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COLÉGIO ESTADUAL OLINDA TRUFFA DE CARVALHO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA TRÊS BARRAS, 741 JD. PANORÂMICO FONE/FAX: (45) 3324-7811 CEP: 85819-270 CASCAVEL PARANÁ 1 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX, mas a preocupação com a formação do professor dessa disciplina iniciou-se nos anos 30 do século XX.s a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina as primeiras práticas de ensino limitavam-se ao ensino do latim; tratava-se de um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental voltado para um passado patriarcal e colonial que priorizava uma não-pedagogia. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o seu estudo foi incluído no currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética (a Poética abrangendo a Literatura). A Gramática ganhou a denominação de português somente no sé c. XIX. O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967, quando iniciou no Brasil um processo de democratização do ensino (ampliação de vagas, eliminação dos exames de admissão), Com isso a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a ser outras. Passavam a freqüentar a escola um número maior de falantes de variedades do português, distantes do modelo tradicional cultivado pela escola. Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, 2008, p. 10) Nesse contexto o ensino da Língua Portuguesa procura novas propostas pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na escola.

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COLÉGIO ESTADUAL OLINDA TRUFFA DE CARVALHO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA TRÊS BARRAS, 741 – JD. PANORÂMICO FONE/FAX: (45) 3324-7811 CEP: 85819-270

CASCAVEL – PARANÁ

1 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

1.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX, mas a

preocupação com a formação do professor dessa disciplina iniciou-se nos anos 30

do século XX.s a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina as

primeiras práticas de ensino limitavam-se ao ensino do latim; tratava-se de um

ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental voltado para um passado

patriarcal e colonial que priorizava uma não-pedagogia.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o seu estudo foi

incluído no currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética (a Poética

abrangendo a Literatura). A Gramática ganhou a denominação de português

somente no sé c. XIX.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967,

quando iniciou no Brasil um processo de democratização do ensino (ampliação de

vagas, eliminação dos exames de admissão), Com isso a multiplicação de alunos, as

condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais

passam a ser outras. Passavam a freqüentar a escola um número maior de falantes

de variedades do português, distantes do modelo tradicional cultivado pela escola.

Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes.

(Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, 2008, p. 10)

Nesse contexto o ensino da Língua Portuguesa procura novas propostas

pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença

de registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na

escola.

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Surge a 5692/71 que aprofunda a vinculação da educação com a

industrialização - o ensino voltado a qualificar para o trabalho, a instituição de uma

pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades

lingüísticas do falante.

A disciplina de português, com esta lei, passou a chamar-se no 1' Grau:

Comunicação e Expressão (nas 4 primeiras séries) e Comunicação em Língua

Portuguesa - 4 últimas). A gramática deixa de ser o enfoque principal e a teoria da

comunicação torna- se o referencial, embora predominasse ainda o normativismo

nas salas de aulas (exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura).

Dentro desse quadro intensifica-se o processo de depreciação docente, mais

professores menos selecionados são recrutados, gerando baixos salários e

situações precárias de trabalho. O professor passa a se apoiar no livro didático que

retira do professor a autonomia e a responsabilidade quanto a sua prática

pedagógica.

Dessa forma, tem-se um ensino de Literatura focado na historiografia literária

e no trabalho com fragmentos de textos, onde o aluno perdeu o amor pela leitura em

razão de desconhecimento vocabular, baixa compreensão e perda do hábito da

leitura, desvalorizando os textos integrais. No ensino da Língua moderna são dados

exercícios estruturais, descontextualizados, onde a ortografia perde a importância,

gerando leitura, escrita e compreensão deficientes Gerando a partir de então,

repetência, evasão, arrocho salarial dos professores e abertura indiscriminada de

faculdades que comprometem a qualidade do ensino.

Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas

discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua moderna chegaram

ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à

pedagogia tecnicista.

O ensino tradicional da língua cedeu espaço a novos paradigmas,

envolvendo questões de uso contextuais valorizando o texto como unidade

fundamental de análise. No Brasil, essas idéias tomaram consistência mesmo, a

partir dos anos 80, com os estudos teóricos sobre Bakhtin. Para ele, “a língua

configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa

interação. A língua, só se constitui pelo uso, movido pelos sujeitos que interagem”.

De acordo com a psicologia histórico-cultural, a linguagem é um instrumento

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fundamental no processo de apropriação do conhecimento do homem. Os

conhecimentos são repassados de geração para geração, e não de forma

hereditárias, mas sim pela socialização dos indivíduos. Mais uma vez fica confirmado

que tais conhecimentos são divulgados através das relações sociais

Quanto ao ensino de Literatura - o principal instrumento do trabalho

pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino

primário e ginasial tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, como base

para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e

cívicos. Como tentativa de rompimento com essa prática, a abordagem do texto

literário passa a centrar-se numa análise literária simplificada (personagens

principais e secundários, tempo, espaço da narrativa).

A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao 2º Grau com

abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Então, cabia ao

professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de ouvintes

somente. Essa prática, ainda que exclua (e exclui) o aluno de um papel ativo no

processo de leitura, ao colocá-lo em contato com listas de valores e resumo de obras

nos quais devem ser encontrados características de época sem nenhum estímulo à

reflexão crítica. (Diretrizes Curriculares, p. 12.)

Atualmente, os livros didáticos, em grande medida, tendem a perpetuar essa

situação, contudo a busca da superação desse ensino normativo, historiográfico tem

alcançado os estudos curriculares, particularmente, os ensinos de Língua e

Literatura seja através dos pensadores contemporâneos, seja através dos novos

campos de saber ou espaços teóricos.

A partir dos anos 80, estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a

discussão e o repensar sobre o ensino da língua moderna e para reflexão sobre o

trabalho realizado nas salas de aula. (Geraldi, João Wanderley - O texto na sala de

aula) incluindo textos de lingüistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti,

Persival Leme Britto, incluindo o próprio Geraldi, presentes até hoje nos estudos e

pesquisas sobre a Língua Portuguesa, Lingüística e ensino da língua moderna.

O ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar justifica-se no fato de

que é através da linguagem que o homem se reconhece como ser humano, pois ao

comunicar-se com os outros homens e trocar experiências certifica-se de seu

conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele

compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito

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social.

O trabalho com Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno, a

conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentidos ao mundo, que

através dela influenciamos e somos influenciados, enfim, é preciso possibilitar uma

visão geral que dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo

comunicativo como um mecanismo através do qual se estabelece relação de poder.

Pensar no ensino da Língua Portuguesa implica pensar também nas

contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a

percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que

atravessam o campo social, constituindo-o e recebendo seus influxos, estão a

requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua

própria ação pedagógica. (Secretaria de Estado de Educação do Paraná – SEED,

Programa de desenvolvimento Educacional – PDE – UEM – Maria de Fátima Pereira

de Sena.)

A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu,

historicamente, uma concepção normativista de linguagem que excluía, do processo

de aquisição e aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto,

pautando-se no ensino da língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da

gramática tradicional. O tratamento dado à literatura, nesses livros, direcionava a

uma prática pedagógica que privava o aluno do contato com a integralidade dos

textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos, lidos nos

fechados limites da historiografia literária e na perspectiva da biografia de seus

autores.

Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o trabalho pedagógico

com a Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos

sujeitos que por meio dela interagem.

Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os participantes

da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é assim,

articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem

em uso efetivo.

Um texto não é um objeto fixo num dado momento, ele lança seus sentidos

no diálogo intertextual que dá curso aos enunciados que o antecederam. Lança

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também seus sentidos adiante, no dever que as composições da literatura suscitarão

como forma de dar-lhes continuidade. (Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa

para a Educação Básica, SEED, p.22.)

Nesse processo, os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao

longo das suas trocas lingüísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são

influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e

entre si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus

conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que

ocorre a interlocução. Tudo isso é potencializado no texto.

Considere-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a serem

adotadas na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de

suporte para todo o conhecimento exercido pela língua materna.

Ao se estudar o texto como unidade fundamental da língua, considerando

que, como afirma Bakhtin, o mesmo é “um elo na cadeia de interação social”, torna-

se fundamental no ensino de Língua Portuguesa, considerar os aspectos sociais e

históricos em que os educandos estão inseridos bem como o contexto de produção

textual. Para desenvolver e aprimorar o conhecimento dos alunos é importante que

nas práticas discursivas de leitura, escrita e oralidade, esses educandos possam

entrar em contato com o caráter dinâmico dos gêneros do discurso mais complexos

e suas esferas sociais de circulação (Literária, Jornalística, Jurídica, Publicitária,

Política, etc.). O trabalho com os gêneros do discurso como conteúdos básicos tem

como pressuposto o discurso como resultado da interação entre sujeitos e está em

consonância com o conteúdo estruturante “O discurso como prática social”, o qual

assume a linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais.

Segundo as Diretrizes (2008: 53), “o trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar

em conta que a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua

crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos”.

Deve-se ressaltar ainda que o professor deve priorizar, entre a infinidade de

gêneros discursivos, aqueles que são mais relevantes à formação dos educandos,

os mais complexos e de maior exigência na sua elaboração formal, como os

pertencentes às esferas sociais de circulação imprensa, publicitária, política,

jornalística e , sobretudo, literária. O trabalho com os gêneros discursivos da esfera

literária é fundamental na medida em que, como afirma Antonio Candido, a literatura

tem o poder de humanizar o homem e de provocar reflexões e questionamentos,

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além da fruição estética.

É importante destacar que de acordo com a Lei 10.639/03, os conteúdos

referentes à cultura africana e afro-brasileira devem ser ministrados em todas as

séries do Ensino fundamental e médio, incluindo-os no estudo dos gêneros

discursivos de cada série, como por exemplo, lendas e contos africanos, poesias

africanas e afro-brasileiras, bem como filmes e obras literárias diversas.

1.2 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Levando-se em conta o conteúdo estruturante “O discurso como prática

social”, tem como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos e sua relação

dialógica. Dessa forma, segundo as Diretrizes (2008: 63), citando Bakhtin, “o

discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um

fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros

textos”.

Dessa forma, ao pensar o discurso como ato de interação, busca-se priorizar

o trabalho com os diversos gêneros discursivos que circulam nas diferentes esferas

sociais como, entre outras, a jornalística, a publicitária e a literária.

CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS: GÊNEROS DISCURSIVOS. Para o trabalho das práticas

de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística serão adotados como conteúdos

básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

6º ano

ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS

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Esfera Literário-Artística: Contos de Fadas, Contos de Fadas

Contemporâneos, Fábulas, Fábulas contemporâneas, Lendas (africanas, afro-

brasileiras e indígenas);

História em Quadrinhos;

Narrativas Mitológicas;

Narrativas de Aventura;

Narrativas de Humor;

Poemas: acrósticos, quadras, etc.;

Esfera Cotidiana: Bilhetes, Carta pessoal, Cartão, Cartão Postal, Convites,

Causos.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Argumentatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

6º ANO

1º BIMESTRE

ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS

O texto poético

1.1. Conceito de poesia, leitura e

produção de textos poéticos,

principalmente de acrósticos,

quadras e classificados poéticos.

Narração

2.1. Conceito de narração

2.2. Leitura e interpretação de

narrativas: fábulas, contos de fadas,

lendas e histórias mitológicas.

3º BIMESTRE

1. Classes de palavras: Verbo,

conjunção e preposição.

2. Texto jornalístico: notícia e artigo de

opinião.

Fonologia

Ortografia

Acentuação gráfica

3. Trabalho de pesquisa e produção

textual relacionado ao tema da Gincana

Cultural com tema proposto.

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2.3. Produção de narrativas

3. Leitura e produção de Histórias em

Quadrinhos (HQ);

4. Classes de palavra: Substantivo

2º BIMESTRE

Semântica

1.Sinônimos e Antônimos

2.Denotação e conotação

3.Figuras de linguagem: Onomatopéia,

Prosopopéia

4.Comparação, eufemismo, hipérbole.

Classes de palavras: Adjetivo, Artigo e

Numeral.

Descrição: conceito de descrição,

identificação e produção de textos

descritivos

Texto epistolar: convite, bilhete e carta

pessoal e e-mail.

4º BIMESTRE

1. Anúncio publicitário

2. Anedota

3. Classes de palavras: Interjeição,

Pronome e Advérbio.

4. Frase, Oração e Período

4.1. Sujeito e predicado

5. Cultura Afro-brasileira: Estudo sobre a

vida de Zumbi dos Palmares e produção

textual referente ao tema.

A complementação curricular é realizada nos programas que a escola oferta:

Especificamente para as 5ª séries é ofertado a Sala de Apoio e para 5ª séries e

demais séries, a Sala de Recursos para o Ensino Fundamental e Viva Escola nas

modalidades de Arte, Teatro e Dança bem como o CELEM de Espanhol e Italiano.

Conforme citação no PPP deste estabelecimento de ensino.

7º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS

Esfera Literário-Artística: Biografia, Autobiografia, Literatura de Cordel,

Narrativas de Aventura, Narrativas de Enigma, Narrativas de Terror,

Narrativas Fantásticas (narrativas mitológicas africanas);

Textos dramáticos;

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Esfera de Imprensa: Carta ao leitor, Cartum, Charge, Classificados, Tiras;

Esfera Publicitária: Anúncio publicitário, Caricatura, Slogan;

Esfera Cotidiana: Parlendas, Piadas, Provérbios, Relatos de experiências

vividas.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Aceitabilidade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

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Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º BIMESTRE

Leitura e interpretação de textos

de diferentes gêneros;

Produção textual: narração e

descrição de personagens,

objetos e ambientes;

Produção textual: requerimento;

Ortografia: mas, mais e más;

Conceituação e aplicação de

verbos, classificação e flexões do

verbo;

Pronomes: indefinido e relativo;

3º BIMESTRE

Leitura e interpretação de textos

de diferentes gêneros;

Produção textual: canção;

Produção textual: relato: diário;

Produção textual: texto

jornalístico: notícia e telejornal;

Verbo: formas rizotônicas e

arrizotônicas;

Advérbio;

Interjeição;

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Produção textual: poemas.

2º BIMESTRE

Leitura e interpretação de textos

de diferentes gêneros;

Produção textual: dramatização

com descrição de personagens,

objetos e ambientes;

Produção textual: paródia;

Produção textual: texto

argumentativo com ênfase em

debate e discussão coletiva;

Flexão de verbos regulares e

verbos auxiliares, aplicação na

produção de textos;

Ortografia: mal e mau;

Projeto de livro de Literatura de

Cordel e Xilogravuras;

Características da literatura de

cordel;

Leitura e análise de poesias de

cordel;

Pesquisa sobre Patativa do

Assaré;

Produção de um livro de

Literatura de Cordel com poesias

da Classe.

4º BIMESTRE

Leitura e interpretação de textos

de diferentes gêneros;

Produção textual: narração:

parábola, conto, lenda e

provérbios;

Produção textual: história em

quadrinhos;

Regras de pontuação;

Linguagem oral e escrita;

Preposição;

Ortografia: onde, aonde e donde.

8º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS

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Esfera Literário-Artística: Memórias, Contos, Crônicas de ficção;

Poemas: Sonetos, haicais e outros;

Poemas afro-brasileiros de Solano Trindade, entre outros;

Músicas (Rap, samba, Gospel, entre outras de características afro-

brasileiras);

Esfera de Imprensa: Crônica Jornalística, Entrevista (oral e escrita), Notícia,

Reportagem, Resenha • Crítica, Sinopses de filmes;

Esfera Publicitária: Publicidade Comercial (Anúncio publicitário), Publicidade

Social;

Esfera Escolar: Resenha, Resumo, Pesquisas.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

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Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas.;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

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Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º BIMESTRE

Narrativas

1. Revisão dos elementos da

narrativa

2. Discurso Direto e Indireto

3. Caracterização da

personagem Leitura e

interpretação de narrativas:

4. Contos e crônicas

5. Produção de narrativas

Revisão das classes gramaticais

Frase, Oração e Período

6. Conjunção, Locução

Conjuntiva e Tipos de

Conjunções

7. Morfossintaxe: Substantivo,

pronome e verbo

8. Sujeito e Predicado

9. Tipos de sujeito e Oração sem

sujeito

Objeto Direto e Indireto

Agente da Passiva e Adjunto Adverbial

10. Morfossintaxe: Adjetivo,

Predicado e Adjunto

adnominal

3º BIMESTRE

1. Ortografia

1.1 Novas regras ortográficas da

Língua Portuguesa: Uso do hífen e

acentuação

1.2 Uso dos porquês

1.3 Uso do onde e aonde

1.4 Uso do se não e senão

1.4 Uso do bem/bom/mal/mau

1.5 Uso da letra H.

2. Texto argumentativo: Manifesto

3. Texto jornalístico: estudo e

produção de notícia, reportagem,

artigo de opinião e entrevista.

4. Estudo e produção de texto

persuasivo: Anúncio publicitário e

propaganda.

2º BIMESTRE

O texto poético

4º BIMESTRE

Aposto e Vocativo

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Estrutura e interpretação de

Poemas diversos

Recursos da linguagem poética

Denotação e Conotação

Figuras de linguagem: hipérbole,

antítese, personificação,

eufemismo, metonímia,

onomatopéia, comparação e

metáfora.

Período simples e composto

Período composto por

coordenação: orações

coordenadas.

Texto teatral: Leitura, produção e

dramatização.

Palavras derivadas

Neologismos

Pontuação

Acentuação

Texto expositivo: Biografia e Raio-X.

texto epistolar: carta pessoal e carta

comercial.

Dia da Consciência Negra: Leitura e

análise de textos com temáticas afro-

brasileiras

9º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESFERA - GÊNEROS DISCURSIVOS

Esfera Literário-Artística: Texto teatral escrito, Romance, Paródias;

Esfera de Imprensa: Artigo de Opinião, Editorial, Carta do leitor

Esfera Escolar: Júri Simulado, Debate oral, Texto argumentativo (dissertativo),

Texto de opinião;

Esfera Cotidiana: Curriculum Vitae;

Esfera Jurídica: Ofício, Procuração.

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

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Finalidade Intencionalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial no texto;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º BIMESTRE:

1. Revisão dos elementos narrativos

2. Tipos de narrativas: contos

2.1. Contos africanos e afro-

brasileiros

3º BIMESTRE:

1. Uso dos pronomes

2. Verbos regulares e irregulares

3. Curriculum Vitae

4. Carta

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3. Interpretação textual

4. Paródias

5. Período composto por coordenação

6. Ortografia

7. Intertextualidade: paródia e

paráfrase

8. Denotação/Conotação

9. Figuras de Linguagem

5. O texto dissertativo

6. Coerência e Coesão

7. Pontuação

8. Recursos gráficos: aspas,

travessão, negrito, hífen, etc.

9. Acentuação

2º BIMESTRE:

1. Produção textual: Biografia

2. O texto jornalístico (Reportagem,

Editorial, artigo de opinião e artigo

assinado)

3. Palavras parônimas e homônimas

4. Anúncio publicitário

5. O texto teatral escrito

6. Resumo

7. Crase

4º BIMESTRE:

1. Leitura, Interpretação e produção

de textos diversos sobre a

Consciência Negra

2. Período composto por

subordinação: Orações

subordinadas

3. Concordância verbal

4. Concordância nominal

5. Introdução à Literatura: estética do

texto literário

6. Gêneros literários

7. Vícios de linguagem

8. Estrutura e origem das palavras

ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

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Sugestão de Gêneros discursivos para o Ensino Médio

1º Ano Esferas sociais de circulação:

1º BIMESTRE

Cotidiana: bilhetes, carta pessoal,

causos

Literária/artística: autobiografia, contos

de fadas contemporâneos, narrativas de

aventura, narrativas de enigma,

narrativas de ficção científica, narrativas

de terror, narrativas fantásticas.

Conceito sobre comunicação /

elementos da comunicação/ linguagens/

inferências/ origem da língua

portuguesa/ fala / ortografia/níveis da

fala/ estética do texto literário/ a

essência da literatura/ característica do

texto literário/ funções da linguagem/

denotação e conotação/ homônimos e

parônimos/ figuras de linguagens/

refacção textual.

3º BIMESTRE

Publicitária: músicas, slogans, cartazes.

Política: carta de emprego, carta de

reclamação.

Traovadorismo Português/ Estrutura das

palavras/ classicismo Português /

Radicais gregos e latinos.

2ºBIMESTRE

Escolar: exposição ora, pesquisas,

resenha, cartazes.

Imprensa: editorial, entrevista, sinopses

de filmes.

Fonética/acentuação gráfica / gênero

literário: Narrativa lírica e dramática/Uso

da crase/Periodização

Literária/Pontuação/ refacção textual.

4ºBIMESTRE

Produção e consumo: bulas, manual

técnico, rótulos, embalagens.

Midiática: entrevista, vídeo clip, filmes.

O quinhentismo brasileiro: literatura de

informação e dos Jesuítas/ Formação

das palavras/ O barroco no Brasil/ O

arcadismo no Brasil/ textos descritivos/

narrativos e dissertativos.

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.

2º Ano - Esferas sociais de circulação

1º BIMESTRE

Cotidiana: anedotas, diário, provérbios,

relatos de experiências vividas.

Literária/artística: crônicas de ficção,

fábulas, contos contemporâneos,

poemas, romances.

3º BIMESTRE

Publicitária: anúncio, comercial para TV,

publicidade comercial.

Política: abaixo-assinado, debate.

Realismo/ naturalismo em Portugal e n

o Brasil/ advérbio e locução adverbial/

preposição.

2º BIMESTRE

Escolar: resenha, resumo, debate

regrado, mapas.

Imprensa: cartum, charge, crônica

jornalística, reportagens

Cultura africana : poesia de Castro Alves

e Solano Trindade.

Debate sobre o racismo no Brasil/

adjetivo/ grau/ gênero/ numero/ locução

adjetiva/artigo/numerais.

4º BIMESTRE

Produção e consumo: rótulos,

embalagens.

Midiática: telejornal, blog, filmes, vídeo

clip.

Parnasianismo no Brasil/ interjeição e

conjunção/ simbolismo /textos narrativos/

jornalísticos e publicitários.

3º Ano - Esferas sociais de circulação:

1º Bimestre

Cotidiana: curriculum vitae, músicas,

relatos de experiências vividas.

Literária/artística: contos, haicai, letras

de músicas, textos dramáticos

Inferência /vozes sociais presentes no

texto/ texto verbais e não verbais/ pré

modernismo / Oração e período / Termos

da Oração:Sujeito e predicado /

Resumo/Parófrase/ Refacção textual

3º BIMESTRE

Publicitária: paródia , texto político,

publicidade institucional.

Produção e consumo: manual técnico,

rótulos, embalagens.

Regência Verbal e nominal /

Concretismo/ Produção Literária

Contemporâneas.

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2º BIMESTRE

Escolar: diálogo, discussão

argumentativa, pesquisas, seminário,

texto argumentativo, texto de opinião.

Imprensa: carta ao leitor, carta do leitor,

infográfico, resenha crítica, tiras.

Período Composto por Coordenação e

Subordinação modernismo: 1[. 2ª e 3ª

fases/ Colocação dos pronomes

oblíquos Concordância verbal e nominal.

4º BIMESTRE

Midiática: filmes, blog, telejornal, vídeo

clip.

Leitura e produção d texto dissertativo –

Argumentativo / Carta argumentativa e

artigo de opinião. Pós modernismo.

Leitura

Interpretação textual, observando:

Conteúdo temático;

Interlocutores;

Fonte;

Intencionalidade;

Ideologia;

Informatividade;

Situacionalidade;

Marcas lingüísticas;

Identificação do argumento principal e dos secundários;

Inferências;

Particularidades lexicais, sintáticas e composicionais, do texto formal e

informal;

As vozes sociais presentes no texto;

Relações dialógicas entre textos;

Textos verbais e não-verbais;

Estética do texto literário;

Contexto de produção da obra literária;

Diálogo da literatura com outras áreas.

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Oralidade

Adequação ao gênero (conteúdo temático, marcas lingüísticas, elementos

composicionais)

Variedades lingüísticas;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor (participação e cooperação, turnos de fala);

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas...);

Finalidade do texto oral;

Materialidade fônica dos textos poéticos.

Escrita

Adequação ao gênero (conteúdo temático, elementos composicionais, marcas

lingüísticas);

Argumentação;

Coesão e coerência textual;

Finalidade do texto;

Paragrafação;

Paráfrase de textos;

Resumos;

Diálogos textuais;

Refacção textual.

Análise Lingüística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade

Conotação e denotação;

Figuras de pensamento e linguagem;

Vícios de linguagem;

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

Expressões modalizadoras;

Semântica;

Discurso direto, indireto e indireto livre;

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Expressividade dos substantivos função referencial no texto;

Progressão referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

Coordenação e subordinação nas orações do texto;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos, aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

Gírias, neologismos, estrangeirismos;

Procedimentos de concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de algumas palavras.

1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os professores de Língua Portuguesa têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que

os alunos compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus

próprios pontos de vista, que permitam a sua emancipação e autonomia em relação

ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis, ao convívio social.

Significa, portanto a compreensão crítica, pelos alunos, a leitura dos textos

que circulam socialmente, identificando neles o não-dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o como sujeito com autonomia e singularidade discursiva.

PRÁTICA DA ORALIDADE

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com mais

fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias,

uma vez que deve reconhecer a norma padrão, além de variante de prestígio social

e de uso das classes dominantes, portanto é direito de todos os cidadãos, sendo

função da escola possibilitar aos alunos o acesso a essa norma.

O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento lingüístico, bem

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como a argumentação por parte dos alunos.

Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,

acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programa de

TV, filmes, entrevistas, etc);

Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas,

filmes, programas, etc);

Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc);

a) No que se refere às atividades da fala:

Clareza na exposição de ideias,

Sequência na exposição de ideias;

Objetividades na exposição de ideias;

Consistência argumentativa na exposição de ideias,

Adequação vocabular.

b) No que se refere à fala do outro:

Reconhece as interações e objetivos;

Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da

clareza e consistência argumentativa.

c) No que se refere ao domínio da norma padrão:

Concordância verbal e nominal;

Regência verbal e nominal

Conjugação verbal

Emprego de pronomes, advérbios, conjunções;

PRÁTICA DA LEITURA

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, cotidiana, literária, publicitária, etc.

A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais,

deve contemplar os multiletramentos mencionados nas Diretrizes.

Deve-se enfim, possibilitar ao aluno, percepção e reconhecimento, mesmo

que inconscientemente, dos elementos de linguagem que o texto manipula. Desse

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modo o aluno terá condições de se posicionar diante do que lê.

Ética de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos

Textos diversos da cultura afro-brasileira e africana.

a) No que se refere à interpretação:

Identificar as idéias básicas apresentadas no texto,

Reconhecer no texto as suas especificidades (texto narrativo ou informativo)-,

Identificar o processo e o contexto de produção,

Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas-,

Atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;

Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema: o mesmo

tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes,

ou sob perspectivas diferentes.

b) No que se refere à análise de textos lidos:

Avaliar o nível argumentativo;

Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática.

Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos

coesivos).

c) No que se refere à mecânica da leitura:

Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com os sinais de pontuação.

PRÁTICA DA ESCRITA

a) No que se refere à produção de textos:

Produção de textos: ficcionais (narrativos), informativos e dissertativos.

b) No que se refere ao conteúdo:

Clareza

Coerência

Conteúdo temático

Interlocutor

Finalidade do texto

Intencionalidade

Informatividade

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Contexto de produção

Intertextualidade

Referência textual

Vozes sociais presentes no texto

Ideologia presente no texto

Elementos composicionais do gênero

Progressão referencial

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto

c) No que se refere à estrutura:

Processo de coordenação e subordinação na construção das orações

Uso de recurso coesivos ( conjunções, advérbios, pronomes,ete.),

A organização de parágrafos

Pontuação

d) No que se refere à expressão

Adequação a norma padrão (concordância verbal e nominal)

e) No que se refere à organização gráfica dos textos

Ortografia

Acentuação

Recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.)

f) No que se refere aos aspectos da gramática tradicional:

Reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos

Conectividade seqüencial e a estruturação temática.

Refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto,

objeto

Indireto e predicativo,

Reconhecer as categorias sintéticas - os constituintes: sujeito e predicado,

núcleo e

Especificadores

A posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de

inversão,

A estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;

O sintagma verbal nominal e sua flexão,

A complementação verbal- verbos transitivos e intransitivos,

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As sentenças simples e complexas;

A adjunção;

A coordenação e a subordinação

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A análise lingüística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita a

reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que

perpassam os usos lingüísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos

ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.

Possenti (1999) simplifica definição de gramática como a noção de conjunto

de regras: as que devem ser seguidas; as que são seguidas e as regras que o

falante domina. Os três tipos básicos de gramática mais ligados às questões

pedagógicas:

a) gramática normativa: regras que devem ser seguidas e obedecidas. O

domínio das regras dá a ilusão que o falante emprega a variedade padrão. Prioriza a

forma escrita, apresentando uma forma considerada culta da língua. Aparece nas

gramáticas e nos livros didáticos.

b) gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas, não se atém a

modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes lingüísticas a partir do

seu uso. Prefere a manifestação oral da língua, possui maior mobilidade.

c) gramática internalizada: é o conjunto de regras dominado pelo falante, tanto a

nível fonético como sintático e semântico. Possibilita o entendimento entre os

falantes de uma mesma língua.

d) gramática reflexiva : volta-se para as atividades de observação e reflexão da

língua. Essa gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado,

está relacionada com as atividades epilinguísticas.

Considerando a interlocução como ponto de partida do estudo do próprio

texto, os conteúdos gramáticos devem ser estudados a partir dos seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Devemos

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considerar não só a gramática normativa, mas também as outras: a descritiva e a

internalizada, no processo de ensino da Língua Portuguesa.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato com o aluno com diferentes

gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que

determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais, conforme disse Bakhtin,

1992.

LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL

O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com o

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o discurso como prática social) e

constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao

saber.

Tem a finalidade em si mesma, sem prestar-se ao ensino gramatical.

Cabendo ao professor interagir entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua

“passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito

de ler, socializar a leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição. Além disso, deve-se

incluir o trabalho com textos poéticos do povo afro-descendente e sua cultura.

LITERATURA NO ENSINO MÉDIO

O professor deve ser contínuo leitor, ser capaz de selecionar os textos a ser

trabalhados, estimular associações entre um ponto e outro da leitura, estabelecendo

conexões. Ler um texto é como escrevê-lo no momento da leitura.

Enfatizar o contexto histórico da obra, estudando o autor e outras obras.

Formar uma ligação com outros assuntos, textos, livros, filmes e produções

correlatos, encadeando ideias. A literatura deve ter relação com arte, biologia,

religião, antropologia, história, psicanálise e outros. Sugere-se um tempo para a

leitura em sala de aula, e o planejamento dos conteúdos a serem trabalhados deverá

ser feito em conjunto entre professor e alunos. Deve-se contemplar o estudo da

literatura afro-brasileira, suas características, especificidades, cultura, etc., levando

em conta o nível de entendimento de cada série do Ensino Médio.

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O professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas fará a

análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de

sua recepção (historicidade). Utilizará correntes da crítica literária mais apropriada

para o trato com a literatura, tais como estudos filosóficos e sociológicos, a análise

do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o

entendimento da obra literária.

CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA

A lei 10.639/03 veio apenas enfatizar um problema que muitos professores já

sentiam em relação à cultura afro-brasileira e africana: a sua não representação no

ensino fundamental e médio nas escolas. A falta de material didático de qualidade

que abordem temas e textos dessa cultura é evidente ainda hoje nos livros didáticos

oferecidos às escolas públicas. Dessa forma, sabendo da necessidade de que o

aluno entenda a cultura africana e afro-brasileira como uma das matrizes fundadoras

da identidade brasileira, é imprescindível que o professor utilize metodologias

diferenciadas para garantir aos educandos o acesso a textos diversos, tais como:

contos, lendas, poesias, músicas e romances de origem afro-brasileira. Para isso, é

de fundamental importância a pesquisa na internet, a utilização de filmes diversos e

de slides, utilizando a televisão Pen-drive, Multimídia e Laboratório de Informática.

Assim, o professor poderá desenvolver os conteúdos através de exposição oral e

dialogada, de seminários e pesquisas apresentados pelos alunos, em forma de

dramatizações, produções de textos, declamações de poesias, criação de paródias e

gêneros musicais como o rap, exposições de trabalhos, desenvolvidos durante o ano

letivo, e selecionados para apresentação à comunidade escolar e pais no Dia da

Consciência Negra. Dessa forma, a enorme contribuição africana para a cultura

brasileira presente em textos literários de grandes nomes da cultura afro-brasileira

como Machado de Assis, Lima Barreto e Solano Trindade, bem como escritores que

representaram os temas afro-brasileiros como Castro Alves, Mário de Andrade e

Jorge Amado ganha amplitude e leva o aluno a interagir com essa cultura tão rica e

tão importante quanto à européia e a indígena. É relevante ainda ressaltar que

esses conteúdos não eram ministrados de forma coesa e organizada, e que agora

além de estar presentes no currículo de língua portuguesa, devem ganhar destaque

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e espaço na carga horária da disciplina.

1.5 AVALIAÇÃO

Quando se conhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a

avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor

pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua

capacidade lingüística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita,

considerando-se a avaliação formativa e somativa.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos

de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e

diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica

aconteça , informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a

refletirem e tomarem decisões.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num

seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa

contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve

ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário,

também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais

convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc) e de suas

próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido

construído para o texto, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e

consequência entre as partes do texto, o reconhecimento dos posicionamentos

ideológicos do texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos

variados, a localização das informações tanto explícitas, quanto implícitas, o

argumento principal, entre outros. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa

considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos

alunos. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates, e outras

atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a

adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado

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dessa ação. A partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais

e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se como avaliador

tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

Quanto à análise linguística, é no texto – oral e escrito – que a língua se

manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, o

professor poderá avaliar o uso da linguagem formal e informal, ampliação lexical, a

percepção dos efeitos de sentido causados pelo uso de recursos lingüísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são

avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a

linguagem e refletem sobre as deferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes

permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, ou seja, o letramento.

Já a avaliação somativa será realizada ao final de um programa, é usada

para definir uma nota. Os alunos que não dominam um conteúdo têm direito a uma

recuperação paralela, onde o conteúdo é trabalhado novamente e é dada outra

avaliação para definir e recuperar o conteúdo que não foi dominado. As avaliações

não devem ser somente em forma de provas escritas, mas também através de

trabalhos de pesquisa extraclasse, leituras diversas, seminários, debates,

discussões, e produções textuais, de maneira que avalie em suas práticas

discursivas de interação com a linguagem.

Em relação ao atendimento às necessidades educacionais especiais, deve-

se garantir aos alunos surdos, o apoio na comunidade escolar o ensino, o uso, e a

difusão de Libras ofertada em cursos à professores, alunos, funcionários da escola e

familiares; deve-se adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de

segunda língua, na correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e

reconhecendo singularidade lingüística manifestada no aspecto formal de Língua

Portuguesa; desenvolver e adotar mecanismos alternativos para avaliação de

conhecimentos expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo

e outros meios eletrônicos e tecnológicos.

Com relação aos alunos com necessidades especiais, de acordo com a

dificuldade, deve acontecer uma avaliação individual e diferenciada, adequada ao

aluno.

As dificuldades de aprendizagem na escola são manifestadas desde

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situações leves e transitórias que podem se resolver espontaneamente e ao longo

do trabalho pedagógico até situações persistentes que requerem o uso de recursos

especiais para a sua solução.

Atender a esse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais

adequadas envolvendo graduais e progressivas adaptações no currículo.

As adaptações curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de

atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Implicam a planificação

pedagógica e ações docentes fundamentadas em critérios que definem:

- o que o aluno deve aprender;

- como e quando aprender;

- que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo

de aprendizagem;

- como e quando avaliar o aluno.

A heterogeneidade e as diferenças culturais da escola necessitam de um

currículo com tais características, porém, os interesses de determinado modelo de

sociedade, dificulta o olhar para as diversidades. Educação para todos compreende

um currículo voltado às diferenças individuais sejam dos alunos com deficiência ou

não. Até mesmo a terminologia que segue modelos internacionais, ora denominados

como adaptação, ora com flexibilização, confundem ou proporcionam diferentes

interpretações.

Podemos definir as adaptações curriculares como modificações que

são necessárias realizar em diversos elementos do currículo básico para

adequar as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica.

As adaptações curriculares são intrínsecas ao novo conceito de currículo.

De fato, um currículo inclusivo deve contar com adaptações para atender à

diversidade das salas de aula, dos alunos (Landívar, 1999, apud Paraná,

2007, p. 53).

A literatura apresenta discussões sobre educação para alunos com déficit

intelectual, constatando que houve diferentes interpretações sobre flexibilização

curricular. Equivocadamente houve quem se interpretou que adaptar ou flexibilizar,

seria eliminar conteúdos. Ou seja, para determinados alunos a escola ofereceria um

currículo garantindo conteúdos científicos e para outro, um currículo esvaziado de

conteúdos

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Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de

currículos abertos e flexíveis comprometidos com o atendimento às

necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou

não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO, 2001, 2004; FERREIRA;

GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001) são unânimes

em afirmar que não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado para

alguns alunos. (Paraná, 2006, p.50).

Logo, faz-se necessário esclarecer que adaptar currículo, quer dizer que a

escola precisa lançar mão de recursos e ações pedagógicas que atendam as

especificidades dos alunos.

A literatura apresenta discussões sobre educação para alunos com déficit

intelectual, constatando que houve diferentes interpretações sobre flexibilização

curricular. Equivocadamente houve quem se interpretou que adaptar ou flexibilizar,

seria eliminar conteúdos. Ou seja, para determinados alunos a escola ofereceria um

currículo garantindo conteúdos científicos e para outro, um currículo esvaziado de

conteúdos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÂNDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. Companhia Editora Nacional – São Paulo, 1967, 2ª edição. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, Curitiba, 2008. Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. GERALDI, João Vanderley, Org. O texto na sala de aula. Assoeste – Cascavel – PR., 1985, 3ª Edição. Secretaria de Estado de E$ducação do Paraná – SEED, Programa de desenvolvimento Educacional – PDE – UEM – Maria de Fátima Pereira de Sena.