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COLÉGIO ESTADUAL OLINDA TRUFFA DE CARVALHO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA TRÊS BARRAS, 741 – JD. PANORÂMICO FONE/FAX: (45) 3324-7811 CEP: 85819-270
CASCAVEL – PARANÁ
1 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX, mas a
preocupação com a formação do professor dessa disciplina iniciou-se nos anos 30
do século XX.s a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina as
primeiras práticas de ensino limitavam-se ao ensino do latim; tratava-se de um
ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental voltado para um passado
patriarcal e colonial que priorizava uma não-pedagogia.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o
ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o seu estudo foi
incluído no currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética (a Poética
abrangendo a Literatura). A Gramática ganhou a denominação de português
somente no sé c. XIX.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967,
quando iniciou no Brasil um processo de democratização do ensino (ampliação de
vagas, eliminação dos exames de admissão), Com isso a multiplicação de alunos, as
condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais
passam a ser outras. Passavam a freqüentar a escola um número maior de falantes
de variedades do português, distantes do modelo tradicional cultivado pela escola.
Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes.
(Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, 2008, p. 10)
Nesse contexto o ensino da Língua Portuguesa procura novas propostas
pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença
de registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na
escola.
Surge a 5692/71 que aprofunda a vinculação da educação com a
industrialização - o ensino voltado a qualificar para o trabalho, a instituição de uma
pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades
lingüísticas do falante.
A disciplina de português, com esta lei, passou a chamar-se no 1' Grau:
Comunicação e Expressão (nas 4 primeiras séries) e Comunicação em Língua
Portuguesa - 4 últimas). A gramática deixa de ser o enfoque principal e a teoria da
comunicação torna- se o referencial, embora predominasse ainda o normativismo
nas salas de aulas (exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de
habilidades de leitura).
Dentro desse quadro intensifica-se o processo de depreciação docente, mais
professores menos selecionados são recrutados, gerando baixos salários e
situações precárias de trabalho. O professor passa a se apoiar no livro didático que
retira do professor a autonomia e a responsabilidade quanto a sua prática
pedagógica.
Dessa forma, tem-se um ensino de Literatura focado na historiografia literária
e no trabalho com fragmentos de textos, onde o aluno perdeu o amor pela leitura em
razão de desconhecimento vocabular, baixa compreensão e perda do hábito da
leitura, desvalorizando os textos integrais. No ensino da Língua moderna são dados
exercícios estruturais, descontextualizados, onde a ortografia perde a importância,
gerando leitura, escrita e compreensão deficientes Gerando a partir de então,
repetência, evasão, arrocho salarial dos professores e abertura indiscriminada de
faculdades que comprometem a qualidade do ensino.
Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas
discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua moderna chegaram
ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à
pedagogia tecnicista.
O ensino tradicional da língua cedeu espaço a novos paradigmas,
envolvendo questões de uso contextuais valorizando o texto como unidade
fundamental de análise. No Brasil, essas idéias tomaram consistência mesmo, a
partir dos anos 80, com os estudos teóricos sobre Bakhtin. Para ele, “a língua
configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa
interação. A língua, só se constitui pelo uso, movido pelos sujeitos que interagem”.
De acordo com a psicologia histórico-cultural, a linguagem é um instrumento
fundamental no processo de apropriação do conhecimento do homem. Os
conhecimentos são repassados de geração para geração, e não de forma
hereditárias, mas sim pela socialização dos indivíduos. Mais uma vez fica confirmado
que tais conhecimentos são divulgados através das relações sociais
Quanto ao ensino de Literatura - o principal instrumento do trabalho
pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino
primário e ginasial tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, como base
para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e
cívicos. Como tentativa de rompimento com essa prática, a abordagem do texto
literário passa a centrar-se numa análise literária simplificada (personagens
principais e secundários, tempo, espaço da narrativa).
A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao 2º Grau com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Então, cabia ao
professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de ouvintes
somente. Essa prática, ainda que exclua (e exclui) o aluno de um papel ativo no
processo de leitura, ao colocá-lo em contato com listas de valores e resumo de obras
nos quais devem ser encontrados características de época sem nenhum estímulo à
reflexão crítica. (Diretrizes Curriculares, p. 12.)
Atualmente, os livros didáticos, em grande medida, tendem a perpetuar essa
situação, contudo a busca da superação desse ensino normativo, historiográfico tem
alcançado os estudos curriculares, particularmente, os ensinos de Língua e
Literatura seja através dos pensadores contemporâneos, seja através dos novos
campos de saber ou espaços teóricos.
A partir dos anos 80, estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a
discussão e o repensar sobre o ensino da língua moderna e para reflexão sobre o
trabalho realizado nas salas de aula. (Geraldi, João Wanderley - O texto na sala de
aula) incluindo textos de lingüistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti,
Persival Leme Britto, incluindo o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e
pesquisas sobre a Língua Portuguesa, Lingüística e ensino da língua moderna.
O ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar justifica-se no fato de
que é através da linguagem que o homem se reconhece como ser humano, pois ao
comunicar-se com os outros homens e trocar experiências certifica-se de seu
conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele
compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito
social.
O trabalho com Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno, a
conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentidos ao mundo, que
através dela influenciamos e somos influenciados, enfim, é preciso possibilitar uma
visão geral que dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo
comunicativo como um mecanismo através do qual se estabelece relação de poder.
Pensar no ensino da Língua Portuguesa implica pensar também nas
contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a
percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que
atravessam o campo social, constituindo-o e recebendo seus influxos, estão a
requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua
própria ação pedagógica. (Secretaria de Estado de Educação do Paraná – SEED,
Programa de desenvolvimento Educacional – PDE – UEM – Maria de Fátima Pereira
de Sena.)
A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu,
historicamente, uma concepção normativista de linguagem que excluía, do processo
de aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto,
pautando-se no ensino da língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da
gramática tradicional. O tratamento dado à literatura, nesses livros, direcionava a
uma prática pedagógica que privava o aluno do contato com a integralidade dos
textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos, lidos nos
fechados limites da historiografia literária e na perspectiva da biografia de seus
autores.
Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o trabalho pedagógico
com a Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico e histórico dos
agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos
sujeitos que por meio dela interagem.
Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os participantes
da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é assim,
articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem
em uso efetivo.
Um texto não é um objeto fixo num dado momento, ele lança seus sentidos
no diálogo intertextual que dá curso aos enunciados que o antecederam. Lança
também seus sentidos adiante, no dever que as composições da literatura suscitarão
como forma de dar-lhes continuidade. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
para a Educação Básica, SEED, p.22.)
Nesse processo, os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao
longo das suas trocas lingüísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são
influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e
entre si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus
conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que
ocorre a interlocução. Tudo isso é potencializado no texto.
Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a serem
adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de
suporte para todo o conhecimento exercido pela língua materna.
Ao se estudar o texto como unidade fundamental da língua, considerando
que, como afirma Bakhtin, o mesmo é “um elo na cadeia de interação social”, torna-
se fundamental no ensino de Língua Portuguesa, considerar os aspectos sociais e
históricos em que os educandos estão inseridos bem como o contexto de produção
textual. Para desenvolver e aprimorar o conhecimento dos alunos é importante que
nas práticas discursivas de leitura, escrita e oralidade, esses educandos possam
entrar em contato com o caráter dinâmico dos gêneros do discurso mais complexos
e suas esferas sociais de circulação (Literária, Jornalística, Jurídica, Publicitária,
Política, etc.). O trabalho com os gêneros do discurso como conteúdos básicos tem
como pressuposto o discurso como resultado da interação entre sujeitos e está em
consonância com o conteúdo estruturante “O discurso como prática social”, o qual
assume a linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais.
Segundo as Diretrizes (2008: 53), “o trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar
em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua
crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos”.
Deve-se ressaltar ainda que o professor deve priorizar, entre a infinidade de
gêneros discursivos, aqueles que são mais relevantes à formação dos educandos,
os mais complexos e de maior exigência na sua elaboração formal, como os
pertencentes às esferas sociais de circulação imprensa, publicitária, política,
jornalística e , sobretudo, literária. O trabalho com os gêneros discursivos da esfera
literária é fundamental na medida em que, como afirma Antonio Candido, a literatura
tem o poder de humanizar o homem e de provocar reflexões e questionamentos,
além da fruição estética.
É importante destacar que de acordo com a Lei 10.639/03, os conteúdos
referentes à cultura africana e afro-brasileira devem ser ministrados em todas as
séries do Ensino fundamental e médio, incluindo-os no estudo dos gêneros
discursivos de cada série, como por exemplo, lendas e contos africanos, poesias
africanas e afro-brasileiras, bem como filmes e obras literárias diversas.
1.2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Levando-se em conta o conteúdo estruturante “O discurso como prática
social”, tem como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos e sua relação
dialógica. Dessa forma, segundo as Diretrizes (2008: 63), citando Bakhtin, “o
discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um
fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros
textos”.
Dessa forma, ao pensar o discurso como ato de interação, busca-se priorizar
o trabalho com os diversos gêneros discursivos que circulam nas diferentes esferas
sociais como, entre outras, a jornalística, a publicitária e a literária.
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS. Para o trabalho das práticas
de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
6º ano
ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS
Esfera Literário-Artística: Contos de Fadas, Contos de Fadas
Contemporâneos, Fábulas, Fábulas contemporâneas, Lendas (africanas, afro-
brasileiras e indígenas);
História em Quadrinhos;
Narrativas Mitológicas;
Narrativas de Aventura;
Narrativas de Humor;
Poemas: acrósticos, quadras, etc.;
Esfera Cotidiana: Bilhetes, Carta pessoal, Cartão, Cartão Postal, Convites,
Causos.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
6º ANO
1º BIMESTRE
ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS
O texto poético
1.1. Conceito de poesia, leitura e
produção de textos poéticos,
principalmente de acrósticos,
quadras e classificados poéticos.
Narração
2.1. Conceito de narração
2.2. Leitura e interpretação de
narrativas: fábulas, contos de fadas,
lendas e histórias mitológicas.
3º BIMESTRE
1. Classes de palavras: Verbo,
conjunção e preposição.
2. Texto jornalístico: notícia e artigo de
opinião.
Fonologia
Ortografia
Acentuação gráfica
3. Trabalho de pesquisa e produção
textual relacionado ao tema da Gincana
Cultural com tema proposto.
2.3. Produção de narrativas
3. Leitura e produção de Histórias em
Quadrinhos (HQ);
4. Classes de palavra: Substantivo
2º BIMESTRE
Semântica
1.Sinônimos e Antônimos
2.Denotação e conotação
3.Figuras de linguagem: Onomatopéia,
Prosopopéia
4.Comparação, eufemismo, hipérbole.
Classes de palavras: Adjetivo, Artigo e
Numeral.
Descrição: conceito de descrição,
identificação e produção de textos
descritivos
Texto epistolar: convite, bilhete e carta
pessoal e e-mail.
4º BIMESTRE
1. Anúncio publicitário
2. Anedota
3. Classes de palavras: Interjeição,
Pronome e Advérbio.
4. Frase, Oração e Período
4.1. Sujeito e predicado
5. Cultura Afro-brasileira: Estudo sobre a
vida de Zumbi dos Palmares e produção
textual referente ao tema.
A complementação curricular é realizada nos programas que a escola oferta:
Especificamente para as 5ª séries é ofertado a Sala de Apoio e para 5ª séries e
demais séries, a Sala de Recursos para o Ensino Fundamental e Viva Escola nas
modalidades de Arte, Teatro e Dança bem como o CELEM de Espanhol e Italiano.
Conforme citação no PPP deste estabelecimento de ensino.
7º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS
Esfera Literário-Artística: Biografia, Autobiografia, Literatura de Cordel,
Narrativas de Aventura, Narrativas de Enigma, Narrativas de Terror,
Narrativas Fantásticas (narrativas mitológicas africanas);
Textos dramáticos;
Esfera de Imprensa: Carta ao leitor, Cartum, Charge, Classificados, Tiras;
Esfera Publicitária: Anúncio publicitário, Caricatura, Slogan;
Esfera Cotidiana: Parlendas, Piadas, Provérbios, Relatos de experiências
vividas.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º BIMESTRE
Leitura e interpretação de textos
de diferentes gêneros;
Produção textual: narração e
descrição de personagens,
objetos e ambientes;
Produção textual: requerimento;
Ortografia: mas, mais e más;
Conceituação e aplicação de
verbos, classificação e flexões do
verbo;
Pronomes: indefinido e relativo;
3º BIMESTRE
Leitura e interpretação de textos
de diferentes gêneros;
Produção textual: canção;
Produção textual: relato: diário;
Produção textual: texto
jornalístico: notícia e telejornal;
Verbo: formas rizotônicas e
arrizotônicas;
Advérbio;
Interjeição;
Produção textual: poemas.
2º BIMESTRE
Leitura e interpretação de textos
de diferentes gêneros;
Produção textual: dramatização
com descrição de personagens,
objetos e ambientes;
Produção textual: paródia;
Produção textual: texto
argumentativo com ênfase em
debate e discussão coletiva;
Flexão de verbos regulares e
verbos auxiliares, aplicação na
produção de textos;
Ortografia: mal e mau;
Projeto de livro de Literatura de
Cordel e Xilogravuras;
Características da literatura de
cordel;
Leitura e análise de poesias de
cordel;
Pesquisa sobre Patativa do
Assaré;
Produção de um livro de
Literatura de Cordel com poesias
da Classe.
4º BIMESTRE
Leitura e interpretação de textos
de diferentes gêneros;
Produção textual: narração:
parábola, conto, lenda e
provérbios;
Produção textual: história em
quadrinhos;
Regras de pontuação;
Linguagem oral e escrita;
Preposição;
Ortografia: onde, aonde e donde.
8º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS
Esfera Literário-Artística: Memórias, Contos, Crônicas de ficção;
Poemas: Sonetos, haicais e outros;
Poemas afro-brasileiros de Solano Trindade, entre outros;
Músicas (Rap, samba, Gospel, entre outras de características afro-
brasileiras);
Esfera de Imprensa: Crônica Jornalística, Entrevista (oral e escrita), Notícia,
Reportagem, Resenha • Crítica, Sinopses de filmes;
Esfera Publicitária: Publicidade Comercial (Anúncio publicitário), Publicidade
Social;
Esfera Escolar: Resenha, Resumo, Pesquisas.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas.;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º BIMESTRE
Narrativas
1. Revisão dos elementos da
narrativa
2. Discurso Direto e Indireto
3. Caracterização da
personagem Leitura e
interpretação de narrativas:
4. Contos e crônicas
5. Produção de narrativas
Revisão das classes gramaticais
Frase, Oração e Período
6. Conjunção, Locução
Conjuntiva e Tipos de
Conjunções
7. Morfossintaxe: Substantivo,
pronome e verbo
8. Sujeito e Predicado
9. Tipos de sujeito e Oração sem
sujeito
Objeto Direto e Indireto
Agente da Passiva e Adjunto Adverbial
10. Morfossintaxe: Adjetivo,
Predicado e Adjunto
adnominal
3º BIMESTRE
1. Ortografia
1.1 Novas regras ortográficas da
Língua Portuguesa: Uso do hífen e
acentuação
1.2 Uso dos porquês
1.3 Uso do onde e aonde
1.4 Uso do se não e senão
1.4 Uso do bem/bom/mal/mau
1.5 Uso da letra H.
2. Texto argumentativo: Manifesto
3. Texto jornalístico: estudo e
produção de notícia, reportagem,
artigo de opinião e entrevista.
4. Estudo e produção de texto
persuasivo: Anúncio publicitário e
propaganda.
2º BIMESTRE
O texto poético
4º BIMESTRE
Aposto e Vocativo
Estrutura e interpretação de
Poemas diversos
Recursos da linguagem poética
Denotação e Conotação
Figuras de linguagem: hipérbole,
antítese, personificação,
eufemismo, metonímia,
onomatopéia, comparação e
metáfora.
Período simples e composto
Período composto por
coordenação: orações
coordenadas.
Texto teatral: Leitura, produção e
dramatização.
Palavras derivadas
Neologismos
Pontuação
Acentuação
Texto expositivo: Biografia e Raio-X.
texto epistolar: carta pessoal e carta
comercial.
Dia da Consciência Negra: Leitura e
análise de textos com temáticas afro-
brasileiras
9º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS
Esfera Literário-Artística: Texto teatral escrito, Romance, Paródias;
Esfera de Imprensa: Artigo de Opinião, Editorial, Carta do leitor
Esfera Escolar: Júri Simulado, Debate oral, Texto argumentativo (dissertativo),
Texto de opinião;
Esfera Cotidiana: Curriculum Vitae;
Esfera Jurídica: Ofício, Procuração.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º BIMESTRE:
1. Revisão dos elementos narrativos
2. Tipos de narrativas: contos
2.1. Contos africanos e afro-
brasileiros
3º BIMESTRE:
1. Uso dos pronomes
2. Verbos regulares e irregulares
3. Curriculum Vitae
4. Carta
3. Interpretação textual
4. Paródias
5. Período composto por coordenação
6. Ortografia
7. Intertextualidade: paródia e
paráfrase
8. Denotação/Conotação
9. Figuras de Linguagem
5. O texto dissertativo
6. Coerência e Coesão
7. Pontuação
8. Recursos gráficos: aspas,
travessão, negrito, hífen, etc.
9. Acentuação
2º BIMESTRE:
1. Produção textual: Biografia
2. O texto jornalístico (Reportagem,
Editorial, artigo de opinião e artigo
assinado)
3. Palavras parônimas e homônimas
4. Anúncio publicitário
5. O texto teatral escrito
6. Resumo
7. Crase
4º BIMESTRE:
1. Leitura, Interpretação e produção
de textos diversos sobre a
Consciência Negra
2. Período composto por
subordinação: Orações
subordinadas
3. Concordância verbal
4. Concordância nominal
5. Introdução à Literatura: estética do
texto literário
6. Gêneros literários
7. Vícios de linguagem
8. Estrutura e origem das palavras
ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Sugestão de Gêneros discursivos para o Ensino Médio
1º Ano Esferas sociais de circulação:
1º BIMESTRE
Cotidiana: bilhetes, carta pessoal,
causos
Literária/artística: autobiografia, contos
de fadas contemporâneos, narrativas de
aventura, narrativas de enigma,
narrativas de ficção científica, narrativas
de terror, narrativas fantásticas.
Conceito sobre comunicação /
elementos da comunicação/ linguagens/
inferências/ origem da língua
portuguesa/ fala / ortografia/níveis da
fala/ estética do texto literário/ a
essência da literatura/ característica do
texto literário/ funções da linguagem/
denotação e conotação/ homônimos e
parônimos/ figuras de linguagens/
refacção textual.
3º BIMESTRE
Publicitária: músicas, slogans, cartazes.
Política: carta de emprego, carta de
reclamação.
Traovadorismo Português/ Estrutura das
palavras/ classicismo Português /
Radicais gregos e latinos.
2ºBIMESTRE
Escolar: exposição ora, pesquisas,
resenha, cartazes.
Imprensa: editorial, entrevista, sinopses
de filmes.
Fonética/acentuação gráfica / gênero
literário: Narrativa lírica e dramática/Uso
da crase/Periodização
Literária/Pontuação/ refacção textual.
4ºBIMESTRE
Produção e consumo: bulas, manual
técnico, rótulos, embalagens.
Midiática: entrevista, vídeo clip, filmes.
O quinhentismo brasileiro: literatura de
informação e dos Jesuítas/ Formação
das palavras/ O barroco no Brasil/ O
arcadismo no Brasil/ textos descritivos/
narrativos e dissertativos.
.
2º Ano - Esferas sociais de circulação
1º BIMESTRE
Cotidiana: anedotas, diário, provérbios,
relatos de experiências vividas.
Literária/artística: crônicas de ficção,
fábulas, contos contemporâneos,
poemas, romances.
3º BIMESTRE
Publicitária: anúncio, comercial para TV,
publicidade comercial.
Política: abaixo-assinado, debate.
Realismo/ naturalismo em Portugal e n
o Brasil/ advérbio e locução adverbial/
preposição.
2º BIMESTRE
Escolar: resenha, resumo, debate
regrado, mapas.
Imprensa: cartum, charge, crônica
jornalística, reportagens
Cultura africana : poesia de Castro Alves
e Solano Trindade.
Debate sobre o racismo no Brasil/
adjetivo/ grau/ gênero/ numero/ locução
adjetiva/artigo/numerais.
4º BIMESTRE
Produção e consumo: rótulos,
embalagens.
Midiática: telejornal, blog, filmes, vídeo
clip.
Parnasianismo no Brasil/ interjeição e
conjunção/ simbolismo /textos narrativos/
jornalísticos e publicitários.
3º Ano - Esferas sociais de circulação:
1º Bimestre
Cotidiana: curriculum vitae, músicas,
relatos de experiências vividas.
Literária/artística: contos, haicai, letras
de músicas, textos dramáticos
Inferência /vozes sociais presentes no
texto/ texto verbais e não verbais/ pré
modernismo / Oração e período / Termos
da Oração:Sujeito e predicado /
Resumo/Parófrase/ Refacção textual
3º BIMESTRE
Publicitária: paródia , texto político,
publicidade institucional.
Produção e consumo: manual técnico,
rótulos, embalagens.
Regência Verbal e nominal /
Concretismo/ Produção Literária
Contemporâneas.
2º BIMESTRE
Escolar: diálogo, discussão
argumentativa, pesquisas, seminário,
texto argumentativo, texto de opinião.
Imprensa: carta ao leitor, carta do leitor,
infográfico, resenha crítica, tiras.
Período Composto por Coordenação e
Subordinação modernismo: 1[. 2ª e 3ª
fases/ Colocação dos pronomes
oblíquos Concordância verbal e nominal.
4º BIMESTRE
Midiática: filmes, blog, telejornal, vídeo
clip.
Leitura e produção d texto dissertativo –
Argumentativo / Carta argumentativa e
artigo de opinião. Pós modernismo.
Leitura
Interpretação textual, observando:
Conteúdo temático;
Interlocutores;
Fonte;
Intencionalidade;
Ideologia;
Informatividade;
Situacionalidade;
Marcas lingüísticas;
Identificação do argumento principal e dos secundários;
Inferências;
Particularidades lexicais, sintáticas e composicionais, do texto formal e
informal;
As vozes sociais presentes no texto;
Relações dialógicas entre textos;
Textos verbais e não-verbais;
Estética do texto literário;
Contexto de produção da obra literária;
Diálogo da literatura com outras áreas.
Oralidade
Adequação ao gênero (conteúdo temático, marcas lingüísticas, elementos
composicionais)
Variedades lingüísticas;
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor (participação e cooperação, turnos de fala);
Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas...);
Finalidade do texto oral;
Materialidade fônica dos textos poéticos.
Escrita
Adequação ao gênero (conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
lingüísticas);
Argumentação;
Coesão e coerência textual;
Finalidade do texto;
Paragrafação;
Paráfrase de textos;
Resumos;
Diálogos textuais;
Refacção textual.
Análise Lingüística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade
Conotação e denotação;
Figuras de pensamento e linguagem;
Vícios de linguagem;
Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
Expressões modalizadoras;
Semântica;
Discurso direto, indireto e indireto livre;
Expressividade dos substantivos função referencial no texto;
Progressão referencial no texto;
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
Coordenação e subordinação nas orações do texto;
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
Recursos gráficos, aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
Acentuação gráfica;
Gírias, neologismos, estrangeirismos;
Procedimentos de concordância verbal e nominal;
Particularidades de grafia de algumas palavras.
1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os professores de Língua Portuguesa têm o papel de promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que
os alunos compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus
próprios pontos de vista, que permitam a sua emancipação e autonomia em relação
ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis, ao convívio social.
Significa, portanto a compreensão crítica, pelos alunos, a leitura dos textos
que circulam socialmente, identificando neles o não-dito, o pressuposto,
instrumentalizando-o como sujeito com autonomia e singularidade discursiva.
PRÁTICA DA ORALIDADE
As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com mais
fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias,
uma vez que deve reconhecer a norma padrão, além de variante de prestígio social
e de uso das classes dominantes, portanto é direito de todos os cidadãos, sendo
função da escola possibilitar aos alunos o acesso a essa norma.
O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento lingüístico, bem
como a argumentação por parte dos alunos.
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programa de
TV, filmes, entrevistas, etc);
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,
filmes, programas, etc);
Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc);
a) No que se refere às atividades da fala:
Clareza na exposição de ideias,
Sequência na exposição de ideias;
Objetividades na exposição de ideias;
Consistência argumentativa na exposição de ideias,
Adequação vocabular.
b) No que se refere à fala do outro:
Reconhece as interações e objetivos;
Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da
clareza e consistência argumentativa.
c) No que se refere ao domínio da norma padrão:
Concordância verbal e nominal;
Regência verbal e nominal
Conjugação verbal
Emprego de pronomes, advérbios, conjunções;
PRÁTICA DA LEITURA
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, cotidiana, literária, publicitária, etc.
A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais,
deve contemplar os multiletramentos mencionados nas Diretrizes.
Deve-se enfim, possibilitar ao aluno, percepção e reconhecimento, mesmo
que inconscientemente, dos elementos de linguagem que o texto manipula. Desse
modo o aluno terá condições de se posicionar diante do que lê.
Ética de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos
Textos diversos da cultura afro-brasileira e africana.
a) No que se refere à interpretação:
Identificar as idéias básicas apresentadas no texto,
Reconhecer no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo)-,
Identificar o processo e o contexto de produção,
Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas-,
Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;
Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo
tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes,
ou sob perspectivas diferentes.
b) No que se refere à análise de textos lidos:
Avaliar o nível argumentativo;
Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.
Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos
coesivos).
c) No que se refere à mecânica da leitura:
Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e
sua relação com os sinais de pontuação.
PRÁTICA DA ESCRITA
a) No que se refere à produção de textos:
Produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.
b) No que se refere ao conteúdo:
Clareza
Coerência
Conteúdo temático
Interlocutor
Finalidade do texto
Intencionalidade
Informatividade
Contexto de produção
Intertextualidade
Referência textual
Vozes sociais presentes no texto
Ideologia presente no texto
Elementos composicionais do gênero
Progressão referencial
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto
c) No que se refere à estrutura:
Processo de coordenação e subordinação na construção das orações
Uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,ete.),
A organização de parágrafos
Pontuação
d) No que se refere à expressão
Adequação a norma padrão (concordância verbal e nominal)
e) No que se refere à organização gráfica dos textos
Ortografia
Acentuação
Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.)
f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional:
Reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos
Conectividade seqüencial e a estruturação temática.
Refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,
objeto
Indireto e predicativo,
Reconhecer as categorias sintéticas - os constituintes: sujeito e predicado,
núcleo e
Especificadores
A posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de
inversão,
A estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;
O sintagma verbal nominal e sua flexão,
A complementação verbal- verbos transitivos e intransitivos,
As sentenças simples e complexas;
A adjunção;
A coordenação e a subordinação
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise lingüística é uma prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita a
reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que
perpassam os usos lingüísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos
ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.
Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto
de regras: as que devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o
falante domina. Os três tipos básicos de gramática mais ligados às questões
pedagógicas:
a) gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O
domínio das regras dá a ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a
forma escrita, apresentando uma forma considerada culta da língua. Aparece nas
gramáticas e nos livros didáticos.
b) gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém a
modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes lingüísticas a partir do
seu uso. Prefere a manifestação oral da língua, possui maior mobilidade.
c) gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a
nível fonético como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os
falantes de uma mesma língua.
d) gramática reflexiva : volta-se para as atividades de observação e reflexão da
língua. Essa gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado,
está relacionada com as atividades epilinguísticas.
Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio
texto, os conteúdos gramáticos devem ser estudados a partir dos seus aspectos
funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Devemos
considerar não só a gramática normativa, mas também as outras: a descritiva e a
internalizada, no processo de ensino da Língua Portuguesa.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato com o aluno com diferentes
gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que
determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais, conforme disse Bakhtin,
1992.
LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com o
Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o discurso como prática social) e
constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao
saber.
Tem a finalidade em si mesma, sem prestar-se ao ensino gramatical.
Cabendo ao professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua
“passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito
de ler, socializar a leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição. Além disso, deve-se
incluir o trabalho com textos poéticos do povo afro-descendente e sua cultura.
LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
O professor deve ser contínuo leitor, ser capaz de selecionar os textos a ser
trabalhados, estimular associações entre um ponto e outro da leitura, estabelecendo
conexões. Ler um texto é como escrevê-lo no momento da leitura.
Enfatizar o contexto histórico da obra, estudando o autor e outras obras.
Formar uma ligação com outros assuntos, textos, livros, filmes e produções
correlatos, encadeando ideias. A literatura deve ter relação com arte, biologia,
religião, antropologia, história, psicanálise e outros. Sugere-se um tempo para a
leitura em sala de aula, e o planejamento dos conteúdos a serem trabalhados deverá
ser feito em conjunto entre professor e alunos. Deve-se contemplar o estudo da
literatura afro-brasileira, suas características, especificidades, cultura, etc., levando
em conta o nível de entendimento de cada série do Ensino Médio.
O professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas fará a
análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de
sua recepção (historicidade). Utilizará correntes da crítica literária mais apropriada
para o trato com a literatura, tais como estudos filosóficos e sociológicos, a análise
do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o
entendimento da obra literária.
CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA
A lei 10.639/03 veio apenas enfatizar um problema que muitos professores já
sentiam em relação à cultura afro-brasileira e africana: a sua não representação no
ensino fundamental e médio nas escolas. A falta de material didático de qualidade
que abordem temas e textos dessa cultura é evidente ainda hoje nos livros didáticos
oferecidos às escolas públicas. Dessa forma, sabendo da necessidade de que o
aluno entenda a cultura africana e afro-brasileira como uma das matrizes fundadoras
da identidade brasileira, é imprescindível que o professor utilize metodologias
diferenciadas para garantir aos educandos o acesso a textos diversos, tais como:
contos, lendas, poesias, músicas e romances de origem afro-brasileira. Para isso, é
de fundamental importância a pesquisa na internet, a utilização de filmes diversos e
de slides, utilizando a televisão Pen-drive, Multimídia e Laboratório de Informática.
Assim, o professor poderá desenvolver os conteúdos através de exposição oral e
dialogada, de seminários e pesquisas apresentados pelos alunos, em forma de
dramatizações, produções de textos, declamações de poesias, criação de paródias e
gêneros musicais como o rap, exposições de trabalhos, desenvolvidos durante o ano
letivo, e selecionados para apresentação à comunidade escolar e pais no Dia da
Consciência Negra. Dessa forma, a enorme contribuição africana para a cultura
brasileira presente em textos literários de grandes nomes da cultura afro-brasileira
como Machado de Assis, Lima Barreto e Solano Trindade, bem como escritores que
representaram os temas afro-brasileiros como Castro Alves, Mário de Andrade e
Jorge Amado ganha amplitude e leva o aluno a interagir com essa cultura tão rica e
tão importante quanto à européia e a indígena. É relevante ainda ressaltar que
esses conteúdos não eram ministrados de forma coesa e organizada, e que agora
além de estar presentes no currículo de língua portuguesa, devem ganhar destaque
e espaço na carga horária da disciplina.
1.5 AVALIAÇÃO
Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a
avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor
pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua
capacidade lingüística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita,
considerando-se a avaliação formativa e somativa.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos
de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e
diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica
aconteça , informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a
refletirem e tomarem decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da
adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num
seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa
contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve
ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário,
também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais
convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc) e de suas
próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido
construído para o texto, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e
consequência entre as partes do texto, o reconhecimento dos posicionamentos
ideológicos do texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos
variados, a localização das informações tanto explícitas, quanto implícitas, o
argumento principal, entre outros. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa
considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos
alunos. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates, e outras
atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a
adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. A partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais
e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador
tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.
Quanto à análise linguística, é no texto – oral e escrito – que a língua se
manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, o
professor poderá avaliar o uso da linguagem formal e informal, ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentido causados pelo uso de recursos lingüísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são
avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a
linguagem e refletem sobre as deferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes
permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, ou seja, o letramento.
Já a avaliação somativa será realizada ao final de um programa, é usada
para definir uma nota. Os alunos que não dominam um conteúdo têm direito a uma
recuperação paralela, onde o conteúdo é trabalhado novamente e é dada outra
avaliação para definir e recuperar o conteúdo que não foi dominado. As avaliações
não devem ser somente em forma de provas escritas, mas também através de
trabalhos de pesquisa extraclasse, leituras diversas, seminários, debates,
discussões, e produções textuais, de maneira que avalie em suas práticas
discursivas de interação com a linguagem.
Em relação ao atendimento às necessidades educacionais especiais, deve-
se garantir aos alunos surdos, o apoio na comunidade escolar o ensino, o uso, e a
difusão de Libras ofertada em cursos à professores, alunos, funcionários da escola e
familiares; deve-se adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de
segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e
reconhecendo singularidade lingüística manifestada no aspecto formal de Língua
Portuguesa; desenvolver e adotar mecanismos alternativos para avaliação de
conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo
e outros meios eletrônicos e tecnológicos.
Com relação aos alunos com necessidades especiais, de acordo com a
dificuldade, deve acontecer uma avaliação individual e diferenciada, adequada ao
aluno.
As dificuldades de aprendizagem na escola são manifestadas desde
situações leves e transitórias que podem se resolver espontaneamente e ao longo
do trabalho pedagógico até situações persistentes que requerem o uso de recursos
especiais para a sua solução.
Atender a esse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais
adequadas envolvendo graduais e progressivas adaptações no currículo.
As adaptações curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de
atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Implicam a planificação
pedagógica e ações docentes fundamentadas em critérios que definem:
- o que o aluno deve aprender;
- como e quando aprender;
- que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo
de aprendizagem;
- como e quando avaliar o aluno.
A heterogeneidade e as diferenças culturais da escola necessitam de um
currículo com tais características, porém, os interesses de determinado modelo de
sociedade, dificulta o olhar para as diversidades. Educação para todos compreende
um currículo voltado às diferenças individuais sejam dos alunos com deficiência ou
não. Até mesmo a terminologia que segue modelos internacionais, ora denominados
como adaptação, ora com flexibilização, confundem ou proporcionam diferentes
interpretações.
Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que
são necessárias realizar em diversos elementos do currículo básico para
adequar as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica.
As adaptações curriculares são intrínsecas ao novo conceito de currículo.
De fato, um currículo inclusivo deve contar com adaptações para atender à
diversidade das salas de aula, dos alunos (Landívar, 1999, apud Paraná,
2007, p. 53).
A literatura apresenta discussões sobre educação para alunos com déficit
intelectual, constatando que houve diferentes interpretações sobre flexibilização
curricular. Equivocadamente houve quem se interpretou que adaptar ou flexibilizar,
seria eliminar conteúdos. Ou seja, para determinados alunos a escola ofereceria um
currículo garantindo conteúdos científicos e para outro, um currículo esvaziado de
conteúdos
Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de
currículos abertos e flexíveis comprometidos com o atendimento às
necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou
não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO, 2001, 2004; FERREIRA;
GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001) são unânimes
em afirmar que não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado para
alguns alunos. (Paraná, 2006, p.50).
Logo, faz-se necessário esclarecer que adaptar currículo, quer dizer que a
escola precisa lançar mão de recursos e ações pedagógicas que atendam as
especificidades dos alunos.
A literatura apresenta discussões sobre educação para alunos com déficit
intelectual, constatando que houve diferentes interpretações sobre flexibilização
curricular. Equivocadamente houve quem se interpretou que adaptar ou flexibilizar,
seria eliminar conteúdos. Ou seja, para determinados alunos a escola ofereceria um
currículo garantindo conteúdos científicos e para outro, um currículo esvaziado de
conteúdos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÂNDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. Companhia Editora Nacional – São Paulo, 1967, 2ª edição. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, Curitiba, 2008. Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. GERALDI, João Vanderley, Org. O texto na sala de aula. Assoeste – Cascavel – PR., 1985, 3ª Edição. Secretaria de Estado de E$ducação do Paraná – SEED, Programa de desenvolvimento Educacional – PDE – UEM – Maria de Fátima Pereira de Sena.