclórica, circular, populares;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           186 

• Movimentos e períodos: pré­história, greco­romana, medieval, renascimento, dança clássica, dança 

popular brasileira, dança paranaense.

2ª SÉRIE

• Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço;

• Composição: improvisação, coreografia;

• Gênero: salão, moderna contemporânea;

• Movimentos  e  períodos:  hip  hop,   indústria   cultural,   dança  moderna,  arte  engajada,   vanguarda, 

dança contemporânea.

2.1.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho na sala de aula deve considerar a relação que o ser humano tem com a Arte:  

produzir Arte, desenvolver um trabalho artístico, sentir e perceber as obras artísticas.

Na escola, o objeto de trabalho é o conhecimento.

o e criação. O aluno realizará trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento em 

Arte e ao trabalho artístico.

Quanto ao trabalho com teatro, será iniciado  no encaminhamento desta disciplina, os alunos 

devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais, para que se familiarizem com as 

diversas  formas de produção artística.  Trata­se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da 

natureza e da cultura em uma dimensão estética.

A tarefa do professor é possibilitar o acesso, mediar o sentir e perceber com o conhecimento 

sobre Arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e aprender, pela Arte, 

aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social.

O conhecimento em Arte é trabalho relativo à cognição, em que a racionalidade opera para 

apreender   o   conhecimento   historicamente   produzido   sobre   Arte,   como:   os   elementos   formais,   a 

composição, os movimentos e períodos, tempo e espaço, e como eles se constituem nas Artes Visuais, 

Dança, Música e Teatro.

O   trabalho   artístico   é   expressão   privilegiada,   é   o   exercício   da   imaginação   exercícios   de 

relaxamento,  aquecimento,  personagens  –  expressão  vocal,   gestual,   corporal   e   facial,   jogos   teatrais  e 

transposição de texto literário para texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros 

exercícios cênicos.

O encaminhamento enfatizará  o  trabalho artístico;  contudo, não excluindo a abordagem do 

conhecimento em Arte, como, por exemplo, discutindo os conteúdos e movimentos artísticos importantes da 

história do Teatro. Será solicitado ao aluno uma análise das diferentes formas de representação na televisão

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e no cinema, tais como: plano de imagem, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia.

Para que o aluno sinta e perceba serão apresentadas peças teatrais e, em seguida, serão 

abordados  os  seguintes  aspectos:  descrição  do  contexto,  nome da  peça,  autor,   direção,   local,   atores, 

período   histórico   da   representação.   Análise   da   estrutura   e   organização   da   peça,   tipo   de   cenário,   e 

sonoplastia, expressões usadas com mais ênfase pelos personagens, análise da peça sob o ponto de vista 

do aluno, com sua percepção e sensibilidade em relação à peça assistida.

Nas Artes Visuais, cada aluno poderá desenhar linhas para juntos observarem e discutirem a 

expressividade, o peso, o movimento que cada uma pode ocupar nesse espaço. Em seguida, os alunos 

podem desenvolver composições como trabalho artístico e criar efeitos de movimento e de organização do 

espaço com as linhas.

O   professor   poderá   mostrar   obras   de   artistas   que   deram   ênfase   ao   uso   de   linhas   com 

diferentes formas e expor as composições dos alunos para apreciação e apropriação do grupo.

Superando a fragmentação do conhecimento teremos os conhecimentos articulados tais como: 

História da Arte, Semiótica e Estética.

A História da Arte é um dos campos de estudo da disciplina de História, tratada como fonte e 

documento histórico para pesquisa. O professor de Arte abordará o conteúdo estruturante Movimentos e 

Períodos, articulando­os com os Conhecimentos do Teatro, da Dança, da Música e das Artes Visuais.

A Semiótica estuda conceitos como signo, veículo do signo, imagem, assim como significado e 

referência. Ela é importante para análise de qualquer fenômeno relacionado à transmissão e retenção de 

informação na linguagem, na Arte e em todas as outras formas de expressão. Neste sentido, o professor 

poderá direcionar o estudo na análise da imagem da: pintura, cinema e imagem do cotidiano como signo, 

mas seus princípios também são aplicados na Dança, Música e Teatro.

A Estética é o estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade de sua conceituação, quer 

quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no ser humano. Ela fará parte do cotidiano 

do professor de Arte, tanto no aspecto teórico, quanto na sua prática em sala de aula. 

A Arte é um processo de humanização. Como criador, o ser humano produz novas maneiras de 

ver e sentir, em cada momento histórico e em cada cultura.

Ressaltará, ainda, conceitos importantes para Arte, o ser humano e a sociedade, de modo a  

indicar possibilidades de estudos, de organização do currículo e da prática pedagógica do professor de Arte.

E   deve   ser   contemplada   o   ensino   de   educação   ambiental,   segundo   a   lei   nº   9.795   de 

27/04/1999, a história do Paraná,  segundo a  lei  nº 6134 de 18/12/2001 e a  inserção dos conteúdos de 

história e cultura afro­brasileira, segundo a lei nº 10.639 de 09/01/2003.

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2.1.5 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser diagnóstica e processual.

 Diagnóstica para ser a referência do professor para planejamento das aulas e da avaliação.→

  Processual:  é   necessário  utilizar   vários   instrumentos  de  avaliação,   pesquisa,   análise  e→  

percepção de obras artísticas, nas várias linguagens da Arte com seus códigos específicos do processo 

produtivo.

Deve superar o papel de mero instrumento de medição, de apresentação de conteúdos, e ser 

na   observação   e   registros   dos   caminhos   percorridos   pelo   aluno   no   seu   processo   de   aprendizagem, 

acompanhando os avanços e dificuldades.

Em Arte não cabe ao professor avaliar a expressão do aluno, mas sim como este aprende e 

organiza os conteúdos em suas produções artísticas. O professor precisa considerar o histórico de cada 

aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando a qualidade dos trabalhos e 

registros dos alunos.

A avaliação em Arte não pode se basear apenas no gosto pessoal do professor, mas deve 

estar fundamentada em critérios definidos e claros, e os conceitos emitidos pelo professor não devem ser 

meramente quantitativos.

A   avaliação   será   contínua   e   diagnóstica,   todas   as   atividades   serão   consideradas   para   a 

formulação da média, ampliando saberes sobre a produção, apreciação e histórias expressas em música, 

artes visuais, dança, teatro e também artes audiovisuais.

O sentido cultural de Arte vai se desvelando na medida em que os educandos do Ensino Médio 

participam de processos de ensino e aprendizagem criativos, que lhes possibilitem continuar produzindo e 

apreciando obras artísticas; a experimentar o domínio e a familiaridade com os códigos de expressão da 

linguagem da Arte. Além disso, esse sentido cultural se revela em processos de educação escolar de Arte, 

que favorece aos educandos a reflexão e a troca de ideias, de posicionamentos sobre as práticas artísticas 

e a contextualização dos mesmos no mundo regional, nacional e internacional.

A avaliação em Arte vai além do papel de mero instrumento de mediação da apreensão de 

conteúdos, e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ela visa não comparar 

um aluno com o outro, mas discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção. É 

preciso levar em conta o pensamento estético e a sistematização dos conhecimentos para a compreensão 

da realidade.

O   professor   de   Arte   levará   em   conta   as   observações   e   o   registro   do   processo   de 

aprendizagem,  com   avanços  e   dificuldades  percebidos   em  suas   criações. Avaliará   os   alunos   que

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apresentam soluções para os problemas apresentados, a maneira que eles se relacionam com os colegas 

nos   trabalhos   em   grupo   e   a   elaboração   dos   registros   sistematizados.   Serão   oportunizadas   ao   aluno 

ocasiões para apresentar, refletir e discutir suas produções com os colegas, sem perder de vista a dimensão 

sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de Arte.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

 ARTES VISUAIS

Verificar se o estudante em sua produção escrita, oral e visual:

• Percebe a função social das artes visuais;

• Relaciona a produção artística visual com o contexto social em diferentes tempos e espaços;

• Identifica a utilização da linguagem visual no cotidiano;

• Reconhece a produção visual como patrimônio cultural e sua importância na sociedade;

• Reconhece e identifica a interferência cultural nas estruturas artísticas visuais;

• Analisa   a   produção   artística   da   humanidade,   na   busca   da   compreensão   dos   seus   modos   de 

produção, em diferentes perspectivas culturais;

• Reconhece a importância da conservação e preservação do patrimônio cultural;

• Reconhece e analisa  a  variedade de significados expressivos e  de valor  simbólico  nas  formas 

visuais e suas conexões temporais, geográficas e culturais;

• Percebe as concepções estéticas presentes nas diversas produções visuais (regional, nacional e 

internacional);

• Percebe a si próprio como produtor, inserido em determinado tempo e espaço;

• Reconhece e analisa as concepções estéticas presentes nas diversas produções visuais (regionais, 

nacionais e internacionais);

• Reconhece a si próprio como produtor, inserido em determinado tempo e espaço;

• Analisa suas produções e as dos colegas, considerando seu tempo e espaço;

• Percebe forma e conteúdo nas estruturas artísticas;

• Identifica os elementos formais da linguagem visual nas estruturas artísticas;

• Identifica diferentes técnicas e materiais nas estruturas artísticas;

• Experimenta diferentes possibilidades de uso dos elementos formais da linguagem visual;

• Representa suas ideias utilizando os elementos formais da linguagem visual;

• Identifica forma e conteúdo nas estruturas artísticas;

• Experimenta   diferentes   possibilidades   de   uso   dos   elementos   formais   da   linguagem   visual,   na 

perspectiva da função simbólica;

• Representa suas ideias atribuindo função simbólica aos elementos  formais da linguagem visual, 

ultrapassando o caráter da experimentação;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           190 

• Identifica a função simbólica dos elementos formais da linguagem visual nas estruturas artísticas;

• Analisa a utilização da linguagem visual no cotidiano, percebendo as inter­relações dos elementos 

formais em diferentes modalidades (vitrines, meios televisivos, cinema, roupas e espaços);

• Percebe os elementos visuais presentes na configuração do meio ambiente construído;

• Desenvolve   a   percepção   visual   através   da   leitura   de   diferentes   tipos   de   imagem   (fotografia, 

publicidade, histórias em quadrinhos, imagens midiáticas, etc.);

• Elabora crítica pessoal sobre diferentes manifestações artísticas;

• Cria formas de expressão visual utilizando os elementos próprios da linguagem;

• Reconhece e analisa os elementos visuais presentes na configuração do meio ambiente construído.

 MÚSICA

Verificar se o estudante em suas produções escritas, orais e sonoras:

• Percebe a função social da música;

• Relaciona a produção musical com o contexto social, em diferentes tempos e espaços;

• Identifica a utilização da linguagem musical no cotidiano;

• Reconhece a produção musical como patrimônio cultural e sua importância na sociedade;

• Reconhece   e   identifica   a   interferência   cultural   na   organização  da  obra   musical,   em  diferentes 

tempos e contextos;

• Analisa   a   produção   musical   da   humanidade,   na   busca   da   compreensão   dos   seus   modos   de 

produção, em diferentes perspectivas históricas e culturais;

• Reconhece a si próprio como produtor, inserido em determinado tempo e espaço;

• Analisa suas produções e as dos colegas, considerando seu tempo e espaço;

• Elabora crítica pessoal sobre os diferentes modos de produção musical, em diferentes contextos 

socioculturais;

• Elabora crítica pessoal sobre aspectos estéticos das diferentes manifestações musicais;

• Compara as produções musicais da humanidade, na busca da compreensão das interpenetrações 

que se dão entre elas;

• Identifica e registra graficamente os elementos do som e da música;

• Identifica diferentes técnicas e materiais nas estruturas musicais;

• Experimenta diferentes possibilidades de uso dos elementos formais da linguagem musical;

• Interpreta: canta, toca e movimenta­se;

• Representa ideias utilizando os elementos formais da linguagem musical;

• Percebe e identifica diferentes formas musicais;

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• Identifica diferentes técnicas e materiais na obra musical;

• Identifica a função simbólica dos elementos do som e da música;

• Experimenta diferentes possibilidades de uso dos elementos formais da linguagem musical, na 

perspectiva da função simbólica;

• Representa suas ideias utilizando a função simbólica dos elementos da linguagem musical, 

ultrapassando o caráter da experimentação;

• Registra graficamente suas ideias e representações musicais;

• Analisa   a   utilização   dos   elementos   sonoros   e   da   música,   percebendo   sua   inter­relação   em 

diferentes produções musicais;

• Desenvolve formas de representação pessoal com liberdade, imprimindo sua marca pessoal através 

da utilização de diferentes técnicas, procedimentos e dos elementos formais da linguagem musical;

• Analisa   suas   produções   e   as   dos   colegas,   na   perspectiva   dos   elementos   formais,   técnicas   e 

procedimentos;

• Interpreta   músicas   de   diferentes   tempos   e   espaços,   vocalmente   ou   com   instrumentos, 

individualmente ou em grupo;

• Cria formas de registro sonoro e de registro de suas próprias criações sonoras;

• Lê registros gráficos dos elementos sonoros e musicais das suas produções e das de outros.

                     TEATRO 

                    Verificar se o estudante em suas produções escritas, orais e cênicas:

• Percebe a função social das artes cênicas;

• Relaciona a produção cênica com o contexto social, em diferentes tempos e espaços;

• Identifica a utilização da linguagem cênica nas produções teatrais, cinematográficas e em meios 

televisivos;

• Reconhece e identifica a interferência cultural nas produções teatrais;

• Reconhece   a   produção   teatral   da   humanidade   como   patrimônio   cultural   e   sua   importância   na 

sociedade;

• Analisa a produção artística da humanidade, na busca da compreensão dos seus modos produção, 

em diferentes perspectivas culturais;

• Compreende e   identifica  as  diferentes   formas de  construção das  narrativas  e  estilos   (tragédia, 

comédia, drama, mitos, fábulas, entre outros);

• Reconhece a si próprio como produtor, inserido em determinado tempo e espaço;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           192 

• Analisa suas produções e as dos colegas, considerando seu tempo e espaço;

• Elabora crítica pessoal sobre diferentes manifestações artísticas: aspectos estéticos e modos de 

produção;

• Compara   as   produções   do   homem   nas   artes   cênicas,   na   busca   da   compreensão   das 

interpenetrações que acontecem entre elas;

• Percebe forma e conteúdo nas estruturas teatrais;

• Identifica, nas estruturas teatrais, os elementos formais da linguagem cênica: texto, personagem, 

caracterização, cenografia, iluminação e sonoplastia;

• Experimenta   diferentes   possibilidades   de   representação   cênica   a   partir   dos   elementos   formais 

próprios   da   linguagem,   através   da   expressão   corporal,   expressão   vocal   e   jogos   teatrais,   com 

variados estímulos;

• Representa suas ideias utilizando os elementos formais da linguagem cênica;

• Identifica forma e conteúdo nas estruturas teatrais;

• Reconhece   a   função   simbólica   dos   elementos   formais   utilizados   em   produções   teatrais, 

cinematográficas e em meios televisivos;

• Utiliza a expressão corporal e jogos teatrais como preparação para a representação cênica;

• Representa ideias atribuindo função simbólica aos elementos formais da linguagem cênica;

• Reconhece e experimenta diferentes formas de representação cênica: sombras, formas animadas, 

máscaras, etc;

• Realiza adaptações de textos literários, diferentes representações, como meios televisivos, cinema, 

etc;

• Analisa a utilização das artes cênicas no cotidiano, percebendo as inter­relações dos elementos 

formais em diferentes modalidades (performance, meios televisivos e cinematográficos);

• Analisa   a   função   simbólica   dos   elementos   formais   utilizados   em   produções   teatrais, 

cinematográficas e em meios televisivos;

• Utiliza diferentes formas de representação cênica: sombras, formas animadas, máscaras e outras;

• Desenvolve   formas   de   representação   pessoal,   com   liberdade,   imprimindo   sua   marca   pessoal 

através  da utilização de  diferentes   técnicas,  procedimentos  e  dos  elementos   formais  das  artes 

cênicas;

• Analisa   suas   produções   e   as   dos   colegas,   na   perspectiva   dos   elementos   formais,   técnicas   e 

procedimentos.

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            DANÇA

                    Verificar se o estudante, por meio da palavra, do uso do corpo e em composições de dança:

• Percebe a função social da dança;

• Relaciona a produção artística de dança com o contexto social, em diferentes tempos e espaços;

• Identifica a utilização da dança no cotidiano (festas populares, ritos e mídia);

• Reconhece e identifica a interferência cultural na dança;

• Analisa   a   produção   artística   da   humanidade,   na   busca   da   compreensão   dos   seus   modos   de 

produção, em diferentes perspectivas culturais;

• Percebe o papel do corpo na dança;

• Reconhece a si próprio como produtor, inserido em determinado tempo e espaço;

• Analisa suas produções e as dos colegas, considerando seu tempo e espaço;

• Elabora crítica pessoal sobre diferentes manifestações artísticas;

• Reflete sobre o papel do corpo na dança;

• Manifesta sua consciência corporal através da dança;

• Percebe forma e conteúdo em diferentes composições de dança;

• Identifica,  nas  estruturas  artísticas,  as  qualidades  dos  elementos  estruturais  da  dança –  peso, 

fluência, espaço e tempo;

• Experimenta diferentes possibilidades de movimentação do corpo;

• Experimenta   as   possibilidades   de   uso   das   raízes   de   habilidades   motoras   na   construção   do 

movimento;

• Experimenta diferentes possibilidades de uso dos elementos estruturais da dança, a partir de suas 

qualidades de movimento;

• Representa suas ideias utilizando as raízes de habilidades motoras e as qualidades de movimento 

da dança: composição coreográfica;

• Improvisa utilizando as possibilidades de uso das raízes de habilidades motoras na construção do 

movimento, com e sem estímulo;

• Improvisa utilizando diferentes possibilidades de uso dos elementos estruturais da dança, a partir de 

suas qualidades de movimento, com e sem estímulo;

• Analisa a utilização da dança no cotidiano, percebendo as inter­relações dos elementos  formais  em

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 diferentes modalidades (meios televisivos, na comunidade, etc);

• Representa suas ideias atribuindo função simbólica aos elementos estruturais da dança e suas 

qualidades de movimento;

• Desenvolve formas de representação pessoal com liberdade, imprimindo sua marca pessoal através 

da utilização de diferentes técnicas, procedimentos e dos elementos formais da linguagem dança;

• Analisa e elabora crítica de suas produções e das de outros, na perspectiva dos elementos formais, 

técnicas e procedimentos.

                     A sistematização da avaliação se  dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo 

aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas 

criações/produções.   Deve­se   definir   critérios   de   avaliação   e   escolher   procedimentos   e   selecionar 

instrumentos,   devendo   considerar   o   desenvolvimento   do   pensamento   estético,   levando   em   conta   a 

sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           195 

2.1.6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Leis, Decretos. Lei nº 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Brasília, 

1996.

GOMEZ, A. I. P. A cultura escolar na sociedade neoliberal. São Paulo: Artmed; 2001.

KANDELE, I. D. Jogos Teatrais. 4ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

MARQUE, I. Dançando na Escola. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ,  Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.  Texto elaborado pelos 

participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 

2003/2005.

___________, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann.  Arte e Grande Público: a distância a ser extinta.  Campinas: Autores 

Associados, 2003. (Coleção Polêmica do nosso tempo, 84).

SANTOS, J. L. O que é cultura. 6ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

VYGOTSKI, Lev Semenovtch. Psicologia da Arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           196 

2.2 DISCIPLINA: BIOLOGIA

2.2.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da Biologia é a VIDA. A preocupação com a descrição dos seres vivos e 

dos  fenômenos naturais   levou o homem a diferentes concepções de VIDA,  de mundo e de seu papel 

enquanto   parte   deste   mundo.   Essa   preocupação   humana   representa   a   necessidade   de   garantir   sua 

sobrevivência, já registrada pelo homem desde o início da história através das pinturas rupestres e outros 

registros.

Assim,   os   conhecimentos   apresentados   pela   disciplina   de   Biologia   no   Ensino   Médio 

representam os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço 

para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes concepções 

sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino, buscou­se na história da Ciência o contexto 

histórico   nos   quais   pressões   religiosas,   econômicas,   políticas   e   sociais   que   impulsionaram   mudanças 

conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

A história da Ciência mostra que tentativas de definir  a VIDA tem suas origens registradas 

desde   a   antiguidade.   Os   filósofos   Platão   e   Aristóteles   deixaram   contribuições   relevantes   quanto   à 

classificação dos seres vivos.

Na Idade Média, sob a influência do Cristianismo, a Igreja tornou­se uma instituição poderosa, 

não apenas no aspecto religioso, mas também influindo na vida social, política e econômica. Essa visão 

teocêntrica repercutiu nas explicações sobre a natureza.

Ao   romper   com   a   visão   teocêntrica   e   com   a   concepção   filosófico­teológica   medieval,   os 

conceitos  sobre  o  homem passam para  o  primeiro  plano,  e  a  explicação para   tudo  o  que  ocorria  na 

natureza.

Na segunda metade do século XVIII, as mudanças no contexto filosófico trouxeram importantes 

modificações na estrutura social, política e econômica. No final do século XVIII e início do século XIX, a 

imutabilidade da vida é questionada com evidência de processos evolutivos dos seres vivos. E no século 

XX, a geração geneticista confirmou o trabalho de Mendel realizado em 1865, provocando uma revolução 

conceitual da Biologia.

Segundo KRASILCHIK (2005), educadores, cientistas vêm há muito tempo tentando explicar 

como   transcorrer   o   aprendizado   das   ciências,   construindo   diferentes   teorias   que,   uma   vez   aceitas   e 

adotadas, podem fundamentar o trabalho do professor em sala de aula. A integração de conteúdo depende 

da natureza da própria  disciplina,  das características  dos  alunos  e das condições em que o processo 

ensino­aprendizagem  deve  transcorrer.  Pode  referir­se  às  relações  entre  os  vários  elementos  de  uma

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mesma   disciplina,   integração,   ou   várias   disciplinas   que   são   apresentadas   simultaneamente   ou,   em 

sequencia, integração interdisciplinar.

Para  incentivo dos alunos nas aulas de Biologia,  as mesmas devem despertar e manter o 

interesse do aluno, envolvê­los em investigações científicas, desenvolvimento da capacidade de resolver 

problemas, compreensão de conceitos básicos e desenvolvimento de habilidades. Levando, assim, o aluno 

a   criticar   os   temas   atuais   da   Biologia,   como   a   clonagem,   transgênicos,   célula­tronco   e   problemas 

ambientais. 

Visando esse interesse de despertar o olhar do aluno sob a disciplina de Biologia, os conteúdos 

estruturantes vêm mostrar para o educando o relacionamento dos conhecimentos científicos já produzidos 

com as possíveis mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes.

Os  conteúdos  estruturantes  permitem conceituar   VIDA em  distintos  momentos  da  história, 

auxiliando   o   educando   para   as   grandes   temáticas   da   contemporaneidade.   O   conteúdo   estruturante 

“Organização dos Seres Vivos” torna possível o conhecimento estrutural dos seres vivos, relacionando­os à 

existência de características comuns entre estes e sua origem. “Mecanismos Biológicos” explica como os 

sistemas orgânicos dos Seres Vivos funcionam. O conhecimento sobre “Biodiversidade”  torna possível a 

análise   e   a   indução   para   a   busca   de   novos   conhecimentos.   “Implicações   dos   avanços   biológicos   no 

fenômeno Vida” busca mostrar os avanços do conhecimento científico sobre as várias áreas da Genética.

Dessa maneira, será trabalhado o conteúdo de forma integrada, relacionando os conceitos das 

diversas ciências de referência da Biologia.

 

2.2.2 OBJETIVOS GERAIS

 Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico.→

 Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, sendo estes micro ou→  

macroscópicos.

  Julgar   ações   de   intervenção,   identificando   aquelas   que   visam   a   preservação   e→  

implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.

 Reconhecer o ser humano como agente ativo e passivo de transformações intencionais por→  

ele produzidas no seu ambiente.

  Relacionar   o   conhecimento   das   diversas   disciplinas   para   o   entendimento   de   fatos   ou→  

processos biológicos.

 Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando→  

elementos da Biologia.

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  Identificar  as  relações entre  o conhecimento científico  e o  desenvolvimento  tecnológico,→  

considerando   a   preservação   da   vida,   as   condições   de   vida   e   as   concepções   de   desenvolvimento 

sustentável.

  Relacionar   fenômenos,   fatos,   processos   e   ideias   em   Biologia,   elaborando   conceitos,→  

identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.

 Apresentar de maneira organizada, o conhecimento biológico aprendido, através de textos,→  

desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, relatórios, etc.

→ Identificar os elementos do ambiente, percebendo­os como parte de processos de relações, 

interações e transformações.

→ Identificar a interferência de aspecto místico e culturais nos conhecimentos de senso comum 

relacionados a aspecto biológico. 

2.2.3 CONTEÚDOS

1ª SÉRIE        

 CONTEÚDO ESTRUTURANTE: →

­ Mecanismos Biológicos.

 → CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 

 → CITOLOGIA/ OS COMPONENTES QUÍMICOS DAS CÉLULAS:

• Água e sais minerais;

• Glicídios;

• Lipídios;

• Proteínas;

• Enzimas;

• Vitaminas;

• Uma visão geral da célula;

• Descoberta da célula;

• Métodos científicos;

• Células procariontes e eucariontes;

• Membrana Plasmática;

• Estrutura da membrana;

• Transporte de substâncias pela membrana;

• Endocitose e exocitose;

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• Envoltórios da membrana e junções intercelulares;

• Citoplasma e suas organelas citoplasmática;

• Citosol e citoesqueleto;

• Centríolos, cílios e flagelos;

• Ribossomos;

• Retículo endoplasmático;

• Complexo de Golgi;

• Lisossomos;

• Peroxissomas;

• Vacúolos;

• Mitocôndrias e Respiração celular;

• Respiração aeróbia;

• Fermentação;

• Cloroplastos e Fotossíntese;

• Quimiossíntese;

• Núcleo;

• Cromossomos;

• Clonagem;

• Ácidos nucleicos e engenharia genética;

• Mutações;

• Projeto Genoma Humano;

• Divisão celular: mitose e meiose;

• Histologia animal/ Tecido epitelial;

• Tecido epitelial de revestimento;

• Tecido epitelial glandular;

• Tecidos conjuntivos:

­ Tecido conjuntivo propriamente dito;

­ Tecido adiposo;

­ Tecido cartilaginoso;

­ Tecido ósseo;

­ Tecido hematopoético;

• Sangue;

• Linfa;

• Tecido muscular;

• Tipos de tecido muscular;

• Tecido nervoso: neurônio.

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              → ANATOMIA E FISIOLOGIA COMPARADA DOS ANIMAIS:

            → Nutrição:

• Nutrição nos invertebrados;

• Sistema digestório humano;

• Digestão em outros invertebrados.

 → Respiração:

• Respiração dos invertebrados;

• Respiração dos vertebrados;

• Respiração humana.   

 → Circulação:

• Circulação dos invertebrados;

• Circulação dos vertebrados;

• Circulação humana.

 → Excreção:

• Produtos de excreção;

• Excreção nos invertebrados;

• Excreção nos vertebrados;

• Sistema urinário humano.

 → Sistema Endócrino:

• Mecanismo de ação;

• Glândulas endócrinas humanas;

• Hormônios nos invertebrados.

 → Sistema Nervoso:

• Coordenação nervosa nos invertebrados;

• Sistema nervoso dos vertebrados.

 → Sistema Sensorial:

• Visão;

• Audição;

• Olfato e paladar;

• Tato.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           201 

 → Sistema Tegumentar:

• Tegumento.

 → Sistema Muscular.

           Sistema Esquelético.→

2º SÉRIE   

             CONTEUDO ESTRUTURANTE: →

               ­ Organização Dos Seres Vivos.

 → CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 

 → CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:

• Classificação dos Seres Vivos;

• Grupos taxonômicos;

• Os sistemas de cinco reinos;

• Mudança o sistema de classificação.

 Vírus:→

• Organização do Vírus;

• Doenças causadas por Vírus.

 → Reino Monera:

• Estrutura das bactérias;

• Doenças causadas por bactérias;

• Cianobactérias;

• Arqueobactérias.

 → Reino Protista:

• Protozoários;

• Algas protistas.

 → Reino Fungi:

• Estrutura;

• Fungos mais comuns;

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• Importância industrial, ecológica, patogênica, etc;

• Liquens;

• Micorrizas.

 → Reino Plantae:

• Algas verdes, vermelhas e pardas e ciclos reprodutivos;

• Clorofíceas;

• Feofíceas;

• Rodofíceas;

• Briófitas e pteridófitas;

• Gimnospermas;

• Angiospermas.

 → Reino Animalia:

• Poríferos;

• Cnidários;

• Platelmintos;

• Nematódeos;

• Anelídeos;

• Artrópodes;

• Moluscos;

• Equinodermas;

• Cordados;

• Cefalocordados;

• Urocordados;

• Vertebrados.

 → MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS VEGETAIS.

 → Morfologia Vegetal:

• Tecidos vegetais;

• Raiz;

• Caule;

• Folha;

• Flor;

• Fruto.

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 → Fisiologia Vegetal:

• Transporte de seiva bruta;

• Transporte de seiva orgânica;

• Hormônios vegetais.

3º SÉRIE  

 → CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

– Biodiversidade E Implicações Dos Avanços Biológicos No Fenômeno Vida.

 → CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: 

 → REPRODUÇÃO:

• Sexuada;

• Humana;

• Métodos anticoncepcionais;

• Doenças sexualmente transmissíveis.

 GENÉTICA: A PRIMEIRA LEI DE MENDEL:→

• Experiência de Mendel;

• Cruzamento – teste;

• Ausência de dominância;

• Genes letais;

• Monoibridismo no ser humano;

• Resolução de problemas de monoibridismo;

• Gene e ambiente;

• Probabilidade.

 SEGUNDA LEI DE MENDEL:→

• Experiência de Mendel;

• Resolução de problemas sobre diibridismo;

• Triibridismo e poliibridismo.

 POLIALELIA E GRUPOS SANGUÍNEOS:→

• Alelos múltiplos em coelhos;

• Sistema ABO de grupos sanguíneos;

• Sistema RH de grupo sanguíneo;

• Resolução de problemas de polialelia.

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 INTERAÇÃO GÊNICA:→

• Forma de crista de galinhas;

• Epistasia;

• Poligenia;

• Pleiotropia;

• Resolução de problemas de interação gênica.

 LIGAÇÃO GÊNICA:→

• Identificação do linkage;

• Taxa de crossing.

 SEXO E HERANÇA GENÉTICA:→

• Cromossomos sexuais;

• Herança ligada ao sexo;

• Herança quantitativa ­ cor da pele: cultura afro­brasileira;

• Herança limitada e a influenciada pelo sexo;

• Análise de heredogramas;

• Resolução de problemas sobre sexo e herança genética.

 ALTERAÇÕES CROMOSSOMIAIS:→

• Alterações numéricas e estruturais.

 EVOLUÇÃO: TEORIAS EVOLUTIVAS:→

• Lamarckismo;

• Darwinismo;

• Neodarwinismo;

• Métodos de estudos.

 HISTÓRIA DOS SERES VIVOS:→

• Origem da vida: primeiras teorias;

• Teoria de Oparin e Haldane;

• Outras teorias sobre a origem da vida;

• Evolução dos animais;

• Evolução as plantas;

• Evolução da espécie humana.

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 ECOLOGIA E SEU COMPO DE ESTUDO:→

• Níveis de organização da vida;

• Habitat e nicho ecológico;

• Lei do Meio Ambiente.

 CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES:→

• Fluxo de matéria e energia.

 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS:→

• Ciclo do carbono;

• Ciclo do oxigênio;

• Ciclo da água;

• Ciclo do nitrogênio;

• Efeito estufa;

• Aquecimento global;

• Camada de ozônio.

 POPULAÇÕES:→

• Crescimento das populações;

• População humana:  ­ Brasil

                                               ­ Paraná

 RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS:→

• Sociedade;

• Colônias;

• Mutualismo;

• Proto cooperação;

• Comensalismo;

• Canibalismo;

• Competição;

• Amensalismo;

• Predatismo;

• Parasitismo.

           FATOR ABIÓTICO:→

• Luz;

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• Temperatura;

• Água.

 SUCESSÃO ECOLÓGICA:→

• Etapas da sucessão;

• Sucessão primária e secundária;

• Propriedade da comunidade clímax.

 DISTRIBUIÇÃO DOS ORGANISMOS NA BIOSFERA:→

• Talassociclo;

• Limnociclo;

• Epinociclo;

• Biomas brasileiros;

• Distribuição geográfica dos animais.

 POLUIÇÃO:→

• Poluição do ar;

• Poluição da água;

• Poluição dos solos;

• Lixo;

• Poluição radiativa;

• Poluição sonora;

• Distribuição da biodiversidade.

2.2.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo de aprendizagem da Biologia deve ser feito baseando­se no estabelecimento de 

uma relação entre o aluno, professor e o conhecimento científico, fazendo com que o aluno seja capaz de 

formular conceitos,  articulando  ideias e  fazendo a compreensão das  teorias científicas,  relacionadas ao 

tempo e espaço.  Devemos pensar criticamente o ensino de Biologia,  nas abordagens do processo e o 

vínculo pedagógico em consonância com as práticas sociais, visando romper com o “relativismo cultural”, 

com as “pedagogias das competências” e a supremacia das práticas sociais hegemônicas.

Entende­se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e 

atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo proporcione o entendimento do objeto de estudo – 

fenômeno VIDA – em toda sua complexidade  de  relações,  ou  seja, na  organização  dos  seres  vivos;  no

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funcionamento   dos   mecanismos   biológicos;   do   estudo   da   biodiversidade   no   âmbito   dos   processos 

biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos avanços 

biológicos no fenômeno VIDA.

É   importante  que  os  alunos  se  apropriem do conhecimento  científico  e  desenvolvam uma 

autonomia no pensar e agir, fazendo uma relação entre pensar e agir, envolvendo o aluno na construção de 

uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e de valores 

humanos.

O conteúdo estruturante mecanismos biológicos  traz consigo o estudo de mecanismos que 

explicam como os seres vivos funcionam e como são os sistemas biológicos.

Este conteúdo deve abordar desde o estudo da estrutura fundamental dos seres vivos e seus 

componentes celulares, até o funcionamento dos sistemas que possuem funções específicas e constituem 

os mais variados grupos de seres vivos.

A   prática  de   ensino   do  conteúdo  estruturante   sobre  a  organização  dos   seres  vivos,   deve 

abordar a classificação dos seres vivos auxiliando o aluno a descobrir e compreender a diversidade dos 

seres vivos, bem como encontrar uma forma de agrupar as espécies existentes e as já extintas.

A classificação dos seres vivos já é adotada a muito tempo, desde a Antiguidade e modificada 

ao longo do tempo através de novos critérios científicos e avanços na área biológica e tecnológica.

Este   conteúdo   é   de   suma   importância   a   partir   do   pensamento   biológico   descritivo   para 

conhecer, compreender e analisar toda biodiversidade existentes e as espécies já  extintas, bem como a 

descrição e caracterização dos fatores que limitaram a perpetuação e determinaram o aparecimento de 

novas espécies, ou a extinção ao longo do tempo.

O   estudo   da   biodiversidade   torna­se   primordial   a   partir   da   análise   e   a   busca   de   novos 

conhecimentos, na tentativa da compreensão do que significa realmente o conceito de biodiversidade.

Na explicação deste conteúdo, amplia­se as explicações de como os sistemas orgânicos dos 

seres vivos funcionam. Para o estudo deste conteúdo deve­se conhecer bem os mecanismos biológicos que 

formas os seres vivos, bem como a classificação e organização dos seres vivos. Deve­se também conhecer 

o conceito da teoria sintética da evolução para a compreensão das transformações ocorridas pelos seres 

vivos   no   decorrer   do   tempo;   devendo   abordar   a   biodiversidade   como   um   sistema   complexo   de 

conhecimentos biológicos, interagindo na integração e no processo dinâmico que envolve a variabilidade 

genética, a diversidade dos seres vivos e as relações que existem entre estes seres e o ambiente onde 

vivem, além dos processos evolutivos ocorridos ao longo do tempo, e as transformações sofridas.

O conteúdo estruturante manipulação genética trata das perspectivas dos avanços da biologia, 

a manipulação do material genético e permite o questionamento do conceito biológico da vida como fato 

natural, que independe da ação humana. Neste contexto, faz­se importante o estudo da biotecnologia, dos 

produtos geneticamente modificados, das mutações gênicas que geram anomalias graves e da diversidade 

biológica das mais variadas espécies de seres vivos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           208 

A construção  do  conhecimento   tem como princípio  básico  o  aprendizado  através  de  uma 

elaboração pessoal da representação do objeto de estudo. Assim, o aluno não é considerado como um ser 

desprovido de conhecimentos e o professor não é o único que conhece os conteúdos. Professores e alunos 

assumem   papéis   de   agentes   do   processo.   Destaca­se   então,   o   método   científico   e   comprovação   de 

experimentos. O laboratório de Física, Química e Biologia passam a ser utilizada com maior frequência, 

como   ferramenta   metodológica   pelo   professor,   caracterizando­se   a   observação   e   a   comparação, 

associando­se ao contexto da descoberta e do experimento. 

Considerando o ensino como instrumento de transformação dos mecanismos de reprodução 

social,  para melhor compreender a realidade, a aula experimental   torna­se um espaço de organização, 

discussão e reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. Neste espaço, por mais simples que seja o 

experimento, ela torna­se rica ao revelar as contradições entre o pensamento do aluno, o limite de validade 

das hipóteses levantadas e o conhecimento científico.

O pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo mutável e possibilita revelar uma 

concepção de Ciência que não pode ser considerada verdade absoluta. A disciplina de Biologia assume seu 

caráter humano determinado pelo tempo histórico e passa a ter na prática, uma metodologia que procura 

envolver  o  conjunto  de  processos organizados e   integrados,  quer  no  nível  de  célula,  de   indivíduo,  de 

organismo no meio, na relação homem X natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Neste contexto as aulas experimentais, surgem com uma crítica ao positivismo lógico, as quais 

direcionam na posição de soluções para a construção racional do conhecimento científico em sala de aula 

dissociado  das   implicações  deste  conhecimento  para  o  homem.  Devemos   ressaltar  que  a  aula  nesse 

contexto deve introduzir momentos de reflexão teórica com base na exposição dialogada.

Assim, a experimentação é introduzida com a finalidade de se utilizar um método que privilegie 

a   construção   do   conhecimento,   em   caráter   de   superação   à   condição   de   memorização   direta, 

comportamentalista e liberal, parte­se do pressuposto que as teorias críticas assegurem a relação interativa 

entre professor e aluno, em que ambos são sujeitos ativos.

Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe­se a utilização do método da 

prática   social   que   parte   da   pedagogia   histórico   –   crítica   centrada   na   valorização   e   socialização   dos 

conhecimentos   da   Biologia   às   camadas   populares,   entendendo   a   apropriação   crítica   e   histórica   do 

conhecimento   enquanto   instrumento   de   compreensão   da   realidade   social   e   atuação   crítica   para   a 

transformação da realidade (SAVIANI, 1997; LIBÂNEO, 1983).

O   método   da   prática   social   decorre   das   relações   dialéticas   entre   conteúdo   de   ensino   e 

concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade. Confrontam­se os 

saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva da apropriação da concepção de Ciência  da 

realidade social.

Esta proposta curricular para o ensino de Biologia firma­se na construção a partir da práxis do 

professor. Objetiva­se,  portanto,  trazer  os  conteúdos  de volta  para  os  currículos  escolares,  mas  numa

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perspectiva diferenciada onde se retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina 

escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.

O   ensino   dos   conteúdos   específicos   de   Biologia   aponta   para   as   seguintes   estratégias 

metodológicas de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática 

social (GASPARIN, 2001; SAVIANI, 1997).

1­ PRÁTICA SOCIAL: caracteriza­se por ser o ponto de partida onde o objetivo é perceber e 

denotar,   dar   significação   às   concepções   alternativas   do   aluno   a   partir   de   uma   visão   sincrética, 

desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

2­ PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que precisam ser 

resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer que conhecimentos são necessários 

para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento.

3­ INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os 

alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Neste contexto, 

que os alunos apropriem­se das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de 

exploração em que vivem.

4­ CATARSE: é  a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e o 

problema em questão. A partir  da apropriação dos  instrumentos culturais,   transformados em elementos 

ativos de transformação social,  e assim sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas 

estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.

5­ RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza­se pelo retorno à prática social, com o saber e 

pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade 

mais igualitária. A situação de compreensão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa 

de   um   estágio   de   menor   compreensão   do   conhecimento   científico   a   uma   fase   de   maior   clareza   e 

compreensão, explicitada numa visão sintética.

Recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre 

tantos outros, devem ser utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a 

expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender 

envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e 

o confronto das diferentes ideias que circulam em sala de aula. A leitura e a escrita, práticas tão comuns e 

tão pouco refletidas em sala de aula merecem atenção especial, pois são propagadoras de repetição e ou 

de deslizamentos de significado dados ao conhecimento científico. Elas são demarcadoras do papel social 

assumido pelo professor e pelos alunos, devendo ser pensadas a partir do significado das mediações, das 

influências e incorporações que os alunos demonstram.

O uso de diferentes imagens como vídeos, transparências, fotos e as atividades experimentais, 

são recursos utilizados com frequência nas aulas de Biologia e requerem uma problematização em torno da 

questão demonstração – interpretação. Analisar quais objetivos,  expectativas  a  serem  atingidas,  além  da

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concepção de ciência que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a compreensão do papel do 

aluno   frente   a   tais   atividades.   As   aulas   experimentais   seja   elas   de   manipulação,   de   material   ou 

demonstrativa,   também representa um importante recurso de ensino.  É  preciso  lembrar que para estas 

aulas   promoverem   aprendizagem   elas   não   necessitam   estar   associada   a   um   aparato   experimental 

sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando a interação com fenômenos 

biológicos,   a   troca   de   informações   entre   os   grupos   que   participam   da   aula   e   assim   promover   novas 

interpretações.

2.2.5 AVALIAÇÃO

Os resultados das avaliações devem servir como um dos elementos norteadores do trabalho 

docente, onde não só o aluno é avaliado, como também todo o processo.

A avaliação se processa de forma diagnóstica e contínua e se esta não fornecer os resultados 

esperados, cabe ao professor descobrir os fatores que geraram esta situação.

A avaliação contínua pode verificar a produção constante do aluno e minimizar os traumas das 

provas bimestrais. É certo que é praticamente impossível verificar se todos os objetivos foram alcançados 

ao final de cada bimestre com uma simples avaliação escrita, pois eles são numerosos. Então, por que não 

avaliar também os resultados de cada estratégia desenvolvida em sala de aula? A avaliação constante 

permite  falhas durante o processo e retomar determinado conteúdo  trabalhando­o de outra  maneira.  O 

desempenho do aluno deve ampliar­se de forma contínua e sistemática. 

A avaliação deve medir o grau de compreensão do aluno em relação à realidade e faz este ter 

a   capacidade   de   construir   conceitos.   Este   processo   é   obtido   usando   vários   processos   como 

experimentações práticas, apresentação de uma peça teatral, a análise de um filme, montagem de cartazes 

e quadros, debates, entrevistas, relatórios de aulas de campo e laboratório,   entre outros, selecionando 

aquelas pertinentes aos temas de estudo. 

Desta forma, o domínio e compreensão dos processos citados acima, dão respaldo para uma 

avaliação de todo o trabalho pedagógico, fazendo com que o professor possa reconhecer o caminho a ser 

percorrido em sua disciplina. 

As habilidades básicas de raciocínio que devem ser  consideradas na avaliação do ensino­

aprendizagem são: observação do mundo ao redor do aluno; análise de situações do dia­a­dia com base 

nos conceitos compreendidos; interpretação de textos e síntese dos conceitos fundamentais; resolução de 

problemas com base na aplicação dos conceitos.

Além   disso,   é   importante   a   caracterização   de   transformações   naturais   e   induzidas   pelas 

atividades humanas em toda a biosfera, reconhecendo a necessidade de preservação do ambiente como 

um todo e também em particular na região em que se vive.

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2.2.6 REFERÊNCIAS

APPLE, Michael. Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

CARVALHO, Vanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.

KRASILCHIK, Myriam. Práticas de Ensino de Biologia. São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo, 

2005.

LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº 6, p. 1 ­ 19, 1983.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2005.

MARCZWSKI, Maurício. VÉLEZ, Eduardo. Ciências Biológicas. São Paulo: FTD,1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. 1ª Edição. São Paulo: Ática, 20

____________.   Departamento   de   Ensino   Médio.  Reestruturação   do   Ensino   de   2º   grau.  Proposta   de 

conteúdos do Ensino de 2º grau – Biologia. Curitiba, 1993.

SAVIANI, D.  Pedagogia histórico­crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 

1997.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Libertad, 2005.

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2.3 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

2.3.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Médio compõe o ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento. O aluno 

começa   a   compreender   e   explicar   que   há   propriedades   comuns  e   lida   com  a   regularidade   científica, 

podendo, a partir dela, adquirir algumas condições para ser produtor de conhecimento científico, quando 

submetido à atividade de pesquisa.

A   legislação   (Lei  nº  9394  de  20   de   dezembro  de  1996   ­   Seção  IV   ­  Art.   35)   aponta  como 

finalidades específicas do Ensino Médio: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos 

no   Ensino   Fundamental;   o   prosseguimento   dos   estudos;   o   preparo   para   o   trabalho   e   a   cidadania;   o 

desenvolvimento de habilidades como ­ continuar a aprender, capacidade de se adaptar com flexibilidade às 

novas condições de ocupação e aperfeiçoamento, o aprimoramento do aluno como ser humano, incluindo a 

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; e a compreensão dos 

fundamentos científico­tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática.

A   relação   entre   Educação   Física   e   educação   é   evidenciada   ao   longo   da   história,   através   da 

preocupação de  vários  educadores  e  pensadores,  em caráter  nacional  e   internacional,   em valorizar  a 

Educação Física no contexto geral de educação.

As Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica do Paraná  (SEED, 2009) 

comentam as várias transformações que a disciplina Educação Física absorveu em sua dimensão histórica.

A partir  de 1882, a Educação Física  tornou­se obrigatória  nos currículos escolares quando Rui 

Barbosa, no seu parecer sobre o projeto Reforma do Ensino Primário e várias instituições complementares 

da Instrução Pública, afirmou a importância da ginástica na formação do cidadão.

Nos séculos XVIII  e XIX as aulas de Educação Física sofreram forte  influência das instituições 

militares e da medicina. Foram importados da Europa vários métodos de ginástica e práticas de saúde para 

manter o organismo são e a eficácia da mecânica corporal. A Educação Física tinha então, a função de 

formar corpos saudáveis que melhor se adaptassem aos processos de produção do trabalho.

Na  década   de   30   houve  um  incentivo   às   práticas   esportivas   com   vistas   a   promover   políticas 

nacionalistas para o país. Ocorreu então a popularização do esporte com a criação de centros esportivos e 

a vinda de especialistas do exterior. A Educação Física passou então a ser sinônimo de esporte.

A partir de 1964 o esporte passou a ser tratado com mais ênfase no Brasil devido a acordos feitos 

entre o MEC e o Departamento de Educação Americana. Vários professores especializaram­se no exterior, 

especialmente   em   cursos   na   área   esportiva.   Foi   então   que   o   esporte   consolidou   sua   hegemonia   na 

Educação Física, através do método tecnicista, centrado na competição e no desempenho.

A Educação Física continuou como disciplina  obrigatória na escola  com  a  promulgação  da  Lei nº

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           213 

5.692/71,  tendo sua  legislação específica e  integrada como atividade curricular  obrigatória  em todos os 

cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Nesse   período,   sob   regime   militar,   a   Educação   Física   estava   ligada   à   aptidão   física,   sendo 

importante para aumentar a capacidade produtiva da classe trabalhadora, ao desenvolvimento do desporto,  

e com a intenção de tornar o país uma potência olímpica.

Procurando deixar a pedagogia tecnicista de lado e em busca de uma identidade para a Educação 

Física como área de estudo fundamental para a compreensão e entendimento do ser humano enquanto 

produtor da cultura, vários educadores apontaram então novos caminhos para a disciplina.

Uma das primeiras referências a ter destaque foi a psicomotricidade, centrada na educação pelo 

movimento, valorizando a formação integral do aluno.

Na década de 80 surgiram as tendências progressistas, destacando­se as seguintes abordagens:

•  Desenvolvimentista:  com a  ideia  de que o movimento  é  o  principal  meio  e   fim de Educação Física. 

Constitui­se no ensino de habilidades motoras de acordo com uma sequencia de desenvolvimento. Sua 

base teórica é, essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem; 

•  Construtivista: defende a formação integral, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento 

humano. Esta abordagem, embora preocupada com a cultura infantil, fundamenta­se também na psicologia 

do desenvolvimento.

Vinculadas  às  discussões  da  pedagogia  crítica  brasileira  e  às  análises  das  ciências  humanas, 

sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão as seguintes tendências:

• Crítico­superadora – baseia­se nos pressupostos da pedagogia histórico­critica desenvolvida por Demerval 

Saviani.  Nessa proposta,  o objeto da área de conhecimento da Educação Física é  a Cultura Corporal, 

concretizando­se nos seus diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a 

dança. O conhecimento é  sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado de forma histórica e 

espiralada, considerando o grau de complexidade;

• Crítico­emancipatória – parte de uma concepção de movimento denominada de dialógica. O movimentar­

se humano é  entendido como uma das formas de comunicação com o mundo, sob uma visão crítica e 

independentemente do segmento social a que se pertença.

No início da década de 90 ocorreu a elaboração do Currículo Básico para o Estado do Paraná. Para 

a Educação Física,  o  Currículo  Básico  fundamentava­se na pedagogia  histórico­crítica,  denominada de 

Educação   Física   progressista,   revolucionária   e   crítica,   propondo   uma   prática   político­pegagógica   que 

contribuísse para superar as diferenças sociais.

No mesmo período, foi elaborado o documento intitulado Reestruturação da Proposta Curricular do 

Ensino de Segundo Grau, também para a Educação Física. Assim como antes, a proposta foi fundamentada 

na  proposta  histórico­crítica  de  educação para   resgatar  o  compromisso  social  da ação pedagógica  da 

Educação Física, objetivando­se uma sociedade fundamentada em valores mais igualitários.

Esta proposta representou um  marco  para  a  disciplina,  destacando  a  importância  da  dimensão

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           214 

social   da   Educação   Física,   possibilitando   a   consolidação   de   um   novo   entendimento   em   relação   ao 

movimento humano como expressão da identidade corporal,  como prática social e como uma forma do 

homem se   relacionar   com o  mundo,  apontando a produção histórica  e  cultural   dos  povos,   relativos   à 

ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondam às características 

regionais.

Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), na década de 90, a disciplina 

da Educação Física sofreu um retrocesso nos seus avanços teóricos. Nos PCN para o Ensino Médio, há a 

descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos, ao propor temas amplos que desviam a 

centralidade e importância dos conhecimentos próprios de cada conteúdo de tradição da Educação Física. 

Verifica­se,   portanto,   uma   desvalorização   da   teoria,   em   nome   de   questões   imediatistas   e   abstratas, 

presentes na pedagogia das competências.

Assim visto,  as Diretrizes Curriculares de Educação Física  (SEED 2009)  procuram questionar a 

Educação Física que trata do corpo enquanto objeto de treinamento, sugerindo então uma Educação Física 

voltada à reflexão sobre o fazer corporal, objetivando a formação de um sujeito que reconheça o próprio 

corpo em movimento e a sua subjetividade.

O CONHECIMENTO ESPECÍFICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Para identificar a Educação Física como disciplina, é necessário primeiramente, saber qual é o seu 

objeto de estudo.

Porém, na busca pela especificidade do campo de estudo da Educação Física,  alguns autores, 

segundo  CAPARROZ   (2005),   acabam   por   retirar   suas   características   peculiares,   tornando­a   tão 

genericamente parecida  com as  demais  disciplinas  que  perde as  suas  características.  Portanto,  nessa 

tentativa   de   encontrar   seu  estatus  junto   às   demais   disciplinas,   a   Educação   Física   escolar   entra   pelo 

caminho da negação de si própria, para a afirmação no campo das demais disciplinas.

KOLYNIAK,  citado por  LORENZ e TIBEAU (2003),  considera o movimento humano consciente 

como objeto de estudo da Educação Física: todo movimento corporal que possibilite uma representação 

psíquica e uma interferência imediata ou mediata é considerado como movimento humano consciente.

De acordo com CAPARROZ (2005), a Educação Física tem a sua especificidade e importância no 

componente curricular por ter como objeto o movimento humano, com os elementos da cultura corporal,  

com os conhecimentos produzidos sobre as atividades físicas, sobre as diferentes práticas corporais.

Para BETTI  in MARCELLINO (2003) a Educação Física escolar deve fazer uso do esporte como 

uma fruição do exercício físico, quer seja na sua função de desenvolvimento pessoal, ou de melhoria e/ou 

manutenção  da  saúde.  O exercício   físico  deve  ser  utilizado  como uma prática   corporal  que  deve  ser 

usufruída como uma forma natural de exercício da motricidade.

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A CULTURA FÍSICA

De acordo com  PEREIRA (1988)  a cultura  física é  uma prática cultural  sócio­biológica.  É  uma 

prática   social   porque   envolve   o   ser   humano   em   relação   aos   demais;   é   biológica   pela   saliência   do 

envolvimento da individualidade corporal, ações predominantemente físicas.

A   cultura   física   está   a   serviço   da   libertação   do   homem   enquanto   sirva   de   meio   para   o 

desenvolvimento corporal consciente e manutenção da saúde, que sirva a todo povo e que seja também um 

meio de conscientização popular, de politização, de participação social e desenvolvimento do espírito crítico.

Para uma cultura física de modo permanente, é   imprescindível a união da teoria com a prática. 

Simplesmente saber, ou seja, o conhecimento teórico dos fenômenos culturais, mas a não­exercitação, a 

não­realização prática, apenas revela uma limitação muito próxima da alienação.

Na unicidade e interdependência dos órgãos e sistemas corporais e seu desenvolvimento natural, o 

exercício, o movimento, é tão imprescindível na vida do homem como o repouso e o alimento. E somente 

por meio da atividade física, do movimento que é o substrato da cultura física é que se podem desenvolver 

os processos vitais, os órgãos, enfim, haver vida.

O homem consciente pode dispor dos benefícios da cultura física, em todas as etapas de sua vida, 

como meio de negar o sedentarismo, de modo que em processos de exercitação tenha uma opção de 

prática cultural. E essa prática cultural deve ter finalidades, tais como a felicidade e a realização humana.

A EDUCAÇÃO FÍSICA E A PROMOÇÃO DA SAÚDE

Pode a escola situar­se no centro das preocupações com a educação para a saúde? Pode a aula de 

Educação Física influenciar uma vida saudável? Deve­se orientar as aulas à esse objetivo?

MARQUES e GAYA (1999) investigaram estas questões salientando que, na perspectiva da saúde 

pública,  os   objetivos  vão  além da  melhoria  da  aptidão   física.   Deve­se   fazer   educação  para  a  saúde, 

promover a prática regular de atividades físicas, estilos de vida ativos.

De acordo com os autores acima, a escola é  um local  privilegiado para o desenvolvimento de 

estratégias para a promoção da atividade  física e de educação para a saúde, assumindo as aulas de 

Educação Física um papel de destaque neste contexto.

Para  BENTO, citado por  MARQUES e GAYA (1999), ao considerar a saúde como uma categoria 

pedagógica,   rompe com os   limites  de  uma  interpretação exclusivamente  médica  e  predominantemente 

curativa, abrindo espaço para a abordagem do tema da saúde numa perspectiva de formação e educação.

Vários autores, como BENTO, MOTA, SOBRAL, NETO, JANUÁRIO, MATOS e GRAÇA, GUEDES 

e GUEDES, FARIA JUNIOR, NAHAS e CORBIN, GAYA et alii, GAYA, e SANTOS in MARQUES e GAYA 

(1999) consideram que uma das orientações da Educação Física deverá ser a educação para a saúde.

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Especialmente MATOS e GRAÇA, GAYA e GAYA et alii (MARQUES e GAYA, 1999) defendem a 

promoção de hábitos de vidas saudáveis como meta de qualquer sistema educativo, e justificam o papel 

privilegiado da Educação Física na realização desses objetivos. Na mesma linha, SOBRAL, também citado 

por  MARQUES e GAYA (1999), refere que, mais do que benefícios imediatos, a escola deve assegurar 

numa estratégia  de  longo prazo,  a  aquisição de atitudes,  conhecimentos e competências motoras que 

garantam a autonomia e hábitos de atividade física em fases mais avançadas da vida.

Portanto, não se trata tanto do professor de Educação Física intervir sobre a saúde, mas de fazer 

educação para a saúde, incutir em seus alunos a consciência e a atitude de vigilâncias necessárias quando 

terminada   a   escolaridade,   a   inserção   profissional,   os   vícios   civilizacionais   e   a   hipocinesia   levarem   o 

indivíduo a acusar sintomas da ausência da saúde.

No entanto, há vários críticos do predomínio da promoção da saúde como objetivo da Educação 

Física. Críticos estes adeptos da pedagogia crítico social (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e da pedagogia 

crítico emancipatória (KUNS, 1991, 1994; FERREIRA, 1997).

Para MARQUES e GAYA (1999), estes trabalhos, em grande parte configuram­se em abstrações, 

em discursos comprometidos em pregação ideológica, que acabam por trazer pouca colaboração ao quadro 

teórico aqui delineado.

LOVISOLO (1995)  também rebate estas afirmações autodenominadas como críticas que, em seu 

entender, carecem de uma análise mais profunda teoricamente e menos aguda ideologicamente. Este autor 

sugere um quadro muito proveitoso sobre a abordagem da Educação Física e a promoção da saúde a partir 

de uma análise histórica dos debates nesta área e apontando para estratégias que fazem deste campo de 

atuação, espaço de valorização dos profissionais da Educação Física.

CAPARROZ (2005)  ao analisar diversos estudos realizados sobre a Educação Física escolar na 

década de 80, concluiu que seus autores acreditam que sua inclusão e seu desenvolvimento se deram de 

forma linear e unilateral com base num consenso, ou seja, de acordo com suas afirmações, a Educação 

Física teve que obedecer e seguir cegamente o caminho para ela traçado pela classe dominante. Desta 

forma, vários autores acabam por substituir uma doutrina (de democratização das condições de saúde) do 

liberalismo por outra (de resposta aos interesses da classe dominante), o que resulta na produção de um 

discurso ideológico em substituição a outro.

Fica então evidente que a promoção da saúde configura­se como uma intencionalidade pedagógica 

claramente referenciada ao conjunto de atividades da escola e, especificamente em relação à Educação 

Física, o desenvolvimento de uma cultura desportiva, bem como a adequada instrumentalização para um 

estilo  de vida   fisicamente ativo,  devem constituir­se em objetivos   relevantes  no  quadro  amplo de seus 

programas.

Seguindo   a   visão   de  PEREIRA   (1988),   ao   se   propor   unir   as   dimensões   da   cultura   física   – 

fisiológicas, educativo­culturais, políticas e recreativas – deve­se visar antes de tudo  que  a  cultura  chegue

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ao povo. Sob o ponto de vista da elevação física e mental, cultural e política, aqui se destaca a cultura física, 

a preocupação com o corpo, com a elevação integral do ser humano.

Ao se propor medidas para a popularização da prática de exercícios físicos através da Educação 

Física escolar, faz­se procurando ser coerente com a teoria e com a prática. E procurando ser coerente, 

lutando tanto a nível classista como culturalmente, batalhando socialmente com os meios disponíveis, pela 

democracia e pela cultura física.

2.3.2 OBJETIVOS GERAIS 

Qual pode ser a contribuição da Educação Física ao aluno do Ensino Médio?

MOREIRA, citado por MATTOS e NEIRA (2000) constatou que, dentre os conteúdos desenvolvidos 

no Ensino Fundamental, há uma inclinação ao prolongamento com os esportes e, principalmente a mesma 

metodologia de ensino, através da execução de fundamentos seguida de vivências de situações de jogo. O 

autor  aponta que  as  aulas  de Educação Física no Ensino  Médio   rumam em direção à  especialização 

esportiva.

No entanto, citando o mesmo autor, essa especialização não se mostra eficaz, pois só é possível 

utilizar  a   tática  quando se  domina  os   fundamentos  do   jogo.  Não é  possível,  por  exemplo,  ensinar  os 

sistemas táticos no voleibol se os alunos não dominaram a recepção, o levantamento e a cortada. Esse 

conhecimento mais avançado perde o significado. Há então um desinteresse dos alunos pelas aulas, pois 

os mesmos não atingem o desempenho motor, sendo incapazes de obter a performance desejada.

Portanto, prosseguir no Ensino Médio com os já conhecidos fundamentos do esporte e do jogo é 

limitar demais o campo da Educação Física.

Após verificarem os resultados obtidos através de estudo de campo com alunos do Ensino Médio de 

escolas   públicas   e   particulares,  LORENS   e   TIBEAU   (2003)  concluíram   que   os   alunos   manifestam 

necessidade da presença de conteúdos conceituais nas aulas de Educação Física. Ainda, de acordo com os 

mesmos autores, valorizar os conhecimentos teórico­científicos da Educação Física pode ajudar a mudar o 

conceito ainda existente de “atividade” para o real conceito de “disciplina” e área de conhecimento. Para que 

a   aula   seja   significativa,   os   alunos  devem começar   a   entender   o   movimento   humano,   e  não   apenas 

reproduzi­lo.

Porém, raras  vezes as escolas  se preocupam em desenvolver  ações educativas para  levar  os 

jovens a adquirir hábitos de vida que favoreçam a prática de exercícios físicos de forma continuada.

Atravessando um período de discussões acerca do que deve tratar o campo de conhecimento da 

Educação Física no Ensino Médio,  os educadores de diversas origens encontraram no trabalho com a 

aptidão física e saúde uma alternativa viável e educacional para suas aulas.

BENTO (1991) aponta uma linha de pensamento que se aprofunda nesse sentido ao dizer que:

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“uma Educação Física atenta aos problemas do presente não poderá deixar de eleger, como  

uma de suas orientações centrais, o da educação para a saúde. Se pretende prestar serviço à  

educação social dos alunos, se pretende contribuir para uma vida produtiva, criativa e bem  

sucedida, a Educação Física encontra, na orientação pela educação da saúde, um meio de  

concretização de suas pretensões, formulações e justificativas.”

Segundo TUBINO (2003),  no novo conceito de Educação Física, revisado pelo Manifesto Mundial 

de Educação Física ­ FIEP 2000 (Féderátion Internationale d´Education Physique, 2000), ela deixa a sua 

delimitação para a  infância e adolescência, e passa a constituir­se como um processo de educação ao 

longo da vida das pessoas, isto é, passa a ser uma Educação Física para crianças, adolescentes, jovens, 

adultos e idosos.

Ainda   para   este   autor,   esta   Educação   Física   com   mais   sentido   substitui   a   Educação   Física 

passatempo ou funcionalista de outrora, pois o importante, a partir do manifesto FIEP, será o processo de 

desenvolvimento de um estilo de vida, que levará  as pessoas a uma qualidade de vida desejável e às 

oportunidades de entretenimentos considerados saudáveis, além de propiciar seres integrais, e melhores 

convivências humanas.

No documento “A Indispensabilidade da Educação Física”, divulgado pela Associação Internacional 

das Escolas de Educação Física (AIESEP ­ 1999),  “...coloca a Educação Física como única disciplina, na  

escola,  que  atua  diretamente  com o   físico,  movimento,   jogos  e  esporte,  oferecendo oportunidades  às  

crianças e adolescentes para desenvolverem agilidade e harmonia de movimentos, identidades, desenvolver  

conhecimentos e percepções necessárias para um engajamento independente e crítico na cultura física, e  

por isso deve ter o mínimo de 2­3 horas semanais, e as aulas devem integrar um currículo longitudinal e ser  

dirigidas por professores de Educação Física, preparados para esta função”.

O Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física, reforçando a importância da 

Educação Física como um processo ao longo da vida e particularmente para todas as crianças,   reiterou 

que uma Educação Física de qualidade (transcrito abaixo conforma o original):

• é o mais efetivo meio de promover nas crianças, seja com qualquer capacidade/incapacidade, sexo, 

idade,   cultura,   raça,   etnia,   religião   ou   nível   social,   com   habilidades,   atitudes,   valores   e 

conhecimentos, o entendimento para uma participação em atividades físicas e esportivas ao longo 

da vida;

• auxilia  as crianças a atingirem uma  integração segura e  adequado desenvolvimento da mente, 

corpo e espírito;

• é a única disciplina escolar cujo foco principal é sobre o corpo, atividade física, desenvolvimento 

físico e saúde;

• auxilia   as   crianças   a   desenvolver   padrões   de   interesse   em   atividades   físicas,   os   quais   são 

essenciais para o desenvolvimento desejável e constroem os fundamentos  para um  estilo  de  vida

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 saudável;

• auxilia as crianças a desenvolver respeito pelo seu corpo e dos outros;

• desenvolve na criança o entendimento do papel da atividade física como promotora da saúde;

• contribui para a confiança e auto­estima das crianças;

• realça o desenvolvimento social, preparando as crianças para enfrentar competições, vencendo e 

perdendo, cooperando e colaborando.

São objetivos gerais da Educação Física para o Ensino Médio:

A Educação Física passou a objetivar o desenvolvimento nas pessoas para um estilo de vida ativo. 

Neste processo, a educação para a saúde e o lazer passa a ser prioridade. A Educação Física nesta nova 

interpretação passa a ser um ensino para a criação de habilidades motoras, atitudes e conhecimentos. 

(TUBINO, 2003).

Educar os seres humanos para um estilo de vida ativo, voltado para a aquisição de uma qualidade 

de vida satisfatória (SILVA, 2003).

Introduzir e integrar o aluno na cultura corporal, formando o cidadão que vai produzi­la, reproduzi­la 

e transformá­la em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (DARIDO, 

2001).

2.3.3 CONTEÚDOS

Um determinado conteúdo justifica­se quando contribui, enquanto parte, para a apropriação pelos 

alunos, de uma totalidade de conhecimentos que lhes possibilitam a leitura crítica do mundo que os cerca.

De acordo com DARIDO (2001), para a seleção de conteúdos, deve­se considerar:

A especificidade da área ­ a Educação Física tem o seu espaço de ação e sua forma peculiar de 

desenvolver os seus conteúdos, portanto, deve­se levar em conta o espaço físico e os materiais oferecidos 

pelo Estabelecimento de Ensino;

A especificidade do grupo ­ o conteúdo deve adequar­se ao aluno, não esquecendo, porém, que a 

falta de interesse dos alunos por determinado assunto origina­se na maioria das vezes, no desconhecimento 

dos mesmos;

O interesse e a  aplicabilidade  social  ­  o  conteúdo a ser  desenvolvido  deve estar  vinculado  ao 

cotidiano do aluno.

Os conteúdos a serem desenvolvidos foram agrupados nos seguintes eixos estruturantes:

ESPORTE

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           220 

Com relação ao esporte, a intenção é refletir com os alunos sobre as práticas esportivas e adaptá­

las à realidade escolar. Neste sentido, o esporte pode ser desenvolvido com abordagens voltadas para o  

lazer, para a melhoria ou manutenção da saúde, bem como para a integração dos indivíduos.

De acordo com as DCE para a Educação Física (SEED 2009), procura­se um entendimento crítico 

das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição 

técnica,   tática,   seus  elementos  básicos,  até   o   sentido  da  competição   esportiva,  a  expressão  social   e 

histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.

Portanto,  ao trabalhar com o esporte,  o professor deve trazê­lo para dentro da escola para ser 

praticado, debatido e contextualizado criticamente, procurando sempre a possibilidade de alternativas: ao 

lado das medalhas, a satisfação pessoal da prática de um esporte, ao lado do esporte trabalho, o esporte 

lazer.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Segundo as DCE para a Educação Física (SEED 2009), os jogos e as brincadeiras compõem um 

conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem 

a curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas atividades. 

Ao respeitarem combinados do jogo, os alunos aprendem a se mover entre a liberdade e os limites, 

os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para 

que o professor discuta as possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva. 

Os jogos e as brincadeiras também oportunizam o estudo da cultura local e regional onde estes são 

praticados, valorizando a manifestação corporal inerente ao local.

DANÇA

A dança caracteriza­se pelo  uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos,  ou 

improvisados. Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é  acompanhada ao som e 

compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potencializados por ela. A dança pode existir 

como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia.

Na   escola,   a   dança   pode   ser   vivenciada   através   de   suas   diversas   formas   enfatizando­se   a 

espontaneidade e a improvisação, e servindo­se da técnica como referencial para a criação de coreografias 

O trabalho com a dança também pode oferecer ao professor e seus alunos uma reflexão crítica 

sobre seus significados, oportunizando o estudo do contexto em que ela foi criada e da possibilidade de 

superação de modelos pré­estabelecidos. Além disso, cria­se a possibilidade do rompimento com a técnica 

dos movimentos padronizados e mecanizados, propiciando a criação de coreografias de acordo com a 

possibilidade do aluno.

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GINÁSTICA

O conteúdo Ginástica pode oferecer ao aluno o estudo das possibilidades e limites do corpo. Com 

este   conteúdo,   cria­se   a   possibilidade   de   vários   questionamentos   acerca   de   padrões   estéticos   e 

mecanizados do movimento humano. Além do culto exacerbado ao corpo e aos exercícios físicos, é possível 

também   a   reflexão   acerca   dos   modismos   que   atualmente   se   fazem   presentes   nas   diversas   práticas 

corporais.

Neste   conteúdo   estruturante,   há   também  a   possibilidade   do   estudo   da   importância   da   prática 

habitual de exercícios físicos como fator relacionado à manutenção e/ou promoção da saúde, bem como na 

redução da incidência de diversas doenças, principalmente as degenerativas, dentre as quais incluem­se o 

diabetes, a hipertensão e a obesidade. 

LUTAS

As   lutas   constituem   sistemas   de   práticas   e   tradições   historicamente   produzidas   e   repletas   de 

simbologias e tradições.

Na escola, as lutas podem ser tratadas de forma que estas possibilitem a identificação de valores 

culturais conforme a época e o lugar onde as mesmas foram ou são praticadas.

As lutas devem ser abordadas de forma reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que 

somente desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e 

vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que possível, 

estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir desse conhecimento proporcionado na escola,  

o aluno pode de forma autônoma decidir pela sua prática, ou não, fora do ambiente escolar.

A seguir,  os conteúdos da Educação Física que compõem o Ensino Médio  foram divididos em 

estruturantes e básicos.

ESPORTE

• Coletivos

• Individuais

• Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS

• Jogos de tabuleiro

• Jogos dramáticos

• Jogos cooperativos

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DANÇA

• Danças folclóricas

• Danças de salão

• Danças de rua

GINÁSTICA

• Ginástica artística

• Ginástica de condicionamento físico

• Ginástica geral

LUTAS

• Lutas com aproximação

• Lutas que mantêm à distância

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

ELEMENTOS ARTICULADORES PARA O ENSINO MÉDIO

Procurando   uma   nova   maneira   de   abordar   os   conteúdos   relacionados   à   Educação   Física,   as 

Diretrizes   Curriculares   de   Educação   Física  (SEED   2009)  propõem   o   trabalho   com   os   Elementos 

Articuladores. Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares, os Elementos Articuladores interligam­se e 

complementam os conteúdos estruturantes, na medida em que visam tratar as práticas corporais de forma 

reflexiva e contextualizada, favorecendo a compreensão destas práticas.

a) CULTURA CORPORAL E CORPO

De acordo com  SILVA,  in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005),  o  corpo é  uma construção 

social, uma vez que, por meio de sua individualidade e da sua experiência recebe o “modo de ser da vida”, 

a natureza e o tempo da cultura.

O corpo deve ser entendido em sua totalidade; o ser humano é o seu corpo que sente, pensa e age. 

Sob uma perspectiva de análise crítica, o corpo deve ser estudado através de seu referencial de beleza e 

saúde, do seu uso/abuso como ferramenta produtiva e objeto de consumo, bem como da visão ao longo da 

história que a humanidade criou em relação ao corpo.

b) CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

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Para MARCASSA, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), o lúdico é uma manifestação cultural 

inserida nas várias dimensões da vida humana. Não existe isoladamente, numa ou outra atividade, podendo 

aparecer nas mais diferentes situações.

O lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais, 

sejam elas na infância, na idade adulta ou na velhice.

Ao vivenciar e refletir sobre os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras, o aluno torna­

se capaz de estabelecer conexões entre o imaginário e o real, e de refletir sobre os papéis assumidos nas 

relações em grupo. Reconhece e valoriza, também, as formas particulares que os brinquedos e as brinca­

deiras tomam em distintos contextos e diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos 

sociais.

c) CULTURA CORPORAL, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

GUEDES e GUEDES (1993), NAHAS e CORBIN (1992b), citados por MARQUES e GAYA (1999), 

sugerem que tão importante quanto envolver os educandos com atividades motoras relacionadas à saúde, 

durante as aulas de Educação Física, é fazer com que os mesmos incorporem conhecimentos necessários 

que os levem a uma prática motora efetiva além das aulas programadas, bem como à adoção de hábitos de 

vida que proporcionem uma vida com qualidade.

Cabe também mencionar que a qualidade de vida não depende apenas do indivíduo. Há  outros 

fatores aqui implícitos que também atuam sobre a questão. Segundo ASSUMPÇÃO et al (2002),  deve­se 

também interpretar a saúde e a qualidade de vida levando­se em questão o universo social em que os 

indivíduos estão inseridos.

De acordo com ASSUMPÇÃO et al (2002), e GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), a expressão 

qualidade de vida tem uma dimensão subjetiva, relacionada ao estilo de vida, e uma dimensão objetiva, esta 

ligada às condições de vida. Segundo os últimos autores, tem­se então a decisão individual de como se 

quer viver a vida, citando os hábitos e condutas pessoais, como exemplo. Do outro lado, há a questão das 

condições de vida, estas podendo ser aferidas segundo indicadores qualitativos, como o de inclusão social 

ou o índice de desenvolvimento humano (IDH).

Concluem ASSUMPÇÃO et al (2002) que a questão saúde, e por conseguinte, qualidade de vida, 

não pode ser debatida apenas biologicamente. Há que se levar também em conta os elementos sociais, 

econômicos, políticos e culturais se o objetivo é aprofundar mais a questão.

De acordo com as  Diretrizes, os cuidados com a saúde não podem ser atribuídos tão somente a 

uma responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de 

práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos.

d) CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

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Para MASCARENHAS, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), as diversas formas de conflito 

do viver em sociedade, dentre  elas as  formas de socialização e de construção de uma  identidade,  as 

estratégias de dominação e sua resistência se originam no modo como os indivíduos se relacionam no e 

pelo trabalho, em intercâmbio com a natureza.

Assim, o mundo do trabalho torna­se elemento articulador dos Conteúdos Estruturantes da Educa­

ção Física, na medida em que concentra as relações sociais de produção/assalariamento vigentes na socie­

dade, em geral, e na Educação Física, em específico. O professor poderá, como exemplo, debater com 

seus alunos as consequências da profissionalização e o assalariamento de diversos atletas, vinculados às 

diferentes práticas corporais.

e) CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

A desportivização deve ser analisada à luz da padronização das práticas corporais. Isso significa 

que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade, um esporte é colocá­la sob normas e regras padroniza­

das e subjugadas a federações e confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta, dei­

xando o aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.

Esta visão pode ser direcionada aos conteúdos específicos, apontados dentro dos Conteúdos Estru­

turantes, analisando então em que condições estes tornaram­se esportes institucionalizados e quais foram 

os impactos derivados desta transformação, 

f) CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

Segundo FENSTERSTEIN, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005), a técnica permeia a Educa­

ção Física na medida em que concebe o corpo como uma máquina e na sua subordinação ao sistema es­

portivo e os princípios que o determinam.

De acordo com as Diretrizes Curriculares, a técnica é fundamento central para pensar os diferentes 

conteúdos da Educação Física, fruto do rigor científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos 

mais eficientes para educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.

Porém, se o enfoque permanecer apenas na técnica e na tática, deixando de lado os outros princí­

pios do esporte, perde­se a capacidade de se relacionar e refletir sobre quaisquer manifestações corporais.

As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado cultural das di­

ferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar a importância do aprendizado das diferentes téc­

nicas e elementos táticos. Trata­se, sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito 

além dos elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre­se o risco de reduzir ainda mais as possibilidades 

de superar as velhas concepções sobre o corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de ha­

bilidades motoras e no treinamento físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas.

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g) CULTURA CORPORAL E LAZER

Segundo  MARCASSA e MASCARANHAS, in GONZÁLEZ e FENSTERSEIFER (2005),  são nos 

momentos de lazer que os jovens criam e reforçam seus laços de identidade social, que as crianças, através 

da atividade lúdica, interpretam e ressignificam o mundo que as cerca, que os adultos tecem suas relações 

sociais e renovam valores e comportamentos que fundamentam os princípios éticos, estéticos e políticos 

que regem a sociedade.

No trabalho pedagógico com o lazer, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de lazer 

em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais, e a maneira 

como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

h) CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

Aqui, propõe­se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas 

relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem revelar­se excelentes oportunidades de rela­

cionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, 

para que o outro seja considerado.

Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as experiências corpora­

is do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais têm riquíssimos acervos, muitas vezes esque­

cidos porque predominam os modelos urbanos de educação do corpo. Assim, torna­se pertinente valorizar 

as práticas corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas, tanto quanto 

nas escolas urbanas.

i) CULTURA CORPORAL E MÍDIA

Esse elemento articulador deve propiciar a discussão das práticas corporais transformadas em es­

petáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos meios de comunicação para promover e divul­

gar produtos. Para uma análise crítica dessa concepção das práticas corporais, diversos veículos de comu­

nicação podem servir de referência, quais sejam: programas esportivos de rádio e televisão, artigos de jor­

nais, revistas, filmes, documentários, entre outros.

Nesta seção, os conteúdos os conteúdos podem ser aprofundados, considerando as questões vei­

culadas pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e reflexão sobre: 

a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo; os extremos sobre a questão salarial 

dos atletas; os extremos de padrões de vida dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os 

esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.

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HISTÓRIA E CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA

Em 2003 foi lançada a lei federal nº 10.639, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 

Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino da cultura africana e afro­brasileira nas escolas 

públicas e privadas de todos os estados brasileiros.

LEI DE POLÍTICA AMBIENTAL

Em de 31 de agosto de 1981 foi lançada a Lei nº 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do 

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Esta   lei,   em   seu   Art.   1º/   5.   CF,   art.   225,   diz   que:  "Todos   têm   direito   ao   meio   ambiente  

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo­se  

ao   Poder   Público   e   à   coletividade   o   dever   de   defendê­lo   e   preservá­lo   para   as   presentes   e   futuras  

gerações."

Os   conteúdos   relacionados   à   História   e   Cultura   Afro­brasileira   e   Africana,   à   Lei   de   Política 

Ambiental,   e   à   História   do   Paraná   (Lei   Estadual   nº   13.381/01)   poderão   ser   desenvolvidos 

interdisciplinarmente,   como   por   exemplo,   através   de   projetos,   onde   poderão   ser   abordados   diversos 

assuntos, dentre os quais se destacam:

• Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos históricos.

• A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico­social, como elemento da 

cultura corporal.

• A contribuição do negro para a cultura física no Brasil.

• O racismo no futebol.

• A influência do meio ambiente (temperatura, umidade relativa do ar, dia, noite) sobre o 

indivíduo durante a prática de exercícios físicos.

• O indivíduo e suas relações com o meio ambiente.

• Percepção ambiental.

• História dos esportes no Paraná.

• Personalidades esportivas do Paraná.

2.3.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA 

Quanto à   intervenção, tanto  GUEDES e GUEDES  quanto  NAHAS e CORBIN,  mencionados em 

MARQUES e GAYA (1999)  sugerem que  tão  importante  quanto envolverem os  alunos  com atividades 

motoras   durante as aulas de Educação Física, é fazer com que os mesmos incorporem conhecimentos 

necessários que os levem a uma prática motora efetiva além das aulas programadas. Para  isso,  de  acordo

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           227 

com  SOBRAL,  in  MARQUES e GAYA (1999),  a escola   tem de transmitir  aos  jovens as competências 

básicas, garantir a cada educando um repertório de atividades que lhes permitam gerir a sua aptidão física 

e   seu  bem­estar  geral.  Ou  seja,   a   autonomia   do   indivíduo   no  âmbito  das  práticas  desportivas  e  das 

atividades físicas em geral é fundamental neste domínio.

Desta forma, as aulas serão teóricas e práticas. Pois, de acordo com MATTOS e NEIRA (2000) a 

aula teórica tem como objetivo proporcionar ao aluno o conhecimento dos principais conceitos do tema que 

está sendo desenvolvido e, além disso, explicar a importância da abordagem destes temas em aula. Na 

aula prática, o aluno terá condições de vivenciar os temas abordados na teoria. BRITO, citado por LORENS 

e TIBEAU (2003) afirma que as aulas práticas de Educação Física devem ter um embasamento teórico sem 

o qual as mesmas perdem o seu significado, caracterizando­se como simples atividade.

MATTOS e NEIRA (2000) acreditam que os alunos constroem significados a partir de múltiplas e 

complexas interações. Nesta concepção, cada aluno é sujeito de seu processo de aprendizagem, enquanto 

o   professor   é   o   mediador   na   interação   do   aluno   com  os   objetivos   do   conhecimento.   O   processo   de 

aprendizagem compreende também a interação dos alunos entre si, essencial à socialização. Assim sendo, 

a metodologia apresentada enfoca, fundamentalmente, a interação do professor na criação de situações de 

aprendizagem coerente com essa concepção.

A ênfase na autonomia condiciona a opção por uma proposta de trabalho que considere a atividade 

do aluno na construção de seus próprios conhecimentos, valorize suas experiências, seus conhecimentos 

prévios  e  a   interação professor­aluno,  buscando essencialmente a  passagem progressiva de situações 

dirigidas por outrem a situações dirigidas pelo próprio aluno.

O desenvolvimento de um comportamento autônomo depende de suportes materiais, intelectuais e 

emocionais.  Para  a  conquista  da  autonomia   é   preciso  considerar   tanto  o   trabalho   individual  quanto  o 

coletivo­cooperativo.  O  individual  é  potencializado  pelas  exigências  feitas aos alunos  no sentido  de se 

responsabilizarem  por   suas   tarefas,   pela  organização   e   pelo   envolvimento   com  o   tema   de   estudo.   A 

importância do trabalho em grupo está em valorizar a interação aluno­aluno e professor­aluno como fonte de 

desenvolvimento social, pessoal e intelectual. Situações de grupo exigem dos alunos a consideração das 

diferenças   individuais,   respeito   a   si   e   aos   outros   e   trazem   contribuições   e   cumprimento   das   regras 

estabelecidas (MATTOS e NEIRA 2000).

De acordo com as DCE (SEED 2009), ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de 

Educação Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como 

referência  acerca  do  conteúdo proposto,  ou  seja,  é  uma primeira   leitura  da   realidade.  Esse  momento 

caracteriza­se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. 

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor propõe um 

desafio remetendo­o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Por 

exemplo, levantar a seguinte questão sobre o jogo: todo jogo é  necessariamente competitivo? Será  que 

existe alguma maneira de jogar sem que exista um vencedor no final? 

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Posteriormente, o professor apresentará  aos alunos o conteúdo sistematizado, para que tenham 

condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão 

do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções 

pedagógicas necessárias, para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.

Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que criem outras  

variações de jogo, vivenciando­as. Neste momento, é  possível  também a efetivação de um diálogo que 

permite   ao   aluno   avaliar   o   processo   de   ensino/aprendizagem,   transformando­se   intelectual   e 

qualitativamente em relação à prática realizada.

2.3.5 AVALIAÇÃO

O processo de avaliação em Educação Física é algo complexo e fundamental para a eficiência do 

ensino. O professor deve encarar os momentos avaliativos como aquisição de dados para a modificação e 

melhoria do trabalho pedagógico.

Para MATTOS e NEIRA (2000), na avaliação, o professor deve atentar para o desenvolvimento do 

pensamento,  a  aquisição e  a  aplicação dos  conceitos  adquiridos  durante  as  aulas  para  a  solução de 

problemas apresentados pelo cotidiano, e à autonomia.

GIANNICHI,  citado por  RODRIGUES (2003)  esclarece que, para procedermos a uma avaliação, 

devem­se ter claro alguns princípios: esclarecer o que será avaliado inicialmente, selecionar as técnicas ou 

instrumentos de avaliação em função dos objetivos, considerar os pontos positivos e limitados das técnicas 

de   avaliação   empregadas,   levar   em  conta   uma   variedade   de   técnicas   para   assegurar   uma   avaliação 

compreensiva, e considerar a avaliação como meio e não fim.

Sendo   assim,  RODRIGUES   (2003)  comenta   que   a   avaliação   é   um   ato   que   se   realiza   para 

verificarmos em que estágio se encontra determinada aprendizagem, não sendo um ato estratificado ou 

momentâneo.

Em   linhas   gerais,   durante   o   desenvolvimento   dos   conteúdos   e   nos   processos   avaliativos,   o 

professor deve perceber se o aluno é capaz de:

 No Esporte:

• Aprofundar­se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de forma a 

reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando­as como recurso para a 

melhoria de suas aptidões físicas;

• Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e frequência, elevando­se à 

condição de planejador de suas práticas corporais;

• Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte;

• Vivenciar algumas manifestações esportivas;

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• Reconhecer a importância da nutrição como fator determinante da saúde, bem como 

da sua importância sobre a prática do exercício;

• Compreender as questões sobre doping e recursos ergogênicos utilizados no esporte.

• Conhecer a história dos esportes do Paraná;

• Reconhecer a  influência e a contribuição das práticas da cultura corporal  negra no 

Brasil;

• Compreender as relações do indivíduo com o meio ambiente.

Nos Jogos e Brincadeiras:

• Organizar   atividades   e   dinâmicas   de   grupos   que   possibilitem   a   aproximação   dos 

envolvidos e considerem as suas individualidades;

• Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de 

superação;

• Reconhecer a  influência e a contribuição das práticas da cultura corporal  negra no 

Brasil;

• Compreender as relações do indivíduo com o meio ambiente.

Na Dança:

• Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções e formas de deslocamento das 

danças;

• Criação e apresentação de coreografias;

• Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais por 

meio da dança;

• Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural;

• Reconhecer a  influência e a contribuição das práticas da cultura corporal  negra no 

Brasil;

• Compreender as relações do indivíduo com o meio ambiente.

Na Ginástica:

• Identificar as fontes de energia utilizadas durante o exercício físico;

• Diferenciar exercícios aeróbicos e anaeróbicos;

• Conhecer a anatomia da coluna vertebral, conceituar as principais alterações posturais 

e conhecer hábitos posturais saudáveis à coluna;

• Conhecer a origem e os diferentes tipos de ginástica;

• Aprofundar­se   no   conhecimento   do   organismo   humano   no   que   diz   respeito   às 

capacidades   físicas,  respostas  do   corpo  aos   estímulos  e   diferentes   formas   de

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movimentação,   valorizando­as   como   recurso   para   a   expressão   de   suas   aptidões 

físicas;

• Aprofundar­se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de forma a 

reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando­as como recurso para a 

melhoria de suas aptidões físicas;

• Executar séries de alongamentos e/ou relaxamento para diversos grupos musculares;

• Conhecer os fatores deletérios à  saúde, e como intervir neste processo de forma a 

evitá­los;

• Reconhecer a  influência e a contribuição das práticas da cultura corporal  negra no 

Brasil;

• Compreender as relações do indivíduo com o meio ambiente.

Nas Lutas:

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas 

de lutas e, se possível, vivenciar algumas manifestações;

• Diferenciar lutas de artes marciais;

• Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções e formas de deslocamento 

das lutas;

• Reconhecer a  influência e a contribuição das práticas da cultura corporal  negra no 

Brasil;

• Compreender as relações do indivíduo com o meio ambiente.

Como instrumentos de verificação da aprendizagem, pode­se utilizar de:

• Prova   dissertativa   ­  Série   de   perguntas   que   exijam   capacidade   de   estabelecer   relações, 

resumir,  analisar  e   julgar.  Tem como  função verificar  a  capacidade de analisar  o  problema 

central, abstrair fatos, formular ideias e redigi­las;

• Seminários ­ Exposição oral para o público, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao 

assunto. Tem como função possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de 

forma eficaz;

• Trabalho   em   grupo   ­  Atividades   de   natureza   diversa   (escrita,   oral,   gráfica,   corporal,   etc) 

realizadas coletivamente. Tem como função desenvolver o espírito colaborativo e a socialização;

• Debate ­  Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto 

polêmico.   Tem   como   função   aprender   a   defender   uma   opinião   fundamentando­a   em 

argumentos convincentes;

• Relatório ­ Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos. Tem 

como função averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto;

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• Auto­avaliação  ­  Análise  oral  ou por  escrito,  em  formato  livre,  que o aluno  faz do próprio 

processo de aprendizagem. Tem como função fazer o aluno adquirir capacidade de analisar 

suas aptidões e atitudes, pontos fortes e fracos;

Observação ­ Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em 

situações   planejadas.   Tem   como   função   seguir   o   desenvolvimento   do   aluno   e   ter 

informações sobre as áreas afetivas, cognitiva e psicomotora.

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2.3.6 REFERÊNCIAS

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           234 

2.4 DISCIPLINA: FILOSOFIA

2.4.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Diante de uma sociedade fadada pela corrupção da indústria cultural, política e ética, resultado 

de   uma   semi­formação   humana,   cumpre­nos   como   filósofos   e   educadores,   retomar   a   importância   do 

exercício da reflexão. Como escola devemos ser ativos no desenvolvimento das subjetividades, na esfera de 

oposição as ideologias e as alienações impostas pela elite. Criando na escola um espaço de encontro, de 

diálogo, ação e apropriação dos bens culturais, por meio das experiências vividas, e como continuidade da 

construção do saber que se possa ultrapassar os estereótipos, as barreiras e pressões dos “enlatados” 

ideológicos dos meios de comunicações americanizados.

O estudo da Filosofia não é linear, mas um processo incessante de busca e adaptação, tendo 

em vista a preparação do homem à própria realidade num exercício contínuo da reflexão e do pensamento 

crítico.

Tendo em vista que a maior parte dos homens não reflete sobre o que lhes apresenta, mesmo 

instruídos   não   compreendem,   mesmo   presentes   são   ausentes,   vivem   na   aparência.   A   filosofia   busca 

resgatar e trazer à consciência para a vigília desperta do sono da inconsciência. 

O homem se define pelo pensamento, no sentido de que só o homem é capaz de pensar. Esse 

pensar deve buscar e desenvolver­se na totalidade dos aspectos em que vivemos.

No contexto em que um animal vive, não há consciência, nem rupturas, pois não pensa nem 

age politicamente. Ele é natureza. Dentro da natureza, seus movimentos são ditados por estímulos. Para 

ele, o que importa é a sobrevivência. Já  o ser humano precisa conhecer, compreender e saber sobre o 

mundo que  o  envolve.  Esse  conhecimento  o  orienta  em sua  conduta  social.  Assim,  o  ser  humano  é, 

essencialmente, um ser político, com uma busca incessante de sua identidade, emancipação, como cidadão 

integrante da realidade em que se insere. 

A   inquietação  do  homem  frente   às   perguntas,  questionamentos  para  se  alcançar  a  plena 

liberdade perante os desafios lançados à humanidade pela etapa da globalização, que passa por profundas 

transformações,   a   Filosofia   novamente   é   desafiada   a   fundamentar,   elaborar   conceitos   que   permitam 

compreender criticamente o que acontece à nossa volta e no mundo, afim de que nossas ações e escolhas 

sejam compreendidas como prática da cidadania, de um eterno formar­se, no exercício contínuo de reflexão 

e auto­reflexão, e uma tomada de atitude, com capacidade de julgamento maduro e de conviver com o outro 

e com o meio.

A utilização da Filosofia no Ensino Médio auxiliará na consolidação e no aprofundamento dos 

conhecimentos adquiridos; apropriação básica para o  trabalho  e  a  cidadania;  aprimoração  da  educação,

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incluindo a formação ética, como autonomia intelectual do sujeito.

A Filosofia  parte  da   intenção de  buscar  o  verdadeiro,  o  belo,  o  bom,  afim de  fomentar  a 

fertilidade   em   gerar   novos   saberes   –   tendo   domínio   dos   conhecimentos   necessários   ao   exercício   da 

cidadania.

A Filosofia pode ser justificada por meio de critérios onde se possa distinguir as crenças gerais 

de uma argumentação fundamentada pela razão, de natureza reflexiva, dando possibilidade de reconstruir 

racionalmente o seu conhecimento. A capacidade de análise e de interpretação dá  ao aluno autonomia 

cognitiva, afetiva, social e cultural que constituem a sociedade em que vive.

A   Filosofia   busca   desenvolver   no   aluno   um   olhar   analítico,   investigativo,   questionador   e 

reflexivo que possa contribuir  para uma compreensão mais  profunda da  realidade – visão de conjunto 

(totalidade). Para torná­lo compreensivo, é preciso que se leve em consideração as dificuldades prévias do 

aluno,   partindo   de   seus   conhecimentos,   da   capacidade   e   contexto   social   pessoal,   sócio­histórico, 

apropriando­se de textos e contextos, mediando as diversas interpretações para a aplicação dentro de seu 

próprio aspecto sócio­histórico­cultural.

O professor deve  identificar  com clareza a posição da classe;  lidar com a complexidade e 

pluralidade de discursos; reconhecer o trabalho social como esforço necessário para a construção de vida 

compartilhada;   reconhecer a  injustiça e a   inumanidade;   reconhecer  e desmascarar  os comportamentos 

injustos e inautênticos.

Para   tanto,   é   necessário  que  se   trabalhe  com uma  linha  educacional   sócio­interacionista­

construtivista. O homem como ser prático – ação, o homem como ser teórico – preocupado com a busca da 

verdade e o homem como um ser criador, transformador e reconstrutor de seu meio.

2.4.2 OBJETIVOS

     Apropriar­se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Filosofia;→

                      Compreender as estruturas e configurações do pensamento filosófico, de sua constituição→  

histórica e dos sistemas de constituição;

 Articular as teorias filosóficas aos problemas atuais: científicos­tecnológicos, ético­políticos,→  

sócio­culturais e as vivências;

 Estimular o aluno a prática da reflexão crítica, como processo cognitivo;→

 Desenvolver  procedimentos próprios do pensamento crítico:  apreensão e construção de→  

conceitos, argumentações e problematização;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           236 

 Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos;→

 Produzir textos analíticos e reflexivos;→

 Adquirir e reconstruir conhecimentos e conceitos.→

Por fim, a Filosofia contribui para a formação de homens mais dignos, livres, sábios, diferentes 

e iguais, capazes de adaptar­se, de recusar, de engajar­se e transformar o mundo em que vivem de forma 

justa e fraterna.

2.4.3 CONTEÚDOS

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1ª SÉRIE → MITO E FILOSOFIA→TEORIA DO CONHECIMENTO

2ª SÉRIE→ ÉTICA→ FILOSOFIA POLÍTICA

3ª SÉRIE→ FILOSOFIA DA CIÊNCIA→ ESTÉTICA.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

1ª SÉRIE:

MITO E FILOSOFIA

• Saber mítico

• Funções do mito 

• Atualidade do mito 

• Relação Mito e Filosofia

• O saber filosófico 

• O que  é filosofia

• O filosofar

• Surgimento do pensar

• Nascimento da filosofia – Sócrates / maiêutica – Platão / mito da caverna – Aristóteles / lógica

• construção do novo saber – verdade

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TEORIA DO CONHECIMENTO

• O que é conhecimento

• Possibilidade do conhecimento

• As formas do conhecimento

• O problema da verdade

• A questão do método ­ Descartes

• Filosofia grega – Mileto, Pitágoras, Heráclito e Parmênides

• Conhecimento e lógica

• Racionalismo

2ª SÉRIE:

ÉTICA

• Ética e moral

• Pluralidade ética

•  Ética e violência – preconceito, racismo, estereótipos, eutanásia,....

• Aristóteles – virtude, moral

• Razão, desejo e vontade

• valores e valoração

• Sartre – Liberdade x responsabilidade

• Liberdade: autonomia do sujeito e as necessidades  das normas

FILOSOFIA POLÍTICA

• O que é política

• A essência política

• O estado – instituição e sociedade

• Relações entre comunidade e poder

• Liberdade e igualdade política

• Filosofia x  política

• Política e ideologia

• Democracia

• Esfera pública e privada

• Politica x violência

• desigualdade social e o individualismo

• Cidadania formal e/ou participativa

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• Agenda 21

3ª SÉRIE:

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

• Concepções de ciência

• O filósofo e a ciência

• A questão do método científico

• Transitoriedade das teorias cientificas

• Contribuições e limites da ciência

• Reordenamento do mundo da razão científica – clone, transgênicos, celula tronco....

• Tecnologia – relação homem x trabalho

• Ciência e ideologia

• Ciência e ética

ESTÉTICA

• Natureza da arte

• O que é arte

• Filosofia e arte

• As diversas formas da arte ­ Hegel

• Categorias estéticas – feio, belo, trágico, cômico, gosto

• A arte e a interpretação do mundo

• O mercado do gosto ­ consumismo

• Estética e sociedade.

• A estética na educação

3. ESTRATÉGIAS DE APOIO A ALUNOS COM BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR:

• Trabalhos extras diferenciados

• Maior atenção – individualizada

• Apoio dos colegas na realização das tarefas

• Avaliações diferenciadas ­ recuperação

2.4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A metodologia da disciplina de Filosofia busca sempre, a partir do próprio exemplo do professor

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regente de classe, assumir uma postura eminentemente reflexiva e crítica dos processos sociais. 

Isso implica abordar de forma não­dogmática os temas tratados a partir de problematizações, 

levantando questões e evitando certezas pré­estabelecidas. O professor de Filosofia não vai para a sala de 

aula a fim de transmitir saberes ou simplesmente responder perguntas, mas, antes, vai trabalhar no sentido 

de construir, junto com o aluno, indagações pertinentes e dotadas de sentido sobre determinados temas 

importantes para a vida em comunidade. 

Na medida do possível, deve­se trabalhar a partir de dinâmicas de sensibilização relativa ao 

assunto abordado, no intuito de despertar o interesse do aluno para o tema proposto pelo docente. Isso 

torna   as   temáticas/conteúdos   mais   facilmente   assimiláveis   pelos   alunos,   que   deverão   pensar   essas 

questões levantadas, por sua vez, a partir de suas próprias experiências vividas em sala de aula e em sua 

vida particular.

A metodologia se caracterizará também pela ênfase na cobrança da expressão escrita e oral, 

no sentido de instrumentalizar o aluno não só  na reflexão, mas também na capacidade e facilidade de 

expressar suas opiniões e argumentos de forma equilibrada e bem elaborada. Também existe uma grande 

preocupação em relação à qualidade da argumentação, na capacidade de arguição e na autonomia, por 

parte do aluno, de colocar e responder questões e problemas, bem como na capacidade de raciocínio em 

contextualizar   tais  questões   a  partir   de   situações   contemporâneas   vividas  pelo   aluno,   bem como nas 

expostas pela mídia em geral. 

Exige­se,   portanto,   do   docente,   uma   postura   de   não   passividade,   tanto   em   termos   de 

“incomodar” o aluno, discutir seu papel e lugar na sociedade, sua ação enquanto ser político responsável 

pela sua própria cidadania, quanto em termos de não admitir a facilidade das respostas prontas de um 

saber enciclopédico ou conteudista, muitas vezes mais fácil de ser trabalhado, mas que não acrescenta ao 

educando nada mais do que informações históricas destituídas do que se busca atingir, que é a capacidade 

do aluno de se colocar como ser político, como cidadão, como construtor de um mundo melhor.

“A própria prática da Filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer filosofia sem  

filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado, nem o filosofar apenas a  

investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos. (DCE, FILOSOFIA, 2006, p. 24)

O ensino de Filosofia deve propiciar ao aluno a própria descoberta, dando­o autonomia para 

sua criação. A problematização criada pelo aluno, deve ser mediada pelo professor, não como solução, mas 

como meio investigativo possibilitando­o através de sua experiência, a busca da compreensão, imaginação 

e criação de conceitos sólidos e claros. O professor deve provocar no aluno a curiosidade, na tentativa de 

ampliar seu campo cognitivo, possibilitando­o a argumentar com atitude crítica, reflexiva e coerente com seu 

pensamento.

A aula de Filosofia deve comportar­se na perspectiva de diálogo com as diversas fases da vida, 

preocupada em analisar, refletir, numa ótica de busca de soluções aos problemas cotidianos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           240 

A   prática   de   Filosofia   deve   ser   trabalhada   pelo   educador   de   forma   a   instigar   os   alunos,  

provocando­os para a dúvida, a produção de inferências e a articulação de teoria e experiências. É um 

procedimento pedagógico sempre necessário – tanto quanto o de gerar as condições de constituição da 

retórica,   do   discurso   necessário   para   falar   sobre   algum   assunto.   A   crítica   não   se   estabelece   como 

organização   e   sistematização   imediata   da   realidade,   como   se   houvesse   uma   passagem   contínua   da 

experiência, dos fatos, acontecimentos e ideias ao saber, apoiada em atividades de pesquisas elaboradas. 

Esta   posição   implica   a   exploração   do   contato   da   Filosofia   com   as   demais   disciplinas   do 

currículo, para entender a experiência do conhecimento, suas articulações metodológicas e históricas.

O   professor   deve   construir   um   espaço   de   problematização,   ler,   escrever   e   investigar 

filosoficamente, criando saídas ao problema gerado. O professor deve organizar de um modo que ele seja 

um mediador, e não a solução. Evita­se, com isso, que as aulas sejam apenas discursos vazios, mas sim, 

estimula no aluno a busca da verdade, do justo, do ético, do estético, do político e da própria ciência.

A busca pela verdade, do cognitivo, não só traz a relação entre objeto e sujeito, mas uma visão 

crítica, que permite reconhecer e aprender a totalidade do real, através de sua própria experiência.

Já diante do excesso de informações e desvalores, buscamos fundamentar as ações humanas, 

enfatizando o sujeito com as normas, com as criações de valores e a trans­valoração do outro, para com o 

exercício da cidadania.

Por outro lado, percebe­se que o homem não é um ser solitário, e essa necessidade o faz viver 

politicamente. Busca­se, então, nesse período, a criação da linguagem capaz de alimentar as ações cidadãs 

do aluno e os direitos humanos.

Quanto à estética, percebemos que o belo é visto somente em âmbito comercial, “sendo que a  

mesma deve possibilitar a apreensão da realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é  

apenas   resultado  da  atividade   intelectual,   mas   também  da   imaginação,  da   intuição   e  da   fruição,  que  

contribuem para construir sujeitos críticos e criativos. (DCE, FILOSOFIA, 2006, p.32)

Com   o   desenvolvimento   das   ciências,   a   Filosofia   ocupa­se   em   investigar   cientificamente, 

elucidando e sistematizando conceitos. É o estudo crítico dos princípios e dos resultados da ciência.

Nesse   processo   de   ensino­aprendizagem,   deve­se   obrigatoriamente   haver   uma   interseção 

entre professor e aluno, caso contrário, comprometerá o resultado final.

2.4.5 AVALIAÇÃO

A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a avaliação deverá 

ser contínua (função diagnóstica), para perceber as dificuldades dos alunos no processo da  apropriação  do

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conhecimento, acompanhando a realização das tarefas por meio de relatos, pesquisas e outros. O professor 

deverá estar atento ao relato dos alunos e as atividades propostas aos mesmos, para buscar a superação 

das dificuldades apresentadas.

O aluno deverá saber absorver os problemas, discutir e relacioná­los com seus conhecimentos 

e pesquisas, como cidadão autônomo, capaz de intervir no mundo, na transformação crítica, reflexiva e 

construtiva. O aluno, em sua avaliação, deverá ter a capacidade ler textos filosóficos de modo significativo, 

de diferentes estruturas, elaborar textos escritos, forma reflexiva, debater e argumentar de modo significativo 

seu conhecimento, articular conhecimentos filosóficos envolvendo a interdisciplinaridade, contextuar textos 

filosóficos, que envolvam os aspectos pessoal­biográfico, sócio­político, histórico­cultural da humanidade, 

técnico­cientifico­informacional,  auxiliando­o na construção da identidade como cidadão e como pessoa, 

proporcionando sua autonomia e desalienação.

A avaliação, portando, deve estar inserida no contexto, mas de modo diagnóstico, respeitando 

a construção de conceitos, tendo como função subsidiar e redirecionar o processo de ensino­aprendizagem, 

respeitando a posição de cada sujeito na  sua construção cognitiva.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O aluno deverá ser capaz de:

• Discutir e relacionar textos de modo significativo;

• Produzir textos analíticos e reflexivos;

• Construir e reconstruir conhecimentos e conceitos;

• Articular a diversidade do cotidiano de modo resolutivo;

• Ter um olhar clínico, crítico e reflexivo, contribuindo na formação de homens dignos, livres, 

sábios, capazes de encorajar­se e transformar o mundo em que vive de forma justa e fraterna.

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2.4.6 REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2004.

CORDI. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.

COTRIN, Gilberto. Fundamentos da filosofia. São Paulo: Saraiva, 1993.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

RIBEIRO, Sonia Maria. Um outro olhar. São Paulo: FTD, 1995.

TEZES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens, iniciação à Filosofia. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

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2.5 DISCIPLINA: FÍSICA

2.5.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física  tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,  por   isso,  como 

disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), “como 

realidade material sensível”. Ressalte­se que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do 

Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no 

intuito de explicar e entender essa natureza. 

Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na 

tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que 

surgiram  as   primeiras   sistematizações,   com o   interesse   dos  gregos  em  explicar   as   variações   cíclicas 

observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com 

ela, o início do estudo dos movimentos. 

Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os 

chineses,   entre   outros,   as   pesquisas   sobre   a   História   da   Física   demonstram   que,   até   o   período   do 

Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia 

Geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C.) e à Física de Aristóteles (384­322 a.C.). 

  As observações e cálculos do polonês Nicolau Copérnico (1473­1543), por exemplo, insistiam em 

revelar que era o Sol o centro de um sistema do qual a Terra era apenas um planeta. A partir disso, ele 

propôs o novo modelo de explicação do universo (heliocentrismo), uma ideia já defendida muito antes por 

Aristarco de Samos (310­210 a.C.), para quem o Universo tinha um fogo central. 

O sistema heliocêntrico de Copérnico  fundamentava­se na geometria de Platão, na Filosofia de 

Pitágoras e trazia um grande problema para a Física: uma inconsistência entre a Física aristotélica, utilizada 

para descrever os fenômenos sub­lunares, e a Astronomia, usada para descrever os fenômenos celestes, 

contradição que viria a ser resolvida com os estudos de Isaac Newton (1642­1727). 

As inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do Universo exigiram novos estudos 

que produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos foram estimulados pelas mudanças econômicas, 

políticas  e   culturais   iniciadas  no   final  do  século  XV,  com a  ampliação  da  sociedade comercial.  Esses 

acontecimentos acentuaram­se ao longo dos séculos seguintes, levaram ao fim a sociedade medieval e 

abriram caminho para a Revolução Industrial do século XVIII.

Naquele contexto histórico, Galileu Galilei (1562­1643) inaugurou a Física que conhecemos hoje. De 

suas observações pelo telescópio, desfez o sacrário dos lugares naturais,  da  dicotomia  entre  terra e   céu,

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entre mundo sub­lunar e supralunar, e contribuiu para a afirmação do sistema copernicano. O Universo 

deixaria  de ser   finito e o céu deixou de ser  perfeito.  O espaço passou a ser  mensurável,  descrito  em 

linguagem matemática.

Ao aceitar o modelo de Copérnico e propor a matematização do Universo, Galileu  causou uma 

revolução. É evidente que ele não fez isso sozinho, mas, ao aprofundar as ideias que evoluíam desde que o 

homem se interessou pelo estudo da natureza, contribuiu para o nascimento da Ciência Moderna.

Enquanto Copérnico, Kepler e outros, antecessores e contemporâneos, deram grande importância à 

composição da matéria, essência dos corpos identificada nas formas geométricas, Newton  preocupou­se 

com as leis do movimento e com a forma como se dá a interação entre os corpos, o que foi sintetizado na 

Teoria da Gravitação.

A Teoria  da  Gravitação deu consistência   teórica  aos   trabalhos  de  Brahe  e Kepler,  e  pode ser 

considerada o início de uma nova concepção na qual o Universo passaria a ser interpretado por leis físicas, 

sob equações matemáticas, e menos submetido à ação divina.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico favorecia o avanço 

do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à indústria trouxe mudanças no modo de 

produzir   bens   e   contribuiu   para   grandes   transformações   sociais   e   tecnológicas   e   também   para   o 

desenvolvimento da termodinâmica.

Nesse contexto houve mais uma unificação na Física, cuja sistematização coube ao escocês James 

Clerk Maxwell,  por volta de 1861, previu que os campos eletromagnéticos poderiam se propagar como 

ondas, o que foi  logo confirmado por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincide com a da luz,  

levando à   formulação da   teoria  eletromagnética  da   luz,  completando  assim,  a  unificação  que  Faraday 

iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletromagnetismo, 

sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos de força até então conhecidos, 

ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia elétrica quanto para as 

modernas telecomunicações.

Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o  início do século XX. Em 1905, 

Einstein   apresentou   a   teoria   da   relatividade   especial   ao   perceber   que   as   equações   de   Maxwell   não 

obedeciam às regras de mudança de referencial  da  teoria newtoniana. Ao decidir  pela preservação da 

teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova visão do espaço e do tempo.

No período entre guerras, os trabalhos dos diversos cientistas que fugiram dos governos autoritários 

fascistas  levaram muitos cientistas a se transferirem para outros países,  onde tinham mais liberdade para 

desenvolver suas pesquisas, especialmente os Estados Unidos, e cujos trabalhos abriram caminho para o 

desenvolvimento da mecânica quântica. A interpretação probabilística da matéria e a descrição da natureza 

em função de interações passaram a nortear o desenvolvimento da Física no mundo.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           245 

2.5.2 OBJETIVOS GERAIS

                                       ­ Buscar a formação integral do cidadão reflexivo, ativo e responsável, tendo em vista a 

construção de um mundo melhor;

­   Contribuir   para   a   integração   do   aluno   na   sociedade   em   que   vive,   proporcionando­lhe 

conhecimentos significativos de teoria e prática da Física, indispensáveis o exercício da cidadania;

                ­ Possibilitar ao aluno o reconhecimento das inter­relações entre vários campos da Física, e desta 

com outras áreas de conhecimento;

­ Desenvolver a compreensão dos conceitos físicos básicos;

­ Reconhecer a Física como construção humana, aspectos de sua história e relações com o 

contexto cultural, social, político e econômico;

­ Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da cultura 

humana;

               ­ Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos 

e/ou tecnológicas relevantes;

                    ­  Perceber, de forma gradativa, a presença dos fenômenos físicos em seu dia­a­dia, e como 

eles interferem na sua qualidade de vida;

­  Possibilitar  ao  aluno   a   análise   das  origens  da  sua  visão  de   mundo   e   de  seu   potencial 

transformador na sociedade e no meio ambiente em que está inserido.

Partindo­se  do pressuposto de que  o aluno  é   “uma vontade servida por  uma  inteligência” 

(RANCIERE, 2005), é interesse geral o desenvolvimento da visão política do aluno visando sua atuação na 

sociedade de forma consciente e responsável.

O   reconhecimento   do   aluno   como   sujeito   ativo   nos   processos   revela   seu   potencial 

transformador da sociedade em que vive de modo que permite um melhor planejamento e avaliação das 

consequências baseadas nos conhecimentos sobre fatores naturais e dos processos tecnológicos, como por 

exemplo, formar a consciência responsável sobre a conservação do meio ambiente.

2.5.3 CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

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 MOVIMENTO:→

No estudo dos movimentos,  é   indispensável  trabalhar as  ideias de conservação de  momentum  e 

energia,  pois  elas  pressupõem o  estudo  de  simetrias  e   leis  de  conservação,  em particular  da  Lei  da 

Conservação da Energia, desenvolvida nos estudos da termodinâmica, no século XIX, e considerada uma 

das mais importantes leis da Física.                                                                                                                   

A conservação de momentum está enraizada na própria concepção de homogeneidade do espaço – 

simetria de translação no espaço – ao menos do ponto de vista clássico. Além disso, encontra lugar no 

estudo de colisões ou de eventos em que algum tipo de recuo se manifesta, como no caso de colisões entre 

partículas. A conservação de momentum é também um instrumento da Física de Partículas, uma importante 

área   da   Física   Moderna,   ligada   à   cosmologia   e   à   teoria   quântica   de   campos,   pois   as   colisões   são 

importantes   para   o   estudo   do   comportamento,   constituição   e   interações   de   partículas   subatômicas 

(EISBERG,1979).                                                                                                                                              

Os  conceitos   de  momentum  e   impulso   carregam  as   ideias   fundamentais   de   espaço,   tempo   e 

matéria (massa). Um sistema físico que evolui conduz aos conceitos de momentum, e impulso e é formado 

por essas entidades – espaço, tempo e massa. Nesse contexto, também são fundamentais os conceitos de 

referenciais da mecânica clássica e da relativística.  Ainda, a concepção de matéria,  tanto da mecânica 

clássica como da mecânica relativística e quântica, deve ser considerada, porque a evolução do conceito de 

interação depende dessa concepção.                                                                                                              

Outro importante conceito a ser trabalhado é o de força, definido a partir da variação temporal da 

quantidade de movimento, que constitui a segunda lei de Newton. A variação da quantidade de movimento 

conduz à ideia de impulso, um importante conceito da teoria newtoniana. Para abordar o conceito de força, 

as ideias de matéria e espaço devem estar bem fundamentadas, evitando­se, assim, o risco de reduzi­lo à 

mera discussão matemática.                                                                                                                          

Ainda no contexto do estudo do Movimento, é importante a abordagem da gravitação universal. A 

Teoria da Gravitação Universal de Newton partiu das Leis de Kepler, mas ao invés de considerar as órbitas 

planetárias como elípticas, assumiu­as como circulares. Isso levou à  elaboração da lei dos quadrados – 

aceleração inversamente proporcional ao quadrado da distância. Essa lei tem validade para o cálculo e a 

compreensão das órbitas de qualquer planeta.

• Tipos de movimento: sistemas de unidades de medida, volume e força das águas das Cataratas 

do Iguaçu, Conceitos de movimentos (UM, MRU e MCU); 

• Velocidade:  cinemática vetorial, industrialização paranaense e a utilização da Física 

como mecanismo de  inovação,   industrialização X preservação ambiental,  afro­descendentes  no 

mercado de trabalho paranaense;

• Leis de Newton: conceito de Força e Força Resultante; Equilíbrio estático e dinâmico;

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• Energia   e   trabalho:  energia   cinética,   mecânica   e   potencial   (relacionar   tipos   de 

energias que não sejam nocivos ao meio ambiente);  colisões,  ITAIPU e a produção de energia 

elétrica, histórico do consumo médio   da energia elétrica no Paraná;

• Quantidade de movimento: conservação da quantidade de movimento e simetria;

• Conceitos de pressão e pressão atmosférica:  conceitos de pressão e formas de 

medida;

• Teoremas de Stevin e Pascal: aplicação dos teoremas de Stevin e Pascal.

2ª SÉRIE 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

  TERMODINÂMICA:→

No   campo   da   Termodinâmica,   os   estudos   podem   ser   desdobrados   a   partir   das   Leis   da 

Termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor (entendido como energia em trânsito) 

e  as   primeiras   formulações   da   conservação   de   energia,   sobretudo  os   trabalhos  de  Mayer,   Helmholtz, 

Maxwell e Gibbs. 

A Lei Zero da Termodinâmica é um bom enfoque para o estudo das noções preliminares de calor 

como energia em trânsito, equilíbrio térmico, propriedades termométricas e até uma breve discussão sobre 

medidas   de   temperatura.   O   conceito   de   temperatura   deve   ser   abordado   como   modelo   baseado   em 

propriedades de um material, não uma mera medida do grau de agitação molecular de um sistema. 

A Primeira  Lei  da Termodinâmica,  que  também porta  a   ideia  de calor  como  forma de energia, 

permite identificar sistemas termodinâmicos postos a realizar trabalho. Os conceitos de calor e trabalho, 

hoje, são entendidos como processos de transferência/transformação de energia, ou seja, a energia está 

diretamente ligada ao trabalho. Destacando­se, mais uma vez, a Lei da Conservação da Energia como uma 

importante lei da Física. 

O estudo da Segunda Lei  da  Termodinâmica  é   importante  para a  compreensão das  máquinas 

térmicas, mas vai além, pois conduz ao conceito de entropia. Nem todos os eventos que obedecem à Lei da 

Conservação da Energia podem, de fato, acontecer, o que se deve à existência de outro princípio natural – 

os processos espontâneos são  irreversíveis,  o  que colabora para  que  cresça a desordem do sistema, 

medida pela entropia. 

No trabalho pedagógico com a termodinâmica, recomenda­se a apresentação da teoria cinética, que 

aplica as leis da mecânica newtoniana a moléculas individuais de um sistema, bem como uma abordagem 

qualitativa   do   teorema   da   equipartição   da   energia,   cujas   limitações   tiveram   papel   importante   no 

desenvolvimento da mecânica quântica e da mecânica estatística. 

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Novamente,   o   conceito   de   entropia   tem   papel   importante,   pois   sua   interpretação   estatística, 

apresentada por Boltzmann, fortalece as hipóteses da terceira lei da termodinâmica. Ainda, contribui para a 

elaboração de ideias dentro da termodinâmica como a da quantização da energia e a consideração de que 

as moléculas dos sistemas em estudo são numerosas e os valores médios de suas propriedades podem ser 

calculados, mesmo sem nenhuma informação sobre suas moléculas específicas.

• Dilatação térmica: dilatações: linear, superficial, volumétrica e anômala da água;

• Calorimetria: calores: específico, sensível e latente; temperatura global; trocas de calor, 

aquecimento global, condutores e isolantes térmicos, uso de  embalagens (caixas de leite) para 

diminuir o uso de energia elétrica e preservar o meio ambiente, capacidade térmica;

• Estudo dos gases: estudo de um gás ideal; Equações: Clapeyron e Geral dos Gases, emissão e 

meios de controle da quantidade de gases na atmosfera, chuva ácida,  conscientização ambiental;

• Energia e Trabalho mecânico:  conceito de  trabalho mecânico e energia mecânica,   trabalho e 

energia mecânica de um gás, a construção das pirâmides egípcias no Continente Africano e o uso 

da física;

• Leis da Termodinâmica.

                     ­ Ondas: tipos, partes, período, frequência e velocidade;

                  ­ Som: propriedades fisiológicas do som, eco, efeito Doppler, tipos de poluição sonora: 

emissão sonora elevada prejudicial ao ouvido humano;

                           ­ Óptica: princípios fundamentais, espelhos e formação de imagens, campo de visão, 

lentes, Lei de Snell­Descartes, velocidade da luz.

3a SÉRIE  

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

  ELETROMAGNETISMO:→

Historicamente, um dos resultados mais importantes dos trabalhos de Maxwell é a apresentação da 

luz   como   uma   onda   eletromagnética   e   o   estudo   das   suas   equações   que   levam   às   quatro   leis   do 

Eletromagnetismo Clássico. 

Estudar  o  Eletromagnetismo possibilita  compreender  carga  elétrica,  o  que pode conduzir  a  um 

conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao estudo de campo elétrico e magnético. A 

variação da quantidade de carga no tempo leva à  ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no 

tempo produz campo magnético, o que leva às equações de Maxwell. 

O  trabalho  sobre  o  Eletromagnetismo  enseja,  ainda,  tratar  conteúdos  relacionados  a   circuitos

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elétricos e eletrônicos,   responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no 

cotidiano, com a presença da eletricidade em nossas casas. Esses temas ainda são objetos de estudo em 

muitas pesquisas, sejam relativas à tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais 

e   técnicas.   Ao   serem  abordados   na   escola,   é   preciso   considerar,   também,   seu   papel   nas   mudanças 

econômicas e sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis para todos. 

A teoria elaborada por Maxwell deu à natureza ondulatória da luz uma sólida envergadura teórica. 

Todavia, trabalhos realizados no final do século XIX e  início do século XX, especialmente por Planck e 

Einstein,   levaram ao  estabelecimento  da  natureza  corpuscular  –  os  quanta  da   luz  –  que   revelaram a 

natureza dual da luz. 

Para uma abordagem em Física Moderna, é importante, também, o trabalho com o efeito fotoelétrico 

e a compreensão que a descoberta dos quanta de luz deu início à mecânica quântica e à imutabilidade da 

velocidade luz, como um dos princípios da relatividade. 

Tais abordagens, no ensino de Física, contribuem para a compreensão dessa ciência como algo em 

construção, cujo conhecimento atual é a cultura científica e tecnológica deste tempo em suas relações com 

as  outras  produções humanas.  Ao abordar  o  conhecimento  científico  em seus aspectos  qualitativos  e 

conceituais, filosóficos e históricos, econômicos e sociais, o ensino de física contribuirá para a formação de 

estudantes críticos.

• Eletricidade: carga elétrica, condutores e isolantes, força e campos elétricos, Leis de 

Ohm, Geradores e Receptores, circuitos simples, cálculo de potência e energia consumida e seus 

efeitos no meio ambiente;

• Eletromagnetismo:  ondas,   força   e   campo   magnético,   indução   eletromagnética   e 

transformador, campo magnético, movimento harmônico das ondas marítimas: consequências  das 

navegações para o Continente Africano e Asiático.

2.5.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo em vista os pressupostos da pedagogia histórico­crítica (SAVIANI) busca­se desenvolver 

a visão de mundo do aluno de forma a torná­lo ciente de seu papel transformador na sociedade e das 

razões que expliquem o seu modo de vida com relação aos fenômenos naturais e fatores tecnológicos 

como, por exemplo, os meios de comunicação.

O professor conhecendo os conteúdos da disciplina e estando convicto da importância e da 

possibilidade de seu aprendizado por todos os seus alunos, problematizará conteúdos combatíveis com os 

objetivos  definidos  partindo  do  conhecimento  prévio  do  aluno  e  de  acontecimentos   locais   ( notícias,

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reportagens,   visitas   e   outros)   para   um   estudo   mais   amplo   e   complexo   favorecendo   o   surgimento   de 

condições para que os alunos tornem­se agentes do aprendizado e possa articular entre o concreto e o  

abstrato, assim, como a teoria e a prática. A seguir, o professor pode fazer uso de uma grande variedade de 

linguagens e recursos,  de meios e  de  formas de expressão como,  por  exemplo,   textos históricos para 

abordagens,    leituras complementares, aulas expositivas,  experimentações, dados coletados, pesquisas, 

sínteses escritas de objetos de estudos, imagens criteriosamente selecionadas, gráficos, tabelas, relatórios 

individuais e em grupos, estudo de campo,  laboratório de Física,   laboratório de  informática e   projetos 

interdisciplinares. 

Os conteúdos estruturantes poderão, na maioria das vezes, ser trabalhados simultaneamente.

Neste   sentido,   é   desejável   destacar   os   fenômenos   conceitualmente   frente   ao   simples 

tratamento   matemático   ou   determinista.   Para   tanto   o   trabalho   deve   buscar   uma   gradual   melhora   na 

elaboração de modelos e principalmente na fase do método científico da elaboração de hipóteses. É nesta 

fase que o conhecimento apriorístico do aluno terá valor fundamental. É o ponto de partida seguro para a 

evolução do pensamento, evitando lacunas ou saltos de etapas que na verdade se transformarão como que 

minas terrestres para o futuro. Assim como a sociedade tem história o indivíduo também tem a sua e não 

deve simplesmente negá­la, mas compreendê­la para construir um futuro melhor.

Também é nesta fase das hipóteses o momento ideal para a interdisciplinaridade quando se 

deve buscar o conhecimento mais amplo nas relações com as demais disciplinas. O processo é continuo e 

deve estar claro que as verdades da ciência podem não serem eternas assim como certamente a verdade 

individual aceita é provisória.   “Não existe em ciência, verdade absoluta. Existe sim, uma verdade para um 

dado momento do conhecimento.” (BEM­DOV,1996)

2.5.5 AVALIAÇÃO

A avaliação é  contínua, diagnóstica e busca verificar o grau de apropriação dos conteúdos 

pelos estudantes. É diversificada para possibilitar várias formas de verificação em momentos distintos para 

que o diagnostico seja o mais próximo possível da realidade de cada estudante em suas especificidades.

Deve contemplar a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise e interpretação 

de um texto,  e a capacidade de elaborar um relatório de situação enfrentada, seja no dia­a­dia ou em 

atividade proposta.

Como   instrumentos   de   avaliação   são   propostas   provas   escritas     individuais,   atividades 

individuais,   atividades   em   grupo,   pesquisas   em   grupo   e   apresentações   de   relatórios   ou   sínteses, 

seminários, debates, práticas de experimentos em laboratórios,  nos quais o aluno  aplique  o conhecimento 

obtido. 

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Através dos instrumentos, acima citados, analisar­se­á a capacidade do discente em criticar, 

analisar e interpretar objetos de estudo de diferentes linguagens dentro da Física, produzir textos e sínteses 

analíticas e interpretativas, utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para 

expressão do saber físico, apresenta, de forma clara e objetiva, o conhecimento apreendido, elabora síntese 

ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados, compreende a física presente no mundo vivencial 

e nos equipamentos e procedimentos tecnológicos, construir uma identidade pessoal e social, a partir do 

reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos envolvendo a física.  

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve­se verificar: 

•  A  compreensão  dos  conceitos   físicos  essenciais  a   cada  unidade  de  ensino  e  aprendizagem 

planejada; 

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; 

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; 

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas 

sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física.

 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

             O aluno será capaz de:

• Formular uma visão geral da ciência do ponto de vista histórico e contemporâneo;    

• Perceber a importância das generalizações afim de melhor compreender os diversos fenômenos 

físicos;

• Entender   as   medidas   das   grandezas   (velocidade,   quantidade   de   movimento,   etc.)   como 

dependentes do referencial e, de natureza vetorial;

• Apropriar­se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª Lei de Newton, e as 

noções de equilíbrio;  

• Reconhecer e representar as forças de ação e reação nas mais diferentes situações;

• Conceber   a  energia   como   uma   entidade   física   que   pode   se   manifestar   de   diversas   formas   e 

perceber o trabalho como uma grandeza física relaciona à transformação/ variação de energia;

• Entender o conceito de temperatura, compreender a teoria cinética dos gases como um modelo 

válido para os gases ideais;

• Diferenciar calor e temperatura, e compreender as diversas escalas termométricas;

• Compreender as leis da termodinâmica e relacioná­las ao desenvolvimento tecnológico;

• Conceber a luz como parte da radiação eletromagnética bem como associar fenômenos cotidianos 

relacionados à luz como a formação do arco­íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           252 

• Compreender a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, suas propriedades e 

demais interações;

• Conhecer o modelo clássico de onda, seus limites e possibilidades;

• Associar os fenômenos da refração, reflexão, difração e interferência ao movimento ondulatório;

• Entender um texto (compreensão, análise, síntese, etc) seja ele  literário ou científico, para uma 

opinião que leve em conta o conteúdo físico;

• Elaborar um texto onde apareçam conceitos físicos a partir de um texto que não seja de divulgação 

científica;

• Elaborar  um  relatório   tendo   como   referência  os  conceitos,  as   leis,   enfim  as   teorias   sobre  um 

experimento ou qualquer outro evento que envolva a física.        

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           253 

2.5.6 REFERÊNCIAS

BEM­DOV,Yoav. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,1996.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – FÍSICA. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.

FÍSICA 2: Física Térmica/Optica. GREF. 5ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e 

Terra, 1996 (Coleção Leituras)

MENEZES, Luiz Carlos de. A matéria uma Aventura do Espírito e Fronteiras do Conhecimento Físico. 

1ª ed. São Paulo: Livraria Editora da Física,2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.  Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

RANCIERE, Jaques. O Mestre Ignorante. 2ª ed.  Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Autores Associados, 2002.

VIGOTSKY, Lev Semenovich. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 

2000.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           254 

2.6 DISCIPLINA: GEOGRAFIA

2.6.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para as primeiras organizações, a natureza e o espaço geográfico, estavam relacionadas à 

sobrevivência.  Os conhecimentos adquiridos permitiram ao ser humano relacionar­se com a natureza e 

modificá­la de acordo com suas necessidades.

Na   Antiguidade,   os   saberes   geográficos   ampliaram­se.   As   relações   sociedade­natureza, 

cidades,   impérios,   organizações   políticas   e   econômicas   foram  fundamentais   para   o   aparecimento   das 

primeiras civilizações.

Durante  a   Idade  Média,   foi   imposta  uma  visão  de  mundo,  na  qual  muitos  conhecimentos 

geográficos foram abandonados.

Mais   tarde,   já   no   período   das   navegações,   muitas  questões,   principalmente   cartográficas, 

voltaram a serem discutidas. Assuntos como o comércio, formas de poder, agricultura, recursos minerais, 

crescimento   populacional,   formas   de   representação   de   territórios,   tornaram­se   temas   de   indagações 

científicas.

   Com o imperialismo do século XIX, foram criadas sociedades geográficas que organizaram 

expedições científicas há  vários continentes, procurando conhecer as condições naturais e catalogar as 

riquezas desses ambientes, dando origem às escolas nacionais do pensamento geográfico.

No Brasil, a Geografia consolidou­se a partir da década de 30, procurando­se compreender e 

descrever o ambiente físico, servindo aos interesses políticos da época.

As   guerras   mundiais   trouxeram   mudanças   nos   aspectos   políticos,   econômicos,   sociais   e 

culturais, que acabam por interferir no pensamento geográfico.

O golpe militar de 1964, no Brasil, trouxe mudanças no ensino de Geografia. A Lei 5692/71 

instituiu a área de estudo denominada Estudos Sociais, que, no então 1º Grau envolvia os conteúdos de 

Geografia e História.

Com o fim da Ditadura Militar no Brasil,  as discussões teóricas centraram­se no campo da 

Geografia Crítica, dando novas interpretações aos conceitos e ao objeto de estudo, trazendo as questões 

econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico. No entanto, 

essa incorporação da Geografia Crítica pela escola sofreu avanços e retrocessos em função do contexto 

histórico   e   das   condições   políticas   da   década   de   1990,   quando   aconteceram   reformas   políticas   e 

econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal, que atingiram a educação. Nesse contexto, ocorreram a 

aprovação da LDB 9394/96 e a construção dos PCNEM.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           255 

A partir de 2003, o professor de Geografia pode reorganizar seu fazer pedagógico, as relações 

entre o objeto de estudo da disciplina e os conteúdos a serem abordados. Assim, as Diretrizes Curriculares 

de Geografia para a Educação Básica do Estado do Paraná se apresentam como documento norteador, sob 

uma   perspectiva   de   contribuição   aos   professores   em   sua   prática   pedagógica,   fundamentando­se   nos 

conteúdos estruturantes, incluindo conteúdos de Geografia do Paraná, Cultura Afro­brasileira e Africana, 

Agenda 21 e Lei do Meio Ambiente.

Destaca­se ainda,  a  possibilidade de selecionar  conteúdos que despertem a curiosidade e 

interesse do aluno e, ao mesmo tempo, propicie um diálogo entre diferentes tempos, espaços e épocas, 

reunindo elementos que o ajudem a compreender situações, contextos e problemas vivenciados nos dias 

atuais no grupo em que vive e em outros.

2.6.2 OBJETIVOS GERAIS

A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma 

dimensão espacial na qual o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se 

empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos de Geografia sem deixar 

de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes abordagens.

Para Lana Cavalcanti (2003, p. 4): 

De minha  parte,   tenho  insistido  na   importância  dos objetivos de ensino  para a  Geografia,  

referidos principalmente ao caráter de espacialidade de toda prática social. Entre o homem e o  

lugar existe uma dialética, um constante movimento: se o espaço contribui para a formação do 

ser humano, este, por sua vez, com sua intervenção, com seus gestos, com seu trabalho, com  

suas atividades, transforma constantemente o espaço. Não importa se se refere a um indivíduo  

ou a uma sociedade ou nação.  Em qualquer caso,  o espaço e as próprias percepções e 

concepções sobre ele são construídas na prática social. Portanto, a consciência do espaço, ou  

a consciência da “geografia” do mundo, deve ser construída no decurso da formação humana,  

incluindo aí o ponto de vista da sua espacialidade. Isso porque se tem a convicção de que a  

prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência espacial. (...)  

A finalidade de ensinar Geografia para crianças e jovens deve  ser justamente a de os ajudar a  

formar   raciocínios   e   concepções   mais   articulados   e   aprofundados   a   respeito   do   espaço. 

(CAVALCANTI, 2003, p. 04).

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           256 

Dessa forma, o ensino geográfico deve considerar também como importante para a formação 

intelectual e social do aluno as seguintes questões:  

• Reconhecer como as pessoas se apropriam dos lugares, se identificam e se integram a 

eles;

• Saber  discernir  ações mais adequadas à   conservação da natureza,  desenvolvendo 

atitudes de respeito à vida;

• Posicionar­se diante das questões sociais, culturais e ambientais;

• Reconhecer   que   as   ações   humanas   no   processo   de   construção   do   espaço   e   as 

manifestações naturais podem ser registradas e analisadas por diferentes formas de linguagem;

• Reconhecer a si mesmo e a outros como agentes de construção e transformação do 

espaço em suas várias escalas (local, regional, nacional e mundial);

• Valorizar as atitudes e comportamentos que privilegiem o bem comum, dando ênfase 

ao coletivo, e não ao individual;

• Assumir uma oposição a todas e quaisquer práticas sociais que valorizem preconceitos 

e/ou discriminações (religiosa, étnica, ideológica, de gênero e outros);

• Posicionar­se   em   relação   à   apropriação   dos   bens   sociais,   verificando   como   isso 

interfere na cidadania;

• Compreender os fenômenos geográficos em suas diferentes escalas (local, regional, 

nacional e global);

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos de Geografia;

• Identificar,   analisar   e   avaliar   o   impacto   das   transformações   naturais,   sociais, 

econômicas, culturais e políticas no seu “lugar­mundo”, comparando e sintetizando a densidade das 

relações e transformações que tornam concreta e vivida a realidade;

• Discutir o conceito de natureza como necessário para avaliar os efeitos destruidores da 

interferência humana no meio ambiente e alertar sobre os mesmos.

Assim,  deve­se considerar  que a Geografia é  uma ciência social,  que aborda a sociedade 

objetivada no espaço;  logo, a ciência Geografia deve ser concebida como o estudo da organização do 

espaço geográfico pela sociedade humana, evidenciando sua contribuição na formação dos educandos e 

cidadãos mais atuantes na transformação da realidade na qual estão inseridos.

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2.6.3 CONTEÚDOS

1ª SÉRIE 

 → DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL:

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e 

produção;

• Cartografia;

• Estrutura Geológica do Paraná e do Brasil;

• Dinâmica interna e externa do relevo do Paraná, Brasil e do Mundo;

• Atmosfera e os fenômenos meteorológicos do Paraná, do Brasil e do mundo;

• Fatores que influenciam o clima do Paraná, do Brasil e do mundo;

• Biomas do Paraná e do Brasil;

• A formação e transformação das paisagens naturais;

• Hidrografia de São José dos Pinhais, Paraná, Brasil e do mundo;

• Erosão e poluição dos solos do Paraná;

• Lixo urbano local, regional e global;

• Poluição do ar no Paraná e no Brasil;

• Desenvolvimento sustentável;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

 → DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA:

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

• População: População do Paraná e miscigenação dos povos;

• A distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil e no Paraná;

• A contribuição do negro na construção da nação brasileira e do Paraná;

• A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os   indicadores   estatísticos   da 

população;

• Trabalho e renda da população afrodescendente;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           258 

• A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (a rota da escravidão);

• A imigração no Paraná, no Brasil e a política do embranquecimento do mundo;

• Composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no Paraná, Brasil e São 

José dos Pinhais;

• Segregação racial;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• Configuração espacial do Continente Africano;

• Teorias demográficas.

 → DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:      

• Distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico;;

• Tipos de energia;

• Atividade industrial no Paraná, no Brasil e no mundo;

• Atividades agropecuárias e os sistemas agrários no Paraná, no Brasil e no mundo.

 → GEOPOLÍTICA:

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• As implicações sócio espaciais do processo de mundialização;

• A nova ordem mundial, os territórios supra nacionais e o papel do Estado;

• Capitalismo;

• Socialismo;

• Guerra Fria.

2ª SÉRIE 

→ DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL:

• A   formação,   o   crescimento   das   cidades,   a   dinâmica   dos   espaços   urbanos   e   a 

urbanização recente;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• A rede urbana local, regional e mundial;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           259 

• Desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras e paranaenses;

• Emprego;

• Gestão urbana;

• O recurso Solo do Paraná;

• Os recursos Hídricos do Paraná;

• O uso e a conservação da diversidade biológica;

• A qualidade do ar e a proteção à atmosfera;

• Os instrumentos da gestão dos Recursos Naturais.

 → DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA:

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• População: crescimento e formação étnica;

• Distribuição e estrutura da população;

• A política de imigração e a Teoria do embranquecimento no mundo.

 → A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização 

recente;

• A formação e a expansão territorial do Paraná e do Brasil;

• Caracterização do espaço;

• Estrutura   geológica   e   relevo,   climas,   biomas,   hidrografia,   recursos   minerais,   recursos 

energéticos;

• Regionalização;

• Estrutura fundiária e conflitos de terra;

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• Urbanização e hierarquia urbana.

 → GEOPOLÍTICA:

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

• Brasil: do agroexportador ao país industrializado dependente;

• O comércio exterior brasileiro;

• Industrialização;

• Transportes.

3ª SÉRIE

 → DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:

• As implicações sócios espaciais no processo de mundialização;

• Internacionalização do capital;

• Subdesenvolvimento;

• Países emergentes;

• Comércio mundial;

• Blocos econômicos;

→ GEOPOLÍTICA:

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• Tigres asiáticos;

• China, um país e dois sistemas;

• G7/G8;

• Países ricos do sul;

• EUA: a potência que controla o mundo.

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 → DINÂMICA CULTURAL:

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações sócios espaciais da diversidade cultural;

• Migrações internacionais e xenofobia;

• Minorias étnicas e separatismo;

• Islamismo – terrorismo.

 → DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL:

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e 

produção;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• Desenvolvimento sustentável;

• Patrimônios culturais e ecológicos;

• Desenvolvimento ambientalista;

• Neoconservadorismo.

2.6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo Paulo Freire:

O ato de educar  compreende,  entre    outras questões,  a  consciência  e  a  sensibilidade  do  

educador para tornar­se capaz de auxiliar a passagem de uma “curiosidade ingênua” para uma 

“curiosidade epistemológica” dos educandos diante dos variados conteúdos abordados no seio  

de uma determinada disciplina. Isso implica dizer que um dos desafios fundamentais da prática  

educativa, pelo menos daquela preocupada com a formação dos educandos, consiste em fazê­

los  passar   de   uma   percepção   simplista  ou  simplificadora   dos   problemas   para   a   sua   real  

consciência.  Acreditamos ser essa a única  forma de reverter os ensinamentos em atitudes  

sociais,   expressas   em   atos   concretos   de   participação   social   e   política   e,   portanto,  

transformadores  da  realidade.   “  Não basta  simplesmente desenvolver   “juízos de  realidade”  

(informação), mas, sobretudo, fazer com que   evoluam para a formação e busca de “juízos de 

valor” (criticidade, análise e reflexão).

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Mediante esse contexto, para despertar o interesse do discente pelo Ensino de Geografia e 

garantir uma educação de qualidade, é necessário estabelecer as relações entre os conteúdos da disciplina 

e sua realidade cotidiana.

Deve ser especialmente valorizado tudo o que se apresenta de forma concreta e faz parte do  

dia­a­dia do aluno. Incluem­se aí, tanto o que existe em seu lugar de moradia, a vizinhança, o bairro, a 

cidade, como as informações recebidas por várias fontes. É evidente que o uso de estratégias e recursos 

didático­pedagógicos são fundamentais para o Ensino de Geografia, assim como a criação de situações­

problema   que,   aliadas   ao   uso   de   recursos   didáticos   variados,   dinamizam,   provocam   e   estimulam   a 

curiosidade dos alunos.

O estudo do espaço geográfico, pressupõe a compreensão da dinâmica da sociedade, que 

nele   vive   e   o   reproduz   constantemente,   e   da   dinâmica   da   natureza,   fonte   primeira   de   todo   o   real   e 

permanentemente apropriada e modificada pela ação humana. É  um estado  integrado do   natural e do 

social, que não perde de vista a especificidade de cada aspecto do real. A natureza é um todo e aí os 

conceitos de ecossistema e biosfera são fundamentais. Mas, como ensina o método científico,  para se 

chegar ao todo é necessário analisar as partes que os compõem e as suas interações. Os elementos da 

natureza sempre serão estudados em sua dinâmica própria e também em sua apropriação pela sociedade 

moderna.

A geografia é  uma ferramenta que possibilita ao estudante uma forma crítica e dinâmica de 

aprender, oferecendo subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o aluno compreenda 

criticamente o mundo em que vive, desde a escala local, partindo, até o global.

O papel do professor é fundamental para contextualizar os temas, oferecendo vários subsídios 

ao aluno para este estabelecer as relações, ligações entre o conhecimento científico e a sua vida cotidiana.

As técnicas e as estratégias pedagógicas que servirão de apoio ou instrumentos para que a 

aprendizagem   realmente   aconteça   são:   anotações   das   aulas   expositivas   no   caderno,   leitura   do   livro 

didático, utilização da TV pendrive, slides, imagens, trechos de filmes, globo, mapas, fotografias, pesquisa 

em sites orientados pelo professor.

Outra técnica de aula são os trabalhos ou pesquisas de campo, como estudo do meio, visitas à 

fábricas, museus, etc, seu mérito é tomar conhecimento prático.

Dinâmicas de grupo e trabalhos dirigidos (questões para os alunos refletirem e chegarem a 

determinadas conclusões) podem ser  empregadas em praticamente  todos os conteúdos  favorecendo o 

trabalho em equipe, a cooperação entre os alunos e também motivação para leitura de texto.

As   aulas   expositivas   são   necessárias,   e   ocorrerão   de   maneira   dinâmica   com   um  diálogo 

constante c om  os  alunos,  fazendo  questões  para  que  eles  “antecipem”  alguma  conclusão,  colocando

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dúvidas para serem respondidas oralmente, perguntando sobre algo antes de explicá­lo, etc, e também com 

o uso de mapas, globos, slides entre outros recursos.

Os   conteúdos   estruturantes   e   os   conteúdos   específicos   devem   ser   tratados   a   partir   das 

categorias   de   análise  –   relações  espaço­temporais,   relações  sociedade­natureza  e   relações  de  poder. 

Dessa abordagem, pretende­se que o discente compreenda os conceitos geográficos e o objeto de estudo 

da Geografia em suas amplas e complexas relações.

É importante salientar que os conteúdos estruturantes estão em permanente relação uns com 

os outros e que eles nunca se separam. Os conteúdos específicos se organizam a partir de cada conteúdo 

estruturante, ora enfatiza­se a abordagem de um deles, ora de outro. 

2.6.5 AVALIAÇÃO

A   avaliação   é   um   precioso   meio   pelo   qual   pode­se   acompanhar   as   manifestações   de 

aprendizagem dos alunos, respeitando­se as diferentes formas de expressão de um grupo heterogêneo.

Em Geografia, a avaliação poderá ser processual e contínua, a partir dos encaminhamentos 

metodológicos,  para perceber  os avanços e as dificuldades dos alunos no processo de construção do 

conhecimento. O erro será visto como construtivo como ponto de reflexão, para novas construções. O aluno 

será parâmetro de si mesmo.

O que se espera de uma avaliação numa perspectiva transformadora é que os seus resultados  

constituam parte de um diagnóstico e que, a partir dessa análise da realidade, sejam tomadas  

decisões sobre o que fazer para superar os problemas constatados: perceber a necessidade do  

aluno e intervir na realidade para ajudar a superá­la. (VASCONCELOS, 2005, p. 89).

Respeitando­se as diferenças dos alunos,  apresentam­se vários  instrumentos de avaliação. 

Entre eles, a observação e o registro da participação de cada um. A aplicação de diferentes atividades que 

envolvam a expressão oral,  escrita,  gráfica,  numérica,  artística  e  corporal.  O uso de  recursos  como a 

música, vídeo aula, internet, pesquisa de campo, fotografias, poderão ser uma constante na avaliação de 

geografia.

Enfim, a avaliação faz parte do ato educativo do processo de ensino­aprendizagem. Avalia­se 

para  diagnosticar  avanços e entraves,  para  intervir,  agir,  problematizando,   interferindo e  redefinindo  os 

rumos e os caminhos a serem percorridos. Em Geografia, os principais critérios a serem observados são a 

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio­espaciais, estabelecendo 

as devidas articulações entre teoria e prática.

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2.6.6 REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e construção de conhecimentos. São Paulo. Papirus, 

2005.

LACOSTE, Y. A geografia – Isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 2005.

MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. Geografia Geral. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

MENDONÇA, F. Geografia Sócio­ambiental. In: Revista Terra Livre, nº16, AGB Nacional, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

SANTOS, M. Por outra globalização. Rio de Janeiro, 200. A natureza do Espaço. São Paulo: Editora da 

Universidade de São Paulo, 2006.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio, In: Carlos, A. F. A (org) A geografia na 

sala de aula. São Paulo: contexto, 1999.

VASCONCELOS, Celso dos. Avaliação. São Paulo: Libertad, 2005.

VISENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. São Paulo, Editora Ática, 2000.

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2.7 DISCIPLINA: HISTÓRIA

2.7.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O debate historiográfico tem sido intenso, com abordagens diversas sobre antigos temas e há 

inclusão de novos objetos que constituem as múltiplas facetas da produção humana e que se sustentam em 

uma pluralidade de fundamentos teóricos e metodológicos.

A partir da metade do século XIX houve preocupação de criar uma genealogia ou história da 

nação com base numa matriz curricular eurocêntrica. 

Em linhas gerais, o ensino de História ao longo da República Velha voltou­se para o estudo da 

História política europeia e brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular.

Nas   décadas   de   1930   e   1940,   difundiu­se   a   tese   da   “democracia   racial”   expressa   em 

programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese defendia que na constituição sócio­genética do 

povo   brasileiro   predominava   a   miscigenação   e   a   ausência   de   preconceitos   raciais   e   étnicos.   Neste 

momento,  o ensino de História  passa a ser  mais valorizado por  ser  considerado estratégico político  e 

socialmente, na construção e legitimação do novo Estado brasileiro.

Paralelamente, grandes produções historiográficas sobre a formação do Brasil  são lançadas 

neste período, como as obras de referência de Gilberto Freire, Caio Prado Junior e Sérgio Buarque de 

Holanda.   Estas   produções   abriram   possibilidade   de   incorporar   ao   ensino   de   História   os   movimentos 

populares de existências coloniais e imperiais.

No pós­guerra e no contexto da democratização do país (1945­1960), a disciplina de História 

passou a ser objeto de debates quanto as suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. 

Destaca­se nesse período Celso Furtado que levantava a questão dos ciclos econômicos. No entanto, a 

história factual, linear e política herdada do século XIX, ainda se mantinha presente nas escolas.

Com a  deflagração  e   institucionalização  da  ditadura  militar  a  partir   de  1964,  o  ensino  de 

História procurava contrapor­se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do civismo, e 

da segurança nacional no contexto da Guerra Fria.

Na   década   de   1970,   o   ensino   de   História   e   de   Geografia   foi   preterido   em   nome   da 

implementação da generalidade dos Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional que acabou 

causando fortes prejuízos na formação dos alunos.

A partir da década de 80, o ensino de Estudos Sociais passa a ser substituído pela instituição 

da disciplina de História procurando aproximar a investigação histórica com o universo da sala de aula.

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Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos de 1990, aumentam os debates 

em torno das reformas democráticas na área educacional e propõe revisões no ensino de História, levando 

à   produção  diferenciada  de  materiais   didáticos,   paradidáticos   e  novas  propostas  curriculares  na   área. 

Propostas  estas,  embasadas na pedagogia  histórico­crítica  dos conteúdos desenvolvidos  por  Demerval 

Saviani entre outros, a partir da sua interpretação do materialismo histórico e dialético.

Em 1997, os PCNEM, especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema 

escolar nacional,  por uma política educativa baseada no ideário neoliberal,   incorporam na sua proposta 

curricular a abordagem referente á Nova História e, especificamente a Nova História Cultural, valorizando 

problemáticas referentes ao cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades 

coletivas e individuais. Contudo, ao tentar articular elementos históricos com as competências e habilidades 

entram   em   contradição,   pois   apontam   para   que   a   disciplina   seja   somente   um   instrumento   de   uma 

interdisciplinaridade sem uma história nem referenciais teóricos definidos causando o esvaziamento de seus 

conceitos e conteúdos.

                     Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública estadual até o final de 

2002. Essa  realidade começou a ser  superada em 2003, com o processo de elaboração de Diretrizes 

Curriculares para o Ensino Médio de História,  que se fundamenta na História Temática, cujos conteúdos 

estão articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas.

Pauta­se ainda, a possibilidade de selecionar conteúdos que, além de despertar interesse e 

curiosidade,   proporcionem  um  diálogo   permanente   entre  diferentes   tempos   e  espaços.  Esse  processo 

transita  por  diferentes  épocas e espaços,  e   retorna  ao presente,   reunindo  elementos  que  o  ajudam a 

compreender situações, contextos, e problemas vivenciados nos dias atuais, no grupo em que vive e por 

diversos outros grupos:

Os conteúdos podem partir do cotidiano do aluno sem desconsiderar, por outro lado, o contexto  

histórico mais amplo. Os conteúdos podem, ainda, ser escolhidos a partir do tempo presente  

uma vez que este permite um acesso a um acervo material e mental que indica a presença de 

outros   tempos,  outros  modos de  vida  sobrevivente  do passado,  outros  costumes e  outras  

modalidades de organização social, que permaneçam de alguma forma, presentes na vida da  

sociedade contemporânea (SCENA; MORENO: RANZI, 2002, p. 21).

Nesse sentido,  a  História  possibilita  ampliar  estudos sobre problemáticas  contemporâneas, 

situando­as   nas   diversas   temporalidades,   servindo   como   delineamento   inicial   para   reflexão   sobre 

possibilidades de mudanças e necessidades das continuidades,  incluindo no currículo oficial  a  temática 

“História   e   Cultura   Afro­brasileira   e   Africana”,   conteúdos   referentes   a   “História   do   Paraná”   e   “Meio 

Ambiente”.

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2.7.2 OBJETIVOS GERAIS

Tomando como premissa básica o papel fundamental da educação escolar é o de preparar o 

estudante para o exercício da cidadania, entende­se que o estudo da História contribui para o cumprimento 

dessa finalidade.

Uma das funções essenciais do estudo da História é contribuir para que o discente desenvolva 

visão crítica e espírito social e politicamente participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação 

no contexto histórico em que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer com que o aluno:

“(...) produza uma reflexão de natureza histórica: (...) pratique um exercício de reflexão que o  

encaminhará para outras reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só  na  

escola.” (CABRINI, 1987, p. 23).

O   ensino   de   História   contribui   para   que   os   alunos   ampliem   a   sua   compreensão   da   sua 

realidade e sejam capazes de estabelecer   relações com outras  realidades históricas e  de respeitar  os 

valores culturais das diferentes sociedades.

Assim,  o  ensino  de  História,   deve  considerar   também como    importante  para  a   formação 

intelectual e social do aluno as seguintes questões:

 A  importância  das relações de  transformação,  permanências,  semelhanças e diferenças→  

entre o presente, o passado e o espaço local, regional, nacional e mundial;

 A construção de articulações históricas como decorrências das problemáticas selecionadas;→

 O estudo de contextos específicos  e de processos, sejam eles contínuos ou descontínuos;→

O aluno deve perceber o ensino de História, enquanto processo permanente de construção e 

reconstrução.

O ser humano é o sujeito principal da construção da sociedade e por conseguinte, da História, 

portanto, estimula­se este homem a buscar ideais e objetivos definidos, e que seja um agente consciente, 

crítico e transformador, que, além de direitos e deveres, possa melhorar o mundo em que vive.

2.7.3 CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Trabalho, Poder e Cultura.

TEMAS:

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→ Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

→ Urbanização e industrialização;

→ O Estado e as relações de poder;

→ Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

→ Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

→ Cultura e religiosidade.

1ª SÉRIE

• A construção da História: fontes, tempo cronológico, calendário, periodização da história ocidental;

• As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade: evolução humana, período Paleolítico, 

Mesolítico e Neolítico;

• Das aldeias pré­históricas aos primeiros Estados: revolução agrícola, aldeias neolíticas, idade dos 

metais, primeiras cidades, cidade e campo;

• A identidade do homem americano: primeiros brasileiros, pré­história americana, comunidades 

primitivas brasileiras e paranaenses;

• África – berço da humanidade, grandes reinos e civilizações;

• O Estado nos mundos antigo e medieval;

• Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: mulheres, 

plebeus e escravos;

• Relações de dominação e resistência na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos, 

mulheres, hereges e doentes;

• Trabalho: conceito de trabalho, o mundo do trabalho em diferentes sociedades: teocráticas, pré82­

colombianas, africanas, Grécia, Roma Antiga, sociedade feudal;

• Os mitos e a arte greco­romana e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, 

confucionismo, cristianismo, islamismo;

• Reforma Protestante e a Reforma Católica;

• O homem e sua relação com o meio ambiente desde a Pré­história até o surgimento dos primeiros 

Estados.

2ª SÉRIE  

• O Estado e as relações de poder: Formação dos Estados Nacionais;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           269 

• Relações de dominação e resistência na sociedade ocidental moderna;

• América conquistada: as culturas indígenas americanas, a violência contra os indígenas;

• As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; 

• A religião e a sociedade na América portuguesa;

• Diáspora africana, tráfico negreiro, os quilombos, os quilombolas, os africanos no Brasil desde a 

escravidão até a atualidade;

• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão­de­obra no contexto de consolidação do 

capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

• A importância do trabalho escravo para a formação do Brasil, fortalecimento da identidade e de 

direitos dos africanos, afrodescendentes e indígenas;

• Imigrantes no Brasil, Paraná e São José dos Pinhais;

• Revolução Industrial: a construção do trabalho assalariado; artesãos independentes, tarefeiros 

assalariados, sistema de fábricas, trabalho infantil e feminino;

• Iluminismo;

• Revolução Francesa;

• Relações de dominação e resistência e movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII 

e XIX: o surgimento do sindicalismo;

• O movimento operário e advento do socialismo;

• Urbanização e industrialização no século XIX nas sociedades ocidentais, africanas e orientais;

• Urbanização e industrialização no Brasil no contexto do capitalismo;

• Urbanização e industrialização no Paraná e São José dos Pinhais no contexto do capitalismo;

• O Porto de Paranaguá no contexto da expansão do capitalismo;

• O Paraná no contexto da sua emancipação;

• Impactos ambientais, aquecimento global, áreas preservadas, Agenda 21.

3ª SÉRIE 

• Relações de poder e violência no Estado;            

• O Brasil na Primeira República;

• A Primeira Guerra Mundial;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           270 

• A Revolução Russa de 1917;

• A crise de 1929 e seus reflexos na economia mundial;

• A ascensão dos regimes totalitários na Europa;

• A Segunda Guerra Mundial;                                                                                                 

• A Guerra Fria;

• O Estado imperialista e sua crise;

• Divisão da África, pan­africanismo, descolonização, África hoje;

• Governos populistas no Brasil;

• Experiências de esquerda na América Latina;

• A Ditadura Militar no Brasil; 

• Os limites do socialismo real;

• Brasil: da redemocratização aos dias atuais;

• Conflitos internacionais/atuais;

• A economia do crime, o consumo de drogas, a exploração do trabalho infantil, a prostituição infanto­

juvenil;

• A globalização e o futuro da economia mundial X impactos ambientais;

• Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea;

• O Trabalho na sociedade contemporânea;

• Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.

2.7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia proposta está relacionada à História Temática. Os conteúdos estruturantes estão 

articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas, assim, torna­se necessário que haja recortes 

espaço­temporais   e   conceituais.   Tais   recortes   compõem   conteúdos   específicos,   como:   conceitos, 

processos, acontecimentos, entre outros, a serem estudados no Ensino Médio.

A metodologia adotada enfatiza as significações presentes nas obras de arte, na literatura, no 

imenso universo da criatividade popular e erudita.  A visão de mundo de uma dada sociedade, o viver, 

pensar, agir, sentir de homens e mulheres que criaram e criam no seu dia­a­dia essas práticas culturais e 

seus eventos sociais  assim como as  inter­relações entre  o   indivíduo e o  grupo,  entre  o   indivíduo e a 

natureza,  a   interação   cultural   dos  grupos   diferentes,   com seus  valores,   costumes,   tradições,   conflitos, 

transformações   e   permanências,   sempre   respeitando   a   pluralidade   de   formas   usadas   no   estudo   do 

passado.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           271 

Para ZANBONI,

O mais importante é  que o professor se acostume a problematizar o conteúdo, porque cria  

condições   para   o   aluno   pensar   sobre   ele,   argumentar   e   fundamentar   suas   opiniões.   A  

problematização  sempre exige que o aluno pesquise, levante hipóteses, classifique­as e passe  

a   um   processo   de   comprovação   ou   rejeição   com   argumentos   da   hipótese   escolhida.   Ao  

problematizar, o professor sempre estará criando condições para o aluno refletir, pensar sobre  

um determinado  tema e dessa  forma contribuir  para  que ele   fuja  da memorização pura  e  

simples de fato. (ZANBONI, 2001, p. 63­71).

O didata de História MATOZZI (2004) estabelece a metodologia para o trabalho temático, sob 

três dimensões:

• Primeira:   deve­se   focalizar   o   acontecimento,   processo   ou   sujeito   que   se   quer 

representar do ponto de vista historiográfico;

• Segunda:   é   preciso   delimitar   o   tema   histórico   em   referências   temporais   fixas   e 

estabelecer uma separação entre seu início e seu final; e

• Terceira: o professor e os alunos devem definir um espaço ou território de observação 

do conteúdo tematizado.

As correntes historiográficas tomadas como base rompem a ideia do documento escrito como 

base única confiável para o estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos, 

materiais, oralidade e os mais diversos documentos escritos são tomados como vestígios do passado, a 

partir dos quais é possível produzir o conhecimento histórico.  

Os conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos 

por meio da contextualização espaço­temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em 

sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. É  necessário considerar o contexto da história  local, 

regional, global e temporal.

Os   conteúdos   básicos   deverão   estar   articulados   aos   conteúdos   estruturantes. 

Metodologicamente inicia­se o trabalho partindo da sondagem do conhecimento do aluno, visão geral do 

assunto,   problematiza­se   com   a   realidade   atual,   fazer­se­á   discussões,   debates,   análises,   reflexões 

individuais e em grupos, orais e/ou escritas, com auxílio de documentos, imagens, filmes, textos e outros.

2.7.5 AVALIAÇÃO

Na concepção de ensino e  de  aprendizagem  dentro  da  História  Temática,  compartilha­se  a

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ideia de LUCKESI a respeito da avaliação, isto é:

[...] para que a avaliação sirva a democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização 

de   classificatória   para   diagnostica.   Ou   seja,   a   avaliação   deverá   ser   assumida   como   um  

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo  

em vista tomar decisões suficientes e satisfatória para que possa avançar no seu processo de  

aprendizagem. (LUCKESI, 2002, p. 81)

Para a avaliação considera­se ainda três aspectos importantes:

• A apropriação de conceitos históricos;

• A compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdo estruturante);

• O aprendizado dos conteúdos específicos.

Mediante este contexto, verificar­se­á se o estudante:

 Critica, analisa e interpreta fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel→  

das diferentes  linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua 

produção;

  Produz   textos   analíticos   e   interpretativos   sobre   os   processos   históricos,   a   partir   das→  

categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico;

 Relativiza as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo→  

cronológico, reconhecendo­as como construções culturais e históricas;

 Estabelece relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos processos→  

históricos;

 Constrói a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do→  

papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos;

 Atua sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos→  

“lugares de memória” socialmente instituídos;

 Situa as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as→  

ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e 

significação;

 Situa os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucesso→  

e/ou de simultaneidade;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           273 

 Compara problemáticas atuais e de outros momentos históricos;→

 Posiciona­se diante de fatos presentes a partir da  interpretação de suas relações com o→  

passado;

 Compreende como se constituíam as formações sociais africanas e orientais, percebendo→  

semelhanças e diferenças entre essas coletividades, em diferentes contextos históricos;

  Compreende   como   ocorreu   a   constituição   do   mundo   greco­romano,   percebendo   as→  

mudanças, as continuidades e as rupturas decorrentes desse processo;

 Compreende como ocorreu a constituição do mundo medieval, percebendo as mudanças,→  

continuidades e descontinuidades nesse contexto histórico;

  Reconhece   as   mudanças   no   processo   da   crise   do   feudalismo   e   na   formação   das→  

monarquias centralizadas;

 Expressa, em suas atividades escolares, que compreende como ocorreu a construção e→  

ocupação do espaço americano  e brasileiro,  estabelecendo relações de anterioridade,  posterioridade  e 

simultaneidade nesses diferentes contextos assim como relações com o espaço paranaense;

 Demonstra,  em suas  argumentações  orais  e  escritas,  que  compreende  como ocorre  a→  

construção da identidade cultural no contexto brasileiro, estabelecendo relações com o espaço paranaense, 

bem como percebendo as diversidades resultantes desse processo;

 Demonstra, em suas produções orais e escritas, que reconhece como foi se constituindo o→  

processo econômico no espaço brasileiro, percebendo as mudanças, permanências e simultaneidades nos 

diferentes   contextos   históricos,   bem   como   estabelecendo   relações   com   a   Europa,   América,   América 

hispânica,   Ásia   e   África,   hoje   e   em   outros   tempos.   Expressa,   em   suas   produções   escolares,   que 

compreende   como   foi   se   constituindo   a   organização   política   do   Brasil,   percebendo   as   mudanças, 

continuidades e rupturas que ocorrem em diferentes momentos históricos;

 Expressa, em suas atividades escolares orais e escritas, que reconhece as transformações→  

tecnológicas   que   ocorrem   na   sociedade   brasileira,   percebendo   os   impactos   produzidos   por   essas 

transformações, em diferentes contextos;

 Compreende como foi ocorrendo a constituição do mundo contemporâneo, percebendo as→  

mudanças e rupturas em diferentes contextos, assim como percebendo relações com o Brasil;

 Analisa as mudanças e rupturas que ocorrem nos aspectos econômicos, políticos, sociais e→  

culturais no contexto do século XX;

 Compreende as transformações mundiais que ocorrem nos aspectos políticos, econômicos,→  

sociais e culturais do pós­guerra da segunda metade do século XX;

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 Reflete sobre os problemas, conflitos e dificuldades enfrentados pelas pessoas no mundo→  

hoje, nas dimensões culturais, étnicas, religiosas, de gênero, bem como estabelecendo relações com o 

Brasil;

 Compreende a formação dos mundos do trabalho, de urbanização e industrialização, do→  

Estado e suas relações de poder instituídos por um processo histórico;

 Compreende as ações dos sujeitos a partir  das revoltas e revoluções instituídos por um→  

processo histórico;

    Compreende   a   formação   dos   movimentos   sociais,   culturais   e   religiosos,   guerras   e→  

revoluções contemporâneos instituídos por um processo histórico.

Para tanto,  fazer­se­á  necessário exercício de reflexão escritos e orais, pesquisas, debates, 

seminários, leituras de jornais, revistas e outros textos complementares, levantamento de hipóteses, vídeos, 

documentários, narrativas e documentos históricos, atividades para ampliar o nível crítico e capacidade de 

refletir sobre si próprio e sobre sua vida. 

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2.7.6 REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

BRASIL.  Ministério   da   Educação.  Diretrizes   curriculares   nacionais   para   a   educação   das   relações 

étnico­raciais e para o ensino de História e cultura afro­brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria 

Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização 

e Diversidade, 2004.

BURKE, Peter (org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.

CABRINI, Conceição e outros. O ensino de História. São Paulo: Brasiliense, 1987.

DE   DECCA,   Edgar.  1930   –  O   silêncio   dos   vencidos:   memória,   história   e   revelação.  São   Paulo: 

Brasiliense.

GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da História. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

HOBSBAWN, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Palas Athena, 1998.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: UNICAMP, 1992.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. 

Curitiba: SEED, 2009.

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2.8 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

2.8.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente,   o   processo   de   ensino   de   Língua   Portuguesa   no   Brasil,   iniciou­se   com   a 

educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial, ao mesmo 

tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas.

Evidenciava­se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o acesso à educação 

letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que os colégios fossem destinados aos filhos da 

elite colonial; tratava­se de uma educação “claramente reprodutivista”.

Quanto   ao   ensino   de   Língua   Portuguesa,   limitava­se   nessa   época,   às   escolas   de   “ler   e 

escrever”, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e 

retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

“A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma­base do ensino, 

entre outras medidas que visavam à modernização do sistema educacional... A Língua Portuguesa passa, 

então, a fazer parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim, seguindo os moldes do ensino de latim”. 

(LUZ­FREITAS, 2004, s/p)

“Somente nas últimas décadas do século XIX a disciplina de Língua Portuguesa passou a 

integrar   os   currículos   escolares   brasileiros.   Até   1869,   o   currículo   privilegiava   as   disciplinas   clássicas, 

sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância.” (LUZ­FREITAS, 2004)

Ainda no final do século XIX, a escola se abria a camadas cada vez maiores da população. Em 

1871, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, data em que foi criado, no Brasil, por 

decreto imperial, o cargo de Professor de Português. Nesse período, o Latim começou a perder prestígio 

com a valorização da língua Nacional.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, 

quando se iniciou, no Brasil um processo de expansão do ensino primário público, a ampliação de vagas e a 

eliminação dos exames de admissão (FREDERICO e OSAKABE, 2004)

“... Com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a frequentar a escola em número 

significativo, falantes de variedades do português muito distantes do modelo tradicionalmente cultivado pela 

escola. Passou a haver um profundo choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes...”  

(FARACO, 1997, p.57)

No rigor do regime militar, não  se  tolerava  uma  prática  pedagógica que visasse  despertar  o 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           277 

espírito crítico e criador dos alunos. A leitura literária era compreendida como subversiva, pois levava o 

sujeito à reflexão e à compreensão de si mesmo e do mundo. 

As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década 

de 70 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas nos meios 

acadêmicos.   Essas   primeiras   leituras   contribuíram   para   fazer   frente   à   pedagogia   tecnicista,   cedendo 

espaços a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade 

fundamental de análise.

É  preciso que a escola  seja  um espaço que promova, por  meio de uma gama de  textos com 

diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – 

sejam de leitura, oralidade e escrita.

O letramento vai além da alfabetização: esta é uma atividade mecânica, que garante ao sujeito o 

conhecimento do código linguístico (codificação e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), 

refere­se ao indivíduo  que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a 

leitura  e   a   escrita,   posiciona­se   e   interage   com  as  exigências   da   sociedade   referente   às   práticas   de 

linguagem, demarcando a sua voz no contexto social.

O domínio da linguagem escrita se dá a partir de uma perspectiva da diversidade linguística, 

em particular da oposição entre a fala e a escrita. Levando em consideração a gramática da oralidade, há 

que se entender as distinções fundamentais da convenção da escrita em relação à fala, a diversidade das 

linguagens   sociais   cotidianas   e   os   aspectos   específicos   que   a   linguagem   padrão   assume   em   sua 

modalidade escrita.

Segundo   BAKHTIN,   a   língua   materna,   a   composição   e   sua   estrutura   gramatical,   não   a 

aprendemos   nos  dicionários   e  nas   gramáticas,   nós   a   adquirimos   mediante   enunciados   concretos   que 

ouvimos e reproduzimos durante a  comunicação verbal viva que se efetua com os  indivíduos que nos 

rodeiam. Assimilamos as formas da língua somente nas formas assumidas pelo enunciado e juntamente 

com essas formas. As formas da língua e as formas típicas de enunciados, isto é, os gêneros do discurso, 

introduzem­se   em  nossa   experiência   e   em  nossa   consciência   conjuntamente   e   sem  que   sua   estreita 

correlação   seja   rompida.   Aprender   a   falar   é   aprender   a   estruturar   enunciados   (porque   falamos   por 

enunciados e não por orações isolados, e menos ainda, é óbvio, por palavras isoladas). Os gêneros do 

discurso organizam nossa fala, da mesma maneira que a organizam as formas gramaticais (sintáticas).

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente 

situados que se constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a 

interação como trabalho e produto do trabalho.

Como afirma GERALDI (1991, p.  6),  “[...]  a  linguagem não é   trabalho de um artesão, mas  

trabalho social e histórico seu e de outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui.” 

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Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a 

realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade. Ressaltando esse caráter 

social da linguagem, Bakhtin e os teóricos do Círculo de BAKHTIN formulam os conceitos de dialogismo e 

dos gêneros discursivos,  cujo conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o  trabalho 

pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino da Língua.

  A utilização da língua efetua­se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos

 que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana. O enunciado reflete  

as condições específicas e as finalidades de cada uma das esferas, não só por seu conteúdo  

(temático) e por seu estilo verbal,  ou seja, para seleção operada nos recursos da língua –  

recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais –, mas também, e, sobretudo, por sua construção  

composicional [...]. (BAKHTIN, 1997, p. 279).

Sobre o dialogismo, FARACO observa:

Para haver relações dialógicas, é  preciso que qualquer material   linguístico (ou de qualquer  

outra materialidade semiótica) tenha entrado na esfera do discurso, tenha sido transformado  

num enunciado, tenha fixado a posição de um sujeito social. Só assim é possível responder  

(em sentido amplo e não apenas empírico do termo), isto é, fazer réplicas ao dito, confrontar  

posições, dar acolhida fervorosa à  palavra do outro, confirmá­la ou rejeitá­la, buscar­lhe um  

sentido profundo, ampliá­la [...].

O gênero, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a perspectiva que deve 

orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato real do estudante com a multiplicidade de 

textos que são produzidos e circulam socialmente. Esse contato com os gêneros, portanto, tem como ponto 

de   partida   a   experiência   e   não   o   conceito.   Essa   percepção   é   fundamental   para   que   não   caia   na 

normatização do gênero, e, consequentemente, se recaia (ou permaneça) no que ROJO (2004, P.35) define 

como “pedagogia transmissiva das análises estruturais e gramaticais” dissociando a língua de sua realidade  

social.”  

2.8.2 OBJETIVOS

­ Ampliar o uso das linguagens verbais e não­verbais através do contato direto com  textos  dos

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mais variados gêneros, orais ou escritos, possibilitando as relações dos mesmos com o contexto presente.

­ Valorizar a literatura popular paranaense, dando ao aluno a oportunidade de conhecer o folclore e 

as   tradições   de   seu   estado;   e   a   afro­brasileira   e   indígena   como   componentes   da   cultura   brasileira, 

conscientizando­os  da  herança  deixada  por   eles,   como  sujeitos   participantes  da  construção   da   nossa 

sociedade.

2.8.3 CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

GÊNEROS DISCURSIVOS:

                                                                                                                                                                      

­   Textos   dramáticos,   romance,   novela     fantástica,   crônica,   conto,   poema,   contos   de   fada 

contemporâneo,   fábulas,   diários,   testemunhos,   biografia,   debate   regrado,   artigos   de   opinião,   editoral, 

classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, 

tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, 

pesquisa  e  defesa  de  trabalho  acadêmico,  mesa  redonda,   instruções,   regras  em geral,   leis,  estatutos, 

lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, 

outdoor, chats, e­mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, 

mapas, croqui, explicação, horóscopo, provérbios;

­ Textos diversos que abordem a cultura afro­brasileira e indígena;

­ Textos e obras literárias de autores paranaenses;

­ Textos sobre o meio­ambiente.

LEITURA: 

 Leitura e interpretação textual, observando:

• Conteúdo temático;

• Interlocutores;     

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

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• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   pontuação, 

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica:

­ operadores argumentativos;

             ­ modalizadores;

             ­ figuras de linguagem.

             ESCRITA:

               Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica:

­ operadores argumentativos;

­ modalizadores;

­ figuras de linguagem;

• Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,   função   das   classes   gramaticais   no   texto,   conectores, 

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

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• Sintaxe de regência.

              ORALIDADE: 

              Adequação ao gênero:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais; semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 

            

2.8.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A linguagem é um instrumento indispensável para a aquisição e transmissão de conhecimentos 

em qualquer área do saber. A linguagem é, em última análise, parte integrante da vida dos indivíduos, pois, 

se  por  um  lado  o  domínio  dela   favorece  o  desenvolvimento  do  conhecimento  do  mundo,  por  outro   é 

condição para o exercício da cidadania.

A   metodologia   deve   privilegiar   situações   em   que   os   alunos   possam   refletir   sobre   a 

heterogeneidade linguística, analisando suas variantes, já  que o falante se apropria da linguagem e dos 

conhecimentos em interações sociais. Dessa forma, a leitura e a produção de textos envolvem a diversidade 

de tipos e gêneros, garantindo a coesão e a coerência, habituando­se à  correção e à refacção, após a 

correção.   Em   relação   aos   aspectos   formais   da   língua   (gramática   e   ortografia),   o   ensino   deverá 

instrumentalizar   o   aluno,   fixando   o   que   é   essencial   e   aproximando­o   do   que   é   mais   usual,   ou   seja, 

priorizando a reflexão sobre a língua para uma melhor compreensão de suas leituras, para a elaboração de 

textos claros e  corretos e  para a expressão oral  eficiente,  em detrimento da abordagem tradicional  da 

gramática que valoriza a nomenclatura.

Para BAKHTIN (1992), o enunciado  seja  ele  constituído  de  uma  palavra, uma frase ou  uma

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sequência de frases ­ é a unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que é no enunciado que o 

discurso  se  constrói.  O  discurso,  por   sua  vez,  materializa­se  em práticas  discursivas,  no   texto.  Daí  a 

necessidade de o texto ser entendido e trabalhado e sua dimensão discursiva, como espaço de constituição 

do sujeito e de relações sociais.

        As outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o  

vídeo,  a   televisão,  o   rádio,  a  publicidade,  os  quadrinhos,  as  charges,  a  multimídia  e   todas  as   formas  

infográficas ou qualquer outro meio  linguageiro criado pelo homem) percebendo seu chão comum (são  

todas práticas sociais, discursivas) e sua especificidade (seu diferente suporte tecnológico, seus diferentes  

modos de composição e de geração de significados).” (FARACO, 2002)

Em síntese, o ensino da língua abordará a leitura, a produção de texto e os estudos gramaticais 

sob uma mesma perspectiva de língua ­ a perspectiva da língua como instrumento de comunicação, de 

ação e de interação social. Nesse sentido, o enfoque, a metodologia e as estratégias de língua portuguesa, 

volta­se essencialmente para um trabalho integrado de leitura, produção de textos e reflexão sobre a língua, 

desenvolvido sob uma perspectiva textual e enunciativa.

LEITURA:

 Propiciar práticas de leitura de textos diferentes gêneros→ ;

 Considerar os conhecimentos prévios dos alunos→ ;

 Formular questionamento que possibilitem inferências a partir de pistas textuais→ ;

  Encaminhar   discussões   e   reflexões   sobre:   tema,   finalidade,   intenções,   intertextualidade,→  

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

 Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária,→  

explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento 

atual, bem como outras áreas do conhecimento;

 Utilizar   textos  verbais  diversos  que  dialoguem com não­verbais,   como  gráficos,   fotos,   imagens,→  

mapas e outros;

 Relacionar o tema com o contexto atual;→

Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;→

 Instigar o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado;→

 Estimular leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;→

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 Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes→  

e elementos do texto;

 Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto;→

 Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas.→

ESCRITA:

 Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto→  

de produção do gênero;

 Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;→

 Conduzir a utilização adequada dos conectivos;→

 Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;→

 Acompanhar a produção do texto;→

 Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;→

 Estimular produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;→

 Incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do→  

texto;

 Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o→  

gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há  uma questão problema, se apresenta 

defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.);

 Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à→  

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

  Conduzir,   na   reescrita,   a   uma   reflexão   dos   elementos   discursivos,   textuais,   estruturais   e→  

normativos.

ORALIDADE:

  Organizar   apresentações   de   textos   produzidos   pelos   alunos   levando   em   consideração   a:→  

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; 

 Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a→  

utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

 Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;→

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 Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso→  

formal e informal;

  Estimular   contação   de   histórias   de   diferentes   gêneros,   utilizando­se   dos   recursos→  

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

  Selecionar   discursos   de   outros   para   análise   dos   recursos   da   oralidade,   como   seminários,→  

telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

­   Propiciar   análise   e   comparação   dos   recursos   veiculados   em  diferentes   fontes   como   jornais, 

emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.    

               

2.8.5 AVALIAÇÃO

A avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido pelos alunos ao longo 

de   uma   proposta   de   trabalho.   O   aluno   deverá   ser   avaliado   de   diversas   maneiras   –   alterando­se   as 

modalidades, os suportes, os interlocutores – de forma a constituir um verdadeiro processo de aferição de 

conhecimentos.

Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os “erros”, mais do que 

os “acertos” dos alunos ­,  o professor de  língua portuguesa deve valorizar os ganhos que o estudante 

obteve ao longo de seu processo de aprendizagem.

A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso, empobrece as aprendizagens e induz,  

nos   professores,   didáticas   conservadoras   e,   nos   alunos,   estratégias   utilitaristas.   O   professor,   outrora  

dispensador de aulas e lições... se torna o criador de situações de aprendizagens portadoras de sentido.  

(PERRENOUD, 1992).

A oralidade  será   avaliada,  primeiramente,  em  função  da  adequação  do  discurso/texto  aos 

diferentes  interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de  ideias, numa 

entrevista, numa contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser 

considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se 

posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas 

televisivos, etc) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.

A   avaliação   da   leitura   deve  considerar   as   estratégias   que   os   estudantes   empregaram  no 

decorrer da leitura, a compreensão do texto  lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua 

resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de 

mundo e repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor questões abertas, discussões, 

debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

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Em relação à escrita, o que determina a adequação do texto escrito são as circunstancias da 

sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos 

textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar­se como avaliador 

tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é essencial para que 

ele adquira autonomia. É necessário que o professor perceba a dimensão deste posicionamento:

Porque   escrever   [e   falar]   com   clareza   implica   automático   compromisso   com   as   palavras  

transmitidas, pois os outros vão entendê­las. E vão reagir a elas, favorável ou desfavoravelmente. [...] Pois  

facilitar  a   leitura  do outro   representa  facilitar  seu acesso  às nossas  ideias,  em última  instância,  a  nós  

mesmos. (BERNARDO, 1988, p.20).

A avaliação deverá ser norteada através dos seguintes critérios:

LEITURA:

 Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não­verbais;→

 Localize informações explícitas e implícitas no texto;→

 Produza inferências a partir de pistas textuais;→

 Posicione­se argumentativamente;→

 Amplie seu léxico;→

 Perceba o ambiente no qual circula o gênero;→

 Identifique a ideia principal do texto;→

 Analise as intenções do autor;→

 Identifique o tema; →

 Amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre→  

obras literárias de diferentes épocas com o contexto histórico atual;

 Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;→

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;→

 Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos→  

do texto;

 Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;→

 Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.→

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ESCRITA:

 Expresse ideias com clareza;→

 Elabore textos atendendo:→

    ­ às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

    ­ à continuidade temática;

 Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;→

 Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;→

 Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,→  

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

 Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;→

 Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;→

 Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;→

 Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.→

ORALIDADE:

 Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);→

 Apresente ideias com clareza;→

 Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;→

 Compreenda os argumentos do discurso do outro;→

 Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;→

 Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;→

 Respeite os turnos de fala;→

  Analise,   contraponha,   discuta   os   argumentos   apresentados   pelos   colegas   em   suas→  

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados ;

 Contra­argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas,→  

diálogos, discussões, etc.;

 Utilize de  forma  intencional e consciente,  expressões faciais,  corporais e gestuais,  pausas e→  

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           287 

                     Para tanto, faz­se­á necessário, exercícios de reflexão escritos e orais, pesquisas, debates,  

seminários,   leituras   de   jornais,   revistas   e   outros   textos   complementares,   observando­se   sempre   a 

participação, organização e o desempenho dos alunos nas atividades propostas.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           288 

2.8.6 REFERÊNCIAS

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas, SP: Pontes, 2000.

PARANÁ,  Secretaria  de Estado da Educação.  Currículo básico para a escola pública do estado do 

Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

__________, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o 

Ensino Médio. Curitiba, SEED, 2009.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           289 

2.9 DISCIPLINA: MATEMÁTICA

2.9.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino  Médio  é  a  etapa   final  da  educação básica,  que  situa  o  educando como sujeito 

produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, onde criatividade, autonomia e capacidade 

de solucionar problemas têm um destaque muito importante. Neste sentido, é necessário que seja enfocado 

o aspecto histórico e a evolução da matemática, para que os conceitos sejam melhor compreendidos.

A álgebra elementar é e pode ser dita como o “acúmulo” dos conhecimentos dos povos, até 

mesmo antes de Cristo, e que por sua vez é um dos eixos da matemática de hoje, sem fazer menção à  

história da matemática com toda sua evolução e aplicação, tanto no cotidiano, quanto nas questões mais 

abrangentes como: o meio ambiente e seus prejuízos causados pelo progresso irresponsável;  questões 

relacionadas à cultura afro­brasileira; a ocupação do Paraná; o trabalho ofertado no Paraná e no Brasil; a 

discriminação com relação ao salário e as condições de trabalho.

A Matemática, como as demais disciplinas, está preocupada com a formação do cidadão crítico 

e pensante, capaz de aplicar os conceitos na vida prática. Portanto, não pode ser pensada apenas na 

transmissão de conhecimentos, mas como a formação do homem com caráter de intelectualidade e valor 

científico, tendo, assim, possibilidade de fazer o paralelo entre a matemática pura e a matemática aplicada.

Afinal,   não pode  ser  desprezado  o   fato  de  que  a  Matemática   somente  é   desdobrada  em 

aritmética,   geometria,   álgebra   e   trigonometria   no   século   XIX.   Até   então,   a   Matemática   era   tida   para 

solucionar os problemas, e as leis matemáticas não poderiam falhar, pois era vista como a ciência que daria 

base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática. Somente a partir de 1900 acontece a 

junção   das   disciplinas   de   Aritmética,   álgebra,   Geometria   e   Trigonometria,   numa   única   denominada 

Matemática. Em 1928, tal mudança acontece no Brasil, e foi repassada a todos os estabelecimentos de 

ensino. Entre 1940 e 1980, surge a valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento do estudo 

em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. Com essa 

concepção, começaram a ser desenvolvidos diversos materiais didáticos e a prática pedagógica está mais 

voltada para o aluno, sendo o professor o orientador da aprendizagem.

Assim, na sociedade atual, a matemática é cada vez mais solicitada para descrever, modelar e 

resolver   problemas   nas   diversas   áreas   da   atividade   humana.   Propõe­se   o   desenvolvimento   das 

capacidades de pesquisar, buscar, analisar, selecionar e apreender informações, criar e formular estratégias 

de resolução para problemas, em vez de realizar exercícios e técnicas de memorização. Sobre a formação 

matemática desejável, apresentamos a seguir uma citação de MIALARET:

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Uma   formação   matemática   completa   deve   também   ter   em   conta   as   possibilidades   de  

imaginação dos alunos e deve cultivar sistematicamente uma certa forma de intuição e uma 

necessidade de criação sem as quais o dinamismo da evolução não atinge o seu ritmo ótimo.  

Partir do real, da observação e da experimentação das coisas para se levantarem problemas  

de Matemática, tornar a encontrar na realidade os terrenos de aplicação e assim compreender 

melhor os fenômenos reais, inventar problemas nos quais a originalidade não é procurada á  

custa   da   gravidade   e   da   solidez   racionais   constituem   atividades   altamente   educativas   e  

desenvolvem, no adolescente, uma confiança no estudo da Matemática inteiramente favorável  

e fecunda para a sua posterior evolução. (MIALARET).

Inserir o conteúdo num contexto mais amplo provocando a curiosidade do aluno ajuda a criar a  

base para um aprendizado sólido que só será alcançado através de uma real compreensão dos processos  

envolvidos na construção do conhecimento.

A Matemática propicia o desenvolvimento dessas capacidades necessárias no educando, além 

de desenvolver o raciocínio lógico. Por isso a inclusão dessa disciplina no currículo.

Além disso, a Matemática desempenha um papel instrumental, é uma ferramenta que serve 

para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas, fazendo 

uma relação entre as várias atividades humanas com a Matemática, ou seja, sua aplicação direta e/ou 

indireta.

Entretanto,  para  conseguir  uma situação  de  equilíbrio  entre  as  necessidades práticas  e  a 

ultrapassagem da   experiência   concreta,   tanto  no   que  se   refere   às   ferramentas  conceituais   quanto   às 

concepções, a maior e a mais difícil   tarefa do professor de matemática,  temos que ter uma atitude de 

questionamento frente a certas concepções pedagógicas historicamente difundidas, bem como à  própria 

concepção que se tem do ato de conhecer. As diversidades de métodos de encaminhamentos de conteúdos 

e   de   interação   em   sala   de   aula   representam   facilitadores   para   o   convívio   e   para   a   construção   de 

conhecimentos   a   respeito   de   conteúdos   diversos   para   alunos   heterogêneos   de   diferentes   bagagens 

culturais.

“(...) nem sempre queremos dizer o que dizemos, nem sempre dizemos o que queremos. Da  

mesma forma, nem sempre compreendemos o que os outros querem dizer e nem sempre percebemos o  

que os outros dizem.” (MATOS).

Assim, é fundamental a comunicação do significado na aprendizagem.

Somente um desempenho satisfatório de tal tarefa pode situar adequadamente a Matemática 

nos currículos, servindo tanto ao  estabelecimento  de  uma  continuidade  entre  escola  e  vida,  quanto  à

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fundamentação das rupturas necessárias com o senso comum, no caminho para a construção de uma 

autonomia intelectual.

2.9.2 OBJETIVOS GERAIS

Feitas   as   considerações   sobre   a   importância   da   Matemática   no   Ensino   Médio,   deve 

estabelecer­se os objetivos para que o ensino dessa disciplina tenha uma aprendizagem real e significativa,  

levando o aluno a:

 Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam adquirir→  

uma formação científica geral e avançar em estudos posteriores;

 Aplicar seus conhecimentos matemáticos nas atividades cotidianas, na atividade tecnológica→  

e na interpretação da ciência;

 Desenvolver a capacidade de raciocínio, de resolver problemas, de comunicação, bem como→  

seu espírito crítico e sua criatividade;

 Estabelecer conexões e integração entre diferentes temas matemáticos e entre esses temas→  

e outras áreas do currículo;

 Expressar­se em linguagem oral, escrita e gráfica diante de situações matemáticas;→

 Analisar os dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor, renda e→  

escolaridade, no país e no município;

 Análise de pesquisas relacionadas ao negro e ao mercado de trabalho, no estado e no país;→

 Realização de pesquisas com relação à população negra, no bairro e no município, com a→  

representação gráfica dos resultados;

  Abordar   a   questão   étnica   no   Paraná,   suas   influências,   através   de   dados   e   gráficos,→  

realizando pesquisas e utilizando os resultados de pesquisas já realizadas;

 Usar e reconhecer representações equivalentes de um conceito;→

 Analisar e interpretar criticamente dados provenientes de problemas matemáticos, de outras→  

áreas do conhecimento e do cotidiano;

 Desenvolver atitudes positivas em relação à Matemática, como autonomia, confiança quanto→  

às capacidades matemáticas, perseverança na resolução de problemas e prazer no trabalho cooperativo;

 Desenvolver o gosto pela Matemática e o prazer em “fazer matemática”.→

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2.9.3 CONTEÚDOS

1ª SÉRIE 

 NÚMEROS E ÁLGEBRA:→

• Números Reais;

• Equações e inequações, logarítmicas e modulares.

 FUNÇÕES:→

• Funções;

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função logarítmica;

• Função Modular;

• Progressões:

                    ­ Progressão Aritmética (PA);

                    ­ Progressão Geométrica (PG).

 → GRANDEZAS E MEDIDAS:

• Medidas de Grandezas Vetoriais.

 GEOMETRIA:→

• Geometria Plana;

• Geometria espacial: poliedros e relação de Euler.

 → TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

• Leitura de tabelas e gráficos;

• Construção de gráficos através de pesquisas já realizadas;

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• Construção e a tabulação de dados através de pesquisas realizadas pelos alunos.

2ª SÉRIE

 FUNÇÕES:→

• Função trigonométrica.

 NÚMEROS E ÁLGEBRA:→

• Matrizes;

• Determinantes;

• Sistemas lineares.

              GRANDEZAS E MEDIDAS:→

• Trigonometria;

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume.

 → TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

• Análise combinatória;

• Binômio de Newton.

3ª SÉRIE

 NÚMEROS E ÁLGEBRA:→

• Números complexos;

• Polinômios.

             GEOMETRIA:→

• Geometria analítica;

• Geometria espacial;

• Noções básicas de geometria não­euclidiana.

                                 

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   GRANDEZAS E MEDIDAS:→

• Medidas de informática;

• Medidas de energia.  

      TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:→

• Estatística;

• Matemática Financeira;

• Probabilidade.

2.9.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Levando em conta as funções da Matemática e a presença da tecnologia, permite­se afirmar 

que aprender Matemática no ensino médio deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência, e que 

a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada com o domínio de um fazer Matemática e de 

um saber  pensar  matemático,  visto  que  os  conteúdos estão  interligados,  não podendo  ser  analisados 

separadamente.

Uma reflexão sobre o ensino matemático exige que se explicite as relações existentes entre o 

conhecimento historicamente construído e a Matemática como saber difundido pela escola. Não se pode 

perder  de   vista  que   a   construção  de   um  conceito  matemático  deve  ser   iniciada  através  de   situações 

significativas que possibilitem ao aluno “perceber” que já tem algum conhecimento sobre o assunto. Dentro 

desse contexto, apresentam­se os conteúdos estruturantes – estes entendidos como saberes mais amplos 

da disciplina que podem ser desdobrados, mas não isolados, nos conteúdos que fazem parte de um corpo 

estruturado de conhecimentos construídos e acumulados historicamente:

  Números   e   Álgebra:   Conhecer   os   problemas   que   impulsionaram   a   necessidade   de→  

ampliação dos conjuntos numéricos e dominar os conceitos básicos que surgiram a partir de sua ampliação 

proporciona,  ao   indivíduo,   uma   inserção   mais   completa   na  cultura  universal  ao   longo  da   História.   Na 

resolução de problemas exige­se a manipulação de constantes e incógnitas. Neste caso, as propriedades 

das   operações   com   números   reais   e   com   os   polinômios   é   fundamental   nesta   manipulação.   Deve­se 

enfatizar que a álgebra não deve­se reduzir apenas a memorização de fórmulas e expressões. Deve­se 

enfatizar, o que significam estas propriedades, possibilitando o estudo das relações entre as grandezas. 

Sistemas   lineares   e  matrizes   são   instrumentos   de   linguagem  matemática   na   modelação  de  situações 

problemas, além de representarem técnicas de grande utilidade para outros domínios da matemática.

 Funções: Funções como conteúdos estruturantes  têm um papel de grande destaque na→  

modelagem de problemas reais e por  fornecerem  formas  eficientes  de  estudá­las. O  estudo  de  funções

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           295 

permite   a   resolução   de  uma   quantidade   significativa   de   situações   a   partir   da  construção   de   modelos 

matemáticos,   estabelecendo   uma   correspondência   entre   os   domínios   de   duas   variáveis.   Fenômenos 

periódicos   são   descritos   principalmente   por   funções   trigonométricas;   algumas   situações  que  envolvem 

crescimento ou decrescimento rápido podem ser representadas por funções exponenciais; que distâncias 

podem ser expressas usando a representação de função modular; a função logaritmo permite simplificações 

no cálculo de produtos ou no cálculo das potências dos números com muitos dígitos. A linguagem gráfica 

das funções, apresentada sob várias formas, por sua comunicação direta e global, ganha cada vez mais 

destaque   na   sociedade   global.   O   estudo   das   funções   ganha   relevância   especial   não   apenas   pela 

capacidade de leitura e interpretação de gráficos funcionais, dão significados às variações de grandezas 

envolvidas,  mas  também pela  possibilidade  de análise  para  estimar   resultados  de   fazer  previsões.  Os 

gráficos   são   importantes   instrumentos   para   tornar   mais   significativas   as   resoluções   de   equações   e 

inequações algébricas. 

 Geometria: A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação→  

sobre   a   realidade   tem  longa   tradição  na  história   da   humanidade.   É   inegável   a   importância   de   saber 

caracterizar   as   diferentes   formas   geométricas   e   espaciais,   presentes   na   natureza,   através   de   seus 

elementos   e   propriedades,   bem   como   de   poder   representá­las   por   meio   de   desenho   geométrico.   Na 

resolução de diferentes situações­problemas, seguramente se faz necessária uma boa capacidade de visão 

geométrico­espacial,   o   domínio   das   ideias   de   proporcionalidade   e   semelhança,   a   compreensão   dos 

conceitos de comprimento, área e volume, bem como saber calculá­los. Deve­se salientar que semelhança 

de triângulos permitiu o desenvolvimento da trigonometria no  triângulo retângulo, criada para solucionar 

problemas práticos  de cálculo  de distâncias   inacessíveis.  Por  outro   lado,  as  noções de semelhança e 

congruência nos remetem também aos fundamentos da própria Geometria. Saber utilizar as coordenadas 

cartesianas de pontos no espaço possibilita a descrição de objetos geométricos numa linguagem algébrica, 

ampliando consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução de problemas geométricos, por 

meio da interação entre essas duas áreas da matemática.

 Tratamento da Informação: Propõe­se Tratamento da Informação pelas possibilidades de→  

entender e participar das dinâmicas da sociedade, englobando neste contexto a estatística e a matemática 

financeira. O desenvolvimento do espírito crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de 

diversas situações da vida em sociedade, exige informação. O estudo de estatística e probabilidade estão 

cada vez mais presentes nos meios de comunicações como forma de apresentação de dados. Pesquisas de 

opinião, de preços, estudos sobre doenças e epidemias e outros temas de interesse social, ambiental ou 

econômico estão presentes nos noticiários diariamente, permeadas de porcentagens ou indicadores, como 

gráficos e tabelas, muitas vezes induz consequências prováveis e manipula opiniões nos mais diversos 

assuntos.   Para   interpretar   com   autonomia   e   crítica   deve­se   compreender   a   linguagem   presentes   nos 

gráficos e  tabelas, ou  seja,  a  linguagem  pictográfica,  compreender  a  importância  da  amostra  para  as

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           296 

conclusões de uma pesquisa e ter claro que a atribuição de probabilidade é,  sobretudo, uma forma de 

quantificar a incerteza do resultado a ser obtido. Em diferentes campos, áreas e atividades profissionais, 

são de grande utilidade as capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizar processos 

de contagem em situações­problemas, calcular probabilidades, representar frequências relativas e construir 

espaços amostrais. Na resolução de problemas de contagem, o  importante é  a habilidade de raciocínio 

combinatório.  É   fundamental  valorizar o desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a 

organização dos dados apresentados em agrupamentos que possam ser contados corretamente, tendo em 

vista   que   a   mera   aplicação   de   fórmulas   não   permite   a   resolução   da   maior   parte   dos   problemas   de 

contagem. A  importância  da Matemática  Financeira  com suas aplicações práticas são  importantes nas 

atividades cotidianas  de  quem precisa   lidar   com dívidas  ou  crediários,   interpretar  descontos,  entender 

reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.

2.9.5 AVALIAÇÃO

Na tarefa de avaliar é preciso identificar: para que avaliar, como e o que avaliar. Assim, ela não 

pode ser nem classificatória, nem punitiva, pois seu objetivo não se esgota na constatação de pontos fracos 

e   fortes  de  todo o ambiente escolar.  Ensejar  ações  futuras,  sinalizar  para  novas conquistas.  Assim,  a 

avaliação existe para melhorar a cada dia a prática educacional, devendo ser coletiva e democrática, onde 

todos participam direta ou indiretamente do processo educativo.

É importante que o professor insista para que os alunos explicitem os procedimentos adotados 

e que expliquem de forma oral e/ou escrita as suas afirmações, na solução de situações propostas, sendo, 

dessa forma, o professor um mediador no processo pedagógico, pois é com as tentativas e erros do aluno 

que se constrói a aprendizagem e a avaliação.

Através da observação, intervenção, revisão, busca­se os diversos métodos, inclusive por meio 

de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computadores e calculadoras.

Sendo   assim,   o   professor   deve   considerar   na   avaliação   os   registros   escritos   e   as 

manifestações orais  dos  alunos,  os  erros  de   raciocínio  e  de cálculo,  as   ideias  e  os  caminhos para  a 

resolução,   devendo­se   levar   em   conta:   os   porquês   deste   ou   daquele   caminho   usado;   os   conceitos 

aplicados; conduzir o aluno ao raciocínio com base no que os alunos relatam, aprofundar os conceitos não 

apreendidos; se o processo é mecânico ou há o uso da lógica.

A avaliação existe para melhorar a cada dia a prática educacional, devendo incluir a complexa 

relação do aluno com o conhecimento e o raciocínio matemático.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           297 

Ela   deve   servir   como   instrumento   de   diagnóstico   do   processo   de   ensino­aprendizagem, 

oferecendo elementos para  uma revisão de  postura de  todos  os componentes desse  processo   (aluno­

professor­conteúdo­metodologia­instrumento de avaliação),  privilegiando as relações entre os conteúdos: 

números e álgebra; grandezas e medidas;  funções; geometrias; tratamento da informação.

A avaliação, cujos instrumentos serão provas, trabalhos em classe e extraclasse, trabalhos em 

grupo, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, o desenvolvimento do aluno, servirá 

como um diagnóstico do processo, que irá  nortear os novos rumos do trabalho e será  um suporte para 

verificar a necessidade de uma nova metodologia ou de um processo de recuperação, buscando as causas 

do fracasso e/ou as possíveis falhas e distorções observadas ao longo do processo.

Para isso serão considerados os seguintes critérios:

• compreender os números complexos e suas operações;

• interpretar matrizes e suas operações;

• dominar o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante;

• identificar e realizar operações com polinômios;

• identificar   e   resolver   equações,   sistemas     de   equações   e   inequações   incluindo   as 

exponenciais, logarítmicas e modulares;

• compreender as  relações matemáticas existentes nas unidades de medida de diversas 

grandezas;

• aplicar  a   lei  de senos e a   lei  dos cossenos de um triângulo  qualquer para determinar 

elementos desconhecidos;

• identificar e analisar as diferentes funções, assim como aplicar esse conhecimento para 

resolver situações­problema;

• reconhecer,   nas   sequencias   numéricas,   o   conceito   das   progressões   aritméticas   e 

geométricas, calculando os termos da sequencia;

• realizar análise dos elementos que estruturam as geometrias;

• perceber a necessidade das geometrias não­Euclidianas para a compreensão de conceitos 

geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;

• manusear dados desde sua coleta  até  os cálculos que permitirão  tirar  conclusões e a 

formulação de opiniões;

• dominar os conceitos do conteúdo Binômio de Newton;

• saber tratar as informações e compreender a ideia de probabilidade.

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2.9.6 REFERÊNCIAS

BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

______. Matemática e realidade: análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam o ensino da 

matemática. São Paulo: Cortez, 1994.

MATOS,   José   Manuel;  SERRAZINA,   Maria   de   Lurdes.  Didática   da  Matemática.  Lisboa:   Universidade 

Aberta, 1996.

MIALARET, G. A aprendizagem da matemática. Portugal: Livraria Almedina, 1975, p.36.

PARANÁ.  Secretaria  de Estado da Educação.  Diretrizes Curriculares  de  Matemática para  o  Ensino 

Médio. Curitiba: SEED, 2009.

_________.  Departamento  de  Ensino  de Primeiro  Grau.  Currículo Básico para a  Escola Publica  do 

Estado do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico­crítica: primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1991.

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2.10 DISCIPLINA: QUÍMICA

2.10.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química pode ser vista como um instrumento de formação humana que amplia os horizontes 

culturais  e a autonomia no exercício da cidadania.  O conhecimento químico deve ser  um dos meio de 

interpretar o mundo e intervir na realidade, devendo ser apresentado como ciência, com seus conceitos, 

métodos e linguagem próprios e como construção histórica, relacionando o desenvolvimento tecnológico 

aos muitos aspectos da vida em sociedade.

A  abordagem histórica  da   Ciência  e  da   Química  como pressuposto   teórico  das   Diretrizes 

Curriculares se configura como uma exigência importante para melhor entendermos os conteúdos químicos 

ensinados. Olhar para o desenvolvimento da história da ciência química permite entender que ela não se 

desenvolveu   pelo   acúmulo   de   descobertas   individuais   de   mentes   brilhantes   e   que   não   aconteceram 

linearmente. A ciência química é uma produção de homens que vivenciaram momentos de permanência e 

de rupturas.

Uma concepção de ensino de Química que rompe com as abordagens tradicionais do objeto de 

estudo da disciplina é uma abordagem de conceitos químicos na perspectiva da elaboração/re­elaboração 

de significados dos conceitos científicos, em duas instâncias de abordagem: contextual e conceitual.

As  duas  abordagens   (contextual/conceitual)   trabalhadas  em conjunto   fornecem aos  alunos 

instrumentos para uma leitura crítica de mundo, desenvolvem o seu conhecimento da ciência química, a sua 

apropriação dos conceitos da Química e os sensibilizam para um comprometimento com a vida no planeta.

2.10.2 OBJETIVO GERAL: 

Formar   um   aluno   que   se   aproprie   dos   conhecimentos   químicos   e   seja   capaz   de   refletir 

criticamente sobre o meio em que está inserido.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Reconhecer   aspectos   químicos   relevantes   na   interação   do   ser   humano,   individual   e 

coletiva com o ambiente;

• Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;

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• Compreender os códigos e símbolos da Química atual;

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice­versa;

• Utilizar a representação simbólica das transformações químicas;

• Reconhecer suas modificações ao longo do tempo.

2.10.3 CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

 → MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA

• Matéria

• Solução

• Tabela Periódica

• Radioatividade

• Ligações Químicas

• Reações Químicas

2ª SÉRIE

 → MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA

• Cálculos estequiométricos

• Soluções

• Soluções;

• Termoquímica;

• Cinética 

3ª SÉRIE

 → MATÉRIA E SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA

• Propriedades do carbono

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• Funções Orgânicas

• Isomeria

2.10.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é  algo pronto,  acabado e 

inquestionável, mas em constante transformação. Para tal, a abordagem teórico metodológica mobilizará por 

meio da  inserção do aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais,  na 

análise de situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia.

Para   a   organização   dos   conteúdos   curriculares   propõe­se   que   o   ponto   de   partida   sejam   os 

conteúdos estruturantes  e  seus   respectivos  conceitos  e   categorias  de  análise.  A  partir   dos  conteúdos 

estruturantes deve­se desenvolver com os alunos os conceitos que perpassam o fenômeno em estudo, 

possibilitando o uso de representações e da linguagem química no entendimento das questões que devem 

ser compreendidas na sociedade.

Para que o estudante tenha uma boa compreensão dos conteúdos apresentados pela disciplina, é 

importante partir  do saber  prévio   (senso comum ou concepção alternativa)  que o aluno apresenta.  No 

entanto, cabe ao professor de química dar­lhe os fundamentos teóricos para que se aproprie dos conceitos 

da   Química   e   do   conhecimento   científico   sobre   esses   assuntos   para   que   desenvolva   atitudes   de 

comprometimento com a vida no planeta.

2.10.5 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do 

diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia­a­dia, no transcorrer 

da própria aula e não apenas no modo pontual, portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da 

ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola.

Critérios de Avaliação

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Valoriza­se, 

assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o  contexto  social  do  aluno,  para

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(re)construir os conhecimentos químicos.

Deve­se usar vários instrumentos de avaliações, como: provas, leitura e interpretação de textos, 

produção de textos, pesquisas bibliográficas, apresentações de seminários, entre outras.

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2.10.6 REFERÊNCIAS

BRASIL.   Secretaria   de   Educação   Média   e   Tecnológica.  Parâmetros   Curriculares   Nacionais:   Ensino 

Médio ­ PCNEM. Brasília: MEC/SEMTEC; 2002.

CHASSOT, A. Para que(m) é útil o Ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995.

HALL, N. Neoquímica. A Química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004.

PARANÁ,  Secretaria de Estado da Educação.  Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química, 

Curitiba: SEED, 2009.

SANTOS, W. L.P. & SCHNETZIER. Educação em Química: compromisso com a cidadania. Ijui. Unijui.

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2.11 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

2.11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA   

    

    A Sociologia surge, enquanto ramo do saber científico, com a função de compreender e interpretar 

as transformações econômicas, sociais e políticas que se processavam na Europa a partir da desagregação 

da sociedade feudal e da consolidação do capitalismo. Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia 

insere­se   na   busca   de   explicações   científicas   para   as   inúmeras   transformações   sociais,   econômicas, 

políticas   e   culturais   decorrentes   da   Revolução   Industrial   e   da   Revolução   Francesa   do   século   XVIII. 

A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas desenvolvidas a partir 

dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos problemas para a sociedade.  “Os conflitos 

gerados pelo surgimento de novas classes sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos,  

reclamam a elaboração de respostas. A sociedade torna­se um problema que precisava de explicação”  

(CARVALHO, 2004, p. 199).  Era necessário, portanto, que se desenvolvesse um saber científico capaz de 

encontrar respostas e soluções para a crise e de compreender a problemática social que se instalava. E 

assim nasce a Sociologia.                                                                                                                               

Por   um   lado,   o   saber   sociológico   surge   enquanto   um   mecanismo   importantíssimo   para   a 

compreensão das transformações e, por outro, funcionava para “amenizar o espanto” do homem frente à 

crise social e econômica que se instaurava. Não é à toa que o pensamento positivista que se desenvolve 

nos primórdios da Sociologia visava restaurar a ordem social  por meio de um processo conservador e  

reformista.                                                                                                                                                   

Enquanto saber sistematizado, a Sociologia tem procurado compreender e conhecer as sociedades 

humanas. Assim, temos que o objeto do conhecimento sociológico pode ser definido como “o conhecimento  

e a explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem  

em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a  

compreensão   das   consequências   dessas   relações   para   indivíduos   e   coletividades”.  (DIRETRIZES 

CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, p. 20).                                                    

Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de uma teoria, visto não 

haver uma única forma de explicar sociologicamente a realidade. Cabe ao professor, de acordo com seus 

posicionamentos políticos e com as teorias tradicionais da Sociologia, escolher aquela mais adequada para 

explicar o objeto de estudo em questão.

O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o seu devido potencial 

explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como forma coerente de estabelecer um processo 

dialético entre a ação política e a ação educacional, visando construir um conhecimento crítico e com o rigor 

científico necessário. 

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Conforme destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:

“como   forma   autoconsciente   da   realidade   para   boa   parte   das   reflexões   dos   primeiros  

pensadores,   que   hoje   fazem   parte   dos   clássicos   das   Ciências   Sociais.   Como   exemplo  

podemos citar Saint­Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer, Feurerbach, Durkheim, Weber,  

Marx e  outros.  Todos  tratando de compreender,  explicar  e   responder   às   transformações e  

crises   manifestas   em  processos   sociais   e   estruturais,   em  movimentos   de   protesto,   greve,  

revolta e revolução”. (CARVALHO, 2004, p. 200).

  Tomando  como  base   as   Diretrizes  Curriculares   para   o   Ensino  Médio,  estabelecidas  pela 

SEED/PR, destacamos a seguir algumas concepções teóricas1  que fundamentam a Sociologia enquanto 

disciplina acadêmica e escolar:

­ Concepções Sociológicas de Karl Marx:

Karl   Marx   (1818­1883)   concebe   a   sociedade   capitalista   como   relação   de   exploração,   e   a 

educação como possibilidade de emancipar o sujeito da opressão exercida por essa relação desigual.

Marx,   cuja   teoria   teve  a   finalidade  de  compreender  a  natureza  da  sociedade  capitalista  e 

apontar uma direção para sua transformação, investigou os mecanismos de “enquadramento” social dos 

indivíduos pela análise das forças sociais capazes de controlar a consciência humana. Ao perceber, para 

além das aparências, o processo histórico que conduziu a burguesia ao patamar de classe dominante. Marx 

enunciou – como lei de validade geral – que a história das sociedades é  movida pela  luta de entre as 

classes sociais.

A concepção de sociedade marxista  torna complexa e  frágil  a concepção de Durkheim, ao 

demonstrar que a coerção da sociedade sobre os indivíduos, pelas pressões e obrigatoriedades, não é 

indiscriminada, indistinta, mas que acontece de uma determinada classe social sobre outra, a qual, por sua 

vez, não tem consciência real do processo de dominação do qual é objeto. Essa coerção e essa dominação 

se manifestam de variadas formas.

1 O texto sobre as concepções teóricas que segue foi copiado na íntegra dos Cadernos da SEED/PR que estabelecem as diretrizes curriculares para Sociologia de 2007 (p. 20 a 24), em função de sintetizar de forma objetiva a discussão acerca da teoria e da prática educativa como resultado das discussões realizadas pelo corpo docente de Sociologia.

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Para Marx, a educação é importante forma de perpetuar a exploração de uma classe sobre a 

outra, pois dissemina a ideologia dominante e inculca na classe dominada o modo burguês de ver o mundo. 

No   entanto,   Marx   também   vê   na   educação   a   possibilidade   de   reverter   essa   situação.   Conforme   seu 

entendimento, cabe à educação desenvolver ao trabalhador expropriado o conhecimento do conjunto, do 

processo produtivo,  e  extinguir  a  divisão do  trabalho em  intelectual  e  manual  e,  consequentemente,  a 

alienação.

Marx   propõe   a   substituição   do   indivíduo   parcial   e   restrito,   fragmentado   socialmente,   pelo 

indivíduo integral,  cujas ações sociais seriam desdobramentos de suas potencialidades. De acordo com 

Marx, a educação é um mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o 

homem.

­   Concepções   Sociológicas   de   Émile   Durkheim:  Émile   Durkheim   (1858­1917)   concebe   a 

sociedade capitalista como vínculo moral entre os homens e a educação como forma de manutenção da 

estabilidade e da ordem social. 

Para Durkheim, as representações dos fatos sociais são percebidas pelas pessoas de modo 

singular e coletivo ao mesmo tempo: cada ser humano é habitado por estados mentais que dizem respeito 

apenas   à   sua   pessoa   quanto   por   estados   mentais   coletivos,   que   são   crenças,   valores   e   hábitos 

compartilhados.

O  sujeito   faz  parte  da  sociedade  assim como parte  da  sociedade  o  compõe.  Portanto,  a 

sociedade   faz   sentido   somente   se   compreendida   como   um   conjunto   cuja   existência   própria, 

independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma coerção exterior, a 

partir de pressões e obrigatoriedades porque, de alguma forma, ela não “cabe” na sua totalidade, na mente 

de cada indivíduo. Assim consideradas, as representações coletivas exteriores às consciências individuais 

não derivam dos indivíduos tomados isoladamente, mas de sua cooperação.

Como totalidade, a sociedade precede sobre os indivíduos. Daí a necessidade da cooperação 

para concretizar a organização social. Durkheim afirma que, para haver cooperação é necessário consenso, 

ou seja, adesão às regras sociais de validade geral e indistinta, de modo que cabe à educação ensinar aos 

indivíduos essas regras. Para Durkheim, educação é  socialização, é ensinar e aprender o “lugar” de cada 

um no sistema, no organismo social, sem questionar se a forma de organização social é desigual ou não. 

Sob tal ponto de vista, a sociedade modela a ação individual; à educação cabe enquadrar cada indivíduo às 

expectativas de classe, gênero, etnia, e moral que são esperadas dele. 

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­ Concepções Sociológicas de Max Weber:

Max Weber (1864­1920) concebe a sociedade capitalista como vínculo de racionalização da 

vida, resultado de uma grande teia de interações e relações interindividuais e pensa a educação como uma 

resposta limitada e inexorável a essa racionalização. 

Para Weber, a realidade social não é algo por si, independente. A realidade tem determinada 

fisionomia a partir dos valores que orientam sua compreensão, os quais são compartilhados, são coletivos. 

No entanto, são introjetados e apreendidos de formas diferenciadas, efeito do processo de interação social. 

Ou seja, o social  reside na interação entre as partes, que são muitas e se renovam a cada dia; daí  a 

impossibilidade de sua apreensão como totalidade.

No que tange à compreensão da realidade social, no máximo, é possível decifrar a significação 

da ação social, ou seja, as condutas humanas. Para Weber, a ação social no mundo moderno exige dos 

homens desempenho de tarefas, além dos valores, e não prescinde do cálculo dos custos e benefícios e da 

racionalidade   (finalidades).   Compreender   a   sociedade   é   analisar   os   comportamentos   movidos   pela 

racionalidade dos sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens que se relacionam 

uns com os outros, de acordo com um cálculo e uma finalidade que tem por base as regras.

Weber entende que uma ordem social, para atender à finalidade do mundo moderno capitalista, 

torna­se cada vez mais ampla, institucionalizada, desencantada e, sobretudo, burocrática. Nesse contexto, 

sob uma compreensão “desencantada”, Weber considera que resta à educação sistemática (escolar) prover 

os sujeitos de conteúdos especializados, eruditos, e de disposições que os predisponham a ter condições – 

conduta  de  vida  e  conhecimento especializado  – necessárias  para   realizar  suas   funções de  perito  na 

burocracia profissional.

­ Concepções Sociológicas de Antonio Gramisci:

Antonio Gramisci (1891­1937), pensador marxista e ativo militante comunista, volta sua reflexão 

para   as   sociedades   de   capitalismo   avançadas,   caracterizadas   por   um   forte   mercado   interno   e   pelo 

pluralismo   político.   Conforme   a   concepção   de   Gramisci,   o   poder   é   diluído   entre   o   governo   e   suas 

instituições, qualificando por ele como o espaço da coerção; e as variadas instâncias da sociedade civil,  

como as indústrias, os partidos, os sindicatos, chamadas de espaço de consenso e persuasão. 

Dessa concepção de sociedade, Gramisci propõe uma ação política revolucionária articulada 

organicamente na sociedade, no cotidiano das relações sociais. Além da superação da exploração de uma 

classe sobre a outra e da eliminação da propriedade privada, é necessário conquistar a hegemonia política 

e ideológica, lutar contra a apropriação privada e elitista do conhecimento.

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A escola, em seus diferentes graus, é o instrumento da formação de um novo tipo de homem, 

que   deve   entender­se   como   produto   de   uma   elaboração   de   vontade   e   pensamento   coletivo,   logrado 

mediante o esforço individual concreto e não por processos ou determinações alheios a cada um.

Para Gramisci, as características da alternativa pedagógica que busca uma nova sociedade 

são:

­ que a educação seja social;

­ que a educação seja de todos e para todos; e

­ que a educação seja responsável, aceita interiormente, e não imposta.

Trata­se do projeto da “escola única”, na qual, desde o nível fundamental até o nível superior, 

não esteja presente o abismo que separa as classes sociais na sociedade capitalista ocidental. Esse projeto 

é revolucionário porque abandona a ideia do conhecimento dual, ou seja, extingue a existência de escolas 

nas quais são preparados para dirigentes e escolas nas quais outros são preparados para serem dirigidos.

­ Concepções Sociológicas de Pierre Bourdieu:

Em sua concepção de sociedade, Bourdieu (1930­2002) radicaliza a precedência e o peso das 

estruturas sociais sobre as ações individuais presentes no pensamento de Durkheim. Bourdieu questiona o 

discurso   que   propaga   uma   escola   igualitária   que,   supostamente,   possibilitaria   a   concretização   das 

potencialidades   humanas.   Ao   contrário,   para   ele,   a   instituição  escolar   dissimularia,   sob   a   fachada   da 

neutralidade, as desigualdades. 

As escolas, as universidades e outras instituições reproduzem as relações sociais e de poderes 

dominantes   pelos   critérios   de   triagem   e   seleção,   inclusão   ou   exclusão   de   conteúdos,   métodos   e, 

consequentemente, de indivíduos que ocupam determinados papéis sociais.

Sob tal concepção, a possibilidade de mudança não está necessariamente na educação que 

veicula   o   saber   sistematizado.   Assim,   toda   ação   pedagógica   é   considerada   uma   violência   simbólica, 

arbitrária, e oculta relações de força sob imposição de valores, normas e concepções culturais revestidas de 

uma suposta autoridade, originárias nos grupos e classes dominantes.

Para Bourdieu, os bens culturais aos quais o aluno têm acesso conforme sua classe social, 

incrementados   pelos   conhecimentos   escolares   –   seu  capital   cultural  ­,   determinam   a   sua   posição   na 

hierarquia econômica e social.

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­ Concepções Sociológicas de Florestan Fernandes:

Para Florestan Fernandes (1920­1995), a sociedade é um nexo de relações causais que se 

desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade  social.  Para  ele,  o  homem se 

constitui como ser social no mesmo processo por meio do qual constitui sua sociabilidade, sua forma de 

organização concreta. “Existir” socialmente significa, para o sociólogo, compartilhar condições e situações, 

desenvolver atividades e reações, praticar ações e relações que são interdependentes e se influenciam 

reciprocamente.   Tal   nexo   de   relações   configura   as   condições   de   persistência   e/ou   transformação   da 

realidade social.

Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos trabalhadores e 

sua desobjetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê prioridade à maioria da população 

marginalizada.  A educação e a auto­emancipação coletiva se  tornam, então,  co­determinantes de uma 

relação recíproca mediada pela escola e  inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a 

sociedade capitalista existente.

As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica de sala de aula e 

oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca. Conforme o caderno de Sociologia da 

SEED/PR destaca, é  “do resgate dos conteúdos críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem 

esclarecer muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade  

brasileira”. 

Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a teoria e a realidade 

social,  de  forma que se discutam os principais  problemas sócio­econômicos do país,   reconhecendo as 

classes   e   grupos   sociais   excluídos   na   sociedade   capitalista.   É   necessário   resgatar   para   o   aluno   as 

determinações históricas que originaram os problemas sociais, bem como a necessidade de posicionar­se 

criticamente e politicamente frente a essa realidade, transformando­a.

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2.11.2 OBJETIVOS GERAIS

A Sociologia  tem a difícil   tarefa de  fazer com que o aluno possa  investigar, descrever, explicar, 

compreender   e   decodificar   os   fatos   relacionados   à   vida   social.   Ela   deve   possibilitar   que   o   educando 

compreenda o mundo a sua volta de maneira crítica e consciente. Enquanto saber crítico e humanista, deve 

criar condições para que o aluno possa analisar com racionalidade e coerência teórica a problemática da 

sociedade em que vive. 

Conforme   salienta   CARVALHO   (2004,   p.   344),   as   Ciências   Sociais  “(...)   possibilitam   um 

instrumental teórico­prático ao educando que lhe permite se perceber como um elemento ativo e capaz de  

viabilizar, mediante o exercício pleno de sua cidadania, mudanças sociais que apontem para um modelo de  

sociedade mais justo e solidário”. Portanto, temos que o objetivo central da Sociologia é, conforme pregava 

Florestan   Fernandes,  propiciar   que  os   jovens,  ainda  em sua   formação  secundária,   possam  tratar  dos 

problemas econômicos, políticos e sociais do país, de forma prática e científica, por meio de técnicas de 

investigação social. Essa perspectiva contribui para que o educando possa não só conhecer e compreender 

a sociedade, mas também interferir e alterar suas práticas sociais, de maneira a construir uma realidade 

social humana, justa e cidadã. 

Hoje, a sociedade está  passando por uma transformação dramática, revelada pelo aumento 

dos conflitos étnicos, o desvio de empregos para países com mão­de­obra mais barata, a globalização 

econômica e a exclusão social, consumismo, desemprego, a dificuldade de serviços de financiamento do 

governo,  a  mudança no mercado de  trabalho,  o  aumento da  fome nas superpopulações,  a  quebra  do 

equilíbrio ecológico, a violência, a redefinição dos papéis sociais dos homens e das mulheres e muitas 

outras mudanças. Entender essa problemática é tão necessário quanto foram as razões do surgimento da 

Sociologia nas primeiras décadas do século XIX. Portanto:

“a  Sociologia   revela  e   constitui   dimensões  essenciais  do  mundo  moderno.  As  expressões  

sociedade civil  e estado nacional,  comunidade e sociedade, ordem e progresso,  racional e  

irracional, anomia e alienação, ideologia e utopia, revolução e contra­revolução, entre outras,  

explicam   e   constituem   muito   desse   mundo.   Essa   problemática   denota   o   emprenho   do  

pensamento sociológico em compreender, interpretar, taquigrafar, ordenar, controlar, dinamizar  

ou exorcizar esse mundo” (CARVALHO, 2004, p. 200).

Eis a importância desta Disciplina no currículo escolar do Ensino Médio. O campo teórico e 

científico da Sociologia e as reflexões que ela propõe ao educando permitem o desenvolvimento de uma 

consciência crítica da realidade e da sociedade em que está inserido. A formação humanística da Sociologia

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           311 

propicia o despertar da crítica e da cidadania frente às múltiplas realidades que envolvem o cotidiano do 

estudante nos dias atuais.

 OBJETIVOS 

→  Apropriar­se de conhecimentos e conceitos da Sociologia.

 Compreender o pensamento sociológico e problematizar a vida em sociedade no campo→  

ético, político, cultura e econômico.

 Articular as teorias sociológicas com  os problemas atuais: políticos, sociais, econômicos e→  

culturais.

 Adquirir  uma visão sociológica  do  mundo no  sentido  de contribuir  para  a   formação da→  

pessoa humana, negando o individualismo e compreendendo a sociedade na qual estamos inseridos.

 Desenvolver uma reflexão crítica e analítica da sociedade globalizada.→

 Estabelecer  procedimentos  próprios  do pensamento  crítico:  apreensão e construção de→  

conceitos, argumentações e problematização.

 Promover o contanto cognitivo do aluno como pensar sociológico por meio da análise de→  

textos clássicos e da pesquisa.

 Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos.→

 Estimular a produção textos analíticos e reflexivos.→

 Compreender a importância da responsabilidade social do indivíduo com o mundo em que→  

vive.

2.11.3 CONTEÚDOS

Conforme o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio” da SEED/PR, os 

conteúdos que seguem não se  resumem a uma  listagem de  temas e conceitos encadeados de  forma 

engessada   e   rígida.   São   “conteúdos   representativos   dos   grandes   campos   de   saber,   da   cultura   e   do 

conhecimento   universal   e   devem   ser   compreendidos   a   partir   da  práxis  pedagógica   como   construção 

teórica”. São considerados, portanto, como um rol de conteúdos estruturantes, centrais e básicos para a 

compreensão da realidade social, cuja função básica é instrumentalizar alunos e professores na seleção, 

problematização e organização dos conteúdos específicos da sociedade em que o aluno está inserido. 

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           312 

É possível trabalhar os Conteúdos Estruturantes de maneira que haja uma inter­relação entre 

os  conceitos,  as   teorias  e  os   temas.  A proposta  que  segue,  parte  dos  conceitos,  para,  num segundo 

momento, fazer a leitura de alguns textos teóricos sobre o conteúdo e, por último, no desenvolvimento de 

temas específicos, visando aliar as questões teóricas e conceituais com a realidade.   Nesse sentido, a 

tentativa é fazer com que o aluno, de posse de determinados conceitos, possa compreender a realidade 

social que o cerca, contextualizá­la, percebendo a importância da Sociologia enquanto Ciência na sua vida.

Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico­Raciais propostas 

pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação no que se refere ao Ensino 

de História e Cultura Afro­Brasileira e Africana. 

Além da temática afro­brasileira e africana, procuraremos inserir nas discussões os conteúdos 

referentes à  História do Paraná,  conforme consta na Lei Estadual 13.381/01, principalmente no que diz 

respeito à formação da sociedade paranaense, a contribuição das etnias europeias na construção do povo 

do Paraná. 

A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem trabalhados em 

Sociologia,  em  função  da   interligação entre  sociedade  e  ambiente,  principalmente  no  que  se   refere   à 

exploração e degradação do espaço na produção da vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 

que   trata  da  Educação  Ambiental,   sempre  que  possível,   os   conteúdos  abordarão  a   temática  do  meio 

ambiente e a relação do homem com a natureza enquanto um dos polos de construção da vida social.

No que se refere à portaria 413/2002 do Programa Nacional de Educação Fiscal, o ensino de 

Sociologia pode contemplar  em diversos  temas de estudo, a sensibilização do aluno para as questões 

fiscais, a importância do tributo na construção de uma sociedade justa e melhor para todos. 

Assim sendo, os conteúdos estruturantes ficaram assim divididos:

 → PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS:

a) Conceitos:

• Introdução à Sociologia (conceituação e histórico);

• Importância da Sociologia;

• Sociabilidade e socialização;

• Convívio social;

• Interação social;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           313 

• Papel ou status social;

• Individualismo;

• Competição e conflito social;

• Instituições sociais (Família, Igreja, Estado, Escola...);

• Grupos sociais.

b) Teorias:

• O positivismo e a ideia de coesão e harmonia social;

• A teoria da ação social de Weber;

• Estudos antropológicos contemporâneos que tratem dos grupos sociais, da juventude, 

dos conflitos étnicos e da violência;

• A abordagem de  Michel  Foucault   sobre a   Instituição Escola  e  a  de Marx  sobre  a 

Instituição Religiosa.

c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:

• A influência das instituições na socialização dos indivíduos;

• A influência das mídias nos valores e no processo de socialização;

• Os conflitos étnicos e religiosos no mundo e as barreiras para a interação social e para 

a tolerância (Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);

• A Constituição e a diversidade étnica da sociedade paranaense (Lei Estadual 13.381/01 

– História do Paraná);

• A questão do afro­descendente na sociedade brasileira e o sistema de quotas (Lei 

10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);

• A juventude e violência;

• As diferentes “tribos” urbanas (gangues, skatistas, punks).

 → CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL:

a) Conceitos:

• Cultura;

• Cultura e diversidade;

• Natureza e cultura;

• Identidade cultural;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           314 

• Etnocentrismo;

• Etnia;

• Cultura erudita, popular e industria cultural;

• Globalização e cultura.

b) Teorias:

• Evolucionismo e a noção de “inferioridade cultural”;

• O Determinismo social;

• A Escola de Frankfurt e a indústria cultural;

c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:

• A diversidade cultural no mundo;

• As diversas manifestações culturais no Brasil;

• A mídia e a indústria cultural;

• O consumismo e a degradação do meio­ambiente (Lei 9.795/99 ­ Educação 

Ambiental).

• As sociedades indígenas do Brasil;

• A cultura afro­brasileira e africana (Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho 

Estadual de Educação);

• A cultura do imigrante que integrou e construiu o Estado do Paraná (Lei Estadual 

13.381/01 – História do Paraná);

• Cultura e contracultura;

• O processo de globalização e a idéia de “cultura universal”;

• O meio ambiente na sociedade globalizada (Lei 9.795/99 ­ Educação Ambiental).

 TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS:→

a) Conceitos:

• Trabalho;

• Divisão do Trabalho;

• Alienação;

• Modos de Produção;

• Classes Sociais no Capitalismo;

• Mobilidade social;

• Poder econômico.

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b) Teorias:

• A divisão do trabalho em Durkheim;

• Marxismo: modo de produção capitalista, estratificação social e exploração do trabalho.

c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:

• Desigualdade social e econômica no Sistema Capitalista;

• O trabalho e a questão de gênero: o tratamento desigual no trabalho feminino;

• A exclusão social do afro­descendente e a discriminação no trabalho (Lei 10.693/03 e 

pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);

• A contribuição histórica do imigrante paranaense para a economia do Estado;

• A exploração do trabalho infantil;

• Globalização e exclusão social dos trabalhadores;A exploração da natureza no modo 

de produção capitalista e o consumismo (Lei 9.795/99 ­ Educação Ambiental).

• O trabalho informal como um mecanismo de sobrevivência;

• A  exploração   da   natureza   no   modo   de  produção   capitalista   e   o   consumismo   (Lei 

9.795/99 ­ Educação Ambiental).

 → PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA:

a) Conceitos:

• Poder;

• Política;

• Ideologia;

• Estado;

• Supranacionalidade.

b) Teorias:

• O poder e o Estado em Weber, Marx, Hobbes e Rousseau;

• A noção de ideologia desenvolvida pelo Marxismo.

c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:

• A legitimidade do poder do Estado;

• O poder de polícia do Estado e a importância dos tributos na distribuição dos bens 

sociais (Portaria 413/2002 do Programa Nacional de Educação Fiscal);

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           316 

• As diferentes manifestações ideológicas na sociedade atual: história em quadrinhos, a 

“superioridade estadunidense”, o Islã...

• As manifestações da ideologia por via das Mídias;

• A ideologia do branqueamento inserida na Lei 209/1921 que estabelecia cotas para o 

ingresso de asiáticos e proibição da entrada de imigrantes negros no Brasil (Lei 10.693/03 e pela 

Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);

 → DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS:

a) Conceitos:

• Cidadania;

• Lei e Direito;

• Justiça e injustiça;

• Desigualdade social;

• Direitos Humanos;

• ONGs;

• Movimentos Sociais.

b) Teorias:

• A desigualdade econômica em Marx;

• O surgimento dos Movimentos Sociais segundo Max Weber.

c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:

• A conquista da Cidadania na sociedade brasileira;

• Desigualdade social na moradia, no acesso ao consumo e à Escola;

• O problema da fome no Brasil;

• A pobreza, a distribuição de renda e a exclusão social;

• A   distribuição   da   renda   através   da   aplicação   dos   tributos   (portaria   413/2002   do 

Programa Nacional de Educação Fiscal);

• A importância do reconhecimento dos direitos humanos;

• Os   movimentos   sociais   urbanos   e   rurais:   os   sem­teto,   o   MST,   os   sindicatos   de 

trabalhadores,   as   associações   de   bairro,   o   Movimento   Negro,   o   Movimento   Feminista,   os 

Movimentos Ecológicos e Ambientalistas.

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Obs.: Pela atual Grade Curricular, a Disciplina de Sociologia é  lecionada na 3ª série e possui 2 

aulas semanais.

2.11.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos estruturantes não podem ser trabalhados de maneira autônoma ou sequencial, 

por vezes são articulados entre si e em outros momentos, os conteúdos podem ser trabalhados em si 

mesmo sem uma articulação com os demais.

Para dar conta de trabalhar os conteúdos da Sociologia e em função da dinâmica da sociedade 

e da própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos. Estes instrumentos 

devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada conteúdo, bem como devem possibilitar o 

desenvolvimento de um pensamento crítico e questionador.

Ressaltamos que os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o 

conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos que serão trabalhados, pois nem todos os 

procedimentos cabem para todos os conteúdos, bem como nem todo conteúdo pode ser trabalhado com 

qualquer prática metodológica. Pontuamos alguns encaminhamentos metodológicos próprios do 

conhecimento sociológico que podem ser adotados:

Os conteúdos estruturantes não podem ser trabalhados de maneira autônoma ou sequencial, 

por vezes são articulados entre si e em outros momentos, os conteúdos podem ser trabalhados em si 

mesmo sem uma articulação com os demais.

Para dar conta de trabalhar os conteúdos da Sociologia e em função da dinâmica da sociedade 

e da própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos. Estes instrumentos 

devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada conteúdo, bem como devem possibilitar o 

desenvolvimento de um pensamento crítico e questionador.

Ressaltamos que os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o 

conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos que serão trabalhados, pois nem todos os 

procedimentos cabem para todos os conteúdos, bem como nem todo conteúdo pode ser trabalhado com 

qualquer prática metodológica. Pontuamos alguns encaminhamentos metodológicos próprios do 

conhecimento sociológico que podem ser adotados:

• Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos ­ é através da leitura dos clássicos e 

dos teóricos da Sociologia contemporânea, que se estabelece o caráter científico das análises 

e a superação do senso comum na produção do conhecimento.

• Pesquisa de campo – definição de temas específicos, produção de pré­projeto de pesquisa, 

roteiro de observação e/ou entrevistas, análise e articulação com a teoria.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           318 

•  Aula   expositiva   –   a   prática   pedagógica   nas   aulas   de   Sociologia   deve   partir   da 

problematização de questões do senso comum, de forma que haja um diálogo entre professor 

e aluno, um embasamento teórico que crie condições para que os fenômenos sociais sejam 

compreendidos numa perspectiva científica. Nesse sentido, a aula expositiva deve ser dinâmica 

e participativa, de forma que se organizem os conteúdos de maneira reflexiva. A ideia central 

neste   tipo   de   prática   é   que   o   aluno   perceba   que   a   sociedade   se   organiza   através   das 

aparências e que a análise científica possibilita o desvendamento da essência  da sociedade e 

dos fenômenos sociais. 

•   Trabalhos em grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre, criativa e 

motivadora, de maneira que o aluno possa trocar ideias, interagir e produzir uma leitura própria 

dos textos sociológicos e de outros materiais como: artigos de jornais, revistas, poesias, letras 

de músicas...

• Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia, música) – a escolha 

de um filme, de uma música ou de um programa de televisão pode ser definida a partir de um 

tema ou de um recorte a ser privilegiado na discussão. Estes recursos possibilitam que se faça 

uma articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão sendo contempladas.                    

2.11.5 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem deve estar articulada com os objetivos gerais estabelecidos no 

Projeto Político Pedagógico e com objetivos da própria Disciplina. A avaliação visa construir um determinado 

resultado, ou seja, o processo avaliativo deve também contemplar a construção de um conhecimento crítico, 

dinâmico e transformador que caminhe junto com a filosofia da escola e com os objetivos da própria ciência 

sociológica. 

Conforme   o   caderno   das   “Diretrizes   Curriculares   de   Sociologia   para   o   Ensino   Médio”   da 

SEED/PR:

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           319 

“o   processo   de   avaliação   no   âmbito   do   ensino   da   Sociologia,   deve   perpassar   todas   as  

atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento metódico e sistemático. (...) As

formas   de   avaliação   em   Sociologia,   portanto,   acompanham   as   próprias   práticas   de   ensino   e   de  

aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a  

participação   nas   pesquisas   de   campo,   seja   a   produção   de   textos   que   demonstrem  a   capacidade   de  

articulação entre teoria e prática (...)”. (DIRETRIZES CURRICULARES).

A  finalidade  da  avaliação na Disciplina  de  Sociologia  é  ampliar  a  visão do  aluno  sobre  a 

ciência, de maneira que ele possa adquirir os conhecimentos sociológicos necessários para se posicionar 

criticamente e conscientemente diante da sociedade e da complexidade dos fenômenos sociais. Nessa linha 

de raciocínio, a avaliação deve ser contínua e pautada num processo de ação – reflexão – ação.

Portanto, compreendendo a avaliação do ensino­aprendizagem como o acompanhamento das 

ações educativas do aluno, é importante que seja colocada a partir de três funções básicas: a) diagnóstica – 

objetivando aproveitar os conhecimentos prévios dos alunos; b)  formadora – acompanhar as etapas do 

conhecimento e o desenvolvimento crítico e consciente do aluno a respeito dos conteúdos trabalhados; e c) 

contínua – no sentido de orientar o planejamento e estabelecer metodologias e estratégias para garantir a 

qualidade científica do processo de aquisição do conhecimento.

A avaliação da aprendizagem em Sociologia deve ser construída a partir da:

1. Leitura e análise de textos sociológicos.

2.  Discussões, debates e reflexões acerca dos  textos e da  realidade na qual o aluno está 

inserido.

3. Seminários, que visem desenvolver a articulação e o discurso propriamente sociológico.

4. Uso dos meios de comunicação, análise da mídia como instrumento da cultura de massa e 

da formação da opinião pública, por meio de análise de propagandas, jornais, telenovelas, etc.

5. Construção de painéis criativos e comparativos de uma dada teoria ou de um determinado 

tema da realidade social.

6. Análise e interpretação de diferentes textos e linguagens: charges, desenhos, músicas, obras 

de arte, filmes, documentários etc. 

7. Produção de textos e avaliações escritas.

Cumprindo   sua   função,   a   avaliação   possibilita,   desta   forma,   verificar   se   houve   ou   não 

enriquecimento   do   conhecimento   do   aluno   e   de   que   maneira   se   processou   a   construção   de   seu 

conhecimento,   primando   sempre   pela   preponderância   dos   aspectos   qualitativos   em   detrimento   dos 

quantitativos.   

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2.11.6 REFERÊNCIAS

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Marins Fontes, 2003.

CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão 

de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. 

VÁRIOS AUTORES. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007.

PARANÁ,  Secretaria  de  Estado  da   Educação.  Diretrizes   Curriculares  de  Sociologia  para  o   Ensino 

Médio. Curitiba: SEED, 2009.

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2.12 DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

2.12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As línguas estrangeiras assumem a condição de serem práticas, parte indissolúvel do conjunto 

de   conhecimentos   essenciais   que   permitem   ao   estudante   aproximar­se   de   várias   culturas   e, 

consequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado.

Já   são   antigas  as  discussões   sobre  a   importância  em  se   aprender  uma  ou  mais   línguas 

estrangeiras. No Brasil, embora a legislação da primeira metade do século já indicasse o caráter prático que 

deveria   possuir   o   ensino   das   línguas   estrangeiras   vivas,   nem   sempre   isso   ocorreu.   No   lugar   de 

ensinar/capacitar o aluno a falar, ler e escrever um novo idioma, as aulas de línguas estrangeiras modernas 

nas escolas de nível médio acabaram por assumir uma feição monótona e repetitiva que, muitas vezes, 

chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de valorizar conteúdos relevantes 

à formação educacional dos educandos.

O ensino das  línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da chegada da 

família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809, com a assinatura do decreto de 22 de junho, pelo  

príncipe   regente D.João VI,  criaram­se  as  cadeiras  de  inglês  e   francês  com o  objetivo  de  melhorar  a 

instrução pública  e  de atender às demandas advindas da abertura  dos portos ao  comércio.  Em 1837, 

ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário do Brasil e referência curricular para 

outras instituições escolares por quase um século. (Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação 

Básica do Estado do Paraná, 2006).

Uma das  contribuições   para   o   ensino   de   línguas   estrangeiras   foi   a   integração  das  quatro 

habilidades: ler, escrever, falar, compreender auditivamente nas abordagens anteriores apareciam de forma 

segmentada.

De acordo com Meireles (2002), a aprendizagem na abordagem comunicativa é voltada para a 

comunicação e a pragmática que privilegia o uso da língua estrangeira.

O ensino das línguas estrangeiras na escola passou a fundamentar­se, quase sempre, apenas 

no estudo das formas gramaticais, na memorização de regras e na prioridade da língua escrita e, em geral, 

tudo isto de forma descontextualizada e desvinculada da realidade, sendo ignoradas as indicações referidas 

na legislação.

A aprendizagem é de natureza social, entendida como uma maneira de estar num mundo social 

com outras pessoas, em um dado contexto histórico, cultural e institucional; a nossa opção para um ensino 

consequente em  línguas Estrangeiras  é  o  ensino  de Língua conforme a Ciência  da história.  Assim,  o 

processo pode ser considerado uma forma de co­participação social, ou seja, participação de alguém em 

contextos de ação. Todo esse processo é realizado pela linguagem através da interação social.

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           322 

 Podemos afirmar, assim, que a aprendizagem em sala de aula é a continuidade dos desafios 

com quais defrontamos diariamente na sociedade. Salientamos, no entanto, que a interação em sala de 

aula se dá em um contexto institucional, tendo como base as identidades sociais das pessoas que atuam 

nesse contexto para aprender/ensinar: alunos e professores. Desta forma fica evidente que a aprendizagem 

por sua natureza social está centrada na cultura e na história, bem como na instituição. (BARRETO 2000, 

p.25).

A   língua   inglesa   é   instrumento  de  comunicação,   e   como   tal   ensino   deve   atender  a   esse 

objetivo, dotando o aluno da capacidade de exploração criativa para se chegar ao significado. A língua 

inglesa permeia o nosso cotidiano e faz vínculo com a língua materna e com o contexto no qual o aluno está 

inserido.

O Inglês é um idioma de fundamentação importante no mundo globalizado de hoje. Cada vez 

mais pessoas estudam e falam inglês.

A língua inglesa tornou­se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos, 

no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de lideres políticos mundiais, 

nos congressos sobre ciência, tecnologia, arte, etc. Por isso, é  de suma importância conhecer   a língua 

inglesa para não se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.

No ensino médio, a língua inglesa, entre as suas funções, assume um compromisso com a 

educação para o  trabalho.  Então não pode ser  ignorado tal contexto,na medida em que,no Brasil   é  de 

domínio público a grande importância que o inglês tem na vida profissional das pessoas.

Por essa razão, pretende­se um trabalho vinculado com a língua oral com e escrita.

A compreensão da língua escrita é de primordial importância no Ensino Médio e será tanto mais 

fácil  de ser aprendida quando houverem sido desenvolvidos as estruturas básicas da língua através da 

linguagem oral.

“Na realidade, não são as palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou 

mentiras,  coisas boas ou más,importantes ou  triviais,  agradáveis  ou desagradáveis etc.  A palavra está 

sempre carregada de um sentido ideológico ou vivencial.” (BAKHTIN, 1992)

O   reconhecimento   da   importância   da   diversidade   de   idiomas   também   ocorreu   na 

Universidade Federal do Paraná(UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular as línguas 

espanhola, italiana e alemã. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas línguas. (DCE­2006).

2.12.2 OBJETIVOS GERAIS

 → Perceber a importância da Língua Inglesa, considerada como instrumento de comunicação 

universal;

 → Colaborar na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando­o mais crítico e reflexivo;

 → Reconhecer o sentido do que está sendo ouvido e lido;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           323 

 → Priorizar a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos, acompanhando o 

aluno na construção do vocabulário e leitura;

 → Possibilitar ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do conhecimento e da 

cultura de outros povos;

 → Construção do  vocabulário  das  estruturas  e  estratégias  de   leitura,  que  gradualmente  o 

levarão a compreensão dos textos.

No ato  da seleção de  textos,  propõe­se analisar  os elementos  linguístico­discursivos neles 

presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas 

sobretudo fins educativos, na medida que apresentem possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos, 

adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos. É importante também que os textos 

abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem diferentes graus de complexidade da estrutura 

linguística.

2.12.3 CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Discurso como prática social.

1ª SÉRIE

 → ORALIDADE (SPEAKING)

• Finalidade do texto oral;

• Variedades linguísticas;

• Diálogos (cinema e teatro);

• Atos da fala (imagens, poemas e charges);

• Debates sobre o meio ambiente (lixo reciclável) e temas atuais;

• Narração de experiências pessoais;

• Argumentações com temas polêmicos;

• Músicas (pronúncia, vocabulário e análise linguística);

• Leituras de textos variados incluindo a cultura afro­brasileira e africana e história do Paraná;

• Declamação de poema.

          

                  → LEITURA (READING)

• Identificação do tema do argumento principal e dos secundários;

• Linguagem não­verbal;

• Interpretação de textos diversificados;

• Leitura de obras literárias com compreensão;

• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           324 

• Leitura de textos humorísticos (tiras, cartum e caricaturas).

                →  ESCRITA (WRITING)

• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais;

• Coesão e coerência;

• Produção de textos narrativo, descritivo e informativo;

• Produção de diálogos como temas atualizados.

        ANÁLISE LINGUÍSTICA→

• Pronomes possessivos;

• Tempos verbais: present continuous tense;

• Verbo: to have;

• Tempos verbais: simple present/present continuous;

• Tempos verbais: simple past tense (regular verbs);

• Tempos verbais: simple past tense (irregular verbs)

• Tempos verbais: simple past tense (formas negativas e interrogativas);

• Tempos verbais: past continuous tense;

• Tempos verbais: simple future/ immediate future;

• Verbo: there will be;

• Verbos: there was/ there were.

 OUVIR (LISTENING)→

• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;

• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e época;

• Músicas diversificadas.

2ª SÉRIE

 → ORALIDADE (SPEAKING)

• Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países diversos;

• Finalidade do texto oral;

• Seminários (origem da História do Paraná e Meio Ambiente);

• Atos da fala (diários, relatos de experiências cotidianas);

• Narração de fatos (depoimentos, debates e entrevistas);

• Leituras de textos dramáticos e românticos;

• Contos e fábulas;

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                                     Colégio Estadual da Colônia Murici – Ensino Fundamental e Médio                                           325 

• Produção e debates de textos polêmicos (aquecimento global e questão racial);

• Músicas com ritmos variados dando ênfase na cultura afro­brasileira e africana;

• Músicas com ritmos diversos, explorando a cultura americana e inglesa e sua influência no mundo.

          

 → LEITURA (READING)

• Resumo de textos explicativos e expositivos;

• Análise de anúncio, outdoor e e­mail;

• Leitura e produção de textos instrucionais, carta e artigos de opinião;

• Temporalidade;

• Intertextualidade.

 → ESCRITA (WRITING)

• Paragrafação;

• Clareza de ideias

• Produção de textos instrucionais e humorísticos;

• Narração de fatos, lendas, histórias em quadrinho e piadas;

• Produção de diálogos com temas atualizados;

• Situacionalidade;

• Referência textual.

 ANÁLISE LINGUÍSTICA→

• Imperative form;

• Pronomes indefinidos: lot of, much, many, little, a little, few, a few;

• Pronomes indefinidos: some, any, no;

• Indefinidos (pronomes e advérbios) compostos: something, anything, etc;

• Interrogativos (pronome/advérbios): what, where, when, etc;

• Adjetivos:  comparativos  de   igualdade,  superioridade,   inferioridade  e  superlativo   (longos  e 

curtos);

• Tempos verbais: past perfect tense/present perfect tense/present continuous tense;

• Vocabulário.

 

→ OUVIR (LISTENING)

• Músicas incorporando a fala do interprete e combiná­la a outras vozes, formando e criando 

novas falas;

• Compreensão de folders, blogs e chats;

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• Músicas e filmes para que estimule a compreensão da língua na sua prática, no seu uso 

coloquial

3ª SÉRIE

             → ORALIDADE (SPEAKING)

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas e gestos;

• Debates sobre cultura afro­brasileira e africana envolvendo os ritmos musicais e história do Paraná 

(contistas paranaenses, poesias e literatura popular e inglesa);

• Narração de fatos, palestras, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico;

• Argumentações e debates de artigos de opinião e editorial;

• Músicas com temas atualizados;

• Leituras de textos dramáticos, propaganda e crônica;

• Declamação e produção de poesias e contos.

              → LEITURA (READING)

• Leitura e interpretação de textos dando ênfase à cultura afro­brasileira;

• Interpretação de textos diversificados;

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

 → ESCRITA (WRITING)

• Produção de textos dramáticos, provérbios e histórias de humor;

• Narração de fatos, propaganda, recado e adivinhas;

• Produção de diálogos, resenhas e relatórios.

 ANÁLISE LINGUÍSTICA→

• Vocabulário;

• Pontuação e seus efeitos de sentidos no texto;

• Substantivos;

• Advérbios de modo, lugar, tempo, frequência;

• Pronomes reflexivos;

• Pronomes relativos;

• Question tag (verbos auxiliares, não­auxiliares, futuro e condicional);

• Sentenças condicionais;

• Preposições;

• Conjunções;

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• Reported/indirected speech;

• Tempos verbais compostos;

• Plural dos substantivos;

• Tempos verbais: futuro do subjuntivo/futuro contínuo;

• Pronomes: one/ones. 

            OUVIR LISTENING)→    

• Diálogos, conferência e palestra;

• Filmes observando a fala das personagens, imagens e cenários;

• Músicas diversificadas dando oportunidade de observar diferentes conotações de palavras.  

2.12.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino escolar da Língua Inglesa deve capacitar o aluno a compreender, produzir enunciados 

corretos no novo idioma e proporcionar ao aprendiz a possibilidade de atingir um nível de competência 

linguística capaz de permitir­lhe o acesso à informação de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua 

para a sua formação geral enquanto cidadão.

Nessa   linha   de   pensamento,   deixa   de   ter   sentido   o   ensino   de   línguas   que   objetiva   o 

conhecimento metalinguístico e  domínio  consciente de  regras gramáticas que permitem, quando muito, 

alcançar resultados puramente medianos em exames escritos.

Para se chegar a um trabalho com Língua Inglesa que encaminha o aluno a se comunicar de 

forma adequada, serão utilizadas as seguintes estratégias de ensino:

 → Leitura individual ou em grupo;

 → Resolução de exercícios individualmente;

 → Correção de exercícios coletivamente;

 → Pesquisas em jornais, revistas e dicionários;

 → Exercícios de vocabulário e compreensão dos textos trabalhados;

 → Trabalho com canções atuais ou tradicionais, desenvolvendo a pronúncia e vocabulário;

  T→ rabalhos   em grupos,   visando   a   produção   parcial   ou   total   dos   textos,   com   auxílio  de 

dicionários e orientação do professor;

 O→   estudo da gramática será uma estratégia para compreensão/interpretação/produção de 

textos para a própria oralidade;

 Formas reduzidas de palavras e frases;→

 Desenvolver correlações entre os sistemas gráfico e oral;→

 Ampliar gradualmente o vocabulário e as estruturas da língua por meio de textos escritos e→  

variados;

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 Prática de leitura de textos de diferentes gêneros;→

 Leitura de outros textos, através da pesquisa para a observação das relações dialógicas;→

 Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.→

  Leitura   de   textos   diversos   das   últimas   décadas,   que   abordem   temas   sociais   e→  

contemporâneos.

2.12.5 AVALIAÇÃO

                     Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas objetiva­se favorecer o processo de ensino e 

de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma 

dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

                                         Conforme analisa LUCKESI (2005, p.166), a avaliação da aprendizagem necessita, para 

cumprir  seu verdadeiro significado, assumir a  função de subsidiar a construção da aprendizagem bem­

sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como 

um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o 

crescimento.

Para afirmar que um determinado  indivíduo possua uma boa competência comunicativa na 

Língua Inglesa, torna­se necessário que ele possua um bom domínio de cada um dos seus componentes. 

Assim,  além da competência gramatical,  o estudante precisa possuir  um bom domínio da competência 

estratégica.

Considera­se que são essas as competências a serem alcançadas ao longo dos três anos de 

curso,   não   mais   poder   pensar   apenas   no   desenvolvimento   da   competência   gramatical:   torna­se 

imprescindível entender esse componente como um entre os vários a serem dominados pelos estudantes. 

Afinal, para poder comunicar­se numa língua qualquer não basta unicamente ser capaz de compreender e 

de produzir enunciados gramaticalmente corretos. É preciso, também, conhecer e empregar as formas de 

combinar esses enunciados num contexto específico, de maneira a que se produza a comunicação.

Caberá  ao  professor  observar  a  participação  dos  alunos  e  considerar  que  o  engajamento 

discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir do texto, e de diferentes formas: entre os 

alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com material didático; nas conversas em língua 

materna e língua estrangeira; e no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover 

o desenvolvimento de ideias (VYGOTSKY, 1989).

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o professor repense a 

sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.

Visando os seguintes critérios:

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LEITURA (READING)

­ Realiza leitura compreensiva do texto, considerando a construção de significados possíveis e 

a sua condição de produção;

­ Apresenta clareza nas ideias;

­ Estabelece diálogo coerente, utilizando a pronúncia e a entonação do idioma em estudo;

­ Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua;

­ Argumenta a respeito do que leu.

ORALIDADE (SPEAKING)

­ Diferencia a linguagem formal da informal;

                  ­ Consegue se expressar oralmente no idioma estrangeiro, sobre temas que fazem parte do seu  

cotidiano;

­ Utiliza o seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal);

­ Desenvolve a oralidade através da sua prática;

­  Percebe que a pronúncia e a escrita de palavras da língua estrangeira são diferentes da 

língua materna;

­ Responde e comenta a respeito dos textos;

­ Compreende que o significado das palavras pode variar conforme o contexto em que são 

utilizadas;

­ Lê em voz alta utilizando­se da pronúncia e entonação correta do idioma em estudo para ser 

compreendido;

– Se   expressa   oralmente   no   idioma   estrangeiro   sobre   temas   que   fazem   parte   do   seu 

cotidiano.

ESCRITA (WRITING)

­ Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados;

­   Escreve   textos   com   o   objetivo   de   ser   bem   compreendido   no   processo   de   interlocução, 

preocupando­se com a legibilidade, a clareza e a coerência de suas produções escritas;

­ Re­escreve o próprio texto, fazendo as adequações necessárias de acordo com o gênero 

textual, a linguagem e o interlocutor com o auxílio do professor e colegas;

­ Percebe que a pronúncia e a escrita de palavras da língua estrangeira são diferentes em 

relações à língua materna.

OUVIR (LISTENING)

– Identifica a ideia global e informações específicas do que ouve;

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­   Identifica   a   existência   de   palavras,   frases   e   expressões   provenientes   de   outros   idiomas 

usados no cotidiano;

­ Ouve e comenta a respeito dos textos trabalhados;

­ Usa o vocabulário e as estruturas textuais, empregando­os em outros contextos;

­ Análise dos recursos próprios da oralidade;

­ Utiliza a linguagem oral associada ou não à linguagem corporal, com o objetivo de ser bem 

compreendido no processo de interlocução.

Para que o professor possa avaliar os objetivos atingidos pelos alunos, e avaliando também o 

seu próprio trabalho, fará uso dos seguintes instrumentos:

→ Trabalhos individuais, em duplas ou equipes, observando o desenvolvimento da oralidade e 

compreensão de cada aluno;

→ Testes individuais, em duplas e em equipes, observando o desenvolvimento e a criatividade 

do aluno; 

→ Produção de textos oportunizando o aluno a expor sua experiência e criatividade;

→ Realização das tarefas;

→ Observação dos alunos no desenvolvimento do curso, na oralidade, leitura e escrita;

→  Testes   de   vestibulares:   simulados  contendo  questões   de   exames   recentes   de   diversas 

faculdades;

 → Atividades orais (leitura e apresentação de trabalhos), buscando atender às necessidades 

de cada aluno.

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2.12.6 REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

LIBERATO, W. English in formation. São Paulo: FTD, 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MARQUES, A. New Password: Read and Learn. São Paulo: Ática, 2002. 

PARANÁ,  Secretaria  de Estado  da Educação.  Diretrizes Curriculares de  Língua Estrangeira para  o 

Ensino Fundamental. Curitiba, 2009.

JORDÃO, C. M. A Língua Estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.

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2.13 DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

2.13.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

     O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo escolar sofreram 

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As 

propostas curriculares e as metodologias de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas 

sociais   contemporâneas   e   a   propiciar   às   novas   gerações   a   aprendizagem   dos   conhecimentos 

historicamente produzidos. 

     Com a criação do Mercosul e o estreitamento das relações entre países da América Latina, 

um novo painel  vem se apresentando nos últimos anos,  abrindo novas perspectivas para o ensino do 

Espanhol,  o que permitirá  aos alunos  terem contato com uma outra   língua estrangeira  além da  língua 

inglesa e, por isso, com uma maior pluralidade cultural.

     A   língua  estrangeira  na  sala   de   aula   deve  ser   um  espaço   de   análise   de   construções 

discursivas portadoras de diferentes culturas e ideologias, associadas aos seus contextos de produção e às 

comunidades que as  interpretam, constroem e são por elas construídas. O contato do aluno com essa 

perspectiva de ensino, possibilitará que, ele ou ela perceba os diferentes usos, convenções e valores da 

comunidade que usa a língua em estudo, bem como trará subsídios para que reflita sobre as formas e o 

modo de ser de sua própria língua e da língua do outro. Além de possibilitar o entendimento da língua como 

um construto humano em constante transformação, a aula de Língua Estrangeira é também um espaço em 

que o aluno pode ampliar o seu contato com outras formas de conhecer e interpretar diferentes construções 

da realidade. 

Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das transformações pelas 

quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas possibilidades de leitura e um maior entendimento 

de   construções   da   realidade   diferentes   da   sua,   o   que,   em   larga   escala,   pode   contribuir   para   uma 

convivência mundial menos agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa dinamicidade da 

língua,  deve  apresentar  aos  alunos  os  mais  diferentes  e  variados  gêneros   textuais,   buscando  sempre 

levantar a finalidade do texto, para quem é dirigido e o contexto de sua produção.

Mais  especificamente,  o  espaço  da  aula  de  Língua  Estrangeira  é   um momento  que  pode 

contribuir   para   a   construção   de   identidades   nas   interações   aluno­professor   e   nas   representações   e 

ideologias que se  revelam no cotidiano. Daí  ser  de suma  importância,  que sejam analisadas questões 

pertinentes à nova ordem global como um caminho para o desenvolvimento da consciência crítica.

A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida com o resgate da 

função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que ao término do Ensino,  o aluno possa, 

dentro das suas possibilidades: usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar na aula 

de Língua Estrangeira práticas que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

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compreender que os significados são construídos e, portanto, podem ser transformados pela prática social; 

ter uma maior consciência do papel das línguas na sociedade; reconhecer e compreender a diversidade, 

como também os benefícios que ela traz.

É claro, que sempre que se tenta aprender uma língua diferente da nossa, as tentativas de 

aprendê­la,   e   apreendê­la,   são,   a   princípio,   confusas   e   repletas   de   inadequações.   Contudo,   essas 

tentativas, muitas vezes frustradas e incompreensíveis, fazem parte da construção do sistema linguístico 

que está  sendo aprendido. Por  isso, o erro na aprendizagem da Língua Estrangeira deve ser encarado 

como parte do processo de construção do conhecimento. Desse ponto de vista, faz parte das tentativas de 

acerto e deve ser encarado pelo professor e pelo aluno como tal, orientando­os para as modificações que 

devem ser feitas, para que o processo de ensino­aprendizagem realmente aconteça.

        O espanhol é a terceira língua mais difundida no mundo (depois do chinês e do inglês). Há  

perto  de  trezentos milhões de pessoas que  tem o espanhol  como  língua materna,  e  outros  cinquenta 

milhões  que falam no seu dia a dia. É a língua oficial da Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, 

Chile,   Equador,   El   Salvador,   Espanha,   Guatemala,   Guiné,   Equatorial,   Honduras,   México,   Nicarágua, 

Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, e também é falada por 

muitos nos Estados Unidos e Filipinas. É a língua falada por todos os nossos vizinhos latino­americanos, o 

que inclui os nossos sócios no Mercosul. Sendo o Brasil um membro importante deste mercado comum sul­

americano, o conhecimento da língua espanhola é indispensável aos brasileiros da aurora do século XXI.

      Além disso, é o fato mais do que reconhecido que aprender um segundo ou terceiro idioma, 

amplia   consideravelmente   os   horizontes   culturais   de   uma   pessoa   e   sua   capacidade   de   processar 

informações. Uma vez que o  idioma espanhol é   falado por uma parte tão próxima e tão importante da 

humanidade, aprendê­lo  equivale  a aprender como viver melhor num mundo onde as  informações são 

essenciais à  própria sobrevivência de empresas e  indivíduos. Mesmo que ainda possa ser considerado 

caótico e embrionário em muitos aspectos, o  processo de globalização do planeta em pleno curso, mostra­

se cada vez mais inevitável. Neste processo,  tornar claras e facilmente inteligíveis as comunicações entre 

os povos e países,   é muito mais do que apenas desejável e absolutamente necessário. Deve­se ter em 

mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem precioso, que se adquire para toda a vida através 

do qual muitas coisas boas podem ser conquistadas.

           Segundo  Gimenez   (2005),  a   língua  se  constitui   como  um espaço  de  comunicação 

intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes línguas maternas”, 

tendo em vista que existe, aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de 

usuários no mundo todo, sendo a língua usual em:  livros, jornais, aeroportos e controle de tráfego aéreo, 

negócios  internacionais  e  conferências acadêmicas,  ciência,   tecnologia,  medicina,  diplomacia,  esportes, 

competições internacionais, música pop e propaganda. 

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2.13.2 OBJETIVOS GERAIS

O ensino da disciplina de língua espanhola justifica­se pelo fato de que a aprendizagem de 

Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:

 Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando­o mais crítico e reflexivo;

Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos, acompanhando o 

aluno na construção do vocabulário e leitura;

Possibillte ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do conhecimento e da 

cultura de outros povos;

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios 

para o desenvolvimento cultural do país;

Use a língua em situações de comunicação oral e escrita; 

Compreenda  que  os   significados   são   sociais  e   historicamente  construídos   e,  portanto, 

passíveis de transformação na prática social. 

           Na  seleção de   textos,  propõe­se  analisar  os  elementos   linguístico­discursivos  neles 

presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas 

sobretudo, fins educativos. É importante também que os textos abordem os diversos gêneros discursivos e 

que apresentem diferentes graus de complexidade da estrutura da linguística.

2.13.3 CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE  – Discurso como prática social.

1ª SÉRIE

   Oralidade (Oralidad)

•   Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;

•   Variedades linguísticas;

•   Atos da fala (imagens, poemas e charges);

•   Declamação de poema;

•   Narração de experiências pessoais;

•   Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos etc..);

•   Argumentação com temas polêmicos;

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•   Música (pronúncia, vocabulário e análise linguística);

•   Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos países.

Leitura (Lectura)

•    Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges, música, artigos 

de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse, comentários, blog, texto de opinião, rótulos, dentre outros; 

•     Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários;

•     Estudo de vocabulário específico presente nos textos;

•     Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos.

Escrita (Escrita)

•      Produção e re­estruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;

•      Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário  e construção 

argumentativa;

•     Coesão e coerência;

•     Produção de diálogos com temas atualizados;

•     Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.

Análise Linguística

•      El alfabeto español;

•      El diccionário (Monolingue, Bilingue)

•      Verbos llamarse;

•      Estudiar/Estar/Ser;

•      Presente del Indicativo;

•      Numerales Cardinales;

•      Días de la semana;

•      Horas;

•      Interrogativos

•      Cuerpo Humano;

•      Sílaba tónica;

•      Utiles de la casa;

•      Alimentos;

•      Dónde/De Dónde/Adónde;

•      Los Artículos;

•      El Gerúndio;

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•      Muy o Mucho.

Ouvir (Oír)

•    Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;

•    Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e época;

•    Músicas diversificadas.

2.13.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto (verbal e não­verbal), 

concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o encaminhamento metodológico que segue: 

    Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e interpretação, processo que não se 

restringe à leitura oral em voz alta ou tradução dos textos, mas à produção de sentidos); 

     Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros); 

     Análise temática (tema do texto); 

     Análise linguística (recursos linguísticos); 

     Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura, compreensão, interpretação 

e análise linguística de textos); 

     Produção de textos (verbal ou não­verbal); 

     Re­estruturação textual (re­escrita); 

                         Exposição e troca de textos produzidos entre alunos da escola e de outras escolas.  

   

2.13.5 AVALIAÇÃO

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas,  objetiva­se favorecer o processo de  ensino e de 

aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como, proporcionar que o aluno tenha uma 

dimensão do ponto em que se encontra no recurso pedagógico.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades dos alunos e 

proporcionar ao professor  subsídios para uma prática  pedagógica diferenciada que vise solucionar  tais 

dificuldades contribuindo para a formação do aluno de maneira que este tenha através da avaliação, uma 

aprendizagem continuada. 

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o professor repense a sua 

metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.

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Analisando os seguintes critérios:

Leitura (Lectura)

­ Apresentar clareza nas ideias;

­ Argumentar a respeito do que leu;

­ Estabelecer diálogos coerentes, utilizando pronúncia e a entonação do idioma em estudo;

             ­ Identificar  diferentes gêneros textuais,  tais  como:  informativos,  narrações,  descrições,  poesias,

tiras,   correspondência,   receitas,  bulas  de   remédios,   folders,  outdoors,  placas  de  sinalização,   rótulos  e 

embalagens e etc.; 

Oralidade (Oralidad)

­ Identificar informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal e não verbal);    ­ 

Identificação da ideia principal de textos;

­ Responder e comentar a respeito dos textos;

­  Ler   em voz  alta,   utilizando  a  pronúncia  e  entonação  correta   do   idioma  em estudo   para   ser 

compreendida.

Escrita (Escrita)

­ Escrever textos com o objetivo de ser bem compreendido no processo de interlocução;

­ Re­escrever o próprio texto, fazendo as adequações necessárias de acordo com o gênero 

textual, a linguagem e o interlocutor com o auxílio do professor e colegas;

­ Inferir significados a partir de um contexto;

­ Compreender e expressar oralmente sobre os textos estudados nas aulas.

Ouvir (Oír)

•  Usar o  vocabulário e as estruturas textuais, empregando­os em outros contextos;

•  Realizar  tarefas;

•  Identificar a ideia global e informações sobre o que ouve.

Os alunos deverão ser avaliados através de múltiplas atividades diferenciadas dentro e fora do 

espaço da sala de aula. Atividades que não vise somente à  memorização de conteúdo específico, mas 

atividades que sejam reflexivas e compreensíveis, não sendo um mecanismo para classificar, excluir ou 

promover   o   aluno,   mas   sim   um   recurso   pedagógico   para   se   repensar   e   planejar   uma   nova   práxis 

pedagógica tais como:

•  Trabalhos em duplas e individuais;

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•  Apresentações orais de trabalhos em equipe realizados em sala;

•  Participação das atividades e exercícios propostos em sala;

•  Atividades de interpretação de textos, individuais e em duplas;

•  Produção de mini texto;

• Atividades orais (leitura e apresentação de trabalhos), buscando atender às necessidades 

de cada aluno.

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2.13.6 REFERÊNCIAS

GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede de Educação Básica do 

Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. 

GARCIA,   Maria   de   Los   Angeles,   HERNÁNDES,   Josephine   Sánchez.   Español   sin   Fronteras.   Editora 

Scipione.

SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD.

Vários autores.  Livro Didático Publico:  Língua Estrangeira Moderna – Espanhol  e  Inglês.  Curitiba: 

SEED­PR, 2006.

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REFERÊNCIAS

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2009.

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2009.

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